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I. INTRODUÇÃO
Por conta da demanda crescente de serviços que exigem
mais tecnologia para atender às novas necessidades de um
público cada vez mais exigente, as redes metálicas estão
perdendo espaço para as redes ópticas. De olho nesta
demanda, as operadoras de telecomunicações estão buscando
Figura 1 – Arquitetura de transmissão PON [1].
canalizar seus investimentos na implantação de redes de fibras
ópticas, visto que tais redes proporcionam um aumento nas A. Elementos da Rede PON.
oportunidades de oferta de serviços, com maior confiabilidade O objetivo da rede PON é transmitir os sinais ópticos a
e apresentam uma diminuição bastante significativa das partir dos OLTs, os quais são redirecionados pelos divisores
despesas operacionais, melhorando o resultado do negócio. [1] ópticos passivos (spliters) e convertidos nos ONTs e ONUs,
[2] [11] em formato eletrônico. Esses dispositivos disponibilizam em
A fibra óptica tem capacidade de tráfego com altas taxas de suas saídas os sinais elétricos para os equipamentos ligados a
transmissão de forma confiável e segura, bem como apresenta eles (aparelhos de TV, telefones, computadores, modens e
atenuações mais baixas, se comparada a outros sistemas de outros). [2] [11]
Os principais elementos de uma rede PON são indicados a
seguir. [2]
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Nacional de
Telecomunicações, como parte dos requisitos para a obtenção do Certificado OLT (Optical Line Terminal)
de Pós-Graduação em Engenharia de Redes e Sistemas de Telecomunicações. O OLT é o ponto de conexão entre a rede de acesso e o
Orientador: Prof. Msc. Edson Josias Cruz Gimenez. Trabalho aprovado em núcleo (core) da rede, faz a conversão do sinal elétrico-óptico
Junho/2015.
e óptico-elétrico. Também consolida e concentra o tráfego,
reduzindo as interfaces interligadas ao core da rede. A
multiplexação dos diferentes usuários é realizada no OLT,
conforme ilustra a Figura 2.
SENTIDO λ OBSERVAÇÃO
Saída do OLT (Equipamento
GPON de estação)
Descendente 1490ηm Sinal digital (IPTV, Voip, acesso
Figura 8 – Elementos de Rede GPON [10]. internet, VoD)
Débito agregado: 2,5Gb/s
B. Camada Física, PMD (G.984.2)[16] Saída do equipamento RF
RFoPON (RF over PON): Sinal
Limite de terminais de rede óptica por porta óptica Descendente 1550ηm
analógico (sinal RF que transporta
PON de equipamento de central: Para cada porta PON pode- vários canais de vídeo analógico)
se ter 64 terminais de rede óptica. Isto é conseguido mediante Saída do ONT (Equipamento
a utilização de divisores ópticos (splitters). Os divisores GPON de estação)
ópticos são elementos passivos que dividem o sinal óptico Ascendente 1310ηm Sinal digital (VoIP, acesso internet,
canal de retorno – IPTV, VoD)
recebido na entrada, em vários sinais de saída de menor Débito agregado: 1,2Gb/s
potência que o sinal de entrada. O nível final de divisão 1:64
pode ser obtido combinando dois ou mais níveis (estágios) de A Figura 10 ilustra uma implementação típica de rede
divisão em cascata. A Figura 9 ilustra esta situação. GPON.
Nº UC 64
ET Splitter
OLT
ONT UC
Splitter
Porta GPON
V. CONCLUSÃO
Figura 12 – Exemplo de Arquitetura GPON [6].
A evolução tecnológica a respeito de GPON contribui com
IV. PRINCIPAIS APLICAÇÕES (FTTX) o atendimento das novas necessidades do mercado, que possui
clientes cada vez mais exigentes e conscientes das
O termo FTTx é utilizado para identificar arquiteturas de
possibilidades de inovação. Serviços de telecomunicações de
redes de transmissão de alto desempenho, as quais são
alta qualidade podem representar um grande diferencial para
baseadas em tecnologia totalmente óptica. A sigla FTTx
clientes corporativos, podendo ter como consequência um
significa Fiber To The X, na qual X representa o tipo de
grande diferencial em relação aos seus concorrentes e ganhos
arquitetura utilizada. [1] [5] [7] [10]
consideráveis em seus ramos de atuação. Já para clientes
A seguir, são relacionados alguns modelos de aplicações,
residenciais a oferta de novos serviços pode proporcionar até
com algumas particularidades de cada modelo. [1] [10]
mesmo uma melhoria de qualidade de vida.
A. FTTA (Fiber To The Apartment) O que se vê, na prática, é que a evolução tecnológica
Neste modelo a rede óptica drop termina em um edifício, o acontece com rapidez muito maior que a capacidade de
qual pode ser comercial ou residencial, e chega em uma sala implementação dessa tecnologia pelas empresas operadoras de
de equipamentos. A partir desta sala o sinal pode ser dividido telecomunicações, com isso, o cliente demora muito para ter
através de divisores ópticos (splitters), sendo encaminhado aos acesso às melhorias que o sistema poderia oferecer.
apartamentos ou salas comerciais utilizando-se cordões ou A qualificação de profissionais é essencial para que os
serviços sejam entregues aos clientes com a qualidade Georgia e Wisconsin para as empresas Comquest, Adhelphia e Charter,
empresas operadoras de TV a Cabo nos Estados Unidos. De 2007 a 2008, foi
disponível na tecnologia, a qual é indicada na divulgação e na gerente no Hotel Delta de Maresias, no litoral norte do estado de São Paulo.
comercialização do produto. Em 2009 coordenou execução de obras de infraestrutura para FTTH para a
Cabe aos órgãos competentes regularem os serviços empresa Verizon em Long Island, Nova Iorque e realizou atividades de site
survey para ampliação e implantação de sistemas de comunicação 3G para a
oferecidos pelas operadoras de telecomunicações e exigir uma empresa Time Warner, em Cleveland, no estado de Ohio (EUA). Em 2010 e
boa prestação de serviço por parte dos seus contratados, de 2011 atuou como coordenador de OSP (out side plant) na GVT, em Fortaleza
forma a entregar um produto de qualidade e contribuir com o (CE). Desde abril de 2011, trabalha na área de planejamento de rede externa
desenvolvimento de novas soluções. da Oi, onde ocupa atualmente o cargo de especialista em telecomunicações
consultor, no Rio de Janeiro (RJ).
REFERÊNCIAS
[1] PINHEIRO, J. M. S. “Redes Ópticas de Alto Desempenho”. Disponível
Edson Josias Cruz Gimenez - graduação em Engenharia Elétrica pelo
em:
Instituto Nacional de Telecomunicações (1987), especialização em
<http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_redes_opticas_alto_d
Informática Gerencial pela Faculdade de Administração e Informática (1994),
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especialização em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade
[2] SANCHEZ,W. P. “PON: Redes Ópticas de Acesso de Baixo Custo”.
Católica de Campinas (1987) e mestrado em Telecomunicações pelo Instituto
Disponível em:
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<http://www2.padtec.com.br/br/php/gpon.php>. Acesso em Junho/2015.
[4] Takeuti, Paulo. "Projeto e dimensionamento de redes ópticas passivas
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[5] FURUKAWA. "Soluções FTTx". Disponível em:
<http://www.furukawa.com.br/br/solucoes/na/adaptador/fttx-150.html>.
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[6] Forest Hill Networks. “Cable Competition”. Disponível em:
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Junho/2015.
[7] “Entenda o FTTx”. Disponível em
<http://douglasfab.blogspot.com.br/2010/11/entenda-o-fttx.html>.
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[8] BRKOPT-2024 - FTTH access architectures and solutions (2012
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N_ID=2763&backBtn=true>. Acesso em Junho/2015.
[9] RIBEIRO, José Antonio Justino. Comunicações Ópticas 4ª Ed. São
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[10] OI, Engenharia. Manual de Projeto FTTH Oi 1ª Ed. Rio de Janeiro:
Departamento de Planejamento de Redes, 2014.
[11] Serviços Banda Larga: O uso de Rede Óptica Passiva GPON. Disponível
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Acesso em Junho/2015.
[12] KEISER, Gerd. FTTX concepts and applications, John Wiley & Sons,
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[13] KRAMER, G. Ethernet Passive Optical Networks, McGraw-Hill
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[14] HAJDUCZENIA, H.J. da Silva; MONTEIRO, P.P. “EPON versus
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[15] ITU-T - G.984.1 - Gigabit-capable passive optical networks (GPON):
General characteristics – Disponível em: https://www.itu.int/rec/T-REC-
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[16] ITU-T – G.984.2 - Gigabit-capable Passive Optical Networks (GPON):
Physical Media Dependent (PMD) layer specification – Disponível em:
https://www.itu.int/rec/T-REC-G.984.2-200303-I/en. Acesso em
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