Sei sulla pagina 1di 6

Cumprimento de sentença. - Jus.com.

br | Jus Navigandi

Este texto foi publicado no Jus no endereço https://jus.com.br/artigos/52818


Para ver outras publicações como esta, acesse https://jus.com.br

Cumprimento de sentença
Andre Nicola Cândido da Silva

Publicado em 10/2016. Elaborado em 10/2016.

O presente trabalho visa discutir a respeito de um assunto processual muito importante no mundo do Direito Civil, que
é o da Execução, e, mais precisamente, o Cumprimento da Sentença, com todos os desdobramentos que lhe são
pertinentes, quais sejam, a execução provisória, execução definitiva, liquidação de sentença, obrigação de fazer e
não fazer, obrigação de entrega de coisa e obrigação por quantia certa.

                                 

                            

RESUMO: O presente trabalho visa discutir a respeito de um assunto processual muito importante no mundo do
Direito Civil, que é o da Execução, e, mais precisamente, o Cumprimento da Sentença, com todos os
desdobramentos que lhe  são pertinentes, quais sejam, a execução provisória, execução definitiva, liquidação de
sentença, obrigação de fazer e  não fazer, obrigação de entrega de coisa e obrigação por quantia certa. Cada um
desses institutos culmina no   perfazimento dos direitos que tem o credor na consecução do resultado prático
econômico equivalente a quantia que    lhe é devida pelo devedor. 

              Palavras-chave: Execução, Provisória, Definitiva, Sentença, Obrigação.

                              

      1. INTRODUÇÃO

No que toca ao Cumprimento de Sentença, o Projeto nº 166/2010 foi criticado porque impunha a intimação
pessoal do devedor. O substitutivo encontrado pelo Senado que se transformou no PL nº 8.046 da Câmara
atendeu às Críticas e, já no ritmo como andava no Superior Tribunal de Justiça, entendeu que a intimação deveria
dar-se na pessoa do advogado constituído nos autos pelo devedor.

O Substitutivo da Câmara Federal manteve a orientação, prevendo que o cumprimento de sentença, provisório ou
definitivo, far-se-á requerimento do credor (art. 527, § 1º) e a intimação do devedor recairá, em regra, na pessoa
de seu advogado, mediante publicação pelo Diário da Justiça (art. 527, § 2º, II a IV).

Sendo o regime das astreintes igual nas execuções de obrigação de fazer, de não fazer e de entrega de coisa,
pode-se afirmar que o cumprimento de sentença, segundo a jurisprudência atual do STJ, se funda em intimação
do advogado, superada, dessa maneira, a posição que somente aceitava a intimação não pessoal na execução
por quantia certa.

Quanto ao início do cumprimento da sentença por impulso oficial do juiz, prevê o artigo 537 do Projeto Substitutivo
que o cumprimento da condenação em quantia certa será requerido pelo credor, com a anexação de
demonstrativo discriminado e atualizado do crédito (art. 538), dentro dos próprios autos em que a sentença foi
prolatada.

Os assuntos do cumprimento da sentença envolvem a execução, a liquidação, a obrigação de fazer, não fazer,

https://jus.com.br/imprimir/52818/cumprimento-de-sentenca[30/08/2017 10:56:54]
Cumprimento de sentença. - Jus.com.br | Jus Navigandi

entrega de coisa e obrigação por quantia certa. É certo que todos estes mecanismos servem a busca da
realização da justiça, por parte do credor, que quer ver realizado o cumprimento da sentença de alguma forma que
o satisfaça.

2. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: EXECUÇÃO PROVISORIA E DEFINITIVA

Faz-se sempre necessária a execução provisória quando a sentença se encontra sob impugnação de um recurso
que esteja desprovido de efeito suspensivo.

No caso do artigo 535, por exemplo, a execução provisória chega a alcançar o seu auge em duas situações, a de
levantamento de depósito em dinheiro e transferência de propriedade, sem que seja preciso o exequente prestar
caução.

Num primeiro momento, o cumprimento provisório da sentença é necessário para a própria subsistência do
exequente; num segundo momento, verifica-se que a sentença exequenda se encontra em perfeita sintonia com
súmulas do STF, do STJ ou com acórdão estabelecido em casos de julgamento de casos já repetitivos. Esta é a
novidade mais importante, em que a proteção do credor em dificuldade se faz valer, para que sua subsistência
não seja comprometida, e a sentença que se apóia em súmulas. 

A execução pode ser definitiva ou provisória, de acordo com o artigo 587: A execução definitiva se dá quando o
credor se acha numa situação reconhecida de modo imutável, que advém do próprio título em que se funda a
execução; isto é, a execução que se funda no título extrajudicial ou em sentença transitada em julgado. Esta é
propriamente a execução forçada. Já a execução provisória se dá, em regra, nos títulos executivos judiciais,
acontecendo nos casos em que o credor é passível de modificações posteriores, e em que a sentença reconheceu
o crédito, mas que não se tornou definitiva ainda, em razão da coisa não julgada até o momento. Assim, define-se
provisória, a execução da sentença impugnada por meio de recurso que se encontra pendente e recebido
somente no efeito devolutivo.

A diferença entre as duas espécies de execução refere-se basicamente aos títulos judiciais, porque em relação
aos títulos extrajudiciais a execução forçada é sempre definitiva.  Agora, o fundamento que explica as duas é o
seguinte: A regra é que a execução se baseia no sentido definitivo, isto é, na perfeição do título, sendo que a
sentença tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas, mas é a coisa julgada que torna o decisório
imutável e indiscutível. Por isso que, para a sentença ser considerada executada, deve ser transitada em julgado
e, enquanto isto não ocorre, fica em aberto a margem para se interpor recurso ordinário ou extraordinário, fato que
libera o ato de execução provisória. Este é o seu fundamento, o que justifica a provisoriedade da execução, uma
vez que não se tornou definitiva, quando circunstâncias específicas ainda não conferiram eficácia a certas
decisões, mesmo antes de se imutabilizarem, quando do recurso interposto recebido apenas no efeito devolutivo.

      2.1 EXECUÇÃO DEFINITIVA: TÍTULO EXTRAJUDICIAL EMBARGADA

A execução do título extrajudicial é definitiva porque o título que a fundamenta não está, de início, pendente de
julgamento que o possa alterar ou cassar. Mas, ao ser interposto embargo do devedor, o título extrajudicial torna-
se litigioso. A partir disto, o recurso não tendo efeito suspensivo, o título não cogita mais execução definitiva,
porque a sua base jurídica, o título do credor, passou à instabilidade das relações jurídicas, que neste caso é a
dependência do pronunciamento judicial.

A execução é definitiva quando fundada em: a) título extrajudicial (arti. 587); ou b) título judicial com autoridade de
coisa julgada (art. 475 – I, § 1º).

2.2 EXECUÇÃO PROVISÓRIA: NORMAS BÁSICAS

O procedimento que orienta o cumprimento provisório da sentença é igual ao do definitivo (art. 475-O). Neste
sentido, vale ressaltar aqui as normas que são próprias da provisoriedade da execução.

                Primeiro: A execução provisória se dá por iniciaiva, conta e responsabilidade do exequente. Assim, se a
sentença for reformada, ele ficará obrigado a reparação dos prejuízos que o executado tiver sofrido. O melhor ato
de ressarcimento é a restituição dos bens e valores expropriados executivamente, mais os prejuízos causados
pela ausência deles durante o período em que se manteve o efeito da execução provisória.

https://jus.com.br/imprimir/52818/cumprimento-de-sentenca[30/08/2017 10:56:54]
Cumprimento de sentença. - Jus.com.br | Jus Navigandi

Segundo: A execução provisória fica sem efeito, sobrepujando acórdão que modifique ou anule a sentença como
objeto da execução, voltando ou restituindo-se as partes ao estado anterior (art. 475-O, inc. II, com a redação da
Lei nº 11.232, de 22.12.2005). A última reforma mantém a prática de que a restituição ao statu quo ante se dá nas
pessoas do exequente e do executado e, não exatamente, nos bens expropriados judicialmente pelo período da
execução provisória. A provisoriedade se passa entre as partes do processo e não atinge terceiros que
legitimamente tenham adquirido a propriedade dos bens excutidos. 

Terceiro: Nos casos de levantamento de depósito em dinheiro e de prática de atos que importem alienação de
propriedade sobre os bens exequendos, a execução provisória só se ultimará mediante caução suficiente e
idônea. A caução, que pode ser real ou fidejussória, tem de ser idônea, isto é, há de representar, para o devedor,
o afastamento do risco de prejuízo, na eventualidade de ser cassado ou reformado o título executivo judicial que
sustenta a execução provisória.

Desde a reforma do artigo 588, promovida pela Lei nº 10.444, de 07.05.02, eliminou-se a exigência sistemática de
caução para dar início à execução provisória. O momento de prestar a garantia, conforme já vinha preconizando a
jurisprudência, é o que antecede a ordem judicial de levantamento do depósito de dinheiro ou o ato eu importe a
alienação de domínio.

Quarto: As prestações de natureza alimentar ou decorrentes de ato ilícito podem ser executadas provisoriamente
com dispensa de caução, nestas situações: a) o valor não deve ultrapassar o limite de 60 vezes o salário mínimo;
b) o exequente deve encontrar-se em estado de necessidade. As duas exigências são cumulativas, de sorte que o
exequente terá de submeter-se a ambas para livrar-se do ônus da caução. Outro caso em que a lei dispensa a
caução é o da execução provisória durante a pendência de agravo junto ao Supremo Tribunal Federal ou ao
Superior Tribunal de Justiça, manifestado contra decisão que, na instância local, tenha inadmitido recurso
extraordinário ou especial (art 544).

Quinto: Em ocorrendo modificação ou anulação apenas parcial da sentença, a execução provisória ficará sem
efeito tão somente na parte afetada pelo acolhimento do recurso (art. 475-O, § 1º).

Uma vez confirmada a sentença em grau de recurso, a execução provisória transmuta-se, instantaneamente, em
definitiva.

      3. LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA

      3.1 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA DECLARATÓRIA

O título executivo judicial básico não é mais identificado com a sentença condenatória, mas sim com aquela que
reconhece a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia. Tanto faz, assim, que a
sentença seja condenatória, constitutiva ou declaratória. Se do seu conteúdo se extrair o reconhecimento judicial
de uma obrigação a ser cumprida por uma das partes em relação à outra, configurado estará o título executivo
judicial.

Como toda execução pressupõe certeza, liquidez e exigibilidade da obrigação (art. 586), a sentença declaratória,
em qualquer das outras previstas no artigo 475-N, somente terá força executiva quando contiver todos os
elementos da relação jurídica obrigacional, quando identificar partes, natureza e objeto da obrigação, tempo e
demaiscondições para o seu cumprimento. Por isso, sentença que simplesmente declara a inexistência de uma
relação jurídica ou a existência genérica de um dever jurídico, não pode ser qualificada como título executivo.

      3.2 CASOS DE ILIQUIDEZ DA SENTENÇA

A iliquidez da condenação pode dizer respeito à quantidade, à coisa, ou ao fato devidos. Nas dívidas de dinheiro,
dá-se a iliquidez da sentença, em relação ao quantum debeatur quando: a) condena ao pagamento de perdas e
danos, sem fixar o respectivo valor; b) condena em juros, genericamente; c) condena à restituição de frutos,
naturais ou civis; d) condena o devedor a restituir o equivalente da coisa devida; e) em lugar do fato devido, e a
que foi condenado o devedor, o credor prefere executar o valor correspondente, ainda não determinado.

Considera-se ilíquida a sentença, com relação ao fato devido, quando condena o vencido a obras e serviços não

https://jus.com.br/imprimir/52818/cumprimento-de-sentenca[30/08/2017 10:56:54]
Cumprimento de sentença. - Jus.com.br | Jus Navigandi

individualizados, tais como reparação de tapumes, medidas para evitar ruína, poluição ou perigo de dano a bens
de outrem etc.

A iliquidez pode ocorrer no julgamento de qualquer modalidade de ação ou procedimento. Todavia, no


procedimento sumário racione materiae, previsto no artigo 275, II, a condenação pecuniária não pode ser ilíquida.
Compete ao juiz proferir sempre condenação de valor determinado, valor que será definido segundo a prova
disponível, ou o mesmo sendo imprecisa dita prova, caberá ao sentenciante fixá-lo a seu critério.

      4. CUMPRIMENTO DA SENTENÇA: OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER

Mantém-se o emprego das astreintes como o principal instrumento de coerção nas execuções das obrigações de
fazer e não fazer. O projeto em trâmite na Câmara deixa claro que a multa de coerção (medida de apoio para
forçar o cumprimento da prestação pelo próprio devedor) independe de requerimento do credor e pode ser
cominada em liminar, na sentença ou na execução (arts. 550, caput e § 1º, e 551). Sua exigibilidade pode
acontecer tanto em execução definitiva como em execução provisória, seja esta da sentença ou de decisão
interlocutória. Vale dizer: mesmo que a decisão proferida na fase cognitiva não mencione a multa de coerção, o
juiz não fica inibido de a ela recorrer na fase executiva (art. 551,caput).

As obrigações correspondem a prestação que o devedor fica sujeito a realizar em favor do credor. São positivas
quando a prestação corresponde a uma ação do devedor, e negativas quando se cumprem mediante uma
abstenção.

As de fazer são típicas obrigações positivas, pois concretizam-se por meio de um ato do devedor. A res debita
corresponde normalmente a prestação de trabalho, que pode ser físico, intelectual ou artístico. São exemplos
comuns de obrigações de fazer a contratação da pintura de quadro, da reforma de um automóvel, da construção
de uma casa, da realização de um espetáculo artístico, da demolição de um prédio e outros modos de criar coisas
ou fatos novos. Às vezes a prestação de fazer é personalíssima, outras vezes não, conforme só deva ser
cumprida pessoalmente pelo devedor, ou admita a respectiva execução indistintamente pelo devedor ou por outra
pessoa. Nesta última hipótese, a obrigação de fazer é considerada fungível, e, no primeiro caso, ela se diz
infungível. Essa diferença terá significativo reflexo sobre a execução judicial.

As obrigações de não fazer são tipicamente negativas, já que por seu intermédio o devedor obriga-se a uma
abstenção, devendo manter-se numa situação omissiva. É pela inércia que se cumpre a prestação devida. Se fizer
o que se obrigou a não fazer, a obrigação estará irremediavelmente inadimplida.  A execução forçada, na espécie,
não se endereça à realização da prestação devida, mas ao desfazimento daquilo que indevidamente se fez, e se
isto não for possível converte-se em reparação de perdas e danos.

     5. CUMPRIMENTO DA SENTENÇA: OBRIGAÇÃO DE ENTREGA DE COISA

     5.1. NOÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE DAR (ENTREGA DE COISA)

As obrigações de dar ou de entrega de coisa são modalidade de obrigação positiva, cuja prestação consiste na
entrega ao credor de um bem corpóreo, seja para transferir-lhe a propriedade, seja para ceder-lhe a posse, seja
para restituí-la.

Em qualquer das modalidades da obrigação de dar, ocorrido o inadimplemento, cabível se torna a tutela judicial da
execução para entrega da coisa. Não há mais, no direito moderno, razão para distinguir entre a obrigação de dar
para transferência da propriedade (tradição da coisa móvel) e a de entregar ou restituir, em cumprimento de
vínculo pessoal ou creditício. Toda execução de entrega de coisa, em princípio, deve ocorrer de forma específica,
pouco importando que a prestação decorra de direito real ou pessoal, de obrigação convencional ou legal.

      5.2 EXECUÇÃO ESPECÍFICA E EXECUÇÃO SUBSTITUTIVA

Tal como se passa com as obrigações de fazer e não fazer, o artigo 461-A destina ao julgamento das prestações
de entrega de coisa a tutela específica, ou seja, o devedor haverá de ser condenado a realizar, em favor do
credor, a transferência da posse exatamente da coisa devida. A conversão da obrigação em perdas e danos
(tutela substitutiva) não é faculdade do juiz e somente acontecerá em duas situações: a) se o próprio credor a
requerer, nos casos em que o direito material lhe permitir tal opção; ou b) quando a execução específica se

https://jus.com.br/imprimir/52818/cumprimento-de-sentenca[30/08/2017 10:56:54]
Cumprimento de sentença. - Jus.com.br | Jus Navigandi

mostrar impossível, de modo a torná-la inalcançável pela parte, aplicável também às obrigações de dar ou
restituir, por força do § 3º do artigo 461-A.

Ao contrário, porém, do que se dispõe acerca das obrigações de fazer e não fazer (art. 461, caput), não há no
caso de obrigação de entrega de coisa, a previsão de substituir a prestação específica por outra que produza
resultado prático equivalente ao adimplemento. A mudança de rumo da execução, substituindo a entrega da coisa
pelo equivalente econômico, não atrita com a imutabilidade da sentença transitada em julgado.

      6. CUMPRIMENTO DA SENTENÇA: OBRIGAÇÃO POR QUANTIA CERTA

Obrigação por quantia certa é aquela que se cumpre por meio de dação de uma soma de dinheiro. O débito pode
provir de obrigação originariamente contraída em torno de dívida de dinheiro (v.g., um mútuo, uma compra e
venda, em relação ao preço da coisa, uma locação, em relação ao aluguel, uma prestação de serviço, no tocante
à remuneração convencionada etc.); ou pode resultar da conversão de obrigação de outra natureza no equivalente
econômico (indenização por descumprimento de obrigação de entrega de coisa, ou de prestação de fato,
reparação de ato ilícito etc).

      6.1 EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA FUNDADA EM SENTENÇA

Dispõe o artigo 475-I que o cumprimento da sentença dar-se-á de forma diferente conforme se trate: 1) de
obrigações de fazer ou não fazer e de entrega de coisa ou, de outro lado, 2) de obrigação por quantia certa. Nos
dois primeiros, o procedimento do cumprimento forçado é o traçado nos artigos 461 e 461-A; e, no último, o da
execução, nos termos do capítulo X “Do Cumprimento da Sentença”.

Esta distinção, todavia, não resulta na abolição da ação executiva para as obrigações de fazer e de entrega de
coisa, e na persistência de tal ação para as de quantia certa. O que a lei pretendeu esclarecer foi que o
cumprimento da sentença, às vezes, é imediato, sumário, sem outras diligências que não sejam as de imediata
colocação do bem devido à efetiva disposição do credor; e que, em outras, se torna mister um procedimento
executivo mais demorado e complexo para se alcançar o bem da vida a ser proporcionado ao credor.

Assim, é o que se passa com o credor de quantia certa. O juiz para satisfazê-lo, após a condenação, terá de obter
a transformação de bens do devedor em dinheiro, para em seguida utilizá-lo no pagamento forçado da prestação
inadimplida. É essa expropriação que o artigo 475-I chama de execução. Não se trata, obviamente, de conservar a
ação de execução de sentença, mas apenas de utilizar os meios processuais executivos necessários para
consumar o fim visado pelo cumprimento da sentença, em face do objeto específico da dívida. Há, pois, execução
por quantia certa, mas não ação de execução por quantia certa, sempre que o título executivo for sentença.

       CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, há de ficar claro que à luz dos raciocínios do Direito Processual Civil, o cumprimento da sentença se faz
necessário sempre que o credor se vê em prejuízo de seu bem não restituído, por exemplo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Processo de Execução e Cumprimento
da                            Sentença, Processo Cautelar e Tutela de Urgência – v. II – 49ª ed. Rio de Janeiro: Forense,
2014.

Autor

Andre Nicola Cândido da Silva


Estudante do 5º semestre de Direito, Turma A, e-mail: (andre_nicola@hotmail.com)

https://jus.com.br/imprimir/52818/cumprimento-de-sentenca[30/08/2017 10:56:54]
Cumprimento de sentença. - Jus.com.br | Jus Navigandi

Textos publicados pelo autor

Fale com o autor

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelo autor.


Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo
conselho editorial do site.
Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi.

https://jus.com.br/imprimir/52818/cumprimento-de-sentenca[30/08/2017 10:56:54]

Potrebbero piacerti anche