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Conceituação Da Contabilidade

“Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das


entidades mediante o registro de todos os atos e transações comerciais”.

E aí, todos preparados? A definição acima é clássica e apresenta de


maneira bastante sintética a conceituação da Contabilidade. Entretanto,
como estamos em nossa aula zero, possivelmente alguns dos termos acima
não estão muito claros. Por isso, vamos destrinchar alguns elementos
chaves dessa conceituação.

3.1 - Contabilidade é ciência

A contabilidade é uma ciência em razão de possuir métodos, sistemas,


princípios e teorias próprias, desenvolvidas exclusivamente para o estudo
de seu objeto, o patrimônio. Ao contrário do que se possa imaginar, a
Contabilidade, apesar de ser amplamente baseada em números, não é uma
ciência exata. É, antes, uma ciência social, pois se ocupa de estudar os
efeitos das ações humanas sobre o seu objeto de estudo. Os números são
meros instrumentos de medida das alterações ocorridas no patrimônio.

3.2 – Registro de todos os atos e transações comerciais

A contabilidade, por meio da escrituração contábil (que será explicada


na seção de técnicas contábeis), registra todos os atos e transações
comerciais ocorridos, conhecidos por fatos contábeis. E por todos,
entendam todos mesmo! Todas as situações que, de alguma maneira,
possam impactar o patrimônio da entidade (aumentando ou diminuindo
seu valor, ou simplesmente mudando sua composição) são acompanhadas
e registradas pelos sistemas de informações contábeis. Este
acompanhamento minucioso possibilita que seus usuários extraiam
informações atualizadas, de maneira clara e simples, sobre a situação da
entidade. E tem mais, há preocupação inclusive por registrar
acontecimentos futuros que, ainda que com algum grau de incerteza,
possam vir a ferir o patrimônio das entidades. A título de exemplo, a
contabilidade se preocupa em registrar tanto a aquisição de canetas ou de
um novo veículo, quanto prováveis perdas futuras que possam impactar
negativamente no conjunto no patrimônio da entidade. Isso tudo será visto
com bastante calma no decorrer do curso.

4 – Objeto Da Contabilidade

O objeto da Contabilidade é o Patrimônio das entidades


econômico-administrativas.

O Patrimônio corresponde ao conjunto de bens, direitos e obrigações


vinculados a uma pessoa física ou jurídica (ou apenas entidades
econômico-administrativas). Os bens e direitos são considerados os Ativos
da entidade, enquanto que as Obrigações são o Passivo. O Balanço
Patrimonial é a demonstração que evidencia os componentes
patrimoniais. Do lado esquerdo do Balanço são registradas as contas do
Ativo, e do lado direito, as do Passivo. O patrimônio líquido, em se tratando
de uma entidade economicamente saudável, ficará ao lado direito (caso em
que a situação líquida é positiva). Porém, ele poderá ficar localizado à
esquerda do balanço ou simplesmente não aparecer no balanço
patrimonial. Estas nuances serão vistas detalhadamente na aula
apropriada.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO (A) PASSIVO (P)
- BENS OBRIGAÇÕES
- DIREITOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PL = A - P
Soma do Ativo = Soma do passivo + PL
Bens – bens são coisas que a entidade possui e que podem ser
avaliadas monetariamente. Os bens podem ser tangíveis (ou
materiais) e intangíveis (ou imateriais).
Bens tangíveis ou materiais – são aqueles que possuem forma
física e podem ser tocados. Dividem-se, ainda, em móveis (dinheiro,
veículos, utensílios, etc) e imóveis (prédios, terrenos, etc).
Bens intangíveis ou imateriais – são bens “virtuais”, sem forma
física, a exemplo das ações, das propriedades intelectuais (marcas),
dos softwares, entre outros.

Direitos – engloba tudo aquilo que a entidade tem a receber (e


que pode exigir) de outras pessoas. Se a entidade vende uma
mercadoria a prazo a um terceiro, ela passa a ter direito a receber o
pagamento por aquela mercadoria, no prazo estipulado em contrato.
Se, por outro lado, ela antecipa a um terceiro um determinado valor,
ela tem o direito de reaver o valor antecipado ou exigir a entrega do
bem a que se referir. A entidade pode até mesmo se creditar de
impostos pagos na aquisição de matéria-prima, nos termos da
legislação tributária, e escriturar esses créditos como valores a
recuperar do governo. Alguns exemplos de direitos são as contas de
“Duplicatas a Receber”, “Aluguéis a Receber” e “ICMS a Recuperar”.

Obrigações – As obrigações correspondem a valores que a


entidade está obrigada a pagar ou entregar a Terceiros. Nas
obrigações se incluem tanto os valores a serem pagos a terceiros,
frutos de compromissos assumidos, como aqueles bens ou valores
que foram recebidos de terceiros e que deverão ressarcidos. Alguns
exemplos são as contas de “Empréstimos a pagar”, “ICMS a recolher”
e “adiantamentos de clientes”.
Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido (PL) é dado pela diferença entre o Ativo (A) e o


Passivo (P) da entidade. PL = A – P (equação fundamental). Numa
entidade saudável, o PL será sempre positivo (já que os Ativos serão
maiores que os Passivos). Como o Ativo são os bens e direitos da entidade,
e o Passivo corresponde às obrigações com terceiros, o Patrimônio
Líquido é a parcela do patrimônio que pertence à entidade. Em
outras palavras, o PL é o que sobraria para o proprietário da entidade caso
todos os bens e direitos fossem realizados (transformados em dinheiro,
basicamente) e todas as obrigações quitadas. Diz-se, também, que o PL é
o valor residual do patrimônio após quitadas todas as obrigações.

Em razão deste caráter residual, temos que o Patrimônio líquido


representa os Recursos Próprios da Entidade. O Passivo, por outro
lado, representa os Recursos de Terceiros, que podem ser exigidos
contra a entidade, já que decorrem de obrigações. É por esse caráter de
exigibilidade contra a entidade que o Passivo é também conhecido por
Passivo Exigível.

O passivo total, por outro lado, corresponde ao somatório do Passivo


Exigível com o Patrimônio Líquido. Ou seja, o total de recursos que a
entidade tem a sua disposição.

Em decorrência da equação fundamental do patrimônio, conclui-se que o


somatório dos ativos é necessariamente igual ao total do passivo
somado ao patrimônio líquido. Em outras palavras, o lado direito
balanço deverá totalizar o mesmo montante que o lado esquerdo do
balanço! O porquê dessa igualdade será visto na próxima aula, quando
estudarmos as partidas dobradas!
5 – Objetivo Da Contabilidade

O objetivo da Contabilidade é estudar e controlar as variações


ocorridas com o Patrimônio, com a finalidade de fornecer
informações atualizadas para que os usuários da Contabilidade
possam tomar suas decisões.

Esquematicamente, podemos resumir o objeto e o objetivo da


Contabilidade da seguinte maneira:

Objeto

Patrimônio: bens,
direitos e Obrigações

6 - Campo De Aplicação Da Contabilidade

O patrimônio não existe por si só e não tem vontade própria. À exceção de


alguns amigos que são possuídos por seus video-games, a regra é que o
patrimônio seja possuído por alguém, que irá gerenciá-lo de maneira a
preservá-lo e multiplicá-lo, a depender do fim social ou econômico ao qual
se destina.

Então pessoal, como o objeto da Contabilidade é o conjunto de bens,


direitos e obrigações que constituem o patrimônio, o campo de aplicação
da ciência contábil corresponde ao patrimônio considerado conjuntamente
com as pessoas que possuem poderes de gestão e disponibilidade sobre
ele. Este conjunto (patrimônio + gestão) é chamado de entidade
econômico-administrativa, ou apenas Azienda (palavra italiana que
significa fazenda). Esquematicamente:

Com isso, enquadram-se no sentido de Azienda (e fazem parte do campo


de aplicação da Contabilidade) as pessoas físicas, os templos religiosos, os
clubes, as micro-empresas, os partidos políticos. Assim, a Contabilidade se
preocupa tanto com as entidades que visam ao lucro, quanto com as
organizações sem finalidades lucrativas.

7 - Os Usuários Da Informação Contábil

As informações produzidas pela Contabilidade são


valiosíssimas e, por isso, tem muita gente esperando
ansiosamente pelas informações preparadas no âmbito desta
ciência social. Estes interessados, os usuários das informações contábeis,
acompanham a situação patrimonial (bens, direitos e obrigações),
econômica (receitas e despesas, de maneira geral) e financeira (fluxo de
caixa, disponibilidades financeiras) da entidade por meio das
demonstrações contábeis produzidas. Uma delas eu já apresentei a
vocês, apesar de sinteticamente: O Balanço Patrimonial. As demais serão
vistas no decorrer do curso. Os usuários dividem-se em dois grupos:
Internos e Externos.

Os usuários internos da informação contábil são aqueles que atuam na


entidade e se aproveitam dos sistemas de informações para a tomada de
decisões sobre o patrimônio, como é o caso do administrador da
entidade. Com base na contabilidade, o gestor pode decidir qual o melhor
momento para adquirir uma nova fábrica, ampliar seu processo produtivo
ou contratar funcionários. Pode, ainda, controlar os estoques, prever uma
possível falta de disponibilidades financeiras no futuro e desde já se
preparar para a tomada de empréstimos, entre outros.

Usuários externos, por sua vez, correspondem a todos os interessados


externos à entidade que não possuem poderes de gestão sobre o
patrimônio, mas, ávidos por acompanhar seu desempenho, fazem uso
das informações produzidas pelos sistemas contábeis. Vejam alguns
abaixo:

Governo: Interessa-se pelas informações contábeis pois, a partir


delas, o governo pode avaliar a ocorrência de aumentos
patrimoniais e eventuais fatos geradores de tributos, como
também fiscalizar a correta apuração de créditos de impostos a
restituir/compensar;

Investidores: por meio das informações contábeis podem avaliar a


saúde econômico-financeira da empresa, a distribuição de
dividendos e compará-la a outras opções no mercado, subsidiando
a tomada de decisões de investimento (compra de ações e de
quotas de capital social).

Bancos: através das informações contábeis, as instituições


financeiras podem realizar análise de risco de crédito das
entidades e, com isso, definir taxas de juros, determinar a
capacidade de pagamento da entidade ou exigir garantias
adicionais;

Clientes: Antes de assinarem um contrato de longo prazo, os


clientes precisam ter certeza de que a empresa contratada
continuará operacional até o termo final do contrato,
informação que pode ser obtida por meio das Demonstrações
Contábeis.
A estes, também podemos incluir os empregados da entidade (em busca
de informações sobre os lucros auferidos pela empresa, para distribuição),
os fornecedores (que se preocupam em saber se receberão o pagamento
pelas mercadorias no vencimento) e o público em geral.

8 – Funções Da Contabilidade

No item anterior, dissemos que os usuários das informações contábeis


acompanham a situação patrimonial, econômica e financeira das
entidades por meio das demonstrações contábeis produzidas pelos
sistemas de informação. Agora, entenderemos estas situações.

O acompanhamento da situação patrimonial da entidade está


relacionado à função administrativa da contabilidade, que cuida do
controle do conjunto de bens, direitos e obrigações. Este controle pode
ocorrer pelo ponto de vista estático, que considera a posição patrimonial
em dado momento, ou pelo aspecto dinâmico, que controla as mudanças
qualitativas e quantitativas do patrimônio ao longo do tempo. Vamos
aproveitar e chamar o Zé Luís para nos dar uma mãozinha.
de uma obrigação - uma conta a pagar), o controle do patrimônio será
realizado pelo aspecto dinâmico. Bi! Bi!

O acompanhamento da situação econômica da entidade, por outro lado,


corresponde à função econômica da contabilidade. Em regra, cuida de
apurar o resultado (também conhecido por rédito) por meio da
comparação das Receitas e Despesas incorridas pela entidade, e
consequente determinação do seu Lucro ou Prejuízo.

A Contabilidade também realiza a análise da situação financeira das


entidades econômico-administrativas. A análise financeira está relacionada
aos estudos dos itens de alta liquidez do patrimônio (cujo melhor exemplo
é a moeda, ca$h) e engloba análises como total de recursos financeiros
disponíveis, capital circulante líquido e outras coisas. Isto é importante
porque uma entidade pode estar incorrendo em lucro, mas pode não ter
dinheiro em caixa para pagar uma conta a vencer em breve. Esta “falta de
caixa” demanda um estudo financeiro da entidade, a ser conduzida pelo
contador.

As variações do patrimônio podem ser qualitativas ou quantitativas:

Alterações qualitativas no patrimônio são aquelas que alteram a sua


composição, sem, contudo, alterar o seu valor. Por exemplo, quando uma
entidade tira dinheiro do caixa e adquire títulos de investimento, a
composição do patrimônio irá se alterar (a quantidade de numerários
reduzirá, aumentando os valores de títulos em investimento). Contudo,
quantitativamente, o patrimônio não alterará, visto que esta “aplicação”
não logrará alterar o seu montante (o patrimônio da entidade não
aumentará ou diminuirá por conta disso).
Alterações quantitativas, por outro lado, são aquelas que promovem a
alteração de valor no patrimônio, por exemplo: quando a entidade recebe o
pagamento de um aluguel, os recursos recebidos irão aumentar, para
mais, seu patrimônio. Por isso, diz-se que a alteração foi quantitativa.

9 – Técnicas Contábeis

Para alcançar o objetivo de controlar e estudar o patrimônio, bem como


para atender à finalidade de fornecer informações aos usuários internos
e externos, os estudiosos da Contabilidade desenvolveram diversas
técnicas que lhes possibilitaram facilitar e racionalizar o estudo do
patrimônio. As principais técnicas contábeis desenvolvidas foram a
Escrituração, as Demonstrações Contábeis ou Financeiras, a Análise
das Demonstrações Contábeis ou Financeiras e a Auditoria.

Escrituração – É a técnica contábil desenvolvida para registrar as


transações que afetem o patrimônio das entidades. Essas transações
são chamadas de Fatos Contábeis (que serão estudados nas próximas
aulas). O registro dos fatos é feito mediante a sua descrição em
livros contábeis específicos. O ato de descrever um fato contábil é
chamado de Lançamento. Assim, a escrituração nada mais é que
um conjunto de lançamentos realizados nos livros contábeis.

Demonstrações Contábeis – É a técnica contábil de recuperação


dos fatos registrados nos livros contábeis. Demonstrações são
relatórios que evidenciam a situação patrimonial, econômica ou
financeira da entidade. As Demonstrações podem conter notas
explicativas sempre que for necessário esclarecer algum detalhe para
a correta interpretação das Demonstrações.

Análise das Demonstrações Contábeis – É a técnica contábil que


cuida de Analisar as informações econômicas e financeiras
apresentadas nas Demonstrações Contábeis. São realizados
cálculos de índices e quocientes das informações presentes nas
Demonstrações contábeis, tomadas isoladamente ou
comparativamente umas com as outras. Estes cálculos
possibilitam concluir a respeito do desempenho operacional da
entidade.

Auditoria – É a técnica contábil encarregada de verificar a


fidelidade das informações contábeis produzidas. Divide-se em
Auditoria Interna (desenvolvida por empregados da entidade, no
sentido de apresentar melhorias aos sistemas de controle interno) e
Auditoria Externa (desenvolvida por um Auditor Independente, sem
vinculo empregatício com a entidade, que emite uma opinião imparcial
e técnica a respeito das demonstrações). Em geral, a Auditoria faz
com que os usuários sintam-se à vontade para confiarem nas
Demonstrações e decidirem.

10 - 1ª Série de Exercícios!

01 – (FGV – Fiscal de Rendas SEFAZ/RJ – 2010) No momento da


elaboração das demonstrações contábeis, o profissional de
contabilidade responsável deverá definir a estrutura do balanço
patrimonial, considerando a normatização contábil. Esse
procedimento tem como objetivo principal:
A) aprimorar a capacidade informativa para os usuários das
demonstrações contábeis.
B) atender às determinações das autoridades tributárias.
C) seguir as cláusulas previstas nos contratos de financiamento
com os bancos.
D)acompanhar as características aplicadas no setor econômico de
atuação da empresa.
E) manter a consistência com os exercícios anteriores.

Comentários:
Muito bem pessoal, já estão todos aquecidos! A definição da estrutura do
balanço patrimonial (que é uma demonstração contábil) deve ser pensada
de maneira a deixá-lo o mais compreensível possível, facilitando a
obtenção de informações por parte dos usuários. Logo, a sua estruturação
tem como objetivo principal aprimorar a capacidade informativa para os
usuários.
Gabarito Letra A.

02 – (ESAF – Fiscal de Rendas ISS/RJ – 2010) Assinale abaixo a


única opção que contém uma afirmativa falsa.
A) A finalidade da Contabilidade é assegurar o controle do
patrimônio administrado e fornecer informações sobre a
composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o
resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade
para alcançar seus fins.
B) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo “a ciência que
estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no
patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não”.
C) Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a
entidade econômico-administrativa, seja ou não de fins lucrativos.
D) O objeto da Contabilidade é definido como o conjunto de bens,
direitos e obrigações vinculado a uma entidade econômico-
administrativa.
E) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o objeto da
Contabilidade, o patrimônio é o seu campo de aplicação.

Comentários:
Essa está fácil. As alternativas de “A” a “D” estão corretas, foram todas
vistas em aula. A alternativa E, no entanto, inverteu as definições de
objeto e campo de aplicação da contabilidade. Como apresentado
esquematicamente ao longo da aula, o objeto da contabilidade é o
patrimônio, enquanto que o campo de aplicação é a entidade econômico-
administrativa que possui patrimônio, ou Azienda.
Gabarito Letra E.

03 – (FGV – Analista Legislativo (Contabilidade) Senado Federal –


2008) Em relação aos interesses dos principais usuários da
informação contábil, assinale a afirmativa incorreta.
A) Os acionistas atuais da empresa têm grande interesse na sua
rentabilidade atual.
B) Os investidores que podem se tornar acionistas futuros efetuam
um confronto da rentabilidade da empresa comparando com as
diversas opções existentes no mercado.
C) O governo foca na análise do fluxo de caixa da empresa para
determinar o imposto a ser pago.
D) Os financiadores concentram-se na capacidade de a empresa
pagar os valores dos financiamentos e dos juros.
E) Os empregados analisam a capacidade da empresa em efetuar o
pagamento dos salários e em sua capacidade de expansão.

Comentários:
Letras “A”, “B” e “D” e “E” estão tranquilas, foram vistas em aula. A
alternativa incorreta é a letra “C”. Esta alternativa exige conhecimento
tributário, em especial no que diz respeito às bases de cálculo dos
impostos. O Fluxo de Caixa não é base de cálculo de imposto (como a
alternativa dá a entender). O governo, ao avaliar a contabilidade da
empresa, costuma sair a busca de informações patrimoniais e
econômicas, sustentadas principalmente pelo Balanço Patrimonial e pela
Demonstração do Resultado do Exercício. O governo quer saber se a
empresa realmente faturou aquilo que declarou, se ela de fato teve as
despesas que disse incorrer, entre outros.
Gabarito Letra C.

04 – (ESAF – TTN (atual Analista Tributário da RFB) – 1994)


“... o patrimônio, que a Contabilidade estuda e controla,
registrando todas as ocorrências nele verificadas”.
“... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações
sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial”.
As proposições indicam, respectivamente:
A) o objeto e a finalidade da Contabilidade;
B) a finalidade e o conceito da Contabilidade;
C) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade;
D) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade;
E) a finalidade e as técnicas contábeis da Contabilidade.

Comentários:
A primeira proposição do enunciado define o Objeto da Contabilidade: o
Patrimônio. A segunda proposição define a finalidade da Contabilidade:
estudar e controlar o patrimônio, visando o fornecimento de informações
aos usuários.
Gabarito Letra A.

05 – (Simulado) Azienda é comumente usada em Contabilidade


como sinônimo de fazenda, na acepção de:
A) conjunto de bens e direitos;
B) mercadorias;
C) finanças públicas;
D) grande propriedade rural;
E) patrimônio, considerado conjuntamente com a pessoa que tem
sobre ele poderes de administração e disponibilidade.

Comentários:
Esta também está tranquila. Como vimos, o Campo de aplicação da
contabilidade é a Azienda, que corresponde à entidade econômico-
administrativa (patrimônio + gestão).
Gabarito Letra E.

06 – (CESPE – SECGE / PE – AUDITOR EXTERNO – 2010) A


contabilidade é uma ciência exata.

Comentários:
Aprendemos na aula que a contabilidade é uma ciência social. Os números
são meros instrumentos de medida das alterações ocorridas com o
patrimônio. Portanto, não há que se falar em ciência exata.

Gabarito: ERRADA.

07 - (CESPE - Embasa - Assist de Saneamento - Téc. Contábil -


2009) A principal finalidade da contabilidade é prover informações
para auxiliar a tomada de decisões.

Comentários:
Isso mesmo! A finalidade da contabilidade é fornecer informações aos
usuários, para que eles possam tomar suas decisões com mais segurança.

Gabarito: CERTA.

08 - (CESPE – FUB – Auditor – 2009) As funções da contabilidade


incluem a orientação dos usuários, assim entendida a prestação de
informações úteis que possam evidenciar as mutações
patrimoniais, tanto qualitativas quanto quantitativas.

Comentários:
Também está certa, gente! A contabilidade precisa apresentar informações
úteis (que sejam relevantes e confiáveis) de maneira a informar seus
usuários sobre as alterações quantitativas e qualitativas ocorridas com o
patrimônio.

Gabarito: CERTA.

09 - (CESPE – MPU – CONTABILIDADE – 2010) O patrimônio não é


objeto de estudo exclusivo da contabilidade, haja vista que ciências
como a administração e a economia também se interessam pelo
patrimônio, mas é a única que restringe o estudo do patrimônio a
seus aspectos quantitativos.

Comentários:

Este é mais um besteirol “cespeano” rsrsrs.. De fato, o patrimônio das


entidades é objeto de estudo de outras ciências, como a administração e a
economia. No entanto, o erro da questão está em afirmar que a
contabilidade “restringe o estudo do patrimônio a seus aspectos
quantitativos”! Ta aí o besteirol!

A contabilidade cuida de estudar e controlar todos os atos e transações


comerciais (fatos contábeis) que logrem alterar o patrimônio, tanto
em termos quantitativos, quanto em termos qualitativos.

Gabarito: ERRADA.

10 - (CESPE – TRE/BA – 2009) Para os usuários da informação


contábil, é dispensável que as demonstrações contábeis
apresentem as Correspondentes informações de períodos
anteriores, pois seu interesse é em informações futuras.

Comentários:
Pessoal, o desempenho passado de uma entidade é fundamental para os
usuários das informações contábeis, pois, por meio das informações de
períodos anteriores, os usuários podem determinar “tendências” futuras e
avaliar a repercussão econômica e financeira de projetos anteriores. O
desempenho passado diz muito sobre a atuação da administração na
gestão da entidade, dando mais segurança aos usuários da informação
contábeis para decidir sobre o futuro.

Vejam que as informações de períodos passados auxiliam na


avaliação de desempenhos futuros mas, jamais, dão absoluta
garantia de que, no futuro, tudo correrá como planejado. Já diz o ditado,
“o futuro a Deus pertence!”.

Portanto, o erro da afirmativa está em afirmar que as informações de


períodos anteriores são “dispensáveis”! Ao contrário, elas são
importantíssimas para a correta aferição do desempenho das entidades ao
longo do tempo e, por isso, servem de subsídios para a tomada de
decisões sobre o futuro das companhias!

Gabarito: ERRADA.

11 – Princípios de Contabilidade

Esse tópico não cai em prova,


DESPENCA!
Todo post-it na corujinha é pouco!!!

Mas antes, uma coisa. Como os princípios contábeis estão normatizados na


Resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade – CFC – e
considerando que algumas bancas cobram a literalidade da norma, irei
reproduzir, um por um, os artigos da resolução, e em seguida comentá-los
para facilitar a fixação.
Os princípios da Contabilidade estão elencados na Resolução CFC 750/93, e
são os seguintes: da Entidade, da Continuidade, da Oportunidade, do
Registro pelo Valor Original, da Competência e da Prudência.

A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da


profissão, e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade! (Art. 1º, § 1º da Res. CFC 750/93).

Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e


teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional de nosso País.
Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência
social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. (Art. 2 º da Res. CFC
750/93)

Vejam que os princípios não são “meros enfeites” na contabilidade. Os


artigos 1º e 2º da Resolução CFC 750/93, transcrito acima, evidenciam que
os princípios constituem verdadeiros fundamentos nos quais se alicerça a
ciência contábil, e são de observância obrigatória no exercício da profissão
de contabilista.

11.1 Princípio da Entidade

Res. CFC 750/93


Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação
de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é


verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta
em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Se o objeto da contabilidade é o patrimônio, é necessário que se adotem


mecanismos no sentido de DIFERENCIAR e IDENTIFICAR cada patrimônio
individualmente, caso contrário seria impossível estudá-los (se todos se
confundissem entre si). Por isso, o princípio da Entidade reconhece o
patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial. Por autonomia patrimonial entende-se a necessidade de
diferenciação de um patrimônio particular no universo dos
patrimônios existentes, independente de quem o possua (pessoa física
ou jurídica, com ou sem finalidade lucrativa). Com isso, todo patrimônio
pertence a alguma entidade, mas a recíproca não é verdadeira.

É necessário ressaltar que o patrimônio da entidade não se confunde


com o dos sócios ou proprietários (em caso de pessoa jurídica). Além
disso, o princípio da entidade está fortemente alicerçado no direito
de propriedade, afinal, sem esta garantia jurídica, a diferenciação do
patrimônio no conjunto de patrimônios existentes na sociedade não seria
possível.

O princípio da Entidade também diz que a soma ou agregação contábil


de patrimônios autônomos não resulta numa nova entidade, mas numa
unidade de natureza econômico-contábil. A “soma ou agregação
contábil” de patrimônios representa a consolidação, numa mesma
demonstração, de informações contábeis de entidades diferentes que
compõem um grupo econômico. Um grupo econômico consiste na relação
entre pessoas jurídicas, onde uma delas é controladora das demais. Apesar
de o patrimônio de cada uma dessas empresas ser autônomo, a
demonstração contábil delas pode vir a ser unificada (consolidada) com a
finalidade de demonstrar a situação patrimonial do grupo econômico. Essa
consolidação das informações numa única demonstração não constitui um
novo patrimônio, mas tão somente uma unidade de natureza econômico-
contábil para fins informativos.
11.2 Princípio da Continuidade

Res. CFC 750/93


Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes
do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução
CFC nº. 1.282/10)

O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em


operação no futuro e, portanto, a apresentação e mensuração dos
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. Este
princípio é muito importante porque diversos ativos que a entidade possui
são avaliados com base na sua capacidade de geração de receitas no
futuro. Se, por qualquer motivo, há a indicação de quebra na continuidade
da entidade, encerra-se a possibilidade de geração de receitas e, com isso,
vários ativos precisarão ser reavaliados, reduzindo substancialmente seu
valor. A avaliação de alguns componentes do Passivo também
depende da observância ao princípio da continuidade, pois o encerramento
das atividades poderá dar ensejo à antecipação do vencimento das
obrigações, além da alteração de seus valores.

11.3 Princípio da Oportunidade

Res. CFC 750/93


Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e
tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na


divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

O princípio da Oportunidade relaciona-se ao processo de mensuração e


apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas. A Integridade orienta o registro completo das
informações, sem omissões nem excessos. A tempestividade, por sua
vez, está relacionada ao registro das informações no momento em
que ocorrem. Esta dualidade entre Integridade e Tempestividade das
informações contábeis é fundamental para a aferição da relevância das
informações, e conseqüente confiabilidade das demonstrações contábeis.

11.4 Princípio do Registro pelo Valor Original

Res. CFC 750/93

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes


do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das
transações, expressos em moeda nacional.

Este princípio determina que os componentes do patrimônio devem ser


inicialmente registrados pelos valores originais das transações,
expressos em moeda nacional.

O registro inicial dos componentes do patrimônio obedece à regra do


Custo Histórico (inciso I, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93):
Avaliação pelo Custo Histórico
Ativos Passivos
Ativos são registrados pelos valores Passivos são registrados pelos valores dos
pagos ou a serem pagos em caixa ou recursos que foram recebidos em troca da
equivalentes de caixa ou pelo valor obrigação ou, em algumas circunstâncias,
justo (valor de mercado) dos recursos pelos valores em caixa ou equivalentes de
que são entregues para adquiri-los na caixa, os quais serão necessários para
data da aquisição. liquidar o passivo no curso normal das
operações.
Ex: Um Veículo adquirido será Ex: Obrigações com fornecedores são
registrado pelo valor de aquisição. registradas pelos valores de mercadorias
recebidos pela empresa.
No entanto, uma vez registrados, os componentes patrimoniais poderão
sofrer alterações de valor. Estas alterações são avaliadas pelos
seguintes métodos:

• Custo Corrente (item a, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93)
Avaliação pelo Custo Corrente
Ativos Passivos
Os ativos são reconhecidos pelos Os passivos são reconhecidos pelos
valores em caixa ou equivalentes de valores em caixa ou equivalentes de
caixa, os quais teriam de ser pagos se caixa, não descontados, que seriam
esses ativos ou ativos equivalentes necessários para liquidar a obrigação na
fossem adquiridos na data ou no data ou no período das demonstrações
período das demonstrações contábeis. contábeis.
O ativo é avaliado pelos recursos que Os passivos são avaliados pelo valor
deveriam ser empregados para adquiri- necessário para a sua liquidação na data
lo na data ou período das ou período das demonstrações.
demonstrações.

• Valor Realizável (item b, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93)
Avaliação pelo Valor Realizável
Ativos Passivos
Os ativos são mantidos pelos valores Os passivos são mantidos pelos valores
em caixa ou equivalentes de caixa, os em caixa e equivalentes de caixa, não
quais poderiam ser obtidos pela venda descontados, que se espera seriam pagos
em uma forma ordenada. para liquidar as correspondentes
obrigações no curso normal das operações
da Entidade.
Em outras palavras, o ativo é Pelo curso normal da operação
avaliado pelos valores que seriam entenda-se “ao longo do tempo”, ou
obtidos na sua realização (venda). seja, não se considera o valor de
liquidação naquele momento, mas sim o
valor que precisará ser desembolsado
ao longo do tempo (por isso é não-
descontado).
• Valor Presente (item c, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93)
Avaliação pelo Valor Presente (descontado)
Ativos Passivos
Os ativos são mantidos pelo valor Os passivos são mantidos pelo valor
presente, descontado do fluxo futuro presente, descontado do fluxo futuro de
de entrada líquida de caixa que se saída líquida de caixa que se espera seja
espera seja gerado pelo item no curso necessário para liquidar o passivo no
normal das operações da Entidade. curso normal das operações da Entidade.

Em outras palavras, estima-se a Estima-se o montante total a ser pago ao


capacidade de geração de caixa de um longo do tempo e se desconta estes
ativo ao longo do tempo para, em valores a um taxa específica, trazendo-os
seguida, descontar esse fluxo de caixa a valores presentes.
a um taxa determinada, a fim de
estimar seu valor no presente.

• Valor Justo (item d, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93): É o
valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado,
entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem
favorecimento. Pode-se entender valor justo por valor de mercado,
mas apenas para fins didáticos! O Valor Justo é mais específico, pois
pressupõe partes conhecedoras e ausência de favorecimento a
qualquer uma delas. Esta ponto é importante pois há casos em que
as empresas manipulam o valor de mercado, principalmente em
relação entre pessoas jurídicas integrantes de um grupo econômico,
destoando do “valor justo”.

• Atualização monetária (item e, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC


750/93): Os efeitos da alteração do poder da moeda nacional devem
ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento
dos valores dos componentes patrimoniais. Resultam da adoção da
Atualização monetária as seguintes acepções:
o A Moeda, embora aceita universalmente, não é constante em
termos de poder aquisitivo em razão da inflação.
o Para que o patrimônio mantenha o valor das transações
originais, é necessário atualizar a sua expressão formal (seu
valor) em moeda nacional, a fim de deixar substantivamente
corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por
consequência, o Patrimônio líquido.
o A Atualização Monetária não representa nova avaliação dos
componentes patrimoniais, mas, apenas, o ajustamento dos
valores originais, a fim de refletir a variação do poder
aquisitivo da moeda nacional em determinado período.

Detalhe importante. A Atualização Monetária não é um princípio


Contábil, beleza pessoal? Digo isto, porque a Atualização Monetária já foi
um princípio, mas desde a Resolução CFC 1282/10 ela passou a integrar o
Princípio do Registro do Valor Original, como um método de ajustamento
dos componentes patrimoniais!

Apenas para deixar bem claro, valores descontados ou não descontados se


referem às operações de Desconto, lá da matemática financeira, ok? E tem
mais um detalhe, estes diversos métodos de avaliação dos componentes
patrimoniais não existem para serem utilizados arbitrariamente. É que a
legislação, em especial a lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações)
determina nos seus artigos 183 e 184 a aplicação de métodos específicos
para a avaliação de determinados componentes patrimoniais e, portanto,
dependendo do caso utiliza-se um ou outro método. Vejam que estes
métodos (exceto a atualização monetária) constituem exceções ao
princípio do Registro pelo Valor Original, já que têm o condão de
alterar o valor original do componente patrimonial. Iremos aprofundar
estes assuntos nas próximas aulas.
11.5 Princípio da Competência

Res. CFC 750/93


Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da


confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução
CFC nº. 1.282/10)

O princípio da competência determina que os efeitos das transações e


outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente de recebimento ou pagamento. Além disso, as
Receitas e Despesas deverão ser apresentadas simultaneamente,
sempre que se correlacionem.

Por exemplo, se o Zé Luís, agora empresário (olha a graça... ), realiza


uma venda hoje, com pagamento apenas para daqui a 60 dias, ele deverá
registrar a receita de venda na data de hoje, ainda que o pagamento se dê
no futuro. Da mesma maneira, se uma empresa contrata o serviço de um
terceiro, a despesa por esta contratação deverá ser integralmente
registrada na data de prestação do serviço, ainda que o pagamento seja
realizado em diversas parcelas no futuro.

Além do Regime de Competência, existe o chamado Regime de Caixa.


Pelo Regime de Caixa, as receitas e despesas devem ser registradas
no momento do efetivo recebimento e pagamento,
respectivamente. Vejam a diferença.

Se pelo Regime de Competência o Zé Luís registraria a venda no momento


de sua concretização (ainda que o pagamento ocorresse no prazo de 60
dias), pelo regime de Caixa, a mesma venda só deveria ser reconhecida a
partir do recebimento do efetivo pagamento. Esse regime é bastante
intuitivo e provavelmente vocês utilizam o Regime de Caixa em suas
finanças pessoais. Assim, receitas e despesas só são registradas no
momento do seu efetivo recebimento e pagamento, respectivamente.

11.6 Princípio da Prudência

Res. CFC 750/93


Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor
para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre
que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação
das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo
grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas
em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não
sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados,
atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação
dos componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10)

Prudência é Precaução. Sempre que se apresentem alternativas


igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido, deveremos adotar aquela que represente o
menor Patrimônio Líquido (menor valor para os componentes do
ativo ou o maior valor para os componentes do passivo).

Se a fórmula para cálculo do patrimônio líquido é dada por PL = A – P, o


menor PL será obtido quando: 1) reduzirmos o valor do ativo; 2)
aumentarmos o valor do passivo.

Porém, há de se fazer um ressalva. O princípio da prudência não é uma


“carta branca” para a entidade manipular a sua composição
patrimonial de maneira a, artificialmente, atingir um PL menor. Ele
orienta apenas que, em caso de incertezas e dúvidas, em alternativas
igualmente válidas, a entidade adote aquela que implique menor valor dos
componentes do ativo ou maior valor dos componentes do passivo.

Em essência, o princípio da prudência existe para dar maior


confiança às demonstrações contábeis. Na prática, adota-se uma
posição conservadora para que os usuários tomem suas decisões e fiquem
menos sujeitos a “surpresas” desagradáveis (como uma redução do lucro,
ou mesmo um prejuízo imprevisto). Ademais, o princípio da prudência
trabalha com incertezas de grau variável, em mutações
patrimoniais posteriores ao registro inicial. Havendo certeza, ou
quando se tratar de registro original de componentes patrimoniais,
não há que se falar em princípio da prudência, pois nestes casos cabe
reconhecimento pelo valor efetivo do componente.

O exemplo clássico de aplicação do princípio da Prudência ocorre na


constituição de Provisões. Provisões representam uma expectativa de
obrigações ou de perdas de ativos, e a sua constituição representa
uma despesa incorrida para a entidade. A título de exemplo, se uma
entidade é alvo de uma ação judicial de indenização por danos materiais,
com o risco de ser sentenciada a pagar entre 10.000 e 20.000 reais de
indenização, ela deverá constituir uma Provisão para refletir essa possível
perda. No momento da constituição da Provisão a empresa deverá escolher
o “pior dos cenários possíveis”, em obediência ao princípio da prudência,
razão pela qual o valor provisionado deverá ser de 20.000 reais (dentre as
alternativas igualmente válidas e tecnicamente estimáveis, adotou-se
aquela que implica no maior Passivo e, portanto, menor Patrimônio
líquido). Como o princípio da Prudência não autoriza excessos, a entidade
não poderia, por exemplo, constituir uma provisão de 30.000 reais,
simplesmente para “garantir um pouco mais”, beleza? Vamos seguir em
frente.

12 – Características Qualitativas Das Demonstrações Contábeis

“Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela


precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que
se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-
financeira é melhorada se ela for comparável, verificável,
tempestiva e compreensível. “
Resolução 1.374/11 CFC – NBC TG Estrutura Conceitual

Gente, a NBC TG Estrutura Conceitual forma os pilares para a divulgação


dos relatórios econômico-financeiros (as demonstrações contábeis) de
maneira a proteger a qualidade das informações a serem passadas aos
usuários, de maneira a garantir que elas sejam úteis na tomada de
decisões.

Até Dezembro de 2011, as característica qualitativas das demonstrações


contábeis eram as seguintes: compreensibilidade, relevância,
confiabilidade e comparabilidade. Contudo, em Dezembro de 2011 a
Resolução nº 1.374/11 alterou a redação da NBC TG Estrutura Conceitual e
inseriu no universo contábil as seguintes características qualitativas:

Características qualitativas fundamentais:


• Relevância: materialidade
• Representação Fidedigna: completa, neutra, livre de erros

Características qualitativas de melhoria.


• Comparabilidade
• Verificabilidade
• Tempestividade
• Compreensibilidade

Vamos estudá-las.

12.1 – Características qualitativas fundamentais

A informação para ser útil (que é o que interessa para os


usuários) precisa ser, ao mesmo tempo, relevante e
fidedigna. De nada adianta uma informações relevante não fidedigna, ou
uma informação não relevante e fidedigna.

Relevância

“Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer


diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. A
informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo
no caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou
já tiver tomado ciência de sua existência por outras fontes.” Resolução
1.374/11 CFC - QC6 – NBC TG Estrutura Conceitual

Rapaziada, as demonstrações contábeis devem ser úteis e, por isso, não


podem apresentar qualquer informação. As Demonstrações precisam
conter informações relevantes às necessidades dos usuários na tomada
de decisões.

A relevância é afetada pela materialidade da informação. A materialidade


toma por base o valor, em termos monetários, que a informação
representa. Assim, quanto maior o valor, mais material e de maior
relevância é a informação, e sua omissão ou distorção irá alterar
consideravelmente as Demonstrações Contábeis, em última análise
prejudicando a tomada de decisões pelos usuários, porque embasadas em
demonstrações incorretas.

Representação Fidedigna

Para ser útil, a informação contábil-financeira, além de representar um


fenômeno relevante, tem que representá-lo com fidedignidade. Para
que a representação seja perfeitamente fidedigna ela deverá retratar a
realidade de forma completa, neutra e livre de erro.

O retrato completo deve incluir toda a informação necessária para que os


usuários das informações contábeis consigam entender a situação que está
sendo retratada nas demonstrações contábeis, incluindo todas as
descrições e informações necessárias para tanto.
Para ser confiável (fidedigna), a informação contábil também precisa ser
neutra, imparcial. As demonstrações não neutras (e não confiáveis) são
aquelas que apresentam informações manipuladas, no sentido de induzir a
tomada de decisões com um desfecho ou resultado predeterminado.

Por último, a ausência de erros é fundamental para a fidedignidade das


demonstrações contábeis. Uma demonstração livre e erros ou omissões,
contudo, não pressupõe informações absolutamente exatas, pois a
contabilidade também trabalha com estimativas que, por si só,
representam uma incerteza. O que se pretende pela característica da
ausência de erros é que, mesmo em caso de estimativas, a informação
pode ser considerada fidedigna se os valores obtidos pela estimativa forem
descritos claramente e precisamente como sendo uma estimativa, e as
técnicas utilizadas no desenvolvimento das estimativas tenho sido
empreendidas com ausência de erros.

12.2 – Características qualitativas de melhoria

com fidedignidade. São as seguintes: comparabilidade, verificabilidade,


tempestividade e compreensibilidade.

Comparabilidade

A característica da Comparabilidade leva em conta a necessidade que os


usuários têm de comparar as demonstrações contábeis de uma
entidade ao longo do tempo, a fim de avaliar as variações patrimoniais
e financeiras ocorridas. Os usuários também têm interesse em comparar
demonstrações contábeis de diferentes entidades para, em termos
relativos, avaliar seu desempenho e variações patrimoniais. Assim, a
comparabilidade das demonstrações orienta que as entidades mensurem
e apresentem as informações contábeis de maneira consistente ao
longo do tempo, informando sempre que houver alterações nas práticas
contábeis. Vejam que a comparabilidade não pressupõe “uniformidade”
ou “congelamento” das práticas contábeis. O que se pretende é
consistência e, portanto, alterações são bem-vindas, desde que
informadas!

Verificabilidade

Verificabilidade é a característica que ajuda os usuários a terem


mais segurança de que a informação apresenta está condizente com
a realidade da entidade. O ideal é que as informações sejam verificáveis,
mas é certo que, em vista da enorme quantidade de informações
existentes nos sistemas contábeis, nem sempre essa verificação
pormenorizada é viável.

A Resolução nº 1.374/11, no item QC27, estabelece que a verificação pode


ser direta ou indireta. A verificação direta é aquela em que o usuário
verifica, diretamente, as informações apresentadas. Por exemplo, se ele
quiser se certificar de que o saldo do Caixa está correto (dinheiro em posse
da entidade), ele poderá contá-lo para realizar esta verificação.

A verificação indireta, por sua vez, é aquela em que o usuário recalcula


os resultados de um determinado item, utilizando-se da mesma
metodologia, para ver se ele também chega ao mesmo resultado
apresentado nas demonstrações. Um exemplo é a verificação do valor
contábil dos estoques por meio da checagem do seu saldo inicial, das
entradas e saídas de mercadorias, a partir de onde o usuário poderá
recalcular o saldo final dos estoques, utilizando-se do mesmo método
aplicado pela entidade.
Tempestividade

Por tempestividade devemos entender a necessidade de a informação


contábil ser apresentada a tempo de poder influenciar a tomada de
decisões de seus usuários. Uma informação ainda que relevante e
fidedigna, pode perder sua utilidade se for apresentada muito tardiamente.

Compreensibilidade

As demonstrações contábeis precisam ser compreensíveis para que os


usuários consigam encontrar com razoável facilidade as informações de
que precisam. Afinal, qual seria a utilidade de uma demonstração contábil
incompreensível para alguém? Nenhuma, né? No entanto, a característica
da compreensibilidade presume que o usuário tenha razoável
conhecimento da contabilidade e do negócio da entidade, não basta ser
leigo. E tem mais, se houver alguma informação indispensável à
tomada de decisões, ela deve ser incluída nas demonstrações contábeis,
ainda que muito complexa e específica.

12.3 – Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório


contábil-financeiro útil

A preparação das informações contábeis envolve custos, que se


apresentam como restrições ao processo de elaboração e
divulgação das demonstrações contábeis. Por isso, é importante que o
benefício gerado pela divulgação da informação contábil justifique
os seus custos.

Este processo de análise do custo-benefício das informações contábeis


envolve consultas a fornecedores da informação (pessoas de dentro da
entidade), usuários, auditores independentes, acadêmicos e outros
agentes. Estas pessoas irão dar sua opinião sobre a natureza e
quantidade esperada de benefícios e custos envolvidos na
elaboração e divulgação das informações. A partir destas opiniões, a
entidade a administração da entidade deverá traçar um padrão para avaliar
a viabilidade de produção de determinadas informações.

12.3 – Outras alterações na NBC TG Estrutura Conceitual

A nova redação dada à NBC TG Estrutura Conceitual, trazida pela


Resolução CFC nº 1.374/11, suprimiu duas características qualitativas de
seu texto e que, por isso, merecem destaque.

Na redação anterior pela Resolução CFC nº 1.121/08, a NBC TG Estrutura


Conceitual trazia como características explícitas a Primazia da Essência
sobre a Forma e a da Prudência. Vamos vê-las:

Primazia da Essência sobre a Forma

Este é um desdobramento da característica da Confiabilidade (hoje,


fidedignidade). As Demonstrações Contábeis, pelo requisito da primazia
da essência sobre a forma, devem informar o que de fato acontece no
mundo real, a sua substância ou realidade econômica, ainda que outra
seja a forma legal atribuída à transação. A Res. CFC 1.121/08
apresentava um exemplo interessante para esta situação:

Uma entidade vende um ativo a um terceiro de tal maneira que a


documentação indique a transferência da propriedade, mas,
entre as partes, é firmado um acordo que assegure à entidade a
fruição dos futuros benefícios econômicos gerados pelo ativo,
com possibilidade de recompra ao final do prazo.

Esta operação é chamada de Arrendamento Mercantil Financeiro e, em


geral, realizada com o objetivo de obter Capital de Giro.
Pelo requisito da essência sobre a forma, ainda que a forma legal da
transação seja de Transferência de Propriedade (venda), a Contabilidade
não poderá dar este mesmo tratamento à informação, uma vez que, em
sua essência, existem outras circunstâncias envolvidas. Assim,
reportar a operação de venda não representaria adequadamente a
transação formalizada e reduziria a confiabilidade da Demonstração. No
caso do Arrendamento Mercantil Financeiro, o bem vendido deverá
permanecer no ativo da entidade vendedora (arrendatária), e, em razão do
contrato de arrendamento, surgirá uma nova obrigação no Passivo.

condição de integrante da representação fidedigna (confiabilidade). Mas


isso, apenas, porque o CFC entendeu que isto se tratava de uma
redundância. Portanto, a apresentação da essência econômica das
transações nas demonstrações contábeis (ainda que outra seja a forma
legal da transação) continua indispensável à fidedignidade das
informações.

Prudência

A prudência, além de ser um princípio contábil, também era


apresentada como uma característica qualitativa das demonstrações. A
prudência se traduz em confiabilidade, desde que a entidade não incorra
em excessos, como a subavaliação deliberada de ativos ou superavaliação
deliberada de passivos.

ser inconsistente com a neutralidade. Subavaliações de ativos e


superavaliações de passivos, com consequentes registros de desempenhos
13 - 2ª Série de Exercícios!

11 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) A Cia. Beta possui bens e


direitos no valor total de R$ 1.750.000,00 em 31/12/2005.
Sabendo-se que, nessa mesma data, inexistem resultados de
exercícios futuros e que o passivo exigível da companhia
representa 2/5 (dois quintos) do valor do Patrimônio Líquido, este
último corresponde a, em R$:
A) 1.373.000,00
B) 1.250.000,00
C) 1.050.000,00
D) 750.000,00
E) 500.000,00

Comentários:
O patrimônio líquido é calculado pela seguinte fórmula: PL = A – P. Os
bens e direitos de que trata o enunciado compõe o Ativo, portanto A =
1.750.000,00. O passivo exigível representa as obrigações, que são 2/5
do patrimônio líquido da companhia. Então, P = 2/5.PL. Aplicando a
equação fundamental, temos que:
PL = 1.750.000,00 – 2/5.PL
PL + 2/5.PL = 1.750.000,00
7/5.PL = 1.750.000,00
PL = 1.750.000,00 . 5/7 = 1.250.000,00

Esta questão introduz a noção de Passivo Exigível, que na terminologia


contábil representa as Obrigações (que são exigíveis da entidade). Existe
também o conceito de Passivo Total, que considera o passivo exigível
somado ao patrimônio líquido da entidade.

Gabarito Letra A.

12 – (ESAF – Técnico da Receita Federal - 2003) Com relação aos


Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale a opção
incorreta:
A) O princípio da Prudência determina a adoção do menor valor
para os componentes do ativo e do maior para os do passivo,
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio
Líquido.
B) O princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese que
resulte menor Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções
igualmente aceitáveis diante dos demais princípios da
contabilidade.
C) O Princípio da Prudência somente se aplica às mutações
posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável á
aplicação correta do princípio da competência.
D) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando,
para definição dos valores relativos às variações patrimoniais,
devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau
variável.
E) O princípio da prudência refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das
suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e
com a extensão correta, independentemente das causas que
originaram o registro.

Comentários:
Alternativas de “A” a “D“ estão corretas, e foram vistas ao longo da aula! A
Alternativa “E” está errada, pois define o princípio da Oportunidade, e não
o princípio da prudência! Lembrem, o princípio da Oportunidade relaciona-
se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. As bancas
adoram esse tipo de “troca” para confundir o candidato! Fique atento.
Gabarito Letra E.

13 – (FGV – Auditor Fiscal Angra dos Reis/RJ - 2010) A afirmação


de que as demonstrações contábeis são normalmente preparadas
partindo da ideia de que a entidade se manterá em operação no
futuro previsível está vinculado com qual conceito da
contabilidade?
A) Postulado da Entidade
B) Convenção da Consistência
C) Pressuposto da Continuidade
D) Característica qualitativa da essência sobre a forma
E) Característica qualitativa da comparabilidade.

Comentários:
Tenho certeza que todos acertarão essa aí! Como vimos ao longo da aula,
é o princípio da continuidade que adota a presunção de que a entidade
continuará operacional ao longo do tempo, e essa presunção afeta
diretamente a mensuração e avaliação dos itens patrimoniais.
Gabarito Letra C.
14 – (FGV – Cia das Docas - Contador - 2010) Assinale a alternativa
que apresente, na ordem, de cima para baixo, o relacionamento
entre o fato e as características qualitativas das Demonstrações
Contábeis conforme o Pronunciamento Conceitual Básico emitido
pelo CPC.
• não antecipação de lucros e antecipação de prejuízos;
• capacidade de analisar a demonstração contábil de uma
empresa de diversos exercícios;
• reconhecimento do ativo e passivo decorrente de um contrato
de arrendamento mercantil financeiro;
• não omissão de nenhuma transação econômica realizada pela
empresa nas Demonstrações Contábeis.
A) Prudência, Confiabilidade, Primazia da Essência sobre a Forma,
Integridade
B) Integridade, Confiabilidade, Prudência, Primazia da Essência
sobre a Forma
C) Integridade, Comparabilidade, Prudência, Confiabilidade
D) Prudência, Confiabilidade, Primazia da Essência sobre a Forma,
comparabilidade
E) Prudência, Comparabilidade, Primazia da Essência sobre a
Forma, Integridade

Comentários:
1ª alternativa – Tanto a não antecipação de lucros como a antecipação de
prejuízos reduzem o patrimônio líquido da entidade e, portanto, obedecem
ao princípio da prudência.
2ª alternativa – a capacidade de analisar a demonstração contábil de uma
empresa de diversos exercícios correspondente à Comparabilidade -
característica qualitativa das demonstrações contábeis.
3ª alternativa – A alternativa trata da característica da Primazia da
essência sobre a forma. No arrendamento mercantil financeiro ocorre a
transferência de um bem, porém, este bem transferido deverá permanecer
no ativo da entidade, que continuará a se beneficiar economicamente dele.
No entanto, em função do contrato de arrendamento, deverá ser
escriturada uma nova obrigação no Passivo.
4ª alternativa – Não omissão de nenhuma transação econômica
corresponde à característica qualitativa da Integridade, e reza que todas as
transações econômicas devem ser escrituradas, desde que materialmente
relevantes e que os benefícios de sua informação superem os custos para
produzi-la!
Gabarito Letra E.

15 – (ESAF – Fiscal de Rendas ISS/RJ - 2010) Assinale abaixo a


única opção que contém uma afirmativa verdadeira.

A) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante


o prazo estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio
contabilizado a Custo Histórico.
B) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver
duas ou mais hipóteses de realização possíveis de um item, deve
ser utilizada aquela que representar um maior ativo ou um menor
passivo.
C) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas
devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que,
efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos
respectivos.
D) O princípio da oportunidade determina que os registros
contábeis sejam feitos com tempestividade, no momento em que o
fato ocorra, e com integralidade, pelo seu valor completo.
E) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização
Monetária” que reconhece que a atualização monetária busca
atualizar o valor de mercado e não o valor original, por isso, não se
trata de uma “correção”, mas apenas de uma “atualização” dos
seus valores.

Comentários:
Alternativa A – Incorreta. O princípio da continuidade pressupõe que a
entidade continuará em operação indeterminadamente no futuro, e que as
demonstrações deve levar em consideração este pressuposto.
Alternativa B – Incorreta. A alternativa inverteu as orientações do princípio
da prudência, que informa devem ser adotadas as hipóteses que implique
o menor patrimônio líquido (menor ativo ou maior passivo).
Alternativa C – Incorreta. O princípio da competência determina que as
receitas e despesas sejam incluídas na apuração do resultado do exercício
em que ocorreram, ainda que outro seja o momento dos recebimentos ou
pagamentos respectivos.
Alternativa D – Correta! A definição está perfeita.
Alternativa E – Incorreta. Até o ano de 2010 havia o Princípio da
Atualização Monetária (que atualmente foi incorporado ao princípio do
registro pelo valor original). No entanto, como explicado na aula, a
Atualização Monetária é meramente uma correção do valor original, a fim
de deixá-lo substantivamente correto, refletindo as alterações no poder
aquisitivo da moeda. Não se trata de atualização do valor de mercado,
como diz a assertiva.
Gabarito Letra D.

16 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) Em relação ao princípio


contábil da Competência, é correto afirmar que:
A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver
o efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que
efetuou o gasto.
B) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento
de um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo.
C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por
força maior não devem ser computadas na apuração do resultado
do exercício, porque não estão correlacionadas com a realização de
receitas.
D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com
terceiros, quando estes efetuarem o pagamento.
E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o
desaparecimento concomitante de um ativo, de valor igual ou
maior, é considerada realização de receita.

Comentários:
Alternativa A – Incorreta. O reconhecimento das despesas com base no
efetivo desembolso financeiro corresponde ao Regime de Caixa.
Alternativa B – Incorreta. Quando há o surgimento de um ativo, sem
concomitante desaparecimento de um passivo devemos considerar que
houve uma Receita.
Alternativa C – Incorreta. As perdas involuntárias de ativos devem ser
reconhecidas como Despesas, como ocorre na perda de um veículo
incendiado, por exemplo.
Alternativa D – Incorreta. Mais uma vez a alternativa trata do Regime de
Caixa.
Alternativa E – Correta!
Gabarito Letra E.

17 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) A tempestividade e a


integridade do registro do patrimônio e suas variações,
independentemente das causas que as originaram, constitui o
fulcro do Princípio Contábil da:
A) Oportunidade.
B) Competência.
C) Entidade.
D) Prudência.
E) Continuidade.

Comentários:
Já estão feras, né? Como vimos na aula, o enunciado define perfeitamente
o princípio da oportunidade.
Gabarito Letra A!

18 – (ESAF – Auditor Fiscal da RFB – 2009) O Conselho Federal de


Contabilidade, considerando que a evolução ocorrida na área da
Ciência Contábil reclamava a atualização substantiva e adjetiva de
seus princípios,
editou, em 29 de dezembro de 1993, a Resolução 750, dispondo
sobre eles. Sobre o assunto, abaixo estão escritas cinco frases.
Assinale a opção que indica uma afirmativa falsa.
A) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é
obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
B) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade, por
representarem a essência das doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade, a ela dizem respeito no seu sentido mais
amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das Entidades.
C) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade
da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos
patrimônios existentes.
D) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de
natureza econômico-contábil.
E) São Princípios Fundamentais de Contabilidade: o da entidade; o
da continuidade; o da oportunidade; o do registro pelo valor
original; o da competência e o da prudência.
Comentários:
O princípio da entidade reconhece o patrimônio como o objeto da
contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a necessidade de
diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes. Pegadinha, não? Um prefixo invalidou a alternativa. Portanto, a
única alternativa incorreta é a letra C.
Gabarito Letra C.

19 – (ESAF – TCE/PR – 2003) Abaixo estão cinco assertivas


relacionadas com os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Assinale a opção que expressa uma afirmação verdadeira.
A) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é
obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição
de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.
B) O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de
sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o
dos sócios ou proprietários.
C) Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o
registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações
ocorridas no patrimônio da Entidade, em um período de tempo
determinado.
D) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes
conhecida como Convenção do Conservadorismo, hoje é
determinada pelo Princípio da Competência.
E) A observância do Princípio da Continuidade não influencia a
aplicação do Princípio da Competência, pois o valor econômico dos
ativos e dos passivos já contabilizados não se altera em função do
tempo.

Comentários:
Alternativa A – Incorreta. Os princípios da contabilidade constituem
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade,
conforme Resolução CFC 750/93.
Alternativa B – Incorreta. O patrimônio da entidade não se confunde com o
dos sócios, conforme rege o princípio da entidade.
Alternativa C – Correta! O princípio da oportunidade determina que as
variações ocorridas sejam integralmente registradas (reconhecimento
universal). O período determinado ao qual se refere a alternativa é o
exercício social, que em geral corresponde ao ano civil, e serve de base
para a apuração das demonstrações contábeis e do resultado.
Alternativa D – Incorreta. A apropriação antecipada das prováveis perdas
futuras (prováveis, portanto, estimadas e com certo grau de incerteza) é
determinada pelo princípio da Prudência, que antigamente era conhecido
por Convenção do Conservadorismo.
Alternativa E – Incorreta. O princípio da continuidade está intrinsecamente
relacionado ao valor econômico dos ativos, pois uma vez indicada a quebra
de continuidade da empresa, os componentes patrimoniais terão seus
valores alterados de maneira a refletir o encerramento das operações.
Gabarito Letra C.

20 – (ESAF – AFC/STN – 2005) Assinale a opção que contém a


afirmativa incorreta sobre princípios fundamentais de
contabilidade.
A) O princípio da competência estabelece diretrizes para
classificação das mutações patrimoniais resultantes da observância
do princípio da oportunidade.
B) Observando-se o princípio do registro pelo valor original, o
princípio da prudência somente se aplica às mutações posteriores,
constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do
princípio da competência.
C) A observância do princípio da continuidade é indispensável à
correta aplicação do princípio da competência, pois se relaciona à
quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do
resultado, sendo importante para aferir a capacidade futura de
geração de resultado.
D) Segundo o princípio da entidade o patrimônio a ela pertence,
mas a recíproca não é verdadeira. A agregação contábil de
patrimônios resulta em nova entidade.
E) A observância do princípio da continuidade influencia o valor
econômico dos ativos e, às vezes, o valor ou o vencimento dos
passivos.

Comentários:
A única afirmativa incorreta é a “D”, pois a agregação contábil de
patrimônios não resulta em nova entidade, mas somente numa unidade
econômico-contábil com finalidade informativa (lembrem dos grupos
econômicos que consolidam as informações contábeis!). Essa questão
explora a interdependência existente entre os princípios contábeis. Eles não
existem isoladamente, mas complementam uns aos outros.
Gabarito Letra D.

21 – (CESPE – TCU - 2008) Os princípios fundamentais de


contabilidade representam a essência das doutrinas e das teorias
relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional brasileiros.
Concernem, pois, à contabilidade no seu sentido mais amplo de
ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.
Relativamente a esse assunto, julgue os itens a seguir:
1) De acordo com o princípio da competência, considera-se
realidade uma despesa, quando da extinção, parcial ou total, de um
passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo de igual ou maior valor.
2) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando,
para definição dos valores relativos às variações patrimoniais,
devam ser feitas estimativas que envolvam incertezas de grau
variável.
3) Como resultado da observância do princípio da oportunidade, o
registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações
ocorridas no patrimônio da entidade, em um período de tempo
determinado, base necessária para gerar informações úteis ao
processo decisório da gestão.
4) A receita de serviços deve sempre ser reconhecida de forma
proporcional ao recebimento das parcelas contratuais.
5) A suspensão das atividades de uma entidade pode provocar
efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até
mesmo integral, de seu valor.

Comentários:
1ª alternativa – esta afirmativa está incorreta. O desaparecimento de um
passivo (de uma obrigação) sem concomitante desaparecimento de um
ativo (como dinheiro no banco) é uma RECEITA e não despesa como diz o
enunciado.
2ª alternativa – alternativa correta.
3ª alternativa – alternativa correta.
4ª alternativa – esta afirmativa está incorreta. A receita de serviços deve
ser reconhecida a partir do momento em que o serviço for efetivamente
prestado, em obediência ao princípio da competência. No entanto, vocês
devem atentar para o seguinte: se o serviço for prestado ao longo dos
meses (de maneira continuada) a receita também deverá ser reconhecida
de maneira continuada e proporcional aos serviços prestados, também em
obediência ao princípio da competência!
5ª alternativa – alternativa correta.
Gabarito E,C,C,E,C
22 – (CESPE – Analista Jud. STF - 2008) (adaptada) Acerca dos
princípios fundamentais de contabilidade e divulgação das
demonstrações contábeis, julgue os seguintes itens.

Ocorrendo o registro dos ajustes a valor presente dos ativos


advindos de operações de longo prazo, o princípio do registro pelo
valor original não será obedecido.

Comentários:
O princípio do Registro pelo Valor Original estabelece que os componentes
patrimoniais devem ser registrados pelos valores que lhes deram origem. A
Resolução CFC 750/93, porém, estabelece exceções ao valor original dos
componentes e prevê métodos para ajustamentos posteriores a fim de
garantir a confiabilidade das demonstrações contábeis. Como estes
ajustamentos posteriores (Valor Presente, Valor Justo, Custo Corrente) são
exceções ao valor original, pode-se dizer que eles desobedecem ao
presente princípio, razão pela qual a afirmativa está correta.
Gabarito Certa.

23 – (CESPE – Analista BACEN) O princípio da prudência determina


a adoção do menor valor para os componentes do ativo e, do maior,
para os do passivo, sempre que se apresentem opções igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido. Com base nessa afirmação, julgue os
itens abaixo:
A) A contabilidade deve manter um comportamento prudente e
reconhecer as despesas mesmo antes que surja o fato gerador,
sempre que puder prever um acréscimo do passivo.
B) O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese da qual
resulte em maior patrimônio líquido, quando se apresentarem
opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
C) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para
a definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam
ser feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável.
D) O princípio da prudência é perfeitamente coerente com o
registro no ativo de depósitos judiciais, relativos a processos cuja
probabilidade de sucesso é remota, sem que haja lançamento de
provisão para contingência correspondente no passivo.

Comentários:
Alternativa A – Incorreta. O princípio da prudência só se aplica a mutações
posteriores ao registro original dos componentes patrimoniais! Além disso,
o reconhecimento das despesas antes de corrido o seu fato gerador ofende
ao princípio da competência.
Alternativa B – Incorreta. O princípio da prudência impõe a escolha da
hipótese da qual resulte menor patrimônio líquido (menor ativo e
maior passivo) quando se apresentarem opções igualmente válidas e
aceitáveis diante dos demais princípios contábeis.
Alternativa C – Correta! O princípio da prudência diz exatamente isso.
Alternativa D – Incorreta. Como você já aprenderam, o princípio da
prudência pede que a entidade adote o “pior dos cenários”. Com isso, caso
a entidade esteja inserida numa disputa judicial em que a sua
probabilidade de sucesso é remota, ela deverá necessariamente escriturar
uma provisão para contingências a fim de refletir essa possível perda no
patrimônio. Ao mesmo tempo, caso a entidade tenha sido a obrigada a
realizar um depósito judicial, este depósito deverá estar escriturado na
conta de ativo correspondente. Vejam que o depósito judicial é um direito
da empresa (um valor que ela depositou) enquanto não houver decisão
definitiva do processo.

Assim, é incoerente com o princípio da prudência o registro no ativo de


depósitos judiciais sem o correspondente lançamento de provisão para
contingências no passivo.
Gabarito E, E, C, E.

24 - (CESPE – CONTADOR AGU – 2010) Em contabilidade, define-se


patrimônio como um conjunto de bens, direitos e obrigações
pertencentes a determinada entidade, sendo autônomo em relação
aos demais patrimônios existentes.

Comentários:
Certíssima! Como já vimos nesta aula, o patrimônio é definido como o
conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada
entidade. Contudo, trecho final desta afirmativa ainda não foi abordado no
curso. A autonomia do patrimônio de uma entidade em relação aos demais
patrimônios existentes está amparada no princípio da entidade (tema da
próxima aula, mas que tratarei de adiantar um pouquinho).

Se o objeto da contabilidade é o patrimônio, é necessário que se adotem


mecanismos no sentido de DIFERENCIAR e IDENTIFICAR cada patrimônio
individualmente, caso contrário seria impossível estudá-los (se todos se
confundissem entre si). Por isso, o Princípio da Entidade reconhece o
patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial. Por autonomia patrimonial entende-se a necessidade de
diferenciação de um patrimônio particular no universo dos
patrimônios existentes, independente de quem o possua (pessoa física
ou jurídica, com ou sem finalidade lucrativa). Com isso, todo patrimônio
pertence a alguma entidade, mas a recíproca não é verdadeira.

É necessário ressaltar que o patrimônio da entidade não se confunde


com o dos sócios ou proprietários (em caso de pessoa jurídica).

Gabarito: CERTA.

25 - (CESPE – EMBASA – Ana. Saneamento – Contabilidade – 2009)


O princípio da competência significa que os fatos devem ser
reconhecidos no patrimônio, isto é, registrados contabilmente
independentemente do recebimento ou pagamento.

Comentários:
Certa! Essa questão cobrou a literalidade do art. 9º da Res. CFC nº 750/93.
Gabarito: CERTA.

26 - (CESPE – FUB – AUDITOR – 2009) De acordo com o princípio


da prudência, quando se apresentarem duas opções igualmente
aceitáveis, a escolha deverá recair sobre a opção de maior valor
para os componentes de ativo.

Comentários:
O princípio da prudência reza que deverá ser adotado o menor valor para
os componentes do ATIVO e o maior para os do PASSIVO, sempre que
se apresentem alternativas igualmente válidas. Ou seja, o foco é a
redução do patrimônio líquido. Por isso, a afirmativa está incorreta.

Gabarito: ERRADA.

27 - (CESPE – CONTADOR AGU – 2010) Um conglomerado


econômico-financeiro, constituído pela soma dos patrimônios dos
entes que o compõem, é um exemplo típico de entidade contábil.

Comentários:
Este enunciado diz respeito ao princípio da entidade, o qual é bastante
claro ao afirmar que a soma ou agregação contábil de patrimônios
autônomos não resulta numa nova entidade, mas numa unidade de
natureza econômico-contábil. A “soma ou agregação contábil” de
patrimônios representa a consolidação, numa mesma demonstração, de
informações contábeis de entidades diferentes que compõem um grupo
econômico. Um grupo econômico consiste na relação entre pessoas
jurídicas, onde uma delas é controladora das demais. Apesar de o
patrimônio de cada uma dessas empresas ser autônomo, a demonstração
contábil delas pode vir a ser unificada (consolidada) com a finalidade de
demonstrar a situação patrimonial do grupo econômico. Essa consolidação
das informações numa única demonstração não constitui um novo
patrimônio, mas tão somente uma unidade de natureza econômico-contábil
para fins informativos.

Gabarito: ERRADA.

28 - (CESPE – TER/ES – ANALISTA JUD. CONTABILIDADE – 2010) A


observância do princípio da continuidade é indispensável à correta
aplicação do princípio da competência.

Comentários:
Também está certa. Os princípios de contabilidade não existem
isoladamente. Eles são interdependentes e integram um conjunto que
forma os alicerces da contabilidade. A correta aplicação do princípio da
competência depende da observância do princípio da continuidade, por isso
mesmo.

Contudo, uma resposta mais completa para a questão é a seguinte: a


observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar
diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação
do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade
futura de geração de resultado.

Gabarito: CERTA.

(CESPE – Analista Técnico – Auditoria – SEBRAE 2007) O princípio


da oportunidade, que compreende os conceitos de integridade e
oportunidade, não se confunde com o da competência, pois
apresentam conteúdos manifestamente diversos. Acerca desse
assunto, julgue os itens a seguir:

29 - Ao aplicar-se o critério da tempestividade, as variações devem


ser registradas mesmo na hipótese de incerteza de sua ocorrência
ou indefinição de seu valor.

Comentários:
Ainda não vimos os conceitos atinentes ao princípio da oportunidade. Este
é um bom momento para tanto.

A Resolução CFC 750/93 trata do presente princípio da seguinte maneira:

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração


e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e


na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua
relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e
a confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10)

O princípio da oportunidade relaciona-se ao processo de mensuração e


apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas. A Integridade orienta o registro completo das
informações, sem omissões nem excessos. A tempestividade, por sua
vez, está relacionada ao registro das informações no momento em
que ocorrem. Esta dualidade entre Integridade e Tempestividade das
informações contábeis é fundamental para a aferição da relevância das
informações, e consequente confiabilidade das demonstrações contábeis.

Voltando à afirmativa, ela está correta. Como falamos, os princípios


contábeis constituem um sistema. Assim, pelo critério da tempestividade
(momento em que ocorrem) do princípio da oportunidade, as variações no
patrimônio devem ser registradas mesmo na hipótese de incerteza ou
indefinição de seu valor, que é justamente o que rege o princípio da
prudência.
Gabarito: CERTA.

30 - Ao aplicar-se o critério da integridade, o reconhecimento das


variações se dá somente diante da certeza de sua ocorrência e da
definição precisa de seu valor.

Comentários:
O critério da integridade, do princípio da oportunidade, orienta o registro
completo das informações, sem omissões nem excessos. Isto, porém, não
impede que a entidade realize o registro de informações embasadas em
estimativas, derivadas de incertezas de grau variável, conforme rege o
princípio da prudência.

Gabarito: ERRADA.

31 - O objetivo do princípio da oportunidade é determinar a


natureza das variações que afetam o patrimônio líquido.

Comentários:
O objetivo do princípio da oportunidade é determinar que a mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais seja realizada no sentido de
produzir informações íntegras e tempestivas, não se relacionado à
natureza das variações que afetam o PL.

Gabarito: ERRADA.
32 - O objetivo do princípio da competência é a vinculação
temporal das receitas e despesas com os respectivos recebimentos
e pagamentos.

Comentários:
O princípio da competência, de fato, estabelece a vinculação temporal
entre as receitas e despesas, conforme se extrai do parágrafo único do Art.
9, in verbis:

Art. 9º (...)
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas
correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Contudo, esta vinculação temporal, ou simultaneidade, da confrontação


entre as receitas e despesas se dá em relação ao fato contábil que lhes
deu origem, independentemente de recebimentos e pagamentos
respectivos. Por isso, afirmativa está errada.

Gabarito: ERRADA.
LISTA DE EXERCÍCIOS COMENTADOS

01 – (FGV – Fiscal de Rendas SEFAZ/RJ – 2010) No momento da


elaboração das demonstrações contábeis, o profissional de
contabilidade responsável deverá definir a estrutura do balanço
patrimonial, considerando a normatização contábil. Esse
procedimento tem como objetivo principal:
A) aprimorar a capacidade informativa para os usuários das
demonstrações contábeis.
B) atender às determinações das autoridades tributárias.
C) seguir as cláusulas previstas nos contratos de financiamento
com os bancos.
D)acompanhar as características aplicadas no setor econômico de
atuação da empresa.
E) manter a consistência com os exercícios anteriores.

02 – (ESAF – Fiscal de Rendas ISS/RJ – 2010) Assinale abaixo a


única opção que contém uma afirmativa falsa.
A) A finalidade da Contabilidade é assegurar o controle do
patrimônio administrado e fornecer informações sobre a
composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o
resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade
para alcançar seus fins.
B) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo “a ciência que
estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no
patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não”.
C) Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a
entidade econômico-administrativa, seja ou não de fins lucrativos.
D) O objeto da Contabilidade é definido como o conjunto de bens,
direitos e obrigações vinculado a uma entidade econômico-
administrativa.
E) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o objeto da
Contabilidade, o patrimônio é o seu campo de aplicação.

03 – (FGV – Analista Legislativo (Contabilidade) Senado Federal –


2008) Em relação aos interesses dos principais usuários da
informação contábil, assinale a afirmativa incorreta.
A) Os acionistas atuais da empresa têm grande interesse na sua
rentabilidade atual.
B) Os investidores que podem se tornar acionistas futuros efetuam
um confronto da rentabilidade da empresa comparando com as
diversas opções existentes no mercado.
C) O governo foca na análise do fluxo de caixa da empresa para
determinar o imposto a ser pago.
D) Os financiadores concentram-se na capacidade de a empresa
pagar os valores dos financiamentos e dos juros.
E) Os empregados analisam a capacidade da empresa em efetuar o
pagamento dos salários e em sua capacidade de expansão.

04 – (ESAF – TTN (atual Analista Tributário da RFB) – 1994)


“... o patrimônio, que a Contabilidade estuda e controla,
registrando todas as ocorrências nele verificadas”.
“... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações
sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial”.
As proposições indicam, respectivamente:
A) o objeto e a finalidade da Contabilidade;
B) a finalidade e o conceito da Contabilidade;
C) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade;
D) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade;
E) a finalidade e as técnicas contábeis da Contabilidade.
05 – (Simulado) Azienda é comumente usada em Contabilidade
como sinônimo de fazenda, na acepção de:
A) conjunto de bens e direitos;
B) mercadorias;
C) finanças públicas;
D) grande propriedade rural;
E) patrimônio, considerado conjuntamente com a pessoa que tem
sobre ele poderes de administração e disponibilidade.

06 – (CESPE – SECGE / PE – AUDITOR EXTERNO – 2010) A


contabilidade é uma ciência exata.

07 - (CESPE - Embasa - Assist de Saneamento - Téc. Contábil -


2009) A principal finalidade da contabilidade é prover informações
para auxiliar a tomada de decisões.

08 - (CESPE – FUB – Auditor – 2009) As funções da contabilidade


incluem a orientação dos usuários, assim entendida a prestação de
informações úteis que possam evidenciar as mutações
patrimoniais, tanto qualitativas quanto quantitativas.

09 - (CESPE – MPU – CONTABILIDADE – 2010) O patrimônio não é


objeto de estudo exclusivo da contabilidade, haja vista que ciências
como a administração e a economia também se interessam pelo
patrimônio, mas é a única que restringe o estudo do patrimônio a
seus aspectos quantitativos.

10 - (CESPE – TRE/BA – 2009) Para os usuários da informação


contábil, é dispensável que as demonstrações contábeis
apresentem as Correspondentes informações de períodos
anteriores, pois seu interesse é em informações futuras.
11 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) A Cia. Beta possui bens e
direitos no valor total de R$ 1.750.000,00 em 31/12/2005.
Sabendo-se que, nessa mesma data, inexistem resultados de
exercícios futuros e que o passivo exigível da companhia
representa 2/5 (dois quintos) do valor do Patrimônio Líquido, este
último corresponde a, em R$:
A) 1.373.000,00
B) 1.250.000,00
C) 1.050.000,00
D) 750.000,00
E) 500.000,00

12 – (ESAF – Técnico da Receita Federal - 2003) Com relação aos


Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale a opção
incorreta:
A) O princípio da Prudência determina a adoção do menor valor
para os componentes do ativo e do maior para os do passivo,
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio
Líquido.
B) O princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese que
resulte menor Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções
igualmente aceitáveis diante dos demais princípios da
contabilidade.
C) O Princípio da Prudência somente se aplica às mutações
posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável á
aplicação correta do princípio da competência.
D) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando,
para definição dos valores relativos às variações patrimoniais,
devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau
variável.
E) O princípio da prudência refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das
suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e
com a extensão correta, independentemente das causas que
originaram o registro.

13 – (FGV – Auditor Fiscal Angra dos Reis/RJ - 2010) A afirmação


de que as demonstrações contábeis são normalmente preparadas
partindo da ideia de que a entidade se manterá em operação no
futuro previsível está vinculado com qual conceito da
contabilidade?
A) Postulado da Entidade
B) Convenção da Consistência
C) Pressuposto da Continuidade
D) Característica qualitativa da essência sobre a forma
E) Característica qualitativa da comparabilidade.

14 – (FGV – Cia das Docas - Contador - 2010) Assinale a alternativa


que apresente, na ordem, de cima para baixo, o relacionamento
entre o fato e as características qualitativas das Demonstrações
Contábeis conforme o Pronunciamento Conceitual Básico emitido
pelo CPC.
• não antecipação de lucros e antecipação de prejuízos;
• capacidade de analisar a demonstração contábil de uma
empresa de diversos exercícios;
• reconhecimento do ativo e passivo decorrente de um contrato
de arrendamento mercantil financeiro;
• não omissão de nenhuma transação econômica realizada pela
empresa nas Demonstrações Contábeis.
A) Prudência, Confiabilidade, Primazia da Essência sobre a Forma,
Integridade
B) Integridade, Confiabilidade, Prudência, Primazia da Essência
sobre a Forma
C) Integridade, Comparabilidade, Prudência, Confiabilidade
D) Prudência, Confiabilidade, Primazia da Essência sobre a Forma,
comparabilidade
E) Prudência, Comparabilidade, Primazia da Essência sobre a
Forma, Integridade

15 – (ESAF – Fiscal de Rendas ISS/RJ - 2010) Assinale abaixo a


única opção que contém uma afirmativa verdadeira.

A) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante


o prazo estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio
contabilizado a Custo Histórico.
F) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver
duas ou mais hipóteses de realização possíveis de um item, deve
ser utilizada aquela que representar um maior ativo ou um menor
passivo.
G) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas
devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que,
efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos
respectivos.
H) O princípio da oportunidade determina que os registros
contábeis sejam feitos com tempestividade, no momento em que o
fato ocorra, e com integralidade, pelo seu valor completo.
I) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização
Monetária” que reconhece que a atualização monetária busca
atualizar o valor de mercado e não o valor original, por isso, não se
trata de uma “correção”, mas apenas de uma “atualização” dos
seus valores.
16 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) Em relação ao princípio
contábil da Competência, é correto afirmar que:
A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver
o efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que
efetuou o gasto.
B) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento
de um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo.
C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por
força maior não devem ser computadas na apuração do resultado
do exercício, porque não estão correlacionadas com a realização de
receitas.
D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com
terceiros, quando estes efetuarem o pagamento.
E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o
desaparecimento concomitante de um ativo, de valor igual ou
maior, é considerada realização de receita.

17 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) A tempestividade e a


integridade do registro do patrimônio e suas variações,
independentemente das causas que as originaram, constitui o
fulcro do Princípio Contábil da:
A) Oportunidade.
B) Competência.
C) Entidade.
D) Prudência.
E) Continuidade.

18 – (ESAF – Auditor Fiscal da RFB – 2009) O Conselho Federal de


Contabilidade, considerando que a evolução ocorrida na área da
Ciência Contábil reclamava a atualização substantiva e adjetiva de
seus princípios,
editou, em 29 de dezembro de 1993, a Resolução 750, dispondo
sobre eles. Sobre o assunto, abaixo estão escritas cinco frases.
Assinale a opção que indica uma afirmativa falsa.
A) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é
obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
B) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade, por
representarem a essência das doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade, a ela dizem respeito no seu sentido mais
amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das Entidades.
C) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade
da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos
patrimônios existentes.
D) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de
natureza econômico-contábil.
F) São Princípios Fundamentais de Contabilidade: o da entidade; o
da continuidade; o da oportunidade; o do registro pelo valor
original; o da competência e o da prudência.

19 – (ESAF – TCE/PR – 2003) Abaixo estão cinco assertivas


relacionadas com os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Assinale a opção que expressa uma afirmação verdadeira.
A) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é
obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição
de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.
B) O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de
sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o
dos sócios ou proprietários.
C) Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o
registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações
ocorridas no patrimônio da Entidade, em um período de tempo
determinado.
D) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes
conhecida como Convenção do Conservadorismo, hoje é
determinada pelo Princípio da Competência.
E) A observância do Princípio da Continuidade não influencia a
aplicação do Princípio da Competência, pois o valor econômico dos
ativos e dos passivos já contabilizados não se altera em função do
tempo.

20 – (ESAF – AFC/STN – 2005) Assinale a opção que contém a


afirmativa incorreta sobre princípios fundamentais de
contabilidade.
A) O princípio da competência estabelece diretrizes para
classificação das mutações patrimoniais resultantes da observância
do princípio da oportunidade.
B) Observando-se o princípio do registro pelo valor original, o
princípio da prudência somente se aplica às mutações posteriores,
constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do
princípio da competência.
C) A observância do princípio da continuidade é indispensável à
correta aplicação do princípio da competência, pois se relaciona à
quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do
resultado, sendo importante para aferir a capacidade futura de
geração de resultado.
D) Segundo o princípio da entidade o patrimônio a ela pertence,
mas a recíproca não é verdadeira. A agregação contábil de
patrimônios resulta em nova entidade.
E) A observância do princípio da continuidade influencia o valor
econômico dos ativos e, às vezes, o valor ou o vencimento dos
passivos.

21 – (CESPE – TCU - 2008) Os princípios fundamentais de


contabilidade representam a essência das doutrinas e das teorias
relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional brasileiros.
Concernem, pois, à contabilidade no seu sentido mais amplo de
ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.
Relativamente a esse assunto, julgue os itens a seguir:
6) De acordo com o princípio da competência, considera-se
realidade uma despesa, quando da extinção, parcial ou total, de um
passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo de igual ou maior valor.
7) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando,
para definição dos valores relativos às variações patrimoniais,
devam ser feitas estimativas que envolvam incertezas de grau
variável.
8) Como resultado da observância do princípio da oportunidade, o
registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações
ocorridas no patrimônio da entidade, em um período de tempo
determinado, base necessária para gerar informações úteis ao
processo decisório da gestão.
9) A receita de serviços deve sempre ser reconhecida de forma
proporcional ao recebimento das parcelas contratuais.
10) A suspensão das atividades de uma entidade pode provocar
efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até
mesmo integral, de seu valor.
22 – (CESPE – Analista Jud. STF - 2008) (adaptada) Acerca dos
princípios fundamentais de contabilidade e divulgação das
demonstrações contábeis, julgue os seguintes itens.

Ocorrendo o registro dos ajustes a valor presente dos ativos


advindos de operações de longo prazo, o princípio do registro pelo
valor original não será obedecido.

23 – (CESPE – Analista BACEN) O princípio da prudência determina


a adoção do menor valor para os componentes do ativo e, do maior,
para os do passivo, sempre que se apresentem opções igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido. Com base nessa afirmação, julgue os
itens abaixo:
A) A contabilidade deve manter um comportamento prudente e
reconhecer as despesas mesmo antes que surja o fato gerador,
sempre que puder prever um acréscimo do passivo.
B) O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese da qual
resulte em maior patrimônio líquido, quando se apresentarem
opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
C) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para
a definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam
ser feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável.
D) O princípio da prudência é perfeitamente coerente com o
registro no ativo de depósitos judiciais, relativos a processos cuja
probabilidade de sucesso é remota, sem que haja lançamento de
provisão para contingência correspondente no passivo.

24 - (CESPE – CONTADOR AGU – 2010) Em contabilidade, define-se


patrimônio como um conjunto de bens, direitos e obrigações
pertencentes a determinada entidade, sendo autônomo em relação
aos demais patrimônios existentes.

25 - (CESPE – EMBASA – Ana. Saneamento – Contabilidade – 2009)


O princípio da competência significa que os fatos devem ser
reconhecidos no patrimônio, isto é, registrados contabilmente
independentemente do recebimento ou pagamento.

26 - (CESPE – FUB – AUDITOR – 2009) De acordo com o princípio


da prudência, quando se apresentarem duas opções igualmente
aceitáveis, a escolha deverá recair sobre a opção de maior valor
para os componentes de ativo.

27 - (CESPE – CONTADOR AGU – 2010) Um conglomerado


econômico-financeiro, constituído pela soma dos patrimônios dos
entes que o compõem, é um exemplo típico de entidade contábil.

28 - (CESPE – TER/ES – ANALISTA JUD. CONTABILIDADE – 2010) A


observância do princípio da continuidade é indispensável à correta
aplicação do princípio da competência.

(CESPE – Analista Técnico – Auditoria – SEBRAE 2007) O princípio


da oportunidade, que compreende os conceitos de integridade e
oportunidade, não se confunde com o da competência, pois
apresentam conteúdos manifestamente diversos. Acerca desse
assunto, julgue os itens a seguir:

29 - Ao aplicar-se o critério da tempestividade, as variações devem


ser registradas mesmo na hipótese de incerteza de sua ocorrência
ou indefinição de seu valor.
30 - Ao aplicar-se o critério da integridade, o reconhecimento das
variações se dá somente diante da certeza de sua ocorrência e da
definição precisa de seu valor.

31 - O objetivo do princípio da oportunidade é determinar a


natureza das variações que afetam o patrimônio líquido.

32 - O objetivo do princípio da competência é a vinculação


temporal das receitas e despesas com os respectivos recebimentos
e pagamentos.
GABARITOS

QUESTÃO GABARITO
1 A
2 E
3 C
4 A
5 E
6 ERRADA
7 CERTA
8 CERTA
9 ERRADA
10 ERRADA
11 A
12 E
13 C
14 E
15 D
16 E
17 A
18 C
19 C
20 D
21 E,C,C,E,C
22 CERTA
23 E,E,C,E
24 CERTA
25 CERTA
26 ERRADA
27 ERRADA
28 CERTA
29 CERTA
30 ERRADA
31 ERRADA
32 ERRADA

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