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DEMOCRÁTICA
O que na realidade se percebe em grande parte das escolas, por mais que
tenham constituídos seus Conselhos Escolares com a representação dos pais, alunos e
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Graduada em Pedagogia pela FLATED – Faculdade Latino-americana de Educação.
profissionais da escola é que o Gestor Escolar assume o comando e, nas tomadas de decisão
não considera que os outros agentes podem contribuir para o bom desempenho do processo de
ensino com ideias advindas do conhecimento da realidade e do contexto em que estão
inseridos, sendo estes de certa forma impedidos de participarem de importantes decisões.
Por outro lado, o resultado que se espera com essa participação é a
democratização da gestão, que consequentemente resultará na melhoria da qualidade do
ensino, visto que:
“Na maioria das vezes que tem reunião aqui na escola não é perguntado o que a
gente acha sobre isso ou aquilo, geralmente as reuniões são para nos passar alguma
informação da SEMED ou pra nos cobrar resultados de avaliações, ou mesmo pra
falar sobre o calendário escolar ou para a realização de algum projeto da escola. Sei
que é importante a participação do professor na Gestão e queria que fosse assim,
mas infelizmente não é”
Como visto, as reuniões são usadas como meros instrumentos de informação onde as
decisões já tomadas pelo corpo administrativo da escola são repassadas e não discutidas. Daí
se percebe a falta da participação dos professores nesse processo o que não caracteriza uma
Gestão Democrática e Participativa. Alguns pais ou responsáveis também foram questionados
sobre esse tema. A senhora M.C.S.S. respondeu que:
“Toda vez que tem reunião com os pais eu venho pra poder saber como tá meu filho
aqui na escola, cê sabe né? A gente como mãe sempre deve tá acompanhando.
Quando venho não falo nada porque ninguém pergunta, o diretor é quem manda na
escola eu vou fazer o que? Ele sabe mais do que eu. Ideia agente até que tem mas
ninguém pergunta pra nós.”
É perceptível também a falta de conhecimento da maioria dos pais e responsáveis
entrevistados quanto o papel da comunidade no processo escolar, o que de certa forma,
dificulta mais a participação dos mesmos nas próprias reuniões, pois sem entenderem que são
importantes para o processo de construção da Gestão Democrática da escola, eles se limitam
apenas a acatar as determinações dos gestores e coordenadores escolares, não intervindo desse
modo, nas tomadas de decisões.
Sabe-se que uma das atribuições do Gestor Escolar é promover a participação de toda
a comunidade no processo de ensino. Quando entrevistados, os Gestores das escolas
mencionadas citaram algumas dificuldades que encontram para efetivar a participação e foram
unanimes em dizer que falta comprometimento por parte de todos os outros agentes,
principalmente os pais ou responsáveis. O gestor E.D.N. quando perguntado sobre o que tem
feito para resolver o problema da participação respondeu que:
“Temos feito de tudo para garantir a participação de todos na escola, nas reuniões. Já
fizemos café da manhã para chamar a atenção dos pais para a escola, já fizemos
horta comunitária em que os próprios pais ou responsáveis de alunos tomavam conta
pra vê se eles aparecem na escola. Quando convidamos para uma reunião nem todos
vêm. Acredito que a falta de escolaridade da maioria deles e o fato de muitos ainda
trabalharem em roças que ficam distantes da casa deles contribui pra isso, por que
não entendem a importância deles para a escola e para o processo de ensino dos seus
filhos, acham que seu papel é só deixar o filho na escola aos cuidados do professor e
do Gestor. Quanto aos outros funcionários, temos feito reuniões periódicas e eles
sempre participam.”
“Tem aluno que representa a gente lá nesse conselho? Eu não sei quem é...me
lembro que teve uma eleição aqui faz tempo na sala pra escolher o líder e o vice-
líder e quem ganhou foi o L. e a G. mas, depois disso não sei se teve eleição pra esse
conselho, não me lembro. O que esse conselho faz mesmo? Eu não vejo nada e
ninguém pergunta nada pra nós aluno, eu mesmo nunca participei de nenhuma só
das gincanas e de alguns projetos como feira de ciência.”
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
LUCK, Heloisa. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. São Paulo: Cortez,
2002.
TOMÉ, Marta Fresneda. A Educação Infantil foi para a escola, e agora?: ensaio de
uma teoria para a gestão institucional da educação infantil – Marília, 2011.Disponível em:
http://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-
Graduacao/Educacao/Dissertacoes/tome_mf_do_mar.pdf
acesso em 10/12/2017.