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SEGURANÇA NO TRABALHO
Prof. Me. Marco Antonio Ferreira Finocchio
ABRIL DE 2016
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NOTA DO AUTOR
Este material é de apoio didático utilizado pelo autor nas suas aulas dos Cursos de
Engenharia Industrial Elétrica, Engenharia de Manutenção Mecânica, Tecnologia em
Automação, Tecnologia de Manutenção Mecânica, Técnico em Eletrotécnica e Técnico em
Mecânica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus de Cornélio
Procópio.
Tal material não tem a pretensão de esgotar, tampouco inovar o tratamento do
conteúdo aqui abordado, mas, simplesmente, facilitar a dinâmica de aula, com expressivos
ganhos de tempo e de compreensão do assunto por parte dos alunos. A complementação da
disciplina de Segurança no Trabalho ocorrerá através de exemplificações, apontamentos de
sala, trabalhos e discussões.
Saliento que este trabalho foi elaborado com base nas referências, citadas ao final
desta apostila, nos apontamentos e na experiência do autor na abordagem do assunto. Portanto
é um trabalho alicerçado no entusiasmo e na necessidade de aprender e solidificar novas
fronteiras do conhecimento.
Quaisquer contribuições e críticas construtivas a este trabalho serão bem-vindas.
Em se tratando de um material didático elaborado em uma Instituição Pública de
Ensino, é permitida sua reprodução, desde que devidamente citada a fonte.
ÍNDICE:
1. O ACIDENTE DO TRABALHO 04
1.1 CONCEITUAÇÃO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO 05
1.2 A SEGURANÇA DO TRABALHO 06
1.3 CONSEQÜÊNCIAS DO ACIDENTE DE DO TRABALHO 07
1.4 DOENÇA PROFISSIONAL OU DOENÇA DO TRABALHO 08
4. SERVIÇO DE SEGURAÇA 22
4.1 SERVIÇO DE MANUTENÇÃO 23
4.2 SERVIÇO DE SEGURANÇA 23
4.3 SERVIÇO DE MANUTENÇÃO 23
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA 28
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1. O ACIDENTE DO TRABALHO
ACIDENTE DO TRABALHO
2. Um funcionário, ao subir numa escada para retirar mercadorias da prateleira mais alta,
não sabia que a mesma estava com um degrau quebrado. Caiu e torceu o tornozelo.
Um acidente não precisa causar vítimas, como vimos no caso 1. Nem por isso
deixar de ser considerado um acidente, do ponto de vista prevencionista: foi um
acontecimento não planejado que interrompeu o ritmo normal do trabalho, provocando
perda de tempo. Embora não tenha causado lesões físicas a ninguém, devem ser tomadas
determinadas medidas que visem evitar a sua repetição. O caso 2, ao contrário, causou
uma vítima.
Como não é possível saber “quando” os acidentes vão ocorrer e quais serão
suas conseqüências, é preciso prevenir, ou seja, tomar medidas que evitem as
possibilidades de que ocorram, garantindo a segurança e a tranqüilidade do trabalhador.
No exemplo 1, o acidente foi causado por um ato inseguro feito pelo funcionário.
No exemplo 2, foi causado por uma condição insegura existente no ambiente de
trabalho.
Acidente do trabalho será aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço
da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho”.
Lei n.º 6367 de 21/10/76 da Consolidação das Leis da Previdência Social-
CLPS.
A lei ainda determina que deve ser considerado acidente do trabalho, aquele que
ocorrer fora do ambiente da empresa, no seguintes casos:
Auxílio-Doença
Aposentadoria por Invalidez
Pensão por Morte
Auxílio-Acidente
Pecúlio
Assistência - Médica
Reabilitação Profissional
A “Segurança do Trabalho” é tão importante, que é imposta por lei, ou seja, existe
uma lei que obriga as empresas a manterem um departamento encarregado pelas medidas
necessárias à ‘Segurança do Trabalho”.
A aplicação dos recursos ou medidas de segurança possíveis é o Objetivo Máximo
da ‘PREVENÇÃO DE ACIDENTES”. Mesmo com todo cuidado e atenção por parte do
trabalhador e da empresa, os acidentes não vão deixar de acontecer; porém, o número de
acidentes pode em muito ser reduzido. Para isso, as medidas de segurança devem ser
aplicadas de maneira planejada e racional.
Ferimento do empregado
Afastamento do mesmo por 20 dias
Prejuízos financeiros e econômicos para a empresa
Essas conseqüências puderam ser observadas no texto, mas existe mais uma que é
preciso citar: conseqüência psicológica. Um acidente do trabalho estabelece um clima de
insegurança tanto para os familiares do empregado, quanto para os companheiros de
trabalho.
“Marcus trabalhou num ambiente com ruído acima do normal durante sete anos e
sua audição sofreu uma redução de mais de 60%, incapacitando-o para o trabalho, a não
ser com a utilização de aparelho próprio para surdez”.
O ato praticado por Mendonça deve ser considerado INSEGURO porque ele se
expôs ao risco de um acidente. O instrumento de que se utilizou para abrir a calculadora era
inadequado. O que caracteriza o ATO INSEGURO é a ação incorreta praticada pelo
funcionário.
mãos ou outras partes do corpo sejam colocadas em pontos onde possam sofrer
ferimentos. Mas qualquer que seja a condição do equipamento, colocação de parte
do corpo em lugar perigoso é um ato inseguro que deve ser evitado. (Exemplo:
guilhotina de cortar papel, num escritório)
Alguns fatores humanos são responsáveis por acidentes de trabalho. Esses fatores
estão divididos em dois grupos: PROPENSÃO AO ACIDENTE e CAPACIDADE
FÍSICA. Veremos agora a propensão ao acidente.
A aptidão para o trabalho é tão importante para a perfeita execução da tarefa como
para a segurança de quem a executa. A inaptidão, ao contrário, chega a ser um desastre.
O departamento de seleção de pessoal de uma empresa deve selecionar o homem certo para
o lugar certo. Isso quer dizer, selecionar e colocar pessoas que estejam aptas para ocupar a
vaga existente, desempenhando suas funções de modo eficaz e sem colocar em risco a si
próprio e seus companheiros. Esse departamento pode deste modo, colaborar na diminuição
dos acidentes do trabalho.
Estamos aqui visando o aproveitamento seguro, por parte das empresas, pessoas
portadoras de certas deficiências físicas, tais como: surdez, insuficiência visual e
daltonismo.
SURDEZ
INSUFICIÊNCIA VISUAL
Qualquer mal nos órgãos visuais deve merecer toda atenção, a fim de preservar esse
sentido tão valioso para o exercício do trabalho. As insuficiências visuais devem sempre ser
corrigidas com tratamento ou com óculos adequados, tão logo sejam percebidas.
É boa política das empresas manter controle auditivo e visual dos empregados, tanto
para a segurança do trabalho como para a eficiência do serviço.
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DALTONISMO
As deficiências nem sempre são totalmente sanáveis, mas quase sempre, podem ser
atenuadas de modo a livrar seus portadores de ocorrências lamentáveis.
Observe os exemplos:
-Cegatti encarregado pela manutenção da casa de força dos elevadores de uma empresa,
trabalha em ambiente onde os riscos inerentes são muitos. Por isso, trabalha constantemente
protegido por luvas de borracha e consegue garantir-se e evitar acidentes.
-Canônico, vendedor de uma loja de roupas, recebeu violenta descarga elétrica nas mãos, ao
tocar em fios desencapado existentes no interior de um armário embutido. A má
conservação da instalação elétrica caracteriza a condição insegura do local de trabalho.
CONDIÇÕES INSEGURAS:
MÁ ARRUMAÇÃO
A falta de ordem nos locais de trabalho vai contra a segurança, como também
dificulta o bom andamento do serviço em todos os demais aspectos. Peças, caixas, materiais
etc. fora do lugar, atravancando áreas de circulação, obstruindo corredores ou dificultando o
acesso a comandos e maquinarias, caixas de força, registros de água, ar, etc., são condições
que dificultam o bom andamento do trabalho, e também a sua segurança.
ESCASSEZ DE ESPAÇO
As várias partes dos edifícios, tais como paredes, tetos, janelas, pisos, escadas,
plataformas etc., podem constituir-se em condições inseguras. Alguns exemplos são:
paredes que possam ruir totalmente ou em parte; teto com telhas que possam cair ou que
não proteja suficientemente contra o sol ou a chuva; janelas com vidros quebrados ou
inexistentes; pisos escorregadios, com degraus defeituosos, sem corrimão ou patamar;
plataformas sem corrimãos, sem rodapés etc.
Algumas dessas condições podem ser originárias dos projetos e da construção, mas
muitas são criadas pela falta de cuidados na manutenção dos edifícios. Esta é uma das
razões porque se recomenda que, desde o projeto, a segurança do trabalho seja levada a
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sério e em consideração.
Essas distribuições são feitas por meio de uma série de fios que transmitem
eletricidade às tomadas e lâmpadas.
Se a instalação elétrica foi bem feita, esse aquecimento é pequeno e não causa
problemas.
Os fios das instalações elétricas devem ser adequados à corrente elétrica que circula
por eles. Isso é sempre planejado para um número fixo de tomadas e lâmpadas do que o
previsto para que aquele circuito possa suportar, provoca sobrecarga. Muitas vezes a
sobrecarga de um circuito elétrico pode provocar um incêndio.
As pessoas que substituem os fusíveis por moedas, fios de cobre e outros objetos
semelhantes, eliminam a grande defesa do circuito elétrico, pois permitem que, numa
sobrecarga, se aqueça até o ponto de provocar um incêndio.
A corrente elétrica, embora perigosa, não constitui condição insegura, desde que
devidamente controlada pelos meios de segurança já conhecidos. Condições inseguras, no
caso, são condutores sem a devida isolação ou com a isolação deficiente, instalações mal
feitas, defeitos em tomadas, instalações provisórias feitas sem os devidos cuidados etc.
Enfim, são todos os defeitos ou falhas das instalações elétricas que, como se sabe, podem
causar lesões às pessoas e mesmo incêndio das instalações, por curto - circuito ou
aquecimento.
APARELHOS ELÉTRICOS
sempre se aquece.
Choque elétrico;
Curto – circuito.
Você já sabe que existem possibilidades de prevenir acidentes de trabalho, mas para
isso algumas medidas são imprescindíveis e são específicas de segurança.
Eliminando o risco;
Isolando o risco;
Sinalizando o risco.
Eliminar o Risco é torná-lo definitivamente inexistente. Isso nem sempre é possível, mas
alguns exemplos dessa medida podem ser: a substituição de um produto tóxico por um
produto inócuo (não tóxico); a reparação imediata de defeitos no piso e nas escadas, a
correção de falhas em máquinas, instalações, etc...
Isolar o Risco é colocá-lo distante de pessoas ou cercado de tal forma, que o trabalhador
não corra perigo. É alternativa muito aplicada, mas não válida como substitutiva de medida
anterior. É necessário eliminar um risco apenas isolá-lo, embora em alguns casos seja essa a
única medida possível.
Um risco pode ser isolado com a proteção de protetores - grades, correntes cordas,
pilares, corrimãos, chaves, cadeados, portas, etc. Um exemplo dessa medida pode ser o
isolamento das correias de uma máquina industrial, para evitar que peças de roupas dos
trabalhadores possam enroscar em seu mecanismo.
Sinalizar o Risco significa chamar a atenção das pessoas para a existência de um risco,
com a intenção de evitar que aconteçam acidentes. É o recurso que se aplica quando não há
possibilidade de aplicar os anteriores. Não deve ser usada em substituição a um dos dois, a
não ser em caráter precário e temporário, enquanto se tomam as medidas definitivas. Um
exemplo dessa medida pode ser a colocação de cartazes nas paredes de uma escada,
alertando a respeito de eventuais defeitos nos degraus ou nos corrimãos.
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Os aspectos perigosos são relevados por inspeções de segurança e por análises de riscos.
TREINAMENTO DO PESSOAL
O trabalhador é muito bem informado sobre todos os problemas que vai encontrar no
exercício de suas funções, mas nem sempre é informado dos cuidados que deve tomar no
manejo de determinados instrumentos ou dos perigos existentes em determinadas áreas etc.
O empregado deve ser muito bem esclarecido quanto a esses detalhes.
TREINAMENTO INADEQUADO
Os treinamentos não se destinam apenas aos funcionários novos, como medida para
integrá-los às novas funções, mas também aos funcionários antigos, que devem ser
reciclados de tempos em tempos.
O trabalhador não deve esconder do médico seus eventuais problemas de saúde, pois
o médico poderá auxiliar para que lhe seja dado um tipo de serviço compatível com sua
saúde ou adequá-lo ao serviço para o qual foi indicado.
Por exemplo, um indivíduo que sofra de sinusite não deve trabalhar nas câmaras
refrigeradoras de um frigorífico, mas a sinusite é quase sempre curável e o serviço médico
poderá orientar o trabalhador a respeito.
4. SERVIÇO DE SEGURAÇA
O trabalhador movimenta - se numa determinada área, onde executa seus trabalhos.
Essa área é seu ambiente e tanto o trabalhador quanto ambiente devem estar
convenientemente preparados para que os acidentes ocorram cada vez menos e façam cada
vez menos vítimas.
Imaginemos que um operário notou que uma determinada máquina apresenta um defeito e
não comunicou o fato aos responsáveis pela manutenção. O ato desse operário demonstra
que o mesmo não se preocupa com a sua própria segurança e ainda põe em risco outras
pessoas. O Serviço de Segurança, por mais bem equipado que esteja, nada poderá fazer para
evitar um acidente com esse operário, além de esclarecê-lo sobre o risco que corre e a que
expõe os demais.
Já nos referimos aos contatos que o Serviço de Segurança mantém com os demais
setores de uma empresa. Esses contatos cruzados entre administração, segurança serviço
médico e alta supervisão são necessários para:
* Localiza o risco;
* Sinalizá-lo;
* Isolá-lo.
São instrumentos normais de proteção para quem os usa e devem ser usados sempre
que a tarefa exigir.
* maneira de conservá-los
O uso adequado dos EPI’s é o aspecto mais importante das medidas educacionais a
serem tomadas.
AS INVESTIGAÇÕES DE ACIDENTES:
São estudos, pesquisas e inquirições que são levadas a efeito para apurar as causas de
acidentes ocorridos. É uma das atividades mais comuns da CIPA na ausência de serviço
especializado de Segurança.
Um exemplo é esclarecedor:
Devido a um acidente num saguão com piso de mármore, foi efetuada rigorosa investigação
e concluiu- se que o acidente não teria ocorrido se o piso fosse de borracha antiderrapante.
Foi determinada a mudança do piso daquele saguão e demais 4 saguões de piso igual. A
medida recomendada para o local do acidente foi estendida a todos os locais com iguais
características.
AS INSPEÇÕES DE SEGURANÇA:
Têm como finalidade descobrir constara ou comprovar a existência de riscos. São, enfim,
fontes de informação da existência de riscos ou condições que devem ser corrigidas.
“Doravante, para se saber de quantos membros a CIPA deve compor- se, é preciso, em
primeiro lugar, enquadrar o estabelecimento na lista anexa, ( com 4 graus de riscos ); em
seguida, pelo número de empregados, encontra- se a lotação da CIPA nos quadros anexos
das NR 5, NR 29 e NRR 5”.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
BASSETO, Edson Luiz. Apostila: Ergonomia. Cornélio Procópio: Publicação Interna.
CEFET - PR. 2.006.