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DIREITO COMERCIAL
SOCIEDADES COMERCIAIS
Março de 2010
CASOS PRÁTICOS (NÃO RESOLVIDOS) DE DIREITO COMERCIAL
4.º- Cada sócio terá direito a receber, anualmente e no mínimo, 600 euros a título
de lucro.
Pede-se:
d) Os sócios quinhoarão nos lucros e nas perdas nas proporções de 50% para Abel,
30% para Berta e 20% para Dionísio. Caio não participará nos lucros. A cláusula é
inválida. À luz do artigo 22º nº 1 e 3, uma vez que na falta de preceito especial ou convenção em contrário, os
sócios participam nos lucros e nas perdas da sociedade segundo a proporção dos valores das respectivas
participações no capital. É nula a cláusula que proíba a participação dos sócios nos lucros e perdas da
sociedade, uma vez que viola o princípio da proibição do pacto leonino, segundo os artigos 22º nº3 do CSC
e 994º do código civil.
e) Abel terá direito a receber anualmente da sociedade uma quantia equivalente a 30%
do valor nominal das quotas de que for titular.
III - Aníbal Serpa, sua mulher Benedita e seus filhos Carlos e Diana,
pretendem constituir uma sociedade tendo por objecto o fabrico e venda de pão,
doces e confeitaria, tendo escolhido para o efeito a firma “Aníbal Serpa –
Panificadora Central, Lda”, sendo de 15.000,00 € o capital social.
Pretendem:
3. Carlos não realizaria capital social, mas ficava obrigado a contribuir com o
seu trabalho de padeiro, a tempo inteiro e no horário próprio. Tendo em conta a firma da
sociedade, estamos perante uma sociedade por quotas, à luz do artigo 200º nº1, visto que inclui a abreviatura
“LDA”. A primeira cláusula é válida, visto que à luz do artigo 201º, o montante do capital é livremente fixado
no contrato de sociedade, correspondendo à soma das quotas subscritas pelos sócios. Nos termos do artigo
199º alínea a), o contrato de sociedade deve mencionar o montante de cada quota de capital e a identificação
do respectivo titular.
A segunda cláusula é inválida, à luz do artigo 28º, uma vez que só se pode realizar as entradas com bens de
dinheiro, nas sociedades por quotas.
A terceira cláusula é inválida, à luz do artigo 202º nº1 que não admite contribuições de indústria numa
sociedade por quotas.
b) Incluir no contrato social uma cláusula segundo a qual todos quinhoariam nos
lucros em partes iguais, sendo que Carlos ficaria isento de responder pelas perdas
sociais. A cláusula é inválida, à luz do artigo 22º nº3, e 994º do código Civil, uma vez que é nula a cláusula
que exclui um sócio de participar nas perdas da sociedade.
c) Que a sociedade possa vir a exigir aos sócios prestações suplementares até ao
dobro do capital social. A cláusula é válida, uma vez que as prestações suplementares só existem se o
contrato de sociedade o estipular, pelo que nos termos do artigo 210º nº3 alínea a), o contrato de sociedade
deve fixar o montante global das prestações suplementares. Neste caso concreto, a cláusula existente fixa,
desde já, o dobro do capital social. Logo, de acordo com o artigo 210º nº4, é essencial a menção referida na
alínea a) do número anterior.
Pergunta-se : É possível, face à lei, satisfazer todas e cada uma das pretensões da
família Serpa?
1.ª A sede social da sociedade será no local que os sócios vierem a escolher. A
cláusula é inválida à luz do artigo 9º nº1 alínea e), que estipula que do contrato de sociedade deve constar a
sede da sociedade.
3.ª A sócia Ana contribuirá apenas como o seu trabalho e conhecimentos técnicos.
A terceira cláusula é inválida, à luz do artigo 202º nº1 que não admite contribuições de indústria numa
sociedade por quotas.
c) Poderá o sócio B exercer, por conta própria, uma actividade concorrente com a
da sociedade?
VIII - António, Bento e a sociedade «Domingues Fernandes & Companhia»
decidiram constituir a sociedade «António Domingues & Bento Rodrigues, Lda.»,
com o capital social de 30 000 euros, dividido em três cotas iguais.
Até à outorga do contrato de sociedade, cada sócio entrou apenas com 50%
da quota subscrita, tendo ficado estabelecido no pacto social que o montante em
dívida se venceria passados 12 meses.
XII - André, Bárbara, Carlos e Daniel pretendem constituir uma sociedade por
quotas para a prestação de serviços de tradução. Ficou acordado que a sociedade
se constituiria com um capital social de € 200.000,00, cabendo a cada um dos
sócios uma quota de € 50.000,00. Suponha que no momento da celebração do
contrato de sociedade, os André e Bárbara apenas desembolsam 80% do valor das
respectivas entradas, tendo-se vinculado no contrato a pagar o restante no prazo
de seis meses.
2.ª - As entradas dos sócios em dinheiro, estando nesta data realizadas pela
metade, serão realizadas quanto ao restante no prazo de seis anos.
3.ª – O sócio António terá direito a receber anualmente da sociedade, uma quantia
de € 2500, independentemente dos resultados que vierem a ser apurados.
Pede-se:
Aprecie a legalidade das cláusulas do pacto social.
XIV - Ana, Bento e Carlos pretendem constituir uma sociedade por quotas
destinada à prestação de serviços de arquitectura, admitindo vir também a abrir uma
loja de decoração de interiores. O capital social será de 6 000 euros, correspondente
a três quotas de igual valor, pertencendo uma a cada um dos sócios.
4.º- Cada sócio terá direito a receber, anualmente e no mínimo, 600 euros a título de
lucro.
Pede-se:
1.ª
O sócio Bernardo responde solidária e ilimitadamente com a sociedade por dívidas
que esta venha a contrair.
2.ª
A sociedade terá a sua sede em lugar a designar futuramente pela gerência.
3.ª
O capital social a realizar em dinheiro é de 8.000 euros e corresponde à soma de
quatro quotas de igual valor, pertencentes a cada um dos sócios. Até à data da
celebração do contrato de sociedade, cada um dos sócios realizará apenas metade
da sua entrada.
4.ª
O sócio António não participará nos lucros, e a sócia Eduarda terá direito a receber
anualmente, a título de lucros 5.000 euros.
Aprecie a validade de cada uma das cláusulas do pacto social.
XVIII- A, B, C, D e E são sócios de uma sociedade anónima que tem por objecto a
actividade de transporte de mercadorias.
A sociedade foi constituída em 2005, com o capital social de 100 000 euros,
tendo ficado convencionado que no momento da celebração do contrato de
sociedade, cada um dos sócios realizaria apenas 50% do valor das suas entradas,
devendo os restantes 50% ser realizados no prazo de quatro anos. No entanto, D
não efectuou até hoje a realização da parcela em falta, apesar de interpelado pela
sociedade para o fazer.