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Outras mídias Videoativismo - breves considerações


Por kit 14/03/2005 às 22:12

Breves consideraçoes sobre o surgimento do videoativismo e seu


desenvolvimento no Brasil.

O videoativismo é tão antigo quanto a própria história do vídeo. Talvez mais, se


considerarmos as primeiras experiências estéticas e técnicas com a imagem da TV no início
da década de 60, ou ainda as influências da produção do cinema russo (Vertov) e
underground, sempre paralela às grandes produções cinematográficas. Mas o que
impulsionou de forma definitiva artistas e curiosos a utilizarem esse suporte para registrar,
projetar e experimentar outras possibilidades de uso para a imagem eletrônica, foi o
lançamento de uma câmera portátil de vídeo pela Sony, o Portapack, em 1965 que aliado
Publique! ao videoteipe (utilizado pelas grandes emissoras de TV desde a década de 50), e ao
Publique o seu vídeo, áudio, videocassete (lançado em 1970), possibilitou a produção de videoregistros,
imagens e textos
diretamente do seu
videodocumentários e videoarte na contramão do que a televisão veiculava
navegador. comercialmente.

Notícias A grande maioria das propostas experimentais com a televisão e o vídeo têm sido
Cobertura imediata dos associadas (principalmente aqui no Brasil, onde não houve um movimento de incentivo em
acontecimentos ligados aos
novos movimentos.
relação as possibilidades da imagem eletrônica) à videoarte. E a videoarte por sua vez,
acabou absorvendo esses trabalhos. Não se pode apontar um motivo: talvez por ser de
Política Editorial vanguarda e trazer o questionamento como algo inerente a sua própria condição, talvez
Saiba sobre a política de por apresentar a ousadia experimental de forma marcante, ou ainda por unir essas e
publicação do CMI. outras características, o fato é que o início da história do vídeo no Brasil está dividido em
dois tipos de práticas: produção comercial (vídeos e programas de televisão produzidos
Seja um voluntário
para serem veiculados em grandes corporações broadcasting) e videoarte (produção
Participe desse projeto de
democratização da mídia. experimental exibida para um público alternativo em galerias, museus e festivais).

Contato A história da videoarte começa oficialmente na década de 60, dentro da proposta “tardo-
Mande sua mensagem para dadaísta” do grupo Fluxus, que tinha entre seus integrantes John Cage, Nam June Paik e
nós.
Wolf Vostell. Esse grupo que surgiu no final dos anos 50, produzia obras com o intuito de
provocar artistas, críticos e consumidores a questionar conceitos e categorias de
Ajuda
julgamento, além de se apropriar das novas tecnologias disponíveis para elaborar
Como publicar as suas
notícias em diferentes happenings, performances e festivais. Foi no início daquela década que esses artistas
formatos. começaram a se interessar pela imagem da televisão como possibilidade de intervenção
estética.
Sobre o CMI
Conheça os princípios do
Antes mesmo do vídeo tape ser popularizado, alguns artistas já trabalhavam com a
Centro de Mídia
Independente. imagem eletrônica num processo de desorganização do fluxo de elétrons, o que permitia a
distorção de figuras na tela da TV utilizando material magnético. Outros, mais radicais,
Bate-papo do CMI preferiam desconstruir o suporte por onde a informação visual chegava, ou seja, a própria
Acesse a nossa sala de televisão. (Em 1963 a tevê já vinha sendo usada como suporte em instalações e
bate-papo.
performances. Wolf Vostell realiza em 1961 em Paris, sua primeira “TV Dé-Collage”, que
deu origem a uma série de projetos multimídias com performances e happenings onde a
Apoie o Indymedia
Conheça os outros projetos
televisão era vista como objeto de crítica social. Em 63 ele enterra publicamente, depois
do CMI e contribua com a de uma longa performance, um televisor remexido e destruído, todo enrolado em arames,
mídia independente. ligado e transmitindo imagens alteradas e transformadas da televisão, durante o “Yam
Festival – Festival de Performances em Nova York”).
Artigos Escondidos
Matérias repetidas, sem
conteúdo ou que violam a
Ainda em 1963, Nam June Paik (um coreano formado em História da Arte e História da
Política Editorial. Música pela Universidade de Munique, Alemanha, que integrava o Fluxus e estudava
música eletrônica com Stockhausen), experimenta inverter os circuitos de um aparelho
Rede CMI Brasil
receptor de tevê para perturbar a constituição das imagens geradas por ele. Essa
Página estática dos experiência acabou dando origem ao movimento que revolucionaria toda a estética da arte
coletivos.
eletrônica do século XX: a videoarte.

Ao criar os Distorted TV Sets - que representam as primeiras imagens eletrônicas não

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Brasília
figurativas da televisão -, Paik promove uma inversão na proposta de utilização da tevê
Campinas
Caxias do Sul enquanto meio de comunicação: já não se trata apenas de comunicar, mas também de
Curitiba refletir e explorar as possibilidades da emissão da informação audiovisual em sua forma
Florianópolis mais pura.
Fortaleza
Goiânia
Joinville Limitados pela impossibilidade de usar as inovações tecnológicas da época - restritas as
Porto Alegre grandes emissoras - até 1965 os artistas que trabalhavam com a imagem eletrônica
Rio de Janeiro
realizavam apenas interferências diretas na tela através de imãs ou intervenções nos
Salvador
São Paulo circuitos elétricos dos aparelhos, em exposições, festivais, instalações e performances. Mas
com o lançamento da câmera de vídeo e do vídeo-gravador portáteis abrem-se novas
Receba o boletim do cmi perspectivas. Ainda que suas possibilidades fossem mínimas, o Portapak lançado pela Sony
Corporation (que só permitia a gravação da imagem em P&B com fita de ½ polegada)
Seu e-mail
representava uma inovação capaz de grandes possibilidades criativas. É nesse contexto
que encontramos o primeiro registro de videoativismo, também protagonizado por Paik.
Ele comprou uma dessas câmeras que tinha acabado de ser lançada ao mercado e gravou
Enviar
da janela de um táxi a chegada do Papa Paul IV à cidade de Nova York. Em seguida ele
Busca levou a fita gravada para o Café a Go Go, reduto de artistas e intelectuais da época. Além
de mostrar a fita recém-gravada em tempo real, ele distribuiu um manifesto declarando
Encontre
que o vídeo iria revolucionar a arte e a informação.

Palavras Vale lembrar que ainda que os equipamentos de edição para o vídeo só tenham sido
todas
lançados na década de 70, a facilidade e a flexibilidade de operar a câmera e o gravador
assim como a imediaticidade da exibição da imagem, trouxeram muitos adeptos para o
com imagens experimentalismo com as imagens obtidas através do vídeo ainda na segunda metade da
com áudio década de 60. Essas pessoas buscavam novos suportes para se expressar: músicos,
com vídeo
artistas plásticos e cineastas do underground faziam experiências em conjunto e isolados,
eles criavam novas possibilidades com a tecnologia que chegava ao mercado.
Busca
No Brasil as câmeras de vídeo portáteis chegaram no início da década de 70, trazidas por
CMIs artistas de vanguarda. Assim, os primeiros trabalhos com a imagem eletrônica produzidos
aqui vão se caracterizar mais pelas experiências com as possibilidades estéticas que esse
www.indymedia.org
tipo de suporte potencializava.
Projetos da Rede Global
impresso Em outros países como nos Estados Unidos foi diferente. Ainda na década de 70 artistas e
rádio ativistas políticos se apropriaram das novas mídias e criaram coletivos de produção de
tv (newsreal) vídeo. O TVTV Top Value Television) foi um deles. Seus integrantes criavam documentários
vídeo
que eram mostrados em estações de TV a cabo em diversas cidades do país.
Tópicos Posteriormente outros coletivos com propostas semelhantes surgiram: a Paper Tiger TV e
biotecnologia a Deep Dish TV foram criados na década de 80 e continuam ainda hoje produzindo e
distribuindo programas sempre relacionados a assuntos polêmicos.
África
áfrica do sul
ambazônia
Outra proposta de videoativismo um pouco mais recente é a Free Speech TV, considerada
estreito de gibraltar uma das maiores plataformas para videoativistas dos últimos anos. A TV tem programas
ilhas canárias semanais em canais de acesso público e 24 horas via satélite na Dish Network. Ainda
nigéria
disponibiliza programas no site http://www.freespeech.org com streaming (transmissão
quênia
ao vivo) e arquivos de vídeo.
América Latina
argentina Enquanto o videoativismo criava raízes e se consolidava nos EUA e em alguns países da
bolívia Europa, aqui no Brasil essa prática engatinhava. Foi somente nos anos 80, com o início da
brasil
chiapas (mex) popularização dos equipamentos de captação e edição, que os primeiros grupos de
chile videomakers começaram a aparecer. Segundo Yvana Fechini, professora da Universidade
chile, sul Católica de Pernambuco, duas produtoras se destacam nesse contexto: a Olhar Eletrônico
colômbia
equador
e TVDO (TVTudo), ambas de São Paulo.
méxico
peru Formada em 1981 por Fernando Meirelles, Paulo Morelli, Marcelo Machado, José Roberto
porto rico
Salatini, Renato Barbieri e Marcelo Tas (os dois últimos integrantes se juntaram ao grupo
qollasuyu (bol)
rosário (arg) depois), a Olhar Eletrônico foi uma das primeiras produtoras a incluir produção
santiago (chi) videográfica independente na TV comercial. A proposta do grupo foi utilizar os mesmo
tijuana (mex) ingredientes que produções comerciais utilizavam para desmistificar clichês e propor
uruguai
valparaíso (chi) reflexões acerca do conteúdo que se consumia. Foi assim que surgiu o histórico
personagem Ernesto Varela – anti-repórter da TV - interpretado por Marcelo Tas.
América do Norte Atrapalhado e ingênuo, suas reportagens buscavam uma outra perspectiva para olhar
canadá temas polêmicos. A corrida de ouro em Serra Pelada (Varela in Serra Pelada, 1984) e os
hamilton
problemas dos moradores de rua na cidade de São Paulo (Do outro lado da sua casa,
maritimes 1986), são vídeos que desconstroem o discurso midiático das grandes redes de TV.
montreal
ontário

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ottawa
quebec
thunder bay
vancouver Entre outras marcas do grupo vale ressaltar algumas das históricas intervenções –
victoria extremamente rápidas e funcionais – realizadas por Tas na pele de Varela: “Deputado, o
windsor
winnipeg
senhor acredita no que diz?” a pergunta catártica que o repórter fez a Nelson Marchezan,
estados unidos um dos líderes do PDS na época da sessão de votação da emenda Dante de Oliveira, em
arizona 1984 (rejeitada pela Câmara dos Deputados em 26/04/1984, embora tivesse recebido
arkansas
maioria de votos a favor -298 a 65 -, insuficiente, entretanto, para se atingir o quórum de
atlanta
austin dois terços exigido para alterações da Constituição. Faltaram 22 votos) e ”É verdade,
baía de são francisco Senhor Maluf, que o senhor é um ladrão?” dirigida ao então candidato da ditadura militar à
baía de tampa
Presidência da República, são registros de intervenções que marcaram o início da história
baltimore
binghamton do videoativismo no Brasil.
boston
búfalo O outro grupo ativo nos anos 80 – TVDO - era formado por Tadeu Jungle, Walter Silveira,
carolina do norte
charlottesville
Ney Marcondes, Paulo Priolli e Pedro Vieira. Esses videomakers produziram o que acabou
chicago sendo chamado de “reportagens invertidas”. Inspirados na perfomance de Glauber Rocha
cleveland no programa Abertura (1979/1980) da extinta TV Tupi, trabalharam com reportagens,
colorado
segundo o Professor da PUC Arlindo Machado, que privilegiavam aspectos marginais ou
columbo
danbury, ct situações paralelas ao invés do foco principal de determinada situação, como em Quem
estados unidos kiss TV , 1985, um documentário que desloca o ponto de vista do show de rock do grupo
filadélfia
norte-americano Kiss para a platéia - fãs e vendedores ambulantes em sua maioria.
hampton roads, va
havaí
houston Ainda na década de 80 outra experiência interessante vai marcar o contexto audiovisual
hudson mohawk brasileiro: as TVs livres. Essas TVs não só produziam vídeos radicais como também os
idaho
illinois, sul
exibiam fora do circuito comercial. A TV Viva que surge em Olinda, PE em 1984, foi a
ítaca primeira televisão de rua do país direcionada a movimentos sociais. Seus programas eram
kansas city exibidos em um tipo de trio-elétrico audiovisual: um caminhão com telão e som que
los angeles
visitava os bairros da periferia de Recife. A TV Viva ainda produziu documentários para
madison
maine emissoras estrangeiras e algumas coberturas jornalísticas para emissoras comerciais
massachusetts, oeste nacionais.
miami
michigan
milwaukee Em 1986 uma outra TV livre, inspirada no movimento de rádios livres que proliferava em
mineápolis/st. paul São Paulo, entra no ar - a TV Cubo, criada pelo mesmo grupo que organizou a Rádio Xilik
nova hampshire (PUC-SP). Com sinal irradiado no canal 3 em SP, antes de começar a programação seus
nova iorque
nova jérsei
idealizadores realizaram uma interferência no som dos canais 2 (TV Cultura) e 4 (SBT)
nova orleans anunciando sua programação: ``tele-humanos em geral, boa noite. Pedimos desculpas
novo méxico mas estamos invadindo o ar de seu lar. Pedimos que sigam atentamente as nossas
oklahoma
instruções. Está entrando no ar a TV Cubo. Mude para o canal 3 para você sacar que
omaha
pittsburgh apesar da poluição há muita vida no ar''. Em seguida foi emitido um programa de 13
portland minutos, reprisado na seqüência, e um telejornal não convencional com sátiras além de
richmond
uma enquete de rua que perguntava ``se você tivesse que chutar alguém, quem você
rochester
rogue valley chutaria?''
saint louis
san diego De acordo com a Professora de Comunicação da UMESP, Cecília Peruzzo, o Rio de Janeiro
santa bárbara
santa cruz, ca
também viveu experiências de transmissão livre e de rua. Em 1990, no Dia Mundial de
são francisco Prevenção da AIDS, os moradores e médicos do Posto de Saúde da favela da Rocinha
seattle transmitiram em VHF, pela TV Canibal um programa sobre a prevenção da AIDS. Há
tallahassee
também referências da TV 3Antena, canal 8 que culminou com a prisão, pela Polícia
tennessee
texas, norte Federal, das pessoas que estavam assistindo a sua transmissão no bar Planalto, no
urbana-champaign Flamengo. Já a TV Maxambomba, que surgiu em 1986 no Rio de Janeiro, tinha produções
utah
mais voltadas à comunidade, realizados com a comunidade e transmitidos dentro de uma
vermont
washington, dc proposta comunitária, focalizando os trabalhos videográficos em temas de interesse
worcester popular.

Ásia
burma
índia
O Videoativismo hoje no Brasil
jacarta (ins)
japão A proposta desse texto é classificar as diferentes tendências do videoativismo hoje no
manila (fil)
Brasil. De acordo com a história do vídeo, é possível separar essas tendências em três
mumbai (ind)
quezon (fil) diferentes classes. A primeira delas está enraizada nos movimentos dos anos 70, surgidos
nos EUA através de coletivos de vídeo citados anteriormente. A produção que caracteriza
Europa esse primeiro grupo está vinculada a uma necessidade de utilizar as mídias para dar
alemanha
visibilidade a grupos e movimentos sociais com muito pouca ou nenhuma expressão dentro
alicante (esp)
andorra da sociedade. È uma tendência que ganhou força nos anos 80 mas permanece ainda hoje
antuérpia (bel) como prática necessária para a desconstrução de discursos que promovem a perpetuação
armênia do poder vigente. Nessa categoria podemos incluir documentários e programas de TV
atenas (gre)
áustria

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barcelona (esp)
bélgica
belgrado (scg) realizados ainda dentro de determinados padrões audiovisuais clássicos, com poucas
bielorrússia inovações formais ou ousadia discursiva.
bristol (ing)
bulgária
chipre
Uma outra tendência é o trabalho realizado por coletivos de vídeo através de intervenções
croácia e ação direta na rua, espaços públicos (ou quase) e em tempo real. Nessa linha podemos
escócia inserir os trabalhos dos videoativistas/videomakers brasileiros dos anos 80 (Marcelo Tas e
estreito de gibraltar
o repórter Ernesto Varela) e as Tvs livres, que provocavam intervenções no espaço urbano
euskal herria/país basco
flandres ocidental (bel) criando rupturas no processo padrão de emissão e recepção da mensagem audiovisual.
flandres oriental (bel) Hoje esse tipo de trabalho é fato. Apresentam possibilidades técnicas mais sofisticadas e
galiza
outros espaços de difusão (internet, escolas, festas e festivais) além da rua e da tv aberta.
grenoble (fra)
holanda Dentre os grupos que mais têm se destacado dentro desse contexto podemos citar o
hungria MediaSana (Recife-PE) e o Feito a Mãos Belo Horizonte – MG). Podem ser incluídos ainda
irlanda dentro dessa categoria, registros de ações transformadas em instalações (Bijari e A
istambul (tur)
itália
Revolução não será televisionada – São Paulo), que utilizam o vídeo como elemento e/ou
la plana (esp) suporte de registro desses atos. Todos esse grupos trabalham com uma proposta de
liege (bel) reciclagem de mídia que pode se dar tanto por meio da reutilização de imagens publicadas
lille (fra)
em jornal, revistas e elevisão - escolhidos segundo determinados critérios estabelecidos
madri (esp)
malta pelos grupos – quanto por meio de captação de imagens pelo próprio coletivo que,
marselha (fra) utilizando efeitos obtidos através de softwares específicos, podem trabalhar possibilidades
nantes (fra)
de conteúdos semânticos a partir de signos saturados de significados.
nice (fra)
noruega
paris/ilha-de-frança (fra) Há ainda uma terceira tendência - mais agressiva e que surge com as possibilidades de
polônia acesso à internet - formada por videoregistros, em sua maioria gravados em
portugal
reino unido
manifestações, protestos e táticas de ação direta que mostram, mais em imagens e menos
romênia em entrevistas - às vezes com um ritmo de edição bastante sofisticado - a violência da
rússia polícia, a repressão e a ação de movimentos de luta popular. São trabalhos realizados em
suécia
grande parte de forma intuitiva: alguns apresentam imagens tremidas, a câmera quase
suíça
tessalônica (gre) sempre participa (é uma câmera subjetiva, acompanha o olhar de quem está dentro da
toulouse (fra) ação e não apenas observa) e na edição o trabalho tende a cortes secos e o mínimo de
ucrânia
recursos de pós-produção (efeitos). Nessa categoria podemos incluir os vídeos produzidos
valência
pelo Centro de Mídia Independente ( http://www.midiaindependente.org), Videohackers
Oceania e Sem-Sizo.
adelaide (aus)
aotearoa/nova zelândia As principais características dessa tendência incluem a instantaneidade (os vídeos são
brisbane (aus)
burma
gravados, editados e postados na internet com bastante rapidez), simplicidade (não se
darwin (aus) busca um trabalho estético de composição da imagem elaborado - a iluminação e o som
jacarta (ins) são captados quase sempre apenas com as possibilidades embutidas nas câmeras) e curta
manila (fil)
duração (para o arquivo ficar leve e acessível). A proposta é mostrar determinados
melbourne (aus)
oceania acontecimentos que não costumam ser divulgados pelas grandes corporações midiáticas e
perth (aus) utilizar a internet também como meio de difusão desses trabalhos, já que legalmente seria
quezon (fil)
impossível utilizar a TV de sinal aberto.
sydney (aus)

Oriente Médio Todos esses trabalhos têm funcionado como depoimentos audiovisuais, testemunhas
armênia videográficas expressas através de olhares e ouvidos subjetivos, menos contaminados pela
beirute (lin) linguagem convencional do cinema e da TV: as câmeras tremem e incomodam, os olhares
israel
palestina
não se fixam e desnorteiam, os planos às vezes são longos e o tempo se arrasta, a tela
não completa a mensagem e a lógica do sistema se rompe deixando um vazio imediato às
Processo vezes seguido de um sentimento de desorientação pela falta de uso desse repertório.
discussão
faq da indymedia
Há uma geração de guerrilheiros eletrônicos invadindo a rede. São hackers, videoativistas,
fbi/situação legal
listas de discussão bloggueiros. Estão nos países da América do Sul, México, EUA, Europa, Ásia, África - não
processo & docs existe fronteira nem idioma que não possa ser transposto ou traduzido. A informação
técnico
desinformada dos moldes padrões perambula pelas ondas eletromagnéticas, escorre entre
voluntários
fios de cobre e se aloja indiscretamente na indignação de milhares de pessoas em todos os
cantos do mundo.

O fato é que tem um novo código surgindo daí. Aberto, livre – generosamente possível.

Referências Bibliográficas:

AZZI, Francesca. Vídeo-arte e experimentalismo: o surgimento de uma estética nos anos


60 e 70. Programa de Estudos de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica. PUC-SP,
1995. (Dissertação de Mestrado).

COHEN, Renato. Performance como linguagem. SP: Perspectiva, 2002.

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CRITICAL ART ENSEMBLE. Distúrbio Eletrônico. SP: Conrad, 2001.

MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. SP: Brasiliense, 1988.

HOME, Stuart. Assalto à Cultura: utopia, subversão, guerrilha na (anti)arte do séculoXX.


SP:Conrad, 1999.

____. Máquina e Imaginário. SP: Edusp, 1996.

____ (org). Made in Brasil: três décadas de vídeo brasileiro. SP: Itaú Cultural, 2003.

PERUZZO, M. K. Cecília. TV Comunitária no Brasil: Aspectos Históricos. in


http://bocc.ubi.pt/pag/peruzzo-cicilia-tv-comunitaria.html

http://www.lipmagazine.org/articles/featrinaldo_115_p.htm

http://www.midiaindependente.org

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Comentários

esqueci ...
kit menezes 15/03/2005 02:16

ops, esqueci de me identificar (...)


kit menezes( kitnone@yahoo.com)

Outra forma de ver TV


Paulo Priolli 17/03/2005 02:19
parabolica_2000@yahoo.com.br

A TVDO surgiu na USP,no final de 1980, da reuniao de 3 alunos do curso deTv(Tadeu,


Walter e Ney)e 1 do curso de cinema(Priolli). A intencao do grupo sempre foi misturar as
linguagens, utilizando o q elas tinham de melhor (a captacao das imagens, no caso do
cinema e a rapidez na edicao, no caso da tv) e com isso buscar um modo de producao
diferente da TV comercial,inspirado na videoarte,area em que todos nos ja militavamos. O
nome TVDO vem do fato de que cada integrante do grupo tinha uma visao global do
proceso de fazer TV, e podia exercer qualquer funcao tecnica(producao, camera,
edicao,direcao,roteiro,etc).
O grupo chegou a TV comercial em meados de 1981, tendo como objetivo colocar essa
visao do modo de producao de video nas networks. A estreia aconteceu no programa
Mocidade Independente,de Nelson Motta, transmitido em rede nacional pela Tv
Bandeirantes de SP. Em seguida,fizemos o mesmo trabalho na area do jornalismo, no
programa 90 minutos, tambem na Bandeirantes, ao contrario da equipe da Olhar
Eletronico, nossos amigos e concorrentes, que so chegaram a TV comercial em 1984, na
TV Gazeta de Sáo Paulo, em carater regional.
Paulo Priolli, jornalista e produtor multimidia.

Diferencas da geracao 80
Paulo Priolli 17/03/2005 23:54

A principal diferenca entre a TVDO e outros grupos e videomakers que atuavam na decada
de 80 eh que nos sempre pretendemos atuar na TV comercial, oferecendo uma alternativa
de producao mais barata,nacional sem ser nacionalista, com uma visao mais critica do
media e da propria sociedade.

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Democratizar o acesso as redes de TV era outro dos nossos objetivos


Os outros grupos, no principio, apenas sonhavam em participar de festivais. E somente a
Olhar Eletronico e a Videoverso(uma dissindëncia da TVDO surgida em 1984)chegaram a
TV comercial, entre os produtores de Sao Paulo e, creio mesmo, do Brasil.

O q a gente fez foi rock


Paulo Priolli 21/03/2005 02:44

Parodiando Helio Oiticica, o q a gente fez na TV, com o video, foi puro rock and roll. Digo
na essencia, no comportamento libertario, na postura rebelde, na vontade de experimentar
justamente no midia simbolo da nossa geracao, da geracao dos anos 50. E justamente o
midia que sofre o maior controle do Estado, isso ate hoje. Comecamos a atuar na TV
comercial dispostos a experimentar. E comecamos justo num programa musical, O
Mocidade Independente, do Nelson Motta, um cara identificado com as vanguardas
culturais desde sempre.
E isso no momento em que Walter Clark voltava a uma rede de televisao -a Bandeirantes-
disposto a exorcizar o mito que ele mesmo tinha criado na Rede Globo. Essas pessoas
deram aval aos nossos projetos e bancaram a aventura.
Juntamos a fome deles por novidades com a nossa vontade de comer.
E ateh pq eramos 4 caras na TVDO - a formacao classica de uma banda de rock - fizemos
o nosso rock and roll.
Tambem deglutimos os trabalhos de Paik e criamos ha 20 anos atras, no primeiro festival
de Video Brasil, da Fotoptica, instalacoes de video baseado na relacao carinhosa entre o
telespectador e a TV, sempre com muito humor. E em 1982, duas decadas antes de
surgirem os Vjs das festas rave de hoje, jah faziamos video shows com a GANG 90, do
poeta Julio Barroso, misturando musica e imagens no palco de um teatro coisa que, alias,
o Pink Floyd ja fazia na decada de 70.
A TV e o video sempre foram os meios preferidos para a gente se expressar de uma forma
politica, no sentido transformador da coisa.

© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e
esta nota seja incluída.

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