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A igualdade de armas, alteridade e outros pensamentos cinzentos.

Um dos requisitos que definem uma nação de verdade, é a igualdade entre seus
integrantes, independente de sua condição social ou posição dentro do seu
local de trabalho.
Desde o século XV, os duelos serviam para igualar pessoas que se sentiam no
direito de "lavar sua honra". Hoje abolidos, no entanto, permanecem os
embates judiciais, que teoricamente serviriam para tal propósito.

Infelizmente a espada da justiça não pende para o lado mais forte.


No brasil a desigualdade de armas se apresenta, entre outros, nas execuções
corriqueiras perpetradas por latrocidas, homicidas, e também em não menos
hediondos atos dos genocidas que desviam recursos e leis, de modo a se
locupletarem com o desdobramento de seus atos.

O primeiro tipo "vende mais", e agora parece ser "coisa comum", Dificilmente
irá ser modificado, ou seja, já é considerado fato social corriqueiro. (saio de
casa mas não sei se volto - O Estado que me toma os impostos, nada me
garante, nem me permite a defesa).

O segundo parece estar sentado naquelas cadeiras de Brasília, as famosas, as


que decidem com uma caneta, a sorte de milhões, e de gerações. Não há o
que se acrescentar, é histórico, faz parte das inclinações do homem, e está
incrustado na latinidade servil, etc.

Porém, quero lançar um outro olhar sobre isso.


Criticar terceiros, é o meio mais fácil de não voltar o foco para nosso próprio
umbigo.

Me vem à mente, uma pergunta simples, pois sou uma pessoa simples, e
mesmo nessa simplicidade, sei que não faltam instrumentos legais e
administrativos para se gerenciar pessoas. Sei que existe (no caso da UFPB)
até uma Pró-reitoria de Gestão de pessoas (recentemente recebi um crachá
advindo desta), o que significaria, que pessoas estão sendo geridas (não
tangidas).

No entanto, pessoas com desígnios mais voltados à própria atividade-fim, ou


ignoram tais caminhos (os de gestão), ou não se importam (talvez porque
ninguém irá nunca lhes cobrar), ou desconheçam os modos de gerenciamento
(me atenho a essa última alternativa para não perder totalmente a fé na pessoa
humana) e por conta disto, as inclinações pessoais ou de um determinado
grupo, tomam a vez, e a regra pré-estabelecida fica esquecida ou morta.

Eis a pergunta: Com que finalidade*, se devolve um indivíduo que, há mais de


trinta anos está lotado em um setor (pode ser até um mau servidor), sem nunca
ter sido advertido, acompanhado, nem nunca se ter tentado reabilitá-lo?
E de surpresa, pronto! decidimos seguir as "regras" e esta pessoa não mais
serve, pois não está correspondendo ao que lhe cabe. Tal ato, depõe contra
tudo que diz respeito à administração pública.
Por pior que seja o funcionário, não lhes foram dadas as armas para defesa, e
tamanha desigualdade de armas é uma covardia. E fracasso, pois se ele
fracassou como servidor, fracassaram também todos os gestores que o
mantiveram pelos trinta anos.
O servidor vai ser lotado em outro departamento, que pertence ao mesmo
centro. Isso na linguagem popular seria: "descobrir um santo para cobrir outro".
Se o problema for dele, irá continuar, se for dos seus chefes, também irá
continuar. E assim se reproduz o que em Brasília tanto se condena. A Lei não
está sendo cumprida.
O departamento fica com um a menos, e outro departamento fica com um a
mais, mas o mistério permanece.
Onde está o acompanhamento funcional, onde está a preocupação com a
gestão de pessoas?
Foi por fatos como esse que acabou de ocorrer, que eu, desde a campanha,
comento, e insisto em um olhar mais concreto sobre o que se passa em toda a
ufpb, de modo que possa haver um melhor desempenho institucional.

Antes de um mau servidor, enxergue-se um pai de família, um ser humano,


alguém que está na etapa final de sua jornada. Comparando grosseiramente,
seria como jogar um parente mais velho, no lixo, e retirar seu quadro da
parede.

Era com esperança que fatos como esses fossem menos frequentes que
demos nosso voto para a vitoriosa chapa de vocês, mas nesse momento, o que
pesa mais é ver a balança desproporcional entre cidadãos de um mesmo país.

Só após a constatação da natureza irrecuperável de um servidor que há mais


de trinta anos está no cargo, é que se poderia pensar em removê-lo.

A truculência é para quem não tem voz, mas os favores são para o círculo do
poder. Qual a diferença entre aqui e Brasília?

*(Servir de exemplo - A mesma finalidade à qual os príncipes se valiam ao


mandar executar em praça pública os "criminosos" como Tirandentes, ou exibir
a cabeça de bandidos como "Lampião". Porém, no serviço público não conheço
tal regra aplicada nos antigos suplícios (Foucault- vigiar e punir)).

S. Sílvio do Monte Filho.

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