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Natália Michelan
Universidade de Uberaba
Reitor
Marcelo Palmério
Editoração e Arte
Produção de Materiais Didáticos-Uniube
Revisão textual
Márcia Regina Pires
Diagramação
Josiane Sueli do Nascimento
Projeto da capa
Agência Experimental Portfólio
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Michelan, Natália.
M582h Hidráulica / Natália Michelan, Cristiano Dorça Ferreira. – Uberaba : Universidade de
Uberaba, 2017.
172 p. : il.
CDD 627
Sobre os autores
Natália Michelan
Bons estudos!
Capítulo
Escoamento permanente
em dutos, perdas de carga:
1
distribuída e localizada
Natália Michelan
Introdução
A água não se distribui uniformemente no tempo e no espaço.
Grandes massas ocorrem distantes dos centros populacionais
ou, quando próximas, podem se apresentar impróprias para o
consumo (SILVESTRE, 1979).
Objetivos
• Compreender a definição de escoamento e suas classificações.
• Compreender a especificidade do escoamento permanente
em dutos e suas equações básicas.
• Compreender os fatores adversos que ocorrem em um
escoamento, como as perdas de carga.
Esquema
1.1 Classificação dos escoamentos
1.1.1 Escoamento permanente em dutos
1.1.2 Perda de carga distribuída
1.2 Considerações finais
b. Livre
a. Laminar
b. Turbulento
Em que:
Em que:
b. Variável
Em que:
é a massa específica (kg/m³), é a pressão (N/m2) e é a velocidade
média do escoamento (m/s).
6 UNIUBE
a. Uniforme
Em que:
b. Variado
Em que:
a. Unidimensionais
b. Bidimensionais
c. Tridimensionais
a. Rotacionais
b. Irrotacionais
b. Compressíveis
• Quanto à viscosidade:
a. Viscosos
b. Não viscosos
a. Internos
b. Externos
• Equação da continuidade
A equação da continuidade é a equação da conservação da massa
(Figura 6) expressa para fluidos incompressíveis (massa específica
constante), ou seja, a massa que entra é igual à massa que sai, conforme
mostra a Figura 6.
ou
Ou seja:
Em que:
→ perda de carga.
Sendo:
= Velocidade média;
= Área total;
Uma entrada mal projetada de um tubo pode causar uma perda localizada
considerável. Se a entrada tiver cantos vivos, a separação do escoamento
ocorre nas quinas e uma “veia contraída” é formada. Já em uma saída
não é possível melhorar o coeficiente de perda de carga localizada, pois
a energia cinética é completamente dissipada quando o escoamento
descarrega de um duto para um grande reservatório ou câmara,
entretanto a adição de um difusor pode reduzi-la consideravelmente
(LOUREIRO, 2016).
SAIBA MAIS
Referências
Natália Michelan
Introdução
Tubulações vão de um canto a outro transportando uma vazão
constante, por um só tubo, ou por dois, ou até mesmo por mais
tubos menores instalados, de diâmetro menor, ou maiores, fazendo
que chegue mais ou menos água em cada sistema de tubulações.
Os condutos equivalentes a outro sistema ou a uma tubulação
simples são capazes de conduzir uma mesma vazão com a
mesma perda de carga total, ou seja, com a mesma energia.
Objetivos
• Compreender o escoamento de água em condutos
equivalentes em série e em paralelo.
• Compreender a distribuição de água por meio de condutos
derivados em marcha.
• Compreender a classificação dos sistemas de distribuição de
água, bem como as maneiras de dimensionamento.
Esquema
2.1 Condutos equivalentes:
2.1.1 Distribuição em marcha
2.1.2 Redes de distribuição de água
2.3 Considerações finais
Ela serve para todos os diâmetros, para qualquer material e para qualquer
fluido, desde que seja determinado corretamente o valor do coeficiente
de atrito .
• Tubulações Simples
A comparação de tubulações simples leva sempre a um dos seguintes
casos:
• Condutos em série
As perdas de cargas se somam para uma mesma vazão, assim, ao
observarmos a Figura 1, temos condutos em série, que são constituídos
por trechos de tubulações ( )com diâmetros diferentes ( ).
• Condutos em paralelo
Este sistema é mais complexo que o sistema em série, pois é composto
de vários condutos que têm em comum as extremidades iniciais e finais,
conforme mostra a Figura 2. Sendo que a vazão inicial se divide entre
os entroncamentos, de acordo com suas características e, no final,
reencontram-se e voltam a assumir o mesmo valor.
• Redes Ramificadas
Nas redes ramificadas, Figura 4, a circulação da água nos condutos tem
sentido único, e o sentido da vazão é conhecido em qualquer ponto.
Funcionam a partir de uma tubulação tronco, que pode ser alimentada
por gravidade ou por bombeamento, e a água é distribuída diretamente
para os condutos secundários.
08 Diâmetro,
17 Observações diversas
Fonte: Adaptada de Silvestre, 1979.
• Redes Malhadas
Nas redes malhadas (Figura 7), os condutos formam circuitos, anéis ou
malhas, geralmente, apresentam maior eficiência do que a ramificada,
pois permitem a reversibilidade do sentido de circulação das vazões da
água, ou seja, pode efetuar-se em ambos os sentidos dos condutos,
em função da demanda. Podem ser alimentadas por gravidade ou por
bombeamento e apresentam maior flexibilidade para manutenção e com
mínima interrupção no fornecimento de água, pois o escoamento se
mantém por outros caminhos.
M J M J M J
QJ QD=q.L QM=QJ+QD QF
SAIBA MAIS
Referências
Introdução
No capítulo anterior, vimos a importância da hidráulica como
ciência que estuda o movimento dos líquidos e suas interferências.
Aprendemos, também, a dimensionar as redes de distribuição que
funcionam em gravidade e sob o regime de conduto forçado.
Objetivos
Ao término dos estudos propostos, você estará apto(a) a:
Esquema
Observe a Figura 2:
Figura 2: Esquema dos dados para o dimensionamento de uma bomba, com a bomba
abaixo do nível de água da sucção.
Observe a Figura 3:
Figura 3: Esquema dos dados para o dimensionamento de uma bomba localizada acima do
nível de água da sucção.
42 UNIUBE
Para ilustrar o que foi dito anteriormente, vamos adotar, como exemplo,
a Figura 4, a seguir:
SINTETIZANDO...
3.1.3 Potência
γ.Q.HMan
P=
75.η
em que:
Dados:
γ = 1000 kgf / m³
Q = 0,050 m³/s
Hman = 20+5 = 25m
η = 74% (motor)
1000.0,05.25
P= =30,03cv
75.0,74
D = Kx Q
em que :
D = Diâmetro da tubulação de recalque (m);
Q = Vazão em m³/s;
K = Coeficiente que depende do peso específico do líquido, regime de
trabalho e rendimento do conjunto elevatório, da natureza do material
da tubulação.
D = 1,3 X 0,25 Q
46 UNIUBE
Q1 rpm1
=
Q2 rpm2
H1 (rpm1 ) 2
=
H2 (rpm 2 ) 2
P1 (rpm1 )3
=
P2 (rpm 2 )3
1) Uma bomba centrífuga está funcionando com uma rotação por minuto
de 2500 com 30 HP de potência, uma vazão de 60l/s e uma altura
manométrica igual a 37m.
2) Uma bomba centrífuga está funcionando com uma rotação por minuto
de 1500 com 40 HP de potência, uma vazão de 40l/s e uma altura
manométrica igual a 40m.
Uma bomba centrífuga está funcionando com uma rotação por minuto
de 3.000 com 40 HP de potência, uma vazão de 70 l/s e uma altura
manométrica igual a 57 m.
Veja a Figura 6:
Caso o sistema seja formado por duas ou mais tubulações em série (ou
seja, em sequência) com diâmetros diferentes, será necessário calcular a
altura manométrica para cada tubulação independente. A curva caracte-
rística de cada tubulação deve ser lançada no mesmo gráfico, com
ambas iniciando na mesma origem das ordenadas. A curva do sistema
será a somatória da perda de carga, em cada trecho da tubulação mais
a altura geométrica do sistema, conforme apresentado na Figura 9.
Portanto, o funcionamento das partes tem que ser coincidente, por isso,
para determinar a vazão com que a bomba e a tubulação irão funcionar,
deve-se, em um mesmo gráfico, traçar as duas curvas. Ambas irão cruzar
em um ponto que será chamado ponto de funcionamento do sistema,
como pode ser visto, na Figura 11, a seguir.
54 UNIUBE
Resolução:
Resolução:
UNIUBE 59
Observe a Figura 17, que contém a curva do sistema das bombas com
associação em série.
Figura 23: Curva do sistema associada com a curva das duas bombas em série.
Veja a Tabela 7:
Q (l/s) 0 10 20 30 40 50 60 70
Perda de carga da
0 0,75 2,70 5,71 9,72 14,69 20,58 27,37
tubulação
Altura manométrica do
37 37,75 39,70 42,71 46,72 51,69 57,58 64,37
sistema (m)
Figura 28: Representação gráfica de vários modelos de bomba, sendo um deles adequado para
o projeto.
Observe a Tabela 8:
UNIUBE 69
3.6 Cavitação
3.6.1 Definição
IMPORTANTE!
P2 V22 Pv
N .P.S .H .d = + − − EqI
γ 2g γ
Pv
= Pressão_Vapor_Líquido
γ
UNIUBE 73
P1 V12 P2 V22
+ 2 + Z1 = + 2 + Z 2 + ∆Hs
γP1 V 2g γ V
P 2g
+ 1 + Z1 = 2 + 2 + Z 2 + ∆Hs
onde
γ 2: g γ 2g
P1 P
onde :
= atm _(Pr essão _ Atmosférica _ Local )
(Pressão_Atmosférica_Local)
γP1 Pγatm
= _(Pr essão _ Atmosférica _ Local )
Vγ12 γ
=0
V21g2
=0
Z21g= 0
Z12 = 0Z _( Altura _ estática _ Sucção)
ZHs
∆ _( Somatória _ Perdas _ c arg a _ sucção _ bomba )
2 = Z _( Altura _ estática _ Sucção)
Patm Pv
N .P.S .=
H .d − Z − ∆Hs −
γ γ
Patm − Pv
N .=
P.S .H .d − Z − ∆Hs − EqIII
γ
IMPORTANTE!
Patm Pv
N .P.S .=
H .d − Z − ∆Hs −
γ γ
N .P.S .H .r = N .P.S .H .d
Patm Pv
N .P.S=
.H .r − Z − ∆Hs −
γ γ
Patm Pv
Zmáx
= − ∆Hs − − N .P.S .H .r
γ γ
Em que:
h: altitude
Determine a máxima cota em que deve ser instalada uma bomba, para
recalcar 8 m³/h de água à temperatura de 20ºC. Estime a perda de carga
na sucção em 0,29 m.
Dados :
Resolução:
Patm Pv
N .P.S .=
H .d − Z − ∆Hs −
γ γ
N .P.S .H .d= 9, 60 − Z − 0, 29 − 0, 24
N .P.S .H
= .d 9, 07 − Z
N .P.S .H .r = 3mca
N .P.S .H .d > N .P.S .H .r
9, 07 − Z > 3, 0
Z < 6, 07 m
Resumo
Neste capítulo, foi exposto como é feita a escolha mais eficiente de uma
bomba. Vimos que a escolha da bomba depende também de como o
sistema irá funcionar. Mostramos como é determinada a vazão e a altura
manométrica do sistema, associando a bomba com o sistema.
Referências
Natália Michelan
Introdução
Serão analisados, nesta unidade, alguns tipos de escoamentos
de escala e as características distintas dos escoamentos em
canais tratados até agora. O estudo dos escoamentos através
de vertedores, orifícios e comportas se faz com base no fato de
que, na maioria dos casos, não se dispensa o acompanhamento
de resultados experimentais, na forma de coeficientes corretivos.
Os conhecimentos acerca do escoamento aplicam-se em diversas
áreas da hidráulica, como projetos de irrigação, eclusas para
navegação fluvial, bacias de detenção para controle de cheias
urbanas, estações de tratamento de água, medição de vazão
de efluentes industriais e de cursos d’água em sistemas de
abastecimento, projetos hidroelétricos etc.
Objetivos
• Compreender a definição de escoamento e suas
classificações.
• Compreender a especificidade do escoamento permanente
em dutos e suas equações básicas.
• Compreender os fatores adversos que ocorrem em um
escoamento, como as perdas de carga.
78 UNIUBE
Esquema
4.1 Classificação dos escoamentos
4.1.1 Orifícios
4.1.2 Comportas
4.2 Considerações finais
4.1 Vertedores
Figura 3: Vertedor: (a) sem contração lateral; (b) vista de cima sem contração lateral; (c) com
uma contração lateral; d) vista de cima com uma contração lateral – linha de corrente deprimida
(lado direito); (e) duas contrações laterais; e (f) vista de cima com duas contrações laterais – linha
de corrente deprimida (lado direito e esquerdo).
Fonte: Guedes, (2015).
Figura 4: Face de montante: (a) na vertical; (b) inclinado a montante; e (c) inclinado a jusante.
Fonte: Guedes, (2014).
Figura 5: (a) Vertedor operado em condições de descarga livre (P > P’); (b) Vertedor afogado
(P < P’)
Fonte: Guedes, (2015).
82 UNIUBE
E,
UNIUBE 83
• Vertedor retangular
Em um vertedor retangular, o x (metade da soleira L) é constante para
qualquer valor de y, podendo-se escrever:
• Vertedor triangular
• Vertedor trapezoidal
O vertedor trapezoidal (Figura 9) é menos utilizado do que os vertedores
retangular e triangular. Pode ser usado para medição de vazão em canais,
sendo o vertedor CIPOLLETTI o mais empregado. Esse vertedor apresenta
taludes de 1:4 (1 na horizontal para 4 na vertical) para compensar o efeito
da contração lateral da lâmina ao escoar por sobre a crista.
4.1.1 Orifícios
As paredes dos orifícios podem ser consideradas delgadas (e < d), nas
quais, a veia líquida toca apenas a face interna da parede do reservatório,
ou seja, o líquido toca o perímetro da abertura segundo uma linha (Figura
11a); ou de parede espessa (e ≥ d), quando a veia líquida toca quase
toda a parede do reservatório (Figura 11b), neste caso os orifícios de
parede espessa funcionam como bocais.
Figura 13: Seção contraída do jato de água que escoa pelo orifício.
Fonte: Guedes, (2015).
Nesse caso, não se pode mais admitir que todas as partículas possuam
a mesma velocidade, devido ao grande valor d (Figura 14). O estudo é
feito considerando-se o grande orifício dividido em um grande número
de pequenas faixas horizontais de alturas infinitamente pequenas, onde
pode ser aplicada a equação deduzida para orifícios pequenos.
4.1.2 Comportas
SAIBA MAIS
Referências
Natália Michelan
Introdução
Um escoamento em canal aberto é caracterizado pela existência
de uma superfície livre. Esta superfície é na realidade uma
interface entre dois fluidos sendo que o fluido acima da
superfície livre possui pressão praticamente constante e as
forças de cisalhamento na interface são praticamente nulas. Em
engenharia civil, as aplicações mais comuns estão relacionadas
ao escoamento de água em contato com o ar atmosférico
(ESCOAMENTO, 2016).
Objetivos
• Compreender o que consiste o escoamento permanente
uniforme.
• Compreender os canais e os diferentes tipos de canais.
• Compreender os fatores que envolvem o dimensionamento
de canais.
Esquema
5.1 Escoamento permanente uniforme
5.1.1 Principais formas geométricas
5.1.2 Dimensionamento de canais
5.2 Considerações finais
• Seção transversal
Os elementos geométricos da seção transversal dos canais, expostos a
seguir, estão representados na Figura 1.
• Seção longitudinal
Os elementos geométricos da seção longitudinal dos canais, expostos a
seguir, estão representados na Figura 2.
• Equação de Chézy
Uma maior vazão (Q) poderá ser conseguida aumentando-se a área (A),
o que implica em maiores custos; aumentando-se a declividade de fundo
(I), o que implica em perigo de erosão além de perda de altura, para
terrenos com baixa declividade; e diminuindo-se a rugosidade (n), o que
implica em paredes e fundo do canal revestidos, aumentando os custos.
Tabela 2: Equações para canais de máxima vazão também chamados de: canais de mínimo
perímetro molhado, canais de seção econômica, canais de máxima eficiência, canais de mínimo
custo
Figura 7: Seções transversais compostas para canais com grandes variações de vazão.
Fonte: Guedes, (2015).
SAIBA MAIS
Referências
Natália Michelan
Introdução
A energia específica é medida a partir do fundo do canal, somando
a carga altimétrica, piezométrica e cinética. Muitos fenômenos que
ocorrem em canais podem ser analisados utilizando-se o princípio
da energia.
Objetivos
• Compreender no que consiste a energia específica.
• Entender os tipos de escoamento que envolvem a aplicação
da energia específica.
Esquema
6.1 Energia específica
6.2 Considerações finais
116 UNIUBE
Usamos como base a carga média, ou seja, a energia total por unidade
de peso, em uma certa seção de um canal, mostrada na Figura 1, onde
a distribuição de pressão hidrostática é dada por:
• Escoamento crítico
Logo,
Sendo e , chegamos a:
• Regime crítico
(a) (b)
Figura 4: Entrada de canais de grande declividade
Fonte: Escoamento (2016).
Figura 5: Degrau
Fonte: Escoamento (2016b).
SAIBA MAIS
Referências
Natália Michelan
Introdução
Objetivos
• Compreender a definição de ressalto hidráulico.
• Compreender a relação com o número de Froude e seu
dimensionamento.
• Compreender os diferentes tipos de ressalto hidráulico.
Esquema
7.1 Ressalto hidráulico
7.2 Considerações finais
Figura 2: Pré-ressalto.
Fonte: Zanardi (2016).
- Para números de Froude entre 4,5 e 10, o ressalto estável é bem controlado
(menor sensibilidade aos níveis a montante), mantendo maior parte da
turbulência dentro de si, sendo a superfície d’água a jusante relativamente
calma (Figura 4). Dentro dessa faixa, ocorrem os ressaltos com a melhor
performance, com taxas de dissipação entre 45% e 70% da energia total a
montante (ALVES, 2008) do ressalto ao longo de sua extensão.
Simplificada:
A seção de fim do ressalto pode ser definida como a seção onde a superfície
livre é essencialmente horizontal, a turbulência de superfície é largamente
diminuída, o escoamento é completamente desaerado e as condições de
escoamento gradualmente variadas reaparecem (ALVES, 2008).
Obtém-se assim:
Figura 8: Função.
Fonte: Zanardi (2016).
SAIBA MAIS
Referências
Natália Michelan
Introdução
Um escoamento é definido como gradualmente variado quando os
seus parâmetros hidráulicos variam progressivamente ao longo da
corrente. Quando as características variam bruscamente, diz-se
que o escoamento é bruscamente variado, é o que acontece nos
ressaltos hidráulicos, visto na unidade anterior. Como exemplos,
podem ser citados a elevação do nível a montante de barragens
e vertedores, e o escoamento produzido por um aumento súbito
da inclinação do canal, com isso, forma-se uma nova linha d’água
originada a montante da barragem. Dependendo da característica
do canal, da vazão e das condições de extremidades, a diferença
da elevação pode ser positiva ou negativa, ficando a curva abaixo
ou acima do nível normal.
Objetivos
• Compreender a definição de escoamento permanente
gradualmente variado em canais.
• Entender a equação diferencial para o escoamento
permanente gradualmente variado em canais.
• Compreender os diferentes perfis das superfícies líquidas
dos canais.
• Compreender no que consiste uma seção de controle.
• Entender os cálculos utilizados para o escoamento
permanente gradualmente variado.
Esquema
8.1 Escoamento permanente gradualmente variado em canais
8.2 Considerações finais
(a)
(b)
Figura 2: Escoamento gradualmente variado em canais.
Fonte: Adaptado de Escoamento (2016).
Ou:
Como , temos:
Inclinação crítica, So = Sc
150 UNIUBE
Inclinação crítica, So = Sc
Os perfis H2 e H3 (Figura 10) são similares aos perfis M2 e M3, uma vez
que o leito horizontal é o limite inferior de um canal com inclinação fraca.
A diferença básica é que o perfil H2 tende a uma assimptota horizontal
e obviamente não existe um escoamento uniforme neste tipo de canal.
• Seções de controle
Uma seção de controle é definida como sendo aquela em que existe uma
relação conhecida entre a profundidade e a vazão de um canal.
UNIUBE 155
Ao analisarmos a Figura 13, podemos perceber que, nos casos (a) e (b),
as seções de controle das curvas M1 são aquelas a montante do vertedor
e da comporta. Nos casos (b) e (d), o controle das curvas M3 e S3 está
nas veias contraídas. No caso (c), para o escoamento subcrítico, apesar
da vazão ser controlada pelo nível do reservatório, a entrada do canal
não é uma seção de controle, porque a profundidade na entrada do canal
será menor que a altura do reservatório devido às perdas na entrada.
A verdadeira seção de controle estará a jusante e será a condição de
escoamento crítico na queda. Quando se tem uma queda brusca, devido
à curvatura das linhas de corrente, a profundidade crítica ocorrerá não
na queda, mas aproximadamente a uma distância aproximada de 4 yc a
montante da queda. Como este valor normalmente é pequeno, costuma-
se adotar que o escoamento crítico ocorra na queda (ZANARDI, 2016).
Ou,
A integração desta equação pode ser realizada por integração direta, por
técnicas de integração numérica e por métodos gráficos.
• “Direct-Step Method”
ou
Assim:
160 UNIUBE
E,
• “Standard-Step Method”
3. Calcula-se o valor de S.
SAIBA MAIS
Referências