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CENTRO TECNOLÓGICO - CT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA - DEM
COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA - CCEM
PROJETO DE GRADUAÇÃO
ESTUDO DOS PARÂMETROS DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TAMPAS
DE MOTORES ELÉTRICOS POR INJEÇÃO DE ALUMÍNIO
Vitória
2016
HELTON KENJI ARÇARI AMBO
THIAGO MERIGUETE DE OLIVEIRA
PROJETO DE GRADUAÇÃO
ESTUDO DOS PARÂMETROS NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TAMPAS
DE MOTORES ELÉTRICOS POR INJEÇÃO DE ALUMÍNIO
Vitória
2016
HELTON KENJI ARÇARI AMBO
THIAGO MERIGUETE DE OLIVEIRA
COMISSÃO EXAMINADORA
_______________________________
Professor Dr. Geraldo Rossoni Sisquini
Universidade Federal do Espírito Santo
Orientador
_______________________________
Professora Dr. Patrícia Alves Barbosa
Examinadora
_______________________________
Engenheiro Mecânico Rubson M. Camporez
Examinador
AMBO, Helton Kenji Arçari; Oliveira, Thiago Meriguete.
99f. : il.
Aos colegas das turmas 2012/02 e 2012/01 pelo grande companheirismo e amizade
durante os longos anos de graduação.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15
1.1 Problema proposto e justificativa................................................................ 15
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 17
2.1 Objetivo geral ................................................................................................ 17
2.2 Objetivo específico ....................................................................................... 17
8 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 94
ANEXOS ................................................................................................................... 97
ANEXO A – Especificações Técnicas Injetora AGRATI – Modelo CF 600................ 97
ANEXO B – Características do desmoldante aplicado no processo de injeção sob
pressão...................................................................................................................... 98
1 INTRODUÇÃO
Na indústria, um dos departamentos que atua como área de apoio da fábrica para
controlar, auditar e propor melhorias no processo de produção é o “Departamento de
Controle de Qualidade”.
Neste trabalho, foi analisada, em especial, o processo de fundição sob pressão das
tampas de alumínio fornecidas para indústria de eletrodomésticos em geral, pois
estas possuem uma forma geométrica complexa e, consequentemente, como
16
O presente trabalho tem como objetivo geral reduzir o índice de refugo e retrabalho
no processo de fabricação de tampas de motores elétricos por injeção de alumínio e,
como consequência, aumentar a produtividade e garantir a satisfação do cliente.
Segundo Pande et al. (2001), Seis Sigma é definido como um sistema abrangente e
flexível para alcançar, sustentar e maximizar o sucesso empresarial, onde o Seis
Sigma é singularmente impulsionado por uma estreita compreensão das
necessidades dos clientes, pelo uso disciplinado de fatos, dados e análise estatística
e a atenção diligente à gestão, melhoria e reinvenção dos processos de negócios.
Esta definição fornece a base de todos os esforços para se descerrar o potencial do
Seis Sigma para uma organização. Os tipos de sucesso empresarial são
proporcionais aos inúmeros benefícios comprovados que se pode alcançar com o
Seis Sigma, tais como:
Redução de custos;
Melhoria de produtividade;
Crescimento da fatia de mercado;
Retenção de clientes;
Redução de tempo de ciclo;
Redução de defeitos;
Mudança cultural;
Desenvolvimento de produto/serviço.
Conforme Harry (1998), ele define em seu artigo que o Seis Sigma é um processo
de negócio que permite às organizações incrementar seus lucros por meio da
19
A origem do Seis Sigma como uma abordagem para a melhoria da qualidade surgiu
nos anos 80 através da Motorola, onde seus objetivos eram claramente focados na
redução da variabilidade de todos os seus processos. Sinais de um significante
sucesso na Motorola rapidamente se tornaram aparentes. De fato, de 1987 a 1997,
a Motorola alcançou aumentos em vendas significativos da ordem de 20% ao ano,
gerando uma economia acumulada da ordem de 14 bilhões de dólares. Com isso, a
Motorola foi a primeira empresa premiada com o prêmio Malcolm Baldrige National
Quality Award em 1988 (KLEFSJO, WIKLUND e EDGEMAN, 2001).
Outras companhias de atuação mundial como General Electric, Allied Signal, Sony,
Texas Instruments, Polaroid também optaram pela implementação da metodologia
Seis Sigma e, em pouco tempo, passaram a obter maiores ganhos como aumento
da participação de mercado, redução de custos e um aumento correspondente em
suas margens de lucros (HARRY, 1998).
Segundo Pande, Neuman, Cavanagh (2001) o Seis Sigma conta com duas
metodologias de máxima eficiência que são: Design For Six Sigma (DFSS), que é
utilizado quando se precisa desenvolver um produto ou processo novo ou adaptar
um produto que foi fabricado em outro país para as necessidades do novo mercado,
e a segunda metodologia é a Define, Measure, Analyse, Improve, Control (DMAIC),
que esta dividida em cinco fases ou estágios básicos para se obter o desempenho
Seis Sigma em um processo, divisão ou empresa. Essas cinco fases são conhecidas
como: Define (Definir), Measure (Medir), Analyse (Analisar), Improve (Melhorar) e
Control (Controlar).
Nesta fase tem-se o objetivo de se saber como o processo é medido e qual é sua
respectiva performance. O tempo de projeto Seis Sigma procura identificar os
processos internos principais que influenciam as características críticas para a
qualidade e medem os defeitos atualmente gerados, relativos a estes processos
(HENDERSON e EVANS, 2000).
Pande et al. (2001) considera esta fase como sendo a mais imprevisível do DMAIC,
pois ele afirma que não existe certeza absoluta de uma causa raiz. As ferramentas
que se devem usar e a maneira de como aplicá-las vão depender muito do problema
a ser estudado, bem como do processo envolvido. Ele ainda apresenta a fase
ANALISAR como um ciclo aplicado na melhoria de processo. O ciclo é impulsionado
através da geração e da avaliação de hipóteses (ou estimativas) quanto à causa do
problema. Pode-se entrar num ciclo ou no ponto (a), examinando-se o processo e os
dados para se identificar causas possíveis; ou no ponto (b), onde se começa com a
suspeita de uma causa e procura confirmá-la ou rejeitá-la através de uma análise,
conforme mostrado na Figura 1. Quando se encontra uma hipótese que não seja
22
correta, pode-se ter que voltar ao início do ciclo para se obter uma explicação
completamente diferente. Mas, mesmo as causas incorretas, na verdade, são
oportunidades para refinar e estreitar a explicação do problema.
Com uma definição mais branda e simplificada, Porter (2000) define esta fase como
sendo uma etapa que envolve a geração de soluções de melhoria e resolução de
problemas para que sejam alcançados os requisitos financeiros e outros objetivos de
performance.
Henderson e Evans (2000) definem esta fase através de uma simples pergunta:
“Como nós podemos manter as melhorias?”. Para tanto ele alega que ferramentas
de auxílio devem ser colocadas em prática para se assegurar que as variáveis
principais dos processos modificados permaneçam dentro das faixas aceitáveis
definidas por todo tempo.
23
A frase escrita por Snee (2001) procura sintetizar a importância de uma equipe de
projeto Seis Sigma bem estruturada: “Um projeto escolhido pode ser o projeto certo
para uma organização trabalhar, porém, ele ainda pode vir a ser uma falha porque
pessoas erradas foram escolhidas para trabalharem neste projeto”.
Segundo Harry (1998), os termos que serão citados a seguir e, que formam a
estrutura básica de uma Equipe Seis Sigma, foram criados pela Motorola e procuram
salientar as características e as qualidades de cada especialista dentro do sistema.
As nomenclaturas são:
“Líderes”;
“Patrocinadores ou Campeões”;
“Master Black Belts”;
“Black Belts”;
“Green Belts”.
24
3.1.6.1 Os “Líderes”
Pande et al. (2001) também atribui o papel dos líderes dentro de um Projeto Seis
Sigma como sendo de membros da alta gerência, os quais devem possuir funções
específicas, como:
Estabelecer os papéis e a infraestrutura da iniciativa Seis Sigma;
Selecionar projetos específicos e alocação de recursos;
Rever periodicamente o progresso de vários projetos e oferecer ideias e
auxílio;
Auxiliar e quantificar o impacto dos esforços Seis Sigma sobre a linha de
resultados da empresa;
Avaliar o progresso e identificar pontos fortes e fracos do esforço;
Compartilhar melhores práticas com toda a organização, com fornecedores e
principais clientes;
Agir como removedores de barreiras, quando as equipes identificarem
bloqueios aparentes;
Aplicar as lições aprendidas e seus estilos pessoais de gerência.
3.1.6.2 Os “Patrocinadores”
Pyzdek (2000) declara que o “Master Black Belt” é o nível mais alto de proficiência
técnica e organizacional dentro da filosofia Seis Sigma. Por consequência, eles
devem conhecer tudo o que os “Black Belts” sabem, bem como entender a teoria
matemática na qual os métodos estatísticos são baseados. Os “Master Black Belts”
devem estar aptos a acompanhar os “Black Belts” na aplicação correta dos métodos
em situações incomuns.
Segundo Pysdek (2000), os “Green Belts” são líderes de projetos Seis Sigma
capazes de formar e facilitar equipes de Seis Sigma e administrar os projetos, desde
o seu conceito até sua conclusão.
Naumann (2000) afirma que, para a implementação de um projeto Seis Sigma, deve
haver um fluxo lógico entre os vários passos existentes no processo. Ele afirma que
há também a possibilidade de haver sobreposição de tarefas na passagem de um
passo para o outro, ocorrência que considera normal se a direção dos esforços Seis
Sigma continuar focada e consistente com a melhoria do processo.
3.2 Fundição
Os metais mais utilizados na fundição sob pressão são as ligas de alumínio, zinco,
magnésio e algumas ligas de cobre, sendo as ligas de alumínio as mais utilizadas
dentre todas citadas, seguida das ligas de zinco.
A liga utilizada na fundição sob pressão na empresa de Motores Elétricos Ltda é liga
de alumínio 305 modificado, sendo fundido a uma temperatura de 700 ºC à 915 ºC e
com uma potência aproximada de 400 KW. Vale destacar que, em média, são
28
Nesta fase de projeto, outros aspectos, como por exemplo, a geometria da peça, são
consideradas a fim de facilitar sua extração do molde. Outro ponto a ser analisado é
a localização adequada dos canais de vazamento e distribuição do metal de modo
que se propicie um enchimento correto do molde. As sobre medidas também são
consideradas na fabricação do modelo, para que a peça, ao contrair durante o
resfriamento, chegue ao seu tamanho correto. O modelo tem um formato
aproximado da peça a ser fundida e irá servir para a construção do molde. Ele pode
ser feito de madeira, alumínio, aço, resina plástica e até isopor (COSTA, 2000).
29
O robô enche, com metal líquido, um pequeno cadinho preso em sua garra e o
derrama dentro do injetor da máquina. Em seguida, os passos da sequência de
injeção serão executados por meio do Controlador Lógico Programável (CLP). Após
31
Figura 6 – O robô enchendo, com metal líquido, um pequeno cadinho (Adaptado de Costa 2000)
Figura 7 – Processo de fundição sob pressão realizado na máquina de câmara quente (Adaptado de
Costa 2000)
Essa máquina é dotada de duas mesas: uma fixa e outra móvel. Na mesa fixa ficam
uma das metades da matriz e o sistema de injeção do metal. Na mesa móvel
localizam-se a outra metade da matriz, o sistema de extração da peça e o sistema
de abertura, fechamento e travamento da máquina. Ela é usada quando o metal
líquido se funde a uma temperatura que não corrói o material do cilindro e do pistão
de injeção, de modo que ambos possam ficar em contato direto com o banho de
metal (COSTA, 2000).
33
Figura 8 – Esquema da máquina de injeção – Mesa fixa e mesa móvel (Adaptado de Costa 2000)
Figura 9 – Processo de fundição sob pressão realizado na máquina de câmara fria (Adaptado de
Costa 2000)
O processo de fundição sob pressão é regido por uma série de parâmetros, que
adequadamente determinados e ajustados, resultam em uma peça injetada de
qualidade (KARBAN, 2001).
O tempo de enchimento da matriz deve ser tal que garanta o completo enchimento
sem que ocorra a solidificação prematura da frente metálica. Portanto, visando
também à otimização do processo, deve se estabelecer os menores tempos
possíveis de enchimento. O tempo de enchimento do molde é um parâmetro
importante na determinação de outros parâmetros como o tamanho da câmara de
injeção, velocidades do pistão de injeção e tamanho dos canais de ataque
(KARBAN, 2001; GP SYRCOS 2002).
3.2.9.2 Velocidades de injeção
Figura 10 – Pistão avançado de maneira a posicionar o alumino na primeira fase da injeção (Mendes,
2005)
35
3.2.10 Alumínio
3.2.10.1 Vantagens
3.2.10.2 Classificação
As ligas com base em alumínio não-ligado contêm entre 99,0% e 99,5% de alumínio,
sendo o restante, principalmente, ferro e silício. Pode-se obter metal com pureza
maior do que 99,5% de alumínio, até 99,99%, a um custo muito mais elevado, que é
usado quando se requer alta condutividade elétrica ou elevada resistência à
corrosão (ABAL, 2007).
Uma liga muito utilizada (3003) contém 1,2% de manganês. Suas propriedades,
principalmente a conformabilidade e a resistência à corrosão, são similares às do
alumínio comercialmente puro, com propriedades mecânicas um pouco maiores,
particularmente quando deformadas a frio. As mais resistentes são as ligas da série
alumínio-magnésio, disponíveis em vários formatos como lâminas, chapas, perfis,
tubos, arames, etc. Elas também possuem elevada resistência à corrosão e são
facilmente produzidas e soldadas. As ligas tratadas termicamente de média
resistência, que contêm magnésio e silício, possuem elevada resistência à corrosão,
mas perdem um pouco da sua trabalhabilidade. As ligas tratadas termicamente de
elevada resistência, que contêm cobre ou zinco como principais elementos de liga,
são tão resistentes quanto o aço estrutural, mas necessitam de proteção superficial.
Estas ligas são utilizadas quando a maior relação resistência/peso for a principal
38
3.2.10.3 Aplicação
De acordo com GGD Metals (2016), o alumínio pode ser empregado nas seguintes
áreas:
Indústria Bélica;
Trocadores de Calor;
Moldes e Matrizes de PET, PP, PVC e ABS;
Moldes de protótipos;
Ferramentas;
Meios de Transporte (como elementos estruturais em aviões, barcos,
automóveis, bicicletas, tanques, blindagens e outros);
Embalagens: Papel de alumínio, latas, embalagens Tetra Pak e outras;
Construção civil: Janelas, portas, divisórias, grades e outros;
39
3.2.10.4.3 Alongamento
para um corpo-de-prova mais fino do que para um mais espesso da mesma liga,
sendo, portanto, necessário associar o alongamento com a espessura do corpo-de-
prova (ABAL, 2007).
3.2.10.4.4 Dureza
O alumínio puro funde a 660°C e várias ligas possuem ponto de fusão abaixo deste.
O metal puro e muitas das ligas perdem um pouco da sua resistência, ficando
sujeitas a uma lenta deformação plástica conhecida como fluência, se permanecer
sob tensão por longos períodos em temperaturas acima de 200°C. Entretanto, ligas
41
Defeitos internos em peças fundidas podem não ser visíveis ao olho nu, entretanto
comprometem seriamente a usinabilidade e a funcionalidade da peça. Defeitos como
porosidades internas diminuem as propriedades mecânicas e a estanqueidade da
peça, propriedades estas que devem obedecer a critérios de projetos,
principalmente em projetos de alta responsabilidade (CUNHA, 2012).
3.2.12.1 Porosidade
Porosidades são vazios que se localizam nas partes internas do produto injetado.
Estas porosidades provocam descontinuidades de material no produto diminuindo a
resistência mecânica e também favorecendo a ocorrência de trincas quando em uso.
Além disso, podem provocar vazamentos em componentes hidráulicos
comprometendo o funcionamento do conjunto (ASM, 1998).
42
A porosidade também pode ser causada pelo hidrogênio, que possui elevada
solubilidade no alumínio líquido, mas muito baixa no metal solidificado. O hidrogênio
é único gás consideravelmente solúvel no alumínio líquido. Devido a afinidade do
metal pelo oxigênio, a principal fonte de absorção de hidrogênio é a redução do
vapor de água do ar ambiente em contato com o banho de metal líquido. (ASM,
1998).
3.2.12.2 Rechupe
3.2.12.4 Trincas
Tanques de resfriamento são utilizados pra diminuir a temperatura das peças para
que sejam retirados os excessos de material, tais como bolsas de ar e canais de
alimentação. Quando o resfriamento é realizado em água, deve-se cuidar para que
não exista contaminantes ou compostos que possam atacar o alumínio e
comprometer sua aparência (MOURA, 2006).
O processo de injeção sob pressão é regido por uma série de parâmetros, que
adequadamente determinados e ajustados, resultam em uma peça injetada de
qualidade. Normalmente, as principais variáveis controladas são a temperatura do
molde, volume de dosagem, velocidades de primeira e segunda fase de injeção,
pontos de comutação, pressões de injeção, recalque bem como a qualidade
metalúrgica, composição química e temperatura do alumínio líquido (MENDES,
2006)
Tagushi (1993), afirma que os fatores que regem o processo de fundição sob
pressão podem ser ajustados em diferentes níveis de intensidade, existindo algumas
combinações dos mesmos que podem resultar na robustez do processo de
fabricação.
Baseado no estudo realizado por Syrcos (2001), aos parâmetros de injeção pode ser
subdivididos em quatro categorias:
Parâmetros relacionados com a injetora;
52
Para avaliação da sanidade e qualidade das peças deve-se realizar uma inspeção
visual de toda região superficial da peça avaliando à ocorrência de possíveis trincas,
rachaduras, rebarbas ou falhas de injeção (principais motivos de refugo das peças
produzidas) classificando-as em três níveis, (como apresentado na Tabela 2 em
conjuntos com as Figuras 21 a 26):
Foto Classificação
5. Fundição do alumínio;
7. Transporte do alumínio;
11. Abertura dos moldes e retirada das galhas (peça molde) de dentro do molde
através do braço robô;
Figura 41 – Posionamento da galha para separação das peças e retirada dos massalotes
Parâmetros que influenciam no processo produtivo de injeção sob pressão da peça em análise
As possíveis falhas do
Alto índice de reclam ação Escala Likert:
processo de injeção
do cliente interno e Elaborar Mapa de Nível 1
ocorrem em diferentes Elaborar Mapa de Produto
interno por falha de Processo Nível 2
regiões da peça em
injeção. Nível 3
análise.
Variáveis independentes (X’s) Variáveis independentes (X’s) Variáveis independentes (X’s) Variáveis independentes (X’s)
Sinterização do forno
Aplicação de pasta anti- Instalação do sistema Fixação das haste
X1 (Controle da X1 X1 X1
soldante na concha de refrigeração extratoras do molde
temperatura)
Instalação do pistão de
Abastecer com lingote
X2 X2 Aquecimento da concha X2 injeção compatível com X2 Fixação do molde
de alumínio
a câmara
Posicionar e regular
Instalação do sistema
X4 Angulo para dosagem X4 quantidade de X4
de resfriamento (água)
lubrificante sólido
Velocidade de
Instalação do sistema
X5 transporte forno X X5
de aquecimento (óleo)
máquina
Angulo para
X6 X6 Regulagem de
derramamento
fechamento do molde
67
Regulagem de aplicação de
X3 Velocidade de 2ª fase de injeção X3
desmoldante (tempo)
X9 Fim de injeção
X10
Atraso do retorno de injeção
X11
Pressão de contraste
68
X20 Estiramento
X3 Fechamento de matrizes
O estudo realizado tem como base o experimento fatorial, que por sua vez, testa
todas as combinações possíveis de fatores em um determinado numero de níveis.
Os experimentos fatoriais permitem estimar os efeitos dos fatores e os efeitos das
interações simultaneamente com igual precisão (WEG, 2010).
Estes experimentos são de interesse particular por que eles fornecem uma grande
gama de informações. Contudo, a quantidade de recursos necessária para se
executar experimentos fatoriais completos podem ser grandes. Experimentos
fatoriais completos são eficazes quando usados na hora certa na estratégia de
melhoria do processo como um todo (WEG, 2010).
Exemplo 1: Experimento 22
2 fatores em 2 níveis (Tempo-A, Temperatura-B).
4 rodadas no mínimo (2x2).
2 colunas de fator.
A B
1 - -
2 + -
3 - +
4 + +
Tabela 6 – Experimento 2²
A x B = AB
1 - x - = +
2 + x - = -
3 - x + = -
4 + x + = +
Tabela 7 – Experimento 2² (Análise)
Tabela 8 – Experimento 2³
Parâmetros Combinação
Máquina
Temperatura do molde
Parâmetros Combinação
Máquina
Temperatura do molde
Otimização do processo de fundição sob pressão aplicando o método Taguchi – Combinação de parâmetros I
Parâmetros Classificação
1 1 1 1 1 1 1 -
1 2 1 1 1 1 1 -
1 3 1 1 1 1 1 -
1 4 1 1 1 1 2 -
1 5 1 1 1 1 2 -
1 6 1 1 1 1 2 -
1 7 1 1 1 2 1 -
1 8 1 1 1 2 1 -
1 9 1 1 1 2 1 -
1 10 1 1 1 2 2 -
1 11 1 1 1 2 2 -
1 12 1 1 1 2 2 -
1 13 1 1 2 1 1 -
1 14 1 1 2 1 1 -
1 15 1 1 2 1 1 -
1 16 1 1 2 1 2 -
1 17 1 1 2 1 2 -
1 18 1 1 2 1 2 -
1 19 1 1 2 2 1 -
1 20 1 1 2 2 1 -
76
1 21 1 1 2 2 1 -
1 22 1 1 2 2 2 -
1 23 1 1 2 2 2 -
1 24 1 1 2 2 2 -
1 25 1 2 1 1 1 -
1 26 1 2 1 1 1 -
1 27 1 2 1 1 1 -
1 28 1 2 1 1 2 -
1 29 1 2 1 1 2 -
1 30 1 2 1 1 2 -
1 31 1 2 1 2 1 -
1 32 1 2 1 2 1 -
1 33 1 2 1 2 1 -
1 34 1 2 1 2 2 -
1 35 1 2 1 2 2 -
1 36 1 2 1 2 2 -
1 37 1 2 2 1 1 -
1 38 1 2 2 1 1 -
1 39 1 2 2 1 1 -
1 40 1 2 2 1 2 -
1 41 1 2 2 1 2 -
1 42 1 2 2 1 2 -
1 43 1 2 2 2 1 -
1 44 1 2 2 2 1 -
1 45 1 2 2 2 1 -
1 46 1 2 2 2 2 -
1 47 1 2 2 2 2 -
1 48 1 2 2 2 2 -
1 49 2 1 1 1 1 -
1 50 2 1 1 1 1 -
1 51 2 1 1 1 1 -
1 52 2 1 1 1 2 -
77
1 53 2 1 1 1 2 -
1 54 2 1 1 1 2 -
1 55 2 1 1 2 1 -
1 56 2 1 1 2 1 -
1 57 2 1 1 2 1 -
1 58 2 1 1 2 2 -
1 59 2 1 1 2 2 -
1 60 2 1 1 2 2 -
1 61 2 1 2 1 1 -
1 62 2 1 2 1 1 -
1 63 2 1 2 1 1 -
1 64 2 1 2 1 2 -
1 65 2 1 2 1 2 -
1 66 2 1 2 1 2 -
1 67 2 1 2 2 1 -
1 68 2 1 2 2 1 -
1 69 2 1 2 2 1 -
1 70 2 1 2 2 2 -
1 71 2 1 2 2 2 -
1 72 2 1 2 2 2 -
1 73 2 2 1 1 1 -
1 74 2 2 1 1 1 -
1 75 2 2 1 1 1 -
1 76 2 2 1 1 2 -
1 77 2 2 1 1 2 -
1 78 2 2 1 1 2 -
1 79 2 2 1 2 1 -
1 80 2 2 1 2 1 -
1 81 2 2 1 2 1 -
1 82 2 2 1 2 2 -
1 83 2 2 1 2 2 -
1 84 2 2 1 2 2 -
78
1 85 2 2 2 1 1 -
1 86 2 2 2 1 1 -
1 87 2 2 2 1 1 -
1 88 2 2 2 1 2 -
1 89 2 2 2 1 2 -
1 90 2 2 2 1 2 -
1 91 2 2 2 2 1 -
1 92 2 2 2 2 1 -
1 93 2 2 2 2 1 -
1 94 2 2 2 2 2 -
1 95 2 2 2 2 2 -
1 96 2 2 2 2 2 -
Tabela 12 – Otimização do processo de fundição sob pressão aplicando o método Taguchi – Combinação de parâmetros I
79
Parâmetros Combinação
Máquina
Parâmetros Combinação
Máquina
Parâmetros Classificação
Para cada configuração dos parâmetros foram avaliadas duas amostras. Estas duas
amostras foram avaliadas por três avaliadores, sendo que a variação do resultado
da avaliação dos avaliadores não pode ser maior do que a variação dos modelos.
A variação do modelo tem que ser maior do que a variação das medidas, caso
contrário, teremos o que chamamos de “ruído” (que por sua vez não é controlado e
faz com que o processo varie). Neste caso, teríamos resultados diferentes para um
mesmo tratamento, e variando os parâmetros não haveria diferença no resultado
final da avaliação.
1º passo: para cada amostra têm-se uma nota (1, 2 ou 3) atribuída por cada um dos
avaliadores, como mostrado na Tabela 12:
Avaliador Nota
A1 1
A2 2
A3 1
Tabela 16 – Exemplo para cálculo do “Efeito”
Uma vez que as corridas experimentais foram realizadas houve uma gama de
métodos para auxiliar na análise, sendo que os parâmetros de processo não devem
apenas ser estudados isoladamente mas também suas interações (que inidicarão as
condições de trabalho ótimas).
Sendo assim, para uma análise profunda das corridas experimentais fez-se a
utilização do software “JMP”, mais conhecido como “Jump” (um método estatístico,
que analisa as interações entre as diferentes variáveis) amplamente utilizado em
aplicações como Seis Sigma, controle de qualidade de engenharia, dentre outros.
Os resultados obtidos nas corridas experimentais realizadas (DOE I e DOE II) neste
trabalho levaram as seguintes conclusões:
DOE I:
Os parâmetros definidos, em reunião com o Departamento de Injeção de Alumínio,
(temperatura do forno, temperatura do molde, ângulo para dosagem do alumínio,
ângulo para derramamento, aplicação de desmoldante sólido), bem como seus
níveis de aplicação, não resultaram em qualquer tipo de defeito significativo nas
peças produzidas.
DOE II:
Com o auxílio da utilização do método estatístico, obtem-se os seguintes resultados,
Vide Figura 48, com os parâmetros utilizados no DOE II:
88
Na Figura 50 temos os parâmetros (X1, X2, X3, X4 e X5) listados por ordem
decrescente de influência no refugo da peça em análise, bem como os graus de
influencia dos respectivos parâmetros no processo, onde: X1 = Velocidade da 1ª
fase de injeção, X2 = Curso de 2ª fase de injeção, X3 = Velocidade da 2ª fase de
injeção, X4 = Curso de 3ª fase de injeção e X5 = Velocidade da 3ª fase de injeção; a
linha na cor azul é uma linha de referência (estatisticamente calculada pelo software
JMP) para auxílio na identificação de quais são os parâmetros que tem influencia
significativa.
É válido destacar que os parâmetros, no Gráfico 3, variam entre “1” ou “-1”, onde “1”
significa que o parâmetro trabalha em sua condição máxima e o “-1” significa que o
parâmetro trabalha em sua condição mínima.
Logo, a configuração que nos dará uma probabilidade maior de obter-se uma peça
sem qualquer falha de injeção é apresentada na Tabela 13, abaixo:
Parâmetro Valor
X1 Máximo
X2 Máximo
X3 Mínimo
X4 Mínimo
X5 Máximo
Tabela 17 – Configuração para obter-se uma peça sem qualquer falha de injeção
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Com isso, obtem-se o resultado de 1,052083 que, por sua vez, é o resultado que
mais se aproxima do valor 1 (lembrando que este é valor adotado como critério para
se obter uma peça livre de falhas de injeção).
Parâmetro Valor
X1 Mínimo
X2 Mínimo
X3 Máximo
X4 Máximo
X5 Mínimo
Tabela 18 – Configuração para obter-se uma peça com falhas de injeção
Como sugestão para futuros trabalhos indica-se uma análise mais completa do
processo e recomenda-se que novos experimentos sejam realizados.
ASM – American Society for Metals, Metals Handbookk - 8ªed, Ohio, 1998.
GGD Metals - Grupo Gonçalves Dias Metal. Catálogo Técnico do Alumínio. São
Paulo, 2016. 10 p.
GROSS, J. M., A road map to six sigma quality. Quality Progress, Pág. 24-29,
2001.
KARBAN, R. Jr. Ph. D. The Effects of Intensification Pressure, Gate Velocity &
Intermediate Shot Velocity on the Internal Quality of Aluminum Die Castings.
North American Die Casting Association, 2001.
NAUMANN, E. Customer centered six sigma. In: ASQ’s 54th Annual Quality
Congress Proceedings, Pág. 631-640, 2000.
SHI, Qi, Prediction of Thermal Distortion and Thermal Fatigue in Shot Sleeves,
Ph.D. Dissertação, Universidade Estadual de Ohio, EUA, 2002.
WEG – Injeção de Alumínio, Módulo II, Máquinas de Injeção Sob Pressão, 2012.
Dimensão e Potência
Peso da máquina Kg 31000
Comprimento mm 8150
Dimensões
Largura mm 2270
externas
Altura mm 3290
Potência do motor da bomba KW 37
Grupo de fechamento
Ton. 29,3
Força de extração central
KN 287,4
Ton. 620
Força de fechamento
KN 6076
Curso de placa móvel mm 700
Altura mínima de molde mm 350
Altura máxima de molde mm 900
Curso de extração mm 200
Dimensões das placas mm 1160x1140
Distância entre as colunas mm 727x727
Diâmetro das colunas mm 150
Grupo de injeção
Ton. 64,6
Força máxima de injeção regulável
KN 633,7
Peso máximo da peça Kg 9,4
Distanciamento de ponto de injeção mm 0-125-250
Máxima área estampável [400Kg/cm²] cm² 1550
Tabela 19 – Especificações Técnicas Injetora AGRATI – Modelo CF 600 Fonte: AGRATI AEE srl, CF
Series. Disponível em: < http://www.agrati.it/pr/prodotti2.asp?ln=6&id=1>. Acesso em: 21/05/2016.
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Características do desmoldante