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Esta apostila foi elaborada pelo Professor José Tomáz Pereira Registro nº
12.400-1 – Mestre em Ciências Contábeis pela UFRJ.
2º semestre 2017
SUMÁRIO
PARTE I......................................................................................................................... 4
1-NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE................................................................4
1.1 Conceito de Contabilidade....................................................................................4
Contabilidade
1.2 Objetivo da Contabilidade.....................................................................................4
Contabilidade
1.3 Finalidades da Contabilidade...............................................................................4
Contabilidade
1.4 Técnicas Contábeis...............................................................................................5
Contábeis
1.5 Campo de atuação da Contabilidade...................................................................6
Contabilidade
1.6 Interessados nas Informações Contábeis...........................................................6
Contábeis
2. PATRIMÔNIO.............................................................................................................8
2.1 Conceito.................................................................................................................
Conceito 8
2.2 Componentes.........................................................................................................8
Componentes
2.3 Aspectos Patrimoniais...........................................................................................9
Patrimoniais
2.3.1 Aspecto Jurídico.................................................................................................9
Jurídico
2.3.2 Aspecto Econômico...........................................................................................9
Econômico
2.3.3 Aspecto Financeiro..........................................................................................10
Financeiro
2.3.4 Aspecto Específico...........................................................................................10
Específico
2.3.5 Aspecto Contábil..............................................................................................10
Contábil
2.4 Ativo, Passivo e Situação Líquida.....................................................................12
Líquida
2.5.Atos e Fatos Contábeis.......................................................................................14
Contábeis
2.5.1-Fatos
2.5.1-Fatos Permutativos ou compensativos..............................................................14
compensativos
2.5.2-Fatos Modificativos..........................................................................................15
Modificativos
2.5.3-Fatos Mistos ou Compostos............................................................................15
Compostos
3. CAPITAL.................................................................................................................. 20
3.1 Conceito...............................................................................................................
Conceito 20
3.1.1 Capital Nominal ou Legalizado.......................................................................20
Legalizado
3.1.2 Capital Próprio ou Líquido..............................................................................20
Líquido
3.1.3 Capital de Terceiros.........................................................................................20
Terceiros
3.1.4 Capital a Disposição da Empresa...................................................................20
Empresa
3.1.4.1 Capital Autorizado.........................................................................................21
3.1.4.2 Capital Subscrito...........................................................................................21
3.1.4.3 Capital a Integralizar.....................................................................................21
3.1.4.4 Capital Realizado..........................................................................................21
4. CONTAS.................................................................................................................. 22
4.1 Conceito de conta...............................................................................................22
conta
4.2 Teoria das Contas...............................................................................................22
Contas
4.2.1 Teoria Personalística.......................................................................................22
Personalística
4.2.2 Teoria Materialística.........................................................................................23
Materialística
4.2.3 Teoria Patrimonial............................................................................................24
Patrimonial
4.3 Débito, Crédito e Saldo.......................................................................................24
Saldo
4.3.1 Débito................................................................................................................
Débito 25
4.3.2 Créditos.............................................................................................................
Créditos 26
4.3.3 Saldo...............................................................................................................
Saldo 27
4.4 Plano de Contas.............................................................................................28
Contas
5. ESCRITURAÇÃO....................................................................................................33
5.1 Métodos de escrituração.....................................................................................33
escrituração
5.2 Processo de escrituração...................................................................................34
escrituração
5.3 Lançamento ou Partida Contábil........................................................................34
Contábil
5.4 Funções do Lançamento Contábil.....................................................................34
Contábil
5.5 Elementos essenciais do lançamento................................................................35
lançamento
5.6 Fórmulas de lançamento.....................................................................................35
lançamento
5.7 Livros Contábeis..................................................................................................41
Contábeis
3
PARTE II...................................................................................................................... 88
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.....................................................88
1 - NOÇÕES PRELIMINARES....................................................................................88
1.1 - ECONÕMICO:.....................................................................................................88
1.2 - FINANCEIRO:.....................................................................................................88
2. Aspectos da análise:.............................................................................................89
3. ETAPAS DA ANÁLISE.............................................................................................89
4. OBJETIVOS DA ANÁLISE......................................................................................90
5. FONTES.................................................................................................................. 90
5. ANÁLISE VERTICAL/HORIZONTAL.......................................................................90
5.1. Análise Vertical:..................................................................................................90
5.2. Analise Horizontal:..............................................................................................90
5.3. Objetivos básicos das análises Vertical/Horizontal.........................................91
6 – INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAIS..................................................91
6.1.Objetivos:............................................................................................................. 91
6.2.Considerações importantes que devem ser analisadas:.................................91
6.3.Capital circulante próprio...................................................................................91
6.4.Capital circulante líquido....................................................................................91
6.5. Indicadores por quocientes:.............................................................................92
7- ÍNDICES DE LIQUIDEZ..........................................................................................93
7.1. Ciclo operacional/formação da liquidez............................................................94
8. ÍNDICES DE RENTABILIDADE...............................................................................95
9. ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS.............................................................................97
10.ÍNDICES DE ROTAÇÃO.........................................................................................98
11 PARECER TÉCNICO..............................................................................................98
12. ÍNDICES DE BOLSA.............................................................................................99
13. Principais Índices:...............................................................................................99
14. RISCO DOS EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS.......................................................100
15. ÍNDICES DE DEPENDÊNCIA BANCÁRIA:.........................................................101
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 102
5
PARTE I
2. PATRIMÔNIO
2.1 CONCEITO
Pela maioria dos autores, patrimônio é definido como o "conjunto de
bens, direitos e obrigacões, susceptíveis de avaliação em dinheiro e vinculados
e uma pessoa (física ou jurídica)".
2.2 COMPONENTES
BENS Os bens são as coisas transformadas pelo homem para a
satisfação de suas necessidades e avaliáveis em dinheiro. Podem ser
classificados em corpóreos e incorpóreos, também denominados materiais ou
imateriais, ou ainda em nomenclatura mais recente, tangíveis e intangíveis.
Como corpóreos temos mercadorias, veículos e outros. Como incorpóreos, por
exemplo, fundo de comércio, patentes de invenção etc. Os bens são também
chamados de direitos reais, pois recaem sobre coisas avaliáveis em dinheiro.
DIREITOS Os direitos são decorrentes de operações de crédito onde
o favorecido é o patrimônio em análise. São também denominados direitos
pessoais.
OBRIGAÇÕES As obrigações são também decorrentes de operações
de crédito tendo como favorecido um terceiro ao patrimônio em análise, contra
este.
EXEMPLOS:
BENS: Mercadorias;
Dinheiro;
Veículos;
Imóveis;
Máquinas;
Equipamentos;
Patentes.
ATIVO PASSIVO
BENS
E OBRIGAÇÕES
DIREITOS
Ou graficamente:
ATIVO PASSIVO
BENS
E OBRIGAÇÕES
SITUAÇÃO
DIREITOS
LÍQUIDA
PASSIVA,
NEGATIVA OU
PASSIVO A
DESCOBERTO
13
PAT RIMÔNIO
ELEMENTOS POSITIVOS ELEMENTOS NEGATIVOS
ATIVO PASSIVO E SITUAÇÃO LÍQUIDA
APLICAÇÃO DE RECURSOS ORIGEM DE RECURSOS OU FONTES
BENS: OBRIGAÇÕES DE T ERCEIROS:
Dinheiro Emp. Bancários
Mercadorias Dup. a pagar
Imóveis Emp. de clientes
DIREITOS: SITUAÇÃO LÍQUIDA: (CAPITAL
PRÓPRIOS)
Contas bancárias Capital Social
Duplicatas a receber Reservas
Adiantamentos a empregados
2.5.1-F
2.5.1-FATOS PERMUTATIVOS OU COMPENSATIVOS
São os fatos que modificam o valor dos bens, direitos e obrigações sem,
entretanto, alterar a situação líquida do patrimônio. Subdividem-se em:
FATOS PERMUTATIVOS ENTRE ELEMENTOS ATIVOS, representados pela
mutação (+ A – A). É o caso de compra de mercadorias a vista, pois diminui
um elemento ativo (dinheiro) aumentando, em seu lugar, um outro elemento
ativo (mercadorias).
FATOS PERMUTATIVOS ENTRE ELEMENTOS PASSIVOS, representados pela
mutação (+ P – P). É o caso da troca de uma obrigação por outra, de diferente
espécie.
16
2.5.2-FATOS MODIFICATIVOS
Os FATOS MODIFICATIVOS têm a característica de, a partir de uma
alteração em um elemento ativo ou passivo, modificar a situação líquida do
patromônio. Subdividem-se em:
Fatos modificativos aumentativos;
Fatos modificativos diminutivos.
Os FATOS MODIFICATIVOS AUMENTATIVOS podem ser representados pelas
mutações (+ A + SL) e ( P + SL). Na primeira hipótese, temos, por exemplo,
o recebimento de uma receita de juros ou de serviços prestados. Um elemento
ativo, dinheiro disponível, é aumentado sem qualquer correspondência com
outro elemento ativo ou passivo, aumentanda, conseqüentemente, a situação
líquida. O segundo tipo corresponde a diminuição de uma obrigação sem
correspondência de outro elemento ativo ou passivo, que é o caso do perdão
de uma dívida ou diminuição de uma conta a pagar por abatimento dado pelo
credor do patrimônio.
Os FATOS MODIFICATIVOS DIMINUTIVOS são representados pelas mutações
( A SL) e (+P SL). No primeiro caso, temos como exemplo, o pagamento
dos salários dos funcionários no final do mês, diminui um elemento ativo
(dinheiro) diminuindo a situação líquida. O segundo caso, também vinculado
às despesas com pessoal, pode acontecer quando no final do mês a empresa
não paga o salário dos funcionários, utilizando uma autorização legal de pagar
apenas no início do mês seguinte, prática comum hoje. No final do mês,
entretanto, a empresa reconhece que já está devendo aquele valor, pois o fato
gerador da despesa já ocorreu, no caso, os serviços prestados pelos
funcionários. O reconhecimento é feito pelo registro aumentando uma
obrigação (salário a pagar) e diminuindo a situação líquida.
ATIVO PASSIVO
Caixa 200.000,00 Dupl. A pagar 200.000,00
Bancos 100.000,00
(+A) Dupl. a receb. 280.000,00
(A) Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA
Veículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00
Instalações 60.000,00 130.000,00 (+SL)
TOTAL 730.000,00 TOTAL 730.000,00
FATO MODIFICATIVO DIMINUTIVO
Mutação (A
SL)
ATIVO PASSIVO
(A) Caixa 190.000,00 Dupl. A pagar 200.000,00
Bancos 100.000,00
Dupl. a receb. 280.000,00
Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA
Veículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00
Instalações 60.000,00 120.000,00 (SL)
TOTAL 720.000,00 TOTAL 720.000,00
ATIVO PASSIVO
Caixa 190.000,00 Dupl. A pagar 150.000,00
(+A) Bancos 350.000,00 Salário a pagar 50.000,00
(A) Dupl. a receb. 0,00
Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA
Veículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00
Instalações 60.000,00 Lucro 90.000,00 (SL)
TOTAL 690.000,00 TOTAL 690.000,00
ATIVO PASSIVO
Caixa 190.000,00 Dupl. A pagar 0,00 (P)
Bancos 350.000,00 Promis. a pagar 150.000,00 (+P)
Mercadorias 40.000,00 Salário a pagar 50.000,00
Veículos 40.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA
Instalações 60.000,00 Capital Social 400.000,00
Lucro 90.000,00
TOTAL 690.000,00 TOTAL 690.000,00
ATIVO PASSIVO
(+A) Caixa 220.000,00 Promis. A pagar 150.000,00
Bancos 350.000,00 Salário a pagar 50.000,00
Mercadorias 50.000,00
Veículos 40.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA
Instalações 60.000,00 Capital Social 400.000,00
Lucro 120.000,00 (+SL)
TOTAL 720.000,00 TOTAL 720.000,00
3. CAPITAL
3.1 CONCEITO
Várias ciências apontam definições próprias de CAPITAL. A economia tem
duas correntes: uma leva em conta a qualidade dos elementos componentes
do patrimônio e a sua capacidade de gerar riquezas; uma outra situa o capital
como uma categoria histórica, não geradora de riquezas. De uma forma geral,
considera o capital como o conjunto de bens como máquinas, equipamentos,
matéria-primas e outros utilizados para a obtenção de outros bens. O direito
considera capital o valor registrado sob este título no contrato social registrado
da empresa. Na contabilidade, diversos conceitos de capital são apresentados.
Destacamos os seguintes:
TÍTULO DA CONTA
D C
4.3.1 DÉBITO
Temos, até agora, três grupos de contas: as ativas (bens e direitos), as
passivas (obrigações com terceiros) e a situação líquida (obrigações da
empresa com os seus proprietários, como por exemplo o capital, as reservas,
os lucros e os prejuízos).
As CONTAS DO ATIVO são debitadas quando AUMENTAM o seu valor em
virtude do fato contábil. Equivale a dizer que a "pessoa" ficou devendo mais ao
proprietário do patrimônio ou que foram APLICADOS RECURSOS na aquisição de
bens ou direitos.
As CONTAS DO PASSIVO são DEBITADAS quando DIMINUEM de valor em
virtude da ocorrência. Equivale a dizer que o correspondente ficou com um
crédito menor junto ao proprietário do patrimônio ou que FORAM APLICADOS
RECURSOS no pagamento das obrigações.
As CONTAS DE SITUAÇÃO LÍQUIDA tem o mesmo comportamento que as
contas do passivo. Devemos ressaltar que as contas de despesas e receitas
têm o comportamento "normal", ou seja, as despesas, quando aumentam de
valor são debitadas, pois foi uma aplicação de recursos naquele elemento
além de ter havido uma diminuição da situação líquida. Não falaremos por ora
em débito nas contas de receitas.
Temos:
DÉBITO
DÉBITO
SITUAÇÃO
SITUAÇÃO
ATIVO
ATIVO PASSIVO
PASSIVO LÍQUIDA
LÍQUIDA
Aumento
Aumento Diminuição
Diminuição Diminuição
Diminuição
dovalor
do valor dovalor
do valor dovalor
do valor
Aplicação
Aplicação Aplicação
Aplicação Aplicação
Aplicação
de recursos
de recursos de recursos
de recursos de recursos
de recursos
4.3.2 CRÉDITOS
Os créditos são, em cada fato específico, o originador dos recursos que
são aplicados na conta que é debitada. Tem, pois funcionamento inverso do
débito.
As CONTAS DO ATIVO são CREDITADAS quando tem o seu valor diminuído.
Equivale a dizer que a "pessoa" ficou devendo menos ao proprietário do
patrimônio. Dessa "pessoa" ORIGINAM-SE OS RECURSOS para a aquisição de
outros bens/direitos ou para pagamento de obrigações.
As CONTAS DO PASSIVO quando tem o seu valor aumentado são
creditadas. O correspondente forneceu o recurso e ficou com um crédito maior
com o proprietário do patrimônio.
As CONTAS DE SITUACÃO LÍQUIDA também têm o mesmo comportamento
das contas do passivo. Desta feita destacamos as contas de receitas que,
quando tem o seu valor aumentado são creditadas, são origens de recursos e,
além disso, fazem crescer a situação líquida.
CRÉDITO
CRÉDITO
SITUAÇÃO
SITUAÇÃO
ATIVO
ATIVO PASSIVO
PASSIVO LÍQUIDA
LÍQUIDA
Diminuição
Diminuição Aumento
Aumento Aumento
Aumento
dovalor
do valor dovalor
do valor dovalor
do valor
Origem
Origem Origem
Origem Origem
Origem
de recursos
de recursos de recursos
de recursos de recursos
de recursos
4.3.3 SALDO
O saldo de uma conta é determinado pela diferença entre débitos e
créditos sendo devedor, se os débitos forem maiores que os créditos, ou
CREDOR, se os créditos forem maiores que os débitos. Como consequência
temos que contas do ativo têm natureza devedora; as CONTAS DO PASSIVO E DO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Capital e Reservas) TEM NATUREZA CREDORA; as contas de
DESPESA (menos situação líquida) DEVEDORA e as contas de RECEITAS (mais
situação líquida) CREDORAS. A conta caixa, por exemplo, sempre terá saldo
devedor ou, no máximo, zero. A conta duplicatas a pagar sempre será credora
ou zero, pois, ou existem duplicatas a pagar (saldo credor) ou não (saldo zero).
Deve ser observado, também, para a determinação do saldo da conta,
se existia algum saldo anterior a ser transferido de um período para outro, pois
deve ser levado em consideração.
Para exemplificar, consideremos os seguintes fatos envolvendo a conta
Bancos c/ movimento:
1) Saldo anterior .................................................R$ 200.000,00;
2) Pagamento de uma duplicata com cheque......R$ 50.000,00;
3) Depósito bancário............................................R$ 30.000,00;
4) Desconto de um cheque para suprir o caixa... R$ 100.000,00.
O razonete seria:
BANCOS C/MOVIMENTO
(1) 200.000,00 50.000,00 (2)
(3) 30.000,00 100.000,00 (4)
2. PASSIVO
2.1 PASSIVO CIRCULANTE
2.1.1 EXIGÍVEL A CURTO PRAZO
Financiamentos bancários
Títulos a pagar
Fornecedores nacionais
Fornecedores estrangeiros
ICMS a recolher
IPI a recolher
FGTS a recolher
INSS a recolher
IRF a recolher
Outros impostos e taxas
Salários e ordenados a pagar
Adiantamentos de clientes
Encargos sociais a pagar
Dividendos propostos
Férias
13º salário
2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
2.2.1 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Empréstimos
Financiamentos - outros
3. CONTAS DE RESULTADO
3.1 RECEITA BRUTA
3.1.1 RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS
Venda de produtos
Venda de mercadorias
Prestação de serviços
3.2 DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
3.2.1 DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Vendas canceladas
Abatimentos
Impostos incidentes sobre vendas
3.3 CUSTOS
3.3.1 CUSTOS
Custo das mercadorias vendidas
Custo dos produtos vendidos
Custo dos serviços prestados
3.4 DESPESAS OPERACIONAIS
3.4.1 DE VENDAS
Despesas com pessoal
Comissões sobre vendas
Propaganda e publicidade
3.4.2 ADMINISTRATIVAS
Despesas com pessoal
Pró-labore
Depreciação e amortização
Energia elétrica
Aluguel
Água e luz
Seguros
Fretes
Despesas gerais
3.4.3 RESULTADO FINANCEIRO
Despesas financeiras
Juros pagos
Descontos concedidos
Despesas bancárias
Variações monetárias passivas
Receitas financeiras
Juros recebidos
Descontos obtidos
Variações monetárias ativas
3.5 RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
3.6 PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
5. ESCRITURAÇÃO
É uma das técnicas que a contabilidade utiliza para atingir os seus
objetivos. Cuida do registro dos fatos contábeis mediante normas e princípios
próprios da contabilidade possibilitando o entendimento e a extração das
informações sobre a situação patrimonial. A contabilidade demonstra toda a
história de uma empresa sendo implacável no registro das ocorrências. A
escrituração fornece estes elementos, sendo um "idioma" conhecido dos
estudiosos da ciência contábil.
DÉBIT
DÉBIT CRÉDIT
CRÉDIT
OO OO
Local,data
Local, data
Contadebitada
Conta debitada
aaConta
Contacreditada
creditada
Histórico
Histórico Valor
Valor
ou
Local,data
Local, data
DD--Conta
Contadebitada
debitada
C - Conta creditada
C - Conta creditada
Histórico
Histórico Valor
Valor
ou
Local,data
Local, data
Contadebitada
Conta debitada Valoraadébito
Valor débito
Conta creditada
Conta creditada Valoraacrédito
Valor crédito
Histórico
Histórico
Os modelos apresentados são bastante usuais, todos, e objetivamos,
com a sua apresentação, familiarizar as representações do lançamento.
Devemos observar que a partícula "a" é um identificador da(s) conta(s) que é
(são) creditada(s).
No terceiro modelo as colunas representam os livros de escrituração
que trazem à esquerda a coluna de débitos e à direita, a de créditos. O
posicionamento das contas também é convencionado.
Incontáveis são os fatos, tomemos como exemplo, um depósito bancário
no Banco do Brasil:
DÉBITO
Local,data
Local, data
DÉBITO
Conta
Modelo debitada contábil de 2a fórmula:
do debitada
Conta lançamento
aaDiversos
Diversos
aaConta creditada 11
Contacreditada
Histórico 11
Histórico crédito 11
Valorcrédito
Valor
a Conta creditada
a Conta creditada 2 2
Histórico 22
Histórico Valor crédito 22 Total
Valorcrédito Totalde
dedébito
débito
Local,data
Local, data
DD––Conta
Contadebitada
debitada
Histórico débito
Histórico débito valordébito
valor débito
CC––Diversos
Diversos
C – creditada––11 ou
Contascreditada
C – Contas
Histórico crédito––11
Histórico crédito valorcrédito
valor crédito ––11
CC––Conta
Contacreditada
creditada––22
Histórico crédito––22
Histórico crédito valorcrédito
valor crédito––22
CRÉDITO
DÉBITO
DÉBITO
Local,data
Local, data
Diversos
Diversos
a Conta creditada
a Conta creditada
Conta debitada––11
Conta debitada
Histórico ––11
Histórico valordébito
valor débito ––11
Contas creditada––22
Contas creditada
Histórico ––22
Histórico valorcrédito
valor crédito ––22Total
Totalcrédito
crédito
Exemplo: aquisição de um imóvel com pagamento à vista, em cheque:
TERRENOS
Vr. Terreno à Rua Y com área de
200 m2 adquirido do Sr. Fulano conforme
escritura no cartório tal....................... 15.000.000,00
EDIFICAÇÕES
Vr. Edificação encravada no terreno acima,
com área de 150 m2.............................20.000.000,00
35.000.000,00
Débito Crédito
Débito Crédito
Local,data
Local, data
DIVERSOS
DIVERSOS
a DIVERSOS
a DIVERSOS
debitada 11
Contadebitada
Conta
Histórico ––11
Histórico vr.débito
vr. débito ––11
Contadebitada
Conta debitada ––22
Histórico ––22
Histórico vr.débito
vr. débito ––22 Total
Totaldébitos
débitos
aaConta
Contacreditada
creditada ––11
Histórico ––33
Histórico vr.crédito
vr. crédito ––11
a Conta creditada ––22
a Conta creditada
Histórico ––44
Histórico vr.crédito
vr. crédito ––22 Total
Totalcréditos
créditos
Os lançamentos de 4a fórmula são muito pouco utilizados. Podemos
apresentar o seguinte exemplo: Resgate de aplicação no Fundo de Aplicação
Financeira, com crédito em conta corrente bancária e incidência de IOF.
a RECEITAS FINANCEIRAS
Renda de Aplicações Financeiras
Vr. rendimentos FAF no período
03/2/98 a 06/12/98....................................... 10.000,00 110.000,00
5.7.5LIVROS SOCIETÁRIOS
As sociedades anônimas são obrigadas a manter livros para escriturar o
movimento de suas ações, as deliberações em reuniões da Diretoria, da
Assembléia Geral dos Acionistas ou do Conselho Fiscal.
O artigo 100 da Lei nº 6404 estabelece que "a companhia deve ter, além
dos livros obrigatórios para qualquer comerciante, os seguintes, revestidos das
mesmas formalidades legais".
registro de ações nominativas;
registro de ações endossáveis;
transferência de ações nominativas;
registro de partes beneficiárias nominativas;
transferência de partes beneficiárias nominativas;
registro de partes beneficiárias endossáveis;
registro de debêntures endossáveis;
registro de bônus de subscrição endossâveis;
atas das assembléias gerais;
presença de acionistas;
atas de reuniões do Conselho de Administração;
atas de reuniões da Diretoria;
atas e pareceres do Conselho Fiscal.
LANÇAMENTO EFETUADO:
Belo Horizonte – MG 10/12/xxx
INSS A RECOLHER
a CAIXA
Pago INSS do mês de nov/20xx conforme guia..............53.000,00
ESTORNO DO LANÇAMENTO:
Belo Horioznte – MG 10/12/xx
CAIXA
a INSS A RECOLHER
Estorno do lançamento acima....................................... 53.000,00
LANÇAMENTO CORRETO:
Belo Horioznte – MG 10/12/xx
INSS A RECOLHER
a BANCOS C/MOVIMENTO
Banco do Brasil S/A
INSS s/folha de pagamento de nov/xx, che-
que 015818.......................................................................53.000,00
LANÇAMENTO RETIFICATIVO:
(2) D - VEÍCULOS
C - MÓVEIS E UTENSÍLIOS.................................50.000,00
D VEÍCULOS C
SALDO ANTERIOR
(2) 50.000,00
D – DESPESAS C/ VEÍCULOS
C – CAIXA................................................................ 5,00
LANÇAMENTO COMPLEMENTAR:
D – DESPESAS C/ VEÍCULOS
C – CAIXA............................................................... 50,00
LANÇAMENTO EFETUADO:
(1) D – CAIXA
C – DUPLICATAS A PAGAR........................................... 10.000,00
LANÇAMENTO RETIFICATIVO:
D – DUPLICATAS A PAGAR
C – CAIXA................................................................ 10.000,00
7. CUSTOS / DESPESAS
Antes de mais nada, retomaremos os conceitos custo e despesas,
principalmente para esclarecer uma confusão bastante frequente que se faz
entre eles. Embora na linguagem comum esses dois termos possam parecer
até sinônimos, na Contabilidade têm conotações distintas.
Custos refere-se ao valor pelo qual se obtém um serviço ou um bem.
Numa empresa de serviços, aparece o custo dos serviços prestados; numa
empresa comercial, o custo das mercadorias vendidas; numa industrial, o
custo de produção e o custo dos produtos vendidos.
CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS montante de insumos e mão-de-obra
utilizados para a conclusão dos serviços prestados a clientes. Inclui materiais,
mão-de-obra própria ou de terceiros, encargos ligados a essa mão-de-obra,
fretes, depreciações dos equipamentos utilizados e sua manutenção etc.
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CMV) valor de aquisição dos
bens comprados e já vendidos. Este montante corresponde ao valor das
mercadorias existentes no início do período mais as compras feitas, e menos o
valor das mercadorias existentes no último dia do período. Resumindo e
usando termos técnicos, temos:
CMV = Estoque inicial + compras estoque final
CUSTO DE PRODUÇÃO é a soma dos três componentes do produto
(matéria-prima, mão-de-obra e outros custos), necessários à transformação da
matéria-prima ou à montagem de componentes para a fabricação de um novo
produto.
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV) tem semelhança com CMV,
compondose do valor do estoque no início do exercício, mais o custo dos
produtos acabados, menos o valor dos produtos existentes ao final do período.
Na gestão dos negócios e na condução da política interna da empresa,
ocorrem dispêndios com pessoal da administração e de vendas, com aluguéis,
impostos, seguros, propaganda, correio, luz, telefone etc., que constituem o
que se chama despesas.
Despesa refere-se aos gastos não ligados diretamente à prestação dos
serviços, à compra e venda de mercadorias ou à produção de bens, mas
voltados para a administração.
Embora custos e despesas sejam igualmente gastos que a empresa
realiza para exercer as suas atividades, são diferenciados dentro da
Contabilidade com o propósito de se obter um controle mais detalhado do
resultado.
Especialmente nas atividades industriais, a apuração do custo de produção é essencial porque,
enquanto não vendidos, os bens devem permanecer no Ativo. Quando o produto for vendido, deve-se
apurar o lucro bruto, pela comparação entre a receita de venda e o respectivo custo:
Receita de vendas de produtos.............................................................$ 20.000
( - ) custo dos produtos vendidos.........................................................$ (9,000)
lucro bruto. ..................................................................................$ 11.000
Obtido o lucro bruto, são subtraídas as despesas e adicionados outras
receitas. Assim se obtém o lucro líquido:
Lucro bruto.......................................................................................... $ 11.000
( - ) despesas....................................................................................... $ (7.000)
+ receitas diversas.............................................................................. $ 1.000
= lucro lïquido...................................................................................... $ 5.000
Da mesma forma, numa atividade comercial, separam-se os custos das despesas:
receita de vendas de mercadorias....................................................... $ 20.000
( - ) CMV.............................................................................................. $(12.000)
lucro bruto............................................................................................ $ 8.000
( - ) despesas....................................................................................... $ (5.000)
+ receitas diversas................................................................................$ 1.000
= lucro líquido........................................................................................$ 4.000
Da mesma forma, na atividade de prestação de serviços, os dispêndios com
materiais e pessoal envolvidos diretamente na execução dos serviços
constituem os custos. Os demais gastos são considerados despesas. Ao final
do exercício, o lucro bruto e o líquido são apurados separadamente:
receita de vendas de serviços........................................................... $ 40.000
( - ) custo dos serviços prestados.......................................................$ (16.000)
lucro bruto............... ...........................................................................$ 24.000
( - ) despesas......................................................................................$ (16.000)
+ receitas diversas............................................................................. $ 1.000
= lucro líquido..................................................................................... $ 9.000
Por essa razão, já existe uma separação entre custos e despesas no
plano de contas. Dentre as depesas mais comuns, temos as administrativas,
as de vendas, as tributárias ou financeiras. Elas representam os esforços
despendidos para promover as vendas, efetivar os recebimentos relativos às
vendas feitas a prazo, pagar as obrigações assumidas, cumprir a legislação
fiscal, social e trabalhista e, especialmente, obter receitas que cubram os
custos mais as próprias despesas, gerando um excedente, ou seja, lucro.
8. RECEITAS
Existem dois tipos de receitas: de vendas e receitas diversas.
O grupo Receitas de vendas tem dois componentes : a recuperação do
custo e o lucro bruto. Quando vendemos uma mercadoria por R$ 20,
pretendemos recuperar o valor que fora pago na sua aquisição, digamos
R$ 15, e obter uma margem de lucro (R$ 5).
8.1 DEDUÇÕES
As deduções da receita bruta parecem despesas mas não são. Na
verdade, chamam-se contas redutoras de receitas. São elas: Devoluções de
vendas, abatimentos sobre vendas, ISS incidente, ICMS sobre vendas, PIS e
IPI sobre vendas.
Todas essas contas se apresentam com saldos devedores, tal como as
despesas, porém sua colocação no plano de contas revela que não são
despesas, mas contas redutoras de receitas.
Na demonstração de resultados de uma empresa de serviços, temos a
seguinte posição:
9.2 PROVISÕES
Existem também algumas despesas que podem ou devem ser previstas,
mas sobre as quais não existem uma data fixa para o pagamento, nem o seu
valor é tão preciso. Constitui-se assim uma provisão, que é o ato de separar
ou constituir uma parcela necessária para suportar um evento futuro,
conhecido ou previsto. O procedimento contábil aqui exigido é o seguinte:
Registrar a provisão do Passivo, indicando que está sendo guardado um
valor para suportar o encargo;
Registrar a apropriação da despesa correspondente.
São exemplos de despesas que, ao final de cada mês, devem ser
provisionadas:
férias de empregados;
13o salário de empregados.
Vamos verificar na prática como funcionam a apropriação e a provisão,
contabilizando uma folha de pagamento de salários; contas de telefone, água,
luz; e, finalmente, juros e aluguéis.
FOLHADE
FOLHA DECONCILIACÃO
CONCILIACÃOBANCÁRIA BANCÁRIA
Banco do Brasil S/A - conta corrente nº 44433667-00-Ag
Banco do Brasil S/A - conta corrente nº 44433667-00-Ag 03221 03221
032?1'
032?1'
Saldoapresentado
Saldo apresentadopelopelorazão
razãoem em31/12/20x1................25.467
31/12/20x1................25.467
( - ) Aviso de débito de despesas não-contabilizado.............
( - ) Aviso de débito de despesas não-contabilizado............. (36)
(36)
(36);
(36);
++ Juros Juroscobrados
cobradossobre
sobredupl.
dupl.nºnº 234 234não-contabilizados...
não-contabilizados... 149 149
149'
149'
( - -) )Erro
( Errodedelançamento
lançamentodo dodepósito
depósitodo dodia dia22/12/20x1........
22/12/20x1........ (9)
(9)
(g);
(g);
saldoconciliado........................................................25.571
saldo conciliado........................................................25.571
Saldoconforme
Saldo conformeextrato
extratoem em31/12/20x1..........................
31/12/20x1..........................32.671
32.671
( - ) Cheques aìnda não-apresentados:
( - ) Cheques aìnda não-apresentados:
0985421.........................3.400
0985421.........................3.400
0985426.........................4.500
0985426.........................4.500
0985428.........................2.600
0985428.........................2.600 (10.500)
(10.500)
++Depósito
Depósitoem
emcheques,ainda.não-creditado...........................
cheques,ainda.não-creditado...........................3.400
3.400
Saldoconciliado.............................................................25.571
Saldo conciliado.............................................................25.571
Feitopor:
Feito por:______________________________
______________________________Visto:
Visto:______________
______________
Lançamentoscomplementares
Lançamentos complementaresfeitos
feitosem
em ____/____
____/____/_____
/_____por:
por:______
______
__________________________________________________________
__________________________________________________________
12 - BALANÇO PATRIMONIAL
12.1 - CONCEITO
O balanço Patrimonial dentre os demonstrativos exigidos é o que
apresenta a situação de todo o patrimônio sendo assim definido.
"É um demonstrativo contábil que evidencia, de forma equacional,
sintética e ordenada, os valores específicos dos bens, direitos e obrigações e a
situação líquida da entidade.
O Balanço Patrimonial é, portanto a posição do patrimônio em
determinado instante dentro da vida da empresa quando há o reconhecimento
e agregação do resultado do exercício findo.
O Balanço patrimonial mostra a situação patrimonial da empresa, em
treis partes distintas: Ativo; Passivo e Patrimônio Líquido
O balanço Patrimonial, nada mais é do que uma fotografia do
patrimônio, pois é uma peça contábil estática, (elaborada em um determinado
momento).
É a representação sintétìca dos elementos patrimoniais. No sentido
amplo, dá-se o nome de "BALANÇO" aos procedimentos gerais de final de
exercícios destinados ao levantamento da SITUAÇÃO PATRIMONIAL da empresa.
12.2 - IMPORTÂNCIA
O Balanço Patrimonial é a situação patrimonial resultante de uma série
de fatos ocorridos na empresa. Permite que análises sejam feitas mesmo sem
o conhecímento de cada fato específico sendo importante, portanto, por
fornecer informações a todos aqueles interessados na situação patrimonial e
nas variações ocorridas em determinado período de tempo e sob determinada
administração.
Reservas de lucros
Prejuízos Acumulados
14.1.ESCRITURAÇÃO
A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes,
com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos
princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou
critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais
segundo o regime de competência.
As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação
de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em
nota e ressaltar esses efeitos.
A companhia observará exclusivamente em livros ou registros
auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das
demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de
legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam,
conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis
diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração
de outras demonstrações financeiras.
As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão,
ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão
obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela
registrados.
As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e
por contabilistas legalmente habilitados.
As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se
refere deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais
de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários.
As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre
demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários
para as companhias abertas.
14.2.Exercício social
Lei 6404/76 - Artigo 175. O exercício social terá duração de 1(um) ano e
a data do término será fixada no estatuto.
Parágrafo Único - Na constituição da companhia e nos casos de
alteração estatutária o exercicio social poderá ter duração diversa.
14.3.Ciclo Operacional
Entende-se como ciclo operacional o período de tempo que uma
empresa demora para praduzir, vender e receber o produto, objeto de seu
reamo de negócio.
De acordo com a deliberação 488/2005 da CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) e pronunciamento 27 do Ibracon, as Sociedades Anônimas de
capital aberto devem efetuar, com base na natureza de suas operações, a
apresentação de seus ativos e passivos circulantes e não circulantes em
separado no próprio balanço patrimonial.
15,1.Abordagem introdutória:
Sabe-se que através dos relatórios contábeis: Balanço Patrimonial (BP)
e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), pode-se evidenciar a
situação financeira e econômica de qualquer empresa. Segundo Matarazzo
(2003), a potencialidade das informações que podem ser extraídas dos
relatórios contábeis subsidiam o desenvolvimento e as avaliações quanto ao
seu patrimônio fornecendo informações para fomentar decisões adequadas
para assegurar a continuidade da empresa.
O entendimento dos relatórios contábeis: Balanço Patrimonial (BP) e da
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), por parte do analista, faz-se
necessário uma vez que, cabe a este profissional identificar e aplicar
adequadamente as técnicas que requerem o envolvimento de contas e grupos
de contas. Cabe ainda ao analista, a capacidade de flexibilizar o seu
conhecimento tal como corresponder as colocações de Iudícibus (1998,) ao
abordar a análise de balanços “(...) arte de saber extrair relações úteis, para
o objetivo econômico que tivermos em mente(...). Portanto, o objetivo deste
conteúdo é abordar de forma atualizada, as contas e os grupos de contas
formatados na nova estrutura do Balanço Patrimonial(BP) e da Demonstração
do Resultado do Exercício(DRE).
Ativo Passivo
Circulante Circulante
AT IVO PASSIVO
(BENS +DIREITOS) (OBRIGAÇÕES)
CIRCULANTE CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
Balanço Patrimonial
Fonte: Marion (2009) (com adaptações do autor)
AT IVO
CIRCULANTE
Disponibilidades:
Caixa;
Bancos Conta Movimento;
Aplicações Financeiras
AT IVO
(BENS + DIREITOS)
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
Realizável à longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Constituição do Ativo Não-Circulante
Fonte: Marion (2009) (com adaptações do autor)
PASSIVO
(OBRIGAÇÕES)
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
Constituição do Passivo
Fonte: Marion (2009) (com adaptações do autor)
CIRCULANTE
Fornecedores
Impostos a recolher
Salários a pagar
Passivo Circulante com exemplos de contas
Fonte: Marion (2009) (com adaptações do autor)
PASSIVO
(OBRIGAÇÕES)
NÃO CIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo
Empréstimos
Financiamentos
Impostos Parcelados
Passivo Não Circulante com exemplos de contas
Fonte: Marion (2009) (com adaptações do autor)
DESCRIÇÃO
1-RECEITAS
4 – RETENÇÕES
1 - NOÇÕES PRELIMINARES
Um dos fatores de relevânte importancia para elaborar uma análise de
balanços é saber as diferenças entre “situação Econômica e Situação
Financeira”.
Ter lucro, mas não ter dinheiro, e vice-versa, é mais comum do que parece, na
maioria das empresas, mas não deixa de ser estranbho para quem não
conhece de finanças.
1.1 - ECONÕMICO:
Refere-se a lucro, no sentido dinâmico, de movimentação, estaticamente,
refere-se a patrimônio Líquido. Matarazzo (Cap.7 pg.186 – 2010).
1.2 - FINANCEIRO:
Referfe-se a dinheiro. Dinamicamente, representa a variação de caixa e
estaticamente, representa o saldo de caixa. O termo financeiro tem significado
amplo e restrito. Quando encarado de forma restrita refere-se a caixa; quando
o seu significado é amplo refere-se a Caixa Circulante Líquido. : Matarazzo
( 2010).
Não basta que a empresa possua uma sólida posição patrimonial. È
necessário que ela conte com recursos financeiros, para saldar seus
compromissos em dia, sob pena de, em casos extremos, entrar em estado de
insolvência. Portanto, é muito importante a correta apuração e interpretação
dos índices de liquidez, que medem a capacidade de pagamento de
determinados prazos e até imediatamente. Savytzky, Taras – (Análise de
Balanços – 5ª.ed.2009)
Já o desequilíbrio financeiro, caracterizado pela impossibilidade de
pagamento das dívidas nos devidos prazos, é a principal causa de falência das
empresas. As causas mais frequentes desse desequilíbrio são:. Savytzky,
Taras – (Análise de Balanços – 5ª.ed.2009).
- Excesso de imobilizações em relação ao capital próprio, gerando
insuficiência ou falta de capital de giro próprio;
- excesso de estoques em relação às vendas (baixa rotatividade);
- Baixa rotação de créditos;
- desequilíbrio entre prazos de compras e de vendas;
- prejuízos operacionais.
Elaborar uma análise nas demonstrações contábeis de uma empresa, é
proceder um estudo da financeira, econômica e patrimonial, através da
decomposição de elementos e de levantamentos de dados que consistem em
relações diversas que entre si possam ter tais elementos, com o objetivo de
conhecer a realidade de uma situação ou de levantar os feitos de uma
administração sob determinado ponto de vista”.
A análise das demonstrações contábeis tem por objetivo, interpretar as
alterações estruturais ocorridas nos balanços e demais informativos contábeis,
consecutivos, de uma empresa, buscando o julgamento das ações
desenvolvidas pela mesma, estudando a sua posição atual dentro do mercado
de atuação e detectando também, a sua situação econômico-financeira.
Cabe salientar, que deve-se levar em conta a dimensão temporal, ou
seja, devemos examinar para tanto, uma série histórica.
Após realizado este trabalho, poderemos até mesmo, identificar o seu
desempenho futuro.
A análise dos demonstrativos contábeis sempre estará associada a um
processo decisório. Cada usuário determina a profundidade e o enfoque da
abordagem da análise, de acordo com o seu objetivo.
A análise das demonstrações contábeis como um todo, é vista como “a
arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que
tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas
extensões e detalhamentos, se for o caso”.
2. Aspectos da análise:
3. ETAPAS DA ANÁLISE
4. OBJETIVOS DA ANÁLISE
Avaliar, de forma estática e dinâmica três aspectos patrimoniais:
1- Medir o acerto da gestão passada;
2- Determinar a necessidade de correção nessa gestão;
3- Determinar potencialidades e riscos de desenvolvimento dos negócios da
empresa.
5. FONTES
a) Demonstrações contábeis;
b) Outras informações obtidas junto à administração da empresa em exame.
5. ANÁLISE VERTICAL/HORIZONTAL
6.1.Objetivos:
1- Promover a avaliação da capacidade de amortização da empresa, em
caso de financiamentos;
2- Apuração da situação patrimonial, visando orientar acionistas e sócios;
3- Fornecer informações nos casos de fusão e incorporação, consolidação
de balanços e cessação das atividades com a venda do acervo
patrimonial
7- ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Recebimento Vendas
8. ÍNDICES DE RENTABILIDADE
CICLO OPERACIONAL
Compra Venda Recebimento
|________|________|
PMRE PMRV
CICLO FINANCEIRO
a) Compra Venda Pagamento Recebimento
|____________|________|______________|
|____PMRE___|_______PMRV__________|
|_____CICLO OPERACIONAL___________|
|____________________|_______________|
PMPC | CICLO FINANCEIRO
Nota: fornecedores financiando totalmente os estoques.
Fórmulas:
Prazo Médio de Renovação dos Estoques = (Estoques dividido pelo Custo das
Mercadorias Vendidas) x 360.
Prazo Médio de Recebimento de Vendas = (Duplicatas a Receber dividido pela
Receita Líquida) x 360.
Prazo Médio de Pagamento de Compras = (Fornecedores dividido pelas
Compras) x 360.
Compras = Custo das Mercadorias Vendidas + Estoque Final - Estoque Inicial.
Ciclo Operacional = PMRE + PMRV.
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - PMPC.
.
10.ÍNDICES DE ROTAÇÃO
11 PARECER TÉCNICO
Este indicador mostra qual a parcela do lucro obtido que corresponde a cada
ação, indicando pois, a fração do lucro cabível a cada ação.
Este indicador nos mostra quanto do lucro distribuído, cabe a cada ação.
Verifica-se , quanto cada ação rende em unidades monetárias, embolsadas
pelo proprietário (investidor).
Obs.:
O RDC e o RDA serão divididos por 100, transformados em fatores.
Dívidas/Tipos:
Créditos de Funcionamento - Naturais, decorrentes da atividade operacional,
normal (fornecedores, salários, impostos etc.).
Créditos de Financiamento - Recursos obtidos junto às instituições de crédito
para atender as necessidades da entidade.
Financiamentos - São recursos tomados junto às instituições de crédito para
financiar aplicações específicas no giro ou no ativo permanente. São
devolvidos em parcelas.
Empréstimos Bancários - Representam créditos obtidos junto às instituições
de crédito, a curto prazo, complementando o financiamento do ativo
circulante (giro basicamente).
Indica qual o percentual dos investimentos totais que está financiado pelas
instituições de crédito.
Indica qual o percentual das duplicatas a receber foi ou está descontado junto
às instituições de crédito.
REFERÊNCIAS
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CPC – ed. Atlas – 2014 – Vol.I.
Almeida, Marcelo Cavalcanti. Curso de Contabilidade Intermediária Em IFRS
e CPC – ed. Atlas – 2014 – Vol.II.
Almeida, Marcelo Cavalcanti. Curso de Contabilidade Intermediária Superior
Em IFRS e CPC – ed. Atlas – 2014 – Vol.III.
Almeida, Marcelo Cavalcanti. Curso de Contabilidade Avançada Em IFRS e
CPC – ed. Atlas – 2014 – Vol.IV.
Barbosa, Davidson Campos Soares. Análise dos demonstrativos contábeis:
Apostila. 2007.
Braga, Hugo Rocha; ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Mudanças contábeis na lei
societária: lei nº 11.638, de 28.12.2007. São Paulo: Atlas, 2008
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interpretação. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
Castro, Mercílio Moreira. Dicionário de Direito, Economia e Contabilidade.
Ed.Forense. 4ª.ed. – 2013.
Equipe de professores FEA/USP.Contabilidade Introdutória.
Fipecafi. Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicações
também as demais empresas. São Paulo: Atlas. 2013
Filho, José Francisco R. Estudando Teoria da Contabilidade. ED.Atlas. 2009.
Franco, Hilário.Contabilidade Geral.
Griffin, Michael P.contabilidade e Finanças. Ed.Saraiva. 2012.
Iudícibus, Sérgio.Contabilidade Introdutória.
Iudícibus, Sérgio de; Marion, José Carlos; Pereira, Elias. Dicionário de termos
de contabilidade: breves definições, conceitos e palavras-chave de
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Iudícibus, Sérgio de; Martins, Eliseu; Gelbcke, Ernesto Rubens. Manual de
contabilidade das sociedades por ações: aplicável às demais sociedades. São
Paulo: Atlas, 2013.
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Marion, José Carlos.Contabilidade Básica.
Marion, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade
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Matarazzo, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e
gerencial. 6ª. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Matarazzo, Dante C. Analise financeira de balanços. 5. ed. São Paulo: Atlas,
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Nascimento, Sávio. Contabilidade Geral – ESAF – Ed.Método. 2ª.ed. 2014.
Padoveze, Clóvis Luís; Benedicto, Gideon Carvalho de. Análise das
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Pizzolato, Nélio Domingues. Introdução à Contabilidade Gerencial. Genltc –
2012.
Ribeiro, Osní Moura . Estrutura e Análise de Balanços. Ed.Saraiva – 2009.
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