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Origem
A região onde se encontra atualmente o país Iraque coincide em
grande parte com a antiga Mesopotâmia, localidade de onde vêm os primeiros
registros históricos da escrita e da primeira civilização do mundo, a Suméria.
Há cerca de cinco mil anos, a área entre os rios Tigre e Eufrates abrigou a
primeira civilização conhecida, a qual deixou um imenso legado histórico para a
humanidade. Os habitantes da região enfrentaram uma série de conflitos
naquela época ocasionados por intensas disputas territoriais. A região entre os
rios oferecia condições extremamente férteis para a vida, o que despertava o
interesse de muitos grupos pelo local. Assim, seus habitantes originários
tiveram que conviver com muitas invasões de diferentes povos, que dominaram
o território e submeteram os indivíduos.
Invasões
É enorme a quantidade de grupos étnicos que entraram em conflito na
Antiguidade em disputas pelas terras do Oriente Médio. A população da área
conviveu com ameaças de dominação dos elamitas, amoritas, mitanni,
egípcios, hititas, assírios e outros. Com tanta pressão por todos os lados, o que
era originalmente território da civilização Suméria foi aos poucos se
fragmentando entre vários grupos étnicos, que, muitas vezes, eram rivais
mortais. Ou seja, a instabilidade existente hoje no Oriente Médio possui raízes
muito antigas, que remetem à época da formação das primeiras civilizações.
Claro que é preciso considerar muitos outros fatores posteriores que ajudaram
a temperar os problemas de relacionamento com as populações vizinhas, mas
muitas culturas antigas tornaram a região um local de intensos conflitos. Não
tardou também para que os primeiros povos europeus começassem a invadir a
região e conquistar território para seus impérios, como fizeram os gregos e
romanos.
Otomanos
O território iraquiano fez parte de um dos maiores impérios do mundo
por quase quatro séculos, o Otomano. Entre 1638 e a Primeira Guerra Mundial,
o atual Iraque só pode ser compreendido dentro deste contexto. Da mesma
forma que o Iraque contemporâneo está profundamente ligado à fragmentação
do Império Otomano. Ao longo dos séculos XVII, XVIII e XIX, os otomanos
detiveram grande poder político e militar no mundo, com a capacidade de
enfrentar qualquer outro império ou país existente. Sua importância no cenário
político mundial era respeitada e fundamental para obter alguma paz nas
relações com o Oriente. No entanto, o interior do Império Otomano, como
qualquer outro, era pautado por intensas disputas pelo poder, as quais
acabavam prejudicando a estabilidade do próprio império. A intensificação
desses conflitos levou a várias tentativas de golpes e conflitos internos,
contribuindo para a gradativa ruína do Império Otomano. Externamente, os
países europeus estavam se fortalecendo e participando de uma fase do
desenvolvimento capitalismo que acirrava muito as disputas comerciais no
mundo. O Reino Unido e a Alemanha, especialmente, se tornaram grandes
rivais e passaram a se interessar especialmente pela região. Britânicos e
alemães fizeram vários negócios importantes com os otomanos. No início do
século XX, a situação internacional se tornou muito mais delicada, deixando os
países preparados para um possível conflito armado. O resultado das
animosidades da época foi a Primeira Guerra Mundial, um conflito sem
precedentes que envolveu muitos país em todo o planeta, mesmo que não
diretamente atuantes nos combates. No que se refere especificamente ao
Oriente, a Turquia participou da guerra ao lado da Alemanha, Itália e Áustria-
Hungria, o que refletiu no envio de tropas do Reino Unido para o país árabe em
defesa de seus interesses. O exército britânico marchou até Bagdá, dominando
não só o Iraque, mas territórios ao redor. Com o fim da Primeira Guerra
Mundial em 1918, o Império Otomano estava todo dividido em vários novos
países e sob domínio dos vencedores do conflito. O Reino Unido dominou a
área do atual Iraque.
Século XX
Anos mais tarde, a Segunda Guerra Mundial causou grande
instabilidade com mais um conflito de enormes proporções. Desta vez, muitos
outros países participaram diretamente dos combates, registrando o maior
conflito humano da história. O genocídio cometido contra o povo judeu pela
Alemanha nazista levou à criação de um estado judeu no Oriente Médio, Israel,
que tornaria a região muito mais complexa e instável. Desde então, houve
vários conflitos com Israel e o Iraque protagonizou alguns deles.
Após graves conflitos e crises na região, o Iraque conseguiu
estabelecer sua república em 1958. Com várias agitações internas e intensas
disputas políticas envolvendo grupos com origens culturais diferenciadas, a
república durou 21 anos e foi derrubada através de um golpe militar em 1979.
O general sunita Saddam Hussein assumiu o poder no Iraque no dia 15 de
julho daquele ano estabelecendo um poder autocrático, marcado pela
execução de centenas de oposicionistas. Em seu governo, o Iraque se
envolveu em duas guerras no Golfo. Na primeira contra o Irã, e na segunda
como tentativa de anexar o Kuwait ao seu país. A participação de exércitos
poderosos na guerra, como dos Estados Unidos e da Inglaterra, frustraram o
plano de Hussein. Como consequência, o Iraque reconheceu a independência
do Kuwait e passou a sofrer com várias sanções econômicas entre 1991 e
2003. Uma nova Guerra do Golfo emergiu em 2003, comandada pelos Estados
Unidos contra os crimes que supostamente eram cometidos pelo Iraque.
Tratava-se, na verdade, de uma estratégia estadunidense para se apoderar
das reservas de petróleo do país árabe. Assim, chegou ao fim o governo de
Saddam Hussein, que foi executado.
Desde então, o Iraque convive com instabilidade política e social e
ameaças de grupos terroristas. O confronto constante existente entre xiitas e
sunitas impossibilita o desenvolvimento de relações amistosas no país.
Iraque
Iraque, república do sudoeste da Ásia; limitada ao norte com a Turquia,
a leste com o Irã, ao sul com a Arábia Saudita, o Kuwait e o Golfo Pérsico, e a
oeste com a Jordânia e a Síria. Tem uma superfície de 434.924 km². Algumas
das maiores civilizações da antigüidade se desenvolveram no território do atual
Iraque (ver Assíria, Babilônia, Mesopotâmia e Suméria). Bagdá é a capital.
TERRITÓRIO
A parte norte do Iraque, conhecida como al-Jazirah ( palavra que
significa “a ilha”), é montanhosa. Na fronteira com a Turquia existem picos
como o Haji-Ibrahim, o mais alto do Iraque, com 3.600 metros. No sul, o terreno
vai perdendo altitude até formar uma grande planície de aluvião, ocupada pelos
vales dos rios Tigre e Eufrates. O extremo sudoeste é uma zona de terras
baixas e pantanosas, junto do Golfo Pérsico, onde o Iraque tem 40 km de
costa. A leste do Eufrates, o terreno se eleva gradualmente até o deserto Sírio.
CLIMA
A maior parte do Iraque tem clima continental muito acentuado. A área
montanhosa tem verões frescos e invernos frios, com freqüência
acompanhados de neve. No centro de Iraque, os verões são longos e quentes,
e os invernos curtos e frescos; em janeiro, a temperatura em Bagdá chega a
uma média de 9,4o, enquanto durante julho e agosto alcança os 33,3o e, em
algumas ocasiões, até 50,6º. O sul, perto do golfo Pérsico, tem as
temperaturas mais altas do mundo e a umidade é muito elevada. Nas terras
altas do noroeste, caem chuvas importantes entre outubro e maio, mas no sul,
na planície de aluvião, as chuvas são escassas, como no deserto Sírio.
Iraque
RECURSOS NATURAIS
No Iraque, são sobretudo importantes os recursos minerais. Além de
pequenos depósitos de carvão, gesso e enxofre, o país tem petróleo. Os solos,
férteis, são de dois tipos: os grandes depósitos de aluvião, ricos em húmus e
argila, adequados para a construção de edifícios; e os solos leves, cujos
componentes tem sido depositados pelo vento. O alto conteúdo em sal afeta a
fertilidade natural dos solos, mas são importantes as obras feitas para permitir
a irrigação e evitar possíveis crescidas do Tigre e do Eufrates.
POPULAÇÃO E GOVERNO
Cerca de 75% da população é árabe; os curdos do norte constituem
cerca de 20% dos efetivos. Outros grupos menos numerosos são os
turcomanos, os judeus e os yazidis. Nas áreas rurais do pais ainda moram
muitas pessoas em comunidades tribais, com uma existência nômade ou
seminômade, dedicados ao pastoreio de camelos, cavalos e ovelhas. Com uma
densidade de 44 hab/km², a população total, em 1993, era de 19.161.956
habitantes. Os centros mais povoados se encontram junto aos sistemas
fluviais. O 70% de população é urbana. As principais cidades são: Bagdá
(3.844.608 habitantes, em 1987); Basra (616.700 habitantes), o maior porto do
país; e Mossul (570.900 habitantes, em 1985), importante centro petroleiro.
RELIGIÃO
Aproximadamente 95% dos habitantes pratica a religião muçulmana e
65% destes são xiitas, que moram principalmente no centro e no sul do Iraque;
o resto, no norte, sunitas. Existem também grupos cristãos, como os
nestorianos (ver Nestorianismo) e os jacobitas ou coptos. Também há católicos
caldeus e sírios. Os yazidis vivem nas colinas ao norte de Mossul; os batistas
mandeus, em Bagdá e Amara. Existe em Bagdá uma pequena comunidade
judaica.
TRANSPORTE E COMUNICAÇÕES
O Iraque está conectado por trem com a Turquia e a Europa através da
Síria. A rede ferroviária do país abrange 2.440 quilômetros. A rede rodoviária
tem 33.240 km, estando o 72% do total asfaltada. Existem aeroportos
internacionais em Bagdá e Basra, cidade esta que é o principal porto para
navios transoceânicos. O Tigre é navegável entre Basra e Bagdá para
embarcações de menor calado.
HISTÓRIA
O território do Iraque moderno coincide aproximadamente com o da
antiga Mesopotâmia, na qual se sucederam várias civilizações. A Suméria
surgiu no IV milênio a.C. e alcançou seu apogeu sob a III dinastia de Ur ao final
do III milênio a.C. Depois seguiram períodos de hegemonia da Babilônia e
Assíria. Em 539 a.C. Ciro II, o Grande, conseguiu o controle da região, que
permaneceu sob o comando persa até ser conquistada no ano de 331 a.C. por
Alexandre Magno. Com sua morte, a dinastia selêucida, de origem grega,
reinou na Mesopotâmia durante 200 anos. Seguiu-se um longo período sob as
novas dinastias persas — arsácidas e sassânidas —, até que os árabes
muçulmanos invadiram a região no ano 700. Entre 750 e 1258, Bagdá foi a
capital dos califas abássidas.
Na Guerra dos Seis Dias (1967) o Iraque enviou tropas e aviões para a
fronteira entre a Jordânia e Israel. Mais adiante declarou guerra a Israel e
cortou a provisão de petróleo aos países ocidentais, enquanto rompia relações
diplomáticas com os Estados Unidos. Em 1968 o governo do general Arif foi
deposto e o general Ahmed Hassan al-Bakr se colocou a frente do Comando
Supremo da Revolução. Durante os anos que se seguiram o Iraque manteve
como regra uma atitude hostil contra o Ocidente e de amizade com a URSS. As
posições de cada um dos países árabes, com relação a Israel, causaram atritos
entre o Iraque e seus vizinhos. Em 1974 aconteceram fortes combates entre as
forças governamentais e os nacionalistas curdos, que rejeitavam a lei de
autonomia. O general Saddam Takriti Hussein sucedeu o presidente Bakr em
1979, cercando-se imediatamente de uma dezena de oficiais leais, os quais
colocou em cargos de responsabilidade. A tensão entre Iraque e o regime
revolucionário iraniano aumentou ao longo do ano de 1979, quando o
descontentamento dos curdos do Irã se estendeu ao Iraque.
O sectarismo religioso exacerbou a diferenças e a disputa desaguou na
Guerra Irã-Iraque. Em 1990 o Iraque reavivou uma velha disputa territorial com
o Kuwait e denunciou que a excessiva produção de petróleo daquele país
estava prejudicando sua economia. Em 2 de agosto tropas iraquianas
invadiram o Kuwait e provocaram a Guerra do Golfo Pérsico. Após o cessar
fogo e o acordo de paz, o governo iraquiano utilizou os restos de seu exército
para acabar com a rebelião dos xiitas no sul e dos curdos no norte. Centenas
de milhares de curdos se refugiaram na Turquia e no Irã, e tropas dos Estados
Unidos, França e Grã-Bretanha se instalaram no norte do Iraque para
estabelecer campos de refugiados. O Iraque continuou seus esforços para
acabar com a resistência interna ao longo de 1994. Na primavera de 1996, a
ONU levantou o embargo que pesava sobre o petróleo iraquiano. Em outubro
de 1997, Grã-Bretanha ameaçou usar a força quando Iraque não permitiu a
entrada de uma equipe da ONU no país.
DADOS GERAIS
CAPITAL – Bagdá
PIB – US$ 11,5 bilhões (1996). PIB agropecuária: 47% (1995). PIB
indústria: 1% (1995). PIB serviços: 52% (1995). Crescimento do PIB: 6,2% ao
ano (1999).
Esse país é marcado por uma série de conflitos armados, sendo três
deles em pouco mais de 20 anos. Em 1980, sob o comando de Saddam
Hussein, o Iraque invadiu o Irã, dando início a uma guerra que só chegou ao
fim em 1988. Esse confronto provocou a morte de 300 mil iraquianos e 400 mil
iranianos, destruindo a infraestrutura e abalando a economia dos dois países.
No mesmo ano em que essa guerra terminou, as Forças Armadas do Iraque
atacaram a aldeia curda de Halabja com armas químicas, causando a morte de
mais de 5 mil curdos.
Dados do Iraque:
Capital: Bagdá.
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