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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE

ACÓRDÃO: 583/2008
RECURSO INOMINADO (CÍVEL CAPITAL) 0261/2008
PROCESSO: 2008800642
REQUERENTE EXTRA HIPERMERCADOS
ANDRÉ SILVA VIEIRA
REQUERIDO RICARDO TELES DOREA
ADVOGADO JORGE SOUZA ALVES FILHO
RELATOR: DRA. MARTA SUZANA LOPES VASCONCELOS

EMENTA

Consumidor. Preliminares de ilegitimidade de parte e de


incompetência rejeitadas. Alegação de decadência rejeitada.
Vício do produto. Bem durável. Inadequação para o uso.
Aplicação do artigo 18 do CDC. Responsabilidade solidária
existente entre o comerciante e o fabricante do bem.
Responsabilidade Objetiva. Recurso conhecido e improvido. 1-
Não merece acolhida a preliminar de ilegitimidade de parte
aduzida em sede de recurso, eis que não se aplica o artigo 12
do CDC ao presente caso, pois não está se falando de dano ao
consumidor, e sim de defeito do produto, neste caso, aplica-se o
artigo 18 do mesmo estatuto consumerista. A responsabilidade
fabricante, produtor, importador e do comerciante são
solidárias, podendo aquele ao qual couber a reparação dos
vícios de qualidade ou quantidade nos termos previstos no
parágrafo primeiro do artigo 18 do CDC, exercitar a ação
regressiva contra as demais pessoas jurídicas já citadas neste
parágrafo, a fim de ser ressarcido pelos prejuízos que sofreu.
Todos os que têm relação direta ou indireta na cadeia do
produto, comerciante, fabricante, importador ou produtor têm
responsabilidade solidária. Preliminar de ilegitimidade de parte
rejeitada. 2- Com relação à preliminar de incompetência do
juízo, verifica-se que não há necessidade de realização de
perícia, posto que o defeito ficou demonstrado através dos
documentos anexados aos autos, os quais não foram
impugnados. Some-se a isso que as ordens de serviço as ordens
de serviço onde se vê a descrição dos defeitos apresentados
pelo computador. Assim, rejeito a preliminar de incompetência
do juizado. 3- O produto adquirido pelo recorrido, apresentou
defeito no período de garantia, que o tornou inadequado ao fim
ao qual se destinou, promovendo a aplicação da teoria do vício
do produto, prevista no artigo 18 do CDC. Desta forma rejeito a
alegação de decadência do direito do autor. 4- O vício do
produto encontra-se devidamente provado, eis que o recorrido
tentou de várias formas, o conserto do computador,
encaminhando-o para a assistência técnica localizada no Estado
de São Paulo, sem contudo, ter logrado êxito. 5- Sendo o bem
do tipo durável, os vícios se manifestam no período da garantia
contratual. Sem o efetivo conserto, o recorrido tem direito a ser
restituído do valor pago ou a substituição do produto. Todavia,
no caso dos autos, restou demonstrado que o recorrente não
mais dispõe em seu estoque do produto idêntico ao adquirido
pelo recorrido, devendo tão somente, restituir o valor
efetivamente desembolsado, com os acréscimos legais. 6-
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

ACÓRDÃO

Acordam os Juízes de Direito integrantes da Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis da
Comarca de Aracaju, à UNANIMIDADE, em conhecer do recurso interposto, por cabível e
tempestivo, mas para lhe NEGAR PROVIMENTO, nos termos do voto da Relatora, mantendo-se
em todos os seus termos a sentença monocrática, condenando a Recorrente ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios fixados em 20% (vinte por cento) sobre o valor
da condenação.

DRA. MARTA SUZANA LOPES VASCONCELOS


RELATOR

DRA. ANA BERNADETE LEITE DE CARVALHO ANDRADE


MEMBRO

DR. JOSÉ ANSELMO DE OLIVEIRA


MEMBRO
RELATÓRIO

Oral em Sessão
VOTO

Confirmo a sentença por seus próprios fundamentos nos termos do art. 46 da Lei 9.099/95.

“O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação suficiente do


processo, fundamentação sucinta e a parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos
próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão”.

No caso vertente, considerando que a sentença fustigada bem apreciou os fatos e aplicou
corretamente o direito, subscrevo os seus fundamentos, chamando - os à colação como parte
integrante deste voto, confirmando a sentença nos termos do artigo 46, segunda parte, da Lei
9.099/95, acima transcrito.

Assim, VOTO por negar provimento ao recurso e condenar a Recorrente ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios fixados em 20%(vinte por cento) sobre o valor
da condenação, na forma do art. 55, 2ª parte, do citado diploma legal.

Aracaju/SE , 18 de Agosto de 2008.

DRA. MARTA SUZANA LOPES VASCONCELOS


RELATOR

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