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SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

TOCANTÍNIA - TO
PROJETO HIDRÁULICO

Março/2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
1.1 HISTÓRICO E ASPECTOS URBANOS .................................................................... 3
2 DEMOGRAFIA.................................................................................................................. 4
3 DADOS DE PROJETO ...................................................................................................... 6
3.1 COEFICIENTES “PER CAPITA” E DE VARIAÇÃO DE CONSUMO ........................ 6
3.2 TAXAS DE RETORNO E INFILTRAÇÃO.................................................................... 6
3.3 TENSÃO TRATIVA ........................................................................................................ 7
3.4 DECLIVIDADE ............................................................................................................... 8
3.5 LÂMINA LÍQUIDA......................................................................................................... 8
3.6 CRITÉRIOS DE PROJETO ............................................................................................. 8
3.6.1 Profundidade Mínima ............................................................................................. 8
3.6.2 Profundidade Máxima ............................................................................................ 8
3.6.3 Diâmetro Mínimo .................................................................................................... 8
3.6.4 Materiais ................................................................................................................... 9
4 DIMENSIONAMENTO DA REDE ................................................................................ 10
4.1 DETERMINAÇÃO DAS BACIAS................................................................................ 10
4.2 LOCAÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) ...................... 11
4.3 LANÇAMENTO DA REDE COLETORA DE ESGOTO............................................. 12
4.4 CÁLCULO DA POPULAÇÃO POR BACIA ............................................................... 13
4.5 CÁLCULO DA TAXA DE CONTRIBUIÇÃO LINEAR ............................................. 14
4.6 DIMENSIONAMENTO DOS TRECHOS .................................................................... 14
5 EQUIPAMENTOS ........................................................................................................... 17
5.1 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO .................................................................... 17
6 DESENHOS ..................................................................................................................... 23

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1 INTRODUÇÃO

O presente memorial apresenta os critérios e as definições técnicas para a implantação


do Sistema de Esgoto Sanitário do município de Tocantínia - TO, apoiando-se nos dados
estatísticos levantados pelo IBGE.
Este memorial fixa exigências e critérios necessários ao projeto de coleta e tratamento
de esgoto sanitário, visando garantir níveis aceitáveis de conforto, funcionalidade, higiene,
durabilidade, economia e segurança.
O projeto foi executado utilizando a planta base da cidade, na escala 1:2.000, elaborada
através de serviços topográficos e que foram retirados do acervo da professora da disciplina de
Saneamento Básico II, Adriana Monteiro. Este projeto objetiva apresentar dados e estudos
pertinentes do município afim de tornar as plantas e desenhos fiel a sua real necessidade.

1.1 HISTÓRICO E ASPECTOS URBANOS

O município de Tocantínia está localizado à margem do Rio Tocantins. Sua povoação


situa-se historicamente em torno do ano de 1860, recebendo inicialmente o nome de Piabanha,
dada a forte presença do peixe de mesmo nome na região. Em 1911 o povoado foi elevado à
categoria de Distrito pertencente ao município de Pedro Afonso. Recebeu seu nome atual em
1936, sendo oficializado como município em 7 de outubro de 1953 e instalado em 1 de janeiro
de 1954.
A 75km da capital do Estado, a cidade possui atrativos turísticos como a Praia do
Limoeiro, Aldeia Indígena Xerente, Balneário Salete e recantos da Piabanha e das Oliveiras.

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2 DEMOGRAFIA

Tocantínia localiza-se a latitude 09º33'49" Sul e longitude 48º22'36" Oeste, estando a


uma altitude de 202 metros. Geograficamente, a cidade de Tocantínia forma
uma conurbação com o município vizinho de Miracema do Tocantins.
Para o cálculo demográfico adotou-se um alcance de plano de 20 anos. Para tanto, foi
realizada uma pesquisa nas fontes do IBGE Cidades para obter dados infográficos em relação
a evolução populacional.

Gráfico 1 – Crescimento demográfico em Tocantínia - TO

Segundo dados levantados pelo IBGE, a população urbana do município de Tocantínia


diminuiu nos últimos 3 censos. A partir de uma análise estatística, foram estimadas as
populações para as próximas duas décadas.

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Tabela 1 – Evolução populacional de Tocantínia - TO
População Total População Urbana

Ano População Ano População

1991 6.363 1991 3.031


2000 5.788 2000 2.980
2010 6.736 2010 2.955
2018 - 2018 *2.979
2028 - 2028 *2.882
2038 - 2038 *2.843
Fonte: IBGE

*valores projetados

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3 DADOS DE PROJETO

Os dados a seguir devem ser considerados a fim de dimensionamento de projeto. Os


mesmos estão em conformidade com a NBR 6.949 - Projeto de Redes de Esgoto.

3.1 COEFICIENTES “PER CAPITA” E DE VARIAÇÃO DE CONSUMO

Os principais coeficientes adotados no presente estudo são:


● consumo médio “per capita” líquido: ..........................................................150 L/hab.dia
● coeficientes de variações de consumo
máximo diário, k1 1,20
máximo horário, k2 1,50
mínimo anual, k3 0,50

3.2 TAXAS DE RETORNO E INFILTRAÇÃO

O conhecimento do valor da infiltração em redes coletoras de esgotos é muito


importante em projetos de redes de coleta de esgotos sanitários, pois na determinação de vazões,
influenciará no dimensionamento da rede coletora, das elevatórias e da estação de tratamento.
A quantidade de infiltração contribuinte ao sistema de esgotos depende da qualidade e
do tipo de construção das tubulações e das juntas: tipos de materiais empregados, estado de
conservação, condições de assentamento destas tubulações e juntas, e também das
características relativas ao meio: nível de água do lençol freático, clima, composição do solo,
permeabilidade, vegetação, entre outras.
A Norma técnica ABNT NBR 9649:1986 fixa as condições exigíveis na elaboração de
projeto hidráulico-sanitário de redes coletoras de esgoto sanitário, funcionando em lâmina livre,
observada a regulamentação específica das entidades responsáveis pelo planejamento e
desenvolvimento do sistema de esgoto sanitário, e recomenda que a taxa de contribuição de
infiltração depende de condições locais.
Conforme item A-8.5 da NBR 6.949, a taxa de infiltração de rede coletora depende de
condições locais como NA do lençol freático e natureza do subsolo.

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Deve-se considerar a proximidade da região urbana com o leito do rio, além da tipologia
do solo em questão, visto que se encontra em região de neossolos. Os neossolos são
normalmente de pequena profundidade e baixa retenção de água.

Figura 1 – Caracterização geológica no município de Tocantínia - TO


Portanto, considerando também a qualidade de execução da rede em nível satisfatório,
o valor adotado de taxa de infiltração será arbitrado visando a proximidade com o leito do rio.

- taxa de retorno esgoto/água: .............................................................................. 0,80

- taxa de infiltração de rede coletora ..........................................................0,05 L/s.km

3.3 TENSÃO TRATIVA

A Tensão Trativa ou Tensão de Arraste é definida como a Tensão Tangencial (ou Cisalhante),
exercida pelo fluido sobre as paredes da canalização.
𝜏 = 𝛾 𝑅 𝑆0
Onde:
𝛾 = peso específico do Fluido (9806 N/m3 ou para o Esgoto)

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A NBR9649 de 1986 recomenda o valor de 1 Pa (1 N/m2) como a Tensão Trativa Mínima
aceitável em coletores de Esgoto.

3.4 DECLIVIDADE

A declividade mínima a ser adotada para cada trecho de coletor deverá ser tal que assegure uma
Tensão Trativa no Trecho considerado de, no mínimo, 1 Pa.

3.5 LÂMINA LÍQUIDA

No caso de Escoamento Subcrítico no Trecho do Coletor considerado, ou seja, y > yc ou V <


Vc, de acordo com a Norma NBR 9649, a máxima lâmina d’água no trecho deve corresponder
a 75% do diâmetro, ou seja, y/D = 0,75. No caso de Escoamento Supercrítico no Trecho do
Coletor considerado, ou seja, y < yc ou V > Vc, de acordo com a Norma NBR 9649, a máxima
lâmina d’água no trecho deve corresponder a 50% do diâmetro, ou seja, y/D = 0,5.

3.6 CRITÉRIOS DE PROJETO

3.6.1 Profundidade Mínima

A profundidade mínima de assentamento de um coletor de esgoto deve satisfazer a dois


critérios:
 Atendimento das ligações prediais.
 Proteção contra cargas externas.
A profundidade mínima deve ser a menor considerando os dois critérios. No que se refere à
proteção contra carregamentos externos, a CAGECE recomenda uma profundidade mínima de
1,05 m.

3.6.2 Profundidade Máxima

A profundidade máxima adotada fica limitada as condicionantes físicas e executivas peculiares


a cada trecho. Neste projeto a profundidade máxima adotada será de 5,00m.

3.6.3 Diâmetro Mínimo

A Norma NBR 9649 admite o diâmetro de 100 mm como mínimo.

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3.6.4 Materiais

O material para dimensionamento de cálculo e recomendado para execução é o PVC


OCRE JE para diâmetros até 400 mm e que deve seguir as recomendações dos Fabricantes. A
rede deve ser simples, passando a 1/3 da rua.

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4 DIMENSIONAMENTO DA REDE

4.1 DETERMINAÇÃO DAS BACIAS

Os coletores, interceptores e emissários são projetados para funcionar como condutos


livres. Nessas condições, sempre se conhece o fluxo do fluido, ao contrário do que acontece
com as redes de água. Assim, os coletores foram projetados para trabalhar, no máximo com
uma lâmina igual a 0,75, destinando-se a parte superior dos condutos à ventilação do sistema e
às imprevisões e flutuações excepcionais de nível. O escoamento é considerado em regime
permanente e uniforme, resultando que a declividade da linha de energia equivale a declividade
do conduto e é igual a perda de carga unitária.
Dessa forma, foram determinadas diferente zonas da cidade para o procedimento do
dimensionamento dos trechos. E para isto, levou-se em consideração a divisão topográfica do
terreno (Figura 2).

Figura 2 – Planta topográfica do município de Tocantínia - TO

Observando as curvas topográficas, pode-se definir que a parte mais alta da cidade se
localiza na região central, enquanto que nas margens da cidade tem-se cotas mais baixas. Logo,
os fluxos foram divididos do centro para a esquerda e do centro para a direita. Portanto, as
divisões das bacias foram estabelecidas de acordo com a Figura 3.
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Figura 3 – Divisão das bacias para dimensionamento da rede de coleta de efluentes

4.2 LOCAÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)

O tipo de tratamento pré-determinado para o efluente desta cidade foi o Reator


Anaeróbio de Manta de Lodo – UASB. Este reator possui diversas vantagens como baixa
demanda de área, custo reduzido de construção e operação em relação a sistemas anaeróbios,
além de baixa produção de lodo, podendo também, fazer o aproveitamento do biogás gerado,
uma vez que é captado nos coletores sobre o tanque. Sob o aspecto construtivo, o reator UASB
pode ser executado em concreto armado, sendo necessária uma boa impermeabilização, por
exemplo, com proteção interna à base de epóxi.
Sabendo que há restrições ambientais nas legislações para a locação de uma ETE, foi
importante analisar sua distância do Rio Tocantins. Ademais, outra vantagem encontrada na
escolha do reator UASB foi quanto à distância mínima inferior de áreas urbanas. Visto que a
região mais baixa da cidade se encontra próximo a zona urbana e ao rio.

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Figura 4 – Definição da Localização da ETE

4.3 LANÇAMENTO DA REDE COLETORA DE ESGOTO

Dada a planta topográfica em escala, a qual indicava o arruamento e as curvas de nível


do trecho a ser estudado, foram definidos os locais a receberem a rede coletora, de acordo com
os critérios de declividade natural do terreno, seguindo o traçado das ruas. Em seguida, foram
indicados os sentidos de escoamento, bem como as posições dos Poços de Visita (PV) e Tubos
de Inspeção e Limpeza (TIL), respeitando a distância máxima de 100 metros entre eles. Para
todos os trechos definidos é apresentada sua extensão. De tal modo, a extensão total do projeto
para fins de cálculo é de 17302,73m. Feito isto, foram anotadas todas as cotas dos pontos
notáveis da rede para prosseguir com o dimensionamento.

Para identificação dos coletores e seus respectivos trechos, foi designado o número 1
para o coletor principal, a saber, o de maior extensão na bacia. Os outros coletores receberam
seus números em sequência de acordo com a ordem em que desaguam no traçado principal, a
fim de sempre haver números maiores contribuindo para números menores, com numeração
sequencial crescente de montante a jusante.

Em cada PV representado, com suas indicações necessárias, podem-se ter várias


entradas, mas uma única saída. Dessa forma, com essa indicação do fluxo, define-se o traçado
decidido no projeto.

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Com o fluxo da rede lançado, procede-se com o cálculo das vazões dos trechos, seus
diâmetros e declividades, assim como as vazões e dados pertinentes ao cálculo da rede coletora
de esgoto.

4.4 CÁLCULO DA POPULAÇÃO POR BACIA

A estimativa populacional das bacias se deu pela contagem direta dos lotes através de
imagens de satélite disponíveis no Google Maps, a qual resultou nos números demonstrados a
seguir (tabela 2)

Tabela 2 – Quantidade de residências por bacia


LOTES POR BACIA
N. LOTES
1 219
2 242
3 140
4 137
5 105
6 150

Para fins de cálculo, foram considerados 3 habitantes por residência, o que resultou num
total de 2979 pessoas em 2018, número próximo ao encontrado segundo a linha de tendência
populacional estimada (tabela 3).

Tabela 3 – Quantidade de residências por bacia


POPULAÇÃO 2018 2038*
SUB-BACIA 1 657 627
SUB-BACIA 2 726 693
SUB-BACIA 3 420 401
SUB-BACIA 4 411 392
SUB-BACIA 5 315 301
SUB-BACIA 6 450 429
TOTAL 2979 2843

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4.5 CÁLCULO DA TAXA DE CONTRIBUIÇÃO LINEAR

Decidido o caminhamento da rede e definida a população total, é necessário estabelecer


o cálculo das vazões dos trechos, diâmetros e declividades. As vazões de dimensionamento
foram calculadas a partir das contribuições de esgoto doméstico e água de infiltração.

𝐶∙𝑃 ∙𝑄 𝐶∙𝑃𝑓 ∙𝑄𝑖


𝑄̅𝑖 = 𝑖 𝑖 e 𝑄̅𝑓 =
86400 86400

A taxa de contribuição linear, todavia, leva em consideração o comprimento total da


rede, a taxa de infiltração local e os coeficientes de máxima vazão diária (k1) e máxima vazão
horária (k2):

𝑄̅𝑖 ∙𝑘2 𝑄̅𝑓 ∙𝑘1 ∙𝑘2


𝑇𝑖 = ∑𝐿
+ 𝑡𝑖𝑛𝑓 e 𝑇𝑓 = ∑𝐿
+ 𝑡𝑖𝑛𝑓

Desta forma, os valores obtidos de vazão e taxa de contribuição de suas respectivas


bacias estão expressos na tabela 4.

Tabela 4 – Vazões e Taxas de Contribuição de projeto


BACIA 1 BACIA 2 BACIA 3 BACIA 4 BACIA 5 BACIA 6

𝑄̅𝑖 0,9125 1,0083 0,5833 0,5708 0,4375 0,6250 l/s

𝑇𝑖 0,0004 0,0005 0,0004 0,0003 0,0003 0,0003 l/s.m

𝑄̅𝑓 0,8708 0,9622 0,5567 0,5447 0,4175 0,5964 l/s

𝑇𝑓 0,0005 0,0006 0,0005 0,0004 0,0004 0,0004 l/s.m

4.6 DIMENSIONAMENTO DOS TRECHOS

O procedimento de cálculo foi determinado de acordo com cada coluna explicitada


abaixo. As enumerações das colunas estão de acordo com a ordem da esquerda para direita, e
as planilhas de cálculo das bacias se encontra em anexo.
Coluna 1: Numeração dos trechos (no), posicionados em ordem de contribuição.
Coluna 2: Extensão dos trechos l, conforme planta disponível.
Colunas 3: Taxas de contribuição linear calculadas acima.
Colunas 4: Contribuição do trecho 𝑄𝑡 (l/𝑠), calculada pelo produto da taxa de
contribuição linear com o comprimento do trecho.
Colunas 5: Vazão de montante 𝑄𝑚 (l/𝑠).

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Colunas 6: Vazão de jusante 𝑄𝑗 (𝑚3/𝑠). Soma da contribuição do trecho com a vazão de
montante.
Colunas 7, 8 e 9: Declividade I0 (m/m). A declividade mínima é expressa pela fórmula
𝐼0 = 0,0055 𝑄−0,47, onde Q é a vazão inicial de jusante do trecho, em l/s. A declividade de projeto
adotada foi a mínima em alguns trechos, porém onde a declividade do terreno se apresentou
maior que a mínima, foi adotada declividade econômica, estimando-se profundidade mínima
de 1,05m.
Colunas 10 e 11: Diâmetro Nominal 𝑑0 (𝐷𝑁). Calculado pela fórmula 𝑑0 =

, onde Q é a vazão final de jusante do trecho em questão, em m³/s. Adota-


se o diâmetro comercial (DN) imediatamente superior, observando-se o limite mínimo DN 100
recomendado pela norma.
Colunas 11: Cota do terreno (m). Obtidas através da planta do terreno disponível.
Colunas 12: Cota do coletor (m). Nos casos onde as declividades adotadas foram as
mínimas, a cota do coletor a jusante é igual à cota do coletor a montante menos I0 * l. Para
trechos iniciais, as cotas a montante adotadas são iguais à cota do terreno a montante menos a
profundidade mínima escolhida de 1,05m. Todas as outras cotas a montante decorrem das cotas
a jusante dos trechos afluentes, sendo a cota mais profunda em singularidades com mais de uma
contribuição. Por fim, para os trechos onde se optou pela declividade econômica, a cota a
jusante é igual a cota do terreno a jusante menos a profundidade mínima de 1,05m.
Colunas 13: Profundidade do coletor (m). Quando não adotada a mínima, é igual à
diferença entre a cota do terreno e a cota do coletor.
Colunas 14: Lâmina líquida (y/d0). Utilizando tabela de relações de vazão, obteve-se a
relação Q/Qp, sendo Qp a vazão da seção cheia calculada pela expressão 𝑄𝑝 = 24 ∙ 𝑑08/3 ∙ 𝐼01/2 e
Q a vazão de jusante do trecho, limitada a no mínimo 1,05 l/s. Foi realizada a verificação se
alguma se apresentava maior que 75%.
Colunas 15: Profundidade PV/PI a jusante (m). Adotado o maior valor entre as
profundidades de jusante dos trechos concorrentes a fim de verificar a necessidade de degraus
que necessitem de tubos de queda (altura ≤ 0,5).
Colunas 16: Velocidades inicial e final (m/s). Utilizando a mesma tabela das Colunas
13, obtém-se a Área líquida, e calcula-se a Velocidade pela equação da continuidade, 𝑉 = 𝑄/𝐴,
sendo Q a vazão de jusante do trecho.

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Colunas 17: Tensão trativa (Pa). Calculada segundo a expressão 𝜎𝑡 = 𝛾 ∙ 𝑅𝐻 ∙ 𝐼0, onde 𝛾
= 104 𝑁/𝑚³ e 𝑅𝐻 obtido na Tabela em questão para valores iniciais.
Colunas 18: Velocidade Crítica (m/s). Calculada segundo a expressão 𝑉𝑐 = 6√𝑅𝐻 ∗ 𝑔,
onde g= 9,8 𝑚/𝑠² para valores finais.
Colunas 19: Verificação de atendimento dos critérios de velocidade e tensão trativa,
bem como observações pertinentes aos trechos em questão.

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5 EQUIPAMENTOS

5.1 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO


O projeto contemplará três estações elevatórias, as quais estarão localizadas ao fim das
bacias 3, 4 e 5.

Figura 5 – Localização das estações elevatórias

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Figura 6 – Esquema de corte do poço da elevatória

A seguir serão expressos os cálculos relacionados ao dimensionamento destas estações.

3.6.1 Estação Elevatória 1

Dada a vazão expressa no último trecho da bacia 5, deve-se ajustá-la para fins de
dimensionamento, reduzindo as vazões de 1,5 l/s adotadas em todos os trechos com ponta seca,
de modo a evitar o superdimensionamento do sistema.
𝑙
𝑄 = 14,338 𝑙/𝑠 e 𝑄𝑝𝑠 = 9 ∗ 1,5 = 13,5 𝑙/𝑠
𝑠

Logo,
𝑄𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡 = 14,338 − 13,5 = 0,838 𝑙/𝑠
Considerando que o reservatório estará completo em 30 minutos, o volume do
reservatório será:

𝑉𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 = 0,838 𝑙/𝑠 ∗ 1800𝑠 = 1,51𝑚³

Desta forma, será necessário um reservatório de 1,51m³ para atender a bomba.


Considerando uma altura útil de 1m, o diâmetro do poço de seção circular será:
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4 ∗ 1,51
𝐷=√ ∴ 𝐷 ≅ 1,39𝑚
𝜋

Para fins de execução, adotar-se-á 𝐷𝑟𝑒𝑠 = 1,50𝑚. Desta forma, a altura ajustada do
reservatório será de ℎ𝑟𝑒𝑠 = 0,85𝑚. Além disto, deve-se ainda considerar uma altura mínima de
submersão da bomba de 0,50m. Desta forma, o reservatório terá uma profundidade de 1,35m
abaixo da cota à jusante do trecho final da bacia, a qual é 194,56m. Deste modo, o fundo do
poço será locado à cota 193,21m.
O diâmetro da Linha de Recalque (LR) será de uma dimensão comercial abaixo do
diâmetro de chegada. Portanto, ØLR = 100mm.
Para definição da bomba, deve-se saber o diâmetro da LR, a vazão e a altura
manométrica. Esta é dada pela equação 𝐻𝑚𝑎𝑛 = 𝐻𝑔 + 𝐻𝑓 , onde 𝐻𝑔 é a diferença de cotas entre
o montante receptor do efluente e o fundo do poço de recalque, e 𝐻𝑓 é a perda de carga devido
ao atrito e comprimento do trecho. O efluente será encaminhado para a bacia 6, à montante do
trecho 3-1, cuja cota do coletor à montante é 202,05m. O comprimento da LR será de 383,30m.
Desta forma,
𝐻𝑔 = 202,05𝑚 − 193,21𝑚 = 8,84𝑚
𝑄1,85
𝐻𝑓 = 10,643 ∙ 𝐿 ∙ 1,85 4,87
𝐶 ∙𝐷
(0,838 ∙ 10−3 𝑚³/𝑠)1,85
𝐻𝑓 = 10,643 ∙ 383,3𝑚 ∙ = 0,12𝑚
1001,85 ∙ (0,100𝑚)4,87

𝐻𝑚𝑎𝑛 = 8,84𝑚 + 0,12𝑚 = 8,96𝑚


𝑄 = 0,838 ∙ 10−3 𝑚3 /𝑠 ∙ 3600 𝑠/ℎ = 3,02𝑚3 /ℎ

De posse destes dados, foi escolhido o modelo de bombas da série INI da marca IMBIL,
pois ela aplica-se ao recalque de líquidos em saneamento sendo eles limpos ou turvos. Sendo
assim, com o catálogo da marca e os dados encontrados acima, foi escolhido a bomba INI 25-
150 com rotação nominal de 1750 rpm, com Ø141 e rendimento a 45%.

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3.6.2 Estação Elevatória 2

A vazão expressa no último trecho da bacia é referente a vazão recebida pela Bacia 4 e
pela Bacia 6, onde é recalcada até um PV especial na Bacia 2. As vazões e seus devidos ajustes
em relação ás vazões consideradas no início de cada trecho (de modo a evitar o
superdimensionamento do sistema) está expresso abaixo.
𝑙
𝑄 = 35,318 𝑙/𝑠 e 𝑄𝑝𝑠 = 23 ∗ 1,5 𝑠 = 34,5 𝑙/𝑠

Logo,
𝑄𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡 = 35,318 − 34,5 = 0,818 𝑙/𝑠
Considerando que o reservatório estará completo em 30 minutos, o volume do
reservatório será:
𝑙
𝑉𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 = 0,818 ∗ 1800𝑠 = 1,47 𝑚³
𝑠

Desta forma, será necessário um reservatório de 1,47 m³ para atender a bomba.


Considerando uma altura útil de 1 m, o diâmetro do poço de seção circular será:

4 ∗ 1,47
𝐷=√ ∴ 𝐷 ≅ 1,37 𝑚
𝜋

Para fins de execução, adotar-se-á 𝐷𝑟𝑒𝑠 = 1,50𝑚. Desta forma, a altura do reservatório
permanecerá com ℎ𝑟𝑒𝑠 = 0,85 𝑚. Além disto, deve-se ainda considerar uma altura mínima de
submersão da bomba de 0,50m. Desta forma, o reservatório terá uma profundidade de 1,35m
abaixo da cota à jusante do trecho final da bacia, a qual é 185,00m. Deste modo, o fundo do
poço será locado à cota 183,65m.
O diâmetro da Linha de Recalque (LR) será de uma dimensão comercial abaixo do
diâmetro de chegada. Portanto, ØLR = 100mm.
Para definição da bomba, deve-se saber o diâmetro da LR, a vazão e a altura
manométrica. Esta é dada pela equação 𝐻𝑚𝑎𝑛 = 𝐻𝑔 + 𝐻𝑓 , onde 𝐻𝑔 é a diferença de cotas entre
o montante receptor do efluente e o fundo do poço de recalque, e 𝐻𝑓 é a perda de carga devido
ao atrito e comprimento do trecho. O efluente será encaminhado para a bacia 2, à montante do

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Emissário, cuja cota do coletor à montante é 191,50m. O comprimento da LR será de 658,59m.
Desta forma,
𝐻𝑔 = 191,50𝑚 − 183,65𝑚 = 7,85𝑚
𝑄1,85
𝐻𝑓 = 10,643 ∙ 𝐿 ∙
𝐶 1,85 ∙ 𝐷4,87
(0,818 ∙ 10−3 𝑚³/𝑠)1,85
𝐻𝑓 = 10,643 ∙ 658,59𝑚 ∙ = 0,20𝑚
1001,85 ∙ (0,100𝑚)4,87

 𝐻𝑚𝑎𝑛 = 9,50𝑚 + 0,20𝑚 = 9,70𝑚


 𝑄 = 0,818 ∙ 10−3 𝑚3 /𝑠 ∙ 3600 𝑠/ℎ = 2,94𝑚3 /ℎ

De posse destes dados, foi escolhido o modelo de bombas da série ABS Robusta da
marca SULZER, pois ela aplica-se ao recalque de líquidos em saneamento sendo eles limpos
ou turvos. A bomba é ideal para pequenas elevatórias, pois apresenta um custo menor em
relação a energia e manutenção, ela é monofásica e centrífuga com motor hermeticamente
fechado. Sendo assim, com o catálogo da marca e os dados encontrados acima, foi escolhido a
bomba Robusta 250M/T com rotação nominal de 3450 rpm.

3.6.3 Estação Elevatória 3

Dada a vazão expressa no último trecho da bacia 3, deve-se ajustá-la para fins de
dimensionamento, reduzindo as vazões de 1,5 l/s adotadas em todos os trechos com ponta seca,
de modo a evitar o superdimensionamento do sistema.
𝑙
𝑄 = 8,377 𝑙/𝑠 e 𝑄𝑝𝑠 = 5 ∗ 1,5 𝑠 = 7,5 𝑙/𝑠

Logo,
𝑄𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡 = 8,377 − 7,5 = 0,877 𝑙/𝑠
Considerando que o reservatório estará completo em 30 minutos, o volume do
reservatório será:

𝑉𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 = 0,877 𝑙/𝑠 ∗ 1800𝑠 = 1,58𝑚³

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Desta forma, será necessário um reservatório de 1,58m³ para atender a bomba.
Considerando uma altura útil de 1m, o diâmetro do poço de seção circular será:

4 ∗ 1,58
𝐷=√ ∴ 𝐷 ≅ 1,41𝑚
𝜋

Para fins de execução, adotar-se-á 𝐷𝑟𝑒𝑠 = 1,50𝑚. Desta forma, a altura ajustada do
reservatório será de ℎ𝑟𝑒𝑠 = 0,90𝑚. Além disto, deve-se ainda considerar uma altura mínima de
submersão da bomba de 0,50m. Desta forma, o reservatório terá uma profundidade de 1,40m
abaixo da cota à jusante do trecho final da bacia, a qual é 197,59m. Deste modo, o fundo do
poço será locado à cota 196,19m.
O diâmetro da Linha de Recalque (LR) será de uma dimensão comercial abaixo do
diâmetro de chegada. Portanto, ØLR = 150mm.
Para definição da bomba, deve-se saber o diâmetro da LR, a vazão e a altura
manométrica. Esta é dada pela equação 𝐻𝑚𝑎𝑛 = 𝐻𝑔 + 𝐻𝑓 , onde 𝐻𝑔 é a diferença de cotas entre
o montante receptor do efluente e o fundo do poço de recalque, e 𝐻𝑓 é a perda de carga devido
ao atrito e comprimento do trecho. O efluente será encaminhado para a bacia 2, à montante do
trecho qc1-1, cuja cota do coletor à montante é 202,25m. O comprimento da LR será de
237,45m. Desta forma,
𝐻𝑔 = 202,25𝑚 − 196,19𝑚 = 6,06𝑚
𝑄1,85
𝐻𝑓 = 10,643 ∙ 𝐿 ∙
𝐶 1,85 ∙ 𝐷4,87
(0,877 ∙ 10−3 𝑚³/𝑠)1,85
𝐻𝑓 = 10,643 ∙ 237,45𝑚 ∙ = 0,31𝑚
1001,85 ∙ (0,150𝑚)4,87

𝐻𝑚𝑎𝑛 = 6,06𝑚 + 0,31𝑚 = 6,97𝑚


𝑄 = 0,877 ∙ 10−3 𝑚3 /𝑠 ∙ 3600 𝑠/ℎ = 3,15𝑚3 /ℎ

De posse destes dados, foi escolhido o mesmo modelo de bomba utilizado na estação
elevatória 1, o modelo INI 25-150, com rotação nominal de 1750 rpm, porém com Ø111 e
rendimento a 43%.

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6 DESENHOS

Prancha Título Escala Formato

01 Rede Coletora de Esgotos 1 : 2.000 A0 Extendido

02 Planilhas de cálculo - A3

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