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UNIVESIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNICENTRO

SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – SESA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS COTÁBEIS – CAMPUS DE PRUDENTÓPOLIS
Disciplina: GESTÃO PÚBLICA
Prof. WILLSON GERIGK

Visão contratualista da formação do Estado


(Hobbes, Locke e Rousseau)
CONTRUTUALISTA – FILÓSOFOS/TEÓRICOS QUE AFIRMARAM QUE A ORIGEM DO
ESTADO E/OU SOCIEDADE ESTÁ EM UM CONTRATO

ISSO PERMITIRIA AO ESTADO ESTABELECER REGRAS DE CONVÍVIO SOCIAL E DE


SUBORDINAÇÃO POLÍTICA

ESSA LINHA DE TEÓRICOS UTILIZA-SE DO TRINÔMIO:

ESTADO NATURAL/CONTRATO SOCIAL/ESTADO CIVIL

Thomas Hobbes – John Locke – Jean-Jacques Rousseau


Nasceu na Inglaterra
(Malmesbury): 05/04/1588
Faleceu em 04/12/1679 (91 anos)

Matemático, Teórico Político e


Filósofo
Obras:
De Cive (1642)
Os Elementos da Lei (1650)
Do Cidadão
O Leviatã (1651)

Influências: Influenciados:
Galileu Galilei, Jonh Locke, Ideias:
Descartes, Montesquieu, - Estado de Natureza
Francis Bacon, Rousseau, - Contrato Social
Tácito, Spinoza, - Soberania
Aristóteles e Durkheim,
Maquiável Neitzsche.

“O homem é lobo do próprio homem.”


Hobbes afirma que os homens são absolutamente iguais
Iguais o bastante para que nenhum possa triunfar sobre o outro.
O homem hobbesiano é um ser racional
Então, como não sabe o que o outro deseja, supõe qual será sua
atitude mais prudente, mais razoável.
O outro também não sabe o que desejo, é forçado a supor o que
farei.
Diante dessas suposições, o que geralmente ocorre de mais
RAZOÁVEL, para cada um deles é atacar o outro
Para vencê-lo ou simplesmente para evitar um possível ataque
Nesse contexto a GUERRA SE GENERALIZA ENTRE OS HOMENS.
Nesse Estado de Natureza, em que não há um Estado controlando e
reprimindo os homens, entrar em guerra contra os outros é a atitude
mais RACIONAL a ser adotada.
“[Da] igualdade quanto à capacidade que deriva da igualdade quanto à
esperança de atingirmos nossos fins. Portanto se dois homens desejam a mesma
coisa, ao mesmo tempo que é impossível ela ser gozada por ambos, eles tornam-
se inimigos. E no caminho para seu fim (que é principalmente sua própria
conservação, e às vezes apenas seu deleite) esforçam-se por se destruir ou
subjugar um ao outro. E disto se segue que, quando um invasor nada mais tem a
recear do que o poder de um único homem, se alguém planta, semeia, constrói
ou possui um lugar conveniente, é provavelmente de esperar que outros venham
preparados com forças conjugadas, para desapossá-lo e privá-lo, não apenas do
fruto de seu trabalho, mas também de sua vida e de sua liberdade. Por sua vez, o
invasor ficará no mesmo perigo em relação a outros.”
(Leviatã, capítulo XIII)
Hobbes indica 3 motivos para os homens entrarem e discórdia:
1 – a COMPETIÇÃO  tendo em vista o LUCRO
Usam a violência para se tornarem senhores das pessoas, mulheres, filhos e
rebanhos.
2 – a DESCONFIANÇA  tendo em vista a SEGURANÇA
Usam a violência para se defender e defender sua família e o que é de sua
propriedade.

3 – a GLÓRIA  tendo em vista a REPUTAÇÃO – Principal causa da


violência para Hobbes
Usam a violência por ninharias, como uma palavra, um sorriso, diferença de
opinião e/ou qualquer outro sinal de desprezo contra: sua pessoa, seus parentes,
sua nação, sua profissão ...
Com isto se torna manifesto que, durante o tempo
em que os homens vivem sem um poder comum
capaz de os manter a todos em respeito, eles se
encontram naquela condição a que se chama
guerra; e uma guerra que é de todos os homens
contra todos os homens.
QUAL A RAZÃO DESSA CONDIÇÃO DE GUERRA GENERALIZADA

ESTADO DE NATUREZA: O direito de natureza é a liberdade que


cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que
quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua
vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio
julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse
fim.

O Estado de Natureza é uma condição de guerra, porque todos os


homens se imaginam (com razão ou sem) poderosos, perseguidos,
traídos ...
Assim, para conseguir viver em sociedade e em harmonia o homem precisa
de um PACTO ARTIFICIAL, para tornar constante e duradouro o acordo por
meio de um poder comum.

Diante da necessidade de conservar a si próprio, os homens impuseram


sobre si mesmos regras de convivência em sociedade, por meio da
instituição do Estado, restringindo sua liberdade e o poder de domínio sobre
os outros homens. Pois naquele tempo o que imperava eram as leis das
honra, ou seja, evitar a crueldade.

O Estado é visto como um poder invisível capaz de manter o respeito,


forçando-os, diante dos possíveis castigos, a cumprirem seus pactos
decorrentes da convivência em grupo ou sociedade.
Para Hobbes enquanto perdurar o direito de cada homem a todas
as coisas, não poderá haver para nenhum homem (forte ou sábio) a
segurança de viver todo o tempo que a natureza permite aos
homens.

1ª Regra: Que todo o homem deve procurar a paz e segui-la – para


a defesa de si mesmo.
2ª Regra: Todo homem deve renunciar a seu direito a todas as
coisas – ao estado de natureza.

Para isso faz-se necessário UMA INSTITUIÇÃO com poderes para


disciplinar as novas condições de convivência entres os homens
Para Hobbes isso ocorre pela transferência de toda a força e poder
de todos os homens (sociedade) para um homem apenas ou a uma
assembleia de homens – reduzindo todas as vontades a uma única.
- Todos submetem suas vontades à vontade do representante; e
suas decisões a sua decisão.
- Realizada por meio de um PACTO de cada homem com todos os
homens.
“Cedo e transfiro meu direito de governar-me a mim mesmo a este homem, ou a
esta assembléia (sic) de homens, com a condição de transferires a ele teu direito,
autorizando de maneira semelhante todas as suas ações” (HOBBES, 1974, p.
109).

A multidão assim unida denomina-se ESTADO


O ESTADO: Uma pessoa (instituição) de cujos atos uma grande
multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros foi
instituída, de modo que ela pode usar a força e os recursos de
todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a
paz e a defesa comum.

Para Hobbes o Estado deve ser governado por um SOBERANO –


com poderes ilimitados.

O poder é absoluto, ou continua-se na condição de guerra, entre


poderes que se enfrentam.
Com isso, a multidão unida numa só pessoa se chama ESTADO. Denominado de LEVIATÃ
(DEUS MORTAL), que deve promover a paz e defesa da população, abaixo do DEUS
IMORTAL.

O produto institucional do contrato de Hobbes é o Estado


Absolutista.
Thomas Hobbes baseia sua teoria na ideia que o homem é antissocial e a
sua conduta é motivada pelo egoísmo, e sugere que, em meio à anarquia e
à destruição, somente uma mão forte poderia introduzir a lei e a ordem
restaurando a paz; nessa concepção há a necessidade de um Estado forte e
soberano com a função de proteger e defender os indivíduos deles
mesmos.

Hobbes fundamenta o poder do Estado na mesma natureza do indivíduo, ao


afirmar que o homem em estado de natureza vive em perpétua guerra com
seus semelhantes e para sair dessa situação, somente por meio de um
PACTO pelo qual se criaria um poder capaz de fazer e impor a lei,
logicamente esse poder somente pode ser constituído pela renúncia de
cada homem ao direito de fazer a própria vontade. Sendo a reunião dessas
vontades leva a instituição do Estado.
Influenciados:
Berkeley
Influências: Hume
Inglaterra (1632-1704).
Descartes Voltaire
Ideias: Adam Smith
Edward Pococke
Propriedade Marx
Robert Boyle Liberalismo Constituição Norte-
Richard Hooker Empirismo americana

O poder supremo não pode tomar de homem algum nenhuma parte de sua
propriedade sem o seu consentimento.
1658 - Forma-se
1632 em medicina – Contratado por
Locke nasce Univ. Oxford 1704
Shaftesbury,
em Wrington, Morre em
fundador
Inglaterra. Oates,
Whig, como
Inglaterra
Por saúde e médico e
exílio morou conselheiro
na França e político.
Holanda 1681 - Stephen College
é executado por
afirmar pensamentos
de Locke.
1603 1625 1640-49 1658 1685 1688

Jaime I Carlos I Guerra Civil Carlos II Jaime II Revolução


. Poder . Conflito com Cromwell . Shaftesbury . Absolutista Gloriosa
absoluto Parlamento e assume apoia resistência . Católico Guilherme de
. Perseguiu puritanos. .Dissolveu à Carlos II. . Conflito com Orange assume
católicos É executado Parlamento Carlos II morre . Poder monarca
burguesia.
. Restringiu em 1640 . Instaurou em 1685. foi limitado.
. Protestantes
liberdade absolutismo . Parlamento teve
se rebelam.
comercial - . Morre em garantia de
conflito . Foge para
1658. França eleições livres e
burguesia. direito de legislar.
1º Tratado: é uma refutação ao Patriarca que defende
o direito divino dos reis com base no princípio da
autoridade paterna de Adão – linhagem –
descendência de Adão.

2º Tratado: trata da origem, extensão e objetivos do


governo civil. Locke sustenta que o consentimento
aos governantes é a única fonte de poder político
legítimo, e não a tradição e a força.
Defende a existência do indivíduo anterior há da sociedade e
do Estado.

Os homens viviam num estado pré-social e pré-político –


caracterizado pela mais perfeita liberdade e igualdade – Estado
de Natureza.

O Estado de Natureza era uma situação real e historicamente


determinada, pela qual passara a maior parte da humanidade.
E era um estado de paz, concórdia e harmonia (diferente do
Hobbesiano – baseado na insegurança e na violência).

Nesse estado pacífico os homens eram dotados de razão e


tinham propriedades (a vida, a liberdade e os bens).
Locke utiliza a noção de propriedade diferente de Hobbes:

Para Hobbes, a propriedade inexiste no estado de natureza


e foi instituída pelo Estado-Leviatã após a formação da
sociedade civil. Assim como criou, o Estado pode também
suprimir a propriedade dos súditos.

Para Locke, ao contrário, a propriedade já existe no estado


de natureza e, sendo uma instituição anterior à sociedade,
é um direito natural do indivíduo que não pode ser violado
pelo Estado.
O homem livre era naturalmente livre e proprietário de sua pessoa e
de seu trabalho.

•A propriedade privada sobre a terra (que fora dada por Deus) era
conseguida pelo emprego do trabalho sobre ela, excluindo o direito de
todos os outros homens.

•O trabalho era, para Locke, o fundamento originário da propriedade.

O uso da moeda levou à concentração da riqueza e à distribuição


desigual dos bens entre os homens.
Foi o processo que determinou a passagem da propriedade limitada,
baseada no trabalho, à propriedade ilimitada, fundada na acumulação
possibilitada pelo advento do dinheiro.
O estado de natureza, relativamente pacífico, não esta isento de
inconvenientes – violação da propriedade (vida, liberdade, bens)
– que na falta de legislação, julgamento imparcial e de força
coercitiva para impor a execução das sentenças – coloca os
indivíduos em estado de guerra uns contra os outros.

É essa situação, para Locke, que leva os homens a se unirem e


estabelecerem livremente entre si o Contrato Social - que realiza
a passagem do estado de natureza, para a sociedade política e
civil - com o objetivo de preservar a propriedade individual e
proteger a comunidade tanto dos perigos internos quanto
estrangeiros.
O contrato social de Locke é um pacto de consentimento em que
os homens concordam livremente em formar uma sociedade civil
para preservar e consolidar ainda mais os direitos que possuíam
originalmente no estado de natureza.

No estado civil os direitos naturais inalienáveis do ser humano à


vida, à liberdade e aos bens estão melhor protegidos sob o
amparo da lei, do árbitro e da força comum de um corpo político
unitário.

Diferente de Hobbes em que os homens firmam entre si um


pacto de submissão pelo qual, visando a preservação de suas
vidas, transferem a um terceiro (homem ou assembleia) a força
coercitiva da comunidade, trocando voluntariamente sua
liberdade pela segurança do Estado-Leviatã.
O Estado civil é instituído pelo contrato social quando os
indivíduos singulares dão seu consentimento unânime para a
entrada no estado civil.

Estabelecido o estado civil – escolhe-se uma forma de governo –


nessa escolha a unanimidade do contrato social cede lugar ao
princípio da maioridade – prevalece a decisão majoritária – sendo
respeitados os direitos da minoria.

Por um – Monarquia

FORMAS DE Por poucos – Oligarquia


GOVERNO
Por muitos – Democracia
Para Locke, qualquer que seja a forma de governo a
sua finalidade é conservar a propriedade.

O Poder Legislativo é o que detém maior poder, sendo


superior aos demais – Executivo e Federativo
(relações exteriores – guerras, paz, alianças e
tratados).
Os principais fundamentos de Estado de Locke:

 Livre consentimento dos indivíduos para o


estabelecimento da sociedade política ou civil –
Estado;
 Livre consentimento da comunidade para a formação
do governo;
 Proteção dos direitos de propriedade pelo governo;
 O controle do Executivo pelo Legislativo; e
 O controle do governo pela sociedade.
Refere-se às relações governo e sociedade.

A violação deliberada e sistemática da propriedade (vida,


liberdade e bens) e o uso contínuo da força sem amparo legal
colocam o governo em estado de guerra contra a sociedade e
os governantes em rebelião contra os governados, conferindo
ao povo o legítimo direito de resistência à opressão e à tirania.

O estado de guerra imposto ao povo pelo governo configura a


dissolução do estado civil e o retorno ao estado de natureza.
A inexistência de um árbitro comum faz de Deus o único juiz.

Expressão utilizada por Locke para indicar que, esgotadas


todas as alternativas, o impasse só pode ser decidido pela
força.
Segundo Locke, a doutrina de legitimidade da
resistência ao exercício ilegal do poder reconhece ao
povo, quando este não tem outro recuso ou a quem
apelar para sua proteção, o direito de recorrer a força
para a deposição do governo rebelde.

O direito do povo à resistência é legítimo tanto para


defender-se da opressão de um governo tirânico
como libertar-se do domínio de uma nação
estrangeira.
Os direitos naturais inalienáveis do indivíduo à vida, à
liberdade e à propriedade constituem para Locke o cerne do
estado civil e ele é considerado por isso o pai do Individualismo
liberal.

Noberto Bobbio, resumindo os aspectos mais relevantes do


pensamento lockiano afirma:

Através dos princípios de um direito natural preexistente ao Estado,


de um Estado baseado no consenso, de subordinação do poder
executivo ao poder legislativo, de um poder limitado, de direito de
resistência, Locke expôs as diretrizes fundamentais do Estado liberal.
(Direito e Estado no pensamento de Kant, UNB, 1984, p. 41.)

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