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AMOSTRA DA OBRA
Hugo Goes
Manual de Direito
Previdenciário
teoria e questões
7ª edição
Apresentação XXVII
Siglas e abreviaturas XXIX
V Amostra da obra
Manual de Direito Previdenciário Sumário
2.1.3 Segurado trabalhador avulso 95 Capítulo 4 – Manutenção e perda das qualidades de segurado e de
2.1.4 Segurado especial 97 dependente 159
2.1.4.1 Regime de economia familiar 98 1 Manutenção da qualidade de segurado 159
2.1.4.2 Local da residência do segurado especial 99 2 Direitos preservados durante o período de graça 162
2.1.4.3 Produtor rural 99 3 Perda da qualidade de segurado 163
2.1.4.4 Pescador artesanal 101 3.1 Efeitos da perda da qualidade de segurado 164
2.1.4.5 Cônjuge, companheiro e filho maior de 16 anos de 4 Contribuinte individual em débito com a Previdência 165
idade 102 5 Perda da qualidade de dependente 168
2.1.4.6 Não descaracterização da condição de segurado Exercícios de Fixação 171
especial 103
2.1.4.7 Membro do grupo familiar que possui outra fonte Capítulo 5 – Prestações do Regime Geral de Previdência Social 175
de rendimento 104
2.1.4.8 Data da exclusão do segurado especial 106 1 Conceitos introdutórios 177
2.1.4.9 Comprovação da atividade rural 107 1.1 Carência 177
2.1.5 Segurado contribuinte individual 108 1.1.1 Contagem do período de carência 178
2.1.6 Situações específicas 125 1.1.2 Contagem da carência para o segurado especial 180
2.1.6.1 Dirigente sindical 125 1.1.3 Benefícios sujeitos à carência 182
2.1.6.2 Aposentado que volta a trabalhar 126 1.1.4 Perda da qualidade de segurado 183
1.1.5 Regra de transição 184
2.1.6.3 Trabalhador que exerce mais de uma atividade 126
1.2 Salário de Benefício (SB) 186
2.1.6.4 Enquadramento realizado pela fiscalização 127
1.2.1 Cálculo do salário de benefício 186
2.2 Segurado facultativo 127
1.2.2 Cálculo do salário de benefício para segurados filiados ao
2.3 Dependentes 129
RGPS até 28/11/99 190
2.3.1 Cônjuge 130
1.2.3 Salário de benefício do segurado que contribuir em razão
2.3.2 Companheira e companheiro 131 de atividades concomitantes 192
2.3.3 Companheiros homossexuais 133 1.2.4 Fator previdenciário 194
2.3.4 Filhos 134 1.3 Limites da renda mensal do benefício 196
2.3.5 Equiparados a filhos 136 1.3.1 Reajustamento do teto do RGPS 198
2.3.6 Os pais 137 1.3.2 Revisão do teto do RGPS nas Emendas Constitucionais
2.3.7 Irmãos 138 20/1998 e 41/2003 198
3 Filiação do segurado 138 1.4 Reajustamento do valor do benefício 199
4 Inscrição do segurado 139 1.5 Data de pagamento dos benefícios 202
5 Inscrição do dependente 140 1.6 Acidente do trabalho 203
5.1 Comprovação do vínculo e da dependência econômica 140 1.6.1 Hipóteses equiparadas a acidente do trabalho 204
6 Trabalhadores excluídos do RGPS 142 1.6.2 Nexo técnico epidemiológico 205
Exercícios de Fixação 143 1.6.3 Comunicação do Acidente de Trabalho – CAT 206
Capítulo 6 – Empresa e empregador doméstico: conceito 2.3.2.7 Desoneração da folha de pagamento 409
previdenciário 357 2.3.2.8 Empresas que prestam serviços de TI e TIC 413
1 Empresa 357 2.3.2.9 Contribuição da associação desportiva que
1.1 Equiparados a empresa 358 mantém equipe de futebol profissional 416
2 Empregador doméstico 359 2.3.2.10 Contribuição da agroindústria 417
Exercícios de Fixação 360 2.3.2.11 Contribuição do produtor rural pessoa jurídica 418
2.3.2.12 Contribuição do empregador rural pessoa física 419
Capítulo 7 – Financiamento da Seguridade Social 363 2.3.2.13 Contribuição da empresa optante pelo Simples
Nacional 420
1 Contribuição da União 365
2.3.2.14 Contribuição patronal do microempreendedor
2 Receitas das contribuições sociais 365
individual 421
2.1 Natureza jurídica das contribuições sociais 366
2.3.2.15 Entidade beneficente de assistência social que
2.2 Competência para instituição das contribuições sociais 369 atenda às exigências estabelecidas em lei 422
2.3 Contribuições sociais previdenciárias 370 2.3.2.16 Resumo das contribuições previdenciárias
2.3.1 Contribuição previdenciária do segurado 370 patronais 423
2.3.1.1 Contribuição do empregado, empregado doméstico 2.3.2.17 Contribuição da empresa para outras entidades e
e trabalhador avulso 370 fundos (terceiros) 427
2.3.1.2 Contribuição do trabalhador rural contratado por 2.3.3 Contribuição previdenciária do empregador doméstico 428
produtor rural pessoa física por pequeno prazo 374 2.3.3.1 Dedução da contribuição previdenciária do
2.3.1.3 Contribuição do contribuinte individual 375 empregador doméstico no imposto de renda 429
2.3.1.4 Contribuição do segurado especial 385 2.3.3.2 Seguro contra acidentes de trabalho para o
2.3.1.5 Contribuição do segurado facultativo 390 empregado doméstico 430
2.3.1.6 Arrecadação e recolhimento das contribuições dos 2.3.4 Contribuição previdenciária decorrente de ação
segurados 392 trabalhista 430
2.3.2 Contribuição previdenciária da empresa 393 2.4 Contribuições sociais não previdenciárias 433
2.3.2.1 Contribuição da empresa sobre a remuneração de 2.4.1 COFINS 433
empregados e trabalhadores avulsos 394 2.4.2 CSLL 434
2.3.2.2 Contribuição da empresa sobre a remuneração de 2.4.3 PIS/PASEP 434
contribuintes individuais 396 2.4.4 PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação 435
2.3.2.3 Contribuição da empresa sobre serviços prestados 2.4.5 Contribuição sobre a receita de concursos de prognósticos 436
por cooperados por intermédio de cooperativas de 3 Receitas de outras fontes 436
trabalho 399 4 Salário de contribuição 438
2.3.2.4 Contribuição da empresa para o RAT 4.1 Conceito de salário de contribuição 439
(antigo SAT) 401
4.2 Parcelas integrantes e não integrantes do salário de
2.3.2.5 Contribuição adicional ao RAT para o custeio da contribuição 440
aposentadoria especial 406
4.2.1 Parcelas integrantes do salário de contribuição 441
2.3.2.6 Instituições financeiras 408
4.2.2 Parcelas não integrantes do salário de contribuição 459 Capítulo 9 – Obrigações acessórias 527
4.3 Proporcionalidade 480 1 GFIP 529
5 Obrigações da empresa e demais contribuintes 480 2 Folha de pagamento 530
5.1 Obrigações da empresa 480 3 Contabilidade 531
5.2 Obrigação dos demais contribuintes 482 4 Matrícula da empresa 533
6 Prazo de recolhimento 483 5 Matrícula de obra de construção civil 534
7 Recolhimento fora do prazo: juros e multa 484 6 Matrícula do produtor rural pessoa física e do segurado especial 534
7.1 Juros de mora 485 7 Obrigações acessórias específicas 535
7.2 Multa de mora 485 7.1 Dos municípios 535
7.3 Multas de lançamento de ofício 487 7.2 Das instituições financeiras 535
7.3.1 Agravamento da multa de ofício 487 7.3 Dos cartórios de registro civil e de pessoas naturais 536
7.3.2 Redução da multa de ofício 488 7.4 Órgãos públicos, autarquias, fundações e empresas públicas 536
Exercícios de Fixação 489 8 Prazo de arquivamento de documentos 536
Exercícios de Fixação 537
Capítulo 8 – Retenção e responsabilidade solidária 507
1 Retenção de 11% 507 Capítulo 10 – Competência para arrecadar, fiscalizar e cobrar 541
1.1 Procedimento da retenção 508 1 Competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil 541
1.2 Hipóteses de incidência da retenção 509 2 Competência do INSS 541
1.3 Empresa optante pelo Simples Nacional 511 3 Exame da contabilidade 541
1.4 Cooperativa de trabalho 512 Exercícios de Fixação 543
1.5 Empresas beneficiadas pela desoneração da folha de pagamento 512
1.6 Jurisprudência a respeito da retenção de 11% 512 Capítulo 11 – Constituição do crédito previdenciário 545
2 Responsabilidade solidária 515
1 Lançamento por homologação 545
2.1 Responsabilidade solidária na construção civil 516
2 Confissão de dívida tributária 547
2.1.1 A responsabilidade solidária na construção civil será
2.1 GFIP 547
elidida 517
2.2 Empresas que integram grupo econômico 518 2.2 Lançamento de débito confessado 549
2.3 Produtores rurais integrantes de consórcio simplificado 519 3 Lançamento de ofício 549
2.4 Operador portuário e OGMO 519 3.1 Auto de Infração 550
2.5 Administradores públicos 519 3.2 Notificação de Lançamento 551
2.6 Ato praticado sem apresentação da CND 520 Exercícios de Fixação 552
2.7 Situações nas quais não há responsabilidade solidária 520
Capítulo 12 – Parcelamento 555
3 Responsabilidade dos administradores de pessoas jurídicas de direito
privado 520 1 Condições para formalização do parcelamento 555
Exercícios de Fixação 522 2 Prestações mensais acrescidas de juros 555
3 Contribuições que não podem ser objeto de parcelamento 556 3.3 Acidente do trabalho 588
4 Reparcelamento 556 3.4 Anulação de ato administrativo relativo à concessão de
5 Rescisão do parcelamento 556 benefício 588
6 Parcelamentos concedidos a Estados, Distrito Federal ou municípios 557 Exercícios de Fixação 590
Exercícios de Fixação 557
Capítulo 15 – Isenção de contribuições 593
Capítulo 13 – Compensação, restituição e reembolso 561 1 Isenção ou imunidade? 593
1 Compensação 561 2 Exigências estabelecidas em lei 594
1.1 Compensação de valores referentes à retenção de contribuições 3 Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social 598
previdenciárias na cessão de mão de obra e na empreitada 562 3.1 Certificação de entidade de saúde 598
1.2 Impossibilidade de compensação de créditos relativos às 3.2 Certificação de entidade de educação 599
contribuições previdenciárias com débitos de outros tributos 3.3 Certificação de entidade de assistência social 600
federais 562 3.4 Competência para concessão da certificação 601
1.3 Compensação de ofício 563 3.5 Cancelamento da certificação 601
2 Restituição 564 4 Requisitos para a concessão da isenção 602
2.1 Restituição de valores referentes à retenção de contribuições 5 Contribuições isentas 603
previdenciárias na cessão de mão de obra e na empreitada 565
6 Suspensão do direito à isenção 604
2.2 Restituição de contribuições para terceiros (SESC, SESI, SENAI,
Exercícios de Fixação 604
SENAC, SEBRAE etc.) 566
3 Acréscimo de juros 566
Capítulo 16 – Prova de inexistência de débito 607
4 Reembolso 567
5 Discussão administrativa 567 1 Competência para a emissão 607
Exercícios de Fixação 568 2 Exigência da CND ou da CPD-EN 607
2.1 Da empresa 608
Capítulo 14 – Decadência e prescrição 571 2.2 Do proprietário de obra de construção civil 609
2.3 Do incorporador 611
1 Distinção entre decadência e prescrição 571
2.4 Do produtor rural pessoa física e do segurado especial 612
2 Decadência e prescrição no custeio previdenciário 571
2.5 Na contratação de operações de crédito com instituições
2.1 Decadência em relação às contribuições previdenciárias 572
financeiras 612
2.2 Período de atividade do contribuinte individual alcançado pela
3 Prazo de validade 613
decadência 579
4 Verificação da autenticidade 613
2.3 Prescrição em relação às contribuições previdenciárias 579
5 Indicação da finalidade 613
2.4 Prescrição na restituição e compensação de contribuições 583
6 Possibilidades de emissão da CND e da CPD-EN 614
3 Decadência e prescrição em matéria de benefícios 584
6.1 A CND somente será expedida nas seguintes situações 614
3.1 Decadência 585
6.2 A CPD-EN será expedida quando houver débito em nome do
3.2 Prescrição 587
sujeito passivo 614
6.3 Falta de apresentação de GFIP 615 1.3 Falta de comunicação de acidente de trabalho 651
6.4 Divergência entre os valores declarados na GFIP e os efetivamente 1.4 Infrações relacionadas à GPS 654
recolhidos 616 1.5 Instituições financeiras 654
7 Estados, Distrito Federal e municípios 617 1.6 Órgão gestor de mão de obra 655
8 Ato praticado sem apresentação da CND 618 1.7 Demais infrações 656
Exercícios de Fixação 618 2 Circunstâncias agravantes da penalidade 656
3 Gradação das multas 656
Capítulo 17 – Crimes contra a Previdência Social 621 4 Auto de Infração – AI 657
1 Apropriação indébita previdenciária 621 Exercícios de Fixação 658
1.1 Conduta típica 622
1.2 Desnecessidade do ânimo de apropriação para a configuração do Capítulo 19 – Recursos das decisões administrativas 661
delito 625 1 Processo relativo ao custeio previdenciário 661
1.3 Bem jurídico tutelado 626 1.1 Competência para julgar o processo 661
1.4 Sujeitos ativo e passivo 626 1.2 Impugnação 662
1.5 Pena 627 1.3 Recurso dirigido ao Conselho Administrativo de Recursos
1.6 Extinção da punibilidade 628 Fiscais 663
1.7 Ação penal 631 1.3.1 Recurso voluntário 664
1.8 Aplicação do princípio da insignificância 633 1.3.2 Recurso de ofício 664
2 Sonegação de contribuição previdenciária 635 1.4 Recurso dirigido à Câmara Superior de Recursos Fiscais 665
2.1 Conduta típica 635 1.5 Esquema gráfico do processo administrativo fiscal 665
2.2 Pena 635 2 Processo relativo aos benefícios previdenciários 666
2.3 Extinção da punibilidade 636 2.1 Instâncias recursais 666
2.4 Ação penal 637 2.2 Efeito dos recursos 667
2.5 Bem jurídico tutelado e sujeitos ativo e passivo 638 3 Renúncia à instância administrativa 667
3 Falsificação de documento público 638 Exercícios de Fixação 667
4 Outros crimes 639
5 Regras gerais 640 Capítulo 20 – Dívida ativa: inscrição e execução judicial 671
6 Restrições 640 1 Inscrição 671
7 Apreensão de documentos 641 2 Prerrogativas do crédito previdenciário 671
Exercícios de Fixação 642 3 Requisitos da Lei de Execução Fiscal 672
4 Protesto de título 673
Capítulo 18 – Infrações à legislação previdenciária 647 5 Indicação de bens à penhora 673
1 Valores das multas 647 6 Leilão judicial de bens penhorados 673
1.1 Infrações relacionadas à GFIP 650 7 Parcelamento do valor da arrematação 674
1.2 Falta de inscrição de segurado 651 8 Adjudicação do bem penhorado 675
Bons estudos.
Hugo Medeiros de Goes
Antes da Lei Eloy Chaves, já havia o Decreto Legislativo 3.724, de 1919, Em 1930, por meio do Decreto 19.497, foram instituídas as CAPs para
sobre o seguro obrigatório de acidente do trabalho. Já havia também algumas leis os empregados nos serviços de força, luz e bondes.
concedendo aposentadorias para algumas categorias de trabalhadores (professo- A administração das CAPs ficava a cargo dos empregadores. O Estado,
res, empregados dos Correios, servidores públicos etc.). Assim, embora a doutrina mediante lei, apenas estabelecia as regras de funcionamento. A administração
considere a Lei Eloy Chaves como marco inicial da previdência brasileira, não é estatal da previdência social somente passou a ocorrer a partir do surgimento
correto afirmar que ela seja o primeiro diploma legal sobre Previdência Social. dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs).
A Lei Eloy Chaves ficou conhecida como marco inicial da Previdência
Social Brasileira devido ao desenvolvimento e à estrutura que a previdência
passou a ter depois do seu advento. 1.2 Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs)
É comum, em provas de concursos, aparecerem algumas questões acerca
Até 1930, como visto, a tendência era os regimes previdenciários se orga-
da Lei Eloy Chaves. Na resolução dessas questões, o candidato deve ter cuidado:
nizarem por empresa, por meio das CAPs. Na década seguinte, no entanto,
se a questão afirmar que antes dessa lei não existia nenhuma legislação em
houve a unificação das CAPs em Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs).
matéria previdenciária no Brasil, deve-se considerar a questão como ERRADA.
Nesse sentido, confira duas questões de provas de concursos: Os IAPs eram autarquias de nível nacional, centralizadas no governo
federal, organizadas em torno de categorias profissionais.
01. (Promotor de Justiça/MPE/ES/Cespe/UnB/2010) Antes do Decreto Legislativo Enquanto as CAPs eram organizadas por empresas, os IAPs eram orga-
4.682, de 24/1/1923, conhecido como Lei Eloy Chaves, não existia nenhuma nizados por categorias profissionais. Os IAPs abrangiam classes de trabalha-
legislação em matéria previdenciária no Brasil. Por esse motivo, o dia 24 de
dores no âmbito nacional.
janeiro é considerado oficialmente o dia da previdência social.
A partir de 1933, dentre outros, surgiriam os seguintes institutos:
02. (Procurador do Estado de Alagoas/Cespe/UnB/2009) A doutrina majoritária • 1933 – IAPM – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos
considera como marco inicial da previdência social brasileira a publicação do (criado pelo Decreto 22.872/33);
Decreto Legislativo 4.682/1923, mais conhecido como Lei Eloy Chaves, que
criou as caixas de aposentadoria e pensões nas empresas de estradas de ferro • 1934 – IAPC – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciá-
existentes, sistema mantido e administrado pelo Estado, sendo certo que, rios (criado pelo Decreto 24.273/34);
antes da referida norma, não havia no Brasil diploma legislativo instituidor • 1934 – IAPB – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários
de aposentadorias e pensões. (criado pelo Decreto 24.615/34);
• 1936 – IAPI – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários
A instituição organizadora considerou as duas questões acima como
(Lei 367/36);
ERRADAS, pelo mesmo motivo: embora considerada como marco inicial da
previdência brasileira, a Lei Eloy Chaves não foi o primeiro diploma legal sobre • 1938 – IPASE – Instituto de Pensões e Assistência dos Servidores do
Previdência Social no Brasil. Estado (Decreto-Lei 288/38);
• 1938 – IAPETEC – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empre-
Em 1926, o Decreto Legislativo 5.109 estendeu os benefícios da Lei Eloy
gados em Transportes e Cargas (Decreto-Lei 651/38);
Chaves aos empregados portuários e marítimos.
• 1939 – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Operários Estivado-
Em 1928, por força do Decreto 5.485, os trabalhadores das empresas de
res (Decreto-Lei 1.355/39);
serviços telegráficos e radiotelegráficos foram abrangidos pelo regime da Lei
Eloy Chaves. • 1945 – Por força do Decreto-Lei 7.720, de 9 de julho de 1945, o ins-
tituto dos estivadores foi incorporado ao IAPETEC, que passou a
se chamar Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Estivadores e 1.5 Novos benefícios previdenciários
Transportes de Cargas.
• 1953 – Por força do Decreto 34.586/53, foram unificadas todas as Em 1963, a Lei 4.266 instituiu o salário-família.
CAP’s de empresa ferroviárias e serviços públicos, surgidas a partir Em 1972, a Lei 5.859 incluiu os empregados domésticos como segurados
da Lei Eloy Chaves, dando origem ao Instituto dos Trabalhadores de obrigatórios da Previdência Social.
Ferrovias e Serviços Públicos (IAPFESP). Em 1974, a Lei 6.136 incluiu o salário-maternidade entre os benefícios
Vale registrar que, ao final dos anos 50, quase a totalidade da classe previdenciários e a Lei 6.179 criou o amparo previdenciário para as pessoas
trabalhadora (com vínculo empregatício) já estava filiada a um plano de Pre- com idade superior a 70 anos ou inválidos, no valor de meio salário mínimo.
vidência Social (ou seja, filiada a um dentre os vários IAPs). Em 1975, a Lei 6.226 estabeleceu a contagem recíproca do tempo de
Em 1954, o Decreto 35.448 aprovou o Regulamento Geral dos Institu- serviço em relação ao serviço público federal e na atividade privada, para
tos de Aposentadorias e Pensões, uniformizando todos os princípios gerais efeito de aposentadoria.
aplicáveis a todos os IAPs.
1.6 Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS)
1.3 FUNRURAL
Em 1977, por meio da Lei 6.439, foi instituído o Sistema Nacional de
Em 1963, tem início a proteção social na área rural: a Lei 4.214/63 criou Previdência e Assistência Social (SINPAS), tendo como objetivo a integração
o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL). das atividades da previdência social, da assistência médica e da assistência
social. O SINPAS agregava as seguintes entidades:
Em 1971, a Lei Complementar 11 instituiu o Programa de Assistência
ao Trabalhador Rural (PRORURAL). Por meio desse programa, o trabalhador • INPS – Instituto Nacional de Previdência Social, que tratava da con-
rural tinha direito à aposentadoria por velhice, invalidez, pensão e auxílio- cessão e manutenção dos benefícios;
-funeral, todos no valor de meio salário mínimo. Não havia contribuição por • IAPAS – Instituto de Administração Financeira da Previdência
parte do trabalhador. O FUNRURAL passou a ser uma autarquia, tendo a Social, que cuidava da arrecadação, da fiscalização e da cobrança das
responsabilidade de administrar o PRORURAL. contribuições previdenciárias;
• INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência
Social, que prestava assistência médica;
1.4 Instituto Nacional de Previdência Social (INPS)
• LBA – Fundação Legião Brasileira de Assistência, que prestava assis-
Em 1º de janeiro de 1967, com o surgimento do Instituto Nacional de tência social à população carente;
Previdência Social (INPS), foram unificados os Institutos de Aposentadorias • FUNABEM – Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor, que exe-
e Pensões (IAPs). cutava a política voltada para o bem-estar do menor;
O INPS foi criado pelo Decreto-Lei 72/66. Este decreto-lei é de 21/11/1966, • DATAPREV – Empresa de Processamento de Dados da Previdência
mas só entrou em vigor no primeiro dia do segundo mês seguinte ao de sua Social, que cuida do processamento de dados da previdência Social;
publicação, ou seja, no dia 01/01/1967. • CEME – Central de Medicamentos, que distribuía medicamentos,
gratuitamente ou a baixo custo.
A Lei 8.689, de 27/07/1993, extinguiu o INAMPS; posteriormente, a LBA, Em 1979, o Decreto 83.080 aprova o Regulamento dos Benefícios da Pre-
a FUNABEM e a CEME também foram extintas; a DATAPREV continua em vidência Social (RBPS) e o Decreto 83.081 aprova o Regulamento de Custeio
atividade, sendo empresa pública vinculada ao Ministério da Previdência Social. da Previdência Social (RCPS).
Em 1984, por meio do Decreto 89.312, foi aprovada nova Consolidação
1.7 Instituto Nacional do Seguro Social – INSS das Leis da Previdência Social (CLPS).
A Lei 8.029, de 12/04/1990, criou o Instituto Nacional do Seguro Social Em 24/07/1991, entraram em vigor as duas leis básicas da Seguridade
– INSS, autarquia federal vinculada ao então Ministério do Trabalho e Previ- Social (que, nos dias atuais, ainda continuam vigorando): a Lei 8.212, que
dência Social, mediante a fusão do IAPAS com o INPS. institui o plano de custeio da Seguridade Social e a Lei 8.213, que dispõe
sobre os planos de benefícios da previdência social. As duas leis foram regu-
lamentadas pelos Decretos 356/91 (custeio) e 357/91 (benefícios), ambos de
1.8 Ministério da Previdência Social 07/12/1991.
Os Decretos 611 e 612, ambos de 21/07/1992, substituíram os Decretos
Em 1971, foi criado o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS); 357/91 e 356/91, respectivamente.
pela primeira vez, a Previdência Social Brasileira adquiria status de Ministério.
Os Decretos 2.172 e 2.173, ambos de 05/03/1997, substituíram os Decretos
Em 1974, foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social 611/92 e 612/92, respectivamente.
(MPAS), desvinculado do Ministério do Trabalho.
O Decreto 3.048, de 06/05/1999 (que, nos dias atuais, ainda vigora),
A Lei 10.683, de 28/5/2003, reorganizou os Ministérios; o Ministério da aprova o Regulamento da Previdência Social, revogando os Decretos 2.172/97
Previdência e Assistência Social (MPAS) passou a ser denominado Ministério e 2.173/97.
da Previdência Social (MPS). Atualmente, a assistência social está vinculada
ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
1.10 Arrecadação e fiscalização das contribuições previdenciárias
1.9 Leis básicas da Previdência Social Inicialmente, a arrecadação e fiscalização das contribuições previdenciá-
rias era uma atribuição do IAPAS. Como vimos alhures, houve uma fusão do
Em 1954, o Decreto 35.448 aprovou o Regulamento Geral dos Institu- IAPAS com o INPS, dando origem ao INSS. A partir desse momento, as con-
tos de Aposentadorias e Pensões, uniformizando todos os princípios gerais tribuições previdenciárias passaram a ser arrecadadas e fiscalizadas pelo INSS.
aplicáveis a todos os IAPs.
A Lei 11.098, de 13/01/2005, atribui ao Ministério da Previdência Social
Em 1960, a Lei 3.807, Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), padro- competências relativas à arrecadação, fiscalização, lançamento e normatiza-
nizou o sistema assistencial e criou novos benefícios como o auxílio-natalidade, ção de receitas previdenciárias e autoriza a criação da Secretaria da Receita
auxílio-funeral e auxílio-reclusão. Este diploma não unificou os IAPs então Previdenciária no âmbito do referido Ministério.
existentes, mas criou normas uniformes para o amparo a segurados e depen-
A Lei 11.457, de 16/03/2007, extinguiu a Secretaria da Receita Previ-
dentes dos vários Institutos existentes.
denciária. Esta Lei entrou em vigor no dia 02/05/2007. A partir desta data, as
Em 1976, por meio do Decreto 77.077, foi aprovada a Consolidação das contribuições previdenciárias passaram a ser arrecadadas e fiscalizadas pela
Leis da Previdência Social (CLPS). A CLPS tinha a função de agregar, em um Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
mesmo corpo normativo, todas as leis previdenciárias existentes; era algo
semelhante a um Código Previdenciário.
1.11 A Previdência Social nas Constituições Federais contribuição da União, do empregador e do empregado, em favor da materni-
dade e contra as consequências da doença, da velhice, da invalidez e da morte.
A primeira Constituição a trazer a expressão aposentadoria foi a de Nesse sentido, confira o seguinte dispositivo da Constituição de 1946:
1891, que instituiu a aposentadoria para os funcionários públicos em caso de
invalidez, custeada integralmente pelo Estado. O art. 75 da Constituição de Art. 157. A legislação do trabalho e a da previdência social
1891 determinava o seguinte: obedecerão nos seguintes preceitos, além de outros que
visem a melhoria da condição dos trabalhadores:
Art. 75. A aposentadoria só poderá ser dada aos fun- (...)
cionários públicos em caso de invalidez no serviço da XIV – assistência sanitária, inclusive hospitalar e médica
Nação. preventiva, ao trabalhador e à gestante;
XV – assistência aos desempregados;
A Constituição de 1934 foi a primeira a estabelecer, em texto constitu-
XVI – previdência, mediante contribuição da União, do
cional, a forma tripartite de custeio, determinado a “instituição de previdência,
empregador e do empregado, em favor da maternidade e
mediante contribuição igual da União, do empregador e do empregado, a favor contra as consequências da doença, da velhice, da inva-
da velhice, da invalidez, da maternidade e nos casos de acidentes de trabalho lidez e da morte;
ou de morte” (art. 121, §1º, h). Essa foi também a primeira Constituição a uti- XVII – obrigatoriedade da instituição do seguro pelo
lizar a expressão previdência. Aqui, não se usou o termo Previdência Social, empregador contra os acidentes do trabalho.
mas apenas previdência.
A Constituição de 1937 teve por particularidade a utilização da expres- Em 1965, a Emenda Constitucional 11 acrescentou à Constituição de
são seguro social. Essa Constituição previu a instituição de seguros de velhice, 1946 o princípio da preexistência do custeio em relação ao benefício ou serviço,
de invalidez, de vida e para os casos de acidentes do trabalho. Nesse sentido, segundo o qual nenhuma prestação de serviço de caráter assistencial ou de
confira o seguinte dispositivo da Constituição de 1937: benefício compreendido na previdência social poderá ser criada, majorada ou
estendida sem a correspondente fonte de custeio total. Esse importante princípio
Art. 137. A legislação do trabalho observará, além de da Seguridade Social foi repetido pelas Constituições posteriores.
outros, os seguintes preceitos: A Constituição de 1967 acrescentou como riscos sociais a doença e o
(...) desemprego. Previu a criação do seguro-desemprego. Confira alguns disposi-
l) assistência médica e higiênica ao trabalhador e à ges- tivos da Constituição de 1967 relacionados à Previdência Social:
tante, assegurado a esta, sem prejuízo do salário, um
período de repouso antes e depois do parto; Art. 158. A Constituição assegura aos trabalhadores os
m) a instituição de seguros de velhice, de invalidez, de seguintes direitos, além de outros que, nos termos da lei,
vida e para os casos de acidentes do trabalho; visem à melhoria, de sua condição social:
n) as associações de trabalhadores têm o dever de prestar (...)
aos seus associados auxílio ou assistência, no referente às II – salário-família aos dependentes do trabalhador;
práticas administrativas ou judiciais relativas aos segu-
(...)
ros de acidentes do trabalho e aos seguros sociais.
XI – descanso remunerado da gestante, antes e depois do
parto, sem prejuízo do emprego e do salário;
A Constituição de 1946 foi a primeira a utilizar a expressão Previdência
Social em seu texto. Essa Constituição estabeleceu uma previdência, mediante (...)