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PROGRAMA FRANCISCO EDUARDO MOURÃO SABOYA DE

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA


ESCOLA DE ENGENHARIA
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Dissertação de Mestrado

ANÁLISE DA DEFORMAÇÃO CÍCLICA


PROGRESSIVA EM TUBULAÇÕES
ELASTO-VISCOPLÁSTICAS

JADYR MACABÚ ARAÚJO PERES

FEVEREIRO DE 2015
JADYR MACABÚ ARAÚJO PERES

ANÁLISE DA DEFORMAÇÃO CÍCLICA PROGRESSIVA


EM TUBULAÇÕES ELASTO-VISCOPLÁSTICAS

Dissertação de Mestrado apresentada ao

Programa Francisco Eduardo Mourão

Saboya de Pós-Graduação em Engenharia

Mecânica da UFF como parte dos requisitos

para a obtenção do título de Mestre em

Ciências em Engenharia Mecânica

Orientador: HERALDO SILVA DA COSTA MATTOS , D.Sc.

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE


NITERÓI, 03 DE FEVEREIRO DE 2015
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Engenharia e Instituto de Computação da UFF

P437 Peres, Jadyr Macabú Araújo


Análise da deformação cíclica progressiva em tubulações elasto-
viscoplásticas / Jadyr Macabú Araújo Peres. – Niterói, RJ : [s.n.],
2015.
89 f.

Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) - Universidade


Federal Fluminense, 2015.
Orientador: Heraldo Silva da Costa Mattos.

1. Elasto-viscoplasticidade cíclica. 2. Tubulação. 3. Deformação


(mecânica). I. Título.

CDD 620.105
ANÁLISE DA DEFORMAÇÃO CÍCLICA PROGRESSIVA
EM TUBULAÇÕES ELASTO-VISCOPLÁSTICAS

Jadyr Macabú Araújo Peres

Esta Dissertação é parte dos pré-requisitos para a obtenção do título de

MESTRE EM ENGENHARIA MECÂNICA


Área de concentração: Mecânica dos Sólidos

Aprovada em sua forma final pela Banca Examinadora formada pelos professores:

Prof. Heraldo Silva da Costa Mattos (DSc.)


Universidade Federal Fluminense
(Orientador)

Prof. João Marciano Laredo dos Reis (Ph.D.)


Universidade Federal Fluminense

Prof. Pedro Manuel Calas Lopes Pacheco (DSc.)


Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - RJ
Dedico este trabalho
aos meus pais,
aos professores,
e a todos meus amigos
Agradecimentos

À Universidade Federal Fluminense.

Ao Professor Heraldo da Costa Mattos pelos muitos anos de orientação, pelas palavras de
incentivo e apoio constante.

À CAPES por ter me consedido a Bolsa de Mestrado.

Ao PGMEC que proporcionou a oportunidade de aumentar meus conhecimentos.

Aos meus amigos de Universidade que me acompanharam nessa trajetória, em especial


Tobias Campos, Raphael Benevides, Felipe Monteiro, Daniel Gama, Eduardo Malhano,
Henrique Viestel, Rafael Rocha, Luiz Gustavo Medeiros, Thiago Jahn, Hélio
Quintanilha e Daniel Stussi.

A todos os engenheiros com os quais tive a oportunidade de trabalhar, em especial Celso


Carnevale por todos os conselhos e ensinamentos.

E aos meus pais, Dalmir Peres e Eliete Macabú A. Peres, e ao meu avô Jadyr Araújo, pelo
incentivo a minha formação acadêmica. Pelo incansável esforço na minha formação como
cidadão, fornecendo todos os meios necessários para meu desenvolvimento pessoal e
profissional.
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo a simulação numérica do fenômeno de


deformação plástica progressiva (“ratcheting”) em tubulações elasto-viscoplásticas
com paredes finas sob pressão interna e submetidas à uma carga axial cíclica. Entender
o comportamento desse tipo de estrutura sob diferentes níveis de carregamento é
fundamental em um grande número de aplicações de engenharia, como no projeto de
componentes estruturais na indústria química e em reatores nucleares. Dependendo do
endurecimento cinemático e dos carregamentos envolvidos, a tubulação pode
apresentar uma deformação progressiva na direção radial, a qual pode levar à sua falha
em operação. Diferentes equações constitutivas foram propostas para modelar de forma
realística o endurecimento cinemático sob esse tipo de carregamento. O modelo de
Chaboche com endurecimento cinemático e isotrópico não-lineares foi adotado na
análise. Uma mudança de variáveis permite associar as componentes radiais e axiais
da deformação plástica e da tensão às componentes na direção tangencial, reduzindo a
complexidade do problema. O problema é reduzido à um sistema de equações
diferenciais ordinárias e um sistema de diferenças finitas semi-implícito é usado para
aproximar as equações resultantes.

Palavras-chave: ratcheting; elasto-viscoplasticidade


ABSTRACT

The present study is concerned with the numerical simulation of the ratcheting
behaviour of elasto-viscoplastic thin-walled pipes under internal pressure and
subjected to cyclic axial loading. Understanding the behaviour of this kind of structure
at different load levels is of critical importance in a range of engineering applications
such as in the design of structural components of power and chemical reactors.
Depending on the kinematic hardening, the pipe may exhibit a ratcheting behaviour
in the circumferential direction, which leads to a progressive accumulation of
deformation. Many different constitutive theories have been proposed to model the
kinematic hardening under such kind of loading history. The model of Chaboche with
nonlinear isotropic and kinematic hardening is adopted in the analysis. A change of
variable allows relating the axial and radial stress and plastic strain components with
the ones in the circumferential direction, making the simulation easier. The problem
is reduced to a nonlinear system of ordinary differential equations and a simple
semi-implicit finite difference scheme is used to approximate the model equations.

Key-Words: ratcheting; elasto-viscoplastic


SUMÁRIO

RESUMO ...................................................................................................................... 4
ABSTRACT .................................................................................................................. 5
Capítulo 1 Introdução .................................................................................................. 13
Capítulo 2 Observações Fenomenológicas .................................................................. 16
2.1. ENSAIOS DE CARGA E DESCARGA........................................................... 17
2.2. ENSAIOS CÍCLICOS ....................................................................................... 19
2.3. ENDURECIMENTO CINEMÁTICO E ISOTRÓPICO .................................. 23
Capítulo 3 Equações Constitutivas .............................................................................. 25
3.1. EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS GERAIS ..................................................... 25
3.2. EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS NO ESPAÇO DAS DIREÇÕES
PRINCIPAIS ................................................................................................................ 27
3.3. REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO CRITÉRIO DE VON MISES
GENERALIZADO ...................................................................................................... 30
3.4. EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS UNIDIMENSIONAIS ................................ 32
3.5. EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS NO ESPAÇO DAS DIREÇÕES
PRINCIPAIS APLICADAS À UM TUBO DE PAREDES FINAS ........................... 34
Capítulo 4 Algoritmos para solução numérica ............................................................ 37
4.1. DISCRETIZAÇÃO NO TEMPO – MODELO UNIAXIAL ............................ 37
4.1.1. Elasto-plasticidade ..................................................................................... 38
4.1.2. Elasto-viscoplasticidade............................................................................. 39
4.1.3. Algoritmo para solução uniaxial ................................................................ 39
4.2. DISCRETIZAÇÃO NO TEMPO – VASO DE PRESSÃO DE PAREDES
FINAS .......................................................................................................................... 41
4.2.1. Elasto-plasticidade ..................................................................................... 42
4.2.2. Elasto-viscoplasticidade............................................................................. 43
4.2.3. Algoritmo para solução de vaso de pressão ............................................... 44
Capítulo 5 Resultados .................................................................................................. 46
5.1. CASO UNIAXIAL............................................................................................ 46
5.1.1. Histórico de carregamento – caso uniaxial ................................................ 47
5.1.2. Carregamento simétrico ( A 1.7 , C 0 ) ........................................... 48
5.1.3. Carregamento cíclico (A=1.5, C=0.2) ....................................................... 49
5.1.4. Carregamento cíclico (A=1.7 e C=0.4) ...................................................... 51
5.2. VASO DE PRESSÃO DE PAREDES FINAS ................................................. 53
5.2.1. Histórico de carregamento – caso vaso de pressão .................................... 54
5.2.2. Carregamento axial simétrico e pressão interna ( A 1.3 , C 0 ) ........ 55
5.2.3. Carregamento axial e pressão interna ( A 1.5 , C 0.2 ) ..................... 61
5.2.4. Carregamento axial e pressão interna ( A 1.7 , C 0.4 ) .................... 64
5.3. ESTUDO DO PASSO NO TEMPO ................................................................. 67
Capítulo 6 Conclusões e Perspectivas Futuras ............................................................ 70
Capítulo 7 Referências Bibliográficas ......................................................................... 72
ANEXO 1 ........................................................................................................................ 75
ANEXO 2 ........................................................................................................................ 78
Lista de Figuras

Figura 2.1 - Corpo de prova solicitado axialmente .......................................................... 16


Figura 2.2 - Carga e descarga na região elástica.............................................................. 17
Figura 2.3 - Variação do Módulo de Elasticidade com a Temperatura [13] ................... 18
Figura 2.4 - Carga e descarga na região Plástica ............................................................. 18
Figura 2.5 - Influência da taxa de carregamento na curva tensão – deformação ............. 19
Figura 2.6 - Ensaio cíclico com tensão e deformação prescritas, respectivamente ......... 20
Figura 2.7 - Endurecimento – Variação do limite de proporcionalidade com a
plastificação ..................................................................................................................... 20
Figura 2.8 - Fenômeno de amolecimento cíclico: (a) deformação controlada; (b) tensão
controlada [13] ................................................................................................................. 21
Figura 2.9 - Fenômeno de endurecimento cíclico: (a) deformação controlada; (b) tensão
controlada [13] ................................................................................................................. 22
Figura 2.10 - Fenômeno de deformação plástica cíclica progressiva (Ratchetting) ........ 23
Figura 2.11 – Curva Tensão x deformação – Representação gráfica dos endurecimentos
cinemático e isotrópico .................................................................................................... 24
Figura 3.1 - Representação do critério de von Mises generalizado na base das direções
principais do tensor desviador ......................................................................................... 31
Figura 3.2- Representação plana do critério de von Mises generalizado ........................ 32
Figura 3.3 – Carregamento na tubulação ......................................................................... 34
Figura 5.1 – Histórico de carregamento........................................................................... 47
Figura 5.2 – Tensão x deformação plástica ..................................................................... 48
Figura 5.3 – Deformação plástica x tempo ...................................................................... 48
Figura 5.4 – Deformação plástica acumulada x tempo .................................................... 49
Figura 5.5 - Tensão x deformação plástica ...................................................................... 49
Figura 5.6 - Deformação plástica x tempo ....................................................................... 50
Figura 5.7 – Deformação plástica acumulada x tempo .................................................... 50
Figura 5.8 - Tensão x deformação plástica acumulada .................................................... 51
Figura 5.9 - Tensão x deformação plástica ...................................................................... 52
Figura 5.10 - Deformação plástica x tempo ..................................................................... 52
Figura 5.11 – Deformação plástica acumulada x tempo .................................................. 53
Figura 5.12 – Histórico de carregamento axial ................................................................ 54
Figura 5.13 – Histórico de carregamento circunferencial................................................ 54
Figura 5.14 - Sθ x deformação plástica em θ ................................................................... 55
Figura 5.15 – SZ x deformação plástica em Z ................................................................. 56
Figura 5.16 – Deformação plástica em θ x tempo ........................................................... 56
Figura 5.17 – Deformação plástica em Z x tempo ........................................................... 57
Figura 5.18 – Deformação plástica acumulada x tempo .................................................. 57
Figura 5.19 - Sθ x deformação plástica em θ ................................................................... 58
Figura 5.20 - SZ x deformação plástica em Z .................................................................. 58
Figura 5.21 – Deformação plástica em θ x tempo ........................................................... 59
Figura 5.22 – Deformação plástica em Z x tempo ........................................................... 59
Figura 5.23 – Deformação plástica acumulada x tempo .................................................. 60
Figura 5.24 – Tensão equivalente de von Mises x Deformação plástica acumulada ...... 60
Figura 5.25 – Sθ x deformação plástica em θ .................................................................. 61
Figura 5.26 - SZ x deformação plástica em Z .................................................................. 61
Figura 5.27 - Deformação plástica em θ x tempo ............................................................ 62
Figura 5.28 - Deformação plástica em Z x tempo ........................................................... 62
Figura 5.29 – Deformação plástica acumulada x tempo .................................................. 63
Figura 5.30 – Tensão equivalente de von Mises x Deformação plástica acumulada ...... 63
Figura 5.31 – Sθ x deformação plástica em θ .................................................................. 64
Figura 5.32 - SZ x deformação plástica em Z .................................................................. 64
Figura 5.33 - Deformação plástica em θ x tempo ............................................................ 65
Figura 5.34 - Deformação plástica em Z x tempo ........................................................... 65
Figura 5.35 - Deformação plástica acumulada x tempo .................................................. 66
Figura 5.36 - Tensão equivalente de von Mises x Deformação plástica acumulada ....... 66
Figura 5.37 - Carregamento seguro / Possibilidade de falha ........................................... 67
Figura 5.38 - Comparação passo no tempo – Deformação plástica circunferencial pelo
tempo ............................................................................................................................... 69
Figura 5.39 - Comparação passo no tempo – Deformação plástica acumulada pelo tempo
......................................................................................................................................... 69
Lista de Tabelas

Tabela 5.1 – Dados simulações para estudo do passo no tempo ..................................... 68


13

Capítulo 1 Introdução
Quando um componente metálico é submetido a ciclos de carga mecânica além
do limite elástico, muitos fenômenos importantes podem ocorrer. Existem diferentes
situações em engenharia nas quais a combinação de uma carga primária constante com
uma carga secundária pode levar ao colapso incremental ou ao que é conhecido como
ratcheting (esse termo clássico em inglês para o fenômeno de deformação cíclica
progressivas será usado em itálico ao longo desse trabalho). Por exemplo, tubulações
pressurizadas sob flexão reversa [1] ou tubulações pressurizadas submetidas a um
carregamento axial cíclico [2]. Essas estruturas sob tal combinação de carregamentos
apresentam um aumento crescente da deformação na direção tangencial (e um consequente
aumento incremental de seu diâmetro).
O estudo do comportamento desse tipo de estrutura é muito importante em várias
aplicações de engenharia, como no sistema primário de transferência de calor em usinas
nucleares, por exemplo. A confiabilidade das análises de integridade estrutural dependem
fortemente da adequação das equações constitutivas consideradas. O desenvolvimento de
equações constitutivas mais realísticas para a elasto-viscoplasticidade vem tomando um
grande impulso nas duas últimas décadas. Diversos trabalhos vêm sendo desenvolvidos
procurando desenvolver adequadamente os fenômenos de plasticidade dependente do
tempo, além do endurecimento causado pela plastificação. Uma modelagem adequada do
endurecimento e do comportamento viscoso é fundamental para se obter uma previsão
confiável das tensões e deformações, as quais são fundamentais em qualquer critério de
avaliação da integridade estrutural. Desde os clássicos artigos de Chaboche (ver [3], por
exemplo), a maioria dos trabalhos tratam de aperfeiçoar o efeito do endurecimento
cinemático nos modelos constitutivos [4 - 7]. Em [4], um modelo completo foi
14

desenvolvido para a análise do fenômeno de ratcheting em aços 316 L à temperatura


ambiente. Nesse estudo, uma lei particular de endurecimento cinemático foi escolhida
para descrever adequadamente a forma das curvas tensão-deformação em carregamentos
cíclicos. A principal preocupação desses estudos, como discutido em [5], era propor leis
de comportamento que induzissem menos acúmulo de deformação durante o fenômeno de
ratcheting do que a clássica regra de Armstrong e Frederick. Diferentes modelos já foram
propostos ([6], [7]) e uma breve discussão pode ser encontrada em [8].
Em particular, muitos trabalhos experimentais e numéricos sobre o fenômeno de
ratcheting em tubulações foram feitos nos últimos anos [1, 8 - 11] e uma revisão detalhada
pode ser encontrada em [11]. Embora critérios de integridade para tubulações
pressurizadas sob carregamentos severos possam ser encontrados em códigos [12], até o
presente momento os modelos constitutivos ainda não são capazes de uma descrição
adequada do comportamento não-linear complexo observado nesses problemas. Além
disso, a análise dos campos de tensão e de deformação requerem o uso de códigos
numéricos complexos, o que pode ser uma limitação para o uso efetivo dessas teorias por
engenheiros e projetistas.
O objetivo deste trabalho é de dar continuidade ao estudo desenvolvido em [8] no
contexto da elasto-plasticidade. Ele dá uma contribuição a mais no desenvolvimento de
técnicas simplificadas para o estudo de deformações cíclicas progressivas em estruturas
elasto-viscoplasticas estaticamente determinadas. Estruturas metálicas isostáticas são
aquelas em que o estado de tensão atuante depende somente dos carregamentos externos
e da geometria da estrutura. Exemplos deste tipo de estrutura são as treliças isostáticas,
vigas e os vasos de pressão de paredes finas.
Neste trabalho é estudado o problema particular de vasos de pressão de paredes
finas com pressão interna constante e submetido a uma carga axial cíclica. Este tipo de
estrutura, por suas particularidades geométricas, pode ter o campo de tensão aproximado
de uma forma que independe do material considerado. As tensões dependem apenas da
geometria e dos carregamentos externos e o problema de determinar a evolução das
deformações plásticas envolvidas se reduz a solução de um sistema de equações
diferenciais ordinárias não lineares.
Inicialmente são discutidos alguns aspectos fenomenológicos. Em seguida, é feita
uma breve apresentação da teoria constitutiva geral, onde é apresentado o sistema de
equações constitutivas generalizadas para o R3, posteriormente particularizadas para o
espaço das direções principais. Na sequência é apresentado um algoritmo para a
15

aproximação dessas equações seja no caso uniaxial, seja para o problema da tubulação de
paredes finas. Com uma simples mudança de variáveis, é possível verificar que o problema
do duto pressurizado submetido à deformação axial cíclica é praticamente idêntico ao
problema uniaxial. Uma mudança de variáveis permite verificar que as componentes da
deformação plástica são acopladas, o que permite estudar o problema considerando apenas
a componente na direção tangencial.
Simulações numéricas considerando-se um aço inoxidável 316 L são apresentadas
mostrando que, em certas circunstâncias, o fenômeno de ratcheting pode levar à falha da
estrutura e, consequentemente, dando meios de buscar evitá-la num projeto.
16

Capítulo 2 Observações Fenomenológicas


Neste capítulo serão abortados os principais comportamentos macroscópicos de
corpos de prova metálicos observados em ensaios uniaxiais. A ênfase é dada na análise de
carregamentos cíclicos que causem uma deformação permanente mensurável no corpo de
prova.

Seja então um corpo de prova (CP) de seção transversal 𝐴 e comprimento útil 𝐿


solicitado da seguinte maneira:

Figura 2.1 - Corpo de prova solicitado axialmente

Neste tipo de ensaio é imprescindível que se conheça a geometria do corpo de


prova. No lugar da força 𝐹(𝑡) e do alongamento ∆𝐿(𝑡), as váriáveis 𝜎(𝑡) e 𝜀(𝑡), tensão e
deformação respectivamente, serão adotadas. Desta forma tem-se:

𝐹(𝑡)
𝜎(𝑡) = (2.1)
𝐴
17

∆𝐿(𝑡)
𝜀(𝑡) = (2.2)
𝐿

2.1. ENSAIOS DE CARGA E DESCARGA

Os ensaios de carga e descarga são caracterizados por submeter um corpo de prova


a um carregamento cíclico onde a tensão aplicada nunca ultrapassa a tensão de ruptura do
material.

Considerando inicialmente o caso onde um corpo de prova sofre um uma força 𝐹


que aumenta até um limite e posteriormente tem seu valor diminuido até zero, podem ser
verificadas duas situações distintas. Um comportamento linear entre 𝜎(𝑡) e 𝜀(𝑡) se o valor
da tensão for sempre menor do que o limite de proporcionalidade 𝜎0 , como pode ser
observado na figura abaixo.

Figura 2.2 - Carga e descarga na região elástica

Esta relação linear é dada por:

𝜎(𝑡) = 𝐸 𝜀(𝑡) (2.3)

Onde o Módulo de Elasticidade, ou Módulo de Young, 𝐸 domaterial é dado pela


equação (2.3). Este não éinfluenciado pela velocidade do carregamento a qual o corpo de
prova é submetido, entretanto pode variar bruscamente com a temperatura.
18

Figura 2.3 - Variação do Módulo de Elasticidade com a Temperatura [13]

Outro caso que pode ser observado acontece quando a tensão aplicada sobre o
corpo de prova é superior em módulo a tensão limite de proporcionalidade 𝜎0 , desta forma
verifica-se uma relação não linear entre tensão e deformação. No descarregamento a curva
tensão versus deformação volta a ser uma reta com inclinação igual ao Módulo de
elasticidade, posteriormente, após a descarga completa é possível perceber que há ainda
uma deformação residual 𝜀 𝑝 , deformação plástica ou permanente.

Figura 2.4 - Carga e descarga na região Plástica

Logo a deformação total associada a um nível de tensão acima do limite de


proporcionalidade pode ser expressa em duas parcelas, a deformação elástica 𝜀 𝑒 e a
deformação plástica 𝜀 𝑝 .
19

𝜀 = 𝜀𝑒 + 𝜀𝑝 (2.4)

𝜎
𝜀𝑒 = ⟹ 𝜎 = 𝐸(𝜀 − 𝜀 𝑝 ) (2.5)
𝐸

Adicionalmente é importante ressaltar que dependendo da temperatura a curva


tensão – deformação será função da velocidade do carregamento, ou seja, 𝜀̇. De forma
geral esse fonômeno é observado quando a temperatura absoluta 𝜃 for maior do que um
terço da temperatura absoluta de fusão 𝜃𝐹 , quando o material passa a sofrer influência de
efietos viscosos.

Figura 2.5 - Influência da taxa de carregamento na curva tensão – deformação

Esta dependência da taxa de carregamento pode ser observada mesmo à


temperatura ambiente em aços austeníticos, como será apresentado posteriormente em
mais detalhes no presente estudo.

2.2. ENSAIOS CÍCLICOS

Existem duas possibilidades para realização de ensaios cíclicos, Figura 2.6, ensaio
com força (tensão) prescrita, ou ensaio com alongamento (deformação) prescrito. O
ensaio, seja ele com tensão ou deformação prescrita, pode ser feito de várias formas
(triangular, senoidal etc) e com diferentes valores médios e iniciais. Adicionalmente é
importante que se tomem alguns cuidados com o ensaio; como solicitar o corpo de prova
de forma que não ocorra flambagem durante a compressão e utilizar frequências baixas
durante o carregamento para evitar efeitos de propagação ondas que causem deformações
não homogêneas.
20

Nos comentários feitos a seguir sempre é considerado um corpo de prova “virgem”


e que os ensaios não apresentam influência dos fenômenos de variação de temperatura
nem envelhecimento.

Figura 2.6 - Ensaio cíclico com tensão e deformação prescritas, respectivamente

Neste tipo de ensaio a evolução da resposta cíclica é estudada obtendo-se a curva


tensão (𝜎) versus deformação (𝜀). De forma geral após alguns ciclos a curva tende a
estabilizar e pode-se, desta forma, obter os parâmetros para modelagem do comportamento
do material. Em um carregamento cíclico de carga e descarga com amplitude de
carregamento crescente é possível perceber que o limite de proporcionalidade é afetada
pela plastificação. A tensão de proporcionalidade no início de cada novo ciclo é sempre
maior do que a tensão 𝜎0 , caracterizando o período de endurecimento.

Figura 2.7 - Endurecimento – Variação do limite de proporcionalidade com a

plastificação
21

É importante ressaltar que havendo evolução da deformação plástica o limite de


proporcionalidade a tração (𝜎𝐸𝑇 ) e o limite de proporcionalidade a compressão (𝜎𝐸𝐶 ) são
alterados a cada ciclo e não são, necessariamente, iguais, ou seja, a plastificação altera não
somente o limite de proporcionalidade a tração mas também o a compressão, induzindo
uma anisotropia no material. Este fenômeno é conhecido como efeito Bauschinger. De
forma geral após uma tração o limite de proporcionalidade a tração aumenta e o limite de
proporcionalidade a compressão é reduzido.

Em ensaios cíclicos de tensão – compressão a maioria das ligas metálicas sofre


uma variação nas suas propriedades de endurecimento. Estas podem endurecer ou
amolecer dependendo do material, temperatura e condições iniciais.

O amolecimento cíclico ocorre quando a variação de ∆𝜎 decresce durante


sucessivos ciclos sob deformação controlada, ou quando a variação de ∆𝜀 aumenta durante
sucessivos ciclos sob tensão controlada. Por outro lado o endurecimento cíclico
corresponde ao crescimento da variação de ∆𝜎 durante ciclos com deformação controlada
ou quando há uma diminuição na variação de ∆𝜀 em um ensaio com tensão controlada.

Figura 2.8 - Fenômeno de amolecimento cíclico: (a) deformação controlada; (b)

tensão controlada [13]


22

Figura 2.9 - Fenômeno de endurecimento cíclico: (a) deformação controlada; (b)

tensão controlada [13]

Adicionalmente, se um ensaio com tensão prescrita não for puramente alternado é


possível que não haja resposta periódica (estabilização), ocorrendo então um fenômeno de
deformação plástica cíclica progressiva (Ratchetting) até a ruptura. Neste caso, tanto a
amplitude de deformação plástica |𝜀 𝑝 | quanto a deformação plástica acumulada 𝑝
aumentam progressivamente.
23

Figura 2.10 - Fenômeno de deformação plástica cíclica progressiva (Ratchetting)

2.3. ENDURECIMENTO CINEMÁTICO E ISOTRÓPICO

A Observação dos fenômenos de endurecimento ou amolecimento durante ensaios


cíclicos motivou a introdução de duas novas variáveis, onde ambas são funções da
evolução dos limites de proporcionalidade trativo (𝜎𝐸𝑇 ) e compressivo (𝜎𝐸𝐶 ).

Desta forma é possível dizer resumidamente que o endurecimento cinemático


modela a anisotropia induzida pela plastificação enquanto o endurecimento isotrópico
modela como o limite de proporcionalidade varia com a plastificação.
24

Figura 2.11 – Curva Tensão x deformação – Representação gráfica dos

endurecimentos cinemático e isotrópico


25

Capítulo 3 Equações Constitutivas


As equações constitutivas que modelam o comportamento de materiais elasto-
plásticos e elasto-viscoplástico cíclicas utilizadas no presente trabalho foram apresentadas
anteriormente por CHABOCHE e LEMAITRE [13]. Neste capítulo serão apresentadas de
forma resumida esses modelos, assim como discutidas suas principais características.

O conjunto de variáveis internas responsáveis pela caracterização do


comportamento de materiais elasto-plásticos e elasto-viscoplásticos é composto pelas
seguintes variáveis: 0, , p,Y , X, K e N , segundo [13].

3.1. EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS GERAIS

Abaixo são descritas algumas equações que modelam o comportamento multiaxial


de um material elasto-plástico ou elasto-viscoplástico.

Relação tensão-deformação:

E p E p
Tr ( - )1 ( - ) ou, inversamente
(1 )(1 - 2 ) (1 )
(3.1)
p (1 )
( - ) - Tr ( )1
E E

Onde é o tensor tensão, é o tensor deformação, p é o tensor deformação

plástica e 1 é o tensor identidade. Usa-se o símbolo Tr (•) para o traço de um tensor ( ) .

E é o módulo de Young e o coeficiente de Poisson.

Adicionalmente ainda são necessárias as leis de evolução apresentadas abaixo para


caracterização completa dos materiais elasto-plásticos e elasto-viscoplásticos.
26

p 3
Sp (3.2)
2J

2 p
X a bXp (3.3)
3

PLASTICIDADE p 0; F 0; pF 0
N
F (3.4)
VISCOPLASTICIDADE p
K

Com,

F J Y (3.5)

3 3
3 2
J
2
(S X ) (S X) (S ij - X ij) (3.6)
i 1 j 1

Y 0 v1 1 exp( v2 p) (3.7)

Onde

 𝜎0 , 𝑣1 , 𝑣2 , 𝑎, 𝑏, 𝐾 e 𝑁 são constantes positivas que caracterizam o


comportamento plástico do material e que podem ser obtidas a partir de
ensaios uniaxiais cíclicos;

 𝑆 é o desviador da tensão, dado por:

1
S Tr ( )1
3 (3.8)

 A variável 𝑋 é chamada de endurecimento cinemático e modela a

anisotropia induzida pela plastificação.

 A variável 𝑌 é chamada de endurecimento isotrópico e modela como o


limite de proporcionalidade varia com a plastificação.

 𝐹 é usualmente chamada de função de plastificação e a variável 𝐽 de tensão


equivalente de von Mises. A lei de evolução (3) caracteriza as chamadas
equações de complementaridade. Se 𝐹 < 0 tem-se que 𝐽 < 𝑌 e de (3.4) é
possível concluir que 𝑝̇ = 0, seja para o comportamento elasto-plástico,
27

seja para o comportamento elasto-viscoplástico. Portanto, usando-se (3.2)


conclui-se que 𝜀̇ 𝑝 = 0 (não há escoamento e o material se comporta

elasticamente). No caso da plasticidade, só haverá escoamento (𝜀̇ 𝑝 ≠ 0)

quando 𝐹 = 0. Para a viscoplasticidade, haverá escoamento quando 𝐹 ≥ 0.


O critério 𝐹 < 0 é chamado de critério de von Mises generalizado. Se 𝑌 =
𝜎0 então a condição 𝐽 < 𝑌 nada mais é do que o critério de von Mises
clássico que estabelece que não haverá escoamento se:

1/2
3
J (S S ) 0
2

 A variável p é usualmente chamada de deformação plástica acumulada.


No caso da plasticidade p pode ser interpretado como o multiplicador de
Lagrange associado à restrição F 0 . À partir da equação (3.2) é possível
verificar que:

t
2 p p 2 p p
p p(t ) p(t 0) ( ) ( ) d (3.9)
3 3
t 0

 Para este estudo é tomado como base um material virgem, ou seja, um


material com as seguintes condições iniciais:

p
p(t 0) 0; (t 0) X (t 0) 0 ; Y(t 0) y (3.10)

3.2. EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS NO ESPAÇO DAS DIREÇÕES PRINCIPAIS

Para obter uma simplificação das equações constitutivas gerais para o caso de vasos
de pressão é interessante que estas sejam representadas na base das direções principais do
tensor das tensões. Assim tanto a solução quanto o entendimento do problema se tornam
mais fáceis.

É possível demonstrar que, em um dado ponto do domínio, o tensor das tensões e


o seu desviador tem as mesmas direções principais (autovetores). Sendo assim, sejam 𝜎1 ,
𝜎2 e 𝜎3 os componentes principais (autovalores) do tensor das tensões e 𝑆1 , 𝑆2 e 𝑆3 os
28

autovalores dos tensor desviador da tensão, é possível representar estes tensores da


seguinte forma:

𝜎1 0 0 𝑆1 0 0
1
𝜎 = [0 𝜎2 0]; 𝑆 = [0 𝑆2 0 ] ; 𝑆𝑖 = 𝜎𝑖 − 𝑡𝑟 (𝜎) (3.11)
3
0 0 𝜎3 0 0 𝑆3

É possível verificar que se as leis de evolução forem válidas e as condições iniciais


de material virgem, estabelecidas anteriormente, forem atendidas, logo os tensores
deformação plástica 𝜀 𝑝 e endurecimento cinemático 𝑋 terão as mesmas direções principais
𝑝 𝑝 𝑝
que os tensores 𝜎 e, consequentemente, 𝑆. Sendo assim, sejam 𝜀1 , 𝜀2 e 𝜀3 os componentes

principais (autovalores) do tensor deformação plástica e 𝑋1 , 𝑋2 e 𝑋3 os autovalores dos


tensor endurecimento cinemático, é possível representar estes tensores da seguinte forma:

𝜀 𝑝1 0 0 𝑋1 0 0
𝜀𝑝 = [ 0 𝜀𝑝2 0 ]; 𝑋 = [ 0 𝑋2 0] (3.12)
0 0 𝜀𝑝3 0 0 𝑋3

Logo, reescrevendo as equações constitutivas na base das direções principais tem-


se:

3
𝜈𝐸 𝑝 𝐸 𝑝
𝜎𝑖 = ∑(𝜀𝑗 − 𝜀𝑗 ) + (𝜀 − 𝜀𝑖 ); 𝑖 = 1,2 𝑜𝑢 3 (3.13)
(1 + 𝜈)(1 − 2𝜈) (1 + 𝜈) 𝑖
𝑗=1

ou

3
𝑝 (1 + 𝜈) 𝜈
(𝜀𝑖 − 𝜀𝑖 ) = 𝜎𝑖 − ∑(𝜎𝑗 ) ; 𝑖 = 1,2 𝑜𝑢 3
𝐸 𝐸
𝑗=1

3
𝜀𝑖̇ =
𝑝
𝑆 𝑝̇ ; 𝑖 = 1,2 𝑜𝑢 3 (3.14)
2𝐽 𝑔

𝑋̇𝑖 = 𝑎𝜀𝑖̇ − 𝑏𝑋𝑖 𝑝̇ ;


𝑝
𝑖 = 1,2 𝑜𝑢 3 (3.15)

1⁄
3 2
𝐽 = [ {(𝑆1 − 𝑋1 )2 + (𝑆2 − 𝑋2 )2 + (𝑆3 − 𝑋3 )2 }] (3.16)
2

Adicionalmente também pode-se representar a equação (3.9) nesta base.


29

2 𝑝 2 𝑝 2 𝑝 2
𝑝̇ = √ [(𝜀̇1 ) + (𝜀̇2 ) + (𝜀̇3 ) ] (3.17)
3

Nota-se a partir das equações acima que as componentes principais do desviador


da tensão, do endurecimento cinemático e da deformação plástica não são independentes,
o que permite a seguinte simplificação.
𝑝
𝑆𝑖 𝜀𝑖 𝑋𝑖
= 𝑝= ; ∀|𝑖, 𝑗 = 1,2 𝑜𝑢 3 (3.18)
𝑆𝑗 𝜀𝑗 𝑋𝑗

Como o traço do tensor desviador é nulo, tem-se que:

3 3 3
𝑝
∑ 𝑆𝑖 = ∑ 𝜀𝑖 = ∑ 𝑋𝑖 = 0 (3.19)
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1

ou
𝑝 𝑝 𝑝
𝑆3 = −(𝑆1 + 𝑆2 ); 𝜀3 = −(𝜀1 + 𝜀2 ); 𝑋3 = −(𝑋1 + 𝑋2 ) (3.20)

Sendo assim, é possível reescrever as equações constitutivas (3.14) a (3.16) usando


apenas duas das três componentes principais de 𝑆, 𝜀 𝑝 , 𝑋, já que a terceira não é

independente.

𝑝 3
𝜀1 = 𝑆 𝑝̇ (3.21.1)
2𝐽 1

𝑝 3
𝜀2 = 𝑆 𝑝̇ (3.21.2)
2𝐽 2

𝑋̇1 = 𝑎𝜀1̇ − 𝑏𝑋1 𝑝̇


𝑝
(3.22.1)

𝑋̇2 = 𝑎𝜀2̇ − 𝑏𝑋2 𝑝̇


𝑝
(3.22.2)

𝑃𝐿𝐴𝑆𝑇𝐼𝐶𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 ⇒ 𝑝̇ ≥ 0; 𝐹 = 𝐽 − 𝑌 ≥ 0; 𝑝̇ 𝐹 = 0 (3.23.1)

𝐽−𝑌 𝑁
𝑉𝐼𝑆𝐶𝑂𝑃𝐿𝐴𝑆𝑇𝐼𝐶𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 ⟹ 𝑝̇ = 〈 〉 (3.23.2)
𝐾
30

3.3. REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO CRITÉRIO DE VON MISES


GENERALIZADO

Tendo representado as equações constitutivas na base das direções principais é


possível fazer uma representação geométrica do critério de von Mises generalizado. A
partir da sua definição segue que para 𝐽 < 𝑌 ⟹ 𝜀 𝑝 = 0, ou seja, se a tensão equivalente

de von Mises for menor do que o valor para o endurecimento isotrópico não há deformação
permanete ou plástica.

Partindo da definição (3.16), 𝐽 < 𝑌 implica que:

1⁄
3 2
𝐽 = [ {(𝑆1 − 𝑋1 )2 + (𝑆2 − 𝑋2 )2 + (𝑆3 − 𝑋3 )2 }] <𝑌
2
2
2
{(𝑆1 − 𝑋1 )2 + (𝑆2 − 𝑋2 )2 + (𝑆3 − 𝑋3 )2 } < (√ 𝑌) (3.24)
3

O que define uma esfera de raio √2⁄3 𝑌 centrada no ponto 𝑋 = (𝑋1 , 𝑋2 , 𝑋3 ) na


base das direções principais do tensor tensor desviador, como na figura abaixo. A expansão
da região elástica está relacionada com o endurecimento isotrópico 𝑌(𝑡), e a translação
dessa esfera está ligada ao endurecimento cinemático 𝑋 de uma esfera de raio inicial

√2⁄3 𝜎𝑦 (região elástica inicial).


31

Figura 3.1 - Representação do critério de von Mises generalizado na base das

direções principais do tensor desviador

Como visto em (3.20), estas relações podem permitem representar o Critério de


von Mises usando apenas duas componentes principais de 𝑆 e 𝑋, já que a terceira não é

independente. Ou seja, mesmo para estados triaxiais de tensão, pode ser representado num
plano. Analogamente à equação (3.24), pode-se descrever o critério de von Mises como
uma elipse inclinada em 45º da seguinte maneira.

𝑌2
[(𝑆1 − 𝑋1 )2 + (𝑆2 − 𝑋2 )2 + (𝑆1 − 𝑋1 )(𝑆2 − 𝑋2 )] = (3.25)
3

Analogamente à representação em todas as três direções principais, essa elipse é


centrada no ponto 𝑋 = (𝑋1 , 𝑋2 ). A expansão da região elástica está relacionada com o
endurecimento isotrópico 𝑌(𝑡), e a translação dessa elipse está ligada ao endurecimento
cinemático 𝑋.
32

Figura 3.2- Representação plana do critério de von Mises generalizado

3.4. EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS UNIDIMENSIONAIS

Como premissa inicial do presente estudo foram considerados materiais


isotrópicos. Sendo assim, uma das maneiras de identificar os coeficientes das equações
constitutivas é através de ensaios uniaxiais, nos quais se supõe um estado uniaxial de
tensão. Logo os tensores tensão e deformação são dados da seguinte maneira.

𝐹(𝑡) 𝛿(𝑡)
𝜎1 (𝑡) = ( ) 0 0 𝜀1 (𝑥, 𝑡) = ( ) 0 0
𝐴0 𝐿0
𝜎=[ ]; 𝜀 = (3.26)
0 0 0 0 −𝜈∗ 𝜀1 (𝑥, 𝑡) 0
0 0 0 [ 0 0 −𝜈∗ 𝜀1 (𝑥, 𝑡)]

Onde 𝐹(𝑡) é a força de tração / compressão aplicada no corpo de prova no instante


𝑡, 𝐿0 o comprimento da área de seção útil (𝐴0 ) e 𝛿(𝑡) o alongamento. 𝜈∗ é uma constante
tal que 0 < 𝜈∗ < 0.5. Logo, seguindo a definição (3.11), o tensor desviador é dado da
forma abaixo:

2
𝑆1 = 𝜎1 0 0
3
1
𝑆= 0 𝑆2 = − 𝜎1 0 (3.27)
3
1
[ 0 0 𝑆3 = − 𝜎1 ]
3

Logo, das equações (3.18) e (3.20), segue que:


33

𝑝 𝑝 1 𝑝 1
𝜀2 = 𝜀3 = − 𝜀1 𝑒 𝑋2 = 𝑋3 = − 𝑋1 (3.28)
2 2

Tem-se, portanto, em uma notação matricial:

𝜀 𝑝1 0 0
1
𝜀𝑝 = 0 𝜀𝑝2 = − 𝜀 𝑝1 0 (3.29)
2
1
[ 0 0 𝜀𝑝3 = − 𝜀 𝑝1 ]
2

Introduzindo a variável 𝑋 = 3⁄2 𝑋1 , tem-se o tensor 𝑋 da seguinte forma:

2
𝑋1 = 𝑋 0 0
3
1
𝑋= 0 𝑋2 = − 𝑋 0 (3.30)
3
1
[ 0 0 𝑋3 = − 𝑋]
3

Utilizando a definição do critério generalizado de von Mises apresentada em (3.16)


é possível obter a equação abaixo:

𝐽 = |𝜎 − 𝑋| (3.31)

Para simplificar a representação, serão utilizadas as seguintes notações: 𝜎1 (𝑡) =


𝑝
𝜎(𝑡), 𝜀1 (𝑡) = 𝜀(𝑡) e 𝜀1 (𝑡) = 𝜀 𝑝 (𝑡). Logo, as equações constitutivas podem ser
representadas da seguinte maneira:

𝜎 = 𝐸(𝜀 − 𝜀 𝑝 ) (3.32)

𝜀̇𝑝 = 𝑝̇ 𝑆𝑔 ; 𝜀 𝑝 (𝑡 = 0) = 0 (3.33)

𝑆𝑔 = +1 𝑠𝑒 (𝜎 − 𝑋) ≥ 0 𝑒 𝑆𝑔 = −1 𝑠𝑒 (𝜎 − 𝑋) < 0 (3.34)

𝑋̇ = 𝑎𝜀̇𝑝 − 𝑏𝑋𝑝̇ , 𝑋(𝑡 = 0) = 0 (3.35)

𝑌 = 𝜎0 + 𝑣1 [1 − 𝑒 −𝑣2 𝑝 ] (3.36)

𝑃𝐿𝐴𝑆𝑇𝐼𝐶𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 ⇒ 𝐹 = |𝜎 − 𝑋| − 𝑌 ≤ 0; 𝑝̇ ≥ 0; 𝑝̇ 𝐹 = 0; 𝑝(𝑡 = 0) = 0 (3.37.1)

|𝜎 − 𝑋| 𝑁
𝑉𝐼𝑆𝐶𝑂𝑃𝐿𝐴𝑆𝑇𝐼𝐶𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 ⟹ 𝑝̇ = 〈 〉 ; 𝑝(𝑡 = 0) = 0 (3.37.2)
𝐾
34

3.5. EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS NO ESPAÇO DAS DIREÇÕES PRINCIPAIS


APLICADAS À UM TUBO DE PAREDES FINAS

Tendo obtido uma simplificação das equações constitutivas para as direções


principais, basta aplicá-las ao caso de estudo, um tubo submetido a pressão interna e um
carregamento axial cíclico, como mostra a figura abaixo.

Figura 3.3 – Carregamento na tubulação

Desta forma o tensor das tenções é representado, para um tubo de paredes finas, da
meneira abaixo.

𝜎r 0 0
𝜎 = [0 𝜎𝜃 0] (3.38)
0 0 𝜎𝑧

Sendo,

𝜎r = 0 (3.39.1)

𝑃0 𝑅
𝜎𝜃 = (3.39.2)
𝑒

𝐹(𝑡)
𝜎𝑧 = (3.39.3)
𝐴

Logo,

𝜎r = 0 0 0
𝑃0 𝑅
0 𝜎𝜃 = 0
𝜎= 𝑒
𝐹(𝑡)
[ 0 0 𝜎𝑧 =
𝐴 ]

E a partir da definição de 𝑆 apresentada em (3.11), tem-se que:


35

1
− (𝜎𝜃 + 𝜎𝑧 ) 0 0
3
1
𝑆= 0 (2𝜎𝜃 − 𝜎𝑧 ) 0
3
1
0 0 (2𝜎𝑧 − 𝜎𝜃 )
[ 3 ]

Pela relação (3.20) nota-se que os três termos não são independentes, logo é
possível simplificar o critério de von Mises, (3.16), de forma que este seja função apenas
de duas das direções principais. Desta forma o critério de von Mises pode ser simplificado
e escrito da seguinte forma.

𝐽 = √3{(𝑆𝜃 − 𝑋𝜃 )2 + (𝑆𝑍 − 𝑋𝑍 )2 + (𝑆𝜃 − 𝑋𝜃 )(𝑆𝑍 − 𝑋𝑍 )} (3.40)

Usando a relação apresentada em (3.18) e fazendo:

𝑆𝑟 𝑋𝑟 𝜎𝜃 + 𝜎𝑧
= =
𝑆𝜃 𝑋𝜃 𝜎𝑧 − 2𝜎𝜃

𝑆𝑧 𝑋𝑧 2𝜎𝑧 − 𝜎𝜃
= =
𝑆𝜃 𝑋𝜃 2𝜎𝜃 − 𝜎𝑧

É possível representar o critério de von Mises utilizando somente uma das direções
principais, 𝜃 ou 𝑧, já que o carregamento é conhecido. Segue abaixo a simplificação.

2𝜎𝑧 − 𝜎𝜃 2𝜎𝑧 − 𝜎𝜃 2
𝐽 = |𝑆𝜃 − 𝑋𝜃 |√3 [1 + ( )+( ) ]
2𝜎𝜃 − 𝜎𝑧 2𝜎𝜃 − 𝜎𝑧

Sendo

2𝜎𝑧 − 𝜎𝜃 2𝜎𝑧 − 𝜎𝜃 2
𝜂(𝑡) = √3 [1 + ( )+( ) ] (3.41)
2𝜎𝜃 − 𝜎𝑧 2𝜎𝜃 − 𝜎𝑧

𝐽 = |𝑆𝜃 − 𝑋𝜃 | 𝜂(𝑡) (3.42)

A partir da definição de 𝜂(𝑡) é possível modelar o problema apenas em função das


equações constitutivas na direção circunferencial e do carregamento aplicado [8].

p 3 3 1, if (S X ) 0
(S X )p Sg p com Sg (3.43)
2J 2 -1, caso contrário
36

2 p
X a bX p (3.44)
3

Y v2(v1 0 Y) p (3.45)

N
F
p ; F (S X (t )) Y 0 (3.46)
K
37

Capítulo 4 Algoritmos para solução

numérica
As equações constitutivas apresentadas no capítulo anterior definem um sistema
de equações diferencias ordinárias com valores iniciais definidos em (3.10). Desta forma
o problema matemático pode ser simplesmente solucionado usando um método baseado
na divisão de operador [14-16]. O objetivo dessa técnica é tomar vantagem das
propriedades de decomposição do operador matemático para resolver uma série de
problemas mais simples no lugar de um único problema complexo. As técnicas de
aproximação baseadas na decomposição de operador associadas a outros algoritmos tem
sido aplicadas em várias áreas da Mecânica do Contínuo, em especial na elasto-
plasticidade e elasto-viscoplasticidade [17] e [18].

4.1. DISCRETIZAÇÃO NO TEMPO – MODELO UNIAXIAL

Considerando uma sequência de tempo é possível introduzir os incrementos das


variáveis presentes nas equações constitutivas do problema. Usando a seguinte notação
tem-se: y(t ) : y(tn ) yn .

A partir das equações constitutivas para o caso uniaxial pode-se fazer as seguintes
aproximações:

( p )n 1 ( p )n p
(4.1)

(X )n 1 (X )n X (4.2)

(Y )n 1 (Y )n Y (4.3)
38

(p)n 1 (p)n p (4.4)

Com:

p
(Sg )n p (4.5)

X [a(Sg )n b(X )n ] p (4.6)

Y v2 (v1 - (Y )n p) p (4.7)

Como pode ser visto, é possível calcular todas as variáveis no instante tn 1 uma

vez que o incremento p é obtido. Sabe-se pelas definições (3.37) que a função F é
calculada de formas distintas para materiais com comportamento elasto-plástico e elasto-
viscoplástico. A seguir será mostrado como é o cálculo do incremento p para os casos
elasto-plástico e elasto-viscoplástico.

4.1.1. Elasto-plasticidade

A partir da definição (3.37.1) é possível calcular o incremento p de forma


simples.

F X Y 0

Fn 1 ( )n 1 - (X )n 1 - (Y )n 1

Fn 1 ( )n 1 - (X )n - X - (Y )n - Yn

Fn 1 ( )n 1 - (X )n - (a(Sg )n b(X )n ) p - (Y )n - v2(v1 - (Y )n 0) p

Uma aproximação analítica de p pode ser obtida usando a condição (F )n 1 0

quando p 0.

(F )n 1 [( )n 1 - (X )n - (a(Sg )n - b(X )n ) p ](Sg )n - (Y )n - v2(v1 - (Y )n 0) p

Sendo (F )n 1 0 , então:
39

[( )n 1 - (X )n ](Sg )n - Yn {a - b(X )n (Sg )n v2 (v1 - (Y )n 0 )} p

( )n 1 - (X )n (Sg )n (Y )n
p (4.8)
a b(X )n (Sg )n v2 v1 0 (Y )n

4.1.2. Elasto-viscoplasticidade

A função F para elasto-viscoplasticidade também pode ser representada em


função de p para cálculo deste incremento.

N N
p F X Y
p
t K K

N
n 1
X n
X Y n
Y
p t
K

N
n 1
X n
a(Sg )n b(X )n p Y n
v2 (v1 - (Y )n 0) p
p t
K

p
N
n 1
X n
a(Sg )n b(X )n p (Sg )n Y n
v2 (v1 - (Y )n 0) p (4.9)
t
K

A partir da equação (4.9) fica claro que não existe solução analítica para cálculo
do incremento p , logo deve-se escolher um método numérico para solução desta
equação, ao contrário do que acontece com materiais com comportamento elasto-plástico
como pôde ser visto anteriormente.

No desenvolvimento deste trabalho o método numérico escolhido foi o de Newton-


Raphson devido a mais fácil e mais rápida convergência.

4.1.3. Algoritmo para solução uniaxial


40

Das definições obtidas acima é possível, então, calcular o incremento p, e


consequentemente, os demais incrementos, (4.5), (4.6) e (4.7). Define-se, então, o
algoritmo, abaixo, para solução do problema elasto-viscoplástico.

i) n 0

p
ii) São conhecidas: n 1; Sn 1; t; n; pn ; Xn ; Yn

iii) Computar Sg

Sg DSIGN 1, n- Xn

iv) ( )n 1 Xn Yn 0?

SIM – O passo é elástico, logo p 0

p p
tn 1 tn t; n 1 n; pn 1 pn ; Xn 1 Xn ; Yn 1 Yn ;

n n 1

Go to (ii)

NÃO – O passo é plástico

É calculado o incremento p a partir da equação (4.9), como dito


anteriormente esta equação não possui solução analítica. Logo foi
escolhido o Método de Newton-Raphson para calcular uma aproximação
de p.

v) Cálculo dos demais incrementos:

p
(Sg )n p

X [a(Sg )n b(X )n ] p

Y v2 (v1 - (Y )n 0) p

vi) Atualização das variáveis:

pn 1 pn p
41

p p p
n 1 n

Xn 1 Xn X

Yn 1 Yn Y

Se tn 1 tmáx ?
vii)

SIM - tn 1 tn t; n n 1

Go to (iii)

NÃO – Go to (viii)

viii) FIM

4.2. DISCRETIZAÇÃO NO TEMPO – VASO DE PRESSÃO DE PAREDES FINAS

Tendo como base o algoritmo desenvolvido anteriormente é possível, através das


simplificações feitas na seção 3.5, apresentar um algoritmo capaz de resolver o caso de
vasos de pressão de paredes finas submetidos a uma pressão interna e carregamentos
cíclicos axiais. Tomando como valores iniciais os apresentados em (3.10) e as equações
apresentas em 3.5 é possível adequar o algoritmo e a discretização no tempo apresentados
anteriormente para solucionar este problema.

Considerando uma sequência de tempo é possível introduzir os incrementos das


variáveis presentes nas equações constitutivas do problema. Usando a seguinte notação
tem-se: y(t ) : y(tn ) yn .

A partir das equações constitutivas para o caso de um vaso de pressão de paredes


finas submetido a pressão interna e carregamento cíclico axial pode-se fazer as seguintes
aproximações:

( p )n 1 ( p )n p
(4.10)

(X )n 1 (X )n X (4.11)

(Y )n 1 (Y )n Y (4.12)
42

(p)n 1 (p)n p (4.13)

Com:

p
3( )n 1
(Sg )n p (4.14)
2

2 p
X a b(X )n p [a( )n 1(Sg )n b(X )n ] p (4.15)
3

Y v2 (v1 - (Y )n 0) p (4.16)

4.2.1. Elasto-plasticidade

A partir das definições (3.37.1) e (3.41) é possível calcular o incremento p de


forma simples.

F (S ) - (X ) - (Y )

Fn 1 (S )n 1 - (X )n 1 n 1 - (Y )n 1

Fn 1 (S )n 1 - (X )n - X ( )n 1 - (Y )n - Y

Fn 1 (S )n 1 - (X )n - (a n 1(Sg )n b(X )n ) p n 1 - (Y )n - v2 (v1 - (Y )n 0) p

Uma aproximação analítica de p pode ser obtida usando a condição (F )n 1 0

quando p 0.

(F )n 1
[(S )n 1 - (X )n - (a( )n 1(Sg )n - b(X )n ) p ]( )n 1(Sg )n - (Y )n - v2(v1 - (Y )n 0) p

Sendo (F )n 1 0 , então:
43

2
[(S )n 1 - (X )n ] n 1(Sg )n - Yn {a n 1 - b(X )n n 1(Sg )n v2(v1 - (Y )n 0 )} p

(S )n 1 - (X )n ( )n 1(Sg )n (Y )n
p (4.17)
a( )n2 1 b(X )n ( )n 1(Sg )n v2 v1 y (Y )n

4.2.2. Elasto-viscoplasticidade

A função F para elasto-viscoplasticidade também pode ser representada em


função de p para cálculo deste incremento.

N N
p F S X Y
p
t K K

N
S n 1
X n
X ( )n 1 Y n
Y
p t
K

p
N
S n 1
X n
a( )n 1(Sg )n b(X )n p ( )n 1 Y n
v2 (v1 - (Y )n 0) p
t
K

p
N
S n 1
X n
a ( )n 1 (Sg )n b(X )n p ( )n 1 (Sg )n Y n
v 2 (v1 - (Y )n 0
) p (4.18)
t
K

A partir da equação (4.18) fica claro que não existe solução analítica para cálculo
do incremento p , logo deve-se escolher um método numérico para solução desta
equação, ao contrário do que acontece com materiais com comportamento elasto-plástico
como pôde ser visto anteriormente.

No desenvolvimento deste trabalho o método numérico escolhido foi o de Newton-


Raphson devido a mais fácil e mais rápida convergência.
44

4.2.3. Algoritmo para solução de vaso de pressão

Das definições obtidas acima é possível, então, calcular o incremento p, e


consequentemente, os demais incrementos, (4.14), (4.15) e (4.16). Define-se, então, o
algoritmo, abaixo, para solução do problema elasto-viscoplástico.

i) n 0

ii) São conhecidas: ( )n 1; t ; ( p )n ; (p)n ; (X )n ; (Y )n

iii) Computar Sg

Sg DSIGN 1, (S )n - (X )n

iv) (S )n 1 (X )n (Y )n 0?

SIM – O passo é elástico, logo p 0

tn 1 tn t; ( p )n 1 ( p )n ; pn 1 pn ; (X )n 1 (X )n ;

Yn 1 Yn ; n n 1

Go to (ii)

NÃO – O passo é plástico

É calculado o incremento p a partir da equação (4.18), como dito


anteriormente esta equação não possui solução analítica. Logo foi
escolhido o Método de Newton-Raphson para calcular uma aproximação
de p.

v) Cálculo dos demais incrementos:

p
(Sg )n p

X [a(Sg )n b(X )n ] p

Y v2 (v1 - (Y )n 0) p

vi) Atualização das variáveis:


45

pn 1 pn p

( p )n 1 ( p )n p

(X )n 1 (X )n X

Yn 1 Yn Y

Se tn 1 tmáx ?
vii)

SIM - tn 1 tn t; n n 1

Go to (iii)

NÃO – Go to (viii)

viii) FIM
46

Capítulo 5 Resultados
Os resultados são divididos em diversas partes, quais sejam, o caso uniaxial e de
tubos de paredes finas submetidos a carregamento axial cíclico e pressão interna. Todos
os resultados apresentados a seguir foram obtidos numericamente usando o algoritmo
apresentado anteriormente e tomando como material o aço AISI 316 L [13] a 600 C. Os
parâmetros do material são: 𝜎0 = 60 𝑀𝑃𝑎, 𝐸 = 195000 𝑀𝑃𝑎, 𝑣1 = 80, 𝑣2 = 100, 𝑎 =
16535 𝑀𝑃𝑎, 𝑏 = 300, 𝐾 = 150, 𝑁 = 12

5.1. CASO UNIAXIAL

Inicialmente foram feitos os estudos considerando uma barra submetida somente a


esforço axial cíclico devido a simplicidade do modelo. O objetivo principal dessas
simulações foi testar o algoritmo desenvolvido e estudar a deformação plástica
progressiva.

Todas as simulações foram feitas com tensão prescrita e uma frequência de


carregamento de 0,050 Hz, ou seja, um ciclo a cada 18 segundos. Para cada ensaio foram
consideradas variações na intensidade do carregamento e número de ciclos, e
consequentemente, o intervalo de tempo do estudo.

Abaixo é apresentada a formulação do carregamento para o caso uniaxial, esta


mesma formulação é usada para o carregamento axial do caso do vaso de paredes finas.

0 A sen(w t ) C (5.1)

0.05 -1
w s ; asen(C / A) (5.2)
2

Onde o fator w representa a frequência de carregamento, t é o tempo e é a fase.

max 0 (A C); min 0 (C A) (5.3)


47

Os valores de A e C definem a amplitude e a média dos valores do carregamento.

A 1.3 , C 0 (5.4)

A 1.5 , C 0.2 (5.5)

A 1.7 , C 0.4 (5.7)

5.1.1. Histórico de carregamento – caso uniaxial

As combinações do carregamento são mostradas na figura a seguir:

Figura 5.1 – Histórico de carregamento

Como pode ser visto, o carregamento axial imposto é cíclico, senoidal, e determina
a intensidade da tensão aplicada, a tensão aplicada é o resultado do produto do fator de
carregamento com a tensão de proporcionalidade. Nota-se que dos três carregamentos
somente o representado pela linha cheia é simétrico, enquanto os restantes têm o valor
mínimo comum de -1,3 e o máximo de 1,5 ou 1,7. Posteriormente será observado o efeito
dessa simetria do carregamento no comportamento do material.
48

5.1.2. Carregamento simétrico ( A 1.7 , C 0)

A seguir são apresentados os resultados gráficos para um carregamento com cinco


ciclos, noventa segundos de duração e valores máximo e mínimo para o fator de
carregamento de 1,7 e -1,7 respectivamente.

Figura 5.2 – Tensão x deformação plástica

Figura 5.3 – Deformação plástica x tempo


49

Figura 5.4 – Deformação plástica acumulada x tempo

Observando a figura 5.2 observa-se que ocorre acomodação e não o surgimento de


uma deformação plástica cíclica progressiva como mostrado na figura 2.10.

5.1.3. Carregamento cíclico (A=1.5, C=0.2)

A Seguir são apresentados os resultados gráficos para um carregamento com cinco


cíclos, noventa segundos de duração e valores máximo e mínimo para o fator de (𝜎/𝜎0 )
de 1,5 e -1,3 respectivamente.

Figura 5.5 - Tensão x deformação plástica


50

Figura 5.6 - Deformação plástica x tempo

Figura 5.7 – Deformação plástica acumulada x tempo


51

Figura 5.8 - Tensão x deformação plástica acumulada

Pode-se perceber que devido a uma carga trativa maior o efeito do Ratcheting
fazendo com que a deformação plástica aumente progressivamente a cada ciclo. Através
dos gráficos apresentando a evolução do incremento ∆𝑝, que não varia com os cíclos, que
a cada cíclo o aumento na deformação plástica e na deformação plástica acumulada é
mantido constante.

5.1.4. Carregamento cíclico (A=1.7 e C=0.4)

A Seguir são apresentados os resultados gráficos para um carregamento com cinco


ciclos, noventa segundos de duração e valores máximo e mínimo para o fator de
carregamento de 1,7 e -1,3 respectivamente.
52

Figura 5.9 - Tensão x deformação plástica

Figura 5.10 - Deformação plástica x tempo


53

Figura 5.11 – Deformação plástica acumulada x tempo

Com os resultados acima é possível perceber que o aumento na tensão máxima no


carregamento torna ainda mais claro o efeito da deformação cíclica acumulada, ou
Ratcheting. Com os resultados das simulações para os carregamentos não simétricos
percebe-se que durante a compressão o material não consegue atingir o limite de
proporcionalidade a compressão, fazendo com que a deformação plástica acumulada (p)
evolua da mesma maneira que a deformação plástica.

5.2. VASO DE PRESSÃO DE PAREDES FINAS

Nesta seção serão apresentados os resultados para as simulações feitas tomando


como objeto de estudo um vaso de pressão de paredes finas submetido a uma pressão
interna e com carregamento axial cíclico de forma que possa ser observada a deformação
plástica progressiva.

Todas as simulações foram feitas com tensão prescrita e uma frequência de


carregamento axial de 0,050 Hz, ou seja, um ciclo a cada 18 segundos e pressão interna
crescente até um limite estabelecido e posteriormente constante. Para cada ensaio foram
consideradas variações na intensidade do carregamento e número de ciclos, e
consequentemente, o intervalo de tempo do estudo.
54

5.2.1. Histórico de carregamento – caso vaso de pressão

O histórico de carregamento pode ser observado nas figuras a seguir.

Figura 5.12 – Histórico de carregamento axial

Figura 5.13 – Histórico de carregamento circunferencial

Como pode ser visto, o carregamento axial imposto é cíclico, senoidal, e determina
a intensidade da tensão aplicada, a tensão aplicada é o resultado do produto do fator de
carregamento com a tensão de proporcionalidade, o mesmo acontece com o carregamento
circunferencial onde a tensão aplicada é o produto do fator de carregamento
circunferencial e a tensão de proporcionalidade. Nota-se que dos três carregamentos axiais
55

somente o representado pela linha cheia é simétrico, enquanto os restantes têm o valor
mínimo comum de -1,3 e o máximo de 1,5 ou 1,7. O efeito da simetria, ou não, do
carregamento axial pôde ser observado nas simulações do caso uniaxial.

5.2.2. Carregamento axial simétrico e pressão interna ( A 1.3 , C 0)

A seguir são apresentados os resultados gráficos para um carregamento com cinco


ciclos, noventa segundos de duração, valores máximo e mínimo para o fator de
carregamento axial de 1,3 e -1,3 respectivamente e esforços circunferenciais como
mostrado na Figura 5.48.

Figura 5.14 - Sθ x deformação plástica em θ


56

Figura 5.15 – SZ x deformação plástica em Z

Figura 5.16 – Deformação plástica em θ x tempo


57

Figura 5.17 – Deformação plástica em Z x tempo

Figura 5.18 – Deformação plástica acumulada x tempo

Agora são apresentados os resultados para 75 ciclos, ou 1350 segundos.


58

Figura 5.19 - Sθ x deformação plástica em θ

Figura 5.20 - SZ x deformação plástica em Z


59

Figura 5.21 – Deformação plástica em θ x tempo

Figura 5.22 – Deformação plástica em Z x tempo


60

Figura 5.23 – Deformação plástica acumulada x tempo

Figura 5.24 – Tensão equivalente de von Mises x Deformação plástica acumulada

Observando os resultados apresentados acima é possível perceber que com o


aumento do número de ciclos a tendência é que haja acomodação, uma vez que o
crescimento da deformação plástica acumulada torna-se mais lento como ilustrado na
Figura 5.23.

Percebe-se também o aumento da fase elástica e o seu deslocamento na Figura 5.68


devido aos endurecimentos isotrópico e cinemático respectivamente.
61

5.2.3. Carregamento axial e pressão interna ( A 1.5 , C 0.2 )

A seguir serão apresentados os resultados gráficos para um carregamento axial


cíclico com fator de carregamento máximo de 1,5 vezes a tensão de proporcionalidade e
mínimo de -1,3, além de pressão interna.

São apresentados os resultados para 75 ciclos, ou 1350 segundos de duração.

Figura 5.25 – Sθ x deformação plástica em θ

Figura 5.26 - SZ x deformação plástica em Z


62

Figura 5.27 - Deformação plástica em θ x tempo

Figura 5.28 - Deformação plástica em Z x tempo


63

Figura 5.29 – Deformação plástica acumulada x tempo

Figura 5.30 – Tensão equivalente de von Mises x Deformação plástica acumulada

As conclusões obtidas através da análise desses resultados é semelhante às feitas


no encerramento da seção 5.2.2, com o adicional de os efeitos serem mais claros a medida
que a tensão aplicada é maior.
64

5.2.4. Carregamento axial e pressão interna ( A 1.7 , C 0.4 )

Abaixo são apresentados os resultados gráficos para um carregamento axial cíclico


com fator de carregamento máximo de 1,7 vezes a tensão de proporcionalidade e mínimo
de -1,3, além de pressão interna.

São apresentados os resultados para 75 ciclos, ou 1350 segundos.

Figura 5.31 – Sθ x deformação plástica em θ

Figura 5.32 - SZ x deformação plástica em Z


65

Figura 5.33 - Deformação plástica em θ x tempo

Figura 5.34 - Deformação plástica em Z x tempo


66

Figura 5.35 - Deformação plástica acumulada x tempo

Figura 5.36 - Tensão equivalente de von Mises x Deformação plástica acumulada

A análise de resultados é semelhante a feita nas duas seções anteriores. O mais


importante a ser destacado é o comportamento apresentado na Figura 5.36. Como
explicado anteriormente é esperado que o domínio elástico expanda, assim como há a
tendência a acomodação da curva.

Nota-se que a partir do valor de, aproximadamente, 0,02% para a deformação


plástica acumulada que a tensão equivalente de von Mises não diminui além de zero, isso
se deve ao fato de esta variável ser absoluta, ou seja, somente apresenta valores reais
positivos, é possível observar esta característica na equação (3.42).
67

p
Em todos os casos se observa um incremento de deformação plástica por

ciclo, o que corresponde à um aumento permanente rp do diâmetro, pois vale a relação

p
rp
(5.8)
ri

p
Após alguns ciclos, esse incremento se estabiliza cte , podendo esse valor

ser igual a zero (estabilização elástica). Um possível critério de integridade seria impor
uma deformação plástica acumulada máxima pmax e verificar através de simulações se esse

valor seria atingido.

Figura 5.37 - Carregamento seguro / Possibilidade de falha

5.3. ESTUDO DO PASSO NO TEMPO

Por se tratar de um trabalho numérico é importante que o tempo gasto pelo


programa para obter os resultados seja o menor possível sem que a qualidade dos
resultados seja prejudicada. Logo vê-se a necessidade de, através de estudos preliminares,
68

determinar um passo no tempo onde a precisão não seja prejudicada e o tempo de


processamento seja o menor possível.

Foram, então, feitas várias simulações para obter um passo no tempo que
proporcionasse tais resultados.

Como será apresentado posteriormente, a simulação com o maior intervalo de


tempo tem duração de 1350 segundos e 90 ciclos. Para o estudo de passo no tempo foi
decidido inicialmente que uma divisão de 100.000 (cem mil) iterações obtivesse um
resultado adequado, o que resulta em um passo no tempo de ∆𝑡 = 0,0135𝑠. A partir deste
ponto foi-se diminuindo o número de iterações e consequentemente aumentando o passo
no tempo (∆𝑡). Adicionalmente foi registrado de forma aproximada o tempo demorado
por cada simulação.

Para simplificar a visualização gráfica desse estudo, as simulações foram feitas


considerando apenas 5 ciclos. Abaixo é apresentada uma tabela para simplificar a
visualização das simulações feitas.

Tabela 5.1 – Dados simulações para estudo do passo no tempo

Dados de
carregamento Dados das simulações
Número Passos no Tempo gasto
Tempo Passos no
de Δt [s] tempo por em cada
Máximo [s] tempo
ciclos cíclo simulação [s]
90 5 6667 0,0135 1333 3,1
90 5 3333 0,0270 667 2,8
90 5 1667 0,0540 333 2,4
90 5 1000 0,0900 200 2,1
90 5 500 0,1800 100 1,8

As simulações foram feitas com carregamento axial cíclico com valor máximo de
1,7 vezes a tensão de proporcionalidade e tensão mínima de -1,3 vezes a tensão de
proporcionalidade. Já a tensão circunferencial é constante e tem o mesmo valor da tensão
de proporcionalidade.

Abaixo são apresentados os resultados gráficos com a variação do passo no tempo


e número de iterações.
69

Figura 5.38 - Comparação passo no tempo – Deformação plástica circunferencial

pelo tempo

Figura 5.39 - Comparação passo no tempo – Deformação plástica acumulada pelo

tempo

Bons resultados são encontrados quando são usadas 100 iterações por ciclo, ou
seja, quando ∆𝑡 = 𝑇/100. Onde ∆𝑡 é o passo no tempo e 𝑇 é o período.
70

Capítulo 6 Conclusões e Perspectivas

Futuras

Tubulações metálicas sob pressão e submetidas a cargas axiais cíclicas além do


limite elástico podem exibir um aumento progressivo da deformação na direção
circunferencial ou tangencial, o que é conhecido na literatura internacional com o
fenômeno de ratcheting.

Em geral os estudos para esse tipo de problema requerem equações constitutivas


sofisticadas e são usados códigos de elementos finitos que levam a simulações
relativamente caras. A análise elasto-viscoplástica realizada nesse trabalho permite
explicar o fenômeno de uma forma simples.

Uma manipulação adequada das equações permite estudar o problema multiaxial


através de um problema uniaxial com a análise restrita à direção circunferencial. O
problema matemático resultante é essencialmente um problema de valor inicial que pode
ser resolvido adaptando-se técnicas de integração razoavelmente conhecidas usadas para
os problemas uniaxiais da elasto-viscoplasticidade. O modelo combina simplicidade
matemática para permitir seu uso por não especialistas com a capacidade de descrever um
comportamento mecânico não linear complexo (deformação permanente, encruamento,
fluência cíclica, etc.) observado em situações onde há a combinação de uma carga primária
constante e uma carga cíclica secundária.

Finalmente, como continuação desse trabalho, sugere-se os seguintes tópicos:

Incluir o efeito do dano para prever a falha estrutural;

Incluir o efeito de temperatura (equação do calor) numa tubulação ancorada nas


extremidades;
71

Desenvolver a teoria constitutiva de forma abstrata, dentro de um contexto


termodinâmico, de forma a poder incluir de forma simples na análise outras leis de
comportamento mais sofisticadas (como, por exemplo, equações acopladas com
envelhecimento propostas em [19] e equações com dano que levam em conta a
corrosão sob tensão [20], [21]).
72

Capítulo 7 Referências Bibliográficas

[1] Vishnuvardhan S, Raghava G, Gandhi P, Saravanan M, Goyal S, Arora P, Gupta SK,


Bhasin V. Ratcheting failure of pressurised straight pipes and elbows under reversed
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walled pipes under internal pressure and subjected to cyclic axial loading. Thin-Walled
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73

[9] Shariati M, Kolasangiani K, Norouzi G, Shahnavaz A. Experimental study of SS316L


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Phenomena. Int J Plasticity 1991; 7: 865-877.

[20] da Costa-Mattos H, Bastos IN, Gomes JACP. A Simple Model for Slow Strain Rate
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Containing Sodium Chloride. Corros Sci 2008; 50: 2858-2866, 2008

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modelling of stress corrosion tests in elasto-viscoplastic materials. Corros Sci 2013. In
press. Accepted manuscript. Online in http://dx.doi.org/10.1016/j.corsci.2013.11.020
75

ANEXO 1
Programa para solução do caso de vasos de pressão com paredes finas

1: PROGRAM VPLAST_MULTI
2: IMPLICIT DOUBLE PRECISION (A-H,O-Z)
3: DIMENSION STHETA(100002), SZ(100002), DEF(100002), DEFP(100002),
4: * DEFPZ(100002), P(100002), XJ(100002), X(100002), Y(100002),
5: * T(100002), ALFA(100002), BETA(100002), ETA(100002)
6: C
7: OPEN(UNIT=6,FILE='entrada_propriedades.txt')
8: OPEN(UNIT=7,FILE='entrada_carregamento.txt')
9: OPEN(UNIT=8,FILE='saida.txt')
10: C
11: C ENTRADA DAS PROPRIEDADES DO MATERIAL
12: C
13: READ(6,*) E
14: READ(6,*) SIGMAY
15: READ(6,*) V1
16: READ(6,*) V2
17: READ(6,*) A
18: READ(6,*) B
19: READ(6,*) XK
20: READ(6,*) XN
21: C
22: C DEFINIÇÃO DOS VALORES INICIAIS
23: C
24: STHETA(1) = 0.D0
25: SZ(1) = 0.D0
26: DEF(1) = 0.D0
27: DEFP(1) = 0.D0
28: DEFPZ(1) = 0.D0
29: P(1) = 0.D0
30: X(1) = 0.D0
31: Y(1) = SIGMAY
32: T(1) = 0.D0
33: XJ(1) = 0.D0
34: ALFA(1) = 0.D0
35: C
36: C COMEÇO DO ALGORITNO
37: C
38: PI = 2.D0*DASIN(1.D0)
39: READ(7,*) TMAX !TEMPO MÁXIMO
40: READ(7,*) TDIV !DIVISOR DO PASSO NO TEMPO
41: READ(7,*) N !NÚMERO DE CICLOS
42: READ(7,*) SZMAX
43: READ(7,*) SZMIN
44: READ(7,*) AMPLALFA
45: C
46: DT = TMAX/TDIV !PASSO NO TEMPO
47: AMPLZ = (SZMAX - SZMIN)/2.D0
48: C = SZMAX - AMPLZ
49: FI = DASIN(C/AMPLZ)
50: WZ = (N/TMAX)*(4.D0*FI+4.D0*DASIN((-C+SZMAX)/AMPLZ))
51: BETA(1) = (DSIN(WZ*T(1)-FI)*AMPLZ + C)
52: C
53: WRITE(8,*) T(1), DEFP(1), DEFPZ(1), P(1), 0.D0, X(1), Y(1),
54: * ALFA(1), BETA(1), ALFA(1), BETA(1), XJ(1)
55: C
56: ICOUNT = 0
57: I = 1
58: C
76

59: DOWHILE (ICOUNT.NE.1)


60: C
61: T(I+1) = T(I) + DT
62: IF (T(I+1).GT.TMAX) THEN
63: ICOUNT = 1
64: ENDIF
65: C CARREGAMENTO SZ
66: BETA(I+1) = (DSIN(WZ*T(I+1)-FI)*AMPLZ + C)
67: C CARREGAMENTO STHETA
68: ALFA(I+1) = (AMPLALFA*N/TMAX)*T(I+1)
69: IF (ALFA(I+1).GT.AMPLALFA) THEN
70: ALFA(I+1) = AMPLALFA
71: ENDIF
72: C
73: C
74: AUX = (2.D0*BETA(I+1)-ALFA(I+1))/(2.D0*ALFA(I+1)-BETA(I+1))
75: ETA = DSQRT(3.D0*(1.D0+AUX+AUX**2.D0))
76: C
77: STHETA(I+1) = (1.D0/3.D0)*(2.D0*ALFA(I+1)-BETA(I+1))*SIGMAY
78: SZ(I+1) = (1.D0/3.D0)*(2.D0*BETA(I+1)-ALFA(I+1))*SIGMAY
79: C
80: SG = DSIGN(1.D0,(STHETA(I)-X(I)))
81: C
82: IF (DABS(STHETA(I+1)-X(I))*ETA(I+1)-Y(I).LT.0.D0) THEN
83: DP = 0.D0
84: ELSE
85: C CÁLCULO NUMÉRICO DE DP
86: ITS = 1
87: Z = DP
88: AUX1 = DABS(STHETA(I+1)-X(I))*ETA(I+1)-Y(I)
89: AUX2 =A*ETA(I+1)*ETA(I+1)-B*X(I)*SG*ETA(I+1)+V2*(V1+SIGMAY-Y(I))
90: F = (((AUX1-(AUZ2*Z))/XK)**XN) - Z/DT
91: DF = (-(XN*AUX2)/XK)*((AUX1-(AUX2*Z))/XK)**(XN-1.D0) - (1.D0/DT)
92: C NEWTON
93: TOL = 1.D0
94: DO WHILE ((DABS(TOL).GE. 1.D-3).AND.ABS(F).GT.1.D-20.AND.
95: * ITS.LT.100)
96: DELTAZ = (F/DF)
97: Z = Z - DELTAZ
98: TOL = DABS((DELTAZ)/Z)
99: F = (((AUX1-(AUZ2*Z))/XK)**XN) - Z/DT
100: DF = (-(XN*AUX2)/XK)*((AUX1-(AUX2*Z))/XK)**(XN-1.D0) - (1.D0/DT)
101: ITS = ITS + 1.D0
102: ENDDO
103: DP = Z
104: IF (ITS.GT.1000) THEN
105: PRINT*, ITS
106: GO TO 30
107: ENDIF
108: C
109: IF (((AUX1-(AUZ2*Z))/XK).LE.0.D0) THEN
110: DP = 0.D0
111: ELSE
112: DP = DP
113: ENDIF
114: C
115: ENDIF
116: C CÁLCULO DOS DEMAIS INCREMENTOS
117: DEP = 1.5D0*ETA(I+1)*SG*DP
118: DX = (A*ETA(I+1)*SG - B*X(I))*DP
119: DY = V2*(V1+SIGMAY-Y(I))*DP
120: C
121: C ATUALIZAÃ├O DAS VARI┴VEIS
122: C
123: DEFP(I+1) = DEFP(I)+DEP
124: X(I+1) = X(I)+DX
77

125: Y(I+1) = Y(I)+DY


126: P(I+1) = P(I)+DP
127: AUX=(2.D0*BETA(I+1)-ALFA(I+1)) / (2.D0*ALFA(I+1)-BETA(I+1))
128: DEFPZ(I+1) = AUX*DEFP(I+1)
129: ETA(I+1) = DSQRT(3.D0*(1.D0+AUX+AUX**2.D0))
130: XJ(I+1) = DABS(STHETA(I+1)-X(I+1))*ETA(I+1)
131: C
132: WRITE(8,*) T(I+1), DEFP(I+1), DEFPZ(I+1), P(I+1), DP, X(I+1),
133: * Y(I+1), ALFA(I+1), BETA(I+1), STHETA(I+1), SZ(I+1), XJ(I+1)
134: C
135: I = I+1
136: END DO
137: 30 STOP
138: END
78

ANEXO 2
Costa Mattos HS, Peres JMA, Melo MAC. Ratcheting behaviour of elasto-plastic thin-
walled pipes under internal pressure and subjected to cyclic axial loading. Thin-Walled
Structures 2015; 93: 102-111.
Thin-Walled Structures 93 (2015) 102–111

Contents lists available at ScienceDirect

Thin-Walled Structures
journal homepage: www.elsevier.com/locate/tws

Ratcheting behaviour of elasto-plastic thin-walled pipes


under internal pressure and subjected to cyclic axial loading
Heraldo S. da Costa Mattos a,n, Jadyr M.A. Peres a, Marco Antonio C. Melo a,b
a
Laboratory of Theoretical and Applied Mechanics, Graduate Program in Mechanical Engineering, Universidade Federal Fluminense, Rua Passo da Pátria 156,
24210-240 Niterói, RJ, Brazil
b
Eletrobras—Eletronuclear, Rua da Candelária, no 65-61 andar, 20091-020 Rio de Janeiro, RJ, Brazil

art ic l e i nf o a b s t r a c t

Article history: The present paper is concerned with the analysis of the ratcheting behaviour of elasto-plastic thin-
Received 5 September 2014 walled pipes under internal pressure and subjected to cyclic axial loading. Understanding the behaviour
Received in revised form of this kind of structure at different load levels is of critical importance in a range of engineering
25 February 2015
applications such as in the design of structural components of power and chemical reactors. Depending
Accepted 11 March 2015
on the kinematic hardening, the pipe may exhibit a ratcheting behaviour in the circumferential direction,
Available online 2 April 2015
which leads to a progressive accumulation of deformation. Many different constitutive theories have
Keywords: been proposed to model the kinematic hardening under such kind of loading history. The present paper
Thin-walled pipes presents a simple local criterion to indicate whether or not the pipe may exhibit a progressive
Cyclic elasto-plasticity
accumulation of deformation. Such criterion is independent of the choice of the evolution law adopted
Multial Ratcheting
for the backstress tensor. As an example, a semi-analytic approach using a mixed nonlinear kinematic/
Modelling
isotropic hardening model is proposed to be used in a preliminary analysis of this kind of structure.
& 2015 Published by Elsevier Ltd.

1. Introduction of multiaxial behavior [4–7]. In [4], a complete model was developed,


including isotropic hardening, to describe the ratcheting behaviour of
When a metallic component is subjected to cycles of mechanical 316L stainless steel at room temperature. In this study, one particular
loading beyond the elastic limit many important phenomena can kinematic hardening rule was selected aiming at describing both the
occur, what may lead to structural failure. Different structural situa- shape of the normal cyclic stress–strain relations and the ratcheting
tions exist in which this combination of sustained or primary loading results. The main concern, as discussed in [5], was to propose rules
and secondary cyclic loading can lead to incremental collapse or what that induce much less accumulation of uniaxial and multiaxial ratch-
is known as ratcheting. For instance, pressurised metallic tubes under etting strains than the Armstrong and Frederick rule. In [5], kinematic
reversed bending [1] or pressurised metallic tubes subjected to cyclic hardening rules formulated in a hardening/dynamic recovery format
push pull [2]. These structures under such load combinations are were examined for simulating racheting behaviour. These rules, chara-
known to exhibit continued strain growth in the hoop direction. cterized by decomposition of the kinematic hardening variable into
Understanding the behaviour of this kind of structure at different components, are based on the assumption that each component has a
load levels is of critical importance in a range of engineering applica- critical state for its dynamic recovery to be fully activated. In the paper
tions such as in the design of structural components of power and by Abdel Karim and Ohno [6], an alternative kinematic hardening
chemical reactors (primary heat transport system of nuclear power model was proposed for simulating the steady-state in ratcheting
plants, for instance). The reliability of structural integrity prediction within the framework of the strain hardening and dynamic recovery
depends strongly on the physical adequacy of the elasto-plastic con- format. The model was formulated to have two kinds of dynamic
stitutive equations considered in the analysis. Many papers concerned recovery terms, which operate at all times and only in a critical state,
with ratcheting failure mechanisms or with constitutive models for respectively. The model is able of representing appropriately the
ratcheting have been performed in the last years. Since the classical steady-state in ratcheting under multiaxial and uniaxial cyclic loading.
works of Chaboche (see [3], for instance), most works were concerned In [7], seven cyclic plasticity models for structural ratcheting response
with an adequate modelling of the kinematic hardening to improve simulations were analysed: bilinear (Prager), multilinear (Besseling),
the description of ratcheting effects and to include a better modelling Chaboche, Ohno–Wang, Abdel Karim–Ohno, modified Chaboche (Bari
and Hassan) and modified Ohno–Wang (Chen and Jiao). Apparently,
none of the models evaluated perform satisfactorily in simulating the
n
Corresponding author. Tel./fax: þ 55 21 2629 5585. straight pipe diameter change and circumferential strain ratcheting
E-mail address: heraldo@mec.uff.br (H.S. da Costa Mattos). responses.

http://dx.doi.org/10.1016/j.tws.2015.03.011
0263-8231/& 2015 Published by Elsevier Ltd.
H.S. da Costa Mattos et al. / Thin-Walled Structures 93 (2015) 102–111 103

In particular, many experimental and numerical studies on ratch- given by


eting induced by reversed bending in straight pipes and elbows have
νE E
been performed in the last years [1,8–10], and a detailed review can be σ trðε  ε p Þ 1 þ ðε  ε p Þ ð1Þ
found in [1,10]. In [1], ratcheting studies were carried out on Type ð1 þ νÞð1  2νÞ ¼ ð1 þ νÞ
304LN stainless steel straight pipes and elbows subjected to steady
3 
internal pressure and cyclic bending load. Ratcheting behaviour of ε_ p ¼ S  X p_ ð2Þ
straight pipes and elbows were compared and it was generally 2J
inferred that ratcheting was more pronounced in straight pipes than
2
in elbows. Shariati et al. [8] investigated the softening and ratcheting X_ ¼ aε_ p  bX p_ ð3Þ
behaviours of SS316L cantilevered cylindrical shells under cyclic 3
bending load. Accumulation of the plastic strain or ratcheting phe-
nomenon occurred under force-control loading with nonzero mean Y_ ¼ v2 ðv1 þ σ y  YÞp_ ð4Þ
force. It was verified that an increase of the mean force induces an
increase in the accumulation of the plastic deformation and its rate. p_ Z 0; F ¼ ðJ YÞ Z 0; _ ¼0
pF ð5Þ
Plastic mechanism analyses of circular tubular members under cyclic
loading were performed in [9]. This paper provides new methods of with
analyses for circular hollow sections subjected to a constant amplitude rffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi v ffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi
3    u u3 X 3 X 3
cyclic pure bending and a large axial compression–tension cycle. The J¼ S X U S X ¼ t ðS  X ij Þ2 ð6Þ
local buckling analysis was performed using a rigid plastic mechanism 2 2 i ¼ 1 j ¼ 1 ij
analysis.
Although ratcheting based criteria for integrity assessment of pres- where E is the young modulus, ν the Poisson’s ratio and σ y , v1 , v2 , a, b
surized piping under severe loading can be found in codes [11], so far are positive constants that characterize the plastic behaviour of the
most constitutive models are unable to describe the complex non- material and they can be obtained from a simple tension-compression
linear cyclic behaviour observed in this kind of problem. Besides, the test [14]. 1 is the identity tensor, and trðA Þ is the trace of an arbitrary
analysis of the stress and strain fields usually requires the use of tensor A . S is the deviatoric stress given by
complex finite element codes, what can be a shortcoming for the    
effective use of these theories by designers. 1
S¼ σ trðσ Þ1 ð7Þ
The present paper is concerned with the analysis of the coupled 3
effect of kinematic and isotropic hardening on the multiaxial ratchet-
ing behaviour of elasto-plastic thin-walled straight pipes under inter-
J is the equivalent von Mises stress. X is an auxiliary variable related to
nal pressure and subjected to cyclic axial loading. An easily employable
the kinematic hardening (eventually called the backstress tensor) and
framework to be used in the analysis of structures of this type with
it is introduced to account for the anisotropy introduced by the plastic
complex material behaviour, as elasto-plasticity with both isotropic
deformation. Y is an auxiliary variable related to the isotropic hard-
and kinematic hardening, is presented. A simple and efficient algo-
ening and models how the yield stress varies with plastic deformation.
rithm for approximating the solution is described.
p is usually called the accumulated plastic strain and p_ can be interpr-
Simulations of AISI 316L steel and AU4G aluminium alloy pressure
eted as a Lagrange multiplier associated to the constraint F r 0.
vessels at room temperature subjected to multiaxial loadings are pres-
Function F characterizes the elasticity domain and the plastic yielding
ented and analysed. It is shown that cyclic behaviour is strongly
surface. From Eq. (2) it is possible to affirm that
dependent on the kinematic hardening, but also on the isotropic
rffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi
hardening. The main result of the paper is the proposition of a simple 2 p p
condition (involving the ratio of the circumferential component of the _p ¼ ε_ U ε_ ð8Þ
3
backstress tensor and the auxiliary variable related to the isotropic
hardening) to indicate when the pipe may exhibit a ratcheting beha- and, therefore,
viour, which leads to a progressive accumulation of deformation. Such Z rffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi!
t
2 p
kind of criterion is independent of the evolution law adopted for the pðtÞ ¼ pðt ¼ 0Þ þ ε_ ðζ Þ U ε_ p ðζ Þ dζ ð9Þ
t¼0 3
backstresss tensor. Therefore, it is important to emphasize that the
paper is not focused on the evaluation of the physical adequacy of If F ¼ J  Y o0, it comes that J oY. Hence, from the condition
different constitutive models for predicting ratcheting behaviour. _ ¼ 0 in (5), it is possible to conclude that p_ ¼ 0. If p_ a 0, from the
pF
Although the Marquis–Chaboche elasto-plastic constitutive Eqs. (11) condition pF _ ¼ 0 it also comes that, necessarily, F ¼ 0. Besides, from
and (12) have been considered in the present study, such a condition Eqs. (2)–(4) it comes that, in this case, ε_ p a , ̇ a and Y_ a0. Therefore,
for ratcheting to arise can be applied to any cyclic plasticity model the elasto-plastic material is characterized by an elastic domain in the
with both isotropic and kinematic hardening. stress space where yielding doesn’t occur (ε_ p ¼ ̇ ¼ ,p_ ¼ Y_ ¼ 0 if F o 0).
Noting the eigenvalues of S and X , respectively by fS1 ; S2 ; S3 g
and fX 1 ; X 2 ; X 3 g, the elastic domain can be represented in the space
2. Summary of the elasto-plastic constitutive equations of the principal directions of the deviatoric stress pffiffiffiffiffiffiffiffias a sphere
centred at the point fX 1 ; X 2 ; X 3 g with radius R ¼ 2=3Y. Generally
The following set of elasto-plastic constitutive equations pro- the following initial conditions are used for a “virgin” material
posed by Marquis [12] is adequate to model the cyclic inelastic
behaviour of metallic material at room temperature. A further dis- pðt ¼ 0Þ ¼ 0; ε p ðt ¼ 0Þ ¼ X ðt ¼ 0Þ ¼ ; Yðt ¼ 0Þ ¼ σ y ð10Þ
cussion about these equations can be found in [13].
In the framework of small deformations and isothermal processes,
besides the stress tensor σ and the strain tensor ε , the following From now on, the initial conditions (10) are assumed to hold in the
auxiliary variables are also considered: the plastic strain tensor ε p , the analysis. It is also important to remark that the constitutive equations
accumulated plastic strain p and two other auxiliary variables ðX ; YÞ, with conditions (10) and definition (7) imply that the principal direct-
respectively related to the kinematic hardening and to the isotropic ions the stress tensor, of the deviatoric stress tensor, of the plastic
hardening. A complete set of elasto-plastic constitutive equations is strain tensor and of the backstress tensor are the same.
104 H.S. da Costa Mattos et al. / Thin-Walled Structures 93 (2015) 102–111

Eqs. (1)–(3) have the following form if expressed using the analysis, the cylinder is assumed to be open-ended (studies
basis of the principal directions analysing the effect of the closed ends in the cylinder integrity
can be found in [15,16]). In a cyclic push and pull with axial force
νE X 3
E
σi ¼ ðεi  εpi Þ þ ðεi  εpi Þ ð11Þ F t , the axial stress is homogeneous along a cross-section and
ð1 þ νÞð1 2νÞ i ¼ 1 ð1 þ νÞ approximated by the following expression: σ z  F t =ð2π r i eÞ.
In real straight pipes in operation, the cyclic axial stress component
3
ε_ pi ¼ ðSi  X i Þp_ ð12Þ can be caused by a non-homogeneous temperature variation or by a
2J bending moment [10]. The present paper is not concerned with the
analysis of the equilibrium equations in these cases and the expression
2
X_ i ¼ aε_ pi  bX i p_ ð13Þ of both the axial stress component σ z and may vary depending on the
3
material, the geometry and the loading history. In the case of cyclic
with Si ði ¼ 1; 2or3Þ, εpi ði ¼ 1; 2or3Þ and X i ði ¼ 1; 2or3Þ being the bending, the axial stress is not homogeneous and complex expressions
principal components (eigenvalues) respectively of S , ε p and X . In this should be adopted. In the case of non isothermal problems, the fully
case, from Eq. (7), it is possible to obtain the following alternative coupled constitutive equations must be considered (see, [17], for
expression instance). Nevertheless, if ovalisation is negligible, the hoop stress
qffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi and the axial stress in a thin walled pipe can be considered uncoupled
J ¼ 3½ðSi  X i Þ2 þ ðSi  X i ÞðSj  X j Þ þ ðSj  X j Þ2  8 ði; jÞ; with a i j since the expressions presented in Eq. (17) are still reasonable.
ð14Þ Besides, as it will be verified in the sequence, the particular expres-
sion relating the axial stress with material, geometry and external
Using the evolution laws (2) and (3) and considering the initial
loading does not affect the basic goal of the paper, which is to identify a
conditions (10), it is also possible to verify that the following
simple criterion for ratcheting to arise when the circumferential
relation always holds (provided Sj a 0, εpj a 0 and X j a 0)
component of the backstress tensor exceed a given isotropic hardening
S i εi X i
p
parameter.
¼ ¼ 8 ði; j ¼ 1; 2; or 3Þ ð15Þ
Sj εpj X j No matter the pipe material and geometry, α must be a constant
value in Eq. (16) for a fixed internal pressure of the pipe. Besides, since
the goal is to study the ratcheting induced by a periodic axial loading,
the axial stress is assumed to be a periodic function of time at a given
3. Thin-walled elasto-plastic cylinder under constant internal material point and, consequently, β must be a periodic function of
pressure and cyclic axial loading time. Since plasticity is rate-independent, the frequency of the axial
loading does not affect the stress–strain behaviour and only maximum
The goal of this section is to summarize the procedure to analyse a and minimum stress levels (and, therefore, the maximum and mini-
particular two-dimensional state of stress obtained from the general mum values of the function β) are important in the analysis.
model. In this two-dimensional abstract context, the tensor σ ðx; tÞ at a Taking into account assumption (16) and using definition (7), it
given point x and a given time instant t is supposed to be given by the is possible to conclude that the radial, circumferential and axial
following expressions (in cylindrical coordinates) components Sr , Sθ , Sz of the deviatoric stress tensor S are its only
2 3
σr 0 0 non-zero components
σ ¼6 7
4 0 σ θ 0 5 with σ r ¼ 0; σ θ ¼ αðtÞσ y ; σ z ¼ βðtÞσ y :
1 1
0 0 σz Sr ¼  ðσ θ þ σ z Þ ¼  ðαðtÞ þ βðtÞÞσ y ð18:1Þ
3 3
ð16Þ
σ r is the radial stress component, σ θ the circumferential stress 1 1
Sθ ¼ ð2σ θ  σ z Þ ¼ ð2αðtÞ  β ðtÞÞσ y ð18:2Þ
component and σ z the axial stress component. All other components 3 3
are considered to be equal to zero. α and β are arbitrary scalar
functions of time such that αðt ¼ 0Þ ¼ 0 and βðt ¼ 0Þ ¼ 0. 1 1
A theoretical analysis allows explaining the different possible cyclic Sz ¼ ð2σ z  σ θ Þ ¼ ð2β ðtÞ  αðtÞÞσ y ð18:3Þ
3 3
plastic behaviours in if such kind of (local) stress history is supposed to
occur. This analysis includes the case of thin-walled elasto-plastic It is important to note that the principal components of the
cylinders under constant internal pressure and subjected to cyclic axial deviatoric stress and of the plastic deformation are not independent,
loading. In this case, the expressions relating the external loading and which allows introducing additional simplifications in the equations.
geometry with the axial and circumferential stress component σ z and From Eqs. (15) and (18.1)–(18.3), it comes that (provided ð2α  β Þ a 0)
may vary depending on the nature of the cyclic axial loading. Never-
theless, no matter the nature of the axial loading, the stress tensor at a Sr εpr X r ðα þ β Þ Sz εpz X z ð2β  αÞ
¼ ¼ ¼ ; ¼ ¼ ¼ ð19Þ
given point will always have the abstract form presented in Eq. (16), Sθ εpθ X θ ðβ  2αÞ Sθ εpθ X θ ð2α  β Þ
since αðtÞ and βðtÞ are arbitrary scalar functions.
For instance, in the case of an elasto-plastic cylinder with Using definition (14) and Eq. (19) it is possible to obtain the
internal radius r i and thickness e submitted to an internal pressure following equivalent expressions for the von Mises equivalent stress
P, the circumferential stress component (or hoop stress) σ θ and
qffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi
the circumferential strain component εθ are classically approxi-
J¼ 3½ðSθ  X θ Þ2 þ ðSθ  X θ ÞðSz  X z Þ þ ðSz X z Þ2  ð20:1Þ
mated in the framework of membrane theory of shells of revolu-
tion by the following expression (provided the internal radius r i
and the thickness e are such that r i 4 10e and ovalisation is
negligible)
vffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi

u "  2 #
Pr Δr u
t ð2β  αÞ ð2β  αÞ
σθ ¼ i; εθ ¼ ð17Þ J ¼ Sθ  X θ ηðtÞ with ηðtÞ ¼ 3 1 þ þ
e ri ð2α  βÞ ð2α  βÞ
where Δr is the variation of the internal radius. To simplify the ð20:2Þ
H.S. da Costa Mattos et al. / Thin-Walled Structures 93 (2015) 102–111 105

Thus, the behaviour in the circumferential direction is governed with


by the following system of equations
3ðηÞn þ 1
vffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi Δεpθ ¼ ðSgÞn Δp ð25:1Þ
u "  2 # 2
1 u ð2βðtÞ  αðtÞÞ ð2βðtÞ  αðtÞÞ
Sθ ¼ ð2αðtÞ  βðtÞÞσ y ; ηðtÞ ¼ t3 1 þ þ
3 ð2αðtÞ  βðtÞÞ ð2αðtÞ  βðtÞÞ 2
ΔX θ ¼ aΔεpθ  bðX θ Þn Δp ¼ ½aðηÞn þ 1 ðSgÞn bðX θ Þn Δp ð25:2Þ
3
ð21:1Þ
(

ΔY ¼ v2 ðv1  ðYÞn þ σ y Þ Δp ð25:3Þ
3 3η 1; ifðSθ  X θ Þ Z 0
ε_ pθ ¼ ðSθ  X θ Þp_ ¼ Sgp_ with Sg ¼
2J 2  1; otherwise The plastic function F can be expressed in terms of Δp:
ð21:2Þ 9
F n þ 1 ¼ ðSθ Þn þ 1  ðX θ Þn þ 1 ηn þ 1  ðYÞn þ 1 ) >
>
=
F n þ 1  ðSθ Þn þ 1  ðX θ Þn  ΔX θ ðηÞn þ 1  ðYÞn  ΔY n )

>
>
2  ðSθ Þn þ 1  ðX θ Þn  ðaηn þ 1 ðSgÞn  bðX θ Þn ÞΔp ηn þ 1  ðYÞn  v2 ðv1  ðYÞn þ σ y Þ Δp ;
X_ θ ¼ aε_ pθ  bX θ p_ ð21:3Þ
3 ð26Þ

and an analytical approximation of the increment Δp can be


Y_ ¼ v2 ðv1 þ σ y YÞp_ ð21:4Þ
obtained using the condition ðFÞn þ 1 ¼ 0 when Δp a0:

p_ Z 0; F ¼ ð Sθ X θ ηðtÞÞ  Y Z0; _ ¼0
pF ð21:5Þ ðFÞn þ 1  ½ðSθ Þn þ 1  ðX θ Þn

ηÞn þ 1 ðSgÞn  bðX
 ðað θ Þn ÞΔpðηÞn þ 1 ðSgÞn  ðYÞn
From Eqs. (18.2) and (21.2) it is possible to verify that the axial  v2 ðv1  ðYÞn þ σ y Þ Δp ð27Þ
stress component affects the plastic strain in the circumferential
direction. In the case of a tube under constant internal pressure, a If ðFÞn þ 1 ¼ 0, then
significant variation of the axial stress component may cause a
½ðSθ Þn þ 1  ðX θ Þn ηn þ 1 ðSgÞn  Y n ¼ faη2n þ 1  bðX θ Þn ηn þ 1 ðSgÞn þ v2 ðv1  ðYÞn þ σ y Þg
plastic flow in the circumferential direction.


η
ðSθ Þn þ 1  ðX θ Þn ð Þn þ 1 ðSgÞn  ðYÞn
Δp ) Δp  ð28Þ
aðη η
Þ2n þ 1  bðX θ Þn ð Þn þ 1 ðSgÞn þ v2 v1 þ y  ðYÞn σ
4. Solution algorithm
Once the increment Δp is known, all the variables can be
Eqs. (21.1)–(21.4) define a nonlinear system of ordinary differ- obtained at the instant t n þ 1 using Eqs. (24.1)–(24.4), (25.1)–(25.3).
ential equations coupled with the constraints (21.5). The basic The procedure can be improved using an iterative solution
mathematical problem considered in this paper is formed by Eqs. technique that uses this Euler scheme coupled with a projection
(21.1)–(21.4) together with the following initial conditions scheme. The projection technique assures that F o δ at any time
step, with δ 40 being the maximum admissible error in the
pðt ¼ 0Þ ¼ εpθ ðt ¼ 0Þ ¼ X θ ðt ¼ 0Þ ¼ 0; Yðt ¼ 0Þ ¼ σ y ð22Þ computation of F in the plastic steps. Such a technique allows
the computation of accurate results even if very large steps are
The solution algorithm used to obtain a numerical approximation
used, what is crucial if the simulation of a great number of cycles is
for this initial value problem is based on the operator split method
necessary.
[18–20]. The objective of this technique is to take advantage of some
additive decomposition properties of the mathematical operator to
solve a sequence of simpler problems instead of a unique complex 4.2. Basic solution algorithm
problem. The approximation techniques based on the operator split
method and associated product formula algorithms have been applied The basic solution algorithm is defined as follows
in various areas of Continuum Mechanics and, in particular, in elasto-
plasticity and elasto-viscoplasticity. (i) n ¼ 0
(ii) ðηÞn þ 1 , ðεpθ Þn , ðpÞn , ðX θ Þn , ðYÞn are known and
4.1. Time discretization 1
ðSθ Þn þ 1 ¼ ð2ðαÞn þ 1  ðβÞn þ 1 Þσ y ; ðηÞn þ 1
3vffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi
Considering a sequence of time instants (since the elasto-plastic u "  2 #
u ð2ðβ Þn þ 1  ðαÞn þ 1 Þ ð2ðβÞn þ 1  ðαÞn þ 1 Þ
equations are rate independent, this definition is only used to establish t
¼ 3 1þ þ
ð2ðαÞn þ 1  β ðtÞÞ ð2ðαÞn þ 1  ðβÞn þ 1 Þ
a sequence of events)
0 o t 1 ot 2 o ⋯ o t n ð23Þ
(iii) Compute the auxiliary variables εpθ , p, X θ and Y:
and using the following notation for any function yðtÞ: yðt n Þ ¼ yn
εθ ¼ ðεθ Þn , p ¼ ðpÞn , X θ ¼ ðX θ Þn , Y ¼ ðYÞn , ITER ¼ 1
p p
The main idea of the solution algorithm is to explore the fact (iv) ðSθ Þn þ 1  X ðηÞn þ 1  Y o δ?

that all time rates of the variables εpθ , X θ and Y, defined in Eqs. YES ) The step is elastic:
(21.2)–(21.4), are linear functions of p, _ hence, the following
ðεpθ Þn þ 1 ¼ εpθ , ðX θ Þn þ 1 ¼ X, Y n þ 1 ¼ Y, pn þ 1 ¼ p, n ¼ n þ 1
approximation can be considered If n 4 NMAX, stop ) maximum number of time steps
ðεpθ Þn þ 1 ¼ ðεpθ Þn þ Δεpθ ð24:1Þ Go to (ii)
NO ) The step is plastic:
ðX θ Þn þ 1 ¼ ðX θ Þn þ ΔX θ ð24:2Þ ITER ¼ ITER þ 1

ðYÞn þ 1 ¼ ðYÞn þ ΔY ð24:3Þ if ITER 4 ICONT, stop ) Maximum number of iterations per
time step
ðpÞn þ 1 ¼ ðpÞn þ Δp ð24:4Þ go to (vi)
106 H.S. da Costa Mattos et al. / Thin-Walled Structures 93 (2015) 102–111

(v) Computation of the increment Δp: Y ¼ Y þ ΔY




ðS Þ  Xθ ðSθ Þn þ 1  X θ ðηÞn þ 1 Sg  Y n p ¼ p þ Δp
Sg ¼ θ n þ 1 ) Δp ¼
ðSθ Þ η n þ 1  bX θ ðηÞn þ 1 Sg þ v2 v1 þ σ y  Y
2
nþ1  X θ að Þ
(viii) Go to (iv)
(vi) Computation of the increments Δεpθ , ΔX θ , ΔY:
3η Good
results are obtained taking δ ¼ σ y =100 , ICONT ¼ 5 and
Δεpθ ¼ n þ 1 Sg ΔpΔX θ ¼ ðaηn þ 1 Sg  bX θ ÞΔp ΔSθ r σ y =100
2


ΔY ¼ v2 ðv1  Y þ σ y Þ Δp
5. Results and discussion

(vii) Update the variables εpθ , X θ , Y, p In order to better understand when ratcheting may occur in an
εθ ¼ εθ þ Δεθ
p p p arbitrary tube, it is considered an AISI 316L steel at room
temperature. The material parameters in this case are

X θ ¼ X θ þ ΔX θ σ y ¼ 300 MPa; E ¼ 196 GPa; ν ¼ 0:3;

Fig. 1. Loading histories considering Eq. (16).

Fig. 2. Curves Sθ  εpθ for different amplitudes of the cyclic axial loading. AISI 316L steel at room temperature.
H.S. da Costa Mattos et al. / Thin-Walled Structures 93 (2015) 102–111 107

a ¼ 45 GPa; b ¼ 60; v1 ¼ 0; v2 ¼ 0 ð29Þ where ðΔrÞp is the plastic or irreversible variation of the internal
radius, it may be concluded that the tube diameter will increase
It can be observed that, for this kind of material, the hardening
incrementally with the axial cyclic loading. Fig. 4 presents the
is purely kinematic (since v1 ¼ 0 and v2 ¼ 0). The goal is to
evolution of the accumulated plastic strain for A ¼ 1 and different
demonstrate that the ratcheting phenomenon is essentially due
values of the parameter B.
to the kinematic hardening and thus it is chosen a material which
Under cyclic axial loading and unloading, the pipe exhibits
does not present isotropic hardening (Y ¼ σ y ).
hysteresis (a phase lag), which leads to a dissipation of mechanical
In the analysis, the loading histories depicted in Fig. 1 (the
energy. The progressive accumulation of plastic deformation can
functions αðtÞ and β ðtÞ, see (16)) are taken into account. Since the
be explained by the strong kinematic hardening observed in this
elasto-plastic constitutive are rate independent, the time is not
material. The analysis is very similar to the one performed in [21]
important and it is only used to establish a sequence of events.
for progressive accumulation of deformation observed in cyclic
Thus, t n ¼ ðt=ΔtÞ, where Δt is an arbitrary time interval. The
tension tests performed in epoxy polymers.
parameters A and B are chosen in order to allow understanding
The elastic region is the domain of stresses in which there is no
the role of the stress components in the ratcheting behaviour.
plastic flow. As commented before, the elastic domain can be
Parameter α is related to the internal pressure. Combining the
expressions in (16) and (17), we have
 
Pr σ e
σ θ ¼ αðt n Þσ y ¼ i ) P ¼ α y ð30Þ
e ri

The maximum hoop stress is given by ðσ θ Þmax ¼ Aσ y ) P ¼


Aðσ y e=r i Þ (see Eq. (16)). Therefore, if A ¼ 1 then the maximum hoop
stress is such that ðσ θ Þmax ¼ σ y and the internal pressure is given
by P ¼ Aðσ y e=r i Þ.
B 41 is the amplitude of the periodic function βðt n Þ ¼
πtn
B sin 200 , with σ z ¼ βðt n Þσ y . Therefore, the maximum and
minimum axial stress component are ðσ z Þmax ¼ Bσ y and
ðσ z Þmin ¼  Bσ y .
Significant ratcheting in the circumferential direction occurs for
different values of B as it is shown in Figs. 2 and 3. Parameter B is
related to the amplitude of the cyclic axial loading. Therefore,
different amplitudes in the axial loading induce different ratchet- Fig. 4. Evolution of p for different amplitudes of the cyclic axial loading. AISI 316L
ing behaviour in circumferential direction. Since εpθ ¼ ðΔrÞp =r i , steel at room temperature.

Fig. 3. Evolution of εpθ for different amplitudes of the cyclic axial loading. AISI 316L steel at room temperature.
108 H.S. da Costa Mattos et al. / Thin-Walled Structures 93 (2015) 102–111

Fig. 5. Influence of kinematic hardening in the accumulation of plastic deformation.

Fig. 6. Curves Sθ  εpθ for different amplitudes of the cyclic axial loading. AU4G aluminium alloy at room temperature.
H.S. da Costa Mattos et al. / Thin-Walled Structures 93 (2015) 102–111 109

represented in the space of the principal directions of the different values of the parameter B. The material parameters in
pffiffiffiffiffiffiffiffi as a sphere centred at the point fX 1 ; X 2 ; X 3 g with
deviatoric stress this case are
radius R ¼ 2=3Y. This domain varies with the plastic deforma-
σ y ¼ 170 MPa; E ¼ 72 GPa; ν ¼ 0:32; a ¼ 22:5 GPa; b ¼ 125;
tion process. In the particular
case studied in this paper, from
condition F ¼ Sθ  X θ η  Y o 0 it possible to define the elastic v1 ¼ 100; v2 ¼ 1:6: ð32Þ
segment as the set of all possible Sθ such that Sθ X θ ðY=ηÞ o 0. As it can be verified, despite the isotropic hardening, the
The elastic segment has a length (2Y=η) and it is centred on X θ . behaviour is similar than in the previous case. The consideration
The elastic segment also varies with the plastic deformation of a range of hoop stresses is perfectly possible within the model.
process. This would permit a ratchet diagram to be developed—for any
If ðY=ηÞ 4 X θ hysteresis with consequent accumulation of cyclic given set of hardening parameters. Fig. 9 shows the results of
plastic deformation does not occur. For the pipe material under the simulations considering the aluminium alloy with B ¼ 1:5 and
prescribed loading conditions considered in this paper, the kine- different values of the parameter A. Significant ratcheting in the
matic hardening variable can be greater that the isotopic hard- circumferential direction also occurs even when A o 1 ) σ θ o σ y .
ening variable ðY=ηÞ and a negative plastic strain rate may occur It is interesting to remark that, in all cases, after a few cycles,
even with a positive stress (ε_ pθ o 0 if S_ θ o0 even when Sθ 4 0). This the increment of the accumulated plastic strain per cycle δp tends
fact explains why hysteresis and a progressive accumulation of to a constant value (Fig. 10). Such a plastic increment per cycle can
deformation occur in a cyclic load–unload test as shown in Fig. 5.
In the case of a material that presents both kinematic and isotropic
hardening, the reasoning is similar and ratcheting occurs if the
kinematic hardening parameter (the circumferential component of
the backstress tensor) X θ exceeds the isotropic hardening para-
meter ðY=ηÞ. Therefore, a simple criterion involving the ratio of the
circumferential component of the backstress tensor and the
auxiliary variable related to the isotropic hardening indicates if
the pipe may exhibit a ratcheting behaviour, which leads to a
progressive accumulation of deformation.
Ratcheting may occur if
1
X θ 4 ðY=ηÞ ) ðX θ =YÞ o ð31Þ
η
Figs. 6–8 show the results of simulations considering an AU4G
aluminium alloy at room temperature. The loading history con- Fig. 8. Evolution of p for different amplitudes of the cyclic axial loading. AU4G
sidering Eq. (16) is the same presented in Fig. 1, with A ¼ 1 and aluminium alloy at room temperature.

Fig. 7. Evolution of εpθ for different amplitudes of the cyclic axial loading. AU4G aluminium alloy at room temperature.
110 H.S. da Costa Mattos et al. / Thin-Walled Structures 93 (2015) 102–111

Fig. 9. Curves Sθ  εpθ for different amplitudes of the hoop stress. AU4G aluminium alloy at room temperature.

circumferential direction. It is shown that cyclic behaviour is


strongly dependent on the kinematic hardening, but also on the
isotropic hardening. A simple condition involving the ratio of the
circumferential component of the backstress tensor and the
auxiliary variable related to the isotropic hardening allows indi-
cating when the pipe may exhibit a ratcheting behaviour. Although
the Marquis–Chaboche elasto-plastic constitutive equations have
been considered in the present study, the condition for ratcheting
to arise is valid for any cyclic plasticity model with both isotropic
and kinematic hardening, provided Eq. (15) holds. Besides, the
solution algorithm can be easily adapted to other kinematic
hardening rules provided the increment of the circumferential
component of the backstress tensor ΔX θ can be expressed as a
function of the plastic strain increment Δεpθ of the accumulated
Fig. 10. Increment of the accumulated plastic strain per cycle δp. plastic strain increment Δp: ΔX θ ¼ f ðΔεpθ ; ΔpÞ. In this case, Eq.
(25.2) would be replaced by the alternative expression.
be easily obtained using the proposed numerical procedure. A
simple preliminary failure criterion would be to assume that the References
probability of failure is higher when the accumulated plastic strain
is greater than a given limit, i.e. when p  ðnδpÞ 4pmax . [1] Vishnuvardhan S, Raghava G, Gandhi P, Saravanan M, Goyal S, Arora P, Gupta
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