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A Conta-corrente, na realidade, também chamada conta bancária, é um Para abertura da "conta-salário", é necessário que seja firmado um
procedimento oferecido pelos bancos onde a pessoa física ou jurídica contrato ou convênio entre a instituição financeira e o empregador. A
(clientes) faz depósito em dinheiro (moeda nacional ou cheque com "conta-salário" não é aberta por iniciativa do empregado. A "conta-salário" é
suficiente provisão de fundos), ou ainda, no caso da pessoa física, recebe aberta por iniciativa do empregador, que é responsável pela identificação
salários depositados pelo empregador, e, em contrapartida, recebe um dos beneficiários.
crédito no mesmo valor, crédito esse por meio do qual retira
Em liguagem comum, a conta bancária é quando um indivíduo deposita devolver folhas de cheque em seu poder ou declarar por escrito que as
dinheiro em alguma agência bancária ou instituição financeira (banco). O inutilizou; o devolver cartões magnéticos em seu poder ou declarar por
indivíduo se torna o titular de uma conta bancária ou conta corrente. Mas as escrito que os inutilizou; o cancelar as autorizações de débito automáti-
contas possuem inúmeras finalidades e registram diversas outras opera- co;
ções como empréstimos, linha de crédito, controle de recursos governa- trocar cheques pré-datados, eventualmente existentes;
mentais, etc.
manter saldo suficiente para pagamento de compromissos eventual-
Como o titular do dinheiro dá a posse ao banco, que imediatamente mente assumidos com o banco ou para suprir despesas decorrentes de
passa a utilizar seu dinheiro em suas próprias operações, ou então os disposições legais (por exemplo, tarifas, juros, IOF, CPMF).
repassa compulsoriamente para o Banco Central, pode ocorrer de que
quando o correntista vier a sacar seu saldo, não haja recursos disponíveis Para finalizar, o correntista deve pedir um comprovante de encerra-
para tanto. É um caso extremo que no Brasil já ocorreu em várias ocasiões: mento da conta no qual se façam constar as devoluções (ou inutilizações)
o governo pode congelar ou bloquear o dinheiro ou tomá-lo para si (tribu- das folhas de cheque e dos cartões magnéticos.
tando-o integralmente, já que a Constituição proíbe o confisco); também O correntista que simplesmente deixa de movimentar a sua conta e
ocorre do banco ir a falência ou ficar com a imagem comprometida por não pede o seu encerramento ao banco pode ser surpreendido, no futuro,
algum evento (crise de confiança) e sofrer uma onda de saques.Para com débitos de tarifas e juros, cujos lançamentos estão cobertos por cláu-
diminuir essa possibilidade de desconfiança, o governo patrocina algumas sulas contratuais.
formas de seguro de crédito para os depósitos em conta poupança, por
exemplo. Contratos bancários
Assim, existem vários tipos de contas, entre elas: Os contratos bancários são os instrumentos formais que estabelecem
os direitos e obrigações, tanto do banco quanto do cliente. A linguagem
§ CDB empregada pela instituição financeira na comunicação com clientes e
§ poupança usuários deve ser clara e direta. Os clientes e demais usuários não espe-
cializados devem poder entender com facilidade os produtos e serviços
§ conta corrente oferecidos, as condições estabelecidas para eles e as transações realiza-
das. Além disso, o tamanho das letras deve permitir a leitura das cláusulas
§ conta bancária vinculada sem nenhuma dificuldade.
Os valores aplicados em ações não são considerados depósitos, mas Essa clareza de linguagem deve estar presente não só nas cláusulas
seu controle pode se dar em uma conta similar a uma conta bancária (diz- de contratos firmados entre o cliente e o banco, mas também nos informes
se que seu valor é escritural). Segundo bem sabe o cidadão comum, a publicitários, nas tabelas de tarifas e nos lançamentos registrados nos
ação não vale como dinheiro mas pode trazê-lo (ganhos) ou mandá-lo extratos.
embora (perdas).
Preenchimento
CONTA CORRENTE
Nenhum contrato, ou qualquer outro documento, deve ser assinado em
Abertura de conta-corrente branco. Todos os campos de um contrato devem ser preenchidos. Os
A abertura de uma conta é um contrato entre o banco e o clien- campos cujo preenchimento não for necessário ou possível devem ser
te,celebrado pela livre decisão de ambos. Dentro do que é permitido pela inutilizados.
legislação, cada banco pode estabelecer condições para a aceitação de um O que um contrato deve conter
cliente, tais como depósito inicial ou renda mínima. O banco também pode
recusar a abertura de conta para quem estiver incluído no CCF (Cadastro O contrato deve conter todas as informações necessárias sobre pra-
de Emitentes de Cheques sem Fundos) ou com o CPF na situação de zos, valores negociados, taxas de juros, taxas de mora e de administração,
cancelado na Secretaria da Receita Federal. tributos e contribuições incidentes, comissão de permanência, encargos
moratórios, multas por inadimplência e formas de liquidação.
O cliente e seus representantes ou procuradores legais, se existirem,
devem apresentar originais e cópias dos seguintes documentos: cédula de O contrato deve estabelecer de que maneira o cliente será informado
identidade (RG) ou carteira de identidade profissional (OAB, CREA, CRM, do valor de encargos e despesas relativas à liberação ou colocação de
etc) ou outro documento oficial com fotografia e assinatura (Carteira de recursos à sua disposição, bem como eventuais alterações, quando houver.
Trabalho, Carteira de Motorista etc); CIC/CPF (fica dispensada sua apre-
Após a formalização e adoção das providências necessárias, os ban-
sentação caso o número de inscrição conste do documento de identidade)
cos devem fornecer uma cópia impressa do contrato, permitindo ao cliente
e comprovante recente de residência em seu nome (conta de luz, água,
o conhecimento pleno dos seus termos. Havendo a concordância do cliente
gás,telefone ou outra aceita pelo banco). Os documentos originais devem
a cópia pode ser fornecida por meio eletrônico.
ser apresentados para simples conferência e são devolvidos ao cliente. As
cópias permanecem na agência. na contratação, imposição de cláusula, operação ou prestação de
serviço prevalecendo-se da idade, saúde, conhecimento, condição so-
ENCERRAMENTO DE CONTAS
cial, religiosa, física ou econômica do cliente;
Um contrato de abertura de conta pode ser rescindido por iniciativa
elevação, sem comunicação ao cliente, do valor de taxas, tarifas ou
formal de qualquer uma das partes.
outra forma de remuneração de operações ou serviços ou cobrança em
A qualquer momento, o cliente pode solicitar formalmente o encerra- valor superior ao estabelecido em legislação e regulamentação vigen-
mento da sua conta. No entanto, enquanto existir saldo credor ou devedor tes;
em conta corrente, compromissos e débitos decorrentes de outras obriga-
oferta de produtos ou serviços sem as informações corretas, claras,
ções contratuais que o cliente mantenha com a instituição, a conta não
precisas e transparentes, sobre suas características, preço, condições
poderá ser encerrada. Após a retirada do saldo credor ou sua extinção
de pagamento, juros, encargos e garantias;
através de débitos pertinentes ou solução dos compromissos, débitos e
saldos devedores, o banco deve processar o encerramento da conta mes- aplicação de fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contra-
mo que haja cheques não liquidados, sustados ou cancelados. tualmente estabelecido;
Deve haver uma comunicação prévia por escrito, tanto do banco quan-
Os funcionários dos bancos estão aptos a dar informações e prestar CNPJ (cópia e original);
esclarecimentos sobre os serviços disponíveis, tarifas, lançamentos em Documentos legais de constituição da firma jurídica (contrato social, al-
extratos, cláusulas de contratos, etc. Em caso de dúvida, procure um fun- terações contratuais, atas de constituição, registro da firma e etc);
cionário identificado ou o setor de informações ou pré-atendimento existen-
te em alguns bancos. Ausência de restrições cadastrais.
Como em qualquer outro segmento, nem sempre é possível o pronto Dos sócios e responsáveis:
atendimento. Assim, caso não tenha disponibilidade para aguardar, reco- Carteira de identidade e CPF (cópia e original);
mendamos que evite o comparecimento à agência nos dias em que há
muita concentração de pessoas (quinto dia útil do mês; dias 5, 10, 25, 30 e Comprovante de residência;
31; segundas e sextas-feiras; vésperas e dias seguintes a feriados; e nos
Ausência de restrições cadastrais.
horários de pico-abertura da agência, hora do almoço e final do expediente)
ou então que se utilize dos vários recursos e serviços eletrônicos abaixo (1) Para algumas operações é necessário prévio cadastramento de
elencados, opcionalmente oferecidos pelos bancos, devendo ser observa- senha de acesso.
dos os cuidados descritos mais adiante nesta cartilha, para que as opera-
ções sejam feitas com segurança: (2) A concessão de créditos está sujeita à análise e à aprovação.
Débito automático para pagamento de contas de água, luz, gás, telefo- (3) Cartão magnético apenas para contas de microempresas, firmas
ne fixo ou celular e outras empresas de serviços com as quais os ban- individuais e outras, sob análise gerencial.
cos tenham convênio para débito em conta. (4) disponível para micro e pequenas empresas, firmas individuais,
Agendamento de pagamento por meio de débito programado. Com sociedades limitadas (LTDA) e sociedades anônimas (S/A).
isso, você pode administrar as datas de vencimento e agendar vários
2. PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA: CAPACIDADE E INCA-
pagamentos de uma só vez, retirando os recibos posteriormente.
PACIDADE CIVIL, REPRESENTAÇÃO E DOMICÍLIO. 3. DOCU-
Máquinas de auto-atendimento para pagamento de contas, saques e MENTOS COMERCIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO: NOTA PRO-
movimentações. Essas máquinas possuem leitoras de código de bar- MISSÓRIA, DUPLICATA, FATURA. NOTA FISCAL: PRINCIPAIS
ras, mas também comportam a digitação dos dados da conta. CARACTERÍSTICAS.
Caixas coletoras para envelopes, nas quais o cliente pode colocar
formulário de depósito, boleto bancário ou fatura a pagar juntamente DAS PESSOAS
com os respectivos cheques ou autorização de débito em conta.
TÍTULO I
Serviços eletrônicos para pagamento de contas, consulta de saldos e DAS PESSOAS NATURAIS
aplicações, pedidos de talões e realização de transferências entre con-
tas. Esses serviços podem ser acessados de um computador pessoal CAPÍTULO I
(PC) via internet. DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
Centrais de Atendimento Telefônico, que dispõem de atendentes Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
especializadas e permitem efetuar transações financeiras e utilizar di-
versos serviços bancários. Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vi-
da; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
CONTA CORRENTE
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos
Saques em dinheiro da vida civil:
Saques com valor igual ou inferior a R$ 5.000,00 devem ser realizados I - os menores de dezesseis anos;
no mesmo expediente. Saques de valor superior a R$ 5.000,00 devem ser
solicitados à agência no dia anterior. Com a finalidade de desestimular II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o ne-
assaltos, os bancos procuram diminuir a quantidade de dinheiro em caixa. cessário discernimento para a prática desses atos;
Por razões de segurança é recomendável que os pagamentos e trans- III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua
ferências de maior valor sejam feitos por meio de cheque, DOC, cartão de vontade.
crédito/débito ou TED (Transferência Eletrônica Disponível).
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os
Para abertura de conta os bancos pedem que o cliente apresente, no exercer:
mínimo, originais e cópias dos seguintes documentos:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por qualquer tempo.
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos comple- Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de
tos; vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
II - pelo casamento; Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o pre-
III - pelo exercício de emprego público efetivo; nome e o sobrenome.
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em
publicações ou representações que a exponham ao desprezo público,
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de rela- ainda quando não haja intenção difamatória.
ção de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis
anos completos tenha economia própria. Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propa-
ganda comercial.
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-
se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção
de sucessão definitiva. que se dá ao nome.
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de au- Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da
sência: justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem
vida; prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, so- legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os
mente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averigua- descendentes.
ções, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a reque-
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se rimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir
podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presu- ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
mir-se-ão simultaneamente mortos. CAPÍTULO III
Art. 9o Serão registrados em registro público: DA AUSÊNCIA
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo,
conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em e de direito privado.
imóveis ou em títulos garantidos pela União. Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, I - a União;
darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas
equivalentes aos quinhões respectivos. II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
1o
§ Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar III - os Municípios;
a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada
deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro desig- pela Lei nº 11.107, de 2005)
nado pelo juiz, e que preste essa garantia.
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada
a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas
entrar na posse dos bens do ausente. de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-
se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por Código.
desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a
ruína. Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados es-
trangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão re- público.
presentando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles
correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas. Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente
responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem
Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provi- danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do
sório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade
desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz
competente. I - as associações;
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do fale- § 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o fun-
cimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em cionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público
favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo. negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários
ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associa-
disposto em lei específica. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) dos;
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito pri- III - os direitos e deveres dos associados;
vado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo,
averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitu- V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberati-
tivo. vos; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para
das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, a dissolução.
contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas
Art. 46. O registro declarará: contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005)
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo soci- Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá
al, quando houver; instituir categorias com vantagens especiais.
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não
diretores; dispuser o contrário.
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do
judicial e extrajudicialmente; patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si,
na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro,
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de salvo disposição diversa do estatuto.
que modo;
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa,
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obri- assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de
gações sociais; recurso, nos termos previstos no estatuto. (Redação dada pela Lei nº
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu pa- 11.127, de 2005)
trimônio, nesse caso. Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exerci- função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e
dos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. pela forma previstos na lei ou no estatuto.
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: (Redação dada
se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo pela Lei nº 11.127, de 2005)
dispuser de modo diverso. I – destituir os administradores; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a 2005)
que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eiva- II – alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
das de erro, dolo, simulação ou fraude.
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a re- deste artigo é exigido deliberação da assembléia especialmente convocada
querimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório. para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pe- critérios de eleição dos administradores. (Redação dada pela Lei nº 11.127,
lo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a de 2005)
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do
no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obriga- estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-
ções sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios la. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
da pessoa jurídica.
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio lí-
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a auto- quido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais
rização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins
até que esta se conclua. não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação
§ 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a a- dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênti-
verbação de sua dissolução. cos ou semelhantes.
§ 2o As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no § 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos
que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado. associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida
neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as con-
§ 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscri- tribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.
ção da pessoa jurídica.
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indica-
direitos da personalidade. das neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à
Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.
CAPÍTULO II
DAS ASSOCIAÇÕES CAPÍTULO III
DAS FUNDAÇÕES
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se
organizem para fins não econômicos. Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura
pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações re- a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
cíprocos.
Política de crédito. A concessão de crédito, apesar das garantias que Este titulo de crédito também é muito conhecido; retrata uma promessa
se possam obter, é sempre uma operação com inúmeros fatores de risco, o de pagamento de uma importância.
que levou as instituições que atuam nesse mercado a adotar política credi-
tícia com quatro itens fundamentais: (1) os patamares ou limites de crédito, O "emitente" faz uma promessa escrita de que pagará a uma pessoa
que levam em conta a situação do patrimônio, a capacidade de pagamento, "beneficiário" uma importância. Assim, quem dá nascimento à nota promis-
a finalidade em que o crédito será aplicado, a qualidade da gestão técnica, sória é o próprio devedor. Por conseqüência este titulo (assim como o
financeira e administrativa do tomador etc.; (2) o período de duração, que cheque) também não precisa de aceite, a emissão já seria o próprio aceite).
varia do prazo curto (até 18 meses), médio (até cinco anos) e longo (acima
de cinco anos), e para cuja determinação leva-se em conta o cenário políti- Para que esse titulo de crédito tenha validade será necessário que dele
co e econômico e o setor produtivo; tais espaços de tempo podem variar de constem os seguintes requisitos:
acordo com o país, sobretudo naqueles com alta taxa inflacionária, em que a) o nome "Nota Promissória" (ainda que em língua estrangeira, se
um ano pode ser considerado longo prazo; (3) os planos de incentivo à toda a nota for redigida em outro idioma --- "billet à ordre",
antecipação da liquidação do débito, a fim de estimular a redução da ex- "promissory note", "engener wechsel", "paghero cambi ano", "vaglía
pectativa e aplicar os resultados em empreendimentos novos; (4) o geren- cambiario", "cambiale propria", "livrança", etc.) .
ciamento da cobrança, com o acompanhamento rigoroso das atividades do b) o valor da quantia em dinheiro a pagar, por extenso.
devedor, a fim de detectar sintomas de inadimplência. c) o nome da pessoa a quem se promete pagar (o beneficiário).
Atenção: a nota promissória não pode ser emitida ao portador.
Nos países capitalistas, o próprio mercado, de certa forma, regula as d) a assinatura do emitente (ou de um seu procurador, poderes
operações de crédito, fortemente vinculadas à lei da oferta e da procura; especiais para emitir a nota promissória, com sem esses requisitos
porém os governos estabelecem regras ou supervisionam as operações o título será nulo, não terá validade como nota promissória.
realizadas, a fim de evitar abusos, concentração oligopolística ou monopo-
lística, prejuízos a investidores em instituições de crédito etc. É costume fazer-se constar da nota promissória a "indicação por alga-
rismos" do valor da quantia a ser paga (mesmo costume que existe em
As operações de crédito realizam-se no sistema financeiro, constituído cheque). Claro que se houver divergência entre esse valor grafado em
por diversos tipos de bancos públicos e privados (comerciais, de investi- numeral e o valor redigido por extenso, prevalecerá o valor deste último.
mentos), caixas econômicas, caixas ou fundos de pensão, associações de
poupança e empréstimo, organizações de cooperação econômica multina- Pode constar também da nota promissória a data e o lugar de sua e-
cionais (como o Fundo Monetário Internacional), bancos centrais e bolsas missão. Se faltar, porém, nenhuma conseqüência advirá, podendo o credor
de valores. preenchê-los a seu bel prazer.
Linhas de crédito. Exemplo de facilitação das atividades creditícias é a Também a "data do vencimento", ou seja, o dia em que a promessa de
linha de crédito - modalidade especial de conta-corrente - em que o cliente pagamento será cumprida, deverá constar do título. se faltar, não haverá
pode sacar a descoberto (com saldo negativo) até certo limite, independen- nulidade do título: entender-se-á que o vencimento é "a vista".
Conhecimento de depósito. Por meio do conhecimento de depósito, os Além desses impostos, a Nota Fiscal permite, ainda, a cobrança de ou-
bancos recebem warrant (garantia escrita) representativo do depósito de tros impostos, taxas e contribuições, como é o caso do IR — Imposto sobre
mercadorias feito em armazém geral, mediante o qual financiam o compra- a Renda, do COFINS, do PIS — Plano de Integração Social etc.
dor ou o vendedor. Esse mecanismo é também usado no financiamento às
operações de exportação. É bom ressaltar que existem mercadorias ou determinadas operações
de compras ou de vendas que poderão não estar sujeitas à incidência de
Cartão de crédito. O chamado "dinheiro de plástico" expressa a enorme impostos; entretanto, mesmo nesses casos, é obrigatória a emissão da
importância que o crédito assumiu no dia-a-dia. Daí dizer-se que o crédito documentação fiscal correspondente.
"circula" mais do que o dinheiro. O cartão de crédito se enquadra numa
categoria econômica e de serviços em que se incluem os cheques especi- CUPOM FISCAL
ais ou garantidos e os cartões de compra de estabelecimentos varejistas. O O Cupom Fiscal é um documento emitido através de equipamento e-
cartão de crédito pode ser de uso nacional ou internacional. Neste último missor de Cupom Fiscal em substituição à Nota Fiscal, nas vendas à vista
caso, subordina-se à política cambial de cada país, alguns dos quais o a consumidor em que a mercadoria for retirada ou consumida no próprio
proíbem. estabelecimento pelo comprador.
Crédito público. O conjunto de obrigações assumidas pelo estado de- Existem três tipos básicos de equipamento emissor de Cupom Fiscal:
nomina-se crédito público. É o mesmo que dívida pública e se aplica à · ECF-PDV — efetua o cálculo do imposto por alíquota e indica no
contratação, legítima, de empréstimos em dinheiro, dentro ou fora do país. Cupom o grande total atualizado, com seu símbolo e o da situação
Crédito público também pode ser entendido como a confiança que a sol- tributária da mercadoria;
vência de uma nação inspira aos possuidores de capitais, nacionais e · ECF-MR — embora não tenha os mesmos recursos do PDV, identi-
estrangeiros, não só por sua capacidade econômica, mas pela honorabili- fica as situações tributárias através dos somadores (totalizadores
dade e eficiência dos governos que a dirigem. O empréstimo compulsório parciais);
não é considerado crédito público, já que é involuntário e unilateral, sem · ECF-IF — tem a mesma capacidade do PDV, constituído de um
que o prestamista sequer possa exigir alguma garantia. Por essa razão, em módulo impressor, com memória fiscal, conectado a um computa-
alguns casos, o empréstimo compulsório tem sido entendido como uma dor (periféricos).
variação de tributo.
O Cupom Fiscal contém, no mínimo, as seguintes indica-
Garantia de crédito. São duas as garantias creditícias: as pessoais e as ções impressas pelo equipamento emissor de Cupom Fiscal:
reais. Pessoais quando o devedor apresenta outra pessoa que, por ele, se 1. denominação Cupom Fiscal;
A Nota Fiscal de Venda a Consumidor será emitida no mínimo em duas Portanto, o DOC não é mais utilizado em transações bancárias.
vias. A primeira será entregue ao cliente no ato da venda e a segunda Documento de ordem de cré (DOC)
ditoé uma transação
ficará presa no talão para futura exibição ao fisco. financeira na qual os correntistas de bancos brasileiros fazem
transferências interbancárias de valores. Por norma do Banco
NOTA FISCAL DE PRODUTOR, MODELO 4 Central o valor do DOC deve ser inferior a R$ 5.000,00.
A Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, é um documento que deve ser
emitido por todas as empresas cujo ramo de atividade seja a produção O DOC, assim como a TED, pode ser do tipo D (entre con-
agropecuária. tas de mesmo titular) ou do tipo C (entre contas de diferentes
titulares). Para a realização desta transferência, é necessário
ORDEM DE PAGAMENTO informar os dados do destinatário: nome completo, CPF e/ou
CNPJ e Banco, agência e conta corrente de destino. No DOC
o valor só é creditado no banco de destino no dia útil seguinte
Definição, tipos, emissão e liquidação
a data de processamento. Esta operação não é estornável.
O portador de uma ordem de pagamento tem o direito de recorrer à jus-
tiça para assegurar o cumprimento das condições explicitadas nos termos O DOC é feito mediante compensação, da mesma manei-
do documento. ra como os cheques, e é efetivada na noite da data de pro-
cessamento. Um DOC enviado fora do horário limite fica a-
Ordem de pagamento, em sentido amplo, é qualquer documento em gendado para o próximo dia útil. Portanto se enviados fora do
que uma pessoa autoriza outra a receber pagamento de uma terceira. horário limite, em finais de semana ou feriados estarão dispo-
Nessa acepção, a ordem de pagamento mais comum é o cheque, no qual o níveis na conta de destino após o segundo dia útil.
emitente autoriza o banco no qual tem conta a pagar uma quantia determi-
nada ao portador. Em sentido estrito, ordem de pagamento é um documen- Um DOC pode ser devolvido caso as informações preen-
to bancário que obriga ao pagamento de determinada quantia em dinheiro à chidas pelo emissor estiverem incorretas.
vista ou a prazo, como a letra de câmbio, forma comum de crédito direto ao Abaixo estão os códigos e descrições dos motivos para a
consumidor no Brasil. devolução de um DOC:
Três pessoas figuram na letra de câmbio: o sacador, que dá a ordem § 40 Moeda inválida.
de pagar; o sacado, em geral uma instituição financeira, que recebe a
ordem para efetuar o pagamento; e o beneficiário, portador ou favorecido,
§ 51 Divergência no valor recebido.
que recebe a quantia devida. A letra deve trazer, de forma explícita, o valor § 52 Recebimento efetuado fora do prazo.
do pagamento, a data de vencimento, que pode ser à vista ou a prazo, e o
local para pagamento. É um título negociável, mas normalmente é vendido § 53 Apresentação indevida.
com deságio, isto é, por valor inferior ao valor nominal. Se o nome do
§ 54 Ausência ou irregularidade do carimbo de com-
beneficiário constar do documento, o endosso é suficiente para que possa
pensação (ordem bancária e ficha de compensação, exceto
ser cobrado por outra pessoa.
bloquetos de cobrança).
Os bancos nos permitem remeter dinheiro de uma cidade para outra
§ 62 DOC "D" - Com divergência na indicação do nú- Na prática adotou-se o costume de reservar um espaço para que cons-
mero do CPF / CNPJ. te do cheque seu valor escrito em números, não é um requisito de validade
do cheque.
§ 63 Registro inconsistente.
§ 64 Arquivo lógico não-processado ou processado Inclusive, se ocorrer divergência entre o valor lançado por extenso e o
parcialmente. valor expresso em números, prevalecerá aquele (lançado por extenso).
§ 66 DOC "D" - De conta individual (único CPF) para O cheque não precisa de aceite para ter validade, aliás, mesmo que o
conta conjunta (2 CPFs) e vice-versa. banco sacado declare que aceita o cheque, essa declaração não terá
§ 67 DOC "D" - Sem a indicação do tipo de conta debi- nenhuma validade.
tada ou creditada.
Como sabemos, um título de crédito com aceite tem mais validade pois
§ 68 DOC "E" - Conta com titularidade distinta. significa que o devedor não nega a dívida e está disposto ao pagamento.
Só que o cheque não admite o aceite.
Transferência bancária
Transferência bancária é um cheque administrativo em Há, porém, uma fórmula indireta, para dar maior crédito ao cheque,
que se processam tranferências de valores entre bancos substituindo o aceite: é o cheque visado.
diferentes sempre para o mesmo titular.
O cheque será visado quando o Banco sacado nele lançar um visto no
Caso um indivíduo queira transferir uma certa quantia de verso do cheque. Sempre que o banco lançar esse visto significará que ele,
banco X para outro banco que ainda não tenha conta, solicita- obrigatoriamente, já debitou seu valor na conta do emitente, reservando-a
se um T.B, que será emitido pelo banco de origem. Depois, para pagamento do cheque.
no banco de interesse com o TB em mãos, este será com-
pensado normalmente. Este visto só terá validade dentro do prazo de apresentação do cheque
(todo cheque tem um prazo para ser apresentado ao banco sacado: o
beneficiário terá 30 dias para apresentar o cheque para pagamento, quan-
5. CHEQUE - REQUISITOS ESSENCIAIS, CIRCULAÇÃO, EN- do ele for emitido no mesmo lugar (mesma praça) onde está o banco saca-
DOSSO, CRUZAMENTO, COMPENSAÇÃO. do; ou 60 dias, quando a emissão se deu em lugar diverso do lugar do
banco sacado).
O cruzamento geral (apenas os dois traços paralelos, sem nome de Se ao endossar o endossante fizer constar o nome do endossatário te-
banco no meio) pode ser convertido em especial (basta que se lance, a remos o chamado endosso em preto. se, simplesmente, assinar o cheque
qualquer hora, o nome de um banco ali, no meio dos dois traços), mas o no verso, não colocando o nome do novo beneficiário, haverá endosso em
cruzamento especial não poderá ser transformado em geral. branco.
Uma vez cruzado um cheque, não poderá o cruzamento ser inutilizado Atenção: acima de um determinado valor, o cheque só pode ser
(se o for, nenhuma validade terá a inutilização). endossado "em preto" (ver nota sobre cheque ao portador) .
b) Cheque para ser Creditado em Conta O endosso pode ser inutilizado: basta riscá-lo.
Se o emitente (ou quem detiver o cheque) quiser impedir que o cheque
seja descontado diretamente no caixa, poderá obrigar o beneficiário a O endosso é transferência de todo valor do cheque; não pode ser
depositá-lo, para que seu valor seja apenas creditado em conta corrente. transferida apenas uma parte da quantia. É proibida, igualmente, a fixação
de qualquer condição: "se me der alguma coisa... etc. - se endossou está
Bastará que o escreva no anverso do cheque, transversalmente, a endossado.
expressão "para ser creditado em conta".
Quando o endosso for feito em favor do próprio banco sacado, equiva-
Nesse caso o banco sacado somente poderá proceder o lançamento lerá à quitação do cheque e o banco não poderá endossá-lo novamente.
contábil do cheque, seja creditando em conta, seja transferindo crédito para
outra conta corrente, seja compensando. Como já vimos, o cheque com cláusula "não à ordem" é intransferível:
não pode, portanto, ser endossado, já que o endosso é uma forma de
Uma vez lançada essa cláusula, não mais poderá ser alterado o che- transferência do direito de crédito do cheque.
A outra fonte de inspiração para o novo SPB foi a experiência de al- Com o novo SPB, o Banco Central tem o controle on line das contas
guns bancos centrais estrangeiros. As mudanças realizadas no Japão, reservas bancárias dos bancos. Além disto, outras medidas foram adota-
Estados Unidos, Canadá e União Européia foram avaliadas pelo Bacen. das:
Concluiu-se que nenhum sistema de pagamentos é igual a outro, devendo · a criação da Transferência Eletrônica Disponível (TED) que
cada país adaptar a estrutura de financiamento de seu sistema às suas permite transferências de recursos no mesmo dia, de um banco pa-
características econômicas. ra outro. Assim, um correntista de um banco em Tabatinga (AM)
pode transferir rapidamente valores de sua conta para a de outra
No fim das contas, temos visto o Brasil se adequar-se rapidamente ao pessoa em outro banco na cidade de Uruguaiana (RS), por exem-
que acontece nos países mais ricos do mundo, não só para se atualizar em plo. Um detalhe: o cliente só pode efetuar a transferência se tiver
termos de sistema de pagamentos, mas também para oferecer aos investi- dinheiro disponível na sua conta (aí vale crédito de cheque especial
dores externos as mesmas condições de segurança, estabilidade e eficiên- e conta garantida);
cia em um mundo cada vez mais globalizado. · redução gradual do uso de cheques e DOC. O Banco Central
adotou e continua adotando medidas para desestimular o uso da
Tipos de Riscos Compe em transações acima de R$ 5 mil ;
Qualquer sistema de pagamentos está sujeito a riscos. Imagine que
· o menor uso de cheques e DOC refletiu na criação de câmaras
você esteja esperando um depósito na sua conta corrente para pagar uma
de liquidação eletrônica, ou clearing houses, que assumem a res-
dívida e ele simplesmente não é efetuado. Essa situação pode deixá-lo, no
ponsabilidade pela liquidação de diversos tipos de operações, ab-
mínimo, constrangido.
sorvendo e gerindo os riscos que estavam no Banco Central. As
clearings são entidades de capital privado formadas pelos princi-
Agora imagine um banco que dependa de aporte de recursos para hon-
pais bancos do País. Ao lado do Bacen, ajudam a manter a saúde
rar seus compromissos. Esta dificuldade poderia levar à inadimplência
do mercado financeiro no País. As principais são:
outros bancos que dependessem daqueles recursos.
· Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) - clearing
No antigo Sistema de Pagamentos Brasileiro, a principal fonte de inse- de ativos (títulos e renda variável)
gurança estava no fato de não haver o controle on line, pelo Banco Central, · Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações
das contas de reservas bancárias dos bancos. Além dos riscos operacio- de Ativos BM&F (clearing de ativos de títulos de renda fixa)
nais, boa parte da inquietação com respeito ao Sistema de Pagamentos · Câmara de Registro, Compensação e de Liquidação de Opera-
vinha da defasagem de tempo entre a contratação e a liquidação das ções de Câmbio BM&F (clearing de câmbio)
operações, que os técnicos de mercado denominam de lag de liquidação. · Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações
Esse lag abria a possibilidade de a parte devedora tornar-se inadimplente de Derivativos BM&F (clearing de Derivativos)
antes da quitação dos compromissos assumidos. É o que chamamos de · Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).
risco de crédito.
TED
Além deste risco, mas advindo da mesma situação, há ainda o risco de A Transferência Eletrônica Disponível (TED) é um instrumento criado
imagem, já que a instituição de origem da operação tem sua imagem des- pelo novo SPB que permite maior agilidade às transações interbancárias
gastada perante seus clientes e o mercado. O risco de imagem pode ser dos clientes e dos próprios bancos.
provocado pela falta de transparência ou clareza dos riscos envolvidos.
Desde 18.02.2004 as transferências interbancárias de valores iguais ou
Há ainda a possibilidade de que um simples atraso no recebimento de superiores a R$ 5.000,00 não podem mais ser realizadas via DOC. Assim,
valores cause transtornos à tesouraria de um banco e, por conseqüência, o DOC foi totalmente substituído pela TED para essas transações.
no mercado. Isto porque a situação pode levar o banco a financiar no
mercado o desequilíbrio do seu caixa, caracterizando-se, assim, o risco de Para atender a essa faixa superior de valor, foi concebida a TED, um
liquidez. mecanismo de transferência de recursos moderno, de pequeno risco e que
permite ao favorecido usar o dinheiro no instante em que o banco destina-
Os riscos de liquidez e de crédito podem levar a um terceiro: o risco tário processa a transferência recebida de outro banco.
sistêmico. Ele ocorre quando as situações de instabilidade geram um efeito
dominó, envolvendo várias ou todas as instituições financeiras vinculadas A tendência é que a TED substitua também os cheques de valor igual
ao sistema de pagamentos. Quer dizer, mesmo aqueles bancos que não ou inferior a R$ 5 mil. Isto porque, além da TED ter a vantagem da liquida-
estejam diretamente ligados a um problema localizado podem sofrer os ção no mesmo dia, medidas tomadas pelo Bacen encareceram o uso de
efeitos desta reação em cadeia. cheques a partir desse valor.
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode
própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.
com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiaria-
art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da mente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade sim-
sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os ples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de
efeitos, à sociedade empresária. contas, na forma da lei processual.
Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um da- Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas
queles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às contas serão prestadas e julgadas no mesmo processo.
normas que regem a transformação.
SUBTÍTULO II
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, Da Sociedade Personificada
no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e CAPÍTULO I
1.150). Da Sociedade Simples
SUBTÍTULO I Seção I
Da Sociedade Não Personificada Do Contrato Social
CAPÍTULO I Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular
Da Sociedade em Comum ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a so- I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios,
ciedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos
observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as sócios, se jurídicas;
normas da sociedade simples.
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente
por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo com-
podem prová-la de qualquer modo. preender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
qual os sócios são titulares em comum. V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista
Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados em serviços;
por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e
somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer. seus poderes e atribuições;
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
I - se o contrato dispuser diferentemente; Art. 1.036. Ocorrida a dissolução, cumpre aos administradores provi-
denciar imediatamente a investidura do liquidante, e restringir a gestão
II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade; própria aos negócios inadiáveis, vedadas novas operações, pelas quais
responderão solidária e ilimitadamente.
III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio
falecido. Parágrafo único. Dissolvida de pleno direito a sociedade, pode o sócio
requerer, desde logo, a liquidação judicial.
Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer só-
cio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante Art. 1.037. Ocorrendo a hipótese prevista no inciso V do art. 1.033, o
notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; Ministério Público, tão logo lhe comunique a autoridade competente, pro-
se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa. moverá a liquidação judicial da sociedade, se os administradores não o
tiverem feito nos trinta dias seguintes à perda da autorização, ou se o sócio
Parágrafo único. Nos trinta dias subseqüentes à notificação, podem os não houver exercido a faculdade assegurada no parágrafo único do artigo
demais sócios optar pela dissolução da sociedade. antecedente.
Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, Parágrafo único. Caso o Ministério Público não promova a liquidação
pode o sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos judicial da sociedade nos quinze dias subseqüentes ao recebimento da
comunicação, a autoridade competente para conceder a autorização no-
Art. 1.064. O uso da firma ou denominação social é privativo dos admi- I - a aprovação das contas da administração;
nistradores que tenham os necessários poderes. II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado;
Art. 1.065. Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elabo- III - a destituição dos administradores;
ração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado
econômico. IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contra-
to;
Seção IV
Do Conselho Fiscal V - a modificação do contrato social;
Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembléia dos sócios, pode VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessa-
o contrato instituir conselho fiscal composto de três ou mais membros e ção do estado de liquidação;
respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no País, eleitos na as- VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas
sembléia anual prevista no art. 1.078. contas;
§ 1o Não podem fazer parte do conselho fiscal, além dos inelegíveis VIII - o pedido de concordata.
enumerados no § 1o do art. 1.011, os membros dos demais órgãos da
sociedade ou de outra por ela controlada, os empregados de quaisquer Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art.
delas ou dos respectivos administradores, o cônjuge ou parente destes até 1.010, serão tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no
o terceiro grau. contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos
previstos em lei ou no contrato.
§ 2o É assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo
menos um quinto do capital social, o direito de eleger, separadamente, um § 1o A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos
dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente. sócios for superior a dez.
Art. 1.067. O membro ou suplente eleito, assinando termo de posse la- § 2o Dispensam-se as formalidades de convocação previstas no § 3o do
vrado no livro de atas e pareceres do conselho fiscal, em que se mencione art. 1.152, quando todos os sócios comparecerem ou se declararem, por
o seu nome, nacionalidade, estado civil, residência e a data da escolha, escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia.
ficará investido nas suas funções, que exercerá, salvo cessação anterior,
§ 3o A reunião ou a assembléia tornam-se dispensáveis quando todos
até a subseqüente assembléia anual.
os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas.
§ 2o Cópia da ata autenticada pelos administradores, ou pela mesa, se- II - se excessivo em relação ao objeto da sociedade.
rá, nos vinte dias subseqüentes à reunião, apresentada ao Registro Público Art. 1.083. No caso do inciso I do artigo antecedente, a redução do ca-
de Empresas Mercantis para arquivamento e averbação. pital será realizada com a diminuição proporcional do valor nominal das
§ 3o Ao sócio, que a solicitar, será entregue cópia autenticada da ata. quotas, tornando-se efetiva a partir da averbação, no Registro Público de
Empresas Mercantis, da ata da assembléia que a tenha aprovado.
Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061 e no § 1o do art. 1.063,
as deliberações dos sócios serão tomadas: Art. 1.084. No caso do inciso II do art. 1.082, a redução do capital será
feita restituindo-se parte do valor das quotas aos sócios, ou dispensando-se
I - pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do capital as prestações ainda devidas, com diminuição proporcional, em ambos os
social, nos casos previstos nos incisos V e VI do art. 1.071; casos, do valor nominal das quotas.
II - pelos votos correspondentes a mais de metade do capital social, § 1o No prazo de noventa dias, contado da data da publicação da ata
nos casos previstos nos incisos II, III, IV e VIII do art. 1.071; da assembléia que aprovar a redução, o credor quirografário, por título
líquido anterior a essa data, poderá opor-se ao deliberado.
III - pela maioria de votos dos presentes, nos demais casos previstos
na lei ou no contrato, se este não exigir maioria mais elevada. § 2o A redução somente se tornará eficaz se, no prazo estabelecido no
parágrafo antecedente, não for impugnada, ou se provado o pagamento da
Art. 1.077. Quando houver modificação do contrato, fusão da socieda- dívida ou o depósito judicial do respectivo valor.
de, incorporação de outra, ou dela por outra, terá o sócio que dissentiu o
direito de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subseqüentes à reunião, § 3o Satisfeitas as condições estabelecidas no parágrafo antecedente,
aplicando-se, no silêncio do contrato social antes vigente, o disposto no art. proceder-se-á à averbação, no Registro Público de Empresas Mercantis, da
1.031. ata que tenha aprovado a redução.
Art. 1.078. A assembléia dos sócios deve realizar-se ao menos uma Seção VII
vez por ano, nos quatro meses seguintes à ao término do exercício social, Da Resolução da Sociedade em Relação a Sócios Minoritários
com o objetivo de:
Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos
I - tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço pa- sócios, representativa de mais da metade do capital social, entender que
trimonial e o de resultado econômico; um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, em
virtude de atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da sociedade,
II - designar administradores, quando for o caso; mediante alteração do contrato social, desde que prevista neste a exclusão
III - tratar de qualquer outro assunto constante da ordem do dia. por justa causa.
§ 1o Até trinta dias antes da data marcada para a assembléia, os do- Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser determinada em reu-
cumentos referidos no inciso I deste artigo devem ser postos, por escrito, e nião ou assembléia especialmente convocada para esse fim, ciente o
com a prova do respectivo recebimento, à disposição dos sócios que não acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do
exerçam a administração. direito de defesa.
III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada Art. 1.103. Constituem deveres do liquidante:
sócio poderá tomar; I - averbar e publicar a ata, sentença ou instrumento de dissolução da
IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à so- sociedade;
ciedade, ainda que por herança; II - arrecadar os bens, livros e documentos da sociedade, onde quer
V - quorum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no que estejam;
número de sócios presentes à reunião, e não no capital social representa- III - proceder, nos quinze dias seguintes ao da sua investidura e com a
do; assistência, sempre que possível, dos administradores, à elaboração do
VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não inventário e do balanço geral do ativo e do passivo;
capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação; IV - ultimar os negócios da sociedade, realizar o ativo, pagar o passivo
VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das opera- e partilhar o remanescente entre os sócios ou acionistas;
ções efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo V - exigir dos quotistas, quando insuficiente o ativo à solução do passi-
ao capital realizado; vo, a integralização de suas quotas e, se for o caso, as quantias necessá-
VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em rias, nos limites da responsabilidade de cada um e proporcionalmente à
caso de dissolução da sociedade. respectiva participação nas perdas, repartindo-se, entre os sócios solventes
e na mesma proporção, o devido pelo insolvente;
I - prova de se achar a sociedade constituída conforme a lei de seu pa- Parágrafo único. Sob pena, também, de lhe ser cassada a autorização,
ís; a sociedade estrangeira deverá publicar o balanço patrimonial e o de resul-
tado econômico das sucursais, filiais ou agências existentes no País.
II - inteiro teor do contrato ou do estatuto;
Art. 1.141. Mediante autorização do Poder Executivo, a sociedade es-
III - relação dos membros de todos os órgãos da administração da so- trangeira admitida a funcionar no País pode nacionalizar-se, transferindo
ciedade, com nome, nacionalidade, profissão, domicílio e, salvo quanto a sua sede para o Brasil.
ações ao portador, o valor da participação de cada um no capital da socie-
dade; § 1o Para o fim previsto neste artigo, deverá a sociedade, por seus re-
presentantes, oferecer, com o requerimento, os documentos exigidos no
art. 1.134, e ainda a prova da realização do capital, pela forma declarada
Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento trans- Fonte: http://www.basa.com.br/apresentacao_main.htm
ferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o
momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
se de boa-fé pagar ao cedente.
8. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN): Conselho Mo- Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
netário Nacional;
O Conselho Monetário Nacional (CMN), foi instituído pela Lei 4.595, de
Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; Conse- 31 de dezembro de 1964. O CMN é o órgão deliberativo máximo do
lho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional; bancos comerci- Sistema Financeiro Nacional e como órgão de Cúpula desse Sistema é
ais; caixas econômicas; cooperativas de crédito; bancos comerciais responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do
cooperativos; bancos de investimento; bancos de desenvolvimento; mesmo. O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda
sociedades de crédito, financiamento e investimento; sociedades de (Presidente), pelo Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo
arrendamento mercantil; sociedades corretoras de títulos e valores Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen). Os serviços de secretaria
mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliá- do CMN são exercidos pelo Banco Central.
rios; bolsas de valores; bolsas de mercadorias e de futuros; Sistema
Ao CMN compete estabelecer as diretrizes gerais das políticas
Especial de Liquidação e Custódia (SELIC); Central de Liquidação
monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição,
Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP); sociedades de crédito funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os
imobiliário; associações de poupança e empréstimo; Sistema de instrumentos de política monetária e cambial. E de acordo com o artigo 3º,
Seguros Privados: sociedades de capitalização; Previdência Com- que refere-se a política do Conselho Monetário Nacional, este objetivará:
· adaptar o volume dos meios de pagamento às reais
necessidades da economia nacional e seu processo de
Conhecimentos Bancários 27 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
desenvolvimento; · As Cooperativas de Crédito: Equiparando-se às instituições fi-
· regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou nanceiras, as cooperativas normalmente atuam em setores primá-
corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem rios da economia ou são formadas entre os funcionários das em-
interna ou externa, as depressões econômicas e outros presas. No setor primário, permitem uma melhor comercialização
desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais; dos produtos rurais e criam facilidades para o escoamento das sa-
· regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de fras agrícolas para os consumidores. No interior das empresas em
pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos geral, as cooperativas oferecem possibilidades de crédito aos fun-
recursos em moeda estrangeira; cionários, os quais contribuem mensalmente para a sobrevivência e
· orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, crescimento da mesma. Todas as operações facultadas às coope-
quer públicas, quer privadas, tendo em vista propiciar, nas rativas são exclusivas aos cooperados.
diferentes regiões do País, condições favoráveis ao · Os Bancos de Investimentos: os BI captam recursos através de
desenvolvimento harmônico da economia nacional; emissão de CDB e RDB, de capitação e repasse de recursos e de
· propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos venda de cotas de fundos de investimentos. Esses recursos são di-
financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de recionados a empréstimos e financiamentos específicos à aquisi-
pagamentos e de mobilização de recursos; ção de bens de capital pelas empresas ou subscrição de ações e
debêntures. Os BI não podem destinar recursos a empreendimen-
· zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
tos mobiliários e têm limites para investimentos no setor estatal.
· coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal
· Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimentos: as "fi-
e da dívida pública, interna e externa.
nanceiras" captam recursos através de letras de câmbio e sua fun-
ção é financiar bens de consumo duráveis aos consumidores finais
O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (crediário). Tratando-se de uma atividade de alto risco, seu passivo
é limitado a 12 vezes seu capital mais reservas.
As autoridades monetárias: · Sociedade Corretoras: essas sociedades operam com títulos e
· O Conselho Monetário Nacional: o CMN acaba sendo o conselho valores mobiliários por conta de terceiros. São instituições que de-
de política econômica do país, visto que o mesmo é responsável pendem do BACEN para constituírem-se e da CVM para o exercí-
pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambi- cio de suas atividades. As "corretoras" podem efetuar lançamentos
al. Atualmente, seu presidente é o próprio Ministro da Fazenda. de ações, administrar carteiras e fundos de investimentos, interme-
· O Banco Central do Brasil: o BACEN é o órgão responsável pela diar operações de câmbio, dentre outras funções.
execução das normas que regulam o SFN. São suas atribuições · Sociedades Distribuidoras: tais instituições não têm acesso às
agir como: banco dos bancos, gestor do SFN, executor da política bolsas como as Sociedades Corretoras. Suas principais funções
monetária, banco emissor e banqueiro do governo. É muito discuti- são a subscrição de emissão de títulos e ações, intermediação e
da a elevação do grau de independência do BACEN. Diversas dis- operações no mercado aberto. Elas estão sujeitas a aprovação pe-
cussões apresentam pontos positivos e negativos de tal alteração lo BACEN.
www.bc.gov.br · Sociedade de Arrendamento Mercantil: operam com operações
de "leasing" que tratam-se de locação de bens de forma que, no fi-
Autoridades de apoio: nal do contrato, o locatário pode renovar o contrato, adquirir o bem
· A Comissão de Valores Mobiliários: a CVM é um órgão normativo por um valor residencial ou devolver o bem locado à sociedade. A-
voltado ao mercado de ações e debêntures. Ela é vinculada ao Go- tualmente, tem sido comum operações de leasing em que o valor
verno Federal e seus objetivos podem sintetizados em apenas um: residual é pago de forma diluída ao longo do período contratual ou
o fortalecimento do mercado acionário. www.cvm.gov.br de forma antecipada, no início do período. As Sociedades de Ar-
· O Banco do Brasil: até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a rendamento Mercantil captam recursos através da emissão de de-
uma autoridade monetária mediante ajustamentos da conta movi- bêntures, com características de longo prazo.
mento do BACEN e do Tesouro Nacional. Hoje, é um banco co- · Associações de Poupança e Empréstimo: são sociedades civis
mercial comum, embora responsável pela Câmara de Confedera- onde os associados têm direito à participação nos resultados. A
ção. www.bb.com.br captação de recursos ocorre através de caderneta de poupança e
· O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: con- seu objetivo é principalmente financiamento imobiliário.
tando com recursos de programas e fundos de fomento, o BNDES · Sociedades de Crédito Imobiliário: ao contrário das Caixas Eco-
é responsável pela política de investimentos de LP do Governo e, a nômicas, essas sociedades são voltadas ao público de maior ren-
partir do Plano Collor, também pela gestão do processo de privati- da. A captação ocorre através de Letras Imobiliárias depósitos de
zação. É a principal instituição financeira de fomento do Brasil por poupança e repasses de CEF. Esses recursos são destinados,
impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios principalmente, ao financiamento imobiliário diretos ou indiretos.
regionais, promover o crescimento das exportações, dentre outras · Investidores Institucionais: os principais investidores institucio-
funções. www.bndes.gov.br nais são: Fundos Mútuos de Investimentos: são condomínios aber-
· A Caixa Econômica Federal: a CEF caracteriza-se por estar voltada tos que aplicam seus recursos em títulos e valores mobiliários obje-
ao financiamento habitacional e ao saneamento básico. É um ins- tivando oferecer aos condomínios maiores retornos e menores ris-
trumento governamental de financiamento social. www.cef.gov.br cos. Entidades Fechadas de Previdência Privada: são instituições
mantidas por contribuições de um grupo de trabalhadores e da
Instituições financeiras: mantenedora. Por determinação legal, parte de seus recursos de-
· Os Bancos Comerciais: os BC são intermediários financeiros vem ser destinados ao mercado acionário. Seguradoras: são en-
que transferem recursos dos agentes superavitários para os defici- quadradas coo instituições financeiras segundo determinação legal.
tários, mecanismo esse que acaba por criar moeda através do efei- O BACEN orienta o percentual limite a ser destinado aos mercados
to multiplicador. Os BC's podem descontar títulos, realizar opera- de renda fixar e variável.
ções de abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar · Companhias Hipotecárias: dependendo de autorização do BA-
operações especiais de crédito rural, de câmbio e comércio inter- CEN para funcionarem, tem objetivos de financiamento imobiliário,
nacional, captar depósitos à vista e a prazo fixo, obter recursos jun- administração de crédito hipotecário e de fundos de investimento
to às instituições oficiais para repasse aos clientes, etc. imobiliário, dentre outros.
· Os Bancos de Desenvolvimento: o já citado BNDES é o principal · Agências de Fomento: sob supervisão do BACEN, as agências
agente de financiamento do governo federal. Destacam-se outros de fomento captam recursos através dos Orçamentos públicos e de
bancos regionais de desenvolvimento como, por exemplo, o Banco linhas de créditos de LP de bancos de desenvolvimento, destinan-
do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco da Amazônia, dentre outros. do-os a financiamentos privados de capital fixo e de giro.
Art. 37. As instituições financeiras, entidades e pessoas referidas nos § 3º As multas cominadas neste artigo serão pagas mediante recolhi-
artigos 17 e 18 desta lei, bem como os corretores de fundos públicos, mento ao Banco Central da República do Brasil, dentro do prazo de 15
ficam, obrigados a fornecer ao Banco Central da República do Brasil, na (quinze) dias, contados do recebimento da respectiva notificação, ressalva-
forma por ele determinada, os dados ou informes julgados necessários para do o disposto no § 5º deste artigo e serão cobradas judicialmente, com o
o fiel desempenho de suas atribuições. acréscimo da mora de 1% (um por cento) ao mês, contada da data da
aplicação da multa, quando não forem liquidadas naquele prazo;
Art. 39. Aplicam-se às instituições financeiras estrangeiras, em funcio- § 4º As penas referidas nos incisos III e IV, deste artigo, serão aplica-
namento ou que venham a se instalar no País, as disposições da presente das quando forem verificadas infrações graves na condução dos interesses
lei, sem prejuízo das que se contém na legislação vigente. da instituição financeira ou quando dá reincidência específica, devidamente
caracterizada em transgressões anteriormente punidas com multa.
Art. 40. As cooperativas de crédito não poderão conceder empréstimos § 5º As penas referidas nos incisos II, III e IV deste artigo serão aplica-
se não a seus cooperados com mais de 30 dias de inscrição. das pelo Banco Central da República do Brasil admitido recurso, com efeito
Parágrafo único. Aplica-se às seções de crédito das cooperativas de suspensivo, ao Conselho Monetário Nacional, interposto dentro de 15 dias,
qualquer tipo o disposto neste artigo. contados do recebimento da notificação.
§ 6º É vedada qualquer participação em multas, as quais serão recolhi-
Art. 41. Não se consideram como sendo operações de seções de crédi- das integralmente ao Banco Central da República do Brasil.
to as vendas a prazo realizadas pelas cooperativas agropastoris a seus § 7º Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem como instituição
associados de bens e produtos destinados às suas atividades econômicas. financeira, sem estar devidamente autorizadas pelo Banco Central da
Republica do Brasil, ficam sujeitas à multa referida neste artigo e detenção
CAPÍTULO V de 1 a 2 anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurídica, seus direto-
DAS PENALIDADES res e administradores.
§ 8º No exercício da fiscalização prevista no art. 10, inciso VIII, desta
Art. 42. O art. 2º, da Lei nº 1808, de 07 de janeiro de 1953, terá a se- lei, o Banco Central da República do Brasil poderá exigir das instituições
guinte redação: financeiras ou das pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as referidas no
"Art. 2º Os diretores e gerentes das instituições financeiras respondem parágrafo anterior, a exibição a funcionários seus, expressamente creden-
solidariamente pelas obrigações assumidas pelas mesmas durante sua ciados, de documentos, papéis e livros de escrituração, considerando-se a
gestão, até que elas se cumpram. negativa de atendimento como embaraço á fiscalização sujeito á pena de
Parágrafo único. Havendo prejuízos, a responsabilidade solidária se multa, prevista no § 2º deste artigo, sem prejuízo de outras medidas e
circunscreverá ao respectivo montante." (Vide Lei nº 6.024, de 1974) sanções cabíveis.
§ 9º A pena de cassação, referida no inciso V, deste artigo, será apli-
Art. 43. O responsável ela instituição financeira que autorizar a conces- cada pelo Conselho Monetário Nacional, por proposta do Banco Central da
são de empréstimo ou adiantamento vedado nesta lei, se o fato não consti- República do Brasil, nos casos de reincidência específica de infrações
tuir crime, ficará sujeito, sem prejuízo das sanções administrativas ou civis anteriormente punidas com as penas previstas nos incisos III e IV deste
cabíveis, à multa igual ao dobro do valor do empréstimo ou adiantamento artigo.
concedido, cujo processamento obedecerá, no que couber, ao disposto no
art. 44, desta lei. Art. 45. As instituições financeiras públicas não federais e as privadas
estão sujeitas, nos termos da legislação vigente, à intervenção efetuada
Art. 44. As infrações aos dispositivos desta lei sujeitam as instituições pelo Banco Central da República do Brasil ou à liquidação extrajudicial.
financeiras, seus diretores, membros de conselhos administrativos, fiscais e Parágrafo único. A partir da vigência desta lei, as instituições de que
semelhantes, e gerentes, às seguintes penalidades, sem prejuízo de outras trata este artigo não poderão impetrar concordata.
estabelecidas na legislação vigente:
I- Advertência. CAPÍTULO VI
II - Multa pecuniária variável. DISPOSIÇÕES GERAIS
III - Suspensão do exercício de cargos.
Em resumo, é por meio do BC que o Estado intervém diretamente no sis- Após o Plano Collot, o BNDES ficou encarregado de gerir todo o proces-
tema financeiro e, indiretamente, na economia. so de privatização das empresas estatais.
Em países como Alemanha, Japão e Estados Unidos, o Banco Central é CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (CEF)
independente, ou seja, seus diretores são designados pelo Congresso, eleitos A Caixa Econômica Federal é a instituição financeira responsável pela
com um mandato fixo de oito a 14 anos. Não há subordinação ao Tesouro. operacionalização das políticas do governo federal para habitação popular e
Ele atua como um verdadeiro guardião da moeda nacional, garantindo a saneamento básico, caracterizando-se cada vez mais como o banco de apoio
pujança e o equilíbrio do mercado financeiro e da economia, protegendo seu ao trabalhador de baixa renda. Certamente, nesta linha, no longo prazo,
valor, impedindo que os gastos do Governo sejam bancados pela emissão de novas atribuições lhe serão designadas pelo Governo federal.
dinheiro, fator de desvalorização da moeda. E um quarto poder, além do
Executivo, Legislativo e Judiciário. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS — O MNI
O MNI (Manual de Normas e Instruções), preparado e editado pelo Banco
Os tesouros desses governos emitem títulos federais para se endivida- Central, estabelece, entre outras, as normas operacionais de todas as institui-
rem, enquanto os bancos centrais lançam papéis para garantir a liquidez do ções financeiras.
sistema. Se a inflação sobe, o banco central local vende mais papéis, aumen-
tando a taxa de juros para recolher dinheiro do mercado e controlar a deman- No agrupamento das instituições financeiras, os bancos comerciais por
da da população, reduzindo o ritmo de alta dos preços. suas múltiplas funções, constituem a base do sistema monetário e, devido
aos serviços prestados são, sem dúvida, a mais conhecida das instituições
AUTORIDADES DE APOIO financeiras.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM) Podemos agrupar as instituições financeiras, segundo a peculiaridade de
E o órgão normativo do sistema financeiro, especificamente voltado para suas funções de crédito em segmentos, a saber:
o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobili-
ários não emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional, basica- Instituições de Crédito Bancos Comerciais
a Curto Prazo Caixas Econômicas
mente o mercado de ações e debêntures.
Bancos Cooperativos/Cooperativas de Crédito
E uma entidade auxiliar, autárquica autônoma e descentralizada mas vin-
culada ao Instituições de Crédito de Bancos de Desenvolvimento
Médio e Longo Prazos Bancos de Investimento
Governo. Seus objetivos fundamentais são:
· estimular a aplicação de poupança no mercado acionário; Instituições de Crédito Sociedades de Crédito,
para Financiamento
· assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores
Financiamento de Bens de Investimento
e instituições auxiliares que operem neste mercado; Consumo Duráveis Caixas Econômicas
· proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregula-
res e outros tipos de atos ilegais que manipulem preços de valores Sistema Financeiro da Caixas Econômicas
mobiliários nos mercados primários e secundários de ações; Habitação Associações de Poupança e Empréstimo
· fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títu- Sociedades de Crédito Imobiliário
los emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto.
Instituições de Intermediação Sociedades Corretoras (CCVM)
no Mercado de Capitais Sociedades Distribuidoras (DTVM)
O fortalecimento do Mercado de Ações é o objetivo final da CVM. Investidores Institucionais
Para a consecução desses objetivos, conta com um conjunto de fundos e É importante frisar que a captação de depósitos à vista, que nada mais
programas especiais de fomento, como, por exemplo; Finame, Finem, Funtec são do que as contas correntes, livremente movimentáveis, é a atividade
e, Finac. básica dos bancos comerciais, configurando-os como instituições financeiras
Entretanto, sua grande fonte de recursos são os depósitos em caderneta As operações são restritas aos cooperados e, operacionalmente, a con-
de poupança, que são os instrumentos de captação privativos das entidades tabilidade enquadra-se no padrão estabelecido pelo plano de contas das
financiadoras ligadas ao SFH e que garantem o estímulo ii captação das Cooperativas de Crédito Mútuo, normas e circulares do BC, de conformidade
economias das classes de baixa renda, por protegê-las contra a erosão com o Cosif.
inflacionária e lhes dar liquidez imediata.
BANCOS DE INVESTIMENTO (BL)
Sua mais nova atuação está dirigida à centralização do recolhimento e à Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazos para su-
posterior aplicação de todos os recursos oriundos do FGTS. primento de capital fixo ou de giro das empresas.
São, portanto, instituições de cunho eminentemente social, concedendo Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de empréstimos
empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistên- e financiamento, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das
cia social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte, sendo empresas, através da compra de máquinas e equipamentos e da subscrição
seu mais ilustre e praticamente único representante a Caixa Econômica de debêntures e ações. Não podem manter contas correntes e captam recur-
Federal (CEF), resultado da unificação, pelo DL-759 de 12 de agosto de 1969, sos pela emissão de CDB e RDB, através de captação e repasses de recur-
das 23 Caixas Econômicas Federais até então existentes. As Caixas Econô- sos de origem interna ou externa ou pela venda de cotas de fundos de inves-
micas Estaduais equiparam-se operacionalmente à CEF, sendo, em outubro timento por eles administrados.
de 96, a Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul a única existente.
Devem orientar, prioritariamente, a aplicação dos seus recursos repassa-
BANCOS DE DESENVOLVIMENTO (BD) dos, no fortalecimento do capital social das empresas, via subscrição ou
Como já visto anteriormente, o BNDES é o principal agente do Governo aquisição de títulos; na ampliação da capacidade produtiva da economia, via
para financiamentos de médio e longo prazos aos setores primário, secundá- expansão ou relocalização de empreendimentos; no incentivo à melhoria da
rio e terciário. produtividade, através da reorganização, da racionalização e da moderniza-
ção das empresas; na promoção de uma melhor ordenação da economia e
As principais instituições de fomento regional são o Banco do Nordeste maior eficiência das empresas, através de fusões, cisões ou incorporações
do Brasil (BNB) e o Banco da Amazônia (BASA). (corporate finance); na promoção ao desenvolvimento tecnológico, via treina-
mento ou assistência técnica.
Os bancos estaduais de desenvolvimento incluem-se em um conjunto de
instituições financeiras controladas pelos governos estaduais e destinados ao Eles apóiam, basicamente, a estrutura capitalista privada, tendo, inclusi-
fornecimento de crédito de médio e longo prazos às empresas localizadas nos ve, limites para apoiar os órgãos e empresas do estado.
respectivos estados. Normalmente, operam com repasses de órgãos financei-
ros do Governo Federal. Os financiamentos ao capital fixo são precedidos de cuidadosas avalia-
ções de projeto. Não podem destinar recursos a empreendimentos mobiliá-
rios.
COOPERATIVAS DE CRÉDITO (CC)
As cooperativas de crédito atuam basicamente no setor primário da eco- Em síntese, as operações ativas que podem ser praticadas pelos BI são:
nomia, com o objetivo de permitir uma melhor comercialização de produtos · empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamento de capital
rurais e criar facilidades para o escoamento das safras agrícolas para os fixo;
centros consumidores, destacando que os usuários finais do crédito que · empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamento de capital
concedem são sempre os cooperados. de giro;
· aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos e valores
Nascem a partir da associação de funcionários de uma determinada em- mobiliários para investimento ou revenda no mercado de capitais (o-
presa e suas operações ficam restritas aos cooperados, portanto, aos funcio- perações de underwriten)
nários desta empresa. · repasses de empréstimos obtidos no exterior;
Não podem manter contas-correntes e os seus instrumentos de captação Constituem-se obrigatoriamente sob a forma de sociedades civis, restritas
restringem-se à colocação de letras de câmbio (LC) que são títulos de crédito a determinadas regiões, sendo de propriedade comum de seus associados.
sacados pelos financiados e aceitos pelas financeiras para colocação junto ao Suas operações ativas e passivas são fundamentalmente semelhantes às
público. sociedades de crédito imobiliário.
Por ser uma atividade de grande risco, suas operações passivas não po- As operações ativas são constituídas basicamente por financiamentos
dem ultrapassar o limite de 12 vezes o montante de seu capital realizado mais imobiliários.
as reservas. Está também limitada à sua responsabilidade direta por cliente.
As operações passivas são constituídas basicamente por cadernetas de
Na esfera das financeiras, giram as chamadas promotoras de vendas, poupança que, neste caso, remuneram os juros como se dividendos fossem,
constituídas, em geral, sob a forma de sociedades civis servindo de elo de já que os depositantes adquirem vinculo societário como direito à participação
ligação entre o consumidor final, o lojista e a financeira, por meio de contratos nos resultados operacionais líquidos das APE.
específicos, em que figuram com poderes especiais, inclusive para sacar
letras de câmbio na qualidade de procuradores dos financiados e, também, Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI)
prestando garantia dei credere dos contratos intermediados. Tais promotoras Estas sociedades foram criadas pela Lei 4.380/64 e fazem parte do Sis-
têm suas atividades disciplinadas pela Resolução n0 562 de 30 de setembro tema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), criado pelo Governo para
de 1979 do CMN. financiar o mercado imobiliário, utilizando a caderneta de poupança como
instrumento de captação.
Sociedades Corretoras (CCVM)
São instituições típicas do mercado acionário, operando com compra, Junto com a APE, como entidades financeiras privadas de apoio ao SFH,
venda e distribuição de títulos e valores mobiliários (inclusive ouro) por conta foram criadas para, serem voltadas para as camadas da população de maior
de terceiros. Elas fazem a intermediação com as bolsas de valores e de renda, em contraponto com as Caixas Econômicas, que visam ao público de
mercadorias. Sua constituição depende de autorização do BC e o exercício de baixa renda.
sua atividade depende de autorização da CVM e, como tal, operam nos
recintos das bolsas de valores e de mercadorias; efetuam lançamentos públi- As SCI podem captar depósitos a prazo com correção monetária, através
cos de ações; administram carteiras e custodiam valores mobiliários; institu- das letras imobiliárias (LI), e elas podem estabelecer convênios com bancos
em, organizam e administram fundos de investimento; operam no mercado comerciais para funcionarem como agentes do SFH.
aberto e intermediam operações de câmbio.
Suas operações passivas se baseiam na colocação de LI, na captação
Sociedades Distribuidoras (DTVM) de depósitos de poupança e nos repasses da CEF.
Suas atividades têm uma faixa operacional mais restrita que a das corre-
toras, já que elas não têm acesso às bolsas de valores e de mercadorias. Suas operações ativas concentram-se em financiamentos imobiliários di-
retos ao mutuário final ou através da abertura de crédito a favor de empresá-
Suas atividades básicas são constituídas de: rios para empreendimentos imobiliários.
· subscrição isolada ou em consórcio de emissão de títulos e valores
mobiliários para revenda; lnvestidores Institucionais (II)
· intermediação da colocação de emissões de capital no mercado; Em síntese, podem ser agrupados em: fundos mútuos de investimento,
· operações no mercado aberto, desde que satisfaçam as condições entidades fechadas de previdência privada, fundações e seguradoras.
exigidas pelo BC.
FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTO
Na esfera deste mercado, gravitam ainda os agentes autônomos de in- São constituídos sob a forma de condomínio aberto e representam a reu-
vestimento, que são pessoas físicas credenciadas pelos BI, Financeiras, nião de recursos de poupança, destinados à aplicação em carteira diversifica-
CCVM e DTVM, que, sem vinculo empregatício e em caráter individual, da de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de propiciar aos seus con-
exercem, por conta das instituições credenciadas, a colocação de títulos e dôminos valorizacão de cotas, a um custo global mais baixo, ao mesmo
valores mobiliários, quotas de fundos de investimento e outras atividades de tempo que tais recursos se constituem em fonte de recursos para investimen-
intermediação autorizadas pelo BC. to em capital permanente das empresas.
Títulos e cheques foram substituídos por simples registros eletrônicos, Na forma do regulamento do sistema, são admitidas algumas associa-
gerando enorme ganho em eficiência e agilidade, já que as operações são ções de operações. Nesses casos, embora ao final a liquidação seja feita
fechadas no mesmo dia em que se realizam. Além disso, o sistema passou a operação por operação, são considerados, na verificação da disponibilidade
garantir que, em caso de inadimplência de qualquer das partes, a operação de títulos e de recursos financeiros, os resultados líquidos relacionados
não se concretiza. Hoje, o SELIC movimenta diariamente mais de R$ 100 com o conjunto de operações associadas.
bilhões.
Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP)
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic A CETIP é a entidade escolhida pela FEBRABAN para prestar os servi-
O Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacio- ços de operacionalização da CIP - Câmara Interbancária de Pagamentos,
nal e pelo Banco Central do Brasil e nessa condição processa, relativamen- constituída para adaptar o fluxo de pagamentos no sistema bancário às
te a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custó- normas do novo SPB - Sistema de Pagamentos Brasileiro. A CETIP é a
dia. O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e responsável pela provisão de sistemas, centros de processamento e suporte
compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de de informática necessários à operação da nova empresa.
entrega contra pagamento. Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos
exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta financeira de O modelo conceitual adotado pela clearing de pagamentos da FEBRA-
cada operação é realizada por intermédio do STR, ao qual o Selic é interli- BAN é o mesmo implantado este ano nos Estados Unidos pelo CHIPS -
gado. Clearing House Interbank Payments Systems. O novo sistema, denominado
CHIPS 2001, reúne as vantagens da certeza imediata da liquidação dos
O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele ope- pagamentos em Reserva Bancária com o menor custo de transação do
rado em parceria com a Andima, tem seus centros operacionais (centro processamento por lotes.
principal e centro de contingência) localizados na cidade do Rio de Janeiro.
O horário normal de funcionamento é das 6h30 às 18h30, em todos os dias A CIP está integralmente de acordo com as especificações estabelecidas
considerados úteis. Para comandar operações, os participantes liquidantes pelo Relatório Lamfalussy, documento que reúne os padrões recomendados
e os participantes responsáveis por sistemas de compensação e de liquida- pelo BIS - Bank for International Settlements (Banco para Compensações
ção encaminham mensagens por intermédio da RSFN, observando padrões Internacionais), para o projeto e a operação de sistemas de compensação e
e procedimentos previstos em manuais específicos da rede. Os demais liquidação.
participantes utilizam outras redes, conforme procedimentos previstos no
regulamento do sistema. Para atender à operação da clearing, a CETIP está criando três centros
de processamento de dados, sendo dois no Rio de Janeiro e o terceiro em
Participam do sistema, na qualidade de titular de conta de custódia, a- São Paulo. O centro principal ficará na sede da CETIP e o segundo, também
lém do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bancos comerciais, localizado no Rio de Janeiro, estará capacitado para atuar como hot stand-by;
bancos múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas, distribuido- o centro de processamento em São Paulo será warm stand-by.
ras e corretoras de títulos e valores mobiliários, entidades operadoras de
serviços de compensação e de liquidação, fundos de investimento e diver- Cada operação de pagamento efetuada na clearing é processada no cen-
sas outras instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. São tro principal e seus dados são imediatamente replicados para o centro secun-
considerados liquidantes, respondendo diretamente pela liquidação finan- dário hot stand-by, para que a operação seja considerada como completada.
ceira de operações, além do Banco Central do Brasil, os participantes O procedimento permite que o segundo centro comece a operar imediata-
titulares de conta de reservas bancárias, incluindo-se nessa situação, mente, na eventualidade de falha ou interrupção do equipamento principal.
obrigatoriamente, os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira Caso ocorra uma interrupção no centro secundário, simultânea à impossibili-
comercial e as caixas econômicas, e, opcionalmente, os bancos de inves- dade operacional do centro principal, é acionado o centro warm stand-by, que
timento. Os não-liquidantes liquidam suas operações por intermédio de assumirá então o comando do processamento da clearing.
participantes liquidantes, conforme acordo entre as partes, e operam dentro
de limites fixados por eles. Cada participante não-liquidante pode utilizar os A CETIP efetua a custódia de títulos e valores mobiliários de emissão
serviços de mais de um participante liquidante, exceto no caso de opera- privada, derivativos, títulos emitidos por estados e municípios, ativos utili-
ções específicas, previstas no regulamento do sistema, tais como paga- zados como moeda de privatização e outros títulos de emissão do Tesouro
mento de juros e resgate de títulos, que são obrigatoriamente liquidadas Nacional. A custódia é escritural, feita através do registro eletrônico na
por intermédio de um liquidante-padrão previamente indicado pelo partici- conta aberta em nome do titular, onde são depositados os ativos por ele
pante não-liquidante. adquiridos. Isso é uma garantia de que os ativos existem, estão registrados
em nome do legítimo proprietário e podem ser controlados de forma segre-
Os participantes não-liquidantes são classificados como autônomos ou gada. Ao utilizarem os serviços de custódia da CETIP, as instituições
como subordinados, conforme registrem suas operações diretamente ou o financeiras podem ter Contas Próprias e Contas de Administração de
façam por intermédio de seu liquidante-padrão. Os fundos de investimento Custódia de Terceiros.
são normalmente subordinados e as corretoras e distribuidoras, normal-
mente autônomas. As entidades responsáveis por sistemas de compensa- Os diferentes ativos estão sujeitos a normas específicas, relacionadas
ção e de liquidação são obrigatoriamente participantes autônomos. Tam- com o pagamento de juros, dividendos e resgates. Por isso, a CETIP adota
bém obrigatoriamente, são participantes subordinados as sociedades procedimentos diferenciados de custódia, que asseguram o tratamento
seguradoras, as sociedades de capitalização, as entidades abertas de adequado a cada tipo de ativo. A transferência da custódia, integrada aos
O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição, Art 9º Os seguros serão contratados mediante propostas assinadas pe-
sendo a última através da edição da Lei nº10.190, de 14 de fevereiro de lo segurado, seu representante legal ou por corretor habilitado, com emis-
2001, que lhe determinou a atual estrutura. são das respectivas apólices, ressalvado o disposto no artigo seguinte.
DECRETO-LEI Nº 73, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1966. Art 10. É autorizada a contratação de seguros por simples emissão de
bilhete de seguro, mediante solicitação verbal do interessado.
Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as opera- § 1º O CNSP regulamentará os casos previstos neste artigo, padroni-
ções de seguros e resseguros e dá outras providências. zando as cláusulas e os impressos necessários.
§ 2º Não se aplicam a tais seguros as disposições do artigo 1.433 do
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confe- Código Civil.
re o artigo 2º do Ato Complementar número 23, de 20 de outubro de 1966,
Art 11. Quando o seguro for contratado na forma estabelecida no artigo
DECRETA: anterior, a boa fé da Sociedade Seguradora, em sua aceitação, constitui
CAPÍTULO I presunção " juris tantum ".
Introdução 1º Sobrevindo o sinistro, a prova da ocorrência do risco coberto pelo
seguro e a justificação de seu valor competirão ao segurado ou beneficiá-
Art 1º Todas as operações de seguros privados realizados no País fica- rio.
rão subordinadas às disposições do presente Decreto-lei. § 2º Será lícito à Sociedade Seguradora argüir a existência de circuns-
tância relativa ao objeto ou interesse segurado cujo conhecimento prévio
Art 2º O controle do Estado se exercerá pelos órgãos instituídos neste influiria na sua aceitação ou na taxa de seguro, para exonerar-se da res-
Decreto-lei, no interesse dos segurados e beneficiários dos contratos de ponsabilidade assumida, até no caso de sinistro. Nessa hipótese, competirá
seguro. ao segurado ou beneficiário provar que a Sociedade Seguradora teve
ciência prévia da circunstância argüida.
Art 3º Consideram-se operações de seguros privados os seguros de § 3º A violação ou inobservância, pelo segurado, seu preposto ou be-
coisas, pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos e garantias. neficiário, de qualquer das condições estabelecidas para a contratação de
Parágrafo único. Ficam excluídos das disposições deste Decreto-lei os seguros na forma do disposto no artigo 10 exonera a Sociedade Segurado-
seguros do âmbito da Previdência Social, regidos pela legislação especial ra da responsabilidade assumida. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296,
pertinente. de 1967)
§ 4º É vedada a realização de mais de um seguro cobrindo o mesmo
Art 4º Integra-se nas operações de seguros privados o sistema de cos- objeto ou interesse , desde que qualquer deles seja contratado mediante a
seguro, resseguro e retrocessão, por forma a pulverizar os riscos e fortale- emissão de simples certificado, salvo nos casos de seguros de pessoas.
cer as relações econômicas do mercado.
Parágrafo único. Aplicam-se aos estabelecimentos autorizados a ope- Art 12. A obrigação do pagamento do prêmio pelo segurado vigerá a
rar em resseguro e retrocessão, no que couber, as regras estabelecidas partir do dia previsto na apólice ou bilhete de seguro, ficando suspensa a
para as sociedades seguradoras. (Incluído pela Lei nº 9.932, de 1999) cobertura do seguro até o pagamento do prêmio e demais encargos.
Parágrafo único. Qualquer indenização decorrente do contrato de segu-
Art 5º A política de seguros privados objetivará: ros dependerá de prova de pagamento do prêmio devido, antes da ocor-
I- Promover a expansão do mercado de seguros e propiciar condi- rência do sinistro.
ções operacionais necessárias para sua integração no processo Art 13. As apólices não poderão conter cláusula que permita rescisão
econômico e social do País; unilateral dos contratos de seguro ou por qualquer modo subtraia sua
II - Evitar evasão de divisas, pelo equilíbrio do balanço dos resulta- eficácia e validade além das situações previstas em Lei.
Art 17. O Fundo de Estabilidade do Seguro Rural será constituído: Art 25. As ações das Sociedades Seguradoras serão sempre nominati-
a) dos excedentes do máximo admissível tecnicamente como lucro vas.
nas operações de seguros de crédito rural, seus resseguros e suas
retrocessões, segundo os limites fixados pelo CNSP; Art. 26. As sociedades seguradoras não poderão requerer concordata
b) dos recursos previstos no artigo 23, parágrafo 3º, deste Decreto-lei; e não estão sujeitas à falência, salvo, neste último caso, se decretada a
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967) liquidação extrajudicial, o ativo não for suficiente para o pagamento de pelo
c) por dotações orçamentárias anuais, durante dez anos, a partir do menos a metade dos credores quirografários, ou quando houver fundados
presente Decreto-lei ou mediante o crédito especial necessário pa- indícios da ocorrência de crime falimentar. (Redação dada pela Lei nº
ra cobrir a deficiência operacional do exercício anterior. (Redação 10.190, de 2001)
dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)
Art 27. Serão processadas pela forma executiva as ações de cobrança
Art 19. As operações de Seguro Rural gozam de isenção tributária ir- dos prêmios dos contratos de seguro.
restrita, de quaisquer impostos ou tributos federais.
Art 28. A partir da vigência deste Decreto-Lei, a aplicação das reservas
Art 20. Sem prejuízo do disposto em leis especiais, são obrigatórios os técnicas das Sociedades Seguradoras será feita conforme as diretrizes do
seguros de: Conselho Monetário Nacional.
a) danos pessoais a passageiros de aeronaves comerciais;
b) responsabilidade civil do proprietário de aeronaves e do transporta- Art 29. Os investimentos compulsórios das Sociedades Seguradoras
dor aéreo; (Redação dada pela Lei nº 8.374, de 1991) obedecerão a critérios que garantam remuneração adequada, segurança e
c) responsabilidade civil do construtor de imóveis em zonas urbanas liquidez.
por danos a pessoas ou coisas; Parágrafo único. Nos casos de seguros contratados com a cláusula de
d) bens dados em garantia de empréstimos ou financiamentos de ins- correção monetária é obrigatório o investimento das respectivas reservas
tituições financeiras pública; nas condições estabelecidas neste artigo.
e) garantia do cumprimento das obrigações do incorporador e constru-
tor de imóveis; Art 30. As Sociedades Seguradoras não poderão conceder aos segu-
f) garantia do pagamento a cargo de mutuário da construção civil, in- rados comissões ou bonificações de qualquer espécie, nem vantagens
clusive obrigação imobiliária; especiais que importem dispensa ou redução de prêmio.
g) edifícios divididos em unidades autônomas;
h) incêndio e transporte de bens pertencentes a pessoas jurídicas, si- Art 31. É assegurada ampla defesa em qualquer processo instaurado
tuados no País ou nele transportados; por infração ao presente Decreto-Lei, sendo nulas as decisões proferidas
j) crédito à exportação, quando julgado conveniente pelo CNSP, ou- com inobservância deste preceito. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296,
vido o Conselho Nacional do Comércio Exterior (CONCEX); (Reda- de 1967)
ção dada pelo Decreto-Lei nº 826, de 1969)
l) danos pessoais causados por veículos automotores de vias terres- CAPÍTULO IV
tres e por embarcações, ou por sua carga, a pessoas transportadas Do Conselho Nacional de Seguros Privados
ou não; (Redação dada pela Lei nº 8.374, de 1991)
m) responsabilidade civil dos transportadores terrestres, marítimos, Art 32. É criado o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, ao
fluviais e lacustres, por danos à carga transportada. (Incluída pela qual compete privativamente: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de
Lei nº 8.374, de 1991) 1967)
Parágrafo único. Não se aplica à União a obrigatoriedade estatuída na I- Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;
alínea "h" deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.190, de 2001) II - Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscaliza-
ção dos que exercerem atividades subordinadas a este Decreto-
Art 21. Nos casos de seguros legalmente obrigatórios, o estipulante Lei, bem como a aplicação das penalidades previstas;
equipara-se ao segurado para os eleitos de contratação e manutenção do III - Estipular índices e demais condições técnicas sobre tarifas, in-
seguro. vestimentos e outras relações patrimoniais a serem observadas
§ 1º Para os efeitos deste decreto-lei, estipulante é a pessoa que con- pelas Sociedades Seguradoras;
trata seguro por conta de terceiros, podendo acumular a condição de bene- IV - Fixar as características gerais dos contratos de seguros;
ficiário. V - Fixar normas gerais de contabilidade e estatística a serem ob-
§ 2º Nos seguros facultativos o estipulante é mandatário dos segura- servadas pelas Sociedades Seguradoras;
dos. VI - delimitar o capital das sociedades seguradoras e dos ressegura-
§ 3º O CNSP estabelecerá os direitos e obrigações do estipulante, dores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)
quando for o caso, na regulamentação de cada ramo ou modalidade de VII - Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
seguro. VIII - disciplinar as operações de co-seguro; (Redação dada pela Lei
§ 4º O não recolhimento dos prêmios recebidos de segurados, nos pra- Complementar nº 126, de 2007)
zos devidos, sujeita o estipulante à multa, imposta pela SUSEP, de impor- X - Aplicar às Sociedades Seguradoras estrangeiras autorizadas a
tância igual ao dobro do valor dos prêmios por ele retidos, sem prejuízo da funcionar no País as mesmas vedações ou restrições equivalen-
ação penal que couber. (Incluído pela Lei nº 5.627, de 1970) tes às que vigorarem nos países da matriz, em relação às Soci-
edades Seguradoras brasileiras ali instaladas ou que neles de-
Art 22. As instituições financeiras públicas não poderão realizar opera- sejem estabelecer-se;
ções ativas de crédito com as pessoas jurídicas e firmas individuais que XI - Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Segura-
Art 34. Com audiência obrigatória nas deliberações relativas às respec- SEÇÃO III
tivas finalidades específicas, funcionarão junto ao CNSP as seguintes
Comissões Consultivas: Art. 38. Os cargos da SUSEP somente poderão ser preenchidas medi-
I - de Saúde; ante concurso público de provas, ou de provas e títulos, salvo os da direção
Il - do Trabalho; e os casos de contratação, por prazo determinado, de prestação de servi-
III - de Transporte; ços técnicos ou de natureza especializada. (Redação dada pelo Decreto-lei
IV - Mobiliária e de Habitação; nº 168, de 1967)
V - Rural; Parágrafo único. O pessoal da SUSEP reger-se-á pela legislação traba-
VI - Aeronáutica; lhista e os seus níveis salariais serão fixados pelo Superintendente, com
VII - de Crédito; observância do mercado de trabalho, ouvido o CNSP. (Redação dada pelo
VIII - de Corretores. Decreto-lei nº 168, de 1967)
§ 1º - O CNSP poderá criar outras Comissões Consultivas, desde que
ocorra justificada necessidade. SEÇÃO IV
§ 2º - A organização, a composição e o funcionamento das Comissões Dos Recursos Financeiros
Consultivas serão regulados pelo CNSP, cabendo ao seu Presidente de-
signar os representantes que as integrarão, mediante indicação das entida- Art 39. Do produto da arrecadação do imposto sobre operações finan-
des participantes delas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967) ceiras a que se refere a Lei nº 5.143, de 20-10-66, será destacada a parce-
la necessária ao custeio das atividades da SUSEP.
CAPÍTULO V
Da Superintendência de Seguros Privados Art 40. Constituem ainda recursos da SUSEP:
I- O produto das multas aplicadas pela SUSEP;
SEÇÃO I II - Dotação orçamentária específica ou créditos especiais;
III - Juros de depósitos bancários;
Art 35. Fica criada a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), IV - A participação que lhe for atribuída pelo CNSP no fundo previsto
entidade autárquica, jurisdicionada ao Ministério da Indústria e do Comér- no art. 16;
cio, dotada de personalidade jurídica de Direito Público, com autonomia V - Outras receitas ou valores adventícios, resultantes de suas ativi-
administrativa e financeira. dades.
Parágrafo único. A sede da SUSEP será na cidade do Rio de Janeiro,
Estado da Guanabara, até que o Poder Executivo a fixe, em definitivo, em CAPÍTULO VI
Brasília. Do Instituto de Resseguros do Brasil
§ 2º A Diretoria do IRB é composta por seis membros, sendo o Presi- Art 74. A autorização para funcionamento será concedida através de
dente e o Vice-Presidente Executivo nomeados pelo Presidente da Repú- Portaria do Ministro da Indústria e do Comércio, mediante requerimento
blica, por indicação do Ministro de Estado da Fazenda, e os demais eleitos firmado pelos incorporadores, dirigido ao CNSP e apresentado por intermé-
pelo Conselho, de Administração. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) dio da SUSEP.
§ 3º Enquanto a totalidade das ações ordinárias permanecer com a U-
nião, aos acionistas detentores de ações preferenciais será facultado o Art 75. Concedida a autorização para funcionamento, a Sociedade terá
direito de indicar até dois membros para o Conselho de Administração do o prazo de noventa dias para comprovar perante a SUSEP, o cumprimento
IRB. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) de Todas as formalidades legais ou exigências feitas no ato da autorização.
§ 4º Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria do IRB
terão mandato de três anos, observado o disposto na Lei nº 6.404, de 15 de Art 76. Feita a comprovação referida no artigo anterior, será expedido a
dezembro de 1976. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) carta-patente pelo Ministro da Indústria e do Comércio.
Art. 47 O Conselho Fiscal do IRB é composto por cinco membros efeti- Art 77. As alterações dos Estatutos das Sociedades Seguradoras de-
vos e respectivos suplentes, eleitos pela Assembléia Geral, sendo: (Reda- penderão de prévia autorização do Ministro da Indústria e do Comércio,
ção dada pela Lei nº 9.482, de 1997) ouvidos a SUSEP e o CNSP.
I- três membros e respectivos suplentes indicados pelo Ministro de
Estado da Fazenda, dentre os quais um representante do Te- SEÇÃO III
souro Nacional; (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) Das Operações das Sociedades Seguradoras
II - um membro e respectivo suplente eleitos, em votação em sepa-
rado, pelos acionistas minoritários detentores de ações ordiná- Art 78. As Sociedades Seguradoras só poderão operar em seguros pa-
rias; (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) ra os quais tenham a necessária autorização, segundo os planos, tarifas e
III - um membro e respectivo suplente eleitos pelos acionistas deten- normas aprovadas pelo CNSP.
tores de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto res-
trito, excluído o acionista controlador, se detentor dessa espécie Art 79. É vedado às Sociedades Seguradoras reter responsabilidades
de ação. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) cujo valor ultrapasse os limites técnico, fixados pela SUSEP de acordo com
Parágrafo único. Enquanto a totalidade das ações ordinárias permane- as normas aprovadas pelo CNSP, e que levarão em conta:
cer com a União, aos acionistas detentores de ações preferenciais será a) a situação econômico-financeira das Sociedades Seguradoras;
facultado o direito de indicar até dois membros para o Conselho Fiscal do b) as condições técnicas das respectivas carteiras;
IRB. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997)
§ 2º Não haverá cobertura de resseguro para as responsabilidades as-
Art. 48. Os estatutos fixarão a competência do Conselho de Adminis- sumidas pelas Sociedades Seguradoras em desacordo com as normas e
tração e da Diretoria do IRB. (Redação dada pela Lei nº 9.482, de 1997) instruções em vigor.
SEÇÃO III Art 80. As operações de cosseguro obedecerão a critérios fixados pelo
Do Pessoal CNSP, quanto à obrigatoriedade e normas técnicas.
Art 55. Os serviços do IRB serão executados por pessoal admitido me- Art 83. As apólices, certificados e bilhetes de seguro mencionarão a
diante concurso público de provas ou de provas e títulos, cabendo aos responsabilidade máxima da Sociedade Seguradora, expressa em moeda
Estatutos regular suas condições de realização, bem como os direitos, nacional, para cobertura dos riscos neles descritos e caracterizados.
vantagens e deveres dos servidores, inclusive as punições aplicáveis.
§ 1º A nomeação para cargo em comissão será feita pelo Presidente, Art 84. Para garantia de Todas as suas obrigações, as Sociedades Se-
depois de aprovada sua criação pelo Conselho Técnico. guradoras constituirão reservas técnicas, fundos especiais e provisões, de
§ 2º É permitida a contratação de pessoal destinado a funções técnicas conformidade com os critérios fixados pelo CNSP, além das reservas e
especializadas ou para serviços auxiliares de manutenção, transporte, fundos determinados em leis especiais.
higiene e limpeza. § 1o O patrimônio líquido das sociedades seguradoras não poderá ser
§ 3º Ficam assegurados aos servidores do IRB os direitos decorrentes inferior ao valor do passivo não operacional, nem ao valor mínimo decorren-
de normas legais em vigor, no que digam respeito à participação nos lu- te do cálculo da margem de solvência, efetuado com base na regulamenta-
cros, aposentadoria, enquadramento sindical, estabilidade e aplicação da ção baixada pelo CNSP. (Incluído pela Lei nº 10.190, de 2001)
Art. 88. As sociedades seguradoras e os resseguradores obedecerão Art 96. Além dos casos previstos neste Decreto-lei ou em outras leis,
às normas e instruções dos órgãos regulador e fiscalizador de seguros ocorrerá a cessação compulsória das operações da Sociedade Seguradora
sobre operações de seguro, co-seguro, resseguro e retrocessão, bem como que:
lhes fornecerão dados e informações atinentes a quaisquer aspectos de a) praticar atos nocivos à política de seguros determinada pelo CNSP;
suas atividades. (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) b) não formar as reservas, fundos e provisões a que esteja obrigada
Parágrafo único. Os inspetores e funcionários credenciados do órgão ou deixar de aplicá-las pela forma prescrita neste Decreto-lei;
fiscalizador de seguros terão livre acesso às sociedades seguradoras e aos c) acumular obrigações vultosas devidas aos resseguradores, a juízo
resseguradores, deles podendo requisitar e apreender livros, notas técnicas do órgão fiscalizador de seguros, observadas as determinações do
e documentos, caracterizando-se como embaraço à fiscalização, sujeito às órgão regulador de seguros; (Redação dada pela Lei Complemen-
penas previstas neste Decreto-Lei, qualquer dificuldade oposta aos objeti- tar nº 126, de 2007)
vos deste artigo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) d) configurar a insolvência econômico-financeira.
CAPÍTULO VIII Art 97. A liquidação voluntária ou compulsória das Sociedades Segura-
Do Regime Especial de Fiscalização doras será processada pela SUSEP. (Redação dada pelo Decreto-lei nº
(Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967) 296, de 1967)
Art 89. Em caso de insuficiência de cobertura das reservas técnicas ou Art 98. O ato da cassação será publicado no Diário Oficial da União,
de má situação econômico-financeira da Sociedade Seguradora, a critério produzindo imediatamente os seguintes efeitos:
da SUSEP, poderá esta, além de outras providências cabíveis, inclusive a) suspensão das ações e execuções judiciais, excetuadas as que ti-
fiscalização especial, nomear, por tempo indeterminado, às expensas da veram início anteriormente, quando intentadas por credores com
Sociedade Seguradora, um diretor-fiscal com as atribuições e vantagens privilégio sobre determinados bens da Sociedade Seguradora;
que lhe forem indicadas pelo CNSP. b) vencimento de Todas as obrigações civis ou comerciais da Socie-
§ 1º Sempre que julgar necessário ou conveniente à defesa dos inte- dade Seguradora liquidanda, incluídas as cláusulas penais dos
resse s dos segurados, a SUSEP verificará, nas indenizações, o fiel cum- contratos;
primento do contrato, inclusive a exatidão do cálculo da reserva técnica e c) suspensão da incidência de juros, ainda que estipulados, se a
se as causas protelatórias do pagamento, porventura existentes, decorrem massa liquidanda não bastar para o pagamento do principal;
de dificuldades econômico-financeira da empresa. (Renumerado pelo d) cancelamento dos poderes de todos os órgãos de administração da
Decreto-lei nº 1.115, de 1970) Sociedade liquidanda.
§ 1º Durante a liquidação, fica interrompida a prescrição extintiva con-
Art 90. Não surtindo efeito as medidas especiais ou a intervenção, a tra ou a favor da massa liquidanda. (Renumerado pelo Decreto-lei nº 296,
SUSEP encaminhará ao CNSP proposta de cassação da autorização para de 1967)
funcionamento da Sociedade Seguradora. § 2º Quando a sociedade tiver oradores por salários ou indenizações
Parágrafo único. Aplica-se à intervenção a que se refere este artigo o trabalhistas, também ficarão suspensas as ações e execuções a que se
disposto nos arts. 55 a 62 da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977. (Incluí- refere a parte final da alínea a deste artigo. (Incluído pelo Decreto-lei nº
do pela Lei nº 10.190, de 2001) 296, de 1967)
§ 3º Poderá ser argüida em qualquer fase processual, inclusive quanto
Art 91. O descumprimento de qualquer determinação do Diretor-Fiscal às questões trabalhistas, a nulidade dos despachos ou decisões que con-
Art 153. Este Decreto-Lei entrará em vigor na data de sua publicação, Art. 4o As operações de resseguro e retrocessão podem ser realizadas
ficando revogadas expressamente Todas as disposições de leis, decretos e com os seguintes tipos de resseguradores:
regulamentos que dispuserem em sentido contrário. I- ressegurador local: ressegurador sediado no País constituído
sob a forma de sociedade anônima, tendo por objeto exclusivo a
Brasília, 21 de novembro de 1966; 145º da Independência e 78º da realização de operações de resseguro e retrocessão;
República. II - ressegurador admitido: ressegurador sediado no exterior, com
escritório de representação no País, que, atendendo às exigên-
LEI COMPLEMENTAR Nº 126, DE 15 DE JANEIRO DE 2007 cias previstas nesta Lei Complementar e nas normas aplicáveis
à atividade de resseguro e retrocessão, tenha sido cadastrado
Dispõe sobre a política de resseguro, retrocessão e sua intermediação, como tal no órgão fiscalizador de seguros para realizar opera-
as operações de co-seguro, as contratações de seguro no exterior e as ções de resseguro e retrocessão; e
operações em moeda estrangeira do setor securitário; altera o Decreto-Lei III - ressegurador eventual: empresa resseguradora estrangeira se-
no 73, de 21 de novembro de 1966, e a Lei no 8.031, de 12 de abril de 1990; diada no exterior sem escritório de representação no País que,
e dá outras providências. atendendo às exigências previstas nesta Lei Complementar e
nas normas aplicáveis à atividade de resseguro e retrocessão,
O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de tenha sido cadastrada como tal no órgão fiscalizador de seguros
PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional para realizar operações de resseguro e retrocessão.
decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Parágrafo único. É vedado o cadastro a que se refere o inciso III do
caput deste artigo de empresas estrangeiras sediadas em paraísos fiscais,
CAPÍTULO I assim considerados países ou dependências que não tributam a renda ou
DO OBJETO que a tributam à alíquota inferior a 20% (vinte por cento) ou, ainda, cuja
legislação interna oponha sigilo relativo à composição societária de pesso-
Art. 1o Esta Lei Complementar dispõe sobre a política de resseguro, as jurídicas ou à sua titularidade.
retrocessão e sua intermediação, as operações de co-seguro, as contrata-
ções de seguro no exterior e as operações em moeda estrangeira do setor Seção II
securitário. Das Regras Aplicáveis
Art. 22. O IRB-Brasil Resseguros S.A. fica autorizado a continuar exer- “Art. 88. As sociedades seguradoras e os resseguradores obedecerão
cendo suas atividades de resseguro e de retrocessão, sem qualquer solu- às normas e instruções dos órgãos regulador e fiscalizador de seguros
ção de continuidade, independentemente de requerimento e autorização sobre operações de seguro, co-seguro, resseguro e retrocessão, bem como
governamental, qualificando-se como ressegurador local. lhes fornecerão dados e informações atinentes a quaisquer aspectos de
Parágrafo único. O IRB-Brasil Resseguros S.A. fornecerá ao órgão fis- suas atividades.
calizador da atividade de seguros informações técnicas e cópia de seu Parágrafo único. Os inspetores e funcionários credenciados do órgão
acervo de dados e de quaisquer outros documentos ou registros que esse fiscalizador de seguros terão livre acesso às sociedades seguradoras e aos
órgão fiscalizador julgue necessários para o desempenho das funções de resseguradores, deles podendo requisitar e apreender livros, notas técnicas
fiscalização das operações de seguro, co-seguro, resseguro e retrocessão. e documentos, caracterizando-se como embaraço à fiscalização, sujeito às
penas previstas neste Decreto-Lei, qualquer dificuldade oposta aos objeti-
Art. 23. Fica a União autorizada a oferecer aos acionistas preferenciais vos deste artigo.” (NR)
do IRB-Brasil Resseguros S.A., mediante competente deliberação societá-
ria, a opção de retirada do capital que mantêm investido na sociedade, com “Art. 96.
a finalidade exclusiva de destinar tais recursos integralmente à subscrição c) acumular obrigações vultosas devidas aos resseguradores, a juízo
de ações de empresa de resseguro sediada no País. do órgão fiscalizador de seguros, observadas as determinações do órgão
Parágrafo único. (VETADO) regulador de seguros;
................................................................................ ” (NR)
Art. 24. O órgão fiscalizador de seguros fornecerá à Advocacia-Geral
da União as informações e os documentos necessários à defesa da União “Art. 100.
nas ações em que seja parte. c) a relação dos créditos da Fazenda Pública e da Previdência Social;
................................................................................. ” (NR)
Art. 25. O órgão fiscalizador de seguros, instaurado inquérito adminis-
trativo, poderá solicitar à autoridade judiciária competente o levantamento “Art. 108. A infração às normas referentes às atividades de seguro, co-
do sigilo nas instituições financeiras de informações e documentos relativos seguro e capitalização sujeita, na forma definida pelo órgão regulador de
a bens, direitos e obrigações de pessoa física ou jurídica submetida ao seu seguros, a pessoa natural ou jurídica responsável às seguintes penalidades
poder fiscalizador. administrativas, aplicadas pelo órgão fiscalizador de seguros:
Parágrafo único. O órgão fiscalizador de seguros, o Banco Central do I- advertência;
Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários manterão permanente intercâm- II - suspensão do exercício das atividades ou profissão abrangidas
bio de informações acerca dos resultados das inspeções que realizarem, por este Decreto-Lei pelo prazo de até 180 (cento e oitenta) dias;
dos inquéritos que instaurarem e das penalidades que aplicarem, sempre III - inabilitação, pelo prazo de 2 (dois) anos a 10 (dez) anos, para o
que as informações forem necessárias ao desempenho de suas atividades. exercício de cargo ou função no serviço público e em empresas
Art. 3o Às sociedades seguradoras de capitalização e às entidades de Art. 2o O regime de previdência complementar é operado por entidades
previdência privada aberta aplica-se o disposto nos arts. 2o e 15 do Decre- de previdência complementar que têm por objetivo principal instituir e
to-Lei no 2.321, de 25 de fevereiro de 1987, 1o a 8o da Lei no 9.447, de 14 executar planos de benefícios de caráter previdenciário, na forma desta Lei
de março de 1997 e, no que couber, nos arts. 3o a 49 da Lei no 6.024, de 13 Complementar.
de março de 1974.
Parágrafo único. As funções atribuídas ao Banco Central do Brasil pe- Art. 3o A ação do Estado será exercida com o objetivo de:
las Leis referidas neste artigo serão exercidas pela Superintendência de I- formular a política de previdência complementar;
Seguros Privados - SUSEP, quando se tratar de sociedades seguradoras, II - disciplinar, coordenar e supervisionar as atividades reguladas
de capitalização ou de entidades de previdência privada aberta. por esta Lei Complementar, compatibilizando-as com as políticas
previdenciária e de desenvolvimento social e econômico-
Art. 4o Aplica-se às entidades de previdência privada aberta o disposto financeiro;
no art. 84 do Decreto-Lei no 73, de 1966. III - determinar padrões mínimos de segurança econômico-financeira
e atuarial, com fins específicos de preservar a liquidez, a solvên-
Art. 5o O art. 56 da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977, passa a vigo- cia e o equilíbrio dos planos de benefícios, isoladamente, e de
rar com a seguinte redação: cada entidade de previdência complementar, no conjunto de su-
"Art. 56 ................................... as atividades;
§ 3o A decretação da intervenção não afetará o funcionamento da en- IV - assegurar aos participantes e assistidos o pleno acesso às in-
tidade nem o curso regular de seus negócios. formações relativas à gestão de seus respectivos planos de be-
§ 4o Na hipótese de indicação de pessoa jurídica para gerir a socieda- nefícios;
de em regime de intervenção, esta poderá, em igualdade de condições com V - fiscalizar as entidades de previdência complementar, suas ope-
outros interessados, participar de processo de aquisição do controle acio- rações e aplicar penalidades; e
nário da sociedade interventiva." (NR) VI - proteger os interesses dos participantes e assistidos dos planos
de benefícios.
Art. 6o O art. 9o da Lei no 5.627, de 1o de dezembro de 1970, passa a
vigorar com a seguinte redação: Art. 4o As entidades de previdência complementar são classificadas em
"Art. 9o Parágrafo único. Excepcionalmente, e em prazo não superior a fechadas e abertas, conforme definido nesta Lei Complementar.
um ano, prorrogável por uma única vez e por igual prazo, e a critério da
SUSEP, poderá ser autorizada a transferência de controle acionário de Art. 5o A normatização, coordenação, supervisão, fiscalização e contro-
sociedades de seguros às pessoas jurídicas indicadas neste artigo." (NR) le das atividades das entidades de previdência complementar serão reali-
zados por órgão ou órgãos regulador e fiscalizador, conforme disposto em
Art. 7o Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida lei, observado o disposto no inciso VI do art. 84 da Constituição Federal.
Provisória no 2.069-30, de 27 de dezembro de 2000.
CAPÍTULO II
Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS
Congresso Nacional, em 14 de fevereiro de 2001; 180o da Independên- Art. 6o As entidades de previdência complementar somente poderão
cia e 113o da República instituir e operar planos de benefícios para os quais tenham autorização
específica, segundo as normas aprovadas pelo órgão regulador e fiscaliza-
Senador Antonio Carlos Magalhães dor, conforme disposto nesta Lei Complementar.
Presidente
Art. 7o Os planos de benefícios atenderão a padrões mínimos fixados
CONSELHO DE GESTÃO DE PREVIDÊNCIA pelo órgão regulador e fiscalizador, com o objetivo de assegurar transpa-
COMPLEMENTAR (CGPC) rência, solvência, liquidez e equilíbrio econômico-financeiro e atuarial.
Parágrafo único. O órgão regulador e fiscalizador normatizará planos
de benefícios nas modalidades de benefício definido, contribuição definida
O Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC) é um e contribuição variável, bem como outras formas de planos de benefícios
órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social que reflitam a evolução técnica e possibilitem flexibilidade ao regime de
e cuja competência é regular, normatizar e coordenar as atividades das previdência complementar.
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão).
Também cabe ao CGPC julgar, em última instância, os recursos interpostos Art. 8o Para efeito desta Lei Complementar, considera-se:
contra as decisões da Secretaria de Previdência Complementar. I - participante, a pessoa física que aderir aos planos de benefícios; e
II - assistido, o participante ou seu beneficiário em gozo de benefício
LEI COMPLEMENTAR Nº 109, DE 29 DE MAIO DE 2001 de prestação continuada.
Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras pro- Art. 9o As entidades de previdência complementar constituirão reservas
vidências. técnicas, provisões e fundos, de conformidade com os critérios e normas
fixados pelo órgão regulador e fiscalizador.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacio- § 1o A aplicação dos recursos correspondentes às reservas, às provi-
nal decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: sões e aos fundos de que trata o caput será feita conforme diretrizes esta-
belecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
CAPÍTULO I § 2o É vedado o estabelecimento de aplicações compulsórias ou limites
CAPÍTULO V Art. 45. A intervenção será decretada pelo prazo necessário ao exame
DA FISCALIZAÇÃO da situação da entidade e encaminhamento de plano destinado à sua
recuperação.
Art. 41. No desempenho das atividades de fiscalização das entidades Parágrafo único. Dependerão de prévia e expressa autorização do ór-
de previdência complementar, os servidores do órgão regulador e fiscaliza- gão competente os atos do interventor que impliquem oneração ou disposi-
dor terão livre acesso às respectivas entidades, delas podendo requisitar e ção do patrimônio.
apreender livros, notas técnicas e quaisquer documentos, caracterizando-
se embaraço à fiscalização, sujeito às penalidades previstas em lei, qual- Art. 46. A intervenção cessará quando aprovado o plano de recupera-
quer dificuldade oposta à consecução desse objetivo. ção da entidade pelo órgão competente ou se decretada a sua liquidação
§ 1o O órgão regulador e fiscalizador das entidades fechadas poderá extrajudicial.
solicitar dos patrocinadores e instituidores informações relativas aos aspec-
tos específicos que digam respeito aos compromissos assumidos frente aos Seção II
respectivos planos de benefícios. Da Liquidação Extrajudicial
§ 2o A fiscalização a cargo do Estado não exime os patrocinadores e os
instituidores da responsabilidade pela supervisão sistemática das ativida- Art. 47. As entidades fechadas não poderão solicitar concordata e não
des das suas respectivas entidades fechadas. estão sujeitas a falência, mas somente a liquidação extrajudicial.
§ 3o As pessoas físicas ou jurídicas submetidas ao regime desta Lei
Complementar ficam obrigadas a prestar quaisquer informações ou escla- Art. 48. A liquidação extrajudicial será decretada quando reconhecida a
recimentos solicitados pelo órgão regulador e fiscalizador. inviabilidade de recuperação da entidade de previdência complementar ou
§ 4o O disposto neste artigo aplica-se, sem prejuízo da competência pela ausência de condição para seu funcionamento.
das autoridades fiscais, relativamente ao pleno exercício das atividades de Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se
fiscalização tributária. por ausência de condição para funcionamento de entidade de previdência
complementar:
Art. 42. O órgão regulador e fiscalizador poderá, em relação às entida- I- (VETADO)
des fechadas, nomear administrador especial, a expensas da entidade, II - (VETADO)
com poderes próprios de intervenção e de liquidação extrajudicial, com o III - o não atendimento às condições mínimas estabelecidas pelo ór-
objetivo de sanear plano de benefícios específico, caso seja constatada na gão regulador e fiscalizador.
sua administração e execução alguma das hipóteses previstas nos arts. 44
e 48 desta Lei Complementar. Art. 49. A decretação da liquidação extrajudicial produzirá, de imediato,
Parágrafo único. O ato de nomeação de que trata o caput estabelecerá os seguintes efeitos:
as condições, os limites e as atribuições do administrador especial. I- suspensão das ações e execuções iniciadas sobre direitos e in-
teresses relativos ao acervo da entidade liquidanda;
Art. 43. O órgão fiscalizador poderá, em relação às entidades abertas, II - vencimento antecipado das obrigações da liquidanda;
desde que se verifique uma das condições previstas no art. 44 desta Lei III - não incidência de penalidades contratuais contra a entidade por
Complementar, nomear, por prazo determinado, prorrogável a seu critério, obrigações vencidas em decorrência da decretação da liquida-
e a expensas da respectiva entidade, um diretor-fiscal. ção extrajudicial;
§ 1o O diretor-fiscal, sem poderes de gestão, terá suas atribuições es- IV - não fluência de juros contra a liquidanda enquanto não integral-
tabelecidas pelo órgão regulador, cabendo ao órgão fiscalizador fixar sua mente pago o passivo;
Art. 79. Revogam-se as Leis no 6.435, de 15 de julho de 1977, e no Art 44. Compete ao IRB:
6.462, de 9 de novembro de 1977. I - Na qualidade de órgão regulador de cosseguro, resseguro e retro-
cessão:
Brasília, 29 de maio de 2001; 180o da Independência e 113o da Repú- a) elaborar e expedir normas reguladoras de cosseguro, resseguro e
blica. retrocessão;
b) aceitar o resseguro obrigatório e facultativo, do País ou do exterior;
A SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (SPC) c) reter o resseguro aceito, na totalidade ou em parte;
A Secretaria de Previdência Complementar (SPC) é um órgão do Mi- d) promover a colocação, no exterior, de seguro, cuja aceitação não
nistério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as atividades das convenha aos interesses do País ou que nele não encontre cober-
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão). A tura;
SPC se relaciona com os órgãos normativos do sistema financeiro na e) impor penalidade às Sociedades Seguradoras por infrações come-
observação das exigências legais de aplicação das reservas técnicas, tidas na qualidade de cosseguradoras, resseguradas ou retroces-
fundos especiais e provisões que as entidades sob sua jurisdição são sionárias;
obrigadas a constituir e que tem diretrizes estabelecidas pelo Conselho f) organizar e administrar consórcios, recebendo inclusive cessão in-
Monetário Nacional. À SPC compete: propor as diretrizes básicas para o tegral de seguros;
Sistema de Previdência Complementar; harmonizar as atividades das g) proceder à liquidação de sinistros, de conformidade com os crité-
entidades fechadas de previdência privada com as políticas de desenvolvi- rios traçados pelas normas de cada ramo de seguro;
mento social e econômico-financeira do Governo; fiscalizar, supervisionar, h) distribuir pelas Sociedades a parte dos resseguros que não retiver
coordenar, orientar e controlar as atividades relacionadas com a previdên- e colocar no exterior as responsabilidades excedentes da capaci-
cia complementar fechada; analisar e aprovar os pedidos de autorização dade do mercado segurador interno, ou aquelas cuja cobertura fora
para constituição, funcionamento, fusão, incorporação, grupamento, trans- do País convenha aos interesses nacionais;
GARANTIAS PESSOAIS (FIDEJUSSÒRIAS): O AVAL Quando esse bem for um bem móvel, então teremos um penhor; se o
Também no aval a garantia de cumprimento de uma obrigação baseia- bem for um imóvel, ocorrerá a hipoteca. Cada tipo de garantia real tem um
se na confiança do avalista. tipo de bem, que representa um valor econômico destinado a garantir o
cumprimento da obrigação.
A diferença fundamental entre o aval e a fiança está no fato de que o
primeiro só é prestado em títulos de crédito, enquanto o segundo em todo e O PENHOR
qualquer tipo de contrato. Qualquer tipo de obrigação (dívida) poderá ser garantida por penhor;
teremos aí a chamada garantia pignoratícia (lembra-se da cédula pignoratí-
Outra importante diferença é que o avalista é sempre um co-principal cia – lá em títulos de crédito???).
devedor, enquanto o fiador, de regra, é um devedor subsidiário. significa
que o credor tanto poderá cobrar o título diretamente do avalista, como Assim, por exemplo, a Caixa Econômica tem um conhecido serviço de
apenas do avalizado, ou de ambos concomitantemente. empréstimo de dinheiro, mediante garantia pignoratícia: lá vamos, pedimos
o dinheiro emprestado e oferecemos um relógio (por exemplo) como
Também, enquanto na fiança é indispensável a autorização do cônjuge garantia; o funcionário examina o relógio, avalia-o e, se ele vale
(sob pena de nulidade), no aval não há tal necessidade: pode-se prestar R$2.000,00, a Caixa nos dá um empréstimo de mais ou menos R$ 1.200,00
aval, mesmo sendo casado, até contra a vontade do cônjuge. (a margem de diferença é para cobrir eventuais despesas de cobrança,
juros, etc.). Para se consumar o penhor, nosso relógio ficara guardado na
Diferença ainda importante é que a fiança tanto pode ser de toda a dí- Caixa. Nesse exemplo, temos um contrato de mútuo, com garantia
vida, como de parte dela, enquanto o aval é sempre da totalidade do valor pignoratícia.
do título de crédito, englobando juros, correção, etc.
Observe-se que esse relógio ficará com a Caixa e, caso eu não pague
Quem pode ser avalista? Qualquer pessoa, desde que tenha capa- o empréstimo feito, será o relógio levado a leilão e, com o dinheiro apurado
cidade para assumir obrigações em título de crédito. Assim não há ne- em sua venda, será pago o valor do empréstimo, com juros e despesas, se
cessidade de que o avalista seja terceira pessoa, desvinculada do título de sobrar alguma quantia, será ela entregue ao devedor (não fica com o
crédito. Poderá ser, até mesmo, um dos próprios co-obrigados: por exem- credor, pois este só pode ter interesse no recebimento de seu crédito -- e o
plo, um endossante. bem só garante a dívida e não serve para o credor se enriquecer às custas
do devedor).
Aliás, na prática bancária -- particularmente em operações de desconto
-- é comuníssimo os bancos exigirem que o endossador do título de crédito, Assim, para se constituir o penhor o devedor deverá entregar a coisa
que o apresenta para desconto, assine-o também como avalista do princi- ao credor (essa entrega chama-se "tradição"). Deverá o credor guardar a
pal devedor. coisa empenhada como autêntico depositário, ou seja, será seu dever
conservá-la e, depois de paga a dívida, devolvê-la, juntamente com even-
O resultado prático é de muita vantagem para o banco e para os clien- tuais frutos. Se perder a coisa, ou deixar que ela se deteriore, o credor
tes. Para o banco supre a necessidade de protestar o titulo não pago no deverá indenizar ao devedor-proprietário.
vencimento (e que, para cobrar então tal título do endossante, deveria,
primeiramente, protestar o título). É que o endossante não responderia O ato de dar um bem em garantia pignoratícia chama-se empenhar ou
mais como endossante, mas sim na qualidade de avalista, o que dispensa apenhar. Não confundir com penhora que é um ato do juiz, determinando
o banco da necessidade de prévio protesto do título. E para o cliente, que um bem seja vinculado a um processo de execução de dívida. Só se
poupa o vexame do protesto, o que preserva seu bom relacionamento com pode empenhar (ou apenhar) bem móvel. A penhora admite qualquer tipo
o banco. de bem (móvel ou imóvel).
Esse exemplo bem se presta a demonstrar o quanto o aval é diferente, PENHOR LEGAL
também, do endosso: no aval há responsabilidade paralela (principal) e Normalmente, o penhor resulta da livre vontade das partes con-
solidária, enquanto no endosso há transferência de crédito de título e o tratantes. Poderá ocorrer, entretanto, que a lei, expressamente, dê a algum
endossante tem responsabilidade subsidiária (só paga se o devedor não tipo de credor o direito de penhor sobre coisa alheia, para garantia de
pagou). algum débito. Nesse caso teremos o chamado penhor legal: mesmo que o
devedor não queira dar tal bem como garantia da dívida, o bem servirá
A prestação de aval se dá no próprio titulo de crédito, devendo o como garantia da dívida, porque a lei assim o determinou.
avalista apor sua assinatura, lançando a expressão "por aval a fulano,
assinatura”. Dessa forma haverá o penhor legal da bagagem dos hóspedes, seus
móveis, jóias ou dinheiro, como garantia das despesas de hospedagem em
Caso não conste o nome do avalizado, ocorrerá o chamado aval em pensões, hotéis, pousadas , ou restaurantes.
branco: presumir-se-á que o aval foi dado para garantir o devedor principal
(nos títulos de crédito que se aperfeiçoam com o aceite, se inexistir este, o PENHOR AGRÍCOLA - INDUSTRIAL - COMERCIAL
aval será considerado como dado ao sacador). Lembra-se de nosso estudo sobre títulos de crédito, em que vimos as
Cédulas de Crédito Rural, as Cédulas de Crédito Industrial e as Cédulas de
Observe-se que o aval em preto (com a indicação do nome do ava- Crédito Comercial. Pois bem: elas são títulos que representam um emprés-
lizado) tanto poderá ser dado em favor do devedor principal (emitente, timo e já contêm a menção da garantia pignoratícia, com descrição dos
aceitante ou sacado), quanto de algum dos endossantes ou, até mesmo, de bens empenhados.
um outro avalista (aval de aval).
O FUNDO GARANTIDOR DO CRÉDITO - FGC · Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos
O Fundo Garantidor de crédito é uma associação civil, sem fins lucrati- públicos ele retira moeda da economia, que é trocada pelos títulos.
vos, cujo objetivo é a prestação de garantia de crédito contra instituições Desta forma há uma contração dos meios de pagamento e da liquidez
que dele participem na ocorrência das seguintes hipóteses: da economia.
n decretação de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de B) política Monetária Expansiva: é formada por medidas que tendem a
instituição. acelerar a quantidade de moeda e a baratear os empréstimos (baixar
n reconhecimento pelo Banco Central do Brasil, do estado de in- as taxas de juros). Incidirá positivamente sobre a demanda agregada.
solvência da instituição, que nos temos da legislação vigente, Instrumentos:
não estiver sujeita aos regimes da intervenção, liquidação extra-
· Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco Central dimi-
judicial ou falência.
nui os valores que toma em custódia dos bancos comerciais, possibili-
tando um aumento do efeito multiplicador, e da liquidez da economia
Seus associados são instituições financeiras e associações de pou-
como um todo.
pança e empréstimo em funcionamento no país.
· Assistência Financeira de Liquidez: o Banco Central, ao empres-
tar dinheiro aos bancos comerciais, aumenta o prazo do pagamento e
10. Noções de política econômica, noções de política monetária, diminui a taxa de juros. Essas medidas ajudam a diminuir a taxa de ju-
instrumentos de política monetária, formação da taxa de juros. ros da economia, e a aumentar a liquidez.
POLÍTICA ECONÔMICA · Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra
As medidas adotadas pelo governo para controle da economia. As rela- títulos públicos há uma expansão dos meios de pagamento, que é a
tivas ao orçamento, por exemplo, afetam todas as áreas da economia e moeda dada em troca dos títulos. Com isso, ocorre uma redução na ta-
constituem políticas de tipo macroeconômico; outras afetam exclusivamente xa de juros e um aumento da liquidez.
algum setor específico, como, por exemplo, o agrícola e constituem políti- FORMAÇÃO DA TAXA DE JUROS
cas de tipo microeconômico. Estas últimas são dirigidas a um setor, a uma
indústria, a um produto ou ainda a várias áreas da atividade econômica e CRISE EM REVISTA E SEUS EFEITOS -VI
criam a base legal em que devem operar os diferentes mercados, evitando
Walter Chaves Marim
que a competição gere injustiças sociais. O alcance da política macroeco-
nômica depende do sistema econômico existente, das leis e das institui- A taxa básica de juros fixada pelo Banco Central, em decorrência da
ções do país. Existem divergências quanto ao grau de intervenção do crise, tornou-se elevada e, a partir de novembro, gradativamente , ela está
Governo: alguns defendem a política do laissez-faire e outros acham que o se reduzindo. Até que nível esta taxa básica de juros utilizada para garantir
Apesar das dificuldades enfrentadas pela economia brasileira e toda Da teoria econômica, sabe-se que juros maiores adiam o consumo e,
esta turbulência com relação aos ajustes necessários, sua situação futura é ao limitar a demanda, podem ajudar no controle da inflação. Quando os
altamente promissora, apresentando grandes oportunidades de investimen- juros pagos pelo sistema financeiro superam os ganhos dos investimentos
tos. Assim, existe um grande equívoco de análise ao comparar o Brasil com produtivos, eles também limitam e oneram os investimentos. No médio
a Rússia. prazo, os juros altos elevam os custos financeiros e, reduzindo os investi-
mentos, reduzem a oferta futura de bens. A maior disponibilidade de recur-
CONDIÇÃO PARA CRESCER sos financeiros gera, esgotado o prazo da aplicação, a possibilidade de
realizar a demanda adiada. Os dois fatores pressionam a inflação.
No número anterior vimos que aumentar a poupança interna é condi-
ção indispensável para voltar a crescer. Entre investimento e crescimento, No Brasil, esses efeitos podem chegar rapidamente e com grande in-
existe uma correlação estreita onde causa e efeito se confundem e se tensidade porque os prazos dos títulos do governo são curtos e os juros
realimentam. Com efeito, as perspectivas de crescimento induzem ao muito altos.
investimento que é, por outro lado, necessário para poder aumentar a
produção. Na Figura 2, mostramos a evolução da taxa mensal de juros nominal e
de inflação desde 1974. Os juros buscam representar os valores pagos
Nosso diagnóstico é que o problema do crescimento econômico brasi- pelo Governo, correspondendo à taxa SELIC. O índice de inflação utilizado
leiro vem das limitações da oferta e sendo preciso aumentar o investimento para determinar os juros reais foi o IGPM (da FGV).
para voltar a crescer. Como foi visto no número anterior, a contribuição que
pode ser esperada do exterior é modesta e será indispensável um incre-
mento da poupança interna para elevar o investimento e voltar a crescer o
PIB per capita.
Também foi visto que existe, conjunturalmente, alguma capacidade de
Ou seja, é de 3% a capacidade atual da parte real da economia brasi- Também podemos dizer que depósito pecuniário ou bancário é o con-
leira de aumentar seu capital produtivo. Em termos da economia real (obje- trato pelo qual uma pessoa entrega quantias em dinheiro a um banco, que
to das Contas nacionais), esse pode ser considerado rendimento médio do se obriga a restituí-las, por solicitação do depositante, nas condições esti-
capital produtivo. puladas.
O que provavelmente vem ocorrendo nos últimos dez anos é que, a
cada ano, uma maior fração de investimentos que seriam direcionados à Modalidades de Depósitos
atividade produtiva foi abandonada em favor da aplicação financeira. Na Podemos classificar as várias modalidades de depósito bancário:
média do período, o resultado da política de elevadas taxas de juros reais I - Quanto ao objetivo, ou seja, o escopo econômico visado pelo de-
(de dois dígitos), foi uma redução da poupança real (formação bruta de positante - neste caso o depósito pode ser:
capital fixo) em favor do consumo. É essa a política que tem sido apresen- · a vista,
tada ao País como inibidora do consumo. · a prazo,
· de poupança, ou
Por outro lado, como já mostramos anteriormente, o aporte de investi- · interfinanceiro.
mento externo obtido foi bastante inferior ao hiato de poupança interna que
provocou essa política. Depósito à vista é aquele que fica à disposição do depositante para ser
Por fim, deve ser levado em conta que existe um limite para a dívida in- sacado a qualquer momento. É a designação dada ao depósito de livre
terna que não deveria ser ultrapassado. Na situação atual, existe um quase movimentação. Independentemente da questão dos juros, os depósitos
consenso que a dívida interna atingiu seu limite em termos de percentual também se caracterizam quanto à sua movimentação: o cliente deposita
do PIB. Em um horizonte de suposto crescimento do PIB da ordem de 3% recursos seus, pela manhã, e pode sacá-los à tarde ou na mesma manhã
ao ano, uma taxa de juros, também de 3% anuais, é a que permitiria ao ou quando lhe aprouver. O mesmo não ocorre com o depósito à prazo.
Governo manter estável a dívida interna relativa ao PIB sem desviar dinhei- Neste o cliente e o banco estabelecem um prazo para que o depósito seja
ro de impostos e taxas para o pagamento de juros. movimentável.
11. Produtos e serviços financeiros: depósitos à vista; depósitos a Depósito à prazo é o suscetível de retirada só depois de decorridos um
prazo (CDB e RDB); cobrança e pagamento de títulos, boletos e certo termo prefixado no contrato (a prazo fixo) ou estabelecido posterior-
carnês; transferências automáticas de fundos; arrecadação de mente pelo depositante em uma notificação ao banco ( aviso prévio), que
tributos e tarifas públicas; home banking, mobile banking, banco ,conforme o item 10 da Resolução 15 do Banco Central, é de 30 a 120 dias.
Nas duas formas de depósito a prazo o depositante tem direito a juros, e na
virtual; cartão de crédito (dinheiro de plástico); fundos mútuos de
modalidade prazo fixo, também à correção monetária .levando-se em conta
investimento; hot money; contas garantidas; crédito rotativo; des- a certeza que o banco tem a cerca do lapso de tempo de que pode dispor
contos de títulos; financiamento de capital de giro; leasing (tipos, das quantias para suas aplicações.
funcionamento, bens); financiamento de capital fixo; crédito direto
ao consumidor; empréstimo em consignação; cadernetas de pou- Os depósitos a prazo fixo são feitos contra simples recibo de emissão
pança; cartões de crédito; títulos de capitalização; planos de apo- de certificado de depósito bancário, título de crédito equiparado a nota
sentadoria e pensão privados; planos e apólices de seguros. promissória, negociável, transferível por endosso.
Época houve em que os montes - termo que foi “germanizado” pela pa- Depósito conjunto é aquele constituído a benefício de várias pessoas,
lavra banck e, posteriormente italianizado como ”banco” - tinham como podendo ser simples e solidário.
função não só a guarda de valores e a obtenção de empréstimos para
custear obras públicas, como também a guarda de donativo. Depósito conjunto simples é aquele em que o beneficiário pode retirar
sozinho apenas o correspondente à sua quota, sendo que o total do depósi-
Em que consiste a operação de Depósito? De modo elementar, poderí- to só pode ser levantado por todos os titulares. Mais usual, porém, é o
amos dizer que consiste em colocar recursos sob a guarda do banco. Os depósito conjunto solidário, em que cada titular pode, sozinho, fazer retira-
bancos modernos, especificamente os bancos comerciais, têm uma ativida- das, tendo o direito de exigir do banco a importância total, e esse, a entre-
de própria de negócio que faz com que a atividade de “Depósito” não se gando , se libera em relação a todos.
restrinja à simples guarda de moeda. No desempenho dessa atividade -
captação de depósito - existe a negociação por compra e venda da moeda. CDB, RDB, OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMO
O banqueiro quando recebe moeda de um cliente, que não para pagamento O certificado de Depósito Bancário, o famoso CDB e o Recibo de De-
Para circular a rentabilidade líquida de um CDB, será necessário calcu- Se o vencimento forma dia certo", o pagamento deverá ser realizado
lar o imposto de renda (IR) incidente sobre o ganho de capital que, até no dia marcado no título (esse é o mais comum tipo de vencimento).
31/12 /94 estava sujeito a uma taxa de 30%. O ganho de capital era calcu-
lado sobre a variação mensal da Ufir (unidade fiscal de referência). De Caso o vencimento seja "a tempo certo da data", é fixado um "tempo"
01/01/95 até 31/12/95, a rentabilidade líquida era obtida aplicando-se uma (30 dias, 90 dias, etc.), que começa a contar do dia seguinte ao da data de
alíquota de 10% de IR sobre o ganho nominal. A partir de 01/01/96, a emissão (se a letra de câmbio foi emitida em 2 de maio, com vencimento "a
alíquota de IR, sobre o ganho nominal, passou a ser de 15%. 90 dias", só será exigível no 90º dia a partir da emissão: 1º dia = 3 de maio;
30º dia = 1º de junho - lembre-se que maio tem 31 dias -, 60º dia = 1º de
Letra de Câmbio julho e 90º dia = 31 de julho - julho também tem 31 dias).
Muito parecida com o cheque a letra de câmbio é também uma Ordem
de pagamento. só que não é uma ordem dada apenas a bancos. Pode ser Finalmente, se o vencimento for "a tempo certo de vista", seu venci-
dada a qualquer pessoa. Também não é só "a vista". Pode ser com data mento ocorrerá depois do "tempo" marcado (30, 60, 90... dias), que começa
certa de vencimento. a correr após a data do aceite (quando o devedor teve "vista").
A letra de câmbio é, portanto, uma ordem de pagamento, emitida por Aval e Endosso da Letra de Câmbio
um credor a seu devedor, para que este porque uma determinada quantia Tudo o que se disse sobre o aval e o endosso do cheque, da nota pro-
ou ao próprio credor, ou a terceira pessoa. missória e da duplicata, terá a plena validade para as letras de câmbio.
Os Bancos podem adotar diversas formas de procedimentos, que têm HOME / OFFICE BANKING, REMOTE BANKING – BANCO
custos diferenciados para os cedentes dentre elas: a cobrança convencio- VIRTUAL
nal; cobrança pré-impressa sem registro e com registro, cobrança escritural Com o avanço tecnológico cada vez mais os clientes dispõe de como-
e por teleprocessamento. didade e serviços rápidos e simples. Surge um grande número de serviços
colocados à disposição do cliente e cada vez menos necessidade deste
Caso o banco seja incumbido de proceder a recebimentos em praças comparecer à agencia para efetuar suas transações bancárias.
diferentes de sua sede, onde não possua agência ou sucursal, surge a
necessidade das convenções de correspondência que possibilita ao banco No início dessa revolução tecnológica surgiram os terminais eletrônicos
operar, a serviço de seus cliente, em praça onde não possua agência ou através dos quais era possível ter acesso a vários serviços através de uma
sucursal. senha pessoal. Atualmente, já é possível fazer todas as transações em
casa ou no escritório, bastando para tanto ter um microcomputador pesso-
· Custódia de Valores e Títulos - é um serviço prestado aos clientes al, acessar o banco via internet ou até mesmo pelo telefone.
com o propósito de mantê-los no círculo de seu relacionamento profissio-
nal, potencialmente interessados em suas operações financeiras. A custó- Assim surgiu o - Banco Doméstico - "Home/Personal Banking", cujo
dia ou guarda pressupõe a disponibilidade, pelo banco , de instalações e acesso aos serviços bancários ocorre via microcomputador pessoal e/ou
serviços adequados, perfeitamente encontrados na atualidade. Interne.
Três são as espécies de custódia de títulos e valores: o depósito de tí- Ë possível falar em Banco Virtual - ou Remote Banking - o qual não
tulos e valores em simples custódia, o depósito em administração e o necessita de agências pois todos os serviços podem ser prestados via
depósito cerrado. microcomputador, Internet ou telefone.
· Cofres de segurança: o contrato de cofre de segurança ou de co-
fre-forte, é aquele pelo qual o banco coloca à disposição um com- PRODUTOS DE CAPTAÇÃO
partimento ou cavidade para a guarda de dinheiro, objetos precio- Dentre os produtos de captação mais conhecidos estão a caderneta de
sos ou documentos, mediante remuneração. Esse serviço se reves- poupança e os fundos de investimento.
te de dois aspectos fundamentais: a vigilância e o segredo.
· Débito em conta corrente: é o procedimento pelo qual, mediante a Caderneta de Poupança - os rendimentos são mensais, entretanto po-
autorização do cliente, o banco procede ao débito de em conta cor- de-se efetuar saques ou depósitos qualquer dia do mês, devendo-se ape-
rente, na data de vencimento, das diversas obrigações tais como nas respeitar a data de aniversário para não perder os rendimentos. Os
contas de água, luz, telefone, mensalidades de escolas, etc. rendimentos consistem em juros de 6% ao ano acrescidos da variação da
· Ordens de Pagamento: é o documento através do qual é possível TR. É isenta de Imposto de Renda ( IR).
transferir valores entre clientes da mesma ou de instituição bancá-
ria diversa, podendo ser tomada em cheque ou em dinheiro. Fundos de Investimento: abrigam investimentos do público em geral,
em sistema de fundo de investimento em condomínio aberto, sendo que os
Commercial Paper participantes são denominados quotistas, recebendo os rendimentos aufe-
Nota promissória emitida no mercado externo por uma empresa com o ridos pela Administradora, de forma igualitária.
objetivo de captar recursos a curto prazo, gerando, portanto, uma dívida de
curto prazo para a empresa. É uma modalidade de captação de recursos PRODUTOS DE EMPRÉSTSIMO
no exterior que visa atender às necessidades financeiras de uma empresa Os empréstimos são a atividade mais importante dos bancos comerci-
(expansão, investimentos, etc). ais e podem ser classificados de várias maneiras, incluindo finalidade, tipo
de garantia, vencimento, método de pagamento e origem.
Vendor finance
É uma operação de financiamento de vendas, baseado no princípio da Uma classificação comum dos empréstimos é por finalidade ou uso que
cessão de crédito , que permite a uma empresa vender seu produto a prazo será feito dos fundos. Os empréstimos para pessoas físicas são usados
e receber o pagamento à vista. O vendor supõe que a empresa compradora principalmente na compra de veículos e outros bens de consumo. A catego-
seja cliente tradicional da vendedora, pois esta é que irá assumir o risco do ria “Outros empréstimos e leasings” consiste largamente em outros em-
negócio, junto ao banco. Em resumo, é uma modalidade de financiamento préstimos a outras instituições financeiras, governos estaduais e locais e
de vendas para empresas, na qual quem contrata o crédito é o vendedor do para a compra de valores mobiliários.
bem, mas quem paga o crédito é o comprador.
Empréstimos com e sem Garantia.
Compror finance Os empréstimos com garantia envolvem o empenho de uma garantia
É uma operação de financiamento de compras onde a iniciativa parte específica. A garantia empenhada em um empréstimo pode consistir em
do comprador, que concentra em si o risco de crédito. O Compror visa uma variedade de ativos, como imóveis, recibos de armazéns gerais,
financiar as compras de clientes do banco junto aos fornecedores. O risco contas a receber, instalações e equipamentos, recibos fiduciários, conhe-
da operação concentra-se no comprador, não existindo regresso contra o cimentos de carga negociáveis corridas de petróleo, ações corporativas e
fornecedor (vendedor). obrigações. A exigência básica de tais ativos é sua facilidade de comercia-
Linhas de Crédito - Os empréstimos comerciais de curto prazo em ge- Os bancos preferem descontar duplicatas de valor mais alto porque a
ral são obtidos através de linhas de crédito. Para que a linha seja aberta, burocracia é menor e pode envolver menos devoluções e disputas por
Para o cliente, o produto garante uma liquidez imediata para suas e- O IPI sobre fumo e bebidas, por exemplo, é recolhido até o terceiro dia
mergências. Para o banco, é um instrumento mercadológico forte, mas que, útil do decêndio subseqüente ao da ocorrência dos fatos geradores e, o IPI
se mal administrado, pode representar uma perda significativa, tendo em sobre os demais produtos até o último dia útil. Se a venda for em 30 dias
vista seu impacto sobre a administração de reservas bancárias, já que é para pagamento, a empresa estará adiantando o valor do tributo sobre um
necessário deixar recursos de suas reservas de livre movimentação em valor que ainda não recebeu do cliente comprador. Daí a importância do
stand by para atender à eventual demanda e, portanto, sem aplicação. financiamento.
Algumas contas garantidas têm caráter apenas de conta devedora, EMPRÉSTIMOS PARA CAPITAL DE GIRO
funcionam separadas da conta corrente e, normalmente, exigem do cliente São as operações tradicionais de empréstimo vinculadas a um contrato
o aviso com antecedência dos valores a serem sacados, razão pela qual específico que estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias e
trabalham com taxas de juros menores. que atendem às necessidades de capital de giro das empresas.
Os juros sobre esse produto são calculados diariamente sobre o saldo O plano de amortização é estabelecido de acordo com os interesses e
devedor e cobrados normalmente, no primeiro dia útil do mês seguinte ao necessidades das partes.
de movimentação.
Esse tipo de empréstimo normalmente é garantido por duplicatas
O IOF é calculado sobre o saldo devedor na base de 0,0041% ao dia em geral numa relação de 120 a 1500/o do principal emprestado. Nes-
para pessoa jurídica (1,5% a.a.) e 0,0164 ao dia para pessoa física (6% se caso, as taxas de juros são mais baixas. Quando a garantia envolve
a.a.). outras garantias, como aval e notas promissórias, os juros são mais al-
tos.
CRÉDITO ROTATIVO (CABCR)
Os contratos de abertura de crédito rotativo são linhas de crédito aber- Nos grandes bancos, os contratos podem ter características informais,
tas com um determinado limite e que a empresa utiliza à medida de suas como “garantia” de crédito para as empresas que optam por dar algum tipo
necessidades, ou mediante apresentação de garantias em duplicata. Os de reciprocidade aos bancos, como, por exemplo, manter sobra de caixa
encargos (juros e IOF) são cobrados de acordo com a utilização dos recur- aplicada em Fundo de Curto Prazo ou CDB.
sos, da mesma forma que nas contas garantidas.
INTERMEDIAÇÃO BANCARIA NO PAGAMENTO
DESCONTOS DE TÍTULOS (NP/DUPLICATAS)
E o adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre va- Exposição
lores referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissórias, de As instituições financeiras, além de realizarem as operações financei-
forma a antecipar o fluxo de caixa do cliente. ras que constituem seu escopo principal na intermediação do crédito,
praticam outros negócios considerados acessórios com vistas a seu fim,
O cliente transfere o risco do recebimento de suas vendas a prazo ao alguns dos quais representam típica prestação de serviço, caracterizando-
banco e garante o recebimento imediato dos recursos, que, teoricamente, se não só pelo favorecimento do cliente, mas pelos benefícios imediatos da
só teria disponíveis no futuro. contrapartida. Entre as operações acessórias podemos encontrar a inter-
mediação bancária no pagamento.
O banco deve selecionar cuidadosamente a qualidade de crédito das
duplicatas ou NP de forma a evitar a inadimplência. Os Bancos, como é sabido, realizam pagamento a terceiro por conta de
seus clientes. Se esses pagamentos ocorrem por mero cumprimento de
Normalmente, o desconto de duplicatas é feito sobre títulos com prazo ordem, sobressai o caráter acessório, não assim se dará se a operação vier
máximo de 60 dias e prazo médio de 30 dias. O IOF é calculado sobre o casada com alguma espécie de crédito concedido pela instituição, quando
principal, com alíquota de 0,0041% ao dia para pessoa jurídica (1,5% a.a.) então a prestação de serviço será apenas decorrência. E da mesma forma
e 0,0328 ao dia para pessoa física (12% a.a.), limitado aos valores anuais, que paga, também presta serviço de recebimento em nome de clientes, isto
caso o prazo seja maior que doze meses. é, cobra. Seja o cliente quem paga ou recebe através do banqueiro, este
terá sido simplesmente um intermediador no pagamento a ou de terceiro.
A operação de desconto dá ao banco o direito de regresso, ou seja, no
vencimento, caso o título não seja pago pelo sacado, o cedente assume a Dito isso, temos que a intermediação bancária no pagamento tanto a-
responsabilidade do pagamento, incluindo multa e/ou juros de mora pelo contece no pagar como no cobrar. Pertence a este capítulo de estudo o
atraso. contrato de giro ou traspasso numa ponta e noutra, o de cobrança de
créditos.
Outros tipos de operações de desconto também são feitas sobre os re-
cibos de venda de cartões de crédito e os cheques pré-datados. Estas duas Ambas as operações propiciam uma fonte de captação a custo extra-
alternativas são uma forma criativa de adiantamento de recursos para as ordinariamente baixo, permitindo à instituição financeira dispor desses
empresas comerciais. Os cheques pré-datados ficam em caução, como recursos por alguns dias enquanto o crédito não chega à conta ou ao
garantia do empréstimo. conhecimento do beneficiário ou, ainda, enquanto este deles não fizer uso.
Mesmo entre os italianos não há uniformidade de teses. A ordem de crédito é transferência de uma conta bancária a outra. Este
tipo de transferência, quando operada internamente no âmbito de um único
Para Messineo, trata-se o giro de uma delegação obrigatória ativa, me- banqueiro, fica inteiramente contida nos poderes outorgados à instituição
diante a qual o cliente ordena ao Banco, seu devedor (delegado) que financeira em contrato de conta-corrente, compreendido no serviço de
prometa o pagamento ao beneficiário (delegatário). O que seria transferido caixa. Efetua-se por saque bancário (via cheque), ou por simples ordem de
do devedor ao credor, no caso, seria o crédito (cessão). Já não é o que transferência escrita ou verbal. Quando importa a intervenção de outro
pensa, v. g., Fiorentino, para o qual o devedor (delegante) assina ao credor banqueiro, depositário do correntista destinatário do crédito, as relações,
(delegatário) um novo devedor (delegado), ocorrendo, portanto, uma dele- por mais complexas, exigem negócio especial de remessa de crédito,
gação obrigatória passiva (assunção de dívida). aparecendo então uma relação especial de mandato, chamado giro ou
traspasso, da mesma forma como quando a praça de pagamento for outra
O problema cresce de importância e sutileza na medida em que há ins- da do domicílio da conta debitada ou do ordenante.
titutos assemelhados no Direito Bancário, aos quais não se dispensa o
mesmo tratamento. O pagamento com cheque possui a mesma estrutura e A ordem de pagamento já nasce como giro, mesmo que o ordenante
mecânica, pelo menos entre nós, que a ordem de pagamento incondicional seja cliente, os recursos sejam debitados da conta, e não haja remessa do
por cheque, em que o cheque é enviado pelo ordenante diretamente ao crédito, sendo pagável na mesma praça — o que não é usual na prática
favorecido para que este o desconte no Banco. No entanto, aquele negócio bancária, todavia não há vedação. Já nasce como giro pela simples razão
encontra-se contido no mandato geral que inere à conta-corrente bancária. de que o dinheiro, saia ou não da conta, entra na disponibilidade imediata
Semelhante mecânica possui também a carta de ordem do crédito docu- do banqueiro para determinado fim que está no contrato de traspasso. E na
mentário, que ultrapassa em muito as forças da conta-corrente. É preciso ordem de pagamento em outra praça porque há remessa.
resolver esta aparente contradição.
Conteúdo do contrato
O contrato de giro enquanto relação entre ordenante e Banco mantém- O contrato de traspasso bancário não toca na matriz que o gera. A re-
se rigorosamente dentro do conteúdo do mandato. A dissensão se estabe- lação fundamental que vincula obrigacionalmente ordenante e beneficiário
Para que se tenha perfeita caracterização do traspasso bancário é pre- Natureza jurídica
ciso ter como estabelecido que o devedor da relação fundamental poderia A natureza jurídica da cobrança é a do mandato sem representação. O
concluir seu contrato e cumprir a(s) prestação(ões) diretamente, por si cobrador age como mero intermediário, alguém autorizado à prática de atos
próprio, sem a utilização do intermediário bancário ou com sua utilização de preservação de direito e de quitação, sub-rogação, cessão ou outro de
inessencial. E essa inessencialidade do giro a pedra de toque de sua conteúdo equivalente. O titular do crédito por ele não se faz presente.
autonomia e complementariedade. As partes resolvem se usar do giro por
comodidade e segurança, tendo sido a previsão desse uso contemporânea Se a cobrança contratada for de títulos de crédito cambiários ou cam-
à constituição do vínculo ou posterior. “A” quando comprou de “B” aceitou biariformes o mandato é outorgado pela formalização de endossomandato,
como praça de pagamento a do domicílio de “B”, pois lá pretendia retomar sendo possível a sub-rogação do mandatário, pelo substabelecimento
ao tempo da obrigação. Todavia, chegado o momento, a viagem se torna através de outro endosso, caso não haja proibição expressa. Nestes casos,
impossível. Então “A” comunica a “B” que não irá, mas fará a remessa do o chamado borderô de cobrança atua apenas como relação dos títulos
valor via Banco, contra entrega de recibo com quitação. O Banco que entregues ao e recebidos pelo cobrador.
cumprirá o pagamento não assume a dívida, apenas solve o compromisso
a mando de “A”. O que a instituição financeira faz é prestar serviço especia- Se, como sói acontecer no sistema bancário brasileiro, o endosso para
lizado a “A”, seja ou não cliente. fins de cobrança ocorrer sob a forma de endosso-pleno, teremos que a
outorga do mandato deu-se extracambiária ou extracambiariformemente. E
A relação que se constitui entre ordenante e Banco é uma relação de então ou está no borderô o contrato ou este é tácito, funcionando o endos-
provisão. O ordenante traz os fundos e os entrega ao banqueiro, para que so-pleno como endosso-fidúcia. Esta modalidade, se por um lado, facilita a
este, através de agência ou correspondente, realize o pagamento ao bene- negociação bancária (a cobrança pode converter-se em desconto ou ante-
ficiário. Não há traspasso sem provisão. Se o ordenante for cliente e não cipação ou caução etc.), por outro, expõe o endossatário a ser demandado
dispuser dos fundos, em outra operação de financiamento, que com esta em nome próprio como se fosse o titular do direito creditório, não podendo
não se liga nem comunica, poderá o Banco antecipar-lhe os recursos escapar às exceções que lhe forem próprias.
necessários para operar a transferência. O valor é creditado em conta-
corrente e remetido. Teremos, nesse caso, um negócio fundamental entre É contrato oneroso, sendo cobrada comissão pelo serviço. Via-de-regra
ordenante e beneficiário e dois negócios entre ordenante e mandatário, é unilateral por estabelecer obrigações somente para uma das partes,
consistente em traspasso e financiamento. todavia, pode tomar-se bilateral imperfeito, especialmente se mal sucedido,
tendo gerado despesas. Além disso, é consensual, só sua eficácia é que
Se o beneficiário é cliente e não há providência a exigir-se dele, basta- depende da entrega da coisa, instantâneo e típico, constituindo modalidade
rá o simples crédito em conta, mediante aviso, para consumar o pagamento de mandato mercantil. Regula a espécie os arts. 140 a 164 do C. Com.,
e a desoneração de devedor-ordenante. Não sendo, comunicar-lhe-á o sendo aplicáveis subsidiariamente as disposições do Código Civil e, em se
banqueiro, através de aviso meramente informativo, que se acha a sua tratando de mandato em endosso, a lei específica que regula o título de
disposição o valor constante do giro. A recepção do aviso pelo beneficiário crédito em que o mesmo ocorra.
não obriga o Banco ao cumprimento da ordem de crédito ou pagamento.
Há correlação com a Carta de Ordem do Crédito Documentário, só não há Conteúdo obrigacional
a modalidade “confirmada” que seria vinculativa. Portanto, mesmo tendo O mandato se perfaz com o endosso por parte do mandante e a acei-
expedido o aviso referente ao crédito, se ainda não houve quer o pagamen- tação pelo mandatário. Não havendo proibição de novo endosso, o substa-
to quer a creditação em conta, inexigível pelo beneficiário será o cumpri- belecimento de poderes iguais ou mais limitados é tacitamente consentido,
mento do giro. Todavia, se houve creditação o pagamento realizou-se, não não podendo gerar prejuízos a terceiros de boa-fé. Entre mandante e
há como estornar-se a quantia da conta. mandatário, todavia, vale a vedação do art. 146 do C. Com. Pelos atos do
mandatário contidos dentro do mandato responde o mandante, sendo,
Se, em virtude de razões muito pessoais, o Banco resolve garantir ao pelos que excederem, responsabilizado o próprio autor, como se se tratas-
beneficiário o pagamento, já não se tratará mais de traspasso, ou terá se de gestão de negócios, bem como por aqueles nos quais atue em nome
havido negócio complementar fora dele. próprio, ainda que por conta do mandante.
Assim é a prática bancária brasileira relativa ao negócio de giro. O mandatário tem direito de retenção sobre bens objeto do mandato,
por dívida do mandante perante si decorrente dessa operação.
Extinção
O contrato de giro se extingue no momento em que o Banco cumpre a O mandatário se obriga a exercer o mandato com zelo e proficiência,
prestação junto ao favorecido ou, na hipótese de cancelamento, no momen- respondendo por todo e qualquer dano que possa causar e que decorra de
to em que opera o giro de volta, efetivando a devolução da quantia ao prestação de serviço negligente, inábil e incompetente.
ordenante.
O mandante assume a obrigação de prover as despesas decorrentes
O cancelamento pode ocorrer por decisão do ordenante ou em razão do encargo a que foi incumbido o mandatário e a ressarcir os gastos por
de fato do favorecido: não ser encontrado, ter recusado o recebimento ou este suportados na execução das tarefas encomendadas.
qualquer outro motivo que inviabilize o pagamento.
Extinção
COBRANÇA DE TÍTULOS E DOCUMENTOS A cobrança se extingue pelo cumprimento do mandato, por comum a-
Conceito cordo, mediante distrato, por revogação do mandato, por denúncia do
A cobrança de títulos e documentos é serviço que os Bancos normal- mandatário ou por morte de qualquer das partes, a partir do conhecimento
mente colocam à disposição de seus clientes. Operando com títulos cambi- do fato, salvo morte do mandante, em que já tenha o mandatário iniciado o
ários e cambiariformes, como instrumento formal de seus negócios financei- cumprimento do mandato, em negócio que não admita interrupção sob
ros, as instituições bancárias necessitam manter serviço próprio de cobran- pena de prejuízo aos sucessores.
ça, montando, para isso, carteira especializada e pessoal treinado para o
desempenho desse mister. Unindo, portanto, a necessidade de defender os CARTÕES DE CRÉDITO
próprios créditos, à exigência de maximizar o desempenho da equipe Conceito
técnica, combatendo possível ociosidade, abrem as portas à prestação de Este nome exprime várias realidades jurídicas. Em sentido amplo pode
O mais importante dos cartões de crédito, único a justificar estudo es- Conteúdo obrigacional
pecífico, e que constitui um instituto jurídico, é o cartão acreditivo que forma O emissor do cartão obriga-se perante o estabelecimento conveniado a
um sistema que em bases mínimas já nasce pela criação de relações fornecer-lhe o material de expediente apropriado e a pagar-lhe as faturas
trilaterais. Se outra parte ou outras às três originais se juntar, esta(s) ex- que lhe sejam apresentadas nas condições e prazos previstos contratual-
cepcionará(ão) o negócio jurídico específico do sistema de credit cards, mente, resguardando-o das fraudes ou irregularidades que não possa
será(ão) aderente(s) ao complexo, realizará(ão) negócio suplementar ou razoavelmente constatar. E obriga-se perante o usuário a garantir-lhe o
negócio autônomo aderente. funcionamento do sistema para uso do qual cobra a prestação de serviços
e a garantir-lhe a segurança operacional uma vez avisado do roubo ou
No Brasil não se faz distinção entre cartão de crédito e cartão de débito extravio do cartão.
ou pagamento, porque ambos convivem em nosso sistema sob a denomi-
nação correta de cartão de crédito. Entre nós são na realidade cartões O estabelecimento conveniado obriga-se para com o emissor a vender
mistos, tendo em vista que em alguns países, como v. g. a França, essas para o usuário pelo mesmo preço praticado nas vendas à vista; a observar
Embora destinada a servir de garantia de financiamentos para fins ru- HISTÓRICO DAS OPERAÇÕES DE LEASING
rais, essa pode constituir-se cedularmente por imóveis rurais ou urbanos. O leasing já existia no antigo Egito onde terras eram alugadas para
agricultura. A partir do século XIX, teve grande incremento nos Estados
Cédula rural pignoratícia e hipotecária: aqui a garantia é prestada por Unidos com aluguel de navios e outros equipamentos de transporte.
bens imóveis e também móveis, só que estes, diferentemente do que Porém, somente após a 2a. Guerra mundial, o leasing ganhou espaço
ocorre com a cédula rural hipotecária, não são apenas aqueles incorpora- naquele país com as primeiras empresas surgindo na década de 50.
dos ao imóvel pela sua destinação (máquinas, aparelhos e instalações), Graças ao arrendamento mercantil, grandes empresas americanas pro-
mas também os existentes em local diferente do imóvel, por isso se carac- jetaram-se mundialmente como a I-B.M. e a Xerox. A técnica do leasing
terizando o penhor e a hipoteca. foi importada pela Europa e espalhou-se pelo mundo.
Os requisitos do título são: No Brasil, as operações de leasing já existiam na década de 50, embo-
I- denominação ”cédula rural pignoratícia e hipotecária” ra somente em 1974, através da Lei 6099, tivessem suas contraprestações
II - a data e as condições de pagamento; havendo prestações consideradas como custo ou despesas operacionais da arrendatária.
periódicas ou prorrogações de vencimentos, acrescentar “nos
termos da cláusula Forma de Pagamento abaixo “ou “nos Em 17.11.75, tendo em vista o caráter financeiro das operações, o
termos da cláusula Ajuste de prorrogação abaixo”; Banco Central, através da Resolução 351, baixou regulamento disciplinan-
III - o nome do credor e a cláusula à ordem; do-as. As multinacionais foram as primeiras a operar com leasing, pois já
IV - o valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por exten- conheciam esta atividade em seus países de origem.
so, com indicação da finalidade ruralista a que se destina o fi-
nanciamento concedido e a forma de sua utilização; Nas décadas de 80 e 90, muitas resoluções do Banco Central dis-
V - descrição dos bens vinculados em penhor, os quais se indicarão ciplinaram ou proibiram certas operações. Recentemente o B.C. pro-
pela espécie, quantidade, qualidade, marca ou período de pro- curou incentivá-las, abrindo-as às Pessoas Físicas.
dução, se for o caso, além do local ou depósito dos mesmos
bens; "FUNDING” DAS EMPRESAS DE LEASING
VI - a descrição do imóvel hipotecado com a indicação do nome, se As empresas de leasing não podem levantar recursos, como os ban-
houver, dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de cos, através de depósitos. Assim, buscam-nos de outras maneiras, tais
aquisição e anotações (número, livro e folha) do registro imobili- como:
ário; - Debêntures - são títulos de longo prazo, emitidos pelas arrendado-
VII - a taxa de juros a pagar e da comissão de fiscalização, se hou- ras e colocados no mercado através de bancos ou de corretoras
ver, e tempo de seu pagamento; nacionais ou internacionais. É a forma mais usual de funding das
VIII - praça do pagamento; empresas de leasing.
IX - a data e o lugar da emissão - Empréstimos obtidos no Brasil ou no exterior.
X - a assinatura do próprio punho do emitente ou de representante - Cessão de direitos - as contraprestações podem ser negociadas
com poderes especiais. com bancos ou financeiras que adiantam os recursos às arrenda-
doras mediante uma taxa de desconto.
Nota de crédito rural - Repasses governamentais - como já vimos, a Finame, empresa do
É também um título destinado ao financiamento rural, mas destituído sistema B.N.D.E.S., também financia operações de leasing.
de qualquer garantia real, conferindo, entretanto, ao credor privilégio sobre - C.D.I. - Certificado de Depósito Interfinanceiro - assim como outras
os bens enumerados no art. 1.563 do Código Civil. instituições financeiras, as empresas de leasing também os utili-
zam.
São seus requisitos:
I- a denominação “Nota de Crédito Rural” TIPOS DE LEASING
II - a data e as condições de pagamento; havendo prestações pe- Leasing operacional - é aquele geralmente praticado pelas próprias fa-
riódicas ou prorrogações de vencimentos, acrescenta-se as ex- bricantes do bem. Sendo realmente um aluguel, dispensa a intermediação
pressões: “nos termos da cláusula Forma de Pagamento abaixo” de una instituição financeira, tendo ainda as seguintes características:
ou “nos termos da cláusula Ajuste de Prorrogação abaixo”; - geralmente o bem arrendado é equipamento de rápida obsolescên-
III - o nome do credor e a cláusula à ordem; cia;
IV - o valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por exten- - pode haver ou não opção de compra no final do contrato;
so, com indicação da finalidade ruralista a que se destina o fi- - o prazo dos contratos é mais curto;
nanciamento concedido e a forma de sua utilização; - a manutenção do bem é feita pela arrendadora, que também forne-
V - a taxa dos juros a pagar e da comissão de fiscalização, se hou- ce assistência técnica;
ver, e tempo de seu pagamento; - o arrendatário pode rescindir o contrato mediante condições prede-
VI - a praça de pagamento; terminadas.
VII - a data e o lugar de emissão;
VIII - a assinatura do próprio punho do emitente ou de representante Leasing financeiro - é o mais comum entre nós, realizados pelos ban-
Art. 3. As operações relativas a exportação de bens amparadas pelo Art. 6. O Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento
PROEX observarão as seguintes condições: regulamentará a execução orçamentária do PROEX e constituirá um
I - objeto da operação: títulos emitidos por exportador brasileiro, re- Comitê para aprovar as operações do programa, que será operado pelo
presentativos da exportação dos bens discriminados em portaria Banco do Brasil S. A., agente financeiro da União.
do ministro de estado da economia, fazenda e planejamento;
II - prazo máximo do empréstimo: variável, de acordo com o es- Art. 7. Os bancos autorizados a operar em câmbio, o Banco Nacional
tipulado em Portaria do Ministro de Estado da Economia, Fa- de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Especial de
zenda e Planejamento; Financiamento Industrial (FINAME) poderão conceder, com recursos pró-
III - valor do empréstimo: até 85% (oitenta e cinco por cento) do va- prios, empréstimos para as exportações de bens e serviços brasileiros,
lor FOB da exportação; observado o disposto no art. 3. desta Resolução e nas normas do Banco
IV - contrapartida: prévia comprovação do ingresso, no país, das Central do Brasil.
divisas referentes a parcela não coberta pelo empréstimo; Parágrafo único. As disposições deste artigo também se aplicam
V - taxa mínima de juros: as taxas a seguir relacionadas serão fixas às exportações para pagamento a prazo, ainda que assistidas com recur-
para todo o período do financiamento e aplicadas segundo a ca- sos de outras fontes.
tegoria do pais importador, conforme lista a ser divulgada em
Portaria do Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Plane- Art. 8. O Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento e
jamento, cabendo ao Banco Central do Brasil revisa-las, perio- o Banco Central do Brasil expedirão as instruções necessárias ao cumpri-
dicamente, adequando-as aquelas praticadas no mercado inter- mento desta Resolução.
nacional, nas operações da espécie:
a - países enquadrados na categoria I - 8,5% a. a. (oito e meio por Art. 9. Terão prosseguimento, no âmbito do PROEX, os financia-
cento ao ano); mentos anteriormente autorizados ao amparo da Resolução n. 68, de
b - países enquadrados na categoria II - 8,0% a. a. (oito por cento 14.05.71, do Conselho Nacional de Comércio Exterior (CONCEX), obser-
ao ano). vadas as condições originalmente pactuadas.
VI - juros de mora: 1 (um) ponto percentual acima da taxa contratual;
VII - moeda de pagamento da exportação: dólar dos Estados Unidos Art. 10. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
ou outra moeda aceita internacionalmente, a critério do Banco
Central do Brasil; OS TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO
VIII - índice de nacionalização: Os Títulos de capitalização tem por objetivo a capitalização dos prê-
a - bens com índice de nacionalização igual ou superior a 80% (oi- mios recebidos dos investidores a fim de constituir, no final do prazo fixado
tenta por cento): o empréstimo corresponderá a 100% (cem por no título, um capital garantido.
cento) da parcela financiável;
b - bens com índice de nacionalização inferior a 80% (oitenta por Podem ser à vista ou à prazo e sua vigência, no caso de ambos, co-
cento): o empréstimo corresponderá a percentual igual ao índi- meça no 1º dia posterior ao da compra (após a aceitação da proposta de
ce de nacionalização, acrescido de 20 (vinte) pontos percentu- aquisição).
ais aplicados sobre a parcela financiável.
IX - garantias: aval ou fiança concedidos por estabelecimento de No caso dos títulos à prazo, suas mensalidades vencerão sempre no 1º
crédito ou financeiro no exterior, aprovados pelo Banco do Bra- dia útil de cada mês. A mora ou inadimplência da mensalidade (não paga
sil S. A., ou garantia de liquidação automática, nos casos de até 30 dias do vencimento) acarreta a suspensão do título, perdendo o
operações cursadas ao amparo dos convênios de créditos recí- direito de concorrer aos sorteios. Mas o subscritor não fica desobrigado do
procos (CCR) da Associação Latino-americana de Integração pagamento das demais mensalidades, para tanto, deve dirigir-se a um
(ALADI),vedada a dispensa de direito de regresso para o risco representante da instituição para o cumprimento das formalidades.
A reabilitação dos títulos suspensos ocorre com o pagamento da parce- SEGUROS, PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA
las vencidas até três meses. A previdência privada é uma forma de poupança de longo prazo para
evitar que a pessoa na aposentadoria sofra uma redução muito grande de
No caso de ter ocorrido a caducidade, estes títulos podem ser reabilita- sua renda. Qualquer pessoa que receba mais do que o teto de benefício da
dos até o final do prazo de carência com a retomada dos pagamentos das Previdência Social (INSS) deve se preocupar em formar uma poupança,
mensalidades e prorrogação dos prazos de pagamento e capitalização no seja através da previdência privada ou de recursos administrados por sua
mesmo número de meses que permaneceu em atraso. própria conta.
No término do prazo previsto para o pagamento do título e estando es- Tecnicamente falando, o processo de poupança consiste de duas fa-
te em vigor, cessa o pagamento das mensalidades considerando-se este ses. Na primeira, o poupador acumula um capital. Durante todo esse pro-
remido. cesso, este capital receberá rendimentos. Na segunda fase, que coincide
com a aposentadoria para a maioria das pessoas - mas não necessaria-
Depois de vencido o prazo de carência o subscritor poderá solicitar o mente -, é o momento de receber os benefícios.
recebimento do valor do resgate, equivalente ao saldo da provisão matemá-
tica, apurado na data de solicitação do resgate. Regra geral, nesta fase, o poupador não faz novas acumulações,
embora continue se beneficiando do rendimento sobre o capital acumu-
A aquisição de títulos de capitalização (subscrição) é feita através da lado. Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação de
proposta de aquisição, devendo o proponente definir o valor do título , a proporção com o capital acumulado. Quanto maior o capital, maior o
forma de pagamento e no caso de pagamento à prazo, o prazo do paga- benefício.
mento. Ainda deve indicar beneficiário no caso de seu falecimento.
A forma de fazer este cálculo é bastante complexa, mas, de uma forma
Os títulos da capitalização são nominativos, mas podem ser cedidos a simples, é fácil entender que os saques mensais, aqui chamados de bene-
terceiros, respeitando-se as formalidades legais. fícios, devem ter uma relação com o capital acumulado. Não é possível
fazer saques expressivos sobre o capital sem correr o risco de o dinheiro
poupado acabar muito rápido.
Os subscritores de títulos à vista concorrerão aos sorteios semanal-
mente. Os subscritores de títulos à prazo, que estiverem com suas mensa- Considera-se contrato de seguro aquele pelo qual uma das partes se
lidades quitadas até a data do sorteio, também terão direito de concorrer a obriga para com outra, mediante a paga de um prêmio, a indenizá-la do
este semanalmente. prejuízo resultante de riscos futuros, previstos no contrato (art. 1.432 do
Código Civil). É um contrato formal pois exige-se que seja escrito.
Os valores serão atualizados monetariamente, tendo por índice a TR e
a atualização das mensalidades será feita com base no IGP-M O seguro pode ser firmado por um único documento subscrito por am-
bas as partes. Pode dar-se também através da emissão de um simples
O subscritor do título, que esteja em vigor em 31 de dezembro de cada bilhete de seguro, como ocorre no seguro obrigatório de veículos. Mas, na
exercício social, tem direito de receber uma participação nos resultados da forma mais comum, o segurado assina isoladamente uma proposta de
Sociedade, apurados no balanço anual. Esta participação atinge os títulos seguro, recebendo em troca a apólice, que completa o contrato.
que completarem o 2º aniversário de vigência e nos próximos, contados da · Segurador é o que assume o risco.
data em que entrar em vigor. · Segurado é o que transfere o risco para o segurador.
· Risco é a exposição de pessoa, coisa ou interesse a dano futuro
Capital nominal é o valor que o título atinge no final do prazo de capita-
e imprevisível. Prêmio é o pagamento que o segurado faz à segu-
lização de 10 anos, correspondente ao valor assumido pela provisão ma-
radora.
temática no mesmo prazo final de capitalização e equivalente a 100% do
valor pago, atualizado monetariamente. · Indenização é a prestação da seguradora ao beneficiário em caso
de sinistro.
Crédito Direto ao Consumidor · Sinistro é a ocorrência efetiva do dano.
O Crédito Direto ao Consumidor é uma linha de empréstimo que está · Estipulante é que, num seguro de vida, institui um terceiro benefi-
diretamente ligada à compra de bens. É a linha que se encontra em lojas, ciário.
na compra de eletrodomésticos, roupas ou mesmo automóveis. O crédito · Beneficiário é o que foi nomeado para receber a indenização.
pode ser prefixado, quando já se conhece o valor de todas as prestações
no ato da compra, ou pós-fixado, quando o valor das prestações vai sendo O segurador tem ação regressiva contra o causador do dano, pelo que
calculado no vencimento das mesmas. efetivamente pagou, até o limite previsto no contrato de seguro.
Os prazos de financiamento são os mais variados. Dependem das Há vários tipos de seguros aos quais estamos familiarizados tais como
condições da economia, do tipo de bem financiado e do fôlego do compra- o seguro de vida, o seguro de veículos, o seguro residencial, seguro-
dor. Bens mais caros costumam ter financiamentos por prazos mais longos. saúde.
Em períodos de instabilidade econômica, os prazos ficam mais curtos. E
vice-versa, quando há maior estabilidade. SISTEMA BNDES
O Sistema BNDES formado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
No CDC, um dos maiores cuidados que o comprador deve ter é com as Econômico e Social — BNDES e suas subsidiárias Agência Especial de
taxas de juros. Algumas são realmente muito abusivas. Às vezes o custo do Financiamento Industrial-FINAME e BNDES Participações S/A-BNDESPAR
juro nem fica claro para o cliente. O Código de Defesa do Consumidor exige tem como objetivo prestar colaboração financeira às empresas sediadas no
que a loja informe exatamente o juro que está sendo cobrado do cliente, País cujos projetos sejam considerados prioritários no âmbito das “Políticas
mas nem sempre esta disposição é respeitada. Se for financiar, veja se a Operacionais do Sistema BNDES”, que estabelecem as linhas gerais de
taxa de juro cobrada é razoável. Não basta que a prestação caiba no orça- ação e os critérios para atuação do sistema.
mento.
O Sistema BNDES opera direta ou indiretamente, neste caso através
As solicitações de financiamento ao BNDES devem ser iniciadas com O Prazo total máximo (carência e amortização) varia com o produto e
uma consulta prévia na qual são especificadas as características básicas será concedido de acordo com a capacidade de pagamento do empreen-
da empresa solicitante e do seu empreendimento, necessários ao enqua- dimento, da empresa ou do grupo econômico.
dramento da operação nas Políticas Operacionais do Sistema BNDES. Esta
consulta prévia deve ser encaminhada diretamente ou por intermédio de Poderão existir, conforme o caso, outros encargos tais como comissão
um dos agentes financeiros à Carteira Operacional de Enquadramento da de estudo, de reserva de crédito, de fiscalização ou de expediente.
Área de Crédito do Sistema BNDESAC/CEREN
Financiamento à Empresa — FINEM
Políticas Operacionais Atende aos quatro setores de atividade — Indústria, Infra-Estrutura,
Comércio e Serviços e Agropecuária — financiando os investimentos em
a) Introdução operações de valor superior a R$ 1 milhão.
O Sistema BNDES apóia nos setores de atividade de Indústria, Infra-
Estrutura, Agropecuária e Comércio e Serviços os projetos que tenham por Os financiamentos entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões deverão ser ope-
objetivos racionalizados, preferencialmente, através dos agentes financeiros do
· Implantação; BNDES. Operações superiores a R$ 3 milhões poderão ser efetuadas
· Expansão; diretamente pelo BNDES. Os itens financiáveis são predeterminados além
· Relocalização; de serem estabelecidas restrições e exclusões aos financiamentos como de
· Modernização; máquinas e equipamentos novos ou usados, terrenos e benfeitorias.
· Capacitação tecnológica;
· Exportação de máquinas e equipamentos; BNDES Automático
· Melhoria de qualidade e aumento de produtividade; Atende aos quatro setores de atividade -Indústria, Infra-Estrutura, Co-
mércio e Serviços e Agropecuária — financiando o investimento de empre-
· Reestruturação e racionalização empresarial;
sas privadas através dos agentes financeiros credenciados no BNDES em
· Conservação do meio ambiente;
operações de até R$ 3 milhões por empresa/ano. Os itens financiáveis são
· Conservação de energia; predeterminados. Este produto não financia a aquisição de máquinas e
· Gastos com infra-estrutura econômica e social; equipamentos (novos ou usados), de terrenos e benfeitorias. Vejamos as
· Participação de capitais privados nos investimentos em infra- condições de financiamento da Indústria e da Infra-Estrutura.
estrutura.
FINAME Agrícola
Os itens de investimento passíveis de apoio financeiro, considerados Financia para o setor agrícola a aquisição de máquinas e implementos
para calculo do nível máximo de participação do Sistema BNDES são agrícolas novos, produzidos no País e cadastrados no FINAME. Este
determinados e específicos para cada setor de atividade. produto é operacionalizado somente através dos agentes financeiros do
FINAME. Podem obter recursos através deste produto, as empresas de
b) Produtos qualquer porte classificadas no setor agrícola, inclusive cooperativas e
Para cada setor de atividade está disponibilizado um conjunto de pro- pessoas físicas.
dutos com valores predeterminados, condições e participações de acordo
com a caracterização jurídica, o porte e a localização regional no País da FINAME Automático
empresa demandadora de recursos. Financia, para todos os setores, a aquisição de máquinas e equipa-
· Financiamento à Empresa -FINEM; mentos novos fabricados no País, cadastrados no FINAME e sem limite de
· BNDES Automático; valor. Este produto é operacionalizado somente através dos agentes finan-
· Financiamento à Marinha Mercante e à Construção Naval; ceiros do FINAME.
· FINAME Agrícola;
· FINAME Automático; FINAME Especial
· FINAME Especial; Destina-se ao financiamento, para todos os setores, exceto o de co-
· FINAME Construção Naval; mércio e serviços, de máquinas e equipamentos integrantes de empreen-
· Financiamento à Importação de Máquinas e Equipamentos; dimentos que necessitem de condições mais adequadas para sua viabiliza-
· Financiamento à Exportação de Máquinas e Equipamentos — FI- ção. Este produto poderá apoiar ainda as empresas fabricantes já negocia-
NAMEX; das e empresas sob controle de capital estrangeiro com a utilização de
· Garantia de Subscrição de Valores mobiliários; recursos externos e, com condições especiais.
· Subscrição de Valores Mobiliários;
.. Subscrição Direta na Empresa; Existe uma linha do FINAME especial para concorrência internacional
.. Condomínio de Capitalização de Empresas de Base Tecnológica que permite à indústria nacional melhorar as condições de competição com
— CONTEC; as estrangeiras nestas licitações. O custo desta linha é fornecido pela
.. Apoio a Companhias Regionais de Capital de Risco — CCR; correção cambial, mais a Libor, mais o spread do BNDES de 5% a.a., mais
· Financiamento ao Acionista — FINAC; o del credere do agente de 2% a.a.. O prazo máximo de amortização é de
10 anos e a participação do FINAME no financiamento e de 80%. Se o
· Prestação de Aval e Fiança.
fabricante do equipamento tiver ISO 9001 e 9002 e sua máquina estiver
registrada no “Cadastro Tecnológico” do FINAME, as condições de partici-
Para todos estes produtos será necessário a constituição de garantias
pação sobem para 88%. Outro beneficio se dá se o fabricante estiver na
nas operações de financiamento.
categoria dos que investem mais de 2% de seu faturamento em pesquisa e
desenvolvimento. Tal fato reduz o spread do BNDES para 0,3% a.a.
c) Condições Financeiras Básicas
A participação do Sistema BNDES, incidente sobre o valor total do in-
FINAME Construção Naval
vestimento financiável varia por produto e por setor de atividade, podendo
Destina-se ao financiamento da comercialização de embarcações ca-
ser ampliado em até 10% nos casos em que o empreendimento se localize
dastradas na FINAME, produzidas por empresas sediadas no País, desti-
em região incentivada, respeitadas as condições específicas de cada setor
nadas à utilização pela empresa compradora.
de atividade.
Financiamento à Importação de Máquinas e Equipamentos
O custo financeiro dos financiamentos concedidos pelo Sistema BN-
Nas demais operações, os Agentes Financeiros assumem o risco sen- Por empresa de base tecnológica entende-se aquela que fundamenta
do as taxas de desconto e de risco fixadas para cada operação. sua atividade produtiva no desenvolvimento de novos produtos ou proces-
sos baseados na aplicação sistemática de conhecimentos científicos e
Leasing Finame tecnológicos e na utilização de técnicas consideradas inovadoras ou pionei-
· Operações de financiamento feitas sem a intermediação de agen- ras.
tes financeiros (exceção no Finame), sendo feita diretamente com
as empresas de leasing cadastradas no Finame. Nas aplicações diretas, o primeiro aporte a cada empresa será limitado
· Repassa até 80% do valor do bem para micro e pequenas empre- a um máximo de R$ 2.000.000,00 podendo alcançar, em novos aportes, até
sas e 70% se a arrendatária for média ou grande. Nos dois casos, R$ 6.000.000,00.
este valor pode crescer em até 10% se o fornecedor tiver um certi-
ficado ISO 9000 já que a idéia é estimular a competitividade das Os aportes do CONTEC poderão representar até 100% do investimen-
empresas através das qualidades e capacitação tecnológica. to, a critério da BNDESPAR, e serão limitados a 40% do capital total da
· A taxa de juros é mais cara do que nas linhas tradicionais, sendo empresa apoiada.
de: TJLP + 9,5% a.a. sendo 3% destinado as empresas de leasing
· Os prazos de financiamento ficam entre 24 e 48 meses, no entanto, Apoio a Companhias Regionais de Capital de Risco — CCR
as prestações relativas ao pagamento da Finame podem ser quita- As CCR sociedades anônimas, cuja maioria do capital votante está em
das 6 meses após a assinatura do contrato. poder de capitais privados, têm como objetivo o apoio a pequenas e médias
· A parcela correspondente à quitação do valor aplicado pela leasing empresas de capital nacional localizadas no âmbito da região de sua sede.
está entre 30 e 35% ao ano mais a variação da TR (prática do mer-
cado em 12/95). A participação do CONTEC será limitada a 30% do capital de cada
· custo final do contrato é um mix entre o custo do Finame e das em- CCR, podendo ainda chegar a 40% se, no mínimo, 20% de seus investi-
O financiamento à subscrição de debêntures conversíveis em ações Conforme disposto no Art. 1º da Lei nº 8.392, de 30 de dezembro de
somente será concedido se a conversão ocorrer na mesma data da subs- 1991, o CNSP teve o prazo da vigência para funcionar como órgão Colegi-
crição das debêntures. ado, prorrogado até a data de promulgação da Lei Complementar de que
trata o Art. 192 da Constituição Federal.
As operações da BNDESPAR, no âmbito do FINAC, terão, necessari-
amente, que contar com a participação do BNDES no undenvriting como O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição,
coordenador ou garantidor. sendo a última através da edição da Lei nº10.190, de 14 de fevereiro de
2001, que lhe determinou a atual estrutura.
Prestações de Aval e Fiança
Este produto destina-se à prestação de fiança e aval a financiamentos MERCADO DE CAPITAIS:
internos e externos, bem como garantia bancária em operações de comér-
cio exterior.
· Ações – características e direitos; debêntures, diferenças entre
As condições financeiras para estas operações serão definidas pela companhias abertas e companhias fechadas, operações de
análise, levando em consideração o risco da operação. underwriting, funcionamento do mercado à vista de ações,
mercado de balcão, operações com ouro.
Programas Especiais
Periodicamente, de acordo com as políticas econômicas e sociais do CONCEITOS
governo federal, o Sistema BNDES cria programas de atendimento especí-
ficos para determinadas regiões do País ou setores de atividades específi- Mercado de ações: é o um subsistema do mercado de capitais, onde
cas, como por exemplo: se realizam as operações de compra e venda de ações. Suas funções
principais são: avaliação dos valores transacionados, liquidez e capitaliza-
Programa Nordeste Competitivo. Com o programa Nordeste Competiti- ção das empresas.
vo, o BNDES amplia sua atuação mediante aplicação de recursos adicio-
nais destinados ao incremento do apoio às atividades para as quais a Outros conceitos referentes aos mercado de ações:
região desfruta de vantagens competitivas inquestionáveis, havendo assim · Ação: título negociável, representativo de propriedade de uma
grande potencial para os novos empreendimentos, mais empregos e melho- fração do capital social de uma sociedade anônima.
ria da renda. · Ação cheia - Ação que ainda não recebeu ou exerceu direitos
(dividendos e/ou bonificações, e/ou subscrições) concedidos pela
O Programa Nordeste Competitivo prevê a aplicação de recursos adi- empresa emissora.
cionais do Sistema BNDES de até R$1.000.000.000,00 nos 3 anos que se · Ação endossável - Ação nominativa que pode ser transferida no
seguem, a partir de 21/05/93, apoiando as atividades de hortifruticultura Livro de Registro de Ações Nominativas a partir do endosso da
irrigada, turismo, beneficiamento de pedras ornamentais e de gipsita, têxtil própria cautela.
e confecções. Para estes setores são oferecidas condições operacionais — · Ação escritural - O estatuto da companhia pode autorizar ou es-
tais como nível de participação, prazos e taxas de juros —mais favoráveis tabelecer que todas as ações da empresa, de uma ou mais clas-
do que as atuais. ses, sejam mantidas em constas de depósito, em nome de seus ti-
tulares na instituição que designar, sem emissão de certificados.
Programa Amazônia Integrada. Sem prejuízo da continuidade do apoio
· Ação de fruição - São ações de posse e propriedade dos funda-
tradicional do Sistema BNDES aos empreendimentos localizados na Região
dores da companhia, já amortizadas, onde o titular recebeu, anteci-
Amazônica, foram selecionadas as atividades de bioindústria, agroindústria,
padamente, o valor contábil que elas representam. Não são nego-
aquicultura, turismo, indústria de beneficiamento de madeira, mineração e
ciáveis.,
metalurgia e, construção naval, que terão condições privilegiadas no âmbito
deste programa. · Ação fungível - Ação que se encontra em custódia em uma insti-
Art. 11. As empresas brasileiras emitentes de ações que integrem Art. 17. Aplica-se ao banco custodiante e aos seus administradores
programas de ADR/IDR poderão ressarcir as despesas efetivamente responsáveis pelas funções previstas neste regulamento, o disposto no
incorridas pelas instituições financeiras estrangeiras envolvidas no pro- capitulo V da lei n. 4.595, de 31.12.64, e no art. 11 da lei n. 6.385, de
cesso, desde que usuais no mercado internacional e previamente aprova- 07.12.76, independentemente de outras sanções legais cabíveis.
das pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo 1.. O valor das despesas a que se refere este artigo pode- Art. 18. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o banco custodi-
rá, a critério do Banco Central do Brasil, ser remetido simultaneamente ao aste que descumprir este regulamento fica responsável pelo recolhimento
ingresso dos recursos captados no exterior por intermédio do programa de integral dos tributos considerados devidos.
ADR/IDR.
Parágrafo 2.. Qualquer remessa ao exterior dependera de previa au- MERCADO DE BALCÃO
torização do Banco Central do Brasil/Departamento de Capitais Estrangei- Mercado de Balcão é o mercado de títulos sem lugar fixo para o desen-
ros (FIRCE), por intermédio de Certificado de Autorização para Remessa rolar das negociações. Os negócios são fechados via telefone entre institui-
(CAR) ou de Certificado de Registro (CR),conforme o caso. ções financeiras. São negociadas ações de empresas não registradas em
Parágrafo 3.. Para fins de registro de capital estrangeiro, nos termos Bolsa de Valores e outras espécies de títulos.
do capitulo I deste regulamento, será considerado o valor dos recursos
efetivamente ingressados no pais. AS OPERAÇÕES COM OURO
e) para as transferências para a posição especial: As instituições financeiras corretoras, necessariamente são membros
"Cláusula 6: Valor transferido para posição especial na forma do dis- da Bolsa de Valores, devem ser credenciadas pelo Banco Central do Brasil
posto no capitulo 5 do regulamento das normas cambiais de exportação, e pela CVM, podendo negociar valores mobiliários com exclusividade no
· Ação: título negociável, representativo de propriedade de uma · Bolsa de valores - Associação civil sem fins lucrativos. Seu obje-
fração do capital social de uma sociedade anônima. tivo básico consiste em manter local adequado ao encontro de seus
membros e 1a realização, entre eles, de transações de compra e ven-
· Ação cheia - Ação que ainda não recebeu ou exerceu direitos da de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especi-
(dividendos e/ou bonificações, e/ou subscrições) concedidos pela em- almente organização e fiscalizado por seus membros e pelas autorida-
presa emissora. des monetárias.
· Ação endossável - Ação nominativa que pode ser transferida no · Índice da Bolsa de Valores - Pode ser definido como o índice da
Livro de Registro de Ações Nominativas a partir do endosso da própria lucratividade de uma carteira de ações, carteira hipotética e suposta,
cautela. como sendo a carteira pertencente ao mercado. Deste modo, a evolu-
ção deste índice mostra a evolução dos ganhos do mercado, como um
· Ação escritural - O estatuto da companhia pode autorizar ou es- todo, e a sua representação gráfica constitui instrumentos utilizado pe-
tabelecer que todas as ações da empresa, de uma ou mais classes, se- los analistas para avaliação de tendências futuras dos negócios em
jam mantidas em constas de depósito, em nome de seus titulares na Bolsa.
instituição que designar, sem emissão de certificados.
· Mercado aberto: Mercado de compra e venda de títulos públicos e
· Ação de fruição - São ações de posse e propriedade dos funda- privados sob a orientação do Banco Central, atuam no mercado aberto
dores da companhia, já amortizadas, onde o titular recebeu, antecipa- as instituições financeiras que negociam entre si sempre por telefone,
damente, o valor contábil que elas representam. Não são negociáveis., sem necessidade de estarem presentes no mesmo local (como as Bol-
sas de valores) para realizarem seus negócios.
· Ação fungível - Ação que se encontra em custódia em uma insti-
tuição financeira, que fica obrigada a devolver ao depositante a quanti- · Mapa de controle do movimento de ações - proporciona ao inves-
dade de ações recebidas com as modificações resultantes de altera- tidor o controle do movimento de ações de empresas que integram sua
ções no capital social ou no número das ações da companhia emisso- carteira. Deverão ser utilizados tantos mapas quantas forem as empre-
ra, independentemente do número de ordem das ações ou dos certifi- sas componentes da carteira.
cados recebidos em depósito.
· Mapa de levantamento de posição da carteira de ações. Tem a fi-
· Ação listada em bolsa - Ações de empresas que satisfazem aos nalidade de apurar em um dado momento, o valor da carteira de ações
requisitos das Bolsas de Valores para efeito de negociação de seus tí- do investidor, assim como o resultado que ele está tendo no conjunto
tulos em pregão. de sua ações.
· Ação nominativa - Ação que identifica o nome de seu proprietário. BOLSA DE VALORES
Sua transferência deve ser registrada no livro especial da empresa,
denominado “Livro de Registro de Ações Nominativas. Local onde se negociam títulos emitidos por empresas privadas ou es-
tatais. O título dá ao portador o direito de propriedade sobre uma quantia
· Ação ordinária - Ação que tem a característica de conceder a seu em dinheiro, pela qual responde o emissor do documento. Tais operações
titular o direito de voto em Assembléia. servem para as empresas captarem recursos dos quais não dispõem.
· Ação preferencial - ação que dá aos seu possuidor prioridade no As bolsas de valores têm origem nas feiras de mercadorias da Antigui-
recebimento de dividendos e/ou, em caso de dissolução da empresa, dade. Na forma atual surgem em 1487, quando é criada em Bruges, na
no reembolso do capital. Normalmente não tem direito a voto em As- Bélgica, a primeira bolsa. Elas facilitam o desenvolvimento econômico da
sembléia. época, sobretudo por permitir a mobilização de grandes somas de capitais,
essenciais para o financiamento das expedições colonizadoras.
· Ação com valor nominal - é o valor mencionado na carta de regis-
As bolsas de valores funcionam como uma associação, um clube, cujos
tro de uma empresa e atribuído a uma ação representativa do capital.
sócios são as corretoras de valores. Elas representam os interesses das
· Ação sem valor nominal - Ação para a qual não se convenciona empresas e negociam em nome delas. As bolsas negociam ações e debên-
valor de emissão, prevalecendo o preço de mercado por ocasião do tures. O volume maior é o de ações.
lançamento. Ações –Títulos que indicam a participação do possuidor na propriedade
· Ação vazia - Ação que já exerceu os direitos (dividendos/ bon./ de uma determinada companhia e lhe dão direito a parte dos lucros. O tipo
subscrição) concedidos pela empresa emissora. e o número de ações adquiridas definem a extensão da participação na
propriedade. Quando uma empresa precisa de recursos, procura uma
· Comando Acionário - Poder exercido pelo acionista ou grupo ma- corretora de valores credenciada na bolsa, que divide o capital da empresa
joritário. em frações. Quando uma empresa passa por esse processo, está abrindo
seu capital e ganha a denominação legal de sociedade anônima. Em rela-
· Acionista - proprietário de uma ou mais ações de uma sociedade ção aos direitos que conferem, as ações se dividem em dois tipos: ordiná-
anônima. rias e preferenciais. As ordinárias dão direito a voto nas decisões adminis-
trativas importantes, como eleição de diretoria. Mas representam risco
· Acionista majoritário - Acionista que detém uma quantidade tal de maior. De fato, esses acionistas só recebem os dividendos depois dos
ações com direito a voto que lhe permite (dentro da distribuição vigente portadores de ações preferenciais. Estes têm prioridade na distribuição de
de participação acionária) manter o controle acionário de uma empre- lucros. Em compensação, não têm direito a voto nas assembléias de acio-
sa. nistas. O poder de um acionista de influir na administração ou de receber
· Acionista minoritário - Acionista proprietário de ações com direito dividendos, ou as duas coisas, está relacionado à soma de dinheiro investi-
a voto, cujo total não lhe garante o controle da sociedade. da na empresa e, portanto, ao número e tipo de ações que possui.
Parágrafo 3. A emissão de ADR/IDR lastreada na compra de ações II - nos casos de retorno e de ganho de capital:
junto a bolsas de valores brasileiras devera ser previamente aprovada pela a- comprovante de alienação das ações em bolsa de valores; e
comissão de valores mobiliários, assim como os programas que envolvam a
colocação primaria de ações no exterior. b - demonstrativo evidenciando o numero de ações alienadas e os
valores de aquisição e venda, bem como o ganho de capital, se houver.
Parágrafo 4. Os contratos referidos no "caput" deste artigo deverão
conter clausula estipulando a obrigatoriedade de fornecimento a comissão Parágrafo 1. O Banco Central do Brasil poderá estabelecer a neces-
de valores mobiliários e ao Banco Central do Brasil, pelos bancos custodi- sidade de apresentação de outros documentos para fins de comprovação
ante e emissor, a qualquer tempo, de quaisquer informações relativas aos dos valores objeto de remessa.
títulos emitidos. Parágrafo 2. Deverão os bancos intervenientes nas remessas enca-
CAPITULO I minhar ao Banco Central do Brasil/ Departamento de Capitais estrangeiros
DO REGISTRO DOS RECURSOS EXTERNOS INGRESSADOS (FIRCE), ate o final do expediente do dia útil seguinte ao da liquidação do
cambio, os documentos entregues pelo banco custodiante na forma deste
Art. 3.. os recursos ingressados no pais estarão sujeitos a registro no artigo, juntamente com copia do contrato de cambio respectivo ou indicação
Banco Central do Brasil, para efeito de controle de capital estrangeiro e de dos dados que o identificam.
futuras remessas, para o exterior,de rendimentos, retorno e de ganhos de
capital. Art. 6. O banco custodiante devera encaminhar ao Banco Central
do Brasil/Departamento de Capitais Estrangeiros (FIRCE), dentro de 5
Parágrafo 1.. O registro de capital estrangeiro será requerido pelo (cinco) dias, a contar da efetivação de cada remessa, as seguintes informa-
banco custodiante, em nome do banco emissor dos ADR/IDR, na qualida- ções e documentos para fins de controle e,quando cabível, atualização do
de de agente dos investidores. registro:
Parágrafo 1. O registro de capital estrangeiro será requerido pelo I - Nos casos de dividendos ou alienação de direitos de subscrição
banco custodiante, em nome do banco emissor dos ADR/IDR, na qualida- ou outros direitos inerentes as ações:
de de agente dos investidores.
a - demonstrativo evidenciando os direitos e os valores de aquisição
Parágrafo 2. O registro dos recursos externos ingressados será con- e venda, bem como a apuração dos valores bruto e liquido da remessa,
siderado efetuado quando da emissão do respectivo certificado pelo Banco com indicação do numero do certificado de registro de capital estrangeiro
Central do Brasil, tendo como receptora do investimento a empresa brasilei- correspondente; e
ra emitente das ações.
b - nos casos de remessas decorrentes de alienação de direitos de
Parágrafo 3. A cada ingresso de divisas no pais, para aquisição de subscrição e outros direitos, demonstrativo fornecido pela instituição inter-
ações pelo mecanismo de ADR/IDR, correspondera acréscimo no registro veniente na venda ou por bolsa de valores, indicando os preços médios de
de investimento em moeda estrangeira em nome do banco emissor do venda e as quantidades dos direitos e das ações negociadas nos 15
ADR/IDR, na qualidade de agente dos investidores. (quinze) pregoes imediatamente anteriores a data de alienação, nas duas
Parágrafo 4.. nos casos de bonificação em ações, o registro de ca- bolsas onde os direitos e as ações tiverem sido mais negociados.
pital estrangeiro será alterado apenas no que tange a quantidade de ações II - Nos casos de retorno e de ganhos de capital:
detida pelo investidor e ao valor e constituição do capital social da empresa
brasileira. a - demonstrativo evidenciando o numero de ações alienadas e os
valores de aquisição e venda, bem como o ganho de capital, se houver;
Art. 4. O certificado de registro de capital estrangeiro emitido pelo
banco central do Brasil e o instrumento hábil para se efetivar as remessas b - indicação das baixas que devam ser efetuadas no registro de
de dividendos, do produto da alienação de direitos de subscrição de ações capital estrangeiro; e
ou outros direitos inerentes as ações, bem como a titulo de retorno e c - demonstrativo fornecido pela instituição interveniente na venda
ganhos de capital. ou por bolsa de valores, indicando os preços médios de venda e a quan-
Parágrafo 1.. As remessas serão processadas pelo banco custodian- tidade de ações negociadas nos 15 (quinze) pregoes imediatamente
te, através de bancos autorizados a operar em cambio, correspondendo, a anteriores a data de alienação, nas duas bolsas onde a ação tiver sido
cada tipo de remessa, fechamento de cambio distinto. mais negociada.
Parágrafo 2.. Exceto no que concerne aos dividendos e bonificações Art. 7. Na efetivação das remessas previstas no art. 5. deste regula-
em dinheiro, as demais remessas para o exterior deverão ter como limite o mento, os bancos intervenientes serão responsáveis pela verificação do
valor de alienação, em bolsa de valores, das ações ou dos direitos a elas cumprimento, por parte do banco custodiante e de acordo com a natureza
inerentes, deduzidas as despesas correspondentes. da transferência, dos dispositivos deste regulamento, cabendo-lhes,
ainda, observar rigorosamente as normas sobre remessas financeiras ao
Art. 5. Por ocasião das remessas, o banco custodiante devera en- exterior, inclusive no que tange as anotações cabíveis nas folhas anexas
tregar aos bancos intervenientes nas operações de cambio copia dos ao certificado de registro.
documentos a seguir relacionados, devidamente formalizados:
CAPITULO II
I - no caso de dividendos e do produto da alienação de direitos DO RESGATE DE ADR/IDR
de subscrição ou outros direitos inerentes as ações:
Art. 8. os investidores estrangeiros que detenham ADR/IDR poderão
a - ata da reunião dos órgãos de administração em que tenha sido resgata-los a fim de:
autorizada a distribuição de dividendos ou bonificação em dinheiro, ou que
tenha gerado outros direitos, observado, no que tange a rendimentos I - efetuar, no mercado brasileiro, a alienação das ações corres-
apurados em balanços intermediários, o limite estabelecido no parágrafo 1. pondentes aos ADR/IDR resgatados;
do art. 204 da lei n. 6.404, de 15.12.76; II- retirar as ações do banco custodiante, passando a condição de
b- demonstrações financeiras da empresa brasileira emissora das investidor direto, nos termos e condições do anexo IV da Resolução n.
São modalidades de operações do mercado de ouro: III - Considerar-se-ão automaticamente registradas na Comissão de
Valores Mobiliários, independentemente de qualquer formalidade:
· SPOT - são operações de compra e venda realizadas em pregão,
de contratos autorizados pela BM&F para pronta entrega, com liquida- a - De acordo com o inciso I do art. 21 da Lei nº 6.385, de 7 de de-
ção no primeiro dia útil após a operação. zembro de 1976, para negociação de seus valores em Bolsas de Valores,
as companhias que estejam registradas no Banco Central nos termos da
· MÚTUO: são operações de “aluguel”por parte do proprietário de citada Resolução nº 88 e que tenham seus valores mobiliários admitidos a
uma posição de ouro físico junto a uma Corretora, por um período de- negociação em Bolsa de Valores;
terminado, cobrando por isso, taxa de juros de acordo com o mercado
b - de acordo com o inciso II do art. 21 da Lei nº 6.385, de 7 de de-
não cobrando taxa de custódia.
zembro de 1976, para negociação de seus valores em mercado de balcão:
· EM CONTA: operações de compra e venda por investidores em 1 - As companhias que, tendo obtido registro no Banco Central, nos
quantidades mínimas de 10 gramas e seus múltiplos, com procedimen- termos do item XII da Resolução nº 88, de 30 de janeiro de 1968, para
to contábil de movimentação financeira com liquidação no primeiro dia emissão de valores a serem distribuídos no mercado, não tenham seus
útil após a operação. valores mobiliários admitidos a negociação em Bolsa de Valores;
Ainda existem outras operações no mercado de ouro tais como as rea- 2 - As companhias que cancelaram o registro para negociação, em
lizadas em , opções, a termo, etc. Bolsa, de valores mobiliários de sua emissão.
COMPANHIAS ABERTAS E FECHADAS IV - Os valores mobiliários emitidos por companhias registradas em
As Companhias fechadas deverão sempre ter valor nominal. As aber- Bolsa de Valores somente poderão ser negociados no mercado de balcão
tas não, o mercado é quem vai dizer quanto elas valem. quando resultantes da emissão realizada nos termos do art. 19 da Lei nº
6.385, de 7 de dezembro de 1976, durante o período de distribuição da
A Lei nº 6.404/76 ("Lei de Sociedades por Ações") distingui dois tipos respectiva emissão.
de companhias: (i) as companhias fechadas e (ii) as companhias abertas.
As companhias abertas têm seus valores mobiliários negociados em bolsas V - Até que a Comissão de Valores Mobiliários expeça as normas
de valores ou no mercado de balcão, sendo-lhes permitido captar recursos previstas no parágrafo único do art. 22 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro
junto ao público investidor. de 1976, as companhias abertas estão obrigadas a prestar ao Banco
Central as informações previstas na Resolução nº 88, de 30 de janeiro de
Em razão da possibilidade de captação de recursos junto ao público in- 1968 e no parágrafo 4º do art. 157 da Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de
vestidor, as companhias abertas submetem-se a uma série de obrigações 1976.
específicas, impostas por lei e dispositivos regulamentares, expedidos,
principalmente, pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM (autarquia VI - A Comissão de Valores Mobiliários expedirá normas regulando
federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pela Lei nº 6.385, de as condições que deverão ser satisfeitas pelas companhias abertas para
07/12/1986, tendo por objetivo a normatização, a regulamentação, o de- que elas possam cancelar os registros de que trata o art. 21 da Lei nº
senvolvimento, o controle e a fiscalização do mercado de valores mobiliá- 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
rios no Brasil), cuja finalidade precípua é a proteção do investidor. VII - No exercício financeiro de 1978, ano-base 1977, somente terão
Assim, enquanto as companhias fechadas têm grande liberdade para direito às vantagens fiscais asseguradas na legislação do Imposto de
estabelecerem suas regras de funcionamento da forma que melhor atenda Renda as companhias abertas que possuíam, em 1º de janeiro de 1977,
aos interesses de seus acionistas, as companhias abertas sofrem determi- certificado de sociedade de capital aberto em vigor, expedido pelo Banco
nadas restrições, gozando de menor flexibilidade para a elaboração de Central, nos termos da Resolução nº 106, de 11 de dezembro de 1968, ou
regras próprias de funcionamento no estatuto social. que tenham obtido esse certificado entre aquela data e 31 de dezembro de
1977.
As companhias abertas devem, além de respeitar os preceitos da Lei
das Sociedades por Ações, obter os registros necessários para negociação VIII - Perderão as vantagens fiscais as companhias abertas que tive-
de seus valores mobiliários em Bolsa de Valores ou no Mercado de Balcão. rem cancelada sua admissão a negociação em Bolsa de Valores.
Vale notar ainda, que apenas as companhias abertas poderão emitir IX - Até 31 de dezembro de 1977, fixar-se-ão as condições segundo
recibos de depósitos (DR's), isto é, certificados representativos de suas as quais as companhias abertas serão consideradas sociedades anônimas
ações, para negociação no mercado externo, possibilitando a captação de de capital aberto, para efeito da legislação do Imposto de Renda, a partir do
recursos de investidores estrangeiros. exercício financeiro de 1979.
Underwriting é a nome dado para designar o esquema de lançamento · Reservas cambiais são depósitos em moedas estrangeiras de
de ações mediante subscrição pública, para o qual uma empresa encarrega posse do governo ou Banco Central.
uma instituição financeira que será responsável pela sua colocação no OPERAÇÕES DE CÂMBIO
mercado. Seu lançamento pode ocorrer através da emissão de debêntures
conversíveis, distribuição de ações já existentes ou através da emissão de O câmbio, no seu conceito mercantil, como já estudamos, consiste na
novas ações e vis proporcionar a abertura do capital de empresas públicas operação de troca de moeda. Caso a moeda fosse universal, única em
ou privada que desejam captar recursos visando o seu crescimento. todas as regiões do mundo, não haveria necessidade de efetuar operações
de câmbio.
MERCADO DE CÂMBIO:
Entretanto, como sabemos, a moeda única não constitui realidade, e o
ESTRUTURA que temos é um pluralismo de moedas em que se situam aquelas conheci-
Para fazer pagamentos internacionais, é preciso converter uma moeda das como moedas arbitráveis - isto é, livremente convertidas em outras - e
em outra. Quer a transação envolva a compra ou a venda de mercadorias, moedas não arbitráveis - aquelas que não tem curso livre, internacional.
turismo ou movimentos de capital para fins de investimento ou arbitragem Quando se trata de transações comerciais e financeira, entre países de
de juros, sempre há necessidade de trocar uma moeda por outra. Esta moeda não conversível, entre si ou com outros de moeda conversível, a
demanda é atendida pelo mercado de câmbio, que é dominado pelos operação se processa através de débitos reembolsáveis ou créditos a
bancos comerciais. Embora este mercado seja um mercado de troca de serem liquidados junto a banqueiros de países de moeda conversível.
dinheiro, não há um mercado central como o que existe para ações e
obrigações na Bolsa de Valores de New York ou para grãos no Chicago Pela operação de compra, a instituição adquire moeda estrangeira em
Board of Trade. O mercado de câmbio é um mecanismo e não um local. Ele espécie ou crédito existente no exterior, entregando em contrapartida o
é bastante informal e não tem horário fixo. Nos Estados Unidos ele é com- equivalente em moeda nacional.
posto por aproximadamente 25 bancos e alguns corretores de câmbio. Fora Na operação de venda de câmbio, o banco faz a entrega em espécie,
do Estados Unidos, os principais participantes são os bancos centrais dos de moeda ou efetua pagamentos no exterior por conta de um cliente no
vários países e os grandes bancos comerciais. O comércio é feito por país, recebendo em contrapartida, o equivalente em moeda nacional.
telefone ou telex. O mercado de câmbio não tem regras por escrito; sua
atividade é conduzida de acordo com os princípios e um código de ética Há duas espécies fundamentais de operações de câmbio: o manual e o
que evoluíram ao longo do tempo. A principal estrutura do mercado é um escritural.
sistema de comunicação direta entre os participantes.
Operação de câmbio manual é a que consiste na troca imediata da
CONCEITOS moeda nacional por estrangeira. Esse tipo de operação atende geralmente
às necessidades das pessoas que se deslocam para o estrangeiro, as
Mercado de câmbio é um mercado no qual uma moeda nacional de um quais, em troca da moeda de seu país, recebem bilhetes de banco ou
país (por exemplo, o real) é trocada por moeda nacional de outro país (por cheques de viagem em moeda alienígena. Trata-se como se percebe, de
exemplo), guardando as devidas proporções de acordo com as cotações operação de menor vulto, atendendo às necessidades de turismo ou de
do câmbio na oportunidade em que as moedas são trocadas. negócio.
Muitos bancos de todos os países oferecem serviços de câmbio, mas As operações de câmbio mais numerosas, e envolvendo importâncias
apenas alguns criam e mantêm um mercado - assumem posição ou man- maiores, são as escriturais, destinadas à exportação e à importação, e que
têm um estoque de moedas estrangeiras. Estes bancos são realmente o se perfazem por lançamentos contábeis: “...os bancos negociam haveres
centro ou o alicerce do mercado de câmbio. em conta, isto é , vendem a seus clientes nacionais somas descontadas
Para oferecer a seus clientes serviços de câmbio, alguns bancos ame- sobre seus haveres no estrangeiro e recebem, em contrapartida francos.
ricanos precisam ter estoques de moedas estrangeiras na forma de depósi- Em sentido contrário, quando se trata de “repatriar divisas” (em seguida a
tos nos bancos estrangeiros. Estes depósitos ou estoques são mantidos uma exportação, por exemplo), a conta do banqueiro francês mantida no
com a compra e venda de saldo tanto de bancos estrangeiros quanto de estrangeiro, recebe o equivalente em francos “ (Rodière e Riges-Lange).
bancos domésticos, pessoas físicas e empresas. Os estoques também Portanto, o banco vende ao interessado, do pais, somas tiradas de
podem ser aumentados com a compra e venda de letras de câmbio, che- seus haveres no estrangeiro, recebendo moeda nacional, nos casos de
ques de viagem, cupons de obrigações, garantias de dividendos e outros importação. Ou compra a moeda, estrangeira, pagando ao vendedor em
ativos em moeda estrangeira. O valor do estoque e a variedade de moedas moeda nacional, quando se trata de exportação.
dependem da atividade que um banco tem em uma determinada moeda.
Obviamente, a porcentagem maior do estoque irá para aquelas moedas Se as operações de câmbio manual se aperfeiçoam instantaneamente,
que apresentarem maior demanda. Em outras palavras, o estoque contém ou seja, a vista, as escriturais, praticadas pelos importadores e exportado-
moedas dos países com os quais temos comércio, em que investimos para res, são geralmente a termo, nas quais o curso do câmbio é determinado
onde viajamos. no dia em que a ordem é dada, mas a realização material permanece em
suspenso: a entrega das divisas e seu pagamento são reportados a uma
A troca de moedas dá-se conforme o “curso do câmbio”, que exprime o data ulterior determinada. No caso de inadimplemento do contrato de
valor de uma moeda em relação à outra. Num sistema de livre mercado e câmbio por parte do exportador, que conseguiu o adiantamento do banco, o
sendo a moeda equiparável à mercadoria, a fixação do “curso do câmbio” instrumento, devidamente protestado servirá para a propositura da execu-
deveria dar-se pela lei da oferta e da procura. Entretanto, a relevância ção contra aquele, desde que as importâncias correspondentes estejam
desse tipo de operação levou não só à sua oficialização pelos órgãos averbadas no contrato, com anuência do devedor.
governamentais, como também a que ficasse a eles reservada a função de
fixar o “curso do câmbio”. Entretanto, nos chamados países de “moeda De seu lado, o banco incorre em responsabilidade se não se houver
fraca”, isto é, em que o valor das importações supera o das exportações com a devida exação, pois o câmbio é também um serviço que o banco
viceja o mercado livre, ou paralelo, onde, na realidade, o “curso do câmbio” fornece a seu cliente; na medida em que ele aceitou fornecer esse serviço,
é estabelecido pela lei da oferta e da procura. o banco assume uma obrigação de prudência e de diligência: assim, um
banco deve reparar o prejuízo resultante para seu cliente, do fato da dife-
· Taxa de câmbio é o preço de uma moeda nacional com relação a rença de suas taxas de câmbio quando ele não executou prontamente a
outra moeda. ordem recebida.
· Tarifa é um imposto sobre bens importados, e pode ser aplicada Controle de câmbio - as operações de câmbio encontram-se, atualmen-
sob a forma de uma tarifa específica ou de uma tarifa “ad valorem”. te, sob controle oficial, cumprindo ao Banco Central do Brasil não só autori-
zá-las, como também fixar as respectivas taxas. O fenômeno da regula-
a) a assinatura das partes intervenientes no contrato de câmbio O registro de contratação de câmbio serra efetuado com utilização das
constitui requisito indispensável na via destinada a instituição autorizada ou seguintes opções das transações de prefixo PCAM indicadas no item 1
credenciada, negociadora do cambio; deste titulo:
b) deve ser mantida em arquivo uma via original dos contratos de Contratação:
câmbio, bem como dos demais documentos vinculados à operação, pelo a) exportação - tipo 01 destinado à contratação de câmbio de exportação
prazo de 5 (cinco) anos, contados do término do exercício em que ocorra a de mercadorias ou de serviços.
liquidação, cancelamento ou baixa, ressalvadas as operações cuja docu-
mentação deva ser mantida em arquivo por prazo e na forma expressa- b) importação - tipo 02 destinado à contratação de câmbio de importação
mente prevista em normativos específicos ou que venham a ser determi- de mercadorias, não amparadas em certificados de registro do Banco
nadas pelo Banco Central do Brasil.” Central do Brasil.
“13. Constarão obrigatoriamente do contrato de cambio, conforme o c) transferências financeiras do/para o exterior
caso, as seguintes cláusulas: - compras - tipo 03
a) para todas as contratações: - vendas - tipo 04 destinados à contratação de câmbio referente a
"Cláusula 1: O presente contrato subordina-se as normas, condições operações de natureza financeira, importações financiadas amparadas
e exigências legais e regulamentares aplicáveis à matéria". em certificados de registro do Banco Central do Brasil, simbólicas e as
de câmbio manual, previstas no mercado de câmbio de taxas livres.
"Cláusula 2: O(s) registro(s) de exportação / importação constante(s)
no SISCOMEX, quando vinculado(s) à presente operação, passa(m) a d) operações de câmbio entre instituições, entre departamentos e de
constituir parte integrante do contrato de câmbio que ora se celebra." arbitragens
Nas décadas de 80 e 90, muitas resoluções do Banco Cen- As vantagens do leasing são tantas que podemos classificá-las em dois
tral disciplinaram ou proibiram certas operações. Recentemen- tipos:
te o B.C. procurou incentivá-las, abrindo-as às Pessoas Físicas. A - vantagens fiscais e contábeis:
"FUNDING” DAS EMPRESAS DE LEASING - deduções das contraprestações, pela arrendatária, para efeito de
imposto de renda;
As empresas de leasing não podem levantar recursos, como os ban-
Os itens de investimento passíveis de apoio financeiro, considerados Atende aos quatro setores de atividade -Indústria, Infra-Estrutura, Co-
para calculo do nível máximo de participação do Sistema BNDES são mércio e Serviços e Agropecuária — financiando o investimento de empre-
determinados e específicos para cada setor de atividade. sas privadas através dos agentes financeiros credenciados no BNDES em
operações de até R$ 3 milhões por empresa/ano. Os itens financiáveis são
b) Produtos predeterminados. Este produto não financia a aquisição de máquinas e
equipamentos (novos ou usados), de terrenos e benfeitorias. Vejamos as
Para cada setor de atividade está disponibilizado um conjunto de pro-
condições de financiamento da Indústria e da Infra-Estrutura.
dutos com valores predeterminados, condições e participações de acordo
com a caracterização jurídica, o porte e a localização regional no País da FINAME Agrícola
empresa demandadora de recursos.
Financia para o setor agrícola a aquisição de máquinas e implementos
· Financiamento à Empresa -FINEM; agrícolas novos, produzidos no País e cadastrados no FINAME. Este
produto é operacionalizado somente através dos agentes financeiros do
· BNDES Automático; FINAME. Podem obter recursos através deste produto, as empresas de
· Financiamento à Marinha Mercante e à Construção Naval; qualquer porte classificadas no setor agrícola, inclusive cooperativas e
pessoas físicas.
· FINAME Agrícola;
FINAME Automático
· FINAME Automático;
Financia, para todos os setores, a aquisição de máquinas e equipa-
· FINAME Especial; mentos novos fabricados no País, cadastrados no FINAME e sem limite de
valor. Este produto é operacionalizado somente através dos agentes finan-
· FINAME Construção Naval; ceiros do FINAME.
· Financiamento à Importação de Máquinas e Equipamentos; FINAME Especial
· Financiamento à Exportação de Máquinas e Equipamentos — FINA- Destina-se ao financiamento, para todos os setores, exceto o de co-
MEX; mércio e serviços, de máquinas e equipamentos integrantes de empreen-
dimentos que necessitem de condições mais adequadas para sua viabiliza-
· Garantia de Subscrição de Valores mobiliários;
ção. Este produto poderá apoiar ainda as empresas fabricantes já negocia-
· Subscrição de Valores Mobiliários; das e empresas sob controle de capital estrangeiro com a utilização de
recursos externos e, com condições especiais.
.. Subscrição Direta na Empresa;
Existe uma linha do FINAME especial para concorrência internacional
.. Condomínio de Capitalização de Empresas de Base Tecnológica — que permite à indústria nacional melhorar as condições de competição com
CONTEC; as estrangeiras nestas licitações. O custo desta linha é fornecido pela
.. Apoio a Companhias Regionais de Capital de Risco — CCR; correção cambial, mais a Libor, mais o spread do BNDES de 5% a.a., mais
o del credere do agente de 2% a.a.. O prazo máximo de amortização é de
· Financiamento ao Acionista — FINAC; 10 anos e a participação do FINAME no financiamento e de 80%. Se o
fabricante do equipamento tiver ISO 9001 e 9002 e sua máquina estiver
· Prestação de Aval e Fiança.
registrada no “Cadastro Tecnológico” do FINAME, as condições de partici-
Para todos estes produtos será necessário a constituição de garantias pação sobem para 88%. Outro beneficio se dá se o fabricante estiver na
nas operações de financiamento. categoria dos que investem mais de 2% de seu faturamento em pesquisa e
desenvolvimento. Tal fato reduz o spread do BNDES para 0,3% a.a.
c) Condições Financeiras Básicas
FINAME Construção Naval
A participação do Sistema BNDES, incidente sobre o valor total do in-
vestimento financiável varia por produto e por setor de atividade, podendo Destina-se ao financiamento da comercialização de embarcações ca-
ser ampliado em até 10% nos casos em que o empreendimento se localize dastradas na FINAME, produzidas por empresas sediadas no País, desti-
em região incentivada, respeitadas as condições específicas de cada setor nadas à utilização pela empresa compradora.
de atividade. Financiamento à Importação de Máquinas e Equipamentos
O custo financeiro dos financiamentos concedidos pelo Sistema BN- Destina-se ao financiamento da importação de máquinas e equipamen-
DES é composto da Taxa de Juros de Longo Prazo — TJLP acrescido de tos, sujeita à disponibilidade de recursos específicos e à aprovação do
um spread pata cada produto, setor de atividade e região que inclui a pedido de financiamento pela instituição credora dos recursos, podendo ser
comissão do agente repassador, quando for o caso. utilizado no apoio a empresas sob controle de capital estrangeiro somente
O Prazo total máximo (carência e amortização) varia com o produto e quando a importação constituir um dos itens de investimento apoiado pelo
será concedido de acordo com a capacidade de pagamento do empreen- sistema BNDES.
dimento, da empresa ou do grupo econômico. O apoio à importação de máquinas e equipamentos somente poderá
Poderão existir, conforme o caso, outros encargos tais como comissão ser concedido através da prestação de garantia, do repasse de linha de
de estudo, de reserva de crédito, de fiscalização ou de expediente. recursos externos e da aplicação do retorno desses recursos.
Financiamento à Empresa — FINEM Aquela operação, cujo valor do financiamento externo seja inferior ao
equivalente a R$ 3.000.000,00, poderá ser operacionalizada de acordo com
Atende aos quatro setores de atividade — Indústria, Infra-Estrutura, o processamento adotado para o BNDES Automático. Neste caso, serão
Comércio e Serviços e Agropecuária — financiando os investimentos em obedecidas as condições operacionais estipuladas para o financiamento à
operações de valor superior a R$ 1 milhão. importação de máquinas e equipamentos e atendidos os limites para apoio
Os financiamentos entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões deverão ser ope- do Sistema BNDES a pleitos de pequeno valor.
racionalizados, preferencialmente, através dos agentes financeiros do As operações destinadas a financiar a importação de máquinas e equi-
Leasing Finame Por empresa de base tecnológica entende-se aquela que fundamenta
sua atividade produtiva no desenvolvimento de novos produtos ou proces-
· Operações de financiamento feitas sem a intermediação de agentes sos baseados na aplicação sistemática de conhecimentos científicos e
financeiros (exceção no Finame), sendo feita diretamente com as em- tecnológicos e na utilização de técnicas consideradas inovadoras ou pionei-
presas de leasing cadastradas no Finame. ras.
· Repassa até 80% do valor do bem para micro e pequenas empresas e Nas aplicações diretas, o primeiro aporte a cada empresa será limitado
70% se a arrendatária for média ou grande. Nos dois casos, este valor a um máximo de R$ 2.000.000,00 podendo alcançar, em novos aportes, até
pode crescer em até 10% se o fornecedor tiver um certificado ISO 9000 R$ 6.000.000,00.
já que a ideia é estimular a competitividade das empresas através das
qualidades e capacitação tecnológica. Os aportes do CONTEC poderão representar até 100% do investimen-
to, a critério da BNDESPAR, e serão limitados a 40% do capital total da
· A taxa de juros é mais cara do que nas linhas tradicionais, sendo de: empresa apoiada.
TJLP + 9,5% a.a. sendo 3% destinado as empresas de leasing
Apoio a Companhias Regionais de Capital de Risco — CCR
· Os prazos de financiamento ficam entre 24 e 48 meses, no entanto,
As CCR sociedades anônimas, cuja maioria do capital votante está em
as prestações relativas ao pagamento da Finame podem ser quitadas 6
poder de capitais privados, têm como objetivo o apoio a pequenas e médias
meses após a assinatura do contrato.
empresas de capital nacional localizadas no âmbito da região de sua sede.
· A parcela correspondente à quitação do valor aplicado pela leasing A participação do CONTEC será limitada a 30% do capital de cada
está entre 30 e 35% ao ano mais a variação da TR (prática do mercado CCR, podendo ainda chegar a 40% se, no mínimo, 20% de seus investi-
em 12/95). mentos forem realizados em empresas de base tecnológica.
· custo final do contrato é um mix entre o custo do Finame e das em- O apoio às CCR deverá ser limitado a um risco máximo de R$
presas de leasing. 4000.000,00.
· Sua aplicação será restrita a máquinas e equipamentos, não incluindo A aplicação das CCR em cada empresa está limitada a um risco máxi-
micros e veículos. mo de R$ 1.000.000,00 ou 40% do capital total da empresa.
· Por questões legais as arrendadoras estrangeiras não poderão utilizar Os acionistas das CCR deverão se comprometer a integralizar o equi-
recursos ordinários do BNDES. valente a R$ 8.000.000,00 no prazo de 36 meses.
Garantia de Subscrição de Valores Mobiliários Financiamento ao Acionista — FINAC
Este produto tem como objetivo viabilizar, mediante prestação de ga- O FINAC pode ser operado através do BNDES ou da BNDESPAR.
rantia firme, f) operações de subscrição de valores mobiliários.
Quando a operação tiver por objetivo o financiamento ao acionista con-
O volume e as condições da garantia serão estabelecidos em conjunto trolador, visando à subscrição de aumento de capital de empresa privada
com os participantes da operação — Instituições Financeiras e Empresa, nacional de capital fechado, será realizada pelo BNDES e as condições
respeitados os limites da subscrição estabelecidos a seguir: operacionais para este produto serão as mesmas do FINEM.
Subscrição de Valores Mobiliários. Este produto com ênfase nas ope- Quando a operação com acionistas e investidores (novos acionistas)
rações de capital de risco tem por objetivo o fortalecimento da estrutura for realizada através de intermediários financeiros com objetivo de viabilizar
Este produto destina-se à prestação de fiança e aval a financiamentos Refere-se a colocação inicial de um título, é aqui que o emissor toma e
internos e externos, bem como garantia bancária em operações de comér- obtém os recursos. Os lançamentos de ações novas no mercado, de forma
cio exterior. ampla e não restrita à subscrição pelos atuais acionistas, chamam-se
lançamentos públicos de ações. É um esquema de lançamento de uma
As condições financeiras para estas operações serão definidas pela emissão de ações para subscrição pública, no qual a empresa encarrega a
análise, levando em consideração o risco da operação. um intermediário financeiro a colocação desses títulos no mercado. Para
Programas Especiais colocação de ações no mercado primário, a empresa contrata os serviços
de instituições especializadas, tais como: bancos de investimento,
Periodicamente, de acordo com as políticas econômicas e sociais do sociedades corretoras e sociedades distribuidoras, que formarão um pool
governo federal, o Sistema BNDES cria programas de atendimento especí- de instituições financeiras para a realização de uma operação, que pode
ficos para determinadas regiões do País ou setores de atividades específi- ser conceituada como sendo um contrato firmado entre a instituição
cas, como por exemplo: financeira líder do lançamento de ações e a sociedade anônima, que
deseja abrir o capital.
Programa Nordeste Competitivo. Com o programa Nordeste Competiti-
vo, o BNDES amplia sua atuação mediante aplicação de recursos adicio- Mercado secundário
nais destinados ao incremento do apoio às atividades para as quais a
região desfruta de vantagens competitivas inquestionáveis, havendo assim Onde ocorre a negociação contínua dos papéis emitidos no passado
grande potencial para os novos empreendimentos, mais empregos e melho- EX: Bolsa de valores e BM&F Para operar no mercado secundário, é
ria da renda. necessário que o investidor se dirija a uma Sociedade corretora membro de
uma bolsa de valores, na qual funcionários especializados poderão fornecer
O Programa Nordeste Competitivo prevê a aplicação de recursos adi- os mais diversos esclarecimentos e orientação na seleção do investimento,
cionais do Sistema BNDES de até R$1.000.000.000,00 nos 3 anos que se de acordo com os objetivos definidos pelo aplicador. Se pretender adquirir
seguem, a partir de 21/05/93, apoiando as atividades de hortifruticultura ações de emissão nova, ou seja, no mercado primário, o investidor deverá
irrigada, turismo, beneficiamento de pedras ornamentais e de gipsita, têxtil procurar um banco, uma corretora ou uma distribuidora de valores
e confecções. Para estes setores são oferecidas condições operacionais — mobiliários, que participem do lançamento das ações pretendidas. Mais
tais como nível de participação, prazos e taxas de juros —mais favoráveis recentemente, tem se popularizado no Brasil o uso do home-broker,
do que as atuais. ferramenta de uso da internet para a operação de compra e venda de
ativos financeiros junto às corretoras que oferecem o serviço.
Programa Amazônia Integrada. Sem prejuízo da continuidade do apoio
tradicional do Sistema BNDES aos empreendimentos localizados na Região Funções
Amazônica, foram selecionadas as atividades de bioindústria, agroindústria,
aquicultura, turismo, indústria de beneficiamento de madeira, mineração e a) Proporcionar liquidez
metalurgia e, construção naval, que terão condições privilegiadas no âmbito b) Estabelecer preço para o mercado primário.
deste programa.
Desta forma, serão destinados recursos adicionais do Sistema BNDES
para o Programa Amazônia Integrada de até R$ 1.000.000.000,00, no PRODUTOS BANCÁRIOS
triênio que segue, a partir de 21/07/94, não considerados, neste montante,
os recursos para financiamento de projetos de infra-estrutura. Falaremos agora da parte ativa dos produtos bancários, que nada mais
seria que o fornecimento de crédito, o que engloba dois grandes tipos de
CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS produtos, os empréstimos e os financiamentos.
A intervenção do Estado nas atividades de seguro remonta há vários Afinal não podemos esquecer que a principal atividade de uma institui-
anos. Pelo Decreto nº 24.782, de 14 de julho de 1934, foi criado o Depar- ção financeira, em seu modelo clássico, é a captação de recursos daqueles
tamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização - DNSPC, em que possuem sobrando para então emprestá-lo aqueles que estão no
substituição à Inspetoria de Seguros, extinta pelo mesmo Decreto. Pelo momento necessitando desse recurso.
Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, foi extinto esse Departa-
mento e criada, em substituição, a Superintendência de Seguros Privados. Tais operações de crédito diferenciam-se pelas garantias, taxas, pra-
Mesmo Decreto-Lei nº 73/66 instituiu o Sistema Nacional de Seguros zos e os limites apresentados, sem falar nos diferenciais que as Instituições
Privados e criou o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP. lançam a todo momento para angariar novos clientes.
Histórico Para entendermos melhor a diferença entre esses dois tipos de crédi-
tos veremos os itens a seguir:
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão normati-
vo das atividades securitícias do país, foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de O empréstimo é um crédito que não tem destinação definida, enquanto
21 de novembro de 1966, diploma que institucionalizou, também, o Sistema que
Nacional de Seguros Privados, do qual o citado Colegiado é o órgão de O financiamento tem sua destinação definida, ou seja, esta sempre vincu-
cúpula. lado a aquisição de um bem ou um serviço.
03. Os ausentes, para serem considerados absolutamente incapazes de Nas questões que se seguem, assinale:
exercer pessoalmente os atos da vida civil, devem C – se a proposição estiver correta
(A) encontrar-se em lugar incerto e não sabido. E – se a mesma estiver incorreta
(B) encontrar-se nessa situação por mais de 12 meses. 12. Mercado primário - Refere-se a colocação inicial de um título, é aqui
(C) ser declarados como tais por ato do juiz. que o emissor toma e obtém os recursos. Os lançamentos de ações novas
(D) ser declarados como tais por autoridade policial da jurisdição de seu no mercado, de forma ampla e não restrita à subscrição pelos atuais
domicílio. acionistas, chamam-se lançamentos públicos de ações. É um esquema de
(E) encontrar-se nessa situação por mais de 24 meses. lançamento de uma emissão de ações para subscrição pública, no qual a
empresa encarrega a um intermediário financeiro a colocação desses
04. Quando os estatutos das pessoas jurídicas não o designarem, estas títulos no mercado. Para colocação de ações no mercado primário, a
serão representadas, ativa e passivamente nos atos judiciais e extra- empresa contrata os serviços de instituições especializadas, tais como:
judiciais, pelos seus bancos de investimento, sociedades corretoras e sociedades distribuidoras,
(A) executivos. que formarão um pool de instituições financeiras para a realização de uma
(B) diretores. operação, que pode ser conceituada como sendo um contrato firmado entre
(C) executivos categorizados. a instituição financeira líder do lançamento de ações e a sociedade
(D) administradores comerciais. anônima, que deseja abrir o capital.
(E) gerentes administrativos.
13. Mercado secundário - Onde ocorre a negociação contínua dos papéis
05. Quando os estatutos de uma pessoa jurídica de direito privado não emitidos no passado EX: Bolsa de valores e BM&F Para operar no mercado
elegerem domicilio especial, pelo código civil, será considerado como secundário, é necessário que o investidor se dirija a uma Sociedade
sendo o do local onde funcionarem as respectivas corretora membro de uma bolsa de valores, na qual funcionários
(A) atividades fins. especializados poderão fornecer os mais diversos esclarecimentos e
(B) atividades industriais, se este for seu objeto. orientação na seleção do investimento, de acordo com os objetivos
(C) atividades mercantis, se este for seu objeto. definidos pelo aplicador. Se pretender adquirir ações de emissão nova, ou
(D) diretorias e administrações. seja, no mercado primário, o investidor deverá procurar um banco, uma
(E) atividades de prestação de serviços, se este for seu objeto. corretora ou uma distribuidora de valores mobiliários, que participem do
lançamento das ações pretendidas. Mais recentemente, tem se
06. "Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades popularizado no Brasil o uso do home-broker, ferramenta de uso da internet
da economia nacional e seu processo do desenvolvimento, constitui para a operação de compra e venda de ativos financeiros junto às
política do: corretoras que oferecem o serviço.
(A) Conselho Monetário Nacional
(B) Sistema Financeiro Nacional 14. Os contratos bancários são os instrumentos formais que estabelecem
(C) Banco do Brasil os direitos e obrigações, tanto do banco quanto do cliente. A linguagem
(D) Banco do Estado do S. Paulo empregada pela instituição financeira na comunicação com clientes e
(E) Banco Central usuários deve ser clara e direta. Os clientes e demais usuários não espe-
cializados devem poder entender com facilidade os produtos e serviços
07. Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penali- oferecidos, as condições estabelecidas para eles e as transações realiza-
dades previstas é competência: das. Além disso, o tamanho das letras deve permitir a leitura das cláusulas
(A) do Banco do Brasil . sem nenhuma dificuldade.
(B) do Conselho Monetário Nacional. 15. Os bancos, à exceção de postos de atendimento exclusivamente ele-
(C) do Banco central. trônicos, devem manter guichês de caixa em suas agências nos quais o
(D) da Caixa Econômica Federal usuário pode ser atendido de forma pessoal e obter, se preciso, recibos,
(E) do Ministério da Fazenda quitações e outros comprovantes de transações com a autenticação do
caixa.
08. Representam bens e direitos:
(A) Contas de Lucros e Perdas 16. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas
(B) Contas do Patrimônio Líquido a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
(C) Contas do Passivo
26. O Banco Central do Brasil: o BACEN é o órgão responsável pela exe- 37. Sociedades Distribuidoras: tais instituições não têm acesso às bolsas
cução das normas que regulam o SFN. São suas atribuições agir como: como as Sociedades Corretoras. Suas principais funções são a subscrição
banco dos bancos, gestor do SFN, executor da política monetária, banco de emissão de títulos e ações, intermediação e operações no mercado
emissor e banqueiro do governo. É muito discutida a elevação do grau de aberto. Elas estão sujeitas a aprovação pelo BACEN.
independência do BACEN. Diversas discussões apresentam pontos positi- 38. Sociedade de Arrendamento Mercantil: operam com operações de
vos e negativos de tal alteração www.bc.gov.br "leasing" que tratam-se de locação de bens de forma que, no final do con-
Autoridades de apoio: trato, o locatário pode renovar o contrato, adquirir o bem por um valor
residencial ou devolver o bem locado à sociedade. Atualmente, tem sido
27. A Comissão de Valores Mobiliários: a CVM é um órgão normativo comum operações de leasing em que o valor residual é pago de forma
voltado ao mercado de ações e debêntures. Ela é vinculada ao Governo diluída ao longo do período contratual ou de forma antecipada, no início do
Federal e seus objetivos podem ser sintetizados em apenas um: o fortale- período. As Sociedades de Arrendamento Mercantil captam recursos atra-
cimento do mercado acionário. www.cvm.gov.br vés da emissão de debêntures, com características de longo prazo.
28. O Banco do Brasil: até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a uma 39. Associações de Poupança e Empréstimo: são sociedades civis onde os
autoridade monetária mediante ajustamentos da conta movimento do associados têm direito à participação nos resultados. A captação de recur-
BACEN e do Tesouro Nacional. Hoje, é um banco comercial comum, embo- sos ocorre através de caderneta de poupança e seu objetivo é principal-