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COLUNA DE ABSORÇÃO
ALUNA: PROFESSORA:
TURMA:
1. INTRODUÇÃO
Colunas de absorção se baseiam na transferência de um componente solúvel de uma
fase gasosa para um absorvente líquido. Já a esgotamento é um processo inverso, onde um
componente de um líquido é removido pelo contato com a fase gasosa.
A fim de se dimensionar tal tipo de equipamento e calcular sua eficiência de
transferência de massa, faz-se necessário um conhecimento prévio acerca do processo. As
colunas da absorção são constituídas por pratos, que podem ser perfurados, valvulados ou de
campânulas, e apresentam diferentes características operacionais principalmente no que se
refere aos fenômenos de transferência e de borbulhamento entre as fases na sua superfície.
Basicamente, existem dois tipos de absorção: sem reação e com reação química. Está
última é muito usada na remoção de gases ácidos, poluentes, misturas inertes e
hidrocarbonetos em correntes de ar. A reação química aumenta a taxa de absorção e a
eficiência de transferência de massa, pois além de geralmente se planejar a formação de
produtos não voláteis, ocorre o aumento da solubilidade. Além disso, a manipulação dos
parâmetros de processo (temperatura, pressão, vazões de alimentação, entre outros)
influenciam diretamente nas taxas de reação.
2. OBJETIVOS
1. Estudar a capacidade absortiva de uma solução de CO2 em uma solução de NaOH
usando uma coluna de absorção empacotada;
2. Estudar a capacidade de umidificadora de um fluxo de ar em uma coluna de absorção
empacotada utilizando água destilada.
3. METODOLOGIA EXPERIMENTAL
Primeiramente realizou-se um processo de absorção com reação química, passando-se
uma corrente ascendente de 10% em CO2 (10 L/min) e uma corrente descendente de solução
de NaOH 1% (0,2; 0,42 e 0,63 L/min) pela coluna. Mediu-se a fração correspondente de CO2
na saída de cada módulo, utilizando-se um aparelho de Orsat. O mesmo foi feito mas agora
variando a vazão da mistura CO2 e ar (5; 7,5 e 10 L/min).
Em seguida, realizou-se o processo de umidificação do ar (absorção sem reação
química), onde uma corrente de ar entrou pela base da coluna e uma corrente de água entrou
pelo seu topo. A coluna era constituída por 5 módulos recheados com anéis de Raschig.
Mediu-se as temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido em cada módulo para as respectivas
vazões de ar e água.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Absorção com reação química
A primeira etapa do tratamento de dados objetivou obterem-se valores para as frações
molares de CO2 através de um balanço de massa:
𝐿2 ∙ 𝑥𝐴2 + 𝐺1 ∙ 𝑦𝐴1 = 𝐿1 ∙ 𝑥𝐴1 + 𝐺2 ∙ 𝑦𝑨𝟐 Equação 1
Após alguma manipulação, a equação 2 é obtida:
Equação 2
Tabela 2. Frações mássicas de CO2, temperaturas dos estágio e fração molar de CO2 no
equilíbrio para G = 8,3 L/min, L = 0,2 L/min.
Estágio YCO2 Temperatura XCO2 Y*CO2
0 8,50% 23,4 1,0949E-03 1,869464
5 6% 27,4 2,0074E-03 3,42735
Tabela 3. Frações mássicas de CO2, temperaturas dos estágio e fração molar de CO2 no
equilíbrio para G = 5 L/min, L = 0,2 L/min..
Estágio YCO2 Temperatura XCO2 Y*CO2
0 9,50% 24,8 1,3192E-03 2,252366
5 7% 27,8 2,8583E-03 4,880126
Tabela 4. Frações mássicas de CO2, temperatura do estágio e fração molar de CO2 no equilíbrio
para G = 5 L/min, L = 0,42 L/min.
Tabela 5. Frações mássicas de CO2, temperaturas dos estágios e fração molar de CO2 no
equilíbrio para G = 5 L/min, L = 0,2 L/min.
Estágio YCO2 Temperatura XCO2 Y*CO2
0 7,50% 26,1 4,8859E-04 0,083421
5 0,50% 27,8 3,4899E-05 0,005959
Uma vez feito o balanço de massa analisaram-se alguns parâmetros como a altura das
unidades de transferência (HUT), o coeficiente global de transferência(Ky.ai), a taxa global de
transferência(TGm) e o número de unidades de transferência (Noz) afim de se observar o
comportamento da eficiência da coluna frente a variações nas vazões.
Para tanto, utilizaram-se as equações 3, 4, 5, 6 e 7.
(𝑦𝑎,2 − 𝑦𝑎,1 )
𝑁𝑜𝑧 = Equação 3
(𝑦𝑎∗ − 𝑦𝑎 )𝑙𝑛
∗ ∗
(𝑦𝑎,2 − 𝑦𝑎,2 ) − (𝑦𝑎,1 − 𝑦𝑎,1 )
(𝑦𝑎∗ − 𝑦𝑎 )𝑙𝑛 = ∗ Equação 4
𝑦 − 𝑦𝑎,2
ln ( 𝑎,2
∗ )
𝑦𝑎,1 − 𝑦𝑎,1
𝐻
𝐻𝑇𝑈 = Equação 5
𝑁𝑜𝑧
𝐺
𝐾𝑦 . 𝑎𝑖 = Equação 6
𝐻𝑇𝑈 .𝜋 .𝐷 2 /4
Equação 7
𝑇𝐺𝑚 = 𝐺(𝑦𝑎,2 − 𝑦𝑎,1 )
Onde:
H – Altura do recheio da coluna ou da seção em questão;
HTU – Altura de unidades de transferência;
ya,1 – Fração mássica de vapor d’água no ar na entrada da coluna;
ya,2 – Fração mássica de vapor d’água no ar na saída da coluna;
ya,1* – Fração mássica de vapor d’água no equilíbrio na entrada da coluna;
ya,2* – Fração mássica de vapor d’água no equilíbrio na entrada da coluna.
Ky.ai – Coeficiente global de transferência;
G – Vazão mássica da fase gasosa;
D – Diâmetro da coluna;
TGm – Taxa global de transferência.
Calculando estes parâmetros para cada situação, os resultados podem ser encontrados
na Tabela 7 abaixo.
Tabela 7. Parâmetros calculados para a coluna de absorção.
G L HUT Ky.ai TGm
Noz
(L/min) (L/min) (cm) (g/cm3.min) (g/min)
5,0 0.2 0.6637 451,98 0.00000252 0.01060
5,0 0.2 0.0120 2494,74 0.000000756 0.01116
10,0 0.2 0.0091 3310,30 0.000000687 0.013393
5,0 0.42 0.1471 203,911 0.00000558 0.015067
5,0 0.63 20,3834 20,3839 0,007724 0.015625
Para avaliar a influência da vazão de solução básica líquida foram feitos os Gráficos 1 e 2.
3500
3000
y = 3,9686x-4,09
2500
R² = 0,9795
HUT (cm)
2000
1500
1000
500
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
L (L/min)
0,017
0,016
0,015
TGm (g/min)
0,014
y = -0,0351x2 + 0,0395x + 0,0047
0,013
R² = 1
0,012
0,011
0,01
0,15 0,25 0,35 0,45 0,55 0,65
L (L/min)
Observa-se no gráfico 1, que a medida que a vazão do líquido aumenta, as alturas das
unidades de transferência diminuem. No entanto, isso não é ruim, pois usualmente define-se a
Altura de uma Unidade de Transferência (AUT) ou (HTU) como uma medida do grau de
absorção, com certo tipo de recheio, entre espécies químicas que estão sendo processadas.
Quando a transferência de massa entre as fases é elevada e a área de transferência é grande é
que se tem uma baixa altura de unidade de transferência (HTU). Este fato pode ser explicado
pois a disponibilidade de NaOH neste caso aumenta e fazendo com que mais CO2 seja
consumido, de forma que para que se tenha a mesma eficiência a HUT diminui. O inverso
ocorre no gráfico 2, provavelmente por algum erro na leitura do equipamento.
Já no Gráfico 2, com o aumento da vazão de NaOH, no decorrer da coluna, existe uma
maior concentração de base para cada estágio, assim, existe uma maior força motriz de modo
que TGm aumenta com o aumento da vazão de líquido.
Para avaliar a influência da vazão gás com CO2 foram feitos os Gráficos 3 e 4.
0,017
0,016
0,015
HUT (cm
0,014
)
0,011
0,01
0,15 0,25 0,35 0,45 0,55 0,65
L (L/min)
Gráfico 3. Altura da unidade de transferência versus vazão de Gás, mantendo-se L = 0,2 L/min.
0,014
0,0135
0,013
TGm (g/min)
0,0125
y = 0,0004x + 0,0089
R² = 1
0,012
0,0115
0,011
4 5 6 7 8 9 10 11
L (L/min)
Gráfico 4. Taxa global de transferência versus vazão de gás mantendo-se a vazão do liquido
constante.
O Gráfico 3 mostra que o HTU aumenta à medida que a vazão de gás aumenta.
Provavelmente porque com o aumento de vazão de gás, a quantidade necessária a ser
absorvida é maior. Assim, para obter-se a mesma eficiência HUT maiores se fazem
necessárias. No entanto, ao contrário do que se esperava, ouve um aumento na Taxa Global de
Transferência de Massa.
4.2. Umidificação
Os dados da Tabela 7 foram obtidos:
V (ar) TBS
Módulo TBU(°C)
mL/min (°C)
0 705,9 26,3 17,1
1 705,9 26,4 25,4
2 705,9 26,5 25,9
3 705,9 26,5 26,1
4 705,9 26,6 26,3
5 705,9 26,5 26,2
6834.27
𝛼 = exp {60.43 − − 5.17 ln(𝑇𝑏𝑢 + 273.15)} − 0.2(𝑇𝑏𝑠 − 𝑇𝑏𝑢 )(𝑇𝑏𝑠 + 273.15)
𝑇𝑏𝑢 + 273.15
Equação 8
𝛼
𝑈𝐴 = 0,622 ( ) Equação 9
𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝛼
𝑈𝐴 . 𝑃𝑎𝑡𝑚 . 100
𝑈𝑅 =
6834,27
(0,622 + 𝑈𝐴). exp{60,43 − { − 5,17. 𝐿𝑛(𝑇𝑏𝑠 + 273,15)}
𝑇𝑏𝑠 + 273,15
Equação 10
Onde:
UA – Umidade absoluta do ar [gramas de água / gramas de ar seco];
Patm – Pressão atmosférica local [Pascal];
Tbs – Temperatura de bulbo seco do ar [°C];
Tbu – Temperatura de bulbo úmido do ar [°C];
UR – Umidade relativa do ar (%).
0 40,74251 0,021089
1380,625 0,008592
1 3153,060 0,019977 92,5007 0,021597
2 3273,612 0,020767 95,47347 0,021751
3 3324,940 0,021103 96,97043 0,021762
4 3370,675 0,021403 97,72758 0,021901
5 3350,756 0,021273 97,72334 0,021768
0,025
Umidade Absoluta (g de água/g
0,02
0,015
de ar)
0,01
0,005
0
0 1 2 3 4 5 6
Estágio
80
60
40
20
0
0 1 2 3 4 5 6
Estágio
v
Gráfico 6. Umidade relativa do ar versus módulo.
A medida que o gás avança nos estágios da coluna, sua umidade aumenta. Também é
possível observar que entre o segundo e terceiros estágios, a umidade relativa atinge valor
próximo de 100% e os estágios seguintes não têm grande influência na umidade do gás, ou
seja, não são necessários para atingir o valor máximo de umidade possível.
Os números indicam que apesar da ausência de reação química, o processo tem boa
eficiência, pois apresenta baixos valores de HUT e um auto Coefitiete de Tranferencia de
Massa.
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS