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HISTÓRICO DO ONDAS CURTAS


Por razões técnicas foram usadas durante muito tempo, em aparelhos de eletroterapia, freqüências de
300.000 c/seg (300Kc) com um comprimento de onda de l0.000m. A esta técnica chamaram-na diatermia
(“aquecimento através de”). Com este tipo de corrente causava-se um efeito direto de resistência e os
resultados não eram muito satisfatórios, já que a maior intensidade de calor era recebida pelos tecidos de
maior resistência, como o gorduroso e o ósseo, enquanto que o muscular com seu grande conteúdo
sangüíneo apenas se aquecia, que é justamente o contrário do que se pretendia conseguir.
Procurou-se aperfeiçoar essa técnica por meio da eletrônica, mais especificamente mediante auto-
osciladores eletrônicos, e conseguiu-se obter freqüências da ordem de 30 Mc (30.000.000c/seg) às quais
chamou-se de ondas curtas. Seguindo-se por este caminho chegou-se à onda ultra-curta, as ondas
decimétricas e finalmente, às microondas, também chamadas ondas radar.[5]

CONCEITO
É uma corrente de alta freqüência, cerca de 27,12 MHZ[12, 49] (27,33 MHZ[3]), e produz ondas
eletromagnéticas (“campos elétricos e magnéticos que se deslocam pelo espaço sem a necessidade de um
meio de sustentação”) com um comprimento de 11 metros. Seu funcionamento é como de um pêndulo, pois
os elétrons ora se movem para um lado, ora para outro. A polaridade muda de posição tão rapidamente que
não chega a estimular os nervos motores.

BIOFISICA

1- Experiência de Schiliephake

Schiliephake pegou 3 (A, B, C) reservatórios


A B C contendo água e um aparelho de ondas curtas. Em
seguida colocou eletrodos de Shiliephake e
observou o seguinte:
a) Quando os eletrodos estavam bem próximos ao
reservatório, havia o aquecimento maior nos
reservatórios da periferia (A e C)
ONDAS b) Quando ele afastava os eletrodos, havia o
CURTAS aquecimento nos 3 reservatórios (A, B, C)

Schiliephake concluiu que se quisermos aquecer estruturas localizadas mais profundamente devemos
afastar os eletrodos da pele.

2- Ação do campo eletromagnético[54, 89]


Como sabemos que qualquer corpo condutor ao ser submetido a um campo eletromagnético gera em si
uma corrente elétrica, este efeito de indução nos aconselha a evitar, durante o tratamento, a presença de
peças metálicas e aparelhos de precisão no espaço de influência das ondas curtas. Em decorrência disso
alguns profissionais preconizam que o paciente deverá retirar todos os objetos metálicos do corpo, e mesmo
aqueles que não estejam no campo de aplicação (entre as placas). Entretanto, outra corrente de profissionais
afirma que não deve haver uma atitude de excessivo zelo[54], que obriga a retirada de brincos e colares do
paciente, durante um tratamento com ondas curtas em regiões distantes, ou seja só devemos tirar os objetos
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metálicos que estão sob a região a ser tratada. Pois a ação do campo eletromagnético fora do campo de
aplicação (entre as placas) não seria suficientemente intensa para gerar nas peças metálicas uma corrente
elétrica.
Andrews e col. (2000) orienta o uso de eletroestimuladores somente afastados cerca de 4,5 metros de raio
de uma unidade de ondas curtas.

3- Transmissão das ondas eletromagnéticas[54]


Os materiais que se deixam influenciar com facilidade pelas ondas eletromagnéticas são chamados de
ferromagnéticos.
Aqueles que apresentam algumas “dificuldades” à influência das ondas eletromagnéticas são chamados
de paramagnéticos.
Os materiais que não são influenciáveis pelas ondas eletromagnéticas são denominados de
diamagnéticos.
Se nós submetermos dois materiais à influência do campo eletromagnético, ao mesmo tempo, todo o
campo tenderá a se propagar pelo que apresentar propriedades ferromagnéticas. Por exemplo: num paciente
que esteja sendo tratado através de ondas curtas. Se ele estiver deitado em cama de madeira, ele é
considerado paramagnético e a madeira, diamagnético. Logo o campo “prefere” percorrer o corpo do
paciente. Se no entanto, o paciente estiver deitado em cama de ferro, o paciente é considerado paramagnético
e a cama ferromagnética. Logo, o campo será desviado para cama, em lugar de agir sobre o paciente, tirando
o “rendimento” do tratamento.

4- Aquecimento
Aquecimento = Corrente2 x Resistência x Tempo
Quanto maior a corrente que passa pelo tecido menor é a resistência oferecida por ele, ou seja, os tecidos
que oferecem maior resistência deixam passar menor quantidade de corrente, e de acordo com a fórmula
supra citada é mais importante para que haja um aquecimento mais intenso (da estrutura tratada) que seja
maior o valor da corrente que venha passar pelo tecido do que o valor da resistência oferecida pelo mesmo.
[49]

Ex.: Corrente2 x Resistência x Tempo = Aquecimento


12 x 1 x 1 = 1
2
2 x 1 x 1 = 4
12 x 2 x 1 = 2
2
4 x 1 x 1 = 16
12 x 4 x 1 = 4
Obs.1: As estruturas orgânicas contêm muitas moléculas externamente neutras, chamadas de dipolos, cujas
cargas internas estão dispostas assimetricamente. Um exemplo para os dipolos é a molécula de água onde a
carga negativa concentra-se sobre o oxigênio, enquanto a carga positiva fica ao lado dos hidrogênios. Os
dipolos, quando expostos a um campo eletromagnético, orientam-se de maneira que seu lado de maior carga
negativa se direcione ao polo positivo. A mudança da polaridade da corrente alternada força os dipolos a
acompanharem as oscilações do campo eletromagnético. Quando o ritmo das oscilações é muito rápido,
como ocorre numa corrente de alta frequência, as rotações dos dipolos também são extremamente rápidas,
(acima de 300 milhões de vezes por segundo. Neste caso, a energia eletromagnética é transformada em calor,
porque a rotação rápida dos dipolos provoca atrito entre eles. As moléculas das substâncias apolares (por
exemplo as gorduras), sofrem somente uma ligeira deformação quando expostas ao campo eletromagnético,
sem no entanto entrarem em rotação[87, 104, 112].
Obs. 2: A condutividade elétrica depende do conteúdo de água tecidual e de íons, ou seja, quanto
mais aquoso for o tecido maior será quantidade de corrente que passará pelo tecido e consequentemente
maior será o aquecimento. [3, 12, 49, 104]

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Tecidos com alta condutividade Tecidos com baixa condutividade
- Sangue - Gordura
- Músculo - Ligamento
- Suor - Tendão
- Cartilagem

Obs. 3: Se tivermos um aumento da resistência tecidual por onde estiver passando uma corrente,
também teremos uma aumento do aquecimento (vide a fórmula citada anteriormente), entretanto esse
aquecimento será menor que aquele que teríamos se aumentássemos a intensidade de corrente que estivesse
passando pelo tecido.
Obs. 4: Quanto maior estiver a temperatura nos tecidos, maior será a condutividade. Portanto, à
medida que o ondas curtas for aquecendo a estrutura tecidual, haverá aumento da condutividade (aumento da
quantidade de sangue tecidual), e consequentemente maior será a quantidade de corrente que passará pelo
tecido (o tempo de aplicação inicial do ondas curtas não deve ser computado como o tempo da terapêutica:
5’ + 20’) (Taxa de aquecimento específico)
Portanto, numa decisão clínica para eleger um determinado recurso devemos saber que as ondas
curtas terão um efeito de aquecimento maior em estruturas com grandes massas musculares.

EFEITOS FISIOLÓGICOS
-Produção de calor
- Vasodilatação[2, 48, 49]
- Hiperemia
- Aumento do fluxo sangüíneo
- Aumento do oxigênio na área[48]
- Aumento do metabolismo[2, 12, 49]
- Diminuição da pressão sangüínea
- Aumento do débito cardíaco
- Aumento da atividade das glândula sudoríparas
- Diminuição de viscosidade
- Aumento da leucocitose/fagocitose [48]

EFEITOS TERAPÊUTICOS:
- Antiinflamatório
- Cicatrização
- Analgésico
- Espasmolítico/descontraturante

TÉCNICA DE APLICAÇÃO DOS ELETRODOS


Através do uso de diatermia por ondas curtas poderemos citar duas formas de métodos: CAPACITIVO
e INDUTIVO.

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A) TÉCNICA CAPACITIVA
É quando as estruturas teciduais funcionam como dielétricos dentro de um capacitor (eletrodos) por
onde passa um campo elétrico[49]
É também chamado de método do campo elétrico.

1) Placas Capacitoras Flexíveis


São placas metálicas flexíveis revestidas com almofada de material plástico, borracha, feltro ou
espuma.
Possuem tamanhos variados (pequeno, médio, e grande). E o espaçamento entre a pele e o eletrodo é
feito, além do feltro, espuma, etc, com toalha e cobertores.

2) Eletrodos Schiliephake
.
São discos metálicos planos acoplados a
“braços” mecânicos que permitem movimentos
universais facilitando os posicionamentos os
eletrodos no segmento a ser tratado. São
cobertas com um envoltório de vidro, plástico,
ou borracha. a. Estas coberturas mantém a
distância entre a pele e a placa capacitora (é
ajustável) [3]. É de fácil aplicação

Técnica de utilização eletrodos [12, 48, 104]


ilização dos eletrodos:
a) Transversal
- um eletrodo lateralmente e outro medialmente; ou
- um eletrodo posterior e outro anterior.
- As várias camadas de tecido estão localizados umas atrás das outras em relação às linhas do campo
eletromagnético,
nético, ou seja, se encontram dispostas em série (do ponto de vista elétrico). Nesta técnica o
aumento de temperatura será maior no tecido subcutâneo (adiposo) e estruturas mais superficiais que no
tecido muscular profundo e órgãos internos ricos em líquidos
líquid e proteínas
- Esta técnica normalmente é utilizada quando se deseja atingir estruturas mais superficiais, como por
exemplo ligamento colateral do joelho, etc.
- Segundo Salgado (1999), os eletrodos não poderão estar muito próximos pois impossibilitaria a
criação de um campo eletromagnético.

(Salgado, 1999)

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b) Longitudinal
- um eletrodo na parte anterior da coxa e o outro na região plantar (paciente sentado);
- um eletrodo na parte anterior da coxa e o outro na panturrilha (paciente sentado); ou
- um eletrodo na região lombar e outro na posição plantar; etc.
- As várias camadas de tecido estão dispostas mais ou menos na mesma direção do campo
eletromagnético. Se encontram dispostos em paralelo. Neste caso a corrente seguirá o caminho de menor
resistência: músculos e outros tecidos ricos em água.

OBS.: Não existe nenhuma


técnica absolutamente em
série. O que existe são
técnicas em que há maior
quantidade de tecidos em
série ou maior quantidade em
paralelo, e esta peculiaridade
é que determinará qual o tipo
de aplicação do ondas curtas
que será utilizada.

(Salgado, 1999)

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c) Co-planar
- Eletrodo no mesmo plano. Este método promoverá uma terapêutica mais superficial.
Deve-sese respeitar uma distância mínima de 8 a 10 cm entre as placas, pois se houver redução dessa
distância, haverá concentração de ondas
ndas curtas nas placas e não no paciente. Kitchen e Bazin (1998) afirmam
que a distância entre os eletrodos não pode ser menor que a distância dos mesmos em relação à pele.

OBS.:
- É considerada ideal uma distância de 2 a 4 cm entre a pele e o eletrodo.
eletrodo. Esta distância é com relação
à placa metálica, e não com relação à cobertura de espuma, feltro, borracha, etc.

B) TÉCNICA INDUTIVA
É utilizado um aplicador indutivo na qual produz um campo magnético que oscila induzindo correntes
indutivas em forma de círculo (“redemoinho”), no interior dos tecidos.[49]
A bobina indutiva (em forma de espiral) funciona como uma antena que transmite o campo
eletromagnético para o interior dos tecidos.
São mais eficazes para produzir calor que os eletrodos capacitivos,
capacitivos, pois o aumento de temperatura no
tecido adiposo e muscular é mais homogêneo, se dá numa relação de 1/1.[3, 12, 48, 104]

TIPOS
a) Mônodo (Bobina)

É utilizado uma bobina indutiva, que é colocada em um recipiente plástico rígido (“Tambor”),
podendo
dendo ter dobradiças adaptáveis ao corpo. A superfície do recipiente plástico também tem a finalidade
espaçar a bobina indutiva da pele do paciente.
O Tambor é aplicado perto da parte que será tratada, de modo que a bobina fique paralela à superfície
da pele.
ele. Uma corrente elétrica é gerada no interior do aparelho, sendo em seguida passada através da bobina.
O campo magnético associado a esta corrente é formado em ângulo reto com a direção do fluxo da corrente,
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sendo portanto direcionado para a parte do corpo
corpo na qual se estabeleceram as correntes parasitas
[12]
(“redemoinho)

Bobina

Correntes indutivas
(“Redemoinho”)

Eletrodo Indutivo

Embora alguns autores afirmem que a bobina promove um aumento de temperatura no tecido
subcutâneo e muscular com mesmo percentual, Michlovitz (1996) afirma
afirma que o método indutivo provê maior
quantidade de calor no músculo que na gordura.(figura abaixo)

Gordura Músculo Osso Músculo Gordura


1 Método Capacitivo

Método Indutivo

DOSE - POTÊNCIA:
Depende da sensação subjetiva de calor que o paciente vai sentir e da fase da enfermidade.
Utiliza-se normalmente a Escala de Schliephake[49]:
I - CALOR MUITO DÉBIL - Imediatamente abaixo da sensação de calor ou abaixo do limiar de
sensibilidade. (Grau I)
II - CALOR DÉBIL - É a sensação de calor imediatamente perceptível. (Grau II)

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III - CALOR MÉDIO - É a sensação clara
clara e agradável de calor. (Grau III)
IV - CALOR FORTE - É a sensação de calor no limite da tolerância. (Grau IV)
OBS.:
Pesquisadores relataram[12] a ocorrência de lesões celulares induzidas pela temperatura referida num nível
limiar. Atualmente recomenda-se se o uso da temperatura referida como branda (calor médio) pelos pacientes,
pois como os receptores térmicos estão concentrados em sua maioria na pele, poderiam ocorrer lesões
profundas severas não relatadas pelos pacientes se fossem administradas doses
doses no limite da tolerância.
Alguns autores[48] tambem relataram que os efeitos de aumento da circulação sanguínea se apresentam
mais intensos com doses de calor moderado em relação ao calor forte

TEMPO DE TRATAMENTO
FASE AGUDA: 10 a 15 min
FASE SUB-AGUDA: 15 a 20 min
FASE CRÔNICA: 20 a 30 min

Obs.: Apesar disto, na pratica clinica, utiliza-se


utiliza se normalmente 20 minutos para todas as fases de
doença!

SINTONIA:
É o ajuste do componente elétrico do cirucuito do ondas curtas ao paciente.
No tratamento
mento com ondas curtas, a sintonia do aparelho é de fundamental importância pois a eficácia
terapêutica está diretamente ligada a ela.
A energia eletromagnética de alta frequência atravessa uma bobina oscilatória, e faz com que o campo
magnético gerado pelo lo “circuito gerador” induz a uma corrente na bobina de ressonância do “circuito
paciente”. Quando estão sintonizados à mesma frequência ressonante, uma energia efetiva de alta freqüência
será transferida do circuito gerador para o circuito paciente. Para que os “tecidos” (paciente) colocados no
circuito paciente contribuam para a capacitância deste circuito, um capacitor variável dever ser ajustado
(manual o automaticamente) para que o circuito gerador e o circuito paciente estejam em ressonância. Uma
vez sintonizados ambos os circuitos à mesma frequência ressonante a quantidade de energia térmica
transmitida aos tecidos terá máxima efetividade.[49]

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Para os aparelhos que não possuem sintonia automática (sintonia manual) devemos sintonizar o
aparelho da seguinte forma:
1. colocar os eletrodos a uma distância de 2 a 4 cm da pele, levando em conta feltro e toalha.
2. elegemos uma potência segundo a escala de Schliephake (dose).
3. giramos o botão de sintonia (à direita ou esquerda) de modo que o ponteiro do miliamperímetro vá
se movimentando no sentido horário. Quando o ponteiro atingir o máximo de deflexão, ele retornará
levemente no sentido contrário. Basta, neste momento, apenas girar o botão da sintonia para o lado oposto
inicial que o ponteiro voltará à posição de máxima deflexão para a potência utilizada.
Obs.:
- Alguns aparelhos possuem uma coluna de lâmpadas que ficará totalmente luminosa ao ser
sintonizado.
- Caso o paciente refira um calor muito forte o ajuste para diminui-lo deve ocorrer no potenciômetro e
não no controle de sintonia.
- Se mudarmos a posição dos eletrodos, o tamanho dos eletrodos, a distância eletrodo-pele ou a dose,
deveremos sintonizá-lo novamente.
Obs.: Os cabos devem estar afastados um do outro; em hipótese alguma se cruzarem ou se tocarem.

PRECAUÇÕES
1- Evitar usar próximo a aparelhos fisioterápicos de baixa freqüência, assim como de equipamentos
médicos de diagnósticos[49] (eletroencefalógrafo, eletrocardiógrafo, e eletromiógrafo). Segundo Winter
(2001), os aparelhos de alta frequência devem manter uma distância de 6 metros de aparelhos de, corrente
galvânica ou corrente farádica, quando usados simultaneamente. Os cabos dos outros agem como antenas,
captando as ondas eletromagnéticas produzidas pelos aparelhos de alta frequência. Isto pode danificar o
aparelho e é perigoso para o cliente que está sendo tratado
2- Os implantes metálicos são contra-indicados se uma corrente significativa alcançar o implante[12, 54]
3- O uso de toalhas entre os aplicadores capacitivos e indutivos se faz necessário para garantia da
distância eletrodo-pele.
4- Deve-se perguntar aos pacientes se fazem uso de marca-passo cardíaco, marca-passo cerebral,
marca-passo diafragmático, e estimulador de bexiga (órteses eletrofisiológicas), próteses mioelétricas
(próteses eletrofisiológicas), ou aparelhos de surdez pois estes podem ser destruídos, aquecerem ou
alterarem seu funcionamento.
5- Nas aplicações sobre a face deve-se retirar lentes de contatos[3, 49]
6- Aplicações sobre as gônadas devem ser evitadas
7- Evitar macas ou cadeiras metálicas[49, 54]
8- Períodos menstruais (em casos de hemorragia)
9- O paciente não deve se movimentar durante o tratamento[3]
10- Presença de DIU contra-indica em regiões do baixo ventre.
11- Cuidado com aplicações em locais com proeminência óssea pois podem provocar “efeito ponta”
12- Se faz necessária a construção do compartimento do ondas curtas com a “Gaiola de Faraday”
13- Transtornos cardíacos
14- O tempo de exposição máxima para o fisioterapeuta deve ser de aproximadamente 8 minutos, por
dia de trabalho, no campo de maior intensidade [66, 67, 68, 69]
17) Deve-se evitar aplicações de ondas curtas em regiões de epífises férteis, pois podem alterar seu
crescimento fisiológico[49]
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18) Nas patologias reumatológicas com características degenerativas articulares (artrite reumatoide,
espondilite anquilosante, osteoartrite) a enzima colagenase é liberada por leucócitos polimorfonucleares, que
destroem o colágeno na cartilagem articular, aumentando assim sua degeneração. Já se demonstdrou que a
articulação inflamada apresenta uma temperatura articular normal, que oscila entre 30,5°C e 33°C. As
colagenases articulares tornam-se, em média, quatro vezes mais ativas quando a temperatura sobe para 36°C
em relação a 33°C, e 2,9 vezes mais ativas em 39°C em relação a 37°C.[98]

INDICAÇÕES
- Afecções traumáticas
- Afecções musculares
- Afecções reumatológicas
- Afecções ginecológicas (EUA)

CONTRA-INDICAÇÕES:
- Quadro inflamatório “agudo”
- Patologias com tendências hemorrágicas
- Gestantes
- Tumores malignos
- Marca-passo
- “Alterações sensitivas” [48]
- Tromboses/Aterosclerose
- Doenças infecciosas
- Estado febril
- Implante metálico no campo de aplicação
- Doenças com degeneração de cartilagem articular[48, 49, 98]
- Áreas isquêmicas[48, 49]
- Tuberculose[48]
- Insuficiência cardíaca
Etc

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CONCEITO:
se de uma forma especial de ondas curtas obtidas, através da interrupção, da saída das ondas curtas
Trata-se
contínuas.
São chamadas também de ondas atérmicas (ondas curtas sem o efeito efeit térmico), entretanto há
controvérsias com relação a isso, pois dependendo da freqüência de pulso que se trabalha (mais elevada)
poderemos ter algum efeito térmico.

FREQUÊNCIA DE REPETIÇÃO DOS PULSOS[48]


a) Baixa
Numa freqüência de pulsos baixa ocorre
ocorre um aquecimento quando há a passagem da corrente para os
tecidos e há formação de calor. Entretanto como o intervalo que existe entre cada pulso é grande, o calor
formado tende a diminuir, e quando começa um pulso novo o calor já dissipou, assim a temperatura
temper do
tecido não aumenta e o paciente não sente calor algum.

b) Média

Numa freqüência de pulsos nem muito baixa nem muito alta (existe uma média), ao chegar o impulso
seguinte existirá um efeito térmico residual, neste caso ocorrerá uma somação
somação dos efeitos térmicos, mas que

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não será suficiente para gerar um calor que venha a produzir efeitos fisiológicos/terapêuticos. Ocorrerá
neste caso também, uma somação dos efeitos não térmicos.

c) Alta

Numa freqüência de pulsos muito elevada, onde se encurta os intervalos entre os pulsos, o calor
conseguido inicialmente não consegue dissipar-se
dissipar se a tempo, pois logo chega outro pulso mantendo a
temperatura, ou seja, não se permite que a energia calórica se dissipe entre um pulso e outro, gerando alguma
forma
orma de calor no segmento tratado.

Obs.1: A eleição da frequência associada à eleição da duração de pulso e da potência de pico tem
importância pelo uso ou não de calor na terapêutica por ondas curtas pulsátil. Quando se utilizam os
referidos itens com altos valores obtém-se
obtém se uma potência média que é capaz de proporcionar efeito
calórico[12].
Obs.2: Segundo Salgado (1999), a eleição da frequência também pode estar relacionada à fase da
doença:
- Baixa frequência - Fase aguda (0 a 50 Hz)
- Média frquência - Fase
se subaguda (70 a 150 Hz)
- Alta frequência - Fase crônica (150 a 300 Hz + contínuo)

MECANISMO DE AÇÃO:
Embora o mecanismo biofísico e biológico das ondas curtas pulsáteis não estejam claramente
elucidados, parece que os efeitos se dão a nível da membrana
membrana celular, e que estariam relacionados com a
normalização dos potenciais de membrana. As ondas curtas pulsáteis agiriam de modo a modular ou a fazer
uma normalização desses potenciais de membrana, promovendo ação sobre a bomba de sódio e potássio [49]
Atualmente trabalha-se
se com os resultados obtidos em diversas situações patológicas.

EFEITOS FISIOLÓGICOS / TERAPÊUTICOS [12, 48]


- Acelera reabsorção de edema/hematoma - Aumenta regeneração nervosa
- Acelera a consolidação
dação de fraturas - Antinflamatório
- Acelera cura de feridas (regeneração tecidual)
- Alívio da dor aguda

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INDICAÇÕES:
- Neuropraxia
- Edemas
- Feridas, rupturas
- Fraturas
- Contusões / Hematomas
- Quadro inflamatório
- Alteração de sensibilidade
- Transtornos circulatórios periféricos
- “Implante metálico” [48, 49]
- Queimaduras
- Pós cirurgia em geral
etc.

CONTRA-INDICAÇÃO:
- Útero grávido
- Marca-passo cardíaco, eletrofrênico, e cerebelares
- Tumores
- “Implante metálico”

DOSIMETRIA:
PARÂMETROS EXPLICAÇÃO FAIXA
1) Frequência de pulsos (F) Número de pulsos liberados em 1 min 15 a 800 Hz
2) Duração do pulso (DP) Duração de cada pulso ou período “ligado” 25 a 400 µs
3) Potência de pico de pulso (PPP) Amplitude do pulso (conhecida como intensidade) 100 a 1000 W
4) Potência média Fornece uma medida da dose de Ondas Curtas Pul-
sátil recebida pelo paciente.

Obs.: 400 µs = 0,4 ms

Cálculo da potência média:


- Potência média = PPP x % ciclos de OC
- % de ciclos de OC = DP / Duração do ciclo
- Duração do ciclo = 1000 / F

Exemplo:
* Frequência de pulsos (F) = 200 Hz
* Duração do pulso = 0,4 ms
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* Potência de pico de pulso = 800 W
- Duração do ciclo = 1000 / F = 1000/ 200 = 5 ms

- % de ciclos de OC = DP / Duração do ciclo = 0,4 / 5 = 0,08 %

- Potência média = PPP x % ciclos de OC = 800 x 0,08 = 64 W

- Se a duração do pulso é fixa, e a frequência de pulsos é baixa e a potência de pico de pulsos é


pequena, a potência média será baixa. Pode-se ter aumento da potência média aumentando-se um desses
valores.
- Quando se usa terapia por ondas curtas pulsátil o objetivo consiste em selecionar a maior potência
possível dos impulsos uma vez que gere a menor quantidade de calor possível.
- Uma medida de produção de calor é a potência média. Com uma potência média baixa será
produzido pouco calor durante o tratamento.
- Alguns aparelhos permitem a escolha da duração do pulso, outros trazem um valor fixo.
- O tempo de tratamento dura em média de 10 a 15 min
- Exemplos de alta e baixa doses
Dose Baixa (agudos) Dose Alta (crônicos)

- Frequência de pulso (F) 26 Hz 200 Hz


- Duração do pulso (DP) 0,065 ms 0,4 ms
- Potência de pico de pulso (PPP) 100 W 1000 W
- Potência média 1,7 W 80 W

Fonte: Kitchen e Bazin (1998)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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3- Kottke, F.J., Lehamann J.F. - TRATADO DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO DE KRUSEN - 1994 Ed Manole
5- Gutman, A.Z., - FISIOTERAPIA ATUAL - 1989 Ed Pancast
7- Machado, C. M. – ELETROTERMOTERAPIA PRÁTICA – Pancast Ed. - 1991
10- Omote, N. FÍSICA - 1982 Ed. Moderna
12- Kitchen, S. e Bazin, S. - ELETROTERAPIA DE CLAYTON - 10ª Edição - Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São Paulo – 1998
34- Leitão, A. – FISIATRIA CLÍNICA – Liv. Atheneu - 1979
49- Michlovitz, S. L. - THERMAL AGENTS IN REHABILITATION - F. A. Davis Co - 3ª Ed. Philadelphia 1996
54- Lucena, C. – TERMOTERAPIA HIPER HIPO – Ed. Lovise
48- TERAPIA DE ONDA CORTA PULSÁTIL Y CONTÍNUA - B.V. ENRAF - NONIUS DELFT - Holanda – Ago 1986
66- Anders, I. L., Olsen, J. e Svane, O. – GENDER-SPECIFIC REPRODUCTIVE OUTCOME AND EXPOSURE TO HIGHT-
FREQUENCY ELECTROMAGNÉTIC RADIATION AMONG PHYSIOTHERAPIST. - Scandinavian Journal Work Environmental Health,
Esbjerg, 17: 324-329 – 1991
67- Cabrera, S. R. e Suárez, R. D. – VALORACIÓN DEL RIESGO OCCUPACIONAL POR EXPOSICIÓN A CAMPOS
ELECTROMAGNÉTICOS EN TRABAJADORES QUE APLICAM EL TRATAMIENTO COM DIATERMIA. – Revista Cubana de Higiene
Epidemiológica Cuba – 1 (28): 81-87 – 1990
68- Stuchly, M. A. et al – EXPOSURE TO THE OPERATOR AND PATIENT DURING SHORT WAVE DIATERMY TREATMENTS –
HEALTH PHYSICS – 3(420; 341-366 – 1982
69- International Labour Organization. OCCUPATIONAL HAZARDS FROM NON-IONIZING ELECTROMAGNETIC RADIATION:
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87- Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. - 2001- RJ
89- Andrews, R., Harrelson, G. L. & Wilk, K. E. - REABILITAÇÃO FÍSICA DAS LESÕES DESPORTIVAS - 2ª Ed. - Ed. Guanabara
Koogan - 2000 - pp. 61-95
98- Guirro, R., Adib, C., Máximo, C. - OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DA CRIOTERAPIA: UMA REVISÃO - Revista Fisioter. Univ. São
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