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Universidade Tecnológica Federal do

Paraná
Departamento Acadêmico de Mecânica
Coordenação de Estágio

Relatório Final de Estágio – Engenharia Mecânica


Planejamento e Controle da Manutenção na
empresa
Louis Dreyfus Commodities – unidade Ponta Grossa

Banca: Thiago Antonini Alves

Rui Tadashi Yoshino

Felipe Barreto Campelo Cruz

Realizado por:

Vivian Machado

1055739

Ponta Grossa, 03 de fevereiro de 2014.


Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Ponta Grossa

Coordenação de Engenharia Mecânica


e de Engenharia de Produção Mecânica

TERMO DE APROVAÇÃO

do

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

por

Vivian Machado

A Defesa Final desse Estágio Curricular Obrigatório foi realizada em 03 de


fevereiro de 2014 como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Mecânica. A candidata foi arguida pela Banca Examinadora composta
pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora
considerou o estágio aprovado.

_______________________________________ ____________________________________
Prof. Dr. Thiago Antonini Alves Prof. Dr. Rui Tadashi Yoshino
Prof. Orientador Membro Titular

____________________________________ ____________________________________
Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz Prof. Dr. Thiago Antonini Alves
Coordenador de Estágios dos Cursos de Coordenador dos Cursos de Engenharia Mecânica
Engenharia Mecânica e de Engenharia de e de Engenharia de Produção Mecânica
Produção Mecânica UTFPR/Campus Ponta UTFPR/Campus Ponta Grossa
Grossa

- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso -


Lista de Figuras
Figura 1 – Unidades Louis Dreyfus Commodities no Brasil...................................................5

Figura 2 – Processo de Beneficiamento de Soja.....................................................................6

Figura 3 – Cálculo do MTBF através da planilha criada como modelo...............................10

Figura 4 – Pareto correspondente as horas de manutenção gastas nos diferentes setores .....14

Figura 5 – Pareto por famílias de equipamentos...................................................................14

Figura 6 – Exemplo de TAG.............................................................................................. ...15


,
,
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Indicadores de manutenção...................................................................................9

Tabela 2 – Variáveis correspondentes as ordens de serviço.................................................11


Sumário
1. Identificação .............................................................................................................. 1

2. Responsabilidade pelas Informações.......................................................................... 3

3. Introdução ................................................................................................................. 4

4. Descrição da Empresa ............................................................................................... 5

4.1. Histórico Louis Dreyfus Commodities ..................................................................... 5

4.2. Louis Dreyfus em Ponta Grossa ............................................................................... 5

4.3. Beneficiamento do grão de soja ............................................................................... 6

5. Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio .................................................. 7

5.1. Atividades desenvolvidas ........................................................................................ 7

5.1.1. Controle dos indicadores de manutenção ........................................................ 7

5.1.2. Controle das ordens de serviço ..................................................................... 11

5.1.3. Envolvimento com o processo de Tagueamento ........................................... 15

5.1.4. Atualização de inspeções e documentações .................................................. 16

5.1.5. Auxílio nas programações de paradas de manutenção ................................... 16

5.1.6. Contato com fornecedores e solicitação de orçamentos ................................ 17

5.1.7. Atuação no mini-negócio MEN AT WORK ................................................... 17

5.2. Treinamentos/Eventos ...................................................................................... 18

6. Dificuldades Encontradas ........................................................................................ 20

7. Áreas de Identificação com o Curso ........................................................................ 21

8. Resultados ............................................................................................................... 23

9. Conclusão ............................................................................................................... 24
1. Identificação

Aluna

Nome: Vivian Machado Registro Acadêmico: 1055739

E-mail: vivian_machadoo@yahoo.com.br Telefone: (42) 9960-0887

Empresa

Louis Dreyfus Commodities - Unidade Ponta Grossa

CNPJ: 47.067.525/0097-50

Endereço: Rodovia BR-376 - km 506,75 Distrito Industrial Ponta Grossa/PR

CEP: 84001-970 Telefone: (42) 3219-1100

Site: http://www.ldcom.com.br

Professor Orientador

Nome: Thiago Antonini Alves

E-mail: thiagoaalves@utfpr.edu.br Telefone: (42) 9911-7949

Formação: Engenheiro Mecânico

Supervisor de Estágio

Nome: Tiago Manosso de Castro

E-mail: tiago.castro@ldcom.com Telefone: (42) 9145-7185


Cargo: Gerente de Manutenção Industrial

Formação: Tecnólogo em Processos de Fabricação Mecânica

Estágio

Cargo: Estagiária de Manutenção

Horário: 8:00 às 15:30 (seg-sex) com intervalo de 90 minutos (30 horas semanais)

Início: 01/08/2013 Conclusão: 03/02/2014

Carga horária: 780 horas (mínimo 400h)

Plano de estágio: Auxiliar na elaboração de planilhas de controle, indicadores de desempenho,


elaboração de procedimentos e documentação pertinente a área de PCM (Planejamento e
Controle da Manutenção).
2. Responsabilidade pelas Informações

Este relatório apresenta as atividades realizadas durante o estágio da aluna Vivian Machado
na empresa Louis Dreyfus Commodities, com o intuito de avaliar o aprendizado e validar a
disciplina de Estágio Obrigatório do 10° Período do Curso de Engenharia Mecânica, da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, campus Ponta Grossa.

Para isto, os seguintes declaram sua responsabilidade quanto à veracidade das informações
apresentadas.

ALUNA:

Eu, Vivian Machado, estudante do Curso Superior de Engenharia Mecânica na


Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa, sob número de matrícula
1055739, declaro estar ciente da veracidade das informações contidas neste relatório referente às
atividades de estágio desenvolvidas na empresa Louis Dreyfus Commodities, Ponta Grossa-PR.

___________________________________

Vivian Machado
Aluno/ Estagiário
SUPERVISOR:

Eu, Tiago Castro, Gerente de Manutenção na empresa Louis Dreyfus Commodities,


supervisor da estagiária Vivian Machado, afirmo que todas as informações contidas neste
relatório são verdadeiras e responsabilizo-me pelas mesmas.

___________________________________

Tiago Manosso de Castro


Gerente de Manutenção Industrial
3. Introdução

Este relatório tem como principal objetivo, expor as atividades realizadas pela acadêmica
do curso de Engenharia Mecânica, Vivian Machado, no setor de Manutenção, na empresa Louis
Dreyfus Commodities, alocada no distrito industrial da cidade de Ponta Grossa/Paraná.

A unidade da Louis Dreyfus Commodities onde foi realizado o estágio corresponde a uma
das 5 unidades no Brasil do processamento da soja, produzindo três subprodutos principais: Óleo
de soja, Lecitina e Farelo.

O estágio realizado compreende a grande área de Manutenção, mais especificamente o


Planejamento e Controle, assunto que surge por volta de 1900 com as primeiras técnicas de
planejamento de serviço por Taylor e Fayol (VIANA, 2006).

Do latim manus tenere, que significa manter o que se tem, a manutenção com seu
planejamento e controle bem efetuados, são essenciais para o bom desempenho de uma planta
industrial e uma boa produção. O objetivo central do estágio foi atuar na área de manutenção,
absorvendo o máximo possível de conhecimento, não restritos apenas a esta área, como também a
todo o âmbito industrial, e principalmente colocar em prática todo o embasamento teórico
construído durante os anos de academia.

Dentro do escopo do plano de atividades, podemos incluir o controle dos indicadores de


manutenção, o auxilio no planejamento, a atualização das documentações como inspeções de rota
e cronogramas, e controle de ordens de serviço. Todas as atividades desempenhadas durante
aproximadamente seis meses de estágio serão explicitadas na sequência.
4. Descrição da Empresa

4.1. Histórico Louis Dreyfus Commodities

Líder mundial no setor agrícola, a Louis Dreyfus Commodities possui mais de 160 anos
atuando no mercado e com operações mais de 90 países. Em solo Brasileiro, se instalou em 1924
e atualmente está em operação em mais de 12 estados, representando uma das maiores operações
do Grupo no mundo. Atuando desde a originação, produção, transporte, armazenagem,
comercialização até o beneficiamento de produtos agrícolas, a Louis Dreyfus Commodities possui
uma estratégia sustentada na diversificação de seus negócios, com as seguintes plataformas de
atuação no Brasil.

Figura 1 - Unidades Louis Dreyfus no Brasil.

4.2. Louis Dreyfus em Ponta Grossa

A unidade instalada em Ponta Grossa, a qual foi realizada o estágio, corresponde a uma das
plataformas de grãos e oleaginosas, trabalhando diretamente com a soja. Produzindo basicamente
três subprodutos do grão, a planta abastece o mercado com o óleo de soja, farelo para a confecção
de ração animal, e a lecitina utilizada na indústria alimentícia e química.

A unidade de Ponta Grossa é dividida em setores, os quais englobam desde o recebimento


da soja até seu embarque em forma de produto beneficiado. Os principais setores da empresa são:
Recebimento, Preparação, Extração e Refinaria.
4.3. Beneficiamento do grão de soja

Com grandes perspectivas para se tornar o maior produtor mundial de soja em 2014, o
Brasil possui grande destaque no ramo e graças a tecnologia, consegue agregar valor ao grão pelo
processo de beneficiamento. As etapas principais para a obtenção do óleo de soja, da lecitina e do
farelo de soja, são esquematizadas na Fig. 2.

Recebimento

Pré-limpeza

Secagem (14%)

Armazenagem Secagem (10,5 a 11%)

Quebra

Descasque

Condicionamento

Laminação

Extração

Farelo de soja Óleo se soja bruto degomado

Refinaria

Óleo refinado Lecitina

Figura 2 – Processo de beneficiamento da soja


5. Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio

O estágio em questão foi realizado no setor de manutenção, mais especificamente na


oficina mecânica onde existe uma sala que ficam alocados o PCM (Planejador do Controle da
Manutenção) e os supervisores de manutenção mecânica, elétrica e de produtividade.

A Louis Dreyfus Commodities atualmente se encontra em um processo de implementação


do módulo PM (Plant Maintenance – Planta de Manutenção) do SAP. Trata-se de um projeto
grande, onde mais unidades no Brasil também estão passando por esta mudança.

Atualmente os controles e planejamentos são realizados basicamente através de planilhas


no Excel. Os tipos de manutenção que foram vivenciados durante o estágio foram a manutenção
preditiva, preventiva e corretiva.

O envolvimento durante o estágio não se restringiu apenas as atividades apresentadas no


programa. Algumas atividades como participação do mini-negócio, entre outras, foram
contempladas e agregaram um valor extra para os conhecimentos.

As principais atividades desenvolvidas e as participações extras são demonstradas e


explicadas nos tópicos na sequencia.

5.1. Atividades desenvolvidas

5.1.1. Controle dos indicadores de manutenção

A fim de retratar aspectos importantes no processo produtivo, os indicadores de


manutenção, também definidos como KPIs (Key Performance Indicators – Indicadores Chave de
Performance) são de extrema importância e devem ser controlados e avaliados mensalmente.

Durante a execução do estágio, uma das atividades desenvolvidas foi o controle mensal dos
indicadores pré definidos e utilizados pela Louis Dreyfus.

Primeiramente as orientações sobre os indicadores foram repassadas e um estudo a respeito


delas foi executado para que houvesse uma familiarização. Na sequencia, a atividade de coleta e
compilação dos dados para preenchimento da planilha contendo os cálculos dos KPIs era
realizada mensalmente durante todo o período de estágio (agosto até dezembro), para todas as
unidades do divisional (Alto Araguaia/MT, Jataí/GO, Itumbiara/MG, Paraguaçu Paulista/SP e
Ponta Grossa/PR).

Os valores para cálculo dos KPIs referentes às unidades de Alto Araguaia, Jataí, Itumbiara
e Paraguaçu Paulista eram solicitados junto aos responsáveis de cada unidade e compilados na
planilha, já os para os indicadores de Ponta Grossa-PR, as informações eram obtidas
internamente pela estagiária.

Uma relação contendo os Indicadores estudados e controlados durante o estágio é


apresentada na Tab. 1.
Tabela 1 - Indicadores de Manutenção

Maintenace KPIs (Key Performance Indicators) Definição


Indicadores chave-desempenho

Mensura a eficiência do processo


OEE - Overall Equipment Effectivenesss (Eficiência produtivo/equipamento, baseado na
Global do Equipamento) disponibilidade, performance e
qualidade.

Período médio entre falhas


corresponde à confiabilidade de um
MTBF - Mean Time Between Failures (Tempo equipamento. Indica quando pode
médio entre falhas) ocorrer uma falha em questão. Quanto
maior este valor, maior a
confiabilidade.

Corresponde as horas extras realizadas


OVERTIME (Horas extras)
pela equipe de manutenção.

Mede a produtividade equivalente a


PRODUCTIVITY (Produtividade) cada funcionário da equipe de
manutenção.

Capital utilizado para manter os bens


OPEX - Operational Expenditure (Despesas
físicos da empresa, como
Operacionais)
equipamentos por exemplo.

OPEX x INPUT PROCESSED (Despesas Valor gasto para manter os bens, em


Operacionais x Entradas Processadas) relação à produção.

Despesas de capital mensura o valor


CAPEX - Capital Expediture (Despesas de Capital)
gasto com bens de capital.

Trabalho proativo, leva em


consideração as horas disponíveis para
PROACTIVE WORK (Trabalho Proativo)
trabalho e as horas que são utilizadas
para manutenção.

Mensura a quantidade de horas de


TRAINING HOURS (Horas de Treinamento)
treinamento da equipe de manutenção.

A partir o estudo e um alinhamento com o Supervisor de estágio, foi possível criar uma
planilha modelo, contendo a maneira correta de calcular cada indicador, para assim consolidar
um padrão. Esta planilha foi aprovada e repassada para os responsáveis de cada unidade, assim,
no final do estágio, a coleta dos dados se deu de forma mais facilitada e com maior confiança.

O exemplo de um dos indicadores da planilha modelo é apresentado na Fig. 3. O indicador


em questão é o MTBF, onde o cálculo é demonstrado com o significado de todas as siglas
envolvidas e também a fonte de onde se obtém os dados.

Figura 3 - Cálculo do MTBF através da planilha criada como modelo

A criação de uma representação gráfica de todos os indicadores, separados por unidades e


na sequencia um comparativo, foi realizada também durante o estágio. Desta maneira é possível
uma melhor visualização, obtenção de parâmetros, análise de metas e maior facilidade para
encontrar erros.
5.1.2. Controle das ordens de serviço

Com o objetivo de controlar a manutenção, apontar os materiais utilizados, a mão de obra


e o tempo desprendido para a realização da manutenção, as ordens de serviço devem ser abertas e
encerradas.

Por não possuírem ainda um software de manutenção implementado, o controle das


ordens é realizado através de planilhas no Excel.

Uma das atividades durante o período de estágio foi o controle das ordens de serviço, que
após serem encerradas, eram enumeradas de acordo com uma sequencia estabelecida, então os
dados eram lançados a uma planilha e na sequencia serviam de fonte para obtenção de dados
como:

Histórico de manutenção corretiva

Histórico de manutenções preventivas

Controle de horas de manutenção

Controle de horas/homem de trabalho na manutenção

As variáveis relatadas na planilha de ordens de serviço são:

Tabela 2 - Variáveis correspondentes as ordens de serviço

n° da
Solicitante Setor Tag Família Prioridade Especialidade
OS
LAMI-
123 João Preparação LAMI A Mecânica
00101
Data de Data de Hora Hora Total de Consumo de
Funcionário Matrícula
solicitação execução inicial Final Horas material
(02) Rolamentos
1/1/2014 2/1/2014 Vivian 12345 08:00 12:00 04:00
6212 ZZ

Um estudo utilizando a ferramenta do gráfico de Pareto foi realizado mensalmente para a


classificação dos setores que mais demandam de manutenção na planta.

O conceito da criação do gráfico de Pareto está relacionado com a priorização de ações.


Como não é possível atacar em todos os setores, ou todos os equipamentos que demandam muitas
horas de manutenção, os principais podem ser definidos de acordo com a criação de um gráfico
de barras que ordena a frequência das ocorrências em ordem decrescente.

O valor de porcentagens acumuladas das ocorrências permite observar onde se enquadram


as 20% das causas que geram 80% das consequências.

A Fig. 4 exemplifica um dos gráficos de Paretos criados durante o estágio. Ele foi
construído, baseado nas horas de manutenção demandadas pelos diferentes setores da fábrica,
demonstrando que a maior parte do trabalho foram realizados no setor do Recebimento II, que é
onde a soja é recebidas após os caminhões passarem pelos tombadores. Em segundo lugar está o
setor da Preparação, que é onde a soja é preparada para o processo de extração do óleo.

De acordo com o conceito de 80/20 no gráfico, os setores que se forem atacados surtirão
mais efeitos são: Setor 1, Setor 2, Setor 3 e Setor 4.

Figura 4 – Diagrama de Pareto correspondente as horas de manutenção gastas nos diferentes setores.

Outro exemplo de gráfico de pareto utilizado no estudo, foi o que separa as horas de
manutenção por famílias de equipamentos. As famílias correspondem a diferentes equipamentos
com as mesmas características. Na Fig. 5, um pareto representando as fámilias demostra que
dentro do conceito 80/20, as familias de equipamentos que precisam ser prorisadas são: TCOR
(Transportadores de correia); LAMI (Laminadores); ECAN (Elevadores de caneca); VROT
(Válvulas rotativas); TTAL (Transportadores de Talisca); BHEL (Bombas helicoidais); TCAL
(Trocadores de calor).

As demais famílias de equipamentos representadas no gráfico são:

CALD: Caldeira;
BCEN: Bomba Centrífuga;
SECA: Secador;
TRAT: Trator;
TCSI: Transportador de Corrente Simples;
CHID: Condicionador Hidráulico;
TCDU; Transportador de Corrente Duplo;
LGAS: Lavador de Gases;
VENT: Ventilador;
PEXP: Prensa Expander;
EXAU: Exaustor;
BALA: Balança;
ALIM: Alimentador;
SILO: Silo;
DTOS: Dessolventizador Tostador;
THEL: Trasnportador Helicoidal;
GUIN: Guindaste;
MMAR: Moinho de Martelos;
CANC: Cancela.
Figura 5 – Diagrama de Pareto por famílias de equipamentos.
5.1.3. Envolvimento com o processo de Tagueamento

Por se encontrar em uma fase de implementação de um software de manutenção, o


módulo PM do SAP, a Louis Dreyfus Commodities necessitou da realização do processo de
tagueamento, para identificar os objetos físicos individuais, os sistemas e áreas comuns da
empresa.

A palavra inglês TAG significa etiqueta de identificação, e o termo tagueamento,


representa a identificação da localização das áreas operacionais e seus equipamentos, para um
controle setorizado e uma melhor organização da manutenção. (VIANA, 2006). Assim é possível
também criar a chamada Árvore Estrutural, que permite visualizar a localização dos
equipamentos ou de um determinado item, a posição no sistema a que pertence e os chamados
equipamentos “pais” ou “filhos”.

Os TAGS são formados basicamente por quatro letras e quatro números, como no
exemplo:

LAMI-0101
Figura 6 – Eemplo de TAG

As letras representam as inicias da palavra correspondente ao nome do equipamento,


como no exemplo citado, LAMI equivale a LAMINADOR. Já para nomes de equipamentos
compostos por duas palavras, é utilizada a primeira letra da primeira palavras e as demais letras
da segunda palavra, e assim sucessivamente, como por exemplo, CHOR - Condicionador
Horizontal, ou TCSI – Transportador de corrente simples.

Quanto aos números, os dois primeiros correspondem à identificação do setor, e os dois


últimos ao número do equipamento.

Durante o estágio, uma empresa terceirizada foi contratada para a realização do


tagueamento da fábrica. O acompanhamento do processo e algumas tarefas relacionadas, como
por exemplo, a separação de famílias de equipamentos, contabilidade dos mesmo e criação de
códigos foram realizada durante o estágio.
Uma experiência que forneceu um grande crescimento em relação ao conhecimento de
equipamentos foi o auxílio na colagem das placas com os TAGS, nos equipamentos no setor da
Extração. O acompanhamento de um mecânico com vários anos de experiência foi de grande
valia para o aprendizado prático e identificação de novos equipamentos até então desconhecidos.

5.1.4. Atualização de inspeções e documentações

Com a realização do tagueamento em toda a planta, uma padrão de identificação dos


equipamentos foi estabelecido, assim as documentações desatualizadas sofreram alterações.

O auxílio na alteração da documentação, com a atualização dos novos TAGS dos


equipamentos foi realizada durante o estágio, além do controle, impressão e fornecimento das
inspeções quinzenais quando se tratava de manutenção mecânica e semanais no caso de
manutenções elétricas.

5.1.5. Auxílio nas programações de paradas de manutenção

Durante o período de estágio, foram realizadas duas paradas de manutenção, uma de apenas
um dia (19 de novembro de 2013) e outra denominada como parada anual entre safra que se
estendeu do dia 06 de janeiro de 2014 até dia 24 de janeiro.

Para a realização das paradas, principalmente a anual, se faz necessário todo um


planejamento antecipado envolvendo desde a definição dos serviços a serem realizados até a
solicitação de orçamentos, definição de terceiros e empresas que prestarão serviços e fornecerão
insumos, fechamento de contratos e principalmente uma organização para que todo o trabalho
seja realizado em tempo hábil e a fábrica volte a produzir no prazo definido e em bom estado.

Durante o estágio, o auxilio na programação, bem como o contato com alguns fornecedores
foi desenvolvido em parceria com o PCM.

Na parada anual, o controle dos terceiros que trabalharam na empresa prestando serviços
também foi uma tarefa desempenhada.
5.1.6. Contato com fornecedores e solicitação de orçamentos

O contato com fornecedores a fim de solicitação de orçamentos foi realizada várias vezes
durante o estágio, principalmente no período pré-parada.

Uma experiência extra foi a solicitação para a aquisição de uma determinada polia, a
criação de um esboço foi então realizada para sua fabricação. O contato com o fabricante se deu
em conjunto com o supervisor de manutenção e as medidas e o esboço foram realizados pela
estagiária e conferidos pelo fabricante.

5.1.7. Atuação no mini-negócio MEN AT WORK

A Louis DreyfusCommodities possui um programa de desenvolvimento de novas atitudes e


de produtividade denominado como DNA (Desenvolvendo novas atitudes). Este programa gera a
separação dos setores da fábrica em mini-negócios, ou seja, espécies de negócios independentes
que se complementam, possuem fornecedores e consumidores internos e que possuem metas e
devem realizar atividades para aumento da produtividade e melhorias. Cada mini-negócio é
composto por seus líderes e por membros representantes dos setores.

A fábrica é dividida em cinco mini-negócios com seus correspondentes setores:

Best Stage (Recebimento)

Equipreparo (Preparação)

Mini-Max (Extração)

Gervap (Caldeira)

LDR (Lecitina, Degomação e Refinaria)

Men at work (Manutenção)

Possuindo um mini negócio próprio correspondente ao setor da manutenção, no Men at


work, foram desenvolvidas atividades durante o período de estágio, como a participação nas
reuniões diárias, sugestão e auxilio na implementação de inovações e realização de abordagens de
segurança.

Mensalmente, são realizadas as reuniões denominadas como “reuniões de múltiplos níveis”


as quais contam com a presença dos representantes dos mini-negócios, a fim de serem
apresentadas melhorias realizadas na fábrica e as inovações criadas.

Durante o período de estágio, a participação nestas reuniões acarretou uma experiência


impar, pois poder visualizar os próprios operadores terem ideias, implementá-las, renderem
resultados favoráveis e por fim, apresentarem usando recursos multi-mídia era muito gratificante
e trazia um conhecimento agregado que somente os operadores podem repassar, uma vez que
quem mais conhece o processo produtivo, são aqueles que atuam diretamente fazendo a produção
acontecer.

5.2. Treinamentos/Eventos

Durante o período de estágio, foram realizados treinamentos e participação em eventos


fornecidos pela empresa como:

Treinamento de HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points – Análises


de Perigos e Pontos Críticos de Controle) e Segurança de alimentos

Treinamento de Proteção Respiratória

Treinamento de PCA (Programa de Conservação Auditiva)

Treinamento de Conceitos e Ferramentas da Qualidade

Treinamento de Etiquetas e anomalia

Café de integração com o Gerente Comercial

Participação no call-conference – Quarterly Review – August 2013 LDC


Maintenace Program.

Participação no teatro “Os malefícios do Alcool” na SIPAT-2013 (Semana Interna


de Prevenção de Acidentes)

Palestra/ Workshop - Dengue - Grupo Zoonose


Palestra Lei Seca - Polícia Rodoviária Federal

Participação na auditoria de HCCP e GMP+ (Segurança Alimentar)

Participação em reuniões de múltiplos níveis e revisões de progresso

Visita ao Serviço de Proteção à criança Pequeno Anjo


6. Dificuldades Encontradas

A princípio a principal dificuldade encontrada foi a de relacionamento interpessoal e


adaptação ao ambiente. Como primeira experiência no setor industrial, se familiarizar com os
operadores e passar a confiança foram o primeiro desafio vencido. Superar a timidez e se
relacionar com os fornecedores e prestadores de serviço também foi uma dificuldade encontrada,
porém, eliminada com o passar dos meses.

A falta de conhecimento do maquinário, dos setores, e por apresentar grande complexidade,


do processo produtivo, foi uma dificuldade nos primeiros meses de estágio. Com o passar do
tempo, convivência com os operadores e com o processo produtivo estas dificuldades foram
sanadas.
7. Áreas de Identificação com o Curso

O estágio realizado contemplou principalmente a área de gestão da manutenção, a qual


engloba indiretamente muitas outras.

Para um bom planejamento e controle da manutenção se faz necessário o conhecimento


desde processos de fabricação, materiais, projetos até noções de gestão e gerenciamento de
custos e pessoas.

Durante o estágio percebeu-se que das áreas da Engenharia, a manutenção é a que engloba
mais conhecimentos variados e fornece uma visão holística de todo o processo produtivo.

Servindo como base para o desenvolvimento do estágio a disciplina de Gestão da


Manutenção, forneceu fundamentação teórica para a utilização das ferramentas, conceitos
envolvendo a TPM (Total Productive Maintenance), indicadores de manutenção e os tipos de
Manutenção Preventiva, Preditiva e Corretiva.

A relação direta ou indireta das demais disciplinas cursadas durante a graduação com as
atividades executadas durante o estágio, são listadas:

Gestão da qualidade: Utilização de ferramentas da qualidade como Gráfico de Pareto,


Ishikawa e demais conceitos. Relação direta com as normas de segurança alimentar como
HACCP e GMP+.

Gestão de Pessoas: Auxilio direto para o bom relacionamento interpessoal, possibilitando


uma boa convivência com os diferentes níveis hierárquicos da empresa.

Segurança no trabalho: Auxilio para a execução do trabalho com segurança, fornecendo


conhecimentos necessários para o convívio industrial, conhecimentos de EPIs adequados.

Elementos de máquina: Conhecimentos de elementos de máquina como rolamentos e


correias, convívio com catálogos para escolha de materiais os quais foram vivenciados
durante o estágio.

Materiais de construção mecânica: Embasamento para o reconhecimento de materiais e


propriedades.
Desenho técnico: Embasamento para interpretação de desenhos e até mesmo realização
de rascunhos para confecção de peças.

Metrologia: Conhecimentos para realização de medições e utilização de instrumentos


como o paquímetro.

Engenharia Econômica: Noções de cálculos relacionados a orçamentos e redução de


custos.

Processos de Fabricação Mecânica: Conhecimento e vivência com processos no interior


da oficina, como soldagem, usinagem e conformação.

Vibrações: Foi possível observar os conceitos aplicados na manutenção preditiva


conhecida como “Análise de vibrações”

Transferência de calor: Foi possível observar os conceitos aplicados na manutenção


preditiva conhecida como “Termografia”, vivencia prática de manutenção e conhecimento
de tipos de trocadores de calor.

Geração e distribuição de vapor: Conhecimentos para um melhor entendimento do


processo de geração de vapor para alimentação da fábrica e possibilidade de observar na
prática o funcionamento de uma caldeira.

Máquinas de fluxo: Conhecimento e identificação de diferentes tipos de bombas para


finalidades distintas.

Mecânica dos fluidos: Conceitos de viscosidade e propriedades de diferentes fluidos


utilizados no processo produtivo.

Termodinâmica: Conceitos bascos para o entendimento e aplicação de processos


relacionados com trocas térmicas e diferenças de fases de fluidos.
8. Resultados

Como resultados da execução do estágio pode-se enumerar resultados benéficos tanto para
a empresa, quanto para a estagiária.

A padronização no preenchimento das planilhas de indicadores de manutenção gerou uma


maior facilidade e entendimento dos conceitos, uma vez que agora os indicadores são avaliados
internamente pelas unidades antes de serem enviados para a compilação dos resultados.

A visualização gráfica dos indicadores com a comparação entre as unidades possibilita


uma melhor visualização do desenvolvimento dos mesmos no passar dos meses, uma analise
visual para a criação de metas e tendências, como também facilita a visualização de erros e
valores fora do aceitável.

A realização da organização e separação de alguns documentos arquivados, como catálogos


e ordens de serviços possibilitou um melhor acesso e facilidade para a obtenção de informações.

Durante a execução do estágio o auxílio nas atividades de planejamento e controle da


manutenção, possibilitou também uma maior eficiência dentro do setor, uma vez que as
atividades não estavam concentradas apenas nas mãos do PCM, pois existia então um auxílio da
parte da estagiária, principalmente nos períodos pré-parada de manutenção.

Já os resultados pessoais foram de vivência com a prática, conhecimentos do processo de


extração do óleo de soja, maquinário, vivência no setor industrial e principalmente o crescimento
profissional e pessoal. Outro grande ganho foi o desenvolvimento a fim de sentir confiança para
encarar desafios e executar atividades.
9. Conclusão

O processo de execução do estágio foi o momento mais esperado durante o curso de


Engenharia. Poder estar no ambiente industrial, vivenciar a prática, sempre foram de grande
almejo. Atuar no setor de manutenção, vivenciar o processo produtivo e conviver com diferentes
pessoas durante o estágio, superou as expectativa criadas inicialmente.

Os conhecimentos práticos, a observação dos processos e vivência com a engenharia em


execução, foi uma experiência que agregou valor não somente para a vida profissional como
também ao desenvolvimento como pessoa e futura Engenheira.

A execução do plano de estágio e o envolvimento extra em outras atividades e tarefas


puderam fornecer uma visão prática, dos conhecimentos até então limitados a sala de aula e
laboratórios acadêmicos.

Poder conviver com profissionais com anos de experiência e muito conhecimento prático,
foram uma das maiores conquistas durante o estágio. Ganhar a confiança e absorver o máximo de
conhecimento possível foi uma vitória que não tem preço.

Por fim, são relatados os mais sinceros agradecimentos a todos que de alguma forma
contribuíram para a execução do estágio, que ajudaram a construir uma visão prática do ambiente
industrial e principalmente a Louis Dreyfus Commodities, por acreditar no potencial da estagiária,
não se deixando levar pelo preconceito, e possibilitando a gratificante oportunidade de atuar na
área de Manutenção.

Aqui, são deixados registrados os agradecimentos especiais para: Tiago Castro (Gerente de
Manutenção e Supervisor de estágio), Ariana Dias (Trainee Industrial), Halisson Dotes (PCM),
Fabiana Dias Aranha (Supervisora de Produtividade), Célio Chmiloviski (Supervisor de Elétrica)
e Adair Mello (Supervisor da Mecânica).
Referências Bibliográficas

VIANA, H. R. G. PCM :Planejamento e Controle da Manutenção. 1ª ed. Rio de Janeiro, RJ:


Qualitymark Editora Ltda., 2002.

Disponível em: <http://www.ldcom.com.br/>. Acesso em: 15 jan. 2014.

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