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Intemperismo e

Formação de Solos
Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Arqueologia
Geoarqueologia I
Prof. Bruno Tavares
Intemperismo
Intemperismo

Suguio, 2003.
Intemperismo e Erosão
Intemperismo Físico
• Congelamento: a água expande 9% quando congelada.
• Expansão térmica: diferenças de expansões térmicas dos minerais
geram stress nas rochas.
• Atividade orgânica: ação de raízes e da macro e mesofauna
• Abrasão mecânica: ação de água corrente, vento e gelo;
• A desintegração mecânica das rochas em cavernas e abrigos sob
rocha contribuem para o preenchimento do assoalho da caverna,
podendo soterrar remanescentes de ocupação pré-histórica
Intemperismo Físico
Intemperismo químico
Intemperismo Químico
• O principal agente de intemperismo químico é a água;
• Este processo ocorre porque os minerais formados a grandes profundidades não
são estáveis sob condições superficiais da Terra;
• Decomposição química intensifica-se com o aumento da temperatura e da
precipitação;
• Embora minerais individuais variem em susceptibilidade, nenhum mineral formador
de rocha é completamente não responsivo ao intemperismo químico;
• Intemperismo esferoidal;
Malhada Grande – Intemperismo
Esferoidal em rochas graníticas

Lajedo do Pai Mateus – dissolução


Química ataca as bordas das rochas
Processos do Intemperismo
Químico – Hidratação e Hidrólise
• Hidratação – ‘’combinação com a água’’, envolve pouca
mudança química. A água torna-se parte da composição
química do mineral;
• Gesso é hidrato  que é sulfato de cálcio hidratado: CaSO4 .
2H20;
• Minerais hidratados, eles se expandem, criando um forte
efeito mecânico, uma pressão de acunhamento cria tensão na
rocha, forçando a separação dos grãos;
• Ciclos de hidratação e desidratação pode levar à desintegração
granular e posterior susceptibilidade da rocha ao
intemperismo químico
Hidrólise
• Minerais agem quimicamente com a água  processo de
decomposição que quebra os minerais de sílica na rocha;
• A hidrólise envolve água e elementos em reações químicas ara
produzir compostos diferentes;
• Intemperismo do feldspato no granito pode ser causado por
uma reação a ácidos fracos normais dissolvidos na
precipitação;

• Feldspato (K, Al, Si, O) + ácido carbônico e água  argilas


residuais + minerais dissolvidos + sílica;

• Caulinita
Alteração Química de Silicatos
• Quartzo: muito estável
• Feldspatos: formam minerais de argila
• Minerais máficos: alteram para óxidos
Fig. 7.3
Carbonatação
• Mineral se dissolve em solução;
• Vapor d’água dissolve o dióxido de carbono gerando precipitação
que contém ácido carbônico H2CO3;
• Ácido forte o suficiente para dissolver muitos minerais;
• Dissolução do calcário;
• Carbonatação  reações nas quais o carbono se combina com
minerais, dissolvendo-os;
• Transforma os minerais que contém cálcio, magnésio, potássio e
sódio;

• Carbonato de Cálcio + ácido carbônico e água  bicarbonato de


cálcio (Ca22+ CO2H2)
Oxidação
• Elementos metálicos se combinam com o oxigênio para
formar óxidos;

• Óxido Férrico Fe2O3;


Os tetraedros e octaedros juntam-se dando os vários tipos de argila
silicatada:

1 +1 =

ARGILA 1:1
OU

2 +1 =

ARGILA 2:1
Dados sobre componentes das frações argila, silte e areia dos solos
(Resende et al., 1997)

Mineral ou Estrutura Área específica CTC


Partícula (AE) (m2 g-1) (cmol/kg)
CAULINITA 1:1 10-20 3-15
HALOISITA 1:1 21-43 5-50
ILITA 2:1 70-120 10-40
CLORITA 2:1 79-150 10-40
VERMICULITA 2:1 300-500 100-150
ESMECTITA 2:1 700-800 60-150
ALOFANA amorfa 70-300 25-70
SILTE <0,1 muito pequena
AREIA FINA <0,1 muito pequena
AREIA GROSSA <0,1 muito pequena

Seta: atividade das argilas (CTC e AE)


Óxidos de Fe e Al: atividade < caulinita – solos velhos
Fig. 7.9
Solos
• O início do cultivo e agricultura durante o neolítico inaugurou
uma maneira mais intensa do uso da superfície terrestre, a
disponibilidade dos tipos de solos se tornou vital para os
humanos;

• Compreensão dos solos é vital para a arqueologia;

• Solo como a porção de material da superfície da Terra para


suporte da vida (vegetal) e é alterado continuamente pela
atividade biótica e intemperismo;

• O limite inferior da zona pedológica pode ser geralmente


associado com o limite inferior da atividade biológica, nesse
sentido pode ser utilizado o termo sedimento, como a porção
que possui atividades biológica reduzida ou zero.
Solos
• Em contraste, há desenvolvimento de solos em sedimentos
‘’vivos’’;
• Os solos representam uma zona de interação biótica;

• 1m³ de solo pode conter mais de um milhão de criaturas vivas,


que afeta diretamente na química e nos inputs de energia do
solo;
• Grande parte dos sedimentos não apresenta constituintes
biológicos ativos, estes material ainda estão sendo afetados
pelo processos formadores de solo.
Solos
• Intemperismo, alteração e acumulação criam horizontes de
solos nas porções superiores dos depósitos;
• Os fatores de formação dos solos são: material parental,
organismos (incluindo humanos), relevo, clima e tempo;
Fatores de Formação –
Material de Origem
• Desgasta, ou o intemperismo físico e químico das rochas, na
litosfera superior oferece os minerais primários à formação do
solo;
• As rochas fornecem a matéria-fonte e suas composições,
texturas e natureza química ajudam a determinar o tipo de
solo que se forma;
• Os argilo-minerais são os principais produtos do desgaste do
material parental no solo;
• Os materiais de origem podem ser: rocha subjacente, material
aluvial, coluvial ou material da pedogênese anterior;
Fatores de Formação –
Material de Origem
• Classificação dos solos quanto ao material de Origem:

• Autóctone;
• Alóctone;
• Pseudo-autóctone;
• Análise geoquímica pode determinar a origem do material e
trazer informações sobre os ambientes que deram origem aos
solos.
Silva, J. R. T. 2006
Fatores de Formação - Clima
• Zonas pedogenéticas;
• Relação Clima e pedogênese;
• Solos rasos  Planossolos, Neossolos;
• Solos Profundos  Latossolos, Argissolos;
Zonas Pedogenéticas
• Alitização  correspondem as regiões de domínio tropical
(caracterizadas por precipitação abundante e vegetação
exuberante). A associação mineral característica é de oxi-hidróxidos
de ferro e de alumínio, goethita e gibbsita.

• Monossialitização  contida no domínio tropical sub-úmido, possui


a caulinita e os oxi-hidróxidos de ferro como principais minerais.

• Bissialitização  constituem zonas temperadas e áridas (onde a


alteração e lixiviação são pouco intensas, resultando na formação de
argilominerais secundários em silício).

• Acidólise Total  Zonas frias do globo (16%), onde a vegetação é


composta principalmente por liquens e coníferas cujos resíduos se
degradam lentamente, fornecendo complexos orgânicos capazes de
fazer o alumínio migrar por acidólise total. Solos podzólicos, ricos
em quartzo e em matéria orgânica.
Teixeira et al, 2009.
Minerais de Argila e Domínios
Morfoclimáticos
Domínio dos oxi-hidróxidos de
fe e Al e Caulinita
Domínio das Esmectitas
Fatores de Formação - Relevo
• Declividade das encostas e a direção em que estão voltadas:
encostas mais suaves voltadas para o Sol promovem um
melhor desenvolvimento do solo;
• Declividade como fator importante: encostas íngremes não
favorecem a formação de solos, devido a gravidade e os
processos erosionais que removem os materiais;
• Terrenos muito nivelados inibem a drenagem do solo e podem
se tornar encharcados.
Relevo
Relevo e o conceito de Catena
Fatores de Formação -
Organismos
• Diversidade e abundância dos organismos presentes no solo;
• Algas, fungos, vermes e insetos determinam o conteúdo
orgânico do solo;
• A composição química da vegetação contribui para a acidez
ou a alcalinidade da solução do solo;
• Árvores de folhas largas tendem a aumentar a alcalinidade da
solução do solo;
• Coníferas tendem a produzir maiores índices de acidez;
• Uso e ocupação da terra também altera os condicionantes do
solo, uma vez que que se altera a vegetação natural - > solos
se alteram e muitas vezes de forma permanente.
Fatores de Formação -
Organismos
• Disponibilidade hídrica do solos é maior (menor
evapotranspiração);
• Maior estruturação do solos  infiltração, aeração,
porosidade;
• Adicionam N e C ao solo;
• Ciclagem de nutrientes.
O fator tempo e os solos
• Quantidade de tempo que um solo dispõe para se formar;

• Quanto maior o tempo de atuação dos processos de formação


do solo  menor será a relação entre os solos e o material de
origem;
• Solos Jovens  maior relação com o material de origem;
• Solos Velhos  menor relação com o material de origem.
Tempo
• As “cronoseqüências” em terraços fluviais apresentam uma
clara relação entre a cota do terraço e sua idade: o terraço
mais alto é o mais antigo e o mais próximo ao leito do rio é o
mais jovem. O desenvolvimento dos solos nestas condições
depende antes de tudo do fator “tempo’’.
Tempo
Grotzinger & Jordan, 2012
Perfil de um Solo
• Seção vertical que, partindo-se da superfície aprofunda-se até onde
chega a ação do intemperismo, ou seja seu limite em profundidade
é dado pela presença do material de origem intacto.
• É formado por um conjunto de horizontes que vai da superfície até o
material de origem.
• Horizonte: camada de solo aproximadamente paralela à superfície
com propriedades distintas das camadas adjacentes.
• Os horizontes se formam como consequência da movimentação de
substâncias (processos de perdas, adições, transformações e
translocações), cuja intensidade varia com as condições onde se
forma o próprio solo. A natureza e o número de horizontes varia
muito.
• O menor volume que pode ser chamado de solo é denominado de
pedon.
Horizontes do Solo
• Horizonte O  denominado pela sua composição orgânica,
derivada da serrapilheira vegetal e animal que foi depositada
na superfície e transformada em Húmus;
• Húmus não é apenas um material simples; ele é uma mistura
de materiais orgânicos e sintetizados, geralmente de cor
escura;
• Os micro-organismos trabalham constantemente nestes
detritos orgânicos, atuando em uma parte do processo de
humificação (transformação em húmus);
• Contém cerca de 20-30% de matéria orgânica  capacidade
de reter água e nutrientes e a sua ação complementar aos
minerais de argila.
Horizonte O – margens do rio Nilo

Horizonte O 
Horizontes
• Horizonte A: Horizonte mineral usualmente de coloração
escura formado por:
• acúmulo de matéria orgânica em ou adjacente à superfície;
• Perda de argila, ferro ou alumínio, e consequentemente
concentrações de quartzo e outros minerais resistentes.;
• É o horizonte de máxima atividade biológica e mais sujeito a
variações de temperatura e umidade.
Horizontes
• O horizonte A grada para o horizonte E, constituído de areia
grossa, silte e minerais resistentes e que, em geral, é de cor
mais clara;
• No horizonte E, mais claro, argilo-silicatos e óxidos de alumínio
e ferro são lixiviados (removido pela água) e levados para
horizontes inferiores com a água em sua percolação no solo;
• Esse processo de remoção de partículas finas e minerais pela
água, deixando para trás areia e silte, é a eluviação  daí a
designação E;
• A taxa de eluviação aumenta proporcionalmente à
precipitação.
Horizonte E
Horizontes
• Em contraste com os horizontes A e E, os horizontes B
acumulam argilas, alumínio e ferro e são dominados pela
iluviação, um processo deposicional;

• Esse horizonte pode exibir uma matiz avermelhada oua


amarelada devido à presença de minerais iluviados (argilo-
silicatos, ferro e alumínio, carbonatos, gipsita) e óxidos
orgânicos. Alguns materiais que ocorrem no horizonte B
podem ter se formado no local, a partir de processos de
intemperismo, em vez de deposição por translocação ou
migração;
• Regiões úmidas  essa camada frequentemente se
desenvolve até alguma profundidade
Horizonte B
Horizontes
• Além do chamado Solum (combinação dos horizontes O, A, E e B)
está o horizonte C, de rocha-matriz ou material intemperizado;

• Horizonte C não é muito afetado pelas operações de solo no solum e


não sofre influências de atividades biológicas descritas nos
horizontes mais rasos; raízes de plantas e microorganismos do solo
são raros no horizonte C;

• Carece de concentrações de argila e geralmente é constituído de


carbonatos, gipsita, sais solúveis, ou de sílica e ferro, que formam
estruturas do solo cimentadas.
• Horizonte R - >material inconsolidado (solto) ou rocha-matriz
consolidada. Quando a rocha intemperiza física e quimicamente em
regolito, ele pode ou não contribuir com os horizontes do solos
acima.
Christopherson, 2012.
Química do Solo
• Nitrogênio, oxigênio e dióxido de carbono;
• Solução do solo – água;
• Dióxido de carbono combina com a água para forma ácido carbônico
e materiais orgânicos se misturam com a água para produzir ácidos
orgânicos;
• Os ácidos são agentes ativos nos processos do solo;
• Íons no solo são retidos pelos coloides do solo. São pequenas
partículas de argila e material orgânico (húmus), possuem carga
negativa e atraem íons positivamente carregados no solo;
• Os íons positivos, muito metálicos, são fundamentais para o
crescimento das plantas, se não fosse pelos coloides do solo
negativamente carregados, os íons positivos seriam absorvidos na
solução do solo, não estando disponíveis ás raízes das plantas.
Química do Solo
• Os coloides de argila, individualmente, são similares a plaquetas
finas, com superfícies paralelas negativamente carregadas;
• São mais quimicamente ativas que as partículas de silte e argila, mas
menos ativas que os coloides orgânicos;
• Os cátions metálicos se prendem à superfície dos coloides pela
adsorção;
• Os coloides podem trocar cátions entre as suas superfícies e a
solução do solo  CTC;
• CTC elevado significa que os coloides do solo podem armazenar ou
trocar mais cátions da solução do solo, indicando uma boa
fertilidade do solo;
• A fertilidade do solo é capacidade do solo de sustentar plantas, um
solo fértil contém substâncias orgânicas e minerais de argila que
absorvem água e elementos necessários à planta.
Christopherson, 2012.
Classificação dos solos
Neossolo litólico
• Solos pouco desenvolvidos sem horizonte B, exibindo
transições A/C ou A/R.
Vertissolos
• Solos cinza-escuros com elevado teor de argilas 2:1
(esmectitas), que se expandem com o umedecimento (micro-
relevo de gilgai) e se contraem com a secagem (gretas de
dissecação). Situam-se em baixas planas, ou no terço inferior
das encostas pedimentares. Fraca formação de horizontes
A/C. Estrutura colunar ou piramidal com slickensides. Como se
situam nas baixadas não são tão vulneráveis à erosão.
Gleissolos
• Solos pouco desenvolvidos;
• Regiões úmidas;
• Falta de maduridade e a presença de intemperismo em
estágios iniciais;
• São solos úmidos, mal drenados e considerados de contexto
eluvional;
• Possui um horizonte A seguido de um horizonte B fracamente
desenvolvido;
• Ocorrem em setores rebaixados da paisagem, nos sopés das
encostas e planícies aluviais.
Latossolos
• Solos tropicais;
• Áreas quente e úmidas;
• Desgaste máximo de Fe e Al e eluviação, camada contínua de
plintita;
• Resultados da densa precipitação, que infiltra minerais
solúveis e constituintes do solo do horizonte A;
• Tipicamente avermelhados (óxidos de ferro) ou amarelados
(óxidos de alumínio);
• Laterização.
Christopherson, 2012
Luvissolo
• Situam-se nas porções intermediárias do relevo. São pouco
profundos, com 40 a 60 cm de profundidade, e pedregosidade
superficial e horizonte B com acúmulo de argilas de alta
atividade (2:1). Horizonte A fraco;

• Formado em contexto úmidos, subúmidos e também


semiáridos;
• São geralmente solos jovens o bastante para reter nutrientes
químicos;
• São usados tanto para práticas de lavoura como para o pasto.
Christopherson, 2012.
Luvissolo em ambiente semiário – Belém do São Francisco -PE
Argissolos
• Solos com translocação de argilas e matéria orgânica para o
horizonte sub-superficial

• Horizonte B com argilas altas, grau moderado a alto teor de


bases saturadas, acumulação de argila iluvionada, sem
alteração de cor acentuada com a profundidade;
• Possui um potencial para produção agrícola, mas estão
sujeitos a uma rápida perda de nutrientes por conta do
intemperismo profundo;
• Formados em topos de platôs, paisagens com rochas mais
antigas expostas, terraços aluviais elevados.
Christopherson, 2012.
Planossolos
• Apresentam horizontes A e E de coloração clara, passando
abruptamente para um horizonte B denso, com súbita
mudança textural causada pela desargilização. Muitos
apresentam acúmulos de sal no horizonte B. A
descontinuidade textural favorece a erosão.
Planossolos em pedimentos
baixos
Organossolo (Histossolos)
• Solos pouco evoluídos, com preponderância de características
devidas ao material orgânico, resultantes de acumulações de
restos vegetais em graus variáveis de decomposição, em
ambientes de drenagem restrita ou em locais úmidos de
altitudes elevadas, que estão saturados com água por poucos
dias no período chuvoso;

• Típico de áreas alagadas;


• Ocorre devido a rápida oxidação e lenta decomposição da
matéria orgânica;
• Turfa  utilizada ao longo da história como fonte de
combustível.
Perfil de solo com turfa

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