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“A vontade é mola propulsora dos atos e dos negócios jurídicos. Essa vontade deve
ser manifestada de forma idônea para que o ato tenha vida normal na atividade jurídica
e no universo negocial. Se essa vontade não corresponder ao desejo do agente, o
negócio jurídico torna-se suscetível de nulidade ou anulação”. (Silvio de Salvo Venosa).
”
Defeitos dos negócios jurídicos, correspondem aos fatos que podem tornar o negócio
jurídico inválido (NULO OU ANULÁVEL).
‘
Há defeito em um negócio Jurídico quando não se respeita a vontade do agente, na
medida em que esta vontade é a base ou o requisito necessário para a
concretização da vontade expressa.
‘
Quando a vontade do agente é totalmente tolhida, tem-se que o negócio jurídico é
NULO.
Quando, porém, a vontade é manifestada, mas com vício ou defeito que a torna mal
dirigida, mal externada, diz-se que o negócio jurídico é ANULÁVEL, ou seja, ele
existirá somente até o momento em que qualquer prejudicado peça a sua anulação.
‘
São elencados pelo Código Civil Brasileiro cinco defeitos do negócio jurídico : dolo,
erro, coação, simulação e fraude contra credores.
‘
Os vícios da vontade ou do consentimento são: a) erro; b) dolo; c) coação; d) estado
de perigo; e) lesão.
Os defeitos do negócio jurídico que tem repercussão social são denominados vícios
sociais, sendo eles: a) fraude contra credores; b) simulação.
Vícios de Consentimento:
Porém, existem casos em que a vontade, apesar de estar presente, não representa o
verdadeiro desejo de quem a manifesta, pois encontra-se deturpada por um fato ou
circunstância que a desvia do verdadeiro interesse subjetivo do declarante.
Três são os elementos capazes de acarretar nessa discordância: Erro, dolo e coação.
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1. Erro:
a)Erro de fato: Aquele que recai sobre uma situação fática voltada ao negócio
realizado, esta por sua vez, subdivide-se em erro essencial e erro acidental.
a.1) Erro essencial ou substancial: É aquele que, de acordo com o direito positivo
(CC, arts.138) é capaz de viciar o consentimento do agente, tornando o negócio por
ele praticado anulável.
*Erro de Negócio: diz respeito à natureza própria do ato, ou seja, incide sobre a
própria essência ou substância do negócio. Por ex., alguém que pensa estar
vendendo um objeto quando na verdade esta realizando uma doação. (art. 139, I,
CC)
*Erro de Pessoa: Induz a uma falsa idéia sobre a própria pessoa que figura como
a outra parte da relação negocial. É o caso, por ex., do marido que, sem ter o
conhecimento do fato, contrai matrimônio com mulher que possui doença mental
grave que torne insuportável a vida em comum. (Código Civil, art. 1.557, IV). Se
anterior ao casamento, houve período prolongado de namoro, não há como
requerer anulação do casamento alegando erro de pessoa. (Art. 139, II, CC)
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*Erro de Objeto: É aquele que recai sobre a identidade do objeto principal da
relação jurídica negocial. Por ex.: um indivíduo que acredita estar comprando uma
motocicleta mas na realidade adquire um bicicleta. O ato é anulável. Art. 141, CC.
b)Erro de direito ou Error juris: Corresponde ao erro que se refere à norma jurídica
disciplinadora do negócio. É o conhecimento equivocado sobre a norma legal ou falso
entendimento.
Não se confunde, contudo, com a ignorantia legis, uma vez que esta é o
desconhecimento completo da existência da lei. E “a ninguém é dado ignorar a lei”.
Em geral, o error juris não é causa de anulabilidade do negócio, porém, a doutrina e
jurisprudência abrem precedentes quanto a esta máxima. “De qualquer maneira, para
anular o negócio, é necessário que esse erro tenha sido o motivo único e principal a
determinar a vontade, não podendo, contudo, recair sobre a norma geral, mas tão-
somente sobre normas dispositivas, sujeitas ao livre acordo das partes.” (Maria Helena
Diniz, Curso de Direito Civil Brasileiro, 1º vol., pg. 292).
Ex.: Alguém que contrata a importação de determinada mercadoria sem saber que ela
é proibida.
A parte não pretendeu furtar-se ao cumprimento da lei, tanto que efetuou o contrato,
mas foi levada a falso entendimento. (Art. 139, III, CC).
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo
único ou principal do negócio jurídico.
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O que quer dizer que fatores de ordem subjetivas que antecedem a realização do
negócio não tem relevância jurídica para viciar o ato, a não ser que tenha sido o fator
determinando para o negócio.
Ex.: Aquele que aluga um imóvel para instalar um restaurante, pressupondo que em
frente será estabelecido uma grande indústria, que dará movimento ao restaurante,
quando na verdade, não nem mesmo expectativas desse estabelecimento. O negócio
será anulável se tal motivo for expresso no negócio/contrato.
d) Erro de Cálculo: (Art. 143, CC): Neste caso o erro é acidental, não constituindo
motivo de anulação, podendo perfeitamente ser corrigido, mantendo-se válido o
negócio.
Ex.: O comprador crê que adquire o lote 5 da quadra B, quando, na verdade, adquire
lote 5 da quadra A, segundo a planta que lhe é apresentada. O erro é substancial,
porém antes mesmo do Comprador pretender a anulação, o vendedor concorda em
entregar-lhe o lote 5 da quadra B. Não há assim qualquer prejuízo ao
declarante/comprador.
2. Dolo:
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua
causa.
Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental
quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das
partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui
omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a
parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso
contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas
as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
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Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para
anular o negócio, ou reclamar indenização.
Equivale a todo ato malicioso ou fraudulento empregado por uma das partes ou por
terceiro, com o objetivo de ludibriar a parte contratante para que esta manifeste seu
consentimento de maneira prejudicial a sua vontade livre ou ao seu patrimônio, de
forma que, tal consentimento seria declarado de forma diferente ou sequer teria
existido caso não fizesse uso de artifícios astuciosos para concretização do ato.
Para Orlando Gomes (Introdução ao Direito Civil, 13 ed. p. 421), dolo “consiste em
manobras ou maquinações feitas com o propósito de obter uma declaração de vontade
que não seria emitida se o declarante não fosse enganado. É a provocação intencional
de um erro”.
Obs.: Erro e Dolo: O dolo difere do erro por ser provocado, sendo o erro
espontâneo. No erro o vício da vontade decorre da íntima convicção do agente,
enquanto no dolo há o induzimento ao erro por parte do declaratório ou de terceiro.
Na prática observa-se que a mera alegação de erro é suficiente para anular o negócio.
Contudo, a prova do erro é custosa, por ter de adentrar-se no espírito do declarante.
Daí porque preferem as partes alegar dolo e demonstrar o artifício ardiloso da outra
parte, menos difícil de se evidenciar.
Assim, prevê o artigo 145 do Código Civil que são anuláveis os negócios jurídicos
quando concretizados com dolo.
2.1.Requisitos do Dolo:
a) Intenção de induzir o declarante a praticar o ato jurídico;
b) Utilização de recursos fraudulentos graves;
c) Que esses artifícios sejam a causa determinante da declaração de vontade;
d) Que procedam do outro contratante ou se vindo de terceiro, o outro contratante dele
teve conhecimento;
b) Dolo Acidental: De acordo como o artigo 146 do atual Código Civil, “dolo
acidental só obriga a satisfação das perdas e danos e é acidental quando a seu
despeito o negócio seria realizado, embora de outro modo.” Assim pode-se
dizer que dolo acidental é aquele que, mesmo que não tivesse ocorrido, o
negócio teria se realizado, embora por outro modo. O dolo acidental não
invalida o negócio; apenas obriga a satisfação das perdas e danos.
Ex.: Alguém adquire uma fazenda sob o induzimento do vendedor de que ela
contém área suficiente à plantação de pinheiros, necessária à participação de um
projeto do governo, com grandes benefícios e isenção fiscal. O induzimento foi tal
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que levou o comprador se sentir beneficiado com a compra. A intenção era comprar
a área de terra, mas o comprador foi induzido a realização do negócio pela
vantagem do incentivo fiscal que na verdade nunca aconteceu.
b) Dolus Malus ou Dolo Mau: É o emprego de artifícios mais graves, com malícia e
que invalidam o negócio jurídico.
Para que o dolo constitua causa de anulação do negócio jurídico há que ser grave; em
outras palavras, a gravidade do dolo é a medida de sua intensidade.
Dispõe o art. 147 “Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das
partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui
omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado”.
O dolo por omissão se baseia no princípio da boa-fé objetiva, tendo a parte o dever de
informar a outra de todos os aspectos relevantes do negócio.
Ex.: O produtor que vende safra de laranjas, ocultando ao comprador que seu pomar
encontra-se infestado por pragas. Configura-se então o dolo do art. 147.
É importante destacar, contudo, que o dolo não se presume; deve ser provado; é
o código exige que o silencio doloso seja intencional e que sem a omissão o negócio
não teria se concretizado.
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Para que o dolo de terceiro seja causa de anulação do negócio, é preciso que a parte
a quem aproveite tenha dele conhecimento, ou pelo menos deva ter dele
conhecimento.
No dolo de terceiro, a parte e o terceiro agem de mancomunação para enganar a outra
parte do negócio jurídico.
Isto significa que sendo legal à representação, o dolo do representante não invalida o
negócio e nem afeta o representado, a não ser naquilo que lhe favoreceu.
Para Clóvis Beviláqua: “cada um deve responder por sua má-fé, e deve ser restituído
o lucro ilícito obtido nessa situação” (Código Civil Comentado. 11. ed. P. 276).
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Ocorre quando ambas as partes procederam com dolo, a lei não poderá amparar a
qualquer delas; caso contrário estaria a proteger a má-fé.
Assim, se ambas as partes do negócio jurídico procederam com dolo, nenhuma pode
alegá-lo para anular o ato, ou reclamar indenização.
É o que diz o artigo 150 do Código Civil: “Se ambas as partes procederam com dolo,
nenhuma pode alegá-lo, para anular o negocio, ou reclamar indenização”
3.COAÇÃO
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta
ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua
família, ou aos seus bens.
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse
ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá
solidariamente com aquele por perdas e danos.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que
a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da
coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.
Entre os vícios que podem afetar o negócio jurídico, a coação é o que mais repugna à
consciência humana, em razão da violência.
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Na coação relativa o agente tem a opção de escolha, ou assina ou se submete a
ameaça, sofrendo as conseqüências.
O que interessa na coação relativa é que a vontade não foi suprimida, pelo contrário, a
vítima teve intenção de assinar, mesmo que tenha sido para livrar-se da ameaça.
A distinção entre as duas espécies de violência aparece relevante em virtude das
conseqüências que gera.
Em se tratando de coação absoluta o negócio jurídico é NULO, por lhe faltar o
elemento substancial, o consentimento, se ao contrário, ou seja, havendo o
consentimento, caracteriza-se coação relativa e o ato é ANULÁVEL.
Abrindo exceção a esta regra, o parágrafo único do art. 151 permite que o Juiz
considere coação a ameaça a pessoa não pertencente à família da vítima, com base
nas circunstâncias.
É possível que o grau de amizade entre o agente e a vítima da coação intimide-o a
ponto de forçá-lo a prática de tal ato.
Deve o juiz ao apreciar a coação ter em conta todas as condições pessoais da vítima,
bem como todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade da ameaça.
Ex.: Um cientista, um intelectual, por certo, não se deixaria atemorizar com ameaças
de bruxaria ou feitiços a fim de produzir determinado negócio. O mesmo não se pode
dizer de uma idosa senhora de limitada cultura.
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Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito,
nem o simples temor reverencial”.
Art. 154. Vicia o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a
parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que
aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos.
Diz o artigo 154 que a coação exercida por terceiro vicia o negócio jurídico, se a parte
beneficiada com essa atuação dela teve ou deveria ter tido conhecimento.
4. ESTADO DE PERIGO:
4.1 Conceito: Estado de Perigo é o vício do negócio jurídico pelo qual alguém, diante
da necessidade de salvar-se (ou de salvar pessoa da sua família) de grave dano
conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Ex.: Negócio jurídico celebrado em caso de seqüestro de pessoa da família, para que
se possa pagar o resgate ou vítima de acidente que assume obrigações
excessivamente onerosas para que não morra no local do acidente ou ainda doente
que promete pagar honorários excessivos a cirurgião, com medo de não ser operado
e falecer.
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Deve-se distinguir o estado de perigo da coação: no estado de perigo, a situação
aflitiva apresenta-se espontaneamente, enquanto na coação o perigo é criado
pelo agente que pretende se valer do temor da ameaça para firmar o negócio.
Para se configurar o estado de perigo, é preciso que a vítima esteja passando por
grande necessidade de salvar-se de grave dano, ou de salvar pessoa de sua família.
O prazo para anular o negócio jurídico eivado de estado de perigo, é de 04 quatro
anos do dia em que se realizou o negócio.
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou
por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao
valor da prestação oposta.
5.1 Conceito: Lesão é o vício do negócio jurídico pelo qual uma pessoa, sob estado
de necessidade ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente
desproporcional ao valor da prestação oposta.
Contudo, o parágrafo 2° do art. 157, permite que o negócio seja aproveitado, desde
que a parte favorecida concorde em reduzir o proveito recebido.
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§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a
anulação deles.
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago
o preço e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-
o em juízo, com a citação de todos os interessados.
Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o
devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada
fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé.
Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos
preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará
somente na anulação da preferência ajustada.
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a) Anterioridade do Crédito: A anterioridade do crédito em face da prática fraudulenta
esta prevista no art. 158 §2º CC, e esta exigência tem razão pois quem contrata com
alguém já insolvente, não encontrará patrimônio garantidor.
Portanto o crédito deve ser anterior a dissipação dos bens.
b) Consilium fraudis ou Consílio Fraudatário: Que é a má-fé, o escopo malicioso de
causar dano e não pagar o débito.
c) Eventus damni: Deve haver um prejuízo ao credor;
A lei presume o adquirente sabedor da insolvência do alienante quando estar for notória
ou quando houver motivo para ser conhecida do adquirente, conforme preceitua o art.
159, do CC, que diz:
A Fraude ainda não ultimada: “Artigo 160. Se o adquirente dos bens do devedor
insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, o corrente,
desobrigar-se-á depositando em juízo, com a citação de todos os interessados”.
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Se o preço for justo, e se o comprador ainda não o pagou, deposita-o em juízo,
conservando a propriedade dos bens, cessando o interesse dos credores, que, por
conseguinte, perdem a legitimação ativa para propor ação pauliana.
O parágrafo único do artigo 160, dispõe ainda que sendo o valor do negócio inferior os
valor real do bem, o adquirente poderá depositar o preço que corresponda ao valor
justo, garantindo também a manutenção dos bens.
Ação Pauliana (Art. 161): Ação que os credores movem contra o devedor insolvente,
contra quem ele contratou de modo fraudulento e contra terceiros adquirentes
de má-fé, em razão um ato fraudulento.
Nota-se que ação não deve ser proposta somente contra o devedor insolvente, mas
também contra a pessoa que ele celebrou o negócio fraudulento.
Sua finalidade é tornar o ato ou o negócio ineficaz, fazendo com que o bem
indevidamente alienado retorne ao patrimônio do devedor.
Já na fraude de execução, ela ocorre quando o demandado aliena seus bens para
frustrar a execução, conforme previsto no artigo 593 do CPC.
Ex.: O devedor que vende seu patrimônio, após ser citado nos autos de uma ação de
execução, onde se pede a penhora de bens.
Credor quirografário = É o credor que não possui direito real de garantia, seus
créditos estão representados por títulos advindos das relações obrigacionais. Ex: os
cheques, as duplicatas, as promissórias.
Porém, se paga débitos vincendos (que ainda não venceram), age de maneira anormal,
que já revela o propósito fraudulento.
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Assim, aquele credor que recebe pagamento antecipado, ficará obrigado a repartir a
quantia recebida com os demais credores.
O pagamento deve ser feito proporcionalmente a todos os credores, não podendo ser
dada preferência a nenhum deles. (art. 163 CC).
Ex.: Joaquim, devedor insolvente, faz um financiamento no Banco X, e dá em garantia
do pagamento seu veículo, único bem de sua propriedade.
No exemplo acima, é fraudulento o ato praticado por Joaquim, considerando que outros
credores também tem preferência na garantia de suas dívidas, sendo portanto, passível
de anulação o ato praticado.
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e preferir no pagamento a outros credores, caso a dívida não seja paga no vencimento.
Ex.: Penhora de Jóias junto ao Banco.
Hipoteca: é o direito real de garantia (imóvel), inscrito no registro imobiliário,
assegurando ao credor o cumprimento da obrigação pelo devedor, conferindo-lhe,
ainda, o direito de perseguir a coisa em mãos de quem quer se encontre, até que seu
crédito seja plenamente satisfeito. Ex.: Hipoteca de um terreno em nome do credor.
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