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Mecânica e Biomecânica

Sumário
Conceito de Mecânica e Biomecânica
Força e suas propriedades
Tipos de forças: gravitacionais, elastica, de normal, de atrito, muscular, de
compressão e de tensão
Componentes de força
Estática: Condições de equilíbrio estático
Centro de gravidade: equilibrio de corpos extensos, equilíbrio de corpos apoiados
Dinâmica : 2a lei de Newton; exemplos de sua aplicação
Algumas propriedades mecânicas dos alimentos (CTAlimentos)

15/03/2016 Mecanica_Biomecanica 1
Conceitos: Mecânica e Biomecânica
• Mecânica: estuda o movimento mecânico em relação com as suas
causas. Cinemática se ocupa ao estudo do movimento sem se
interessar pelas suas causas, a dinâmica estuda o movimento do
ponto de vista das causas que o provocam (as forças) e a estática
estuda o equilíbrio mecânico.
• Biomecânica: estuda os efeitos de forças mecânicas sobre sistemas
biológicos de seres vivos e suas estruturas para produzir mudanças
ou alterações e propor métodos de melhoramento de desempenho
(é com base no seu conhecimento que são projectadas próteses
para auxiliar locomoção e outros produtos ortopédicos).
 Todo o corpo animal inicialmente em repouso, ao accionar alguns
dos seus músculos, poderá se locomover ( a acção sinérgica entre
ossos e músculos, nos vertebrados, manifesta-se como forças, e os
seus efeitos sobre o corpo fazem com que possa movimentar-se).

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Forças e suas propriedades
• Força é a acção/influência que agindo sobre
um objecto, causa mudanças do seu estado
de movimento/repouso ou pode causar uma • Dddd
deformação. Expressa-se em Newtons (N) no
SI e em dina (dyn) no sistema cgs. No sistema
inglês, a unidade de força é a libra (lb),
1 lb = 4.45 N.
1. Uma força é sempre aplicada por um
objecto material sobre outro;
2. A força caracteriza-se por ter valor
numérico (módulo) e direcção. Logo, ela é
grandeza vectorial;
3. Terceira lei de Newton: Sempre que um
objecto A exerce força F sobre um outro
objecto B, simultaneamente o objecto B
exercerá uma força de reacção R sobre A.
são iguais em módulo, mas actuam em
sentidos opostos (forças sempre actuam
aos pares).

A figura 1 (ao lado) mostra uma força F aplicada


sobre um bloco (cima) e um par de forças agindo
sobre um trenó.

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Forças e suas propriedades: Força
resultante
4. Se duas ou mais forças agirem simultaneamente
sobre um mesmo objecto, o seu efeito é a soma
vectorial de todas as forças envolvidas.

 =  +  + ⋯ =  

Primeira lei de Newton: para que um objecto esteja
em repouso (em equilíbrio) é necessário que a
resultante das forças que actuam sobre ele seja nula.
Esta lei é condição necessária (mas não suficiente)
para que um objecto esteja em repouso.
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Tipos de Forças
 Força de gravidade (Fg): é a força com a qual a terra atrai todos os
objectos a sua volta. Esta força é dirigida para o centro da terra. O
seu valor varia aproximadamente em 0.5 % entre os polos e o
equador. Todos os corpos têm propriedades gravitacionais, não é
característica singular da terra.
 Força elástica (Fe): É a força com a qual objectos com
propriedades elásticas reagem a tendências à deformação
=  (lei de Hooke)
• Onde k (em N/m) é constante elástica e x é o valor da deformação
(a variação do comprimento da mola sem e com deformação). A
lei de Hooke é válida para corpos de composição homogénea.
 Grosso modo, todo o corpo submetido a certos esforços
experimenta deformações em suas dimensões lineares;
 A deformação sofrida pelo corpo depende do esforço aplicado, de
sua forma geométrica e da natureza do material de que é
constituído.

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Que carácter pode assumir a força (esforço) deformante?
Tracção: duas forças, aplicadas em pontos diferentes, actuam
sobre um corpo com sentidos relativos de afastamento (o
corpo sofre elongamento na direcção de actuação das forças e
encurtamento na direcção perpendicular);

Figura 2: Tracção (a) e compressão (b).


Compressão: duas forças, aplicadas em pontos diferentes,
actuam sobre um corpo com sentidos relativos de
aproximação (o corpo sofre encurtamento no sentido das
forças e elongamento na direcção perpendicular);

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Flexão:pelo menos 3 forças actuam sobre um objecto,
sendo duas no mesmo sentido e a outra no sentido
oposto. Neste caso estará presente a compressão
numa superfície e tracção noutra;

Figura 3: Flexão (à esquerda) e torção (à direita)

Torção: duas forças agem sobre um corpo, em


sentidos opostos e planos diferentes (as partes
externas do corpo são torcidas na direcção da parte
interna).
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• O grau de elasticidade de um material avalia-se usando a
constante Y (D), denominada módulo de Young:

 /
 =  
∆/ 
Y expressa-se em N/m2.
o O gráfico tensão versus deformação para grande parte de
sólidos apresenta uma região elástica e outra inelástica.
 A região elástica comporta uma parte em que a tensão é
proporcional a deformação (dependente apenas da natureza
do material) e uma pequena parte em que não se observa a
proporcionalidade directa;
 Na região inelástica o corpo está permanentemente
deformado até atingir o ponto de ruptura.
Por exemplo, o intervalo linear, para o aço duro e para o osso
compacto (tíbia de boi) temos os seguintes valores,
apresentados na tabela1:

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Figura 4: forma característica da tensão × Figura 5: forma típica na região linear da
deformação para solidos. tensão × deformação para um osso e
seus componentes

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• Valores Tracção, compressão e
• Resistência do osso
Y em aço e osso compacto
o Um osso possui
grande resistência
Tensão Compress Y(N/m2) física (determinada
máxima ão
(N/m2) máxima por forças internas
(N/m2) que se opõem a forças
Aço duro 82,7× 107 55,2× 107 20,7× 1011 externas), porém
pequena resistência
fisiológica (devido à
Osso 9,8× 107 14,7× 107 1,79× 1010 sua composição: 70%
compacto substâncias minerais;
20 % proteínas e
restante, substâncias
de adesão e H2O).

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o Sendo diferentes as
estruturas ósseas de Espécie Tracção× Compressão
animais diferentes entre 107 N/m2 × 107 N/m2

sí, em geral a resistência


dos ossos a esforços de Homem 12,4 17,0

tracção e compressão Cavalo 12,1 14,5


Boi 11,3 14,7
varia de espécie para
Cervo 10,3 13,3
outra. A tabela ao lado
Javali 10,0 11,8
mostra valores da
Porco 8,8 10,0
resistência para
diferentes animais.

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Força normal (FN): É a força com a qual a superfície de
sustentação ou ponto de suspensão actua sobre um
determinado objecto apoiado ou suspenso. A força
normal é sempre perpendicular à superfície de apoio.
 = × cos %

Onde ϕ é o ângulo entre  e a linha de acção da força



Força de atrito: É a força exercida por uma superfície
sobre corpos em contacto com ela. Diferentemente da
força normal, ela é sempre paralela a superfície. A
força de atrito age sempre no sentido oposto ao de
uma força externa aplicada.
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Tipos de forças- força de atrito
• Experiências mostram que se sobre • Logo que a força aplicada
um bloco apoiado sobre uma supera a força de atrito
superfície horizontal, actuar uma máxima, o objecto deixa de
força aplicada  é possível que este estar em equilíbrio estático e
se movimente ou não. O facto de o começa a deslizar. Nesta
corpo permanecer em repouso indica situação a força de atrito
a existência de uma outra força igual
muda de carácter e depende
em módulo e oposta em sinal, a força
de atrito,  . Nesta situação, de
da velocidade do objecto.
acordo com a 3a lei de Newton,
Para situações simples esta
 = −. dependência é ignorada e o
• A soma entre a força de atrito e a
atrito cinético considera-se
força normal é igual a força total
constante, proporcional a FN.
supercicial  . O atrito cinético é expresso
• A medida que a força aplicada
po:
aumenta, vai aumentando também a •  = * 
força de atrito até max igual à
,) = * 
•15/03/2016 Mecanica_Biomecanica 13

• .
Tipos de forças- força de atrito
Substância *
• Coefifiente de atrito
Gelo sobre gelo 0.05-0.15
estático de alguns
Coiro sobre 0.3-0.4
materiais comuns madeira
Coiro sobre metal 0.6
Ski sobre gelo seco 0.04
Substância *
Aço sobre aço –a 0.6
seco
Coiro sobre 0.5
madeira Aço sobre aço _ 0.10
lubrificado
Osso seco 0.3
sobre osso Madeira sobre 0.25-0.50
madeira – a seco
Aço sobre gelo 0.01
Madeira sobre 0.2-0.6
Osso numa 0.003
metal – a seco
junta
articulada
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O papel do atrito na vida
• Sem atrito um pequeno • No esqueleto dos animais a
declive dentro das casas lubrificação é também
obrigaria a mobilia a deslizar e essencial:
própria locomoção humana – As extremidades dos ossos são
seria quase impossível; cobertas por uma fina
• Há momentos em que o atrito extremidade de cartilagem;
é indesejável nas máquinas e – As articulações envolvidas por
uma membrana cuja cavidade
para minimizar seu efeito faz- está cheia de líquido sinovial
se lubrificação das diferentes com propriedades semelhantes
partes de modo a reduzir o µ ao plasma;
quase a zero. – A cartilagem é como uma
esponja com poros muito finos
contendo líquido sinovial que
pode sair por compressão,
originado a lubrificação das
articulações.

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O papel do atrito na vida_cont
• Embora na maioria dos casos seja necessária
uma boa lubrificação nas superfícies de
contacto, há casos na natureza em que o
coeficiente de atrito é elevado para proteger
certos animais. Por exemplo o peixe gato tem
uma articulação que liga a barbatana dorsal
ao resto do esqueleto.

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Tipos de forças- força muscular-cont
• Músculo ligando o
sistema úmero-tíbia

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 A locomoção e postura • Portanto, a criação da
dos animais é controlada força muscular é
por forças produzidas por resultado de um
músculos;
processo bioquímico
 Um músculo consiste
que envolve
num número
considerável de fibras, libertação de energia
cujas células podem-se por meio da
contrair quando decomposição de
estimuladas por impulsos moléculas de ATP.
provenientes do sistema
nerverso central.

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Tipos de forças- força muscular
• Geralmente um músculo
liga-se a dois ossos, que se • A contração do músculo
juntam numa articulação, produz dois pares de forças
através de tendões; que actuam entre os ossos e o
músculo nos pontos de ligação
com os tendões, as enteses
• Os músculos convertem (forças acção-reacção entre
combustível do organismo cada osso e o músculo).
em movimento e são • A max força que um músculo
capazes de crescer com pode exercer depende da sua
exercícios: secção transversal, nos
homens é aproximadamente
Energia química ⇒ Energia 35 N/ cm2, ou seja, para
mecânica + Energa térmica produzir uma força de 890 N
requer um músculo de 25.8
(25.4) cm2

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Força de compressão e tensão
• Compressão(C) • Tensão (T)
• Duas forças, F1 e F2, iguais em • Duas forças , F1 e F2, iguais em
magnitude agindo sobre um magnitude agindo sobre um
bloco de modo a comprimi-lo bloco de modo a elonga-lo
provocam compressão C: provocam tensão T:
• + =  =  . • , =  =  .
• As cordas flexíveis como cabos
• e tendões têm propriedades
especiais como:
– Podem estar em tensão e
nunca em compressão;
– Podem transmitir uma força ao
longo da sua extensão;
– Na ausência do atrito a tensão
é a mesma em todos os pontos
ao longo da corda

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Determinação da resultante de várias
forças- método geométrico e analítico
• Geométrico: adição e Analítico:Projecção das
subtração de vectores cada força nos eixos x e y.
pelo método de
paralelogramo e
método do triângulo.

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) = ,) + -,) • A força resultante Fr de 2 forças
= 55 sin 40° − 35 sin 30° = 17,85 8 arbitrárias F1 e F2, determina-se
como:
9 = ,9 + -,9 = • ) = ) + ) ;
• 9 = 9 + 9
= 55 cos 40° +35 cos 30° = 77,44 8
A resultante determina-se pelo
 
teorema de Pytágoras, ja que as
= ,) + ,9 componetes em x e em y são
perpendiculares entre sí:

= 17,85  + 77,44 
 
= 79,47 8 = ,) + ,9
E
• ; = <=>?@ ABC
ABD

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Estática
• A 1a lei de Newton é apenas • Torque: tendência rotacional
condição necessária para que de uma força, depende da
um corpo permaneça em magnitude da força e do braço
repouso (na verdade o centro dessa força (veja alavanca).
de gravidade do corpo). Para • 2 forças iguais provocam
que o corpo esteja em em torques diferentes se os
equilibrio de rotação em torno braços forem diferentes;
de um eixo é necessário que o • 2 forças diferentes podem
torque de todas as forças provocar torques iguais para
actuantes seja nulo. braços diferentes;
• E = . G
• F – força e d – braço
• O d mede-se do ponto de
rotação à linha de acção da
força

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Estática- torque
Alavanca (2 meninos em Alavanca humana (bola de 5 lb
equilibrio numa alavanca) suportada por braço horizontal)

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Estática- torque-exemplos
• Se uma força tender a • Relativo a O’’:
girar o corpo so sentido • E = . G = 5 ×
horário, o torque 4.45 (8) × 3 × 2.54 ×
assocaido a ela será 10K (L)= 1.695 Nm
positivo. Caso contrário, o • Relativo a O’:
torque será negativo.
• Ex: quais são os torques • E = . G = 5 ×
exercidos por uma bola 4.45 (8) × 12 × 2.54 ×
de 5 lb em relação às 10K (L)= 6.78 Nm
articulações O’’ e O’? • O torque para mesma
força aumenta com o
aumento do braço de
força.

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Estática- torque-exemplos
• Qual seria o valor do
torque relativamente a O’
se o braço fosse mantido
sob o ângulo de 30° em
relação ao tronco?
• Determinar o novo braço
d’ e calcular τ:
E = × G M
= × G × sin 30
= 5 × 4.45 (8) × 12
× 2.54 × 10K (L)
× 0.5 = 3.39 Nm

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Condições de equilíbrio de Estático
• Para que um objecto esteja em equilíbrio
rotacional, a soma de todos os torques
relativamente a um mesmo ponto deve ser
nula
• Para que um objecto esteja em equilíbrio
estático, é preciso que o somatório de todas
as forças actuantes seja nulo e o somatório de
todos os torques seja nulo

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Centro de gravidade
• A força de gravidade actua em • A força de gravidade de um
cada ponto que constitui o objecto produz um torque nulo
objecto em estudo. A soma de em relação ao centro de
todas essas forças resulta a gravidade;
= ∑ , • O centro de gravidade de um
• O centro de gravidade de um corpo rígido é um ponto de
objecto é o ponto em que se equilíbrio (esta propriedade
supõe aplicada a força de permite calcular o cg de objectos
gravidade total para efeitos de complexos como o transferidor);
cálculo do seu torque. • O cg de um objecto rígido é um
ponto fixo relativamente o
objecto, embora não se situe
necessariamente no objecto;
• Para corpos flexíveis como os
animais, a posição do cg
relativamente ao corpo varia com
a mudança de forma

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Equilíbrio de objectos apoiados
• Para que um objecto esteja • Se a força normal e a força de
em equilíbrio estático é gravidade forem as únicas
necessário que o torque total forças, o objecto estará em
seja nulo e que a força equilíbrio se o cg estiver
resultante seja nula. localizado por cima da área de
• Para um objecto em contacto suporte.
com superfície sólida não
estará em equilíbrio se a linha
de acção da força de contacto
total exercida sobre ele pela
superfície deixa de passar pelo
cg do objecto (veja o livro nas
figuras da pagina seguinte)

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Equilíbrio de objectos apoiados-corpos
não rígidos
Uma pessoa em posição erecta tem o seu cg dentro do A pessoa ao inclinar o cg move-se no sentido
corpo, pelo que pela base definida pelos pés para a frente no sentido de manter o equilíbrio

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Equilíbrio de objectos apoiados-corpos
não rígidos-cont
• Quando uma pessoa caminha, o seu corpo pende
constantemente de um lado para o outro par
amanter o centro de gravidade (cg) sobre uma
área de suporte que muda constantemnte;
• Na prática o princípio de equilíbrio não é
suficiente para que haja estabilidade: equilíbrio
instável ou estável. Boa estabilidade pressupõe
que o centro de gravidade esteja próximo da área
de suporte; por isso, num jogo de futebol os
guada-redes tendem a baixar o seus cg para uma
larga área de suporte.

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Dinâmica & Energia
• A dinâmica estuda o movimento dos corpos
do ponto de vista das suas causas- as forças
que originam esses movimentos.
• De acordo com a 1a lei de Newton, se a soma
das forças sobre um corpo for nula, ele
permanece em repouso ou move-se de modo
rectilíneo e uniforme em relação a um sistema
inercial.

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Dinâmica- o que acontece se a força
resultante não énula?
• Se a resultante das forças • Sistema de unidades
não é nula, o corpo adquire – SI
uma aceleração que tem a • F = mg = 1 (kg)×9.8 (m/s2)=
mesma direcção da força. 9.8 N
•  = LO
• A força resultante sobre um – Cgs (cm,g,s)
objecto em queda no vazio
é a forçade gravidade cujo F = mg =
valor é proporcional a = 1 (103g)×9.8×(102 cm/s2) =
massa do objecto
AP
• @= Q
= 9.8×105 dyn
⇒ 1 N = 105 dyn

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Energia
• O conceito de energia é • O princípio de
extremamente transformação de energia
importante na análise de diz que para um sistema
diversos fenómenos como fechado (isolado) a
o movimento de um energia total é contante.
péndulo ou a velocidade – Este princípio constitui a
de corrida de um animal generalização do facto de
que podem ser analisados que um motor (ou animal)
em termos de contínua só pode realizar um
trabalho limitado a partir
transformação de energia de uma determinada
quantidade de combustível
(ou comida)

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Trabalho & Energia cinética-teorema
trabalho-energia cinética
• Define-se por trabalho • Exemplo: calcular o
mecânico, W, a trabalho realizado por
grandeza escalar igual cada uma das forças
ao produto da força envolvidas num objecto
aplicada F pela de 5 kg que desliza 0.8
projecção do m horizontalmente. O
deslocamento na coeficiente de atrito
direcção da força. entre o bloco e a
• R = G cos ; , [W] = superfície é 0.4.
=[J] • Existem 3 forças: Fg , Fa
e FN .

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Trabalho- exemplo-resolução
• R = × G × cos 90° = 0;
• Uma vez que a superfície é horizontal, a força de
reacção normal FN será numericamente igual a Fg
e o seu sentido é oposto. Por isso o R = 0 .

• R =
 × G × cos 180 = * ×  × G × cos 180° =
• = 0.4 × 5 × 9.8 × 0.8 × −1 = −15.7 S
• O sinal (-) indica que o deslocamento e a força
têm sentidos opostos
15/03/2016 Mecanica_Biomecanica 36
Teorema trabalho-energia cinética
• O trabalho total realizado sobre um objecto que
se move de A para B é igual à variação da sua
energia cinética
R = c,d − c, , c = ef×g f
Ex: Supondo que a velocidade inicial do corpo
envolvido no exemplo anterior era de 3 m/s, calcule
a velocidade depois de deslizar 0.8 m
Aplicação do Teorema W- Ec: veja factor de escala
da velocidade de corrida em animais de igual forma
(semelhantes)e tamanhos diferentes.
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Energia potencial
• Uma força chama-se conservativa se o W realizado por essa
força não depende da forma da trajectória seguida ao mover
o objecto de A para B. São exemplos de forças conservativas,
a força de gravidade e a força elástica de uma mola.
• Definição: Para qualquer força conservativa é possível
encontrar uma função U, tal que, o trabalho realizado pela
força de A para B é igual a diferença daquela função. U é
chamada energia potencial.
• Rd = h − hd ; para o campo gravitacional U = mgh, onde
h mede-se relativamente a um determinado referencial como
por exemplo a base de um plano inclinado.
• Para forças conservativas a energia mecânica é constante
• ci = h + c = L@j + ef × Lk 
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Energia potencial-exemplo
• Um bloco de massa m desliza sem atrito 4 m ao longo de um plano
inclinado, partindo do topo do mesmo a uma distância de 3 m da base, à
uma velocidade inicial de 5m/s. (a) Qual a velocidade do bloco ao atingir a
base do plano supondo que o bloco parte do repouso? (b) Qual a
velocidade do bloco ao atingir a base do plano supondo que o bloco parte
à velocidade de 5 m/s?
• Resp: Como não se fala de atrito, vamos assumir que a superfície do
plano é lisa.
ci = h- + c = L@j + ef × Lk  ,
Chamando A o topo e B a base do mesmo, nota-se que a energia mecânica é
igual a energia cinética na base (tomando este o nível o de energia potencial
zero)
(a) vB = 7.6 m/s
(b) vB = 9.2 m/s

(verifique os resultados!)

15/03/2016 Mecanica_Biomecanica 39
Conservação de energia- o pêndulo
matemático
• O pêndulo é um dispositivo que converte
continuamente a sua energia cinética em
potencial e vice-versa. Consiste numa bolinha de
massa m pendurada na extremidade de um fio
leve e inextensível, fixo na outra extremidade.
• Na realidade há forças de resistência, tanto do ar,
como do ponto de fixação. Por isso, a EM diminui
paulatinamente.
• Exemplo: oscilador harmónico de período
m Q
, = 2l P
(pendulo simples) ou , = 2l n
(mola)

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Velocidade de caminhada dos animais
Pêndulo simples de Indivíduo a caminhar , as suas
comprimento l pernas tem o comprimento l

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Velocidade de caminhada dos animais
• Verificamos que a velocidade de corrida de
animais semelhantes é independente do
tamanho.
• O W numa corrida é feito por músculos para
acelerar e desacelerar sucessivamente as patas.
• Numa caminhada, uma vez o pé levantado do
chão, este balança para a frente livremente, tal
como ocorre no pêndulo. O tempo que o pé leva
para completar um passo é proporcional ao
período do pêndulo de comprimento l da perna,
e o número de passos/min é proporcional a 1/t.

15/03/2016 Mecanica_Biomecanica 42
Velocidade de caminhada dos animais-
factor de escala
e f e
• k = (o/?)p = (q/f) ×
r

m
fr×
P

Onde n é o # de passos, e para um passo o tempo gasto


corresponde a T/2 (T –período do pêndulo simples).

• Assim, o factor de escala para velocidades será:


mt
st
s
m
= u ou seja, k M = k × u

• A velocidade de caminhada aumenta como a raiz


quadrada do tamanho do animal: animais grandes
caminham mais rapidamente que animais pequenos
embora marquem menos passos por minuto.
15/03/2016 Mecanica_Biomecanica 43
Exercícios
1. O tendão ilustrado na
figura 1 exerce uma força
muscular de 67 N sobre o
antebraço. O braço é
colocado de tal modo que
esta força faz um ângulo
de 40⁰ com o antebraço.
Encontre as componentes
da força muscular (a)
paralela ao antebraço
(força estabilizadora) e (b)
perpendicular ao
antebraço (força • Fig. 1
esquilibradora)

15/03/2016 Mecanica_Biomecanica 44
Exercícios
• 2. Um bloco de 3 kg está em repouso
sobre um plano inclinado de 30⁰ com
a horizontal. (a) determine as forças
normal e de atrito. (b) Sabendo que o
bloco permanece em repouso, qual o
valor máximo do coeficiente de atrito
entre o bloco e o plano?
• 3. a figura 2 ilustra o aparelho de
tracção de Russel para a fixação do
fémur. (a) calcule a força total, Fa ,
exercida pelo aparelho sobre a perna,
quando uma massa que pesa 8 lb é
colocada na extremidade. (b) se a
perna pesar 8 lb, qual é a forç Fa + Fg • Fig. 2
a sobre perna?
• Resp: (a) 16 lb ; (b) 13.9 lb
• 4. Explique qual a importância do
atrito para a vida e para a sociedade.

15/03/2016 Mecanica_Biomecanica 45
Exercícios
• 5. O antebraço na figura 3 é
mantido sob o ângulo de 90⁰ em
relação ao braço e uma massa
que pesa 15 lb é segurada.
Desprezando o peso do próprio
antebraço, calule: (a) o torque
provocado pela massa em relação
à articulação do cotovelo (ponto
O). (b) qual o torque provocado
pela força muscular Fm em
relação ao mesmo ponto? (c)
Qual o valor de Fm ? • Fig. 3
• 6. Repita o problema 5
assumindo, agora, que a mão e o
antebraço pesam juntos 3 lb e
que o centro de gravidade
localiza-se a 6 polegadas de O.

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Exercícios
• 7. Um objecto irregular
repousa sobre duas
balanças separadas de 7
pés uma da outra. A
balança da esquerda
marca 45 lb e da direita
25 lb (figura 4). (a) Qual
é o peso do objecto? (b)
Determine a distância x • Fig. 4
que separa o ponto O
do centro de gravidade.

15/03/2016 Mecanica_Biomecanica 47
Exercícios
• 8. a figura 5 mostra uma atleta a começar a
realizar flexões. Ela pesa 125 lb, e o centro de
gravidade localiza-se acima do ponto P, a 3
pés dos anterior e 2 pés do apoio posterior.
Calcule as forças exercidas pelo chão sobre a
atleta nas maos e nos pés?

• 9. Uma bala de 5 g desloca-se • Fig. 5


horizontalmente à 400 m/s. (Despreze a força • 9. um cavalo cujas patas medem 3 pés de
de gravidade neste problema). (a) Qual é a comprimento
energia cinética da bala? (b) A bala penetra 5
cm numa madeira, saindo noutro lado à 200
m/s. Qual o trabalho realizado sobre a bala
pela resistência da madeira? (c) Qual é a • Fig. 5
força de resistência média exercida sobre a
bala?
• 10. Um animal de 200 kg corre a 5 m/s. Ao • 11. Um cavalo com patas de 3 pés caminha à
frear bruscamente, ele desliza durante 5 s velocidade de 2 m/s. Qual a velocidade de
até parar. Calcule: a) o coeficiente de atrito caminhada de uma girafa com patas de 4.5
cinético entre as patas do animal e o chão. b) pés de comprimento? Resp: 2.45 m/s
a distância que o animal percorre deslizando
até parar. Resp: 0,102; 12,5 m

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Exerícios_fim
• 12. Um músculo bíceps exerce uma força de 600 N.
A secção média deste músculo na região central
tem 50 cm2 e seus tendões, que estão presos a dois
ossos, tem uma secção recta de 0.5 cm2. Ache a
tensão em cada uma das secções.
• 13. Um corpo de 2 kg está inicialmente em repouso.
Aplica-se uma força de 10 N durante 10 s. Calcule a
energia cinética adquirida pelo corpo e o trabalho
realizado pela força. Resp: 2500 J ; 2500 J.

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Algumas propriedades mecânicas dos
alimentos
• Em termos sensoriais, a propriedade mais
importante dos alimentos sólidos é a textura que se
define como:
 Conjunto de propriedades físicas percebidas pelos
órgãos sensoriais ( Visão (excepto cor), Audição e Tacto)
que são consequência da estrutura interna do material,
que por sua vez é determinada pelas interacções
moleculares de seus constituintes.
A dureza é uma propriedade física que se usa muito
na avaliação da textura.
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Importância da textura na aceitação
dos alimentos
• Crítica (muito importante): a textura é
predominante na avaliação sensorial (ex:
carnes, batatas fritas, cereais, etc);
• Importante: a textura contribui de modo
equitativo à outras propriedades como o
aroma e o aspecto (ex: frutas);
• Mínima: a textura é pouco significativa (ex:
nas bebidas e certas sopas).

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• Numa perspectiva tecnológica, a textura considera-
se importante na qualidade de:
 parâmetro de marcação de colheita: quantificação e
acompanhamento da evolução da dureza do fruto/
vegetal;
parâmetro de prevenção de lesões mecânicas nos
frutos:quantificação de forças envolvidas na destruição
da textura de frutos (opção de colheita e transporte);
parâmetro de selecção da matéria prima (ervilhas para
enlatar ou congelar);
parâmetro de controlo de qualidade.

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Métodos de medição objectiva da textura

• Penetração simples:
consiste em medir a
força necessária para
que uma sonda atinja
determinada
profundidade no
alimento (mede-se a
dureza do material).

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• Na figura acima temos que:
A curva A indica que a camada superficial é menos dura
que as subsequentes;
A curva B indica que a camada supercifial é mais dura
que as subsequentes;
A curva C indica que a amostra é demasiadamente fluída
para ser submetida a testes de penetrometria.

• As sondas usadas em penetrometria são sondas


afiadas podendo ter forma cónica, esférica, cilíndrica
ou de lâmina (Warner-Bratzler para carnes).

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Compressão:
• Neste método mede-se a resistência do material à
compressão; mede-se a força necessária F para
provocar determinada deformação.

• Para amostras cilíndricas (provetes) a tensão τ e a


deformação γ calculam-se, respectivamente, como:
{ yz |
E = /v e γ= x{ z = po |

F- força aplicada, A – área de secção não deformada
da amostra, h0 – altura inicial da amostra e h – altura
da amostra deformada.

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• Teste do pradrão da textura (TPA -Texture Profile
Test)
Este método usa um dinamómetro que fornece
energia mecânica à velocidade constante e a curva da
força em função do tempo regista a variação da
textura.

Próximo seminário: um dos temas será ”Efeitos da


compressão e prensagem sobre os alimentos”

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• Os instrumentos que medem objectivamente a textura
são:
 Dureza (N ou kgf): força máxima qu pode ser
registada no primeiro ciclo de penetração ou
compressão (muitas vezes relacionada com a força de
ruptura do material);
 Fracturabilidade (N ou kgf): ela existe quando são
registados dois picos durante o primeiro ciclo (é dada
pela força expressa no primeiro pico);
 Coesividade (N.m): razão do trabalho realizado no
segundo ciclo pelo trabalho realizado no primeiro
ciclo;
 Adesividade (N.m): trabalho necessário para
ultrapassar as forças de atracção entre o material e a
superfície da sonda.
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