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DIREITO PENAL – PARTE GERAL

Ponto 07. Relação de causalidade.


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 conceito – vínculo entre a conduta e resultado. O estudo da causalidade


busca concluir se o resultado, como um fato, ocorreu da conduta e se pode
ser atribuído objetivamente ao sujeito ativo, inserindo-se na sua esfera de
autoria.

 art. 13, caput, CP – adotou a causalidade simples – generaliza as


condições – é dizer: todas as causas concorrentes se põe no mesmo nível de
importância, equivalendo-se em seu valor (teoria da equivalência dos
antecedentes causais ou “conditio sine qua non”).

 causa – é toda conduta pretérita sem a qual o resultado não ocorreria


como ocorreu (igual a conduta determinante). ATENÇÃO: para saber se
determinada conduta foi ou não determinante causal, aplica-se a teoria da
eliminação hipotética dos antecedentes causais.

 teoria da eliminação hipotética dos antecedentes causais – no campo


mental da suposição ou da cogitação, o aplicador deve proceder a
eliminação da conduta do sujeito ativo para concluir pela persistência ou
desaparecimento do resultado. Persistindo o resultado, a conduta eliminada
não é causa. Desaparecendo, é causa.

 concausas – são causas que concorrem (paralelamente) na produção do


resultado.

Interesse da concausa: o que vai acontecer com a causa concorrente. Vejam


a tabela:

Concausa absolutamente independente Concausa relativamente independente


Causa efetiva do resultado não se origina da causa Causa efetiva do resultado origina-se direta ou
concorrente. Pode ser: indiretamente da causa concorrente. Pode ser:
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Ponto 07. Relação de causalidade.
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a) preexistente (causa efetiva antecende a causa a) preexistente[4];


concorrente)[1]; b) concomitante[5];
b) concomitantes (causa efetiva é simultânea à c) superveniente[6].
causa concorrente)[2];
c) superveniente (causa efetiva é posterior à
causa concorrente)[3].

Exemplos:

[1] concausa absolutamente independente preexistente:

[2] concausa absolutamente independente concomitante:

[3] concausa absolutamente independente superveniente:


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Observação: se ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE, responde, a causa


concorrente, por TENTATIVA, sempre!

[4] concausa relativamente independente preexistente:

Observação – a doutrina moderna ensina que a enfermidade (hemofilia, no


caso) deve ser conhecida ou possível de ser conhecida pelo agressor, para
evitar responsabilidade penal objetiva.

[5] concausa relativamente independente concomitante:

Observação – vejam o quadro abaixo:


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Ponto 07. Relação de causalidade.
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Causalidade adequada – somente haverá imputação do fato se, no conjunto


das causas, fosse a conduta do agente, consoante as regras de experiência
comum, a mais adequada à produção do resultado ocorrido.

[6] concausa relativamente independente superveniente:

I – aquela que por si só produziu o resultado: o resultado (causa


efetiva) sai da linha de desdobramento causal normal da causa
concorrente (resultado = evento imprevisível). A causa
concorrente não é adequada no resultado.

II – aquela que não por si só produziu o resultado: o resultado está


na linha de desdobramento causal normal da causa concorrente
(resultado = evento previsível). A causa concorrente é adequada
ao resultado. O resultado deve ser atribuído à causa concorrente.

Teoria da Imputação Objetiva: surgiu para colocar um freio na


causalidade objetiva. Insurge-se contra o regresso ao infinito. Vejam o
quadro:

Teoria da Equivalência Teoria da Imputação Objetiva


 causalidade objetiva  causalidade objetiva
 nexo causal (físico) – relação de causa e  nexo causal (físico) + nexo normativo:
efeito → criação ou incremento de um risco não
 causalidade subjetiva permitido;
 dolo/culpa (filtro) → realização do risco no resultado;
→ resultado dentro do alcance do tipo
(causalidade subjetiva; dolo/culpa)

Insurgindo-se contra o regresso ao infinito da causalidade simples, a teoria


da imputação objetiva enriquece a causalidade acrescentando o nexo
normativo, que é composto de:
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 criação ou incremento de um risco não permitido (não tolerado


pela sociedade);
 realização de um risco no resultado (resultado na linha de
desdobramento causal normal da conduta);
 abrangência do resultado pelo tipo penal.

ATENÇÃO! – a imputação objetiva não substitui a teoria do nexo causal,


apenas a complementa (resolve o problema da distinção entre ação e
acaso).

Direito Penal Quântico – ciência penal que, através da imputação


objetiva, colocou em dúvida a noção de causa, preferindo condição,
segundo critério probabilístico. O Direito Penal Quântico é a prova de que o
Direito Penal moderno não se contenta com a relação de causa e efeito, mas
também com elementos indeterminados, como por exemplo, o nexo
normativo.

Imputação objetiva – aplicação prática:

 diminuição de risco: não há possibilidade de imputação se o


autor modifica o curso causal de modo que o perigo já existente
para a vítima seja diminuído, melhorando a situação do objeto da
ação.

Exemplo: Fulano, percebendo que Beltrano será atropelado, por veículo em


alta velocidade, empurra o amigo ao solo, provocando lesões leves. Vejam
as conseqüências:

Teoria da equivalência Teoria da imputação objetiva


O empurrão é causa, fato típico, porém não ilícito O empurrão não é causa, não havendo fato típico.
(estado de necessidade de terceiro)

 risco não realizado no resultado: o resultado não é atribuído ao


autor como realização do risco de lesão ao bem jurídico, nos
casos de substituição de um risco por outro, e em algumas
hipóteses, de contribuição da vítima para o resultado.

Exemplo: erro médico para salvar vítima de disparo com intenção de matar.
Nesse caso, a imputação objetiva diferencia duas situações:

A B
Se o resultado é produto exclusivo do Se o resultado é produto combinado de
risco posterior (erro médico), então ambos os riscos (lesão+erro médico),
deve ser atribuído somente ao autor então pode ser atribuído aos respectivos
desse risco (médico): autores:
→ atirador: homicídio tentado → atirador: homicídio doloso
→ médico: homicídio culposo → médico: homicídio culposo

Problema: A atira em B para matar. Ao ser socorrido, B morre em face de


acidente envolvendo a ambulância que o transportava.

Solução – vejam a tabela:


Doutrina tradicional Teoria da imputação objetiva
O acidente fatal é concausa Não é objeto do tipo do art. 121 prevenir
relativamente independente mortes causadas por acidentes de
superveniente ao tiro (que não por si só veículos que não estejam sob o domínio
produz o resultado). direto ou indireto do autor de um
Conclusão → o atirador responde pelo disparo (acidente está fora do alcance
resultado morte. do tipo).
Conclusão → atirador responder por
tentativa.
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Causalidade nos crimes omissivos:

a) crimes omissivos próprios – lembrando que, nos crimes omissivos


próprios, a omissão está descrita no tipo penal. Trata-se de um dever de agir
e não de evitar um resultado – aqui, no crime omissivo próprio, há somente
omissão de um dever de agir imposto normativamente, dispensando assim
a relação de causalidade (delitos de mera conduta);

b) crimes omissivos impróprios – dever de evitar o resultado – o agente


responde como se tivesse provocado o resultado – no crime omissivo
impróprio, o dever de agir é para evitar um resultado concreto (crime de
resultado), exigindo, consequentemente, um nexo entre a ação omitida e o
resultado (trata-se de um nexo normativo e não de causalidade). Esse nexo,
no entanto, não é naturalístico (do nada, nada surge). Na verdade, o vínculo
é jurídico, isto é, o sujeito, apesar de não ter causado o resultado, como não
o impediu, é equiparado ao verdadeiro causador do evento (nexo de não
impedimento – nexo de evitação – Zaffaroni).

DISSERTAÇÃO – Tema: Nexo causal

O nexo causal, sendo um dos elementos do fato típico, que é o


primeiro substrato do crime, segundo o conceito analítico de crime, pode ser
conceituado como o vínculo entre a conduta e o resultado. Seu estudo
busca concluir se o resultado, como um fato, ocorreu da conduta e se pode,
de forma objetiva, ser atribuído ao agente, inserindo-se na sua esfera de
autoria.

A causalidade é tratada pelo art. 13, caput, do Código Penal, o qual


adota, em regra, a causalidade simples, que por sua vez pode ser definida
com a ajuda da teoria da equivalência dos antecedentes causais (ou da
“conditio sine qua non”), segundo a qual “todas as causas concorrentes se
põe no mesmo nível de importância, equivalendo-se em seu valor”.

Desta feita, “causa” é toda conduta pretérita sem a qual o resultado


não ocorreria como ocorreu, e ainda, segundo o Código Penal, “considera-se
causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido”.

É sabido que a aplicação isolada da teoria da “conditio sine qua non”


pode levar ao regresso ao infinito. Dessa forma, tem-se a teoria da limitação
hipotética dos antecedentes causais, que, para saber se determinada
conduta foi ou não determinante causal, no campo mental da suposição ou
da cogitação, o aplicador deve proceder a eliminação da conduta do sujeito
ativo para concluir pela persistência ou desaparecimento do resultado.
Persistindo o resultado, a conduta eliminada não é causa. Desaparecendo,
será.

Paralelamente à causa, tem-se as concausas, que concorrem na


produção do resultado. Portanto, há a causa efetiva e a causa concorrente.
Desta maneira, o interesse da concausa é o que ocorrerá com a causa
concorrente.

Por sua vez, as concausas dividem-se em dois grupos: as


absolutamente independentes e as relativamente independentes. Ambas
possuem três espécies: preexistentes, concomitantes e supervenientes.
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Ponto 07. Relação de causalidade.
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Vale lembrar, preliminarmente, que a causa efetiva é sempre alheia à


causa concorrente, que é cometida pelo sujeito ativo do delito. Vale dizer
que, a causa efetiva, como diz o próprio nome, é a que realmente atinge o
resultado almejado pela causa concorrente. Daí, quando se tratar de
concausas absolutamente independentes, o sujeito ativo sempre responderá
por tentativa, já que, por circunstâncias alheias (causa efetiva
absolutamente independente da causa concorrente) à sua vontade, o
resultado foi atingido por outro motivo.

O mesmo não ocorre nas concausas relativamente independentes. Na


preexistente e concomitante, o sujeito ativo responderá por crime
consumado, isto porque, ainda que de forma indireta, a causa concorrente
deu origem a causa efetiva, ou seja, a relação entre elas é relativa.

Contudo, atenção especial merece a concausa relativamente


independente superveniente, que é regida pela causalidade adequada (art.
§ 1º, CP) e não pela causalidade simples. Na causalidade adequando,
somente haverá imputação do fato se, no conjunto fático (das causas), fosse
a conduta mais adequada à produção do resultado, conforme as regras de
experiência comum. Aqui, a análise é feita na linha de desdobramento
normal da causa concorrente, isto é, se a causa concorrente é adequada ou
não ao resultado ocorrido.

Vale lembrar ainda a teoria da imputação objetiva que surge para


freiar a causalidade objetiva (relação de causa e efeito – lembrando que
causalidade subjetiva é feita pela análise de dolo ou culpa).

Prosseguindo, a imputação objetiva acrescenta o nexo normativo na


análise da causalidade, que é composto pela criação ou incremento de um
risco não permitido; resultado dentro do alcance do tipo; e abrangência do
resultado pelo tipo penal.

Finalmente, há de se descrever a causalidade nos crimes omissivos.


Os crimes omissivos podem ser próprios e impróprios. Tendo em vista que
os crimes omissivos próprios, cuja omissão está descrita no tipo penal, são,
em regra, crimes de mera conduta (dever de agir), dispensa-se a relação de
causalidade, por não haver necessidade de resultado naturalístico, já que
sequer vem descrito no tipo penal, sendo mero exaurimento do delito.

Já nos crimes omissivos impróprios, onde o agente tem o dever de


evitar o resultado, respondendo, caso ocorra, como se o tivesse provocado,
não se fala em nexo de causalidade, mas em nexo jurídico, normativo. A lei
exige que evite o resultado, e como conseqüência do não impedimento, é
equiparado, repete-se, por lei, ao verdadeiro causador do evento.

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