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Oi Pessoal,
QUESTÕES EM SEQUÊNCIA
1
LETRA D.
2
LETRA D
3
ERRADO.
9
LETRA E.
10
LETRA C.
11
LETRA B.
12
LETRA D.
13
LETRA E.
14
LETRA E.
15
LETRA A.
16
LETRA A.
17
LETRA E.
18
LETRA E.
19
LETRA A.
20
LETRA D.
21
LETRA D.
22
LETRA A.
23
LETRA A.
24
LETRA C.
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LETRA E.
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LETRA C.
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LETRA B.
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LETRA A.
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LETRA A.
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LETRA B.
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LETRA B.
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LETRA B.
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LETRA C.
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LETRA B.
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LETRA A.
36
LETRA D.
37
LETRA D.
38
LETRA B.
39
LETRA A.
40
LETRA B.
QUESTÕES COMENTADAS
1) (2008/FCC – MPR – Ag.Administrativo-N12)
desconcentração administrativa é:
a) terceirização de execução de serviços para empresas
permissionárias, com ou sem licitação.
b) atribuir a outrem poderes da Administração.
c) delegação de execução de serviços para empresas concessionárias,
mediante licitação.
d) repartição das funções entre os vários órgãos de uma mesma
administração.
e) descentralização das atividades públicas ou de utilidade pública.
Comentários:
A questão, em si, não nos oferece alto grau de dificuldade. É
corriqueiro nossas ilustres organizadoras nos testarem quanto à
distinção entre desconcentração e descentralização. Por isso, antes
da resposta propriamente dita, que tal um “passeio” pelos principais
conceitos?
Basicamente, devemos conhecer os conceitos de Centralização X
DesCENtralização X DesCOncentração administrativas.
Interessante notar como a formação das palavras, por vezes, pode
nos causar problemas para o integral entendimento dos conceitos
jurídicos. Por exemplo: desconcentrar e descentralizar não
poderiam ser vistas como expressões sinônimas, quase
perfeitas, etimologicamente, porque, ao fim, ambas querem
dizer retirar do centro? Contudo, juridicamente e para efeito de
concursos, as ditas expressões possuem diferenças significativas.
O conceito de centralização é, de todos, o de mais fácil assimilação.
Os amigos já devem ter ouvido falar, no dia-a-dia, em “pessoas
centralizadoras”, o que isso quer dizer?
Quer se referir àquela pessoa que realiza as tarefas sem qualquer
distribuição de parcela da atribuição a qualquer pessoa. Por
exemplo: na casa de VAN, ela é quem lava, passa, e cozinha,
logo, realiza as tarefas de forma centralizada. Já na casa de Dona
Regiane, é Fifo quem cozinha, lava, e passa, houve distribuição de
determinadas tarefas de titularidade de Regiane a outra pessoa
(garota inteligente, para que centralizar se é possível descentralizar,
tudo em nome da eficiência!).
Síntese do aprendizado:
- O Estado pode realizar suas tarefas de forma centralizada,
desconcentrada, e descentralizada;
- A desconcentração ocorre internamente à pessoa jurídica,
representando a criação de órgãos dentro da mesma entidade;
- A desconcentração admite as seguintes classificações: territorial ou
geográfica; por matéria; e por hierarquia;
- A desconcentração, por ser interna, gera subordinação hierárquica
entre os órgãos e os agentes;
- A descentralização é movimento para fora, pressupõe, portanto, a
existência de nova pessoa (jurídica ou física);
- Na descentralização, não há subordinação, existe apenas um
vínculo;
- A descentralização admite as seguintes classificações: territorial;
por colaboração; e por serviços (técnica ou funcional);
- A descentralização por colaboração não se confunde com a por
serviços. Naquela, o Estado não transfere a titularidade
(apenas a execução); nesta, o Estado repassa tanto a
titularidade quanto execução.
Gabarito: alternativa D.
Ocorre a transferência de
Ocorre a transferência da EXECUÇÃO
TITULARIDADE e EXECUÇÃO
da atividade, mas não da
da atividade objeto da
TITULARIDADE da atividade.
descentralização
Gabarito: alternativa A.
Teoria da
Teoria do Mandato
Representação
Não acarretaria
qualquer
responsabilidade
para o Estado se o
ato fosse ilícito
A quem pode
Competência Por meio de
ser delegada?
Criação e Extinção de
Lei (Privativa
Ministérios e Órgãos na CN
do PR)
Administração Pública (Art. 88)
Âmbito do Poder
Criação e Executivo Lei (Privativa Ministros, AGU
Extinção de Federal do PR) e PGR
Órgãos na (Art. 84, VI, a)
(o)
Poder Legislativo Resolução -
Decreto
Estruturação e atribuições dos Autônomo Ministros, AGU
cargos (Art. 84, inc. VI) (Privativo do e PGR
PR)
PGR: Procurador-Geral da
PR: Presidente da República
República
CN: Congresso Nacional
MP: Ministério Público
AGU: Advogado-Geral da União
TC: Tribunal de Contas
Gabarito: alternativa D.
ÓRGÃOS ENTIDADES
Comentários:
Opa. Não estudamos a classificação presente no item I.
Seguinte, brothers, isso sempre vai acontecer contigo. Sempre!
Ninguém consegue estudar tudo e aprender tudo! Por isso, em
concursos, conta também, ou, sobretudo, o “jogo-de-cintura”. Assim,
que tal tentarmos resolver a questão só com o que já sabemos?
O item II está incorreto, afinal os órgãos superiores, exemplo dos
Gabinetes, não gozam de autonomia administrativa ou financeira.
Apenas os órgãos independentes e autônomos gozam de autonomia
financeira e administrativa.
O item III está correto, isso porque a decisão na Presidência e na
Diretoria parte de um único agente. Na Presidência, pela nossa
Presidente; na Diretoria, pelo(a) Diretor(a).
Vejamos.
a) I, apenas. NÃO PODE SER A RESPOSTA, POIS O ITEM III
ESTÁ CORRETO. OU SEJA, NÃO PRECISEI SABER SE O ITEM I É
OU NÃO VERDADEIRO.
b) I e II, apenas. NÃO PODE SER A RESPOSTA, POIS O ITEM II
ESTÁ ERRADO.
d) II e III, apenas. NÃO PODE SER A RESPOSTA, POIS O ITEM II
ESTÁ FALSO.
e) I, II e III. O ITEM II ESTÁ FALSO.
VOILÀ. POR ELIMINAÇÃO, CHEGAMOS À ALTERNATIVA C. ITENS I E
III ESTÃO CORRETOS.
Legal, Sean, mas o que são os tais órgãos locais. Das multivariadas
classificações, destaca-se a quanto à esfera de ação. Segundo essa,
os órgãos podem ser centrais e locais.
Como o próprio nome denuncia, os órgãos centrais são aqueles que
exercem as suas atribuições de forma abrangente, por exemplo, os
Ministérios atuam em todo o território Nacional; as Secretarias
Estaduais, sobre todo o território do Estado; e as Secretarias
Municipais, sobre toda a linha do território do Município. Já os órgãos
locais atuam apenas sobre parte do território.
Gabarito: alternativa C.
Comentários:
As entidades da indireta desenvolvem diversas atividades. Dessas,
a principal determinará um vínculo junto a um Ministério (maior
parte das vezes), o qual será responsável pela supervisão, tratando-
se, obviamente, de uma entidade federal, isso porque, se estivermos
diante de entidades estaduais, municipais, ou distritais, a supervisão
é incumbência de órgão correspondente ao Ministério, muitas das
vezes, Secretarias estaduais e municipais, conforme o caso.
O vínculo da entidade da indireta junto a um Ministério é do tipo
não hierárquico, não subordinado, havendo, especialmente, um
controle administrativo de resultados ou finalístico. Com outras
palavras, o controle da Administração Direta sobre a Indireta
será efetuado dentro da finalidade para a qual foi criada, dentro
do que a doutrina denomina princípio da especialidade.
AUTARQUIA
Autonomia administrativa
Transfere titularidade E
Transfere APENAS a execução
execução
Gabarito: alternativa A.
Comentários:
As sociedades de economia mista podem assim ser definidas (DL
200/1967):
Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a
forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a
voto pertençam, em sua maioria, à União ou a entidade da
administração indireta.
Gabarito: alternativa C.
Gabarito: Alternativa A.
Entidades
SEM EP
Federais
Gabarito: alternativa B.
Comentários:
Vamos reforçar o aprendizado. Com relação ao foro competente para
julgamento das causas em que sejam partes as mistas ou as
empresas públicas a resposta é simples a partir da CF/1988 e de
entendimentos do STF:
- Nas causas em que seja parte Empresa Pública FEDERAL,
a competência da Justiça FEDERAL (inc. I do art. 109 da
CF/1988);
- Nas que seja parte Sociedade de Economia Mista (U, E, M),
competência da Justiça Estadual (Súmula/STF 556); e
- Nas que seja parte Sociedade de Economia Mista FEDERAL,
competência da Justiça Federal, quando a União
intervém como assistente ou opoente (Súmula/STF
517).
Peço que não cometam esse erro! Justiça Comum pode ser Federal
ou Estadual. Ao lado da Justiça Comum (federal ou estadual), lembro
que há causas também de justiça especializada (Eleitoral, penal
Militar, e Trabalho), as quais, inclusive, afastam a regra de que as
decisões sejam julgadas na Justiça Comum.
Por vezes (ou quase sempre), casos práticos são melhores que “mil
palavras”, por exemplo: o Banco do Brasil possui 99,00% das ações
em que se subdividem o capital social da empresa “X”, tendo,
portanto, o controle majoritário da referida empresa (controle direto).
Já a União tem o controle societário do Banco do Brasil, num
total de 71,8% das ações ordinárias emitidas por esta Entidade,
assim, a União controla também a empresa “X”, só que de forma
indireta, no percentual de 71,08% (99% x 71,8%). Assim, em termos
comerciais, a empresa “X” seria tanto subsidiária do Banco do
Brasil (1º grau) como da União (2º grau).
Gabarito: alternativa B.
Comentários:
As autarquias, atualmente, podem conviver sob dois regimes: o
comum e o especial. As autarquias sob o regime especial têm sido
bastante cobradas nos concursos, sendo as agências reguladoras e
as executivas as principais.
Comentários:
Excelente questão de FCC! Vejamos, de pronto, a resposta, para
depois avançarmos nos erros nos demais quesitos, ok?
O art. 24 da Lei de Licitações nos fornece um rol, exaustivo, de
situações em que a modalidade prévia de licitação poderá ser
dispensável. Enfim, hipóteses que, quando ocorridas, garantem ao
administrador margem de conveniência e oportunidade para licitar ou
não licitar. Os incisos I e II do artigo, por exemplo, permite a
dispensa de licitação em razão do valor. Para obras e serviços de
engenharia, até R$ 15.000,00, e para compras e outros serviços, até
R$ 8.000,00. Isso mesmo. Até 10% do limite superior da modalidade
de licitação convite.
Legal, mas qual é a ligação do artigo mencionado com as
agências executivas?
É que, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei, o limite de
isentar a modalidade de licitação é 100% superior para as SEMs, EPs,
Consórcios Públicos, e Agências Executivas. Isso mesmo. Enquanto
uma autarquia, sob o regime comum, pode contratar diretamente,
em razão do valor, uma obra até R$ 15 mil reais, as Agências
Executivas, até R$ 30 mil reais. Daí a correção da alternativa D.
Vejamos os erros nos demais quesitos.
(A) tais agências não possuem autonomia de gestão, porém AFINAL
a lei assegura a disponibilidade de recursos orçamentários e
Comentários:
Questão de fixação. É de se registrar que a qualificação de
autarquias e fundações como agências executivas tem como
objetivo a ampliação da autonomia dessas entidades, com as
consequentes melhorias da eficiência e redução de custos.
Gabarito: alternativa A.
Comentários:
Sem dificuldades. A resposta é letra “B”. “Pra” dizerem por aí que
estou um “cadinho” preguiçoso, por causa das festas de fim-de-ano,
vamos fazer algumas considerações sobre as tais fundações de apoio
e os serviços sociais autônomos.
As Fundações de Apoio são fundações de direito privado, sem
fins lucrativos, instituídas de acordo com os ditames do Código
Civil, cujo principal objetivo é dar apoio a certas instituições, como
universidades, hospitais, etc.
Regidas pela Lei 8.958/1994, há um sem-número de fundadas
críticas doutrinárias a respeito de tais instituições, sobretudo no que
diz respeito às fundações de apoio às instituições públicas federais de
ensino superior (as IFES - universidades federais, por exemplo).
Hoje para cada uma das universidades federais “gravita” uma
fundação de apoio, a qual, muitas das vezes, exerce o papel da
própria universidade, como, por exemplo, as atividades de pesquisa e
extensão. Além disso, muitas fundações de apoio têm sido utilizadas,
de maneira prática, como um meio de “burlar” regras impostas às
instituições públicas. Explique-se.
Comentários:
Isso mesmo. A resposta é letra “D”. Parabéns, inclusive se você
errou, pois é errando que se aprende! Errar-cair-Levantar! Errar-cair-
Levantar!
Abaixo, os erros nos demais quesitos.
(A) SÓ podem ter natureza jurídica de direito público ou privado.
(B) NÃO podem se revestir da forma de fundações ou empresas
estatais, SÃO ENTIDADES PRIVADAS, SEM FINS LUCRATIVOS,
NÃO INTEGRANTES DO APARATO ESTATAL.
(C) prestam serviço público DE UTILIDADE PÚBLICA,
INCONFUNDÍVEL sob a COM AS modalidades de permissão OU
CONCESSÃO, não se submetendo, no entanto, ao regime de
concessões.
(E) atuam exclusivamente nos setores de saúde e cultura E OUTROS
SERVIÇOS COMPETITIVOS, MAS NÃO sob a forma de
organizações sociais.
Gabarito: alternativa D.
Comentários:
As agências reguladoras não podem inovar na ordem jurídica,
apesar de deterem maior discricionariedade na descrição de suas
normas. Essa discricionariedade (técnica) decorre do fato de o
legislador criar normas com conceitos muita das vezes
indeterminados (elásticos ou plurissignificativos), a serem
concretizados pelas agências reguladoras. Embora indeterminados,
tais conceitos darão o contorno para atuação da entidade, a qual
deve cumprir, efetivamente, com a vontade da norma originária
(e nunca extrapolá-la).
Sinteticamente, ficamos assim: pelo caráter diferenciado da
Reguladora, é-lhe assegurada maior margem de liberdade de
atuação (ampla discricionariedade), em razão da nova realidade
verificada no funcionamento social.
Todavia, essa maior amplitude de autuação não poderá desbordar
(ultrapassar) os limites colocados pela Lei, em razão do princípio da
legalidade, ao qual igualmente se submete a entidade reguladora. Os
amplos poderes normativos não são garantia para que as
reguladoras editem regulamentos autônomos (leia-se:
independentes da Lei).
Agora, vamos às análises dos quesitos.
Item A – INCORRETO. As agências reguladoras não são novas
figuras jurídicas, são sim autarquias, logo integrantes da
Administração Indireta. Todavia, distinguem-se das demais
autarquias pelo fato de contar com regime especial, daí a
incorreção do item, ao afirmar sê-las novas figuras.
Comentários:
Comentários:
No Brasil, por decisão política (adequada, diga-se de passagem),
decidiu-se que a criação das agências reguladoras seria sob a
forma de autarquia, exatamente em razão da necessidade de se
garantir maior autonomia, independência, e não subordinação,
em relação à Administração Direta, e, assim, desempenharem
suas atribuições de forma imparcial, sem o envolvimento de questões
eminentemente políticas, centrando-se toda sua atuação (do início ao
fim) em debates técnicos.
Isso mesmo! Nunca ouve obrigatoriedade de as agências reguladoras
se configurarem sob a capa autárquica, e nem mesmo nunca se
previu que deveriam ter regime especial! Fiquem atentos a isso!
Como são autarquias, a criação de cada uma das reguladoras (e já
são muitas!) deu-se por meio de lei específica (art. 37, XIX, da
CF/1988). Assim, apesar de se travestirem de “natureza especial”, as
reguladoras (enfatize-se) não deixam de ser autarquias, devendo
ser seguido o rito constitucional para a criação desta, ou seja, lei
específica.
Agências Reguladoras
Exclusivamente administrativa
Comentários:
Vamos às análises.
Item I - FALSO. As sociedades de economia mista e as
empresas públicas têm personalidade jurídica de direito privado.
Item II - FALSO. Não há vedação de as agências reguladoras
funcionarem como poder concedente. Dessa forma, poderão,
depois da prévia licitação, celebrar contratos de concessão com
particulares para a prestação de serviços públicos. Forçando a
barra, o erro do item está na passagem “(...) regime especial em
virtude de sua criação por lei específica (...)”. Todas as autarquias,
sem exceção, foram ou são criadas por lei específica, e, nem por
isso, todas gozam de regime especial. Ou seja, o simples fato de a
agência reguladora ter sido criada por lei específica não é condição
necessária para que seu regime seja considerado especial.
Comentários:
Bom, feitos os esclarecimentos necessários, passemos aos itens da
questão, com o realce de que devemos procurar pela sentença
incorreta.
Alternativa A – CORRETA. O lugar-comum para a criação das
agências reguladoras ou controladoras foi a capa como
autarquias, ou seja, possuidoras de natureza jurídica de direito
público.
Alternativa B – CORRETA. Como dissemos, apesar de poder
normatizar, as Reguladoras, tais quais as demais entidades
administrativas, estão adstritas aos limites das Leis.
Alternativa C – CORRETA. A independência do corpo diretivo se
dá, sobretudo, em razão do mandato fixo atribuído aos seus
Diretores.
Alternativa D – CORRETA. De fato, as reguladoras, dentro da
área de atuação, podem exercer poder de polícia, limitando as
liberdades individuais em prol do coletivo.
Alternativa E – INCORRETA. As agências reguladoras são, hoje,
autarquias. Por isso, estão, inafastavelmente, ligadas (vinculadas)
a um órgão supervisor, que no caso federal costumam ser os
Ministérios.
Gabarito: alternativa E.
Comentários:
Comentários:
ADI 3244
Gabarito: alternativa B.
Comentários:
Vamos direto aos quesitos.
Alternativa A - CORRETA. As sociedades de economia mista
podem assim ser definidas (DL 200/1967):
Entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, criada por lei para a exploração de
atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam,
em sua maioria, à União ou a entidade da
administração indireta.
Acrescento que o conceito acima não está isento de críticas. A
primeira é quando informa que tais entidades serão criadas por lei,
isso porque o art. 37, inc. XIX, da CF dispõe que são apenas
autorizadas por lei. A segunda é quando informa que a entidade
se destina à exploração de atividade econômica, já que existem
muitas que prestam serviços públicos, como, por exemplo, a
SABESP e o Metrô-SP.
Alternativa B - CORRETA. A empresa pública é pessoa jurídica
de direito privado. Na Administração Indireta, empresas públicas,
sociedades de economia mista e algumas fundações públicas são
pessoas jurídicas de direito privado.
Alternativa C - CORRETA. Os Serviços Sociais Autônomos – SSA
(vulgarmente denominado “Sistema S”) são pessoas jurídicas de
direito privado, sem fins lucrativos, destinados a propiciar
assistência social, médica, ou ensino à população ou a certos
grupos profissionais. Não integram a Administração Direta e
sequer Indireta. São classificados como entidades paraestatais,
localizadas no Terceiro Setor do Estado.
Em regra, a principal fonte de recursos são as contribuições de
empresas, arrecadadas e repassadas pela Receita Federal do Brasil
aos SSA, são exemplos: SESC; SEBRAE; SENAI; ABDI; APEX; e
SENAT.
Alguns SSA celebraram contratos de gestão com órgãos da
Administração direta ou convênios com entidades
Comentários:
As várias passagens teóricas são suficientes para “matarmos” (com
um só tiro) a presente questão, portanto, direto às análises.
Item A – CORRETO. No plano federal, todas as fundações
governamentais, então existentes, detêm personalidade jurídica
de Direito Público (Funasa, Funai, IBGE etc.), logo, seguindo o
precedente do STF, todas as fundações federais possuem
natureza de autarquias, com outras palavras, suas características
as aproximam das autarquias, daí a correção do item.
Item B – CORRETO. O tema responsabilidade civil é objeto de outro
tópico do livro. Adianto, no entanto, que só há responsabilidade
objetiva do Estado (art. 37, §6º), quando as entidades privadas
forem prestadoras de serviços públicos e não interventoras do
domínio econômico, daí a correção do quesito.
Item C – CORRETO. Os extintos territórios são chamados de
autarquias federais por parte da doutrina. Portanto, as autarquias
territoriais são, de fato, figuras conhecidas, com a particularidade de
que os territórios hoje não estão entre nós (nada impede o retorno,
obviamente), daí a correção do quesito.
Item D – CORRETO. Por exemplo, a Infraero é empresa pública e
prestadora de serviços públicos, apesar de seguir normas de
direito privado, não se afasta mesmo de cumprir normas de
direito público, como realização de concursos públicos e licitações,
por exemplo, representativo de verdadeiro sistema híbrido, daí a
correção do quesito.
Item E – INCORRETO. O item não está falso, está falso ao cubo,
isso porque as agências reguladoras detêm personalidade
jurídica de direito público e, por desempenharem atividade típica
de Estado (fiscalização e regulação), estão sendo criadas com a capa
de AUTARQUIAS, daí a correção do item.
Gabarito: alternativa E.
Comentários:
Alternativa A - INCORRETA. No Brasil, por decisão política,
decidiu-se que a criação das agências reguladoras seria sob a
forma de autarquia, exatamente em razão da necessidade de se
garantir maior autonomia, independência, e não subordinação,
em relação à Administração Direta, e, assim, desempenharem suas
atribuições de forma imparcial, sem o envolvimento de questões
eminentemente políticas, centrando-se toda sua atuação (do início ao
fim) em debates técnicos.
Isso mesmo! Nunca ouve obrigatoriedade de as agências
reguladoras se configurarem sob a capa autárquica, e nem
mesmo nunca se previu que deveriam ter regime especial!
Como são autarquias, a criação de cada uma das reguladoras (e já
são muitas!) deu-se por meio de lei específica (art. 37, XIX, da
CF/1988). Assim, apesar de se travestirem de “natureza especial”,
as reguladoras (enfatize-se) não deixam de ser autarquias,
devendo ser seguido o rito constitucional para a criação desta, ou
seja, lei específica.
A natureza de autarquia é justificável para a reguladora em razão
das atividades exercidas pela entidade: típicas do Poder Público
(regulação, poder de polícia, fomento etc.), o que demanda a
natureza jurídica de direito público.
Alternativa B - INCORRETA. Dispensa maiores comentários. As
autarquias são entidades administrativas integrantes da
Administração Indireta.
Comentários:
Vamos direto às análises.
Item A – INCORRETO. Só uma parte do quesito está perfeita
(“surgiram no Brasil com a finalidade primeira de regular e
controlar os serviços públicos que passaram a ser prestados pela
iniciativa privada na década de 1990”). O erro do quesito é afirmar
que as atuais agências são integrantes da Administração Direta.
Item B – INCORRETO. O lugar-comum foi a constituição na
qualidade de autarquias e não como SEM, EP, ou fundações, daí a
incorreção do item.
Item C – CORRETO. Dispensa maiores comentários.
Item D – INCORRETO. As agências reguladoras podem funcionar
na qualidade de árbitras, na resolução de litígios surgidos entre as
concessionárias e, ainda, entre essas e os usuários. Todavia, as
decisões de tais entes são suscetíveis de tutela jurisdicional,
sendo inaplicável a jurisdição administrativa, suas decisões não
formam coisa julgada, daí a incorreção do item.
Item E – INCORRETO. A relação de seus servidores é
estatutária, afinal de contas, desempenham atividade típica de
Estado, daí a incorreção da alternativa.
Gabarito: alternativa C.
Comentários:
Questão de alto nível de complexidade. Com o Plano Diretor da
Reforma do Estado, houve o redesenho do Estado, mas precisamente
sua repartição em setores (três, para sermos mais exatos), tudo com
o afã de enxugamento da máquina Estatal, em caminho à
racionalidade administrativa, ao cumprimento mais completo do
princípio da eficiência (a convencionada reforma gerencial).
Naquele instante (meados de 1990), percebeu-se que o Estado
deveria, então, concentrar-se na definição de políticas públicas
(Primeiro Setor – Núcleo Estratégico) e na execução dos serviços tão-
somente exclusivos (Primeiro Setor – atividades exclusivas,
como os realizados pelas agências autônomas, exemplo:
executivas), contando, portanto, com os particulares, seja para o
exercício dos serviços sociais (Terceiro Setor – atividade de
fomento do Estado – atividade paralela – paraestatal), seja para os
serviços comerciais e industriais (os geradores de renda,
lucrativos – Segundo Setor – mercado).
No entanto, para que o Estado se certificasse da prestação adequada
dos serviços (especialmente, os comerciais), houve a ideia de se criar
estruturas no interior do Estado para a fiscalização, regulação,
normatização dos serviços por particulares (exemplo das
concessionárias).
Comentários:
Questão de fixação.
As atuais Agências Reguladoras foram criadas por lei sob a
natureza jurídica de autarquias em regime especial, portanto,
integrantes da Administração Indireta ou Descentralizada do
Estado, não sujeitas à subordinação hierárquica, típica dos
órgãos da Administração central. Daí a correção da alternativa “C”.
Vejamos os erros nos demais quesitos.
a) integram a administração direta INDIRETA, vinculadas que estão
a órgãos do Poder Executivo.
b) poderão constituir-se como autarquias ou fundações, públicas ou
privadas.
d) integram o chamado Terceiro Setor PRIMEIRO SETOR,
assumindo atividades de interesse público DE NATUREZA
EXCLUSIVA DO ESTADO.
Comentários:
Com a política de transferência para o setor particular da execução
dos serviços públicos, as atividades de regulação, de controle e
de fiscalização ficaram reservadas à Administração. Nesse contexto,
houve a necessidade de criação de entidades para a promoção,
com eficiência, dessas atividades: as Agências Reguladoras.
Tais Agências são criadas diretamente por lei específica com a
natureza jurídica de autarquias sob o regime especial, portanto,
integrantes da Administração Pública Indireta, sendo-lhes
conferidas maiores prerrogativas comparativamente às
autarquias comuns.
Diante da realidade em que a autonomia e a independência são
condições indispensáveis à atividade reguladora, há prerrogativas e
características especiais para garantir a eficácia da atividade
de fiscalização pelas Agências, são exemplos: a independência
administrativa, a especialização técnica, e o poder normativo.
Relativamente à independência administrativa, as Agências
gozam de autonomia reforçada em relação aos Poderes centrais do
Estado e, em especial, em face da Administração Pública Direta do
Poder Executivo, nesse caso principalmente em razão da
estabilidade de seus dirigentes, os quais não podem ser
exonerados “ad nutum” por possuírem mandato fixo, sendo a
exoneração precedida de contraditório e de ampla defesa. De
Comentários:
Questão de reforço. Revimos que as agências executivas são,
metaforicamente, o “Homem de Ferro”. O cara, sem aquele “troço”
de ferro, não é assim tão forte, né? A roupa de ferro não cria uma
nova pessoa, mas dá uma nova roupagem à antiga pessoa. Daí a
correção da alternativa “A”.
Vejamos, abaixo, os erros nos demais quesitos.
b) as Agências Reguladoras gozam de uma autonomia precária
INDEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA, conferida pela simples
contratualização de suas atividades POR LEI.
Comentários:
As agências executivas são antigas autarquias ou fundações,
agora com nova roupagem. As autarquias são pessoas
administrativas que realizam serviços exclusivos do Estado, daí a
correção da alternativa “D”.
Vejamos, a seguir, os erros nos demais itens.
a) Agências reguladoras são criadas POR LEI por determinação do
Presidente da República.
Comentários:
Vamos às análises.
Item I - CORRETO. Quanto ao regime, as autarquias podem ser
comuns ou especiais. São exemplos de autarquias sob o regime
especial: as agências executivas e as agências reguladoras.
Daí a correção do quesito.
Item II - CORRETO. Entre as atividades afetas à disciplina e
controle de tais entidades destacam-se os serviços públicos
relacionados à energia elétrica (exemplo da ANEEL), transportes
terrestres (exemplo da ANTT), transportes aquaviário (exemplo da
ANTAQ), aviação civil (exemplo da ANAC), atividades de fomento
(exemplo da ANCINE) e fiscalização de atividade privada (exemplo da
ANS).
Item III - CORRETO. Os primeiros monopólios quebrados, ainda
que parcialmente, foram das telecomunicações e do petróleo (art. 21,
inc. XI, e art. 177, § 2º, inc. III, da CF/1988), no ano de 1995,
vejamos as redações:
Terceiro Setor
No presente item, vamos aprofundar o assunto entidades de
colaboração/cooperação com o Poder Público, especialmente as
paraestatais, as quais são integrantes do Terceiro Setor (3º
setor). Isso mesmo, não são entidades componentes da
Administração Pública (direta ou indireta). É tema da “moda”
(valor de maior frequência em uma distribuição) em provas recentes.
Façamos, então, breve “passeio” pela paraestatalidade.
Etimologicamente, paraestatal é aquela que se coloca ao lado do
Estado, mas não o integra, assim, não são integrantes da
estrutura do Estado. As paraestatais se localizam no chamado 3º
setor (o 1º é o Estado – núcleo estratégico e serviços exclusivos; o
2º, o mercado), logo, chamado por ser composto por sociedades
civis de fins públicos não lucrativos (atividades competitivas ou
serviços não exclusivos, como saúde, cultura, educação etc.).
OS OSCIP
Conselho Fiscal
Comentários:
Vamos direto às análises.
No item I, inicia-se com a expressão “pessoas jurídicas de direito
público”. Assim, de pronto, o bom candidato relembra das autarquias,
algumas fundações governamentais e os entes políticos. Depois, na
afirmativa, a banca informa: “(...) têm poderes políticos (...)”. Voilà!
Só os entes políticos ou federados detêm poderes políticos, afinal as
entidades integrantes da Administração Indireta gozam de
capacidade exclusivamente administrativa. Assim, ficamos entre as
alternativas “B”, “C” e “E”.
No item II, a banca alude à pessoa de Direito Público com natureza
meramente administrativa. Logo, temos as autarquias e as fundações
públicas de Direito Público. A questão está “morta”, afinal a única
alternativa que faz menção à autarquia é a letra B.
No item III, a banca destaca os entes de cooperação ou paraestatais,
localizados no Terceiro Setor do Estado, ou seja, do lado de fora da
Administração Direta e Indireta do Estado, prestadores de serviços ou
atividades de interesse coletivo, sendo destituídos de finalidade
lucrativa, e dotados de personalidade jurídica de Direito Privado.
Gabarito: alternativa B.
Comentários:
Com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, em meados
de 1990, houve o redesenho do Estado, com a sua repartição em
quatro setores, com o objetivo de promover o enxugamento da
máquina estatal, em caminho à racionalidade administrativa e ao
efetivo cumprimento do princípio da eficiência.
Naquele instante, percebeu-se que o Estado deveria concentrar-se na
definição de políticas públicas, por meio do Primeiro Setor, o seu
Núcleo Estratégico (órgãos políticos); bem como, na execução dos
serviços exclusivos, mediante atuação do Segundo Setor (as
atividades exclusivas), como as realizadas pelas agências autônomas,
a exemplo das agências executivas.
De outro lado, para atividades competitivas e não lucrativas,
incentivou-se a participação dos particulares na prestação de serviços
sociais, do Terceiro Setor (a atividade de fomento do Estado),
atividade paraestatal, com a presença das organizações privadas,
sem fins lucrativos, comprometidas coma realização de interesses
coletivos e a proteção de valores metaindividuais/supraindividuais,
exemplo clássico das organizações sociais, as quais com o Estado
acham-se aptas à celebração de contratos de gestão. Daí a correção
da alternativa A.
Por fim, para as atividades lucrativas, os serviços comerciais e
industriais, contou-se com a participação de entidades da iniciativa
privada com fins lucrativos, os geradores de renda, as quais
Comentários:
Questão de reforço.
Gabarito: alternativa E.
Comentários:
Vamos direto às análises.
Alternativa A - CORRETA. São previstas as seguintes atividades no
rol taxativo do art. 1º da Lei 9.637/1998: ensino; pesquisa
científica; desenvolvimento tecnológico; proteção e
preservação do meio ambiente; cultura; e saúde.
Alternativa B - CORRETA. As Oss são, necessariamente, pessoas
jurídicas de Direito Privado e sem fins lucrativos. O ato de
qualificação fica a cargo do chefe do Executivo. Na esfera federal, a
qualificação discricionária é de competência do Presidente da
República, que a faz mediante Decreto. Nas demais esferas, há a
necessidade da edição de lei própria, afinal a Lei 9.637, de 1998, foi
editada pela União como norma tipicamente federal e não como
norma federal com status de norma nacional, isto é, válida para todos
os entes políticos.
Alternativa C - INCORRETA. Na esfera federal, o tema é
tormentoso. Com a edição do Decreto Federal 5.504, de 2005,
tornou-se obrigatório o uso do pregão para as entidades de direito
privado que recebam recursos públicos voluntários da União. Referida
Comentários:
Questão de fixação. De acordo com o Plano Diretor da Reforma do
Estado, órgãos e fundações públicas do Estado poderiam ser
extintas e convertidas em Entidades do Terceiro Setor, mais
precisamente em Organizações Sociais (o chamado processo de
publicização), daí a correção do item “A”.
Gabarito: alternativa A.
Comentários:
As entidades integrantes do Terceiro Setor, como, por exemplo, os
entes de cooperação (‘Sistema S’, p. ex.), chamados de para-
administração, são pessoas de direito privado, sem fins lucrativos,
atuando em colaboração com Estado. Daí a correção da alternativa
“A”.
Vamos aos erros nos demais quesitos.
(B) privadas, que atuam em caráter subsidiário ou
complementar à atuação estatal, mediante permissão ou
concessão de serviço público de interesse social. ESSA É A
DEFINIÇÃO PARA O SETOR MERCADO, EM QUE AS ATIVIDADES
NÃO SÃO SOCIAIS, SÃO SIM INDUSTRIAIS E ECONÔMICAS,
COM VISTAS AO LUCRO.
Comentários:
Vamos direto às análises.
Alternativa A - INCORRETA. As empresas públicas, sociedades
de economia mista e algumas fundações governamentais são
pessoas jurídicas de direito privado.
Alternativa B - INCORRETA. Segundo a CF/1988, nenhuma
entidade da Administração Indireta é criada ou autoriza por Decreto.
A Lei cria diretamente é a AUTARQUIA ou FUNDAÇÕES DE
DIREITO PÚBLICO. E autoriza a instituição de sociedade de
economia mista, empresa pública e fundações governamentais
de direito privado. Apenas para ilustrar, vejamos o inc. XIX do art.
37 da CF/1988:
Gabarito: alternativa D.
Comentários:
Não há um santo concursando (e não santo concursando, rsrs.) que
não aprecie um quadro-resumo, não é verdade?
A partir de agora, façamos um paralelo entre as OS e as Oscip,
levando em consideração todas as informações já transmitidas até o
momento.
Organizações da
Organizações Sociedade Civil de
Sociais – OS Interesse Público –
OSCIP
Contrato de Gestão
Acordo Termo de Parceria
(2)
Natureza do
Convênio (3) Convênio
Acordo
Decreto do Executivo
Qualificação Portaria Ministerial (5)
(4)
Cessão de servidores,
permissão de uso de Não há previsão legal
Prerrogativas
bens e repasses (6)
orçamentários
Participação do
Obrigatória (8) Facultativa (9)
Poder Público
Ensino, Cultura,
Promoção: educação,
Saúde, Pesquisa
saúde, cultura,
Científica,
assistência social,
Área de Atuação Desenvolvimento
assistência jurídica
Tecnológico e
complementar e outras.
Preservação do Meio
(11)
Ambiente (10)
patrimônio pré-
existente
Comentários:
Então, encontrou a resposta? Claro que sim. As OSCIP são pessoas
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, qualificadas por
Portaria do Ministro da Justiça, achando-se aptas à celebração de
termos de parceria, donde decorre a correção da alternativa “B”.
A seguir, os erros nos demais quesitos.
(A) criadas pelo Poder Público em parceria com entes PELOS
particulares, visando à celebração de Contratos de Gestão TERMO
DE PARCERIA nas respectivas áreas de atuação, podendo integrar
ou não as NÃO INTEGRANTES DAS respectivas administrações
indiretas, SENDO RECONHECIDAS, DOUTRINARIAMENTE, COMO
ENTIDADES PARAESTATAIS.
Comentários:
As Oscips, certamente, podem ser fiscalizadas pelo Tribunal de
Contas da União, porém não há a necessidade de
encaminhamento de prestação de contas anuais, conforme a
sistemática adotada para o controle externo pela Constituição
Federal, daí a incorreção da alternativa “B”.
Há, ainda, um segundo erro na alternativa B, contudo mais sutil. A
OSCIP é entidade privada, e, como tal, ao lado dos dinheiros
públicos administrados, conta com verbas próprias.
Obviamente, o dever de prestar contas para o Ministério da área
temática não recairá sobre as verbas privadas.
Gabarito: alternativa B.
Comentários:
Questão de reforço. Enunciado “enorme”, só “pra” assustar os
desavisados! Turma, o acordo celebrado entre a Oscip e o Estado é o
Termo de Parceria.
Gabarito: alternativa A.
Comentários:
Mais uma questão de fixação. Vamos às análises.
Item A – CORRETO. Os amigos já tiveram contato com a
classificação em empresa pública unipessoal (presença de um
único sócio) e em pluripessoal (dois ou mais sócios).
Comentários:
Adivinha quem sou eu! As dicas, abaixo, foram extraídas do livro da
Di Pietro.
1ª Dica: pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos;
2ª Dica: Criada por particulares, devendo habilitar-se perante o
Ministério da Justiça para obter qualificação;
3ª Dica: Vínculo com a Administração Pública por termo de
parceria;
4ª Dica: Supervisão pelo órgão do poder público da sua atuação;
5ª Dica: O ato de qualificação é vinculado;
6º Dica: Desempenha serviços sociais não exclusivos do Estado com
incentivos do Poder Público.
Então, já sabe quem eu sou?
Meu nome inicia com “O” e termina com “P” e tenho cinco letras!
Agora ficou mole, né: OSCIP. Alternativa “E”.
Gabarito: alternativa E.
Comentários:
Comentários:
O dever de prestar contas é princípio constitucional, encontrado,
implicitamente, no parágrafo único do art. 70 da CF, de 1988.
Vejamos:
Comentários:
Questão de fixação. A resposta é letra C. Os órgãos singulares ou
unipessoais são aqueles em que a atuação ou as decisões são
atribuições de um único agente, como, por exemplo, a Presidência
da República. No caso, a decisão advém de um único agente, o que
não significa, sobremaneira, que o órgão é integrado por um único
agente administrativo.
Gabarito: alternativa C.
Comentários:
Vamos às análises.
Alternativa A - INCORRETA. As organizações sociais e as
organizações da sociedade civil de interesse público integram o
Terceiro Setor, sendo reconhecidas, doutrinariamente, como
entidades paraestatais. Já a Administração Indireta é composta
por: autarquias, fundações, sociedades de economia mista e
empresas públicas. Mais recentemente, ao rol de entidades da
Administração Indireta, foi introduzido o Consórcio Público de
Direito Público (as associações públicas).
Alternativa B - CORRETA. A administração direta é formada por
um conjunto de órgãos, logo unidades despersonalizadas. A
Administração Indireta, por sua vez, é composta por entidades
administrativas, todas dotadas de personalidade jurídica
própria, seja de direito público (exemplo das autarquias), seja de
direito privado (exemplo das empresas públicas).
Alternativa C - INCORRETA. As empresas públicas são pessoas
jurídicas de direito público PRIVADO e sempre se destinam à
prestação de serviços públicos ou à intervenção no domínio
econômico.
Alternativa D - INCORRETA. As sociedades de economia mista
só podem explorar atividade econômica com autorização
Comentários:
Vamos direto às análises dos quesitos propostos.
Item A - CORRETO. Uma autarquia, ao celebrar um contrato de
gestão, qualificando-se como agência executiva, há incremento de
autonomia. No entanto, as Organizações Sociais (entidades
privadas), ao assinarem o contrato de gestão, submetem-se, ainda
que parcialmente, ao rito de direito público, havendo, portanto,
restrição na anterior autonomia, daí a correção da alternativa.
Item B - CORRETO. As autarquias tanto podem ser corporativas
(como é o caso dos Conselhos Profissionais) como fundacionais
(exemplo da Funasa), daí a correção da alternativa.
Comentários:
Integram a Administração Indireta: autarquias, fundações,
sociedades de economia mista, empresas públicas e, mais
recentemente, os consórcios públicos de Direito Público (no caso:
associações públicas). Já os SSA integram o Terceiro Setor, daí a
correção da letra “A”.
Gabarito: alternativa A.
Comentários:
Questão de fixação. Revimos que, para parte da doutrina, o termo
contrato de gestão é impróprio, afinal os órgãos são unidades
administrativas despersonalizadas e, portanto, inábeis para a
assinatura de contratos. Daí a correção da letra “A”. Abaixo os erros.
O erro da alternativa “B” é que o processo de contratualização dirige-
se, especialmente, à redução das amarras da Administração Indireta.
Com a CF, de 1988, os mestres da Administração Pública informam
que houve um “verdadeiro retrocesso burocrático”, como, por
exemplo, extensão das regras da Administração Direta à Indireta. Daí
a necessidade de, com as Reformas, o Estado reafirmar-se eficiente,
renovando as estruturas, mormente na Administração Indireta.
O erro da letra “C” é que o contrato de gestão costuma ser firmado
com as Oss. Agora, o maior erro do quesito é afirmar que “prescinde”
de padrões de desempenho. Ora, a figura do contrato de gestão é um
acordo operacional tendente exatamente à fixação de metas de
desempenho.
O erro da letra “D” é que o processo de contratualização vai além da
simples terceirização. A terceirização é a contratação pelo Estado de
particulares para o desempenho de atividades não finalísticas. A
contratualização, por meio de termos de parcerias e contratos de
gestão, por exemplo, tem um escopo mais abrangente, alcançando,
inclusive, atividades inerentes à Administração, como, por exemplo, a
prestação de serviços de utilidade pública.
O erro da letra “E” é que Oss não assinam termos de parceria!
Gabarito: alternativa A.
Comentários:
Finalmente os tais conselhos profissionais, as autarquias
corporativas.
Os Conselhos de Fiscalização Profissionais, na visão do STF (ADI
1717), são entidades autárquicas sui generis, portanto dotadas
de personalidade jurídica de Direito Público. Daí a incorreção do
item “B”.
Esse entendimento do Tribunal deveu-se, sobretudo, às atividades
prestadas por tais entidades, exclusivas do Poder Público, vale frisar,
o regular exercício do Poder de Polícia (fiscalização) incidente
sobre o exercício de um direito individual: a profissão. Daí a
correção da alternativa “D” e incorreção das letras “A” e “C”.
O tema de maior relevância nos atuais concursos é a alocação da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O STF, na ADI 3026, afirmou, com todas as letras, que a OAB, só a
OAB, não é uma Autarquia, sem negar a natureza dos demais
Conselhos de Fiscalização, os quais são autarquias
corporativas.
Para o Supremo, a Ordem é uma categoria ímpar no elenco das
personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro. Em razão da
função constitucional privilegiada, não poderia haver qualquer relação
de dependência da OAB com órgãos públicos.
Assim, a OAB não pode, portanto, ser entendida como congênere dos
demais Conselhos de Fiscalização, no entendimento dos doutos
Ministros da Suprema Corte. Ok, sem maiores discussões, dado que,
dito pelo STF, para nós, concursandos, é quase que verdade absoluta,
um dogma. Mas ficam duas perguntas:
I) Se a OAB não é uma autarquia, não possui natureza jurídica
de direito público, dado que, no nosso ordenamento, quem possui tal
Uma coisa é certa. Não será por falta de material que poderemos
atribuir eventual derrota na batalha.
Forte abraço e bons estudos a todos,
Cyonil Borges.