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CAPÍTULO I como na rural, por pessoa com deficiência ou com

mobilidade reduzida;
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
III – “barreiras” significa qualquer entrave,
Art. 1º Esta Resolução orienta a adequação das
obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou
atividades dos órgãos do Poder Judiciário e de seus
impeça a participação social da pessoa, bem como
serviços auxiliares em relação às determinações
o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à
exaradas pela Convenção Internacional sobre os
acessibilidade, à liberdade de movimento e de
Direitos das Pessoas com Deficiência e seu
expressão, à comunicação, ao acesso à
Protocolo Facultativo (promulgada por meio do
informação, à compreensão, à circulação com
Decreto nº 6.949/2009) e pela Lei Brasileira de
segurança, entre outros, classificadas em:
Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº
13.146/2015). a) “barreiras urbanísticas”: as existentes nas
vias e nos espaços públicos e privados
Parágrafo único. Para tanto, entre outras medidas,
abertos ao público ou de uso coletivo;
convola-se, em resolução, a Recomendação CNJ
27, de 16/12/2009, bem como institui-se as b) “barreiras arquitetônicas”: as existentes
Comissões Permanentes de Acessibilidade e nos edifícios públicos e privados;
Inclusão.
c) “barreiras nos transportes”: as existentes
Art. 2º Para fins de aplicação desta Resolução, nos sistemas e meios de transportes;
consideram-se:
d) “barreiras nas comunicações e na
I – “discriminação por motivo de deficiência” informação”: qualquer entrave, obstáculo,
significa qualquer diferenciação, exclusão ou atitude ou comportamento que dificulte ou
restrição, por ação ou omissão, baseada em impossibilite a expressão ou o recebimento
deficiência, com o propósito ou efeito de impedir ou de mensagens e de informações por
impossibilitar o reconhecimento, o desfrute ou o intermédio de sistemas de comunicação e
exercício, em igualdade de oportunidades com as de tecnologia da informação;
demais pessoas, de direitos humanos e liberdades
e) “barreiras atitudinais”: atitudes ou
fundamentais nos âmbitos político, econômico,
comportamentos que impeçam ou
social, cultural, civil ou qualquer outro, incluindo a
prejudiquem a participação social da
recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento
pessoa com deficiência em igualdade de
de tecnologias assistivas;
condições e oportunidades com as demais
II – “acessibilidade” significa possibilidade e pessoas; e
condição de alcance para utilização, com
f) “barreiras tecnológicas”: as que dificultam
segurança e autonomia, de espaços, mobiliários,
ou impedem o acesso da pessoa com
equipamentos urbanos, edificações, transportes,
deficiência às tecnologias.
informação e comunicação, inclusive seus sistemas
e tecnologias, bem como de outros serviços e IV – “adaptação razoável” significa as modificações
instalações abertos ao público, de uso público ou e os ajustes necessários e adequados que não
privados de uso coletivo, tanto na zona urbana acarretem ônus desproporcional ou indevido,
quando requeridos em cada caso, a fim de
assegurar que as pessoas com deficiência possam IX – “acompanhante” significa aquele que
gozar ou exercer, em igualdade de oportunidades acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou
com as demais pessoas, todos os direitos humanos não desempenhar as funções de atendente
e liberdades fundamentais; pessoal.

V – “desenho universal” significa a concepção de CAPÍTULO II


produtos, ambientes, programas e serviços a serem
DAS DISPOSIÇÕES RELACIONADAS A TODAS
usados, na maior medida possível, por todas as
AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
pessoas, sem necessidade de adaptação ou
projeto específico. O “desenho universal” não Seção I
excluirá as ajudas técnicas para grupos específicos
Da Igualdade e suas Implicações
de pessoas com deficiência, quando necessárias;
Subseção I
VI – “tecnologia assistiva” (ou “ajuda técnica”)
significa produtos, equipamentos, dispositivos, Da Igualdade e da Inclusão

recursos, metodologias, estratégias, práticas e Art. 3º A fim de promover a igualdade, adotar-se-


serviços que objetivem promover a funcionalidade, ão, com urgência, medidas apropriadas para
relacionada à atividade e à participação da pessoa eliminar e prevenir quaisquer barreiras
com deficiência ou com mobilidade reduzida, urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, nas
visando à sua autonomia, independência, comunicações e na informação, atitudinais ou
qualidade de vida e inclusão social; tecnológicas, devendo-se garantir às pessoas com

VII – “comunicação” significa forma de interação deficiência – servidores, serventuários

dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as extrajudiciais, terceirizados ou não – quantas

línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais adaptações razoáveis ou mesmo tecnologias

(Libras), a visualização de textos, o Braille, o assistivas sejam necessárias para assegurar

sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os acessibilidade plena, coibindo qualquer forma de

caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, discriminação por motivo de deficiência.

assim como a linguagem simples, escrita e oral, os Subseção II


sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados
Da Acessibilidade com Segurança e Autonomia
e os modos, meios e formatos aumentativos e
alternativos de comunicação, incluindo as Art. 4º Para promover a acessibilidade dos
tecnologias da informação e das comunicações; usuários do Poder Judiciário e dos seus serviços
auxiliares que tenham deficiência, a qual não ocorre
VIII – “atendente pessoal” significa pessoa, membro
sem segurança ou sem autonomia, dever-se-á,
ou não da família, que, com ou sem remuneração,
entre outras atividades, promover:
assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à
pessoa com deficiência no exercício de suas I – atendimento ao público – pessoal, por telefone
atividades diárias, excluídas as técnicas ou os ou por qualquer meio eletrônico – que seja
procedimentos identificados com profissões adequado a esses usuários, inclusive aceitando e
legalmente estabelecidas; e facilitando, em trâmites oficiais, o uso de línguas de
sinais, braille, comunicação aumentativa e
alternativa, e de todos os demais meios, modos e
formatos acessíveis de comunicação, à escolha § 6º Para atender aos usuários externos que
das pessoas com deficiência; tenham deficiência, dever-se-á reservar, nas áreas
de estacionamento abertas ao publico, vagas
II – adaptações arquitetônicas que permitam a livre
próximas aos acessos de circulação de pedestres,
e autonomia movimentação desses usuários, tais
devidamente sinalizadas, para veículos que
como rampas, elevadores e vagas de
transportem pessoas com deficiência e com
estacionamento próximas aos locais de
comprometimento de mobilidade, desde que
atendimento; e
devidamente identificados, em percentual
III – acesso facilitado para a circulação de equivalente a 2% (dois por cento) do total,
transporte publico nos locais mais próximos garantida, no mínimo, 1 (uma) vaga.
possíveis aos postos de atendimento.
§ 7º Mesmo se todas as vagas disponíveis
§ 1º A fim de garantir a atuação da pessoa com estiverem ocupadas, a Administração deverá agir
deficiência em todo o processo judicial, o poder com o máximo de empenho para, na medida do
publico deve capacitar os membros, os servidores possível , facilitar o acesso do usuário com
e terceirizados que atuam no Poder Judiciário deficiência as suas dependências, ainda que, para
quanto aos direitos da pessoa com deficiência. tanto, seja necessário dar acesso a vaga destinada
ao publico interno do órgão.
§ 2º Cada órgão do Poder Judiciário deverà dispor
de, pelo menos, cinco por cento de servidores, Art. 5º É proibido ao Poder Judiciário e seus
funcionários e terceirizados capacitados para o uso serviços auxiliares impor ao usuário com deficiência
e interpretação da Libras. custo anormal, direto ou indireto, para o amplo
acesso a serviço publico oferecido.
§ 3º As edificações públicas já existentes devem
garantir acessibilidade à pessoa com deficiência Art. 6º Todos os procedimentos licitatórios do
em todas as suas dependências e serviços, tendo Poder Judiciário deverão se ater para produtos
como referência as normas de acessibilidade acessíveis as pessoas com deficiência, sejam
vigentes. servidores ou não.

§ 4º A construção, a reforma, a ampliação ou a § 1º O desenho universal será sempre tomado


mudança de uso de edificações deverão ser como regra de caráter geral.
executadas de modo a serem acessíveis.
§ 2º Nas hipóteses em que comprovadamente o
§ 5º A formulação, a implementação e a desenho universal não possa ser empreendido,
manutenção das ações de acessibilidade deve ser adotada adaptação razoável.
atenderão as seguintes premissas básicas:
Art. 7º Os órgãos do Poder Judiciário deverão, com
I – eleição de prioridades, elaboração de urgência, proporcionar aos seus usuários processo
cronograma e reserva de recursos para eletrônico adequado e acessível a todos os tipos de
implementação das ações; e deficiência, inclusive as pessoas que tenham
deficiência visual, auditiva ou da fala.
II – planejamento continuo e articulado entre os
setores envolvidos. § 1º Devem ser oferecidos todos os recursos de
tecnologia assistiva disponíveis para que a pessoa
com deficiência tenha garantido o acesso à justiça, Inclusão, com caráter multidisciplinar, com
sempre que figure em um dos polos da açào ou participação de magistrados e servidores, com e
atue como testemunha, participe da lide posta em sem deficiência, objetivando que essas Comissões
juízo, advogado, defensor publico, magistrado ou fiscalizem, planejem, elaborem e acompanhem os
membro do Ministério Publico. projetos arquitetônicos de acessibilidade e projetos
“pedagógicos” de treinamento e capacitação dos
§ 2º A pessoa com deficiência tem garantido o
profissionais e funcionários que trabalhem com as
acesso ao conteúdo de todos os atos processuais
pessoas com deficiência, com fixação de metas
de seu interesse, inclusive no exercício da
anuais, direcionados á promoção da acessibilidade
advocacia.
para pessoas com deficiência, tais quais as
Art. 8º Os serviços notariais e de registro não descritas a seguir:
podem negar ou criar óbices ou condições
I – construção e/ou reforma para garantir
diferenciadas à prestação de seus serviços em
acessibilidade para pessoas com termos da
razão de deficiência do solicitante, devendo
normativa técnica em vigor (ABNT 9050), inclusive
reconhecer sua capacidade legal plena, garantida a
construção de rampas, adequação de sanitários,
acessibilidade.
instalação de elevadores, reserva de vagas em
Parágrafo único. O descumprimento do disposto estacionamento, instalação de piso tátil direcional e
no caput deste artigo constitui discriminação em de alerta, sinalização sonora para pessoas com
razão de deficiência. deficiência visual, bem como sinalizações visuais
accessíveis a pessoas com deficiência auditiva,
Art. 9º Os Tribunais relacionados nos incisos II a VII
pessoas com baixa visão e pessoas com
do art. 92 da Constituição Federal de 1988 e os
deficiência intelectual, adaptação de mobiliários
serviços auxiliares do Poder Judiciário devem
(incluindo púlpitos), portas e corredores em todas
adotar medidas para a remoção de barreiras
as dependências e em toda a extensão (Tribunais,
físicas, tecnológicas, arquitetônicas, de
Fóruns, Juizados Especiais etc.);
comunicação e atitudinais para promover o amplo e
irrestrito acesso de pessoas com deficiência às II – locação de imóveis, aquisição ou construções
suas respectivas carreiras e dependências e o novas somente deverão ser feitas se com
efetivo gozo dos serviços que prestam, acessibilidade;
promovendo a conscientização de servidores e
III – permissão de entrada e permanência de cães-
jurisdicionados sobre a importância da
guias em todas as dependências dos edifícios e sua
acessibilidade para garantir o pleno exercício de
extensão;
direitos.
IV – habilitação de servidores em cursos oficiais de
Subseção III
Linguagem Brasileira de Sinais, custeados pela
Das Comissões Permanentes de Administração, formados por professores oriundos
Acessibilidade e Inclusão de instituições oficialmente reconhecidas no ensino
de Linguagem Brasileira de Sinais para ministrar os
Art. 10 Serão instituídas por cada Tribunal, no
cursos internos, a fim de assegurar que as
prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias,
secretarias e cartórios das Varas e Tribunais
Comissões Permanentes de Acessibilidade e
disponibilizem pessoal capacitado a atender
surdos, prestando-lhes informações em Linguagem cargos para pessoas com deficiência, inclusive nos
Brasileira de Sinais; que tratam do ingresso na magistratura (CF, art. 37,
VIII);
V – nomeação de tradutor e interprete de
Linguagem Brasileira de Sinais, sempre que figurar XI – anotação na capa dos autos da prioridade
no processo pessoa com deficiência auditiva, concedida à tramitação de processos
escolhido dentre aqueles devidamente habilitados administrativos cuja parte seja uma pessoa com
e aprovados em curso oficial de tradução e deficiência e de processos judiciais se tiver idade
interpretação de Linguagem Brasileira de Sinais ou igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora
detentores do certificado de proficiência em de doença grave, nos termos da Lei n. 12.008, de
Linguagem Brasileira de Sinais – PROLIBRAS, nos 06 de agosto de 2009;
termos do art. 19 do Decreto 5.626/2005, o qual
XII – realização de oficinas de conscientização de
deverà prestar compromisso e, em qualquer
servidores e magistrados sobre os direitos das
hipótese, serà custeado pela Administração dos
pessoas com deficiência;
órgãos do Judiciário;
XIII – utilização de interprete de Linguagem
VI – sendo a pessoa com deficiência auditiva
Brasileira de Sinais, legenda, áudio descrição e
participe do processo moralizado e se assim o
comunicação em linguagem acessível em todas as
preferir, o Juiz deverà com ela se comunicar por
manifestações públicas, dentre elas propagandas,
anotações escritas ou por meios eletrônicos, o que
pronunciamentos oficiais, vídeos educativos,
inclui a legenda em tempo real, bem como adotar
eventos e reuniões;
medidas que viabilizem a leitura labial;
XIV – disponibilização de equipamentos de
VII – nomeação ou permissão de utilização de guia
autoatendimento para consulta processual
interprete, sempre que figurar no processo pessoa
accessíveis, com sistema de voz ou de leitura de
com deficiência auditiva e visual, o qual deverà
tela para pessoas com deficiência visual, bem
prestar compromisso e, em qualquer hipótese, será
como, com altura compatível para usuários de
custeado pela Administração dos órgãos do
cadeira de rodas.
Judiciário;
Art. 11 Os órgãos do Poder Judiciário relacionados
VIII – registro da audiência, caso o Juiz entenda
nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição
necessário, por filmagem de todos os atos nela
Federal de 1988 devem criar unidades
praticados, sempre que presente pessoa com
administrativas específicas, diretamente vinculadas
deficiência auditiva;
à Presidência de cada órgão, responsáveis pela
IX – aquisição de impressora em Braille, produção implementação das ações da respectiva Comissão
e manutenção do material de comunicação Permanente de Acessibilidade e Inclusão.
acessível, especialmente o website, que deverà ser
Art. 12 É indispensável parecer da Comissão
compatível com a maioria dos softwares livres e
Permanente de Acessibilidade e Inclusão em
gratuitos de leitura de tela das pessoas com
questões relacionadas aos direitos das pessoas
deficiência visual;
com deficiência e nos demais assuntos conexos à
X – inclusão, em todos os editais de concursos acessibilidade e inclusão no âmbito dos Tribunais.
públicos, da previsão constitucional de reserva de
Art. 13 Os prazos e as eventuais despesas V – tramitação processual e procedimentos judiciais
decorrentes da implementação desta Resolução e administrativos em que for parte ou interessada,
serão definidos pelos tribunais, ouvida a respectiva em todos os atos e diligencias.
Comissão Permanente de Acessibilidade e o órgão
Parágrafo único. Os direitos previstos neste artigo
interno responsável pela elaboração do
são extensivos ao acompanhante da pessoa com
Planejamento Estratégico, com vistas à sua efetiva
deficiência ou ao seu atendente pessoal, exceto
implementação.
quanto ao disposto no inciso V deste artigo.
Seção II
CAPÍTULO III
Da não Discriminação
DAS DISPOSIÇÕES RELACIONADAS AOS
Art. 14 É proibida qualquer forma de discriminação SERVIDORES COM DEFICIÊNCIA
por motivo de deficiência, devendo-se garantir as
Seção I
pessoas com deficiência – servidores,
serventuários extrajudiciais, terceirizados ou não – Da Aplicabilidade dos Capítulos Anteriores
igual e efetiva proteção legal contra a discriminação
Art. 17 Aplicam-se aos servidores, aos
por qualquer motivo.
serventuários extrajudiciais e aos terceirizados com
Seção III deficiência, no que couber, todas as disposições
previstas nos Capítulos anteriores desta
Da Proteção da Integridade Física e Psíquica
Resolução.
Art. 15 Toda pessoa com deficiência – servidor,
Seção II
serventuário extrajudicial, terceirizado ou não – tem
o direito a que sua integridade física e mental seja Da Avaliação
respeitada, em igualdade de condições com as
Art. 18 A avaliação da deficiência, quando
demais pessoas.
necessária, será biopsicossocial, realizada por
Art. 16 A pessoa com deficiência tem direito a equipe multiprofissional e interdisciplinar e
receber atendimento prioritário, sobretudo com a considerará:
finalidade de:
I – os impedimentos nas funções e nas estruturas
I – proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; do corpo;

II – atendimento em todos os serviços de II – os fatores socioambientais, psicológicos e


atendimento ao publico; pessoais;

III – disponibilização de recursos, tanto humanos III – a limitação no desempenho de atividades; e


quanto tecnológicos, que garantam atendimento
IV – a restrição de participação.
em igualdade de condições com as demais
pessoas; Seção III

IV – acesso a informações e disponibilização de Da Inclusão de Pessoa com Deficiência no

recursos de comunicação accessíveis; Serviço Público


Art. 19 Os editais de concursos públicos para Parágrafo único. A colocação competitiva da
ingresso nos quadros do Poder Judiciário e de seus pessoa com deficiência pode ocorrer por meio de
serviços auxiliares deverão prever, nos objetos de trabalho com apoio, observadas as seguintes
avaliação, disciplina que abarque os direitos das diretrizes:
pessoas com deficiência.
I – prioridade no atendimento à pessoa com
Art. 20 Imediatamente após a posse de servidor, deficiência com maior dificuldade de inserção no
serventuários extrajudicial ou contratação de campo de trabalho;
terceirizado com deficiência, dever-se-á informar a
II – provisão de suportes individualizados que
ele de forma detalhada sobre seus direitos e sobre
atendam a necessidades específicas da pessoa
a existência desta Resolução.
com deficiência, inclusive a disponibilização de
Art. 21 Cada órgão do Poder Judiciário deverá recursos de tecnologia assistiva, de agente
manter um cadastro dos servidores, serventuários facilitador e de apoio no ambiente de trabalho;
extrajudiciais e terceirizados com deficiência que
III – respeito ao perfil vocacional e ao interesse da
trabalham no seu quadro.
pessoa com deficiência apoiada;
§ 1º Esse cadastro deve especificar as deficiências
IV – oferta de aconselhamento e de apoio aos
e as necessidades particulares de cada servidor,
empregadores, com vistas à definição de
terceirizado ou serventuários extrajudicial.
estratégias de inclusão e de superação de
§ 2º A atualização do cadastro deve ser barreiras, inclusive atitudinais;
permanente, devendo ocorrer uma revisão
V – realização de avaliações periódicas;
detalhada uma vez por ano.§ 3º Na revisão anual,
cada um dos servidores, serventuários VI – articulação Inter setorial das politicas públicas;
extrajudiciais ou terceirizado com deficiência e
deverà ser pessoalmente questionado sobre a
VII – possibilidade de participação de organizações
existência de possíveis sugestões ou adaptações
da sociedade civil.
referentes à sua plena inclusão no ambiente de
trabalho. Art. 23 A pessoa com deficiência tem direito ao
trabalho de sua livre escolha e aceitação, em
§ 4º Para cada sugestão dada, deverão haver uma
ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de
resposta formal do Poder Judiciário em prazo
oportunidades com as demais pessoas.
razoável.
§ 1º Os órgão do Poder Judiciário são obrigados a
Art. 22 Constitui modo de inclusão da pessoa com
garantir ambientes de trabalho acessíveis e
deficiência no trabalho a colocação competitiva, em
inclusivos.
igualdade de oportunidades com as demais
pessoas, nos termos da legislação trabalhista e § 2º A pessoa com deficiência tem direito, em

previdenciária, na qual devem ser atendidas as igualdade de oportunidades com as demais

regras de acessibilidade, o fornecimento de pessoas, a condições justas e favoráveis de

recursos de tecnologia assistiva e a adaptação trabalho, incluindo igual remuneração por trabalho

razoável no ambiente de trabalho. de igual valor.


§ 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com Art. 26 Se o órgão possibilitar aos seus servidores
deficiência e qualquer discriminação em razão de a realização de trabalho por meio do sistema “home
sua condição, inclusive nas etapas de office”, dever-se-á dar prioridade aos servidores
recrutamento, seleção, contratação, admissão, com mobilidade comprometida que manifestem
exames admissional e periódico, permanência no interesse na utilização desse sistema.
emprego, ascensão profissional e reabilitação
§ 1º A Administração não poderá obrigar o servidor
profissional, bem como exigência de aptidão plena.
com mobilidade comprometida a utilizar o sistema
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito à “home office”, mesmo diante da existência de
participação e ao acesso a cursos, treinamentos, muitos custos para a promoção da acessibilidade
educação continuada, planos de carreira, do servidor em seu local de trabalho.
promoções, bonificações e incentivos profissionais
§ 2º Os custos inerentes à adaptação do servidor
oferecidos pelo empregador, em igualdade de
com deficiência ao sistema “home office” deverão
oportunidades com os demais empregados.
ser suportados exclusivamente pela Administração.
§ 5º É garantida aos trabalhadores com deficiência
Art. 27 Ao servidor ou terceirizado com deficiência
acessibilidade em cursos de formação e de
e garantida adaptação ergonômica da sua estação
capacitação.
de trabalho.
Art. 24 É garantido à pessoa com deficiência
Art. 28 Se houver serviço de saúde no órgão, aos
acesso a produtos, recursos, estratégias, práticas,
servidores com deficiência será garantido
processos, métodos e serviços de tecnologia
atendimento compatível com as suas deficiências.
assistiva que maximizem sua autonomia,
mobilidade pessoal e qualidade de vida. Seção IV

Art. 25 Se houver qualquer tipo de estacionamento Do Horário Especial


interno, será garantido ao servidor com deficiência
Art. 29 A concessão de horário especial conforme
que possua comprometimento de mobilidade vaga
o art. 98, § 2º, da Lei 8.112/1990 a servidor com
no local mais próximo ao seu local de trabalho.
deficiência não justifica qualquer atitude
§ 1º O percentual aplicável aos estacionamentos discriminatória.
externos a que se referem o art. 4º, § 6º, desta
§ 1º Admitindo-se a possiblidade de acumulação de
Resolução e o art. 47 da Lei 13.146/2015 não e
banco de horas pelos demais servidores do órgão,
aplicável ao estacionamento interno do órgão,
Também deverà ser admitida a mesma
devendo-se garantir vaga no estacionamento
possibilidade em relação ao servidor com horário
interno a cada servidor com mobilidade
especial, mas de modo proporcional.
comprometida.
§ 2º Ao servidor a quem se tenha concedido horário
§ 2º O caminho existente entre a vaga do
especial não poderá ser negado ou dificultado,
estacionamento interno e o local de trabalho do
colocando-o em situação de desigualdade com os
servidor com mobilidade comprometida não deve
demais servidores, o exercício de função de
conter qualquer tipo de barreira que impossibilite ou
confiança ou de cargo em comissão.
mesmo dificulte o seu acesso.
§ 3º O servidor com horário especial não será possibilidade em relação ao servidor com horário
obrigado a realizar, conforme o interesse da especial, em igualdade de condições com os
Administração, horas extras, se essa extensão da demais.
sua jornada de trabalho puder ocasionar qualquer
§ 2º Ao servidor a quem se tenha concedido horário
dano à sua saúde.
especial não poderá ser negado ou dificultado,
§ 4º Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a colocando-o em situação de desigualdade com os
diminuição da jornada de trabalho dos seus demais servidores, o exercício de função de
servidores, ainda que por curto período, esse confiança ou de cargo em comissão.
mesmo benefício deverá ser aproveitado de forma
§ 3º O servidor com horário especial não será
proporcional pelo servidor a quem tenha sido
obrigado a realizar, conforme o interesse da
concedido horário especial.
Administração, horas extras, se essa extensão da
CAPÍTULO IV sua jornada de trabalho puder ocasionar qualquer
dano relacionado ao seu cônjuge, filho ou
DAS DISPOSIÇÕES RELACIONADAS AOS
dependente com deficiência.
SERVIDORES QUE TENHAM CÔNJUGE, FILHO
OU DEPENDENTE COM DEFICIÊNCIA § 4º Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a
diminuição da jornada de trabalho dos seus
Seção I
servidores, ainda que por curto período, esse
Da Facilitação dos Cuidados mesmo beneficio deverá ser aproveitado pelo
servidor a quem tenha sido concedido horário
Art. 30 Se o órgão possibilitar aos seus servidores
especial.
a realização de trabalho por meio do sistema “home
office”, dever-se-á dar prioridade aos servidores CAPÍTULO V
que tenham cônjuge, filho ou dependente com
DISPOSIÇÕES FINAIS
deficiência e que manifestem interesse na
utilização desse sistema. Art. 33 Incorre em pena de advertência o servidor,
terceirizado ou o serventuário extrajudicial que:
Art. 31 Se houver serviço de saúde no órgão, ao
cônjuge, filho ou dependente com deficiência de I – conquanto possua atribuições relacionadas a
servidor será garantido atendimento compatível possível eliminação e prevenção de quaisquer
com as suas deficiências. barreiras urbanísticas, arquitetônicas, nos
transportes, nas comunicações e na informação,
Seção II
atitudinais ou tecnológicas, não se empenhe, com
Do Horário Especial a máxima celeridade possível , para a supressão e
prevenção dessas barreiras;
Art. 32 A concessão de horário especial conforme
o art. 98, § 3º, da Lei 8.112/1990 a servidor que II – embora possua atribuições relacionadas à
tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência promoção de adaptações razoáveis ou ao
não justifica qualquer atitude discriminatória. oferecimento de tecnologias assistivas necessárias
à acessibilidade de pessoa com deficiência –
§ 1º Admitindo-se a possiblidade de acumulação de
servidor, serventuário extrajudicial ou não –, não se
banco de horas pelos demais servidores do órgão,
também deverà ser admitida a mesma
empenhe, com a máxima celeridade possível , para
estabelecer a condição de acessibilidade;

III – no exercício das suas atribuições, tenha


qualquer outra espécie de atitude discriminatória
por motivo de deficiência ou descumpra qualquer
dos termos desta Resolução.

§ 1º Também incorrerà em pena de advertência o


servidor ou o serventuário extrajudicial que, tendo
conhecimento do descumprimento de um dos
incisos do caput deste artigo, deixar de comunicá-
lo-á autoridade competente, para que esta promova
a apuração do fato.

§ 2º O fato de a conduta ter ocorrido em face de


usuário ou contra servidor do mesmo quadro,
terceirizado ou serventuário extrajudicial e
indiferente para fins de aplicação da advertência.

§ 3º Em razão da prioridade na tramitação dos


processos administrativos destinados à inclusão e
à não discriminação de pessoa com deficiência, a
grande quantidade de processos a serem
concluídos não justifica o afastamento de
advertência pelo descumprimento dos deveres
descritos neste artigo.

§ 4º As práticas anteriores da Administração


Pública não justificam o afastamento de
advertência pelo descumprimento dos deveres
descritos neste artigo.

Art. 34 Esta Resolução entra em vigor na data da


sua publicação.
Ministro Ricardo Lewandowski
Este texto não substitui o publicado no D.J.E.-CNJ
de 23.06.2016.

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