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EXMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ____VARA FEDERAL DA

COMARCA DE JUAZEIRO DO NORTE/CE

SALARIA- MATERNIDADE RURAL

SEGURADO ESPECIAL

A parte autora manifesta expressamente a renúncia ao valor que exceder a sessenta salários
mínimos no momento da propositura da ação.

xxxxxxxxxx,

brasileiro, união estável, agricultora, portador do RG de Nº xxxxx, inscrito no CPF de Nº xxxxx,


residente e domiciliado, na vila Regina Tavares nº 61, bairro zona rural, Barbalha/CE,
intermediado (a) por seu procurador fartamente qualificado no mandato procuratório junto (com
endereço na rua xxxxx, nº xxxxx, xxxxx, xxxxx para correspondência), vem perante V. Exa.,
propor, AÇÃO ORDINÁRIA, o que com fundamento no art. 20 § 2º da Lei 8.742/93 e CF/88,
contra o INSS, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, autarquia federal, com endereço
na Rua José Marrocos, 458, Crato, Ceará, pelos fatos a seguir alinhados:

1. PRELIMINARMENTE: DA JUSTIÇA GRATUITA

Requer o benefício da justiça gratuita por ser uma pessoa pobre na acepção jurídica, não
podendo arcar com as despesas e custas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou
familiar, nos termos da Lei 1.060/50.

2. DOS FATOS

O requerente possui 30 (trinta) anos de idade, e é segurado da Previdência Social na qualidade


de segurado especial, “trabalhador rural”.
Alega a requerente que antes de contrair união estável com seu atual parceiro e pai de seus
filhos, xxxxxxxxxx, trabalhava junto com seus pais na agricultura em regime de economia
familiar, e que após passar a conviver com seu atual parceiro passaram juntos a exerce a
atividade de agricultura também em regime de economia familiar.

Discorre ainda que seu parceiro veio a assinar carteira de trabalho, em uma fazenda de banana,
e que passou a trabalhar sozinha e com a ajuda de seu irmão que a ajuda no preparo da terra, e
que todo ressaltante do trabalho ela faz sozinha para complementar a renda da família.

Discorre a mesma que planta nas terras do espolio, xxxxxxxxxx, hoje responsável o senhor,
xxxxxxxxxx, fala a requerente que planta uma tarefa e meio de roça, e que planta milho e feijão,
relata ainda que pôr o responsável da terra ser uma pessoa política, e que por ter grande apreço
por sua família não lhe cobra renda.

Alega a requerente que pôr as chuvas nos últimos anos não estarem sendo insuficientes para
retirar uma colheita satisfatória e suficiente, recorreu junto ao da xxxxx, e se cadastrou
“programa nacional de fortalecimento da agricultura familiar” em 2012.

Relata a requerente que em 13/01/2015 nasceu seu filho xxxxxxxxxx, motivo pelo qual na data
de 15/03/2016, requereu junto a previdência social de Barbalha, o salário maternidade e que foi
indeferido, segundo o órgão previdenciário, por falta de comprovação de atividade rural nos
últimos dez meses anteriores ao requerimento do benefício.

Discorre ainda que a pôs o conhecimento da decisão juntou novas provas que comprovam o
exercício de sua atividade rural dez meses antes do nascimento de seu filho na data do dia
03/06/2016, vindo a saber em 28/06/2016 que o seu novo pedido tinha sido negado novamente,
com fundamento de que, segundo o órgão previdenciário, tendo em vista que não comprovou
estar filiada ao regime geral da previdência social na data do afastamento.

Deste modo não resta outra alternativa ao Autor, senão recorrer ao poder judiciário para clamar
pelo seu direito, em nome da mais lapidar justiça.

3 DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS


O direito reclamado pelo autora encontra amparo legal nos termos do que determina o art. 201 e
incisos I art. 8 incisos V e parágrafo único e art. 7º inciso XVIII, ambos da CF/88, art. 11 inciso
VII, da lei 8.213, e art. 39 parágrafo único, art. 71 e da lei 8.861/94, art. 29. Incisos I e II art. 93, §
2 ambos do decreto lei 3.048/99 e o art. 3 incisos I e II da lei 11.326/06.

CF/88.

Art. 201. A previdência federal será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados os critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atendera nos termos da lei.

Inciso I cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada.

Art. 8.É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato.

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de


colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer

ART. 7 são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:

XVIII- licença a gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de cento e vinte
dias.

Lei 8.213/91

Art. 11. São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas, redação
dada pela lei nº 8.647/93
VII- como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano
ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o
auxílio eventual de terceiro, na condição de: redação dada pela lei 11.718/08.

Lei 8.861/94

Art. 39...

Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário- maternidade
no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que
de forma descontinua, nos últimos 12 (meses) imediatamente anteriores ao do início do
benefício.

Art. 71. O salário-maternidade e devido a segurada empregada, á trabalhadora avulsa, a


empregada doméstica e á segurada especial, observado o disposto no parágrafo único do art.
39. Desta lei, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias
antes do parto e a data da ocorrência desta, observados as situações e condições prevista na
legislação no que concerne proteção a maternidade.

Decreto lei 3.048/99

Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do regime geral da previdência social,
ressalvadas o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência:

III- dez contribuições mensais, no caso de salário-maternidade, para as seguradas contribuintes


individual, especial e facultativa, respeitando o disposto no § 2 do art. 93 e do inciso II do art.
101. Redação dada pelo decreto nº 3.452/200

Art. 93. O salário-maternidade é devido á segurada da previdência social, durante cento e vinte
dias, com início vinte e oito dias antes e termino noventa e um dia depois do parto, podendo ser
prorrogado na forma prevista no § 3 do decreto 4.862/09.
§ 2 será devido o salário-maternidade á segurada especial, desde que comprove o exercício de
atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores à data do parto ou do
requerimento do benefício, quando requerido antes do parto mesmo que de forma descontinua,
aplicando com for o caso, o disposto no parágrafo único do art. 29, da redação dada pelo decreto
nº 5.545/05.

Lei 11.326/06

Art. 3 para os efeitos desta lei, considera-se agricultor familiar e empregador familiar rural aquele
que pratica atividade no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos:

I-não detenha, a qualquer título, área maior do que 49quatro) módulos ficais,

II-utiliza predominantemente mão-de-obra da própria familiar nas atividades econômicas do seu


estabelecimento ou empreendimento;

Dados os entendimentos já consolidados dos tribunais em relação ao entendimento de provas


matérias em decorrência do pedido do benefício de salário-maternidade.

STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL AgRg no AREsp


415928 PR 2013/0346871-5 (STJ)

Data de publicação: 06/12/2013

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL - DIREITO PREVIDENCIÁRIO - SALÁRIO-MATERNIDADE -


TRABALHADORA RURAL - INÍCIO DE PROVA MATERIAL - PERÍODO DE CARÊNCIA - ART.
106 DA LEI 8.213 /91 - ROL EXEMPLIFICATIVO - SÚMULA 7/STJ. 1. Não se exige que o início
de prova documental se refira a todo o período de carência do benefício pleiteado, desde que
devidamente corroborado por robusta prova testemunhal. Precedentes. 2. O rol previsto no art.
106 da Lei de Benefícios é meramente exemplificativo, sendo possível a admissão a título de
prova material de documentos diversos daqueles elencados. 3. A discussão sobre a
unilateralidade da declaração para a inserção da qualidade de trabalhadora rural na prova
apresentada demanda o reexame de matéria fático-probatória, atraindo o óbice da Súmula
7/STJ. 4. Agravo regimental não provido.
STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL AgRg no AREsp
324072 CE 2013/0099491-1 (STJ)

Data de publicação: 14/06/2013

Ementa:PREVIDENCIÁRIO. SALÁRIO-MATERNIDADE. TRABALHADORA RURAL. INÍCIO DE


PROVA MATERIAL CORROBORADO POR ROBUSTA PROVA TESTEMUNHAL. SÚMULA
7/STJ. 1. O Tribunal de origem reconheceu os documentos juntados como suficientes para
configurar o necessário início de prova material. Ademais, os depoimentos testemunhais
corroboram tais provas. 2. A questão jurídica acatada pelo Tribunal de origem está em
consonância com o entendimento desta Corte Superior, segundo o qual, conforme versa o art.
143 da Lei n. 8.213 /1991, não é necessário que a prova material se refira a todo o período de
carência se este for demonstrado por outros meios, como, por exemplo, pelos depoimentos
testemunhais. 3. Ademais, desconstituir o reconhecimento das provas testemunhais aptas a
corroborar os documentos acostados aos autos, bem como a afirmação do Tribunal a quo de
que a atividade urbana apenas começou a ser exercida pela demandante após o nascimento da
criança, não coincidindo com o período de carência do benefício, requer, necessariamente, o
reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula 7/STJ. Agravo regimental improvido.

STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL AgRg no AgRg no AREsp 275317 CE 2012/0270561-6 (STJ)

Data de publicação: 22/05/2013

Ementa:PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO


AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SALÁRIO-MATERNIDADE.TRABALHADORA RURAL.
INÍCIO DE PROVA MATERIAL. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 149/STJ. CONCESSÃO DO
BENEFÍCIO. 1. Diversamente do que proposto pelo INSS neste agravo regimental, o caso dos
autos não implica reexame de provas, mas sim a observância dos documentos apresentados
com a petição inicial, o que afasta a incidência da Súmula 7/STJ. No caso, está-se diante da
valoração destes documentos, não sendo o caso de reexame do conjunto fático-probatório.
Nesse sentido, confira-se: "Constitui valoração, e não reexame de provas, a verificação do
acervo probatório dos autos com vistas a confirmar o alegado exercício de atividade rurícola.
Precedente da Terceira Seção (AgRg no REsp 880.902/SP, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta
Turma, DJ 12/03/2007). 2. Consta da petição inicial que a autora requereu salário-maternidade
após o nascimento de seu filho ocorrido em 15 de novembro de 2002. Há documentos emitidos
em 1999, 2001 e 2002, dentre aqueles que acompanham a petição inicial, que denotam, pelo
menos no período que antecedeu e sucedeu ao nascimento do filho, a ocupação da recorrente
nas lides rurais. Desse modo, é o caso de se afastar a incidência da Súmula 149/STJ. 3. Agravo
regimental não provido

3. DOS PEDIDOS

Requer se digne Vossa Excelência determinar a citação do INSS, na pessoa do seu procurador,
para, no prazo legal, contestar, se assim o entender, obedecendo ao disposto no art. 11 da Lei
10.259/2001 e, no mesmo prazo da contestação, apresentar cópias do processo administrativo
referente ao benefício objeto da demanda;

Julgar procedente a demanda em todos os seus termos, para compelir o INSS a conceder o
benefício de salário-maternidade, definitivamente e pagar as prestações vencidas, corrigidas,
monetariamente, desde a data do requerimento administrativo, e havendo recurso, seja
condenado a pagar honorários de sucumbência no percentual de 20% e nos termos da Súmula
111 do STJ, apurado em liquidação de sentença.

Conceda os benefícios da gratuidade da justiça, por ser pobre na

Forma da lei.

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, notadamente pelo
processo administrativo que se encontra em poder do réu, e de depoimento de testemunhas, em
audiência de instrução, tudo desde já requerido.

A parte autora manifesta expressamente a renúncia ao valor que exceder a sessenta salários
mínimos no momento da propositura da ação.

4. Valor da causa

Dar-se a causa o valor de R$ 43.440,00 (quarenta e três mil


Quatrocentos e quarenta reais), nos termos do que determina o art. 259 e ss do C. P. Civil
brasileiro.

Nesses termos, pede deferimento

Local data

Advogado

Oab nº

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