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HORIZONTE E CONTEXTO DA FORMAÇÃO DO IRMÃO

HORIZONTE

Queremos ser homens consagrados a Deus por toda vida, exercendo “juntos e por
associação”, a exemplo de SJB de La Salle e dos primeiros Irmãos, o ministério apostólico da
educação humana e cristã, especialmente dos pobres, num itinerário de vida fraterna em comunidade;
de vivência da fé em Cristo Ressuscitado e de zelo ardente com os que nos são confiados (Cf. R
1,2,5,6 e 7).

CONTEXTO NO QUAL NOS INSERIMOS

Vivemos um espaço-tempo complexo e paradoxal caracterizado pelas rápidas mudanças e


transformações tecnológicas, sociais, econômicas, políticas, religiosas, culturais, morais e familiares
que impactam nas instituições, sobretudo, as mais tradicionais. O ambiente econômico e político
marcado pela globalização e pelas perspectivas neoliberais tem conduzido o processo de
reconfiguração dos cenários sociais e das relações, desencadeando novos formatos de construção e
reconstrução de sentidos e significados.
A ênfase dado ao poder econômico capitalista tem reforçado a lógica piramidal, que tonifica a
soberania dos grandes blocos econômicos, aumenta a concentração de capital, as desigualdades
sociais e fragiliza os valores comunitários.
Em meio às transformações atuais, a Educação, ainda que atrelada à lógica de mercado,
demonstra iniciativas para garantir processos e resultados de qualidade para todos, respeito e defesa
dos direitos humanos (inclusão, diversidade cultural, questão de gênero...), revalorização da profissão
docente. No entanto, os anseios e os frutos educacionais de destaque têm se mesclado a
descrença e fragilidade das Instituições, das políticas, da formação, dos investimentos e das práticas
educativas. Exemplo disso, são os resultados da educação brasileira, que no ranking internacional de
educação ocupa uma das últimas posições (58º posição entre 64 países avaliados).
Numa perspectiva sociocultural acompanhamos a rapidez com que as fronteiras mudam de
posição, os territórios se compõem, decompõem e recompõem em tempo muito reduzido; a realidade

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virtual tornou-se um modus vivendi impactando os processos de subjetivação e as relações; crise do
compromisso comunitário e de lideranças; por um lado há maior valorização das individualidades e
por outro o enfraquecimento da “comunidade”; fragilidade dos vínculos afetivos; sensibilidade para
experiências de solidariedade e voluntariado; relativização dos princípios éticos e dos
comportamentos morais; revalorização das dimensões sensível e estética; sensibilidade e o
protagonismo de indivíduos e ONGs em relação ao meio ambiente e a sustentabilidade; dificuldade
para tomar decisões duradouras.
A sociedade (incluída a Vida Religiosa Consagrada), é afetada por importantes evoluções
antropológicas. Hoje a percepção primeira de cada qual é a de ser um indivíduo. Normas e regras são
menos impositivos que outrora. Cada qual faz suas escolhas; o projeto pessoal é valorizado. A
primazia da singularidade pessoal é um traço distintivo da cultura ocidental. Ela vem afetar a Vida
Religiosa num dos elementos constitutivos de sua identidade: a pertença a uma comunidade fraterna.
A primazia dada ao indivíduo e ao “tempo para si” e a tomada de consciência do valor de cada
pessoa (vocação, dons, liberdade, capacidade relacional) desvaloriza o instituído e muda a forma de
perceber e viver a autoridade e a obediência, a relação consigo mesmo e com o outro. Há um acento
na provisoriedade das relações e a obsolescência dos recursos materiais obscurecendo a possibilidade
de compromissos definitivos. Instaura-se uma sociedade flexível, fundada sobre a informação, a
estimulação das necessidades e dos desejos, a supervalorização dos “fatores humanos” no
funcionamento social, que se volvem em ironia com relação a tudo o que pode aparecer como
possível poder coercitivo, ou princípio de exemplo (cf. CORREF, A vida religiosa sob o perigo do
individualismo contemporâneo).
As subjetividades emergentes, nas suas diferentes nuances, são fruto das mudanças que
ocorrem cada vez mais rápido. Nesse processo a marca da descontinuidade, da fragmentação, do
efêmero está em tudo e todos, ampliando a pluralidade e a flexibilidade no modo de ser e viver
juntos. Sob a ótica da religiosidade percebemos que existe uma grande diversidade de expressões
religiosas, com uma forte marca do sincretismo. Muitas expressões de fé são voltadas para a solução
de problemas pessoais mais do que sociais, ganhando força os movimentos religiosos de origem
neopentecostal e espiritualista. Paralelamente, perde força a dimensão comunitária da fé, vivida em
grupos como as Comunidades Eclesiais de Base. As religiões de matriz oriental se constituem em
filosofias que favorecem a construção de um sentido de vida para as pessoas. Muitas vezes,
elementos dessas religiões são incorporados pelo cristianismo.

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Um olhar sobre o contexto eclesial nos faz perceber a diversidade de expressões de fé num
mundo plural; a ruptura na transmissão geracional da fé cristã no meio católico; a relativização da
verdade do Cristianismo; o fomento de uma Igreja de comunhão, participação e inclusão; um anseio
pelo cuidado da vida e da casa comum; o apelo para uma saída missionária ao encontro dos mais
empobrecidos, das periferias existenciais, sendo profetas da esperança e a expressão do rosto
misericordioso de Deus nas relações; o crescimento de perspectivas eclesiais conservadoras; o
enfraquecimento das diversas pastorais e fortalecimento dos movimentos carismáticos.
No coração da Igreja e da sociedade percebemos uma Vida Religiosa Consagrada que clama
por dinamizar a cultura do encontro que considera o estilo de vida relacional de Jesus (relações mais
humanas e humanizadoras); pelo testemunho alegre no seguimento de Jesus; pela reafirmação de sua
identidade como forma de fidelidade criativa às raízes evangélicas, carismáticas e proféticas; por
viver a imagem da Trindade em comunidades dinâmicas, interculturais e intergeneracionais; pelo
discernimento em relação a manutenção de suas estruturas institucionais para que essas sejam social
e evangelicamente significativas; por mais iniciativas intercongregacionais com o objetivo de
oferecer respostas às urgências de hoje; pelo aumento numérico de vocacionados e de Religiosos (as)
e pela fidelidade e perseverança de seus membros.
A Missão Lassalista é resultante da ação conjunta dos Irmãos e Colaboradores da Província
La Salle Brasil-Chile. Nesse contexto os Irmãos são interpelados a assumir a centralidade do voto de
associação para o serviço educativo aos pobres e de estabilidade no Instituto como expressão
primeira da identidade; a repensar o protagonismo/autoria do Irmão na missão educativa lassalista; a
fortalecer o senso de pertença; a promover uma espiritualidade integral e integradora que dê unidade
a vida do Irmão; a reconfigurar o processo formativo para que favoreça maior autonomia, liberdade,
iniciativa, e responsabilidade diante da vida, da Província e da sociedade; a uma qualificada
formação filosófica, teológica, administrativa e pedagógica dos Irmãos; a uma maior integração entre
o itinerário pessoal e o institucional; a compreender o momento sócio-histórico e discernir à luz do
Evangelho as necessidades educativas e pastorais de cada época; a um maior equilíbrio entre os
apelos da missão (profissionalismo) e da consagração; a promover a partilha do carisma sem medo; a
construção da cultura vocacional que valorize e promova a vocação de Irmãos e Leigos; a crescer no
senso e iniciativas intercongregacionais; a potencializar ainda mais a Escola em Pastoral, em
comunhão com a Igreja local.

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