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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

o dinheiro da conta-corrente, quando conveniente (caixa, cartão ou


CONHECIMENTOS cheque), e também paga suas contas (energia elétrica, telefone, etc), faz
depósitos, investe em poupança, pede ao banco empréstimos pessoais e
BANCÁRIOS outras transações financeiras oferecidas pelo banco. As movimentações
1. Abertura e movimentação de contas: documentos básicos. financeiras da conta corrente são apresentadas ao cliente, de forma
2. Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade resumida, em extrato fornecido pelo banco, o qual pode ser solicitado pelo
civil, representação e domicílio. cliente ao banco, mediante pagamento de uma pequena taxa de
3. Documentos comerciais e títulos de crédito: nota promissó- fornecimento de extrato mensal. Para encerrar a conta é necessário
ria, duplicata, fatura. Nota fiscal: principais características. protocolizar uma carta no Banco solicitando o encerramento da conta,
4. Documento de Crédito (DOC): noções básicas. apresentando extrato atual, informando que todos os cheques já foram
5. Cheque - requisitos essenciais, circulação, endosso, cru- compensados, devolvendo talões de cheques não utilizados e cartões. Isto
zamento, compensação. porque, há despesas efetuadas na conta corrente como taxas de
6. Sistema de Pagamentos Brasileiro. manutenção e outros fornecimentos, os quais serão debitados na conta,
7. Tipos de sociedade: em nome coletivo, por quotas de res- fazendo com que o saldo se torne devedor e podendo trazer problemas
ponsabilidade limitada, anônimas, firma individual ou empre- financeiros no futuro para o ex-cliente que não encerrou a conta
sária. adequadamente (prova documental).
8. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN): Conselho
Monetário Nacional; Tipos de contas corrente no Brasil
Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; Conta de depósito à vista (Conta-corrente)
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional; ban-
cos comerciais; caixas econômicas; cooperativas de crédito; Conta-poupança
bancos comerciais cooperativos; bancos de investimento; Conta poupança é uma conta de depósito onde o valor aplicado tem
bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito, financia- um rendimento (juros) e correção monetária mensal. Há instituições
mento e investimento; sociedades de arrendamento mercantil; financeiras que permitem abrir contas somente de poupança ou contas
sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; socie- poupança vinculadas à conta corrente. Geralmente contas de poupança
dades distribuidoras de títulos e valores mobiliários; bolsas de vinculadas à contas correntes permitem apenas aplicações e resgates,
valores; bolsas de mercadorias e de futuros; Sistema Especial como uma modalidade de investimento. Mas contas exclusivamente de
de Liquidação e Custódia (SELIC); Central de Liquidação poupança permitem também saques, depósitos, pagamentos de títulos e
Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP); sociedades de transferências para contas correntes ou poupança do mesmo banco ou
crédito imobiliário; associações de poupança e empréstimo; para bancos diferentes, sendo que no Brasil é facultativo aos bancos
Sistema de Seguros Privados: sociedades de capitalização; acolher transferências de outros bancos para contas poupança.
Previdência Complementar: entidades abertas e entidades
fechadas de previdência privada. Conta Registro (Conta Salário)
9. Tipos de garantias - Garantias pessoais: aval; fiança. Ga-
A "conta-salário" é um tipo especial de conta de registro e controle de
rantias reais: alienação fiduciária; penhor; hipoteca; fianças
fluxo de recursos, destinada a receber salários, proventos, soldos,
bancárias; Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. A "conta-salário" não
10. Noções de política econômica, noções de política monetá-
admite outro tipo de depósito além dos créditos da entidade pagadora e
ria, instrumentos de política monetária, formação da taxa de
não é movimentável por cheques.
juros.
11. Produtos e serviços financeiros: depósitos à vista; depósi- Um benefício trazido pela "conta-salário" é a possibilidade de o
tos a prazo (CDB e RDB); cobrança e pagamento de títulos, empregado transferir o seu salário para outra conta diferente daquela
boletos e carnês; transferências automáticas de fundos; arre- aberta pelo empregador, sem precisar pagar tarifa por isso.
cadação de tributos e tarifas públicas; home banking, mobile
banking, banco virtual; cartão de crédito (dinheiro de plástico); Sobre esse tipo de conta é vedada a cobrança de tarifa nas
fundos mútuos de investimento; hot money; contas garanti- transferências dos recursos para outra instituição financeira, para crédito à
das; crédito rotativo; descontos de títulos; financiamento de conta de depósito de titularidade do beneficiário, conjunta ou não, desde
capital de giro; leasing (tipos, funcionamento, bens); financia- que esses valores sejam transferidos pelo valor total creditado.
mento de capital fixo; crédito direto ao consumidor; emprésti- Na transferência parcial do crédito para outra instituição financeira
mo em consignação; cadernetas de poupança; cartões de pode ser cobrada tarifa, mesmo que seja uma só transferência.
crédito; títulos de capitalização; planos de aposentadoria e
pensão privados; planos e apólices de seguros. Também não podem ser cobradas tarifas por:
12. Mercado Financeiro - mercado monetário; mercado de
§ fornecimento de cartão magnético, a não ser nos casos de
crédito; mercado de capitais: ações - características e direitos,
pedidos de reposição decorrentes de perda, roubo, danificação e outros
debêntures, diferenças entre companhias abertas e compa-
motivos não imputáveis à instituição financeira;
nhias fechadas, funcionamento do mercado à vista de ações,
mercado de balcão; mercado de câmbio: instituições autori- § realização de até cinco saques, por evento de crédito;
zadas a operar; operações básicas; contratos de câmbio -
características; taxas de câmbio; remessas; SISCOMEX. § acesso a pelo menos duas consultas mensais ao saldo nos
13. Mercado Primário e Mercado Secundário. terminais de auto-atendimento ou - diretamente no guichê de caixa;
§ fornecimento, por meio dos terminais de auto-atendimento ou
1. ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS: DOCU- diretamente no guichê de caixa, de pelo menos dois extratos contendo toda
MENTOS BÁSICOS. a movimentação da conta nos últimos trinta dias;
§ manutenção da conta, inclusive no caso de não haver
Conta corrente movimentação.

A Conta-corrente, na realidade, também chamada conta bancária, é um Para abertura da "conta-salário", é necessário que seja firmado um
procedimento oferecido pelos bancos onde a pessoa física ou jurídica contrato ou convênio entre a instituição financeira e o empregador. A
(clientes) faz depósito em dinheiro (moeda nacional ou cheque com "conta-salário" não é aberta por iniciativa do empregado. A "conta-salário" é
suficiente provisão de fundos), ou ainda, no caso da pessoa física, recebe aberta por iniciativa do empregador, que é responsável pela identificação
salários depositados pelo empregador, e, em contrapartida, recebe um dos beneficiários.
crédito no mesmo valor, crédito esse por meio do qual retira

Conhecimentos Bancários 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
É obrigatória a utilização de "conta-salário" para os empregados da to do correntista, da intenção de encerrar a conta, discriminando prazos
iniciativa privada? Para os serviços de execução de folha de pagamento para adoção de providências relacionadas à rescisão do contrato.
prestados pelas instituições financeiras ao setor privado, a adoção da
“conta-salário” é obrigatória desde 2 de janeiro de 2009. Wikipédia O correntista deve tomar as seguintes providências:

Em liguagem comum, a conta bancária é quando um indivíduo deposita devolver folhas de cheque em seu poder ou declarar por escrito que as
dinheiro em alguma agência bancária ou instituição financeira (banco). O inutilizou; o devolver cartões magnéticos em seu poder ou declarar por
indivíduo se torna o titular de uma conta bancária ou conta corrente. Mas as escrito que os inutilizou; o cancelar as autorizações de débito automáti-
contas possuem inúmeras finalidades e registram diversas outras opera- co;
ções como empréstimos, linha de crédito, controle de recursos governa- trocar cheques pré-datados, eventualmente existentes;
mentais, etc.
manter saldo suficiente para pagamento de compromissos eventual-
Como o titular do dinheiro dá a posse ao banco, que imediatamente mente assumidos com o banco ou para suprir despesas decorrentes de
passa a utilizar seu dinheiro em suas próprias operações, ou então os disposições legais (por exemplo, tarifas, juros, IOF, CPMF).
repassa compulsoriamente para o Banco Central, pode ocorrer de que
quando o correntista vier a sacar seu saldo, não haja recursos disponíveis Para finalizar, o correntista deve pedir um comprovante de encerra-
para tanto. É um caso extremo que no Brasil já ocorreu em várias ocasiões: mento da conta no qual se façam constar as devoluções (ou inutilizações)
o governo pode congelar ou bloquear o dinheiro ou tomá-lo para si (tribu- das folhas de cheque e dos cartões magnéticos.
tando-o integralmente, já que a Constituição proíbe o confisco); também O correntista que simplesmente deixa de movimentar a sua conta e
ocorre do banco ir a falência ou ficar com a imagem comprometida por não pede o seu encerramento ao banco pode ser surpreendido, no futuro,
algum evento (crise de confiança) e sofrer uma onda de saques.Para com débitos de tarifas e juros, cujos lançamentos estão cobertos por cláu-
diminuir essa possibilidade de desconfiança, o governo patrocina algumas sulas contratuais.
formas de seguro de crédito para os depósitos em conta poupança, por
exemplo. Contratos bancários
Assim, existem vários tipos de contas, entre elas: Os contratos bancários são os instrumentos formais que estabelecem
os direitos e obrigações, tanto do banco quanto do cliente. A linguagem
§ CDB empregada pela instituição financeira na comunicação com clientes e
§ poupança usuários deve ser clara e direta. Os clientes e demais usuários não espe-
cializados devem poder entender com facilidade os produtos e serviços
§ conta corrente oferecidos, as condições estabelecidas para eles e as transações realiza-
das. Além disso, o tamanho das letras deve permitir a leitura das cláusulas
§ conta bancária vinculada sem nenhuma dificuldade.
Os valores aplicados em ações não são considerados depósitos, mas Essa clareza de linguagem deve estar presente não só nas cláusulas
seu controle pode se dar em uma conta similar a uma conta bancária (diz- de contratos firmados entre o cliente e o banco, mas também nos informes
se que seu valor é escritural). Segundo bem sabe o cidadão comum, a publicitários, nas tabelas de tarifas e nos lançamentos registrados nos
ação não vale como dinheiro mas pode trazê-lo (ganhos) ou mandá-lo extratos.
embora (perdas).
Preenchimento
CONTA CORRENTE
Nenhum contrato, ou qualquer outro documento, deve ser assinado em
Abertura de conta-corrente branco. Todos os campos de um contrato devem ser preenchidos. Os
A abertura de uma conta é um contrato entre o banco e o clien- campos cujo preenchimento não for necessário ou possível devem ser
te,celebrado pela livre decisão de ambos. Dentro do que é permitido pela inutilizados.
legislação, cada banco pode estabelecer condições para a aceitação de um O que um contrato deve conter
cliente, tais como depósito inicial ou renda mínima. O banco também pode
recusar a abertura de conta para quem estiver incluído no CCF (Cadastro O contrato deve conter todas as informações necessárias sobre pra-
de Emitentes de Cheques sem Fundos) ou com o CPF na situação de zos, valores negociados, taxas de juros, taxas de mora e de administração,
cancelado na Secretaria da Receita Federal. tributos e contribuições incidentes, comissão de permanência, encargos
moratórios, multas por inadimplência e formas de liquidação.
O cliente e seus representantes ou procuradores legais, se existirem,
devem apresentar originais e cópias dos seguintes documentos: cédula de O contrato deve estabelecer de que maneira o cliente será informado
identidade (RG) ou carteira de identidade profissional (OAB, CREA, CRM, do valor de encargos e despesas relativas à liberação ou colocação de
etc) ou outro documento oficial com fotografia e assinatura (Carteira de recursos à sua disposição, bem como eventuais alterações, quando houver.
Trabalho, Carteira de Motorista etc); CIC/CPF (fica dispensada sua apre-
Após a formalização e adoção das providências necessárias, os ban-
sentação caso o número de inscrição conste do documento de identidade)
cos devem fornecer uma cópia impressa do contrato, permitindo ao cliente
e comprovante recente de residência em seu nome (conta de luz, água,
o conhecimento pleno dos seus termos. Havendo a concordância do cliente
gás,telefone ou outra aceita pelo banco). Os documentos originais devem
a cópia pode ser fornecida por meio eletrônico.
ser apresentados para simples conferência e são devolvidos ao cliente. As
cópias permanecem na agência. na contratação, imposição de cláusula, operação ou prestação de
serviço prevalecendo-se da idade, saúde, conhecimento, condição so-
ENCERRAMENTO DE CONTAS
cial, religiosa, física ou econômica do cliente;
Um contrato de abertura de conta pode ser rescindido por iniciativa
elevação, sem comunicação ao cliente, do valor de taxas, tarifas ou
formal de qualquer uma das partes.
outra forma de remuneração de operações ou serviços ou cobrança em
A qualquer momento, o cliente pode solicitar formalmente o encerra- valor superior ao estabelecido em legislação e regulamentação vigen-
mento da sua conta. No entanto, enquanto existir saldo credor ou devedor tes;
em conta corrente, compromissos e débitos decorrentes de outras obriga-
oferta de produtos ou serviços sem as informações corretas, claras,
ções contratuais que o cliente mantenha com a instituição, a conta não
precisas e transparentes, sobre suas características, preço, condições
poderá ser encerrada. Após a retirada do saldo credor ou sua extinção
de pagamento, juros, encargos e garantias;
através de débitos pertinentes ou solução dos compromissos, débitos e
saldos devedores, o banco deve processar o encerramento da conta mes- aplicação de fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contra-
mo que haja cheques não liquidados, sustados ou cancelados. tualmente estabelecido;
Deve haver uma comunicação prévia por escrito, tanto do banco quan-

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omissão de prazo para o cumprimento das obrigações do fornecedor Documento de identificação - cédula de identidade (RG) ou documentos
ou a fixação do início da contagem do prazo ao exclusivo critério deste; que a susbstituam legalmente, a exemplo das carteiras fornecidas pela
OAB, CREA, Corecon, CRM, Federação Nacional dos Jornalistas etc;
rescisão, suspensão ou cancelamento de contrato, operação ou serviço
fora das hipóteses legais ou contratualmente previstas; Cartão de Identificação do Contribuinte (CIC/CPF);
execução de garantias fora das hipóteses legais ou contratualmente Comprovante de residência (conta de luz, telefone ou contrato de loca-
previstas; o exposição do cliente ou usuário, na cobrança de dívida, a ção).
qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
Os originais serão devolvidos logo após a conferência com as cópias,
No caso de operação ou serviço sujeito a regime de controle ou a tabe- que ficarão com o banco.
lamento de tarifas e taxas, exceder os limites estabelecidos, cabendo neste
caso restituir as quantias recebidas em excesso, atualizadas, em conformi- Tratando-se de menor ou de pessoa incapaz, além de sua qualificação,
dade com as normas legais aplicáveis. também deverá ser identificado o responsável que o assiste ou representa.
E, caso se trate de pessoa economicamente dependente, deverá ser identi-
Atendimento convencional e pessoal ficado o respectivo responsável.
Os bancos, à exceção de postos de atendimento exclusivamente ele- Todas as condições básicas para movimentação e encerramento de-
trônicos, devem manter guichês de caixa em suas agências nos quais o vem constar da ficha proposta de abertura de conta (contrato), inclusive as
usuário pode ser atendido de forma pessoal e obter, se preciso, recibos, relacionadas às tarifas de serviços.
quitações e outros comprovantes de transações com a autenticação do
caixa. Da empresa:

Os funcionários dos bancos estão aptos a dar informações e prestar CNPJ (cópia e original);
esclarecimentos sobre os serviços disponíveis, tarifas, lançamentos em Documentos legais de constituição da firma jurídica (contrato social, al-
extratos, cláusulas de contratos, etc. Em caso de dúvida, procure um fun- terações contratuais, atas de constituição, registro da firma e etc);
cionário identificado ou o setor de informações ou pré-atendimento existen-
te em alguns bancos. Ausência de restrições cadastrais.

Como em qualquer outro segmento, nem sempre é possível o pronto Dos sócios e responsáveis:
atendimento. Assim, caso não tenha disponibilidade para aguardar, reco- Carteira de identidade e CPF (cópia e original);
mendamos que evite o comparecimento à agência nos dias em que há
muita concentração de pessoas (quinto dia útil do mês; dias 5, 10, 25, 30 e Comprovante de residência;
31; segundas e sextas-feiras; vésperas e dias seguintes a feriados; e nos
Ausência de restrições cadastrais.
horários de pico-abertura da agência, hora do almoço e final do expediente)
ou então que se utilize dos vários recursos e serviços eletrônicos abaixo (1) Para algumas operações é necessário prévio cadastramento de
elencados, opcionalmente oferecidos pelos bancos, devendo ser observa- senha de acesso.
dos os cuidados descritos mais adiante nesta cartilha, para que as opera-
ções sejam feitas com segurança: (2) A concessão de créditos está sujeita à análise e à aprovação.

Débito automático para pagamento de contas de água, luz, gás, telefo- (3) Cartão magnético apenas para contas de microempresas, firmas
ne fixo ou celular e outras empresas de serviços com as quais os ban- individuais e outras, sob análise gerencial.
cos tenham convênio para débito em conta. (4) disponível para micro e pequenas empresas, firmas individuais,
Agendamento de pagamento por meio de débito programado. Com sociedades limitadas (LTDA) e sociedades anônimas (S/A).
isso, você pode administrar as datas de vencimento e agendar vários
2. PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA: CAPACIDADE E INCA-
pagamentos de uma só vez, retirando os recibos posteriormente.
PACIDADE CIVIL, REPRESENTAÇÃO E DOMICÍLIO. 3. DOCU-
Máquinas de auto-atendimento para pagamento de contas, saques e MENTOS COMERCIAIS E TÍTULOS DE CRÉDITO: NOTA PRO-
movimentações. Essas máquinas possuem leitoras de código de bar- MISSÓRIA, DUPLICATA, FATURA. NOTA FISCAL: PRINCIPAIS
ras, mas também comportam a digitação dos dados da conta. CARACTERÍSTICAS.
Caixas coletoras para envelopes, nas quais o cliente pode colocar
formulário de depósito, boleto bancário ou fatura a pagar juntamente DAS PESSOAS
com os respectivos cheques ou autorização de débito em conta.
TÍTULO I
Serviços eletrônicos para pagamento de contas, consulta de saldos e DAS PESSOAS NATURAIS
aplicações, pedidos de talões e realização de transferências entre con-
tas. Esses serviços podem ser acessados de um computador pessoal CAPÍTULO I
(PC) via internet. DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
Centrais de Atendimento Telefônico, que dispõem de atendentes Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
especializadas e permitem efetuar transações financeiras e utilizar di-
versos serviços bancários. Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vi-
da; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
CONTA CORRENTE
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos
Saques em dinheiro da vida civil:
Saques com valor igual ou inferior a R$ 5.000,00 devem ser realizados I - os menores de dezesseis anos;
no mesmo expediente. Saques de valor superior a R$ 5.000,00 devem ser
solicitados à agência no dia anterior. Com a finalidade de desestimular II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o ne-
assaltos, os bancos procuram diminuir a quantidade de dinheiro em caixa. cessário discernimento para a prática desses atos;
Por razões de segurança é recomendável que os pagamentos e trans- III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua
ferências de maior valor sejam feitos por meio de cheque, DOC, cartão de vontade.
crédito/débito ou TED (Transferência Eletrônica Disponível).
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os
Para abertura de conta os bancos pedem que o cliente apresente, no exercer:
mínimo, originais e cópias dos seguintes documentos:

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I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; previstas em lei.
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para reque-
mental, tenham o discernimento reduzido; rer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer
parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do
IV - os pródigos. próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação física, ou contrariar os bons costumes.
especial. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a transplante, na forma estabelecida em lei especial.
pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gra-
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: tuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por qualquer tempo.
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos comple- Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de
tos; vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
II - pelo casamento; Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o pre-
III - pelo exercício de emprego público efetivo; nome e o sobrenome.

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em
publicações ou representações que a exponham ao desprezo público,
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de rela- ainda quando não haja intenção difamatória.
ção de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis
anos completos tenha economia própria. Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propa-
ganda comercial.
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-
se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção
de sucessão definitiva. que se dá ao nome.

Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de au- Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da
sência: justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem
vida; prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, so- legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os
mente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averigua- descendentes.
ções, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a reque-
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se rimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir
podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presu- ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
mir-se-ão simultaneamente mortos. CAPÍTULO III
Art. 9o Serão registrados em registro público: DA AUSÊNCIA

I - os nascimentos, casamentos e óbitos; Seção I


Da Curadoria dos Bens do Ausente
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou
do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador,
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamen- quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer
to, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.
conjugal;
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obriga-
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem ções, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o
a filiação; disposto a respeito dos tutores e curadores.
III - dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção. (Vide Lei nº 12.010, Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judici-
de 2009) Vigência almente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausên-
CAPÍTULO II cia, será o seu legítimo curador.
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE § 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da perso- aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento
nalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício que os iniba de exercer o cargo.
sofrer limitação voluntária. § 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais re-
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da motos.
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções § 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do

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curador. Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de
estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos
Seção II sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas
Da Sucessão Provisória assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se Seção III
ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, pode- Da Sucessão Definitiva
rão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra proviso-
riamente a sucessão. Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que con-
cede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se conside- a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas.
ram interessados:
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se
I - o cônjuge não separado judicialmente; que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últi-
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; mas notícias dele.
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da
sua morte; sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes,
aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acha-
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas. rem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele
só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; tempo.
mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausen-
se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse te não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os
falecido. bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal,
§ 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessa- se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio
dos na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao da União, quando situados em território federal.
juízo competente. TÍTULO II
2o
§ Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inven- DAS PESSOAS JURÍDICAS
tário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar
abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do CAPÍTULO I
ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823. DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo,
conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em e de direito privado.
imóveis ou em títulos garantidos pela União. Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, I - a União;
darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas
equivalentes aos quinhões respectivos. II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
1o
§ Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar III - os Municípios;
a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada
deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro desig- pela Lei nº 11.107, de 2005)
nado pelo juiz, e que preste essa garantia.
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada
a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas
entrar na posse dos bens do ausente. de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-
se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por Código.
desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a
ruína. Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados es-
trangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão re- público.
presentando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles
correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas. Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente
responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem
Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provi- danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do
sório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade
desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz
competente. I - as associações;

Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausên- II - as sociedades;


cia foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua III - as fundações.
parte nos frutos e rendimentos.
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de
Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, jus- 22.12.2003)
tificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimen-
tos do quinhão que lhe tocaria. V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do fale- § 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o fun-
cimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em cionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público
favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo. negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários
ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

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§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidia- Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
riamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste
Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) I - a denominação, os fins e a sede da associação;

§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associa-
disposto em lei específica. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) dos;

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito pri- III - os direitos e deveres dos associados;
vado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo,
averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitu- V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberati-
tivo. vos; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para
das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, a dissolução.
contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas
Art. 46. O registro declarará: contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005)

I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo soci- Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá
al, quando houver; instituir categorias com vantagens especiais.

II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não
diretores; dispuser o contrário.

III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do
judicial e extrajudicialmente; patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si,
na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro,
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de salvo disposição diversa do estatuto.
que modo;
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa,
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obri- assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de
gações sociais; recurso, nos termos previstos no estatuto. (Redação dada pela Lei nº
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu pa- 11.127, de 2005)
trimônio, nesse caso. Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exerci- função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e
dos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. pela forma previstos na lei ou no estatuto.

Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: (Redação dada
se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo pela Lei nº 11.127, de 2005)
dispuser de modo diverso. I – destituir os administradores; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a 2005)
que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eiva- II – alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
das de erro, dolo, simulação ou fraude.
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a re- deste artigo é exigido deliberação da assembléia especialmente convocada
querimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório. para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pe- critérios de eleição dos administradores. (Redação dada pela Lei nº 11.127,
lo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a de 2005)
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do
no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obriga- estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-
ções sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios la. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
da pessoa jurídica.
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio lí-
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a auto- quido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais
rização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins
até que esta se conclua. não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação
§ 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a a- dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênti-
verbação de sua dissolução. cos ou semelhantes.

§ 2o As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no § 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos
que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado. associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida
neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as con-
§ 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscri- tribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.
ção da pessoa jurídica.
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indica-
direitos da personalidade. das neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à
Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.
CAPÍTULO II
DAS ASSOCIAÇÕES CAPÍTULO III
DAS FUNDAÇÕES
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se
organizem para fins não econômicos. Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura
pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações re- a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
cíprocos.

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Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins re- I - da União, o Distrito Federal;
ligiosos, morais, culturais ou de assistência.
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela
destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respec-
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o insti- tivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no
tuidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre seu estatuto ou atos constitutivos.
os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por § 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares di-
mandado judicial. ferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimô- praticados.
nio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas § 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, ha-
bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em segui- ver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraí-
da, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz. das por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pe- Brasil, a que ela corresponder.
lo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbên- Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o mili-
cia caberá ao Ministério Público. tar, o marítimo e o preso.
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde si- Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou
tuadas. assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente
§ 1o Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá o en- suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáu-
cargo ao Ministério Público Federal. (Vide ADIN nº 2.794-8) tica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o
do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que
§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o en- cumprir a sentença.
cargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público.
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, ale-
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que gar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio,
a reforma: poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território
brasileiro onde o teve.
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e repre-
sentar a fundação; Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar
domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; resultantes.
III - seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a de- Pessoa (direito)
negue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
Pessoa é um vocábulo provavelmente de origem etrusca, do qual
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação u- proveio o termo em latim persona, que originalmente significava a ‘máscara,
nânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao figura, personagem deteatro, papel representado por um ator’, e daí
órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida assumiu o significado de ser humano. Entre os juristas romanos, passou a
para impugná-la, se quiser, em dez dias. designar ‘ser que tem direitos e obrigações’.
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a Etimologia
fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério
Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando- A origem mais remota da palavra "pessoa" é o
se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou grego prósopon (aspecto) de onde passou ao etrusco phersu, com o
no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim significado de ‘aí’. A partir dessa palavra, os latinos denominaram ‘persona’
igual ou semelhante. as máscaras usadas no teatro pelos atores, e também chamaram assim
aos próprios personagens teatrais representados.
TÍTULO III
Do Domicílio ‘Pessoa’ é parente distante de palavras de origem grega originadas em
‘prósopon’ e seus derivados, tais como ‘prosopografia’ e ‘prosopopéia’.
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a
sua residência com ânimo definitivo. O vocábulo latino – ‘persona’ - conservou-se no português ‘pessoa’, no
galego ‘persoa’, no italiano e no espanhol ‘persona’, no inglês ‘person’ e
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, também, ainda que com outro significado, no francês ‘personne’ (ninguém),
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. entre outras línguas.
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações Conceito
concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
Pessoa é um ser humano, independente da sua idade, sexo, saúde
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, física ou mental; é um ser moral, isto é,um ser dotado de consciência
cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponde- moral,autonomia moral e responsabilidade, portanto de sociabilidade. Uma
rem. pessoa pode ser até um ser não humano (animal, extraterrestre ou
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha resi- máquina) sendo moral.
dência habitual, o lugar onde for encontrada. Pessoas físicas
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção Em Direito, pessoa física (termo usado sobretudo em direito tributário e
manifesta de o mudar. domínios afins), ou pessoa natural (termo usado tradicionalmente em direito
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pes- civil), é o ser humano, tal como percebido por meio dos sentidos e sujeito
soa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais às leis da natureza. Distingue-se da pessoa jurídica, que é um ente abstrato
declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a tratado pela lei, para alguns propósitos, como sujeito de direito distinto das
acompanharem. pessoas naturais que o componham.

Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:

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O início da personalidade da pessoa natural é explicado segundo duas Pessoas jurídicas de direito público externo
teorias, a saber: a teoria natalista, que diz que o ser humano só possui
personalidade a partir do momento em que nasce com vida (separação do São os Estados estrangeiros, e todas as pessoas que forem regidas
nascituro do corpo da mãe); e a teoria concepcionista, segundo a qual o ser pelo direito internacional público, além de organismos internacionais
humano possui personalidade a partir do momento da concepção, (ONU, OEA, União Européia, Mercosul, etc) são pessoas jurídicas
entendida como a união dos gametas masculino e feminimo, isto é, do supraestaduais.
espermatozóide com o óvulo. Eles se constituem e se extinguem geralmente mediante fatos
Diversos direitos, nomeadamente os chamados direitos de históricos (guerras, revoluções, etc).
personalidade, são garantidos apenas às pessoas naturais — assim o Art. 42 Código Civil de 2002, São pessoas jurídicas de direito público
direito à liberdade, à integridade física, à saúde e outros, compatíveis externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas
apenas com a natureza do ser humano. pelo direito internacional público.
Correlato ao conceito de personalidade é o de capacidade de exercício. Pessoas jurídicas de direito privado
A capacidade de exercício de uma pessoa natural é a possibilidade que o
ordenamento jurídico lhe confere de exercer pessoalmente os atos da vida Dividem-se em duas categorias: de um lado, as estatais; de outro, as
civil — isto é, adquirir direitos e contrair obrigações em nome próprio. A particulares. Para essa classificação interessa a origem dos recursos
legislação brasileira prevê três graus de capacidade de exercício: a empregados na constituição da pessoa, posto que são estatais aquelas
capacidade plena, a incapacidade relativa e a incapacidade absoluta. para cujo capital houve contribuição do Poder Público (sociedades de
economia mista, empresas públicas) e particulares as constituídas apenas
Pessoa jurídica com recursos particulares. A pessoa jurídica de direito privado particular
Pessoa jurídica, segundo dicionário Michaelis e Aurélio Buarque de pode revestir seis formas diferentes: a fundação, a associação,
Holanda Ferreira, é "…a entidade abstrata com existência e acooperativa, a sociedade, a organização religiosa e os partidos políticos.
responsabilidade jurídicas como, por O traço característico mais moderno tendo em vista o direito
exemplo, fundações, Cooperativas, Sociedades, Organização comparado a nível internacional, é o fato das pessoas jurídicas serem a
religiosas, associação, empresas, companhias, legalmente e juridicamente união de esforços para a realização de fins comuns, como as cinco formas
organizadas e devidamente fiscalizadas sendo necessariamente apontadas acima, porém se esses fins são econômicos-financeiros, a
autorizadas pelos Estados Constitucionais de sua esfera de atuação. pessoa jurídica é necessariamente uma sociedade, porém se o objeto for
Os partidos políticos considerados legais pelosEstados, também são somente o econômico ou de realização econômica encaram os quatro
considerados Pessoas Jurídicas…". restantes, tanto isso é verdade que nas organizações religiosas e nas
Conceito fundações, essas duas as mais antigas; existia a figura quase lendária do
"ecônomo", ou "responsável pela economia aziendária dessas instituições"
Muita discussão tem ocorrido sobre o verdadeiro conceito de pessoa (quando da idade média ou medieval), e que, em que em algumas
jurídica. Para alguns, as pessoas jurídicas são seres de existência anterior entidades de direito internacional ainda persistem.
e independente daordem jurídica, se apresentando ao direito como
realidades incontestáveis (teoria orgânica da pessoa jurídica). Para outros, Devemos sempre, sob o ponto científico do direito, ter o cuidado de
as pessoas jurídicas são criações dodireito e, assim, fora da previsão legal estudar a ciência do direito internacional comparado e a jurisprudência
correspondente, não se as encontram em lugar algum (teoria da ficção da desse, devido ao fato da "globalização" da chamada "aldeia global" que já
pessoa jurídica). Hoje, para a maioria dos teóricos, a natureza das pessoas se configura, pela influência da "Internet", que virá a ser nosso planeta
jurídicas é a de uma ideia, cujo sentido é partilhado pelos membros de uma unificado nesse direito, daqui a alguns anos; sendo esse o trabalho de uma
comunidade jurídica e/ou seja, objeto do "Estado Constituído deDireitos" e enciclopédia como a Wiki, que se preocupa com o futuro pelo próprio
que a utilizam na composição de seus interesses nacionais e/ou compromisso de sua fundação e Fundação.
Comunitários. Em sendo assim, ela não pode preexistir na forma de um Personalidade legal
"direito (natural)", como alguns o querem.
A personalidade legal de uma pessoa jurídica, incluindo seus direitos,
A pessoa jurídica é um sujeito de direito personalizado, assim como deveres, obrigações e ações, é separada de qualquer uma das outras
as pessoas físicas, em contraposição aos sujeitos de direito pessoas físicas ou jurídicas que a compõem. Assim, a responsabilidade
despersonalizados, como o nascituro, a massa falida, ... etc. Desse modo, legal de uma pessoa jurídica não é necessariamente a responsabilidade
a pessoa jurídica tem a autorização genérica para a prática de atos legal de qualquer um de seus componentes.
jurídicos bem como de qualquer ato, exceto o expressamente proibido.
Feitas tais considerações, cabe conceituar pessoa jurídica como o sujeito Por exemplo, um contrato assinado em nome de uma pessoa jurídica
de direito inanimado personalizado. só afeta direitos e deveres da pessoa jurídica; não afeta os direitos e
deveres pessoais das pessoas físicas que executaram o contrato em nome
São requisitos para a existência da pessoa jurídica a organização de da entidade legal. Fonte- Wikipedia
pessoas ou bens, a licitude de propósitos e capacidade reconhecida por
norma. 3. DOCUMENTOS COMERCIAIS
Classificação
As empresas comerciais utilizam diariamente documentos de várias
Pessoa jurídica consiste num conjunto de pessoas ou bens, dotado de espécies.
personalidade jurídica própria e constituido na forma da lei Conforme o
artigo 40 do Código Civil brasileiro de 2002, as pessoas jurídicas (admitidas Os acontecimentos que ocorrem a todo momento, como as compras,
pelo Direito brasileiro) são de direito público (interno ou externo) e de direito as vendas, os pagamentos, os recebimentos etc., conhecidos nos meios
privado. As primeiras encontram-se no âmbito de disciplina do direito comerciais por fatos administrativos, são comprovados através de do-
público, e as últimas, no do direito privado. cumentos.
Pessoas jurídicas de direito público interno Assim, os empregados das empresas comerciais manipulam constan-
Conforme o artigo 41 do Código Civil brasileiro de 2002, são a União, temente notas fiscais, notas promissórias, recibos de aluguéis, contas de
os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, os municípios, água, luz e telefone, pedidos, folhas de pagamentos, duplicatas, faturas,
as autarquias (como o INSS, etc) e as demais entidades de caráter público recibos de depósitos bancários, guias de recolhimentos de impostos e
criadas por lei (por exemplo, fundações públicas como taxas, requisições de materiais, contratos, escrituras, boletins de caixa etc.
as universidades federais ou estaduais).
Existem documentos que são emitidos pela própria empresa; outros
Sua existência legal (personalidade), ou seja, sua criação e extinção, são emitidos por empresas ou pessoas que com ela se relacionam.
ocorre pela lei.
Conhecimentos Bancários 8 A Opção Certa Para a Sua Realização
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ou em parcelas.
Estudaremos, a seguir, a Nota Promissória, a Fatura, a Duplicata e a
Nota Fiscal, pois esses documentos estão relacionados diretamente às A Fatura não serve para cobrança de débito, motivo pelo qual as em-
operações de compras e de vendas de mercadorias. presas devem emitir Duplicatas correspondentes.

NOTA PROMISSÓRIA DUPLICATA


Como as letras de câmbio, as notas promissórias destinam-se funda- A Duplicata é um título de crédito que pode ser emitido pelas empresas
mentalmente à circulação da riqueza e possibilitam uma aplicação fácil do sempre que efetuarem vendas de mercadorias a prazo.
capital particular, pois multiplicam a força desse capital.
A Duplicata tem este nome porque corresponde à cópia da Fatura. Ela
Nota promissória é o título de crédito nominativo em que uma pessoa conterá: a denominação ‘Duplicata”; a data de sua emissão e o número de
(emitente) se compromete a efetuar o pagamento de certa quantia em ordem; o número da Fatura; a data certa do vencimento ou a declaração de
dinheiro a outra pessoa (beneficiário), em lugar e prazo previamente deter- ser a Duplicata à vista; os nomes e os domicílios do vendedor e do com-
minados. Em direito, a nota promissória e a letra de câmbio são chamadas prador; a importância a pagar, em algarismos e por extenso; a praça de
títulos de crédito próprio, definidos como capazes de realizar imediatamen- pagamento; a cláusula “à ordem”; a declaração do reconhecimento de sua
te o valor que representam. exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador como
aceite cambial; a assinatura do emitente.
Também se define nota promissória como um direito real, formal, bila-
teral e autônomo. É um direito real porque se exerce em favor do sujeito A Duplicata garante ao vendedor (fornecedor) o direito de receber do
que detém a posse legítima do título; formal, porque sua validade depende comprador (cliente) o valor da venda de mercadorias efetuadas a prazo,
fundamentalmente da observância de determinada forma prevista em lei; constante da respectiva Fatura.
bilateral, pois vale exatamente pelo que está escrito; e autônomo, porque
pode subsistir por si sem ligação de dependência com qualquer outro Para cada Fatura deve corresponder uma Duplicata, sendo vedada a
contrato. Para que um título de crédito seja considerado nota promissória, emissão de uma só Duplicata para englobar várias Faturas. Nos casos de
deve obrigatoriamente conter a denominação "nota promissória"; a soma de vendas para pagamento em parcelas, deverá ser emitida duplicata única,
dinheiro a pagar; o nome do credor; e a assinatura do devedor ou emitente. em que se discriminará todas as prestações e vencimentos, ou série de
Duplicatas para cada prestação.
Sendo o mais antigo dos títulos de crédito e, ao que tudo indica, co-
nhecido e usado pelos romanos, que chamavam-no litera patens, a nota Após a emissão da Duplicata o cliente deverá assiná-la. A esta assina-
promissória difere da letra de câmbio -- ordem de pagamento expedida tura dá-se o nome de aceite. Com o aceite do comprador, a Duplicata
contra terceiros -- por ser uma promessa de pagamento na qual o autor da garantirá ao vendedor o recebimento do valor da referida venda.
nota é quem se compromete a pagar.
Na Duplicata, a exemplo da Fatura, estão envolvidas duas pessoas:
Segundo sua função essencial de circulação, a nota promissória pode · sacador — é o emitente da Duplicata, a empresa vendedora das
ser: nominativa, quando emitida em favor de uma pessoa determinada, mercadorias, que tem direito de receber do cliente o valor nela con-
caso em que só pode ser transferida por cessão; ao portador, quando o tido;
detentor da nota é seu proprietário; à ordem, quando emitida a favor de · sacado — é o comprador, aquele que aceitará a Duplicata, pas-
determinadas pessoas, mas passível de transferência mediante endosso. sando a ter obrigação de pagar ao vendedor (sacador) o respectivo
Como todo título de crédito, a nota promissória visa a transformar o valor valor.
futuro declarado em valor presente e, por isso, é de máxima importância
para seus possuidores que tenha o máximo de mobilidade e circule livre- TÍTULOS DE CRÉDITO
mente no mercado. Assim, as notas promissórias à ordem são as mais
comuns. Conceitos
Quando um primitivo agricultor cedeu a outro sementes em troca de
FATURA certa participação nos resultados da futura colheita, estava realizando uma
A Fatura é um documento que deve ser emitido pelas empresas sem- operação de crédito, baseada na confiança pessoal, na garantia oferecida,
pre que promoverem vendas de mercadorias a prazo, desde que esse ou na combinação de ambas.
prazo não seja inferior a 30 (trinta) dias contado da data da entrega ou do
despacho das mercadorias. Genericamente, crédito é antecipação de recursos - dinheiro, serviços,
mercadorias, títulos - mediante a garantia de pagamento futuro, na qual
A Fatura pode ser utilizada para comprovar uma única venda a prazo está embutida a taxa de juros -- a remuneração do risco assumido pelo
ou para englobar várias vendas para as quais tenham sido emitidas notas credor. Crédito, portanto, é uma transação que tem por objeto qualquer
parciais. Sua finalidade principal é informar ao comprador o valor da com- bem fungível - que se consome com o uso -, e a relação econômica e
pra (que poderá ser única ou constante de várias Notas Fiscais), bem como jurídica por ele criada só deixa de existir mediante o pagamento da dívida
a data em que deverá efetuar o pagamento em uma única vez ou em contraída, ou, em caso de inadimplência (descumprimento da obrigação),
parcelas. por meio de execução judicial dos bens do devedor. A essência do conceito
moderno de crédito é a mesma do lavrador primitivo: a expectativa do
A Fatura discriminará as mercadorias vendidas e, quando convier ao credor (ou prestatário) de que o devedor (ou prestamista) cumpra o prome-
vendedor, indicará somente os números e os valores das notas parciais tido no tempo e nas condições prestabelecidas. A rigor, o crédito não está
emitidas por ocasião das vendas, despachos ou entrega das mercadorias. ligado à honra pessoal, mas ao potencial em saldá-lo de que dispõe o
devedor.
Por razões práticas, a legislação brasileira permite que a própria Nota
Fiscal modelo 1 ou 1-A seja utilizada como Fatura, caso em que ela será O desempenho econômico das sociedades modernas subordina-se à
denominada Nota Fiscal Fatura. Assim, a Nota Fiscal Fatura poderá ser existência do crédito. Este se converteu, através do sistema bancário, em
utilizada para comprovar vendas à vista e vendas a prazo. poderoso gerador e ampliador dos meios de pagamento, sem os quais as
diferentes atividades econômicas não teriam sustentação, desde o crédito
Na Fatura destacam-se duas pessoas: pessoal - para o pagamento de dívidas, financiamento de viagens, bens
· sacado: é o cliente ou devedor, a pessoa que deverá pagar móveis e imóveis - ao crédito de que se servem as empresas para seus
ao fornecedor o valor constante, de uma só vez ou em par- diversos projetos e necessidades. Os governos usam o crédito para finan-
celas. ciamento de suas atividades correntes (pagamento de salários de servido-
· sacador: é o fornecedor ou vendedor, isto é, a pessoa que tem di- res públicos) ou de investimento (em centrais de geração de energia, por
reito de receber do cliente o valor correspondente de uma só vez exemplo), o que vem a criar a chamada dívida pública, que pode ser,

Conhecimentos Bancários 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
segundo a fonte, interna ou externa. temente da destinação do recurso levantado. Não se trata de empréstimo,
pois não tem data de pagamento ou de vencimento prefixada. Destina-se à
Histórico. Foi no Renascimento que os banqueiros lombardos e tosca- cobertura de eventuais problemas no fluxo de caixa. O cheque especial e o
nos traçaram as linhas fundamentais do que hoje se entende por sistema cartão de crédito são outras demonstrações da incorporação do crédito
econômico, sobretudo depois que deixaram de lado a proibição (de fundo imediato ao cotidiano de pessoas e empresas. A expressão linha de crédito
bíblico) da usura, que havia tornado, até então, a atividade bancária privati- é também usada em acordos bilaterais de comércio internacional para
va de judeus e sírios. A grande atividade comercial da época intensificou os determinar o limite de crédito para o financiamento às exportações e/ou
negócios financeiros, gerando, entre outros, os certificados de depósitos e importações que um país abre em relação a outro.
os empréstimos a médio e longo prazo.
Créditos especiais. Determinadas obras de largo alcance social, estra-
A revolução comercial do século XVI revigorou a moeda como meio de tégico, industrial, tecnológico etc., que exigem créditos de longo prazo
pagamento, levando à generalização da letra de câmbio e ao surgimento (vinte, trinta anos), geralmente resultam da combinação de interesses entre
dos primeiros bancos, o de Amsterdam (Países Baixos) e o da Inglaterra. organismos internacionais (o Banco Mundial, por exemplo), governos
Entretanto, até o século XVII, as operações de crédito eram, principalmen- nacionais, outros bancos públicos e privados e a captação de recursos no
te, efetuadas com reis e nobres, para financiar a corte e os exércitos. Os mercado financeiro, sobretudo nas bolsas de valores, oferecendo ações ou
débitos eram pagos pelas diversas formas de tributação existentes à época debêntures.
ou pelos resultados das guerras de conquista, quando vitoriosas. O crédito
socialmente generalizado, orientado para o consumo e a produção, tal Títulos de crédito. A relação entre credor e devedor é formalizada por
como o conhecemos hoje, começou a desenvolver-se a partir da revolução documentos chamados títulos de crédito. Podem ser nominativos, quando
industrial (século XVIII) até atingir a universalidade e complexidade atuais. emitidos em favor de determinada pessoa física ou jurídica, ou ao portador,
Novos métodos de produção, novos mercados, maiores exigências de quando emitidos sem indicação do nome do beneficiário. Os de uso mais
recursos foram conseqüências diretas da revolução industrial, que tornou freqüente são os relacionados a seguir.
os empresários carentes de crédito amplo e rápido, levando os bancos -
que operavam com o capital de seus próprios titulares - a atuar como Letra de câmbio. A letra de câmbio é uma ordem de pagamento de di-
intermediários. Captavam a poupança de terceiros, de montante variado, e nheiro, à vista ou a prazo, em que figuram três partes: o sacador (que dá a
a repassavam a empresas e indivíduos, cobrando juros destes para remu- ordem de pagar), o sacado (que recebe a ordem para efetuar o pagamen-
nerar a si e a seus aplicadores. to), e o beneficiário, portador ou favorecido, que recebe a quantia devida.
Tratando-se de letra de câmbio emitida por sociedade de crédito, financia-
Condições de crédito. Quatro são as condições relacionadas à conces- mento e investimento, a empresa financiada é a sacadora, que emite a letra
são de um crédito: (1) o prazo a transcorrer entre a entrega dos recursos e contra a financeira (sacada ou aceitante). Esta vende a letra ao público,
a sua devolução ou pagamento; (2) a remuneração, previamente estipula- sendo a mesma geralmente emitida ao portador. O crédito direto ao con-
da, em geral sob a forma de uma taxa de juros; (3) a garantia dada pelo sumidor, no Brasil, opera por meio de letras de câmbio.
devedor ou por pessoa física ou jurídica que se responsabilize pelo toma-
dor do crédito; (4) a finalidade, item mais comum em operações de crédito Nota promissória. A nota promissória é uma promessa de pagamento
vinculado em que intervêm instituições financeiras públicas, nacionais ou de certa quantia; nela só existem duas partes: o emitente (que assume a
internacionais, destinando o crédito a certa obra -- como a despoluição de obrigação) e o beneficiário (em favor de quem se criou a promessa de
rios, por exemplo. Em alguns casos, por interesse social, ocorre o chamado pagamento); a nota promissória, ao contrário da letra de câmbio, não pode
crédito a fundo perdido, em que não existe expectativa de retorno. ser emitida ao portador.

Política de crédito. A concessão de crédito, apesar das garantias que Este titulo de crédito também é muito conhecido; retrata uma promessa
se possam obter, é sempre uma operação com inúmeros fatores de risco, o de pagamento de uma importância.
que levou as instituições que atuam nesse mercado a adotar política credi-
tícia com quatro itens fundamentais: (1) os patamares ou limites de crédito, O "emitente" faz uma promessa escrita de que pagará a uma pessoa
que levam em conta a situação do patrimônio, a capacidade de pagamento, "beneficiário" uma importância. Assim, quem dá nascimento à nota promis-
a finalidade em que o crédito será aplicado, a qualidade da gestão técnica, sória é o próprio devedor. Por conseqüência este titulo (assim como o
financeira e administrativa do tomador etc.; (2) o período de duração, que cheque) também não precisa de aceite, a emissão já seria o próprio aceite).
varia do prazo curto (até 18 meses), médio (até cinco anos) e longo (acima
de cinco anos), e para cuja determinação leva-se em conta o cenário políti- Para que esse titulo de crédito tenha validade será necessário que dele
co e econômico e o setor produtivo; tais espaços de tempo podem variar de constem os seguintes requisitos:
acordo com o país, sobretudo naqueles com alta taxa inflacionária, em que a) o nome "Nota Promissória" (ainda que em língua estrangeira, se
um ano pode ser considerado longo prazo; (3) os planos de incentivo à toda a nota for redigida em outro idioma --- "billet à ordre",
antecipação da liquidação do débito, a fim de estimular a redução da ex- "promissory note", "engener wechsel", "paghero cambi ano", "vaglía
pectativa e aplicar os resultados em empreendimentos novos; (4) o geren- cambiario", "cambiale propria", "livrança", etc.) .
ciamento da cobrança, com o acompanhamento rigoroso das atividades do b) o valor da quantia em dinheiro a pagar, por extenso.
devedor, a fim de detectar sintomas de inadimplência. c) o nome da pessoa a quem se promete pagar (o beneficiário).
Atenção: a nota promissória não pode ser emitida ao portador.
Nos países capitalistas, o próprio mercado, de certa forma, regula as d) a assinatura do emitente (ou de um seu procurador, poderes
operações de crédito, fortemente vinculadas à lei da oferta e da procura; especiais para emitir a nota promissória, com sem esses requisitos
porém os governos estabelecem regras ou supervisionam as operações o título será nulo, não terá validade como nota promissória.
realizadas, a fim de evitar abusos, concentração oligopolística ou monopo-
lística, prejuízos a investidores em instituições de crédito etc. É costume fazer-se constar da nota promissória a "indicação por alga-
rismos" do valor da quantia a ser paga (mesmo costume que existe em
As operações de crédito realizam-se no sistema financeiro, constituído cheque). Claro que se houver divergência entre esse valor grafado em
por diversos tipos de bancos públicos e privados (comerciais, de investi- numeral e o valor redigido por extenso, prevalecerá o valor deste último.
mentos), caixas econômicas, caixas ou fundos de pensão, associações de
poupança e empréstimo, organizações de cooperação econômica multina- Pode constar também da nota promissória a data e o lugar de sua e-
cionais (como o Fundo Monetário Internacional), bancos centrais e bolsas missão. Se faltar, porém, nenhuma conseqüência advirá, podendo o credor
de valores. preenchê-los a seu bel prazer.

Linhas de crédito. Exemplo de facilitação das atividades creditícias é a Também a "data do vencimento", ou seja, o dia em que a promessa de
linha de crédito - modalidade especial de conta-corrente - em que o cliente pagamento será cumprida, deverá constar do título. se faltar, não haverá
pode sacar a descoberto (com saldo negativo) até certo limite, independen- nulidade do título: entender-se-á que o vencimento é "a vista".

Conhecimentos Bancários 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


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responsabiliza em caso de insolvência. Essas garantias são instrumentali-
Finalmente, na nota promissória deverá ser lançado o lugar do paga- zadas no aval e na fiança. Já as garantias reais abrangem a hipoteca, o
mento. Também não há maior importância na omissão desse requisito, penhor e a anticrese. A hipoteca dá em garantia bens imóveis, navios e
pois, se faltar, será considerado como "lugar do pagamento" o lugar do aeronaves; o penhor refere-se a bens móveis, que ficam geralmente de
domicilio do emitente. posse do credor. Torna-se cada vez mais comum o seguro de crédito, em
que uma companhia seguradora assume o risco antes corrido pelo credor.
Endosso e Aval da Nota Promissória Finalmente, a anticrese é a entrega de um bem imóvel ao credor, em que o
Tudo o que se disse sobre endosso e aval dos cheques pode ser devedor lhe dá autorização para receber os rendimentos que ele propicia; é
considerado válido em relação às notas promissórias. também chamada de consignação de rendimento.

Prescrição NOTA FISCAL


A nota promissória, como todo título de crédito, tem a chamada força
executiva. A cobrança da nota promissória em ação executiva, contra o São vários os modelos de Notas Fiscais utilizados pelas empresas co-
emitente ou seus avalistas, deve ser promovida em três anos, a contar do merciais, industriais, prestadoras de serviços etc.
vencimento do título.
Os modelos de Notas Fiscais que as empresas comerciais estão obri-
Essa ação poderá ser promovida diretamente, sem qualquer gadas a emitir são:
necessidade de protesto. · Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A;
· Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2;
Já a ação para cobrar dos endossantes (na hipótese de os aceitantes
· Nota Fiscal de Produtor, modelo 4.
ou avalistas não pagarem), dependerá de prévio protesto e deverá ser
promovida em um ano, a contar da data em que foi feito o protesto (no
NOTA FISCAL, MODELO 1 OU 1-A
tempo legal).
A Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, deve ser emitida pela empresa sempre
que promover saídas ou entradas de mercadorias no seu estabelecimento.
Se algum endossante pagou a dívida e pretender cobrar dos demais
A única exceção é feita em relação aos produtores agrícolas, os quais são
endossantes, deverá promover sua ação executiva em seis meses a contar
obrigados a emitir a Nota Fiscal de Produtor, modelo 4.
do dia em que ele pagou a letra, ou do dia em que ele foi acionado.
É através da Nota Fiscal, em suas diversas modalidades, que o Gover-
Registro
no fiscaliza a movimentação das compras e vendas de mercadorias efetua-
Houve uma época, em que a lei estabelecia a obrigatoriedade do regis-
das pelas empresas, permitindo-lhe a cobrança de diversos impostos, taxas
tro das notas promissórias na repartição da Fazenda Federal. se não hou-
e contribuições.
vesse o registro a nota promissória não poderia ser executada. Hoje não
mais existe essa obrigação. A nota promissória, portanto, não precisa e não
Os impostos mais comuns são os seguintes:
deve ser registrada para ter validade.
· IPI —Imposto sobre Produtos Industrializados, de competência do
Governo Federal;
Cheque. Uma ordem de pagamento em dinheiro e à vista constitui o
cheque, mais meio de pagamento do que instrumento de crédito. O cheque · ICMS — Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mer-
só pode ser emitido por quem disponha de fundos no banco. cadorias e sobre Prestação de Serviços de transporte interestadual
e intermunicipal e de comunicação, de competência do Governo
Duplicata mercantil. A duplicata é um título de crédito decorrente de Estadual;
compra e venda mercantil ou de prestação de serviços. Por meio dela, seus · ISS — Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza, de compe-
emitentes obtêm crédito pelo desconto bancário de títulos. tência do Governo Municipal.

Conhecimento de depósito. Por meio do conhecimento de depósito, os Além desses impostos, a Nota Fiscal permite, ainda, a cobrança de ou-
bancos recebem warrant (garantia escrita) representativo do depósito de tros impostos, taxas e contribuições, como é o caso do IR — Imposto sobre
mercadorias feito em armazém geral, mediante o qual financiam o compra- a Renda, do COFINS, do PIS — Plano de Integração Social etc.
dor ou o vendedor. Esse mecanismo é também usado no financiamento às
operações de exportação. É bom ressaltar que existem mercadorias ou determinadas operações
de compras ou de vendas que poderão não estar sujeitas à incidência de
Cartão de crédito. O chamado "dinheiro de plástico" expressa a enorme impostos; entretanto, mesmo nesses casos, é obrigatória a emissão da
importância que o crédito assumiu no dia-a-dia. Daí dizer-se que o crédito documentação fiscal correspondente.
"circula" mais do que o dinheiro. O cartão de crédito se enquadra numa
categoria econômica e de serviços em que se incluem os cheques especi- CUPOM FISCAL
ais ou garantidos e os cartões de compra de estabelecimentos varejistas. O O Cupom Fiscal é um documento emitido através de equipamento e-
cartão de crédito pode ser de uso nacional ou internacional. Neste último missor de Cupom Fiscal em substituição à Nota Fiscal, nas vendas à vista
caso, subordina-se à política cambial de cada país, alguns dos quais o a consumidor em que a mercadoria for retirada ou consumida no próprio
proíbem. estabelecimento pelo comprador.

Crédito público. O conjunto de obrigações assumidas pelo estado de- Existem três tipos básicos de equipamento emissor de Cupom Fiscal:
nomina-se crédito público. É o mesmo que dívida pública e se aplica à · ECF-PDV — efetua o cálculo do imposto por alíquota e indica no
contratação, legítima, de empréstimos em dinheiro, dentro ou fora do país. Cupom o grande total atualizado, com seu símbolo e o da situação
Crédito público também pode ser entendido como a confiança que a sol- tributária da mercadoria;
vência de uma nação inspira aos possuidores de capitais, nacionais e · ECF-MR — embora não tenha os mesmos recursos do PDV, identi-
estrangeiros, não só por sua capacidade econômica, mas pela honorabili- fica as situações tributárias através dos somadores (totalizadores
dade e eficiência dos governos que a dirigem. O empréstimo compulsório parciais);
não é considerado crédito público, já que é involuntário e unilateral, sem · ECF-IF — tem a mesma capacidade do PDV, constituído de um
que o prestamista sequer possa exigir alguma garantia. Por essa razão, em módulo impressor, com memória fiscal, conectado a um computa-
alguns casos, o empréstimo compulsório tem sido entendido como uma dor (periféricos).
variação de tributo.
O Cupom Fiscal contém, no mínimo, as seguintes indica-
Garantia de crédito. São duas as garantias creditícias: as pessoais e as ções impressas pelo equipamento emissor de Cupom Fiscal:
reais. Pessoais quando o devedor apresenta outra pessoa que, por ele, se 1. denominação Cupom Fiscal;

Conhecimentos Bancários 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


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2. denominação, firma, razão social, endereço e números de inscri- através de “ordens de pagamento”
ção, estadual e no CGC, do emitente;
3. data (dia, mês e ano) e hora de início e término da emissão; O mecanismo delas é muito simples.
4. número de ordem de cada operação, obedecida a seqüência - indicamos o local onde desejamos que se faça o pagamento;
numérica consecutiva; - indicamos a quem desejamos que se entregue o dinheiro;
5. número de ordem seqüencial do ECF, atribuído pelo estabeleci- - indicamos se o favorecido (pessoa que receberá o dinheiro) man-
mento; tém conta no banco. Se caso positivo, podemos solicitar ao banco
6. indicação da situação tributária de cada item registrado, obede- para fazer o crédito diretamente na conta do favorecido.
cendo a seguinte codificação:
a) T — Tributário; As ordens de pagamento podem ser enviadas por:
b) F — Substituição Tributária; - carta
c) I — Isenção; - telegrama
d) N — Não-incidencia; - telefone
7. sinais gráficos que identifiquem os totalizadores parciais - telex
correspondentes às demais funções do ECF-MR;
8. discriminação, código, quantidade e valor unitário da mer- A comissão que o banco cobrará para enviar a ordem de pagamento
cadoria ou serviço; variará de acordo com o meio utilizado para enviá-la.
9. valor total da operação; Podemos remeter dinheiro de uma cidade para outra, sem utilizar as
10. Logotipo Fiscal. ordens de pagamento, nos servindo de:
- cheque visado
NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR, MODELO 2 - cheque comprado.
A Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, pode ser emitida pe-
las empresas em substituição ao Cupom Fiscal, toda vez que forem vendi-
4. DOC – DOCUMENTO DE CRÉDITO
das mercadorias diretamente a consumidores. Neste caso, as mercadorias
são retiradas da empresa pelos próprios consumidores.
O Documento de Crédito (DOC) é utilizado para remeter dinheiro de
Conforme você pode observar, neste modelo de Nota Fiscal alguns da- um banco para outro, da mesma praça, ou seja, remeter dinheiro entre os
dos também vêm impressos como: a denominação Nota Fiscal de Venda a diferentes bancos. Por exemplo, remeter do banco Bradesco para o Banco
Consumidor; o número de ordem, a série e subsérie, e o número da via; os Itaú.
dados identificativos da empresa emitente da referida Nota Fiscal e, no
rodapé, o nome, o endereço e os números de inscrição estadual e no CGC Para tal operação o banco cobra uma taxa (mais ou menos R$ 7,00).
do impressor do documento, a data e a quantidade de impressão, o número
de ordem do primeiro e do último documento impresso, a série e subsérie, e Hoje em dia existem meios mais seguros e confiáveis para esta
o número da autorização de impressão de documentos fiscais. operação e sem ônus para o cliente.

A Nota Fiscal de Venda a Consumidor será emitida no mínimo em duas Portanto, o DOC não é mais utilizado em transações bancárias.
vias. A primeira será entregue ao cliente no ato da venda e a segunda Documento de ordem de cré (DOC)
ditoé uma transação
ficará presa no talão para futura exibição ao fisco. financeira na qual os correntistas de bancos brasileiros fazem
transferências interbancárias de valores. Por norma do Banco
NOTA FISCAL DE PRODUTOR, MODELO 4 Central o valor do DOC deve ser inferior a R$ 5.000,00.
A Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, é um documento que deve ser
emitido por todas as empresas cujo ramo de atividade seja a produção O DOC, assim como a TED, pode ser do tipo D (entre con-
agropecuária. tas de mesmo titular) ou do tipo C (entre contas de diferentes
titulares). Para a realização desta transferência, é necessário
ORDEM DE PAGAMENTO informar os dados do destinatário: nome completo, CPF e/ou
CNPJ e Banco, agência e conta corrente de destino. No DOC
o valor só é creditado no banco de destino no dia útil seguinte
Definição, tipos, emissão e liquidação
a data de processamento. Esta operação não é estornável.
O portador de uma ordem de pagamento tem o direito de recorrer à jus-
tiça para assegurar o cumprimento das condições explicitadas nos termos O DOC é feito mediante compensação, da mesma manei-
do documento. ra como os cheques, e é efetivada na noite da data de pro-
cessamento. Um DOC enviado fora do horário limite fica a-
Ordem de pagamento, em sentido amplo, é qualquer documento em gendado para o próximo dia útil. Portanto se enviados fora do
que uma pessoa autoriza outra a receber pagamento de uma terceira. horário limite, em finais de semana ou feriados estarão dispo-
Nessa acepção, a ordem de pagamento mais comum é o cheque, no qual o níveis na conta de destino após o segundo dia útil.
emitente autoriza o banco no qual tem conta a pagar uma quantia determi-
nada ao portador. Em sentido estrito, ordem de pagamento é um documen- Um DOC pode ser devolvido caso as informações preen-
to bancário que obriga ao pagamento de determinada quantia em dinheiro à chidas pelo emissor estiverem incorretas.
vista ou a prazo, como a letra de câmbio, forma comum de crédito direto ao Abaixo estão os códigos e descrições dos motivos para a
consumidor no Brasil. devolução de um DOC:
Três pessoas figuram na letra de câmbio: o sacador, que dá a ordem § 40 Moeda inválida.
de pagar; o sacado, em geral uma instituição financeira, que recebe a
ordem para efetuar o pagamento; e o beneficiário, portador ou favorecido,
§ 51 Divergência no valor recebido.
que recebe a quantia devida. A letra deve trazer, de forma explícita, o valor § 52 Recebimento efetuado fora do prazo.
do pagamento, a data de vencimento, que pode ser à vista ou a prazo, e o
local para pagamento. É um título negociável, mas normalmente é vendido § 53 Apresentação indevida.
com deságio, isto é, por valor inferior ao valor nominal. Se o nome do
§ 54 Ausência ou irregularidade do carimbo de com-
beneficiário constar do documento, o endosso é suficiente para que possa
pensação (ordem bancária e ficha de compensação, exceto
ser cobrado por outra pessoa.
bloquetos de cobrança).
Os bancos nos permitem remeter dinheiro de uma cidade para outra

Conhecimentos Bancários 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
§ 55 Ausência ou irregularidade da autenticação me- imperativo: "pague!";
cânica. c) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (o
nome do sacado);
§ 56 Transferência insuficiente para a finalidade indi- d) a assinatura do emitente (sacador) (ou de um mandatário --
cada no DOC - Documento de Crédito. sinônimo de procurador -- com especiais poderes para emitir o
§ 57 Divergência ou não-preenchimento de informação cheque).
obrigatória nos DOCs e Ordens Bancárias.
São também requisitos dos cheques:
§ 58 Crédito destinado à conta de poupança em outras a) a indicação do lugar do pagamento (o endereço da agência
instituições. bancária) ;
b) a indicação da data e do lugar da emissão.
§ 59 Ausência da expressão "Transferência Internacio-
nal em Reais - Natureza da Operação". Estes entretanto, se faltarem, não acarretarão a nulidade do cheque
§ 61 Papel não-compensável. como título de crédito.

§ 62 DOC "D" - Com divergência na indicação do nú- Na prática adotou-se o costume de reservar um espaço para que cons-
mero do CPF / CNPJ. te do cheque seu valor escrito em números, não é um requisito de validade
do cheque.
§ 63 Registro inconsistente.
§ 64 Arquivo lógico não-processado ou processado Inclusive, se ocorrer divergência entre o valor lançado por extenso e o
parcialmente. valor expresso em números, prevalecerá aquele (lançado por extenso).

§ 66 DOC "D" - De conta individual (único CPF) para O cheque não precisa de aceite para ter validade, aliás, mesmo que o
conta conjunta (2 CPFs) e vice-versa. banco sacado declare que aceita o cheque, essa declaração não terá
§ 67 DOC "D" - Sem a indicação do tipo de conta debi- nenhuma validade.
tada ou creditada.
Como sabemos, um título de crédito com aceite tem mais validade pois
§ 68 DOC "E" - Conta com titularidade distinta. significa que o devedor não nega a dívida e está disposto ao pagamento.
Só que o cheque não admite o aceite.
Transferência bancária
Transferência bancária é um cheque administrativo em Há, porém, uma fórmula indireta, para dar maior crédito ao cheque,
que se processam tranferências de valores entre bancos substituindo o aceite: é o cheque visado.
diferentes sempre para o mesmo titular.
O cheque será visado quando o Banco sacado nele lançar um visto no
Caso um indivíduo queira transferir uma certa quantia de verso do cheque. Sempre que o banco lançar esse visto significará que ele,
banco X para outro banco que ainda não tenha conta, solicita- obrigatoriamente, já debitou seu valor na conta do emitente, reservando-a
se um T.B, que será emitido pelo banco de origem. Depois, para pagamento do cheque.
no banco de interesse com o TB em mãos, este será com-
pensado normalmente. Este visto só terá validade dentro do prazo de apresentação do cheque
(todo cheque tem um prazo para ser apresentado ao banco sacado: o
beneficiário terá 30 dias para apresentar o cheque para pagamento, quan-
5. CHEQUE - REQUISITOS ESSENCIAIS, CIRCULAÇÃO, EN- do ele for emitido no mesmo lugar (mesma praça) onde está o banco saca-
DOSSO, CRUZAMENTO, COMPENSAÇÃO. do; ou 60 dias, quando a emissão se deu em lugar diverso do lugar do
banco sacado).

CHEQUE Em resumo, o prazo para apresentação é: 30 dias (cheque da praça)


ou 60 dias (cheque de fora da praça).
Requisitos essenciais, circulação, endosso, cruzamento, compensação Terminado esse prazo, se o cheque visado não for apresentado, o
Esse é o mais utilizado de todos os títulos de crédito: é uma ordem de
banco re-creditará a conta do emitente no valor que havia debitado quando
pagamento à vista.
visara o cheque.
Uma pessoa (emitente), tendo fundos em poder de um estabelecimento
A emissão de um cheque pode ser nominativa ou ao portador. Será
bancário, emite (saca) uma ordem para que tal banco (sacado) pague uma
nominativa quando constar do cheque o nome do beneficiário do cheque.
determinada quantia a uma outra pessoa (beneficiário ou tomador). Essa
Será ao portador quando não constar tal nome, ou quando constar o nome
ordem é a vista, ou seja, quando o banco a receber vai tê-la sob sua vista,
do beneficiário, mas também estiver escrito "ou ao portador".
devendo então pagá-la.
O cheque nominativo tanto poderá constar cláusula "à ordem", como
Essa é a característica mais importante do cheque: a ordem é a vista.
cláusula "não à ordem". No primeiro caso (com a cláusula à ordem) fica
Significa que não existem cheques com data futura ( "pós-datado") .
autorizado o beneficiário a endossar o cheque, ou seja, transferi-lo a tercei-
ra pessoa, simplesmente assinando no seu dorso (no verso).
Mesmo que a data lançada no documento seja futura, o banco, tendo o
cheque sob sua vista deverá pagá-lo.
Se, entretanto, constar do cheque a cláusula "não à ordem", somente o
beneficiário poderá recebê-lo: não poderá transferi-lo a outrem.
A lei do cheque (nº 7.357, de 02/09/85) dispõe que "o cheque apresen-
tado para pagamento antes do dia indicado como data de emissão é pagá-
ATENÇÃO: A Lei n.º 8.021, de 12.04.90, em seu artigo 2.º, III, exige
vel no dia da apresentação".
que todo cheque acima de um determinado valor (na época 100 BTN'S)
seja nominativo. A Lei na 8.177, de 1º.03.91 extinguiu o BTN convertendo-o
Para que um cheque tenha validade como título de crédito, deverá
em Cr$ 126,8621 e estabeleceu sua atualização pela TR (Taxa Referencial
constar, obrigatoriamente do formulário os seguintes requisitos:
de Juros) - novo índice de correção monetária. Portanto, o cheque que
a) a denominação "cheque" inscrita no contexto do título e
acima desse valor atualizado deve ser nominativo.
expressa na língua em que este é redigido;
b) a ordem incondicional de pagar (observe que o verbo está no
Conhecimentos Bancários 13 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O cheque tanto poderá ser emitido pelo próprio correntista (sacador), que: se tal expressão for inutilizada, essa inutilização será considerada
como uma sua ordem ao banco, como pode ser emitido "por conta terceiro", inexistente.
ou pelo próprio banco sacado (contra ele mesmo). Nesta última hipótese o
cheque, necessariamente, será nominativo (não pode ser ao portador). Outros tipos de Cheque
Na linguagem bancária corriqueira há alguns nomes de cheques que
Não poderá constar do cheque nenhuma cláusula determinando o pa- são referidos. Vejamo-los:
gamento de juros: se constar, nenhuma validade terá (considera-se não a) cheque de Viagem - (também conhecidos como "traveller
escrita). check") - são cheques emitidos pôr instituições bancárias, resgatá-
veis por outros bancos, do país ou do exterior (segundo convênio),
Se se tratar de um cheque em moeda estrangeira (recebido do exterior, ou por suas outras agências. São "vendidos" a seus clientes para
por exemplo, ou um "traveller check" será ele pago em cruzeiro: essa facilitarem o transporte de dinheiro: há uma assinatura do benefici-
conversão será feita ao câmbio do dia do pagamento (essa data é impor- ário na parte superior e este deverá, quando for resgatá-lo, assinar
tante, porque as moedas estrangeiras e, principalmente, o dólar têm cota- novamente, ao pé do cheque, possibilitando a conferência das as-
ção variável em nosso país, e "todo dia sobem". sinaturas e seu resgate (se perder ou for roubado, não haverá con-
dições de resgate e, assim, não sofrerá prejuízo). Traz muita segu-
Assim, mesmo que o cheque tenha sido emitido há um mês atrás, se rança, principalmente, a turistas e viajores.
hoje é ele apresentado ao Banco sacado, este deverá proceder à conver- b) Cheque Fiscal - são emitidos por autoridades fiscais (tributá-
são da moeda estrangeira em cruzeiro, conforme o câmbio de hoje e não rias), em restituição de eventuais excessos de arrecadação (impos-
conforme o câmbio de.30 dias atrás. to de renda, p.ex.).
c) cheque administrativo - também conhecido como cheque
Várias providências dão característica especial ao cheque: comprado, é emitido pelo próprio banco, para pagamento ou por
outro banco, ou por sua outra agência.
a) Cruzamento
Quando o emitente (ou mesmo quem o detiver) apõe dois traços para- É "vendido" ao cliente, que, normalmente, o procura para ter maior se-
lelos no anverso (frente) do cheque, este será considerado um cheque gurança no transporte de dinheiro (por que eu viajaria até o Rio de Janeiro,
cruzado. levando uma sacola com 1 milhão, correndo o risco de roubo, acidente,
etc., se posso ir ao banco de que sou cliente, comprar-lhe um cheque
O cheque cruzado só será pago pelo banco sacado mediante crédito nesse valor e para ser resgatado por sua Agência do Rio de Janeiro? -- o
em conta (ou o beneficiário o deposita num outro banco, ou no próprio Banco me dá tal cheque, nominal, debita tal valor em minha conta corrente
banco sacado). Enfim, não poderá ser resgatado diretamente no caixa. e ainda me cobra uma pequena "taxa de expediente" e eu viajo tranqüilo e
seguro).
Poderá ainda ser lançado o nome de um banco no meio desses dois
traços paralelos: ocorrerá o cruzamento especial. O Endosso
Já vimos que um cheque pode ser nominativo ou ao portador. Vimos
Nessa hipótese o cheque só poderá ser pago ao banco com o nome também que os títulos de crédito têm por característica principal sua circula-
que ali constar (claro que, se constar o nome do próprio banco sacado, o toriedade, quer dizer, circulam de mão em mão, sempre representando uma
cheque poderá ser pago mediante crédito na conta corrente de seu cliente) ríqueza.
.
Essa transferência, em se tratando de cheque ao portador, é simples:
Assim, se sou credor de um cheque com cruzamento especial (por e- basta que se entregue o cheque à outra pessoa.
xemplo, cheque sacado contra o BRADESCO e cruzamento com o nome
do Banco do Brasil), só poderei receber esse cheque depositando-o em Se, entretanto, tratar-se de cheque nominativo, será necessário que o
minha conta corrente no Banco do Brasil, que o apresentará ao BRADES- beneficiário o endosse, quer dizer, lance em seu dorso uma assinatura,
CO, cobrando-o desse Banco sacado (e, depois, creditando-o em minha transferindo seus direitos de credor.
conta corrente). se eu tiver conta no próprio BRADESCO, poderei depositá-
lo em minha conta; mas se não tenho conta nem no Banco do Brasil, nem Naturalmente, quem passa algum bem a outra pessoa responde pelo
no BRADESCO não poderei receber o cheque, salvo se eu o transferir a que faz: significa que o endossante pagará o cheque, caso o banco sacado
uma outra pessoa, que tenha conta-corrente num desses dois Bancos não o pague por falta de fundos e o emitente também não o pague. Assim,
(essa outra pessoa poderá ser um outro Banco, onde eu tenho conta cor- o endossatário tanto poderá cobrar o cheque do emitente, como do endos-
rente). sante.

O cruzamento geral (apenas os dois traços paralelos, sem nome de Se ao endossar o endossante fizer constar o nome do endossatário te-
banco no meio) pode ser convertido em especial (basta que se lance, a remos o chamado endosso em preto. se, simplesmente, assinar o cheque
qualquer hora, o nome de um banco ali, no meio dos dois traços), mas o no verso, não colocando o nome do novo beneficiário, haverá endosso em
cruzamento especial não poderá ser transformado em geral. branco.

Uma vez cruzado um cheque, não poderá o cruzamento ser inutilizado Atenção: acima de um determinado valor, o cheque só pode ser
(se o for, nenhuma validade terá a inutilização). endossado "em preto" (ver nota sobre cheque ao portador) .

b) Cheque para ser Creditado em Conta O endosso pode ser inutilizado: basta riscá-lo.
Se o emitente (ou quem detiver o cheque) quiser impedir que o cheque
seja descontado diretamente no caixa, poderá obrigar o beneficiário a O endosso é transferência de todo valor do cheque; não pode ser
depositá-lo, para que seu valor seja apenas creditado em conta corrente. transferida apenas uma parte da quantia. É proibida, igualmente, a fixação
de qualquer condição: "se me der alguma coisa... etc. - se endossou está
Bastará que o escreva no anverso do cheque, transversalmente, a endossado.
expressão "para ser creditado em conta".
Quando o endosso for feito em favor do próprio banco sacado, equiva-
Nesse caso o banco sacado somente poderá proceder o lançamento lerá à quitação do cheque e o banco não poderá endossá-lo novamente.
contábil do cheque, seja creditando em conta, seja transferindo crédito para
outra conta corrente, seja compensando. Como já vimos, o cheque com cláusula "não à ordem" é intransferível:
não pode, portanto, ser endossado, já que o endosso é uma forma de
Uma vez lançada essa cláusula, não mais poderá ser alterado o che- transferência do direito de crédito do cheque.

Conhecimentos Bancários 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
outros, foi criado o serviço de Compensação de Cheques.
Nada impede que um endossatário re-endosse o cheque para outro
endossatário e assim sucessivamente. A base do sistema é muito simples:
Cada banco entrega num setor do Banco do Brasil, chamado Câmara
O Aval do Cheque de Compensação de cheques, uma relação dos cheques a serem
Caso uma pessoa não confie no emitente do cheque (ou mesmo no compensados. Esta relação é separada por banco. Haverá tantas relações
banco sacado), ou no endossante, poderá exigir uma garantia pessoal de quantos forem os bancos contra os quais foram emitidos os cheques.
outra pessoa. É o aval.
A Câmara de Compensação receberá, portanto, relação de cheques do
O aval é lançado no cheque, ou numa folha de alongamento e será re- Banco B depositados no Banco A e, também, relação de cheques do Banco
conhecido pela expressão "por aval" ou por qualquer expressão equivalente A depositados no Banco B. Como difícilmente o valor das duas relações se
("por garantia de pagamento, etc."), ou mesmo a simples assinatura do equivalem, um dos dois Bancos terá de completar a diferença.
avalista no anverso (frente) do cheque (naturalmente, uma assinatura
diferente da do emitente). Os serviços de compensação de cheques e outros papéis foram entre-
gues ao Banco do Brasil, sob a supervisão do Conselho Monetário Nacional
Do aval deverá constar o nome do avalizado, ou seja, a pessoa a quem (CMN), pela Lei n.° 4595 de 31.12.64 (Lei da Reforma Bancária).
se está emprestando garantia de cumprimento de suas obrigações no
cheque. Se não constar nenhum nome, é de se entender que o aval está
sendo prestado em favor do emitente do cheque. 6. SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO.

O avalista terá as mesmíssimas obrigações da pessoa a quem está O que é


avalizando. Se ele pagar o cheque, ficará com todos os direitos de Sistema de pagamentos é o conjunto de procedimentos, regras, ins-
cobrança do cheque do avalizado e outros que estejam obrigados no trumentos e operações integradas que suportam a movimentação financei-
cheque. ra na economia de mercado, tanto em moeda local quanto estrangeira.

A Prescrição do Cheque A função básica de um sistema de pagamentos é permitir a transferên-


Todo mundo que tem um direito deve exercitá-lo num prazo. Se dormir cia de recursos, o processamento e a liquidação de pagamentos para
poderá perdê-lo. Não existe direito eterno. pessoas físicas, empresas e governos. Sem perceber, interagimos com ele
muito mais vezes do que imaginamos. Por exemplo, toda vez que emitimos
Esse prazo em que a pessoa deve exercitar seu direito chama-se um cheque, fazemos compras com o cartão de crédito ou enviamos uma
prescrição. TED - Transferência Eletrônica Disponível - estamos acionando este siste-
ma.
Os títulos de crédito são documentos que trazem uma certeza de um
crédito. Podem ser executados (não há necessidade de uma prévia senten- O impacto de um sistema de pagamentos não é observado apenas na
ça, declarando que a pessoa tem o crédito e que uma outra deve aquela vida de pessoas comuns, empresas ou governos. As instituições financei-
importância). ras também realizam transferências diárias oriundas de suas próprias
transações. Isso ocorre por meio da movimentação nos saldos das contas
Essa ação de execução deve ser promovida pelo credor no máximo em de reservas bancárias mantidas por elas junto ao Banco Central.
seis meses, a contar de término do prazo para a apresentação do cheque.
O objetivo do processo de reestruturação que o Sistema de Pagamen-
Vimos que o cheque da praça deve ser apresentado em 30 dias a con- tos Brasileiro vem passando desde abril/2002 é aumentar a segurança do
tar da emissão. Assim, se um cheque foi emitido em 5 de janeiro em são mercado financeiro do País, oferecendo maior proteção a toda e qualquer
Paulo, para ser pago por um Banco de são Paulo, ele deverá ser apresen- transferência de recursos. É um esforço para se reduzir riscos, o que gera
tado ao banco até, no máximo, o dia 4 de fevereiro. A partir dessa data, 5 tranqüilidade para toda a economia.
de fevereiro, começa a correr o prazo prescricional de 6 meses: portanto
em 4 de agosto o cheque estará prescrito. As novidades implementadas, bem como uma análise do que já estava
funcionando, você poderá ver a seguir.
Significa que o credor já não mais poderá promover a ação executiva.
Daí para a frente precisará de uma sentença, que declare que ele realmen- De olho no mundo
te é credor e que a outra pessoa é realmente a devedora. se ganhar tal As preocupações sobre o sistema de pagamentos não são exclusivas
processo, só então promoverá a ação de execução contra o devedor (mas do Brasil, mas de abrangência mundial.
execução da sentença, e não mais do cheque).
Para entender melhor o assunto, é necessário conhecer um nome:
Compensação de Cheques Bank for International Settlements (BIS), que fica em Basiléia, Suíça, e é
Os bancos recebem uma grande quantidade de cheques como depósi- um organismo especializado em questões de bancos centrais ou bancos de
to ou para liquidação de títulos. Muitos destes cheques são emitidos contra compensação. Em síntese, é uma espécie de banco central dos bancos
outros bancos e não contra o próprio estabelecimento que os recebeu. centrais.
Nestes casos, haverá necessidade de o banco que recebeu os cheques ir
descontá-los nos outros bancos. Nas grandes cidades, no entanto, esta O BIS se preocupa com a estabilidade do Sistema Financeiro Mundial,
tarefa tornou-se impraticável pelos motivos abaixo: reunindo profissionais dos bancos centrais dos 10 países mais ricos do
- a quantidade de cheques é muito grande; mundo (G-10) e um quadro técnico permanente.
- são muitas as agências contra as quais são emitidos os cheque
se; A discussão sobre sistemas de pagamentos no mundo é recente. O
- o volume de dinheiro envolvido nas transações é muito grande; debate começou na década de 90 no G-10. Nesse período, houve mudan-
- não há tempo para percorrer todas as agências no mesmo dia. ças fundamentais nos modelos de sistemas de pagamentos dos países que
integram o G-10. A base das alterações foram as propostas incluídas nos
Além das dificuldades expostas, há outro fator a ser observado: relatórios do BIS.
Cada banco recebe diariamente uma grande quantidade de cheques
emitidos contra os outros bancos. Desta maneira, cada um dos bancos tem O novo Sistema de Pagamentos Brasileiro não ficou de fora e, por meio
de receber cheques emitidos contra todos os outros bancos e vice-versa. do Banco Central do Brasil (Bacen) buscou inspiração nos mesmos docu-
mentos. Entre as recomendações incorporadas estão a de que o modelo de
Para evitar a andança de funcionários de cada banco em direção aos liquidação deve ter base legal bem estabelecida e os participantes têm de

Conhecimentos Bancários 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


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estar cientes dos riscos prováveis. Além disso, as regras precisam garantir do, os correntistas já contam com maior rapidez, segurança e transparência
participação ampla e sem restrições. nas transações efetuadas numa agência ou caixa automático.

A outra fonte de inspiração para o novo SPB foi a experiência de al- Com o novo SPB, o Banco Central tem o controle on line das contas
guns bancos centrais estrangeiros. As mudanças realizadas no Japão, reservas bancárias dos bancos. Além disto, outras medidas foram adota-
Estados Unidos, Canadá e União Européia foram avaliadas pelo Bacen. das:
Concluiu-se que nenhum sistema de pagamentos é igual a outro, devendo · a criação da Transferência Eletrônica Disponível (TED) que
cada país adaptar a estrutura de financiamento de seu sistema às suas permite transferências de recursos no mesmo dia, de um banco pa-
características econômicas. ra outro. Assim, um correntista de um banco em Tabatinga (AM)
pode transferir rapidamente valores de sua conta para a de outra
No fim das contas, temos visto o Brasil se adequar-se rapidamente ao pessoa em outro banco na cidade de Uruguaiana (RS), por exem-
que acontece nos países mais ricos do mundo, não só para se atualizar em plo. Um detalhe: o cliente só pode efetuar a transferência se tiver
termos de sistema de pagamentos, mas também para oferecer aos investi- dinheiro disponível na sua conta (aí vale crédito de cheque especial
dores externos as mesmas condições de segurança, estabilidade e eficiên- e conta garantida);
cia em um mundo cada vez mais globalizado. · redução gradual do uso de cheques e DOC. O Banco Central
adotou e continua adotando medidas para desestimular o uso da
Tipos de Riscos Compe em transações acima de R$ 5 mil ;
Qualquer sistema de pagamentos está sujeito a riscos. Imagine que
· o menor uso de cheques e DOC refletiu na criação de câmaras
você esteja esperando um depósito na sua conta corrente para pagar uma
de liquidação eletrônica, ou clearing houses, que assumem a res-
dívida e ele simplesmente não é efetuado. Essa situação pode deixá-lo, no
ponsabilidade pela liquidação de diversos tipos de operações, ab-
mínimo, constrangido.
sorvendo e gerindo os riscos que estavam no Banco Central. As
clearings são entidades de capital privado formadas pelos princi-
Agora imagine um banco que dependa de aporte de recursos para hon-
pais bancos do País. Ao lado do Bacen, ajudam a manter a saúde
rar seus compromissos. Esta dificuldade poderia levar à inadimplência
do mercado financeiro no País. As principais são:
outros bancos que dependessem daqueles recursos.
· Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) - clearing
No antigo Sistema de Pagamentos Brasileiro, a principal fonte de inse- de ativos (títulos e renda variável)
gurança estava no fato de não haver o controle on line, pelo Banco Central, · Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações
das contas de reservas bancárias dos bancos. Além dos riscos operacio- de Ativos BM&F (clearing de ativos de títulos de renda fixa)
nais, boa parte da inquietação com respeito ao Sistema de Pagamentos · Câmara de Registro, Compensação e de Liquidação de Opera-
vinha da defasagem de tempo entre a contratação e a liquidação das ções de Câmbio BM&F (clearing de câmbio)
operações, que os técnicos de mercado denominam de lag de liquidação. · Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações
Esse lag abria a possibilidade de a parte devedora tornar-se inadimplente de Derivativos BM&F (clearing de Derivativos)
antes da quitação dos compromissos assumidos. É o que chamamos de · Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).
risco de crédito.
TED
Além deste risco, mas advindo da mesma situação, há ainda o risco de A Transferência Eletrônica Disponível (TED) é um instrumento criado
imagem, já que a instituição de origem da operação tem sua imagem des- pelo novo SPB que permite maior agilidade às transações interbancárias
gastada perante seus clientes e o mercado. O risco de imagem pode ser dos clientes e dos próprios bancos.
provocado pela falta de transparência ou clareza dos riscos envolvidos.
Desde 18.02.2004 as transferências interbancárias de valores iguais ou
Há ainda a possibilidade de que um simples atraso no recebimento de superiores a R$ 5.000,00 não podem mais ser realizadas via DOC. Assim,
valores cause transtornos à tesouraria de um banco e, por conseqüência, o DOC foi totalmente substituído pela TED para essas transações.
no mercado. Isto porque a situação pode levar o banco a financiar no
mercado o desequilíbrio do seu caixa, caracterizando-se, assim, o risco de Para atender a essa faixa superior de valor, foi concebida a TED, um
liquidez. mecanismo de transferência de recursos moderno, de pequeno risco e que
permite ao favorecido usar o dinheiro no instante em que o banco destina-
Os riscos de liquidez e de crédito podem levar a um terceiro: o risco tário processa a transferência recebida de outro banco.
sistêmico. Ele ocorre quando as situações de instabilidade geram um efeito
dominó, envolvendo várias ou todas as instituições financeiras vinculadas A tendência é que a TED substitua também os cheques de valor igual
ao sistema de pagamentos. Quer dizer, mesmo aqueles bancos que não ou inferior a R$ 5 mil. Isto porque, além da TED ter a vantagem da liquida-
estejam diretamente ligados a um problema localizado podem sofrer os ção no mesmo dia, medidas tomadas pelo Bacen encareceram o uso de
efeitos desta reação em cadeia. cheques a partir desse valor.

Se um banco deixa de pagar qualquer conta, ele está quebrando a ca-


deia de pagamentos e contribuindo para a instalação do risco sistêmico. 7. TIPOS DE SOCIEDADE: EM NOME COLETIVO, POR QUOTAS
Sem mecanismos de gerenciamento de risco, todo o mercado tornar-se-ia DE RESPONSABILIDADE LIMITADA, ANÔNIMAS, FIRMA INDIVI-
refém numa possível crise. O caso é tão sério que motivou o Bacen a DUAL OU EMPRESÁRIA.
desenvolver o novo Sistema de Pagamentos Brasileiro.
Do Direito de Empresa
TÍTULO I
O que mudou
Do Empresário
CAPÍTULO I
Rapidez e segurança: a realidade do novo modelo
Da Caracterização e da Inscrição
As mudanças no Sistema de Pagamentos Brasileiro são revolucioná-
rias. A grande beneficiada, no fim das contas, é a sociedade. Cada contri- Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente ati-
buinte era, por meio do Banco Central e do Tesouro Nacional, um avalista vidade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou
das instituições financeiras ao emprestar recursos para cobrir possíveis de serviços.
rombos ou quebras.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão
As mudanças estão trazendo vantagens para os clientes dos bancos, intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concur-
que assistem ao aumento da concorrência entre as instituições financeiras so de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão consti-
para oferecer serviços e produtos adequados ao novo SPB. Como resulta- tuir elemento de empresa.

Conhecimentos Bancários 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de § 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz
Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos
ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que autorização.
contenha:
§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de socieda-
regime de bens; de que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa; seguintes pressupostos: (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
III - o capital; I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;
(Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
IV - o objeto e a sede da empresa.
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; (Incluído pela Lei
§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será nº 12.399, de 2011)
tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mer-
cantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresá- III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamen-
rios inscritos. te incapaz deve ser representado por seus representantes legais. (Incluído
pela Lei nº 12.399, de 2011)
§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão
averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes. Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que,
por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará,
§ 3o Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solici- com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
tar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu
registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, § 1o Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em
no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. (Incluído que o juiz entender ser conveniente.
pela Lei Complementar nº 128, de 2008) § 2o A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do
§ 4o O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microem- menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomea-
preendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, dos.
de 14 de dezembro de 2006, bem como qualquer exigência para o início de Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos
seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferente- casos do art. 974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas ou
mente eletrônico, opcional para o empreendedor, na forma a ser disciplina- averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis.
da pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao ge-
o inciso III do art. 2o da mesma Lei. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) rente; ou ao representante do incapaz; ou a este, quando puder ser autori-
zado.
§ 5o Para fins do disposto no § 4o, poderão ser dispensados o uso da
firma, com a respectiva assinatura autógrafa, o capital, requerimentos, Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com
demais assinaturas, informações relativas à nacionalidade, estado civil e terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal
regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida de bens, ou no da separação obrigatória.
pelo CGSIM. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga con-
Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar jugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem
sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenup-
secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercan- ciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clau-
tis da respectiva sede. sulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.
Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simpli- Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do
ficado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros,
aos efeitos daí decorrentes. antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mer-
cantis.
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal pro-
fissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus TÍTULO I-A
parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, DA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será
CAPÍTULO II constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social,
Da Capacidade devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior
salário-mínimo vigente no País. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011)
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem (Vigência)
em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expres-
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de são "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigên-
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente cia)
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por § 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabi-
seus pais ou pelo autor de herança. lidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exa- modalidade. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
me das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência § 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá
em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num
pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuí- único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentra-
zo dos direitos adquiridos por terceiros. ção. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)

Conhecimentos Bancários 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
§ 4º ( VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024,
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade li- aquele que contratou pela sociedade.
mitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a
remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de CAPÍTULO II
imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa Da Sociedade em Conta de Participação
jurídica, vinculados à atividade profissional. (Incluído pela Lei nº 12.441, de
2011) (Vigência) Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constituti-
va do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participan-
que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. (Incluído pela do os demais dos resultados correspondentes.
Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio osten-
TÍTULO II sivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do
Da Sociedade contrato social.
CAPÍTULO ÚNICO
Disposições Gerais Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação inde-
pende de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciproca- direito.
mente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de
atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a
eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou personalidade jurídica à sociedade.
mais negócios determinados.
Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos ne-
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a so- gócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do
ciedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com
sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. este pelas obrigações em que intervier.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se em- Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio
presária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos
negócios sociais.
Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos
tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constitu- § 1o A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação
ir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se aos sócios.
às normas que lhe são próprias.
§ 2o A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e
Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à socie- a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário.
dade em conta de participação e à cooperativa, bem como as constantes
de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, imponham a § 3o Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às nor-
constituição da sociedade segundo determinado tipo. mas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.

Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode
própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.
com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiaria-
art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da mente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade sim-
sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os ples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de
efeitos, à sociedade empresária. contas, na forma da lei processual.
Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um da- Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas
queles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às contas serão prestadas e julgadas no mesmo processo.
normas que regem a transformação.
SUBTÍTULO II
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, Da Sociedade Personificada
no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e CAPÍTULO I
1.150). Da Sociedade Simples
SUBTÍTULO I Seção I
Da Sociedade Não Personificada Do Contrato Social
CAPÍTULO I Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular
Da Sociedade em Comum ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a so- I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios,
ciedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos
observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as sócios, se jurídicas;
normas da sociedade simples.
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente
por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo com-
podem prová-la de qualquer modo. preender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;

Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
qual os sócios são titulares em comum. V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista
Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados em serviços;
por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e
somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer. seus poderes e atribuições;
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;

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VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obriga- Art. 1.009. A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta respon-
ções sociais. sabilidade solidária dos administradores que a realizarem e dos sócios que
os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade.
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto sepa-
rado, contrário ao disposto no instrumento do contrato. Seção III
Da Administração
Art. 998. Nos trinta dias subseqüentes à sua constituição, a sociedade
deverá requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pesso- Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios
as Jurídicas do local de sua sede. decidir sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por
maioria de votos, contados segundo o valor das quotas de cada um.
§ 1o O pedido de inscrição será acompanhado do instrumento autenti-
cado do contrato, e, se algum sócio nele houver sido representado por § 1o Para formação da maioria absoluta são necessários votos corres-
procurador, o da respectiva procuração, bem como, se for o caso, da prova pondentes a mais de metade do capital.
de autorização da autoridade competente.
§ 2o Prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios no ca-
§ 2o Com todas as indicações enumeradas no artigo antecedente, será so de empate, e, se este persistir, decidirá o juiz.
a inscrição tomada por termo no livro de registro próprio, e obedecerá a
número de ordem contínua para todas as sociedades inscritas. § 3o Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma ope-
ração interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação que a
Art. 999. As modificações do contrato social, que tenham por objeto aprove graças a seu voto.
matéria indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os
sócios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de
contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime. suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo
costuma empregar na administração de seus próprios negócios.
Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato social será averba-
da, cumprindo-se as formalidades previstas no artigo antecedente. § 1o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por
lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente,
Art. 1.000. A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita
na circunscrição de outro Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste deve- ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o
rá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência,
contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição da sucursal, filial ou perdurarem os efeitos da condenação.
agência deverá ser averbada no Registro Civil da respectiva sede.
§ 2o Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as
Seção II disposições concernentes ao mandato.
Dos Direitos e Obrigações dos Sócios
Art. 1.012. O administrador, nomeado por instrumento em separado,
Art. 1.001. As obrigações dos sócios começam imediatamente com o deve averbá-lo à margem da inscrição da sociedade, e, pelos atos que
contrato, se este não fixar outra data, e terminam quando, liquidada a praticar, antes de requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente
sociedade, se extinguirem as responsabilidades sociais. com a sociedade.
Art. 1.002. O sócio não pode ser substituído no exercício das suas fun- Art. 1.013. A administração da sociedade, nada dispondo o contrato
ções, sem o consentimento dos demais sócios, expresso em modificação social, compete separadamente a cada um dos sócios.
do contrato social.
§ 1o Se a administração competir separadamente a vários administra-
Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente dores, cada um pode impugnar operação pretendida por outro, cabendo a
modificação do contrato social com o consentimento dos demais sócios, decisão aos sócios, por maioria de votos.
não terá eficácia quanto a estes e à sociedade.
§ 2o Responde por perdas e danos perante a sociedade o administra-
Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do dor que realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo
contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a em desacordo com a maioria.
sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.
Art. 1.014. Nos atos de competência conjunta de vários administrado-
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às res, torna-se necessário o concurso de todos, salvo nos casos urgentes,
contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê- em que a omissão ou retardo das providências possa ocasionar dano
lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá irreparável ou grave.
perante esta pelo dano emergente da mora.
Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores podem praticar
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais só- todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto
cios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria
quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o dis- dos sócios decidir.
posto no § 1o do art. 1.031.
Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente
Art. 1.005. O sócio que, a título de quota social, transmitir domínio, pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes
posse ou uso, responde pela evicção; e pela solvência do devedor, aquele hipóteses:
que transferir crédito.
I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro
Art. 1.006. O sócio, cuja contribuição consista em serviços, não pode, próprio da sociedade;
salvo convenção em contrário, empregar-se em atividade estranha à socie-
dade, sob pena de ser privado de seus lucros e dela excluído. II - provando-se que era conhecida do terceiro;
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros III - tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da
e das perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja sociedade.
contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na propor-
ção da média do valor das quotas. Art. 1.016. Os administradores respondem solidariamente perante a
sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas
Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de funções.
participar dos lucros e das perdas.
Art. 1.017. O administrador que, sem consentimento escrito dos sócios,
aplicar créditos ou bens sociais em proveito próprio ou de terceiros, terá de

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restituí-los à sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros resul- demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou,
tantes, e, se houver prejuízo, por ele também responderá. ainda, por incapacidade superveniente.
Parágrafo único. Fica sujeito às sanções o administrador que, tendo em Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio
qualquer operação interesse contrário ao da sociedade, tome parte na declarado falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do
correspondente deliberação. parágrafo único do art. 1.026.
Art. 1.018. Ao administrador é vedado fazer-se substituir no exercício Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um
de suas funções, sendo-lhe facultado, nos limites de seus poderes, consti- sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente reali-
tuir mandatários da sociedade, especificados no instrumento os atos e zado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na
operações que poderão praticar. situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em
balanço especialmente levantado.
Art. 1.019. São irrevogáveis os poderes do sócio investido na adminis-
tração por cláusula expressa do contrato social, salvo justa causa, reco- § 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os
nhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios. demais sócios suprirem o valor da quota.
Parágrafo único. São revogáveis, a qualquer tempo, os poderes confe- § 2o A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa di-
ridos a sócio por ato separado, ou a quem não seja sócio. as, a partir da liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual em con-
trário.
Art. 1.020. Os administradores são obrigados a prestar aos sócios con-
tas justificadas de sua administração, e apresentar-lhes o inventário anual- Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a
mente, bem como o balanço patrimonial e o de resultado econômico. seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores,
até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois
Art. 1.021. Salvo estipulação que determine época própria, o sócio po- primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se
de, a qualquer tempo, examinar os livros e documentos, e o estado da requerer a averbação.
caixa e da carteira da sociedade.
Seção VI
Seção IV Da Dissolução
Das Relações com Terceiros
Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
Art. 1.022. A sociedade adquire direitos, assume obrigações e procede
judicialmente, por meio de administradores com poderes especiais, ou, não I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem
os havendo, por intermédio de qualquer administrador. oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se
prorrogará por tempo indeterminado;
Art. 1.023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, res-
pondem os sócios pelo saldo, na proporção em que participem das perdas II - o consenso unânime dos sócios;
sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária.
III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados prazo indeterminado;
por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cen-
Art. 1.025. O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime to e oitenta dias;
das dívidas sociais anteriores à admissão.
V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.
Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros
bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio re-
lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação. manescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas da
sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas
Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor Mercantis, a transformação do registro da sociedade para empresário
requerer a liquidação da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do individual ou para empresa individual de responsabilidade limitada, obser-
art. 1.031, será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa vado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.
dias após aquela liquidação. (Redação dada pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
Art. 1.027. Os herdeiros do cônjuge de sócio, ou o cônjuge do que se Art. 1.034. A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requeri-
separou judicialmente, não podem exigir desde logo a parte que lhes cou- mento de qualquer dos sócios, quando:
ber na quota social, mas concorrer à divisão periódica dos lucros, até que
se liquide a sociedade. I - anulada a sua constituição;

Seção V II - exaurido o fim social, ou verificada a sua inexeqüibilidade.


Da Resolução da Sociedade em Relação a um Sócio Art. 1.035. O contrato pode prever outras causas de dissolução, a se-
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo: rem verificadas judicialmente quando contestadas.

I - se o contrato dispuser diferentemente; Art. 1.036. Ocorrida a dissolução, cumpre aos administradores provi-
denciar imediatamente a investidura do liquidante, e restringir a gestão
II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade; própria aos negócios inadiáveis, vedadas novas operações, pelas quais
responderão solidária e ilimitadamente.
III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio
falecido. Parágrafo único. Dissolvida de pleno direito a sociedade, pode o sócio
requerer, desde logo, a liquidação judicial.
Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer só-
cio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante Art. 1.037. Ocorrendo a hipótese prevista no inciso V do art. 1.033, o
notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; Ministério Público, tão logo lhe comunique a autoridade competente, pro-
se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa. moverá a liquidação judicial da sociedade, se os administradores não o
tiverem feito nos trinta dias seguintes à perda da autorização, ou se o sócio
Parágrafo único. Nos trinta dias subseqüentes à notificação, podem os não houver exercido a faculdade assegurada no parágrafo único do artigo
demais sócios optar pela dissolução da sociedade. antecedente.
Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, Parágrafo único. Caso o Ministério Público não promova a liquidação
pode o sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos judicial da sociedade nos quinze dias subseqüentes ao recebimento da
comunicação, a autoridade competente para conceder a autorização no-

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meará interventor com poderes para requerer a medida e administrar a conseqüência de ter sido reduzido o capital social, sempre sem prejuízo
sociedade até que seja nomeado o liquidante. dos credores preexistentes.
Art. 1.038. Se não estiver designado no contrato social, o liquidante se- Art. 1.049. O sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros
rá eleito por deliberação dos sócios, podendo a escolha recair em pessoa recebidos de boa-fé e de acordo com o balanço.
estranha à sociedade.
Parágrafo único. Diminuído o capital social por perdas supervenientes,
§ 1o O liquidante pode ser destituído, a todo tempo: não pode o comanditário receber quaisquer lucros, antes de reintegrado
aquele.
I - se eleito pela forma prevista neste artigo, mediante deliberação dos
sócios; Art. 1.050. No caso de morte de sócio comanditário, a sociedade, salvo
disposição do contrato, continuará com os seus sucessores, que designa-
II - em qualquer caso, por via judicial, a requerimento de um ou mais rão quem os represente.
sócios, ocorrendo justa causa.
Art. 1.051. Dissolve-se de pleno direito a sociedade:
§ 2o A liquidação da sociedade se processa de conformidade com o
disposto no Capítulo IX, deste Subtítulo. I - por qualquer das causas previstas no art. 1.044;
CAPÍTULO II II - quando por mais de cento e oitenta dias perdurar a falta de uma das
Da Sociedade em Nome Coletivo categorias de sócio.
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade Parágrafo único. Na falta de sócio comanditado, os comanditários no-
em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, mearão administrador provisório para praticar, durante o período referido no
pelas obrigações sociais. inciso II e sem assumir a condição de sócio, os atos de administração.
Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, CAPÍTULO IV
podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, Da Sociedade Limitada
limitar entre si a responsabilidade de cada um. Seção I
Disposições Preliminares
Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste
Capítulo e, no que seja omisso, pelas do Capítulo antecedente. Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é
restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela
Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas integralização do capital social.
no art. 997, a firma social.
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo,
Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a pelas normas da sociedade simples.
sócios, sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos que
tenham os necessários poderes. Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva
da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.
Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se
a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor. Art. 1.054. O contrato mencionará, no que couber, as indicações do art.
997, e, se for o caso, a firma social.
Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando:
Seção II
I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente; Das Quotas
II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais,
oposição do credor, levantada no prazo de noventa dias, contado da publi- cabendo uma ou diversas a cada sócio.
cação do ato dilatório.
§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respon-
Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das dem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do
causas enumeradas no art. 1.033 e, se empresária, também pela declara- registro da sociedade.
ção da falência.
§ 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.
CAPÍTULO III
Da Sociedade em Comandita Simples Art. 1.056. A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para e-
feito de transferência, caso em que se observará o disposto no artigo
Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de seguinte.
duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária
e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados § 1o No caso de condomínio de quota, os direitos a ela inerentes so-
somente pelo valor de sua quota. mente podem ser exercidos pelo condômino representante, ou pelo inven-
tariante do espólio de sócio falecido.
Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os
comanditários. § 2o Sem prejuízo do disposto no art. 1.052, os condôminos de quota
indivisa respondem solidariamente pelas prestações necessárias à sua
Art. 1.046. Aplicam-se à sociedade em comandita simples as normas integralização.
da sociedade em nome coletivo, no que forem compatíveis com as deste
Capítulo. Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total
ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos
Parágrafo único. Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obri- outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um
gações dos sócios da sociedade em nome coletivo. quarto do capital social.
Art. 1.047. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros,
sociedade e de lhe fiscalizar as operações, não pode o comanditário prati- inclusive para os fins do parágrafo único do art. 1.003, a partir da averba-
car qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob pena de ção do respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes.
ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado.
Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios
Parágrafo único. Pode o comanditário ser constituído procurador da podem, sem prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-
sociedade, para negócio determinado e com poderes especiais. la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolven-
Art. 1.048. Somente após averbada a modificação do contrato, produz do-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações
efeito, quanto a terceiros, a diminuição da quota do comanditário, em estabelecidas no contrato mais as despesas.

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Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das Parágrafo único. Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes
quantias retiradas, a qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, ao da eleição, esta se tornará sem efeito.
quando tais lucros ou quantia se distribuírem com prejuízo do capital.
Art. 1.068. A remuneração dos membros do conselho fiscal será fixada,
Seção III anualmente, pela assembléia dos sócios que os eleger.
Da Administração
Art. 1.069. Além de outras atribuições determinadas na lei ou no con-
Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pes- trato social, aos membros do conselho fiscal incumbem, individual ou
soas designadas no contrato social ou em ato separado. conjuntamente, os deveres seguintes:
Parágrafo único. A administração atribuída no contrato a todos os só- I - examinar, pelo menos trimestralmente, os livros e papéis da socie-
cios não se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa dade e o estado da caixa e da carteira, devendo os administradores ou
qualidade. liquidantes prestar-lhes as informações solicitadas;
Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá de II - lavrar no livro de atas e pareceres do conselho fiscal o resultado
aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver dos exames referidos no inciso I deste artigo;
integralizado, e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização.
(Redação dada pela Lei nº 12.375, de 2010) III - exarar no mesmo livro e apresentar à assembléia anual dos sócios
parecer sobre os negócios e as operações sociais do exercício em que
Art. 1.062. O administrador designado em ato separado investir-se-á no servirem, tomando por base o balanço patrimonial e o de resultado econô-
cargo mediante termo de posse no livro de atas da administração. mico;
§ 1o Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes à designa- IV - denunciar os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, sugerindo
ção, esta se tornará sem efeito. providências úteis à sociedade;
§ 2o Nos dez dias seguintes ao da investidura, deve o administrador V - convocar a assembléia dos sócios se a diretoria retardar por mais
requerer seja averbada sua nomeação no registro competente, mencionan- de trinta dias a sua convocação anual, ou sempre que ocorram motivos
do o seu nome, nacionalidade, estado civil, residência, com exibição de graves e urgentes;
documento de identidade, o ato e a data da nomeação e o prazo de gestão.
VI - praticar, durante o período da liquidação da sociedade, os atos a
Art. 1.063. O exercício do cargo de administrador cessa pela destitui- que se refere este artigo, tendo em vista as disposições especiais regulado-
ção, em qualquer tempo, do titular, ou pelo término do prazo se, fixado no ras da liquidação.
contrato ou em ato separado, não houver recondução.
Art. 1.070. As atribuições e poderes conferidos pela lei ao conselho fis-
§ 1o Tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, sua cal não podem ser outorgados a outro órgão da sociedade, e a responsabi-
destituição somente se opera pela aprovação de titulares de quotas corres- lidade de seus membros obedece à regra que define a dos administradores
pondentes, no mínimo, a dois terços do capital social, salvo disposição (art. 1.016).
contratual diversa.
Parágrafo único. O conselho fiscal poderá escolher para assisti-lo no
§ 2o A cessação do exercício do cargo de administrador deve ser aver- exame dos livros, dos balanços e das contas, contabilista legalmente habili-
bada no registro competente, mediante requerimento apresentado nos dez tado, mediante remuneração aprovada pela assembléia dos sócios.
dias seguintes ao da ocorrência.
Seção V
§ 3o A renúncia de administrador torna-se eficaz, em relação à socie- Das Deliberações dos Sócios
dade, desde o momento em que esta toma conhecimento da comunicação
escrita do renunciante; e, em relação a terceiros, após a averbação e Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras maté-
publicação. rias indicadas na lei ou no contrato:

Art. 1.064. O uso da firma ou denominação social é privativo dos admi- I - a aprovação das contas da administração;
nistradores que tenham os necessários poderes. II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado;
Art. 1.065. Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elabo- III - a destituição dos administradores;
ração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado
econômico. IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contra-
to;
Seção IV
Do Conselho Fiscal V - a modificação do contrato social;

Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembléia dos sócios, pode VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessa-
o contrato instituir conselho fiscal composto de três ou mais membros e ção do estado de liquidação;
respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no País, eleitos na as- VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas
sembléia anual prevista no art. 1.078. contas;
§ 1o Não podem fazer parte do conselho fiscal, além dos inelegíveis VIII - o pedido de concordata.
enumerados no § 1o do art. 1.011, os membros dos demais órgãos da
sociedade ou de outra por ela controlada, os empregados de quaisquer Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art.
delas ou dos respectivos administradores, o cônjuge ou parente destes até 1.010, serão tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no
o terceiro grau. contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos
previstos em lei ou no contrato.
§ 2o É assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo
menos um quinto do capital social, o direito de eleger, separadamente, um § 1o A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos
dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente. sócios for superior a dez.
Art. 1.067. O membro ou suplente eleito, assinando termo de posse la- § 2o Dispensam-se as formalidades de convocação previstas no § 3o do
vrado no livro de atas e pareceres do conselho fiscal, em que se mencione art. 1.152, quando todos os sócios comparecerem ou se declararem, por
o seu nome, nacionalidade, estado civil, residência e a data da escolha, escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia.
ficará investido nas suas funções, que exercerá, salvo cessação anterior,
§ 3o A reunião ou a assembléia tornam-se dispensáveis quando todos
até a subseqüente assembléia anual.
os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas.

Conhecimentos Bancários 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
§ 4o No caso do inciso VIII do artigo antecedente, os administradores, § 2o Instalada a assembléia, proceder-se-á à leitura dos documentos
se houver urgência e com autorização de titulares de mais da metade do referidos no parágrafo antecedente, os quais serão submetidos, pelo presi-
capital social, podem requerer concordata preventiva. dente, a discussão e votação, nesta não podendo tomar parte os membros
da administração e, se houver, os do conselho fiscal.
§ 5o As deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato
vinculam todos os sócios, ainda que ausentes ou dissidentes. § 3o A aprovação, sem reserva, do balanço patrimonial e do de resulta-
do econômico, salvo erro, dolo ou simulação, exonera de responsabilidade
§ 6o Aplica-se às reuniões dos sócios, nos casos omissos no contrato, os membros da administração e, se houver, os do conselho fiscal.
o disposto na presente Seção sobre a assembléia.
§ 4o Extingue-se em dois anos o direito de anular a aprovação a que se
Art. 1.073. A reunião ou a assembléia podem também ser convocadas: refere o parágrafo antecedente.
I - por sócio, quando os administradores retardarem a convocação, por Art. 1.079. Aplica-se às reuniões dos sócios, nos casos omissos no
mais de sessenta dias, nos casos previstos em lei ou no contrato, ou por contrato, o estabelecido nesta Seção sobre a assembléia, obedecido o
titulares de mais de um quinto do capital, quando não atendido, no prazo de disposto no § 1o do art. 1.072.
oito dias, pedido de convocação fundamentado, com indicação das maté-
rias a serem tratadas; Art. 1.080. As deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam i-
limitada a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram.
II - pelo conselho fiscal, se houver, nos casos a que se refere o inciso V
do art. 1.069. Seção VI
Do Aumento e da Redução do Capital
Art. 1.074. A assembléia dos sócios instala-se com a presença, em
primeira convocação, de titulares de no mínimo três quartos do capital Art. 1.081. Ressalvado o disposto em lei especial, integralizadas as
social, e, em segunda, com qualquer número. quotas, pode ser o capital aumentado, com a correspondente modificação
do contrato.
§ 1o O sócio pode ser representado na assembléia por outro sócio, ou
por advogado, mediante outorga de mandato com especificação dos atos § 1o Até trinta dias após a deliberação, terão os sócios preferência para
autorizados, devendo o instrumento ser levado a registro, juntamente com a participar do aumento, na proporção das quotas de que sejam titulares.
ata.
§ 2o À cessão do direito de preferência, aplica-se o disposto no caput
§ 2o Nenhum sócio, por si ou na condição de mandatário, pode votar do art. 1.057.
matéria que lhe diga respeito diretamente.
§ 3o Decorrido o prazo da preferência, e assumida pelos sócios, ou por
Art. 1.075. A assembléia será presidida e secretariada por sócios esco- terceiros, a totalidade do aumento, haverá reunião ou assembléia dos
lhidos entre os presentes. sócios, para que seja aprovada a modificação do contrato.
§ 1o Dos trabalhos e deliberações será lavrada, no livro de atas da as- Art. 1.082. Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspon-
sembléia, ata assinada pelos membros da mesa e por sócios participantes dente modificação do contrato:
da reunião, quantos bastem à validade das deliberações, mas sem prejuízo
dos que queiram assiná-la. I - depois de integralizado, se houver perdas irreparáveis;

§ 2o Cópia da ata autenticada pelos administradores, ou pela mesa, se- II - se excessivo em relação ao objeto da sociedade.
rá, nos vinte dias subseqüentes à reunião, apresentada ao Registro Público Art. 1.083. No caso do inciso I do artigo antecedente, a redução do ca-
de Empresas Mercantis para arquivamento e averbação. pital será realizada com a diminuição proporcional do valor nominal das
§ 3o Ao sócio, que a solicitar, será entregue cópia autenticada da ata. quotas, tornando-se efetiva a partir da averbação, no Registro Público de
Empresas Mercantis, da ata da assembléia que a tenha aprovado.
Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061 e no § 1o do art. 1.063,
as deliberações dos sócios serão tomadas: Art. 1.084. No caso do inciso II do art. 1.082, a redução do capital será
feita restituindo-se parte do valor das quotas aos sócios, ou dispensando-se
I - pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do capital as prestações ainda devidas, com diminuição proporcional, em ambos os
social, nos casos previstos nos incisos V e VI do art. 1.071; casos, do valor nominal das quotas.
II - pelos votos correspondentes a mais de metade do capital social, § 1o No prazo de noventa dias, contado da data da publicação da ata
nos casos previstos nos incisos II, III, IV e VIII do art. 1.071; da assembléia que aprovar a redução, o credor quirografário, por título
líquido anterior a essa data, poderá opor-se ao deliberado.
III - pela maioria de votos dos presentes, nos demais casos previstos
na lei ou no contrato, se este não exigir maioria mais elevada. § 2o A redução somente se tornará eficaz se, no prazo estabelecido no
parágrafo antecedente, não for impugnada, ou se provado o pagamento da
Art. 1.077. Quando houver modificação do contrato, fusão da socieda- dívida ou o depósito judicial do respectivo valor.
de, incorporação de outra, ou dela por outra, terá o sócio que dissentiu o
direito de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subseqüentes à reunião, § 3o Satisfeitas as condições estabelecidas no parágrafo antecedente,
aplicando-se, no silêncio do contrato social antes vigente, o disposto no art. proceder-se-á à averbação, no Registro Público de Empresas Mercantis, da
1.031. ata que tenha aprovado a redução.
Art. 1.078. A assembléia dos sócios deve realizar-se ao menos uma Seção VII
vez por ano, nos quatro meses seguintes à ao término do exercício social, Da Resolução da Sociedade em Relação a Sócios Minoritários
com o objetivo de:
Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos
I - tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço pa- sócios, representativa de mais da metade do capital social, entender que
trimonial e o de resultado econômico; um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, em
virtude de atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da sociedade,
II - designar administradores, quando for o caso; mediante alteração do contrato social, desde que prevista neste a exclusão
III - tratar de qualquer outro assunto constante da ordem do dia. por justa causa.
§ 1o Até trinta dias antes da data marcada para a assembléia, os do- Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser determinada em reu-
cumentos referidos no inciso I deste artigo devem ser postos, por escrito, e nião ou assembléia especialmente convocada para esse fim, ciente o
com a prova do respectivo recebimento, à disposição dos sócios que não acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do
exerçam a administração. direito de defesa.

Conhecimentos Bancários 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Art. 1.086. Efetuado o registro da alteração contratual, aplicar-se-á o Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios
disposto nos arts. 1.031 e 1.032. pode ser limitada ou ilimitada.
Seção VIII § 1o É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio res-
Da Dissolução ponde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas
operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas
Art. 1.087. A sociedade dissolve-se, de pleno direito, por qualquer das operações.
causas previstas no art. 1.044.
§ 2o É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio res-
CAPÍTULO V ponde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
Da Sociedade Anônima
Seção Única Art. 1.096. No que a lei for omissa, aplicam-se as disposições referen-
Da Caracterização tes à sociedade simples, resguardadas as características estabelecidas no
art. 1.094.
Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se
em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de CAPÍTULO VIII
emissão das ações que subscrever ou adquirir. Das Sociedades CoLigadas
Art. 1.089. A sociedade anônima rege-se por lei especial, aplicando-se- Art. 1.097. Consideram-se coligadas as sociedades que, em suas rela-
lhe, nos casos omissos, as disposições deste Código. ções de capital, são controladas, filiadas, ou de simples participação, na
forma dos artigos seguintes.
CAPÍTULO VI
Da Sociedade em Comandita por Ações Art. 1.098. É controlada:
Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido I - a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos
em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima, sem votos nas deliberações dos quotistas ou da assembléia geral e o poder de
prejuízo das modificações constantes deste Capítulo, e opera sob firma ou eleger a maioria dos administradores;
denominação.
II - a sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente, esteja em
Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a soci- poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou
edade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obriga- sociedades por esta já controladas.
ções da sociedade.
Art. 1.099. Diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo capital outra
§ 1o Se houver mais de um diretor, serão solidariamente responsáveis, sociedade participa com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem
depois de esgotados os bens sociais. controlá-la.
§ 2o Os diretores serão nomeados no ato constitutivo da sociedade, Art. 1.100. É de simples participação a sociedade de cujo capital outra
sem limitação de tempo, e somente poderão ser destituídos por deliberação sociedade possua menos de dez por cento do capital com direito de voto.
de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social.
Art. 1.101. Salvo disposição especial de lei, a sociedade não pode par-
§ 3o O diretor destituído ou exonerado continua, durante dois anos, ticipar de outra, que seja sua sócia, por montante superior, segundo o
responsável pelas obrigações sociais contraídas sob sua administração. balanço, ao das próprias reservas, excluída a reserva legal.
Art. 1.092. A assembléia geral não pode, sem o consentimento dos di- Parágrafo único. Aprovado o balanço em que se verifique ter sido ex-
retores, mudar o objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de cedido esse limite, a sociedade não poderá exercer o direito de voto cor-
duração, aumentar ou diminuir o capital social, criar debêntures, ou partes respondente às ações ou quotas em excesso, as quais devem ser aliena-
beneficiárias. das nos cento e oitenta dias seguintes àquela aprovação.
CAPÍTULO VII CAPÍTULO IX
Da Sociedade Cooperativa Da Liquidação da Sociedade
Art. 1.093. A sociedade cooperativa reger-se-á pelo disposto no pre- Art. 1.102. Dissolvida a sociedade e nomeado o liquidante na forma do
sente Capítulo, ressalvada a legislação especial. disposto neste Livro, procede-se à sua liquidação, de conformidade com os
preceitos deste Capítulo, ressalvado o disposto no ato constitutivo ou no
Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa: instrumento da dissolução.
I - variabilidade, ou dispensa do capital social; Parágrafo único. O liquidante, que não seja administrador da socieda-
II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a ad- de, investir-se-á nas funções, averbada a sua nomeação no registro pró-
ministração da sociedade, sem limitação de número máximo; prio.

III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada Art. 1.103. Constituem deveres do liquidante:
sócio poderá tomar; I - averbar e publicar a ata, sentença ou instrumento de dissolução da
IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à so- sociedade;
ciedade, ainda que por herança; II - arrecadar os bens, livros e documentos da sociedade, onde quer
V - quorum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no que estejam;
número de sócios presentes à reunião, e não no capital social representa- III - proceder, nos quinze dias seguintes ao da sua investidura e com a
do; assistência, sempre que possível, dos administradores, à elaboração do
VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não inventário e do balanço geral do ativo e do passivo;
capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação; IV - ultimar os negócios da sociedade, realizar o ativo, pagar o passivo
VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das opera- e partilhar o remanescente entre os sócios ou acionistas;
ções efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo V - exigir dos quotistas, quando insuficiente o ativo à solução do passi-
ao capital realizado; vo, a integralização de suas quotas e, se for o caso, as quantias necessá-
VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em rias, nos limites da responsabilidade de cada um e proporcionalmente à
caso de dissolução da sociedade. respectiva participação nas perdas, repartindo-se, entre os sócios solventes
e na mesma proporção, o devido pelo insolvente;

Conhecimentos Bancários 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


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VI - convocar assembléia dos quotistas, cada seis meses, para apre- Art. 1.115. A transformação não modificará nem prejudicará, em qual-
sentar relatório e balanço do estado da liquidação, prestando conta dos quer caso, os direitos dos credores.
atos praticados durante o semestre, ou sempre que necessário;
Parágrafo único. A falência da sociedade transformada somente produ-
VII - confessar a falência da sociedade e pedir concordata, de acordo zirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam
com as formalidades prescritas para o tipo de sociedade liquidanda; sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e
somente a estes beneficiará.
VIII - finda a liquidação, apresentar aos sócios o relatório da liquidação
e as suas contas finais; Art. 1.116. Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas
por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, devendo
IX - averbar a ata da reunião ou da assembléia, ou o instrumento fir- todas aprová-la, na forma estabelecida para os respectivos tipos.
mado pelos sócios, que considerar encerrada a liquidação.
Art. 1.117. A deliberação dos sócios da sociedade incorporada deverá
Parágrafo único. Em todos os atos, documentos ou publicações, o li- aprovar as bases da operação e o projeto de reforma do ato constitutivo.
quidante empregará a firma ou denominação social sempre seguida da
cláusula "em liquidação" e de sua assinatura individual, com a declaração § 1o A sociedade que houver de ser incorporada tomará conhecimento
de sua qualidade. desse ato, e, se o aprovar, autorizará os administradores a praticar o ne-
cessário à incorporação, inclusive a subscrição em bens pelo valor da
Art. 1.104. As obrigações e a responsabilidade do liquidante regem-se diferença que se verificar entre o ativo e o passivo.
pelos preceitos peculiares às dos administradores da sociedade liquidanda.
§ 2o A deliberação dos sócios da sociedade incorporadora compreen-
Art. 1.105. Compete ao liquidante representar a sociedade e praticar derá a nomeação dos peritos para a avaliação do patrimônio líquido da
todos os atos necessários à sua liquidação, inclusive alienar bens móveis sociedade, que tenha de ser incorporada.
ou imóveis, transigir, receber e dar quitação.
Art. 1.118. Aprovados os atos da incorporação, a incorporadora decla-
Parágrafo único. Sem estar expressamente autorizado pelo contrato rará extinta a incorporada, e promoverá a respectiva averbação no registro
social, ou pelo voto da maioria dos sócios, não pode o liquidante gravar de próprio.
ônus reais os móveis e imóveis, contrair empréstimos, salvo quando indis-
pensáveis ao pagamento de obrigações inadiáveis, nem prosseguir, embo- Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem,
ra para facilitar a liquidação, na atividade social. para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.
Art. 1.106. Respeitados os direitos dos credores preferenciais, pagará o Art. 1.120. A fusão será decidida, na forma estabelecida para os res-
liquidante as dívidas sociais proporcionalmente, sem distinção entre venci- pectivos tipos, pelas sociedades que pretendam unir-se.
das e vincendas, mas, em relação a estas, com desconto.
§ 1o Em reunião ou assembléia dos sócios de cada sociedade, delibe-
Parágrafo único. Se o ativo for superior ao passivo, pode o liquidante, rada a fusão e aprovado o projeto do ato constitutivo da nova sociedade,
sob sua responsabilidade pessoal, pagar integralmente as dívidas venci- bem como o plano de distribuição do capital social, serão nomeados os
das. peritos para a avaliação do patrimônio da sociedade.
Art. 1.107. Os sócios podem resolver, por maioria de votos, antes de ul- § 2o Apresentados os laudos, os administradores convocarão reunião
timada a liquidação, mas depois de pagos os credores, que o liquidante ou assembléia dos sócios para tomar conhecimento deles, decidindo sobre
faça rateios por antecipação da partilha, à medida em que se apurem os a constituição definitiva da nova sociedade.
haveres sociais.
§ 3o É vedado aos sócios votar o laudo de avaliação do patrimônio da
Art. 1.108. Pago o passivo e partilhado o remanescente, convocará o sociedade de que façam parte.
liquidante assembléia dos sócios para a prestação final de contas.
Art. 1.121. Constituída a nova sociedade, aos administradores incumbe
Art. 1.109. Aprovadas as contas, encerra-se a liquidação, e a socieda- fazer inscrever, no registro próprio da sede, os atos relativos à fusão.
de se extingue, ao ser averbada no registro próprio a ata da assembléia.
Art. 1.122. Até noventa dias após publicados os atos relativos à incor-
Parágrafo único. O dissidente tem o prazo de trinta dias, a contar da poração, fusão ou cisão, o credor anterior, por ela prejudicado, poderá
publicação da ata, devidamente averbada, para promover a ação que promover judicialmente a anulação deles.
couber.
§ 1o A consignação em pagamento prejudicará a anulação pleiteada.
Art. 1.110. Encerrada a liquidação, o credor não satisfeito só terá direito
a exigir dos sócios, individualmente, o pagamento do seu crédito, até o § 2o Sendo ilíquida a dívida, a sociedade poderá garantir-lhe a execu-
limite da soma por eles recebida em partilha, e a propor contra o liquidante ção, suspendendo-se o processo de anulação.
ação de perdas e danos. § 3o Ocorrendo, no prazo deste artigo, a falência da sociedade incorpo-
Art. 1.111. No caso de liquidação judicial, será observado o disposto na radora, da sociedade nova ou da cindida, qualquer credor anterior terá
lei processual. direito a pedir a separação dos patrimônios, para o fim de serem os créditos
pagos pelos bens das respectivas massas.
Art. 1.112. No curso de liquidação judicial, o juiz convocará, se neces-
sário, reunião ou assembléia para deliberar sobre os interesses da liquida- CAPÍTULO XI
ção, e as presidirá, resolvendo sumariamente as questões suscitadas. Da Sociedade Dependente de Autorização
Seção I
Parágrafo único. As atas das assembléias serão, em cópia autêntica, Disposições Gerais
apensadas ao processo judicial.
Art. 1.123. A sociedade que dependa de autorização do Poder Executi-
CAPÍTULO X vo para funcionar reger-se-á por este título, sem prejuízo do disposto em lei
Da Transformação, da Incorporação, da Fusão e da Cisão das Sociedades especial.
Art. 1.113. O ato de transformação independe de dissolução ou liquida- Parágrafo único. A competência para a autorização será sempre do
ção da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e Poder Executivo federal.
inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.
Art. 1.124. Na falta de prazo estipulado em lei ou em ato do poder pú-
Art. 1.114. A transformação depende do consentimento de todos os só- blico, será considerada caduca a autorização se a sociedade não entrar em
cios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá funcionamento nos doze meses seguintes à respectiva publicação.
retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato
social, o disposto no art. 1.031. Art. 1.125. Ao Poder Executivo é facultado, a qualquer tempo, cassar a
autorização concedida a sociedade nacional ou estrangeira que infringir

Conhecimentos Bancários 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


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disposição de ordem pública ou praticar atos contrários aos fins declarados IV - cópia do ato que autorizou o funcionamento no Brasil e fixou o ca-
no seu estatuto. pital destinado às operações no território nacional;
Seção II V - prova de nomeação do representante no Brasil, com poderes ex-
Da Sociedade Nacional pressos para aceitar as condições exigidas para a autorização;
Art. 1.126. É nacional a sociedade organizada de conformidade com a VI - último balanço.
lei brasileira e que tenha no País a sede de sua administração.
§ 2o Os documentos serão autenticados, de conformidade com a lei
Parágrafo único. Quando a lei exigir que todos ou alguns sócios sejam nacional da sociedade requerente, legalizados no consulado brasileiro da
brasileiros, as ações da sociedade anônima revestirão, no silêncio da lei, a respectiva sede e acompanhados de tradução em vernáculo.
forma nominativa. Qualquer que seja o tipo da sociedade, na sua sede
ficará arquivada cópia autêntica do documento comprobatório da nacionali- Art. 1.135. É facultado ao Poder Executivo, para conceder a autoriza-
dade dos sócios. ção, estabelecer condições convenientes à defesa dos interesses nacio-
nais.
Art. 1.127. Não haverá mudança de nacionalidade de sociedade brasi-
leira sem o consentimento unânime dos sócios ou acionistas. Parágrafo único. Aceitas as condições, expedirá o Poder Executivo de-
creto de autorização, do qual constará o montante de capital destinado às
Art. 1.128. O requerimento de autorização de sociedade nacional deve operações no País, cabendo à sociedade promover a publicação dos atos
ser acompanhado de cópia do contrato, assinada por todos os sócios, ou, referidos no art. 1.131 e no § 1o do art. 1.134.
tratando-se de sociedade anônima, de cópia, autenticada pelos fundadores,
dos documentos exigidos pela lei especial. Art. 1.136. A sociedade autorizada não pode iniciar sua atividade antes
de inscrita no registro próprio do lugar em que se deva estabelecer.
Parágrafo único. Se a sociedade tiver sido constituída por escritura pú-
blica, bastará juntar-se ao requerimento a respectiva certidão. § 1o O requerimento de inscrição será instruído com exemplar da publi-
cação exigida no parágrafo único do artigo antecedente, acompanhado de
Art. 1.129. Ao Poder Executivo é facultado exigir que se procedam a al- documento do depósito em dinheiro, em estabelecimento bancário oficial,
terações ou aditamento no contrato ou no estatuto, devendo os sócios, ou, do capital ali mencionado.
tratando-se de sociedade anônima, os fundadores, cumprir as formalidades
legais para revisão dos atos constitutivos, e juntar ao processo prova regu- § 2o Arquivados esses documentos, a inscrição será feita por termo em
lar. livro especial para as sociedades estrangeiras, com número de ordem
contínuo para todas as sociedades inscritas; no termo constarão:
Art. 1.130. Ao Poder Executivo é facultado recusar a autorização, se a
sociedade não atender às condições econômicas, financeiras ou jurídicas I - nome, objeto, duração e sede da sociedade no estrangeiro;
especificadas em lei. II - lugar da sucursal, filial ou agência, no País;
Art. 1.131. Expedido o decreto de autorização, cumprirá à sociedade III - data e número do decreto de autorização;
publicar os atos referidos nos arts. 1.128 e 1.129, em trinta dias, no órgão
oficial da União, cujo exemplar representará prova para inscrição, no regis- IV - capital destinado às operações no País;
tro próprio, dos atos constitutivos da sociedade. V - individuação do seu representante permanente.
Parágrafo único. A sociedade promoverá, também no órgão oficial da § 3o Inscrita a sociedade, promover-se-á a publicação determinada no
União e no prazo de trinta dias, a publicação do termo de inscrição. parágrafo único do art. 1.131.
Art. 1.132. As sociedades anônimas nacionais, que dependam de auto- Art. 1.137. A sociedade estrangeira autorizada a funcionar ficará sujeita
rização do Poder Executivo para funcionar, não se constituirão sem obtê-la, às leis e aos tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operações praticados
quando seus fundadores pretenderem recorrer a subscrição pública para a no Brasil.
formação do capital.
Parágrafo único. A sociedade estrangeira funcionará no território na-
§ 1o Os fundadores deverão juntar ao requerimento cópias autênticas cional com o nome que tiver em seu país de origem, podendo acrescentar
do projeto do estatuto e do prospecto. as palavras "do Brasil" ou "para o Brasil".
§ 2o Obtida a autorização e constituída a sociedade, proceder-se-á à Art. 1.138. A sociedade estrangeira autorizada a funcionar é obrigada a
inscrição dos seus atos constitutivos. ter, permanentemente, representante no Brasil, com poderes para resolver
Art. 1.133. Dependem de aprovação as modificações do contrato ou do quaisquer questões e receber citação judicial pela sociedade.
estatuto de sociedade sujeita a autorização do Poder Executivo, salvo se Parágrafo único. O representante somente pode agir perante terceiros
decorrerem de aumento do capital social, em virtude de utilização de reser- depois de arquivado e averbado o instrumento de sua nomeação.
vas ou reavaliação do ativo.
Art. 1.139. Qualquer modificação no contrato ou no estatuto dependerá
Seção III da aprovação do Poder Executivo, para produzir efeitos no território nacio-
Da Sociedade Estrangeira nal.
Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, Art. 1.140. A sociedade estrangeira deve, sob pena de lhe ser cassada
não pode, sem autorização do Poder Executivo, funcionar no País, ainda a autorização, reproduzir no órgão oficial da União, e do Estado, se for o
que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os caso, as publicações que, segundo a sua lei nacional, seja obrigada a fazer
casos expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira. relativamente ao balanço patrimonial e ao de resultado econômico, bem
§ 1o Ao requerimento de autorização devem juntar-se: como aos atos de sua administração.

I - prova de se achar a sociedade constituída conforme a lei de seu pa- Parágrafo único. Sob pena, também, de lhe ser cassada a autorização,
ís; a sociedade estrangeira deverá publicar o balanço patrimonial e o de resul-
tado econômico das sucursais, filiais ou agências existentes no País.
II - inteiro teor do contrato ou do estatuto;
Art. 1.141. Mediante autorização do Poder Executivo, a sociedade es-
III - relação dos membros de todos os órgãos da administração da so- trangeira admitida a funcionar no País pode nacionalizar-se, transferindo
ciedade, com nome, nacionalidade, profissão, domicílio e, salvo quanto a sua sede para o Brasil.
ações ao portador, o valor da participação de cada um no capital da socie-
dade; § 1o Para o fim previsto neste artigo, deverá a sociedade, por seus re-
presentantes, oferecer, com o requerimento, os documentos exigidos no
art. 1.134, e ainda a prova da realização do capital, pela forma declarada

Conhecimentos Bancários 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
no contrato, ou no estatuto, e do ato em que foi deliberada a nacionaliza- plementar: entidades abertas e entidades fechadas de previdência
ção. privada.
§ 2o O Poder Executivo poderá impor as condições que julgar conveni-
entes à defesa dos interesses nacionais.
UMA HISTÓRIA DE MAIS DE 50 ANOS
§ 3o Aceitas as condições pelo representante, proceder-se-á, após a O Banco da Amazônia, já por longos cinqüenta e sete anos, participa
expedição do decreto de autorização, à inscrição da sociedade e publica- ativamente do centro do processo de desenvolvimento da Amazônia. Cria-
ção do respectivo termo. do em 1942, com o nome de Banco de Crédito da Borracha, tinha por
finalidade garantir o suprimento de borracha natural aos aliados, durante a
TÍTULO III Segunda Guerra Mundial.
Do Estabelecimento
CAPÍTULO ÚNICO Cumprida a missão inicial, ao fim do conflito mundial, o Banco passou a
DISPOSIÇÕES GERAIS fomentar o desenvolvimento de novas atividades produtivas, com a deno-
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens orga- minação de Banco de Crédito da Amazônia, buscando proporcionar melho-
nizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade res condições de vida às populações regionais.
empresária.
A drástica restrição de recursos limitou bastante a ação do Banco, nes-
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de se período. Nessas duas fases, o Banco conviveu com um processo de
negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com crescimento que, se de um lado gerava ínfimos desgastes ambientais, de
a sua natureza. outro, apresentava reduzido dinamismo para atender às necessidades da
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou crescente população regional.
arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros
depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade Com a transferência da capital federal para a área central do país e a
empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na construção das grandes rodovias, que facilitaram o acesso à região, cria-
imprensa oficial. ram-se as condições favoráveis à expansão da fronteira econômica, em
direção da Amazônia, mudando significativamente o processo de ocupação
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o até então predominante.
seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pa-
gamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo Dentro desse quadro, mudou, também, a ação do Governo Federal em
expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. relação à região, tendo em vista a integração da Amazônia à economia
nacional e a redução das disparidades regionais, objetivos principais da
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento
“Operação Amazônia”, deflagrada em 1966.
dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabiliza-
dos, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de
No bojo dessas mudanças, que incluíam a estratégia de intensificar a
um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto
ocupação da região, o Banco sofreu nova transformação. Desta feita, com
aos outros, da data do vencimento.
o nome de Banco da Amazônia S. A. - BASA (Lei 5.122, de 28 de setembro
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabe- de 1966) passa a agregar a função especial de agente financeiro da política
lecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos do governo federal para o desenvolvimento da Amazônia Legal, área geoe-
subseqüentes à transferência. conômica constituída pela Região Norte, pelo Estado do Mato Grosso e
parcela do estado do Maranhão. Atuando portanto, numa área que com-
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabeleci- preende 59% do território nacional, onde opera como banco comercial e de
mento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do con- fomento.
trato.
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a Nessa nova fase, o Banco reforçou sua condição de organismo indutor
sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do do desenvolvimento regional. Atuando como agente financeiro de importan-
estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros tes programas de crédito - Proterra, Polamazônia, Pesac, Probo e Finame -
rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferên- estimulou a implantação e modernização de empreendimentos agrícolas,
cia, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do pecuários e industriais de grande impacto para a economia regional, conso-
alienante. lidando, desta forma, as linhas de ação já experimentadas.

Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento trans- Fonte: http://www.basa.com.br/apresentacao_main.htm
ferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o
momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
se de boa-fé pagar ao cedente.

8. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN): Conselho Mo- Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
netário Nacional;
O Conselho Monetário Nacional (CMN), foi instituído pela Lei 4.595, de
Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; Conse- 31 de dezembro de 1964. O CMN é o órgão deliberativo máximo do
lho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional; bancos comerci- Sistema Financeiro Nacional e como órgão de Cúpula desse Sistema é
ais; caixas econômicas; cooperativas de crédito; bancos comerciais responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do
cooperativos; bancos de investimento; bancos de desenvolvimento; mesmo. O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda
sociedades de crédito, financiamento e investimento; sociedades de (Presidente), pelo Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo
arrendamento mercantil; sociedades corretoras de títulos e valores Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen). Os serviços de secretaria
mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliá- do CMN são exercidos pelo Banco Central.
rios; bolsas de valores; bolsas de mercadorias e de futuros; Sistema
Ao CMN compete estabelecer as diretrizes gerais das políticas
Especial de Liquidação e Custódia (SELIC); Central de Liquidação
monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição,
Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP); sociedades de crédito funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os
imobiliário; associações de poupança e empréstimo; Sistema de instrumentos de política monetária e cambial. E de acordo com o artigo 3º,
Seguros Privados: sociedades de capitalização; Previdência Com- que refere-se a política do Conselho Monetário Nacional, este objetivará:
· adaptar o volume dos meios de pagamento às reais
necessidades da economia nacional e seu processo de
Conhecimentos Bancários 27 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
desenvolvimento; · As Cooperativas de Crédito: Equiparando-se às instituições fi-
· regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou nanceiras, as cooperativas normalmente atuam em setores primá-
corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem rios da economia ou são formadas entre os funcionários das em-
interna ou externa, as depressões econômicas e outros presas. No setor primário, permitem uma melhor comercialização
desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais; dos produtos rurais e criam facilidades para o escoamento das sa-
· regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de fras agrícolas para os consumidores. No interior das empresas em
pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos geral, as cooperativas oferecem possibilidades de crédito aos fun-
recursos em moeda estrangeira; cionários, os quais contribuem mensalmente para a sobrevivência e
· orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, crescimento da mesma. Todas as operações facultadas às coope-
quer públicas, quer privadas, tendo em vista propiciar, nas rativas são exclusivas aos cooperados.
diferentes regiões do País, condições favoráveis ao · Os Bancos de Investimentos: os BI captam recursos através de
desenvolvimento harmônico da economia nacional; emissão de CDB e RDB, de capitação e repasse de recursos e de
· propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos venda de cotas de fundos de investimentos. Esses recursos são di-
financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de recionados a empréstimos e financiamentos específicos à aquisi-
pagamentos e de mobilização de recursos; ção de bens de capital pelas empresas ou subscrição de ações e
debêntures. Os BI não podem destinar recursos a empreendimen-
· zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
tos mobiliários e têm limites para investimentos no setor estatal.
· coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal
· Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimentos: as "fi-
e da dívida pública, interna e externa.
nanceiras" captam recursos através de letras de câmbio e sua fun-
ção é financiar bens de consumo duráveis aos consumidores finais
O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (crediário). Tratando-se de uma atividade de alto risco, seu passivo
é limitado a 12 vezes seu capital mais reservas.
As autoridades monetárias: · Sociedade Corretoras: essas sociedades operam com títulos e
· O Conselho Monetário Nacional: o CMN acaba sendo o conselho valores mobiliários por conta de terceiros. São instituições que de-
de política econômica do país, visto que o mesmo é responsável pendem do BACEN para constituírem-se e da CVM para o exercí-
pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambi- cio de suas atividades. As "corretoras" podem efetuar lançamentos
al. Atualmente, seu presidente é o próprio Ministro da Fazenda. de ações, administrar carteiras e fundos de investimentos, interme-
· O Banco Central do Brasil: o BACEN é o órgão responsável pela diar operações de câmbio, dentre outras funções.
execução das normas que regulam o SFN. São suas atribuições · Sociedades Distribuidoras: tais instituições não têm acesso às
agir como: banco dos bancos, gestor do SFN, executor da política bolsas como as Sociedades Corretoras. Suas principais funções
monetária, banco emissor e banqueiro do governo. É muito discuti- são a subscrição de emissão de títulos e ações, intermediação e
da a elevação do grau de independência do BACEN. Diversas dis- operações no mercado aberto. Elas estão sujeitas a aprovação pe-
cussões apresentam pontos positivos e negativos de tal alteração lo BACEN.
www.bc.gov.br · Sociedade de Arrendamento Mercantil: operam com operações
de "leasing" que tratam-se de locação de bens de forma que, no fi-
Autoridades de apoio: nal do contrato, o locatário pode renovar o contrato, adquirir o bem
· A Comissão de Valores Mobiliários: a CVM é um órgão normativo por um valor residencial ou devolver o bem locado à sociedade. A-
voltado ao mercado de ações e debêntures. Ela é vinculada ao Go- tualmente, tem sido comum operações de leasing em que o valor
verno Federal e seus objetivos podem sintetizados em apenas um: residual é pago de forma diluída ao longo do período contratual ou
o fortalecimento do mercado acionário. www.cvm.gov.br de forma antecipada, no início do período. As Sociedades de Ar-
· O Banco do Brasil: até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a rendamento Mercantil captam recursos através da emissão de de-
uma autoridade monetária mediante ajustamentos da conta movi- bêntures, com características de longo prazo.
mento do BACEN e do Tesouro Nacional. Hoje, é um banco co- · Associações de Poupança e Empréstimo: são sociedades civis
mercial comum, embora responsável pela Câmara de Confedera- onde os associados têm direito à participação nos resultados. A
ção. www.bb.com.br captação de recursos ocorre através de caderneta de poupança e
· O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: con- seu objetivo é principalmente financiamento imobiliário.
tando com recursos de programas e fundos de fomento, o BNDES · Sociedades de Crédito Imobiliário: ao contrário das Caixas Eco-
é responsável pela política de investimentos de LP do Governo e, a nômicas, essas sociedades são voltadas ao público de maior ren-
partir do Plano Collor, também pela gestão do processo de privati- da. A captação ocorre através de Letras Imobiliárias depósitos de
zação. É a principal instituição financeira de fomento do Brasil por poupança e repasses de CEF. Esses recursos são destinados,
impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios principalmente, ao financiamento imobiliário diretos ou indiretos.
regionais, promover o crescimento das exportações, dentre outras · Investidores Institucionais: os principais investidores institucio-
funções. www.bndes.gov.br nais são: Fundos Mútuos de Investimentos: são condomínios aber-
· A Caixa Econômica Federal: a CEF caracteriza-se por estar voltada tos que aplicam seus recursos em títulos e valores mobiliários obje-
ao financiamento habitacional e ao saneamento básico. É um ins- tivando oferecer aos condomínios maiores retornos e menores ris-
trumento governamental de financiamento social. www.cef.gov.br cos. Entidades Fechadas de Previdência Privada: são instituições
mantidas por contribuições de um grupo de trabalhadores e da
Instituições financeiras: mantenedora. Por determinação legal, parte de seus recursos de-
· Os Bancos Comerciais: os BC são intermediários financeiros vem ser destinados ao mercado acionário. Seguradoras: são en-
que transferem recursos dos agentes superavitários para os defici- quadradas coo instituições financeiras segundo determinação legal.
tários, mecanismo esse que acaba por criar moeda através do efei- O BACEN orienta o percentual limite a ser destinado aos mercados
to multiplicador. Os BC's podem descontar títulos, realizar opera- de renda fixar e variável.
ções de abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar · Companhias Hipotecárias: dependendo de autorização do BA-
operações especiais de crédito rural, de câmbio e comércio inter- CEN para funcionarem, tem objetivos de financiamento imobiliário,
nacional, captar depósitos à vista e a prazo fixo, obter recursos jun- administração de crédito hipotecário e de fundos de investimento
to às instituições oficiais para repasse aos clientes, etc. imobiliário, dentre outros.
· Os Bancos de Desenvolvimento: o já citado BNDES é o principal · Agências de Fomento: sob supervisão do BACEN, as agências
agente de financiamento do governo federal. Destacam-se outros de fomento captam recursos através dos Orçamentos públicos e de
bancos regionais de desenvolvimento como, por exemplo, o Banco linhas de créditos de LP de bancos de desenvolvimento, destinan-
do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco da Amazônia, dentre outros. do-os a financiamentos privados de capital fixo e de giro.

Conhecimentos Bancários 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
· Bancos Múltiplos: como o próprio nome diz, tais bancos possu- até o limite de 10% (dez por cento) dos meios de pagamen-
em pelo menos duas das seguintes carteiras: comercial, de inves- tos existentes a 31 de dezembro do ano anterior, para aten-
timento, de crédito imobiliário, de aceite, de desenvolvimento e de der as exigências das atividades produtivas e da circulação
leasing. A vantagem é o ganho de escala que tais bancos alcan- da riqueza do País, devendo, porém, solicitar autorização do
çam. Poder Legislativo, mediante Mensagem do Presidente da
· Bancos Cooperativos: são verdadeiros bancos comerciais surgi- República, para as emissões que, justificadamente, se tor-
dos a partir de cooperativas de crédito. Sua principal restrição é li- narem necessárias além daquele limite.
mitar suas operações em apenas uma UF, o que garante a perma- Quando necessidades urgentes e imprevistas para o finan-
nência dos recursos onde são gerados, impulsionando o desenvol- ciamento dessas atividades o determinarem, pode o Conse-
vimento local lho Monetário Nacional autorizar as emissões que se fizerem
indispensáveis, solicitando imediatamente, através de Men-
LEI Nº 4.595, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1964. sagem do Presidente da República, homologação do Poder
Legislativo para as emissões assim realizadas:
II - Estabelecer condições para que o Banco Central da Repú-
Dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e Credi- blica do Brasil emita moeda-papel (Vetado) de curso força-
tícias, Cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras providências. do, nos termos e limites decorrentes desta Lei, bem como as
normas reguladoras do meio circulante;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Na- III - Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Central da República do Brasil, por meio dos quais se esti-
marão as necessidades globais de moeda e crédito;
Capítulo I IV - Determinar as características gerais (Vetado) das cédulas e
Do Sistema Financeiro Nacional das moedas;
V- Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive
Art. 1º O sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela pre- quanto a compra e venda de ouro e quaisquer operações
sente Lei, será constituído: em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira;
I- do Conselho Monetário Nacional; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69)
II - do Banco Central do Brasil; (Redação dada pelo Del nº 278, de VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as o-
28/02/67) perações creditícias em todas as suas formas, inclusive a-
III - do Banco do Brasil S. A.; ceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte
IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; das instituições financeiras;
V - das demais instituições financeiras públicas e privadas. VII - Coordenar a política de que trata o art. 3º desta Lei com a
de investimentos do Governo Federal;
Capítulo II VIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos
Do Conselho Monetário Nacional que exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem co-
mo a aplicação das penalidades previstas;
Art. 2º Fica extinto o Conselho da atual Superintendência da Moeda e IX - Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descon-
do Crédito, e criado em substituição, o Conselho Monetário Nacional, com a tos comissões e qualquer outra forma de remuneração de
finalidade de formular a política da moeda e do crédito como previsto nesta operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os
lei, objetivando o progresso econômico e social do País. prestados pelo Banco Central da República do Brasil, asse-
gurando taxas favorecidas aos financiamentos que se desti-
Art. 3º A política do Conselho Monetário Nacional objetivará: nem a promover:
I- Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessida- - recuperação e fertilização do solo;
des da economia nacional e seu processo de desenvolvimento; - reflorestamento;
II - Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou cor- - combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais;
rigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem inter- - eletrificação rural;
na ou externa, as depressões econômicas e outros desequilí- - mecanização;
brios oriundos de fenômenos conjunturais; - irrigação;
III - Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de - investimento indispensáveis às atividades agropecuárias;
pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos re- X- Determinar a percentagem máxima dos recursos que as ins-
cursos em moeda estrangeira; tituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente
IV - Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, ou grupo de empresas;
quer públicas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas dife- XI - Estipular índices e outras condições técnicas sobre encai-
rentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimen- xes, mobilizações e outras relações patrimoniais a serem
to harmônico da economia nacional; observadas pelas instituições financeiras;
V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a se-
financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de paga- rem observadas pelas instituições financeiras;
mentos e de mobilização de recursos; XIII - Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capi-
VI - Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; tal mínimo das instituições financeiras privadas, levando em
VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes
e da dívida pública, interna e externa. e agências ou filiais;
XIV - Determinar recolhimento de até 60% (sessenta por cento) do
Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional, segundo diretrizes total dos depósitos e/ou outros títulos contábeis das institui-
estabelecidas pelo Presidente da República: (Redação dada pela Lei nº ções financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou
6.045, de 15/05/74) (Vetado) obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dí-
I- Autorizar as emissões de papel-moeda (Vetado) as quais fi- vida Pública Federal, seja através de recolhimento em espé-
carão na prévia dependência de autorização legislativa cie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do
quando se destinarem ao financiamento direto pelo Banco Brasil, na forma e condições que o Conselho Monetário Na-
Central da República do Brasil, das operações de crédito cional determinar, podendo este: (Redação dada pelo Del
com o Tesouro Nacional, nos termos do artigo 49 desta nº 1.959, de 14/09/82)
Lei.(Vide Lei nº 8.392, de 30.12.91) a) adotar percentagens diferentes em função; (Redação dada
O Conselho Monetário Nacional pode, ainda autorizar o pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)
Banco Central da República do Brasil a emitir, anualmente, - das regiões geo-econômicas; (Redação dada pelo Del nº

Conhecimentos Bancários 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1.959, de 14/09/82) XXXI - Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclu-
- das prioridades que atribuir às aplicações; (Redação dada sive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condi-
pelo Del nº 1.959, de 14/09/82) ções.
- da natureza das instituições financeiras; (Redação dada pe- XXXII - regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e
lo Del nº 1.959, de 14/09/82) demais sociedades autorizadas a funcionar pelo Banco Cen-
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tral do Brasil, inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo
tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, controle acionário ou coligadas. (Redação dada pelo Decre-
sob juros favorecidos e outras condições fixadas pelo Con- to-lei nº 2.290, de 1986)
selho Monetário Nacional. (Redação dada pelo Del nº 1.959, § 1º O Conselho Monetário Nacional, no exercício das atribuições pre-
de 14/09/82) (Vide art 10, inciso III) vistas no inciso VIII deste artigo, poderá determinar que o Banco Central da
XV - Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a de- República do Brasil recuse autorização para o funcionamento de novas
dução dos depósitos de pessoas jurídicas de direito público instituições financeiras, em função de conveniências de ordem geral.
que lhes detenham o controle acionário, bem como dos das § 2º Competirá ao Banco Central da República do Brasil acompanhar a
respectivas autarquias e sociedades de economia mista, no execução dos orçamentos monetários e relatar a matéria ao Conselho
cálculo a que se refere o inciso anterior; Monetário Nacional, apresentando as sugestões que considerar convenien-
XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último tes.
dia do mês subseqüente, relatório e mapas demonstrativos § 3º As emissões de moeda metálica serão feitas sempre contra reco-
da aplicação dos recolhimentos compulsórios, (Vetado). lhimento (Vetado) de igual montante em cédulas.
XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as § 4º O Conselho Monetário nacional poderá convidar autoridades, pes-
operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com soas ou entidades para prestar esclarecimentos considerados necessários.
quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de na- § 5º Nas hipóteses do art. 4º, inciso I, e do § 6º, do art. 49, desta lei, se
tureza bancária; o Congresso Nacional negar homologação à emissão extraordinária efetu-
XVIII - Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o mono- ada, as autoridades responsáveis serão responsabilizadas nos termos da
pólio das operações de câmbio quando ocorrer grave dese- Lei nº 1059, de 10/04/1950.
quilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões § 6º O Conselho Monetário Nacional encaminhará ao Congresso Na-
para prever a iminência de tal situação; cional, até 31 de março de cada ano, relatório da evolução da situação
XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central monetária e creditícia do País no ano anterior, no qual descreverá, minu-
da República do Brasil em suas transações com títulos pú- dentemente as providências adotadas para cumprimento dos objetivos
blicos e de entidades de que participe o Estado; estabelecidos nesta lei, justificando destacadamente os montantes das
XX - Autoriza o Banco Central da República do Brasil e as institu- emissões de papel-moeda que tenham sido feitas para atendimento das
ições financeiras públicas federais a efetuar a subscrição, atividades produtivas.
compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de § 7º O Banco Nacional da Habitação é o principal instrumento de exe-
responsabilidade das sociedades de economia mista e em- cução da política habitacional do Governo Federal e integra o sistema
presas do Estado; financeiro nacional, juntamente com as sociedades de crédito imobiliário,
XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corre- sob orientação, autorização, coordenação e fiscalização do Conselho
tores de fundos públicos; Monetário Nacional e do Banco Central da República do Brasil, quanto à
XXII - Estatuir normas para as operações das instituições financei- execução, nos termos desta lei, revogadas as disposições especiais em
ras públicas, para preservar sua solidez e adequar seu fun- contrário. (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)
cionamento aos objetivos desta lei;
XXIII - Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e Art. 5º As deliberações do Conselho Monetário Nacional entendem-se
reservas livres, o limite além do qual os excedentes dos de- de responsabilidade de seu Presidente para os efeitos do art. 104, nº I, letra
pósitos das instituições financeiras serão recolhidos ao Ban- "b", da Constituição Federal e obrigarão também os órgãos oficiais, inclusi-
co Central da República do Brasil ou aplicados de acordo ve autarquias e sociedades de economia mista, nas atividades que afetem
com as normas que o Conselho estabelecer; o mercado financeiro e o de capitais.
XXIV - Decidir de sua própria organização; elaborando seu regi-
mento interno no prazo máximo de trinta (30) dias; Art. 6º O Conselho Monetário Nacional será integrado pelos seguintes
XXV - Decidir da estrutura técnica e administrativa do Banco Cen- membros: (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967) (Vide Lei nº
tral da República do Brasil e fixar seu quadro de pessoal, 9.069, de 29.6.1995)
bem como estabelecer os vencimentos e vantagens de seus I- Ministro da Fazenda que será o Presidente; (Redação dada pela
funcionários, servidores e diretores, cabendo ao Presidente Lei nº 5.362, de 30.11.1967)
deste apresentar as respectivas propostas; (Vide Lei nº II - Presidente do Banco do Brasil S. A.; (Redação dada pela Lei nº
9.650, 27.5.1998) 5.362, de 30.11.1967)
XXVI - Conhecer dos recursos de decisões do Banco Central da III - Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico;
República do Brasil; (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995) (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967)
XXVII - aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central IV - Sete (7) membros nomeados pelo Presidente da República, a-
do Brasil e decidir sobre seu orçamento e sobre seus siste- pós aprovação do Senado Federal, escolhidos entre brasileiros
mas de contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de de ilibada reputação e notória capacidade em assuntos econô-
transferência de seus resultados para o Tesouro Nacional, mico-financeiros, com mandato de sete (7) anos, podendo ser
sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da Uni- reconduzidos. (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967)
ão. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 2.376, de § 1º O Conselho Monetário Nacional deliberará por maioria de votos,
25.11.1987) (Vide art 10, inciso III) com a presença, no mínimo, de 6 (seis) membros, cabendo ao Presidente
XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as também o voto de qualidade.
mesmas vedações ou restrições equivalentes, que vigorem § 2º Poderão participar das reuniões do Conselho Monetário Nacional
nas praças de suas matrizes, em relação a bancos brasilei- (VETADO) o Ministro da Indústria e do Comércio e o Ministro para Assuntos
ros ali instalados ou que nelas desejem estabelecer - se; de Planejamento e Economia, cujos pronunciamentos constarão
XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos proces- obrigatòriamente da ata das reuniões.
sos de empréstimos externos dos Estados, do Distrito Fede- § 3º Em suas faltas ou impedimentos, o Ministro da Fazenda será
ral e dos Municípios, para cumprimento do disposto no art. substituído, na Presidência do Conselho Monetário Nacional, pelo Ministro
63, nº II, da Constituição Federal; da Indústria e do Comércio, ou, na falta deste, pelo Ministro para Assuntos
XXX - Expedir normas e regulamentação para as designações e de Planejamento e Economia.
demais efeitos do art. 7º, desta lei. (Vide Lei nº 9.069, de § 4º Exclusivamente motivos relevantes, expostos em representação
29.6.1995) (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995) fundamentada do Conselho Monetário Nacional, poderão determinar a

Conhecimentos Bancários 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
exoneração de seus membros referidos no inciso IV, deste artigo. 1- do Ministério da Indústria e do Comércio;
§ 5º Vagando-se cargo com mandato o substituto será nomeado com 2- do Ministério Extraordinário para os Assuntos de Planejamento e
observância do disposto no inciso IV deste artigo, para completar o tempo Economia;
do substituído. 3- do Banco Central da República do Brasil;
§ 6º Os membros do Conselho Monetário Nacional, a que se refere o 4- do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico;
inciso IV deste artigo, devem ser escolhidos levando-se em atenção, o 5- da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil
quanto possível, as diferentes regiões geo-ecônomicas do País. S.A.;
6- dos Banco privados;
Art. 7º Junto ao Conselho Monetário Nacional funcionarão as seguintes 7- das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos;
Comissões Consultivas: (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995) 8- da Indústria.
I- Bancária, constituída de representantes:
1 - do Conselho Nacional de Economia; § 1º A organização e o funcionamento das Comissões Consultivas se-
2 - do Banco Central da República do Brasil; rão regulados pelo Conselho Monetário Nacional, inclusive prescrevendo
3 - do Banco do Brasil S.A.; normas que:
4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; a) lhes concedam iniciativa própria junto ao MESMO CONSELHO;
5 - do Conselho Superior das Caixas Econômicas Federais; b) estabeleçam prazos para o obrigatório preenchimento dos cargos
6 - do Banco Nacional de Crédito Cooperativo; nas referidas Comissões;
7 - do Banco do Nordeste do Brasil S. A.; c) tornem obrigatória a audiência das Comissões Consultivas, pelo
8 - do Banco de Crédito da Amazônia S. A.; Conselho Monetário Nacional, no trato das matérias atinentes às
9 - dos Bancos e Caixas Econômicas Estaduais; finalidades específicas das referidas Comissões, ressalvado os ca-
10 - dos Bancos Privados; sos em que se impuser sigilo.
11 - das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos;
12 - das Bolsas de Valores; § 2º Os representantes a que se refere este artigo serão indicados pe-
13 - do Comércio; las entidades nele referidas e designados pelo Conselho Monetário Nacio-
14 - da Indústria; nal.
15 - da Agropecuária; § 3º O Conselho Monetário Nacional, pelo voto de 2/3 (dois terços) de
16 - das Cooperativas que operam em crédito. seus membros, poderá ampliar a competência das Comissões Consultivas,
II - de Mercado de Capitais, constituída de representantes: bem como admitir a participação de representantes de entidades não
1 - do Ministério da Indústria e do Comércio; mencionadas neste artigo, desde que tenham funções diretamente relacio-
2 - do Conselho Nacional da Economia. nadas com suas atribuições.
3 - do Banco Central da República do Brasil;
4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; CAPÍTULO III
5 - dos Bancos Privados; Do Banco Central da República do Brasil
6 - das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos;
7 - das Bolsas de Valores; Art. 8º A atual Superintendência da Moeda e do Crédito é transformada
8 - das Companhias de Seguros Privados e Capitalização; em autarquia federal, tendo sede e foro na Capital da República, sob a
9 - da Caixa de Amortização; denominação de Banco Central da República do Brasil, com personalidade
III - de Crédito Rural, constituída de representantes: jurídica e patrimônio próprios este constituído dos bens, direitos e valores
1 - do Ministério da Agricultura; que lhe são transferidos na forma desta Lei e ainda da apropriação dos
2 - da Superintendência da Reforma Agrária; juros e rendas resultantes, na data da vigência desta lei, do disposto no art.
3 - da Superintendência Nacional de Abastecimento; 9º do Decreto-Lei número 8495, de 28/12/1945, dispositivo que ora é ex-
4 - do Banco Central da República do Brasil; pressamente revogado.
5 - da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil S. Parágrafo único. Os resultados obtidos pelo Banco Central do Brasil,
A.; consideradas as receitas e despesas de todas as suas operações, serão, a
6 - da Carteira de Colonização de Banco do Brasil S.A.; partir de 1º de janeiro de 1988, apurados pelo regime de competência e
7 - do Banco Nacional de Crédito Cooperativo; transferidos para o Tesouro Nacional, após compensados eventuais prejuí-
8 - do Banco do Nordeste do Brasil S.A.; zos de exercícios anteriores. (Redação dada pelo Del nº 2.376, de
9 - do Banco de Crédito da Amazônia S.A.; 25/11/87)
10 - do Instituto Brasileiro do Café;
11 - do Instituto do Açúcar e do Álcool; Art. 9º Compete ao Banco Central da República do Brasil cumprir e fa-
12 - dos Banco privados; zer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e
13 - da Confederação Rural Brasileira; as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional.
14 - das Instituições Financeiras Públicas Estaduais ou Municipais,
que operem em crédito rural; Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do
15 - das Cooperativas de Crédito Agrícola. Brasil:
IV - (Vetado) I- Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites
1 - (Vetado) autorizados pelo Conselho Monetário Nacional (Vetado).
2 - (Vetado) II - Executar os serviços do meio-circulante;
3 - (Vetado) III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos de-
4 - (Vetado) pósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos con-
5 - (Vetado) tábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição
6 - (Vetado) de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títu-
7 - (Vetado) los da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em
8 - (Vetado) espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do
9 - (Vetado) Brasil, a forma e condições por ele determinadas, podendo: (In-
10 - (Vetado) cluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)
11 - (Vetado) a) adotar percentagens diferentes em função:
12 - (Vetado) 1. das regiões geo econômicas;
13 - (Vetado) 2. das prioridades que atribuir às aplicações;
14 - (Vetado) 3. da natureza das instituições financeiras;
15 - (Vetado) b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que te-
V - de Crédito Industrial, constituída de representantes: nham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob ju-

Conhecimentos Bancários 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ros favorecidos e outras condições por ele fixadas. V- Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as
IV - Receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso an- condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional;
terior e, ainda, os depósitos voluntários à vista das instituições VI - Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e
financeiras, nos termos do inciso III e § 2º do art. 19. (Renume- outros papéis;
rado com redação dada pela Lei nº 7.730, de 31/01/89) VII - Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de
V - Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições capitais sobre empresas que, direta ou indiretamente, interfiram
financeiras bancárias e as referidas no Art. 4º, inciso XIV, letra " nesses mercados e em relação às modalidades ou processos
b ", e no § 4º do Art. 49 desta lei; (Renumerado pela Lei nº operacionais que utilizem;
7.730, de 31/01/89) VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os servi-
VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; (Renu- ços de sua Secretaria.
merado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89) § 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso VIII do artigo
VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da 10 desta lei, o Banco Central do Brasil poderá examinar os livros e docu-
lei;(Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89) mentos das pessoas naturais ou jurídicas que detenham o controle acioná-
VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangei- rio de instituição financeira, ficando essas pessoas sujeitas ao disposto no
ra e de Direitos Especiais de Saque e fazer com estas últimas artigo 44, § 8º, desta lei. (Incluído pelo Del nº 2.321, de 25/02/87)
todas e quaisquer operações previstas no Convênio Constitutivo § 2º O Banco Central da República do Brasil instalará delegacias, com
do Fundo Monetário Internacional; (Redação dada pelo Del nº autorização do Conselho Monetário Nacional, nas diferentes regiões geo-
581, de 14/05/69) (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89) econômicas do País, tendo em vista a descentralização administrativa para
IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as distribuição e recolhimento da moeda e o cumprimento das decisões ado-
penalidades previstas; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de tadas pelo mesmo Conselho ou prescritas em lei. (Renumerado pelo Del nº
31/01/89) 2.321, de 25/02/87)
X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que
possam: (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89) Art. 12. O Banco Central da República do Brasil operará exclusivamen-
a) funcionar no País; te com instituições financeiras públicas e privadas, vedadas operações
b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no bancárias de qualquer natureza com outras pessoas de direito público ou
exterior; privado, salvo as expressamente autorizadas por lei.
c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;
d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de tí- Art. 13. Os encargos e serviços de competência do Banco Central,
tulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações De- quando por ele não executados diretamente, serão contratados de prefe-
bêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobili- rência com o Banco do Brasil S. A., exceto nos casos especialmente autori-
ários; zados pelo Conselho Monetário Nacional. (Redação dada pelo Del nº 278,
e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento; de 28/02/67)
f) alterar seus estatutos.
g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle a- Art. 14. O Banco Central do Brasil será administrado por uma Diretoria
cionário. (Incluído pelo Del nº 2.321, de 25/02/87) de cinco (5) membros, um dos quais será o Presidente, escolhidos pelo
XI - Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quais- Conselho Monetário Nacional dentre seus membros mencionados no inciso
quer cargos de administração de instituições financeiras priva- IV do art. 6º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 5.362, de 30.11.1967)
das, assim como para o exercício de quaisquer funções em ór- (Vide Decreto nº 91.961, de 19.11.1985)
gãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que fo- § 1º O Presidente do Banco Central da República do Brasil será substi-
rem expedidas pelo Conselho Monetário Nacional; (Renumerado tuído pelo Diretor que o Conselho Monetário Nacional designar.
pela Lei nº 7.730, de 31/01/89) § 2º O término do mandato, a renúncia ou a perda da qualidade Mem-
XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de bro do Conselho Monetário Nacional determinam, igualmente, a perda da
compra e venda de títulos públicos federais; (Renumerado pela função de Diretor do Banco Central da República do Brasil.
Lei nº 7.730, de 31/01/89)
XIII - Determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem Art. 15. O regimento interno do Banco Central da República do Brasil, a
os cadastros das firmas que operam com suas agências há mais que se refere o inciso XXVII, do art. 4º, desta lei, prescreverá as atribuições
de um ano.(Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89) do Presidente e dos Diretores e especificará os casos que dependerão de
§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso IX deste arti- deliberação da Diretoria, a qual será tomada por maioria de votos, presen-
go, com base nas normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, tes no mínimo o Presidente ou seu substituto eventual e dois outros Direto-
o Banco Central da República do Brasil, estudará os pedidos que lhe sejam res, cabendo ao Presidente também o voto de qualidade.
formulados e resolverá conceder ou recusar a autorização pleiteada, po- Parágrafo único. A Diretoria se reunirá, ordinariamente, uma vez por
dendo (Vetado) incluir as cláusulas que reputar convenientes ao interesse semana, e, extraordinariamente, sempre que necessário, por convocação
público. do Presidente ou a requerimento de, pelo menos, dois de seus membros.
§ 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, as instituições finan-
ceiras estrangeiras dependem de autorização do Poder Executivo, median- Art. 16. Constituem receita do Banco Central do Brasil as rendas: (Re-
te decreto, para que possam funcionar no País (Vetado) dação dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)
I- de operações financeiras e de outras aplicações de seus recur-
Art. 11. Compete ainda ao Banco Central da República do Brasil; sos; (Redação dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)
I- Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as institui- II - das operações de câmbio, de compra e venda de ouro e de
ções financeiras estrangeiras e internacionais; quaisquer outras operações em moeda estrangeira; (Redação
II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)
empréstimos internos ou externos, podendo, também, encarre- III - eventuais, inclusive as derivadas de multas e de juros de mora
gar-se dos respectivos serviços; aplicados por força do disposto na legislação em vigor. (Redação
III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, dada pelo Del nº 2.376, de 25/11/87)
da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no
balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e ven- § 1º Do resultado das operações de câmbio de que trata o inciso II des-
der ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de te artigo ocorrido a partir da data de entrada em vigor desta lei, 75% (seten-
crédito no exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais ta e cinco por cento) da parte referente ao lucro realizado, na compra e
de Saque, e separar os mercados de câmbio financeiro e comer- venda de moeda estrangeira destinar-se-á à formação de reserva monetá-
cial; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69) ria do Banco Central do Brasil, que registrará esses recursos em conta
IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia específica, na forma que for estabelecida pelo Conselho Monetário Nacio-
mista e empresas do Estado; nal. (Vide Lei nº 5.143, de 1966) (Renumerado pelo Del nº 2.076, de

Conhecimentos Bancários 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
20/12/83) da Fazenda, as quais não poderão exceder o montante global
§ 2º A critério do Conselho Monetário Nacional, poderão também ser dos recursos a que se refere a letra anterior, vedada a conces-
destinados à reserva monetária de que trata o § 1º os recursos provenien- são, pelo Banco, de créditos de qualquer natureza ao Tesouro
tes de rendimentos gerados por: (Parágrafo incluído pelo Del nº 2.076, de Nacional;
20/12/83) c) conceder aval, fiança e outras garantias, consoante expressa au-
a) suprimentos específicos do Banco Central do Brasil ao Banco do torização legal;
Brasil S.A. concedidos nos termos do § 1º do artigo 19 desta lei; d) adquirir e financiar estoques de produção exportável;
b) suprimentos especiais do Banco Central do Brasil aos Fundos e e) executar a política de preços mínimos dos produtos agropastoris;
Programas que administra. f) ser agente pagador e recebedor fora do País;
g) executar o serviço da dívida pública consolidada;
§ 3º O Conselho Monetário Nacional estabelecerá, observado o dispos- II - como principal executor dos serviços bancários de interesse do
to no § 1º do artigo 19 desta lei, a cada exercício, as bases da remuneração Governo Federal, inclusive suas autarquias, receber em depósi-
das operações referidas no § 2º e as condições para incorporação desses to, com exclusividade, as disponibilidades de quaisquer entida-
rendimentos à referida reserva monetária. (Parágrafo incluído pelo Del nº des federais, compreendendo as repartições de todos os minis-
2.076, de 20/12/83) térios civis e militares, instituições de previdência e outras autar-
quias, comissões, departamentos, entidades em regime especial
CAPÍTULO IV de administração e quaisquer pessoas físicas ou jurídicas res-
DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ponsáveis por adiantamentos, ressalvados o disposto no § 5º
deste artigo, as exceções previstas em lei ou casos especiais,
SEÇÃO I expressamente autorizados pelo Conselho Monetário Nacional,
Da caracterização e subordinação por proposta do Banco Central da República do Brasil;
III - arrecadar os depósitos voluntários, à vista, das instituições de
Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legis- que trata o inciso III, do art. 10, desta lei, escriturando as respec-
lação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham tivas contas; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 2.284, de 1986)
como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação IV - executar os serviços de compensação de cheques e outros pa-
de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou péis;
estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. V - receber, com exclusividade, os depósitos de que tratam os arti-
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, e- gos 38, item 3º, do Decreto-lei nº 2.627, de 26 de setembro de
quiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam 1940, e 1º do Decreto-lei nº 5.956, de 01/11/43, ressalvado o
qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente ou disposto no art. 27, desta lei;
eventual. VI - realizar, por conta própria, operações de compra e venda de
moeda estrangeira e, por conta do Banco Central da República
Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no do Brasil, nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário
País mediante prévia autorização do Banco Central da República do Nacional;
Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras. VII - realizar recebimentos ou pagamentos e outros serviços de inte-
§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das so- resse do Banco Central da República do Brasil, mediante contra-
ciedades de crédito, financiamento e investimentos, das caixas econômicas tação na forma do art. 13, desta lei;
e das cooperativas de crédito ou a seção de crédito das cooperativas que a VIII - dar execução à política de comércio exterior (Vetado).
tenham, também se subordinam às disposições e disciplina desta lei no que IX - financiar a aquisição e instalação da pequena e média proprie-
for aplicável, as bolsas de valores, companhias de seguros e de capitaliza- dade rural, nos termos da legislação que regular a matéria;
ção, as sociedades que efetuam distribuição de prêmios em imóveis, mer- X - financiar as atividades industriais e rurais, estas com o favoreci-
cadorias ou dinheiro, mediante sorteio de títulos de sua emissão ou por mento referido no art. 4º, inciso IX, e art. 53, desta lei;
qualquer forma, e as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam, por conta XI - difundir e orientar o crédito, inclusive às atividades comerciais
própria ou de terceiros, atividade relacionada com a compra e venda de suplementando a ação da rede bancária;
ações e outros quaisquer títulos, realizando nos mercados financeiros e de a) no financiamento das atividades econômicas, atendendo às ne-
capitais operações ou serviços de natureza dos executados pelas institui- cessidades creditícias das diferentes regiões do País;
ções financeiras. b) no financiamento das exportações e importações. (Vide Lei nº
§ 2º O Banco Central da Republica do Brasil, no exercício da fiscaliza- 8.490 de 19.11.1992)
ção que lhe compete, regulará as condições de concorrência entre institui- § 1º - O Conselho Monetário Nacional assegurará recursos específicos
ções financeiras, coibindo-lhes os abusos com a aplicação da pena que possibilitem ao Banco do Brasil S. A., sob adequada remuneração, o
(Vetado) nos termos desta lei. atendimento dos encargos previstos nesta lei.
§ 3º Dependerão de prévia autorização do Banco Central da República § 2º - Do montante global dos depósitos arrecadados, na forma do inci-
do Brasil as campanhas destinadas à coleta de recursos do público, prati- so III deste artigo o Banco do Brasil S. A. Colocará à disposição do Banco
cadas por pessoas físicas ou jurídicas abrangidas neste artigo, salvo para Central da República do Brasil, observadas as normas que forem estabele-
subscrição pública de ações, nos termos da lei das sociedades por ações. cidas pelo Conselho Monetário Nacional, a parcela que exceder as neces-
sidades normais de movimentação das contas respectivas, em função dos
SEÇÃO II serviços aludidos no inciso IV deste artigo.
DO BANCO DO BRASIL S. A. § 3º - Os encargos referidos no inciso I, deste artigo, serão objeto de
contratação entre o Banco do Brasil S. A. e a União Federal, esta represen-
Art. 19. Ao Banco do Brasil S. A. competirá precipuamente, sob a su- tada pelo Ministro da Fazenda.
pervisão do Conselho Monetário Nacional e como instrumento de execução § 4º - O Banco do Brasil S. A. prestará ao Banco Central da República
da política creditícia e financeira do Governo Federal: do Brasil todas as informações por este julgadas necessárias para a exata
I- na qualidade de Agente, Financeiro do Tesouro Nacional, sem execução desta lei.
prejuízo de outras funções que lhe venham a ser atribuídas e § 5º - Os depósitos de que trata o inciso II deste artigo, também pode-
ressalvado o disposto no art. 8º, da Lei nº 1628, de 20 de junho rão ser feitos nas Caixas econômicas Federais, nos limites e condições
de 1952: fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.
a) receber, a crédito do Tesouro Nacional, as importâncias proveni-
entes da arrecadação de tributos ou rendas federais e ainda o Art. 20. O Banco do Brasil S. A. e o Banco Central da República do
produto das operações de que trata o art. 49, desta lei; Brasil elaborarão, em conjunto, o programa global de aplicações e recursos
b) realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do primeiro, para fins de inclusão nos orçamentos monetários de que trata
do Orçamento Geral da União e leis complementares, de acordo o inciso III, do artigo 4º desta lei.
com as autorizações que lhe forem transmitidas pelo Ministério

Conhecimentos Bancários 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art. 21. O Presidente e os Diretores do Banco do Brasil S. A. deverão Art. 27. Na subscrição do capital inicial e na de seus aumentos em mo-
ser pessoas de reputação ilibada e notória capacidade. eda corrente, será exigida no ato a realização de, pelo menos 50% (cin-
§ 1º A nomeação do Presidente do Banco do Brasil S. A. será feita pelo qüenta por cento) do montante subscrito.
Presidente da República, após aprovação do Senado Federal. § 1º As quantias recebidas dos subscritores de ações serão recolhidas
§ 2º As substituições eventuais do Presidente do Banco do Brasil S. A. no prazo de 5 (cinco) dias, contados do recebimento, ao Banco Central da
não poderão exceder o prazo de 30 (trinta) dias consecutivos, sem que o República do Brasil, permanecendo indisponíveis até a solução do respec-
Presidente da República submeta ao Senado Federal o nome do substituto. tivo processo.
§ 3º (Vetado) § 2º O remanescente do capital subscrito, inicial ou aumentado, em
§ 4º (Vetado) moeda corrente, deverá ser integralizado dentro de um ano da data da
solução do respectivo processo.
SEÇÃO III
DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PÚBLICAS Art. 28. Os aumentos de capital que não forem realizados em moeda
corrente, poderão decorrer da incorporação de reservas, segundo normas
Art. 22. As instituições financeiras públicas são órgãos auxiliares da expedidas pelo Conselho Monetário Nacional, e da reavaliação da parcela
execução da política de crédito do Governo Federal. dos bens do ativo imobilizado, representado por imóveis de uso e instala-
§ 1º O Conselho Monetário Nacional regulará as atividades, capacida- ções, aplicados no caso, como limite máximo, os índices fixados pelo
de e modalidade operacionais das instituições financeiras públicas federais, Conselho Nacional de Economia.
que deverão submeter à aprovação daquele órgão, com a prioridade por
ele prescrita, seus programas de recursos e aplicações, de forma que se Art. 29. As instituições financeiras privadas deverão aplicar, de prefe-
ajustem à política de crédito do Governo Federal. rência, não menos de 50% (cinqüenta por cento) dos depósitos do público
§ 2º A escolha dos Diretores ou Administradores das instituições finan- que recolherem, na respectiva Unidade Federada ou Território.
ceiras públicas federais e a nomeação dos respectivos Presidentes e § 1º O Conselho Monetário Nacional poderá, em casos especiais, ad-
designação dos substitutos observarão o disposto no art. 21, parágrafos 1º mitir que o percentual referido neste artigo seja aplicado em cada Estado e
e 2º, desta lei. Território isoladamente ou por grupos de Estados e Territórios componen-
§ 3º A atuação das instituições financeiras públicas será coordenada tes da mesma região geoeconômica.
nos termos do art. 4º desta lei.
Art. 30. As instituições financeiras de direito privado, exceto as de in-
Art. 23. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico é o principal vestimento, só poderão participar de capital de quaisquer sociedades com
instrumento de execução de política de investimentos do Governo Federal, prévia autorização do Banco Central da República do Brasil, solicitada
nos termos das Leis números 1628, de 20/06/1952 e 2973, de 26/11/1956. justificadamente e concedida expressamente, ressalvados os casos de
garantia de subscrição, nas condições que forem estabelecidas, em caráter
Art. 24. As instituições financeiras públicas não federais ficam sujeitas geral, pelo Conselho Monetário Nacional.
às disposições relativas às instituições financeiras privadas, assegurada a Parágrafo único (Vetado)
forma de constituição das existentes na data da publicação desta lei.
Parágrafo único. As Caixas Econômicas Estaduais equiparam-se, no Art. 31. As instituições financeiras levantarão balanços gerais a 30 de
que couber, às Caixas Econômicas Federais, para os efeitos da legislação junho e 31 de dezembro de cada ano, obrigatoriamente, com observância
em vigor, estando isentas do recolhimento a que se refere o art. 4º, inciso das regras contábeis estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
XIV, e à taxa de fiscalização, mencionada no art. 16, desta lei.
Art. 32. As instituições financeiras públicas deverão comunicar ao Ban-
SEÇÃO IV co Central da República do Brasil a nomeação ou a eleição de diretores e
DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PRIVADAS membros de órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, no prazo de 15 dias
da data de sua ocorrência.
Art. 25. As instituições financeiras privadas, exceto as cooperativas de Art. 33. As instituições financeiras privadas deverão comunicar ao Ban-
crédito, constituir-se-ão unicamente sob a forma de sociedade anônima, co Central da República do Brasil os atos relativos à eleição de diretores e
devendo a totalidade de seu capital com direito a voto ser representada por membros de órgão consultivos, fiscais e semelhantes, no prazo de 15 dias
ações nominativas. (Redação dada pela Lei nº 5.710, de 07/10/71) de sua ocorrência, de acordo com o estabelecido no art. 10, inciso X, desta
§ 1º Observadas as normas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional lei.
as instituições a que se refere este artigo poderão emitir até o limite de 50% § 1º O Banco Central da República do Brasil, no prazo máximo de 60
de seu capital social em ações preferenciais, nas formas nominativas, e ao (sessenta) dias, decidirá aceitar ou recusar o nome do eleito, que não
portador, sem direito a voto, às quais não se aplicará o disposto no pará- atender às condições a que se refere o artigo 10, inciso X, desta lei.
grafo único do art. 81 do Decreto-lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940. § 2º A posse do eleito dependerá da aceitação a que se refere o pará-
(Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71) grafo anterior.
§ 2º A emissão de ações preferenciais ao portador, que poderá ser fei- § 3º Oferecida integralmente a documentação prevista nas normas re-
ta em virtude de aumento de capital, conversão de ações ordinárias ou de feridas no art. 10, inciso X, desta lei, e decorrido, sem manifestação do
ações preferenciais nominativas, ficará sujeita a alterações prévias dos Banco Central da República do Brasil, o prazo mencionado no § 1º deste
estatutos das sociedades, a fim de que sejam neles incluídas as declara- artigo, entender-se-á não ter havido recusa a posse.
ções sobre: (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71)
I - as vantagens, preferenciais e restrições atribuídas a cada classe Art. 34. É vedado às instituições financeiras conceder empréstimos ou
de ações preferenciais, de acordo com o Decreto-lei nº 2.627, de adiantamentos:
26 de setembro de 1940; (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71) I- A seus diretores e membros dos conselhos consultivos ou admi-
II - as formas e prazos em que poderá ser autorizada a conversão das nistrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos côn-
ações, vedada a conversão das ações preferenciais em outro tipo juges;
de ações com direito a voto. (Incluído pela Lei nº 5.710, de II - Aos parentes, até o 2º grau, das pessoas a que se refere o inci-
07/10/71) so anterior;
III - As pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital,
§ 3º Os títulos e cautelas representativas das ações preferenciais, emi- com mais de 10% (dez por cento), salvo autorização específica
tidos nos termos dos parágrafos anteriores, deverão conter expressamente do Banco Central da República do Brasil, em cada caso, quando
as restrições ali especificadas. (Incluído pela Lei nº 5.710, de 07/10/71) se tratar de operações lastreadas por efeitos comerciais resul-
tantes de transações de compra e venda ou penhor de mercado-
Art. 26. O capital inicial das instituições financeiras públicas e privadas rias, em limites que forem fixados pelo Conselho Monetário Na-
será sempre realizado em moeda corrente. cional, em caráter geral;
IV - As pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de

Conhecimentos Bancários 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
10% (dez por cento); IV - Inabilitação temporária ou permanente para o exercício de car-
V- Às pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10% gos de direção na administração ou gerência em instituições fi-
(dez por cento), quaisquer dos diretores ou administradores da nanceiras.
própria instituição financeira, bem como seus cônjuges e respec- V - Cassação da autorização de funcionamento das instituições fi-
tivos parentes, até o 2º grau. nanceiras públicas, exceto as federais, ou privadas.
§ 1º A infração ao disposto no inciso I, deste artigo, constitui crime e VI - Detenção, nos termos do § 7º, deste artigo.
sujeitará os responsáveis pela transgressão à pena de reclusão de um a VII - Reclusão, nos termos dos artigos 34 e 38, desta lei.
quatro anos, aplicando-se, no que couber, o Código Penal e o Código de
Processo Penal. (Vide Lei 7.492, de 16.7.1986) § 1ºA pena de advertência será aplicada pela inobservância das dispo-
§ 2º O disposto no inciso IV deste artigo não se aplica às instituições fi- sições constantes da legislação em vigor, ressalvadas as sanções nela
nanceiras públicas. previstas, sendo cabível também nos casos de fornecimento de informa-
ções inexatas, de escrituração mantida em atraso ou processada em desa-
Art. 35. É vedado ainda às instituições financeiras: cordo com as normas expedidas de conformidade com o art. 4º, inciso XII,
I - Emitir debêntures e partes beneficiárias; desta lei.
II - Adquirir bens imóveis não destinados ao próprio uso, salvo os re- § 2º As multas serão aplicadas até 200 (duzentas) vezes o maior salá-
cebidos em liquidação de empréstimos de difícil ou duvidosa solu- rio-mínimo vigente no País, sempre que as instituições financeiras, por
ção, caso em que deverão vendê-los dentro do prazo de um (1) negligência ou dolo:
ano, a contar do recebimento, prorrogável até duas vezes, a crité- a) advertidas por irregularidades que tenham sido praticadas, deixa-
rio do Banco Central da República do Brasil. rem de saná-las no prazo que lhes for assinalado pelo Banco Cen-
Parágrafo único. As instituições financeiras que não recebem depósitos tral da República do Brasil;
do público poderão emitir debêntures, desde que previamente autorizadas b) infringirem as disposições desta lei relativas ao capital, fundos de
pelo Banco Central do Brasil, em cada caso. (Redação dada pelo Decreto- reserva, encaixe, recolhimentos compulsórios, taxa de fiscalização,
lei nº 2.290, de 1986) serviços e operações, não atendimento ao disposto nos arts. 27 e
33, inclusive as vedadas nos arts. 34 (incisos II a V), 35 a 40 desta
Art. 36. As instituições financeiras não poderão manter aplicações em lei, e abusos de concorrência (art. 18, § 2º);
imóveis de uso próprio, que, somadas ao seu ativo em instalações, exce- c) opuserem embaraço à fiscalização do Banco Central da República
dam o valor de seu capital realizado e reservas livres. do Brasil.

Art. 37. As instituições financeiras, entidades e pessoas referidas nos § 3º As multas cominadas neste artigo serão pagas mediante recolhi-
artigos 17 e 18 desta lei, bem como os corretores de fundos públicos, mento ao Banco Central da República do Brasil, dentro do prazo de 15
ficam, obrigados a fornecer ao Banco Central da República do Brasil, na (quinze) dias, contados do recebimento da respectiva notificação, ressalva-
forma por ele determinada, os dados ou informes julgados necessários para do o disposto no § 5º deste artigo e serão cobradas judicialmente, com o
o fiel desempenho de suas atribuições. acréscimo da mora de 1% (um por cento) ao mês, contada da data da
aplicação da multa, quando não forem liquidadas naquele prazo;
Art. 39. Aplicam-se às instituições financeiras estrangeiras, em funcio- § 4º As penas referidas nos incisos III e IV, deste artigo, serão aplica-
namento ou que venham a se instalar no País, as disposições da presente das quando forem verificadas infrações graves na condução dos interesses
lei, sem prejuízo das que se contém na legislação vigente. da instituição financeira ou quando dá reincidência específica, devidamente
caracterizada em transgressões anteriormente punidas com multa.
Art. 40. As cooperativas de crédito não poderão conceder empréstimos § 5º As penas referidas nos incisos II, III e IV deste artigo serão aplica-
se não a seus cooperados com mais de 30 dias de inscrição. das pelo Banco Central da República do Brasil admitido recurso, com efeito
Parágrafo único. Aplica-se às seções de crédito das cooperativas de suspensivo, ao Conselho Monetário Nacional, interposto dentro de 15 dias,
qualquer tipo o disposto neste artigo. contados do recebimento da notificação.
§ 6º É vedada qualquer participação em multas, as quais serão recolhi-
Art. 41. Não se consideram como sendo operações de seções de crédi- das integralmente ao Banco Central da República do Brasil.
to as vendas a prazo realizadas pelas cooperativas agropastoris a seus § 7º Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem como instituição
associados de bens e produtos destinados às suas atividades econômicas. financeira, sem estar devidamente autorizadas pelo Banco Central da
Republica do Brasil, ficam sujeitas à multa referida neste artigo e detenção
CAPÍTULO V de 1 a 2 anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurídica, seus direto-
DAS PENALIDADES res e administradores.
§ 8º No exercício da fiscalização prevista no art. 10, inciso VIII, desta
Art. 42. O art. 2º, da Lei nº 1808, de 07 de janeiro de 1953, terá a se- lei, o Banco Central da República do Brasil poderá exigir das instituições
guinte redação: financeiras ou das pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as referidas no
"Art. 2º Os diretores e gerentes das instituições financeiras respondem parágrafo anterior, a exibição a funcionários seus, expressamente creden-
solidariamente pelas obrigações assumidas pelas mesmas durante sua ciados, de documentos, papéis e livros de escrituração, considerando-se a
gestão, até que elas se cumpram. negativa de atendimento como embaraço á fiscalização sujeito á pena de
Parágrafo único. Havendo prejuízos, a responsabilidade solidária se multa, prevista no § 2º deste artigo, sem prejuízo de outras medidas e
circunscreverá ao respectivo montante." (Vide Lei nº 6.024, de 1974) sanções cabíveis.
§ 9º A pena de cassação, referida no inciso V, deste artigo, será apli-
Art. 43. O responsável ela instituição financeira que autorizar a conces- cada pelo Conselho Monetário Nacional, por proposta do Banco Central da
são de empréstimo ou adiantamento vedado nesta lei, se o fato não consti- República do Brasil, nos casos de reincidência específica de infrações
tuir crime, ficará sujeito, sem prejuízo das sanções administrativas ou civis anteriormente punidas com as penas previstas nos incisos III e IV deste
cabíveis, à multa igual ao dobro do valor do empréstimo ou adiantamento artigo.
concedido, cujo processamento obedecerá, no que couber, ao disposto no
art. 44, desta lei. Art. 45. As instituições financeiras públicas não federais e as privadas
estão sujeitas, nos termos da legislação vigente, à intervenção efetuada
Art. 44. As infrações aos dispositivos desta lei sujeitam as instituições pelo Banco Central da República do Brasil ou à liquidação extrajudicial.
financeiras, seus diretores, membros de conselhos administrativos, fiscais e Parágrafo único. A partir da vigência desta lei, as instituições de que
semelhantes, e gerentes, às seguintes penalidades, sem prejuízo de outras trata este artigo não poderão impetrar concordata.
estabelecidas na legislação vigente:
I- Advertência. CAPÍTULO VI
II - Multa pecuniária variável. DISPOSIÇÕES GERAIS
III - Suspensão do exercício de cargos.

Conhecimentos Bancários 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Art. 46. Ficam transferidas as atribuições legais e regulamentares do fiscais, que são próprios da Fazenda Nacional, ressalvado quanto aos três,
Ministério da Fazenda relativamente ao meio circulante inclusive as exerci- últimos, o regime especial de tributação do Imposto de Renda a que estão
das pela Caixa de Amortização para o Conselho Monetário Nacional, e sujeitos, na forma da legislação em vigor.
(VETADO) para o Banco Central da República do Brasil. Parágrafo único. São mantidos os favores, isenções e privilégios de
que atualmente gozam as instituições financeiras.
Art. 47. Será transferida à responsabilidade do Tesouro Nacional, me-
diante encampação, sendo definitivamente incorporado ao meio circulante Art. 51. Ficam abolidas, após 3 (três) meses da data da vigência desta
o montante das emissões feitas por solicitação da Carteira de Redescontos Lei, as exigências de "visto" em "pedidos de licença" para efeitos de expor-
do Banco do Brasil S.A. e da Caixa de Mobilização Bancária. tação, excetuadas as referentes a armas, munições, entorpecentes, materi-
§ 1º O valor correspondente à encampação será destinado à liquidação ais estratégicos, objetos e obras de valor artístico, cultural ou histórico.
das responsabilidades financeiras do Tesouro Nacional no Banco do Brasil (Vide Lei nº 5.025, de 1966)
S. A., inclusive as decorrentes de operações de câmbio concluídas até a Parágrafo único. Quando o interesse nacional exigir, o Conselho Mone-
data da vigência desta lei, mediante aprovação especificado Poder Legisla- tário Nacional, criará o "visto" ou exigência equivalente.
tivo, ao qual será submetida a lista completa dos débitos assim amortiza-
dos. Art. 52. O quadro de pessoal do Banco Central da República do Brasil
§ 2º Para a liquidação do saldo remanescente das responsabilidades será constituído de: (Vide Lei nº 9.650, de 1998)
do Tesouro Nacional, após a encampação das emissões atuais por solicita- I- Pessoal próprio, admitido mediante concurso público de provas
ção da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil S.A. e da Caixa de ou de títulos e provas, sujeita á pena de nulidade a admissão
Mobilização Bancária, o Poder Executivo submeterá ao Poder Legislativo que se processar com inobservância destas exigências;
proposta específica, indicando os recursos e os meios necessários a esse II - Pessoal requisitado ao Banco do Brasil S. A. e a outras institui-
fim. ções financeiras federais, de comum acordo com as respectivas
administrações;
Art. 48. Concluídos os acertos financeiros previstos no artigo anterior, a III - Pessoal requisitado a outras instituições e que venham prestan-
responsabilidade da moeda em circulação passará a ser do Banco Central do serviços à Superintendência da Moeda e do Crédito há mais
da República do Brasil. de 1 (um) ano, contado da data da publicação desta lei.
§ 1º O Banco Central da República do Brasil baixará dentro de 90 (no-
Art. 49. As operações de crédito da União, por antecipação de receita venta) dias da vigência desta lei, o Estatuto de seus funcionários e servido-
orçamentária ou a qualquer outro título, dentro dos limites legalmente res, no qual serão garantidos os direitos legalmente atribuídos a seus
autorizados, somente serão realizadas mediante colocação de obrigações, atuais servidores e mantidos deveres e obrigações que lhes são inerentes.
apólices ou letras do Tesouro Nacional. § 2º Aos funcionários e servidores requisitados, na forma deste artigo
§ 1º A lei de orçamento, nos termos do artigo 73, § 1º inciso II, da as instituições de origem lhes assegurarão os direitos e vantagens que lhes
Constituição Federal, determinará quando for o caso, a parcela do déficit cabem ou lhes venham a ser atribuídos, como se em efetivo exercício nelas
que poderá ser coberta pela venda de títulos do Tesouro Nacional direta- estivessem.
mente ao Banco Central da República do Brasil. § 3º Correrão por conta do Banco Central da República do Brasil todas
§ 2º O Banco Central da República do Brasil mediante autorização do as despesas decorrentes do cumprimento do disposto no parágrafo anteri-
Conselho Monetário Nacional baseada na lei orçamentária do exercício, or, inclusive as de aposentadoria e pensão que sejam de responsabilidade
poderá adquirir diretamente letras do Tesouro Nacional, com emissão de das instituições de origem ali mencionadas, estas últimas rateadas propor-
papel-moeda. cionalmente em função dos prazos de vigência da requisição.
§ 3º O Conselho Monetário Nacional decidirá, a seu exclusivo critério, a § 4º Os funcionários do quadro de pessoal próprio permanecerão com
política de sustentação em bolsa da cotação dos títulos de emissão do seus direitos e garantias regidos pela legislação de proteção ao trabalho e
Tesouro Nacional. de previdência social, incluídos na categoria profissional de bancários.
§ 4º No caso de despesas urgentes e inadiáveis do Governo Federal, a § 5º Durante o prazo de 10 (dez) anos, cotados da data da vigência
serem atendidas mediante créditos suplementares ou especiais, autoriza- desta lei, é facultado aos funcionários de que tratam os inciso II e III deste
dos após a lei do orçamento, o Congresso Nacional determinará, especifi- artigo, manifestarem opção para transferência para o Quadro do pessoal
camente, os recursos a serem utilizados na cobertura de tais despesas, próprio do Banco Central da República do Brasil, desde que:
estabelecendo, quando a situação do Tesouro Nacional for deficitária, a a) tenham sido admitidos nas respectivas instituições de origem, con-
discriminação prevista neste artigo. soante determina o inciso I, deste artigo;
§ 5º Na ocorrência das hipóteses citadas no parágrafo único, do artigo b) estejam em exercício (Vetado) há mais de dois anos;
75, da Constituição Federal, o Presidente da República poderá determinar c) seja a opção aceita pela Diretoria do Banco Central da República
que o Conselho Monetário Nacional, através do Banco Central da Repúbli- do Brasil, que sobre ela deverá pronunciar-se conclusivamente no
ca do Brasil, faça a aquisição de letras do Tesouro Nacional com a emissão prazo máximo de três meses, contados da entrega do respectivo
de papel-moeda até o montante do crédito extraordinário que tiver sido requerimento.
decretado. (Revogado pela Lei nº 4.829, de 05/11/65)
§ 6º O Presidente da República fará acompanhar a determinação ao
Conselho Monetário Nacional, mencionada no parágrafo anterior, de cópia CAPÍTULO VII
da mensagem que deverá dirigir ao Congresso Nacional, indicando os Disposições Transitórias
motivos que tornaram indispensável a emissão e solicitando a sua homolo-
gação. Art. 54. O Poder Executivo, com base em proposta do Conselho Mone-
§ 7º As letras do Tesouro Nacional, colocadas por antecipação de re- tário Nacional, que deverá ser apresentada dentro de 90 (noventa) dias de
ceita, não poderão ter vencimentos posteriores a 120 (cento e vinte) dias do sua instalação, submeterá ao Poder Legislativo projeto de lei que institucio-
encerramento do exercício respectivo. nalize o crédito rural, regule seu campo específico e caracterize as modali-
§ 8º Até 15 de março do ano seguinte, o Poder Executivo enviará men- dades de aplicação, indicando as respectivas fontes de recurso.
sagem ao Poder Legislativo, propondo a forma de liquidação das letras do Parágrafo único. A Comissão Consultiva do Crédito Rural dará asses-
Tesouro Nacional emitidas no exercício anterior e não resgatadas. soramento ao Conselho Monetário Nacional, na elaboração da proposta
§ 9º É vedada a aquisição dos títulos mencionados neste artigo pelo que estabelecerá a coordenação das instituições existentes ou que venham
Banco do Brasil S.A. e pelas instituições bancárias de que a União detenha a ser cridas, com o objetivo de garantir sua melhor utilização e da rede
a maioria das ações. bancária privada na difusão do crédito rural, inclusive com redução de seu
custo.
Art. 50. O Conselho Monetário Nacional, o Banco Central da República
do Brasil, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, o Banco do Art. 55. Ficam transferidas ao Banco Central da República do Brasil as
Brasil S.A., O Banco do Nordeste do Brasil S.A. e o Banco de Crédito da atribuições cometidas por lei ao Ministério da Agricultura, no que concerne
Amazônia S. A. gozarão dos favores, isenções e privilégios, inclusive à autorização de funcionamento e fiscalização de cooperativas de crédito

Conhecimentos Bancários 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
de qualquer tipo, bem assim da seção de crédito das cooperativas que a
tenham. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Art. 56. Ficam extintas a Carteira de Redescontos do Banco do Brasil ESTRUTURA ATUAL
S. A. e a Caixa de Mobilização Bancária, incorporando-se seus bens direi- No organograma, ao final do capítulo, vemos a estrutura do sistema fi-
tos e obrigações ao Banco Central da República do Brasil. nanceiro.
Parágrafo único. As atribuições e prerrogativas legais da Caixa de Mo-
bilização Bancária passam a ser exercidas pelo Banco Central da Repúbli- Uma conceituação bastante abrangente de sistema financeiro po-
ca do Brasil, sem solução de continuidade. deria ser a de um conjunto de instituições que se dedicam, de alguma
forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a manuten-
Art. 57. Passam à competência do Conselho Monetário Nacional as a- ção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores. O mer-
tribuições de caráter normativo da legislação cambial vigente e as executi- cado financeiro onde se processam essas transações — permite que
vas ao Banco Central da República do Brasil e ao Banco do Brasil S. A., um agente econômico qualquer (um indivíduo ou empresa), sem pers-
nos termos desta lei. pectivas de aplicação, em algum empreendimento próprio, da poupan-
Parágrafo único. Fica extinta a Fiscalização Bancária do Banco do Bra- ça que é capaz de gerar, seja colocado em contato com outro, cujas
sil S. A., passando suas atribuições e prerrogativas legais ao Banco Central perspectivas de investimento superam as respectivas disponibilidades
da República do Brasil. de poupança.
Art. 58. Os prejuízos decorrentes das operações de câmbio concluídas Destarte, o mercado financeiro pode ser considerado como elemento
e eventualmente não regularizadas nos termos desta lei bem como os das dinâmico no processo de crescimento econômico, uma vez que permite a
operações de câmbio contratadas e não concluídas até a data de vigência elevação das taxas de poupança e investimento.
desta lei, pelo Banco do Brasil S.A., como mandatário do Governo Federal,
serão na medida em que se efetivarem, transferidos ao Banco Central da Dentro desta linha de abordagem, no que toca às instituições financei-
República do Brasil, sendo neste registrados como responsabilidade do ras, a Lei de Reforma Bancária (4.595/64), em seu Art.0 17, caracteriza-as
Tesouro Nacional. com mais exatidão:
§ 1º Os débitos do Tesouro Nacional perante o Banco Central da Re- “Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação
pública do Brasil, provenientes das transferências de que trata este artigo em vigor, as pessoas jurídicas públicas e privadas, que tenham como
serão regularizados com recursos orçamentários da União. atividade principal ou acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de
§ 2º O disposto neste artigo se aplica também aos prejuízos decorren- recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou es-
tes de operações de câmbio que outras instituições financeiras federais, de trangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiro s.”
natureza bancária, tenham realizado como mandatárias do Governo Fede-
ral. E complementa, em seu parágrafo único: ‘”Para os efeitos desta Lei e
da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas
Art. 59. É mantida, no Banco do Brasil S.A., a Carteira de Comércio Ex- físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de
terior, criada nos termos da Lei nº 2.145, de 29 de dezembro de 1953, e forma permanente ou eventual.”
regulamentada pelo Decreto nº 42.820, de 16 de dezembro de 1957, como
órgão executor da política de comércio exterior, (VETADO) Após essas breves considerações, parece interessante caracterizar es-
sas instituições em dois grandes grupos: os intermediários financeiros e as
Art. 60. O valor equivalente aos recursos financeiros que, nos termos chamadas instituições auxiliares.
desta lei, passarem a responsabilidade do Banco Central da República do
Brasil, e estejam, na data de sua vigência em poder do Baco do Brasil S. As primeiras distinguem-se das últimas, basicamente, no seguinte: emi-
A., será neste escriturado em conta em nome do primeiro, considerando-se tem seus próprios passivos, ou seja, captam poupança diretamente do
como suprimento de recursos, nos termos do § 1º, do artigo 19, desta lei. público por sua própria iniciativa e responsabilidade e, posteriormente,
aplicam esses recursos junto às empresas, através de empréstimos e
Art. 61. Para cumprir as disposições desta lei o Banco do Brasil S.A. financiamentos. Incluem-se neste segmento os bancos comerciais, de
tomará providências no sentido de que seja remodelada sua estrutura investimento, de desenvolvimento, as caixas econômicas, as sociedades de
administrativa, a fim de que possa eficazmente exercer os encargos e crédito Imobiliário (SCI) e as associações de poupança e empréstimos
executar os serviços que lhe estão reservados, como principal instrumento (APE), entre outras.
de execução da política de crédito do Governo Federal.
Ao contrário destas, as instituições ditas auxiliares propõem-se a colo-
Art. 62. O Conselho Monetário Nacional determinará providências no car em contato poupadores com investidores, facilitando o acesso destes
sentido de que a transferência de atribuições dos órgãos existentes para o àqueles. Nestes casos, figuram, por exemplo, as bolsas de valores, cuja
Banco Central da República do Brasil se processe sem solução de continu- finalidade, em última instância, consiste em propiciar liquidez aos títulos
idade dos serviços atingidos por esta lei. emitidos pelas empresas (ações), através de institucionalização do merca-
do secundário para esses haveres.
Art. 63. Os mandatos dos primeiros membros do Conselho Monetário
Nacional, a que alude o inciso IV, do artigo 6º desta lei serão respectiva- Este processo garante as condições fundamentais para aceitação dos
mente de 6 (seis), 5 (cinco), 4 (quatro), 3 (três), 2 (dois) e 1 (um) anos. lançamentos primários (subscrição) das empresas. Na mesma situação
encontram-se as sociedades corretoras e distribuidoras, constituindo-se no
Art. 64. O Conselho Monetário Nacional fixará prazo de até 1 (um) ano elemento de ligação entre poupadores e investidores, atuando na coloca-
da vigência desta lei para a adaptação das instituições financeiras às ção de papéis das empresas junto ao público.
disposições desta lei.
§ 1º Em casos excepcionais, o Conselho Monetário Nacional poderá Outra caracterização de instituição financeira poderá ser dada sob a ó-
prorrogar até mais 1 (um) ano o prazo para que seja complementada a tica da capacidade que ela tem de criar ou não moeda escritural.
adaptação a que se refere este artigo.
§ 2º Será de um ano, prorrogável, nos termos do parágrafo anterior, o Na forma afirmativa, ou seja, criando a moeda escritural, estão inseri-
prazo para cumprimento do estabelecido por força do art. 30 desta lei. das aquelas instituições que, em conjunto, compõem o chamado sistema
monetário — uma derivação do sistema financeiro que tem como principal
Art. 65. Esta lei entrará em vigor 90 (noventa) dias após data de sua fonte de recursos os depósitos à vista (movimentáveis por cheques) —, que
publicação, revogadas as disposições em contrário. é representado pelo Banco do Brasil, pelos bancos comerciais (oficiais e
Brasília, 31 de dezembro de 1964; 143º da Independência e 76º da privados) e, pelos bancos múltiplos com carteira comercial. A capacidade
República. de criar moeda origina-se do fato de trabalharem em um sistema de reser-

Conhecimentos Bancários 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


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vas fracionárias, mantendo em caixa apenas uma parte dos depósitos que · aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BC;
recebem do público. · fixar diretrizes e normas da política cambial;
· disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações
AUTORIDADES MONETÁRIAS creditícias;
· estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços
Conselho Monetário Nacional (CMN) bancários ou financeiros;
Como órgão normativo, por excelência, não lhe cabe funções executivas, · determinar as taxas do recolhimento compulsório das instituições fi-
sendo o responsável pela fixação das diretrizes da política monetária credití- nanceiras;
cia e cambial do País. Pelo envolvimento destas políticas no cenário econô- · regulamentar as operações de redesconto de liquidez;
mico nacional, o CMN acaba transformando-se num conselho de política · outorgar ao BC o monopólio de operações de câmbio quando o ba-
econômica. lanço de pagamento o exigir;
· estabelecer normas a serem seguidas pelo BC nas transações com
Ao longo de sua existência, o CMN teve diferentes constituições de títulos públicos;
membros, de acordo com as exigências políticas e econômicas de cada · regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as
momento a saber: instituições financeiras que operam no país.
Governo Número de Membros DoCMN
BANCO CENTRAL DO BRASIL (BC OU BACEN)
Castelo Branco 6
O BC é a entidade criada para atuar como órgão executivo central do
Costa e Silva 4
sistema financeiro, cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer
Médici 10
cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema e as
Geisel 8
normas expedidas pelo CMN.
Figueiredo 8
Collor 11
São de sua privativa competência as seguintes atribuições:
Itamar 13
· emitir papel moeda e moeda metálica nas condições e limites autori-
A Medida Provisória n0 542, de 30/06/94, que criou o Plano Real simplifi- zados pelo CMN;
cou a composição do CMN, que passou a ser integrado pelos seguintes · executar os serviços do meio circulante;
membros: Ministro da Fazenda (Presidente), Ministro-Chefe da Secretaria de · receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os
Planejamento e Presidente do Banco Central. depósitos voluntários das instituições financeiras e bancárias que o-
Criou também, subordinado ao CMN, a Comissão Técnica da Moeda e peram no País;
do Crédito com a competência básica de regulamentar as matérias da MP · realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições finan-
542, de responsabilidade do CMN. Seus componentes são: ceiras dentro de um enfoque de política econômica do Governo ou
· Presidente do Banco Central; como socorro a problemas de liquidez;
· Presidente da Comissão de Valores Mobiliários; · regular a execução dos serviços de compensação de cheques e ou-
· Secretários do Tesouro Nacional e da Política Econômica do Ministé- tros papéis;
rio da Fazenda; · efetuar, como instrumento de política monetária, operações de com-
· Diretores de Política Monetária, de Assuntos Internacionais e de pra e venda de títulos públicos federais;
Normas e Organização do Sistema Financeiro, todos do Banco Cen- · emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condi-
tral. ções estabelecidas pelo CMN;
· exercer o controle de crédito sob todas as suas formas;
Funcionam, também, junto ao CMN as seguintes comissões consultivas · exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando
de: necessário;
· Normas e Organização do Sistema Financeiro; · autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de
· Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros; todas as instituições financeiras;
· Crédito Rural; · estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de di-
· Crédito Industrial, reção nas instituições financeiras privadas;
· Endividamento Público; · vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e
· Política Monetária e Cambial; de capitais;
· Processos Administrativos. · controlar o fluxo de capitais estrangeiros garantindo o correto funcio-
namento do mercado cambial, operando, inclusive, via ouro, moeda
O CMN é a entidade superior do sistema financeiro, sendo de sua com- ou operações de crédito no exterior.
petência:
· adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da Dessa forma, o BC pode ser considerado como:
Banco dos Bancos Depósitos compulsórios
economia nacional e seu processo de desenvolvimento; Redescontos de liquidez
· regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo os surtos Gestor do Sistema Normas/autorizações
inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa; Financeiro Nacional Fiscalização/intervenção
· regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de paga-
mentos do País; Executor da Política Controle dos meios de Monetária pagamento
· orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas (liquidez no mercado)
ou privadas, de forma a garantir condições favoráveis ao desenvolvi- Orçamento monetário! Instrumentos de política monetária
mento equilibrado da economia nacional;
· propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos fi- Banco Emissor Emissão do meio circulante
nanceiros, de forma a tornar mais eficiente o sistema de pagamento e Saneamento do meio circulante
mobilização de recursos;
· zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras; e Banqueiro do Governo Financiamento ao Tesouro Nacional
(via emissão de títulos públicos)
· coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária fiscal e da
Administração da divida pública
divida pública interna e externa. interna e externa
Gestor e fiel depositário das reservas
A partir dessas funções básicas, o CMN fica responsável por todo um internacionais do País
conjunto de atribuições específicas, cabendo destacar: Representante junto às instituições
· autorizar as emissões de papel moeda; financeiras internacionais

Conhecimentos Bancários 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Em resumo, é por meio do BC que o Estado intervém diretamente no sis- Após o Plano Collot, o BNDES ficou encarregado de gerir todo o proces-
tema financeiro e, indiretamente, na economia. so de privatização das empresas estatais.

Em países como Alemanha, Japão e Estados Unidos, o Banco Central é CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (CEF)
independente, ou seja, seus diretores são designados pelo Congresso, eleitos A Caixa Econômica Federal é a instituição financeira responsável pela
com um mandato fixo de oito a 14 anos. Não há subordinação ao Tesouro. operacionalização das políticas do governo federal para habitação popular e
Ele atua como um verdadeiro guardião da moeda nacional, garantindo a saneamento básico, caracterizando-se cada vez mais como o banco de apoio
pujança e o equilíbrio do mercado financeiro e da economia, protegendo seu ao trabalhador de baixa renda. Certamente, nesta linha, no longo prazo,
valor, impedindo que os gastos do Governo sejam bancados pela emissão de novas atribuições lhe serão designadas pelo Governo federal.
dinheiro, fator de desvalorização da moeda. E um quarto poder, além do
Executivo, Legislativo e Judiciário. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS — O MNI
O MNI (Manual de Normas e Instruções), preparado e editado pelo Banco
Os tesouros desses governos emitem títulos federais para se endivida- Central, estabelece, entre outras, as normas operacionais de todas as institui-
rem, enquanto os bancos centrais lançam papéis para garantir a liquidez do ções financeiras.
sistema. Se a inflação sobe, o banco central local vende mais papéis, aumen-
tando a taxa de juros para recolher dinheiro do mercado e controlar a deman- No agrupamento das instituições financeiras, os bancos comerciais por
da da população, reduzindo o ritmo de alta dos preços. suas múltiplas funções, constituem a base do sistema monetário e, devido
aos serviços prestados são, sem dúvida, a mais conhecida das instituições
AUTORIDADES DE APOIO financeiras.

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM) Podemos agrupar as instituições financeiras, segundo a peculiaridade de
E o órgão normativo do sistema financeiro, especificamente voltado para suas funções de crédito em segmentos, a saber:
o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobili-
ários não emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional, basica- Instituições de Crédito Bancos Comerciais
a Curto Prazo Caixas Econômicas
mente o mercado de ações e debêntures.
Bancos Cooperativos/Cooperativas de Crédito
E uma entidade auxiliar, autárquica autônoma e descentralizada mas vin-
culada ao Instituições de Crédito de Bancos de Desenvolvimento
Médio e Longo Prazos Bancos de Investimento
Governo. Seus objetivos fundamentais são:
· estimular a aplicação de poupança no mercado acionário; Instituições de Crédito Sociedades de Crédito,
para Financiamento
· assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores
Financiamento de Bens de Investimento
e instituições auxiliares que operem neste mercado; Consumo Duráveis Caixas Econômicas
· proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregula-
res e outros tipos de atos ilegais que manipulem preços de valores Sistema Financeiro da Caixas Econômicas
mobiliários nos mercados primários e secundários de ações; Habitação Associações de Poupança e Empréstimo
· fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títu- Sociedades de Crédito Imobiliário
los emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto.
Instituições de Intermediação Sociedades Corretoras (CCVM)
no Mercado de Capitais Sociedades Distribuidoras (DTVM)
O fortalecimento do Mercado de Ações é o objetivo final da CVM. Investidores Institucionais

BANCO DO BRASIL (BB) Instituições de Seguros Seguradoras


Esta instituição teve uma função típica de autoridade monetária até janei- e Capitalização Corretoras de Seguros
ro de 1986, quando, por decisão do CMN, foi suprimida a conta movimento,
Entidades abertas de Previdência Privada
que colocava o BB na posição privilegiada de banco co-responsável pela Entidades fechadas de Previdência Privada
emissão de moeda, via ajustamento das contas das autoridades monetárias e Sociedades de Capitalização
do Tesouro Nacional.
Instituições de Arrendamento Sociedades de Arrendamento Mercantil
Hoje, o BB é um banco múltiplo tradicional embora ainda opere, em mui- Mercantil
tos casos, como agente financeiro do Governo federal E o principal executor
da política oficial de crédito rural. Conserva, ainda, algumas funções que não As atividades e funções de cada uma das instituições financeiras serão
são próprias de um banco comercial comum como, por exemplo, a Câmara descritas a seguir, de forma resumida.
de Compensação de cheques e outros papéis.
BANCOS COMERCIAIS (BC)
BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E De acordo com o MNI, seu objetivo precípuo é proporcionar o suprimento
SOCIAL (BNDES) oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, a curto e
É a instituição responsável pela política de investimentos de longo prazo médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e
do Governo federal, sendo a principal instituição financeira de fomento do as pessoas físicas.
País; tendo como objetivos básicos:
· impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País; Para atender a esses objetivos, os bancos comerciais podem: descontar
· fortalecer o setor empresarial nacional; títulos; realizar operações de abertura de crédito simples ou em conta corren-
· atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pulos de produ- te (contas garantidas); realizar operações especiais, inclusive de crédito rural,
ção; de câmbio e comércio internacional; captar depósitos à vista e a prazo fixo;
· promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, in- obter recursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes; obter
dustriais e de serviços; recursos externos para repasse; efetuar a prestação de serviços inclusive,
· promover o crescimento e a diversificação das exportações. mediante convênio com outras instituições.

Para a consecução desses objetivos, conta com um conjunto de fundos e É importante frisar que a captação de depósitos à vista, que nada mais
programas especiais de fomento, como, por exemplo; Finame, Finem, Funtec são do que as contas correntes, livremente movimentáveis, é a atividade
e, Finac. básica dos bancos comerciais, configurando-os como instituições financeiras

Conhecimentos Bancários 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
monetárias. Tal captação de recursos, junto com a captação via CDB e RDB,
via cobrança de títulos e arrecadação de tributos e tarifas públicas, permite Basicamente, elas oferecem possibilidades de crédito aos funcionários a
aos bancos repassá-las às empresas, sob a forma de empréstimos que vão partir de uma pequena contribuição mensal, muitas vezes descontada na
girar a atividade produtiva (estoques, salários etc.). folha de pagamento, podendo ser na forma de um percentual fixo (entre 1 e 5
%) sobre o salário.
Em resumo, são intermediários financeiros que recebem recursos de
quem tem e os distribuem através do crédito seletivo a quem necessita de Uma outra forma de captação permitida pelo Banco Central às cooperati-
recursos, naturalmente, criando moeda através do efeito multiplicador do vas é a de operar contas com depósitos à vista e a prazo. Uma parte dos
crédito. recursos depositados é recolhida ao Banco do Brasil como reserva técnica,
mas a maior parte é repassada aos associados na forma de mais emprésti-
CAIXAS ECONÔMICAS (CE) mos.
Como sua principal atividade, integram o Sistema Brasileiro de Poupança
e Empréstimo e o Sistema Financeiro da Habitação, sendo, juntamente com A conta com depósitos à vista é uma forma de captação de recursos com
os bancos comerciais, as mais antigas instituições do Sistema Financeiro custo zero diante das contribuições que tem de ser remuneradas, assim como
Nacional. os depósitos a prazo neste caso chamados de Recibo de Depósito de Coope-
rativas (RDC). Assim elas também podem oferecer produtos como conta
Equiparam-se, em certo sentido, aos bancos comerciais, pois podem corrente, cheque especial, recebimento de contas de serviços públicos e o
captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de processamento da folha de pagamento dos funcionários da empresa.
serviços, embora basicamente dirigidas às pessoas físicas.
Para efeito de constituição, a Lei Cooperativistan0 5.764, de 16/12/71, es-
Podem operar no crédito direto ao consumidor, financiando bens de con- tabeleceu que as cooperativas de créditos singulares são constituídas pelo
sumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de número mínimo de 20 pessoas físicas.
títulos, bem como têm o monopólio das operações de empréstimo sob penhor
de bens pessoais e sob consignação. A cooperativa só se tornará viável, economicamente, a partir de pelo me-
nos 200 cooperados.
Têm ainda a competência para a venda de bilhetes das loterias, cujo pro-
duto da administração constitui-se em mais uma fonte de recursos para sua A cooperativa equipara-se a uma instituição financeira (Lei n0 4.595, de
gestão. 31/12/64).

Entretanto, sua grande fonte de recursos são os depósitos em caderneta As operações são restritas aos cooperados e, operacionalmente, a con-
de poupança, que são os instrumentos de captação privativos das entidades tabilidade enquadra-se no padrão estabelecido pelo plano de contas das
financiadoras ligadas ao SFH e que garantem o estímulo ii captação das Cooperativas de Crédito Mútuo, normas e circulares do BC, de conformidade
economias das classes de baixa renda, por protegê-las contra a erosão com o Cosif.
inflacionária e lhes dar liquidez imediata.
BANCOS DE INVESTIMENTO (BL)
Sua mais nova atuação está dirigida à centralização do recolhimento e à Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazos para su-
posterior aplicação de todos os recursos oriundos do FGTS. primento de capital fixo ou de giro das empresas.

São, portanto, instituições de cunho eminentemente social, concedendo Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de empréstimos
empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistên- e financiamento, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das
cia social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte, sendo empresas, através da compra de máquinas e equipamentos e da subscrição
seu mais ilustre e praticamente único representante a Caixa Econômica de debêntures e ações. Não podem manter contas correntes e captam recur-
Federal (CEF), resultado da unificação, pelo DL-759 de 12 de agosto de 1969, sos pela emissão de CDB e RDB, através de captação e repasses de recur-
das 23 Caixas Econômicas Federais até então existentes. As Caixas Econô- sos de origem interna ou externa ou pela venda de cotas de fundos de inves-
micas Estaduais equiparam-se operacionalmente à CEF, sendo, em outubro timento por eles administrados.
de 96, a Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul a única existente.
Devem orientar, prioritariamente, a aplicação dos seus recursos repassa-
BANCOS DE DESENVOLVIMENTO (BD) dos, no fortalecimento do capital social das empresas, via subscrição ou
Como já visto anteriormente, o BNDES é o principal agente do Governo aquisição de títulos; na ampliação da capacidade produtiva da economia, via
para financiamentos de médio e longo prazos aos setores primário, secundá- expansão ou relocalização de empreendimentos; no incentivo à melhoria da
rio e terciário. produtividade, através da reorganização, da racionalização e da moderniza-
ção das empresas; na promoção de uma melhor ordenação da economia e
As principais instituições de fomento regional são o Banco do Nordeste maior eficiência das empresas, através de fusões, cisões ou incorporações
do Brasil (BNB) e o Banco da Amazônia (BASA). (corporate finance); na promoção ao desenvolvimento tecnológico, via treina-
mento ou assistência técnica.
Os bancos estaduais de desenvolvimento incluem-se em um conjunto de
instituições financeiras controladas pelos governos estaduais e destinados ao Eles apóiam, basicamente, a estrutura capitalista privada, tendo, inclusi-
fornecimento de crédito de médio e longo prazos às empresas localizadas nos ve, limites para apoiar os órgãos e empresas do estado.
respectivos estados. Normalmente, operam com repasses de órgãos financei-
ros do Governo Federal. Os financiamentos ao capital fixo são precedidos de cuidadosas avalia-
ções de projeto. Não podem destinar recursos a empreendimentos mobiliá-
rios.
COOPERATIVAS DE CRÉDITO (CC)
As cooperativas de crédito atuam basicamente no setor primário da eco- Em síntese, as operações ativas que podem ser praticadas pelos BI são:
nomia, com o objetivo de permitir uma melhor comercialização de produtos · empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamento de capital
rurais e criar facilidades para o escoamento das safras agrícolas para os fixo;
centros consumidores, destacando que os usuários finais do crédito que · empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamento de capital
concedem são sempre os cooperados. de giro;
· aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos e valores
Nascem a partir da associação de funcionários de uma determinada em- mobiliários para investimento ou revenda no mercado de capitais (o-
presa e suas operações ficam restritas aos cooperados, portanto, aos funcio- perações de underwriten)
nários desta empresa. · repasses de empréstimos obtidos no exterior;

Conhecimentos Bancários 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
· repasses de recursos obtidos no País; sendo corrigidas por diferentes índices, inclusive com cláusula cambial.
· prestação de garantia de empréstimos no País ou provenientes do
exterior. Associações de Poupança e Empréstimo (APE)
Suas cartas patentes foram emitidas pelo extinto BNH, com base no dis-
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras) positivo da Lei n0 4.380/64, que previu a criação, no âmbito do SFH, de funda-
Sua função é financiar bens de consumo duráveis por meio do popular- ções, cooperativas e outras formas associativas para a construção ou aquisi-
mente conhecido “crediário” ou crédito direto ao consumidor. ção da casa própria sem finalidade de lucro.

Não podem manter contas-correntes e os seus instrumentos de captação Constituem-se obrigatoriamente sob a forma de sociedades civis, restritas
restringem-se à colocação de letras de câmbio (LC) que são títulos de crédito a determinadas regiões, sendo de propriedade comum de seus associados.
sacados pelos financiados e aceitos pelas financeiras para colocação junto ao Suas operações ativas e passivas são fundamentalmente semelhantes às
público. sociedades de crédito imobiliário.

Por ser uma atividade de grande risco, suas operações passivas não po- As operações ativas são constituídas basicamente por financiamentos
dem ultrapassar o limite de 12 vezes o montante de seu capital realizado mais imobiliários.
as reservas. Está também limitada à sua responsabilidade direta por cliente.
As operações passivas são constituídas basicamente por cadernetas de
Na esfera das financeiras, giram as chamadas promotoras de vendas, poupança que, neste caso, remuneram os juros como se dividendos fossem,
constituídas, em geral, sob a forma de sociedades civis servindo de elo de já que os depositantes adquirem vinculo societário como direito à participação
ligação entre o consumidor final, o lojista e a financeira, por meio de contratos nos resultados operacionais líquidos das APE.
específicos, em que figuram com poderes especiais, inclusive para sacar
letras de câmbio na qualidade de procuradores dos financiados e, também, Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI)
prestando garantia dei credere dos contratos intermediados. Tais promotoras Estas sociedades foram criadas pela Lei 4.380/64 e fazem parte do Sis-
têm suas atividades disciplinadas pela Resolução n0 562 de 30 de setembro tema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), criado pelo Governo para
de 1979 do CMN. financiar o mercado imobiliário, utilizando a caderneta de poupança como
instrumento de captação.
Sociedades Corretoras (CCVM)
São instituições típicas do mercado acionário, operando com compra, Junto com a APE, como entidades financeiras privadas de apoio ao SFH,
venda e distribuição de títulos e valores mobiliários (inclusive ouro) por conta foram criadas para, serem voltadas para as camadas da população de maior
de terceiros. Elas fazem a intermediação com as bolsas de valores e de renda, em contraponto com as Caixas Econômicas, que visam ao público de
mercadorias. Sua constituição depende de autorização do BC e o exercício de baixa renda.
sua atividade depende de autorização da CVM e, como tal, operam nos
recintos das bolsas de valores e de mercadorias; efetuam lançamentos públi- As SCI podem captar depósitos a prazo com correção monetária, através
cos de ações; administram carteiras e custodiam valores mobiliários; institu- das letras imobiliárias (LI), e elas podem estabelecer convênios com bancos
em, organizam e administram fundos de investimento; operam no mercado comerciais para funcionarem como agentes do SFH.
aberto e intermediam operações de câmbio.
Suas operações passivas se baseiam na colocação de LI, na captação
Sociedades Distribuidoras (DTVM) de depósitos de poupança e nos repasses da CEF.
Suas atividades têm uma faixa operacional mais restrita que a das corre-
toras, já que elas não têm acesso às bolsas de valores e de mercadorias. Suas operações ativas concentram-se em financiamentos imobiliários di-
retos ao mutuário final ou através da abertura de crédito a favor de empresá-
Suas atividades básicas são constituídas de: rios para empreendimentos imobiliários.
· subscrição isolada ou em consórcio de emissão de títulos e valores
mobiliários para revenda; lnvestidores Institucionais (II)
· intermediação da colocação de emissões de capital no mercado; Em síntese, podem ser agrupados em: fundos mútuos de investimento,
· operações no mercado aberto, desde que satisfaçam as condições entidades fechadas de previdência privada, fundações e seguradoras.
exigidas pelo BC.
FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTO
Na esfera deste mercado, gravitam ainda os agentes autônomos de in- São constituídos sob a forma de condomínio aberto e representam a reu-
vestimento, que são pessoas físicas credenciadas pelos BI, Financeiras, nião de recursos de poupança, destinados à aplicação em carteira diversifica-
CCVM e DTVM, que, sem vinculo empregatício e em caráter individual, da de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de propiciar aos seus con-
exercem, por conta das instituições credenciadas, a colocação de títulos e dôminos valorizacão de cotas, a um custo global mais baixo, ao mesmo
valores mobiliários, quotas de fundos de investimento e outras atividades de tempo que tais recursos se constituem em fonte de recursos para investimen-
intermediação autorizadas pelo BC. to em capital permanente das empresas.

Sociedades de Arrendamento Mercantil (Leasing) ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA


Tais sociedades nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma ati- São instituições restritas a determinado grupo de trabalhadores, mantidas
vidade produtiva pode advir da simples utilização do equipamento e não de através da contribuição periódica dos seus associados e de sua mantenedora
sua propriedade. Em linhas gerais, a operação de leasing se assemelha a que, com o objetivo de valorização de seu patrimônio, são orientados, por
uma locação tendo o cliente, ao final do contrato, as opções de renová-la, de força da Lei n0 6.435 de 15 de julho de 1977, regulamentada pela Resolução
adquirir o equipamento pelo valor residual fixado em contrato ou de devolvê-lo de 11 de janeiro de 1983, a aplicar parte de suas reservas técnicas no merca-
à empresa do acionário.

As operações de leasing foram regulamentadas pelo CMN através da Lei SEGURADORAS


n0 6.099 de setembro de 1974, e a integração das sociedades arrendadoras A chamada Lei da Reforma Bancária (Lei n0 4.595 de 31 de dezembro de
ao Sistema Financeiro Nacional se deu através da Resolução n0 351, de 1964), que reformulou o Sistema Financeiro Nacional, enquadrou as segura-
1975. doras como instituições financeiras, subordinando-as a novas disposições
legais, sem, contudo, introduzir modificações de profundidade na legislação
As empresas de leasing normalmente captam recursos de longo prazo, específica aplicável à atividade.
como, por exemplo, através da emissão de debêntures, títulos que têm como
cobertura o patrimônio da empresa que os emitiu. As debêntures não têm As seguradoras são orientadas pelo BC quanto aos limites de aplicação
prazo fixo de resgate e suas características podem ser bem diferenciadas, de suas reservas técnicas nos mercados de renda fixa e renda variável.

Conhecimentos Bancários 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
BANCOS COOPERATIVOS (BCo)
COMPANHIAS HIPOTECÁRIAS (CH) O Banco Central, através da Resolução n0 2.193, de 31/08/95, autorizou
A Resolução 2.122 do BC estabeleceu as regras para a constituição e o a constituição de bancos comerciais com participação exclusiva de cooperati-
funcionamento das Companhias Hipotecarias. vas de crédito, com atuação restrita à Unidade de Federação de sua sede,
cujo PLA deverá estar enquadrado nas regras do Acordo de Basiléia, repre-
A constituição e o funcionamento de companhias hipotecárias dependem sentando 15% dos ativos ponderados pelo risco.
de autorização do Banco Central do Brasil.
Ela deu autorização para que as cooperativas de crédito abrissem seus
As companhias hipotecárias tem por objeto social: próprios bancos comerciais, podendo fazer tudo o que qualquer outro banco
· conceder financiamentos destinados a produção, reforma ou comer- comercial já faz: ter talão de cheques, emitir cartão de crédito, fazer direta-
cializacão de imóveis residenciais ou comerciais e lotes urbanos; mente a compensação de documentos e, principalmente, passar a administrar
· comprar, vender e refinanciar créditos hipotecários próprios ou de a carteira de crédito antes sob responsabilidade das cooperativas. A constitui-
terceiros; ção do banco cooperativo vai permitir também levantar recursos no exterior,
· administrar créditos hipotecários próprios ou de terceiros; atividade vetada às atuais cooperativas de crédito.
· administrar fundos de investimento imobiliário, desde que autorizada
pela Comissão de Valores Mobiliários — CVM; No Banco Cooperativo a vantagem para o sistema é que o produto rural é
· repassar recursos destinados ao financiamento da produção ou da o gerador e o controlador do fluxo do dinheiro, ao mesmo tempo, que mantém
aquisição de imóveis residenciais; estes recursos. Em síntese isto significa que o dinheiro fica na região onde é
· realizar outras operações que venham a ser expressamente autori- gerado para reaplicação no desenvolvimento de novas culturas. A demora de
zadas pelo Banco Central do Brasil. sua criação se deve, provavelmente, ao fato de até 96, o Governo garantir
É facultado as companhias hipotecárias: pata o campo recursos suficientes e com juros subsidiados
· emitir letras hipotecárias e cédulas hipotecárias, conforme autoriza-
ção do Banco Central do Brasil; Na Europa os bancos cooperativos existem há mais de 100 anos e, entre
os 20 maiores bancos do mundo, três foram formados a partir de cooperati-
· emitir debêntures;
vas: o holandês Rabobank, o alemão DG Bank e o francês Crédit Agricole.
· obter empréstimos e financiamentos no País e no exterior;
· realizar outras formas de captação de recursos que venham a ser SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO (SFH)
expressamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil. A articulação deste sistema resultou da necessidade de gerar condições
para a intermediação de recursos financeiros no específico setor da constru-
Às companhias hipotecárias, não se aplicam as normas do Sistema Fi- ção de habitações e urbanização/saneamento, tendo em vista o violento
nanceiro da Habitacão — SFH — e é vedada sua transformação em banco crescimento populacional urbano.
múltiplo.
Cristalizou-se na reforma de 64/65, através da instituição da correção
AGÊNCIAS DE FOMENTO (AF) monetária nos contratos de interesse social, da criação do Banco Nacional de
Em sua reunião de 19/12/96, o CMN regulamentou as Agências de Fo- Habitação (BNH), da criação do fundo de garantia por tempo de serviço
mento que foram uma das alternativas criadas pela MP 1.514, de saneamento (FGTS) e organização do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo
dos bancos estaduais. (SBPE).
Tendo sua origem nos bancos estaduais, ficou caracterizada a responsa- Ao ser decretada a extinção do BNH (DL 2.291 de 21 de novembro de
bilidade do governo do estado no caso de futuros problemas de liquidez. 1986) por incorporação à CEF, esta assumiu o compromisso de manter seu
conjunto de atribuições, quais sejam:
Vão obter recursos do orçamento da União, estados e municípios e cap-
· orientar, disciplinar e controlar o SFH;
tar linhas de crédito de longo prazo de instituições de desenvolvimento oficiais
· disciplinar o acesso das instituições de crédito imobiliário ao mercado
nacionais (BNDES) e estrangeiras (BID, Banco Mundial) para repasse as
nacional de capitais;
empresas para financiamento de capital fixo e de giro. Não poderão captar
recursos junto ao público nem terão acesso à conta de reservas do BC, bem · manter os serviços de redesconto e de seguro para garantia das apli-
como ao mercado interbancário e às linhas de redesconto, mas serão fiscali- cações do SFH e dos recursos a ele entregues, assegurando a liqui-
zadas e supervisionadas pelo BC. dez do sistema;
· estabelecer as condições gerais a que deverão satisfazer as aplica-
O capital mínimo deve ser de R$ 4 milhões e o PL deve ser compatível ções do SFH quanto a limites de risco, prazo, condições de paga-
às regras estabelecidas no Acordo de Basiléia. mento, juros e garantias;
· fixar os limites mínimos de diversificação de aplicações a serem ob-
BANCOS MÚLTIPLOS (BM) servados pelas instituições integrantes do sistema, assim como os li-
Os bancos múltiplos surgiram através da Resolução n0 1.524/ 88, emitida mites de emissão e as condições de colocação e vencimentos das le-
pelo BC por decisão do CMN, a fim de racionalizar a administração das tras imobiliárias;
instituições financeiras. Como o próprio nome diz, permite que algumas · prestar garantias em financiamentos obtidos, no País ou no exterior,
dessas instituições, que muitas vezes eram empresas de um mesmo grupo, pelas instituições integrantes do SFH, após prévia aprovação do BC;
possam constituir-se em uma única instituição financeira com personalidade · estimular e controlar a formação, a mobilização e a aplicação de pou-
jurídica própria e, portanto, com um único balanço, um único caixa e, conse- panças e outros recursos destinados ao planejamento, à produção e
qüentemente, significativa redução de custos. Em termos práticos, mantém as à comercialização de habitações; planejamento e realizações de o-
mesmas funções de cada instituição em separado, com as vantagens de bras e serviços de infra-estrutura urbana e comunitária, especialmen-
contabilizar as operações como uma só instituição. te os relativos ao saneamento básico (abastecimento de água, cons-
trução de redes de esgoto, drenagem, irrigação e controle de inunda-
As carteiras de um banco múltiplo envolvem carteira comercial (regula- ções); elaboração e implementação de projetos relacionados à indús-
mentação dos BC), carteira de investimento (regulamentação dos BI), carteira tria de material de construção civil; implantação de novos pólos eco-
de crédito imobiliário (regulamentação das SCI), carteira de aceite (regula- nômicos de penetração no espaço territorial do País e, de coloniza-
mentação das SCFI) e carteira de desenvolvimento (regulamentação dos BD). ção.
Em 1994, quando da adesão ao Acordo de Basiléia, foi incluída a carteira de
leasing. O SFH, com a extinção do BNH, limitou-se às instituições integrantes do
SBPE, cuja constituição remonta ao biênio 66/67, sendo formado por socie-
Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo me- dades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo, e
nos duas das carteiras mencionadas. carteiras imobiliárias das caixas econômicas estaduais, da Caixa Econômica
Federal e dos bancos múltiplos.

Conhecimentos Bancários 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
previdência, as entidades fechadas de previdência e as resseguradoras
São os recursos captados por estas instituições, notadamente através locais. O sistema conta com cerca de 4.500 participantes (set/06).
das cadernetas de poupança, que, somados aos oriundos do FGTS, viabili-
zam o programa de investimentos gerido pelo SFH. Tratando-se de um sistema de liquidação em tempo real, a liquidação
de operações é sempre condicionada à disponibilidade do título negociado
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) na conta de custódia do vendedor e à disponibilidade de recursos por parte
Na década de 70, a custódia dos títulos públicos no Brasil ainda era feita do comprador. Se a conta de custódia do vendedor não apresentar saldo
por processo manual, o que incluía desde o arquivamento por instituição até a suficiente de títulos, a operação é mantida em pendência pelo prazo máxi-
movimentação física nos cofres dos bancos, com grande risco de fraude e de mo de 60 minutos ou até 18h30, o que ocorrer primeiro (não se enquadram
extravio dos papéis. Com o objetivo de proporcionar mais segurança e trans- nessa restrição as operações de venda de títulos adquiridos em leilão
parência às operações, a ANDIMA e o Banco Central do Brasil firmaram primário realizado no dia). A operação só é encaminhada ao STR para
convênio para criar o SELIC, um sistema eletrônico de teleprocessamento liquidação da ponta financeira após o bloqueio dos títulos negociados,
que permitiu a atualização diária das posições das instituições financeiras, sendo que a não liquidação por insuficiência de fundos implica sua rejeição
assegurando maior controle sobre as reservas bancárias. pelo STR e, em seguida, pelo Selic.

Títulos e cheques foram substituídos por simples registros eletrônicos, Na forma do regulamento do sistema, são admitidas algumas associa-
gerando enorme ganho em eficiência e agilidade, já que as operações são ções de operações. Nesses casos, embora ao final a liquidação seja feita
fechadas no mesmo dia em que se realizam. Além disso, o sistema passou a operação por operação, são considerados, na verificação da disponibilidade
garantir que, em caso de inadimplência de qualquer das partes, a operação de títulos e de recursos financeiros, os resultados líquidos relacionados
não se concretiza. Hoje, o SELIC movimenta diariamente mais de R$ 100 com o conjunto de operações associadas.
bilhões.
Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP)
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic A CETIP é a entidade escolhida pela FEBRABAN para prestar os servi-
O Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacio- ços de operacionalização da CIP - Câmara Interbancária de Pagamentos,
nal e pelo Banco Central do Brasil e nessa condição processa, relativamen- constituída para adaptar o fluxo de pagamentos no sistema bancário às
te a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custó- normas do novo SPB - Sistema de Pagamentos Brasileiro. A CETIP é a
dia. O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e responsável pela provisão de sistemas, centros de processamento e suporte
compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de de informática necessários à operação da nova empresa.
entrega contra pagamento. Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos
exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta financeira de O modelo conceitual adotado pela clearing de pagamentos da FEBRA-
cada operação é realizada por intermédio do STR, ao qual o Selic é interli- BAN é o mesmo implantado este ano nos Estados Unidos pelo CHIPS -
gado. Clearing House Interbank Payments Systems. O novo sistema, denominado
CHIPS 2001, reúne as vantagens da certeza imediata da liquidação dos
O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele ope- pagamentos em Reserva Bancária com o menor custo de transação do
rado em parceria com a Andima, tem seus centros operacionais (centro processamento por lotes.
principal e centro de contingência) localizados na cidade do Rio de Janeiro.
O horário normal de funcionamento é das 6h30 às 18h30, em todos os dias A CIP está integralmente de acordo com as especificações estabelecidas
considerados úteis. Para comandar operações, os participantes liquidantes pelo Relatório Lamfalussy, documento que reúne os padrões recomendados
e os participantes responsáveis por sistemas de compensação e de liquida- pelo BIS - Bank for International Settlements (Banco para Compensações
ção encaminham mensagens por intermédio da RSFN, observando padrões Internacionais), para o projeto e a operação de sistemas de compensação e
e procedimentos previstos em manuais específicos da rede. Os demais liquidação.
participantes utilizam outras redes, conforme procedimentos previstos no
regulamento do sistema. Para atender à operação da clearing, a CETIP está criando três centros
de processamento de dados, sendo dois no Rio de Janeiro e o terceiro em
Participam do sistema, na qualidade de titular de conta de custódia, a- São Paulo. O centro principal ficará na sede da CETIP e o segundo, também
lém do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bancos comerciais, localizado no Rio de Janeiro, estará capacitado para atuar como hot stand-by;
bancos múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas, distribuido- o centro de processamento em São Paulo será warm stand-by.
ras e corretoras de títulos e valores mobiliários, entidades operadoras de
serviços de compensação e de liquidação, fundos de investimento e diver- Cada operação de pagamento efetuada na clearing é processada no cen-
sas outras instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. São tro principal e seus dados são imediatamente replicados para o centro secun-
considerados liquidantes, respondendo diretamente pela liquidação finan- dário hot stand-by, para que a operação seja considerada como completada.
ceira de operações, além do Banco Central do Brasil, os participantes O procedimento permite que o segundo centro comece a operar imediata-
titulares de conta de reservas bancárias, incluindo-se nessa situação, mente, na eventualidade de falha ou interrupção do equipamento principal.
obrigatoriamente, os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira Caso ocorra uma interrupção no centro secundário, simultânea à impossibili-
comercial e as caixas econômicas, e, opcionalmente, os bancos de inves- dade operacional do centro principal, é acionado o centro warm stand-by, que
timento. Os não-liquidantes liquidam suas operações por intermédio de assumirá então o comando do processamento da clearing.
participantes liquidantes, conforme acordo entre as partes, e operam dentro
de limites fixados por eles. Cada participante não-liquidante pode utilizar os A CETIP efetua a custódia de títulos e valores mobiliários de emissão
serviços de mais de um participante liquidante, exceto no caso de opera- privada, derivativos, títulos emitidos por estados e municípios, ativos utili-
ções específicas, previstas no regulamento do sistema, tais como paga- zados como moeda de privatização e outros títulos de emissão do Tesouro
mento de juros e resgate de títulos, que são obrigatoriamente liquidadas Nacional. A custódia é escritural, feita através do registro eletrônico na
por intermédio de um liquidante-padrão previamente indicado pelo partici- conta aberta em nome do titular, onde são depositados os ativos por ele
pante não-liquidante. adquiridos. Isso é uma garantia de que os ativos existem, estão registrados
em nome do legítimo proprietário e podem ser controlados de forma segre-
Os participantes não-liquidantes são classificados como autônomos ou gada. Ao utilizarem os serviços de custódia da CETIP, as instituições
como subordinados, conforme registrem suas operações diretamente ou o financeiras podem ter Contas Próprias e Contas de Administração de
façam por intermédio de seu liquidante-padrão. Os fundos de investimento Custódia de Terceiros.
são normalmente subordinados e as corretoras e distribuidoras, normal-
mente autônomas. As entidades responsáveis por sistemas de compensa- Os diferentes ativos estão sujeitos a normas específicas, relacionadas
ção e de liquidação são obrigatoriamente participantes autônomos. Tam- com o pagamento de juros, dividendos e resgates. Por isso, a CETIP adota
bém obrigatoriamente, são participantes subordinados as sociedades procedimentos diferenciados de custódia, que asseguram o tratamento
seguradoras, as sociedades de capitalização, as entidades abertas de adequado a cada tipo de ativo. A transferência da custódia, integrada aos

Conhecimentos Bancários 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sistemas de negociação e de registro, é automática e processada de acor- dos do intercâmbio, de negócios com o exterior;
do com o conceito DVP – Delivery versus Payment. III - Firmar o princípio da reciprocidade em operações de seguro,
condicionando a autorização para o funcionamento de empresas
e firmas estrangeiras a igualdade de condições no país de ori-
Conselho Nacional de Seguros Privados gem; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)
A intervenção do Estado nas atividades de seguro remonta há vários IV - Promover o aperfeiçoamento das Sociedades Seguradoras;
anos. Pelo Decreto nº 24.782, de 14 de julho de 1934, foi criado o Depar- V- Preservar a liquidez e a solvência das Sociedades Seguradoras;
tamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização - DNSPC, em VI - Coordenar a política de seguros com a política de investimentos
substituição à Inspetoria de Seguros, extinta pelo mesmo Decreto. Pelo do Governo Federal, observados os critérios estabelecidos para
Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, foi extinto esse Departa- as políticas monetária, creditícia e fiscal.
mento e criada, em substituição, a Superintendência de Seguros Privados.
Mesmo Decreto-Lei nº 73/66 instituiu o Sistema Nacional de Seguros CAPÍTULO II
Privados e criou o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP. Do Sistema Nacional De Seguros Privados

Histórico Art 7º Compete privativamente ao Governo Federal formular a política


O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão normati- de seguros privados, legislar sobre suas normas gerais e fiscalizar as
vo das atividades securitícias do país, foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de operações no mercado nacional; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de
21 de novembro de 1966, diploma que institucionalizou, também, o Sistema 1967)
Nacional de Seguros Privados, do qual o citado Colegiado é o órgão de
cúpula. Art 8º Fica instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, regulado
A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fixar pelo presente Decreto-lei e constituído:
as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de a) do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP;
Seguros Privados e Capitalização, tendo posteriormente, com o advento da b) da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP;
Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, suas atribuições se estendido à Previ- c) dos resseguradores; (Redação dada pela Lei Complementar nº
dência Privada, no âmbito das entidades abertas. 126, de 2007)
d) das Sociedades autorizadas a operar em seguros privados;
Conforme disposto no Art. 1º da Lei nº 8.392, de 30 de dezembro de e) dos corretores habilitados.
1991, o CNSP teve o prazo da vigência para funcionar como órgão Colegi-
ado, prorrogado até a data de promulgação da Lei Complementar de que CAPÍTULO III
trata o Art. 192 da Constituição Federal. Disposições Especiais Aplicáveis ao Sistema

O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição, Art 9º Os seguros serão contratados mediante propostas assinadas pe-
sendo a última através da edição da Lei nº10.190, de 14 de fevereiro de lo segurado, seu representante legal ou por corretor habilitado, com emis-
2001, que lhe determinou a atual estrutura. são das respectivas apólices, ressalvado o disposto no artigo seguinte.

DECRETO-LEI Nº 73, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1966. Art 10. É autorizada a contratação de seguros por simples emissão de
bilhete de seguro, mediante solicitação verbal do interessado.
Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as opera- § 1º O CNSP regulamentará os casos previstos neste artigo, padroni-
ções de seguros e resseguros e dá outras providências. zando as cláusulas e os impressos necessários.
§ 2º Não se aplicam a tais seguros as disposições do artigo 1.433 do
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confe- Código Civil.
re o artigo 2º do Ato Complementar número 23, de 20 de outubro de 1966,
Art 11. Quando o seguro for contratado na forma estabelecida no artigo
DECRETA: anterior, a boa fé da Sociedade Seguradora, em sua aceitação, constitui
CAPÍTULO I presunção " juris tantum ".
Introdução 1º Sobrevindo o sinistro, a prova da ocorrência do risco coberto pelo
seguro e a justificação de seu valor competirão ao segurado ou beneficiá-
Art 1º Todas as operações de seguros privados realizados no País fica- rio.
rão subordinadas às disposições do presente Decreto-lei. § 2º Será lícito à Sociedade Seguradora argüir a existência de circuns-
tância relativa ao objeto ou interesse segurado cujo conhecimento prévio
Art 2º O controle do Estado se exercerá pelos órgãos instituídos neste influiria na sua aceitação ou na taxa de seguro, para exonerar-se da res-
Decreto-lei, no interesse dos segurados e beneficiários dos contratos de ponsabilidade assumida, até no caso de sinistro. Nessa hipótese, competirá
seguro. ao segurado ou beneficiário provar que a Sociedade Seguradora teve
ciência prévia da circunstância argüida.
Art 3º Consideram-se operações de seguros privados os seguros de § 3º A violação ou inobservância, pelo segurado, seu preposto ou be-
coisas, pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos e garantias. neficiário, de qualquer das condições estabelecidas para a contratação de
Parágrafo único. Ficam excluídos das disposições deste Decreto-lei os seguros na forma do disposto no artigo 10 exonera a Sociedade Segurado-
seguros do âmbito da Previdência Social, regidos pela legislação especial ra da responsabilidade assumida. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296,
pertinente. de 1967)
§ 4º É vedada a realização de mais de um seguro cobrindo o mesmo
Art 4º Integra-se nas operações de seguros privados o sistema de cos- objeto ou interesse , desde que qualquer deles seja contratado mediante a
seguro, resseguro e retrocessão, por forma a pulverizar os riscos e fortale- emissão de simples certificado, salvo nos casos de seguros de pessoas.
cer as relações econômicas do mercado.
Parágrafo único. Aplicam-se aos estabelecimentos autorizados a ope- Art 12. A obrigação do pagamento do prêmio pelo segurado vigerá a
rar em resseguro e retrocessão, no que couber, as regras estabelecidas partir do dia previsto na apólice ou bilhete de seguro, ficando suspensa a
para as sociedades seguradoras. (Incluído pela Lei nº 9.932, de 1999) cobertura do seguro até o pagamento do prêmio e demais encargos.
Parágrafo único. Qualquer indenização decorrente do contrato de segu-
Art 5º A política de seguros privados objetivará: ros dependerá de prova de pagamento do prêmio devido, antes da ocor-
I- Promover a expansão do mercado de seguros e propiciar condi- rência do sinistro.
ções operacionais necessárias para sua integração no processo Art 13. As apólices não poderão conter cláusula que permita rescisão
econômico e social do País; unilateral dos contratos de seguro ou por qualquer modo subtraia sua
II - Evitar evasão de divisas, pelo equilíbrio do balanço dos resulta- eficácia e validade além das situações previstas em Lei.

Conhecimentos Bancários 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
não tenham em dia os seguros obrigatórios por lei, salvo mediante aplica-
Art 14. Fica autorizada a contratação de seguros com a cláusula de ção da parcela do crédito, que for concedido, no pagamento dos prêmios
correção monetária para capitais e valores, observadas equivalência atua- em atraso. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)
rial dos compromissos futuros assumidos pelas partes contratantes, na Parágrafo único. Para participar de concorrências abertas pelo Poder
forma das instruções do Conselho Nacional de Seguros Privados. Público, é indispensável comprovar o pagamento dos prêmios dos seguros
legalmente obrigatórios.'
Art 16. É criado o Fundo de Estabilidade do Seguro Rural, com a finali-
dade de garantir a estabilidade dessas operações e atender à cobertura Art 24. Poderão operar em seguros privados apenas Sociedades Anô-
suplementar dos riscos de catástrofe. nimas ou Cooperativas, devidamente autorizadas.
Parágrafo único. (VETADO). (Redação dada pela Lei Complementar Parágrafo único. As Sociedades Cooperativas operarão unicamente em
nº 126, de 2007) seguros agrícolas, de saúde e de acidentes do trabalho.

Art 17. O Fundo de Estabilidade do Seguro Rural será constituído: Art 25. As ações das Sociedades Seguradoras serão sempre nominati-
a) dos excedentes do máximo admissível tecnicamente como lucro vas.
nas operações de seguros de crédito rural, seus resseguros e suas
retrocessões, segundo os limites fixados pelo CNSP; Art. 26. As sociedades seguradoras não poderão requerer concordata
b) dos recursos previstos no artigo 23, parágrafo 3º, deste Decreto-lei; e não estão sujeitas à falência, salvo, neste último caso, se decretada a
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967) liquidação extrajudicial, o ativo não for suficiente para o pagamento de pelo
c) por dotações orçamentárias anuais, durante dez anos, a partir do menos a metade dos credores quirografários, ou quando houver fundados
presente Decreto-lei ou mediante o crédito especial necessário pa- indícios da ocorrência de crime falimentar. (Redação dada pela Lei nº
ra cobrir a deficiência operacional do exercício anterior. (Redação 10.190, de 2001)
dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)
Art 27. Serão processadas pela forma executiva as ações de cobrança
Art 19. As operações de Seguro Rural gozam de isenção tributária ir- dos prêmios dos contratos de seguro.
restrita, de quaisquer impostos ou tributos federais.
Art 28. A partir da vigência deste Decreto-Lei, a aplicação das reservas
Art 20. Sem prejuízo do disposto em leis especiais, são obrigatórios os técnicas das Sociedades Seguradoras será feita conforme as diretrizes do
seguros de: Conselho Monetário Nacional.
a) danos pessoais a passageiros de aeronaves comerciais;
b) responsabilidade civil do proprietário de aeronaves e do transporta- Art 29. Os investimentos compulsórios das Sociedades Seguradoras
dor aéreo; (Redação dada pela Lei nº 8.374, de 1991) obedecerão a critérios que garantam remuneração adequada, segurança e
c) responsabilidade civil do construtor de imóveis em zonas urbanas liquidez.
por danos a pessoas ou coisas; Parágrafo único. Nos casos de seguros contratados com a cláusula de
d) bens dados em garantia de empréstimos ou financiamentos de ins- correção monetária é obrigatório o investimento das respectivas reservas
tituições financeiras pública; nas condições estabelecidas neste artigo.
e) garantia do cumprimento das obrigações do incorporador e constru-
tor de imóveis; Art 30. As Sociedades Seguradoras não poderão conceder aos segu-
f) garantia do pagamento a cargo de mutuário da construção civil, in- rados comissões ou bonificações de qualquer espécie, nem vantagens
clusive obrigação imobiliária; especiais que importem dispensa ou redução de prêmio.
g) edifícios divididos em unidades autônomas;
h) incêndio e transporte de bens pertencentes a pessoas jurídicas, si- Art 31. É assegurada ampla defesa em qualquer processo instaurado
tuados no País ou nele transportados; por infração ao presente Decreto-Lei, sendo nulas as decisões proferidas
j) crédito à exportação, quando julgado conveniente pelo CNSP, ou- com inobservância deste preceito. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296,
vido o Conselho Nacional do Comércio Exterior (CONCEX); (Reda- de 1967)
ção dada pelo Decreto-Lei nº 826, de 1969)
l) danos pessoais causados por veículos automotores de vias terres- CAPÍTULO IV
tres e por embarcações, ou por sua carga, a pessoas transportadas Do Conselho Nacional de Seguros Privados
ou não; (Redação dada pela Lei nº 8.374, de 1991)
m) responsabilidade civil dos transportadores terrestres, marítimos, Art 32. É criado o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, ao
fluviais e lacustres, por danos à carga transportada. (Incluída pela qual compete privativamente: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de
Lei nº 8.374, de 1991) 1967)
Parágrafo único. Não se aplica à União a obrigatoriedade estatuída na I- Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;
alínea "h" deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.190, de 2001) II - Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscaliza-
ção dos que exercerem atividades subordinadas a este Decreto-
Art 21. Nos casos de seguros legalmente obrigatórios, o estipulante Lei, bem como a aplicação das penalidades previstas;
equipara-se ao segurado para os eleitos de contratação e manutenção do III - Estipular índices e demais condições técnicas sobre tarifas, in-
seguro. vestimentos e outras relações patrimoniais a serem observadas
§ 1º Para os efeitos deste decreto-lei, estipulante é a pessoa que con- pelas Sociedades Seguradoras;
trata seguro por conta de terceiros, podendo acumular a condição de bene- IV - Fixar as características gerais dos contratos de seguros;
ficiário. V - Fixar normas gerais de contabilidade e estatística a serem ob-
§ 2º Nos seguros facultativos o estipulante é mandatário dos segura- servadas pelas Sociedades Seguradoras;
dos. VI - delimitar o capital das sociedades seguradoras e dos ressegura-
§ 3º O CNSP estabelecerá os direitos e obrigações do estipulante, dores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)
quando for o caso, na regulamentação de cada ramo ou modalidade de VII - Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
seguro. VIII - disciplinar as operações de co-seguro; (Redação dada pela Lei
§ 4º O não recolhimento dos prêmios recebidos de segurados, nos pra- Complementar nº 126, de 2007)
zos devidos, sujeita o estipulante à multa, imposta pela SUSEP, de impor- X - Aplicar às Sociedades Seguradoras estrangeiras autorizadas a
tância igual ao dobro do valor dos prêmios por ele retidos, sem prejuízo da funcionar no País as mesmas vedações ou restrições equivalen-
ação penal que couber. (Incluído pela Lei nº 5.627, de 1970) tes às que vigorarem nos países da matriz, em relação às Soci-
edades Seguradoras brasileiras ali instaladas ou que neles de-
Art 22. As instituições financeiras públicas não poderão realizar opera- sejem estabelecer-se;
ções ativas de crédito com as pessoas jurídicas e firmas individuais que XI - Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Segura-

Conhecimentos Bancários 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
doras, com fixação dos limites legais e técnicos das operações d) aprovar os limites de operações das Sociedades Seguradoras, de
de seguro; conformidade com o critério fixado pelo CNSP;
XII - Disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor; e) examinar e aprovar as condições de coberturas especiais, bem
XIV - Decidir sobre sua própria organização, elaborando o respectivo como fixar as taxas aplicáveis; (Redação dada pelo Decreto-lei nº
Regimento Interno; 296, de 1967)
XV - Regular a organização, a composição e o funcionamento de su- f) autorizar a movimentação e liberação dos bens e valores obrigato-
as Comissões Consultivas; riamente inscritos em garantia das reservas técnicas e do capital
XVI - Regular a instalação e o funcionamento das Bolsas de Seguro. vinculado;
g) fiscalizar a execução das normas gerais de contabilidade e estatís-
Art. 33. O CNSP será integrado pelos seguintes mem- tica fixadas pelo CNSP para as Sociedades Seguradoras;
bros:(Restabelecido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001) h) fiscalizar as operações das Sociedades Seguradoras, inclusive o
I- Ministro de Estado da Fazenda, ou seu representante; (Restabe- exato cumprimento deste Decreto-lei, de outras leis pertinentes,
lecido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001) disposições regulamentares em geral, resoluções do CNSP e apli-
II - representante do Ministério da Justiça; (Restabelecido com nova car as penalidades cabíveis;
redação pela Lei nº 10.190, de 2001) i) proceder à liquidação das Sociedades Seguradoras que tiverem
III - representante do Ministério da Previdência e Assistência Social; cassada a autorização para funcionar no País;
(Restabelecido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001) j) organizar seus serviços, elaborar e executar seu orçamento.
IV - Superintendente da Superintendência de Seguros Privados -
SUSEP; (Restabelecido com nova redação pela Lei nº 10.190, SEÇÃO II
de 2001) Da Administração da SUSEP
V - representante do Banco Central do Brasil; (Restabelecido com
nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001) Art 37. A administração da SUSEP será exercida por um Superinten-
VI – representante da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. (Res- dente, nomeado pelo Presidente da República, mediante indicação do
tabelecido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001) Ministro da Indústria e do Comércio, que terá as suas atribuições definidas
§ 1o O CNSP será presidido pelo Ministro de Estado da Fazenda e, na no Regulamento deste Decreto-lei e seus vencimentos fixados em Portaria
sua ausência, pelo Superintendente da SUSEP. (Restabelecido com nova do mesmo Ministro. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)
redação pela Lei nº 10.190, de 2001) Parágrafo único. A organização interna da SUSEP constará de seu
§ 2o O CNSP terá seu funcionamento regulado em regimento interno. Regimento, que será aprovado pelo CNSP. (Redação dada pelo Decreto-lei
(Restabelecido com nova redação pela Lei nº 10.190, de 2001) nº 168, de 1967)

Art 34. Com audiência obrigatória nas deliberações relativas às respec- SEÇÃO III
tivas finalidades específicas, funcionarão junto ao CNSP as seguintes
Comissões Consultivas: Art. 38. Os cargos da SUSEP somente poderão ser preenchidas medi-
I - de Saúde; ante concurso público de provas, ou de provas e títulos, salvo os da direção
Il - do Trabalho; e os casos de contratação, por prazo determinado, de prestação de servi-
III - de Transporte; ços técnicos ou de natureza especializada. (Redação dada pelo Decreto-lei
IV - Mobiliária e de Habitação; nº 168, de 1967)
V - Rural; Parágrafo único. O pessoal da SUSEP reger-se-á pela legislação traba-
VI - Aeronáutica; lhista e os seus níveis salariais serão fixados pelo Superintendente, com
VII - de Crédito; observância do mercado de trabalho, ouvido o CNSP. (Redação dada pelo
VIII - de Corretores. Decreto-lei nº 168, de 1967)
§ 1º - O CNSP poderá criar outras Comissões Consultivas, desde que
ocorra justificada necessidade. SEÇÃO IV
§ 2º - A organização, a composição e o funcionamento das Comissões Dos Recursos Financeiros
Consultivas serão regulados pelo CNSP, cabendo ao seu Presidente de-
signar os representantes que as integrarão, mediante indicação das entida- Art 39. Do produto da arrecadação do imposto sobre operações finan-
des participantes delas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967) ceiras a que se refere a Lei nº 5.143, de 20-10-66, será destacada a parce-
la necessária ao custeio das atividades da SUSEP.
CAPÍTULO V
Da Superintendência de Seguros Privados Art 40. Constituem ainda recursos da SUSEP:
I- O produto das multas aplicadas pela SUSEP;
SEÇÃO I II - Dotação orçamentária específica ou créditos especiais;
III - Juros de depósitos bancários;
Art 35. Fica criada a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), IV - A participação que lhe for atribuída pelo CNSP no fundo previsto
entidade autárquica, jurisdicionada ao Ministério da Indústria e do Comér- no art. 16;
cio, dotada de personalidade jurídica de Direito Público, com autonomia V - Outras receitas ou valores adventícios, resultantes de suas ativi-
administrativa e financeira. dades.
Parágrafo único. A sede da SUSEP será na cidade do Rio de Janeiro,
Estado da Guanabara, até que o Poder Executivo a fixe, em definitivo, em CAPÍTULO VI
Brasília. Do Instituto de Resseguros do Brasil

Art 36. Compete à SUSEP, na qualidade de executora da política tra- SEÇÃO I


çada pelo CNSP, como órgão fiscalizador da constituição, organização, Da Natureza Jurídica, Finalidade, Constituição e Competência
funcionamento e operações das Sociedades Seguradoras:
a) processar os pedidos de autorização, para constituição, organiza- Art 41. O IRB é uma sociedade de economia mista, dotada de persona-
ção, funcionamento, fusão, encampação, grupamento, transferên- lidade jurídica própria de Direito Privado e gozando de autonomia adminis-
cia de controle acionário e reforma dos Estatutos das Sociedades trativa e financeira.
Seguradoras, opinar sobre os mesmos e encaminhá-los ao CNSP; Parágrafo único - O IRB será representado em juízo ou fora dele por
b) baixar instruções e expedir circulares relativas à regulamentação seu Presidente e responderá no foro comum.
das operações de seguro, de acordo com as diretrizes do CNSP;
c) fixar condições de apólices, planos de operações e tarifas a serem Art. 43. O capital social do IRB é representado por ações escriturais,
utilizadas obrigatoriamente pelo mercado segurador nacional; ordinárias e preferenciais, todas sem valor nominal. (Redação dada pela Lei

Conhecimentos Bancários 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
nº 9.482, de 1997) legislação do trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)
Parágrafo único. As ações ordinárias, com direito a voto, representam,
no mínimo, cinqüenta por cento do capital social. (Incluído pela Lei nº SEÇÃO IV
9.482, de 1997) Das Operações

SEÇÃO II CAPÍTULO VII


Da Administração e do Conselho Fiscal Das Sociedades Seguradoras

Art. 46. São órgãos de administração do IRB o Conselho de Adminis- SEÇÃO I


tração e a Diretoria. (Redação dada pela Lei nº 9.482, de 1997) Legislação Aplicável
§ 1º O Conselho de Administração é composto por seis membros, elei-
tos pela Assembléia Geral, sendo: (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) Art 72. As Sociedades Seguradoras serão reguladas pela legislação
I- três membros indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, geral no que lhes for aplicável e, em especial, pelas disposições do presen-
dentre eles: (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) te decreto-lei.
a) o Presidente do Conselho; (Incluída pela Lei nº 9.482, de 1997) Parágrafo único. Aplicam-se às sociedades seguradoras o disposto no
b) o Presidente do IRB, que será o Vice-Presidente do Conselho; art. 25 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, com a redação que lhe
(Incluída pela Lei nº 9.482, de 1997) dá o art. 1º desta lei. (Incluído pela Lei nº 5.710, de 1971)
II - um membro indicado pelo Ministro de Estado do Planejamento e
orçamento; (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) Art 73. As Sociedades Seguradoras não poderão explorar qualquer ou-
III - um membro indicado pelos acionistas detentores de ações pre- tro ramo de comércio ou indústria.
ferenciais; (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997)
IV - um membro indicado pelos acionistas minoritários, detentores de SEÇÃO II
ações ordinárias. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) Da Autorização para Funcionamento

§ 2º A Diretoria do IRB é composta por seis membros, sendo o Presi- Art 74. A autorização para funcionamento será concedida através de
dente e o Vice-Presidente Executivo nomeados pelo Presidente da Repú- Portaria do Ministro da Indústria e do Comércio, mediante requerimento
blica, por indicação do Ministro de Estado da Fazenda, e os demais eleitos firmado pelos incorporadores, dirigido ao CNSP e apresentado por intermé-
pelo Conselho, de Administração. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) dio da SUSEP.
§ 3º Enquanto a totalidade das ações ordinárias permanecer com a U-
nião, aos acionistas detentores de ações preferenciais será facultado o Art 75. Concedida a autorização para funcionamento, a Sociedade terá
direito de indicar até dois membros para o Conselho de Administração do o prazo de noventa dias para comprovar perante a SUSEP, o cumprimento
IRB. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) de Todas as formalidades legais ou exigências feitas no ato da autorização.
§ 4º Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria do IRB
terão mandato de três anos, observado o disposto na Lei nº 6.404, de 15 de Art 76. Feita a comprovação referida no artigo anterior, será expedido a
dezembro de 1976. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) carta-patente pelo Ministro da Indústria e do Comércio.

Art. 47 O Conselho Fiscal do IRB é composto por cinco membros efeti- Art 77. As alterações dos Estatutos das Sociedades Seguradoras de-
vos e respectivos suplentes, eleitos pela Assembléia Geral, sendo: (Reda- penderão de prévia autorização do Ministro da Indústria e do Comércio,
ção dada pela Lei nº 9.482, de 1997) ouvidos a SUSEP e o CNSP.
I- três membros e respectivos suplentes indicados pelo Ministro de
Estado da Fazenda, dentre os quais um representante do Te- SEÇÃO III
souro Nacional; (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) Das Operações das Sociedades Seguradoras
II - um membro e respectivo suplente eleitos, em votação em sepa-
rado, pelos acionistas minoritários detentores de ações ordiná- Art 78. As Sociedades Seguradoras só poderão operar em seguros pa-
rias; (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) ra os quais tenham a necessária autorização, segundo os planos, tarifas e
III - um membro e respectivo suplente eleitos pelos acionistas deten- normas aprovadas pelo CNSP.
tores de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto res-
trito, excluído o acionista controlador, se detentor dessa espécie Art 79. É vedado às Sociedades Seguradoras reter responsabilidades
de ação. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997) cujo valor ultrapasse os limites técnico, fixados pela SUSEP de acordo com
Parágrafo único. Enquanto a totalidade das ações ordinárias permane- as normas aprovadas pelo CNSP, e que levarão em conta:
cer com a União, aos acionistas detentores de ações preferenciais será a) a situação econômico-financeira das Sociedades Seguradoras;
facultado o direito de indicar até dois membros para o Conselho Fiscal do b) as condições técnicas das respectivas carteiras;
IRB. (Incluído pela Lei nº 9.482, de 1997)
§ 2º Não haverá cobertura de resseguro para as responsabilidades as-
Art. 48. Os estatutos fixarão a competência do Conselho de Adminis- sumidas pelas Sociedades Seguradoras em desacordo com as normas e
tração e da Diretoria do IRB. (Redação dada pela Lei nº 9.482, de 1997) instruções em vigor.

SEÇÃO III Art 80. As operações de cosseguro obedecerão a critérios fixados pelo
Do Pessoal CNSP, quanto à obrigatoriedade e normas técnicas.

Art 55. Os serviços do IRB serão executados por pessoal admitido me- Art 83. As apólices, certificados e bilhetes de seguro mencionarão a
diante concurso público de provas ou de provas e títulos, cabendo aos responsabilidade máxima da Sociedade Seguradora, expressa em moeda
Estatutos regular suas condições de realização, bem como os direitos, nacional, para cobertura dos riscos neles descritos e caracterizados.
vantagens e deveres dos servidores, inclusive as punições aplicáveis.
§ 1º A nomeação para cargo em comissão será feita pelo Presidente, Art 84. Para garantia de Todas as suas obrigações, as Sociedades Se-
depois de aprovada sua criação pelo Conselho Técnico. guradoras constituirão reservas técnicas, fundos especiais e provisões, de
§ 2º É permitida a contratação de pessoal destinado a funções técnicas conformidade com os critérios fixados pelo CNSP, além das reservas e
especializadas ou para serviços auxiliares de manutenção, transporte, fundos determinados em leis especiais.
higiene e limpeza. § 1o O patrimônio líquido das sociedades seguradoras não poderá ser
§ 3º Ficam assegurados aos servidores do IRB os direitos decorrentes inferior ao valor do passivo não operacional, nem ao valor mínimo decorren-
de normas legais em vigor, no que digam respeito à participação nos lu- te do cálculo da margem de solvência, efetuado com base na regulamenta-
cros, aposentadoria, enquadramento sindical, estabilidade e aplicação da ção baixada pelo CNSP. (Incluído pela Lei nº 10.190, de 2001)

Conhecimentos Bancários 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
§ 2o O passivo não operacional será constituído pelo valor total das por Diretores, administradores, gerentes, fiscais ou funcionários da Socie-
obrigações não cobertas por bens garantidores.(Incluído pela Lei nº 10.190, dade Seguradora em regime especial de fiscalização acarretará o afasta-
de 2001) mento do infrator, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
§ 3o As sociedades seguradoras deverão adequar-se ao disposto nes-
te artigo no prazo de um ano, prorrogável por igual período e caso a caso, Art 92. Os administradores das Sociedades Seguradoras ficarão sus-
por decisão do CNSP. (Incluído pela Lei nº 10.190, de 2001) pensos do exercício de suas funções desde que instaurado processo-crime
por atos ou fatos relativos à respectiva gestão, perdendo imediatamente
Art 85. Os bens garantidores das reservas técnicas, fundos e previsões seu mandato na hipótese de condenação. (Redação dada pelo Decreto-lei
serão registrados na SUSEP e não poderão ser alienados, prometidos nº 296, de 1967)
alienar ou de qualquer forma gravados em sua previa e expressa autoriza-
ção, sendo nulas de pleno direito, as alienações realizadas ou os gravames Art 93. Cassada a autorização de uma Sociedade Seguradora para
constituídos com violação deste artigo. (Redação dada pelo Decreto-lei nº funcionar, a alienação ou gravame de qualquer de seus bens dependerá de
296, de 1967) autorização da SUSEP, que, para salvaguarda dessa inalienabilidade, terá
Parágrafo único. Quando a garantia recair em bem imóvel, será obriga- poderes para controlar o movimento de contas bancárias e promover o
toriamente inscrita no competente Cartório do Registro Geral de Imóveis, levantamento do respectivo ônus junto às Autoridades ou Registros Públi-
mediante simples requerimento firmado pela Sociedade Seguradora e pela cos.
SUSEP.
CAPÍTULO VIII
Art. 86. Os segurados e beneficiários que sejam credores por indeni- CAPÍTULO IX
zação ajustada ou por ajustar têm privilégio especial sobre reservas técni- Da Liquidação das Sociedades Seguradoras
cas, fundos especiais ou provisões garantidoras das operações de seguro, (Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)
de resseguro e de retrocessão. (Redação dada pela Lei Complementar nº
126, de 2007) Art 94. A cessação das operações das Sociedades Seguradoras pode-
Parágrafo único. Após o pagamento aos segurados e beneficiários rá ser:
mencionados no caput deste artigo, o privilégio citado será conferido, a) voluntária, por deliberação dos sócios em Assembléia Geral;
relativamente aos fundos especiais, reservas técnicas ou provisões garan- b) compulsória, por ato do Ministro da Indústria e do Comércio, nos
tidoras das operações de resseguro e de retrocessão, às sociedades segu- termos deste Decreto-lei.
radoras e, posteriormente, aos resseguradores. (Incluído pela Lei Comple-
mentar nº 126, de 2007) Art 95. Nos casos de cessação voluntária das operações, os Diretores
requererão ao Ministro da Indústria e do Comércio o cancelamento da
Art 87. As Sociedades Seguradoras não poderão distribuir lucros ou autorização para funcionamento da Sociedade Seguradora, no prazo de
quaisquer fundos correspondentes às reservas patrimoniais, desde que cinco dias da respectiva Assembléia Geral.
essa distribuição possa prejudicar o investimento obrigatório do capital e Parágrafo único. Devidamente instruído, o requerimento será encami-
reserva, de conformidade com os critérios estabelecidos neste Decreto-lei. nhado por intermédio da SUSEP, que opinará sobre a cessação deliberada.

Art. 88. As sociedades seguradoras e os resseguradores obedecerão Art 96. Além dos casos previstos neste Decreto-lei ou em outras leis,
às normas e instruções dos órgãos regulador e fiscalizador de seguros ocorrerá a cessação compulsória das operações da Sociedade Seguradora
sobre operações de seguro, co-seguro, resseguro e retrocessão, bem como que:
lhes fornecerão dados e informações atinentes a quaisquer aspectos de a) praticar atos nocivos à política de seguros determinada pelo CNSP;
suas atividades. (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) b) não formar as reservas, fundos e provisões a que esteja obrigada
Parágrafo único. Os inspetores e funcionários credenciados do órgão ou deixar de aplicá-las pela forma prescrita neste Decreto-lei;
fiscalizador de seguros terão livre acesso às sociedades seguradoras e aos c) acumular obrigações vultosas devidas aos resseguradores, a juízo
resseguradores, deles podendo requisitar e apreender livros, notas técnicas do órgão fiscalizador de seguros, observadas as determinações do
e documentos, caracterizando-se como embaraço à fiscalização, sujeito às órgão regulador de seguros; (Redação dada pela Lei Complemen-
penas previstas neste Decreto-Lei, qualquer dificuldade oposta aos objeti- tar nº 126, de 2007)
vos deste artigo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) d) configurar a insolvência econômico-financeira.

CAPÍTULO VIII Art 97. A liquidação voluntária ou compulsória das Sociedades Segura-
Do Regime Especial de Fiscalização doras será processada pela SUSEP. (Redação dada pelo Decreto-lei nº
(Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967) 296, de 1967)

Art 89. Em caso de insuficiência de cobertura das reservas técnicas ou Art 98. O ato da cassação será publicado no Diário Oficial da União,
de má situação econômico-financeira da Sociedade Seguradora, a critério produzindo imediatamente os seguintes efeitos:
da SUSEP, poderá esta, além de outras providências cabíveis, inclusive a) suspensão das ações e execuções judiciais, excetuadas as que ti-
fiscalização especial, nomear, por tempo indeterminado, às expensas da veram início anteriormente, quando intentadas por credores com
Sociedade Seguradora, um diretor-fiscal com as atribuições e vantagens privilégio sobre determinados bens da Sociedade Seguradora;
que lhe forem indicadas pelo CNSP. b) vencimento de Todas as obrigações civis ou comerciais da Socie-
§ 1º Sempre que julgar necessário ou conveniente à defesa dos inte- dade Seguradora liquidanda, incluídas as cláusulas penais dos
resse s dos segurados, a SUSEP verificará, nas indenizações, o fiel cum- contratos;
primento do contrato, inclusive a exatidão do cálculo da reserva técnica e c) suspensão da incidência de juros, ainda que estipulados, se a
se as causas protelatórias do pagamento, porventura existentes, decorrem massa liquidanda não bastar para o pagamento do principal;
de dificuldades econômico-financeira da empresa. (Renumerado pelo d) cancelamento dos poderes de todos os órgãos de administração da
Decreto-lei nº 1.115, de 1970) Sociedade liquidanda.
§ 1º Durante a liquidação, fica interrompida a prescrição extintiva con-
Art 90. Não surtindo efeito as medidas especiais ou a intervenção, a tra ou a favor da massa liquidanda. (Renumerado pelo Decreto-lei nº 296,
SUSEP encaminhará ao CNSP proposta de cassação da autorização para de 1967)
funcionamento da Sociedade Seguradora. § 2º Quando a sociedade tiver oradores por salários ou indenizações
Parágrafo único. Aplica-se à intervenção a que se refere este artigo o trabalhistas, também ficarão suspensas as ações e execuções a que se
disposto nos arts. 55 a 62 da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977. (Incluí- refere a parte final da alínea a deste artigo. (Incluído pelo Decreto-lei nº
do pela Lei nº 10.190, de 2001) 296, de 1967)
§ 3º Poderá ser argüida em qualquer fase processual, inclusive quanto
Art 91. O descumprimento de qualquer determinação do Diretor-Fiscal às questões trabalhistas, a nulidade dos despachos ou decisões que con-

Conhecimentos Bancários 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
travenham o disposto na alínea a deste artigo ou em seu parágrafo 2º. Nos
processos sujeitos à suspensão, caberá à sociedade liquidanda, para Art 107. Nos casos omissos, são aplicáveis as disposições da legisla-
realização do ativo, requerer o levantamento de penhoras, arrestos e ção de falências, desde que não contrariem as disposições do presente
quaisquer outras medidas de apreensão ou reserva de bens, sem prejuízo Decreto-lei.
do estatuído adiante no parágrafo único do artigo 103. (Incluído pelo Decre- Parágrafo único. Nos casos de cessação parcial, restrita às operações
to-lei nº 296, de 1967) de um ramo, serão observadas as disposições deste Capítulo, na parte
§ 4º A massa liquidanda não estará obrigada a reajustamentos salariais aplicável.
sobrevindos durante a liquidação, nem responderá pelo pagamento de
multas, custas, honorários e demais despesas feitas pelos credores em CAPÍTULO X
interesse próprio, assim como não se aplicará correção monetária aos Do Regime Repressivo
créditos pela mora resultante de liquidação. (Incluído pelo Decreto-lei nº (Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)
296, de 1967)
Art. 108. A infração às normas referentes às atividades de seguro, co-
Art 99. Além dos poderes gerais de administração, a SUSEP ficará in- seguro e capitalização sujeita, na forma definida pelo órgão regulador de
vestida de poderes especiais para representar a Sociedade Seguradora seguros, a pessoa natural ou jurídica responsável às seguintes penalidades
liquidanda ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, podendo: administrativas, aplicadas pelo órgão fiscalizador de seguros: (Redação
a) propor e contestar ações, inclusive para integralização de capital dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)
pelos acionistas; I- advertência; (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de
b) nomear e demitir funcionários; 2007)
c) fixar os vencimentos de funcionários; II - suspensão do exercício das atividades ou profissão abrangidas
d) outorgar ou revogar mandatos; por este Decreto-Lei pelo prazo de até 180 (cento e oitenta) dias;
e) transigir; (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)
f) vender valores móveis e bens imóveis. III - inabilitação, pelo prazo de 2 (dois) anos a 10 (dez) anos, para o
exercício de cargo ou função no serviço público e em empresas
Art 100. Dentro de 90 (noventa) dias da cassação para funcionamento, públicas, sociedades de economia mista e respectivas subsidiá-
a SUSEP levantará o balanço do ativo e do passivo da Sociedade Segura- rias, entidades de previdência complementar, sociedades de ca-
dora liquidanda e organizará: pitalização, instituições financeiras, sociedades seguradoras e
a) o arrolamento pormenorizado dos bens do ativo, com as respecti- resseguradores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 126,
vas avaliações, especificando os garantidores das reservas técni- de 2007)
cas ou do capital; IV - multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um mi-
b) a Iista dos credores por dívida de indenização de sinistro, capital lhão de reais); e (Redação dada pela Lei Complementar nº 126,
garantidor de reservas técnicas ou restituicão de prêmios, com a de 2007)
indicação das respectivas importâncias; V - suspensão para atuação em 1 (um) ou mais ramos de seguro ou
c) a relação dos créditos da Fazenda Pública e da Previdência Social; resseguro. (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de
(Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) 2007)
d) a relação dos demais credores, com indicação das importâncias e VI - (revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de
procedência dos créditos, bem como sua classificação, de acordo 2007)
com a legislação de falências. VII - (revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de
2007)
Art 101. Os interessados poderão impugnar o quadro geral de credo- VIII - (revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de
res, mas decairão dêsse direito se não o exercerem no prazo de quinze 2007)
dias. IX - (revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de
2007)
Art 102. A SUSEP examinará as impugnações e fará Publicar no Diário § 1o A penalidade prevista no inciso IV do caput deste artigo será im-
Oficial da União, sua decisão, dela notificando os recorrentes por via postal, putada ao agente responsável, respondendo solidariamente o ressegurador
sob AR. ou a sociedade seguradora ou de capitalização, assegurado o direito de
Parágrafo único. Da decisão da SUSEP caberá recurso para o Ministro regresso, e poderá ser aplicada cumulativamente com as penalidades
da Indústria e do Comércio, no prazo de quinze dias. constantes dos incisos I, II, III ou V do caput deste artigo. (Incluído pela Lei
Complementar nº 126, de 2007)
Art 103. Depois da decisão relativa a seus créditos ou aos créditos con- § 2o Das decisões do órgão fiscalizador de seguros caberá recurso, no
tra os quais tenham reclamado, os credores não incluídos nas relações a prazo de 30 (trinta) dias, com efeito suspensivo, ao órgão competente.
que se refere o art. 100, os delas excluídos, os incluídos sem os privilégios (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)
a que se julguem com direito, inclusive por atribuição de importância inferior § 3o O recurso a que se refere o § 2o deste artigo, na hipótese do inci-
à reclamada, poderão prosseguir na ação já iniciada ou propor a que lhes so IV do caput deste artigo, somente será conhecido se for comprovado
competir. pelo requerente o pagamento antecipado, em favor do órgão fiscalizador de
Parágrafo único. Até que sejam julgadas as ações, a SUSEP reservará seguros, de 30% (trinta por cento) do valor da multa aplicada. (Incluído pela
cota proporcional do ativo para garantia dos credores de que trata este Lei Complementar nº 126, de 2007)
artigo. § 4o Julgada improcedente a aplicação da penalidade de multa, o ór-
gão fiscalizador de seguros devolverá, no prazo máximo de 90 (noventa)
Art 104. A SUSEP promoverá a realização do ativo e efetuará o paga- dias a partir de requerimento da parte interessada, o valor depositado.
mento dos credores pelo crédito apurado e aprovado, no prazo de seis (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)
meses, observados os respectivos privilégios e classificação, de acordo § 5o Em caso de reincidência, a multa será agravada até o dobro em
com a cota apurada em rateio. relação à multa anterior, conforme critérios estipulados pelo órgão regula-
dor de seguros. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)
Art 105. Ultimada a liquidação e levantado e balanço final, será o mes-
mo submetido à aprovação do Ministro da Indústria e do Comércio, com Art 109. Os Diretores, administradores, gerentes e fiscais das Socieda-
relatório da SUSEP. des Seguradoras responderão solidariamente com a mesma pelos prejuí-
zos causados a terceiros, inclusive aos seus acionistas, em conseqüência
Art 106. A SUSEP terá direito à comissão de cinco por cento sobre o a- do descumprimento de leis, normas e instruções referentes as operações
tivo apurado nos trabalhos de liquidação, competindo ao Superintendente de seguro, cosseguro, resseguro ou retrosseção, e em especial, pela falta
arbitrar a gratificação a ser paga aos inspetores e funcionários encarrega- de constituição das reservas obrigatórias.
dos de executá-los.

Conhecimentos Bancários 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Art 110. Constitui crime contra a economia popular, punível de acordo rada ou ressegurada.
com a legislação respectiva, a ação ou omissão, pessoal ou coletiva, de
que decorra a insuficiência das reservas e de sua cobertura, vinculadas à Art 115. A suspensão de autorização para operar em determinado ra-
garantia das obrigações das Sociedades Seguradoras. mo de seguro será aplicada quando verificada má condução técnica ou
financeira dos respectivos negócios.
Art. 111. Compete ao órgão fiscalizador de seguros expedir normas
sobre relatórios e pareceres de prestadores de serviços de auditoria inde- Art 117. A cassação da carta patente se fará nas hipóteses de infrin-
pendente aos resseguradores, às sociedades seguradoras, às sociedades gência dos artigos 81 e 82, nos casos previstos no artigo 96 ou de reinci-
de capitalização e às entidades abertas de previdência complementar. dência na proibição estabelecida nas letras " c " e " i " do artigo 111, todos
(Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) do presente Decreto-lei.
a) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de
2007) Art 118. As infrações serão apuradas mediante processo administrativo
b) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de que tenha por base o auto, a representação ou a denúncia positivando
2007) fatos irregulares, e o CNSP disporá sobre as respectivas instaurações,
c) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de recursos e seus efeitos, instâncias, prazos, perempção e outros atos pro-
2007) cessualísticos.
d) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de
2007) Art 119. As multas aplicadas de conformidade com o disposto neste
e) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de Capítulo e seguinte serão recolhidas aos cofres da SUSEP.
2007)
f) (revogada pela Lei no 9.932, de 20 de dezembro de 1999); (Reda- Art 120. Os valores monetários das penalidades previstas nos artigos
ção dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) precedentes ficam sujeitos à correção monetária pelo CNSP.
g) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de
2007) Art 121. Provada qualquer infração penal a SUSEP remeterá cópia do
h) (revogada); (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de processo ao Ministério Público para fins de direito.
2007)
i) (revogada). (Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de CAPÍTULO XI
2007) Dos Corretores de Seguros
(Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967)
§ 1o Os prestadores de serviços de auditoria independente aos resse-
guradores, às sociedades seguradoras, às sociedades de capitalização e Art 122. O corretor de seguros, pessoa física ou jurídica, é o intermedi-
às entidades abertas de previdência complementar responderão, civilmen- ário legalmente autorizado a angariar e promover contratos de seguro entre
te, pelos prejuízos que causarem a terceiros em virtude de culpa ou dolo no as Sociedades Seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de Direito
exercício das funções previstas neste artigo. (Incluído pela Lei Complemen- Privado.
tar nº 126, de 2007)
§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, os prestadores de Art 123. O exercício da profissão, de corretor de seguros depende de
serviços de auditoria independente responderão administrativamente pe- prévia habilitação e registro.
rante o órgão fiscalizador de seguros pelos atos praticados ou omissões em § 1º A habilitação será feita perante a SUSEP, mediante prova de ca-
que houverem incorrido no desempenho das atividades de auditoria inde- pacidade técnico-profissional, na forma das instruções baixadas pelo
pendente aos resseguradores, às sociedades seguradoras, às sociedades CNSP.
de capitalização e às entidades abertas de previdência complementar. § 2º O corretor de seguros poderá ter prepostos de sua livre escolha e
(Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007) designará, dentre eles, o que o substituirá.
§ 3o Instaurado processo administrativo contra resseguradores, socie- § 3º Os corretores e prepostos serão registrados na SUSEP, com obe-
dades seguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de diência aos requisitos estabelecidos pelo CNSP.
previdência complementar, o órgão fiscalizador poderá, considerada a
gravidade da infração, cautelarmente, determinar a essas empresas a Art 124. As comissões de corretagem só poderão ser pagas a corretor
substituição do prestador de serviços de auditoria independente. (Incluído de seguros devidamente habilitado.
pela Lei Complementar nº 126, de 2007)
§ 4o Apurada a existência de irregularidade cometida pelo prestador de Art 125. É vedado aos corretores e seus prepostos:
serviços de auditoria independente mencionado no caput deste artigo, a) aceitar ou exercer emprego de pessoa jurídica de Direito Público;
serão a ele aplicadas as penalidades previstas no art. 108 deste Decreto- b) manter relação de emprego ou de direção com Sociedade Segura-
Lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007) dora.
§ 5o Quando as entidades auditadas relacionadas no caput deste arti- Parágrafo único. Os impedimentos deste artigo aplicam-se também aos
go forem reguladas ou fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários Sócios e Diretores de Empresas de corretagem.
ou pelos demais órgãos reguladores e fiscalizadores, o disposto neste
artigo não afastará a competência desses órgãos para disciplinar e fiscali- Art 126. O corretor de seguros responderá civilmente perante os segu-
zar a atuação dos respectivos prestadores de serviço de auditoria indepen- rados e as Sociedades Seguradoras pelos prejuízos que causar, por omis-
dente e para aplicar, inclusive a esses auditores, as penalidades previstas são, imperícia ou negligência no exercício da profissão.
na legislação própria. (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007)
Art 127. Caberá responsabilidade profissional, perante a SUSEP, ao
Art. 112. Às pessoas que deixarem de contratar os seguros legalmente corretor que deixar de cumprir as leis, regulamentos e resoluções em vigor,
obrigatórios, sem prejuízo de outras sanções legais, será aplicada multa de: ou que der causa dolosa ou culposa a prejuízos às Sociedades Segurado-
(Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007) ras ou aos segurados.
I - o dobro do valor do prêmio, quando este for definido na legislação
aplicável; e (Incluído pela Lei Complementar nº 126, de 2007) Art 128. O corretor de seguros estará sujeito às penalidades seguintes:
II - nos demais casos, o que for maior entre 10% (dez por cento) da a) multa;
importância segurável ou R$ 1.000,00 (mil reais). (Incluído pela Lei b) suspensão temporária do exercício da profissão;
Complementar nº 126, de 2007) c) cancelamento do registro.
Parágrafo único. As penalidades serão aplicadas pela SUSEP, em pro-
Art 113. As pessoas físicas ou jurídicas que realizarem operações de cesso regular, na forma prevista no art. 119 desta Lei. (Redação dada pelo
seguro, cosseguro ou resseguro sem a devida autorização, no País ou no Decreto-lei nº 296, de 1967)
exterior, ficam sujeitas à pena de multa igual ao valor da importância segu-

Conhecimentos Bancários 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
CAPÍTULO XII § 1º Até que entre em funcionamento a SUSEP, as atribuições a ela
Disposições Gerais e Transitórias conferidas pelo presente Decreto-lei continuarão a ser desempenhadas
(Renumerado pelo Decreto-lei nº 296, de 1967) pelo DNSPC. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)
§ 2º Fica extinto, no Quadro de Pessoal do Ministério da Indústria e do
SEÇÃO I Comércio, o cargo em comissão de Diretor-Geral do Departamento Nacio-
Do Seguro-Saúde nal de Seguros Privados e Capitalização, símbolo 2-C. (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 168, de 1967)
Art 129. Fica instituído o Seguro-Saúde para dar cobertura aos riscos § 3º Serão considerados extintos, no Quadro de Pessoal do Ministério
de assistência médica e hospitalar. da Indústria e do Comércio, a partir da criação dos cargos correspondentes
nos quadros da SUSEP, os 8 (oito) cargos em comissão do Delegado
Art 130. A garantia do Seguro-Saúde consistirá no pagamento em di- Regional de Seguros, símbolo 5-C. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168,
nheiro, efetuado pela Sociedade Seguradora, à pessoa física ou jurídica de 1967)
prestante da assistência médico-hospitalar ao segurado.
§ 1º A cobertura do Seguro-Saúde ficará sujeita ao regime de franquia, Art. 137. Os funcionários atualmente em exercício do DNSPC continua-
de acordo com os critérios fixados pelo CNSP. rão a integrar o Quadro de Pessoal do Ministério da Indústria e do Comér-
§ 2º A livre escolha do médico e do hospital é condição obrigatória nos cio. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)
contratos referidos no artigo anterior.
Art. 138. Poderá a SUSEP requisitar servidores da administração públi-
Art 131. Para os efeitos do artigo 130 deste Decreto-lei, o CNSP esta- ca federal, centralizada e descentralizada, sem prejuízo dos vencimentos e
belecerá tabelas de honorários médico-hospitalares e fixará percentuais de vantagens relativos aos cargos que ocuparem. (Redação dada pelo Decre-
participação obrigatória dos segurados nos sinistros. to-lei nº 168, de 1967)
§ 1º Na elaboração das tabelas, o CNSP observará a média regional
dos honorários e a renda média dos pacientes, incluindo a possibilidade da Art. 139. Os servidores requisitados antes da aprovação, pelo CNSP,
ampliação voluntária da cobertura pelo acréscimo do prêmio. do Quadro de Pessoal da SUSEP, poderão nele ser aproveitado, desde
§ 2º Na fixação das percentagens de participação, o CNSP levará em que consultados os interesse s da Autarquia e dos Servidores. (Redação
conta os índices salariais dos segurados e seus encargos familiares. dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)
Parágrafo único. O aproveitamento de que trata este artigo implica na
Art 132. O pagamento das despesas cobertas pelo Seguro-Saúde de- aceitação do regime de pessoal da SUSEP devendo ser contado o tempo
penderá de apresentação da documentação médico hospitalar que possibi- de serviço, no órgão de origem, para todos os efeitos legais. (Redação
lite a identificação do sinistro. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967)
1967)
Art 140. As dotações consignadas no Orçamento da União, para o e-
Art 133. É vedado às Sociedades Seguradoras acumular assistência fi- xercício de 1967, à conta do DNSPC, serão transferidas para a SUSEP
nanceira com assistência médico-hospitalar. excluídas as relativas às despesas decorrentes de vencimentos e vanta-
gens de Pessoal Permanente.
Art 134. As sociedades civis ou comerciais que, na data deste Decreto-
lei, tenham vendido títulos, contratos, garantias de saúde, segurança de Art 141. Fica dissolvida a Companhia Nacional de Seguro Agrícola,
saúde, benefícios de saúde, títulos de saúde ou seguros sob qualquer outra competindo ao Ministério da Agricultura promover sua liquidação e aprovei-
denominação, para atendimento médico, farmacêutico e hospitalar, integral tamento de seu pessoal.
ou parcial, ficam proibidas de efetuar novas transações do mesmo gênero,
ressalvado o disposto no art. 135, parágrafo 1º. (Redação dada pelo Decre- Art 142. Ficam incorporadas ao Fundo de Estabilidade do Seguro Ru-
to-lei nº 296, de 1967) ral:
§ 1º As Sociedades civis e comerciais que se enquadrem no disposto a) Fundo de Estabilidade do seguro Agrário, a que se refere o artigo
neste artigo poderão continuar prestando os serviços nele referidos exclusi- 3º da Lei 2.168, de 11 de janeiro de 1954; (Redação dada pelo De-
vamente às pessoas físicas ou jurídicas com as quais os tenham ajustado creto-lei nº 296, de 1967)
ante da promulgação deste Decreto-lei, facultada opção bilateral pelo b) O Fundo de Estabilização previsto no artigo 3º da Lei nº 4.430, de
regime do Seguro-Saúde. 20 de outubro de 1964.
§ 2º No caso da opção prevista no parágrafo anterior, as pessoas jurí-
dicas prestantes da assistência médica, farmacêutica e hospitalar, ora Art 143. Os órgãos do Poder Público que operam em seguros privados
regulada, ficarão responsáveis pela contribuição do Seguro-Saúde devida enquadrarão suas atividades ao regime deste Decreto-Lei no prazo de
pelas pessoas físicas optantes. cento e oitenta dias, ficando autorizados a constituir a necessária Socieda-
§ 3º Ficam excluídas das obrigações previstas neste artigo as Socie- de Anônima ou Cooperativa.
dades Beneficentes que estiverem em funcionamento na data da promul- § 1º As Associações de Classe, de Beneficência e de Socorros mútuos
gação desse Decreto-lei, as quais poderão preferir o regime do Seguro- e os Montepios que instituem pensões ou pecúlios, atualmente em funcio-
Saúde a qualquer tempo. namento, ficam excluídos do regime estabelecido neste Decreto-Lei, facul-
tado ao CNSP mandar fiscalizá-los se e quando julgar conveniente.
Art 135. As entidades organizadas sem objetivo de lucro, por profissio- § 2º As Sociedades Seguradoras estrangeiras que operam no país a-
nais médicos e paramédicos ou por estabelecimentos hospitalares, visando daptarão suas organizações às novas exigências legais, no prazo deste
a institucionalizar suas atividades para a prática da medicina social e para a artigo e nas condições determinadas pelo CNSP. (Redação dada pelo
melhoria das condições técnicas e econômicas dos serviços assistenciais, Decreto-lei nº 296, de 1967)
isoladamente ou em regime de associação, poderão operar sistemas pró-
prios de pré-pagamento de serviços médicos e/ou hospitalares, sujeitas ao Art 144. O CNSP proporá ao Poder Executivo, no prazo de cento e oi-
que dispuser a Regulamentação desta Lei, às resoluções do CNSP e à tenta dias, as normas de regulamentação dos seguros obrigatórios previs-
fiscalização dos órgãos competentes. tos no artigo 20 deste Decreto-Lei. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296,
de 1967)
SEÇÃO II
Art 145. Até a instalação do CNSP e da SUSEP, será mantida a jurisdi-
Art. 136. Fica extinto o Departamento Nacional de Seguros Privados e ção e a competência do DNSPC, conservadas em vigor as disposições
Capitalização (DNSPC), da Secretaria do Comércio, do Ministério da Indús- legais e regulamentares, inclusive as baixadas pelo IRB, no que forem
tria e do Comércio, cujo acervo e documentação passarão para a Superin- cabíveis.
tendência de Seguros Privados (SUSEP). (Redação dada pelo Decreto-lei
nº 168, de 1967) Art 146. O Poder Executivo fica autorizado a abrir o crédito especial de

Conhecimentos Bancários 51 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Cr$ 500.000.000 (quinhentos milhões de cruzeiros), no exercício de 1967, § 3o Equipara-se à cedente a sociedade cooperativa autorizada a ope-
destinado à instalação do CNSP e da SUSEP. rar em seguros privados que contrata operação de resseguro, desde que a
esta sejam aplicadas as condições impostas às seguradoras pelo órgão
Art 148. As resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados vi- regulador de seguros.
gorarão imediatamente e serão publicadas no Diário Oficial da União.
Art. 3o A fiscalização das operações de co-seguro, resseguro, retro-
Art. 149. O Poder Executivo regulamentará este Decreto-lei no prazo cessão e sua intermediação será exercida pelo órgão fiscalizador de segu-
de 120 (cento e vinte) dias, vigendo idêntico prazo para a aprovação dos ros, conforme definido em lei, sem prejuízo das atribuições dos órgãos
Estatutos do IRB".(Redação dada pelo Decreto-lei nº 168, de 1967) fiscalizadores das demais cedentes.
Parágrafo único. Ao órgão fiscalizador de seguros, no que se refere
Art 151. Para efeito do artigo precedente ficam suprimidos os cargos e aos resseguradores, intermediários e suas respectivas atividades, caberão
funções de Delegado do Governo Federal e de liquidante designado pela as mesmas atribuições que detém para as sociedades seguradoras, corre-
sociedade, a que se referem os artigos 24 e 25 do Decreto nº 22.456, de 10 tores de seguros e suas respectivas atividades.
de fevereiro de 1933, ressalvadas as liquidações decretadas até dezembro
de 1965. CAPÍTULO III
DOS RESSEGURADORES
Art 152. O risco de acidente de trabalho continua a ser regido pela le-
gislação específica, devendo ser objeto de nova legislação dentro de 90 Seção I
dias. Da Qualificação

Art 153. Este Decreto-Lei entrará em vigor na data de sua publicação, Art. 4o As operações de resseguro e retrocessão podem ser realizadas
ficando revogadas expressamente Todas as disposições de leis, decretos e com os seguintes tipos de resseguradores:
regulamentos que dispuserem em sentido contrário. I- ressegurador local: ressegurador sediado no País constituído
sob a forma de sociedade anônima, tendo por objeto exclusivo a
Brasília, 21 de novembro de 1966; 145º da Independência e 78º da realização de operações de resseguro e retrocessão;
República. II - ressegurador admitido: ressegurador sediado no exterior, com
escritório de representação no País, que, atendendo às exigên-
LEI COMPLEMENTAR Nº 126, DE 15 DE JANEIRO DE 2007 cias previstas nesta Lei Complementar e nas normas aplicáveis
à atividade de resseguro e retrocessão, tenha sido cadastrado
Dispõe sobre a política de resseguro, retrocessão e sua intermediação, como tal no órgão fiscalizador de seguros para realizar opera-
as operações de co-seguro, as contratações de seguro no exterior e as ções de resseguro e retrocessão; e
operações em moeda estrangeira do setor securitário; altera o Decreto-Lei III - ressegurador eventual: empresa resseguradora estrangeira se-
no 73, de 21 de novembro de 1966, e a Lei no 8.031, de 12 de abril de 1990; diada no exterior sem escritório de representação no País que,
e dá outras providências. atendendo às exigências previstas nesta Lei Complementar e
nas normas aplicáveis à atividade de resseguro e retrocessão,
O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de tenha sido cadastrada como tal no órgão fiscalizador de seguros
PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional para realizar operações de resseguro e retrocessão.
decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Parágrafo único. É vedado o cadastro a que se refere o inciso III do
caput deste artigo de empresas estrangeiras sediadas em paraísos fiscais,
CAPÍTULO I assim considerados países ou dependências que não tributam a renda ou
DO OBJETO que a tributam à alíquota inferior a 20% (vinte por cento) ou, ainda, cuja
legislação interna oponha sigilo relativo à composição societária de pesso-
Art. 1o Esta Lei Complementar dispõe sobre a política de resseguro, as jurídicas ou à sua titularidade.
retrocessão e sua intermediação, as operações de co-seguro, as contrata-
ções de seguro no exterior e as operações em moeda estrangeira do setor Seção II
securitário. Das Regras Aplicáveis

CAPÍTULO II Art. 5o Aplicam-se aos resseguradores locais, observadas as peculiari-


DA REGULAÇÃO E DA FISCALIZAÇÃO dades técnicas, contratuais, operacionais e de risco da atividade e as
disposições do órgão regulador de seguros:
Art. 2o A regulação das operações de co-seguro, resseguro, retroces- I - o Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, e as demais leis
são e sua intermediação será exercida pelo órgão regulador de seguros, aplicáveis às sociedades seguradoras, inclusive as que se referem
conforme definido em lei, observadas as disposições desta Lei Complemen- à intervenção e liquidação de empresas, mandato e responsabili-
tar. dade de administradores; e
§ 1o Para fins desta Lei Complementar, considera-se: II - as regras estabelecidas para as sociedades seguradoras.
I- cedente: a sociedade seguradora que contrata operação de res-
seguro ou o ressegurador que contrata operação de retrocessão; Art. 6o O ressegurador admitido ou eventual deverá atender aos se-
II - co-seguro: operação de seguro em que 2 (duas) ou mais socie- guintes requisitos mínimos:
dades seguradoras, com anuência do segurado, distribuem entre I- estar constituído, segundo as leis de seu país de origem, para
si, percentualmente, os riscos de determinada apólice, sem soli- subscrever resseguros locais e internacionais nos ramos em que
dariedade entre elas; pretenda operar no Brasil e que tenha dado início a tais opera-
III - resseguro: operação de transferência de riscos de uma cedente ções no país de origem, há mais de 5 (cinco) anos;
para um ressegurador, ressalvado o disposto no inciso IV deste II - dispor de capacidade econômica e financeira não inferior à mí-
parágrafo; nima estabelecida pelo órgão regulador de seguros brasileiro;
IV - retrocessão: operação de transferência de riscos de resseguro III - ser portador de avaliação de solvência por agência classificado-
de resseguradores para resseguradores ou de resseguradores ra reconhecida pelo órgão fiscalizador de seguros brasileiro, com
para sociedades seguradoras locais. classificação igual ou superior ao mínimo estabelecido pelo ór-
gão regulador de seguros brasileiro;
§ 2o A regulação pelo órgão de que trata o caput deste artigo não pre- IV - designar procurador, domiciliado no Brasil, com amplos poderes
judica a atuação dos órgãos reguladores das cedentes, no âmbito exclusivo administrativos e judiciais, inclusive para receber citações, para
de suas atribuições, em especial no que se refere ao controle das opera- quem serão enviadas todas as notificações; e
ções realizadas. V - outros requisitos que venham a ser fixados pelo órgão regulador

Conhecimentos Bancários 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
de seguros brasileiro. cessão de risco;
Parágrafo único. Constituem-se ainda requisitos para os ressegurado- IV - requisitos para limites, acompanhamento e monitoramento de
res admitidos: operações intragrupo; e
I - manutenção de conta em moeda estrangeira vinculada ao órgão V- requisitos adicionais aos mencionados nos incisos I a IV deste
fiscalizador de seguros brasileiro, na forma e montante definido pe- parágrafo.
lo órgão regulador de seguros brasileiro para garantia de suas ope-
rações no País; Art. 13. Os contratos de resseguro deverão incluir cláusula dispondo
II - apresentação periódica de demonstrações financeiras, na forma que, em caso de liquidação da cedente, subsistem as responsabilidades do
definida pelo órgão regulador de seguros brasileiro. ressegurador perante a massa liquidanda, independentemente de os pa-
gamentos de indenizações ou benefícios aos segurados, participantes,
Art. 7o A taxa de fiscalização a ser paga pelos resseguradores locais e beneficiários ou assistidos haverem ou não sido realizados pela cedente,
admitidos será estipulada na forma da lei. ressalvados os casos enquadrados no art. 14 desta Lei Complementar.

CAPÍTULO IV Art. 14. Os resseguradores e os seus retrocessionários não responde-


DOS CRITÉRIOS BÁSICOS DE CESSÃO rão diretamente perante o segurado, participante, beneficiário ou assistido
pelo montante assumido em resseguro e em retrocessão, ficando as ceden-
Art. 8o A contratação de resseguro e retrocessão no País ou no exteri- tes que emitiram o contrato integralmente responsáveis por indenizá-los.
or será feita mediante negociação direta entre a cedente e o ressegurador Parágrafo único. Na hipótese de insolvência, de decretação de liquida-
ou por meio de intermediário legalmente autorizado. ção ou de falência da cedente, é permitido o pagamento direto ao segura-
§ 1o O limite máximo que poderá ser cedido anualmente a ressegura- do, participante, beneficiário ou assistido, da parcela de indenização ou
dores eventuais será fixado pelo Poder Executivo. benefício correspondente ao resseguro, desde que o pagamento da respec-
§ 2o O intermediário de que trata o caput deste artigo é a corretora au- tiva parcela não tenha sido realizado ao segurado pela cedente nem pelo
torizada de resseguros, pessoa jurídica, que disponha de contrato de ressegurador à cedente, quando:
seguro de responsabilidade civil profissional, na forma definida pelo órgão I - o contrato de resseguro for considerado facultativo na forma defini-
regulador de seguros, e que tenha como responsável técnico o corretor de da pelo órgão regulador de seguros;
seguros especializado e devidamente habilitado. II - nos demais casos, se houver cláusula contratual de pagamento di-
reto.
Art. 9o A transferência de risco somente será realizada em operações:
I - de resseguro com resseguradores locais, admitidos ou eventuais; e Art. 15. Nos contratos com a intermediação de corretoras de ressegu-
II - de retrocessão com resseguradores locais, admitidos ou eventuais, ro, não poderão ser incluídas cláusulas que limitem ou restrinjam a relação
ou sociedades seguradoras locais. direta entre as cedentes e os resseguradores nem se poderão conferir
§ 1o As operações de resseguro relativas a seguro de vida por sobre- poderes ou faculdades a tais corretoras além daqueles necessários e
vivência e previdência complementar são exclusivas de resseguradores próprios ao desempenho de suas atribuições como intermediários indepen-
locais. dentes na contratação do resseguro.
§ 2o O órgão regulador de seguros poderá estabelecer limites e condi-
ções para a retrocessão de riscos referentes às operações mencionadas no Art. 16. Nos contratos a que se refere o art. 15 desta Lei Complemen-
§ 1o deste artigo. tar, é obrigatória a inclusão de cláusula de intermediação, definindo se a
corretora está ou não autorizada a receber os prêmios de resseguro ou a
Art. 10. O órgão fiscalizador de seguros terá acesso a todos os contra- coletar o valor correspondente às recuperações de indenizações ou benefí-
tos de resseguro e de retrocessão, inclusive os celebrados no exterior, sob cios.
pena de ser desconsiderada, para todos os efeitos, a existência do contrato Parágrafo único. Estando a corretora autorizada ao recebimento ou à
de resseguro e de retrocessão. coleta a que se refere o caput deste artigo, os seguintes procedimentos
serão observados:
Art. 11. Observadas as normas do órgão regulador de seguros, a ce- I - o pagamento do prêmio à corretora libera a cedente de qualquer
dente contratará ou ofertará preferencialmente a resseguradores locais responsabilidade pelo pagamento efetuado ao ressegurador; e,
para, pelo menos: II - o pagamento de indenização ou benefício à corretora só libera o
I - 60% (sessenta por cento) de sua cessão de resseguro, nos 3 (três) ressegurador quando efetivamente recebido pela cedente.
primeiros anos após a entrada em vigor desta Lei Complementar; e
II - 40% (quarenta por cento) de sua cessão de resseguro, após decor- Art. 17. A aplicação dos recursos das provisões técnicas e dos fundos
ridos 3 (três) anos da entrada em vigor desta Lei Complementar. dos resseguradores locais e dos recursos exigidos no País para garantia
§ 1o (VETADO). das obrigações dos resseguradores admitidos será efetuada de acordo com
§ 2o (VETADO) as diretrizes do Conselho Monetário Nacional - CMN.
§ 3o (VETADO)
§ 4o (VETADO) Seção II
§ 5o (VETADO) Das Operações em Moeda Estrangeira
§ 6o (VETADO)
Art. 18. O seguro, o resseguro e a retrocessão poderão ser efetuados
CAPÍTULO V no País em moeda estrangeira, observadas a legislação que rege opera-
DAS OPERAÇÕES ções desta natureza, as regras fixadas pelo CMN e as regras fixadas pelo
órgão regulador de seguros.
Seção I Parágrafo único. O CMN disciplinará a abertura e manutenção de con-
Disposições Gerais tas em moeda estrangeira, tituladas por sociedades seguradoras, ressegu-
radores locais, resseguradores admitidos e corretoras de resseguro.
Art. 12. O órgão regulador de seguros estabelecerá as diretrizes para
as operações de resseguro, de retrocessão e de corretagem de resseguro Seção III
e para a atuação dos escritórios de representação dos resseguradores Do Seguro no País e no Exterior
admitidos, observadas as disposições desta Lei Complementar.
Parágrafo único. O órgão regulador de seguros poderá estabelecer: Art. 19. Serão exclusivamente celebrados no País, ressalvado o dis-
I- cláusulas obrigatórias de instrumentos contratuais relativos às posto no art. 20 desta Lei Complementar:
operações de resseguro e retrocessão; I - os seguros obrigatórios; e
II - prazos para formalização contratual; II - os seguros não obrigatórios contratados por pessoas naturais resi-
III - restrições quanto à realização de determinadas operações de dentes no País ou por pessoas jurídicas domiciliadas no território

Conhecimentos Bancários 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
nacional, independentemente da forma jurídica, para garantia de
riscos no País. Art. 26. As câmaras e os prestadores de serviços de compensação e
de liquidação autorizados a funcionar pela legislação em vigor bem como
Art. 20. A contratação de seguros no exterior por pessoas naturais re- as instituições autorizadas à prestação de serviços de custódia pela Comis-
sidentes no País ou por pessoas jurídicas domiciliadas no território nacional são de Valores Mobiliários fornecerão ao órgão fiscalizador de seguros,
é restrita às seguintes situações: desde que por ele declaradas necessárias ao exercício de suas atribuições,
I- cobertura de riscos para os quais não exista oferta de seguro no as informações que possuam sobre as operações:
País, desde que sua contratação não represente infração à le- I - dos fundos de investimento especialmente constituídos para a re-
gislação vigente; cepção de recursos das sociedades seguradoras, de capitalização
II - cobertura de riscos no exterior em que o segurado seja pessoa e entidades abertas de previdência complementar; e
natural residente no País, para o qual a vigência do seguro con- II - dos fundos de investimento, com patrimônio segregado, vinculados
tratado se restrinja, exclusivamente, ao período em que o segu- exclusivamente a planos de previdência complementar ou a segu-
rado se encontrar no exterior; ros de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência, estrutura-
III - seguros que sejam objeto de acordos internacionais referenda- dos na modalidade de contribuição variável, por eles comercializa-
dos pelo Congresso Nacional; e dos e administrados.
IV - seguros que, pela legislação em vigor, na data de publicação
desta Lei Complementar, tiverem sido contratados no exterior. Art. 27. Os arts. 8o, 16, 32, 86, 88, 96, 100, 108, 111 e 112 do Decreto-
Parágrafo único. Pessoas jurídicas poderão contratar seguro no exte- Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, passam a vigorar com a seguinte
rior para cobertura de riscos no exterior, informando essa contratação ao redação:
órgão fiscalizador de seguros brasileiro no prazo e nas condições determi- “Art. 8o
nadas pelo órgão regulador de seguros brasileiro. c) dos resseguradores;
.. ” (NR)
CAPÍTULO VI “Art. 16. Parágrafo único. (VETADO).” (NR)
DO REGIME DISCIPLINAR “Art. 32.
VI - delimitar o capital das sociedades seguradoras e dos ressegura-
Art. 21. As cedentes, os resseguradores locais, os escritórios de re- dores;
presentação de ressegurador admitido, os corretores e corretoras de segu- VIII - disciplinar as operações de co-seguro;
ro, resseguro e retrocessão e os prestadores de serviços de auditoria IX - (revogado);
independente bem como quaisquer pessoas naturais ou jurídicas que XIII - (revogado);
descumprirem as normas relativas à atividade de resseguro, retrocessão e ................................................................................. ” (NR)
corretagem de resseguros estarão sujeitos às penalidades previstas nos
arts. 108, 111, 112 e 128 do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de “Art. 86. Os segurados e beneficiários que sejam credores por indeni-
1966, aplicadas pelo órgão fiscalizador de seguros, conforme normas do zação ajustada ou por ajustar têm privilégio especial sobre reservas técni-
órgão regulador de seguros. cas, fundos especiais ou provisões garantidoras das operações de seguro,
Parágrafo único. As infrações a que se refere o caput deste artigo se- de resseguro e de retrocessão.
rão apuradas mediante processo administrativo regido em consonância Parágrafo único. Após o pagamento aos segurados e beneficiários
com o art. 118 do Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966. mencionados no caput deste artigo, o privilégio citado será conferido,
relativamente aos fundos especiais, reservas técnicas ou provisões garan-
CAPÍTULO VII tidoras das operações de resseguro e de retrocessão, às sociedades segu-
DISPOSIÇÕES FINAIS radoras e, posteriormente, aos resseguradores.” (NR)

Art. 22. O IRB-Brasil Resseguros S.A. fica autorizado a continuar exer- “Art. 88. As sociedades seguradoras e os resseguradores obedecerão
cendo suas atividades de resseguro e de retrocessão, sem qualquer solu- às normas e instruções dos órgãos regulador e fiscalizador de seguros
ção de continuidade, independentemente de requerimento e autorização sobre operações de seguro, co-seguro, resseguro e retrocessão, bem como
governamental, qualificando-se como ressegurador local. lhes fornecerão dados e informações atinentes a quaisquer aspectos de
Parágrafo único. O IRB-Brasil Resseguros S.A. fornecerá ao órgão fis- suas atividades.
calizador da atividade de seguros informações técnicas e cópia de seu Parágrafo único. Os inspetores e funcionários credenciados do órgão
acervo de dados e de quaisquer outros documentos ou registros que esse fiscalizador de seguros terão livre acesso às sociedades seguradoras e aos
órgão fiscalizador julgue necessários para o desempenho das funções de resseguradores, deles podendo requisitar e apreender livros, notas técnicas
fiscalização das operações de seguro, co-seguro, resseguro e retrocessão. e documentos, caracterizando-se como embaraço à fiscalização, sujeito às
penas previstas neste Decreto-Lei, qualquer dificuldade oposta aos objeti-
Art. 23. Fica a União autorizada a oferecer aos acionistas preferenciais vos deste artigo.” (NR)
do IRB-Brasil Resseguros S.A., mediante competente deliberação societá-
ria, a opção de retirada do capital que mantêm investido na sociedade, com “Art. 96.
a finalidade exclusiva de destinar tais recursos integralmente à subscrição c) acumular obrigações vultosas devidas aos resseguradores, a juízo
de ações de empresa de resseguro sediada no País. do órgão fiscalizador de seguros, observadas as determinações do órgão
Parágrafo único. (VETADO) regulador de seguros;
................................................................................ ” (NR)
Art. 24. O órgão fiscalizador de seguros fornecerá à Advocacia-Geral
da União as informações e os documentos necessários à defesa da União “Art. 100.
nas ações em que seja parte. c) a relação dos créditos da Fazenda Pública e da Previdência Social;
................................................................................. ” (NR)
Art. 25. O órgão fiscalizador de seguros, instaurado inquérito adminis-
trativo, poderá solicitar à autoridade judiciária competente o levantamento “Art. 108. A infração às normas referentes às atividades de seguro, co-
do sigilo nas instituições financeiras de informações e documentos relativos seguro e capitalização sujeita, na forma definida pelo órgão regulador de
a bens, direitos e obrigações de pessoa física ou jurídica submetida ao seu seguros, a pessoa natural ou jurídica responsável às seguintes penalidades
poder fiscalizador. administrativas, aplicadas pelo órgão fiscalizador de seguros:
Parágrafo único. O órgão fiscalizador de seguros, o Banco Central do I- advertência;
Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários manterão permanente intercâm- II - suspensão do exercício das atividades ou profissão abrangidas
bio de informações acerca dos resultados das inspeções que realizarem, por este Decreto-Lei pelo prazo de até 180 (cento e oitenta) dias;
dos inquéritos que instaurarem e das penalidades que aplicarem, sempre III - inabilitação, pelo prazo de 2 (dois) anos a 10 (dez) anos, para o
que as informações forem necessárias ao desempenho de suas atividades. exercício de cargo ou função no serviço público e em empresas

Conhecimentos Bancários 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
públicas, sociedades de economia mista e respectivas subsidiá- te obrigatórios, sem prejuízo de outras sanções legais, será aplicada multa
rias, entidades de previdência complementar, sociedades de ca- de:
pitalização, instituições financeiras, sociedades seguradoras e I - o dobro do valor do prêmio, quando este for definido na legislação
resseguradores; aplicável; e
IV - multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um mi- II - nos demais casos, o que for maior entre 10% (dez por cento) da
lhão de reais); e importância segurável ou R$ 1.000,00 (mil reais).” (NR)
V - suspensão para atuação em 1 (um) ou mais ramos de seguro ou
resseguro. Art. 28. (VETADO)
VI - (revogado);
VII - (revogado); Art. 29. A regulação de co-seguro, resseguro e retrocessão deverá as-
VIII - (revogado); segurar prazo não inferior a 180 (cento e oitenta) dias para o Instituto de
IX - (revogado). Resseguros do Brasil se adequar às novas regras de negócios, operações
§ 1o A penalidade prevista no inciso IV do caput deste artigo será im- de resseguro, renovação dos contratos de retrocessão, plano de contas,
putada ao agente responsável, respondendo solidariamente o ressegurador regras de tributação, controle dos negócios de retrocessão no exterior e
ou a sociedade seguradora ou de capitalização, assegurado o direito de demais aspectos provenientes da alteração do marco regulatório decorren-
regresso, e poderá ser aplicada cumulativamente com as penalidades te desta Lei Complementar.
constantes dos incisos I, II, III ou V do caput deste artigo.
§ 2o Das decisões do órgão fiscalizador de seguros caberá recurso, no Art. 30. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publica-
prazo de 30 (trinta) dias, com efeito suspensivo, ao órgão competente. ção.
§ 3o O recurso a que se refere o § 2o deste artigo, na hipótese do inci-
so IV do caput deste artigo, somente será conhecido se for comprovado Art. 31. Ficam revogados os arts. 6o, 15 e 18, a alínea i do caput do
pelo requerente o pagamento antecipado, em favor do órgão fiscalizador de art. 20, os arts. 23, 42, 44 e 45, o § 4º do art. 55, os arts. 56 a 71, a alínea c
seguros, de 30% (trinta por cento) do valor da multa aplicada. do caput e o § 1º do art. 79, os arts. 81 e 82, o § 2º do art. 89 e os arts. 114
§ 4o Julgada improcedente a aplicação da penalidade de multa, o ór- e 116 do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, e a Lei no 9.932,
gão fiscalizador de seguros devolverá, no prazo máximo de 90 (noventa) de 20 de dezembro de 1999.
dias a partir de requerimento da parte interessada, o valor depositado.
§ 5o Em caso de reincidência, a multa será agravada até o dobro em Brasília, 15 de janeiro de 2007; 186o da Independência e 119o da
relação à multa anterior, conforme critérios estipulados pelo órgão regula- República.
dor de seguros.” (NR)
LEI No 10.190, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2001.
“Art. 111. Compete ao órgão fiscalizador de seguros expedir normas
sobre relatórios e pareceres de prestadores de serviços de auditoria inde- Altera dispositivos do Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, da
pendente aos resseguradores, às sociedades seguradoras, às sociedades Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977, da Lei no 5.627, de 1o de dezembro de
de capitalização e às entidades abertas de previdência complementar. 1970, e dá outras providências.
a) (revogada);
b) (revogada);
Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisória
c) (revogada);
nº 2.069-31, de 2001, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Antonio
d) (revogada);
Carlos Magalhães, Presidente, para os efeitos do disposto no parágrafo
e) (revogada);
único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:
f) (revogada pela Lei no 9.932, de 20 de dezembro de 1999);
g) (revogada);
Art. 1o Os arts. 20, 26, 84 e 90 do Decreto-Lei no 73, de 21 de novem-
h) (revogada);
bro de 1966, passam a vigorar com as seguintes alterações:
i) (revogada).
"Art. 20...................................
§ 1o Os prestadores de serviços de auditoria independente aos resse-
Parágrafo único. Não se aplica à União a obrigatoriedade estatuída na
guradores, às sociedades seguradoras, às sociedades de capitalização e
alínea "h" deste artigo." (NR)
às entidades abertas de previdência complementar responderão, civilmen-
"Art. 26. As sociedades seguradoras não poderão requerer concordata
te, pelos prejuízos que causarem a terceiros em virtude de culpa ou dolo no
e não estão sujeitas à falência, salvo, neste último caso, se decretada a
exercício das funções previstas neste artigo.
liquidação extrajudicial, o ativo não for suficiente para o pagamento de pelo
§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, os prestadores de
menos a metade dos credores quirografários, ou quando houver fundados
serviços de auditoria independente responderão administrativamente pe-
indícios da ocorrência de crime falimentar." (NR)
rante o órgão fiscalizador de seguros pelos atos praticados ou omissões em
"Art. 84. ...................................
que houverem incorrido no desempenho das atividades de auditoria inde-
§ 1o O patrimônio líquido das sociedades seguradoras não poderá ser
pendente aos resseguradores, às sociedades seguradoras, às sociedades
inferior ao valor do passivo não operacional, nem ao valor mínimo decorren-
de capitalização e às entidades abertas de previdência complementar.
te do cálculo da margem de solvência, efetuado com base na regulamenta-
§ 3o Instaurado processo administrativo contra resseguradores, socie-
ção baixada pelo CNSP.
dades seguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de
§ 2o O passivo não operacional será constituído pelo valor total das
previdência complementar, o órgão fiscalizador poderá, considerada a
obrigações não cobertas por bens garantidores.
gravidade da infração, cautelarmente, determinar a essas empresas a
§ 3o As sociedades seguradoras deverão adequar-se ao disposto nes-
substituição do prestador de serviços de auditoria independente.
te artigo no prazo de um ano, prorrogável por igual período e caso a caso,
§ 4o Apurada a existência de irregularidade cometida pelo prestador de
por decisão do CNSP." (NR)
serviços de auditoria independente mencionado no caput deste artigo,
serão a ele aplicadas as penalidades previstas no art. 108 deste Decreto-
"Art. 90. ...................................
Lei.
Parágrafo único. Aplica-se à intervenção a que se refere este artigo o
§ 5o Quando as entidades auditadas relacionadas no caput deste arti-
disposto nos arts. 55 a 62 da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977." (NR)
go forem reguladas ou fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários
ou pelos demais órgãos reguladores e fiscalizadores, o disposto neste
Art. 2o Fica restabelecido o art. 33 do Decreto-Lei no 73, de 1966, com
artigo não afastará a competência desses órgãos para disciplinar e fiscali-
a seguinte redação:
zar a atuação dos respectivos prestadores de serviço de auditoria indepen-
"Art. 33. O CNSP será integrado pelos seguintes membros:
dente e para aplicar, inclusive a esses auditores, as penalidades previstas
I- Ministro de Estado da Fazenda, ou seu representante;
na legislação própria.” (NR)
II - representante do Ministério da Justiça;
III - representante do Ministério da Previdência e Assistência Social;
“Art. 112. Às pessoas que deixarem de contratar os seguros legalmen-
IV - Superintendente da Superintendência de Seguros Privados -

Conhecimentos Bancários 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
SUSEP; INTRODUÇÃO
V - representante do Banco Central do Brasil;
VI – representante da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. Art. 1o O regime de previdência privada, de caráter complementar e or-
§ 1o O CNSP será presidido pelo Ministro de Estado da Fazenda e, na ganizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência
sua ausência, pelo Superintendente da SUSEP. social, é facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o
§ 2o O CNSP terá seu funcionamento regulado em regimento interno." benefício, nos termos do caput do art. 202 da Constituição Federal, obser-
(NR) vado o disposto nesta Lei Complementar.

Art. 3o Às sociedades seguradoras de capitalização e às entidades de Art. 2o O regime de previdência complementar é operado por entidades
previdência privada aberta aplica-se o disposto nos arts. 2o e 15 do Decre- de previdência complementar que têm por objetivo principal instituir e
to-Lei no 2.321, de 25 de fevereiro de 1987, 1o a 8o da Lei no 9.447, de 14 executar planos de benefícios de caráter previdenciário, na forma desta Lei
de março de 1997 e, no que couber, nos arts. 3o a 49 da Lei no 6.024, de 13 Complementar.
de março de 1974.
Parágrafo único. As funções atribuídas ao Banco Central do Brasil pe- Art. 3o A ação do Estado será exercida com o objetivo de:
las Leis referidas neste artigo serão exercidas pela Superintendência de I- formular a política de previdência complementar;
Seguros Privados - SUSEP, quando se tratar de sociedades seguradoras, II - disciplinar, coordenar e supervisionar as atividades reguladas
de capitalização ou de entidades de previdência privada aberta. por esta Lei Complementar, compatibilizando-as com as políticas
previdenciária e de desenvolvimento social e econômico-
Art. 4o Aplica-se às entidades de previdência privada aberta o disposto financeiro;
no art. 84 do Decreto-Lei no 73, de 1966. III - determinar padrões mínimos de segurança econômico-financeira
e atuarial, com fins específicos de preservar a liquidez, a solvên-
Art. 5o O art. 56 da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977, passa a vigo- cia e o equilíbrio dos planos de benefícios, isoladamente, e de
rar com a seguinte redação: cada entidade de previdência complementar, no conjunto de su-
"Art. 56 ................................... as atividades;
§ 3o A decretação da intervenção não afetará o funcionamento da en- IV - assegurar aos participantes e assistidos o pleno acesso às in-
tidade nem o curso regular de seus negócios. formações relativas à gestão de seus respectivos planos de be-
§ 4o Na hipótese de indicação de pessoa jurídica para gerir a socieda- nefícios;
de em regime de intervenção, esta poderá, em igualdade de condições com V - fiscalizar as entidades de previdência complementar, suas ope-
outros interessados, participar de processo de aquisição do controle acio- rações e aplicar penalidades; e
nário da sociedade interventiva." (NR) VI - proteger os interesses dos participantes e assistidos dos planos
de benefícios.
Art. 6o O art. 9o da Lei no 5.627, de 1o de dezembro de 1970, passa a
vigorar com a seguinte redação: Art. 4o As entidades de previdência complementar são classificadas em
"Art. 9o Parágrafo único. Excepcionalmente, e em prazo não superior a fechadas e abertas, conforme definido nesta Lei Complementar.
um ano, prorrogável por uma única vez e por igual prazo, e a critério da
SUSEP, poderá ser autorizada a transferência de controle acionário de Art. 5o A normatização, coordenação, supervisão, fiscalização e contro-
sociedades de seguros às pessoas jurídicas indicadas neste artigo." (NR) le das atividades das entidades de previdência complementar serão reali-
zados por órgão ou órgãos regulador e fiscalizador, conforme disposto em
Art. 7o Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida lei, observado o disposto no inciso VI do art. 84 da Constituição Federal.
Provisória no 2.069-30, de 27 de dezembro de 2000.
CAPÍTULO II
Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS

Art. 9o Fica revogado o art. 3o da Lei no 7.682, de 2 de dezembro de Seção I


1988. Disposições Comuns

Congresso Nacional, em 14 de fevereiro de 2001; 180o da Independên- Art. 6o As entidades de previdência complementar somente poderão
cia e 113o da República instituir e operar planos de benefícios para os quais tenham autorização
específica, segundo as normas aprovadas pelo órgão regulador e fiscaliza-
Senador Antonio Carlos Magalhães dor, conforme disposto nesta Lei Complementar.
Presidente
Art. 7o Os planos de benefícios atenderão a padrões mínimos fixados
CONSELHO DE GESTÃO DE PREVIDÊNCIA pelo órgão regulador e fiscalizador, com o objetivo de assegurar transpa-
COMPLEMENTAR (CGPC) rência, solvência, liquidez e equilíbrio econômico-financeiro e atuarial.
Parágrafo único. O órgão regulador e fiscalizador normatizará planos
de benefícios nas modalidades de benefício definido, contribuição definida
O Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC) é um e contribuição variável, bem como outras formas de planos de benefícios
órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social que reflitam a evolução técnica e possibilitem flexibilidade ao regime de
e cuja competência é regular, normatizar e coordenar as atividades das previdência complementar.
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão).
Também cabe ao CGPC julgar, em última instância, os recursos interpostos Art. 8o Para efeito desta Lei Complementar, considera-se:
contra as decisões da Secretaria de Previdência Complementar. I - participante, a pessoa física que aderir aos planos de benefícios; e
II - assistido, o participante ou seu beneficiário em gozo de benefício
LEI COMPLEMENTAR Nº 109, DE 29 DE MAIO DE 2001 de prestação continuada.

Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras pro- Art. 9o As entidades de previdência complementar constituirão reservas
vidências. técnicas, provisões e fundos, de conformidade com os critérios e normas
fixados pelo órgão regulador e fiscalizador.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacio- § 1o A aplicação dos recursos correspondentes às reservas, às provi-
nal decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: sões e aos fundos de que trata o caput será feita conforme diretrizes esta-
belecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
CAPÍTULO I § 2o É vedado o estabelecimento de aplicações compulsórias ou limites

Conhecimentos Bancários 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mínimos de aplicação. § 2o O órgão regulador e fiscalizador estabelecerá período de carência
para o instituto de que trata o inciso II deste artigo.
Art. 10. Deverão constar dos regulamentos dos planos de benefícios, § 3o Na regulamentação do instituto previsto no inciso II do caput deste
das propostas de inscrição e dos certificados de participantes condições artigo, o órgão regulador e fiscalizador observará, entre outros requisitos
mínimas a serem fixadas pelo órgão regulador e fiscalizador. específicos, os seguintes:
§ 1o A todo pretendente será disponibilizado e a todo participante en- I - se o plano de benefícios foi instituído antes ou depois da publica-
tregue, quando de sua inscrição no plano de benefícios: ção desta Lei Complementar;
I- certificado onde estarão indicados os requisitos que regulam a II - a modalidade do plano de benefícios.
admissão e a manutenção da qualidade de participante, bem
como os requisitos de elegibilidade e forma de cálculo dos bene- § 4o O instituto de que trata o inciso II deste artigo, quando efetuado
fícios; para entidade aberta, somente será admitido quando a integralidade dos
II - cópia do regulamento atualizado do plano de benefícios e mate- recursos financeiros correspondentes ao direito acumulado do participante
rial explicativo que descreva, em linguagem simples e precisa, for utilizada para a contratação de renda mensal vitalícia ou por prazo
as características do plano; determinado, cujo prazo mínimo não poderá ser inferior ao período em que
III - cópia do contrato, no caso de plano coletivo de que trata o inciso a respectiva reserva foi constituída, limitado ao mínimo de quinze anos,
II do art. 26 desta Lei Complementar; e observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador.
IV - outros documentos que vierem a ser especificados pelo órgão
regulador e fiscalizador. Art. 15. Para efeito do disposto no inciso II do caput do artigo anterior,
fica estabelecido que:
§ 2o Na divulgação dos planos de benefícios, não poderão ser incluídas I - a portabilidade não caracteriza resgate; e
informações diferentes das que figurem nos documentos referidos neste II - é vedado que os recursos financeiros correspondentes transitem
artigo. pelos participantes dos planos de benefícios, sob qualquer forma.
Parágrafo único. O direito acumulado corresponde às reservas consti-
Art. 11. Para assegurar compromissos assumidos junto aos participan- tuídas pelo participante ou à reserva matemática, o que lhe for mais favorá-
tes e assistidos de planos de benefícios, as entidades de previdência vel.
complementar poderão contratar operações de resseguro, por iniciativa
própria ou por determinação do órgão regulador e fiscalizador, observados Art. 16. Os planos de benefícios devem ser, obrigatoriamente, ofereci-
o regulamento do respectivo plano e demais disposições legais e regula- dos a todos os empregados dos patrocinadores ou associados dos institui-
mentares. dores.
Parágrafo único. Fica facultada às entidades fechadas a garantia refe- § 1o Para os efeitos desta Lei Complementar, são equiparáveis aos
rida no caput por meio de fundo de solvência, a ser instituído na forma da empregados e associados a que se refere o caput os gerentes, diretores,
lei. conselheiros ocupantes de cargo eletivo e outros dirigentes de patrocinado-
res e instituidores.
Seção II § 2o É facultativa a adesão aos planos a que se refere o caput deste ar-
Dos Planos de Benefícios de Entidades Fechadas tigo.
§ 3o O disposto no caput deste artigo não se aplica aos planos em ex-
Art. 12. Os planos de benefícios de entidades fechadas poderão ser tinção, assim considerados aqueles aos quais o acesso de novos partici-
instituídos por patrocinadores e instituidores, observado o disposto no art. pantes esteja vedado.
31 desta Lei Complementar.
Art. 17. As alterações processadas nos regulamentos dos planos apli-
Art. 13. A formalização da condição de patrocinador ou instituidor de cam-se a todos os participantes das entidades fechadas, a partir de sua
um plano de benefício dar-se-á mediante convênio de adesão a ser cele- aprovação pelo órgão regulador e fiscalizador, observado o direito acumu-
brado entre o patrocinador ou instituidor e a entidade fechada, em relação a lado de cada participante.
cada plano de benefícios por esta administrado e executado, mediante Parágrafo único. Ao participante que tenha cumprido os requisitos para
prévia autorização do órgão regulador e fiscalizador, conforme regulamen- obtenção dos benefícios previstos no plano é assegurada a aplicação das
tação do Poder Executivo. disposições regulamentares vigentes na data em que se tornou elegível a
§ 1o Admitir-se-á solidariedade entre patrocinadores ou entre instituido- um benefício de aposentadoria.
res, com relação aos respectivos planos, desde que expressamente previs- Art. 18. O plano de custeio, com periodicidade mínima anual, estabele-
ta no convênio de adesão. cerá o nível de contribuição necessário à constituição das reservas garanti-
§ 2o O órgão regulador e fiscalizador, dentre outros requisitos, estabe- doras de benefícios, fundos, provisões e à cobertura das demais despesas,
lecerá o número mínimo de participantes admitido para cada modalidade de em conformidade com os critérios fixados pelo órgão regulador e fiscaliza-
plano de benefício. dor.
§ 1o O regime financeiro de capitalização é obrigatório para os benefí-
Art. 14. Os planos de benefícios deverão prever os seguintes institutos, cios de pagamento em prestações que sejam programadas e continuadas.
observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador: § 2o Observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atua-
I- benefício proporcional diferido, em razão da cessação do vínculo rial, o cálculo das reservas técnicas atenderá às peculiaridades de cada
empregatício com o patrocinador ou associativo com o instituidor plano de benefícios e deverá estar expresso em nota técnica atuarial, de
antes da aquisição do direito ao benefício pleno, a ser concedido apresentação obrigatória, incluindo as hipóteses utilizadas, que deverão
quando cumpridos os requisitos de elegibilidade; guardar relação com as características da massa e da atividade desenvol-
II - portabilidade do direito acumulado pelo participante para outro vida pelo patrocinador ou instituidor.
plano; § 3o As reservas técnicas, provisões e fundos de cada plano de benefí-
III - resgate da totalidade das contribuições vertidas ao plano pelo cios e os exigíveis a qualquer título deverão atender permanentemente à
participante, descontadas as parcelas do custeio administrativo, cobertura integral dos compromissos assumidos pelo plano de benefícios,
na forma regulamentada; e ressalvadas excepcionalidades definidas pelo órgão regulador e fiscaliza-
IV - faculdade de o participante manter o valor de sua contribuição e dor.
a do patrocinador, no caso de perda parcial ou total da remune-
ração recebida, para assegurar a percepção dos benefícios nos Art. 19. As contribuições destinadas à constituição de reservas terão
níveis correspondentes àquela remuneração ou em outros defi- como finalidade prover o pagamento de benefícios de caráter previdenciá-
nidos em normas regulamentares. rio, observadas as especificidades previstas nesta Lei Complementar.
Parágrafo único. As contribuições referidas no caput classificam-se em:
§ 1o Não será admitida a portabilidade na inexistência de cessação do I - normais, aquelas destinadas ao custeio dos benefícios previstos no
vínculo empregatício do participante com o patrocinador. respectivo plano; e

Conhecimentos Bancários 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


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II - extraordinárias, aquelas destinadas ao custeio de déficits, serviço Art. 26. Os planos de benefícios instituídos por entidades abertas pode-
passado e outras finalidades não incluídas na contribuição normal. rão ser:
I - individuais, quando acessíveis a quaisquer pessoas físicas; ou
Art. 20. O resultado superavitário dos planos de benefícios das entida- II - coletivos, quando tenham por objetivo garantir benefícios previden-
des fechadas, ao final do exercício, satisfeitas as exigências regulamenta- ciários a pessoas físicas vinculadas, direta ou indiretamente, a uma
res relativas aos mencionados planos, será destinado à constituição de pessoa jurídica contratante.
reserva de contingência, para garantia de benefícios, até o limite de vinte e § 1o O plano coletivo poderá ser contratado por uma ou várias pessoas
cinco por cento do valor das reservas matemáticas. jurídicas.
§ 1o Constituída a reserva de contingência, com os valores excedentes § 2o O vínculo indireto de que trata o inciso II deste artigo refere-se aos
será constituída reserva especial para revisão do plano de benefícios. casos em que uma entidade representativa de pessoas jurídicas contrate
§ 2o A não utilização da reserva especial por três exercícios consecuti- plano previdenciário coletivo para grupos de pessoas físicas vinculadas a
vos determinará a revisão obrigatória do plano de benefícios da entidade. suas filiadas.
§ 3o Se a revisão do plano de benefícios implicar redução de contribui- § 3o Os grupos de pessoas de que trata o parágrafo anterior poderão
ções, deverá ser levada em consideração a proporção existente entre as ser constituídos por uma ou mais categorias específicas de empregados de
contribuições dos patrocinadores e dos participantes, inclusive dos assisti- um mesmo empregador, podendo abranger empresas coligadas, controla-
dos. das ou subsidiárias, e por membros de associações legalmente constituí-
das, de caráter profissional ou classista, e seus cônjuges ou companheiros
Art. 21. O resultado deficitário nos planos ou nas entidades fechadas e dependentes econômicos.
será equacionado por patrocinadores, participantes e assistidos, na propor- § 4o Para efeito do disposto no parágrafo anterior, são equiparáveis
ção existente entre as suas contribuições, sem prejuízo de ação regressiva aos empregados e associados os diretores, conselheiros ocupantes de
contra dirigentes ou terceiros que deram causa a dano ou prejuízo à enti- cargos eletivos e outros dirigentes ou gerentes da pessoa jurídica contra-
dade de previdência complementar. tante.
§ 1o O equacionamento referido no caput poderá ser feito, dentre ou- § 5o A implantação de um plano coletivo será celebrada mediante con-
tras formas, por meio do aumento do valor das contribuições, instituição de trato, na forma, nos critérios, nas condições e nos requisitos mínimos a
contribuição adicional ou redução do valor dos benefícios a conceder, serem estabelecidos pelo órgão regulador.
observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador. § 6o É vedada à entidade aberta a contratação de plano coletivo com
§ 2o A redução dos valores dos benefícios não se aplica aos assistidos, pessoa jurídica cujo objetivo principal seja estipular, em nome de terceiros,
sendo cabível, nesse caso, a instituição de contribuição adicional para planos de benefícios coletivos.
cobertura do acréscimo ocorrido em razão da revisão do plano.
§ 3o Na hipótese de retorno à entidade dos recursos equivalentes ao Art. 27. Observados os conceitos, a forma, as condições e os critérios
déficit previsto no caput deste artigo, em conseqüência de apuração de fixados pelo órgão regulador, é assegurado aos participantes o direito à
responsabilidade mediante ação judicial ou administrativa, os respectivos portabilidade, inclusive para plano de benefício de entidade fechada, e ao
valores deverão ser aplicados necessariamente na redução proporcional resgate de recursos das reservas técnicas, provisões e fundos, total ou
das contribuições devidas ao plano ou em melhoria dos benefícios. parcialmente.
§ 1o A portabilidade não caracteriza resgate.
Art. 22. Ao final de cada exercício, coincidente com o ano civil, as enti- § 2o É vedado, no caso de portabilidade:
dades fechadas deverão levantar as demonstrações contábeis e as avalia- I - que os recursos financeiros transitem pelos participantes, sob qual-
ções atuariais de cada plano de benefícios, por pessoa jurídica ou profis- quer forma; e
sional legalmente habilitado, devendo os resultados ser encaminhados ao II - a transferência de recursos entre participantes.
órgão regulador e fiscalizador e divulgados aos participantes e aos assisti-
dos. Art. 28. Os ativos garantidores das reservas técnicas, das provisões e
dos fundos serão vinculados à ordem do órgão fiscalizador, na forma a ser
Art. 23. As entidades fechadas deverão manter atualizada sua contabi- regulamentada, e poderão ter sua livre movimentação suspensa pelo
lidade, de acordo com as instruções do órgão regulador e fiscalizador, referido órgão, a partir da qual não poderão ser alienados ou prometidos
consolidando a posição dos planos de benefícios que administram e execu- alienar sem sua prévia e expressa autorização, sendo nulas, de pleno
tam, bem como submetendo suas contas a auditores independentes. direito, quaisquer operações realizadas com violação daquela suspensão.
Parágrafo único. Ao final de cada exercício serão elaboradas as de- § 1o Sendo imóvel, o vínculo será averbado à margem do respectivo
monstrações contábeis e atuariais consolidadas, sem prejuízo dos contro- registro no Cartório de Registro Geral de Imóveis competente, mediante
les por plano de benefícios. comunicação do órgão fiscalizador.
§ 2o Os ativos garantidores a que se refere o caput, bem como os direi-
Art. 24. A divulgação aos participantes, inclusive aos assistidos, das in- tos deles decorrentes, não poderão ser gravados, sob qualquer forma, sem
formações pertinentes aos planos de benefícios dar-se-á ao menos uma prévia e expressa autorização do órgão fiscalizador, sendo nulos os grava-
vez ao ano, na forma, nos prazos e pelos meios estabelecidos pelo órgão mes constituídos com infringência do disposto neste parágrafo.
regulador e fiscalizador.
Parágrafo único. As informações requeridas formalmente pelo partici- Art. 29. Compete ao órgão regulador, entre outras atribuições que lhe
pante ou assistido, para defesa de direitos e esclarecimento de situações forem conferidas por lei:
de interesse pessoal específico deverão ser atendidas pela entidade no I- fixar padrões adequados de segurança atuarial e econômico-
prazo estabelecido pelo órgão regulador e fiscalizador. financeira, para preservação da liquidez e solvência dos planos
de benefícios, isoladamente, e de cada entidade aberta, no con-
Art. 25. O órgão regulador e fiscalizador poderá autorizar a extinção de junto de suas atividades;
plano de benefícios ou a retirada de patrocínio, ficando os patrocinadores e II - estabelecer as condições em que o órgão fiscalizador pode de-
instituidores obrigados ao cumprimento da totalidade dos compromissos terminar a suspensão da comercialização ou a transferência, en-
assumidos com a entidade relativamente aos direitos dos participantes, tre entidades abertas, de planos de benefícios; e
assistidos e obrigações legais, até a data da retirada ou extinção do plano. III - fixar condições que assegurem transparência, acesso a informa-
Parágrafo único. Para atendimento do disposto no caput deste artigo, a ções e fornecimento de dados relativos aos planos de benefí-
situação de solvência econômico-financeira e atuarial da entidade deverá cios, inclusive quanto à gestão dos respectivos recursos.
ser atestada por profissional devidamente habilitado, cujos relatórios serão
encaminhados ao órgão regulador e fiscalizador. Art. 30. É facultativa a utilização de corretores na venda dos planos de
benefícios das entidades abertas.
Seção III Parágrafo único. Aos corretores de planos de benefícios aplicam-se a
Dos Planos de Benefícios de Entidades Abertas legislação e a regulamentação da profissão de corretor de seguros.

Conhecimentos Bancários 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


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CAPÍTULO III ou instituidor.
DAS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
Art. 35. As entidades fechadas deverão manter estrutura mínima com-
Art. 31. As entidades fechadas são aquelas acessíveis, na forma regu- posta por conselho deliberativo, conselho fiscal e diretoria-executiva.
lamentada pelo órgão regulador e fiscalizador, exclusivamente: § 1o O estatuto deverá prever representação dos participantes e assis-
I - aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas e aos tidos nos conselhos deliberativo e fiscal, assegurado a eles no mínimo um
servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni- terço das vagas.
cípios, entes denominados patrocinadores; e § 2o Na composição dos conselhos deliberativo e fiscal das entidades
II - aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profis- qualificadas como multipatrocinadas, deverá ser considerado o número de
sional, classista ou setorial, denominadas instituidores. participantes vinculados a cada patrocinador ou instituidor, bem como o
§ 1o As entidades fechadas organizar-se-ão sob a forma de fundação montante dos respectivos patrimônios.
ou sociedade civil, sem fins lucrativos. § 3o Os membros do conselho deliberativo ou do conselho fiscal deve-
§ 2o As entidades fechadas constituídas por instituidores referidos no rão atender aos seguintes requisitos mínimos:
inciso II do caput deste artigo deverão, cumulativamente: I- comprovada experiência no exercício de atividades nas áreas fi-
I - terceirizar a gestão dos recursos garantidores das reservas técni- nanceira, administrativa, contábil, jurídica, de fiscalização ou de
cas e provisões mediante a contratação de instituição especializada auditoria;
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou outro órgão II - não ter sofrido condenação criminal transitada em julgado; e
competente; III - não ter sofrido penalidade administrativa por infração da legisla-
II - ofertar exclusivamente planos de benefícios na modalidade contri- ção da seguridade social ou como servidor público.
buição definida, na forma do parágrafo único do art. 7o desta Lei
Complementar. § 4o Os membros da diretoria-executiva deverão ter formação de nível
§ 3o Os responsáveis pela gestão dos recursos de que trata o inciso I superior e atender aos requisitos do parágrafo anterior.
do parágrafo anterior deverão manter segregados e totalmente isolados o § 5o Será informado ao órgão regulador e fiscalizador o responsável
seu patrimônio dos patrimônios do instituidor e da entidade fechada. pelas aplicações dos recursos da entidade, escolhido entre os membros da
§ 4o Na regulamentação de que trata o caput, o órgão regulador e fis- diretoria-executiva.
calizador estabelecerá o tempo mínimo de existência do instituidor e o seu § 6o Os demais membros da diretoria-executiva responderão solidaria-
número mínimo de associados. mente com o dirigente indicado na forma do parágrafo anterior pelos danos
e prejuízos causados à entidade para os quais tenham concorrido.
Art. 32. As entidades fechadas têm como objeto a administração e exe- § 7o Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 31 desta Lei Complemen-
cução de planos de benefícios de natureza previdenciária. tar, os membros da diretoria-executiva e dos conselhos deliberativo e fiscal
Parágrafo único. É vedada às entidades fechadas a prestação de poderão ser remunerados pelas entidades fechadas, de acordo com a
quaisquer serviços que não estejam no âmbito de seu objeto, observado o legislação aplicável.
disposto no art. 76. § 8o Em caráter excepcional, poderão ser ocupados até trinta por cento
dos cargos da diretoria-executiva por membros sem formação de nível
Art. 33. Dependerão de prévia e expressa autorização do órgão regula- superior, sendo assegurada a possibilidade de participação neste órgão de
dor e fiscalizador: pelo menos um membro, quando da aplicação do referido percentual resul-
I- a constituição e o funcionamento da entidade fechada, bem co- tar número inferior à unidade.
mo a aplicação dos respectivos estatutos, dos regulamentos dos
planos de benefícios e suas alterações; CAPÍTULO IV
II - as operações de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra DAS ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
forma de reorganização societária, relativas às entidades fecha-
das; Art. 36. As entidades abertas são constituídas unicamente sob a forma
III - as retiradas de patrocinadores; e de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de
IV - as transferências de patrocínio, de grupo de participantes, de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda conti-
planos e de reservas entre entidades fechadas. nuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas.
Parágrafo único. As sociedades seguradoras autorizadas a operar ex-
§ 1o Excetuado o disposto no inciso III deste artigo, é vedada a transfe- clusivamente no ramo vida poderão ser autorizadas a operar os planos de
rência para terceiros de participantes, de assistidos e de reservas constituí- benefícios a que se refere o caput, a elas se aplicando as disposições
das para garantia de benefícios de risco atuarial programado, de acordo desta Lei Complementar.
com normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador.
§ 2o Para os assistidos de planos de benefícios na modalidade contri- Art. 37. Compete ao órgão regulador, entre outras atribuições que lhe
buição definida que mantiveram esta característica durante a fase de per- forem conferidas por lei, estabelecer:
cepção de renda programada, o órgão regulador e fiscalizador poderá, em I- os critérios para a investidura e posse em cargos e funções de
caráter excepcional, autorizar a transferência dos recursos garantidores dos órgãos estatutários de entidades abertas, observado que o pre-
benefícios para entidade de previdência complementar ou companhia tendente não poderá ter sofrido condenação criminal transitada
seguradora autorizada a operar planos de previdência complementar, com em julgado, penalidade administrativa por infração da legislação
o objetivo específico de contratar plano de renda vitalícia, observadas as da seguridade social ou como servidor público;
normas aplicáveis. II - as normas gerais de contabilidade, auditoria, atuária e estatística
a serem observadas pelas entidades abertas, inclusive quanto à
Art. 34. As entidades fechadas podem ser qualificadas da seguinte padronização dos planos de contas, balanços gerais, balancetes
forma, além de outras que possam ser definidas pelo órgão regulador e e outras demonstrações financeiras, critérios sobre sua periodi-
fiscalizador: cidade, sobre a publicação desses documentos e sua remessa
I - de acordo com os planos que administram: ao órgão fiscalizador;
a) de plano comum, quando administram plano ou conjunto de planos III - os índices de solvência e liquidez, bem como as relações patri-
acessíveis ao universo de participantes; e moniais a serem atendidas pelas entidades abertas, observado
b) com multiplano, quando administram plano ou conjunto de planos que seu patrimônio líquido não poderá ser inferior ao respectivo
de benefícios para diversos grupos de participantes, com indepen- passivo não operacional; e
dência patrimonial; IV - as condições que assegurem acesso a informações e forneci-
II - de acordo com seus patrocinadores ou instituidores: mento de dados relativos a quaisquer aspectos das atividades
a) singulares, quando estiverem vinculadas a apenas um patrocinador das entidades abertas.
ou instituidor; e
b) multipatrocinadas, quando congregarem mais de um patrocinador Art. 38. Dependerão de prévia e expressa aprovação do órgão fiscali-

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
zador: remuneração.
I- a constituição e o funcionamento das entidades abertas, bem § 2o Se reconhecer a inviabilidade de recuperação da entidade aberta
como as disposições de seus estatutos e as respectivas altera- ou a ausência de qualquer condição para o seu funcionamento, o diretor-
ções; fiscal proporá ao órgão fiscalizador a decretação da intervenção ou da
II - a comercialização dos planos de benefícios; liquidação extrajudicial.
III - os atos relativos à eleição e conseqüente posse de administra- § 3o O diretor-fiscal não está sujeito à indisponibilidade de bens, nem
dores e membros de conselhos estatutários; e aos demais efeitos decorrentes da decretação da intervenção ou da liqui-
IV - as operações relativas à transferência do controle acionário, fu- dação extrajudicial da entidade aberta.
são, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de reorganiza-
ção societária. CAPÍTULO VI
Parágrafo único. O órgão regulador disciplinará o tratamento adminis- DA INTERVENÇÃO E DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL
trativo a ser emprestado ao exame dos assuntos constantes deste artigo.
Seção I
Art. 39. As entidades abertas deverão comunicar ao órgão fiscalizador, Da Intervenção
no prazo e na forma estabelecidos:
I - os atos relativos às alterações estatutárias e à eleição de adminis- Art. 44. Para resguardar os direitos dos participantes e assistidos pode-
tradores e membros de conselhos estatutários; e rá ser decretada a intervenção na entidade de previdência complementar,
II - o responsável pela aplicação dos recursos das reservas técnicas, desde que se verifique, isolada ou cumulativamente:
provisões e fundos, escolhido dentre os membros da diretoria- I- irregularidade ou insuficiência na constituição das reservas téc-
executiva. nicas, provisões e fundos, ou na sua cobertura por ativos garan-
Parágrafo único. Os demais membros da diretoria-executiva responde- tidores;
rão solidariamente com o dirigente indicado na forma do inciso II deste II - aplicação dos recursos das reservas técnicas, provisões e fun-
artigo pelos danos e prejuízos causados à entidade para os quais tenham dos de forma inadequada ou em desacordo com as normas ex-
concorrido. pedidas pelos órgãos competentes;
III - descumprimento de disposições estatutárias ou de obrigações
Art. 40. As entidades abertas deverão levantar no último dia útil de ca- previstas nos regulamentos dos planos de benefícios, convênios
da mês e semestre, respectivamente, balancetes mensais e balanços de adesão ou contratos dos planos coletivos de que trata o inci-
gerais, com observância das regras e dos critérios estabelecidos pelo órgão so II do art. 26 desta Lei Complementar;
regulador. IV - situação econômico-financeira insuficiente à preservação da li-
Parágrafo único. As sociedades seguradoras autorizadas a operar pla- quidez e solvência de cada um dos planos de benefícios e da
nos de benefícios deverão apresentar nas demonstrações financeiras, de entidade no conjunto de suas atividades;
forma discriminada, as atividades previdenciárias e as de seguros, de V - situação atuarial desequilibrada;
acordo com critérios fixados pelo órgão regulador. VI - outras anormalidades definidas em regulamento.

CAPÍTULO V Art. 45. A intervenção será decretada pelo prazo necessário ao exame
DA FISCALIZAÇÃO da situação da entidade e encaminhamento de plano destinado à sua
recuperação.
Art. 41. No desempenho das atividades de fiscalização das entidades Parágrafo único. Dependerão de prévia e expressa autorização do ór-
de previdência complementar, os servidores do órgão regulador e fiscaliza- gão competente os atos do interventor que impliquem oneração ou disposi-
dor terão livre acesso às respectivas entidades, delas podendo requisitar e ção do patrimônio.
apreender livros, notas técnicas e quaisquer documentos, caracterizando-
se embaraço à fiscalização, sujeito às penalidades previstas em lei, qual- Art. 46. A intervenção cessará quando aprovado o plano de recupera-
quer dificuldade oposta à consecução desse objetivo. ção da entidade pelo órgão competente ou se decretada a sua liquidação
§ 1o O órgão regulador e fiscalizador das entidades fechadas poderá extrajudicial.
solicitar dos patrocinadores e instituidores informações relativas aos aspec-
tos específicos que digam respeito aos compromissos assumidos frente aos Seção II
respectivos planos de benefícios. Da Liquidação Extrajudicial
§ 2o A fiscalização a cargo do Estado não exime os patrocinadores e os
instituidores da responsabilidade pela supervisão sistemática das ativida- Art. 47. As entidades fechadas não poderão solicitar concordata e não
des das suas respectivas entidades fechadas. estão sujeitas a falência, mas somente a liquidação extrajudicial.
§ 3o As pessoas físicas ou jurídicas submetidas ao regime desta Lei
Complementar ficam obrigadas a prestar quaisquer informações ou escla- Art. 48. A liquidação extrajudicial será decretada quando reconhecida a
recimentos solicitados pelo órgão regulador e fiscalizador. inviabilidade de recuperação da entidade de previdência complementar ou
§ 4o O disposto neste artigo aplica-se, sem prejuízo da competência pela ausência de condição para seu funcionamento.
das autoridades fiscais, relativamente ao pleno exercício das atividades de Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se
fiscalização tributária. por ausência de condição para funcionamento de entidade de previdência
complementar:
Art. 42. O órgão regulador e fiscalizador poderá, em relação às entida- I- (VETADO)
des fechadas, nomear administrador especial, a expensas da entidade, II - (VETADO)
com poderes próprios de intervenção e de liquidação extrajudicial, com o III - o não atendimento às condições mínimas estabelecidas pelo ór-
objetivo de sanear plano de benefícios específico, caso seja constatada na gão regulador e fiscalizador.
sua administração e execução alguma das hipóteses previstas nos arts. 44
e 48 desta Lei Complementar. Art. 49. A decretação da liquidação extrajudicial produzirá, de imediato,
Parágrafo único. O ato de nomeação de que trata o caput estabelecerá os seguintes efeitos:
as condições, os limites e as atribuições do administrador especial. I- suspensão das ações e execuções iniciadas sobre direitos e in-
teresses relativos ao acervo da entidade liquidanda;
Art. 43. O órgão fiscalizador poderá, em relação às entidades abertas, II - vencimento antecipado das obrigações da liquidanda;
desde que se verifique uma das condições previstas no art. 44 desta Lei III - não incidência de penalidades contratuais contra a entidade por
Complementar, nomear, por prazo determinado, prorrogável a seu critério, obrigações vencidas em decorrência da decretação da liquida-
e a expensas da respectiva entidade, um diretor-fiscal. ção extrajudicial;
§ 1o O diretor-fiscal, sem poderes de gestão, terá suas atribuições es- IV - não fluência de juros contra a liquidanda enquanto não integral-
tabelecidas pelo órgão regulador, cabendo ao órgão fiscalizador fixar sua mente pago o passivo;

Conhecimentos Bancários 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


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V- interrupção da prescrição em relação às obrigações da entidade recolhimento de contribuições de participantes, os administradores daque-
em liquidação; les também serão responsabilizados pelos danos ou prejuízos causados.
VI - suspensão de multa e juros em relação às dívidas da entidade;
VII - inexigibilidade de penas pecuniárias por infrações de natureza Art. 59. Os administradores, controladores e membros de conselhos
administrativa; estatutários das entidades de previdência complementar sob intervenção
VIII - interrupção do pagamento à liquidanda das contribuições dos ou em liquidação extrajudicial ficarão com todos os seus bens indisponí-
participantes e dos patrocinadores, relativas aos planos de bene- veis, não podendo, por qualquer forma, direta ou indireta, aliená-los ou
fícios. onerá-los, até a apuração e liquidação final de suas responsabilidades.
§ 1o As faculdades previstas nos incisos deste artigo aplicam-se, no § 1o A indisponibilidade prevista neste artigo decorre do ato que decre-
caso das entidades abertas de previdência complementar, exclusivamente, tar a intervenção ou liquidação extrajudicial e atinge todos aqueles que
em relação às suas atividades de natureza previdenciária. tenham estado no exercício das funções nos doze meses anteriores.
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica às ações e aos débitos de § 2o A indisponibilidade poderá ser estendida aos bens de pessoas
natureza tributária. que, nos últimos doze meses, os tenham adquirido, a qualquer título, das
pessoas referidas no caput e no parágrafo anterior, desde que haja seguros
Art. 50. O liquidante organizará o quadro geral de credores, realizará o elementos de convicção de que se trata de simulada transferência com o
ativo e liquidará o passivo. fim de evitar os efeitos desta Lei Complementar.
§ 1o Os participantes, inclusive os assistidos, dos planos de benefícios § 3o Não se incluem nas disposições deste artigo os bens considerados
ficam dispensados de se habilitarem a seus respectivos créditos, estejam inalienáveis ou impenhoráveis pela legislação em vigor.
estes sendo recebidos ou não. § 4o Não são também atingidos pela indisponibilidade os bens objeto
§ 2o Os participantes, inclusive os assistidos, dos planos de benefícios de contrato de alienação, de promessas de compra e venda e de cessão de
terão privilégio especial sobre os ativos garantidores das reservas técnicas direitos, desde que os respectivos instrumentos tenham sido levados ao
e, caso estes não sejam suficientes para a cobertura dos direitos respecti- competente registro público até doze meses antes da data de decretação
vos, privilégio geral sobre as demais partes não vinculadas ao ativo. da intervenção ou liquidação extrajudicial.
§ 3o Os participantes que já estiverem recebendo benefícios, ou que já § 5o Não se aplica a indisponibilidade de bens das pessoas referidas
tiverem adquirido este direito antes de decretada a liquidação extrajudicial, no caput deste artigo no caso de liquidação extrajudicial de entidades
terão preferência sobre os demais participantes. fechadas que deixarem de ter condições para funcionar por motivos total-
§ 4o Os créditos referidos nos parágrafos anteriores deste artigo não mente desvinculados do exercício das suas atribuições, situação esta que
têm preferência sobre os créditos de natureza trabalhista ou tributária. poderá ser revista a qualquer momento, pelo órgão regulador e fiscalizador,
desde que constatada a existência de irregularidades ou indícios de crimes
Art. 51. Serão obrigatoriamente levantados, na data da decretação da por elas praticados.
liquidação extrajudicial de entidade de previdência complementar, o balan-
ço geral de liquidação e as demonstrações contábeis e atuariais necessá- Art. 60. O interventor ou o liquidante comunicará a indisponibilidade de
rias à determinação do valor das reservas individuais. bens aos órgãos competentes para os devidos registros e publicará edital
Art. 52. A liquidação extrajudicial poderá, a qualquer tempo, ser levan- para conhecimento de terceiros.
tada, desde que constatados fatos supervenientes que viabilizem a recupe- Parágrafo único. A autoridade que receber a comunicação ficará, relati-
ração da entidade de previdência complementar. vamente a esses bens, impedida de:
I- fazer transcrições, inscrições ou averbações de documentos pú-
Art. 53. A liquidação extrajudicial das entidades fechadas encerrar-se-á blicos ou particulares;
com a aprovação, pelo órgão regulador e fiscalizador, das contas finais do II - arquivar atos ou contratos que importem em transferência de co-
liquidante e com a baixa nos devidos registros. tas sociais, ações ou partes beneficiárias;
Parágrafo único. Comprovada pelo liquidante a inexistência de ativos III - realizar ou registrar operações e títulos de qualquer natureza; e
para satisfazer a possíveis créditos reclamados contra a entidade, deverá IV - processar a transferência de propriedade de veículos automoto-
tal situação ser comunicada ao juízo competente e efetivados os devidos res, aeronaves e embarcações.
registros, para o encerramento do processo de liquidação.
Art. 61. A apuração de responsabilidades específicas referida no caput
Seção III do art. 59 desta Lei Complementar será feita mediante inquérito a ser
Disposições Especiais instaurado pelo órgão regulador e fiscalizador, sem prejuízo do disposto
nos arts. 63 a 65 desta Lei Complementar.
Art. 54. O interventor terá amplos poderes de administração e repre- § 1o Se o inquérito concluir pela inexistência de prejuízo, será arquiva-
sentação e o liquidante plenos poderes de administração, representação e do no órgão fiscalizador.
liquidação. § 2o Concluindo o inquérito pela existência de prejuízo, será ele, com o
respectivo relatório, remetido pelo órgão regulador e fiscalizador ao Ministé-
Art. 55. Compete ao órgão fiscalizador decretar, aprovar e rever os atos rio Público, observados os seguintes procedimentos:
de que tratam os arts. 45, 46 e 48 desta Lei Complementar, bem como I - o interventor ou o liquidante, de ofício ou a requerimento de qual-
nomear, por intermédio do seu dirigente máximo, o interventor ou o liqui- quer interessado que não tenha sido indiciado no inquérito, após
dante. aprovação do respectivo relatório pelo órgão fiscalizador, determi-
nará o levantamento da indisponibilidade de que trata o art. 59 des-
Art. 56. A intervenção e a liquidação extrajudicial determinam a perda ta Lei Complementar;
do mandato dos administradores e membros dos conselhos estatutários II - será mantida a indisponibilidade com relação às pessoas indiciadas
das entidades, sejam titulares ou suplentes. no inquérito, após aprovação do respectivo relatório pelo órgão fis-
calizador.
Art. 57. Os créditos das entidades de previdência complementar, em
caso de liquidação ou falência de patrocinadores, terão privilégio especial Art. 62. Aplicam-se à intervenção e à liquidação das entidades de pre-
sobre a massa, respeitado o privilégio dos créditos trabalhistas e tributários. vidência complementar, no que couber, os dispositivos da legislação sobre
Parágrafo único. Os administradores dos respectivos patrocinadores a intervenção e liquidação extrajudicial das instituições financeiras, caben-
serão responsabilizados pelos danos ou prejuízos causados às entidades do ao órgão regulador e fiscalizador as funções atribuídas ao Banco Central
de previdência complementar, especialmente pela falta de aporte das do Brasil.
contribuições a que estavam obrigados, observado o disposto no parágrafo
único do art. 63 desta Lei Complementar. CAPÍTULO VII
DO REGIME DISCIPLINAR
Art. 58. No caso de liquidação extrajudicial de entidade fechada moti-
vada pela falta de aporte de contribuições de patrocinadores ou pelo não Art. 63. Os administradores de entidade, os procuradores com poderes

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de gestão, os membros de conselhos estatutários, o interventor e o liqui- consignadas no regulamento do respectivo plano.
dante responderão civilmente pelos danos ou prejuízos que causarem, por § 2o A concessão de benefício pela previdência complementar não de-
ação ou omissão, às entidades de previdência complementar. pende da concessão de benefício pelo regime geral de previdência social.
Parágrafo único. São também responsáveis, na forma do caput, os
administradores dos patrocinadores ou instituidores, os atuários, os audito- Art. 69. As contribuições vertidas para as entidades de previdência
res independentes, os avaliadores de gestão e outros profissionais que complementar, destinadas ao custeio dos planos de benefícios de natureza
prestem serviços técnicos à entidade, diretamente ou por intermédio de previdenciária, são dedutíveis para fins de incidência de imposto sobre a
pessoa jurídica contratada. renda, nos limites e nas condições fixadas em lei.
§ 1o Sobre as contribuições de que trata o caput não incidem tributação
Art. 64. O órgão fiscalizador competente, o Banco Central do Brasil, a e contribuições de qualquer natureza.
Comissão de Valores Mobiliários ou a Secretaria da Receita Federal, cons- § 2o Sobre a portabilidade de recursos de reservas técnicas, fundos e
tatando a existência de práticas irregulares ou indícios de crimes em enti- provisões entre planos de benefícios de entidades de previdência comple-
dades de previdência complementar, noticiará ao Ministério Público, envi- mentar, titulados pelo mesmo participante, não incidem tributação e contri-
ando-lhe os documentos comprobatórios. buições de qualquer natureza.
Parágrafo único. O sigilo de operações não poderá ser invocado como
óbice à troca de informações entre os órgãos mencionados no caput, nem Art. 70. (VETADO)
ao fornecimento de informações requisitadas pelo Ministério Público.
Art. 71. É vedado às entidades de previdência complementar realizar
Art. 65. A infração de qualquer disposição desta Lei Complementar ou quaisquer operações comerciais e financeiras:
de seu regulamento, para a qual não haja penalidade expressamente I- com seus administradores, membros dos conselhos estatutários
cominada, sujeita a pessoa física ou jurídica responsável, conforme o caso e respectivos cônjuges ou companheiros, e com seus parentes
e a gravidade da infração, às seguintes penalidades administrativas, obser- até o segundo grau;
vado o disposto em regulamento: II - com empresa de que participem as pessoas a que se refere o
I- advertência; inciso anterior, exceto no caso de participação de até cinco por
II - suspensão do exercício de atividades em entidades de previ- cento como acionista de empresa de capital aberto; e
dência complementar pelo prazo de até cento e oitenta dias; III - tendo como contraparte, mesmo que indiretamente, pessoas fí-
III - inabilitação, pelo prazo de dois a dez anos, para o exercício de sicas e jurídicas a elas ligadas, na forma definida pelo órgão re-
cargo ou função em entidades de previdência complementar, gulador.
sociedades seguradoras, instituições financeiras e no serviço Parágrafo único. A vedação deste artigo não se aplica ao patrocinador,
público; e aos participantes e aos assistidos, que, nessa condição, realizarem opera-
IV - multa de dois mil reais a um milhão de reais, devendo esses va- ções com a entidade de previdência complementar.
lores, a partir da publicação desta Lei Complementar, ser reajus-
tados de forma a preservar, em caráter permanente, seus valo- Art. 72. Compete privativamente ao órgão regulador e fiscalizador das
res reais. entidades fechadas zelar pelas sociedades civis e fundações, como defini-
§ 1o A penalidade prevista no inciso IV será imputada ao agente res- do no art. 31 desta Lei Complementar, não se aplicando a estas o disposto
ponsável, respondendo solidariamente a entidade de previdência comple- nos arts. 26 e 30 do Código Civil e 1.200 a 1.204 do Código de Processo
mentar, assegurado o direito de regresso, e poderá ser aplicada cumulati- Civil e demais disposições em contrário.
vamente com as constantes dos incisos I, II ou III deste artigo.
§ 2o Das decisões do órgão fiscalizador caberá recurso, no prazo de Art. 73. As entidades abertas serão reguladas também, no que couber,
quinze dias, com efeito suspensivo, ao órgão competente. pela legislação aplicável às sociedades seguradoras.
§ 3o O recurso a que se refere o parágrafo anterior, na hipótese do in-
ciso IV deste artigo, somente será conhecido se for comprovado pelo Art. 74. Até que seja publicada a lei de que trata o art. 5o desta Lei
requerente o pagamento antecipado, em favor do órgão fiscalizador, de Complementar, as funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador
trinta por cento do valor da multa aplicada. serão exercidas pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, por
§ 4o Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro. intermédio, respectivamente, do Conselho de Gestão da Previdência Com-
plementar (CGPC) e da Secretaria de Previdência Complementar (SPC),
Art. 66. As infrações serão apuradas mediante processo administrativo, relativamente às entidades fechadas, e pelo Ministério da Fazenda, por
na forma do regulamento, aplicando-se, no que couber, o disposto na Lei no intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Supe-
9.784, de 29 de janeiro de 1999. (Vide Decreto nº 4.942, de 30.12.2003) rintendência de Seguros Privados (SUSEP), em relação, respectivamente,
à regulação e fiscalização das entidades abertas.
Art. 67. O exercício de atividade de previdência complementar por
qualquer pessoa, física ou jurídica, sem a autorização devida do órgão Art. 75. Sem prejuízo do benefício, prescreve em cinco anos o direito
competente, inclusive a comercialização de planos de benefícios, bem às prestações não pagas nem reclamadas na época própria, resguardados
como a captação ou a administração de recursos de terceiros com o objeti- os direitos dos menores dependentes, dos incapazes ou dos ausentes, na
vo de, direta ou indiretamente, adquirir ou conceder benefícios previdenciá- forma do Código Civil.
rios sob qualquer forma, submete o responsável à penalidade de inabilita-
ção pelo prazo de dois a dez anos para o exercício de cargo ou função em Art. 76. As entidades fechadas que, na data da publicação desta Lei
entidade de previdência complementar, sociedades seguradoras, institui- Complementar, prestarem a seus participantes e assistidos serviços assis-
ções financeiras e no serviço público, além de multa aplicável de acordo tenciais à saúde poderão continuar a fazê-lo, desde que seja estabelecido
com o disposto no inciso IV do art. 65 desta Lei Complementar, bem como um custeio específico para os planos assistenciais e que a sua contabiliza-
noticiar ao Ministério Público. ção e o seu patrimônio sejam mantidos em separado em relação ao plano
previdenciário.
CAPÍTULO VIII § 1o Os programas assistenciais de natureza financeira deverão ser ex-
DISPOSIÇÕES GERAIS tintos a partir da data de publicação desta Lei Complementar, permanecen-
do em vigência, até o seu termo, apenas os compromissos já firmados.
Art. 68. As contribuições do empregador, os benefícios e as condições § 2o Consideram-se programas assistenciais de natureza financeira,
contratuais previstos nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios para os efeitos desta Lei Complementar, aqueles em que o rendimento
das entidades de previdência complementar não integram o contrato de situa-se abaixo da taxa mínima atuarial do respectivo plano de benefícios.
trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedi-
dos, não integram a remuneração dos participantes. Art. 77. As entidades abertas sem fins lucrativos e as sociedades segu-
§ 1o Os benefícios serão considerados direito adquirido do participante radoras autorizadas a funcionar em conformidade com a Lei no 6.435, de 15
quando implementadas todas as condições estabelecidas para elegibilidade de julho de 1977, terão o prazo de dois anos para se adaptar ao disposto

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nesta Lei Complementar. ferência de controle das entidades fechadas de previdência complementar,
§ 1o No caso das entidades abertas sem fins lucrativos já autorizadas a bem como examinar e aprovar os estatutos das referidas entidades, os
funcionar, é permitida a manutenção de sua organização jurídica como regulamentos dos planos de benefícios e suas alterações; examinar e
sociedade civil, sendo-lhes vedado participar, direta ou indiretamente, de aprovar os convênios de adesão celebrados por patrocinadores e por
pessoas jurídicas, exceto quando tiverem participação acionária: instituidores, bem como autorizar a retirada de patrocínio e decretar a
I - minoritária, em sociedades anônimas de capital aberto, na forma administração especial em planos de benefícios operados pelas entidades
regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional, para aplicação fechadas de previdência complementar, bem como propor ao Ministro a
de recursos de reservas técnicas, fundos e provisões; decretação de intervenção ou liquidação das referidas entidades.
II - em sociedade seguradora e/ou de capitalização.
INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL(IRB)
§ 2o É vedado à sociedade seguradora e/ou de capitalização referida Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) - sociedade de economia mista
no inciso II do parágrafo anterior participar majoritariamente de pessoas com controle acionário da União, jurisdicionada ao Ministério da Fazenda,
jurídicas, ressalvadas as empresas de suporte ao seu funcionamento e as com o objetivo de regular o cosseguro, o resseguro e a retrocessão, além
sociedades anônimas de capital aberto, nas condições previstas no inciso I de promover o desenvolvimento das operações de seguros no País. Maio-
do parágrafo anterior. res informações poderão ser encontradas no endereço: www.irb-
§ 3o A entidade aberta sem fins lucrativos e a sociedade seguradora brasilre.com.br
e/ou de capitalização por ela controlada devem adaptar-se às condições
estabelecidas nos §§ 1o e 2o, no mesmo prazo previsto no caput deste DO INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL
artigo.
§ 4o As reservas técnicas de planos já operados por entidades abertas Seção I
de previdência privada sem fins lucrativos, anteriormente à data de publica- Da Natureza Jurídica, Finalidade, Constituição e Competência
ção da Lei no 6.435, de 15 de julho de 1977, poderão permanecer garanti-
das por ativos de propriedade da entidade, existentes à época, dentro de Art 41. O IRB é uma sociedade de economia mista, dotada de persona-
programa gradual de ajuste às normas estabelecidas pelo órgão regulador lidade jurídica própria de Direito Privado e gozando de autonomia adminis-
sobre a matéria, a ser submetido pela entidade ao órgão fiscalizador no trativa e financeira.
prazo máximo de doze meses a contar da data de publicação desta Lei Parágrafo único - O IRB será representado em juízo ou fora dele por
Complementar. seu Presidente e responderá no foro comum.
§ 5o O prazo máximo para o término para o programa gradual de ajuste
a que se refere o parágrafo anterior não poderá superar cento e vinte Art 42. O IRB tem a finalidade de regular o cosseguro, o resseguro e a
meses, contados da data de aprovação do respectivo programa pelo órgão retrocessão, bem como promover o desenvolvimento das operações de
fiscalizador. seguro, segundo as diretrizes do CNSP.
§ 6o As entidades abertas sem fins lucrativos que, na data de publica-
ção desta Lei Complementar, já vinham mantendo programas de assistên- Art 43. O capital do IRB será de Cr$ 7.000.000.000 (sete bilhões de
cia filantrópica, prévia e expressamente autorizados, poderão, para efeito cruzeiros) divididos em 700.000 (setecentas mil ações) no valor unitário de
de cobrança, adicionar às contribuições de seus planos de benefícios valor Cr$ 10.000 (dez mil cruzeiros), das quais 50% (cinqüenta por cento) de
destinado àqueles programas, observadas as normas estabelecidas pelo propriedade das Entidades federais de previdência social (acionistas classe
órgão regulador. "A") e as restantes 50% (cinqüenta por cento) das Sociedades Seguradoras
§ 7o A aplicabilidade do disposto no parágrafo anterior fica sujeita, sob (acionistas classe "B").
pena de cancelamento da autorização previamente concedida, à prestação § 1º O IRB pode aumentar seu capital alterando o número de ações ou
anual de contas dos programas filantrópicos e à aprovação pelo órgão o valor unitário delas, inclusive pela incorporação da correção monetária do
competente. seu ativo imobilizado, mediante proposta do Conselho Técnico e aprovação
§ 8o O descumprimento de qualquer das obrigações contidas neste ar- do Ministro da Indústria e do Comércio.
tigo sujeita os administradores das entidades abertas sem fins lucrativos e § 2º As ações do IRB, que poderão ser substituídas por títulos e caute-
das sociedades seguradora e/ou de capitalização por elas controladas ao las múltiplas, não se prestarão a garantia, exceto as de classe "B", que
Regime Disciplinar previsto nesta Lei Complementar, sem prejuízo da constituirão caução permanente de garantia, em favor do IRB, das opera-
responsabilidade civil por danos ou prejuízos causados, por ação ou omis- ções das Sociedades Seguradoras.
são, à entidade. § 3º A transferência de ações só poderá ocorrer entre acionistas da
mesma classe, dependendo de prévia autorização do Conselho Técnico do
Art. 78. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publica- IRB, ao qual incumbirá fixar o ágio para atender à valorização das reservas,
ção. fundos e provisões do Instituto.

Art. 79. Revogam-se as Leis no 6.435, de 15 de julho de 1977, e no Art 44. Compete ao IRB:
6.462, de 9 de novembro de 1977. I - Na qualidade de órgão regulador de cosseguro, resseguro e retro-
cessão:
Brasília, 29 de maio de 2001; 180o da Independência e 113o da Repú- a) elaborar e expedir normas reguladoras de cosseguro, resseguro e
blica. retrocessão;
b) aceitar o resseguro obrigatório e facultativo, do País ou do exterior;
A SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (SPC) c) reter o resseguro aceito, na totalidade ou em parte;
A Secretaria de Previdência Complementar (SPC) é um órgão do Mi- d) promover a colocação, no exterior, de seguro, cuja aceitação não
nistério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as atividades das convenha aos interesses do País ou que nele não encontre cober-
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão). A tura;
SPC se relaciona com os órgãos normativos do sistema financeiro na e) impor penalidade às Sociedades Seguradoras por infrações come-
observação das exigências legais de aplicação das reservas técnicas, tidas na qualidade de cosseguradoras, resseguradas ou retroces-
fundos especiais e provisões que as entidades sob sua jurisdição são sionárias;
obrigadas a constituir e que tem diretrizes estabelecidas pelo Conselho f) organizar e administrar consórcios, recebendo inclusive cessão in-
Monetário Nacional. À SPC compete: propor as diretrizes básicas para o tegral de seguros;
Sistema de Previdência Complementar; harmonizar as atividades das g) proceder à liquidação de sinistros, de conformidade com os crité-
entidades fechadas de previdência privada com as políticas de desenvolvi- rios traçados pelas normas de cada ramo de seguro;
mento social e econômico-financeira do Governo; fiscalizar, supervisionar, h) distribuir pelas Sociedades a parte dos resseguros que não retiver
coordenar, orientar e controlar as atividades relacionadas com a previdên- e colocar no exterior as responsabilidades excedentes da capaci-
cia complementar fechada; analisar e aprovar os pedidos de autorização dade do mercado segurador interno, ou aquelas cuja cobertura fora
para constituição, funcionamento, fusão, incorporação, grupamento, trans- do País convenha aos interesses nacionais;

Conhecimentos Bancários 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
i) representar as retrocessionárias nas liquidações de sinistros ami- geiras, já existentes ou que viessem a se organizar no território nacional.
gáveis ou judiciais; Além de estender as normas de fiscalização a todas as seguradoras que
j) publicar revistas especializadas e toda capacidade do mercado na- operavam no País, o Regulamento Murtinho criou a "Superintendência
cional de seguros. Geral de Seguros", subordinada diretamente ao Ministério da Fazenda.
II - Na qualidade de promotor do desenvolvimento das operações de Com a criação da Superintendência, foram concentradas, numa única
seguro, dentre outras atividades: repartição especializada, todas as questões atinentes à fiscalização de
a) organizar cursos para a formação e aperfeiçoamento de técnicos seguros, antes distribuídas entre diferentes órgãos. Sua jurisdição alcança-
em seguro; va todo o território nacional e, de sua competência, constavam as fiscaliza-
b) promover congressos, conferências, reuniões, simpósios e deles ções preventiva, exercida por ocasião do exame da documentação da
participar; sociedade que requeria autorização para funcionar, e repressiva, sob a
c) incentivar a criação e o desenvolvimento de associações técnico- forma de inspeção direta, periódica, das sociedades. Posteriormente, em
científicas; 12 de dezembro de 1906, através do Decreto n° 5.072, a Superintendência
d) organizar plantas cadastrais, registro de embarcações e aeronaves, Geral de Seguros foi substituída por uma Inspetoria de Seguros, também
vistoriadores e corretores; subordinada ao Ministério da Fazenda.
e) compilar, processar e divulgar dados estatísticos;
f) publicar, revistas especializadas e outras obras de natureza técni- O CONTRATO DE SEGURO NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
ca. Foi em 1º de janeiro de 1916 que se deu o maior avanço de ordem ju-
rídica no campo do contrato de seguro, ao ser sancionada a Lei n° 3.071,
INÍCIO DA ATIVIDADE SEGURADORA NO BRASIL que promulgou o "Código Civil Brasileiro", com um capítulo específico
A atividade seguradora no Brasil teve início com a abertura dos portos dedicado ao "contrato de seguro". Os preceitos formulados pelo Código
ao comércio internacional, em 1808. A primeira sociedade de seguros a Civil e pelo Código Comercial passaram a compor, em conjunto, o que se
funcionar no país foi a "Companhia de Seguros BOA-FÉ", em 24 de feverei- chama Direito Privado do Seguro. Esses preceitos fixaram os princípios
ro daquele ano, que tinha por objetivo operar no seguro marítimo. essenciais do contrato e disciplinaram os direitos e obrigações das partes,
de modo a evitar e dirimir conflitos entre os interessados. Foram esses
Neste período, a atividade seguradora era regulada pelas leis portu- princípios fundamentais que garantiram o desenvolvimento da instituição do
guesas. Somente em 1850, com a promulgação do "Código Comercial seguro.
Brasileiro" (Lei n° 556, de 25 de junho de 1850) é que o seguro marítimo foi
pela primeira vez estudado e regulado em todos os seus aspectos. SURGIMENTO DA PRIMEIRA EMPRESA DE CAPITALIZAÇÃO
A primeira empresa de capitalização do Brasil foi fundada em 1929,
O advento do "Código Comercial Brasileiro" foi de fundamental impor- chamada de "Sul América Capitalização S.A". Entretanto, somente 3 anos
tância para o desenvolvimento do seguro no Brasil, incentivando o apare- mais tarde, em 10 de março de 1932, é que foi oficializada a autorização
cimento de inúmeras seguradoras, que passaram a operar não só com o para funcionamento das sociedades de capitalização através do Decreto n°
seguro marítimo, expressamente previsto na legislação, mas, também, com 21.143, posteriormente regulamentado pelo Decreto n° 22.456, de 10 de
o seguro terrestre. Até mesmo a exploração do seguro de vida, proibido fevereiro de 1933, também sob o controle da Inspetoria de Seguros. O
expressamente pelo Código Comercial, foi autorizada em 1855, sob o parágrafo único do artigo 1 o do referido Decreto definia: "As únicas socie-
fundamento de que o Código Comercial só proibia o seguro de vida quando dades que poderão usar o nome de "capitalização" serão as que, autoriza-
feito juntamente com o seguro marítimo. Com a expansão do setor, as das pelo Governo, tiverem por objetivo oferecer ao público, de acordo com
empresas de seguros estrangeiras começaram a se interessar pelo merca- planos aprovados pela Inspetoria de Seguros, a constituição de um capital
do brasileiro, surgindo, por volta de 1862, as primeiras sucursais de segu- mínimo perfeitamente determinado em cada plano e pago em moeda
radoras sediadas no exterior. corrente, em um prazo máximo indicado no dito plano, à pessoa que subs-
crever ou possuir um titulo, segundo cláusulas e regras aprovadas e men-
Estas sucursais transferiam para suas matrizes os recursos financeiros cionadas no mesmo titulo".
obtidos pelos prêmios cobrados, provocando uma significativa evasão de
divisas. Assim, visando proteger os interesses econômicos do País, foi CRIAÇÃO DO DNSPC
promulgada, em 5 de setembro de 1895, a Lei n° 294, dispondo exclusiva- Em 28 de junho de 1933, o Decreto n° 22.865 transferiu a "Inspetoria
mente sobre as companhias estrangeiras de seguros de vida, determinando de Seguros" do Ministério da Fazenda para o Ministério do Trabalho, Indús-
que suas reservas técnicas fossem constituídas e tivessem seus recursos tria e Comércio. No ano seguinte, através do Decreto n° 24.782, de
aplicados no Brasil, para fazer frente aos riscos aqui assumidos. 14/07/1934, foi extinta a Inspetoria de Seguros e criado o Departamento
Nacional de Seguros Privados e Capitalização -DNSPC, também subordi-
Algumas empresas estrangeiras mostraram-se discordantes das dispo- nado àquele Ministério.
sições contidas no referido diploma legal e fecharam suas sucursais.
PRINCÍPIO DE NACIONALIZAÇÃO DO SEGURO
O mercado segurador brasileiro já havia alcançado desenvolvimento Com a promulgação da Constituição de 1937 (Estado Novo), foi esta-
satisfatório no final do século XIX. Concorreram para isso, em primeiro belecido o "Princípio de Nacionalização do Seguro", já preconizado na
lugar, o Código Comercial, estabelecendo as regras necessárias sobre Constituição de 1934. Em conseqüência, foi promulgado o Decreto n°
seguros marítimos, aplicadas também para os seguros terrestres e, em 5.901, de 20 de junho de 1940, criando os seguros obrigatórios para co-
segundo lugar, a instalação no Brasil de seguradoras estrangeiras, com merciantes, industriais e concessionários de serviços públicos, pessoas
vasta experiência em seguros terrestres. físicas ou jurídicas, contra os riscos de incêndios e transportes (ferroviário,
rodoviário, aéreo, marítimo, fluvial ou lacustre), nas condições estabeleci-
SURGIMENTO DA PREVIDÊNCIA PRIVADA das no mencionado regulamento.
O século XIX também foi marcado pelo surgimento da "previdência pri-
vada" brasileira, pode-se dizer que inaugurada em 10 de janeiro de 1835, CRIAÇÃO DO INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL - IRB
com a criação do MONGERAL - Montepio Geral de Economia dos Servido- Nesse mesmo período foi criado, em 1939, o Instituto de Resseguros
res do Estado -proposto pelo então Ministro da Justiça, Barão de Sepetiba, do Brasil (IRB), através do Decreto-lei n° 1.186, de 3 de abril de 1939. As
que, pela primeira vez, oferecia planos com características de facultativida- sociedades seguradoras ficaram obrigadas, desde então, a ressegurar no
de e mutualismo. A Previdência Social só viria a ser instituída através da IRB as responsabilidades que excedessem sua capacidade de retenção
Lei n° 4.682 (Lei Elói Chaves), de 24/01/1923. própria, que, através da retrocessão, passou a compartilhar o risco com as
sociedades seguradoras em operação no Brasil. Com esta medida, o
A CRIAÇÃO DA SUPERINTENDÊNCIA GERAL DE SEGUROS Governo Federal procurou evitar que grande parte das divisas fosse con-
O Decreto n° 4.270, de 10/12/1901, e seu regulamento anexo, conhe- sumida com a remessa, para o exterior, de importâncias vultosas relativas a
cido como "Regulamento Murtinho", regulamentaram o funcionamento das prêmios de resseguros em companhias estrangeiras.
companhias de seguros de vida, marítimos e terrestres, nacionais e estran-

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
É importante reconhecer o saldo positivo da atuação do IRB, propician- § 2o As sociedades seguradoras especializadas, nos termos deste arti-
do a criação efetiva e a consolidação de um mercado segurador nacional, go, ficam subordinadas às normas e à fiscalização da Agência Nacional de
ou seja, preponderantemente ocupado por empresas nacionais, sendo que Saúde - ANS, que poderá aplicar-lhes, em caso de infringência à legislação
as empresas com participação estrangeira deixaram de se comportar como que regula os planos privados de assistência à saúde, as penalidades
meras agências de captação de seguros para suas respectivas matrizes, previstas na Lei no 9.656, de 1998, e na Lei no 9.961, de 28 de janeiro de
sendo induzidas a se organizar como empresas brasileiras, constituindo e 2000.
aplicando suas reservas no País. § 3o Caberá, exclusivamente, ao Conselho de Saúde Complementar -
CONSU, nos termos da Lei no 9.656, de 1998, e à ANS, nos termos da Lei
O IRB adotou, desde o início de suas operações, duas providências e- no 9.961, de 2000, disciplinar o seguro de que trata este artigo quanto às
ficazes visando criar condições de competitividade para o aparecimento e o matérias previstas nos incisos I e IV do art. 35-A da referida Lei no 9.656,
desenvolvimento de seguradoras de capital brasileiro: o estabelecimento de de 1998, bem como quanto à autorização de funcionamento e à operação
baixos limites de retenção e a criação do chamado excedente único. Atra- das sociedades seguradoras especializadas.
vés da adoção de baixos limites de retenção e do mecanismo do excedente § 4o Enquanto as sociedades seguradoras não promoverem a sua es-
único, empresas pouco capitalizadas e menos instrumentadas tecnicamen- pecialização em saúde, nos termos deste artigo, ficarão sujeitas à fiscaliza-
te -como era o caso das empresas de capital nacional -passaram a ter ção da SUSEP e da ANS, no âmbito de suas respectivas competências.
condições de concorrer com as seguradoras estrangeiras, uma vez que § 5o As sociedades seguradoras especializadas em seguro saúde, nos
tinham assegurada a automaticidade da cobertura de resseguro. termos deste artigo, continuarão subordinadas às normas sobre as aplica-
ções dos ativos garantidores das provisões técnicas expedidas pelo Conse-
CRIAÇÃO DA SUSEP lho Monetário Nacional - CMN.
Em 1966, através do Decreto-lei n° 73, de 21 de 'novembro de 1966,
foram reguladas todas as operações de seguros e resseguros e instituído o Art. 2o Para efeito da Lei no 9.656, de 1998, e da Lei no 9.961, de
Sistema Nacional de Seguros Privados, constituído pelo Conselho Nacional 2000, enquadra-se o seguro saúde como plano privado de assistência à
de Seguros Privados (CNSP); Superintendência de Seguros Privados saúde e a sociedade seguradora especializada em saúde como operadora
(SUSEP); Instituto de Resseguros do Brasil (IRB); sociedades autorizadas a de plano de assistência à saúde.
operar em seguros privados; e corretores habilitados.
Art. 3o A sociedade seguradora que não se adaptar ao disposto nesta
O Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização - Lei fica obrigada a transferir sua carteira de saúde para sociedade segura-
DNSPC -foi substituído pela Superintendência de Seguros Privados - dora especializada já estabelecida ou para operadora de planos privados
SUSEP -entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de Direito de assistência à saúde, que venha a apresentar o plano de sucessão
Público, com autonomia administrativa e financeira, jurisdicionada ao Minis- segundo as normas fixadas pela ANS.
tério da Indústria e do Comércio até 1979, quando passou a estar vinculada Parágrafo único. Deverá ser observado o prazo limite de 1o de julho de
ao Ministério da Fazenda. 2001 para a transferência da carteira de saúde de que trata o caput deste
artigo.
Em 28 de fevereiro de 1967, o Decreto n° 22.456/33, que regulamenta-
va as operações das sociedades de capitalização, foi revogado pelo Decre- Art. 4o Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida
to-lei n° 261, passando a atividade de capitalização a subordinar-se, tam- Provisória no 2.122-1, de 27 de dezembro de 2000.
bém, a numerosos dispositivos do Decreto-lei n° 73/66. Adicionalmente, foi
instituído o Sistema Nacional de Capitalização, constituído pelo CNSP, Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
SUSEP e pelas sociedades autorizadas a operar em capitalização. Fonte:
Anuário Estatístico da SUSEP. Congresso Nacional, em 12 de fevereiro de 2001; 180o da Indepen-
dência e 113o da República
DAS SOCIEDADES SEGURADORAS
O PAPEL DOS INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS
Seção I No atual arranjo do sistema financeiro, as principais instituições estão
Da Legislação aplicável constituídas sob a forma de banco múltiplo (banco universal), que oferece
ampla gama de serviços bancários. Outras instituições apresentam certo
Art 72. As Sociedades Seguradoras serão reguladas pela legislação grau de especialização, conforme exemplos a seguir:
geral no que lhes for aplicável e, em especial, pelas disposições do presen- · bancos comerciais, que captam principalmente depósitos à
te decreto-lei. vista e depósitos de poupança e são tradicionais fornecedores de
crédito para as pessoas físicas e jurídicas, especialmente capital de
Art 73. As Sociedades Seguradoras não poderão explorar qualquer ou- giro no caso das empresas;
tro ramo de comércio ou indústria. · bancos de investimento, que captam depósitos a prazo e
são especializados em operações financeiras de médio e longo
LEI N.º 10.185, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2001 prazo;
Dispõe sobre a especialização das sociedades seguradoras em planos · caixas econômicas, que também captam depósitos à vista
privados de assistência à saúde e dá outras providências. e depósitos de poupança e atuam mais fortemente no crédito habi-
tacional;
Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisória · bancos cooperativos e cooperativas de crédito, voltados
nº 2.122-2, de 2001, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Antonio para a concessão de crédito e prestação de serviços bancários aos
Carlos Magalhães, Presidente, para os efeitos do disposto no parágrafo cooperados, quase sempre produtores rurais;
único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei: · sociedades de crédito imobiliário e associações de pou-
pança e empréstimo, também voltadas para o crédito habitacional;
Art. 1o As sociedades seguradoras poderão operar o seguro enquadra- · sociedades de crédito e financiamento, direcionadas para o
do no art. 1o, inciso I e § 1o, da Lei no 9.656, de 3 de junho de 1998, desde crédito ao consumidor; e
que estejam constituídas como seguradoras especializadas nesse seguro, · empresas corretoras e distribuidoras, com atuação centra-
devendo seu estatuto social vedar a atuação em quaisquer outros ramos ou da nos mercados de câmbio, títulos públicos e privados, valores
modalidades. mobiliários, mercadorias e futuros.
§ 1o As sociedades seguradoras que já operam o seguro de que trata o
caput deste artigo, conjuntamente com outros ramos de seguro, deverão Dentre as instituições relacionadas, ocupam posição de destaque no
providenciar a sua especialização até 1o de julho de 2001, a ser processada âmbito do sistema de pagamentos os bancos comerciais, os bancos múlti-
junto à Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, mediante cisão ou plos com carteira comercial, as caixas econômicas e, em plano inferior, os
outro ato societário pertinente.

Conhecimentos Bancários 65 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
bancos cooperativos e as cooperativas de crédito. Essas instituições cap- ta); temos, portanto, uma garantia pessoal (baseada na confiança que
tam depósitos à vista e, em contrapartida, oferecem aos seus clientes inspira essa pessoa). Trata-se de garantia fidejussória.
contas movimentáveis por cheque, muito utilizadas pelo público em geral,
pessoas físicas e jurídicas, para fins de pagamentos e transferências de No segundo exemplo, teremos uma garantia real, pois não se baseia
fundos. O sistema financeiro conta com 1.577 instituições financeiras da nesse valor abstrato (confiança), mas numa coisa concreta, real, que é o
espécie, incluindo cooperativas de crédito, totalizando cerca de 17.000 bem.
agências e 90 milhões de contas (dez/04).
São modalidades de garantia fidejussória ou pessoal, a fiança e o aval.
Seguro Saúde
Seguro saúde não é uma novidade, já que foi proposto pela primeira Já a hipoteca, o penhor, a anticrese, a caução e a alienação fiduciária
vez em 1694 por Hugh the Elder Chamberlain. Entretando, muito mudou no são formas de garantia real.
conceito de seguro desde então, e o seguro saúde é hoje em dia uma das
opções mais importantes e populares de plano seguro em quase todos os GARANTIAS PESSOAIS (FIDEJUSSÓRIAS): A FIANÇA
países do mundo. Explicando de maneira simplificada, podemos dizer que Dá-se a fiança, quando uma pessoa se obrigar a satisfazer
o seguro saúde é quando o segurador (uma agência do governo ou uma determinada obrigação, caso o respectivo devedor não na tenha cumprido.
companhia privada) paga dinheiro para cobrir custos médicos no caso do
segurado ficar doente, desde que as causas da doença estejam cobertas Já se pode, portanto, perceber, que a fiança é uma garantia que se
pelo plano de seguro. contrata subsidiariamente: O fiador só será obrigado ao pagamento, depois
de, devidamente, cobrado o afiançado.
Como planos de saúde podem ser mantidos tanto por órgãos públicos
quanto por privados, vejamos alguns detalhes sobre cada uma dessas A fiança será sempre dada por escrito (não existe, assim, fiança
categorias. verbal).
A fiança tanto pode ser só do principal, como só do acessório (juros,
Seguro saúde privado – quando uma pessoa decide comprar um plano correção monetária, multa, etc.), como do principal mais acessório. É livre
de seguro saúde, ela deverá preencher um histórico médico com questões sua contratação pelas partes interessadas.
sobre seu estilo de vida, doenças passadas, histórico familiar e outros
fatores que podem influenciar na saúde do segurado. Para uma companhia Sempre, porém, que o contrato de fiança não estabelecer qual seu
de seguros, existe algo chamado seleção adversa, que é uma tendência limite, a responsabilidade do fiador compreenderá desde o débito principal,
que as pessoas com riscos de saúde tem de procurar por planos de saúde. até os acessórios, e, até mesmo, as despesas judiciais para a respectiva
Pessoas que fumam, bebem em demasia ou tem doenças congênitas na cobrança.
família são exemplos dessa situação.
Quem pode ser fiador? Qualquer um, desde que tenha capacidade ju-
Seguro saúde público – Nos EUA, assim como em outras partes do rídica. Naturalmente, se o fiador irá garantir um débito, cabe ao credor
mundo, o seguro saúde público é a primeira opção para a maioria das aceitá-lo ou não. Para tanto, certamente, avaliará sua capacidade não
pessoas. Ainda que seja relativamente uma instituição sólida, existem apenas jurídica, como econômica, financeira e moral.
diversas desvantagens em usar o seguro público, como vemos a seguir:
- Problemas com a qualidade e principalmente velocidade do aten- IMPORTANTE: se o fiador for pessoa casada (homem ou mulher),
dimento. deverá contar com a expressa autorização de seu cônjuge (se o fiador for
- O segurado não pode escolher seu médico, já que os profissionais homem, sua mulher deverá assinar o contrato, juntamente com ele; e vice-
são designados pela agência do governo. versa). A autorização da esposa chama-se "outorga uxória". A do marido,
- Existem muitos poucos recursos em países com saúde pública pa- "outorga marital".
ra serem investidos em pesquisa e desenvolvimento médicos.
- Em alguns lugares, o seguro saúde público pode ser ineficiente ou Tanto as pessoas físicas (naturais), como as pessoas jurídicas (socie-
lento. dades) podem prestar fiança. Os bancos até têm um serviço de prestação
de fiança a clientes, para o qual cobram uma determinada taxa.
9. Tipos de garantias - Garantias pessoais: aval; fiança. Garantias
FIANÇA COM CLÁUSULA DE PRINCIPAL PAGADOR
reais: alienação fiduciária; penhor; hipoteca; fianças bancárias;
Como já vimos, a fiança é a assunção de uma obrigação subsidiária,
Fundo Garantidor de Crédito (FGC). ou seja, o fiador apenas responderá caso o afiançado deixe de pagar.
Todas as vezes que pessoas contratam entre si, estabelecendo mútua Nada impede, entretanto, que, quando da contratação da fiança, o
e reciprocamente, direitos e obrigações, a primeira preocupação dê ambas credor exija que o fiador renuncie a esse privilégio (de só ser cobra-o
as partes e todos os contratantes é assegurar-se de que a parte contrária depois da cobrança feita e frustrada ao devedor-principal).
cumprirá com todos seus deveres contratuais, pagando sua par te do
contrato. Nesse caso, bastará que conste do contrato uma cláusula, estabele-
cendo que o fiador renuncia ao "benefício de ordem do art, 1941 do Código
Fácil de perceber, portanto, que, afora a parte principal do contrato, Civil" e, automaticamente, o fiador será tão devedor quanto o principal
pode haver também um contrato a parte, cujo objetivo seja garantir o devedor.
cumprimento do principal.
Em termos práticos significará que o credor não mais precisará cobrar,
Assim, quando, por exemplo, alguém toma um dinheiro emprestado, primeiramente, ao devedor-principal, para, só então, poder cobrar ao fiador.
deve dar à pessoa, que lhe forneceu o dinheiro, alguma garantia de que Poderá, desde o início, escolher a quem cobrará: se ao afiançado, ou ao
pagará o débito no vencimento. A nota promissória não é uma garantia do fiador, ou a ambos conjuntamente. Claro que, se receber de qualquer um
débito, mas o documento que comprova o crédito do credor e o débito do dos dois, não mais poderá cobrar do outro.
devedor. Nessa nota promissória poderá intervir uma terceira pessoa,
dizendo que garante o pagamento do débito. FIANÇA CONVENCIONAL E FIANÇA LEGAL
Comumente, a fiança resulta da manifestação voluntária das partes in-
Esse mesmo empréstimo, dado no exemplo, poderia ter sido docu- teressadas, num contrato. Quando é ela contratada, consoante os princí-
mentado num contrato e, nesse mesmo contrato constar que um determina- pios de liberdade contratual, temos a fiança convencional.
do bem ficaria vinculado ao débito, garantindo-o.
Caso há, entretanto, que a lei, ou o juiz, determinam a prestação de fi-
Na primeira hipótese, uma pessoa interveio, dando sua "palavra" (escri- ança. O juiz, para garantir um processo e evitar que, qualquer das partes

Conhecimentos Bancários 66 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sofra um irreparável prejuízo, poderá determinar que a parte contrária
preste uma fiança (chama-se caução judicial). A lei, igualmente, às vezes O aval pode ser lançado até mesmo após o vencimento do título, desde
determina que uma pessoa preste uma caução, para garantir outras pesso- que, porém, antes do protesto.
as. Por exemplo, quando o tutor não dispõe de bens imóveis para garantir a Nada impede, também, que num mesmo título de crédito haja vários
administração de bens de um menor-tutelado, por lei é ele obrigado a avalistas.
prestar uma caução fidejussória, garantindo que, caso ele dê prejuízo ao
menor-tutelado, terá com que indenizá-lo. AS GARANTIAS REAIS
Nesta modalidade, o credor prefere confiar num valor patrimonial, ou
Nessas hipóteses em que a fiança (caução) é prestada compulso- seja, no potencial econômico de um bem, que será vendido (leiloado) e o
riamente, por determinação da lei ou de um juiz, a fiança chama-se "fiança dinheiro apurado será empregado para pagar ao credor, caso o devedor
legal". não tenha pago.

GARANTIAS PESSOAIS (FIDEJUSSÒRIAS): O AVAL Quando esse bem for um bem móvel, então teremos um penhor; se o
Também no aval a garantia de cumprimento de uma obrigação baseia- bem for um imóvel, ocorrerá a hipoteca. Cada tipo de garantia real tem um
se na confiança do avalista. tipo de bem, que representa um valor econômico destinado a garantir o
cumprimento da obrigação.
A diferença fundamental entre o aval e a fiança está no fato de que o
primeiro só é prestado em títulos de crédito, enquanto o segundo em todo e O PENHOR
qualquer tipo de contrato. Qualquer tipo de obrigação (dívida) poderá ser garantida por penhor;
teremos aí a chamada garantia pignoratícia (lembra-se da cédula pignoratí-
Outra importante diferença é que o avalista é sempre um co-principal cia – lá em títulos de crédito???).
devedor, enquanto o fiador, de regra, é um devedor subsidiário. significa
que o credor tanto poderá cobrar o título diretamente do avalista, como Assim, por exemplo, a Caixa Econômica tem um conhecido serviço de
apenas do avalizado, ou de ambos concomitantemente. empréstimo de dinheiro, mediante garantia pignoratícia: lá vamos, pedimos
o dinheiro emprestado e oferecemos um relógio (por exemplo) como
Também, enquanto na fiança é indispensável a autorização do cônjuge garantia; o funcionário examina o relógio, avalia-o e, se ele vale
(sob pena de nulidade), no aval não há tal necessidade: pode-se prestar R$2.000,00, a Caixa nos dá um empréstimo de mais ou menos R$ 1.200,00
aval, mesmo sendo casado, até contra a vontade do cônjuge. (a margem de diferença é para cobrir eventuais despesas de cobrança,
juros, etc.). Para se consumar o penhor, nosso relógio ficara guardado na
Diferença ainda importante é que a fiança tanto pode ser de toda a dí- Caixa. Nesse exemplo, temos um contrato de mútuo, com garantia
vida, como de parte dela, enquanto o aval é sempre da totalidade do valor pignoratícia.
do título de crédito, englobando juros, correção, etc.
Observe-se que esse relógio ficará com a Caixa e, caso eu não pague
Quem pode ser avalista? Qualquer pessoa, desde que tenha capa- o empréstimo feito, será o relógio levado a leilão e, com o dinheiro apurado
cidade para assumir obrigações em título de crédito. Assim não há ne- em sua venda, será pago o valor do empréstimo, com juros e despesas, se
cessidade de que o avalista seja terceira pessoa, desvinculada do título de sobrar alguma quantia, será ela entregue ao devedor (não fica com o
crédito. Poderá ser, até mesmo, um dos próprios co-obrigados: por exem- credor, pois este só pode ter interesse no recebimento de seu crédito -- e o
plo, um endossante. bem só garante a dívida e não serve para o credor se enriquecer às custas
do devedor).
Aliás, na prática bancária -- particularmente em operações de desconto
-- é comuníssimo os bancos exigirem que o endossador do título de crédito, Assim, para se constituir o penhor o devedor deverá entregar a coisa
que o apresenta para desconto, assine-o também como avalista do princi- ao credor (essa entrega chama-se "tradição"). Deverá o credor guardar a
pal devedor. coisa empenhada como autêntico depositário, ou seja, será seu dever
conservá-la e, depois de paga a dívida, devolvê-la, juntamente com even-
O resultado prático é de muita vantagem para o banco e para os clien- tuais frutos. Se perder a coisa, ou deixar que ela se deteriore, o credor
tes. Para o banco supre a necessidade de protestar o titulo não pago no deverá indenizar ao devedor-proprietário.
vencimento (e que, para cobrar então tal título do endossante, deveria,
primeiramente, protestar o título). É que o endossante não responderia O ato de dar um bem em garantia pignoratícia chama-se empenhar ou
mais como endossante, mas sim na qualidade de avalista, o que dispensa apenhar. Não confundir com penhora que é um ato do juiz, determinando
o banco da necessidade de prévio protesto do título. E para o cliente, que um bem seja vinculado a um processo de execução de dívida. Só se
poupa o vexame do protesto, o que preserva seu bom relacionamento com pode empenhar (ou apenhar) bem móvel. A penhora admite qualquer tipo
o banco. de bem (móvel ou imóvel).

Esse exemplo bem se presta a demonstrar o quanto o aval é diferente, PENHOR LEGAL
também, do endosso: no aval há responsabilidade paralela (principal) e Normalmente, o penhor resulta da livre vontade das partes con-
solidária, enquanto no endosso há transferência de crédito de título e o tratantes. Poderá ocorrer, entretanto, que a lei, expressamente, dê a algum
endossante tem responsabilidade subsidiária (só paga se o devedor não tipo de credor o direito de penhor sobre coisa alheia, para garantia de
pagou). algum débito. Nesse caso teremos o chamado penhor legal: mesmo que o
devedor não queira dar tal bem como garantia da dívida, o bem servirá
A prestação de aval se dá no próprio titulo de crédito, devendo o como garantia da dívida, porque a lei assim o determinou.
avalista apor sua assinatura, lançando a expressão "por aval a fulano,
assinatura”. Dessa forma haverá o penhor legal da bagagem dos hóspedes, seus
móveis, jóias ou dinheiro, como garantia das despesas de hospedagem em
Caso não conste o nome do avalizado, ocorrerá o chamado aval em pensões, hotéis, pousadas , ou restaurantes.
branco: presumir-se-á que o aval foi dado para garantir o devedor principal
(nos títulos de crédito que se aperfeiçoam com o aceite, se inexistir este, o PENHOR AGRÍCOLA - INDUSTRIAL - COMERCIAL
aval será considerado como dado ao sacador). Lembra-se de nosso estudo sobre títulos de crédito, em que vimos as
Cédulas de Crédito Rural, as Cédulas de Crédito Industrial e as Cédulas de
Observe-se que o aval em preto (com a indicação do nome do ava- Crédito Comercial. Pois bem: elas são títulos que representam um emprés-
lizado) tanto poderá ser dado em favor do devedor principal (emitente, timo e já contêm a menção da garantia pignoratícia, com descrição dos
aceitante ou sacado), quanto de algum dos endossantes ou, até mesmo, de bens empenhados.
um outro avalista (aval de aval).

Conhecimentos Bancários 67 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Uma particular diferença nesse tipo de penhor é que o bem empe-
nhado continua na posse do devedor (este é que ficará como depositário, Significa que não serão objetos de penhor, mas apenas de hipoteca os
podendo até responder como depositário infiel). No penhor comum o bem seguintes bens:
apenhado é entregue ao credor; no penhor agrícola, ou industrial, ou co- a) os imóveis;
mercial, o bem continua com o devedor. b) os acessórios dos imóveis, conjuntamente com eles (o trator é um
bem móvel, mas integrado a uma fazenda, poderá ser dado em
Esse penhor é comuníssimo na atividade bancária, particularmente a hipoteca, juntamente com a fazenda);
de concessão de créditos para fomento da agricultura, da indústria e do c) as estradas de ferro (linhas, estações, locomotivas e vagões,
comércio. conjuntamente) ;
d) as minas e as pedreiras, independentemente do solo onde se
EXTINÇÃO DO PENHOR acham (a lei separa a propriedade das jazidas em relação ao
Como termina o penhor? Há várias hipóteses: imóvel em que se situam -- quer dizer que uma pedreira situada
a) extinguindo-se a obrigação principal (naturalmente, se o penhor dentro de uma fazenda, poderá ser dada em hipoteca, sem que a
visa a garantir o cumprimento de uma obrigação, morrendo ela, não fazenda seja hipotecada) ;
há razão para subsistir o penhor – morrerá obrigação principal, por e) os navios (embora se mova, a lei o equipara ao imóvel, para fim de
exemplo, se for paga, perdoada, anistiada, revogada, etc.); ser objeto de garantia real) ;
b) perecendo a coisa (a essência do penhor é a coisa, ou seja, o bem f) as locomotivas (da mesma forma que os navios, elas se movem,
dado em garantia: se este perde valor, ou se deteriora, au- mas são objeto de hipoteca, não de penhor).
tomaticamente, deixará de ser garantia; por exemplo, se a coisa se Para que tenha validade contra terceiros, a hipoteca não apenas deve-
perde, ou é incendiada, etc.); rá ser contratada por documento público (escritura pública), como deverá
c) se o credor renuncia (obviamente, o penhor beneficia ao credor; e ser inscrita (registrada) no registro de imóveis, em que estiver também
este tem liberdade para abrir mão de sua garantia); registrado o bem imóvel. As hipotecas contratadas pelo Sistema Financeiro
d) dando-se a adjudicação judicial (já vimos que o bem móvel será da Habitação, excepcionalmente, são admitidas por documento particular (a
levado a leilão; nesse, se ninguém quiser comprar (arrematar) a que a lei deu força de documento público, para baratear o custo do negó-
coisa, poderá o próprio credor pedir ao juiz que lha entregue, pelo cio, em face de seu caráter social).
valor da dívida e despesas - anote-se bem: só será possível, se no
leilão ninguém arrematou a coisa); A hipoteca extingue-se (devendo, assim, ser levantada sua inscrição no
e) venda amigável da coisa empenhada (o credor e o devedor entram registro de imóveis), sempre que:
em acordo e vendem o bem, pagando-se ao credor e ficando o a) ocorrer a extinção da obrigação principal (se a hipoteca visa a
devedor com o saldo apurado) ; garantir uma obrigação, cumprida esta, desaparecendo, perde o
f) confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono sentido a hipoteca, que não precisa garantir o nada) ;
da coisa (chama-se confusão). Por exemplo, um sobrinho tomou b) pela destruição da coisa (imagine o incêndio do imóvel, ou seu
R$1 milhão emprestado de um tio e, garantindo a dívida, desabamento, ou mesmo, sua desapropriação) ;
empenhou um automóvel. Falece o tio, deixando o sobrinho como c) pela renúncia do credor (a garantia protege ao credor: tem ele livre
único herdeiro. Como herdeiro, receberá ele os bens e os direitos disponibilidade sobre a hipoteca: se não quiser mais a garantia,
do tio. Dentre estes direitos, terá direito ao crédito de R$ 1 milhão preferindo confiar no devedor, ou dela abrir mão por qualquer
(do qual ele é o próprio devedor), garantido com o penhor do razão, poderá fazê-lo);
automóvel. Veja que se confundem numa mesma e única pessoa o d) pela remissão (perdão da dívida) ;
credor (novo credor, o herdeiro) e o devedor. e) pela prescrição (depois de passado determinado tempo, previsto
em lei, sem que o credor tenha exercitado o direito de exigir seu
A CAUÇÃO crédito -- "dormiu, não cobrou, não poderá mais cobrar e a hipoteca
É equiparada, juridicamente, ao penhor. Consiste no depósito de um também fica extinta);
valor mobiliário, ou para garantir a prática de certos atos, ou para garantir o f) pela arrematação (quando alguém adquire o imóvel, em leilão
exercício de certos poderes, ou mesmo para garantir a existência de certas público, isto é, em hasta pública)
relações jurídicas. g) pela adjudicação (se o bem não foi arrematado, poderá o credor
pedir ao juiz que dê a ele o imóvel, em pagamento do débito - só
É comum, por exemplo, exigir-se de uma pessoa, que atuará como cai- será possível se ninguém quis ficar com o imóvel).
xa num estabelecimento, que ele faça uma caução, garantindo eventuais
diferenças ou prejuízos de caixa. O Código Civil prevê que “o proprietário Um mesmo bem poderá ser objeto de uma ou várias hipotecas. Quer
tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou reparação dizer que o fato de já haver uma hipoteca sobre um imóvel, não impede que
necessária, quando este ameace cair (ruína), e de exigir que este preste outras, novas e sucessivas hipotecas sejam contratadas. Como ficará o
caução pelo dano iminente (que pode acontecer)”. credor? Obviamente, as dívidas principais serão pagas na ordem das
contratações das hipotecas: primeiramente receberá o credor da primeira
No sistema bancário a caução é usualmente empregada em operação hipoteca, depois o da segunda e, assim, sucessivamente.
conhecida pelo mesmo nome "caução": espécies de empréstimo. Nestas o
cliente entrega ao Banco títulos de crédito (duplicatas, comumente), que A hipoteca, mesmo que seja contratada para garantir um negócio co-
ficam em poder do Banco. O Banco, por sua vez, empresta dinheiro ao mercial, ou entre comerciantes, será sempre disciplinada pela lei civil, a ela
cliente. Claro que o Banco estará garantido, pois as duplicatas serão rece- não se aplicando a lei comercial.
bidas e, caso o cliente não pague seu débito, terá o Banco como se pagar.
A ANTICRESE
A caução tanto pode ser de títulos da dívida pública (OTN, LTN, etc.), É o direito que se confere ao credor, de reter a coisa pertencente ao
quanto de títulos de crédito pessoal (nota promissória, duplicata, etc.). Em devedor e auferir os frutos e rendimentos dessa coisa, enquanto não for a
ambas haverá necessidade da tradição (entrega) do título, equiparando-se dívida principal resgatada.
a caução ao penhor.
Em nosso direito, a anticrese só se aplica a bens imóveis: o imóvel é
A caução de bens e valores mobiliários chama-se caução real. Ela será entregue pelo devedor ao credor; este (chama-se credor anticrético) auferi-
fidejussória, quando se basear, exclusivamente, na confiança inspirada rá os frutos e rendimentos do imóvel, pagando-se da dívida ou apenas dos
pela pessoa: nesta hipótese, equipara-se à fiança. juros (tudo conforme for contratado por ambos).

HIPOTECA Observe-se que, enquanto no penhor e na hipoteca o bem apenas ga-


Outra modalidade de garantia real, diferenciando, porém, por ter como rante a dívida, na anticrese o uso do bem destina-se, diretamente, ao
objeto um bem imóvel. pagamento da dívida.

Conhecimentos Bancários 68 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
governo deve cobrir as deficiências do mercado. Neste caso, a política
Por se referir, exclusivamente, a imóveis, a anticrese só pode ser con- econômica deve eliminar as flutuações, reduzir o desemprego, fomentar um
tratada por escritura pública, e deve ser inscrita no registro de imóveis. rápido crescimento econômico, melhorar a qualidade e o potencial produti-
vo, reduzir o poder monopolista das grandes empresas e proteger o meio
A ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA ambiente. A partir da década de 1970, a política macroeconômica procurou
Nesta, um agente financeiro (banco, etc.) empresta um dinheiro a uma limitar o papel dos governos e reduzir o poder do Estado.
pessoa, para que compre um bem. A propriedade desse bem ficará em
nome do agente financeiro e só será transferida ao comprador, caso este No entanto, a política econômica pode tornar-se contraproducente, ca-
pague o empréstimo tomado. O bem será entregue ao comprador desde o so o diagnóstico dos problemas econômicos for errôneo e as diretrizes
inicio, mas apenas a título de depósito. políticas não forem adequadas ao problema que se pretende resolver. Em
tempos de guerra, nas economias planificadas ou centralizadas, essa
Assim, o comprador será o depositário do bem, obrigando-se a política é mais rígida e maior a intervenção do Estado. O êxito de uma
entregá-lo (devolvê-lo) ao agente financeiro (que consta como o legítimo política econômica dependerá da reação dos agentes econômicos, da sua
proprietário), caso não pague o financiamento. Se não entregar, poderá até execução e da confiança na administração.
ser preso, como depositário infiel. Nas relações comerciais entre dois países devem ser considerados os
"A alienação fiduciária em garantia transfere ao credor o domínio reso- tipos de câmbio, as taxas alfandegárias e os problemas da dupla imposi-
lúvel e a posse indireta da coisa móvel alienada, independentemente da ção, uma vez que a mudança em um desses fatores repercutirá sobre a
tradição efetiva do bem, tornando-se o alienante ou devedor em possuidor economia nacional.
direto e depositário com todas as responsabilidades e encargos que lhe
incumbem de acordo com a lei civil e penal". POLÍTICA MONETÁRIA
A Política Monetária representa a atuação das autoridades monetárias,
É muito parecida com a venda com reserva de domínio, com a especial por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de
diferença que a lei a reservou especial para as instituições financeiras (só se controlar a liquidez global do sistema econômico.
estas podem fazer contrato de alienação fiduciária).
A) Política Monetária Restritiva: engloba um conjunto de medidas que
A pessoa que toma o empréstimo e compra o bem chama-se fiduciário, tendem a reduzir o crescimento da quantidade de moeda, e a encarecer os
enquanto a instituição financeira, que terá a propriedade do bem, enquanto empréstimos.
não for pago o financiamento, chama-se fiduciante.
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA
Fiança bancária · Recolhimento compulsório: consiste na custódia, pelo Banco
É uma obrigação escrita na qual o banco (fiador) garante o cum- Central, de parcela dos depósitos recebidos do público pelos bancos
primento de uma obrigação que a empresa-cliente (afiançada) assumiu comerciais. Esse instrumento é ativo, pois atua diretamente sobre o ní-
junto a um credor (beneficiário). Ou seja, a Fiança Bancária é um con- vel de reservas bancárias, reduzindo o efeito multiplicador e, conse-
trato realizado entre a empresa e o banco através do qual o banco as- quentemente, a liquidez da economia.
sume a responsabilidade de cumprir uma obrigação adquirida pela em-
presa, caso esta não a cumpra. · Assistência Financeira de liquidez: o Banco Central empresta
dinheiro aos bancos comerciais, sob determinado prazo e taxa de pa-
A operação é composta de uma Carta de Fiança, na qual são defi- gamento. Quando esse prazo é reduzido e a taxa de juros do emprés-
nidas as condições das garantias concedidas e um Contrato de Con- timo é aumentada, a taxa de juros da própria economia aumenta, cau-
tragarantia e Prestação de Fiança. sando uma diminuição na liquidez.

O FUNDO GARANTIDOR DO CRÉDITO - FGC · Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos
O Fundo Garantidor de crédito é uma associação civil, sem fins lucrati- públicos ele retira moeda da economia, que é trocada pelos títulos.
vos, cujo objetivo é a prestação de garantia de crédito contra instituições Desta forma há uma contração dos meios de pagamento e da liquidez
que dele participem na ocorrência das seguintes hipóteses: da economia.
n decretação de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de B) política Monetária Expansiva: é formada por medidas que tendem a
instituição. acelerar a quantidade de moeda e a baratear os empréstimos (baixar
n reconhecimento pelo Banco Central do Brasil, do estado de in- as taxas de juros). Incidirá positivamente sobre a demanda agregada.
solvência da instituição, que nos temos da legislação vigente, Instrumentos:
não estiver sujeita aos regimes da intervenção, liquidação extra-
· Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco Central dimi-
judicial ou falência.
nui os valores que toma em custódia dos bancos comerciais, possibili-
tando um aumento do efeito multiplicador, e da liquidez da economia
Seus associados são instituições financeiras e associações de pou-
como um todo.
pança e empréstimo em funcionamento no país.
· Assistência Financeira de Liquidez: o Banco Central, ao empres-
tar dinheiro aos bancos comerciais, aumenta o prazo do pagamento e
10. Noções de política econômica, noções de política monetária, diminui a taxa de juros. Essas medidas ajudam a diminuir a taxa de ju-
instrumentos de política monetária, formação da taxa de juros. ros da economia, e a aumentar a liquidez.
POLÍTICA ECONÔMICA · Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra
As medidas adotadas pelo governo para controle da economia. As rela- títulos públicos há uma expansão dos meios de pagamento, que é a
tivas ao orçamento, por exemplo, afetam todas as áreas da economia e moeda dada em troca dos títulos. Com isso, ocorre uma redução na ta-
constituem políticas de tipo macroeconômico; outras afetam exclusivamente xa de juros e um aumento da liquidez.
algum setor específico, como, por exemplo, o agrícola e constituem políti- FORMAÇÃO DA TAXA DE JUROS
cas de tipo microeconômico. Estas últimas são dirigidas a um setor, a uma
indústria, a um produto ou ainda a várias áreas da atividade econômica e CRISE EM REVISTA E SEUS EFEITOS -VI
criam a base legal em que devem operar os diferentes mercados, evitando
Walter Chaves Marim
que a competição gere injustiças sociais. O alcance da política macroeco-
nômica depende do sistema econômico existente, das leis e das institui- A taxa básica de juros fixada pelo Banco Central, em decorrência da
ções do país. Existem divergências quanto ao grau de intervenção do crise, tornou-se elevada e, a partir de novembro, gradativamente , ela está
Governo: alguns defendem a política do laissez-faire e outros acham que o se reduzindo. Até que nível esta taxa básica de juros utilizada para garantir

Conhecimentos Bancários 69 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a entrada de dólares em nossa economia e, ao mesmo tempo, evitar a produção não utilizada e que ganhos adicionais podem advir de um esforço
evasão de divisas, pode ser reduzida? para incrementar a produtividade do capital. Ou seja, o passo inicial depen-
de de condições políticas, já existindo a base necessária a um aumento do
Das quatro variáveis que compõem a formação da taxa de juros bási- PIB. Já a continuidade do crescimento depende da resolução de alguns
cos para nossa economia, três estão diretamente sob a responsabilidade problemas estruturais da economia que inclui o aumento da poupança
do governo brasileiro e, apenas uma, a taxa de juros dos títulos america- interna. Provavelmente, a retomada da poupança interna apresentará uma
nos, está fora de seu controle. inércia que procuramos considerar na retomada que projetamos e que foi
Assim, os componentes imposto de renda, desvalorização cambial e mostrada no número anterior da e&e.
"risco Brasil" podem ser minimizados de tal forma que os juros básicos A trajetória da poupança interna foi mostrada no artigo do número ante-
poderão ser reduzidos a uma taxa por volta de 10% ao ano, até meados de rior, bem como o melhor ajuste, à trajetória anterior da poupança interna
2001. De que maneira? a) A redução do imposto de renda, que incide (de 1947 a 1994). Para o ajuste, foi escolhida uma curva logística e encon-
diretamente sobre as aplicações financeiras de estrangeiros, depende trou-se uma “poupança ajustada” que tenderia para 27% do PIB. Na Figura
exclusivamente do governo; b) O governo, em janeiro ou fevereiro, pode 1 mostramos o comportamento da poupança interna a preços correntes e a
fazer uma pequena alteração na política de câmbio mediante a ampliação preços constantes (de 1980). Os valores a preços constantes são mostra-
do intervalo da banda cambial a um percentual próximo à desvalorização dos para lembrar que o pico de poupança interna nos anos de 1989 e 1999
do real no ano de 1999. Assim, as desvalorizações cambiais dos anos de deve ser principalmente atribuído a uma variação de preços relativos.
1997 a 1999, juntamente com o aumento da produtividade da economia, Nesses anos, houve um forte incremento dos preços de bens de investi-
devem eliminar, com vantagens para o setor exportador, a tão difundida mento correspondendo, provavelmente, a uma fuga das aplicações finan-
valorização do real em relação ao dólar em torno de 25% existente no início ceiras em previsão do calote da dívida do Plano Collor em 1990.
de 97, segundo especialistas. A partir desta alteração da banda, o compo-
nente desvalorização cambial passa a ser eliminado da composição da taxa Fica claro que houve, no início dos anos noventa, uma ruptura no pa-
de juros; c) O "risco Brasil", a partir da aprovação das reformas que irão drão de poupança interna. Provavelmente, os primeiros anos foram afeta-
garantir aumentos de receita do governo e o consequente suporte financei- dos pelas perturbações da retenção dos ativos financeiros e da queda na
ro de mais de U$ 41 bilhões à disposição do Brasil, através do FMI, deve- produção. A manutenção dessa tendência de menor poupança deve estar
rão proporcionar aos aplicadores e investidores brasileiros e estrangeiros relacionada com a mudança do modelo econômico que contemplou uma
mais elevados nível de segurança. Reduz-se, portanto, de importância, um maior abertura para importações propiciada por um afluxo externo de
componente que contribui para a manutenção de taxas de juros elevadas e, aumentos que só foi possível com a descentralização do câmbio e o au-
consequentemente, contribuindo para uma astronômica elevação da dívida mento das taxas de juros.
do governo.
Esta redução de poupança redundou também em uma redução do in-
A partir daí, provavelmente, em meados desse ano, a taxa de juro bá- vestimento já que as transferências do exterior não foram suficientes para
sico giraria em torno dos 10% ao ano e, consequentemente, as pressões suprir a deficiência da poupança interna. Na Figura 1 podemos perceber o
com relação à elevação de nossa dívida diminuiriam com evidente redução déficit em relação à tendência anterior no que pode ser chamado de “hiato
do déficit governamental. É bom destacar, também, que a redução da taxa de poupança”. Esta ruptura coincide com a mudança do modelo econômi-
de juros básicos não garante, por si só, uma redução da taxa de juros na co. O crescimento da poupança no final da década de oitenta, como já
economia interna. A redução da taxa de juros no mercado interno depende comentamos, está associado a uma variação de preços relativo e não teve
da política monetária do Banco Central, consistindo, basicamente, no consequência no incremento da capacidade de produção.
aumento dos meios de pagamento que pode acontecer através, por exem-
plo, da redução da taxa de depósitos compulsórios (percentual do volume Juros do Governo e Investimentos
de recursos captados pelos bancos comerciais e recolhidos ao Banco A política do governo de interferir em variáveis macroeconômicas para
Central). A redução da taxa de depósitos compulsórios irá aumentar o controle da economia, tem sido o instrumento preferido do modelo implan-
volume de recursos financeiros disponíveis para empréstimos pelos bancos tado no final do século passado. Comumente este tipo de intervenção tem
e, consequentemente, queda da taxa de juros. sido identificado como parte do neoliberalismo mas esta prática bem
Assim, a redução da taxa de recolhimento dos depósitos compulsórios poderia ser chamada de “neo-intervencionismo” . O "neo-intervencionismo"
dos bancos comerciais pela metade, irá ampliar, em dobro, a oferta de parece deixar, por conta do mercado, as decisões cotidianas e intervir, com
crédito em nossa economia, passando dos atuais 27% do PIB (percentual todos os meios do governo, em variáveis macro selecionadas como a taxa
extremamente baixo) para, aproximadamente, 50%. Uma oferta maior de de câmbio, de juros ou a de inflação. Dentro desta concepção, os juros
crédito acompanhada por uma redução dos impostos embutidos nos finan- reais altos foram utilizados, em uma primeira fase, para atrair recursos
ciamentos (tanto para o consumo como para a produção e comercialização) externos. Atualmente são considerados a principal arma de combate à
conduzirão a expressiva queda dos juros e aquecimento da economia. inflação,

Apesar das dificuldades enfrentadas pela economia brasileira e toda Da teoria econômica, sabe-se que juros maiores adiam o consumo e,
esta turbulência com relação aos ajustes necessários, sua situação futura é ao limitar a demanda, podem ajudar no controle da inflação. Quando os
altamente promissora, apresentando grandes oportunidades de investimen- juros pagos pelo sistema financeiro superam os ganhos dos investimentos
tos. Assim, existe um grande equívoco de análise ao comparar o Brasil com produtivos, eles também limitam e oneram os investimentos. No médio
a Rússia. prazo, os juros altos elevam os custos financeiros e, reduzindo os investi-
mentos, reduzem a oferta futura de bens. A maior disponibilidade de recur-
CONDIÇÃO PARA CRESCER sos financeiros gera, esgotado o prazo da aplicação, a possibilidade de
realizar a demanda adiada. Os dois fatores pressionam a inflação.
No número anterior vimos que aumentar a poupança interna é condi-
ção indispensável para voltar a crescer. Entre investimento e crescimento, No Brasil, esses efeitos podem chegar rapidamente e com grande in-
existe uma correlação estreita onde causa e efeito se confundem e se tensidade porque os prazos dos títulos do governo são curtos e os juros
realimentam. Com efeito, as perspectivas de crescimento induzem ao muito altos.
investimento que é, por outro lado, necessário para poder aumentar a
produção. Na Figura 2, mostramos a evolução da taxa mensal de juros nominal e
de inflação desde 1974. Os juros buscam representar os valores pagos
Nosso diagnóstico é que o problema do crescimento econômico brasi- pelo Governo, correspondendo à taxa SELIC. O índice de inflação utilizado
leiro vem das limitações da oferta e sendo preciso aumentar o investimento para determinar os juros reais foi o IGPM (da FGV).
para voltar a crescer. Como foi visto no número anterior, a contribuição que
pode ser esperada do exterior é modesta e será indispensável um incre-
mento da poupança interna para elevar o investimento e voltar a crescer o
PIB per capita.
Também foi visto que existe, conjunturalmente, alguma capacidade de

Conhecimentos Bancários 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Figura 4: Valor real acumulado de uma aplicação em títulos do Go-


verno, remunerada pelos juros reais indicados.
Figura 2: Taxas mensais de juros nominais e de inflação. Dados Banco
Central.
Na Figura 2 podem ser observados períodos em que os juros nominais
superam a inflação (juros reais positivos). Também podem ser observados
períodos onde os juros reais são negativos e a inflação supera a taxa de
juros nominal.
Na Figura 2 indicamos os diferentes planos heterodoxos, do Cruzado
ao Real. Em alguns desses planos a taxa de juros real foi fortemente
negativa como é indicado na Figura 3. Também indicamos as médias
correspondentes aos 6 meses anteriores (média móvel) que dão uma
melhor ideia de como é sentida pelo aplicador a política de juros praticada.
Existem períodos, nas décadas de setenta e de oitenta em que os juros
reais praticados foram sistematicamente negativos. Houve um período em
que foram alternados períodos de juros reais positivos com confiscos por
ocasião de alguns dos planos. A partir de 1994, salvo nos 5 últimos meses Figura 5: Desvio da poupança interna em relação ao ajuste para anos
representados, os juros foram sistematicamente positivos. anteriores.
Quem tivesse 100 unidades monetárias no primeiro dia de 1974, teria
em meados de 1976 só 81% do valor inicial. Em meados de 1979, ele teria
o equivalente a 88 unidades originais. Deste momento em diante, haveria
uma perda sistemática e em Setembro de 1981 o cidadão em questão teria
apenas o valor correspondente a 57 unidades. A partir daí ele passaria a
ver seu saldo aumentar em valor real e finalmente, em Janeiro de 1985,
teria recuperado o valor original, passados 11 anos. Chegaria ao Plano
Cruzado com 116 unidades e esse valor permaneceria relativamente está-
vel por mais dois anos. Os planos Cruzado e Bresser foram aproximada-
mente neutros para as aplicações em títulos federais. O final do Governo
Sarney foi de juros altos e a pequena perda que ocorreu no Plano Verão foi
recuperada com folga nos meses seguintes. Nosso aplicador entraria no
Governo Collor com um saldo equivalente de 178 unidades.
Nos primeiros meses do Governo Collor ele sofreria o primeiro grande
confisco abrupto e ainda teria seu saldo, de 108 unidades (depois do con-
Figura 3: Juros reais pagos pelo Governo e sua média no semestre fisco), possivelmente retido. Ainda no Governo Collor o valor real de sua
anterior (média móvel). São assinalados os planos heterodoxos aplicação subiria ainda para 122 mas em maio de 1991 o confisco do Plano
aplicados e os valores de picos de juros, negativos e positivos. Collor 2 reduziria seu saldo para 110 unidades. Transcorridos mais de
Normalmente, os planos foram seguidos (ou antecipados) de variações quinze anos, o ganho líquido de nosso aplicador era de 10% numa média
importantes nos juros reais. Alguns desses valores estão indicados na de 0,6% ao ano.
Figura 4. Para que possamos ter uma ideia mais clara dos movimentos de Teria início, com o Ministro Marcílio Marques Moreira, um período de
“perde-ganha” nos títulos do Governo representamos na Figura 4 a situa- ganhos extraordinários. Com esses ganhos, às vésperas do Plano Real, ele
ção hipotética da conta de um cidadão que possuísse, no primeiro dia de teria um saldo de 242 unidades e que seria reduzido a 179 em um confisco
1974, 100 unidades monetárias nacionais. Os valores indicados na Figura 4 tão bem disfarçado que somente os muito privilegiados conseguiram, até
foram obtidos aplicando-se sobre o capital os juros nominais mensais e hoje, alguma correção de seus haveres.
descontando-se a inflação, medida pelo IGPM.
No final do primeiro mandado do Presidente FHC, ele já teria 430 uni-
dades. Seu ganho médio foi de 20% ao mês e o valor de sua aplicação
seria duplicado nestes 4 anos. Se olharmos um período mais longo, entre
junho de 1990 e junho de 2002, mesmo com o confisco do Real, o valor
aplicado em títulos do governo foi multiplicado por um fator superior a
cinco. O ganho anual médio, nestes 12 anos, foi de 15%.
Pode-se observar na Figura 5 que o hiato de poupança (que foi tam-
bém de investimento) teve início a partir de 1991. Na Figura 4, pode-se
constatar que foi a partir daí que os investimentos financeiros passaram a
ter ganhos reais sistemáticos. Não é de se admirar, pois, que nesse perío-

Conhecimentos Bancários 71 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
do tenham caído o percentual de poupança e o investimento interno. Exis- imediato, assume a obrigação de registrar o crédito desse cliente pelo
tem muito poucas aplicações lícitas que proporcionem, em prazo semelhan- recebimento da moeda, o que não vai caracterizar um depósito, no estrito
te, tal resultado. sentido do termo, já que o cliente está cedendo a absoluta propriedade da
moeda para o banco. Em contrapartida, o cliente recebe um crédito. Ocor-
Do ponto de vista País, o rendimento financeiro não deveria superar o re, então, uma compra de moeda, e em troca o cliente recebe um crédito de
rendimento médio da atividade produtiva. Na atualidade o Brasil necessita igual valor lançado nos registros do banco.
270 unidades de capital para gerar 100 de produto. Das 100 unidades de
produto 82 se destinam ao consumo e 18 são poupadas (6,7% do capital). Observe que ao banco lhe é permitido dispor dos recursos ou gerenciá-
Nas Contas Nacionais, em um sistema fechado, o que não é consumo los, conforme lhe aprouver, dentro dos limites permitidos pela legislação e
aparente (incluindo variação de estoques) é formação bruta de capital fixo seus estatutos. Ao cliente compete sacar ou receber, quando lhe aprouver,
(investimento real) recursos idênticos àqueles postos à disposição do banco.
Para manter o estoque de capital,é necessário investir cerca de 10%
do PIB (3,7% do estoque de capital) para repor a parte sucatada ou obsole- Procuramos suscitar esse aspecto em vista da necessidade que nota-
ta do capital acumulado. Das 18 unidades percentuais de PIB poupadas mos cada vez mais premente de que as organizações bancárias procedam
restariam 8 que permitiriam aumentar em 3,0% o estoque de capital. Manti- a levantamento de custos pelo dinheiro captado, e de todos os demais
da a produtividade de capital, seria também possível aumentar, nos mes- custos de conversão - para produzir a oferta de crédito e demais operações
mos 3,0% ao ano, a capacidade de produção. subsidiárias da sua atividade.

Ou seja, é de 3% a capacidade atual da parte real da economia brasi- Também podemos dizer que depósito pecuniário ou bancário é o con-
leira de aumentar seu capital produtivo. Em termos da economia real (obje- trato pelo qual uma pessoa entrega quantias em dinheiro a um banco, que
to das Contas nacionais), esse pode ser considerado rendimento médio do se obriga a restituí-las, por solicitação do depositante, nas condições esti-
capital produtivo. puladas.
O que provavelmente vem ocorrendo nos últimos dez anos é que, a
cada ano, uma maior fração de investimentos que seriam direcionados à Modalidades de Depósitos
atividade produtiva foi abandonada em favor da aplicação financeira. Na Podemos classificar as várias modalidades de depósito bancário:
média do período, o resultado da política de elevadas taxas de juros reais I - Quanto ao objetivo, ou seja, o escopo econômico visado pelo de-
(de dois dígitos), foi uma redução da poupança real (formação bruta de positante - neste caso o depósito pode ser:
capital fixo) em favor do consumo. É essa a política que tem sido apresen- · a vista,
tada ao País como inibidora do consumo. · a prazo,
· de poupança, ou
Por outro lado, como já mostramos anteriormente, o aporte de investi- · interfinanceiro.
mento externo obtido foi bastante inferior ao hiato de poupança interna que
provocou essa política. Depósito à vista é aquele que fica à disposição do depositante para ser
Por fim, deve ser levado em conta que existe um limite para a dívida in- sacado a qualquer momento. É a designação dada ao depósito de livre
terna que não deveria ser ultrapassado. Na situação atual, existe um quase movimentação. Independentemente da questão dos juros, os depósitos
consenso que a dívida interna atingiu seu limite em termos de percentual também se caracterizam quanto à sua movimentação: o cliente deposita
do PIB. Em um horizonte de suposto crescimento do PIB da ordem de 3% recursos seus, pela manhã, e pode sacá-los à tarde ou na mesma manhã
ao ano, uma taxa de juros, também de 3% anuais, é a que permitiria ao ou quando lhe aprouver. O mesmo não ocorre com o depósito à prazo.
Governo manter estável a dívida interna relativa ao PIB sem desviar dinhei- Neste o cliente e o banco estabelecem um prazo para que o depósito seja
ro de impostos e taxas para o pagamento de juros. movimentável.

11. Produtos e serviços financeiros: depósitos à vista; depósitos a Depósito à prazo é o suscetível de retirada só depois de decorridos um
prazo (CDB e RDB); cobrança e pagamento de títulos, boletos e certo termo prefixado no contrato (a prazo fixo) ou estabelecido posterior-
carnês; transferências automáticas de fundos; arrecadação de mente pelo depositante em uma notificação ao banco ( aviso prévio), que
tributos e tarifas públicas; home banking, mobile banking, banco ,conforme o item 10 da Resolução 15 do Banco Central, é de 30 a 120 dias.
Nas duas formas de depósito a prazo o depositante tem direito a juros, e na
virtual; cartão de crédito (dinheiro de plástico); fundos mútuos de
modalidade prazo fixo, também à correção monetária .levando-se em conta
investimento; hot money; contas garantidas; crédito rotativo; des- a certeza que o banco tem a cerca do lapso de tempo de que pode dispor
contos de títulos; financiamento de capital de giro; leasing (tipos, das quantias para suas aplicações.
funcionamento, bens); financiamento de capital fixo; crédito direto
ao consumidor; empréstimo em consignação; cadernetas de pou- Os depósitos a prazo fixo são feitos contra simples recibo de emissão
pança; cartões de crédito; títulos de capitalização; planos de apo- de certificado de depósito bancário, título de crédito equiparado a nota
sentadoria e pensão privados; planos e apólices de seguros. promissória, negociável, transferível por endosso.

DEPÓSITOS O depósito de poupança é um sistema de captação de recursos popu-


Os depósitos são operações bancárias passivas e, em condições ele- lares, incentivado pelo governo, com a finalidade de possibilitar o financia-
mentares, constituem a razão de ser da instituição bancária. A história da mento de bens móveis de uso durável ou de imóveis. A esse tipo de depó-
atividade bancária indica que a característica de guarda de valores tem sido sito se creditam a cada, 30 dias, juros e correção monetária, computada
o ponto alto no desempenho dessa atividade. esta de acordo com a variação da Taxa Referencial (TR)

Época houve em que os montes - termo que foi “germanizado” pela pa- Depósito conjunto é aquele constituído a benefício de várias pessoas,
lavra banck e, posteriormente italianizado como ”banco” - tinham como podendo ser simples e solidário.
função não só a guarda de valores e a obtenção de empréstimos para
custear obras públicas, como também a guarda de donativo. Depósito conjunto simples é aquele em que o beneficiário pode retirar
sozinho apenas o correspondente à sua quota, sendo que o total do depósi-
Em que consiste a operação de Depósito? De modo elementar, poderí- to só pode ser levantado por todos os titulares. Mais usual, porém, é o
amos dizer que consiste em colocar recursos sob a guarda do banco. Os depósito conjunto solidário, em que cada titular pode, sozinho, fazer retira-
bancos modernos, especificamente os bancos comerciais, têm uma ativida- das, tendo o direito de exigir do banco a importância total, e esse, a entre-
de própria de negócio que faz com que a atividade de “Depósito” não se gando , se libera em relação a todos.
restrinja à simples guarda de moeda. No desempenho dessa atividade -
captação de depósito - existe a negociação por compra e venda da moeda. CDB, RDB, OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMO
O banqueiro quando recebe moeda de um cliente, que não para pagamento O certificado de Depósito Bancário, o famoso CDB e o Recibo de De-

Conhecimentos Bancários 72 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pósito Bancário, o RDB, são os mais antigos e utilizados títulos de captação Curioso anotar que a letra de câmbio devem ser, previamente, enviada
de recursos pelos bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de ao sacado para que ele aceite. Deverá ele devolver a letra de câmbio ao
desenvolvimento e bancos múltiplos que tenham uma destas carteiras, credor. Se não o fizer, segundo o art. 885 do Código de Processo Civil
sendo oficialmente conhecidos como depósitos a prazo. Brasileiro, poderá ter sua prisão decretada, caso o portador da letra de
câmbio prove ao juiz que entregou o titulo e o devedor se recusou a devol-
Os recursos captados através desses instrumentos são repassados vê-lo.
aos clientes na forma de empréstimos.
Como se trata de uma variação de "depositário infiel", essa modalidade
O prazo mínimo é de 30 dias para os títulos prefixados, que embutem de prisão foi preservada pela Nova Constituição.
uma expectativa inflacionária na taxa nominal, já que o ganho real (nominal
- inflação) só será conhecido no dia do resgate. Poderá constar, ainda, da letra de câmbio o "lugar" e a "data" de sua
emissão, bem como o "lugar de pagamento". São, entretanto, requisitos
Para os títulos pós -fixados em TR o prazo mínimo é de 4 meses data a acidentais, cuja falta não acarreta a invalidade do título.
data.
Se não constar nenhum desses vencimentos, será considerado "a vis-
CDB é transferível (resgatado, a critério da instituição financeira, antes ta". E se não constar o lugar do pagamento, presume-se que será o domicí-
do vencimento) por endosso nominativo (endosso em preto), desde que lio do devedor (sacado).
respeitados os prazos mínimos. O endossante responde pela existência do
crédito mas, não pelo seu pagamento. O vencimento do cheque, como vimos, é apenas "a vista", enquanto os
demais títulos (nota promissória e duplicata) tanto podem ser a vista, como
Além disso, não podem ser prorrogados mas, renovados de comum data certa de vencimento).
acordo, por nova contratação.
A letra de câmbio pode ser sacada para pagamento:
Os RDB podem ser rescindidos em caráter excepcional desde que com a) a vista;
o de acordo da instituição depositária. Neste caso só pode ser devolvido o b) a dia certo;
principal. c) a tempo certo da data; e
d) a tempo certo de vista.
Mesmo no caso dos CDB existirá, na venda antes do prazo final, uma
perda de rentabilidade, já que o comprador, no caso a instituição financeira, No vencimento "a vista" o pagamento deve-se dar quando a letra de
exigirá um spread ou deságio para gerar liquidez. câmbio for apresentada ao devedor.

Para circular a rentabilidade líquida de um CDB, será necessário calcu- Se o vencimento forma dia certo", o pagamento deverá ser realizado
lar o imposto de renda (IR) incidente sobre o ganho de capital que, até no dia marcado no título (esse é o mais comum tipo de vencimento).
31/12 /94 estava sujeito a uma taxa de 30%. O ganho de capital era calcu-
lado sobre a variação mensal da Ufir (unidade fiscal de referência). De Caso o vencimento seja "a tempo certo da data", é fixado um "tempo"
01/01/95 até 31/12/95, a rentabilidade líquida era obtida aplicando-se uma (30 dias, 90 dias, etc.), que começa a contar do dia seguinte ao da data de
alíquota de 10% de IR sobre o ganho nominal. A partir de 01/01/96, a emissão (se a letra de câmbio foi emitida em 2 de maio, com vencimento "a
alíquota de IR, sobre o ganho nominal, passou a ser de 15%. 90 dias", só será exigível no 90º dia a partir da emissão: 1º dia = 3 de maio;
30º dia = 1º de junho - lembre-se que maio tem 31 dias -, 60º dia = 1º de
Letra de Câmbio julho e 90º dia = 31 de julho - julho também tem 31 dias).
Muito parecida com o cheque a letra de câmbio é também uma Ordem
de pagamento. só que não é uma ordem dada apenas a bancos. Pode ser Finalmente, se o vencimento for "a tempo certo de vista", seu venci-
dada a qualquer pessoa. Também não é só "a vista". Pode ser com data mento ocorrerá depois do "tempo" marcado (30, 60, 90... dias), que começa
certa de vencimento. a correr após a data do aceite (quando o devedor teve "vista").

A letra de câmbio é, portanto, uma ordem de pagamento, emitida por Aval e Endosso da Letra de Câmbio
um credor a seu devedor, para que este porque uma determinada quantia Tudo o que se disse sobre o aval e o endosso do cheque, da nota pro-
ou ao próprio credor, ou a terceira pessoa. missória e da duplicata, terá a plena validade para as letras de câmbio.

O ato de emitir a letra de câmbio chama-se "saque". Quem a emite é o Prescrição


"sacado" e o devedor, que cumprirá a ordem, chama-se "sacado". O "toma- A letra de câmbio, como todo título de crédito, tem a chamada força
dor" é a pessoa beneficiária da ordem. executiva. A cobrança da letra de câmbio em ação executiva, contra o
aceitante (sacado) ou seus avalistas, deve ser promovida em três anos, a
São requisitos necessários à validade da letra de câmbio: contar do vencimento do título.
a) denominação "letra de câmbio" (na língua em que for redigida a
ordem); Essa ação poderá ser promovida diretamente, sem qualquer
b) o valor em dinheiro, que deverá ser pago, bem como a espécie de necessidade de protesto.
moeda (cruzeiro, dólar, etc.);
c) o nome do sacado (essa indicação poderá constar na parte de Já a ação para cobrar dos endossantes (na hipótese de os aceitantes
baixo do formulário); ou avalistas não pagarem), dependerá de prévio protesto e deverá ser
d) o nome de tomador (pessoa a quem será paga a ordem; nada promovida em um ano, a contar da data em que ele foi feito o protesto (no
impede que a letra de câmbio indique como tomador o próprio tempo legal).
sacador, ou, então, seja "ao portador");
e) o nome e assinatura (de próprio punho) do sacador (ou seu Se algum endossante pagou a dívida e pretender cobrar dos demais
procurador, com poderes especiais). endossantes, deverá promover sua ação executiva em seis meses a contar
do dia em que ele pagou a letra, ou do dia em que ele foi acionado
Sem esses requisitos a letra de câmbio não terá validade.
PRODUTOS VINCULADOS À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS BANCÁ-
Na letra de câmbio o aceite é importante, embora seja facultativo: de- RIOS
verá o título ser a ele apresentado, para que este firme no título a declara- O banco desempenha importante papel de agente arrecadador e agen-
ção de que está de acordo com a dívida. te pagador. Esse papel cresce de importância quando efetuado junto aos
órgão públicos (municipais, estaduais e federais) . Com relação a esses

Conhecimentos Bancários 73 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
organismos públicos, os bancos comerciais já têm, no seu Plano Contábil,
contas específicas para registrar recebimentos de tributos e encargos Corporate finance
diversos. É o caso , por exemplo, da conta “Recebimentos de Contribuições Corporate Finance ou Corporações Financeiras é a denominação de
Previdenciárias”, ou, ainda conta “Recebimentos de FGTS”. corporações especializadas em fusões, aquisições e reestruturação finan-
ceira de empresas.
Mas o banco presta um grande número de serviços dentre os quais
podemos destacar: Pagamentos de títulos e carnês
Os títulos a pagar de um cliente têm o mesmo tratamento de seus títu-
· Cobrança e aceitação de títulos: a venda a prazo se constitui no los a receber (cobrança).
modo mais freqüente de operar dos empresários, que fazem representar
seus respectivos valores por títulos de crédito ou por simples “carnês” A ordem de pagamento (OP) é utilizada para pagamentos ou depósitos
pagáveis nos bancos onde eles possuem conta corrente, de modo que a dentro do mesmo banco, para agências em praças diferentes.
cobrança e o pagamento dos créditos da empresa é hoje inconcebível sem
a intervenção dos bancos ou dos estabelecimentos financeiros, que por Transferência automática de fundos
sua rede de sucursais, correspondentes, por sua organização administrati- Serviço prestado ao cliente que, por gerenciamento de seu caixa, ne-
va e técnica são aptos a efetuá-los a menor custo. cessite ter uma ou mais contas em uma ou mais agências do banco.

Os Bancos podem adotar diversas formas de procedimentos, que têm HOME / OFFICE BANKING, REMOTE BANKING – BANCO
custos diferenciados para os cedentes dentre elas: a cobrança convencio- VIRTUAL
nal; cobrança pré-impressa sem registro e com registro, cobrança escritural Com o avanço tecnológico cada vez mais os clientes dispõe de como-
e por teleprocessamento. didade e serviços rápidos e simples. Surge um grande número de serviços
colocados à disposição do cliente e cada vez menos necessidade deste
Caso o banco seja incumbido de proceder a recebimentos em praças comparecer à agencia para efetuar suas transações bancárias.
diferentes de sua sede, onde não possua agência ou sucursal, surge a
necessidade das convenções de correspondência que possibilita ao banco No início dessa revolução tecnológica surgiram os terminais eletrônicos
operar, a serviço de seus cliente, em praça onde não possua agência ou através dos quais era possível ter acesso a vários serviços através de uma
sucursal. senha pessoal. Atualmente, já é possível fazer todas as transações em
casa ou no escritório, bastando para tanto ter um microcomputador pesso-
· Custódia de Valores e Títulos - é um serviço prestado aos clientes al, acessar o banco via internet ou até mesmo pelo telefone.
com o propósito de mantê-los no círculo de seu relacionamento profissio-
nal, potencialmente interessados em suas operações financeiras. A custó- Assim surgiu o - Banco Doméstico - "Home/Personal Banking", cujo
dia ou guarda pressupõe a disponibilidade, pelo banco , de instalações e acesso aos serviços bancários ocorre via microcomputador pessoal e/ou
serviços adequados, perfeitamente encontrados na atualidade. Interne.

Três são as espécies de custódia de títulos e valores: o depósito de tí- Ë possível falar em Banco Virtual - ou Remote Banking - o qual não
tulos e valores em simples custódia, o depósito em administração e o necessita de agências pois todos os serviços podem ser prestados via
depósito cerrado. microcomputador, Internet ou telefone.
· Cofres de segurança: o contrato de cofre de segurança ou de co-
fre-forte, é aquele pelo qual o banco coloca à disposição um com- PRODUTOS DE CAPTAÇÃO
partimento ou cavidade para a guarda de dinheiro, objetos precio- Dentre os produtos de captação mais conhecidos estão a caderneta de
sos ou documentos, mediante remuneração. Esse serviço se reves- poupança e os fundos de investimento.
te de dois aspectos fundamentais: a vigilância e o segredo.
· Débito em conta corrente: é o procedimento pelo qual, mediante a Caderneta de Poupança - os rendimentos são mensais, entretanto po-
autorização do cliente, o banco procede ao débito de em conta cor- de-se efetuar saques ou depósitos qualquer dia do mês, devendo-se ape-
rente, na data de vencimento, das diversas obrigações tais como nas respeitar a data de aniversário para não perder os rendimentos. Os
contas de água, luz, telefone, mensalidades de escolas, etc. rendimentos consistem em juros de 6% ao ano acrescidos da variação da
· Ordens de Pagamento: é o documento através do qual é possível TR. É isenta de Imposto de Renda ( IR).
transferir valores entre clientes da mesma ou de instituição bancá-
ria diversa, podendo ser tomada em cheque ou em dinheiro. Fundos de Investimento: abrigam investimentos do público em geral,
em sistema de fundo de investimento em condomínio aberto, sendo que os
Commercial Paper participantes são denominados quotistas, recebendo os rendimentos aufe-
Nota promissória emitida no mercado externo por uma empresa com o ridos pela Administradora, de forma igualitária.
objetivo de captar recursos a curto prazo, gerando, portanto, uma dívida de
curto prazo para a empresa. É uma modalidade de captação de recursos PRODUTOS DE EMPRÉSTSIMO
no exterior que visa atender às necessidades financeiras de uma empresa Os empréstimos são a atividade mais importante dos bancos comerci-
(expansão, investimentos, etc). ais e podem ser classificados de várias maneiras, incluindo finalidade, tipo
de garantia, vencimento, método de pagamento e origem.
Vendor finance
É uma operação de financiamento de vendas, baseado no princípio da Uma classificação comum dos empréstimos é por finalidade ou uso que
cessão de crédito , que permite a uma empresa vender seu produto a prazo será feito dos fundos. Os empréstimos para pessoas físicas são usados
e receber o pagamento à vista. O vendor supõe que a empresa compradora principalmente na compra de veículos e outros bens de consumo. A catego-
seja cliente tradicional da vendedora, pois esta é que irá assumir o risco do ria “Outros empréstimos e leasings” consiste largamente em outros em-
negócio, junto ao banco. Em resumo, é uma modalidade de financiamento préstimos a outras instituições financeiras, governos estaduais e locais e
de vendas para empresas, na qual quem contrata o crédito é o vendedor do para a compra de valores mobiliários.
bem, mas quem paga o crédito é o comprador.
Empréstimos com e sem Garantia.
Compror finance Os empréstimos com garantia envolvem o empenho de uma garantia
É uma operação de financiamento de compras onde a iniciativa parte específica. A garantia empenhada em um empréstimo pode consistir em
do comprador, que concentra em si o risco de crédito. O Compror visa uma variedade de ativos, como imóveis, recibos de armazéns gerais,
financiar as compras de clientes do banco junto aos fornecedores. O risco contas a receber, instalações e equipamentos, recibos fiduciários, conhe-
da operação concentra-se no comprador, não existindo regresso contra o cimentos de carga negociáveis corridas de petróleo, ações corporativas e
fornecedor (vendedor). obrigações. A exigência básica de tais ativos é sua facilidade de comercia-

Conhecimentos Bancários 74 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
lização. O principal motivo para a exigência de que um empréstimo seja tanto o tomador quanto o banco planejam com bastante antecedência
garantido é reduzir o risco de perda do banco na eventualidade de o toma- quando os fundos serão necessários. O tomador pode comprar produtos ou
dor não querer ou ficar impossibilitado de quitar o empréstimo no vencimen- dar início à produção sabendo que os fundos poderão ser sacados quando
to. A garantia não assegura o pagamento do empréstimo; no entanto, reduz necessário. Entretanto, a linha de crédito, normalmente não é considerada
o risco já que o banco torna-se credor preferencial em caso de liquidação e um vínculo legal para o banco. Se ocorrer algo na empresa do tomador
tem precedência sobre os credores gerais na liquidação de quaisquer depois de aberta a linha de crédito que crie expectativa suficiente de que o
ativos penhorados pelo banco como garantia. banco está estendendo fundos excessivamente arriscados, a linha poderá
ser cancelada.
Vários órgãos federais foram criados pelo Congresso desde a década
de 30, os quais, entre outras funções, garantem os empréstimos concedi- A linha de crédito freqüentemente permite saques de diferentes valo-
dos pelos bancos comerciais e alguns outros emprestadores. A Federal res, que precisam ser pagos da mesma maneira.
Housing Administration e a Small Business Administration são dois desses
órgãos. O método para determinar os juros cobrados pela linha de credito é es-
tabelecido no momento de sua abertura. A taxa de uma linha de menos de
Os empréstimos sem garantia baseiam-se em integridade e condição $ 1 milhão provavelmente flutuará com a taxa preferencial. Ela poderá ser
financeira do tomador, receita esperada no futuro e registros passados. definida, em dois ou três pontos percentuais acima da preferencial, ou
Contrariamente à crença popular, os maiores empréstimos e os volumes pode ser fixada em uma porcentagem da preferencial, talvez 115%. Assim,
mais altos em dólares são concedidos pelo bancos sem exigência de se a taxa preferencial estiver em 10% os juros do empréstimos serão de
garantias. Os maiores tomadores de empréstimos comerciais conseguem 11,5 %. Um saldo compensatório de mais ou menos 10% pode ser exigido
obter fundos sem apresentação de garantias. Algumas empresas são antes que qualquer fundo seja sacado, com um adicional de 10% sobre os
consideradas pelos bancos tomadores preferenciais e, em muitos casos, fundos utilizados.
recebem as taxas de juros mais favoráveis do mercado. Tais empresas têm
administração competente, produtos e serviços muito bem aceitos no Devido à concorrência do mercado de papéis comerciais e dos bancos
mercado, lucros relativamente estáveis e uma forte condição financeira. estrangeiros nos últimos anos, os bancos grandes estão entrando cada vez
Eles fornecem aos bancos demonstrações financeiras segundo as quais é mais na fixação de preço dos grandes empréstimos, incluindo as linhas de
relativamente fácil determinar sua condição financeira e acompanhar seu crédito, de acordo com o mercado monetário. Os juros desses empréstimos
progresso. flutuam com uma taxa de referência do mercado monetário, digamos, a
taxa sobre os grandes certificados de depósitos, ao qual um spread apro-
As empresas não são as únicas que conseguem empréstimos sem ga- priado é acrescentado. Os juros destes empréstimos quase sempre ficam
rantia - muitas pessoas físicas também desfrutam desse privilégio. Pessoas abaixo da taxa preferencial.
que possuem imóvel próprio, têm emprego estável e registros de pronto
pagamento de suas dívidas em geral obtêm empréstimos sem precisar Empréstimos com Aval - Muitos empréstimos comerciais de curto prazo
oferecer garantias. são garantidos pelo endosso ou aval de terceiros. Quando o tomador é
uma corporação os principais acionistas podem ser solicitados a endossar
Vencimento - Os empréstimos bancários podem ser classificados de ou avalizar o empréstimo a fim de comprometer, até certo ponto, os ativos
acordo com o vencimento do contrato em empréstimos de curso, médio e pessoais de cada um com o pagamento do empréstimo. O emprestador
longo prazo. Os empréstimos de curto prazo são geralmente definidos deve considerar não apenas o valor dos ativos que cada acionista possui
como aqueles cujo vencimento se dará em um ano ou menos, os emprés- fora da empresa ( tanto no presente como no futuro), mas também até que
timos de médio prazo têm vencimento entre mais de um anos e até se ou ponto cada acionista está disposto a fornecer garantias semelhantes a
oito e os empréstimos de longo prazo têm vencimentos maiores. terceiros. Um empréstimo pode ser endossado ou avalizado por uma corpo-
ração ou por um indivíduo.
Métodos de Pagamento - os empréstimos bancários podem ser pagos
de uma só vez ou em prestações. Os empréstimos pagos de uma só vez Transferência de Contratos - As empresas de construção que forne-
são chamados também de empréstimos diretos, o que significa que o cem materiais sob contrato em geral precisam de empréstimos para as
contrato exige quitação de todo o principal na data do vencimento. Os operações que estão aguardando pagamento. Neste caso, uma empresa
juros, porém, podem ser pagos em períodos diferentes ou no vencimento pode transferir seu contrato ao banco emprestador como garantia de um
do empréstimo. Os empréstimos em prestações exigem pagamentos perió- empréstimo de curto prazo. Depois, quando os pagamentos começarem a
dicos do principal. Os pagamentos podem ser mensais, trimestrais, semes- ser efetuados, eles são feitos diretamente ao banco pela outra parte. Às
trais ou anuais. O empréstimo em prestações admite o princípio da amorti- vezes, a empresa que recebe o empréstimo é uma subcontratada, caso em
zação segundo o qual o valor do principal é amortizado ao longo da vida que os pagamentos podem ser feitos ao banco pelo contratante principal.
do contrato. Assim, os pagamentos não se constituem em um ônus tão
grande para o tomador quanto se ele tivesse de fazer todo o pagamento de Desconto de Duplicatas - O desconto de duplicatas em bancos comer-
uma só vez. ciais cresceu substancialmente nas três últimas décadas, particularmente
nos bancos de maior porte. As duplicatas são freqüentemente usadas como
Origem - A carteira de empréstimo dos bancos comerciais deriva prin- garantia tanto de empréstimos sazonais de curto prazo quanto de créditos
cipalmente de quatro grandes fontes: diretamente dos tomadores, da com- rotativos. Quando um empréstimo é garantido por duplicatas, o valor do
pra de promissórias de comerciantes de automóveis e outros bens de crédito disponível ao tomador tende a aumentar à à medida que aumenta
consumo, da compra de “participações” em empréstimos originados em a necessidade de crédito. Normalmente, um empréstimo sazonal é pago
outros bancos e da compra de promissórias de negociantes de papéis quando os estoques e as contas a receber diminuem, depois de um período
comerciais. De longe, o maior número de empréstimos é feito diretamente de alta produção e vendas. No caso do crédito rotativo, por outro lado, o
aos tomadores que os solicitam nas agências bancárias. Incluídos nessa empréstimo pode ser mais ou menos contínuo; se o tomador for uma em-
categoria estão os empréstimos que resultam de compras com cartão de presa em crescimento, o valor do crédito poderá continuar a crescer ao
crédito, já que os portadores do cartão primeiro fizeram uma solicitação ao longo de um período considerável.
banco para que ele lhes fosse concedido.
O máximo que um banco empresta sobre um determinado número de
Muitos bancos derivam uma grande parte da sua carteira de emprésti- duplicatas em geral varia de 50 a 90% de seu valor nominal. Se as perdas
mo de compra de promissórias de negociantes de vários produtos. Uma do tomador com os maus pagadores forem grandes, o banco poderá decidir
fonte final de empréstimos menos importante do que aquelas já discutidas é não conceder o empréstimo ou limitá-lo a uma pequena porcentagem dos
a compra de papéis comerciais e aceites bancários. recebimentos.

Linhas de Crédito - Os empréstimos comerciais de curto prazo em ge- Os bancos preferem descontar duplicatas de valor mais alto porque a
ral são obtidos através de linhas de crédito. Para que a linha seja aberta, burocracia é menor e pode envolver menos devoluções e disputas por

Conhecimentos Bancários 75 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
itens. Por outro lado, os bancos não gostam de ver recebimentos fortemen- ligados à conta corrente como os planos de crédito com cheque. Os planos
te concentrados em poucas contas, a menos que elas sejam de clientes de cartão de crédito envolvem um acordo entre três partes - o portador do
altamente cotados em termos de crédito. Normalmente, o empréstimo cartão, o banco e um comerciante. O cartão de plástico emitido para os
máximo é de 75 a 80% do total das contas empenhadas. consumidores serve de evidência aos lojistas de que o banco concedeu
uma linha de crédito ao portador daquele cartão. Ele também serve como
EMPRÉSTIMOS AO CONSUMIDOR meio preciso de imprimir comprovantes de venda. As lojas fazem um acor-
São feitos para o consumo financeiro, em comparação com os emprés- do com o banco de aceitar o cartão para pagamento de mercadorias e
timos feitos para fins de produção ou de compra de ativos que produzem serviços. As lojas que têm conta com o banco emissor do cartão podem
um fluxo de fundo, como ações e obrigações. Os empréstimos ao consumi- depositar os boletos de venda no banco ou em uma de suas agências e
dor possibilitam o consumo de bens e serviços antes que o consumidor receber crédito imediato subtraído de um pequeno desconto. Na realidade,
tenha que pagar por eles; conseqüentemente, eles conseguem desfrutar o banco está financiando as contas a receber do lojista e, com isto, libera-o
de um padrão de vida mais alto. Esses empréstimos são feitos para vários dos custos envolvidos na operação de um departamento de crédito. Se a
fins, incluindo a compra de automóveis, eletrodomésticos, móveis, serviços loja não tem conta com o banco mas um contrato de compensação do
médicos, férias, etc. Embora o vencimento dos empréstimos ao consumidor cartão de crédito, o banco é obrigado a fazer o pagamento à loja por meio
variem, em geral, eles são feitos por um período de menos de cinco anos. de cheque. O Regulamento B do Banco Central proíbe qualquer exigência
Com o crescimento da receita e dos gastos dos consumidores, o crédito ao de que os comerciantes tenham conta com um banco cujo cartão de crédito
consumidor, incluindo aquele oferecido pelos bancos comerciais , há muitos seja aceito no estabelecimento.
anos vem aumentando rapidamente.
Quando o banco oferece serviços de cartão de crédito aos clientes, tem
O DINHEIRO DE PLÁSTICO duas alternativas: pode oferecer um cartão próprio entrando em um acordo
O dinheiro de plástico será liderado pelos cartões inteligentes (smat de licença ou franquia no qual torna-se membro ou associado de grupo de
cards) ou cartões de armazenamento, externamente semelhantes aos bancos ou atua como agente. Ou então pode oferecer o cartão de um outro
cartões de crédito, possuem microchips que armazenam unidades digitais banco.
de valor que podem ser trocadas por bens e serviços, como o dinheiro
tradicional (sistema semelhante ao que é usado pelo cartão telefônico). Embora o custo operacional de um plano de cartão de crédito varie
com o banco e a área coberta, a operação geralmente é cara já que são
Atualmente ainda podemos dizer que o dinheiro de plástico de nossos necessários tempo, experiência e promoção consideráveis para fazer dele
dias é o cartão de crédito, pois permite a aquisição de bens e serviços sem um sucesso. Por este motivo, o número de cartões de crédito de bancos
a apresentação instantânea do dinheiro em espécie. diminuiu e dois cartões nacionais - Visa e MasterCard - comandam grande
parte dos negócios nesse setor.
Os cartões de crédito tornaram-se um importante veículo de pagamen-
to e crédito na nossa sociedade. A popularidade dos cartões de crédito, Muitos bancos oferecem agora o privilégio do saque a descoberto jun-
deve-se às muitas vantagens que eles oferecem como meio de pagamento. tamente com o cartão de crédito. Por exemplo, se o portador recebeu limite
Estas vantagens criaram dois padrões distintos e genéricos de uso entre os de saque de $ 500, este privilégio entra em vigor no momento em que ele
seus portadores - conveniência e crédito rotativo. Muitos portadores pagam emite um cheque que exceda o saldo da sua conta. O empréstimo passaria
o valor total de suas compras uma vez por mês; conseqüentemente, não a ser um empréstimo de cartão bancário e seria pago de acordo com as
incorrem em cobrança de taxas de financiamento. Na verdade, quase regras que governam a cobrança de taxas para cartões de crédito. Algumas
metade dos portadores de cartão de crédito podem ser classificados com descrições interessantes foram aplicadas a este tipo de acordo. Um banco
usuários de conveniência. Os outros portadores usam seus cartões como chama-as de ACT - transferência automática de dinheiro (Automatic Cash
fonte de crédito e raramente pagam todo o saldo devido. Ambos os usos Transfer) e outro usa o termo “Reserva Disponível” (Ready Reserve) .
têm vantagens distintas sobre dinheiro, cheques e outros meios de paga-
mento. A conveniência minimiza a necessidade de andar com dinheiro na HOT MONEY
carteira, permite ao usuário adiar um pouco o pagamento de mercadorias e É o empréstimo de curtíssimo prazo, normalmente por um dia, ou um
serviços e estabelece um registro favorável de pagamento, que é importan- pouco mais, no máximo em 10 dias.
te nas avaliações de crédito. Os usuários do crédito rotativo têm as mes-
mas vantagens, mais uma - aumentam sua capacidade de comprar mer- E comum, de forma a simplificar os procedimentos operacionais, para
cadorias e serviços sem a burocracia envolvida na obtenção de um emprés- os clientes tradicionais neste produto, criar-se um contrato fixo de hot,
timo pessoal. Ademais, o portador de cartão de crédito tem considerável estabelecendo as regras deste empréstimo e permitindo a transferência de
flexibilidade para definir quando a dívida vai ser paga e quanto vai ser recursos ao cliente a partir de um simples telex, telefonema ou fax, garanti-
abatido. dos por uma NP já previamente assinada, evitando-se assim o fluxo corrido
de papéis para cada operação.
Os bancos comerciais entraram na área de cartões de crédito no início
da década de 50. Eles não foram os primeiros a emiti-los; alguns bancos A formação de taxa para o hot money é definida pela taxa do CDI do
encontraram dificuldades para gerar um volume suficiente de negócios para dia da operação acrescido do custo do PIS (0,75%) sobre o faturamento da
tornar o serviço rentável e retiraram-se desse tipo de empréstimo em pres- operação.
tações. Embora muitos bancos de todo o país tenham contribuído para o
sucesso dos cartões de crédito, a persistência do Bank of America foi Por ser uma operação de curto prazo, o hot money tem a vantagem de
notável. permitir uma rápida mudança de posição no caso de uma mudança brusca
para baixo nas taxas de juros. E uma operação conhecida como o “seguro
Vários fatores motivaram os bancos a entrar na área dos cartões de dos executivos financeiros contra o desemprego”.
crédito. Eles permitem aos bancos oferecer novos serviços ao atuais clien-
tes e é um veículo excelente para atrair novos cliente - pessoas físicas e O IPMF tinha um enorme peso no hot money, já que era cobrado duas
varejistas. Os planos de cartão de crédito aumentam as oportunidades de vezes —uma vez quando o dinheiro creditado na conta do tomador de
promoção dos outros serviços do banco. Embora isto não tenha sido um recursos era utilizado pelo mesmo, e outra vez quando os recursos saiam
fator decisivo, muitos bancos provavelmente entraram nesta área de em- de sua conta para quitar o débito da operação.
préstimo ao consumidor para ficar a par dos avanços que podem acabar
por levar aos sistemas de transferência eletrônica de dinheiro. Em última Sua extinção favoreceu a tomada de recursos através deste mecanis-
análise, é claro, os bancos foram motivados a adotar os planos de cartão mo.
de crédito por causa da possibilidade de aumentar os lucros.
Contas Garantidas/Cheques Especiais
Os cartões de crédito dos bancos diferem do crédito com cheque em Abre-se uma conta de crédito (conta garantida) com um valor limite que
vários aspectos importantes. Os planos de cartão de crédito não estão normalmente é movimentada diretamente pelos cheques emitidos ,pelo

Conhecimentos Bancários 76 A Opção Certa Para a Sua Realização


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cliente, desde que não haja saldo disponível na conta corrente de movi- através de cuidadoso modelo, que leve em conta não só o impacto do
mentação. A medida que, nessa última, existam valores disponíveis, estes recolhimento do cliente sobre suas reservas bancárias e, portanto, sobre o
são transferidos de volta, para cobrir o saldo devedor da conta garantida. depósito compulsório e o crédito rural mas, também, o ganho do float.

Para o cliente, o produto garante uma liquidez imediata para suas e- O IPI sobre fumo e bebidas, por exemplo, é recolhido até o terceiro dia
mergências. Para o banco, é um instrumento mercadológico forte, mas que, útil do decêndio subseqüente ao da ocorrência dos fatos geradores e, o IPI
se mal administrado, pode representar uma perda significativa, tendo em sobre os demais produtos até o último dia útil. Se a venda for em 30 dias
vista seu impacto sobre a administração de reservas bancárias, já que é para pagamento, a empresa estará adiantando o valor do tributo sobre um
necessário deixar recursos de suas reservas de livre movimentação em valor que ainda não recebeu do cliente comprador. Daí a importância do
stand by para atender à eventual demanda e, portanto, sem aplicação. financiamento.

Algumas contas garantidas têm caráter apenas de conta devedora, EMPRÉSTIMOS PARA CAPITAL DE GIRO
funcionam separadas da conta corrente e, normalmente, exigem do cliente São as operações tradicionais de empréstimo vinculadas a um contrato
o aviso com antecedência dos valores a serem sacados, razão pela qual específico que estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias e
trabalham com taxas de juros menores. que atendem às necessidades de capital de giro das empresas.

Os juros sobre esse produto são calculados diariamente sobre o saldo O plano de amortização é estabelecido de acordo com os interesses e
devedor e cobrados normalmente, no primeiro dia útil do mês seguinte ao necessidades das partes.
de movimentação.
Esse tipo de empréstimo normalmente é garantido por duplicatas
O IOF é calculado sobre o saldo devedor na base de 0,0041% ao dia em geral numa relação de 120 a 1500/o do principal emprestado. Nes-
para pessoa jurídica (1,5% a.a.) e 0,0164 ao dia para pessoa física (6% se caso, as taxas de juros são mais baixas. Quando a garantia envolve
a.a.). outras garantias, como aval e notas promissórias, os juros são mais al-
tos.
CRÉDITO ROTATIVO (CABCR)
Os contratos de abertura de crédito rotativo são linhas de crédito aber- Nos grandes bancos, os contratos podem ter características informais,
tas com um determinado limite e que a empresa utiliza à medida de suas como “garantia” de crédito para as empresas que optam por dar algum tipo
necessidades, ou mediante apresentação de garantias em duplicata. Os de reciprocidade aos bancos, como, por exemplo, manter sobra de caixa
encargos (juros e IOF) são cobrados de acordo com a utilização dos recur- aplicada em Fundo de Curto Prazo ou CDB.
sos, da mesma forma que nas contas garantidas.
INTERMEDIAÇÃO BANCARIA NO PAGAMENTO
DESCONTOS DE TÍTULOS (NP/DUPLICATAS)
E o adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre va- Exposição
lores referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissórias, de As instituições financeiras, além de realizarem as operações financei-
forma a antecipar o fluxo de caixa do cliente. ras que constituem seu escopo principal na intermediação do crédito,
praticam outros negócios considerados acessórios com vistas a seu fim,
O cliente transfere o risco do recebimento de suas vendas a prazo ao alguns dos quais representam típica prestação de serviço, caracterizando-
banco e garante o recebimento imediato dos recursos, que, teoricamente, se não só pelo favorecimento do cliente, mas pelos benefícios imediatos da
só teria disponíveis no futuro. contrapartida. Entre as operações acessórias podemos encontrar a inter-
mediação bancária no pagamento.
O banco deve selecionar cuidadosamente a qualidade de crédito das
duplicatas ou NP de forma a evitar a inadimplência. Os Bancos, como é sabido, realizam pagamento a terceiro por conta de
seus clientes. Se esses pagamentos ocorrem por mero cumprimento de
Normalmente, o desconto de duplicatas é feito sobre títulos com prazo ordem, sobressai o caráter acessório, não assim se dará se a operação vier
máximo de 60 dias e prazo médio de 30 dias. O IOF é calculado sobre o casada com alguma espécie de crédito concedido pela instituição, quando
principal, com alíquota de 0,0041% ao dia para pessoa jurídica (1,5% a.a.) então a prestação de serviço será apenas decorrência. E da mesma forma
e 0,0328 ao dia para pessoa física (12% a.a.), limitado aos valores anuais, que paga, também presta serviço de recebimento em nome de clientes, isto
caso o prazo seja maior que doze meses. é, cobra. Seja o cliente quem paga ou recebe através do banqueiro, este
terá sido simplesmente um intermediador no pagamento a ou de terceiro.
A operação de desconto dá ao banco o direito de regresso, ou seja, no
vencimento, caso o título não seja pago pelo sacado, o cedente assume a Dito isso, temos que a intermediação bancária no pagamento tanto a-
responsabilidade do pagamento, incluindo multa e/ou juros de mora pelo contece no pagar como no cobrar. Pertence a este capítulo de estudo o
atraso. contrato de giro ou traspasso numa ponta e noutra, o de cobrança de
créditos.
Outros tipos de operações de desconto também são feitas sobre os re-
cibos de venda de cartões de crédito e os cheques pré-datados. Estas duas Ambas as operações propiciam uma fonte de captação a custo extra-
alternativas são uma forma criativa de adiantamento de recursos para as ordinariamente baixo, permitindo à instituição financeira dispor desses
empresas comerciais. Os cheques pré-datados ficam em caução, como recursos por alguns dias enquanto o crédito não chega à conta ou ao
garantia do empréstimo. conhecimento do beneficiário ou, ainda, enquanto este deles não fizer uso.

FINANCIAMENTO DE TRIBUTOS E TARIFAS PÚBLICAS TRASPASSO BANCÁRIO OU GIRO


É o adiantamento de recursos às empresas normalmente por um ou Conceito
dois aias, sobre os valores que deverão ser recolhidos para pagamento de O traspasso bancário ou giro é um negócio jurídico de transferência de
seus compromissos. Na prática, funciona como um hot money. fundos ou valores de uma conta-corrente para outra ou de uma pessoa
para outra. O transferente propõe ao Banco o encargo da remessa que
Para o cliente, é a possibilidade, em função dos volumes a serem reco- tanto pode ser a favor do próprio interessado quanto de terceiro. O giro
lhidos em IPI, ICM, lAPAS e IR, principalmente, de reduzir o custo desses pode dar-se entre uma conta e outra na mesma agência ou em outra agên-
valores e seu impacto sobre eventuais desequilíbrios no seu fluxo de caixa. cia do mesmo ou de Outro Banco ou até mesmo entre pessoas sem conta.
Consubstancia-se em creditação em conta ou sem conta, convertida esta
Para o banco, é a oportunidade de ancorar o cliente através de uma em pagamento direto, observadas, caso existentes, as condições ditadas
operação que, periodicamente, se repete e, além disso, uma oportunidade pelo transferente.
adicional de receita, desde que o estudo do valor a financiar seja feito

Conhecimentos Bancários 77 A Opção Certa Para a Sua Realização


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O pagamento por mera transferência contábil, operado pelo giro, é um lece no momento em que o delegado avisa o beneficiário, sobre a natureza
importante instrumento de controle monetário, que tanto serve para conter da relação que aí se cria, se de vínculo obrigacional ou mero aviso. Se se
a emissão quanto para baixar o custo do dinheiro, pela preservação do entender que o aviso é vinculativo, e dependendo de menção que se faça
estoque de dinheiro dos Bancos. no negócio fundamental, poderá haver acreditivo, mas existirá inequivoca-
mente delegação cumulativa. Com razão estariam as doutrinas francesa e
Natureza jurídica italiana. Se, porém, o aviso for meramente informativo, insuficiente para
O traspasso bancário não tem sido muito estudado em doutrina. Alguns gerar obrigação, ineludivelmente encontramo-nos diante de negócio de
autores nem chegaram a dedicar-lhe atenção por tê-lo como simples ope- intermediação: mandato ou prestação de serviço.
ração contábil. Verdade é que algumas operações de transferência de
fundos, conquanto nenhuma possa prescindir de qualificação jurídica, Na Itália e França a notificação do traspasso é constitutiva de obriga-
estariam perto disso, compreendidas no mandato geral outorgado pelo ção cumulativa, solidária portanto. Todavia, no Brasil, é documento de
correntista ao banqueiro. São as ordens de crédito que o próprio Banco simples informação. Dada essa razão, optamos por qualificá-lo como um
executa entre correntistas seus, debitando uma(s) conta(s) e abonando mandato especial. Não se trata de delegação mesmo por que a delegação
outra(s). Todavia, há operações mais complexas que escapam ao âmbito é indelegável, isto é, nela não há qualquer possibilidade de retransmissão
limitado da relação de conta-corrente. de poderes, enquanto no mandato isso é admissível através do substabele-
cimento. E comum na prática bancária o uso de correspondentes em luga-
O assunto merece reflexão dos estudiosos do Direito Bancário, especi- res onde a instituição financeira não possui agências ou sucursais, aos
almente quando a transferência deva ser cumprida fora da praça do orde- quais é confiado o encargo do cumprimento dos giros. Aliás, esta é uma
nante, hipótese que ganhará desdobramentos conforme sejam as figuras das importantes características que devemos ressaltar no Direito Bancário.
subjetivas do negócio de transferência clientes ou não do banqueiro.
Seria, portanto, uma das espécies de mandato bancário, formando día-
Garrigues as estudou singelamente como transferências bancárias sem de com a cobrança de títulos e documentos na intervenção bancária no
incursionar por canais mais profundos. Embora se negue a reduzi-las a pagamento, em que os Bancos atuam em ambas as pontas do evento
meras operações contábeis, situa-as entre os chamados serviços de caixa, jurídico: pagando e recebendo. Mandato atípico pelo fato de poder nascer
contidos na conta-corrente. bilateral, com outra particularidade digna de nota: sem representação. Na
prática bancária brasileira o negócio de giro é executado pelo Banco,
Há referências na doutrina a muitas teses que explicam a natureza ju- atuando como ele próprio Banco, não em nome do cliente, mas unicamente
rídica do traspasso bancário. Mossa (Lo check e I’assegno circolare secon- por conta do cliente. Assume a posição de intermediário prestador de
do la nuova legge, Milano, 1939) definiu-o como contrato de prestação de serviço especializado.
obra ou serviço. Greco (Le operazioni di banca) identifica-o como mandato.
Santini (Il banco-giro, Bologna, 1948) tinha-no como um mandato geral É negócio jurídico que tanto pode ser unilateral quanto bilateral. A uni-
conferido ao Banco para prestação de uma série de serviços, posição que lateralidade, chamou-nos a atenção para esta particularidade mestre Pon-
muito lembra a de Garrigues. Rospatt (Bankarchiv, v. XXXIII, 1934) qualifi- tes (TDP, v. LII, n. 5.437), resulta em ordem de correntista quanto a fundos
ca-o como contrato a favor de terceiro e Gierke (Handelsrecht und Schzffa- em mãos do banqueiro para crédito ou pagamento a terceiro. E a bilaterali-
hrtsrecht, 6.ª ed., 503), como locação de serviço. dade nasce da contratação do giro com não cliente ou com cliente cuja
provisão tenha que ser feita, por não se encontrar em conta suscetível de
Dominante hoje, especialmente em França (Lyon-Caen y Renault, Pla- débito.
niol-Ripert) e na Itália (Messineo, Fiorentino, Colagrosso), fundamentada na
disciplina de seus Códigos Civis, é a tese que o configura como uma dele- Além disso, define-se como real, por dependente da entrega da provi-
gação. são que é prévia e essencial, seja em moeda ou disponibilidade em conta.
E instantâneo e de execução imediata, uma vez que é ordem de crédito ou
A doutrina intemacional serve geralmente como paradigma para os es- pagamento à vista. E, finalmente, é oneroso em qualquer de suas formas,
tudiosos, mas só como paradigma, pois nem sempre os usos e costumes sendo comutativo somente o bilateral.
do comércio bancário de um país conhecem as mesmas práticas que os de
Outro e, em não as conhecendo, suas leis relativas ao tema não ensejam Modalidades do giro
convergência doutrinária. Por isso, forçoso é que se proceda a um exame O giro apresenta-se sob duas modalidades:
percuciente do instituto a fim de saber o que lhe convém como natureza a) ordem de crédito; e
jurídica a seu conteúdo negocial. b) ordem de pagamento.

Mesmo entre os italianos não há uniformidade de teses. A ordem de crédito é transferência de uma conta bancária a outra. Este
tipo de transferência, quando operada internamente no âmbito de um único
Para Messineo, trata-se o giro de uma delegação obrigatória ativa, me- banqueiro, fica inteiramente contida nos poderes outorgados à instituição
diante a qual o cliente ordena ao Banco, seu devedor (delegado) que financeira em contrato de conta-corrente, compreendido no serviço de
prometa o pagamento ao beneficiário (delegatário). O que seria transferido caixa. Efetua-se por saque bancário (via cheque), ou por simples ordem de
do devedor ao credor, no caso, seria o crédito (cessão). Já não é o que transferência escrita ou verbal. Quando importa a intervenção de outro
pensa, v. g., Fiorentino, para o qual o devedor (delegante) assina ao credor banqueiro, depositário do correntista destinatário do crédito, as relações,
(delegatário) um novo devedor (delegado), ocorrendo, portanto, uma dele- por mais complexas, exigem negócio especial de remessa de crédito,
gação obrigatória passiva (assunção de dívida). aparecendo então uma relação especial de mandato, chamado giro ou
traspasso, da mesma forma como quando a praça de pagamento for outra
O problema cresce de importância e sutileza na medida em que há ins- da do domicílio da conta debitada ou do ordenante.
titutos assemelhados no Direito Bancário, aos quais não se dispensa o
mesmo tratamento. O pagamento com cheque possui a mesma estrutura e A ordem de pagamento já nasce como giro, mesmo que o ordenante
mecânica, pelo menos entre nós, que a ordem de pagamento incondicional seja cliente, os recursos sejam debitados da conta, e não haja remessa do
por cheque, em que o cheque é enviado pelo ordenante diretamente ao crédito, sendo pagável na mesma praça — o que não é usual na prática
favorecido para que este o desconte no Banco. No entanto, aquele negócio bancária, todavia não há vedação. Já nasce como giro pela simples razão
encontra-se contido no mandato geral que inere à conta-corrente bancária. de que o dinheiro, saia ou não da conta, entra na disponibilidade imediata
Semelhante mecânica possui também a carta de ordem do crédito docu- do banqueiro para determinado fim que está no contrato de traspasso. E na
mentário, que ultrapassa em muito as forças da conta-corrente. É preciso ordem de pagamento em outra praça porque há remessa.
resolver esta aparente contradição.
Conteúdo do contrato
O contrato de giro enquanto relação entre ordenante e Banco mantém- O contrato de traspasso bancário não toca na matriz que o gera. A re-
se rigorosamente dentro do conteúdo do mandato. A dissensão se estabe- lação fundamental que vincula obrigacionalmente ordenante e beneficiário

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nada tem a ver com o giro. Pouco importa que haja nele menção ao giro. serviços a terceiros, angariando clientes, reforçando a captação e diminuin-
Salvo se houve intervenção do Banco e/ou ele aquiesceu intervir no paga- do o custo do dinheiro.
mento, assumindo a dívida. Mas já aí não teremos giro ou o teremos junta-
mente com acreditivo ou com delegação, o que nada tem a ver com o O contrato de cobrança é negócio jurídico de outorga de poder, que
negócio autônomo e solitário do giro. tem fim específico e conteúdo limitado.

Para que se tenha perfeita caracterização do traspasso bancário é pre- Natureza jurídica
ciso ter como estabelecido que o devedor da relação fundamental poderia A natureza jurídica da cobrança é a do mandato sem representação. O
concluir seu contrato e cumprir a(s) prestação(ões) diretamente, por si cobrador age como mero intermediário, alguém autorizado à prática de atos
próprio, sem a utilização do intermediário bancário ou com sua utilização de preservação de direito e de quitação, sub-rogação, cessão ou outro de
inessencial. E essa inessencialidade do giro a pedra de toque de sua conteúdo equivalente. O titular do crédito por ele não se faz presente.
autonomia e complementariedade. As partes resolvem se usar do giro por
comodidade e segurança, tendo sido a previsão desse uso contemporânea Se a cobrança contratada for de títulos de crédito cambiários ou cam-
à constituição do vínculo ou posterior. “A” quando comprou de “B” aceitou biariformes o mandato é outorgado pela formalização de endossomandato,
como praça de pagamento a do domicílio de “B”, pois lá pretendia retomar sendo possível a sub-rogação do mandatário, pelo substabelecimento
ao tempo da obrigação. Todavia, chegado o momento, a viagem se torna através de outro endosso, caso não haja proibição expressa. Nestes casos,
impossível. Então “A” comunica a “B” que não irá, mas fará a remessa do o chamado borderô de cobrança atua apenas como relação dos títulos
valor via Banco, contra entrega de recibo com quitação. O Banco que entregues ao e recebidos pelo cobrador.
cumprirá o pagamento não assume a dívida, apenas solve o compromisso
a mando de “A”. O que a instituição financeira faz é prestar serviço especia- Se, como sói acontecer no sistema bancário brasileiro, o endosso para
lizado a “A”, seja ou não cliente. fins de cobrança ocorrer sob a forma de endosso-pleno, teremos que a
outorga do mandato deu-se extracambiária ou extracambiariformemente. E
A relação que se constitui entre ordenante e Banco é uma relação de então ou está no borderô o contrato ou este é tácito, funcionando o endos-
provisão. O ordenante traz os fundos e os entrega ao banqueiro, para que so-pleno como endosso-fidúcia. Esta modalidade, se por um lado, facilita a
este, através de agência ou correspondente, realize o pagamento ao bene- negociação bancária (a cobrança pode converter-se em desconto ou ante-
ficiário. Não há traspasso sem provisão. Se o ordenante for cliente e não cipação ou caução etc.), por outro, expõe o endossatário a ser demandado
dispuser dos fundos, em outra operação de financiamento, que com esta em nome próprio como se fosse o titular do direito creditório, não podendo
não se liga nem comunica, poderá o Banco antecipar-lhe os recursos escapar às exceções que lhe forem próprias.
necessários para operar a transferência. O valor é creditado em conta-
corrente e remetido. Teremos, nesse caso, um negócio fundamental entre É contrato oneroso, sendo cobrada comissão pelo serviço. Via-de-regra
ordenante e beneficiário e dois negócios entre ordenante e mandatário, é unilateral por estabelecer obrigações somente para uma das partes,
consistente em traspasso e financiamento. todavia, pode tomar-se bilateral imperfeito, especialmente se mal sucedido,
tendo gerado despesas. Além disso, é consensual, só sua eficácia é que
Se o beneficiário é cliente e não há providência a exigir-se dele, basta- depende da entrega da coisa, instantâneo e típico, constituindo modalidade
rá o simples crédito em conta, mediante aviso, para consumar o pagamento de mandato mercantil. Regula a espécie os arts. 140 a 164 do C. Com.,
e a desoneração de devedor-ordenante. Não sendo, comunicar-lhe-á o sendo aplicáveis subsidiariamente as disposições do Código Civil e, em se
banqueiro, através de aviso meramente informativo, que se acha a sua tratando de mandato em endosso, a lei específica que regula o título de
disposição o valor constante do giro. A recepção do aviso pelo beneficiário crédito em que o mesmo ocorra.
não obriga o Banco ao cumprimento da ordem de crédito ou pagamento.
Há correlação com a Carta de Ordem do Crédito Documentário, só não há Conteúdo obrigacional
a modalidade “confirmada” que seria vinculativa. Portanto, mesmo tendo O mandato se perfaz com o endosso por parte do mandante e a acei-
expedido o aviso referente ao crédito, se ainda não houve quer o pagamen- tação pelo mandatário. Não havendo proibição de novo endosso, o substa-
to quer a creditação em conta, inexigível pelo beneficiário será o cumpri- belecimento de poderes iguais ou mais limitados é tacitamente consentido,
mento do giro. Todavia, se houve creditação o pagamento realizou-se, não não podendo gerar prejuízos a terceiros de boa-fé. Entre mandante e
há como estornar-se a quantia da conta. mandatário, todavia, vale a vedação do art. 146 do C. Com. Pelos atos do
mandatário contidos dentro do mandato responde o mandante, sendo,
Se, em virtude de razões muito pessoais, o Banco resolve garantir ao pelos que excederem, responsabilizado o próprio autor, como se se tratas-
beneficiário o pagamento, já não se tratará mais de traspasso, ou terá se de gestão de negócios, bem como por aqueles nos quais atue em nome
havido negócio complementar fora dele. próprio, ainda que por conta do mandante.

Assim é a prática bancária brasileira relativa ao negócio de giro. O mandatário tem direito de retenção sobre bens objeto do mandato,
por dívida do mandante perante si decorrente dessa operação.
Extinção
O contrato de giro se extingue no momento em que o Banco cumpre a O mandatário se obriga a exercer o mandato com zelo e proficiência,
prestação junto ao favorecido ou, na hipótese de cancelamento, no momen- respondendo por todo e qualquer dano que possa causar e que decorra de
to em que opera o giro de volta, efetivando a devolução da quantia ao prestação de serviço negligente, inábil e incompetente.
ordenante.
O mandante assume a obrigação de prover as despesas decorrentes
O cancelamento pode ocorrer por decisão do ordenante ou em razão do encargo a que foi incumbido o mandatário e a ressarcir os gastos por
de fato do favorecido: não ser encontrado, ter recusado o recebimento ou este suportados na execução das tarefas encomendadas.
qualquer outro motivo que inviabilize o pagamento.
Extinção
COBRANÇA DE TÍTULOS E DOCUMENTOS A cobrança se extingue pelo cumprimento do mandato, por comum a-
Conceito cordo, mediante distrato, por revogação do mandato, por denúncia do
A cobrança de títulos e documentos é serviço que os Bancos normal- mandatário ou por morte de qualquer das partes, a partir do conhecimento
mente colocam à disposição de seus clientes. Operando com títulos cambi- do fato, salvo morte do mandante, em que já tenha o mandatário iniciado o
ários e cambiariformes, como instrumento formal de seus negócios financei- cumprimento do mandato, em negócio que não admita interrupção sob
ros, as instituições bancárias necessitam manter serviço próprio de cobran- pena de prejuízo aos sucessores.
ça, montando, para isso, carteira especializada e pessoal treinado para o
desempenho desse mister. Unindo, portanto, a necessidade de defender os CARTÕES DE CRÉDITO
próprios créditos, à exigência de maximizar o desempenho da equipe Conceito
técnica, combatendo possível ociosidade, abrem as portas à prestação de Este nome exprime várias realidades jurídicas. Em sentido amplo pode

Conhecimentos Bancários 79 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
significar: 1. cartão de credenciamento para acesso: a) à conta-corrente; b) modalidades não convivem, sendo chamados, impropriamente, cartão de
a crédito previamente aberto junto ao próprio emissor ou a terceiro; e 2. débito ou de pagamento àquele que deve ser pago integralmente quando
cartão de garantia de cheque. da apresentação da fatura e de crédito o outro cujo pagamento pode ser
parcelado. A impropriedade reside no fato de confundirem o débito que diz
Como nosso objeto de estudo é o cartão de crédito bancário, interessa- respeito à fatura, constituindo seu conteúdo, com o cartão que só tem como
nos aprofundar o conhecimento relativo ao instituto que consiste fundamen- finalidade propiciar crédito, pois o usuário ao usá-lo compra bem ou serviço
talmente na hipótese 1, b, 2.ª parte, isto é, cartão de credenciamento para com pagamento diferido.
acesso a crédito previamente aberto junto a terceiros, que envolve relações
pelo mínimo trilaterais. Este tipo em sua evolução terminou por incorporar o Acima ficou dito que o verdadeiro cartão de crédito nasce em bases
referido em 1, a, cartão de credenciamento para acesso à conta-corrente mínimas trilateral, porque sem as três partes não se tem o acreditivo. E se
(cartão saque) e o 2, cartão de garantia de cheque. admite suplementação é só de parte de cartões de crédito imperfeitos, os
não bancários, que demandariam uma fonte de financiamento alheia para o
Em sentido estrito cartão de crédito é o objeto material, normalmente prolongamento do prazo de pagamento dos débitos, isto é, para seu parce-
um retângulo de plástico, que identifica o acreditado em qualquer das lamento. Nessa hipótese o emissor é entidade não pertencente ao sistema
hipóteses dos sistemas acima indicados. financeiro que toma junto a Banco empréstimo em nome de seu cliente,
repassando-lhe os encargos financeiros. Porém, o negócio permanece
Importa-nos, portanto, é mergulhar na direção do institucional, do ne- circunscrito entre ambos e estranho ao negócio jurídico complexo do cartão
gócio jurídico complexo, formado por vários contratos. Assim visto, o cartão de crédito. De qualquer sorte a responsabilidade pelo pagamento da fatura
de crédito é um sistema operacional de credenciamento dirigido ao consu- perante o vendedor do bem ou do serviço é o estabelecimento emissor, tal
mo, que reúne clientes do emitente, constituídos por comerciantes e con- qual ocorre entre os cartões perfeitos, bancários.
sumidores. Visa manter uma clientela cativa, fortalecendo o conglomerado
financeiro ao qual é filiado, oferecendo em troca qualificado serviço de O sistema operacional do cartão de crédito é composto por um conjun-
segurança e desregulamentação do crédito. to de três negócios jurídicos que regem e disciplinam três relações distintas
entre as três partes envolvidas, formando os lados de um triângulo.
Natureza jurídica
Não haveremos de misturar os tipos de cartões de crédito. Todos eles Diversas teses produziu a doutrina para explicar a natureza jurídica
são, como coisa material, cartão de credenciamento e especialmente o dessas relações. Apontaram para a assunção de dívida, a cessão de crédi-
acreditivo (credit cards), embora com características para não ser, tornou- to, a sub-rogação, a estipulação em favor de terceiro, o mandato, meio de
se, porque o sistema tem sido omisso, título de legitimação erroneamente. pagamento, ordem de pagamento, título de crédito e muitas outras. Entre-
Todos eles identificam o usuário e o apresentam como digno de crédito. Os tanto, vê-se que qualquer dessas teses olha apenas para um dos lados do
cartões, como coisa física, não passam disso, produzindo o mesmo efeito. triângulo, enxergando somente uma única relação. E preciso que se disse-
quem todas as relações que se perfazem totalmente para operacionalizar o
O alcance de cada tipo será determinado pelas relações jurídicas que cartão. São elas de três espécies.
lhe geraram. O que os fará diferentes serão os contratos que os dotarão de
conteúdo diverso. A primeira a se constituir ontogeneticamente vincula a instituição emi-
tente ao comerciante ou prestador de serviços disposto a abrir-lhe crédito, a
Assim, v. g., o cartão de garantia de cheque constitui uma credencial tomar-se cliente e a aderir ao sistema, sujeitando-se às normas operacio-
de certa categoria de usuário de cheque. Mas o que irá determinar a acei- nais. Este abre crédito em bens ou serviços à administradora do cartão. Ou
tação do respectivo cheque que garante é um contrato de garantia de o crédito é em favor de terceiro incerto, mas realizado em nome e por conta
cheque firmado pelo emitente do cartão e o estabelecimento conveniado. do creditado emissor ou é em favor do próprio emitente que o usará através
Ele é apenas uma chave, um instrumento que incidindo no campo das de procurador, usuário.
relações contratuais movimenta-o. Constitui-se praticamente numa senha.
Reúne, pois, duplo aspecto: de credencial e de senha, sintetizado numa só A segunda, pela ordem da montagem estrutural, é a que estabelece di-
unidade. E um cartão de credencial-senha. reitos e obrigações entre instituição emitente e cliente-usuário, e que se
consuma pela identificação, credenciamento e abertura de crédito rotativo
O cartão para saque bancário ou em caixas automáticas é, como todos para saque de dinheiro e/ou compra de mercadorias e/ou serviços nos
os demais, credencial. Mas não contém senha. Sua eficácia, todavia, fica estabelecimentos conveniados. Vale observar que o saque de dinheiro é
dependente da adjudicação de uma senha que o usuário dispõe e só ele função enxertada no cartão acreditivo, não fazendo parte de seu conteúdo
sob sigilo. Toda atenção é pouca para este detalhe. O saque eletrônico — e jurídico essencial.
não o cartão de saque como se tem dito por aí — é meio de pagamento
que substitui o cheque. E o que faz as vezes da assinatura que se põe no A terceira e última é que constitui o verdadeiro acreditivo, na relação de
cheque no saque eletrônico é a senha. Por trás do cartão de saque há compra e venda entre usuário do cartão e estabelecimento conveniado,
contratos de conta-corrente e/ou depósitos envolvendo o usuário e o saca- com estipulação de terceiro, no caso a instituição emitente, para ocorrer o
do. pagamento. Afasta-se do acreditivo, inovando-o, apenas no aspecto libera-
tório do usuário.
Já o cartão de crédito emitido por um estabelecimento a favor de clien-
te, para uso exclusivo na relação entre ambos, representa uma abertura de Desta forma, temos que o cartão de crédito bancário é um negócio jurí-
crédito facultativa em bens ou serviços. Muitas vezes ou geralmente é dico complexo, de que participam no mínimo três partes. E contrato de
resultado de uma oferta unilateral, sem qualquer conteúdo obrigacional. duração, adesão, oneroso, comutativo, atípico.

O mais importante dos cartões de crédito, único a justificar estudo es- Conteúdo obrigacional
pecífico, e que constitui um instituto jurídico, é o cartão acreditivo que forma O emissor do cartão obriga-se perante o estabelecimento conveniado a
um sistema que em bases mínimas já nasce pela criação de relações fornecer-lhe o material de expediente apropriado e a pagar-lhe as faturas
trilaterais. Se outra parte ou outras às três originais se juntar, esta(s) ex- que lhe sejam apresentadas nas condições e prazos previstos contratual-
cepcionará(ão) o negócio jurídico específico do sistema de credit cards, mente, resguardando-o das fraudes ou irregularidades que não possa
será(ão) aderente(s) ao complexo, realizará(ão) negócio suplementar ou razoavelmente constatar. E obriga-se perante o usuário a garantir-lhe o
negócio autônomo aderente. funcionamento do sistema para uso do qual cobra a prestação de serviços
e a garantir-lhe a segurança operacional uma vez avisado do roubo ou
No Brasil não se faz distinção entre cartão de crédito e cartão de débito extravio do cartão.
ou pagamento, porque ambos convivem em nosso sistema sob a denomi-
nação correta de cartão de crédito. Entre nós são na realidade cartões O estabelecimento conveniado obriga-se para com o emissor a vender
mistos, tendo em vista que em alguns países, como v. g. a França, essas para o usuário pelo mesmo preço praticado nas vendas à vista; a observar

Conhecimentos Bancários 80 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
o limite de crédito do usuário e só ultrapassá-lo quando especialmente de financiamento, o banco tem o direito de fiscalizar a aplicação da quantia
autorizado pelo emitente, pagando-lhe por ocasião da liquidação das fatu- financiada, a qual vencerá juros conforme taxas fixadas pelo Conselho
ras a comissão devida por sua participação no sistema. Obriga-se ainda — Monetário Nacional. Quando o financiamento for concedido para utilização
coisa que na prática não vem sendo cumprida sem risco algum — a identifi- parcelada, o financiador abrirá com o valor do financiamento conta vincula-
car o portador do cartão, controlando seu prazo de validade e inexistência da à operação, que o financiado movimentará por meio de cheques, sa-
de restrições pelo exame e cotejo com as listas que lhe são enviadas pelo ques, recibos, ordens, cartas ou quaisquer outros documentos.
emissor.
Características das cédulas de crédito rural.
O usuário obriga-se perante o emissor a assinar as faturas de suas As cédulas de crédito rural são promessas de pagamento sem, ou com
compras e a pagá-las quando lhe forem apresentadas na forma ajustada garantia real cedularmente constituída, isto é, no próprio título, dispensando
contratualmente e/ou fixada pela lei, bem como a ocorrer a liquidação dos documento à parte. A garantia poderá ser ofertada pelo próprio financiado,
encargos que lhe são devidos pela sua participação no sistema, avisando- ou por um terceiro. Embora o art. 10 considere a cédula de crédito rural um
lhe de eventual roubo, perda ou extravio do cartão, respondendo pelo título civil, é evidente sua comercialidade, por sujeitar-se à disciplina do
eventual uso indevido que até essa data possa ter havido. Obriga-se da Direito Cambiário. Constituindo-se cedularmente a garantia, ou seja, por
mesma forma pela liquidação das faturas de responsabilidade dos cartões incorporação no próprio título, quando se tratar de hipoteca, ocorrem derro-
adicionais que tiver solicitado. gações ao direito comum com a dispensa de escritura pública e da outorga
uxória, mas em virtude da ausência desta última, o cônjuge obriga apenas
Responsabilidade civil seus bens particulares e os comuns até o limite de sua meação. Para terem
A questão da responsabilidade civil com relação ao furto, perda ou ex- eficácia contra terceiros, as cédulas de crédito rural devem ser registrada
travio do cartão tem sofrido notável evolução. Em seus primórdios, a res- no Cartório de Registro de Imóveis. Sua cobrança se processa mediante a
ponsabilidade pesava exclusivamente sobre o usuário até que sua comuni- ação de rito especial (execução), com a originalidade de permitir a venda,
cação fosse incluída nas listas negras e estas chegassem a seu destino, pelo credor, após a penhora, dos bens dados em garantia, contestada ou
aos estabelecimentos conveniados. Porém, a clara compreensão de que não a ação, podendo, desde logo, mediante caução idônea, levantar o
diante do universo de usuários do sistema os casos da espécie são inex- produto líquido da venda. Em se tratando de cooperativas rurais, institui-
pressivos, não tendo significação econômica, os estudiosos do problema ções financeiras públicas e o Banco do Brasil, não há necessidade de
passaram a entender que era um risco imanente ao próprio negócio que caução.
bem poderia ser administrado pelo emissor, ou absorvendo o prejuízo ou
contratando seguro. A prática mostrou também que na maioria dos casos o Cédula Rural Pignoratícia:
mau uso não teria acontecido se o estabelecimento conveniado não tivesse É um título que consubstancia uma promessa de pagamento com ga-
agido com negligência. Acresça-se a isso o fato de não se saber se o rantia de bens móveis que, porém, permanecem de posse do devedor.
usuário não fosse compelido a firmar contrato de adesão, se teria aceito a
cláusula que o responsabiliza e permite que o dano causado pela negligên- O formalismo do título impõe-lhe os seguintes requisitos:
cia de associado do instituidor lhe seja transferido. I - a denominação “cédula rural pignoratícia”
II - a data e as condições de pagamento; havendo prestações peri-
Sensível a esse questionamento, doutrina e jurisprudência começaram ódicas, ou prorrogações de vencimentos, de acrescentar-se a
a repensar o direito e a reposicionar-se, o que obrigou o emitente a mudar expressão “nos termos da cláusula Forma de Pagamento abai-
a cláusula, fazendo cessar a responsabilidade do usuário no momento da xo” ou, em sendo o caso, “nos temos da cláusula Ajuste de pror-
comunicação do fato imprevisto e indesejado. rogação abaixo”;
III - o nome do credor e a cláusula “à ordem”;
Vê-se na prática o total desinteresse do comerciante com a identifica- IV - o valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por exten-
ção do usuário e, algumas vezes, com o exame comparativo da assinatura. so, com indicação da finalidade ruralista a que se destina o fi-
Ora, isso faz parte de sua obrigação contratual, pois não basta a condição nanciamento concedido e a forma de sua utilização;
de portador do cartão para o exercício do direito, sendo exigível que dete- V - a descrição dos bens vinculados ao penhor, que se indicarão pe-
nha a titularidade. O cartão é intransferível. Legitimidade e titularidade la espécie, qualidade, quantidade, marca ou período de produ-
andam sempre juntas neste caso. O instituidor poderá, havendo conveniên- ção, se for o caso, além do local ou depósito em que os mesmos
cia, voltar-se contra o estabelecimento conveniado para ressarcir-se do bens se encontrarem;
dano que a desídia deste lhe venha causar. VI - a taxa de juros a pagar, e da comissão de fiscalização, se hou-
ver, e o tempo de seu pagamento;
Bastará, portanto, ao usuário desapossado do cartão proceder o regis- VII - a praça de pagamento;
tro policial da ocorrência e comunicar imediatamente o emissor de forma VIII - a data e o lugar da emissão;
inequívoca, de preferência por escrito para fins de prova, fazendo cessar IX - a assinatura do próprio punho do emitente ou de representante
assim sua responsabilidade. com poderes especiais.

Inadimplemento e extinção Cédula rural hipotecária:


Inadimplindo o usuário tem o emitente contra ele execução de título ex- Podem os bancos, também conceder financiamentos mediante a emis-
trajudicial com base no próprio contrato, bastando juntar a ele o(s) extra- são, pelo devedor, de cédula com garantia hipotecária. Pelo artigo 811 do
to(s) não pago(s). Mesma execução tem o estabelecimento conveniado Código Civil “a hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou
contra o emissor se este deixar de atender ao pagamento de seu crédito construções do imóvel”. A lei específica ( Dec.-lei 167/67) faz com que a
oriundo das vendas. A base jurídica é o contrato. garantia seja prestada não só pelo imóvel e suas acessões, mas também
Outra espécie de inadimplemento contratual dará ensejo à resolução pelos bens originariamente móveis, que se incorporam ao imóvel devido à
ou à denúncia; por qualquer das partes, sendo recomendável notificação sua destinação, tais como máquinas, aparelhos e instalações, sejam os
com prazo de 10 dias da recepção (art. 137 do C. Com.). existentes no momento da constituição da hipoteca, sejam os adquiridos
com os recursos financeiros que o banco fornece ao devedor.
O CRÉDITO RURAL
O Decreto-lei 167, de 14.2.1967, dispôs que o financiamento rural fos- A cédula rural hipotecária deverá conter os seguintes requisitos:
se executado mediante a emissão de cédulas de crédito rural. Em seu art. I- a denominação “cédula rural hipotecária”;
2º referido diploma legal prescreve que o emitente da cédula fica obrigado a II - a data e condições de pagamento; havendo prestações peri-
aplicar o financiamento para os fins ajustados, devendo comprovar tal ódicas ou prorrogações de vencimento, é acrescentada a ex-
circunstância perante a “instituição financiadora”. Embora use o termo pressão “nos termos da cláusula Forma de Pagamento abaixo”
“financiadora” e não financeira, tem-se no art. 1º, que o financiamento é ou “nos termos da cláusula Ajuste de prorrogação abaixo”;
concedido pelos órgãos integrantes do sistema nacional de “crédito rural “, III - o nome do credor e a cláusula “à ordem”;
pelo que se compreende dentro das operações bancárias. Em se tratando IV - o valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por

Conhecimentos Bancários 81 A Opção Certa Para a Sua Realização


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extenso, com a indicação da finalidade ruralista a que se destina com poderes especiais.
o financiamento e a forma de sua utilização;
V - a descrição do imóvel hipotecado com indicação do Não obstante destituída de garantia real, a nota de crédito rural está
nome, se houver, dimensões, confrontações, benfeitorias, título sujeita a registro no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição em
e data de aquisição e anotações (número, livro e folha) do regis- que esteja situado o imóvel a cuja exploração se destina o financiamento
tro imobiliário; cedular. Compreende-se a exigência para o fim de estabelecer-se sua
VI - as taxas dos juros a pagar e a da comissão de fiscalização, se eficácia em relação a terceiros.
houver, e tempo de seu pagamento;
VII - a praça do pagamento; AS OPERAÇÕES DE LEASING
VIII - a data e o lugar da emissão; Leasing (do inglês "to lease") significa alugar. No Brasil, também é
IX - a assinatura do próprio punho do emitente ou de representante conhecido como arrendamento mercantil. É uma operação contratual
com poderes especiais. pela qual urna empresa (arrendadora), adquire ou fabrica determinado
bem que cede para uso da arrendatária, que pode ser Pessoa Física
A cédula rural hipotecária confere direito real inter partes desde a sua ou Jurídica, mediante pagamento de contraprestações periódicas. No
emissão, embora seu registro seja necessário para que tenha eficácia final do contrato, a arrendatária pode renová-lo, devolver o bem à ar-
contra terceiros (erga omnes). rendadora ou adquirindo pelo valor residual.

Embora destinada a servir de garantia de financiamentos para fins ru- HISTÓRICO DAS OPERAÇÕES DE LEASING
rais, essa pode constituir-se cedularmente por imóveis rurais ou urbanos. O leasing já existia no antigo Egito onde terras eram alugadas para
agricultura. A partir do século XIX, teve grande incremento nos Estados
Cédula rural pignoratícia e hipotecária: aqui a garantia é prestada por Unidos com aluguel de navios e outros equipamentos de transporte.
bens imóveis e também móveis, só que estes, diferentemente do que Porém, somente após a 2a. Guerra mundial, o leasing ganhou espaço
ocorre com a cédula rural hipotecária, não são apenas aqueles incorpora- naquele país com as primeiras empresas surgindo na década de 50.
dos ao imóvel pela sua destinação (máquinas, aparelhos e instalações), Graças ao arrendamento mercantil, grandes empresas americanas pro-
mas também os existentes em local diferente do imóvel, por isso se carac- jetaram-se mundialmente como a I-B.M. e a Xerox. A técnica do leasing
terizando o penhor e a hipoteca. foi importada pela Europa e espalhou-se pelo mundo.

Os requisitos do título são: No Brasil, as operações de leasing já existiam na década de 50, embo-
I- denominação ”cédula rural pignoratícia e hipotecária” ra somente em 1974, através da Lei 6099, tivessem suas contraprestações
II - a data e as condições de pagamento; havendo prestações consideradas como custo ou despesas operacionais da arrendatária.
periódicas ou prorrogações de vencimentos, acrescentar “nos
termos da cláusula Forma de Pagamento abaixo “ou “nos Em 17.11.75, tendo em vista o caráter financeiro das operações, o
termos da cláusula Ajuste de prorrogação abaixo”; Banco Central, através da Resolução 351, baixou regulamento disciplinan-
III - o nome do credor e a cláusula à ordem; do-as. As multinacionais foram as primeiras a operar com leasing, pois já
IV - o valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por exten- conheciam esta atividade em seus países de origem.
so, com indicação da finalidade ruralista a que se destina o fi-
nanciamento concedido e a forma de sua utilização; Nas décadas de 80 e 90, muitas resoluções do Banco Central dis-
V - descrição dos bens vinculados em penhor, os quais se indicarão ciplinaram ou proibiram certas operações. Recentemente o B.C. pro-
pela espécie, quantidade, qualidade, marca ou período de pro- curou incentivá-las, abrindo-as às Pessoas Físicas.
dução, se for o caso, além do local ou depósito dos mesmos
bens; "FUNDING” DAS EMPRESAS DE LEASING
VI - a descrição do imóvel hipotecado com a indicação do nome, se As empresas de leasing não podem levantar recursos, como os ban-
houver, dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de cos, através de depósitos. Assim, buscam-nos de outras maneiras, tais
aquisição e anotações (número, livro e folha) do registro imobili- como:
ário; - Debêntures - são títulos de longo prazo, emitidos pelas arrendado-
VII - a taxa de juros a pagar e da comissão de fiscalização, se hou- ras e colocados no mercado através de bancos ou de corretoras
ver, e tempo de seu pagamento; nacionais ou internacionais. É a forma mais usual de funding das
VIII - praça do pagamento; empresas de leasing.
IX - a data e o lugar da emissão - Empréstimos obtidos no Brasil ou no exterior.
X - a assinatura do próprio punho do emitente ou de representante - Cessão de direitos - as contraprestações podem ser negociadas
com poderes especiais. com bancos ou financeiras que adiantam os recursos às arrenda-
doras mediante uma taxa de desconto.
Nota de crédito rural - Repasses governamentais - como já vimos, a Finame, empresa do
É também um título destinado ao financiamento rural, mas destituído sistema B.N.D.E.S., também financia operações de leasing.
de qualquer garantia real, conferindo, entretanto, ao credor privilégio sobre - C.D.I. - Certificado de Depósito Interfinanceiro - assim como outras
os bens enumerados no art. 1.563 do Código Civil. instituições financeiras, as empresas de leasing também os utili-
zam.
São seus requisitos:
I- a denominação “Nota de Crédito Rural” TIPOS DE LEASING
II - a data e as condições de pagamento; havendo prestações pe- Leasing operacional - é aquele geralmente praticado pelas próprias fa-
riódicas ou prorrogações de vencimentos, acrescenta-se as ex- bricantes do bem. Sendo realmente um aluguel, dispensa a intermediação
pressões: “nos termos da cláusula Forma de Pagamento abaixo” de una instituição financeira, tendo ainda as seguintes características:
ou “nos termos da cláusula Ajuste de Prorrogação abaixo”; - geralmente o bem arrendado é equipamento de rápida obsolescên-
III - o nome do credor e a cláusula à ordem; cia;
IV - o valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por exten- - pode haver ou não opção de compra no final do contrato;
so, com indicação da finalidade ruralista a que se destina o fi- - o prazo dos contratos é mais curto;
nanciamento concedido e a forma de sua utilização; - a manutenção do bem é feita pela arrendadora, que também forne-
V - a taxa dos juros a pagar e da comissão de fiscalização, se hou- ce assistência técnica;
ver, e tempo de seu pagamento; - o arrendatário pode rescindir o contrato mediante condições prede-
VI - a praça de pagamento; terminadas.
VII - a data e o lugar de emissão;
VIII - a assinatura do próprio punho do emitente ou de representante Leasing financeiro - é o mais comum entre nós, realizados pelos ban-

Conhecimentos Bancários 82 A Opção Certa Para a Sua Realização


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cos múltiplos ou empresas de arrendamento, sendo, na verdade uma requer vários métodos de financiamento, há várias maneira de financiar o
operação de financiamento. Neste caso, a arrendatária escolhe o bem e o comércio internacional: adiantamento de caixa, conta aberta, cobrança
fornecedor, cabendo à arrendadora adquiri-lo e entregá-lo em condições de documentária e cartas de crédito. De todos esses métodos, o mais impor-
uso. Tem também as seguintes características: tante é a carta de crédito.
- apesar de poder optar pela devolução do bem, a arrendatária ge-
ralmente compra-o ao final do contrato, pelo valor residual, que é Embora as condições do adiantamento de caixa envolvam poucos ris-
sempre baixo; cos e sejam altamente vantajosas para os exportadores, elas não são muito
- prazos mais longos, de acordo com a vida útil do bem; populares como meio de financiar o comércio exterior por causa das muitas
- as despesas de instalação, frete e seguros podem ser incluídas no desvantagens apresentadas ao comprador estrangeiro. Este é forçado a ter
contrato e pagas pela arrendatária através das contraprestações; uma quantidade considerável de capital de giro vinculada por longos perío-
- o contrato não pode ser rescindido unilateralmente; dos e à mercê do exportador por causa da possibilidade de entrega de
- apesar de ser considerado um financiamento, a propriedade do mercadoria de qualidade inferior, atrasos nas remessas e até mesmo
bem é da arrendadora até o final do contrato, quando a arrendatá- falência. O não pagamento de contas estrangeiras muitas vezes acontece
ria pode comprá-lo. devido a condições econômicas e políticas instáveis, que são freqüentes, e
à dificuldade de obter informações adequadas de crédito sobre os clientes
Lease-back - se uma empresa necessita de capital de giro e não quer estrangeiros. Assim, o método do adiantamento de caixa é usado basica-
endividar-se, pode vender a uma empresa de leasing uma máquina ou mente quando o risco de que o pagamento não seja recebido é bastante
equipamento de sua propriedade e, imediatamente, alugá-lo. O bem não alto.
sai da empresa, porém sua propriedade passa à arrendadora até o final do
contrato. Na verdade, é um empréstimo com a garantia do bem, com a As vendas no esquema de conta aberta inverte o risco envolvido no a-
vantagem de diminuir o imobilizado da empresa. Também chamado Salele- diantamento de caixa. Assim como este método apresenta certas desvan-
ase-back. tagens ao comprador estrangeiro, a conta aberta apresenta desvantagens
semelhantes ao exportador. Se o comprador externo demorar a pagar suas
Leasing imobiliário - consiste na compra de um imóvel pela arrendado- contas, o exportador terá um dreno no eu capital de giro que, em última
ra que o aluga a uma Pessoa Física ou Jurídica. Pode ser um terreno, um análise, afetará adversamente a rotatividade do seu estoque. A principal
prédio, ou mesmo uma fábrica. No caso da arrendatária já possuir o imóvel, obrigação a este método de financiamento é que o exportador não tem
pode ser feito um lease-back como explicado anteriormente. nenhum instrumento negociável que evidencie a obrigação, o que pode vir
a ser muito importante na eventualidade de uma disputa sobre entrega,
VANTAGENS DO LEASING perda ou qualidade do produto. O financiamento com conta aberta tem,
As vantagens do leasing são tantas que podemos classificá-las em dois porém uma grande vantagem - é muito simples. Ademais, é uma maneira
tipos: de evitar as taxas de financiamento e de serviços que são cobradas nos
A - vantagens fiscais e contábeis: outros acordos de credito. As vendas por conta aberta são usadas quando
- deduções das contraprestações, pela arrendatária, para efeito de os exportadores lidam com compradores que eles conhecem muito bem e
imposto de renda; que estão localizados em mercados bastante estabelecidos. Este método
- eliminação do lucro inflacionário provocado pela correção monetá- também é usado quando as vendas são feitas para agências ou subsidiá-
ria do imobilizado, já que no leasing não há imobilização. Com a rias de empresas domésticas no exterior.
queda da inflação e a eliminação da correção monetária pelo go-
verno, esta vantagem desaparecerá; Balança comercial
- melhora nos índices de endividamento e de imobilização da empre- Relação entre as exportações e as importações realizadas por um país
sa. ou estado durante um determinado período. Quando as exportações exce-
B - vantagens operacionais: dem as importações, ocorre superávit da balança comercial. Com o inverso,
- os prazos são mais longos para a aquisição de máquinas e equi- o resultado se chama déficit. A balança comercial é um dos itens que
pamentos; compõem o balanço de pagamentos. Muitos fatores influem na balança
- o financiamento é de 100% do bem, podendo incluir fretes, segu- comercial. Uma alta de preços, por causa da inflação ou valorização acen-
ros, instalação, etc. ; tuada da taxa de câmbio, provoca queda no volume de exportações. A
- sendo uma operação de aluguel, não exige controle de ativo fixo diminuição da safra de um produto de primeira necessidade eleva as expor-
nem o cálculo de sua depreciação que é feita pela arrendadora; tações dos países que oferecem esse produto.
- alívio do capital de giro da arrendatária pela não imobilização do
bem. A importação também é utilizada, muitas vezes, como instrumento de
controle de preços. Se um artigo fica muito caro, o governo autoriza a
DESVANTAGENS DO LEASING importação de similares estrangeiros para aumentar a oferta de produto e
Talvez o termo mais adequado seja inadequações do Leasing: forçar uma baixa de preço.
- se a empresa não tiver qualquer ativo em seu nome poderá Ter di-
ficuldades em obter empréstimos. Os gerentes de bancos ou ana- Os países em desenvolvimento, muito endividados nas últimas déca-
listas de crédito gostam de emprestar para empresas que têm, pelo das, preocupam-se em produzir superávits na balança comercial para
menos, algum ativo fixo para servir como garantia eventual; financiar o crescimento e ao mesmo tempo pagar os juros da dívida exter-
- se a empresa não paga imposto de renda, o atrativo da dedução na. Para obter resultados positivos, esses países precisam exportar grande
fiscal desaparece. quantidade de matérias-primas e reduzir a importação de produtos industri-
alizados.
TENDÊNCIAS ATUAIS
A atividade de leasing, no Brasil, tende a aumentar pelo incremento na FINANCIAMENTO À IMPORTRAÇÃO
demanda de bens duráveis, principalmente automóveis. Por outro lado, O financiamento de Importação pode ser direto quando ocorre direta-
bancos estrangeiros estão desenvolvendo operações de leasing imobiliário mente do exportador ao importador brasileiro ou quando o financiamento é
que promete ser outro filão de mercado, objetivando as Pessoas Físicas, já concedido ao importador por outra instituição e pode ser indireto quando
que todo brasileiro sonha com sua casa própria. A concorrência entre as realizados através de linhas de crédito concedidas por um Banco estrangei-
Financeiras e as empresas de leasing tende a aumentar, principalmente no ro para um Banco brasileiro.
segmento de automóveis.
O financiamento do comércio exterior também pode ocorrer através da
FINANCIAMENTOS À EXPORTAÇÃO E À IMPORTAÇÃO compra de cambiais sem direito de regresso, resultantes de exportação ou
Uma das funções mais importantes executadas pelos bancos ligados à importação realizadas. Essas cambiais, geralmente são avalizadas por um
área internacional é o financiamento das exportações e importações e do banco e possuem o aceite do importador.
comércio entre países estrangeiros. Assim como o comércio doméstico

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FINANCIAMENTO À EXPORTAÇÃO comercial;
Com relação ao financiamento à exportação de bens e serviços, temos X- amortização:
o PROEX, cujas normas estão estabelecidas na Resolução nº 1844 do a- em parcelas iguais e consecutivas, vencíveis trimestral ou se-
Banco Central do Brasil. mestralmente, a partir da data do embarque, de acordo com o
regime de amortização;
RESOLUÇÃO N. 001844 b - no caso de bens com elevada complexidade tecnológica e com-
provada necessidade de prazo adicional para transporte,
ESTABELECE AS NORMAS BÁSICAS RELATIVAS AOS FINANCIA- montagem, testes e posta em marcha, poderá, a critério do
MENTOS DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS AO AMPARO DO PRO- Comitê previsto no art. 6. desta Resolução, ser concedida ca-
GRAMA DE FINANCIAMENTOAS EXPORTAÇÕES (PROEX). rência para pagamento do principal, devendo os juros ser
liquidados, conforme o caso, por trimestre ou semestre vencido.
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9. Da lei n. 4.595, de Parágrafo 1. As taxas de juros indicadas nas alíneas do item V,
31.12.64, torna publico que o Conselho Monetário Nacional, em sessão deste artigo, referem-se a operações em dólares dos Estados Unidos.
realizada em 31.07.91, tendo em vista o disposto no art. 4., incisos V, XVII Parágrafo 2. Nas operações em moedas distintas daquela referida no
e XXXI, da referida lei e na lei n. 8.187,de 01.06.91, parágrafo anterior as taxas de juros serão devidamente compatibilizadas.

RESOLVEU: Art. 4. É vedada a destinação de recursos do PROEX para o paga-


Art. 1. As exportações de bens e serviços de origem nacional pode- mento de comissões eventualmente devidas a agentes ou representantes
rão ser assistidas com recursos do Programa de Financiamento as Expor- comerciais, bem como para o estabelecimento de linhas de crédito rotati-
tações (PROEX), de que trata o art. 1. da lei n. 8.187, de 01.06.91, obser- vas para entidades estrangeiras publicas ou privadas.
vadas as disposições desta resolução e das normas baixadas pelo Minis-
tro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento e pelo Banco Central Art. 5. Serão definidas, caso a caso, pelo Comitê previsto no art. 6.
do Brasil. desta Resolução, as concessões dos financiamentos destinados as expor-
tações de serviços e aos empréstimos relativos à exportação de navios e
Art. 2. A assistência financeira do PROEX consistirá em: aviões.
I - desconto de títulos, no caso de exportação de bens; Parágrafo 1. Nas operações de financiamento serão exigidas, além do
II - financiamento, no caso de exportação de serviços. aval do governo do pais importador, outras garantias, a critério do Comitê.
Parágrafo único. Excepcionalmente, poderá ser concedido financia- Parágrafo 2. Nas operações de empréstimos, relativos a exportação
mento no caso de exportação de bens, quando destinada a governos de navios e aviões, as garantias serão aquelas previstas no item IX do art.
estrangeiros. 3. desta Resolução.

Art. 3. As operações relativas a exportação de bens amparadas pelo Art. 6. O Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento
PROEX observarão as seguintes condições: regulamentará a execução orçamentária do PROEX e constituirá um
I - objeto da operação: títulos emitidos por exportador brasileiro, re- Comitê para aprovar as operações do programa, que será operado pelo
presentativos da exportação dos bens discriminados em portaria Banco do Brasil S. A., agente financeiro da União.
do ministro de estado da economia, fazenda e planejamento;
II - prazo máximo do empréstimo: variável, de acordo com o es- Art. 7. Os bancos autorizados a operar em câmbio, o Banco Nacional
tipulado em Portaria do Ministro de Estado da Economia, Fa- de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Especial de
zenda e Planejamento; Financiamento Industrial (FINAME) poderão conceder, com recursos pró-
III - valor do empréstimo: até 85% (oitenta e cinco por cento) do va- prios, empréstimos para as exportações de bens e serviços brasileiros,
lor FOB da exportação; observado o disposto no art. 3. desta Resolução e nas normas do Banco
IV - contrapartida: prévia comprovação do ingresso, no país, das Central do Brasil.
divisas referentes a parcela não coberta pelo empréstimo; Parágrafo único. As disposições deste artigo também se aplicam
V - taxa mínima de juros: as taxas a seguir relacionadas serão fixas às exportações para pagamento a prazo, ainda que assistidas com recur-
para todo o período do financiamento e aplicadas segundo a ca- sos de outras fontes.
tegoria do pais importador, conforme lista a ser divulgada em
Portaria do Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Plane- Art. 8. O Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento e
jamento, cabendo ao Banco Central do Brasil revisa-las, perio- o Banco Central do Brasil expedirão as instruções necessárias ao cumpri-
dicamente, adequando-as aquelas praticadas no mercado inter- mento desta Resolução.
nacional, nas operações da espécie:
a - países enquadrados na categoria I - 8,5% a. a. (oito e meio por Art. 9. Terão prosseguimento, no âmbito do PROEX, os financia-
cento ao ano); mentos anteriormente autorizados ao amparo da Resolução n. 68, de
b - países enquadrados na categoria II - 8,0% a. a. (oito por cento 14.05.71, do Conselho Nacional de Comércio Exterior (CONCEX), obser-
ao ano). vadas as condições originalmente pactuadas.
VI - juros de mora: 1 (um) ponto percentual acima da taxa contratual;
VII - moeda de pagamento da exportação: dólar dos Estados Unidos Art. 10. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
ou outra moeda aceita internacionalmente, a critério do Banco
Central do Brasil; OS TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO
VIII - índice de nacionalização: Os Títulos de capitalização tem por objetivo a capitalização dos prê-
a - bens com índice de nacionalização igual ou superior a 80% (oi- mios recebidos dos investidores a fim de constituir, no final do prazo fixado
tenta por cento): o empréstimo corresponderá a 100% (cem por no título, um capital garantido.
cento) da parcela financiável;
b - bens com índice de nacionalização inferior a 80% (oitenta por Podem ser à vista ou à prazo e sua vigência, no caso de ambos, co-
cento): o empréstimo corresponderá a percentual igual ao índi- meça no 1º dia posterior ao da compra (após a aceitação da proposta de
ce de nacionalização, acrescido de 20 (vinte) pontos percentu- aquisição).
ais aplicados sobre a parcela financiável.
IX - garantias: aval ou fiança concedidos por estabelecimento de No caso dos títulos à prazo, suas mensalidades vencerão sempre no 1º
crédito ou financeiro no exterior, aprovados pelo Banco do Bra- dia útil de cada mês. A mora ou inadimplência da mensalidade (não paga
sil S. A., ou garantia de liquidação automática, nos casos de até 30 dias do vencimento) acarreta a suspensão do título, perdendo o
operações cursadas ao amparo dos convênios de créditos recí- direito de concorrer aos sorteios. Mas o subscritor não fica desobrigado do
procos (CCR) da Associação Latino-americana de Integração pagamento das demais mensalidades, para tanto, deve dirigir-se a um
(ALADI),vedada a dispensa de direito de regresso para o risco representante da instituição para o cumprimento das formalidades.

Conhecimentos Bancários 84 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Muitas lojas oferecem também a alternativa de financiar a compra com
Também pode ocorrer a caducidade do título, depois de decorrido o o cheque pré-datado. Neste caso, é o lojista que assume o risco do crédito
prazo de três meses para a reabilitação deste, estando ao subscritor so- junto ao cliente. Muitos clientes preferem o cheque pré-datado para não ter
mente, após o prazo de carência, o resgate do valor assumido pela provi- que enfrentar o cadastro junto à instituição financeira, e porque é mais fácil
são matemática do título mais atualização monetária. de negociar condições fora de padrão.

A reabilitação dos títulos suspensos ocorre com o pagamento da parce- SEGUROS, PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA
las vencidas até três meses. A previdência privada é uma forma de poupança de longo prazo para
evitar que a pessoa na aposentadoria sofra uma redução muito grande de
No caso de ter ocorrido a caducidade, estes títulos podem ser reabilita- sua renda. Qualquer pessoa que receba mais do que o teto de benefício da
dos até o final do prazo de carência com a retomada dos pagamentos das Previdência Social (INSS) deve se preocupar em formar uma poupança,
mensalidades e prorrogação dos prazos de pagamento e capitalização no seja através da previdência privada ou de recursos administrados por sua
mesmo número de meses que permaneceu em atraso. própria conta.

No término do prazo previsto para o pagamento do título e estando es- Tecnicamente falando, o processo de poupança consiste de duas fa-
te em vigor, cessa o pagamento das mensalidades considerando-se este ses. Na primeira, o poupador acumula um capital. Durante todo esse pro-
remido. cesso, este capital receberá rendimentos. Na segunda fase, que coincide
com a aposentadoria para a maioria das pessoas - mas não necessaria-
Depois de vencido o prazo de carência o subscritor poderá solicitar o mente -, é o momento de receber os benefícios.
recebimento do valor do resgate, equivalente ao saldo da provisão matemá-
tica, apurado na data de solicitação do resgate. Regra geral, nesta fase, o poupador não faz novas acumulações,
embora continue se beneficiando do rendimento sobre o capital acumu-
A aquisição de títulos de capitalização (subscrição) é feita através da lado. Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação de
proposta de aquisição, devendo o proponente definir o valor do título , a proporção com o capital acumulado. Quanto maior o capital, maior o
forma de pagamento e no caso de pagamento à prazo, o prazo do paga- benefício.
mento. Ainda deve indicar beneficiário no caso de seu falecimento.
A forma de fazer este cálculo é bastante complexa, mas, de uma forma
Os títulos da capitalização são nominativos, mas podem ser cedidos a simples, é fácil entender que os saques mensais, aqui chamados de bene-
terceiros, respeitando-se as formalidades legais. fícios, devem ter uma relação com o capital acumulado. Não é possível
fazer saques expressivos sobre o capital sem correr o risco de o dinheiro
poupado acabar muito rápido.
Os subscritores de títulos à vista concorrerão aos sorteios semanal-
mente. Os subscritores de títulos à prazo, que estiverem com suas mensa- Considera-se contrato de seguro aquele pelo qual uma das partes se
lidades quitadas até a data do sorteio, também terão direito de concorrer a obriga para com outra, mediante a paga de um prêmio, a indenizá-la do
este semanalmente. prejuízo resultante de riscos futuros, previstos no contrato (art. 1.432 do
Código Civil). É um contrato formal pois exige-se que seja escrito.
Os valores serão atualizados monetariamente, tendo por índice a TR e
a atualização das mensalidades será feita com base no IGP-M O seguro pode ser firmado por um único documento subscrito por am-
bas as partes. Pode dar-se também através da emissão de um simples
O subscritor do título, que esteja em vigor em 31 de dezembro de cada bilhete de seguro, como ocorre no seguro obrigatório de veículos. Mas, na
exercício social, tem direito de receber uma participação nos resultados da forma mais comum, o segurado assina isoladamente uma proposta de
Sociedade, apurados no balanço anual. Esta participação atinge os títulos seguro, recebendo em troca a apólice, que completa o contrato.
que completarem o 2º aniversário de vigência e nos próximos, contados da · Segurador é o que assume o risco.
data em que entrar em vigor. · Segurado é o que transfere o risco para o segurador.
· Risco é a exposição de pessoa, coisa ou interesse a dano futuro
Capital nominal é o valor que o título atinge no final do prazo de capita-
e imprevisível. Prêmio é o pagamento que o segurado faz à segu-
lização de 10 anos, correspondente ao valor assumido pela provisão ma-
radora.
temática no mesmo prazo final de capitalização e equivalente a 100% do
valor pago, atualizado monetariamente. · Indenização é a prestação da seguradora ao beneficiário em caso
de sinistro.
Crédito Direto ao Consumidor · Sinistro é a ocorrência efetiva do dano.
O Crédito Direto ao Consumidor é uma linha de empréstimo que está · Estipulante é que, num seguro de vida, institui um terceiro benefi-
diretamente ligada à compra de bens. É a linha que se encontra em lojas, ciário.
na compra de eletrodomésticos, roupas ou mesmo automóveis. O crédito · Beneficiário é o que foi nomeado para receber a indenização.
pode ser prefixado, quando já se conhece o valor de todas as prestações
no ato da compra, ou pós-fixado, quando o valor das prestações vai sendo O segurador tem ação regressiva contra o causador do dano, pelo que
calculado no vencimento das mesmas. efetivamente pagou, até o limite previsto no contrato de seguro.

Os prazos de financiamento são os mais variados. Dependem das Há vários tipos de seguros aos quais estamos familiarizados tais como
condições da economia, do tipo de bem financiado e do fôlego do compra- o seguro de vida, o seguro de veículos, o seguro residencial, seguro-
dor. Bens mais caros costumam ter financiamentos por prazos mais longos. saúde.
Em períodos de instabilidade econômica, os prazos ficam mais curtos. E
vice-versa, quando há maior estabilidade. SISTEMA BNDES
O Sistema BNDES formado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
No CDC, um dos maiores cuidados que o comprador deve ter é com as Econômico e Social — BNDES e suas subsidiárias Agência Especial de
taxas de juros. Algumas são realmente muito abusivas. Às vezes o custo do Financiamento Industrial-FINAME e BNDES Participações S/A-BNDESPAR
juro nem fica claro para o cliente. O Código de Defesa do Consumidor exige tem como objetivo prestar colaboração financeira às empresas sediadas no
que a loja informe exatamente o juro que está sendo cobrado do cliente, País cujos projetos sejam considerados prioritários no âmbito das “Políticas
mas nem sempre esta disposição é respeitada. Se for financiar, veja se a Operacionais do Sistema BNDES”, que estabelecem as linhas gerais de
taxa de juro cobrada é razoável. Não basta que a prestação caiba no orça- ação e os critérios para atuação do sistema.
mento.
O Sistema BNDES opera direta ou indiretamente, neste caso através

Conhecimentos Bancários 85 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
da rede de Agentes Financeiro públicos e privados credenciados, que DES é composto da Taxa de Juros de Longo Prazo — TJLP acrescido de
compreende os Bancos de Desenvolvimento, Bancos de Investimento, um spread pata cada produto, setor de atividade e região que inclui a
Bancos Comerciais, Financeiras e Bancos Múltiplos. comissão do agente repassador, quando for o caso.

As solicitações de financiamento ao BNDES devem ser iniciadas com O Prazo total máximo (carência e amortização) varia com o produto e
uma consulta prévia na qual são especificadas as características básicas será concedido de acordo com a capacidade de pagamento do empreen-
da empresa solicitante e do seu empreendimento, necessários ao enqua- dimento, da empresa ou do grupo econômico.
dramento da operação nas Políticas Operacionais do Sistema BNDES. Esta
consulta prévia deve ser encaminhada diretamente ou por intermédio de Poderão existir, conforme o caso, outros encargos tais como comissão
um dos agentes financeiros à Carteira Operacional de Enquadramento da de estudo, de reserva de crédito, de fiscalização ou de expediente.
Área de Crédito do Sistema BNDESAC/CEREN
Financiamento à Empresa — FINEM
Políticas Operacionais Atende aos quatro setores de atividade — Indústria, Infra-Estrutura,
Comércio e Serviços e Agropecuária — financiando os investimentos em
a) Introdução operações de valor superior a R$ 1 milhão.
O Sistema BNDES apóia nos setores de atividade de Indústria, Infra-
Estrutura, Agropecuária e Comércio e Serviços os projetos que tenham por Os financiamentos entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões deverão ser ope-
objetivos racionalizados, preferencialmente, através dos agentes financeiros do
· Implantação; BNDES. Operações superiores a R$ 3 milhões poderão ser efetuadas
· Expansão; diretamente pelo BNDES. Os itens financiáveis são predeterminados além
· Relocalização; de serem estabelecidas restrições e exclusões aos financiamentos como de
· Modernização; máquinas e equipamentos novos ou usados, terrenos e benfeitorias.
· Capacitação tecnológica;
· Exportação de máquinas e equipamentos; BNDES Automático
· Melhoria de qualidade e aumento de produtividade; Atende aos quatro setores de atividade -Indústria, Infra-Estrutura, Co-
mércio e Serviços e Agropecuária — financiando o investimento de empre-
· Reestruturação e racionalização empresarial;
sas privadas através dos agentes financeiros credenciados no BNDES em
· Conservação do meio ambiente;
operações de até R$ 3 milhões por empresa/ano. Os itens financiáveis são
· Conservação de energia; predeterminados. Este produto não financia a aquisição de máquinas e
· Gastos com infra-estrutura econômica e social; equipamentos (novos ou usados), de terrenos e benfeitorias. Vejamos as
· Participação de capitais privados nos investimentos em infra- condições de financiamento da Indústria e da Infra-Estrutura.
estrutura.
FINAME Agrícola
Os itens de investimento passíveis de apoio financeiro, considerados Financia para o setor agrícola a aquisição de máquinas e implementos
para calculo do nível máximo de participação do Sistema BNDES são agrícolas novos, produzidos no País e cadastrados no FINAME. Este
determinados e específicos para cada setor de atividade. produto é operacionalizado somente através dos agentes financeiros do
FINAME. Podem obter recursos através deste produto, as empresas de
b) Produtos qualquer porte classificadas no setor agrícola, inclusive cooperativas e
Para cada setor de atividade está disponibilizado um conjunto de pro- pessoas físicas.
dutos com valores predeterminados, condições e participações de acordo
com a caracterização jurídica, o porte e a localização regional no País da FINAME Automático
empresa demandadora de recursos. Financia, para todos os setores, a aquisição de máquinas e equipa-
· Financiamento à Empresa -FINEM; mentos novos fabricados no País, cadastrados no FINAME e sem limite de
· BNDES Automático; valor. Este produto é operacionalizado somente através dos agentes finan-
· Financiamento à Marinha Mercante e à Construção Naval; ceiros do FINAME.
· FINAME Agrícola;
· FINAME Automático; FINAME Especial
· FINAME Especial; Destina-se ao financiamento, para todos os setores, exceto o de co-
· FINAME Construção Naval; mércio e serviços, de máquinas e equipamentos integrantes de empreen-
· Financiamento à Importação de Máquinas e Equipamentos; dimentos que necessitem de condições mais adequadas para sua viabiliza-
· Financiamento à Exportação de Máquinas e Equipamentos — FI- ção. Este produto poderá apoiar ainda as empresas fabricantes já negocia-
NAMEX; das e empresas sob controle de capital estrangeiro com a utilização de
· Garantia de Subscrição de Valores mobiliários; recursos externos e, com condições especiais.
· Subscrição de Valores Mobiliários;
.. Subscrição Direta na Empresa; Existe uma linha do FINAME especial para concorrência internacional
.. Condomínio de Capitalização de Empresas de Base Tecnológica que permite à indústria nacional melhorar as condições de competição com
— CONTEC; as estrangeiras nestas licitações. O custo desta linha é fornecido pela
.. Apoio a Companhias Regionais de Capital de Risco — CCR; correção cambial, mais a Libor, mais o spread do BNDES de 5% a.a., mais
· Financiamento ao Acionista — FINAC; o del credere do agente de 2% a.a.. O prazo máximo de amortização é de
10 anos e a participação do FINAME no financiamento e de 80%. Se o
· Prestação de Aval e Fiança.
fabricante do equipamento tiver ISO 9001 e 9002 e sua máquina estiver
registrada no “Cadastro Tecnológico” do FINAME, as condições de partici-
Para todos estes produtos será necessário a constituição de garantias
pação sobem para 88%. Outro beneficio se dá se o fabricante estiver na
nas operações de financiamento.
categoria dos que investem mais de 2% de seu faturamento em pesquisa e
desenvolvimento. Tal fato reduz o spread do BNDES para 0,3% a.a.
c) Condições Financeiras Básicas
A participação do Sistema BNDES, incidente sobre o valor total do in-
FINAME Construção Naval
vestimento financiável varia por produto e por setor de atividade, podendo
Destina-se ao financiamento da comercialização de embarcações ca-
ser ampliado em até 10% nos casos em que o empreendimento se localize
dastradas na FINAME, produzidas por empresas sediadas no País, desti-
em região incentivada, respeitadas as condições específicas de cada setor
nadas à utilização pela empresa compradora.
de atividade.
Financiamento à Importação de Máquinas e Equipamentos
O custo financeiro dos financiamentos concedidos pelo Sistema BN-

Conhecimentos Bancários 86 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Destina-se ao financiamento da importação de máquinas e equipamen- presas de leasing.
tos, sujeita à disponibilidade de recursos específicos e à aprovação do · Sua aplicação será restrita a máquinas e equipamentos, não inclu-
pedido de financiamento pela instituição credora dos recursos, podendo ser indo micros e veículos.
utilizado no apoio a empresas sob controle de capital estrangeiro somente · Por questões legais as arrendadoras estrangeiras não poderão uti-
quando a importação constituir um dos itens de investimento apoiado pelo lizar recursos ordinários do BNDES.
sistema BNDES.
Garantia de Subscrição de Valores Mobiliários
O apoio à importação de máquinas e equipamentos somente poderá Este produto tem como objetivo viabilizar, mediante prestação de ga-
ser concedido através da prestação de garantia, do repasse de linha de rantia firme, f) operações de subscrição de valores mobiliários.
recursos externos e da aplicação do retorno desses recursos.
O volume e as condições da garantia serão estabelecidos em conjunto
Aquela operação, cujo valor do financiamento externo seja inferior ao com os participantes da operação — Instituições Financeiras e Empresa,
equivalente a R$ 3.000.000,00, poderá ser operacionalizada de acordo com respeitados os limites da subscrição estabelecidos a seguir:
o processamento adotado para o BNDES Automático. Neste caso, serão
obedecidas as condições operacionais estipuladas para o financiamento à Subscrição de Valores Mobiliários. Este produto com ênfase nas ope-
importação de máquinas e equipamentos e atendidos os limites para apoio rações de capital de risco tem por objetivo o fortalecimento da estrutura
do Sistema BNDES a pleitos de pequeno valor. patrimonial das empresas privadas nacionais e sua inserção no mercado de
capitais, envolvendo:
As operações destinadas a financiar a importação de máquinas e equi- · ações — as participações acionárias decorrentes da subscrição de
pamentos que não sejam associadas a empreendimentos apoiados pelo ações pela BNDESPAR deverão ser, necessariamente, transitória,
Sistema BNDES serão limitadas a R$ 5.000.000,00. minoritária e limitada ao máximo de 1/3 do capital total da empresa
apoiada. No caso de empresas de base tecnológica, este limite po-
Financiamento à Exportação de Máquinas e Equipamentos — FINA- derá alcançar 40%.
MEX · debêntures conversíveis em ações — terão taxas de juros, indexa-
Este produto destina-se ao financiamento, exclusivamente através dos dores e prazos de amortização e carência variando de acordo com
Agentes Financeiros do Sistema BNDES, da exportação de máquinas e as características da emissão. O volume subscrito e as cláusulas
equipamentos novos fabricados no país e cadastrados na FINAME. de conversão respeitarão, no momento da operação, o limite esta-
belecido para a participação acionária da BNDESPAR. bônus —
O financiamento através do FINAMEX pode ocorrer para o pré- deverão ser utilizados em operações que exijam ajustes na partici-
embarque ou pós-embarque das máquinas e equipamentos, podendo ser pação, de acordo com índice de performance, ou acoplados a de-
complementares e utilizados simultaneamente para a mesma exportação. bêntures simples, tornando o produto similar a uma debênture con-
versível.
O FINAMEX Pré-embarque financia a produção de máquinas e equi- · warrants, opções ou demais produtos derivados — quando do e-
pamentos a serem exportados. xercício dos direitos implícitos a esses produtos, deverão ser res-
peitados os limites para a participação acionária, estabelecidos nas
O FINAMEX Pós-embarque financia a comercialização no exterior de Políticas Operacionais para o sistema BNDES.
máquinas e equipamentos através do refinanciamento ao exportador,
mediante desconto de títulos cambiais ou cessão de direitos de carta de A alienação dos títulos subscritos deverá ocorrer, preferencialmente,
crédito. em mercado de capitais, através de block-trades, leilões especiais ou
colocação pulverizada em Bolsa de Valores.
O apoio do FINAMEX Pós-embarque poderá ser realizado através de
duas modalidades: Subscrição Direta na Empresa. A BNDESPAR poderá subscrever títu-
· operação com países da América Latina membros da Associação los e valores mobiliários de empresas de capital aberto, em emissões
Latino-Americana de Integração-ALADI ao amparo dos Convênios privadas ou públicas, ou de empresas fechadas com perspectiva de abertu-
de Créditos Recíprocos-CCR com liquidação automática; ra de capital a curto ou médio prazos, em emissões privadas.
· demais operações.
Condomínio de Capitalização de Empresas de Base Tecnológica—
Nas operações com CCR, os agentes da FINAME participam da opera- CONTEC. O CONTEC tem como finalidade o apoio, através de subscrição
ção na qualidade de mandatários, sem assumir o risco, sendo remunerados de valores mobiliários, a pequenas e médias empresas de base tecnológi-
por uma comissão de administração. ca, em fase de implantação, expansão e modernização.

Nas demais operações, os Agentes Financeiros assumem o risco sen- Por empresa de base tecnológica entende-se aquela que fundamenta
do as taxas de desconto e de risco fixadas para cada operação. sua atividade produtiva no desenvolvimento de novos produtos ou proces-
sos baseados na aplicação sistemática de conhecimentos científicos e
Leasing Finame tecnológicos e na utilização de técnicas consideradas inovadoras ou pionei-
· Operações de financiamento feitas sem a intermediação de agen- ras.
tes financeiros (exceção no Finame), sendo feita diretamente com
as empresas de leasing cadastradas no Finame. Nas aplicações diretas, o primeiro aporte a cada empresa será limitado
· Repassa até 80% do valor do bem para micro e pequenas empre- a um máximo de R$ 2.000.000,00 podendo alcançar, em novos aportes, até
sas e 70% se a arrendatária for média ou grande. Nos dois casos, R$ 6.000.000,00.
este valor pode crescer em até 10% se o fornecedor tiver um certi-
ficado ISO 9000 já que a idéia é estimular a competitividade das Os aportes do CONTEC poderão representar até 100% do investimen-
empresas através das qualidades e capacitação tecnológica. to, a critério da BNDESPAR, e serão limitados a 40% do capital total da
· A taxa de juros é mais cara do que nas linhas tradicionais, sendo empresa apoiada.
de: TJLP + 9,5% a.a. sendo 3% destinado as empresas de leasing
· Os prazos de financiamento ficam entre 24 e 48 meses, no entanto, Apoio a Companhias Regionais de Capital de Risco — CCR
as prestações relativas ao pagamento da Finame podem ser quita- As CCR sociedades anônimas, cuja maioria do capital votante está em
das 6 meses após a assinatura do contrato. poder de capitais privados, têm como objetivo o apoio a pequenas e médias
· A parcela correspondente à quitação do valor aplicado pela leasing empresas de capital nacional localizadas no âmbito da região de sua sede.
está entre 30 e 35% ao ano mais a variação da TR (prática do mer-
cado em 12/95). A participação do CONTEC será limitada a 30% do capital de cada
· custo final do contrato é um mix entre o custo do Finame e das em- CCR, podendo ainda chegar a 40% se, no mínimo, 20% de seus investi-

Conhecimentos Bancários 87 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mentos forem realizados em empresas de base tecnológica.
Desta forma, serão destinados recursos adicionais do Sistema BNDES
O apoio às CCR deverá ser limitado a um risco máximo de R$ para o Programa Amazônia Integrada de até R$ 1.000.000.000,00, no
4000.000,00. triênio que segue, a partir de 21/07/94, não considerados, neste montante,
os recursos para financiamento de projetos de infra-estrutura.
A aplicação das CCR em cada empresa está limitada a um risco máxi-
mo de R$ 1.000.000,00 ou 40% do capital total da empresa. CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS
A intervenção do Estado nas atividades de seguro remonta há vários
Os acionistas das CCR deverão se comprometer a integralizar o equi- anos. Pelo Decreto nº 24.782, de 14 de julho de 1934, foi criado o Depar-
valente a R$ 8.000.000,00 no prazo de 36 meses. tamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização - DNSPC, em
substituição à Inspetoria de Seguros, extinta pelo mesmo Decreto. Pelo
Financiamento ao Acionista — FINAC Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, foi extinto esse Departa-
O FINAC pode ser operado através do BNDES ou da BNDESPAR. mento e criada, em substituição, a Superintendência de Seguros Privados.
Mesmo Decreto-Lei nº 73/66 instituiu o Sistema Nacional de Seguros
Quando a operação tiver por objetivo o financiamento ao acionista con- Privados e criou o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP.
trolador, visando à subscrição de aumento de capital de empresa privada
nacional de capital fechado, será realizada pelo BNDES e as condições Histórico
operacionais para este produto serão as mesmas do FINEM. O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão normati-
vo das atividades securitícias do país, foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de
Quando a operação com acionistas e investidores (novos acionistas) 21 de novembro de 1966, diploma que institucionalizou, também, o Sistema
for realizada através de intermediários financeiros com objetivo de viabilizar Nacional de Seguros Privados, do qual o citado Colegiado é o órgão de
a subscrição, em emissões públicas garantidas pelo BNDES, de ações cúpula.
decorrentes de aumento de capital e debêntures conversíveis, será realiza-
da pela BNDESPAR. A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fixar
as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de
A BNDESPAR poderá ainda financiar, complementarmente, em emis- Seguros Privados e Capitalização, tendo posteriormente, com o advento da
sões públicas garantidas pelo BNDES, os intermediários financeiros na Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, suas atribuições se estendido à Previ-
subscrição de ações e debêntures conversíveis para carteira própria. dência Privada, no âmbito das entidades abertas.

O financiamento à subscrição de debêntures conversíveis em ações Conforme disposto no Art. 1º da Lei nº 8.392, de 30 de dezembro de
somente será concedido se a conversão ocorrer na mesma data da subs- 1991, o CNSP teve o prazo da vigência para funcionar como órgão Colegi-
crição das debêntures. ado, prorrogado até a data de promulgação da Lei Complementar de que
trata o Art. 192 da Constituição Federal.
As operações da BNDESPAR, no âmbito do FINAC, terão, necessari-
amente, que contar com a participação do BNDES no undenvriting como O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição,
coordenador ou garantidor. sendo a última através da edição da Lei nº10.190, de 14 de fevereiro de
2001, que lhe determinou a atual estrutura.
Prestações de Aval e Fiança
Este produto destina-se à prestação de fiança e aval a financiamentos MERCADO DE CAPITAIS:
internos e externos, bem como garantia bancária em operações de comér-
cio exterior.
· Ações – características e direitos; debêntures, diferenças entre
As condições financeiras para estas operações serão definidas pela companhias abertas e companhias fechadas, operações de
análise, levando em consideração o risco da operação. underwriting, funcionamento do mercado à vista de ações,
mercado de balcão, operações com ouro.
Programas Especiais
Periodicamente, de acordo com as políticas econômicas e sociais do CONCEITOS
governo federal, o Sistema BNDES cria programas de atendimento especí-
ficos para determinadas regiões do País ou setores de atividades específi- Mercado de ações: é o um subsistema do mercado de capitais, onde
cas, como por exemplo: se realizam as operações de compra e venda de ações. Suas funções
principais são: avaliação dos valores transacionados, liquidez e capitaliza-
Programa Nordeste Competitivo. Com o programa Nordeste Competiti- ção das empresas.
vo, o BNDES amplia sua atuação mediante aplicação de recursos adicio-
nais destinados ao incremento do apoio às atividades para as quais a Outros conceitos referentes aos mercado de ações:
região desfruta de vantagens competitivas inquestionáveis, havendo assim · Ação: título negociável, representativo de propriedade de uma
grande potencial para os novos empreendimentos, mais empregos e melho- fração do capital social de uma sociedade anônima.
ria da renda. · Ação cheia - Ação que ainda não recebeu ou exerceu direitos
(dividendos e/ou bonificações, e/ou subscrições) concedidos pela
O Programa Nordeste Competitivo prevê a aplicação de recursos adi- empresa emissora.
cionais do Sistema BNDES de até R$1.000.000.000,00 nos 3 anos que se · Ação endossável - Ação nominativa que pode ser transferida no
seguem, a partir de 21/05/93, apoiando as atividades de hortifruticultura Livro de Registro de Ações Nominativas a partir do endosso da
irrigada, turismo, beneficiamento de pedras ornamentais e de gipsita, têxtil própria cautela.
e confecções. Para estes setores são oferecidas condições operacionais — · Ação escritural - O estatuto da companhia pode autorizar ou es-
tais como nível de participação, prazos e taxas de juros —mais favoráveis tabelecer que todas as ações da empresa, de uma ou mais clas-
do que as atuais. ses, sejam mantidas em constas de depósito, em nome de seus ti-
tulares na instituição que designar, sem emissão de certificados.
Programa Amazônia Integrada. Sem prejuízo da continuidade do apoio
· Ação de fruição - São ações de posse e propriedade dos funda-
tradicional do Sistema BNDES aos empreendimentos localizados na Região
dores da companhia, já amortizadas, onde o titular recebeu, anteci-
Amazônica, foram selecionadas as atividades de bioindústria, agroindústria,
padamente, o valor contábil que elas representam. Não são nego-
aquicultura, turismo, indústria de beneficiamento de madeira, mineração e
ciáveis.,
metalurgia e, construção naval, que terão condições privilegiadas no âmbito
deste programa. · Ação fungível - Ação que se encontra em custódia em uma insti-

Conhecimentos Bancários 88 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tuição financeira, que fica obrigada a devolver ao depositante a
quantidade de ações recebidas com as modificações resultantes de BOLSA DE VALORES
alterações no capital social ou no número das ações da companhia Local onde se negociam títulos emitidos por empresas privadas ou es-
emissora, independentemente do número de ordem das ações ou tatais. O título dá ao portador o direito de propriedade sobre uma quantia
dos certificados recebidos em depósito. em dinheiro, pela qual responde o emissor do documento. Tais operações
· Ação listada em bolsa - Ações de empresas que satisfazem aos servem para as empresas captarem recursos dos quais não dispõem.
requisitos das Bolsas de Valores para efeito de negociação de seus
títulos em pregão. As bolsas de valores têm origem nas feiras de mercadorias da Antigui-
· Ação nominativa - Ação que identifica o nome de seu proprietário. dade. Na forma atual surgem em 1487, quando é criada em Bruges, na
Sua transferência deve ser registrada no livro especial da empresa, Bélgica, a primeira bolsa. Elas facilitam o desenvolvimento econômico da
denominado “Livro de Registro de Ações Nominativas. época, sobretudo por permitir a mobilização de grandes somas de capitais,
essenciais para o financiamento das expedições colonizadoras.
· Ação ordinária - Ação que tem a característica de conceder a seu
titular o direito de voto em Assembléia.
As bolsas de valores funcionam como uma associação, um clube, cujos
· Ação preferencial - ação que dá aos seu possuidor prioridade no sócios são as corretoras de valores. Elas representam os interesses das
recebimento de dividendos e/ou, em caso de dissolução da empre- empresas e negociam em nome delas. As bolsas negociam ações e debên-
sa, no reembolso do capital. Normalmente não tem direito a voto tures. O volume maior é o de ações.
em Assembléia.
· Ação com valor nominal - é o valor mencionado na carta de regis- Ações –Títulos que indicam a participação do possuidor na propriedade
tro de uma empresa e atribuído a uma ação representativa do capi- de uma determinada companhia e lhe dão direito a parte dos lucros. O tipo
tal. e o número de ações adquiridas definem a extensão da participação na
· Ação sem valor nominal - Ação para a qual não se convenciona propriedade. Quando uma empresa precisa de recursos, procura uma
valor de emissão, prevalecendo o preço de mercado por ocasião do corretora de valores credenciada na bolsa, que divide o capital da empresa
lançamento. em frações. Quando uma empresa passa por esse processo, está abrindo
· Ação vazia - Ação que já exerceu os direitos (dividendos/ bon./ seu capital e ganha a denominação legal de sociedade anônima. Em rela-
subscrição) concedidos pela empresa emissora. ção aos direitos que conferem, as ações se dividem em dois tipos: ordiná-
· Comando Acionário - Poder exercido pelo acionista ou grupo ma- rias e preferenciais. As ordinárias dão direito a voto nas decisões adminis-
joritário. trativas importantes, como eleição de diretoria. Mas representam risco
· Acionista - proprietário de uma ou mais ações de uma sociedade maior. De fato, esses acionistas só recebem os dividendos depois dos
anônima. portadores de ações preferenciais. Estes têm prioridade na distribuição de
lucros. Em compensação, não têm direito a voto nas assembléias de acio-
· Acionista majoritário - Acionista que detém uma quantidade tal de nistas. O poder de um acionista de influir na administração ou de receber
ações com direito a voto que lhe permite (dentro da distribuição vi- dividendos, ou as duas coisas, está relacionado à soma de dinheiro investi-
gente de participação acionária) manter o controle acionário de da na empresa e, portanto, ao número e tipo de ações que possui.
uma empresa.
· Acionista minoritário - Acionista proprietário de ações com direito Debênture –A debênture é um título emitido para obtenção de emprés-
a voto, cujo total não lhe garante o controle da sociedade. timos a longo prazo. Ao contrário das ações, representa uma dívida da
· Bolsa em alta - Diz-se que a bolsa está em alta, quando o índice empresa, garantida pela hipoteca de seu patrimônio. É utilizada por com-
médio do dia considerada é superior ao índice médio do dia anteri- panhias que auferem lucros regularmente e possuem patrimônio sólido.
or.
· Bolsa em baixa - Diz-se que a Bolsa está em baixa, quando o ín- Pregão –É onde as transações acontecem. Só participam dele opera-
dice médio do dia considerado é inferior ao índice médio do dia an- dores de corretoras credenciadas que negociam verbalmente os contratos.
terior. A oferta e a procura determinam o preço pelo qual um título é negociado.
· Bolsa estável - Diz-se que a Bolsa está estável, quando o índice Assim que se fecha um contrato, os operadores registram a transação em
médio do dia considerado é igual ao índice médio do dia anterior. terminais. A informação vai para um telão que indica a posição dos títulos.
· Bolsa de valores - Associação civil sem fins lucrativos. Seu obje- Existem dois tipos de contrato: à vista e a termo. No primeiro caso, o com-
tivo básico consiste em manter local adequado ao encontro de seus prador tem de pagar em três dias. No contrato a termo, paga em parcelas
membros e 1a realização, entre eles, de transações de compra e mensais em até 180 dias.
venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto,
especialmente organização e fiscalizado por seus membros e pelas Dentro do pregão, as ações são classificadas da seguinte maneira: as
autoridades monetárias. ações mais negociadas e com maior valor são chamadas de bluechips ou
de primeira linha. As ações de grandes empresas ou instituições financeiras
· Índice da Bolsa de Valores - Pode ser definido como o índice da
são as de segunda linha nobre. As de segunda linha dizem respeito às
lucratividade de uma carteira de ações, carteira hipotética e supos-
empresas de médio e grande porte. E as de terceira linha correspondem a
ta, como sendo a carteira pertencente ao mercado. Deste modo, a
ações de empresas de pequeno porte. São negociadas somente a longo
evolução deste índice mostra a evolução dos ganhos do mercado,
prazo, o que lhes confere pouca liquidez.
como um todo, e a sua representação gráfica constitui instrumentos
utilizado pelos analistas para avaliação de tendências futuras dos
No final do pregão apura-se um índice que representa o volume de ne-
negócios em Bolsa.
gócios e a tendência geral do mercado - de queda ou valorização. Esse
· Mercado aberto: Mercado de compra e venda de títulos públicos e índice é calculado com base no comportamento das principais ações nego-
privados sob a orientação do Banco Central, atuam no mercado ciadas na bolsa, geralmente bluechips. Para cada ação é conferido um
aberto as instituições financeiras que negociam entre si sempre por peso, determinado pelo volume de negócios daquele título. A comparação
telefone, sem necessidade de estarem presentes no mesmo local das transações naquele dia com o peso (revisto em períodos regulares) dá
(como as Bolsas de valores) para realizarem seus negócios. um determinado número de pontos. Comparados aos do dia anterior,
· Mapa de controle do movimento de ações - proporciona ao inves- resultam numa variação porcentual que traduz o comportamento da bolsa.
tidor o controle do movimento de ações de empresas que integram /par No Brasil há duas bolsas de valores importantes: em São Paulo e no
sua carteira. Deverão ser utilizados tantos mapas quantas forem as Rio de Janeiro. Nelas, a maior parte dos negócios se concentra em poucas
empresas componentes da carteira. ações, aspecto típico de mercados emergentes. As ações da Telebrás, por
· Mapa de levantamento de posição da carteira de ações. Tem a fi- exemplo, representam 50% do movimento da Bolsa de Valores de São
nalidade de apurar em um dado momento, o valor da carteira de Paulo (Bovespa).
ações do investidor, assim como o resultado que ele está tendo no
conjunto de sua ações. MERCADO À VISTA

Conhecimentos Bancários 89 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Mercado à Vista é aquele onde as liquidações com ações se proces- 03.09.62, 4.728, de 14.07.65, e 6.385, de 07.12.76, e nos decretos-lei n.
sam até cinco dias úteis após a data de realização de uma operação com s. 1.986, de 28.12.82, e 2.285, de 23.07.86,
ações.
RESOLVEU:
MERCADO A TERMO Art. 1.. Aprovar o regulamento anexo a esta resolução, que passa a
Mercado a Termo - onde as liquidações com ações se processam a fazer parte integrante da resolução n. 1.289, de 20.03.87, como anexo v,
prazos determinados, conforme o termo do contrato ( 30, 60, 90 120 e 180 que disciplina os investimentos de capitais estrangeiros em ações de
dias) empresas brasileiras pelo mecanismo de "AMERICAN DEPOSITARY
RECEIPTS" (ADR) e "INTERNATIONAL DEPOSITARY RECEIPTS"
MERCADO DE OPÇÕES (IDR).
Mercado de Opções - Instrumento de investimento no mercado de capi-
tais. A opção de compra de ações é um contrato que confere ao compra- Art. 2.. Autorizar o Banco Central do Brasil e a comissão de valores
dor o direito de adquirir, durante a sua vigência, um lote de ações de mobiliários, dentro de suas respectivas esferas de competência, a expedir
determinada empresa a um preços prefixado. Isto significa, por exemplo, as normas complementares e adotar as medidas julgadas necessárias a
que alguém paga uma determinada quantia ao proprietário de um lote de execução do disposto nesta resolução.
ações para que ele garanta um preço de venda determinado ( fixo) durante
algum tempo. Durante a vigência deste contrato, o comprador poderá, a Art. 3.. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
qualquer tempo, concretizar o negócio, pagando o preço combinado, ainda Brasília (DF), 31 de julho de 1.991
que as ações estejam sendo negociadas a preço superior. Deste modo, a FRANCISCO ROBERTO ANDRE GROS
diferença entre o preço combinado e o preço de mercado das ações é que PRESIDENTE
vai representar o lucro do comprador.
REGULAMENTO ANEXO V A RESOLUÇÃO N. 1.289, DE 20.03.87,
ADR / IDR / BDR QUE DISCIPLINA OS INVESTIMENTOS DE CAPITAIS ESTRANGEIROS
ADR = “American Depositary Receipts” EFETUADOS PELO MECANISMO DE "AMERICAN DEPOSITARY
IDR = “International Depositary Receipts” RECEIPTS" (ADR) E "INTERNATIONAL DEPOSITARY RECEIPTS" (IDR).
BDR = “Brasilian Depositary Reicepts”.
São certificados de ações ou outros valores mobiliários que são emiti- Art. 1. Os recursos ingressados no pais para aquisição de ações e-
dos no exterior por instituição depositária, com lastro em valores mobiliários mitidas por empresas brasileiras, com a finalidade de integrar programas
depositados em custódia específica no Brasil. de "american depositary receipts" (ADR) e "international depositary re-
ceipts" (IDR) ficarão sujeitos as normas constantes deste regulamento.
As disposições mais importantes acerca dos DR’s (Depositary Receipts
= ADR / IDR / BDR) encontram-se na Circular nº2741 do Banco Central do Art. 2. Qualificam-se para fins de registro nos programas de ADR/IDR
Brasil. Leia atentamente os artigos abaixo: os recursos ingressados no pais para aquisição, tanto no mercado primá-
rio quanto no secundário, de ações de companhias abertas registradas
Art. 2. O Programa de "Depositary Receipts" deverá ter sido previa- perante a comissão de valores mobiliários, a qual competira o exame e a
mente registrado junto ao Banco Central do Brasil, nos moldes das disposi- aprovação previa dos contratos firmados entre a companhia emissora, o
ções contidas no Regulamento Anexo V a Resolução n.1.289, de 20.03.87, banco custodiante e o banco emissor.
e disposições complementares. Parágrafo 1. Entende-se como banco custodiante a instituição integran-
te do sistema financeiro nacional credenciada pela comissão de valores
Art. 3. As transferências para o exterior, por parte de pessoas físicas mobiliários a prestar serviços de custodia de ações para o fim especifico de
e jurídicas, fundos mútuos de investimento e outras entidades de investi- emissão de ADR/IDR.
mento coletivo residentes, domiciliados ou com sede no Brasil, decorren- Parágrafo 2. Entende-se por banco emissor a instituição financeira que,
tes de investimentos mediante aquisição de "Depositary Receipts" repre- com base nas ações custodiadas no pais, emitir os correspondentes A-
sentativos de ações emitidas pôr companhias brasileiras, tem como DR/IDR, no exterior.
limite o valor da sua aquisição, em mercado de balcão organizado ou em Parágrafo 3. A emissão de ADR/IDR lastreada na compra de ações
bolsa de valores do pais em que emitido o certificado de deposito, junto a bolsas de valores brasileiras devera ser previamente aprovada pela
acrescido das despesas correspondentes. comissão de valores mobiliários, assim como os programas que envolvam a
Parágrafo único. Em se caracterizando irregularidade na aquisição a colocação primaria de ações no exterior.
que se refere o caput deste artigo, a instituição intermediária na compra Parágrafo 4. Os contratos referidos no "caput" deste artigo deverão
de "Depositary Receipts" respondera solidária e ilimitadamente perante o conter clausula estipulando a obrigatoriedade de fornecimento a comissão
Banco Central do Brasil pela operação ilegítima. de valores mobiliários e ao Banco Central do Brasil, pelos bancos custodi-
ante e emissor, a qualquer tempo, de quaisquer informações relativas aos
Art. 4. As pessoas físicas e jurídicas, fundos mútuos de investimento títulos emitidos.
e outras entidades de investimento coletivo residentes, domiciliados ou
com sede no Brasil, detentoras de valores mobiliários em circulação, podem CAPITULO I
efetuar o deposito desses títulos na instituição, no Pais, autorizada pela DO REGISTRO DOS RECURSOS EXTERNOS INGRESSADOS
Comissão de Valores Mobiliários a prestar serviços de custodia, para o fim
especifico de emissão de "Depositary Receipts" no exterior. Art. 3.. os recursos ingressados no pais estarão sujeitos a registro no
Banco Central do Brasil, para efeito de controle de capital estrangeiro e de
Acerca das ADR’s e IDR’s recomenda-se a leitura atenta da Resolução futuras remessas, para o exterior,de rendimentos, retorno e de ganhos de
1848 do Banco Central do Brasil, que passamos a transcrever integralmen- capital.
te: Parágrafo 1.. O registro de capital estrangeiro será requerido pelo
banco custodiante, em nome do banco emissor dos ADR/IDR, na qualida-
RESOLUÇÃO N. 001848 de de agente dos investidores.
Parágrafo 1. O registro de capital estrangeiro será requerido pelo
AUTORIZA E DISCIPLINA OS INVESTIMENTOS DE CAPITAIS ES- banco custodiante, em nome do banco emissor dos ADR/IDR, na qualida-
TRANGEIROS EM AÇÕES DE EMPRESAS BRASILEIRAS PELO ME- de de agente dos investidores.
CANISMO DE "AMERICAN DEPOSITARY RECEIPTS" (ADR) E "INTER- Parágrafo 2. O registro dos recursos externos ingressados será con-
NATIONAL DEPOSITARY RECEIPTS" (IDR). siderado efetuado quando da emissão do respectivo certificado pelo Banco
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9. Da lei n. 4.595, de Central do Brasil, tendo como receptora do investimento a empresa brasilei-
31.12.64, torna publico que o Conselho Monetário Nacional, em sessão ra emitente das ações.
realizada em 31.07.91, tendo em vista o disposto nas leis n. s. 4.131, de Parágrafo 3. A cada ingresso de divisas no pais, para aquisição de

Conhecimentos Bancários 90 A Opção Certa Para a Sua Realização


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ações pelo mecanismo de ADR/IDR, correspondera acréscimo no registro II - Nos casos de retorno e de ganhos de capital:
de investimento em moeda estrangeira em nome do banco emissor do a- demonstrativo evidenciando o numero de ações alienadas e os
ADR/IDR, na qualidade de agente dos investidores. valores de aquisição e venda, bem como o ganho de capital, se
Parágrafo 4.. nos casos de bonificação em ações, o registro de ca- houver;
pital estrangeiro será alterado apenas no que tange a quantidade de ações b- indicação das baixas que devam ser efetuadas no registro de
detida pelo investidor e ao valor e constituição do capital social da empresa capital estrangeiro; e
brasileira. c- demonstrativo fornecido pela instituição interveniente na venda
ou por bolsa de valores, indicando os preços médios de venda
Art. 4. O certificado de registro de capital estrangeiro emitido pelo e a quantidade de ações negociadas nos 15 (quinze) pregoes
banco central do Brasil e o instrumento hábil para se efetivar as remessas imediatamente anteriores a data de alienação, nas duas bolsas
de dividendos, do produto da alienação de direitos de subscrição de ações onde a ação tiver sido mais negociada.
ou outros direitos inerentes as ações, bem como a titulo de retorno e
ganhos de capital. Art. 7. Na efetivação das remessas previstas no art. 5. deste regula-
Parágrafo 1.. As remessas serão processadas pelo banco custodian- mento, os bancos intervenientes serão responsáveis pela verificação do
te, através de bancos autorizados a operar em cambio, correspondendo, a cumprimento, por parte do banco custodiante e de acordo com a natureza
cada tipo de remessa, fechamento de cambio distinto. da transferência, dos dispositivos deste regulamento, cabendo-lhes,
Parágrafo 2.. Exceto no que concerne aos dividendos e bonificações ainda, observar rigorosamente as normas sobre remessas financeiras ao
em dinheiro, as demais remessas para o exterior deverão ter como limite o exterior, inclusive no que tange as anotações cabíveis nas folhas anexas
valor de alienação, em bolsa de valores, das ações ou dos direitos a elas ao certificado de registro.
inerentes, deduzidas as despesas correspondentes.
CAPITULO II
Art. 5. Por ocasião das remessas, o banco custodiante devera en- DO RESGATE DE ADR/IDR
tregar aos bancos intervenientes nas operações de cambio copia dos
documentos a seguir relacionados, devidamente formalizados: Art. 8. os investidores estrangeiros que detenham ADR/IDR poderão
I - no caso de dividendos e do produto da alienação de direitos resgata-los a fim de:
de subscrição ou outros direitos inerentes as ações: I - efetuar, no mercado brasileiro, a alienação das ações corres-
a - ata da reunião dos órgãos de administração em que tenha sido pondentes aos ADR/IDR resgatados;
autorizada a distribuição de dividendos ou bonificação em di- II- retirar as ações do banco custodiante, passando a condição de
nheiro, ou que tenha gerado outros direitos, observado, no que investidor direto, nos termos e condições do anexo IV da Reso-
tange a rendimentos apurados em balanços intermediários, o lução n. 1.289, de 20.03.87, quando se tratar de investidor insti-
limite estabelecido no parágrafo 1. do art. 204 da lei n. 6.404, de tucional ou outras entidades de investimento coletivo;
15.12.76; III - retirar as ações do banco custodiante, passando a condição de
b - demonstrações financeiras da empresa brasileira emissora das investidor direto, nos termos das regras gerais estabelecidas
ações a que se refere o investimento estrangeiro, com base para investimentos sob a lei n. 4.131, de 03.09.62, e regulamen-
nas quais os dividendos ou as bonificações em dinheiro estive- tação subseqüente, quando se tratar de qualquer outro investi-
rem sendo pagos; dor estrangeiro que ano atenda aos requisitos do anexo IV da
c- comprovante de alienação dos direitos de subscrição de ações resolução n. 1.289, de 20.03.87, observado o disposto no pa-
ou outros direitos em bolsa de valores; e rágrafo 2.deste artigo.
d - prova de recolhimento do imposto de renda. Parágrafo 1.. No prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis do resgate dos
II - nos casos de retorno e de ganho de capital: ADR/IDR, ou da remessa ao exterior do produto da alienação das ações, o
a - comprovante de alienação das ações em bolsa de valores; e banco custodiante solicitara ao Banco Central do Brasil a competente
b - demonstrativo evidenciando o numero de ações alienadas e os atualização do certificado de registro de capital estrangeiro.
valores de aquisição e venda, bem como o ganho de capital, Parágrafo 2.. Os investidores que se enquadrarem no anexo IV da
se houver. Resolução n. 1.289, de 20.03.87, poderão, igualmente, optar pelo inves-
Parágrafo 1. O Banco Central do Brasil poderá estabelecer a neces- timento direto nos termos do item III deste artigo, devendo apresentar, por
sidade de apresentação de outros documentos para fins de comprovação ocasião do pedido de registro de que trata o art. 10 deste regulamento,
dos valores objeto de remessa. compromisso no sentido de que as respectivas ações ano integrarão, em
Parágrafo 2. Deverão os bancos intervenientes nas remessas enca- hipótese alguma, carteira constituída nos termos do mencionado anexo IV.
minhar ao Banco Central do Brasil/ Departamento de Capitais estrangeiros
(FIRCE), ate o final do expediente do dia útil seguinte ao da liquidação do Art. 9.. Os valores apurados com a venda das ações objeto de res-
cambio, os documentos entregues pelo banco custodiante na forma deste gate de ADR/IDR, a que se refere o item I do art. 8. deste regulamento,
artigo, juntamente com copia do contrato de cambio respectivo ou indicação poderão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a contar do resgate de A-
dos dados que o identificam. DR/IDR, ser remetidos ao exterior ao amparo do certificado de registro
referido no art. 4., observadas as disposições deste regulamento.
Art. 6. O banco custodiante devera encaminhar ao Banco Central Parágrafo único. Ultrapassado o prazo de 5 (cinco) dias a que se refe-
do Brasil/Departamento de Capitais Estrangeiros (FIRCE), dentro de 5 re este artigo, o investidor e o investimento deverão enquadrar-se nas
(cinco) dias, a contar da efetivação de cada remessa, as seguintes informa- disposições dos itens II e III do art. 8. deste regulamento.
ções e documentos para fins de controle e,quando cabível, atualização do
registro: Art. 10. Nos casos a que se referem os itens II e III do art. 8. deste
I - Nos casos de dividendos ou alienação de direitos de subscrição regulamento, devera o administrador da carteira ou o investidor estrangeiro
ou outros direitos inerentes as ações: (ou a empresa brasileira receptora do investimento), conforme o caso,
a - demonstrativo evidenciando os direitos e os valores de aquisição solicitar ao Banco Central do Brasil/Departamento de Capitais Estrangei-
e venda, bem como a apuração dos valores bruto e liquido da ros (FIRCE), no prazo de 10(dez) dias úteis, contados do resgate, o regis-
remessa, com indicação do numero do certificado de registro de tro do investimento direto relativo as ações correspondentes aos ADR/IDR
capital estrangeiro correspondente; e cancelados.
b - nos casos de remessas decorrentes de alienação de direitos de Parágrafo 1.. O valor de registro, em moeda estrangeira, do investi-
subscrição e outros direitos, demonstrativo fornecido pela insti- mento detido diretamente pelo investidor estrangeiro em conseqüência do
tuição interveniente na venda ou por bolsa de valores, indicando resgate dos ADR/IDR, será calculado mediante aplicação da seguinte
os preços médios de venda e as quantidades dos direitos e das formula:
ações negociadas nos 15 (quinze) pregoes imediatamente ante- VR = (QA X PMB)/TC, sendo que:
riores a data de alienação, nas duas bolsas onde os direitos e VR = valor do novo registro de capital estrangeiro;
as ações tiverem sido mais negociados. QA = quantidade de ações detidas diretamente pelo investidor estran-

Conhecimentos Bancários 91 A Opção Certa Para a Sua Realização


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geiro em conseqüência do resgate dos Adr/Idr; no caso de venda das ações para fontes adquirentes situadas no pais.
PMB = preço médio das ações nas duas bolsas de valores em que a
ação tiver maior numero de negócios na data do resgate, ou, se não tiver Art. 15. os dividendos e as bonificações em dinheiro atribuídos aos
havido negociação desses títulos nessa data, a sua cotação media nos 15 investidores residentes, domiciliados ou com sede no exterior, detentores
(quinze) pregoes imediatamente anteriores, nas mesmas duas bolsas; de ações abrangidas por programas de ADR/IDR, bem como valores
TC = taxa de cambio de venda da moeda ingressada no pais ou, a referentes a alienação de direitos de subscrição de ações ou outros direitos
opaco do investidor, do dólar dos Estados Unidos, divulgada na data do inerentes as ações, ficam sujeitos ao imposto de renda na fonte a alíquota
resgate através do sistema de informações banco central (SISBACEN), de 15% (quinze por cento).
transação ptax 800/opaco 5/taxas paracontabilidade; na hipótese de Parágrafo Único. Em se tratando de investidores residentes, domicili-
emprego da cotação media do pmb nos últimos 15 (quinze) pregoes, ados ou com sede em países com os quais o Brasil mantenha acordo
adotar-se-á a media das taxas de cambio de venda divulgadas, pelo destinado a evitar a dupla tributação, a alíquota do imposto de renda ficara
mesmo sistema, nos dias que tenham servido de referencia para o estabe- automaticamente alterada, prevalecendo a que for menor.
lecimento do pmb.
Parágrafo 2. O pedido de registro do investimento devera estar acom- CAPITULO V
panhado de demonstrativo dos cálculos referidos no parágrafo 1 deste DISPOSIÇÕES FINAIS
artigo, elaborado ou certificado por bolsa de valores ou por instituição que
a integre. Art. 16. O banco custodiante responde solidária e ilimitadamente pe-
rante o departamento da receita federal, o Banco Central do Brasil e a
CAPITULO III comissão de valores mobiliários no que diz respeito a todas as obrigações
DAS DESPESAS previstas neste regulamento, inclusive aquelas de natureza tributaria.

Art. 11. As empresas brasileiras emitentes de ações que integrem Art. 17. Aplica-se ao banco custodiante e aos seus administradores
programas de ADR/IDR poderão ressarcir as despesas efetivamente responsáveis pelas funções previstas neste regulamento, o disposto no
incorridas pelas instituições financeiras estrangeiras envolvidas no pro- capitulo V da lei n. 4.595, de 31.12.64, e no art. 11 da lei n. 6.385, de
cesso, desde que usuais no mercado internacional e previamente aprova- 07.12.76, independentemente de outras sanções legais cabíveis.
das pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo 1.. O valor das despesas a que se refere este artigo pode- Art. 18. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o banco custodi-
rá, a critério do Banco Central do Brasil, ser remetido simultaneamente ao aste que descumprir este regulamento fica responsável pelo recolhimento
ingresso dos recursos captados no exterior por intermédio do programa de integral dos tributos considerados devidos.
ADR/IDR.
Parágrafo 2.. Qualquer remessa ao exterior dependera de previa au- MERCADO DE BALCÃO
torização do Banco Central do Brasil/Departamento de Capitais Estrangei- Mercado de Balcão é o mercado de títulos sem lugar fixo para o desen-
ros (FIRCE), por intermédio de Certificado de Autorização para Remessa rolar das negociações. Os negócios são fechados via telefone entre institui-
(CAR) ou de Certificado de Registro (CR),conforme o caso. ções financeiras. São negociadas ações de empresas não registradas em
Parágrafo 3.. Para fins de registro de capital estrangeiro, nos termos Bolsa de Valores e outras espécies de títulos.
do capitulo I deste regulamento, será considerado o valor dos recursos
efetivamente ingressados no pais. AS OPERAÇÕES COM OURO

Art. 12. A empresa brasileira e o banco custodiante pactuarão livre- OURO


mente a remuneração a ser paga a este ultimo pelos serviços prestados de As operações com ouro são realizadas junto à BM&F, sendo necessá-
acordo com o presente regulamento. rio para tanto o cadastro dos investidores, e visam atender àquelas pesso-
as, físicas ou jurídicas que desejam segurança para seus investimentos e
CAPITULO IV liquidez de longo ou médio prazo.
DOS ASPECTOS FISCAIS
Existe uma quantidade mínima para aquisição e movimentação que gi-
Art. 13. Fica estendido o tratamento fiscal previsto no art. 1. do decre- ra em torno de 250 gramas para mercado SPOT e mútuo e cerca de 10
to-lei n. 2.285, de 13.07.86, aos bancos estrangeiros emitentes de adr/idr, gramas para mútuo em ouro em conta, sendo referidas quantidades variá-
bem como aos respectivos adquirentes no exterior, desde que estes últi- veis de uma instituição para outra.
mos sejam entidades que tenham por objetivo a aplicação de recursos nos
mercados de capitais e das quais participem pessoas físicas ou jurídicas São modalidades de operações do mercado de ouro:
residentes, domiciliadas ou com sede no exterior, inclusive fundos e · SPOT - são operações de compra e venda realizadas em pregão,
entidades de investimento coletivo. de contratos autorizados pela BM&F para pronta entrega, com li-
Parágrafo único. Nos termos deste artigo, os ganhos de capital auferi- quidação no primeiro dia útil após a operação.
dos na alienação de ações correspondentes aos ADR/IDR resgatados nos · MÚTUO: são operações de “aluguel”por parte do proprietário de
termos do item I do art. 8. e do art. 9. deste regulamento estão isentos de uma posição de ouro físico junto a uma Corretora, por um período
pagamento de imposto de renda. determinado, cobrando por isso, taxa de juros de acordo com o
mercado não cobrando taxa de custódia.
Art. 14. A eventual diferença verificada em moeda estrangeira entre o
· EM CONTA: operações de compra e venda por investidores em
valor originalmente ingressado e aquele calculado na forma do parágrafo
quantidades mínimas de 10 gramas e seus múltiplos, com proce-
1. do art. 10 deste regulamento estará isenta do pagamento do imposto de
dimento contábil de movimentação financeira com liquidação no
renda sobre o ganho de capital.
primeiro dia útil após a operação.
Parágrafo 1.. Na hipótese do item III do art. 8. deste regulamento, o
Ainda existem outras operações no mercado de ouro tais como as rea-
imposto incidira, no caso de futura venda das ações para fontes adquiren-
lizadas em , opções, a termo, etc.
tes situadas no pais, sobre o valor que exceder o montante do registro do
investimento estrangeiro em questão.
COMPANHIAS ABERTAS E FECHADAS
Parágrafo 2.. No caso de resgate de ADR/IDR a fim de efetuar, no
As Companhias fechadas deverão sempre ter valor nominal. As aber-
mercado brasileiro, a alienação das ações correspondentes, nos termos do
tas não, o mercado é quem vai dizer quanto elas valem.
item i do art. 8. e do art. 9. deste regulamento, e em se tratando de investi-
dores estrangeiros que ano tenham por objetivo a aplicação de recursos
A Lei nº 6.404/76 ("Lei de Sociedades por Ações") distingui dois tipos
nos mercados de capitais, aplicar-se-á o disposto nos arts. 10 e 14 e res-
de companhias: (i) as companhias fechadas e (ii) as companhias abertas.
pectivos parágrafos para a apuração do valor do novo registro de investi-
As companhias abertas têm seus valores mobiliários negociados em bolsas
mento estrangeiro, bem como para o calculo do eventual ganho de capital
de valores ou no mercado de balcão, sendo-lhes permitido captar recursos

Conhecimentos Bancários 92 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
junto ao público investidor. V- Até que a Comissão de Valores Mobiliários expeça as normas
previstas no parágrafo único do art. 22 da Lei nº 6.385, de 7 de
Em razão da possibilidade de captação de recursos junto ao público in- dezembro de 1976, as companhias abertas estão obrigadas a
vestidor, as companhias abertas submetem-se a uma série de obrigações prestar ao Banco Central as informações previstas na Resolução
específicas, impostas por lei e dispositivos regulamentares, expedidos, nº 88, de 30 de janeiro de 1968 e no parágrafo 4º do art. 157 da
principalmente, pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM (autarquia Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976.
federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pela Lei nº 6.385, de VI - A Comissão de Valores Mobiliários expedirá normas regulando
07/12/1986, tendo por objetivo a normatização, a regulamentação, o de- as condições que deverão ser satisfeitas pelas companhias a-
senvolvimento, o controle e a fiscalização do mercado de valores mobiliá- bertas para que elas possam cancelar os registros de que trata o
rios no Brasil), cuja finalidade precípua é a proteção do investidor. art. 21 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
VII - No exercício financeiro de 1978, ano-base 1977, somente terão
Assim, enquanto as companhias fechadas têm grande liberdade para direito às vantagens fiscais asseguradas na legislação do Impos-
estabelecerem suas regras de funcionamento da forma que melhor atenda to de Renda as companhias abertas que possuíam, em 1º de ja-
aos interesses de seus acionistas, as companhias abertas sofrem determi- neiro de 1977, certificado de sociedade de capital aberto em vi-
nadas restrições, gozando de menor flexibilidade para a elaboração de gor, expedido pelo Banco Central, nos termos da Resolução nº
regras próprias de funcionamento no estatuto social. 106, de 11 de dezembro de 1968, ou que tenham obtido esse
certificado entre aquela data e 31 de dezembro de 1977.
As companhias abertas devem, além de respeitar os preceitos da Lei VIII - Perderão as vantagens fiscais as companhias abertas que tive-
das Sociedades por Ações, obter os registros necessários para negociação rem cancelada sua admissão a negociação em Bolsa de Valo-
de seus valores mobiliários em Bolsa de Valores ou no Mercado de Balcão. res.
IX - Até 31 de dezembro de 1977, fixar-se-ão as condições segundo
Vale notar ainda, que apenas as companhias abertas poderão emitir as quais as companhias abertas serão consideradas sociedades
recibos de depósitos (DR's), isto é, certificados representativos de suas anônimas de capital aberto, para efeito da legislação do Imposto
ações, para negociação no mercado externo, possibilitando a captação de de Renda, a partir do exercício financeiro de 1979.
recursos de investidores estrangeiros.
Brasília, 20 de julho de 1977.
RESOLUÇÃO Nº 436 DE 20 DE JULHO DE 1977.
UNDERWRITING
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de Underwriting é a nome dado para designar o esquema de lançamento
dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em de ações mediante subscrição pública, para o qual uma empresa encarrega
sessão realizada nesta data, tendo em vista o disposto no art. 59 da Lei nº uma instituição financeira que será responsável pela sua colocação no
4.728, de 14 de julho de 1965 e nas Leis nºs 6.385 de 7 de dezembro de mercado. Seu lançamento pode ocorrer através da emissão de debêntures
1976 e 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conversíveis, distribuição de ações já existentes ou através da emissão de
novas ações e vis proporcionar a abertura do capital de empresas públicas
RESOLVEU: ou privada que desejam captar recursos visando o seu crescimento.
I- Consideram-se companhias abertas, para os efeitos das Leis nºs
6.385 de 7 de dezembro de 1976 e 6.404, de 15 de dezembro MERCADO DE CÂMBIO:
de 1976, até a regulamentação do art. 21 da referida Lei nº
6.385: · Instituições autorizadas a operar, operações básicas, contratos
a - As registradas no Banco Central, nos termos da Resolução nº de câmbio – características; taxas de câmbio, remessas, SIS-
88, de 30 de janeiro de 1968; COMEX.
b - as sociedades anônimas cujos valores mobiliários estejam admi-
tidos a negociação em Bolsa de Valores, de acordo com o item ESTRUTURA
XXIV do regulamento anexo à mencionada Resolução nº 88, Para fazer pagamentos internacionais, é preciso converter uma moeda
desde que, dentro do prazo de 90 (noventa) dias contados da em outra. Quer a transação envolva a compra ou a venda de mercadorias,
data desta Resolução, junto ao Banco Central, ao registro nos turismo ou movimentos de capital para fins de investimento ou arbitragem
termos do item I do referido Regulamento. de juros, sempre há necessidade de trocar uma moeda por outra. Esta
II - Somente poderão ser negociados nos mercados de bolsa e bal- demanda é atendida pelo mercado de câmbio, que é dominado pelos
cão os valores mobiliários emitidos por companhias abertas. bancos comerciais. Embora este mercado seja um mercado de troca de
III - Considerar-se-ão automaticamente registradas na Comissão de dinheiro, não há um mercado central como o que existe para ações e
Valores Mobiliários, independentemente de qualquer formalida- obrigações na Bolsa de Valores de New York ou para grãos no Chicago
de: Board of Trade. O mercado de câmbio é um mecanismo e não um local. Ele
a - De acordo com o inciso I do art. 21 da Lei nº 6.385, de 7 de de- é bastante informal e não tem horário fixo. Nos Estados Unidos ele é com-
zembro de 1976, para negociação de seus valores em Bolsas de posto por aproximadamente 25 bancos e alguns corretores de câmbio. Fora
Valores, as companhias que estejam registradas no Banco Cen- do Estados Unidos, os principais participantes são os bancos centrais dos
tral nos termos da citada Resolução nº 88 e que tenham seus vários países e os grandes bancos comerciais. O comércio é feito por
valores mobiliários admitidos a negociação em Bolsa de Valores; telefone ou telex. O mercado de câmbio não tem regras por escrito; sua
b - de acordo com o inciso II do art. 21 da Lei nº 6.385, de 7 de de- atividade é conduzida de acordo com os princípios e um código de ética
zembro de 1976, para negociação de seus valores em mercado que evoluíram ao longo do tempo. A principal estrutura do mercado é um
de balcão: sistema de comunicação direta entre os participantes.
1 - As companhias que, tendo obtido registro no Banco Central, nos
termos do item XII da Resolução nº 88, de 30 de janeiro de CONCEITOS
1968, para emissão de valores a serem distribuídos no mercado, Mercado de câmbio é um mercado no qual uma moeda nacional de um
não tenham seus valores mobiliários admitidos a negociação em país (por exemplo, o real) é trocada por moeda nacional de outro país (por
Bolsa de Valores; exemplo), guardando as devidas proporções de acordo com as cotações
2 - As companhias que cancelaram o registro para negociação, em do câmbio na oportunidade em que as moedas são trocadas.
Bolsa, de valores mobiliários de sua emissão.
IV - Os valores mobiliários emitidos por companhias registradas em Muitos bancos de todos os países oferecem serviços de câmbio, mas
Bolsa de Valores somente poderão ser negociados no mercado apenas alguns criam e mantêm um mercado - assumem posição ou man-
de balcão quando resultantes da emissão realizada nos termos têm um estoque de moedas estrangeiras. Estes bancos são realmente o
do art. 19 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, durante o centro ou o alicerce do mercado de câmbio.
período de distribuição da respectiva emissão.

Conhecimentos Bancários 93 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para oferecer a seus clientes serviços de câmbio, alguns bancos ame- em conta, isto é , vendem a seus clientes nacionais somas descontadas
ricanos precisam ter estoques de moedas estrangeiras na forma de depósi- sobre seus haveres no estrangeiro e recebem, em contrapartida francos.
tos nos bancos estrangeiros. Estes depósitos ou estoques são mantidos Em sentido contrário, quando se trata de “repatriar divisas” (em seguida a
com a compra e venda de saldo tanto de bancos estrangeiros quanto de uma exportação, por exemplo), a conta do banqueiro francês mantida no
bancos domésticos, pessoas físicas e empresas. Os estoques também estrangeiro, recebe o equivalente em francos “ (Rodière e Riges-Lange).
podem ser aumentados com a compra e venda de letras de câmbio, che-
ques de viagem, cupons de obrigações, garantias de dividendos e outros Portanto, o banco vende ao interessado, do pais, somas tiradas de
ativos em moeda estrangeira. O valor do estoque e a variedade de moedas seus haveres no estrangeiro, recebendo moeda nacional, nos casos de
dependem da atividade que um banco tem em uma determinada moeda. importação. Ou compra a moeda, estrangeira, pagando ao vendedor em
Obviamente, a porcentagem maior do estoque irá para aquelas moedas moeda nacional, quando se trata de exportação.
que apresentarem maior demanda. Em outras palavras, o estoque contém Se as operações de câmbio manual se aperfeiçoam instantaneamente,
moedas dos países com os quais temos comércio, em que investimos para ou seja, a vista, as escriturais, praticadas pelos importadores e exportado-
onde viajamos. res, são geralmente a termo, nas quais o curso do câmbio é determinado
no dia em que a ordem é dada, mas a realização material permanece em
A troca de moedas dá-se conforme o “curso do câmbio”, que exprime o suspenso: a entrega das divisas e seu pagamento são reportados a uma
valor de uma moeda em relação à outra. Num sistema de livre mercado e data ulterior determinada. No caso de inadimplemento do contrato de
sendo a moeda equiparável à mercadoria, a fixação do “curso do câmbio” câmbio por parte do exportador, que conseguiu o adiantamento do banco, o
deveria dar-se pela lei da oferta e da procura. Entretanto, a relevância instrumento, devidamente protestado servirá para a propositura da execu-
desse tipo de operação levou não só à sua oficialização pelos órgãos ção contra aquele, desde que as importâncias correspondentes estejam
governamentais, como também a que ficasse a eles reservada a função de averbadas no contrato, com anuência do devedor.
fixar o “curso do câmbio”. Entretanto, nos chamados países de “moeda
fraca”, isto é, em que o valor das importações supera o das exportações De seu lado, o banco incorre em responsabilidade se não se houver
viceja o mercado livre, ou paralelo, onde, na realidade, o “curso do câmbio” com a devida exação, pois o câmbio é também um serviço que o banco
é estabelecido pela lei da oferta e da procura. fornece a seu cliente; na medida em que ele aceitou fornecer esse serviço,
· Taxa de câmbio é o preço de uma moeda nacional com relação a o banco assume uma obrigação de prudência e de diligência: assim, um
outra moeda. banco deve reparar o prejuízo resultante para seu cliente, do fato da dife-
· Tarifa é um imposto sobre bens importados, e pode ser aplicada rença de suas taxas de câmbio quando ele não executou prontamente a
sob a forma de uma tarifa específica ou de uma tarifa “ad valorem”. ordem recebida.
· Quota é uma restrição na quantidade de um produto que pode ser
Controle de câmbio - as operações de câmbio encontram-se, atualmen-
importado.
te, sob controle oficial, cumprindo ao Banco Central do Brasil não só autori-
· Reservas cambiais são depósitos em moedas estrangeiras de pos- zá-las, como também fixar as respectivas taxas. O fenômeno da regula-
se do governo ou Banco Central. mentação é de âmbito universal, variando seu rigor de país a país. Com ele
se objetiva preservar o valor da moeda nacional, não só pelo estabeleci-
OPERAÇÕES DE CÂMBIO mento do “curso do câmbio”, como também zelando pelo equilíbrio no
O câmbio, no seu conceito mercantil, como já estudamos, consiste na balanço de pagamento. Por isso é que se diz que a regulamentação do
operação de troca de moeda. Caso a moeda fosse universal, única em câmbio não preenche seu papel, se não comportar o controle de todas as
todas as regiões do mundo, não haveria necessidade de efetuar operações relações econômicas e financeiras com o estrangeiro. Para poder efetuar
de câmbio. um tal controle , o Estado se arroga o monopólio das operações de câm-
bio. A regulamentação do câmbio exerce uma ação profunda sobre a
Entretanto, como sabemos, a moeda única não constitui realidade, e o economia do país: as trocas de moeda são, essencialmente, motivadas
que temos é um pluralismo de moedas em que se situam aquelas conheci- pelas importações e exportações; a regulamentação do câmbio conduz o
das como moedas arbitráveis - isto é, livremente convertidas em outras - e governo a frear umas e estimular as outras. O turismo, os transportes, os
moedas não arbitráveis - aquelas que não tem curso livre, internacional. seguros, são igualmente afetados por esta regulamentação. Não se trata
mais nos textos de controle ou regulamentação do câmbio, mas de contro-
Quando se trata de transações comerciais e financeira, entre países de le das relações financeiras com o estrangeiro. Nesta ordem de procedimen-
moeda não conversível, entre si ou com outros de moeda conversível, a to têm sido uma constante, nas legislações do mundo inteiro, as restrições
operação se processa através de débitos reembolsáveis ou créditos a à importação de divisas, de mercadorias , ou de ambas, desde 1931, em
serem liquidados junto a banqueiros de países de moeda conversível. conseqüência da grave crise financeira irrompida em 1929.
Pela operação de compra, a instituição adquire moeda estrangeira em CONTRATO DE CÂMBIO
espécie ou crédito existente no exterior, entregando em contrapartida o É o documento formal através do qual o comprador do câmbio e o
equivalente em moeda nacional. vendedor (banco) contratam uma operação de câmbio, para entrega pronta
ou futura, permitindo a que tanto comprador como vendedor exerçam seus
Na operação de venda de câmbio, o banco faz a entrega em espécie, direitos, apoiados nesse documento.
de moeda ou efetua pagamentos no exterior por conta de um cliente no
país, recebendo em contrapartida, o equivalente em moeda nacional. Quando se trata do câmbio manual, o contrato tem simples função es-
tatística já que, operando no “prazo pronto”, a liquidação é imediata .
Há duas espécies fundamentais de operações de câmbio: o manual e o
escritural. Obs.: Em câmbio, diz-se “prazo pronto” o câmbio para entrega à vista
ou para liquidação no prazo de dois dias úteis. Nas operações de câmbio
Operação de câmbio manual é a que consiste na troca imediata da manual, o banco somente opera no prazo “pronto”.
moeda nacional por estrangeira. Esse tipo de operação atende geralmente
às necessidades das pessoas que se deslocam para o estrangeiro, as A Circular 2.231 do BACEN fornece a definição do Contrato de Câm-
quais, em troca da moeda de seu país, recebem bilhetes de banco ou bio: “Define-se contrato de câmbio como o instrumento especial firmado
cheques de viagem em moeda alienígena. Trata-se como se percebe, de entre o vendedor e o comprador de moedas estrangeiras, no qual se
operação de menor vulto, atendendo às necessidades de turismo ou de mencionam as características das operações de câmbio e as condições
negócio. sob as quais se realizam.”
As operações de câmbio mais numerosas, e envolvendo importâncias E prossegue a Circular 2231do BACEN: “ 6. O contrato de câmbio
maiores, são as escriturais, destinadas à exportação e à importação, e que deverá ter impressão legível e não deverá conter qualquer espécie de
se perfazem por lançamentos contábeis: “...os bancos negociam haveres rasura ou emenda, ressaltando-se a absoluta importância quanto ao corre-

Conhecimentos Bancários 94 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
to preenchimento dos seus campos e da sua adequada utilização.” divulgado pela circular n. 2.231, de 25.09.92".
“10. Exclusivamente quanto aos aspectos relacionados com o acom-
panhamento e controle do Banco Central do Brasil sobre as operações de TIPOS DE CONTRATOS DE CÄMBIO E SUAS APLICAÇÕES
câmbio, deverá ser observado que: O registro de contratação de câmbio serra efetuado com utilização das
a) a assinatura das partes intervenientes no contrato de câmbio seguintes opções das transações de prefixo PCAM indicadas no item 1
constitui requisito indispensável na via destinada a instituição auto- deste titulo:
rizada ou credenciada, negociadora do cambio;
b) deve ser mantida em arquivo uma via original dos contratos de Contratação:
câmbio, bem como dos demais documentos vinculados à opera- a) exportação - tipo 01 destinado à contratação de câmbio de expor-
ção, pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados do término do exercí- tação de mercadorias ou de serviços.
cio em que ocorra a liquidação, cancelamento ou baixa, ressalva- b) importação - tipo 02 destinado à contratação de câmbio de impor-
das as operações cuja documentação deva ser mantida em arqui- tação de mercadorias, não amparadas em certificados de registro
vo por prazo e na forma expressamente prevista em normativos do Banco Central do Brasil.
específicos ou que venham a ser determinadas pelo Banco Central c) transferências financeiras do/para o exterior
do Brasil.” - compras - tipo 03
- vendas - tipo 04 destinados à contratação de câmbio referente a
“13. Constarão obrigatoriamente do contrato de cambio, conforme o operações de natureza financeira, importações financiadas ampa-
caso, as seguintes cláusulas: radas em certificados de registro do Banco Central do Brasil, sim-
a) para todas as contratações: bólicas e as de câmbio manual, previstas no mercado de câmbio
"Cláusula 1: O presente contrato subordina-se as normas, condições de taxas livres.
e exigências legais e regulamentares aplicáveis à matéria". d) operações de câmbio entre instituições, entre departamentos e de
arbitragens
"Cláusula 2: O(s) registro(s) de exportação / importação constante(s) - compras - tipo 05
no SISCOMEX, quando vinculado(s) à presente operação, passa(m) a - vendas - tipo 06
constituir parte integrante do contrato de câmbio que ora se celebra." Restrita a contratação de câmbio:
- entre bancos;
b) Na formalização das operações de câmbio de exportação: - entre operadores credenciados a operar no mercado de câmbio de
"Cláusula 3: o vendedor obriga-se, de forma irrevogável e irretratável, taxas flutuantes;
a entregar ao comprador os documentos referentes a exportação até a - entre bancos e operadores credenciados a operar em câmbio no
data estipulada para este fim no presente contrato e, respeitada esta, no pais;
prazo máximo de 15 dias corridos contados da data do embarque da - entre departamentos de um mesmo banco no pais;
mercadoria, ainda que se trate de embarques parciais. Ocorrendo, - de operações de arbitragens no pais e com banqueiros no exterior.
em relação ao último dia previsto para tal fim no presente contrato, anteci- e) alteração de contrato de câmbio
pação na entrega dos documentos, o prazo para a liquidação do câmbio - compras - tipo 07
pertinente a tais documentos ficará automaticamente reduzido de tantos - vendas - tipo 08
dias quantos forem os da mencionada antecipação e, em conseqüência, f) cancelamento de contrato de câmbio
considerar-se-á correspondentemente alterada a data ate a qual deverá - compras - tipo 09
ser liquidado o câmbio, tudo independentemente de aviso ou formalidade - vendas - tipo 10
de qualquer espécie.
SISCOMEX
O não cumprimento pelo vendedor de sua obrigação de entrega, ao O SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior, gerencia to-
comprador, dos documentos representativos da exportação no prazo das as operações referentes à Importação e Exportação. No ambiente de
estipulado para tal fim, acarretará, de pleno direito, o vencimento antecipa- importação (perfil importador) o SISCOMEX controla a emissão da Declara-
do das obrigações decorrentes do presente contrato, independentemente ção de Importação (DI) e a solicitação dos Licenciamentos de Importação
de aviso ou notificação de qualquer espécie, para o valor correspondente (LI). No ambiente de exportação (perfil exportador) controla a emissão do
aos documentos não entregues". Registro de Exportação (RE) e da Solicitação de Despacho (SD). As infor-
mações da Declaração de Importação são inseridas no sistema pelo próprio
c) Na hipótese de remessa direta de documentos pelo exportador, a importador ou por seu representante legal devidamente credenciado pelos
cláusula 3 prevista na alínea anterior, deverá ser aditada conforme Órgãos Gestores. Os dados coletados são processados pelos computado-
indicado a seguir: res servidores do sistema na Rede Serpro de Teleprocessamento. Efetiva-
"Clausula 4: Em aditamento à clausula 3 do presente contrato, fica do o registro da DI, será emitido o extrato da Declaração de Importação,
pactuado que os documentos de exportação poderão ser remetidos pelo que deverá ser entregue à Aduana, juntamente com os demais documentos
vendedor, diretamente ao importador no exterior, hipótese em que o ven- necessários para instrução do despacho. Concluído o desembaraço, a
dedor se obriga a entregar ao comprador, no prazo estipulado na Receita Federal registrará as informações no Sistema, possibilitando a
referida cláusula 3, o original do saque, exceto quando dispensada sua emissão do Comprovante de Importação (C.I.) e a liberação das mercadori-
emissão por carta de crédito, além de cópias dos documentos representati- as.
vos da exportação e da correspondente carta-remessa ao exterior, a qual
deverá conter expressa indicação ao importador estrangeiro no sentido de OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS:
que o respectivo pagamento ou aceite somente poderá ser efetuado atra-
vés do banqueiro do exterior, nos termos das instruções a este transmitidas · Características básicas do funcionamento do mercado a termo,
pelo comprador."
do mercado de opções, do mercado futuro e das operações de
d) para as alterações contratuais: swap.
"Clausula 5: A presente alteração subordina-se às normas, condições
e exigências legais e regulamentares aplicáveis à matéria, permanecendo O MERCADO DE DERIVATIVOS - INSTITUIÇÕES
inalterados os dados constantes do contrato de câmbio descrito acima, O mercado de derivativos é aquele em que os investidores, comprado-
exceto no que expressamente modificado pelo presente instrumento de res ou vendedores negociam títulos cujos valores dependem de outros
alteração". ativos ou variáveis.

e) para as transferências para a posição especial: As instituições financeiras corretoras, necessariamente são membros
"Cláusula 6: Valor transferido para posição especial na forma do dis- da Bolsa de Valores, devem ser credenciadas pelo Banco Central do Brasil
posto no capitulo 5 do regulamento das normas cambiais de exportação, e pela CVM, podendo negociar valores mobiliários com exclusividade no

Conhecimentos Bancários 95 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pregão. investimento, os bancos comerciais, os bancos de investimento, as socie-
dades corretoras de títulos e valores mobiliários e as sociedades distribui-
São modalidades : doras de títulos e valores mobiliários a realizarem, no mercado de balcão,
Þ Futuros; operações de "swap", com ou sem a utilização de limitadores de oscilação
Þ Termos; máxima ou mínima, bem assim opções sobre "swap", referenciadas em
Þ Opções; ouro, taxas de cambio, taxas de juros e índices de preços, por conta própria
Þ Swaps. ou de terceiros.
Parágrafo 1. Para os efeitos desta Resolução, definem-se como de
FUTUROS "swap" as operações consistentes na troca dos resultados financeiros
O mercado de futuros é onde as liquidações em ações se processa a decorrentes da aplicação de taxas ou índices sobreativos ou passivos
prazos predeterminados e com datas de vencimentos prefixadas. utilizados como referenciais.
Parágrafo 2. Os índices de preços mencionados neste artigo devem
Nas operações a futuro os compromissos são assumidos em lotes pa- ter serie regularmente calculada e de conhecimento publico.
dronizados para liquidação em vencimento predeterminado, principalmente Parágrafo 3. O Banco Central do Brasil poderá modificar o elenco
como substitutos temporários de operações de compra e venda efetivas a de operações de "swap" passíveis de realização, estabelecer condições
serem realizadas posteriormente. Embora exista a possibilidade de liquida- para a contratação das mesmas, bem assim delimitar a atuação das institu-
ção por vencimento mediante entrega dos valores respectivos, destinam- ições mencionadas neste artigo relativamente a essas operações.
se, principalmente, a serem compensadas antes do vencimento, mediante
operações iguais e de natureza inversa (compra e venda). O objetivo é Art. 2. A pratica das operações de que trata esta Resolução fica
reduzir com estas transações, resultados negativos eventualmente incorri- condicionada a indicação de administrador tecnicamente qualificado,
dos nos negócios finais. Podem, entretanto, ser usadas com o objetivo de responsável pelas mesmas junto ao Banco Central do Brasil.
obter ganhos com as diferenças entre os preços de compra e venda a Parágrafo 1. O administrador referido neste artigo será responsabili-
futuro. zado, prioritariamente, nos termos da legislação em vigor, pela ocorrência
de situações que indiquem fraude, negligencia, imprudência ou imperícia
TERMOS no gerenciamento dos controles internos e dos riscos envolvidos, sem
O mercado a termo - mercado onde as liquidações com ações se pro- prejuízo da aplicação das penalidades de suspensão ou inabilitação para
cessam a prazos determinados, conforme o termo do contrato ( 30, 60 ou cargos de direção na administração ou gerência em instituições financeiras
90 dias). e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Parágrafo 2. As instituições que já operam na modalidade terão prazo
As operações a termo resultam de um contrato de compra e venda fu- de 30 (trinta) dias, contados a partir da vigência desta Resolução, para
tura de ações que estabelece a obrigação, por parte do comprador e ven- promover a indicação do administrador responsável.
dedor, de liquidarem a operação em determinado prazo de vencimento. Os
prazos mais comuns são os de 30, 60 ou 90 dias. Art. 3. Estabelecer a obrigatoriedade do registro das operações de
que trata esta Resolução em sistema administrado pela Central de Custo-
OPÇÕES dia e de Liquidação Financeira de Títulos - CETIP ou em outros sistemas
Mercado de Opções - Instrumento de investimento no mercado de capi- de registro, de custodia e de liquidação, devidamente autorizados pelo
tais. A opção de compra de ações é um contrato que confere ao compra- Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários e que
dor o direito de adquirir, durante a sua vigência, um lote de ações de de- atendam as necessidades de fiscalização e controle por parte do Banco
terminada empresa a um preço prefixado. Isto significa, por exemplo, que Central do Brasil.
alguém paga uma determinada quantia ao proprietário de um lote de ações
para que ele garanta um preço de venda determinado (fixo) durante algum Art. 4. Fica vedada a realização de operações de "swap" que não
tempo. Durante a vigência deste contrato, o comprador poderá, a qualquer as contempladas nesta Resolução, bem assim a pratica de quaisquer
tempo concretizar o negócio, pagando o preço combinado, ainda que as outras modalidades de operações de liquidação futura no mercado de
ações estejam sendo negociadas a preço superior. Deste modo, a diferen- balcão.
ça entre o preço combinado e o preço de mercado das ações é que vai
representar o lucro do comprador. Art. 5. Devera ser atestada, junto ao Banco Central do Brasil, no pra-
zo máximo de 6 (seis) meses contados a partir da vigência desta Resolu-
SWAPS ção, a utilização de modelo de gerenciamento de risco compatível com a
O termo “swap” significa permuta e designa a combinação de um de- estrutura das operações de que se trata.
porte com um reporte, ou seja, em operações da espécie onde comprado- Parágrafo único. Para efeito da comprovação estabelecida neste ar-
res e vendedores a vencimentos diferentes são reciprocamente os mes- tigo, devera ser encaminhada ao Banco Central do Brasil declaração,
mos. Além dos benefícios visados em particular, causam os mesmos resul- firmada pelo administrador referido no art. 2., sob as penas da lei, de que o
tados positivos de uma das transações em separado. modelo utilizado atende as necessidades especificas da instituição.
Veja agora a Resolução do Banco Central do Brasil que trata do assun-
to: Art. 6. Fica o Banco Central do Brasil autorizado a adotar as medidas
e baixar as normas necessárias a execução do disposto nesta Resolução.
RESOLUÇÃO N. 002138
Art. 7. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Autoriza a realização, no mercado de balcão, de operações de Art. 8. Fica revogada a Resolução n. 2.042, de 13.01.94, passan-
"swap" e de opções sobre "swap", referenciadas em ouro, taxas de cambi- do a base regulamentar para a edição das Circulares n. s 2.402, de
o, taxas de juros e índices de preços por parte das instituições que especi- 13.01.94, e 2.405, de 03.02.94, a ser esta Resolução.
fica.
12 MERCADO FINANCEIRO - MERCADO MONETÁRIO; MER-
O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9. da Lei nº. 4.595, CADO DE CRÉDITO; MERCADO DE CAPITAIS: AÇÕES –
de 31.12.64, torna publico que o Presidente do CONSELHO MONETÁRIO CARACTERÍSTICAS E DIREITOS, DEBÊNTURES, DIFEREN-
NACIONAL, por ato de 29.12.94, com base no art. 8., parágrafo 1., da
ÇAS ENTRE COMPANHIAS ABERTAS E COMPANHIAS FE-
Medida Provisória n. 785, de 23.12.94, "ad referendum" daquele Conselho,
tendo em vista o disposto no art. 4., inciso VIII, da referida Lei n. 4.595, CHADAS, FUNCIONAMENTO DO MERCADO À VISTA DE
AÇÕES, MERCADO DE BALCÃO; MERCADO DE CÂMBIO:
RESOLVEU: INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A OPERAR; OPERAÇÕES
Art. 1. Autorizar os bancos múltiplos com carteira comercial e/ou de BÁSICAS; CONTRATOS DE CÂMBIO – CARACTERÍSTICAS;

Conhecimentos Bancários 96 A Opção Certa Para a Sua Realização


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TAXAS DE CÂMBIO; REMESSAS; SISCOMEX. · Bolsa em alta - Diz-se que a bolsa está em alta, quando o índice
médio do dia considerada é superior ao índice médio do dia anterior.
CONCEITOS
· Bolsa em baixa - Diz-se que a Bolsa está em baixa, quando o ín-
Mercado de ações: é o um subsistema do mercado de capitais, onde
dice médio do dia considerado é inferior ao índice médio do dia anteri-
se realizam as operações de compra e venda de ações. Suas funções
or.
principais são: avaliação dos valores transacionados, liquidez e capitaliza-
ção das empresas. · Bolsa estável - Diz-se que a Bolsa está estável, quando o índice
Outros conceitos referentes aos mercado de ações: médio do dia considerado é igual ao índice médio do dia anterior.

· Ação: título negociável, representativo de propriedade de uma · Bolsa de valores - Associação civil sem fins lucrativos. Seu obje-
fração do capital social de uma sociedade anônima. tivo básico consiste em manter local adequado ao encontro de seus
membros e 1a realização, entre eles, de transações de compra e ven-
· Ação cheia - Ação que ainda não recebeu ou exerceu direitos da de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especi-
(dividendos e/ou bonificações, e/ou subscrições) concedidos pela em- almente organização e fiscalizado por seus membros e pelas autorida-
presa emissora. des monetárias.

· Ação endossável - Ação nominativa que pode ser transferida no · Índice da Bolsa de Valores - Pode ser definido como o índice da
Livro de Registro de Ações Nominativas a partir do endosso da própria lucratividade de uma carteira de ações, carteira hipotética e suposta,
cautela. como sendo a carteira pertencente ao mercado. Deste modo, a evolu-
ção deste índice mostra a evolução dos ganhos do mercado, como um
· Ação escritural - O estatuto da companhia pode autorizar ou es- todo, e a sua representação gráfica constitui instrumentos utilizado pe-
tabelecer que todas as ações da empresa, de uma ou mais classes, se- los analistas para avaliação de tendências futuras dos negócios em
jam mantidas em constas de depósito, em nome de seus titulares na Bolsa.
instituição que designar, sem emissão de certificados.
· Mercado aberto: Mercado de compra e venda de títulos públicos e
· Ação de fruição - São ações de posse e propriedade dos funda- privados sob a orientação do Banco Central, atuam no mercado aberto
dores da companhia, já amortizadas, onde o titular recebeu, antecipa- as instituições financeiras que negociam entre si sempre por telefone,
damente, o valor contábil que elas representam. Não são negociáveis., sem necessidade de estarem presentes no mesmo local (como as Bol-
sas de valores) para realizarem seus negócios.
· Ação fungível - Ação que se encontra em custódia em uma insti-
tuição financeira, que fica obrigada a devolver ao depositante a quanti- · Mapa de controle do movimento de ações - proporciona ao inves-
dade de ações recebidas com as modificações resultantes de altera- tidor o controle do movimento de ações de empresas que integram sua
ções no capital social ou no número das ações da companhia emisso- carteira. Deverão ser utilizados tantos mapas quantas forem as empre-
ra, independentemente do número de ordem das ações ou dos certifi- sas componentes da carteira.
cados recebidos em depósito.
· Mapa de levantamento de posição da carteira de ações. Tem a fi-
· Ação listada em bolsa - Ações de empresas que satisfazem aos nalidade de apurar em um dado momento, o valor da carteira de ações
requisitos das Bolsas de Valores para efeito de negociação de seus tí- do investidor, assim como o resultado que ele está tendo no conjunto
tulos em pregão. de sua ações.
· Ação nominativa - Ação que identifica o nome de seu proprietário. BOLSA DE VALORES
Sua transferência deve ser registrada no livro especial da empresa,
denominado “Livro de Registro de Ações Nominativas. Local onde se negociam títulos emitidos por empresas privadas ou es-
tatais. O título dá ao portador o direito de propriedade sobre uma quantia
· Ação ordinária - Ação que tem a característica de conceder a seu em dinheiro, pela qual responde o emissor do documento. Tais operações
titular o direito de voto em Assembléia. servem para as empresas captarem recursos dos quais não dispõem.

· Ação preferencial - ação que dá aos seu possuidor prioridade no As bolsas de valores têm origem nas feiras de mercadorias da Antigui-
recebimento de dividendos e/ou, em caso de dissolução da empresa, dade. Na forma atual surgem em 1487, quando é criada em Bruges, na
no reembolso do capital. Normalmente não tem direito a voto em As- Bélgica, a primeira bolsa. Elas facilitam o desenvolvimento econômico da
sembléia. época, sobretudo por permitir a mobilização de grandes somas de capitais,
essenciais para o financiamento das expedições colonizadoras.
· Ação com valor nominal - é o valor mencionado na carta de regis-
As bolsas de valores funcionam como uma associação, um clube, cujos
tro de uma empresa e atribuído a uma ação representativa do capital.
sócios são as corretoras de valores. Elas representam os interesses das
· Ação sem valor nominal - Ação para a qual não se convenciona empresas e negociam em nome delas. As bolsas negociam ações e debên-
valor de emissão, prevalecendo o preço de mercado por ocasião do tures. O volume maior é o de ações.
lançamento. Ações –Títulos que indicam a participação do possuidor na propriedade
· Ação vazia - Ação que já exerceu os direitos (dividendos/ bon./ de uma determinada companhia e lhe dão direito a parte dos lucros. O tipo
subscrição) concedidos pela empresa emissora. e o número de ações adquiridas definem a extensão da participação na
propriedade. Quando uma empresa precisa de recursos, procura uma
· Comando Acionário - Poder exercido pelo acionista ou grupo ma- corretora de valores credenciada na bolsa, que divide o capital da empresa
joritário. em frações. Quando uma empresa passa por esse processo, está abrindo
seu capital e ganha a denominação legal de sociedade anônima. Em rela-
· Acionista - proprietário de uma ou mais ações de uma sociedade ção aos direitos que conferem, as ações se dividem em dois tipos: ordiná-
anônima. rias e preferenciais. As ordinárias dão direito a voto nas decisões adminis-
trativas importantes, como eleição de diretoria. Mas representam risco
· Acionista majoritário - Acionista que detém uma quantidade tal de maior. De fato, esses acionistas só recebem os dividendos depois dos
ações com direito a voto que lhe permite (dentro da distribuição vigente portadores de ações preferenciais. Estes têm prioridade na distribuição de
de participação acionária) manter o controle acionário de uma empre- lucros. Em compensação, não têm direito a voto nas assembléias de acio-
sa. nistas. O poder de um acionista de influir na administração ou de receber
· Acionista minoritário - Acionista proprietário de ações com direito dividendos, ou as duas coisas, está relacionado à soma de dinheiro investi-
a voto, cujo total não lhe garante o controle da sociedade. da na empresa e, portanto, ao número e tipo de ações que possui.

Conhecimentos Bancários 97 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Debênture –A debênture é um título emitido para obtenção de emprés- mente registrado junto ao Banco Central do Brasil, nos moldes das disposi-
timos a longo prazo. Ao contrário das ações, representa uma dívida da ções contidas no Regulamento Anexo V a Resolução n.1.289, de 20.03.87,
empresa, garantida pela hipoteca de seu patrimônio. É utilizada por com- e disposições complementares.
panhias que auferem lucros regularmente e possuem patrimônio sólido.
Art. 3. As transferências para o exterior, por parte de pessoas físicas
Pregão –É onde as transações acontecem. Só participam dele opera- e jurídicas, fundos mútuos de investimento e outras entidades de investi-
dores de corretoras credenciadas que negociam verbalmente os contratos. mento coletivo residentes, domiciliados ou com sede no Brasil, decorren-
A oferta e a procura determinam o preço pelo qual um título é negociado. tes de investimentos mediante aquisição de "Depositary Receipts" repre-
Assim que se fecha um contrato, os operadores registram a transação em sentativos de ações emitidas pôr companhias brasileiras, tem como
terminais. A informação vai para um telão que indica a posição dos títulos. limite o valor da sua aquisição, em mercado de balcão organizado ou em
Existem dois tipos de contrato: à vista e a termo. No primeiro caso, o com- bolsa de valores do pais em que emitido o certificado de deposito,
prador tem de pagar em três dias. No contrato a termo, paga em parcelas acrescido das despesas correspondentes.
mensais em até 180 dias.
Parágrafo único. Em se caracterizando irregularidade na aquisição a
Dentro do pregão, as ações são classificadas da seguinte maneira: as que se refere o caput deste artigo, a instituição intermediária na compra
ações mais negociadas e com maior valor são chamadas de bluechips ou de "Depositary Receipts" respondera solidária e ilimitadamente perante o
de primeira linha. As ações de grandes empresas ou instituições financeiras Banco Central do Brasil pela operação ilegítima.
são as de segunda linha nobre. As de segunda linha dizem respeito às
empresas de médio e grande porte. E as de terceira linha correspondem a Art. 4. As pessoas físicas e jurídicas, fundos mútuos de investimento
ações de empresas de pequeno porte. São negociadas somente a longo e outras entidades de investimento coletivo residentes, domiciliados ou
prazo, o que lhes confere pouca liquidez. com sede no Brasil, detentoras de valores mobiliários em circulação, podem
efetuar o deposito desses títulos na instituição, no Pais, autorizada pela
No final do pregão apura-se um índice que representa o volume de ne- Comissão de Valores Mobiliários a prestar serviços de custodia, para o fim
gócios e a tendência geral do mercado - de queda ou valorização. Esse especifico de emissão de "Depositary Receipts" no exterior.
índice é calculado com base no comportamento das principais ações nego-
ciadas na bolsa, geralmente bluechips. Para cada ação é conferido um Acerca das ADR’s e IDR’s recomenda-se a leitura atenta da Resolução
peso, determinado pelo volume de negócios daquele título. A comparação 1848 do Banco Central do Brasil, que passamos a transcrever integralmen-
das transações naquele dia com o peso (revisto em períodos regulares) dá te:
um determinado número de pontos. Comparados aos do dia anterior, RESOLUÇÃO N. 001848
resultam numa variação porcentual que traduz o comportamento da bolsa.
/par No Brasil há duas bolsas de valores importantes: em São Paulo e no AUTORIZA E DISCIPLINA OS INVESTIMENTOS DE CAPITAIS ES-
Rio de Janeiro. Nelas, a maior parte dos negócios se concentra em poucas TRANGEIROS EM AÇÕES DE EMPRESAS BRASILEIRAS PELO ME-
ações, aspecto típico de mercados emergentes. As ações da Telebrás, por CANISMO DE "AMERICAN DEPOSITARY RECEIPTS" (ADR) E "INTER-
exemplo, representam 50% do movimento da Bolsa de Valores de São NATIONAL DEPOSITARY RECEIPTS" (IDR).
Paulo (Bovespa).
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9. Da lei n. 4.595, de
MERCADO À VISTA 31.12.64, torna publico que o Conselho Monetário Nacional, em sessão
Mercado à Vista é aquele onde as liquidações com ações se proces- realizada em 31.07.91, tendo em vista o disposto nas leis n. s. 4.131, de
sam até cinco dias úteis após a data de realização de uma operação com 03.09.62, 4.728, de 14.07.65, e 6.385, de 07.12.76, e nos decretos-lei n.
ações. s. 1.986, de 28.12.82, e 2.285, de 23.07.86,

MERCADO A TERMO RESOLVEU:


Art. 1.. Aprovar o regulamento anexo a esta resolução, que passa a
Mercado a Termo - onde as liquidações com ações se processam a
fazer parte integrante da resolução n. 1.289, de 20.03.87, como anexo v,
prazos determinados, conforme o termo do contrato ( 30, 60, 90 120 e 180
que disciplina os investimentos de capitais estrangeiros em ações de
dias)
empresas brasileiras pelo mecanismo de "AMERICAN DEPOSITARY
MERCADO DE OPÇÕES RECEIPTS" (ADR) e "INTERNATIONAL DEPOSITARY RECEIPTS"
(IDR).
Mercado de Opções - Instrumento de investimento no mercado de capi-
tais. A opção de compra de ações é um contrato que confere ao compra- Art. 2.. Autorizar o Banco Central do Brasil e a comissão de valores
dor o direito de adquirir, durante a sua vigência, um lote de ações de mobiliários, dentro de suas respectivas esferas de competência, a expedir
determinada empresa a um preços prefixado. Isto significa, por exemplo, as normas complementares e adotar as medidas julgadas necessárias a
que alguém paga uma determinada quantia ao proprietário de um lote de execução do disposto nesta resolução.
ações para que ele garanta um preço de venda determinado ( fixo) durante
algum tempo. Durante a vigência deste contrato, o comprador poderá, a Art. 3.. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
qualquer tempo, concretizar o negócio, pagando o preço combinado, ainda Brasília (DF), 31 de julho de 1.991
que as ações estejam sendo negociadas a preço superior. Deste modo, a
diferença entre o preço combinado e o preço de mercado das ações é que REGULAMENTO ANEXO V A RESOLUÇÃO N. 1.289, DE 20.03.87,
vai representar o lucro do comprador. QUE DISCIPLINA OS INVESTIMENTOS DE CAPITAIS ESTRANGEIROS
EFETUADOS PELO MECANISMO DE "AMERICAN DEPOSITARY
ADR / IDR / BDR RECEIPTS" (ADR) E "INTERNATIONAL DEPOSITARY RECEIPTS" (IDR).
ADR = “American Depositary Receipts” Art. 1. Os recursos ingressados no pais para aquisição de ações e-
mitidas por empresas brasileiras, com a finalidade de integrar programas
IDR = “International Depositary Receipts”
de "american depositary receipts" (ADR) e "international depositary re-
BDR = “Brasilian Depositary Reicepts”. ceipts" (IDR) ficarão sujeitos as normas constantes deste regulamento.
São certificados de ações ou outros valores mobiliários que são emiti- Art. 2. Qualificam-se para fins de registro nos programas de ADR/IDR
dos no exterior por instituição depositária, com lastro em valores mobiliários os recursos ingressados no pais para aquisição, tanto no mercado primá-
depositados em custódia específica no Brasil. rio quanto no secundário, de ações de companhias abertas registradas
perante a comissão de valores mobiliários, a qual competira o exame e a
As disposições mais importantes acerca dos DR’s (Depositary Receipts aprovação previa dos contratos firmados entre a companhia emissora, o
= ADR / IDR / BDR) encontram-se na Circular nº2741 do Banco Central do banco custodiante e o banco emissor.
Brasil. Leia atentamente os artigos abaixo:
Parágrafo 1. Entende-se como banco custodiante a instituição integran-
Art. 2. O Programa de "Depositary Receipts" deverá ter sido previa-

Conhecimentos Bancários 98 A Opção Certa Para a Sua Realização


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te do sistema financeiro nacional credenciada pela comissão de valores ações a que se refere o investimento estrangeiro, com base nas quais os
mobiliários a prestar serviços de custodia de ações para o fim especifico de dividendos ou as bonificações em dinheiro estiverem sendo pagos;
emissão de ADR/IDR.
c - comprovante de alienação dos direitos de subscrição de ações
Parágrafo 2. Entende-se por banco emissor a instituição financeira que, ou outros direitos em bolsa de valores; e
com base nas ações custodiadas no pais, emitir os correspondentes A-
DR/IDR, no exterior. d- prova de recolhimento do imposto de renda.

Parágrafo 3. A emissão de ADR/IDR lastreada na compra de ações II - nos casos de retorno e de ganho de capital:
junto a bolsas de valores brasileiras devera ser previamente aprovada pela a- comprovante de alienação das ações em bolsa de valores; e
comissão de valores mobiliários, assim como os programas que envolvam a
colocação primaria de ações no exterior. b - demonstrativo evidenciando o numero de ações alienadas e os
valores de aquisição e venda, bem como o ganho de capital, se houver.
Parágrafo 4. Os contratos referidos no "caput" deste artigo deverão
conter clausula estipulando a obrigatoriedade de fornecimento a comissão Parágrafo 1. O Banco Central do Brasil poderá estabelecer a neces-
de valores mobiliários e ao Banco Central do Brasil, pelos bancos custodi- sidade de apresentação de outros documentos para fins de comprovação
ante e emissor, a qualquer tempo, de quaisquer informações relativas aos dos valores objeto de remessa.
títulos emitidos. Parágrafo 2. Deverão os bancos intervenientes nas remessas enca-
CAPITULO I minhar ao Banco Central do Brasil/ Departamento de Capitais estrangeiros
DO REGISTRO DOS RECURSOS EXTERNOS INGRESSADOS (FIRCE), ate o final do expediente do dia útil seguinte ao da liquidação do
cambio, os documentos entregues pelo banco custodiante na forma deste
Art. 3.. os recursos ingressados no pais estarão sujeitos a registro no artigo, juntamente com copia do contrato de cambio respectivo ou indicação
Banco Central do Brasil, para efeito de controle de capital estrangeiro e de dos dados que o identificam.
futuras remessas, para o exterior,de rendimentos, retorno e de ganhos de
capital. Art. 6. O banco custodiante devera encaminhar ao Banco Central
do Brasil/Departamento de Capitais Estrangeiros (FIRCE), dentro de 5
Parágrafo 1.. O registro de capital estrangeiro será requerido pelo (cinco) dias, a contar da efetivação de cada remessa, as seguintes informa-
banco custodiante, em nome do banco emissor dos ADR/IDR, na qualida- ções e documentos para fins de controle e,quando cabível, atualização do
de de agente dos investidores. registro:
Parágrafo 1. O registro de capital estrangeiro será requerido pelo I - Nos casos de dividendos ou alienação de direitos de subscrição
banco custodiante, em nome do banco emissor dos ADR/IDR, na qualida- ou outros direitos inerentes as ações:
de de agente dos investidores.
a - demonstrativo evidenciando os direitos e os valores de aquisição
Parágrafo 2. O registro dos recursos externos ingressados será con- e venda, bem como a apuração dos valores bruto e liquido da remessa,
siderado efetuado quando da emissão do respectivo certificado pelo Banco com indicação do numero do certificado de registro de capital estrangeiro
Central do Brasil, tendo como receptora do investimento a empresa brasilei- correspondente; e
ra emitente das ações.
b - nos casos de remessas decorrentes de alienação de direitos de
Parágrafo 3. A cada ingresso de divisas no pais, para aquisição de subscrição e outros direitos, demonstrativo fornecido pela instituição inter-
ações pelo mecanismo de ADR/IDR, correspondera acréscimo no registro veniente na venda ou por bolsa de valores, indicando os preços médios de
de investimento em moeda estrangeira em nome do banco emissor do venda e as quantidades dos direitos e das ações negociadas nos 15
ADR/IDR, na qualidade de agente dos investidores. (quinze) pregoes imediatamente anteriores a data de alienação, nas duas
Parágrafo 4.. nos casos de bonificação em ações, o registro de ca- bolsas onde os direitos e as ações tiverem sido mais negociados.
pital estrangeiro será alterado apenas no que tange a quantidade de ações II - Nos casos de retorno e de ganhos de capital:
detida pelo investidor e ao valor e constituição do capital social da empresa
brasileira. a - demonstrativo evidenciando o numero de ações alienadas e os
valores de aquisição e venda, bem como o ganho de capital, se houver;
Art. 4. O certificado de registro de capital estrangeiro emitido pelo
banco central do Brasil e o instrumento hábil para se efetivar as remessas b - indicação das baixas que devam ser efetuadas no registro de
de dividendos, do produto da alienação de direitos de subscrição de ações capital estrangeiro; e
ou outros direitos inerentes as ações, bem como a titulo de retorno e c - demonstrativo fornecido pela instituição interveniente na venda
ganhos de capital. ou por bolsa de valores, indicando os preços médios de venda e a quan-
Parágrafo 1.. As remessas serão processadas pelo banco custodian- tidade de ações negociadas nos 15 (quinze) pregoes imediatamente
te, através de bancos autorizados a operar em cambio, correspondendo, a anteriores a data de alienação, nas duas bolsas onde a ação tiver sido
cada tipo de remessa, fechamento de cambio distinto. mais negociada.

Parágrafo 2.. Exceto no que concerne aos dividendos e bonificações Art. 7. Na efetivação das remessas previstas no art. 5. deste regula-
em dinheiro, as demais remessas para o exterior deverão ter como limite o mento, os bancos intervenientes serão responsáveis pela verificação do
valor de alienação, em bolsa de valores, das ações ou dos direitos a elas cumprimento, por parte do banco custodiante e de acordo com a natureza
inerentes, deduzidas as despesas correspondentes. da transferência, dos dispositivos deste regulamento, cabendo-lhes,
ainda, observar rigorosamente as normas sobre remessas financeiras ao
Art. 5. Por ocasião das remessas, o banco custodiante devera en- exterior, inclusive no que tange as anotações cabíveis nas folhas anexas
tregar aos bancos intervenientes nas operações de cambio copia dos ao certificado de registro.
documentos a seguir relacionados, devidamente formalizados:
CAPITULO II
I - no caso de dividendos e do produto da alienação de direitos DO RESGATE DE ADR/IDR
de subscrição ou outros direitos inerentes as ações:
Art. 8. os investidores estrangeiros que detenham ADR/IDR poderão
a - ata da reunião dos órgãos de administração em que tenha sido resgata-los a fim de:
autorizada a distribuição de dividendos ou bonificação em dinheiro, ou que
tenha gerado outros direitos, observado, no que tange a rendimentos I - efetuar, no mercado brasileiro, a alienação das ações corres-
apurados em balanços intermediários, o limite estabelecido no parágrafo 1. pondentes aos ADR/IDR resgatados;
do art. 204 da lei n. 6.404, de 15.12.76; II- retirar as ações do banco custodiante, passando a condição de
b- demonstrações financeiras da empresa brasileira emissora das investidor direto, nos termos e condições do anexo IV da Resolução n.

Conhecimentos Bancários 99 A Opção Certa Para a Sua Realização


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1.289, de 20.03.87, quando se tratar de investidor institucional ou outras das pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.
entidades de investimento coletivo;
Parágrafo 1.. O valor das despesas a que se refere este artigo pode-
III - retirar as ações do banco custodiante, passando a condição de rá, a critério do Banco Central do Brasil, ser remetido simultaneamente ao
investidor direto, nos termos das regras gerais estabelecidas para investi- ingresso dos recursos captados no exterior por intermédio do programa de
mentos sob a lei n. 4.131, de 03.09.62, e regulamentação subsequente, ADR/IDR.
quando se tratar de qualquer outro investidor estrangeiro que ano atenda
aos requisitos do anexo IV da resolução n. 1.289, de 20.03.87, observado Parágrafo 2.. Qualquer remessa ao exterior dependera de previa au-
o disposto no parágrafo 2.deste artigo. torização do Banco Central do Brasil/Departamento de Capitais Estrangei-
ros (FIRCE), por intermédio de Certificado de Autorização para Remessa
Parágrafo 1.. No prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis do resgate dos (CAR) ou de Certificado de Registro (CR),conforme o caso.
ADR/IDR, ou da remessa ao exterior do produto da alienação das ações, o
banco custodiante solicitara ao Banco Central do Brasil a competente Parágrafo 3.. Para fins de registro de capital estrangeiro, nos termos
atualização do certificado de registro de capital estrangeiro. do capitulo I deste regulamento, será considerado o valor dos recursos
efetivamente ingressados no pais.
Parágrafo 2.. Os investidores que se enquadrarem no anexo IV da
Resolução n. 1.289, de 20.03.87, poderão, igualmente, optar pelo inves- Art. 12. A empresa brasileira e o banco custodiante pactuarão livre-
timento direto nos termos do item III deste artigo, devendo apresentar, por mente a remuneração a ser paga a este ultimo pelos serviços prestados de
ocasião do pedido de registro de que trata o art. 10 deste regulamento, acordo com o presente regulamento.
compromisso no sentido de que as respectivas ações ano integrarão, em CAPITULO IV
hipótese alguma, carteira constituída nos termos do mencionado anexo IV. DOS ASPECTOS FISCAIS
Art. 9.. Os valores apurados com a venda das ações objeto de res- Art. 13. Fica estendido o tratamento fiscal previsto no art. 1. do decre-
gate de ADR/IDR, a que se refere o item I do art. 8. deste regulamento, to-lei n. 2.285, de 13.07.86, aos bancos estrangeiros emitentes de adr/idr,
poderão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a contar do resgate de A- bem como aos respectivos adquirentes no exterior, desde que estes últi-
DR/IDR, ser remetidos ao exterior ao amparo do certificado de registro mos sejam entidades que tenham por objetivo a aplicação de recursos nos
referido no art. 4., observadas as disposições deste regulamento. mercados de capitais e das quais participem pessoas físicas ou jurídicas
Parágrafo único. Ultrapassado o prazo de 5 (cinco) dias a que se refe- residentes, domiciliadas ou com sede no exterior, inclusive fundos e
re este artigo, o investidor e o investimento deverão enquadrar-se nas entidades de investimento coletivo.
disposições dos itens II e III do art. 8. deste regulamento. Parágrafo único. Nos termos deste artigo, os ganhos de capital auferi-
Art. 10. Nos casos a que se referem os itens II e III do art. 8. deste dos na alienação de ações correspondentes aos ADR/IDR resgatados nos
regulamento, devera o administrador da carteira ou o investidor estrangeiro termos do item I do art. 8. e do art. 9. deste regulamento estão isentos de
(ou a empresa brasileira receptora do investimento), conforme o caso, pagamento de imposto de renda.
solicitar ao Banco Central do Brasil/Departamento de Capitais Estrangei- Art. 14. A eventual diferença verificada em moeda estrangeira entre o
ros (FIRCE), no prazo de 10(dez) dias úteis, contados do resgate, o regis- valor originalmente ingressado e aquele calculado na forma do parágrafo
tro do investimento direto relativo as ações correspondentes aos ADR/IDR 1. do art. 10 deste regulamento estará isenta do pagamento do imposto de
cancelados. renda sobre o ganho de capital.
Parágrafo 1.. O valor de registro, em moeda estrangeira, do investi- Parágrafo 1.. Na hipótese do item III do art. 8. deste regulamento, o
mento detido diretamente pelo investidor estrangeiro em consequência do imposto incidira, no caso de futura venda das ações para fontes adquiren-
resgate dos ADR/IDR, será calculado mediante aplicação da seguinte tes situadas no pais, sobre o valor que exceder o montante do registro do
formula: investimento estrangeiro em questão.
VR = (QA X PMB)/TC, sendo que: Parágrafo 2.. No caso de resgate de ADR/IDR a fim de efetuar, no
VR = valor do novo registro de capital estrangeiro; mercado brasileiro, a alienação das ações correspondentes, nos termos do
item i do art. 8. e do art. 9. deste regulamento, e em se tratando de investi-
QA = quantidade de ações detidas diretamente pelo investidor estran- dores estrangeiros que ano tenham por objetivo a aplicação de recursos
geiro em consequência do resgate dos Adr/Idr; nos mercados de capitais, aplicar-se-á o disposto nos arts. 10 e 14 e res-
pectivos parágrafos para a apuração do valor do novo registro de investi-
PMB = preço médio das ações nas duas bolsas de valores em que a mento estrangeiro, bem como para o calculo do eventual ganho de capital
ação tiver maior numero de negócios na data do resgate, ou, se não tiver no caso de venda das ações para fontes adquirentes situadas no pais.
havido negociação desses títulos nessa data, a sua cotação media nos 15
(quinze) pregoes imediatamente anteriores, nas mesmas duas bolsas; Art. 15. os dividendos e as bonificações em dinheiro atribuídos aos
investidores residentes, domiciliados ou com sede no exterior, detentores
TC = taxa de cambio de venda da moeda ingressada no pais ou, a de ações abrangidas por programas de ADR/IDR, bem como valores
opaco do investidor, do dólar dos Estados Unidos, divulgada na data do referentes a alienação de direitos de subscrição de ações ou outros direitos
resgate através do sistema de informações banco central (SISBACEN), inerentes as ações, ficam sujeitos ao imposto de renda na fonte a alíquota
transação ptax 800/opaco 5/taxas paracontabilidade; na hipótese de de 15% (quinze por cento).
emprego da cotação media do pmb nos últimos 15 (quinze) pregoes,
adotar-se-á a media das taxas de cambio de venda divulgadas, pelo Parágrafo Único. Em se tratando de investidores residentes, domicili-
mesmo sistema, nos dias que tenham servido de referencia para o estabe- ados ou com sede em países com os quais o Brasil mantenha acordo
lecimento do pmb. destinado a evitar a dupla tributação, a alíquota do imposto de renda ficara
automaticamente alterada, prevalecendo a que for menor.
Parágrafo 2. O pedido de registro do investimento devera estar acom-
panhado de demonstrativo dos cálculos referidos no parágrafo 1 deste CAPITULO V
artigo, elaborado ou certificado por bolsa de valores ou por instituição que DISPOSIÇÕES FINAIS
a integre.
Art. 16. O banco custodiante responde solidária e ilimitadamente pe-
CAPITULO III rante o departamento da receita federal, o Banco Central do Brasil e a
DAS DESPESAS comissão de valores mobiliários no que diz respeito a todas as obrigações
previstas neste regulamento, inclusive aquelas de natureza tributaria.
Art. 11. As empresas brasileiras emitentes de ações que integrem
programas de ADR/IDR poderão ressarcir as despesas efetivamente Art. 17. Aplica-se ao banco custodiante e aos seus administradores
incorridas pelas instituições financeiras estrangeiras envolvidas no pro- responsáveis pelas funções previstas neste regulamento, o disposto no
cesso, desde que usuais no mercado internacional e previamente aprova- capitulo V da lei n. 4.595, de 31.12.64, e no art. 11 da lei n. 6.385, de

Conhecimentos Bancários 100 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
07.12.76, independentemente de outras sanções legais cabíveis. RESOLUÇÃO Nº 436 DE 20 DE JULHO DE 1977.
Art. 18. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o banco custodi- O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de
aste que descumprir este regulamento fica responsável pelo recolhimento dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em
integral dos tributos considerados devidos. sessão realizada nesta data, tendo em vista o disposto no art. 59 da Lei nº
MERCADO DE BALCÃO 4.728, de 14 de julho de 1965 e nas Leis nºs 6.385 de 7 de dezembro de
1976 e 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
Mercado de Balcão é o mercado de títulos sem lugar fixo para o desen-
rolar das negociações. Os negócios são fechados via telefone entre institui- RESOLVEU:
ções financeiras. São negociadas ações de empresas não registradas em I- Consideram-se companhias abertas, para os efeitos das Leis nºs
Bolsa de Valores e outras espécies de títulos. 6.385 de 7 de dezembro de 1976 e 6.404, de 15 de dezembro de 1976, até
AS OPERAÇÕES COM OURO a regulamentação do art. 21 da referida Lei nº 6.385:

OURO a - As registradas no Banco Central, nos termos da Resolução nº


88, de 30 de janeiro de 1968;
As operações com ouro são realizadas junto à BM&F, sendo necessá-
rio para tanto o cadastro dos investidores, e visam atender àquelas pesso- b - as sociedades anônimas cujos valores mobiliários estejam admi-
as, físicas ou jurídicas que desejam segurança para seus investimentos e tidos a negociação em Bolsa de Valores, de acordo com o item XXIV do
liquidez de longo ou médio prazo. regulamento anexo à mencionada Resolução nº 88, desde que, dentro do
prazo de 90 (noventa) dias contados da data desta Resolução, junto ao
Existe uma quantidade mínima para aquisição e movimentação que gi- Banco Central, ao registro nos termos do item I do referido Regulamento.
ra em torno de 250 gramas para mercado SPOT e mútuo e cerca de 10
gramas para mútuo em ouro em conta, sendo referidas quantidades variá- II - Somente poderão ser negociados nos mercados de bolsa e bal-
veis de uma instituição para outra. cão os valores mobiliários emitidos por companhias abertas.

São modalidades de operações do mercado de ouro: III - Considerar-se-ão automaticamente registradas na Comissão de
Valores Mobiliários, independentemente de qualquer formalidade:
· SPOT - são operações de compra e venda realizadas em pregão,
de contratos autorizados pela BM&F para pronta entrega, com liquida- a - De acordo com o inciso I do art. 21 da Lei nº 6.385, de 7 de de-
ção no primeiro dia útil após a operação. zembro de 1976, para negociação de seus valores em Bolsas de Valores,
as companhias que estejam registradas no Banco Central nos termos da
· MÚTUO: são operações de “aluguel”por parte do proprietário de citada Resolução nº 88 e que tenham seus valores mobiliários admitidos a
uma posição de ouro físico junto a uma Corretora, por um período de- negociação em Bolsa de Valores;
terminado, cobrando por isso, taxa de juros de acordo com o mercado
b - de acordo com o inciso II do art. 21 da Lei nº 6.385, de 7 de de-
não cobrando taxa de custódia.
zembro de 1976, para negociação de seus valores em mercado de balcão:
· EM CONTA: operações de compra e venda por investidores em 1 - As companhias que, tendo obtido registro no Banco Central, nos
quantidades mínimas de 10 gramas e seus múltiplos, com procedimen- termos do item XII da Resolução nº 88, de 30 de janeiro de 1968, para
to contábil de movimentação financeira com liquidação no primeiro dia emissão de valores a serem distribuídos no mercado, não tenham seus
útil após a operação. valores mobiliários admitidos a negociação em Bolsa de Valores;
Ainda existem outras operações no mercado de ouro tais como as rea- 2 - As companhias que cancelaram o registro para negociação, em
lizadas em , opções, a termo, etc. Bolsa, de valores mobiliários de sua emissão.
COMPANHIAS ABERTAS E FECHADAS IV - Os valores mobiliários emitidos por companhias registradas em
As Companhias fechadas deverão sempre ter valor nominal. As aber- Bolsa de Valores somente poderão ser negociados no mercado de balcão
tas não, o mercado é quem vai dizer quanto elas valem. quando resultantes da emissão realizada nos termos do art. 19 da Lei nº
6.385, de 7 de dezembro de 1976, durante o período de distribuição da
A Lei nº 6.404/76 ("Lei de Sociedades por Ações") distingui dois tipos respectiva emissão.
de companhias: (i) as companhias fechadas e (ii) as companhias abertas.
As companhias abertas têm seus valores mobiliários negociados em bolsas V - Até que a Comissão de Valores Mobiliários expeça as normas
de valores ou no mercado de balcão, sendo-lhes permitido captar recursos previstas no parágrafo único do art. 22 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro
junto ao público investidor. de 1976, as companhias abertas estão obrigadas a prestar ao Banco
Central as informações previstas na Resolução nº 88, de 30 de janeiro de
Em razão da possibilidade de captação de recursos junto ao público in- 1968 e no parágrafo 4º do art. 157 da Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de
vestidor, as companhias abertas submetem-se a uma série de obrigações 1976.
específicas, impostas por lei e dispositivos regulamentares, expedidos,
principalmente, pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM (autarquia VI - A Comissão de Valores Mobiliários expedirá normas regulando
federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pela Lei nº 6.385, de as condições que deverão ser satisfeitas pelas companhias abertas para
07/12/1986, tendo por objetivo a normatização, a regulamentação, o de- que elas possam cancelar os registros de que trata o art. 21 da Lei nº
senvolvimento, o controle e a fiscalização do mercado de valores mobiliá- 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
rios no Brasil), cuja finalidade precípua é a proteção do investidor. VII - No exercício financeiro de 1978, ano-base 1977, somente terão
Assim, enquanto as companhias fechadas têm grande liberdade para direito às vantagens fiscais asseguradas na legislação do Imposto de
estabelecerem suas regras de funcionamento da forma que melhor atenda Renda as companhias abertas que possuíam, em 1º de janeiro de 1977,
aos interesses de seus acionistas, as companhias abertas sofrem determi- certificado de sociedade de capital aberto em vigor, expedido pelo Banco
nadas restrições, gozando de menor flexibilidade para a elaboração de Central, nos termos da Resolução nº 106, de 11 de dezembro de 1968, ou
regras próprias de funcionamento no estatuto social. que tenham obtido esse certificado entre aquela data e 31 de dezembro de
1977.
As companhias abertas devem, além de respeitar os preceitos da Lei
das Sociedades por Ações, obter os registros necessários para negociação VIII - Perderão as vantagens fiscais as companhias abertas que tive-
de seus valores mobiliários em Bolsa de Valores ou no Mercado de Balcão. rem cancelada sua admissão a negociação em Bolsa de Valores.

Vale notar ainda, que apenas as companhias abertas poderão emitir IX - Até 31 de dezembro de 1977, fixar-se-ão as condições segundo
recibos de depósitos (DR's), isto é, certificados representativos de suas as quais as companhias abertas serão consideradas sociedades anônimas
ações, para negociação no mercado externo, possibilitando a captação de de capital aberto, para efeito da legislação do Imposto de Renda, a partir do
recursos de investidores estrangeiros. exercício financeiro de 1979.

Conhecimentos Bancários 101 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Brasília, 20 de julho de 1977. · Quota é uma restrição na quantidade de um produto que pode ser
UNDERWRITING importado.

Underwriting é a nome dado para designar o esquema de lançamento · Reservas cambiais são depósitos em moedas estrangeiras de
de ações mediante subscrição pública, para o qual uma empresa encarrega posse do governo ou Banco Central.
uma instituição financeira que será responsável pela sua colocação no OPERAÇÕES DE CÂMBIO
mercado. Seu lançamento pode ocorrer através da emissão de debêntures
conversíveis, distribuição de ações já existentes ou através da emissão de O câmbio, no seu conceito mercantil, como já estudamos, consiste na
novas ações e vis proporcionar a abertura do capital de empresas públicas operação de troca de moeda. Caso a moeda fosse universal, única em
ou privada que desejam captar recursos visando o seu crescimento. todas as regiões do mundo, não haveria necessidade de efetuar operações
de câmbio.
MERCADO DE CÂMBIO:
Entretanto, como sabemos, a moeda única não constitui realidade, e o
ESTRUTURA que temos é um pluralismo de moedas em que se situam aquelas conheci-
Para fazer pagamentos internacionais, é preciso converter uma moeda das como moedas arbitráveis - isto é, livremente convertidas em outras - e
em outra. Quer a transação envolva a compra ou a venda de mercadorias, moedas não arbitráveis - aquelas que não tem curso livre, internacional.
turismo ou movimentos de capital para fins de investimento ou arbitragem Quando se trata de transações comerciais e financeira, entre países de
de juros, sempre há necessidade de trocar uma moeda por outra. Esta moeda não conversível, entre si ou com outros de moeda conversível, a
demanda é atendida pelo mercado de câmbio, que é dominado pelos operação se processa através de débitos reembolsáveis ou créditos a
bancos comerciais. Embora este mercado seja um mercado de troca de serem liquidados junto a banqueiros de países de moeda conversível.
dinheiro, não há um mercado central como o que existe para ações e
obrigações na Bolsa de Valores de New York ou para grãos no Chicago Pela operação de compra, a instituição adquire moeda estrangeira em
Board of Trade. O mercado de câmbio é um mecanismo e não um local. Ele espécie ou crédito existente no exterior, entregando em contrapartida o
é bastante informal e não tem horário fixo. Nos Estados Unidos ele é com- equivalente em moeda nacional.
posto por aproximadamente 25 bancos e alguns corretores de câmbio. Fora Na operação de venda de câmbio, o banco faz a entrega em espécie,
do Estados Unidos, os principais participantes são os bancos centrais dos de moeda ou efetua pagamentos no exterior por conta de um cliente no
vários países e os grandes bancos comerciais. O comércio é feito por país, recebendo em contrapartida, o equivalente em moeda nacional.
telefone ou telex. O mercado de câmbio não tem regras por escrito; sua
atividade é conduzida de acordo com os princípios e um código de ética Há duas espécies fundamentais de operações de câmbio: o manual e o
que evoluíram ao longo do tempo. A principal estrutura do mercado é um escritural.
sistema de comunicação direta entre os participantes.
Operação de câmbio manual é a que consiste na troca imediata da
CONCEITOS moeda nacional por estrangeira. Esse tipo de operação atende geralmente
às necessidades das pessoas que se deslocam para o estrangeiro, as
Mercado de câmbio é um mercado no qual uma moeda nacional de um quais, em troca da moeda de seu país, recebem bilhetes de banco ou
país (por exemplo, o real) é trocada por moeda nacional de outro país (por cheques de viagem em moeda alienígena. Trata-se como se percebe, de
exemplo), guardando as devidas proporções de acordo com as cotações operação de menor vulto, atendendo às necessidades de turismo ou de
do câmbio na oportunidade em que as moedas são trocadas. negócio.
Muitos bancos de todos os países oferecem serviços de câmbio, mas As operações de câmbio mais numerosas, e envolvendo importâncias
apenas alguns criam e mantêm um mercado - assumem posição ou man- maiores, são as escriturais, destinadas à exportação e à importação, e que
têm um estoque de moedas estrangeiras. Estes bancos são realmente o se perfazem por lançamentos contábeis: “...os bancos negociam haveres
centro ou o alicerce do mercado de câmbio. em conta, isto é , vendem a seus clientes nacionais somas descontadas
Para oferecer a seus clientes serviços de câmbio, alguns bancos ame- sobre seus haveres no estrangeiro e recebem, em contrapartida francos.
ricanos precisam ter estoques de moedas estrangeiras na forma de depósi- Em sentido contrário, quando se trata de “repatriar divisas” (em seguida a
tos nos bancos estrangeiros. Estes depósitos ou estoques são mantidos uma exportação, por exemplo), a conta do banqueiro francês mantida no
com a compra e venda de saldo tanto de bancos estrangeiros quanto de estrangeiro, recebe o equivalente em francos “ (Rodière e Riges-Lange).
bancos domésticos, pessoas físicas e empresas. Os estoques também Portanto, o banco vende ao interessado, do pais, somas tiradas de
podem ser aumentados com a compra e venda de letras de câmbio, che- seus haveres no estrangeiro, recebendo moeda nacional, nos casos de
ques de viagem, cupons de obrigações, garantias de dividendos e outros importação. Ou compra a moeda, estrangeira, pagando ao vendedor em
ativos em moeda estrangeira. O valor do estoque e a variedade de moedas moeda nacional, quando se trata de exportação.
dependem da atividade que um banco tem em uma determinada moeda.
Obviamente, a porcentagem maior do estoque irá para aquelas moedas Se as operações de câmbio manual se aperfeiçoam instantaneamente,
que apresentarem maior demanda. Em outras palavras, o estoque contém ou seja, a vista, as escriturais, praticadas pelos importadores e exportado-
moedas dos países com os quais temos comércio, em que investimos para res, são geralmente a termo, nas quais o curso do câmbio é determinado
onde viajamos. no dia em que a ordem é dada, mas a realização material permanece em
suspenso: a entrega das divisas e seu pagamento são reportados a uma
A troca de moedas dá-se conforme o “curso do câmbio”, que exprime o data ulterior determinada. No caso de inadimplemento do contrato de
valor de uma moeda em relação à outra. Num sistema de livre mercado e câmbio por parte do exportador, que conseguiu o adiantamento do banco, o
sendo a moeda equiparável à mercadoria, a fixação do “curso do câmbio” instrumento, devidamente protestado servirá para a propositura da execu-
deveria dar-se pela lei da oferta e da procura. Entretanto, a relevância ção contra aquele, desde que as importâncias correspondentes estejam
desse tipo de operação levou não só à sua oficialização pelos órgãos averbadas no contrato, com anuência do devedor.
governamentais, como também a que ficasse a eles reservada a função de
fixar o “curso do câmbio”. Entretanto, nos chamados países de “moeda De seu lado, o banco incorre em responsabilidade se não se houver
fraca”, isto é, em que o valor das importações supera o das exportações com a devida exação, pois o câmbio é também um serviço que o banco
viceja o mercado livre, ou paralelo, onde, na realidade, o “curso do câmbio” fornece a seu cliente; na medida em que ele aceitou fornecer esse serviço,
é estabelecido pela lei da oferta e da procura. o banco assume uma obrigação de prudência e de diligência: assim, um
banco deve reparar o prejuízo resultante para seu cliente, do fato da dife-
· Taxa de câmbio é o preço de uma moeda nacional com relação a rença de suas taxas de câmbio quando ele não executou prontamente a
outra moeda. ordem recebida.
· Tarifa é um imposto sobre bens importados, e pode ser aplicada Controle de câmbio - as operações de câmbio encontram-se, atualmen-
sob a forma de uma tarifa específica ou de uma tarifa “ad valorem”. te, sob controle oficial, cumprindo ao Banco Central do Brasil não só autori-
zá-las, como também fixar as respectivas taxas. O fenômeno da regula-

Conhecimentos Bancários 102 A Opção Certa Para a Sua Realização


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mentação é de âmbito universal, variando seu rigor de país a país. Com ele relação ao último dia previsto para tal fim no presente contrato, antecipa-
se objetiva preservar o valor da moeda nacional, não só pelo estabeleci- ção na entrega dos documentos, o prazo para a liquidação do câmbio
mento do “curso do câmbio”, como também zelando pelo equilíbrio no pertinente a tais documentos ficará automaticamente reduzido de tantos
balanço de pagamento. Por isso é que se diz que a regulamentação do dias quantos forem os da mencionada antecipação e, em consequência,
câmbio não preenche seu papel, se não comportar o controle de todas as considerar-se-á correspondentemente alterada a data ate a qual deverá
relações econômicas e financeiras com o estrangeiro. Para poder efetuar ser liquidado o câmbio, tudo independentemente de aviso ou formalidade
um tal controle , o Estado se arroga o monopólio das operações de câm- de qualquer espécie.
bio. A regulamentação do câmbio exerce uma ação profunda sobre a
economia do país: as trocas de moeda são, essencialmente, motivadas O não cumprimento pelo vendedor de sua obrigação de entrega, ao
pelas importações e exportações; a regulamentação do câmbio conduz o comprador, dos documentos representativos da exportação no prazo
governo a frear umas e estimular as outras. O turismo, os transportes, os estipulado para tal fim, acarretará, de pleno direito, o vencimento antecipa-
seguros, são igualmente afetados por esta regulamentação. Não se trata do das obrigações decorrentes do presente contrato, independentemente
mais nos textos de controle ou regulamentação do câmbio, mas de contro- de aviso ou notificação de qualquer espécie, para o valor correspondente
le das relações financeiras com o estrangeiro. Nesta ordem de procedimen- aos documentos não entregues".
to têm sido uma constante, nas legislações do mundo inteiro, as restrições c) Na hipótese de remessa direta de documentos pelo exportador,
à importação de divisas, de mercadorias , ou de ambas, desde 1931, em a cláusula 3 prevista na alínea anterior, deverá ser aditada conforme
consequência da grave crise financeira irrompida em 1929. indicado a seguir:
CONTRATO DE CÂMBIO "Clausula 4: Em aditamento à clausula 3 do presente contrato, fica
É o documento formal através do qual o comprador do câmbio e o pactuado que os documentos de exportação poderão ser remetidos pelo
vendedor (banco) contratam uma operação de câmbio, para entrega pronta vendedor, diretamente ao importador no exterior, hipótese em que o ven-
ou futura, permitindo a que tanto comprador como vendedor exerçam seus dedor se obriga a entregar ao comprador,no prazo estipulado na referida
direitos, apoiados nesse documento. cláusula 3, o original do saque, exceto quando dispensada sua emissão por
carta de crédito, além de cópias dos documentos representativos da expor-
Quando se trata do câmbio manual, o contrato tem simples função es- tação e da correspondente carta-remessa ao exterior, a qual deverá conter
tatística já que, operando no “prazo pronto”, a liquidação é imediata . expressa indicação ao importador estrangeiro no sentido de que o respec-
tivo pagamento ou aceite somente poderá ser efetuado através do ban-
Obs.: Em câmbio, diz-se “prazo pronto” o câmbio para entrega à vista queiro do exterior, nos termos das instruções a este transmitidas pelo
ou para liquidação no prazo de dois dias úteis. Nas operações de câmbio comprador."
manual, o banco somente opera no prazo “pronto”.
d) para as alterações contratuais:
A Circular 2.231 do BACEN fornece a definição do Contrato de Câm-
bio: “Define-se contrato de câmbio como o instrumento especial firmado "Clausula 5: A presente alteração subordina-se às normas, condições
entre o vendedor e o comprador de moedas estrangeiras, no qual se e exigências legais e regulamentares aplicáveis à matéria, permanecendo
mencionam as características das operações de câmbio e as condições inalterados os dados constantes do contrato de câmbio descrito acima,
sob as quais se realizam.” exceto no que expressamente modificado pelo presente instrumento de
alteração".
E prossegue a Circular 2231do BACEN: “ 6. O contrato de câmbio de-
verá ter impressão legível e não deverá conter qualquer espécie de rasura e) para as transferências para a posição especial:
ou emenda, ressaltando-se a absoluta importância quanto ao correto
preenchimento dos seus campos e da sua adequada utilização.” "Cláusula 6: Valor transferido para posição especial na forma do dis-
posto no capitulo 5 do regulamento das normas cambiais de exportação,
“10. Exclusivamente quanto aos aspectos relacionados com o acom- divulgado pela circular n. 2.231, de 25.09.92".
panhamento e controle do Banco Central do Brasil sobre as operações de
câmbio, deverá ser observado que: TIPOS DE CONTRATOS DE CÄMBIO E SUAS APLICAÇÕES

a) a assinatura das partes intervenientes no contrato de câmbio O registro de contratação de câmbio serra efetuado com utilização das
constitui requisito indispensável na via destinada a instituição autorizada ou seguintes opções das transações de prefixo PCAM indicadas no item 1
credenciada, negociadora do cambio; deste titulo:

b) deve ser mantida em arquivo uma via original dos contratos de Contratação:
câmbio, bem como dos demais documentos vinculados à operação, pelo a) exportação - tipo 01 destinado à contratação de câmbio de exportação
prazo de 5 (cinco) anos, contados do término do exercício em que ocorra a de mercadorias ou de serviços.
liquidação, cancelamento ou baixa, ressalvadas as operações cuja docu-
mentação deva ser mantida em arquivo por prazo e na forma expressa- b) importação - tipo 02 destinado à contratação de câmbio de importação
mente prevista em normativos específicos ou que venham a ser determi- de mercadorias, não amparadas em certificados de registro do Banco
nadas pelo Banco Central do Brasil.” Central do Brasil.

“13. Constarão obrigatoriamente do contrato de cambio, conforme o c) transferências financeiras do/para o exterior
caso, as seguintes cláusulas: - compras - tipo 03
a) para todas as contratações: - vendas - tipo 04 destinados à contratação de câmbio referente a
"Cláusula 1: O presente contrato subordina-se as normas, condições operações de natureza financeira, importações financiadas amparadas
e exigências legais e regulamentares aplicáveis à matéria". em certificados de registro do Banco Central do Brasil, simbólicas e as
de câmbio manual, previstas no mercado de câmbio de taxas livres.
"Cláusula 2: O(s) registro(s) de exportação / importação constante(s)
no SISCOMEX, quando vinculado(s) à presente operação, passa(m) a d) operações de câmbio entre instituições, entre departamentos e de
constituir parte integrante do contrato de câmbio que ora se celebra." arbitragens

b) Na formalização das operações de câmbio de exportação: - compras - tipo 05

"Cláusula 3: o vendedor obriga-se, de forma irrevogável e irretratável, - vendas - tipo 06


a entregar ao comprador os documentos referentes a exportação até a Restrita a contratação de câmbio:
data estipulada para este fim no presente contrato e, respeitada esta, no
prazo máximo de 15 dias corridos contados da data do embarque da - entre bancos;
mercadoria, ainda que se trate de embarques parciais.Ocorrendo, em
- entre operadores credenciados a operar no mercado de câmbio de

Conhecimentos Bancários 103 A Opção Certa Para a Sua Realização


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taxas flutuantes; cos, através de depósitos. Assim, buscam-nos de outras maneiras, tais
como:
- entre bancos e operadores credenciados a operar em câmbio no pais;
- Debêntures - são títulos de longo prazo, emitidos pelas arren-
- entre departamentos de um mesmo banco no pais;
dadoras e colocados no mercado através de bancos ou de cor-
- de operações de arbitragens no pais e com banqueiros no exterior. retoras nacionais ou internacionais. É a forma mais usual de
e) alteração de contrato de câmbio funding das empresas de leasing.
- compras - tipo 07 - Empréstimos obtidos no Brasil ou no exterior.

- vendas - tipo 08 - Cessão de direitos - as contraprestações podem ser negociadas com


bancos ou financeiras que adiantam os recursos às arrendadoras me-
f) cancelamento de contrato de câmbio diante uma taxa de desconto.
- compras - tipo 09 - Repasses governamentais - como já vimos, a Finame, empresa do
sistema B.N.D.E.S., também financia operações de leasing.
- vendas - tipo 10
- C.D.I. - Certificado de Depósito Interfinanceiro - assim como outras
SISCOMEX
instituições financeiras, as empresas de leasing também os utilizam.
O SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior, gerencia to-
TIPOS DE LEASING
das as operações referentes à Importação e Exportação. No ambiente de
importação (perfil importador) o SISCOMEX controla a emissão da Declara- Leasing operacional - é aquele geralmente praticado pelas próprias fa-
ção de Importação (DI) e a solicitação dos Licenciamentos de Importação bricantes do bem. Sendo realmente um aluguel, dispensa a intermediação
(LI). No ambiente de exportação (perfil exportador) controla a emissão do de una instituição financeira, tendo ainda as seguintes características:
Registro de Exportação (RE) e da Solicitação de Despacho (SD). As infor-
mações da Declaração de Importação são inseridas no sistema pelo próprio - geralmente o bem arrendado é equipamento de rápida obsolescência;
importador ou por seu representante legal devidamente credenciado pelos - pode haver ou não opção de compra no final do contrato;
Órgãos Gestores. Os dados coletados são processados pelos computado-
res servidores do sistema na Rede Serpro de Teleprocessamento. Efetiva- - o prazo dos contratos é mais curto;
do o registro da DI, será emitido o extrato da Declaração de Importação,
- a manutenção do bem é feita pela arrendadora, que também fornece
que deverá ser entregue à Aduana, juntamente com os demais documentos
assistência técnica;
necessários para instrução do despacho. Concluído o desembaraço, a
Receita Federal registrará as informações no Sistema, possibilitando a - o arrendatário pode rescindir o contrato mediante condições predeter-
emissão do Comprovante de Importação (C.I.) e a liberação das mercadori- minadas.
as.
Leasing financeiro - é o mais comum entre nós, realizados pelos ban-
AS OPERAÇÕES DE LEASING cos múltiplos ou empresas de arrendamento, sendo, na verdade uma
operação de financiamento. Neste caso, a arrendatária escolhe o bem e o
Leasing (do inglês "to lease") significa alugar. No Brasil, fornecedor, cabendo à arrendadora adquiri-lo e entregá-lo em condições de
também é conhecido como arrendamento mercantil. É uma ope- uso. Tem também as seguintes características:
ração contratual pela qual urna empresa (arrendadora), adquire
- apesar de poder optar pela devolução do bem, a arrendatária geral-
ou fabrica determinado bem que cede para uso da arrendatária,
mente compra-o ao final do contrato, pelo valor residual, que é sempre
que pode ser Pessoa Física ou Jurídica, mediante pagamento baixo;
de contraprestações periódicas. No final do contrato, a arrenda-
tária pode renová-lo, devolver o bem à arrendadora ou adquirin- - prazos mais longos, de acordo com a vida útil do bem;
do pelo valor residual. - as despesas de instalação, frete e seguros podem ser incluídas no
HISTÓRICO DAS OPERAÇÕES DE LEASING contrato e pagas pela arrendatária através das contraprestações;
- o contrato não pode ser rescindido unilateralmente;
O leasing já existia no antigo Egito onde terras eram aluga-
das para agricultura. A partir do século XIX, teve grande incre- - apesar de ser considerado um financiamento, a propriedade do bem é
mento nos Estados Unidos com aluguel de navios e outros e- da arrendadora até o final do contrato, quando a arrendatária pode
quipamentos de transporte. Porém, somente após a 2a. Guerra comprá-lo.
mundial, o leasing ganhou espaço naquele país com as primei- Lease-back - se uma empresa necessita de capital de giro e não quer
ras empresas surgindo na década de 50. Graças ao arrenda- endividar-se, pode vender a uma empresa de leasing uma máquina ou
mento mercantil, grandes empresas americanas projetaram-se equipamento de sua propriedade e, imediatamente, alugá-lo. O bem não
mundialmente como a I-B.M. e a Xerox. A técnica do leasing foi sai da empresa, porém sua propriedade passa à arrendadora até o final do
importada pela Europa e espalhou-se pelo mundo. contrato. Na verdade, é um empréstimo com a garantia do bem, com a
vantagem de diminuir o imobilizado da empresa. Também chamado Salele-
No Brasil, as operações de leasing já existiam na década de 50, embo- ase-back.
ra somente em 1974, através da Lei 6099, tivessem suas contraprestações
consideradas como custo ou despesas operacionais da arrendatária. Leasing imobiliário - consiste na compra de um imóvel pela arrendado-
ra que o aluga a uma Pessoa Física ou Jurídica. Pode ser um terreno, um
Em 17.11.75, tendo em vista o caráter financeiro das operações, o prédio, ou mesmo uma fábrica. No caso da arrendatária já possuir o imóvel,
Banco Central, através da Resolução 351, baixou regulamento disciplinan- pode ser feito um lease-back como explicado anteriormente.
do-as. As multinacionais foram as primeiras a operar com leasing, pois já
conheciam esta atividade em seus países de origem. VANTAGENS DO LEASING

Nas décadas de 80 e 90, muitas resoluções do Banco Cen- As vantagens do leasing são tantas que podemos classificá-las em dois
tral disciplinaram ou proibiram certas operações. Recentemen- tipos:
te o B.C. procurou incentivá-las, abrindo-as às Pessoas Físicas. A - vantagens fiscais e contábeis:
"FUNDING” DAS EMPRESAS DE LEASING - deduções das contraprestações, pela arrendatária, para efeito de
imposto de renda;
As empresas de leasing não podem levantar recursos, como os ban-

Conhecimentos Bancários 104 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- eliminação do lucro inflacionário provocado pela correção monetária do os exportadores lidam com compradores que eles conhecem muito bem e
imobilizado, já que no leasing não há imobilização. Com a queda da in- que estão localizados em mercados bastante estabelecidos. Este método
flação e a eliminação da correção monetária pelo governo, esta vanta- também é usado quando as vendas são feitas para agências ou subsidiá-
gem desaparecerá; rias de empresas domésticas no exterior.
- melhora nos índices de endividamento e de imobilização da empresa. Balança comercial
B - vantagens operacionais: Relação entre as exportações e as importações realizadas por um país
ou estado durante um determinado período. Quando as exportações exce-
- os prazos são mais longos para a aquisição de máquinas e equipamen- dem as importações, ocorre superávit da balança comercial. Com o inverso,
tos; o resultado se chama déficit. A balança comercial é um dos itens que
- o financiamento é de 100% do bem, podendo incluir fretes, seguros, compõem o balanço de pagamentos. Muitos fatores influem na balança
instalação, etc. ; comercial. Uma alta de preços, por causa da inflação ou valorização acen-
tuada da taxa de câmbio, provoca queda no volume de exportações. A
- sendo uma operação de aluguel, não exige controle de ativo fixo nem o diminuição da safra de um produto de primeira necessidade eleva as expor-
cálculo de sua depreciação que é feita pela arrendadora; tações dos países que oferecem esse produto.
- alívio do capital de giro da arrendatária pela não imobilização do bem. A importação também é utilizada, muitas vezes, como instrumento de
DESVANTAGENS DO LEASING controle de preços. Se um artigo fica muito caro, o governo autoriza a
importação de similares estrangeiros para aumentar a oferta de produto e
Talvez o termo mais adequado seja inadequações do Leasing: forçar uma baixa de preço.
- se a empresa não tiver qualquer ativo em seu nome poderá Ter dificul- Os países em desenvolvimento, muito endividados nas últimas déca-
dades em obter empréstimos. Os gerentes de bancos ou analistas de das, preocupam-se em produzir superávits na balança comercial para
crédito gostam de emprestar para empresas que têm, pelo menos, al- financiar o crescimento e ao mesmo tempo pagar os juros da dívida exter-
gum ativo fixo para servir como garantia eventual; na. Para obter resultados positivos, esses países precisam exportar grande
quantidade de matérias-primas e reduzir a importação de produtos industri-
- se a empresa não paga imposto de renda, o atrativo da dedução fiscal
alizados.
desaparece.
FINANCIAMENTO À IMPORTRAÇÃO
TENDÊNCIAS ATUAIS
O financiamento de Importação pode ser direto quando ocorre direta-
A atividade de leasing, no Brasil, tende a aumentar pelo incremento na
mente do exportador ao importador brasileiro ou quando o financiamento é
demanda de bens duráveis, principalmente automóveis. Por outro lado,
concedido ao importador por outra instituição e pode ser indireto quando
bancos estrangeiros estão desenvolvendo operações de leasing imobiliário
realizados através de linhas de crédito concedidas por um Banco estrangei-
que promete ser outro filão de mercado, objetivando as Pessoas Físicas, já
ro para um Banco brasileiro.
que todo brasileiro sonha com sua casa própria. A concorrência entre as
Financeiras e as empresas de leasing tende a aumentar, principalmente no O financiamento do comércio exterior também pode ocorrer através da
segmento de automóveis. compra de cambiais sem direito de regresso, resultantes de exportação ou
importação realizadas. Essas cambiais, geralmente são avalizadas por um
FINANCIAMENTOS À EXPORTAÇÃO E À IMPORTAÇÃO
banco e possuem o aceite do importador.
Uma das funções mais importantes executadas pelos bancos ligados à
FINANCIAMENTO À EXPORTAÇÃO
área internacional é o financiamento das exportações e importações e do
comércio entre países estrangeiros. Assim como o comércio doméstico Com relação ao financiamento à exportação de bens e serviços, temos
requer vários métodos de financiamento, há várias maneira de financiar o o PROEX, cujas normas estão estabelecidas na Resolução nº 1844 do
comércio internacional: adiantamento de caixa, conta aberta, cobrança Banco Central do Brasil.
documentária e cartas de crédito. De todos esses métodos, o mais impor-
tante é a carta de crédito. RESOLUÇÃO N. 001844
Embora as condições do adiantamento de caixa envolvam poucos ris- ESTABELECE AS NORMAS BÁSICAS RELATIVAS AOS FINANCIA-
cos e sejam altamente vantajosas para os exportadores, elas não são muito MENTOS DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS AO AMPARO DO PRO-
populares como meio de financiar o comércio exterior por causa das muitas GRAMA DE FINANCIAMENTOAS EXPORTAÇÕES (PROEX).
desvantagens apresentadas ao comprador estrangeiro. Este é forçado a ter
uma quantidade considerável de capital de giro vinculada por longos perío- O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9. Da lei n. 4.595, de
dos e à mercê do exportador por causa da possibilidade de entrega de 31.12.64, torna publico que o Conselho Monetário Nacional, em sessão
mercadoria de qualidade inferior, atrasos nas remessas e até mesmo realizada em 31.07.91, tendo em vista o disposto no art. 4., incisos V, XVII
falência. O não pagamento de contas estrangeiras muitas vezes acontece e XXXI, da referida lei e na lei n. 8.187,de 01.06.91,
devido a condições econômicas e políticas instáveis, que são frequentes, e RESOLVEU:
à dificuldade de obter informações adequadas de crédito sobre os clientes
estrangeiros. Assim, o método do adiantamento de caixa é usado basica- Art. 1. As exportações de bens e serviços de origem nacional pode-
mente quando o risco de que o pagamento não seja recebido é bastante rão ser assistidas com recursos do Programa de Financiamento as Expor-
alto. tações (PROEX), de que trata o art. 1. da lei n. 8.187, de 01.06.91, obser-
vadas as disposições desta resolução e das normas baixadas pelo Minis-
As vendas no esquema de conta aberta inverte o risco envolvido no a- tro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento e pelo Banco Central
diantamento de caixa. Assim como este método apresenta certas desvan- do Brasil.
tagens ao comprador estrangeiro, a conta aberta apresenta desvantagens
semelhantes ao exportador. Se o comprador externo demorar a pagar suas Art. 2. A assistência financeira do PROEX consistirá em:
contas, o exportador terá um dreno no eu capital de giro que, em última I- desconto de títulos, no caso de exportação de bens;
análise, afetará adversamente a rotatividade do seu estoque. A principal
obrigação a este método de financiamento é que o exportador não tem II - financiamento, no caso de exportação de serviços.
nenhum instrumento negociável que evidencie a obrigação, o que pode vir
Parágrafo único. Excepcionalmente, poderá ser concedido financia-
a ser muito importante na eventualidade de uma disputa sobre entrega,
mento no caso de exportação de bens, quando destinada a governos
perda ou qualidade do produto. O financiamento com conta aberta tem,
estrangeiros.
porém uma grande vantagem - é muito simples. Ademais, é uma maneira
de evitar as taxas de financiamento e de serviços que são cobradas nos Art. 3. As operações relativas a exportação de bens amparadas pelo
outros acordos de credito. As vendas por conta aberta são usadas quando PROEX observarão as seguintes condições:

Conhecimentos Bancários 105 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
I - objeto da operação: títulos emitidos por exportador brasileiro, re- Parágrafo 1. Nas operações de financiamento serão exigidas, além do
presentativos da exportação dos bens discriminados em portaria do ministro aval do governo do pais importador, outras garantias, a critério do Comitê.
de estado da economia, fazenda e planejamento;
Parágrafo 2. Nas operações de empréstimos, relativos a exportação
II - prazo máximo do empréstimo: variável, de acordo com o esti- de navios e aviões, as garantias serão aquelas previstas no item IX do art.
pulado em Portaria do Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Plane- 3. desta Resolução.
jamento;
Art. 6. O Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento
III - valor do empréstimo: até 85% (oitenta e cinco por cento) do valor regulamentará a execução orçamentária do PROEX e constituirá um
FOB da exportação; Comitê para aprovar as operações do programa, que será operado pelo
Banco do Brasil S. A., agente financeiro da União.
IV - contrapartida: prévia comprovação do ingresso, no país, das di-
visas referentes a parcela não coberta pelo empréstimo; Art. 7. Os bancos autorizados a operar em câmbio, o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Especial de
V - taxa mínima de juros: as taxas a seguir relacionadas serão fixas Financiamento Industrial (FINAME) poderão conceder, com recursos pró-
para todo o período do financiamento e aplicadas segundo a categoria do prios, empréstimos para as exportações de bens e serviços brasileiros,
pais importador, conforme lista a ser divulgada em Portaria do Ministro de observado o disposto no art. 3. desta Resolução e nas normas do Banco
Estado da Economia, Fazenda e Planejamento, cabendo ao Banco Central Central do Brasil.
do Brasil revisa-las, periodicamente, adequando-as aquelas praticadas no
mercado internacional, nas operações da espécie: Parágrafo único. As disposições deste artigo também se aplicam
às exportações para pagamento a prazo, ainda que assistidas com recur-
a - países enquadrados na categoria I - 8,5% a. a. (oito e meio por sos de outras fontes.
cento ao ano);
Art. 8. O Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento e
b - países enquadrados na categoria II - 8,0% a. a. (oito por cento o Banco Central do Brasil expedirão as instruções necessárias ao cumpri-
ao ano). mento desta Resolução.
VI - juros de mora: 1 (um) ponto percentual acima da taxa contratual; Art. 9. Terão prosseguimento, no âmbito do PROEX, os financia-
VII - moeda de pagamento da exportação: dólar dos Estados Unidos mentos anteriormente autorizados ao amparo da Resolução n. 68, de
ou outra moeda aceita internacionalmente, a critério do Banco Central do 14.05.71, do Conselho Nacional de Comércio Exterior (CONCEX), obser-
Brasil; vadas as condições originalmente pactuadas.
VIII - índice de nacionalização: Art. 10. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
a - bens com índice de nacionalização igual ou superior a 80% (oi- OS TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO
tenta por cento): o empréstimo corresponderá a 100% (cem por cento) da
Os Títulos de capitalização tem por objetivo a capitalização dos prê-
parcela financiável;
mios recebidos dos investidores a fim de constituir, no final do prazo fixado
b - bens com índice de nacionalização inferior a 80% (oitenta por no título, um capital garantido.
cento): o empréstimo corresponderá a percentual igual ao índice de
Podem ser à vista ou à prazo e sua vigência, no caso de ambos, co-
nacionalização, acrescido de 20 (vinte) pontos percentuais aplicados
meça no 1º dia posterior ao da compra (após a aceitação da proposta de
sobre a parcela financiável.
aquisição).
IX - garantias: aval ou fiança concedidos por estabelecimento de
No caso dos títulos à prazo, suas mensalidades vencerão sempre no 1º
crédito ou financeiro no exterior, aprovados pelo Banco do Brasil S. A., ou
dia útil de cada mês. A mora ou inadimplência da mensalidade (não paga
garantia de liquidação automática, nos casos de operações cursadas ao
até 30 dias do vencimento) acarreta a suspensão do título, perdendo o
amparo dos convênios de créditos recíprocos (CCR) da Associação Lati-
direito de concorrer aos sorteios. Mas o subscritor não fica desobrigado do
no-americana de Integração (ALADI),vedada a dispensa de direito de
pagamento das demais mensalidades, para tanto, deve dirigir-se a um
regresso para o risco comercial;
representante da instituição para o cumprimento das formalidades.
X- amortização:
Também pode ocorrer a caducidade do título, depois de decorrido o
a - em parcelas iguais e consecutivas, vencíveis trimestral ou se- prazo de três meses para a reabilitação deste, estando ao subscritor so-
mestralmente, a partir da data do embarque, de acordo com o regime de mente, após o prazo de carência, o resgate do valor assumido pela provi-
amortização; são matemática do título mais atualização monetária.
b - no caso de bens com elevada complexidade tecnológica e com- A reabilitação dos títulos suspensos ocorre com o pagamento da parce-
provada necessidade de prazo adicional para transporte, montagem, las vencidas até três meses.
testes e posta em marcha, poderá, a critério do Comitê previsto no art. 6.
No caso de ter ocorrido a caducidade, estes títulos podem ser reabilita-
desta Resolução, ser concedida carência para pagamento do principal,
dos até o final do prazo de carência com a retomada dos pagamentos das
devendo os juros ser liquidados, conforme o caso, por trimestre ou semes-
mensalidades e prorrogação dos prazos de pagamento e capitalização no
tre vencido.
mesmo número de meses que permaneceu em atraso.
Parágrafo 1. As taxas de juros indicadas nas alíneas do item V,
No término do prazo previsto para o pagamento do título e estando es-
deste artigo, referem-se a operações em dólares dos Estados Unidos.
te em vigor, cessa o pagamento das mensalidades considerando-se este
Parágrafo 2. Nas operações em moedas distintas daquela referida no remido.
parágrafo anterior as taxas de juros serão devidamente compatibilizadas.
Depois de vencido o prazo de carência o subscritor poderá solicitar o
Art. 4. É vedada a destinação de recursos do PROEX para o paga- recebimento do valor do resgate, equivalente ao saldo da provisão matemá-
mento de comissões eventualmente devidas a agentes ou representantes tica, apurado na data de solicitação do resgate.
comerciais, bem como para o estabelecimento de linhas de crédito rotati-
A aquisição de títulos de capitalização (subscrição) é feita através da
vas para entidades estrangeiras publicas ou privadas.
proposta de aquisição, devendo o proponente definir o valor do título , a
Art. 5. Serão definidas, caso a caso, pelo Comitê previsto no art. 6. forma de pagamento e no caso de pagamento à prazo, o prazo do paga-
desta Resolução, as concessões dos financiamentos destinados as expor- mento. Ainda deve indicar beneficiário no caso de seu falecimento.
tações de serviços e aos empréstimos relativos à exportação de navios e
Os títulos da capitalização são nominativos, mas podem ser cedidos a
aviões.
terceiros, respeitando-se as formalidades legais.

Conhecimentos Bancários 106 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os subscritores de títulos à vista concorrerão aos sorteios semanal- prejuízo resultante de riscos futuros, previstos no contrato (art. 1.432 do
mente. Os subscritores de títulos à prazo, que estiverem com suas mensa- Código Civil). É um contrato formal pois exige-se que seja escrito.
lidades quitadas até a data do sorteio, também terão direito de concorrer a
este semanalmente. O seguro pode ser firmado por um único documento subscrito por am-
bas as partes. Pode dar-se também através da emissão de um simples
Os valores serão atualizados monetariamente, tendo por índice a TR e bilhete de seguro, como ocorre no seguro obrigatório de veículos. Mas, na
a atualização das mensalidades será feita com base no IGP-M forma mais comum, o segurado assina isoladamente uma proposta de
seguro, recebendo em troca a apólice, que completa o contrato.
O subscritor do título, que esteja em vigor em 31 de dezembro de cada
exercício social, tem direito de receber uma participação nos resultados da · Segurador é o que assume o risco.
Sociedade, apurados no balanço anual. Esta participação atinge os títulos
que completarem o 2º aniversário de vigência e nos próximos, contados da · Segurado é o que transfere o risco para o segurador.
data em que entrar em vigor.
· Risco é a exposição de pessoa, coisa ou interesse a dano futuro
Capital nominal é o valor que o título atinge no final do prazo de capita- e imprevisível. Prêmio é o pagamento que o segurado faz à segurado-
lização de 10 anos, correspondente ao valor assumido pela provisão ma- ra.
temática no mesmo prazo final de capitalização e equivalente a 100% do
valor pago, atualizado monetariamente. · Indenização é a prestação da seguradora ao beneficiário em caso
de sinistro.
Crédito Direto ao Consumidor
· Sinistro é a ocorrência efetiva do dano.
O Crédito Direto ao Consumidor é uma linha de empréstimo que está
diretamente ligada à compra de bens. É a linha que se encontra em lojas, · Estipulante é que, num seguro de vida, institui um terceiro benefi-
na compra de eletrodomésticos, roupas ou mesmo automóveis. O crédito ciário.
pode ser prefixado, quando já se conhece o valor de todas as prestações
no ato da compra, ou pós-fixado, quando o valor das prestações vai sendo · Beneficiário é o que foi nomeado para receber a indenização.
calculado no vencimento das mesmas. O segurador tem ação regressiva contra o causador do dano, pelo que
Os prazos de financiamento são os mais variados. Dependem das efetivamente pagou, até o limite previsto no contrato de seguro.
condições da economia, do tipo de bem financiado e do fôlego do compra- Há vários tipos de seguros aos quais estamos familiarizados tais como
dor. Bens mais caros costumam ter financiamentos por prazos mais longos. o seguro de vida, o seguro de veículos, o seguro residencial, seguro-
Em períodos de instabilidade econômica, os prazos ficam mais curtos. E saúde.
vice-versa, quando há maior estabilidade.
SISTEMA BNDES
No CDC, um dos maiores cuidados que o comprador deve ter é com as
taxas de juros. Algumas são realmente muito abusivas. Às vezes o custo do O Sistema BNDES formado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
juro nem fica claro para o cliente. O Código de Defesa do Consumidor exige Econômico e Social — BNDES e suas subsidiárias Agência Especial de
que a loja informe exatamente o juro que está sendo cobrado do cliente, Financiamento Industrial-FINAME e BNDES Participações S/A-BNDESPAR
mas nem sempre esta disposição é respeitada. Se for financiar, veja se a tem como objetivo prestar colaboração financeira às empresas sediadas no
taxa de juro cobrada é razoável. Não basta que a prestação caiba no orça- País cujos projetos sejam considerados prioritários no âmbito das “Políticas
mento. Operacionais do Sistema BNDES”, que estabelecem as linhas gerais de
ação e os critérios para atuação do sistema.
Muitas lojas oferecem também a alternativa de financiar a compra com
o cheque pré-datado. Neste caso, é o lojista que assume o risco do crédito O Sistema BNDES opera direta ou indiretamente, neste caso através
junto ao cliente. Muitos clientes preferem o cheque pré-datado para não ter da rede de Agentes Financeiro públicos e privados credenciados, que
que enfrentar o cadastro junto à instituição financeira, e porque é mais fácil compreende os Bancos de Desenvolvimento, Bancos de Investimento,
de negociar condições fora de padrão. Bancos Comerciais, Financeiras e Bancos Múltiplos.
SEGUROS, PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA As solicitações de financiamento ao BNDES devem ser iniciadas com
uma consulta prévia na qual são especificadas as características básicas
A previdência privada é uma forma de poupança de longo prazo para
da empresa solicitante e do seu empreendimento, necessários ao enqua-
evitar que a pessoa na aposentadoria sofra uma redução muito grande de
dramento da operação nas Políticas Operacionais do Sistema BNDES. Esta
sua renda. Qualquer pessoa que receba mais do que o teto de benefício da
consulta prévia deve ser encaminhada diretamente ou por intermédio de
Previdência Social (INSS) deve se preocupar em formar uma poupança,
um dos agentes financeiros à Carteira Operacional de Enquadramento da
seja através da previdência privada ou de recursos administrados por sua
Área de Crédito do Sistema BNDESAC/CEREN
própria conta.
Políticas Operacionais
Tecnicamente falando, o processo de poupança consiste de duas fa-
ses. Na primeira, o poupador acumula um capital. Durante todo esse pro- a) Introdução
cesso, este capital receberá rendimentos. Na segunda fase, que coincide
com a aposentadoria para a maioria das pessoas - mas não necessaria- O Sistema BNDES apóia nos setores de atividade de Indústria, In-
mente -, é o momento de receber os benefícios. fra- Estrutura, Agropecuária e Comércio e Serviços os projetos que tenham
por objetivos
Regra geral, nesta fase, o poupador não faz novas acumu-
lações, embora continue se beneficiando do rendimento sobre o · Implantação;
capital acumulado. Naturalmente, o valor dos benefícios deve · Expansão;
ter uma relação de proporção com o capital acumulado. Quanto
· Relocalização;
maior o capital, maior o benefício.
· Modernização;
A forma de fazer este cálculo é bastante complexa, mas, de uma forma
simples, é fácil entender que os saques mensais, aqui chamados de bene- · Capacitação tecnológica;
fícios, devem ter uma relação com o capital acumulado. Não é possível
fazer saques expressivos sobre o capital sem correr o risco de o dinheiro · Exportação de máquinas e equipamentos;
poupado acabar muito rápido.
· Melhoria de qualidade e aumento de produtividade;
Considera-se contrato de seguro aquele pelo qual uma das partes se
· Reestruturação e racionalização empresarial;
obriga para com outra, mediante a paga de um prêmio, a indenizá-la do

Conhecimentos Bancários 107 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
· Conservação do meio ambiente; BNDES. Operações superiores a R$ 3 milhões poderão ser efetuadas
diretamente pelo BNDES. Os itens financiáveis são predeterminados além
· Conservação de energia; de serem estabelecidas restrições e exclusões aos financiamentos como de
· Gastos com infra-estrutura econômica e social; máquinas e equipamentos novos ou usados, terrenos e benfeitorias.

· Participação de capitais privados nos investimentos em infra-estrutura. BNDES Automático

Os itens de investimento passíveis de apoio financeiro, considerados Atende aos quatro setores de atividade -Indústria, Infra-Estrutura, Co-
para calculo do nível máximo de participação do Sistema BNDES são mércio e Serviços e Agropecuária — financiando o investimento de empre-
determinados e específicos para cada setor de atividade. sas privadas através dos agentes financeiros credenciados no BNDES em
operações de até R$ 3 milhões por empresa/ano. Os itens financiáveis são
b) Produtos predeterminados. Este produto não financia a aquisição de máquinas e
equipamentos (novos ou usados), de terrenos e benfeitorias. Vejamos as
Para cada setor de atividade está disponibilizado um conjunto de pro-
condições de financiamento da Indústria e da Infra-Estrutura.
dutos com valores predeterminados, condições e participações de acordo
com a caracterização jurídica, o porte e a localização regional no País da FINAME Agrícola
empresa demandadora de recursos.
Financia para o setor agrícola a aquisição de máquinas e implementos
· Financiamento à Empresa -FINEM; agrícolas novos, produzidos no País e cadastrados no FINAME. Este
produto é operacionalizado somente através dos agentes financeiros do
· BNDES Automático; FINAME. Podem obter recursos através deste produto, as empresas de
· Financiamento à Marinha Mercante e à Construção Naval; qualquer porte classificadas no setor agrícola, inclusive cooperativas e
pessoas físicas.
· FINAME Agrícola;
FINAME Automático
· FINAME Automático;
Financia, para todos os setores, a aquisição de máquinas e equipa-
· FINAME Especial; mentos novos fabricados no País, cadastrados no FINAME e sem limite de
valor. Este produto é operacionalizado somente através dos agentes finan-
· FINAME Construção Naval; ceiros do FINAME.
· Financiamento à Importação de Máquinas e Equipamentos; FINAME Especial
· Financiamento à Exportação de Máquinas e Equipamentos — FINA- Destina-se ao financiamento, para todos os setores, exceto o de co-
MEX; mércio e serviços, de máquinas e equipamentos integrantes de empreen-
dimentos que necessitem de condições mais adequadas para sua viabiliza-
· Garantia de Subscrição de Valores mobiliários;
ção. Este produto poderá apoiar ainda as empresas fabricantes já negocia-
· Subscrição de Valores Mobiliários; das e empresas sob controle de capital estrangeiro com a utilização de
recursos externos e, com condições especiais.
.. Subscrição Direta na Empresa;
Existe uma linha do FINAME especial para concorrência internacional
.. Condomínio de Capitalização de Empresas de Base Tecnológica — que permite à indústria nacional melhorar as condições de competição com
CONTEC; as estrangeiras nestas licitações. O custo desta linha é fornecido pela
.. Apoio a Companhias Regionais de Capital de Risco — CCR; correção cambial, mais a Libor, mais o spread do BNDES de 5% a.a., mais
o del credere do agente de 2% a.a.. O prazo máximo de amortização é de
· Financiamento ao Acionista — FINAC; 10 anos e a participação do FINAME no financiamento e de 80%. Se o
fabricante do equipamento tiver ISO 9001 e 9002 e sua máquina estiver
· Prestação de Aval e Fiança.
registrada no “Cadastro Tecnológico” do FINAME, as condições de partici-
Para todos estes produtos será necessário a constituição de garantias pação sobem para 88%. Outro beneficio se dá se o fabricante estiver na
nas operações de financiamento. categoria dos que investem mais de 2% de seu faturamento em pesquisa e
desenvolvimento. Tal fato reduz o spread do BNDES para 0,3% a.a.
c) Condições Financeiras Básicas
FINAME Construção Naval
A participação do Sistema BNDES, incidente sobre o valor total do in-
vestimento financiável varia por produto e por setor de atividade, podendo Destina-se ao financiamento da comercialização de embarcações ca-
ser ampliado em até 10% nos casos em que o empreendimento se localize dastradas na FINAME, produzidas por empresas sediadas no País, desti-
em região incentivada, respeitadas as condições específicas de cada setor nadas à utilização pela empresa compradora.
de atividade. Financiamento à Importação de Máquinas e Equipamentos
O custo financeiro dos financiamentos concedidos pelo Sistema BN- Destina-se ao financiamento da importação de máquinas e equipamen-
DES é composto da Taxa de Juros de Longo Prazo — TJLP acrescido de tos, sujeita à disponibilidade de recursos específicos e à aprovação do
um spread pata cada produto, setor de atividade e região que inclui a pedido de financiamento pela instituição credora dos recursos, podendo ser
comissão do agente repassador, quando for o caso. utilizado no apoio a empresas sob controle de capital estrangeiro somente
O Prazo total máximo (carência e amortização) varia com o produto e quando a importação constituir um dos itens de investimento apoiado pelo
será concedido de acordo com a capacidade de pagamento do empreen- sistema BNDES.
dimento, da empresa ou do grupo econômico. O apoio à importação de máquinas e equipamentos somente poderá
Poderão existir, conforme o caso, outros encargos tais como comissão ser concedido através da prestação de garantia, do repasse de linha de
de estudo, de reserva de crédito, de fiscalização ou de expediente. recursos externos e da aplicação do retorno desses recursos.
Financiamento à Empresa — FINEM Aquela operação, cujo valor do financiamento externo seja inferior ao
equivalente a R$ 3.000.000,00, poderá ser operacionalizada de acordo com
Atende aos quatro setores de atividade — Indústria, Infra-Estrutura, o processamento adotado para o BNDES Automático. Neste caso, serão
Comércio e Serviços e Agropecuária — financiando os investimentos em obedecidas as condições operacionais estipuladas para o financiamento à
operações de valor superior a R$ 1 milhão. importação de máquinas e equipamentos e atendidos os limites para apoio
Os financiamentos entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões deverão ser ope- do Sistema BNDES a pleitos de pequeno valor.
racionalizados, preferencialmente, através dos agentes financeiros do As operações destinadas a financiar a importação de máquinas e equi-

Conhecimentos Bancários 108 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pamentos que não sejam associadas a empreendimentos apoiados pelo patrimonial das empresas privadas nacionais e sua inserção no mercado de
Sistema BNDES serão limitadas a R$ 5.000.000,00. capitais, envolvendo:
Financiamento à Exportação de Máquinas e Equipamentos — FINA- · ações — as participações acionárias decorrentes da subscrição de
MEX ações pela BNDESPAR deverão ser, necessariamente, transitória, minoritá-
ria e limitada ao máximo de 1/3 do capital total da empresa apoiada. No
Este produto destina-se ao financiamento, exclusivamente através dos
caso de empresas de base tecnológica, este limite poderá alcançar 40%.
Agentes Financeiros do Sistema BNDES, da exportação de máquinas e
equipamentos novos fabricados no país e cadastrados na FINAME. · debêntures conversíveis em ações — terão taxas de juros, indexa-
dores e prazos de amortização e carência variando de acordo com as
O financiamento através do FINAMEX pode ocorrer para o pré-
características da emissão. O volume subscrito e as cláusulas de conver-
embarque ou pós-embarque das máquinas e equipamentos, podendo ser
são respeitarão, no momento da operação, o limite estabelecido para a
complementares e utilizados simultaneamente para a mesma exportação.
participação acionária da BNDESPAR. bônus — deverão ser utilizados em
O FINAMEX Pré-embarque financia a produção de máquinas e equi- operações que exijam ajustes na participação, de acordo com índice de
pamentos a serem exportados. performance, ou acoplados a debêntures simples, tornando o produto
similar a uma debênture conversível.
O FINAMEX Pós-embarque financia a comercialização no exterior de
máquinas e equipamentos através do refinanciamento ao exportador, · warrants, opções ou demais produtos derivados — quando do
mediante desconto de títulos cambiais ou cessão de direitos de carta de exercício dos direitos implícitos a esses produtos, deverão ser respeitados
crédito. os limites para a participação acionária, estabelecidos nas Políticas Opera-
cionais para o sistema BNDES.
O apoio do FINAMEX Pós-embarque poderá ser realizado através de
duas modalidades: A alienação dos títulos subscritos deverá ocorrer, preferencialmente,
em mercado de capitais, através de block-trades, leilões especiais ou
· operação com países da América Latina membros da Associa- colocação pulverizada em Bolsa de Valores.
ção Latino-Americana de Integração-ALADI ao amparo dos Convênios de
Créditos Recíprocos-CCR com liquidação automática; Subscrição Direta na Empresa. A BNDESPAR poderá subscrever títu-
los e valores mobiliários de empresas de capital aberto, em emissões
· demais operações. privadas ou públicas, ou de empresas fechadas com perspectiva de abertu-
Nas operações com CCR, os agentes da FINAME participam da opera- ra de capital a curto ou médio prazos, em emissões privadas.
ção na qualidade de mandatários, sem assumir o risco, sendo remunerados Condomínio de Capitalização de Empresas de Base Tecnológica—
por uma comissão de administração. CONTEC. O CONTEC tem como finalidade o apoio, através de subscrição
Nas demais operações, os Agentes Financeiros assumem o risco sen- de valores mobiliários, a pequenas e médias empresas de base tecnológi-
do as taxas de desconto e de risco fixadas para cada operação. ca, em fase de implantação, expansão e modernização.

Leasing Finame Por empresa de base tecnológica entende-se aquela que fundamenta
sua atividade produtiva no desenvolvimento de novos produtos ou proces-
· Operações de financiamento feitas sem a intermediação de agentes sos baseados na aplicação sistemática de conhecimentos científicos e
financeiros (exceção no Finame), sendo feita diretamente com as em- tecnológicos e na utilização de técnicas consideradas inovadoras ou pionei-
presas de leasing cadastradas no Finame. ras.
· Repassa até 80% do valor do bem para micro e pequenas empresas e Nas aplicações diretas, o primeiro aporte a cada empresa será limitado
70% se a arrendatária for média ou grande. Nos dois casos, este valor a um máximo de R$ 2.000.000,00 podendo alcançar, em novos aportes, até
pode crescer em até 10% se o fornecedor tiver um certificado ISO 9000 R$ 6.000.000,00.
já que a ideia é estimular a competitividade das empresas através das
qualidades e capacitação tecnológica. Os aportes do CONTEC poderão representar até 100% do investimen-
to, a critério da BNDESPAR, e serão limitados a 40% do capital total da
· A taxa de juros é mais cara do que nas linhas tradicionais, sendo de: empresa apoiada.
TJLP + 9,5% a.a. sendo 3% destinado as empresas de leasing
Apoio a Companhias Regionais de Capital de Risco — CCR
· Os prazos de financiamento ficam entre 24 e 48 meses, no entanto,
As CCR sociedades anônimas, cuja maioria do capital votante está em
as prestações relativas ao pagamento da Finame podem ser quitadas 6
poder de capitais privados, têm como objetivo o apoio a pequenas e médias
meses após a assinatura do contrato.
empresas de capital nacional localizadas no âmbito da região de sua sede.
· A parcela correspondente à quitação do valor aplicado pela leasing A participação do CONTEC será limitada a 30% do capital de cada
está entre 30 e 35% ao ano mais a variação da TR (prática do mercado CCR, podendo ainda chegar a 40% se, no mínimo, 20% de seus investi-
em 12/95). mentos forem realizados em empresas de base tecnológica.
· custo final do contrato é um mix entre o custo do Finame e das em- O apoio às CCR deverá ser limitado a um risco máximo de R$
presas de leasing. 4000.000,00.
· Sua aplicação será restrita a máquinas e equipamentos, não incluindo A aplicação das CCR em cada empresa está limitada a um risco máxi-
micros e veículos. mo de R$ 1.000.000,00 ou 40% do capital total da empresa.
· Por questões legais as arrendadoras estrangeiras não poderão utilizar Os acionistas das CCR deverão se comprometer a integralizar o equi-
recursos ordinários do BNDES. valente a R$ 8.000.000,00 no prazo de 36 meses.
Garantia de Subscrição de Valores Mobiliários Financiamento ao Acionista — FINAC
Este produto tem como objetivo viabilizar, mediante prestação de ga- O FINAC pode ser operado através do BNDES ou da BNDESPAR.
rantia firme, f) operações de subscrição de valores mobiliários.
Quando a operação tiver por objetivo o financiamento ao acionista con-
O volume e as condições da garantia serão estabelecidos em conjunto trolador, visando à subscrição de aumento de capital de empresa privada
com os participantes da operação — Instituições Financeiras e Empresa, nacional de capital fechado, será realizada pelo BNDES e as condições
respeitados os limites da subscrição estabelecidos a seguir: operacionais para este produto serão as mesmas do FINEM.
Subscrição de Valores Mobiliários. Este produto com ênfase nas ope- Quando a operação com acionistas e investidores (novos acionistas)
rações de capital de risco tem por objetivo o fortalecimento da estrutura for realizada através de intermediários financeiros com objetivo de viabilizar

Conhecimentos Bancários 109 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a subscrição, em emissões públicas garantidas pelo BNDES, de ações A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fixar
decorrentes de aumento de capital e debêntures conversíveis, será realiza- as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de
da pela BNDESPAR. Seguros Privados e Capitalização, tendo posteriormente, com o advento da
Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, suas atribuições se estendido à Previ-
A BNDESPAR poderá ainda financiar, complementarmente, em emis- dência Privada, no âmbito das entidades abertas.
sões públicas garantidas pelo BNDES, os intermediários financeiros na
subscrição de ações e debêntures conversíveis para carteira própria. Conforme disposto no Art. 1º da Lei nº 8.392, de 30 de dezembro de
1991, o CNSP teve o prazo da vigência para funcionar como órgão Colegi-
O financiamento à subscrição de debêntures conversíveis em ações ado, prorrogado até a data de promulgação da Lei Complementar de que
somente será concedido se a conversão ocorrer na mesma data da subs- trata o Art. 192 da Constituição Federal.
crição das debêntures.
O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição,
As operações da BNDESPAR, no âmbito do FINAC, terão, necessari- sendo a última através da edição da Lei nº10.190, de 14 de fevereiro de
amente, que contar com a participação do BNDES no undenvriting como 2001, que lhe determinou a atual estrutura.
coordenador ou garantidor.
13. Mercado Primário e Mercado Secundário.

Prestações de Aval e Fiança Mercado primário

Este produto destina-se à prestação de fiança e aval a financiamentos Refere-se a colocação inicial de um título, é aqui que o emissor toma e
internos e externos, bem como garantia bancária em operações de comér- obtém os recursos. Os lançamentos de ações novas no mercado, de forma
cio exterior. ampla e não restrita à subscrição pelos atuais acionistas, chamam-se
lançamentos públicos de ações. É um esquema de lançamento de uma
As condições financeiras para estas operações serão definidas pela emissão de ações para subscrição pública, no qual a empresa encarrega a
análise, levando em consideração o risco da operação. um intermediário financeiro a colocação desses títulos no mercado. Para
Programas Especiais colocação de ações no mercado primário, a empresa contrata os serviços
de instituições especializadas, tais como: bancos de investimento,
Periodicamente, de acordo com as políticas econômicas e sociais do sociedades corretoras e sociedades distribuidoras, que formarão um pool
governo federal, o Sistema BNDES cria programas de atendimento especí- de instituições financeiras para a realização de uma operação, que pode
ficos para determinadas regiões do País ou setores de atividades específi- ser conceituada como sendo um contrato firmado entre a instituição
cas, como por exemplo: financeira líder do lançamento de ações e a sociedade anônima, que
deseja abrir o capital.
Programa Nordeste Competitivo. Com o programa Nordeste Competiti-
vo, o BNDES amplia sua atuação mediante aplicação de recursos adicio- Mercado secundário
nais destinados ao incremento do apoio às atividades para as quais a
região desfruta de vantagens competitivas inquestionáveis, havendo assim Onde ocorre a negociação contínua dos papéis emitidos no passado
grande potencial para os novos empreendimentos, mais empregos e melho- EX: Bolsa de valores e BM&F Para operar no mercado secundário, é
ria da renda. necessário que o investidor se dirija a uma Sociedade corretora membro de
uma bolsa de valores, na qual funcionários especializados poderão fornecer
O Programa Nordeste Competitivo prevê a aplicação de recursos adi- os mais diversos esclarecimentos e orientação na seleção do investimento,
cionais do Sistema BNDES de até R$1.000.000.000,00 nos 3 anos que se de acordo com os objetivos definidos pelo aplicador. Se pretender adquirir
seguem, a partir de 21/05/93, apoiando as atividades de hortifruticultura ações de emissão nova, ou seja, no mercado primário, o investidor deverá
irrigada, turismo, beneficiamento de pedras ornamentais e de gipsita, têxtil procurar um banco, uma corretora ou uma distribuidora de valores
e confecções. Para estes setores são oferecidas condições operacionais — mobiliários, que participem do lançamento das ações pretendidas. Mais
tais como nível de participação, prazos e taxas de juros —mais favoráveis recentemente, tem se popularizado no Brasil o uso do home-broker,
do que as atuais. ferramenta de uso da internet para a operação de compra e venda de
ativos financeiros junto às corretoras que oferecem o serviço.
Programa Amazônia Integrada. Sem prejuízo da continuidade do apoio
tradicional do Sistema BNDES aos empreendimentos localizados na Região Funções
Amazônica, foram selecionadas as atividades de bioindústria, agroindústria,
aquicultura, turismo, indústria de beneficiamento de madeira, mineração e a) Proporcionar liquidez
metalurgia e, construção naval, que terão condições privilegiadas no âmbito b) Estabelecer preço para o mercado primário.
deste programa.
Desta forma, serão destinados recursos adicionais do Sistema BNDES
para o Programa Amazônia Integrada de até R$ 1.000.000.000,00, no PRODUTOS BANCÁRIOS
triênio que segue, a partir de 21/07/94, não considerados, neste montante,
os recursos para financiamento de projetos de infra-estrutura. Falaremos agora da parte ativa dos produtos bancários, que nada mais
seria que o fornecimento de crédito, o que engloba dois grandes tipos de
CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS produtos, os empréstimos e os financiamentos.
A intervenção do Estado nas atividades de seguro remonta há vários Afinal não podemos esquecer que a principal atividade de uma institui-
anos. Pelo Decreto nº 24.782, de 14 de julho de 1934, foi criado o Depar- ção financeira, em seu modelo clássico, é a captação de recursos daqueles
tamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização - DNSPC, em que possuem sobrando para então emprestá-lo aqueles que estão no
substituição à Inspetoria de Seguros, extinta pelo mesmo Decreto. Pelo momento necessitando desse recurso.
Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, foi extinto esse Departa-
mento e criada, em substituição, a Superintendência de Seguros Privados. Tais operações de crédito diferenciam-se pelas garantias, taxas, pra-
Mesmo Decreto-Lei nº 73/66 instituiu o Sistema Nacional de Seguros zos e os limites apresentados, sem falar nos diferenciais que as Instituições
Privados e criou o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP. lançam a todo momento para angariar novos clientes.

Histórico Para entendermos melhor a diferença entre esses dois tipos de crédi-
tos veremos os itens a seguir:
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão normati-
vo das atividades securitícias do país, foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de O empréstimo é um crédito que não tem destinação definida, enquanto
21 de novembro de 1966, diploma que institucionalizou, também, o Sistema que
Nacional de Seguros Privados, do qual o citado Colegiado é o órgão de O financiamento tem sua destinação definida, ou seja, esta sempre vincu-
cúpula. lado a aquisição de um bem ou um serviço.

Conhecimentos Bancários 110 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Vamos elencar algumas espécies de operações de crédito, as quais os Então para o cliente é a loja que está financiando o produto, mas na
bancos oferecem as pessoas físicas e jurídicas, temos então o cheque realidade a Instituição Financeira está por trás do estabelecimento comer-
especial, crédito pessoal, crédito pré-aprovado ao cliente, crédito direto ao cial dando-lhe todo o suporte financeiro, ou seja, a loja financia o cliente e o
consumidor (CDC), o CDC com interveniência, os empréstimos de capital banco financia a loja.
de giro e o financiamento de capital fixo. Falaremos agora rapidamente
sobre cada um deles. Existem algumas operações de crédito que são destinadas especifica-
mente para pessoas jurídicas:
Crédito Pessoal, é o produto dos produtos para as Instituições Finan-
ceiras – Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento, e da cartei- Financiamento de Capital de Giro, é um produto bancário que visa su-
ra de aceite dos bancos múltiplos. Esse tipo de empréstimo é destinado a prir as necessidades de capital de giro, que seriam os recursos para as
pessoas físicas, os prazos variam, e os juros praticados são os mais altos despesas diárias da empresa como por exemplo, salários, fornecedores,
do mercado. Por ser um empréstimo de alto risco de inadimplência, as entre outras. Entre as operações que visam atender a essas necessidades
financeiras são obrigadas a pulverizar a oferta desse produto. do capital de giro podemos destacar algumas tipo, crédito rotativo, anteci-
pação de recebíveis e o hot-money.
Cheque Especial, esse produto é destinado para pessoas físicas e
pessoas jurídicas, possui limite pré-estabelecido, é formalizado através de Crédito Rotativo, esse produto bancário é constituído por um contrato
um contrato, permite saques sem que se tenha provimentos na conta sem de abertura de crédito com garantia em duplicatas ou cheques pré datados,
que para tanto haja necessidade de pré-aviso, possui valores e períodos com seus valores pré determinados, eles possuem os juros e o IOF são
variados. cobrados no final do acordo com a utilização, igual a conta garantida ou
Esse crédito visa atender a necessidades especificas e momentâneas. O cheque especial. Temos que diferenciar o Crédito Rotativo Empresa e o
imposto sobre operações financeiras (IOF) para pessoa física e pessoa cheque especial é que, no caso do crédito rotativo o limite de crédito rotati-
jurídica é financiado ou pago na frente. vo que é concedido é flutuante, ou seja, o valor do crédito vai depender do
volume de títulos caucionados, logo segue essa variação.
O prazo varia de acordo com o funding (“consolidação financeira das
dividas de curto prazo num prazo adequado à maturação de investimento e Antecipação de Recebíveis, nada mais é do que uma operação que a-
sua amortização”), de 01 a 06 meses, e sua taxa é pré ou pós-fixada. A dianta os valores de documentos representativos de direitos creditórios, o
amortização é do principal no final, e os juros calculados diariamente e que quer dizer que os valores que o credor tem a receber do devedor são
debitados no primeiro dia útil do mês subseqüente. antecipados pela instituição financeira. Temos então que quando esses
direitos creditórios estão representados por títulos de crédito essa operação
Crédito Consignado, esses empréstimos são produtos destinados a é chamada também de Desconto de Títulos, são títulos como: Nota Promis-
pessoas físicas, desde que recebam salários, proventos ou benefícios do sória, Duplicatas, Debêntures, Cheques pré-datados, há também um rece-
INSS nos bancos. O pagamento desses empréstimos são feitos mediante bível que não consta de um titulo de crédito, mas que é muito importante no
desconto em folha de pagamento, logo para que o cliente possa se benefi- mercado são as faturas de cartão de crédito.
ciar com esse empréstimo é necessário que o seu empregador faça um
convênio com o banco permitindo esse desconto. Hot Money, esse produto visa dar cobertura aos gaps* de caixa, é de
curtíssimo prazo, possui IOF financiado, os prazos variam de um até vinte e
Temos que observar que essa modalidade de crédito à pessoa física nove dias, também possui taxa pré-fixada linear ao mês com base no DCI,
foi a que mais cresceu no país nos últimos tempos. a amortização do principal e dos encargos dar-se-á ao final. A garantia da
operação é feita por uma Nota Promissória que deve ser avalizada pelos
Crédito Pré-aprovado ao Cliente, esse produto caracteriza-se por um sócios da empresa até o valor do patrimônio de cada um.
limite pré-estabelecido, o cliente pode parcelar o empréstimo ou financia-
mento com taxa pré-fixada. * “Um gap em baixa é formado quando o preço mais alto do dia for infe-
rior ao preço mais baixo do dia anterior. Um gap em alta é habitualmente
O mesmo é estabelecido por um contrato assinado onde o cliente tem um sinal de força do mercado, enquanto um gap em baixa é um sinal de
permissão para utilizar total ou parcialmente sem prévio aviso, tendo so- fraqueza do mercado”.(Glossário Financeiro do IGF)
mente que habilitar o crédito eletronicamente no auto atendimento ou no
Internet Banking, quando o cliente for essa habilitação o próprio sistema irá por ANDRÉIA em 28 DE MARÇO DE 2010
informar o valor ao qual o cliente tem direito, e ainda apresentar as diversas
opções de parcelamento com prazos e valores das prestações, assim como PLANO DE CAPITALIZAÇÃO
a data para tal pagamento, tudo isso é definido na hora da habilitação, de Plano ou Título de Capitalização, é um produto financeiro onde o can-
modo informatizado, as prestações serão debitadas da conta do cliente na tratante/cliente, se predispõe a fazer depósitos mensais durante um deter-
data escolhida. minado tempo ( entre 2 e 15 anos ). Existe período de carência para resga-
Crédito Direto ao Consumidor, esse é um tipo de financiamento dire- te e se for necessário resgatar antes do final do plano, você resgatará uma
cionado a aquisição de bens de consumo duráveis desde que possam ser provisão do valor total depositado e não o total.
alienados fiduciariamente, como por exemplo, veículos, máquinas, equipa- Eles geralmente pagam a rentabilidade de poupança ( TR + 0,5% a.m.
mentos, material de informática e eletrodomésticos. Nesses financiamentos ). Cada plano tem sua forma de sorteio. Junto ao título, são emitidos núme-
os prazos são livres, a taxa pode ser pré ou pós-fixada, o pagamento é feito ros ao qual o cliente concorrerá a prêmios em dinheiro. Os prêmios variam
em parcelas periódicas que na pratica de mercado costuma ser mensal. conforme o valor investido e de banco para banco.
A garantia é a alienação fiduciária do bem financiado, podendo ainda Ótimo produto para quem quer juntar dinheiro mas não tem controle.
ser agregado valores de garantias adicionais. O seguro do bem em questão Os depósitos são mensais e debitados direto em c/c.
é obrigatório pelo prazo de duração da operação, sempre com cláusula
beneficiária a favor do banco. Após o pagamento da última parcela do CONTA CORRENTE
financiamento o bem fica liberado. Conta corrente é o principal produto dos bancos. Através dela, você
CDC Com Interveniência, é um produto destinado às empresas especi- movimenta seus recursos, contrata outros produtos, faz investimentos,
alizadas em mercado varejista, ou seja, lojas que vendem seus produtos adquire empréstimos, etc...
através de financiamentos, então os bancos financiam essas empresas, Ao abrir uma c/c, o banco vai disponibilizar para você um talão de
para que então essas empresas possam financiar seus clientes, podendo cheques e um cartão magnético ( pacote básico para movimentação ).
assim dar mais prazos aos seus consumidores. Tome muito cuidado com estes dois. A perda ou o mau uso destes instru-
A financeira trabalha com a garantia do estabelecimento comercial que mentos, pode causar sérios danos ao seu nome ( CPF ) na praça.
vendeu as mercadorias (sacador) e do cliente comprador, onde a participa- Os bancos são obrigados a mandar para o cliente um extrato mensal
ção na operação ocorre por meio de um contrato de adesão assinado por demonstrativo das movimentações do cliente/correntista. Não deixe nunca
ocasião da compra, isso nesses casos de Interveniência, ainda existe além de conferir o seu.
dessas garantias a alienação fiduciária dos bens negociados.

Conhecimentos Bancários 111 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Nunca deixe o saldo de sua c/c ficar negativo. Isso acarreta juros, Conta Especial de Depósito À Vista nada mais são do que contas des-
taxas e tarifas, além de poder ficar negativado na praça. Caso isso já tenha tinadas à população de baixa renda, este tipo de conta foi regulamentada
ocorrido, veja aqui o que pode ser feito para cada caso. Qualquer dúvi- pela Resolução CMN 3.211/2004, a qual estabelece as condições para
da, fale já com o seu gerente. essas contas em bancos múltiplos com carteira comercial, em bancos
comerciais e na CEF (Caixa Econômica Federal). Tais contas só podem ser
SEGUROS abertas por pessoas físicas e mantidas na modalidade individual, não pode
É um dos produtos mais procurados nos bancos, principalmente o se- ser movimentada por cheque e nem possuir conta corrente em outra institu-
guro de automóvel. Seu conceito é garantir o seu patrimônio de eventuais ição, essas contas não podem exceder o saldo de R$ 1.000,00 (hum mil
problemas reais) em nenhum momento, ou a soma dos depósitos efetuados em cada
mês superior a esse mesmo valor, as contas devem ser movimentadas
CÂMBIO através de cartão magnético ou meio eletrônico que o valha, só admitido
São poucas pessoas que se utilizam dessa facilidade que os bancos em caráter excepcional o uso de cheque avulso ou então de recibo emitido
oferecem. O serviço de câmbio consiste em trocar dinheiro nacional por no ato da solicitação de saque.
dinheiro estrangeiro. Obviamente que, o banco vai tarifar o cliente de Contas Salário, as mesmas foram criadas pela Resolução CMN
acordo com o tipo de serviço. Veja abaixo alguns dos tipos mais co- 3.402/06, essas contas não podem ser movimentadas através de cheques,
muns de operações de câmbio. e os créditos que pode receber só podem ser provenientes de salários,
proventos, soldos, vencimentos, benefícios do INSS (aposentadorias,
Produtos Bancários – (De ordem Passiva) pensões, etc.), porém não podem ser aceitos outros depósitos e quaisquer
por ANDRÉIA em 27 DE MARÇO DE 2010 outros créditos de origem que não sejam relacionadas as já mencionadas.
Observe que desde de primeiro de janeiro de 2.007, as instituições financei-
PRODUTOS BANCÁRIOS ras na realização dos pagamentos de proventos, salários, vencimentos,
O conteúdo programático dos concursos públicos para bancos pede soldos, benefícios do INSS, foram obrigadas a proceder aos respectivos
um item muito importante que possui grande peso nas provas desse tipo créditos em nome dos beneficiários utilizando-se das contas salário, as
de concurso publico. quais só podem ser abertas em nome de pessoas físicas, porém quem
solicita a abertura desse tipo de conta à Instituição Financeira deve ser o
No entanto, devemos entender primeiramente o funcionamento do sis- órgão ou a empresa empregadora.
tema financeiro nacional, para que então possamos entender bem os
produtos bancários, ou produtos financeiros. Aquele que é titular de tal conta possui duas opções, ou seja, pode
movimentar a conta salário apenas com cartão magnético ou então solicitar
Tal funcionamento é um tanto nebuloso para a maioria das pessoas. à Instituição Financeira que faça a transferência dos valores para uma
conta corrente da qual ele seja o titular na mesma instituição ou outra de
É notório que podemos fazer depósitos de dinheiro em contas bancá-
sua preferência.
rias, assim como buscar empréstimos ou financiamentos junto a essas
instituições financeiras, no entanto como os bancos fazem tais emprésti- Caderneta de Poupança, não podemos negar que é a aplicação mais
mos, de onde vêm esses recursos, na realidade tais recursos vem dos conservadora que existe no mercado financeiro. Os valores que são depo-
próprios clientes, quando os mesmos fazem depósitos em suas contas o sitados na mesma, recebem a remuneração baseada na TR (Taxa Refe-
banco usa esse dinheiro para emprestar para outro cliente, ou seja, o rencial) do dia do deposito, acrescida de 0,5% ao mês, creditados no dia do
banco capta dinheiro em suas contas para emprestá-lo. que seria conhecido como dia de “aniversario” da conta, rendendo data a
data, ou em outras palavras, o deposito que é feito em determinado dia do
Trazendo esse fato para o campo da contabilidade podemos elencar as
mês, terá o rendimento no mesmo dia do período subseqüente, não pode-
operações de crédito bancário de operações ativas, afinal essas operações
mos deixar de atentar para o fato que os depósitos feitos nos dias sub29,
geram receitas e também direitos, afinal não podemos esquecer dos juros
30 e 31 serão remunerados como se tivessem sido realizados no dia pri-
que tais empréstimos e financiamentos, logo aparecerá na coluna contábil
meiro do mês subseqüente.
do ativo no balanço do banco, em contrapartida as operações de captação
de recursos nada mais são do que as operações passivas, pois geram uma Tais cadernetas de poupança (pessoas Físicas) possui rentabilidade
obrigação ao banco, que é a de devolver os recursos captados aos corren- mensal e isenção total de imposto de renda, enquanto que as cadernetas
tistas em prazo determinado. de pessoas jurídicas possui rentabilidade trimestral, e sobre os rendimentos
incide o IR.
Observando esses dados vejamos a grosso modo as principais opera-
ções passivas, as ativas veremos em oportunidade própria, sejam eles O CDB/RDB são depósitos a prazo, ou seja, são títulos privados de
comerciais ou múltiplos com carteira comercial, afinal os bancos públicos, captação que as Instituições Financeiras se utilizam para incrementar sua
exceto o BNDES, encontram-se nessa categoria. Tais bancos são caracte- captação, objetivando alavancar sua carteira de empréstimos.
rizados pela captação de depósitos à vista. Para aquele que esta efetuando
o depósito, ou seja, o correntista, não possui nenhuma remuneração a mais CDB (Certificado de Depósito Bancário), é uma aplicação composta de
por ter seu dinheiro utilizado. Títulos de Renda Fixa Nominativos, que seriam títulos emitidos sob a forma
escritural e são representados por Notas de Venda, possui rentabilidade
O objetivo maior de um banco é a intermediação financeira, ou seja, fa- pré ou pós fixada, as taxas de juros serão definidas em virtude dos pra-
zer a ligação entre quem disponibiliza de recurso com aquele que necessita zos e do volume de dinheiro que se irá aplicar, existem hoje várias modali-
dele, e o deposito a vista é a maior fonte de captação desses recursos. dades de CDB que são oferecidas pelas Instituições Financeiras, sendo pré
ou pós fixadas e ainda com ou sem prazo mínimo determinado para a
Para que essa captação financeira seja feita é necessário que haja
aplicação. Tais títulos podem ser negociados e transferidos a um terceiro a
uma conta corrente, para tanto alguns bancos estipulam valores de abertu-
qualquer momento através de um “Termo de Cessão de Direitos”, emitido
ra e saldo médio, afinal existe um custo para se manter uma conta corrente.
entre as partes negociantes do título e registrado na própria Instituição
Alguns itens que os correntistas disponibilizam: recebem depósitos, e- Financeira ou em Cartório.
fetuam saques, emitem cheques sacados no guichê de caixa liquidados via
RDB (Recibo de Deposito Bancário), esta é uma aplicação composta
compensação, emitem TEDs e DOCs, além de movimentar a conta através
de Títulos de Renda Fixa nominativos e intransferíveis, os mesmos são
de cartão magnético, Banking Fone e Internet Banking.
emitidos sob a forma escritural e representados por Notas de Venda.
Contudo não é só pelo depósito à vista que tais recursos são obtidos,
Não obstante, observemos que como opção de investimento, o RDB
existem também outras formas, as quais são muito pedidas em concursos,
proporciona duas formas de rentabilidade, ou seja, pré ou pós fixada, de
que seriam: conta especial de depósitos à vista , a conta salário , caderneta
acordo com a conveniência do aplicador.
de poupança e o CDB/RDB.
Vale ressaltar que tais aplicações prevêem IR (Imposto de Renda) reti-
Falaremos brevemente sobre cada uma delas:
do na Fonte e incidindo sobre o ganho de rendimentos.

Conhecimentos Bancários 112 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A principal diferença entre CDB e RDB é que, enquanto o CDB é nego- (D) Contas do Capital Social
ciável e transferível, o RDB é inegociável e intranferivel. (E) Contas do Ativo
Esses são os produtos bancários de captação de recursos, ou seja, as
operações passivas. 09. As instituições financeiras privadas fazem parte do:
(A) Conselho Monetário Nacional
PROVA SIMULADA (B) Sistema Econômico Nacional
(C) Sistema Financeiro Nacional
01. Quando concorrerem para a abertura de conta ou movimentação de (D) Ministério do Fazenda
recursos sob nome falso, respondem como co-autores por crime de (E) Sistema de Desenvolvimento Econômico
falsidade, o
(A) beneficiário da conta, que irregularmente a abriu. 10. O cheque com a cláusula "ou à sua ordem", denomina-se:
(B) gerente e o administrador. (A) cheque visado
(C) gerente que irregularmente identificou o correntista. (B) cheque nominativo
(D) funcionário que irregularmente identificou o correntista. (C) cheque ao portador
(E) funcionário que irregularmente identificou o correntista, o gerente e o (D) cheque cruzado
administrador. (E) cheque especial

02. A personalidade civil do homem, começa 11. O cheque é:


(A) do nascimento com vida. (A) uma promessa de pagamento a prazo
(B) aos 14 anos. (B) uma ordem de pagamento à vista
(C) aos 16 anos. (C) uma declaração de dívida
(D) aos 21 anos. (D) uma certeza de pagamento
(E) aos 24 anos, quando universitário ou cursando escola de 2° grau. (E) a transferência de valores de um banco para outro

03. Os ausentes, para serem considerados absolutamente incapazes de Nas questões que se seguem, assinale:
exercer pessoalmente os atos da vida civil, devem C – se a proposição estiver correta
(A) encontrar-se em lugar incerto e não sabido. E – se a mesma estiver incorreta
(B) encontrar-se nessa situação por mais de 12 meses. 12. Mercado primário - Refere-se a colocação inicial de um título, é aqui
(C) ser declarados como tais por ato do juiz. que o emissor toma e obtém os recursos. Os lançamentos de ações novas
(D) ser declarados como tais por autoridade policial da jurisdição de seu no mercado, de forma ampla e não restrita à subscrição pelos atuais
domicílio. acionistas, chamam-se lançamentos públicos de ações. É um esquema de
(E) encontrar-se nessa situação por mais de 24 meses. lançamento de uma emissão de ações para subscrição pública, no qual a
empresa encarrega a um intermediário financeiro a colocação desses
04. Quando os estatutos das pessoas jurídicas não o designarem, estas títulos no mercado. Para colocação de ações no mercado primário, a
serão representadas, ativa e passivamente nos atos judiciais e extra- empresa contrata os serviços de instituições especializadas, tais como:
judiciais, pelos seus bancos de investimento, sociedades corretoras e sociedades distribuidoras,
(A) executivos. que formarão um pool de instituições financeiras para a realização de uma
(B) diretores. operação, que pode ser conceituada como sendo um contrato firmado entre
(C) executivos categorizados. a instituição financeira líder do lançamento de ações e a sociedade
(D) administradores comerciais. anônima, que deseja abrir o capital.
(E) gerentes administrativos.
13. Mercado secundário - Onde ocorre a negociação contínua dos papéis
05. Quando os estatutos de uma pessoa jurídica de direito privado não emitidos no passado EX: Bolsa de valores e BM&F Para operar no mercado
elegerem domicilio especial, pelo código civil, será considerado como secundário, é necessário que o investidor se dirija a uma Sociedade
sendo o do local onde funcionarem as respectivas corretora membro de uma bolsa de valores, na qual funcionários
(A) atividades fins. especializados poderão fornecer os mais diversos esclarecimentos e
(B) atividades industriais, se este for seu objeto. orientação na seleção do investimento, de acordo com os objetivos
(C) atividades mercantis, se este for seu objeto. definidos pelo aplicador. Se pretender adquirir ações de emissão nova, ou
(D) diretorias e administrações. seja, no mercado primário, o investidor deverá procurar um banco, uma
(E) atividades de prestação de serviços, se este for seu objeto. corretora ou uma distribuidora de valores mobiliários, que participem do
lançamento das ações pretendidas. Mais recentemente, tem se
06. "Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades popularizado no Brasil o uso do home-broker, ferramenta de uso da internet
da economia nacional e seu processo do desenvolvimento, constitui para a operação de compra e venda de ativos financeiros junto às
política do: corretoras que oferecem o serviço.
(A) Conselho Monetário Nacional
(B) Sistema Financeiro Nacional 14. Os contratos bancários são os instrumentos formais que estabelecem
(C) Banco do Brasil os direitos e obrigações, tanto do banco quanto do cliente. A linguagem
(D) Banco do Estado do S. Paulo empregada pela instituição financeira na comunicação com clientes e
(E) Banco Central usuários deve ser clara e direta. Os clientes e demais usuários não espe-
cializados devem poder entender com facilidade os produtos e serviços
07. Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penali- oferecidos, as condições estabelecidas para eles e as transações realiza-
dades previstas é competência: das. Além disso, o tamanho das letras deve permitir a leitura das cláusulas
(A) do Banco do Brasil . sem nenhuma dificuldade.
(B) do Conselho Monetário Nacional. 15. Os bancos, à exceção de postos de atendimento exclusivamente ele-
(C) do Banco central. trônicos, devem manter guichês de caixa em suas agências nos quais o
(D) da Caixa Econômica Federal usuário pode ser atendido de forma pessoal e obter, se preciso, recibos,
(E) do Ministério da Fazenda quitações e outros comprovantes de transações com a autenticação do
caixa.
08. Representam bens e direitos:
(A) Contas de Lucros e Perdas 16. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas
(B) Contas do Patrimônio Líquido a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
(C) Contas do Passivo

Conhecimentos Bancários 113 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
17. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida ra responsável pela Câmara de Confederação. www.bb.com.br
civil:
I - os menores de dezesseis anos; 29. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: contando
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário com recursos de programas e fundos de fomento, o BNDES é responsável
discernimento para a prática desses atos; pela política de investimentos de LP do Governo e, a partir do Plano Collor,
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vonta- também pela gestão do processo de privatização. É a principal instituição
de. financeira de fomento do Brasil por impulsionar o desenvolvimento econô-
mico, atenuar desequilíbrios regionais, promover o crescimento das expor-
18. São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exer- tações, dentre outras funções. www.bndes.gov.br
cer: 30. A Caixa Econômica Federal: a CEF caracteriza-se por estar voltada ao
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; financiamento habitacional e ao saneamento básico. É um instrumento
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência governamental de financiamento social. www.cef.gov.br
mental, tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; Instituições financeiras:
IV - os pródigos. 31. Os Bancos Comerciais: os BC são intermediários financeiros que
transferem recursos dos agentes superavitários para os deficitários, meca-
19. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica nismo esse que acaba por criar moeda através do efeito multiplicador. Os
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. BC's podem descontar títulos, realizar operações de abertura de crédito
simples ou em conta corrente, realizar operações especiais de crédito rural,
20. Cessará, para os menores, a incapacidade: de câmbio e comércio internacional, captar depósitos à vista e a prazo fixo,
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante obter recursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes, etc.
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos comple- 32. Os Bancos de Desenvolvimento: o já citado BNDES é o principal agente
tos; de financiamento do governo federal. Destacam-se outros bancos regionais
II - pelo casamento; de desenvolvimento como, por exemplo, o Banco do Nordeste do Brasil
III - pelo exercício de emprego público efetivo; (BNB), o Banco da Amazônia, dentre outros.
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
33. As Cooperativas de Crédito: Equiparando-se às instituições financeiras,
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação
as cooperativas normalmente atuam em setores primários da economia ou
de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos
são formadas entre os funcionários das empresas. No setor primário,
completos tenha economia própria.
permitem uma melhor comercialização dos produtos rurais e criam facilida-
21. O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Pode ser recebido des para o escoamento das safras agrícolas para os consumidores. No
diretamente na agência em que o emitente mantém conta ou depositado interior das empresas em geral, as cooperativas oferecem possibilidades de
em outra agência, para ser compensado e creditado na conta do correntis- crédito aos funcionários, os quais contribuem mensalmente para a sobrevi-
ta. Ao emiti-lo, lembre-se que ele poderá ser descontado imediatamente. vência e crescimento da mesma. Todas as operações facultadas às coope-
rativas são exclusivas aos cooperados.
22. O cheque cruzado só será pago pelo banco sacado mediante crédito
em conta (ou o beneficiário o deposita num outro banco, ou no próprio 34. Os Bancos de Investimentos: os BI captam recursos através de emis-
banco sacado). Enfim, não poderá ser resgatado diretamente no caixa. são de CDB e RDB, de capitação e repasse de recursos e de venda de
cotas de fundos de investimentos. Esses recursos são direcionados a
23. Sistema de pagamentos é o conjunto de procedimentos, regras, instru- empréstimos e financiamentos específicos à aquisição de bens de capital
mentos e operações integradas que suportam a movimentação financeira pelas empresas ou subscrição de ações e debêntures. Os BI não podem
na economia de mercado, tanto em moeda local quanto estrangeira. destinar recursos a empreendimentos mobiliários e têm limites para inves-
24. A função básica de um sistema de pagamentos é permitir a transferên- timentos no setor estatal.
cia de recursos, o processamento e a liquidação de pagamentos para 35. Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimentos: as "financeiras"
pessoas físicas, empresas e governos. Sem perceber, interagimos com ele captam recursos através de letras de câmbio e sua função é financiar bens
muito mais vezes do que imaginamos. Por exemplo, toda vez que emitimos de consumo duráveis aos consumidores finais (crediário). Tratando-se de
um cheque, fazemos compras com o cartão de crédito ou enviamos uma uma atividade de alto risco, seu passivo é limitado a 12 vezes seu capital
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ma.
36. Sociedade Corretoras: essas sociedades operam com títulos e valores
As autoridades monetárias: mobiliários por conta de terceiros. São instituições que dependem do BA-
25. O Conselho Monetário Nacional: o CMN acaba sendo o conselho de CEN para constituírem-se e da CVM para o exercício de suas atividades.
política econômica do país, visto que o mesmo é responsável pela fixação As "corretoras" podem efetuar lançamentos de ações, administrar carteiras
das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial. Atualmente, seu e fundos de investimentos, intermediar operações de câmbio, dentre outras
presidente é o próprio Ministro da Fazenda. funções.

26. O Banco Central do Brasil: o BACEN é o órgão responsável pela exe- 37. Sociedades Distribuidoras: tais instituições não têm acesso às bolsas
cução das normas que regulam o SFN. São suas atribuições agir como: como as Sociedades Corretoras. Suas principais funções são a subscrição
banco dos bancos, gestor do SFN, executor da política monetária, banco de emissão de títulos e ações, intermediação e operações no mercado
emissor e banqueiro do governo. É muito discutida a elevação do grau de aberto. Elas estão sujeitas a aprovação pelo BACEN.
independência do BACEN. Diversas discussões apresentam pontos positi- 38. Sociedade de Arrendamento Mercantil: operam com operações de
vos e negativos de tal alteração www.bc.gov.br "leasing" que tratam-se de locação de bens de forma que, no final do con-
Autoridades de apoio: trato, o locatário pode renovar o contrato, adquirir o bem por um valor
residencial ou devolver o bem locado à sociedade. Atualmente, tem sido
27. A Comissão de Valores Mobiliários: a CVM é um órgão normativo comum operações de leasing em que o valor residual é pago de forma
voltado ao mercado de ações e debêntures. Ela é vinculada ao Governo diluída ao longo do período contratual ou de forma antecipada, no início do
Federal e seus objetivos podem ser sintetizados em apenas um: o fortale- período. As Sociedades de Arrendamento Mercantil captam recursos atra-
cimento do mercado acionário. www.cvm.gov.br vés da emissão de debêntures, com características de longo prazo.
28. O Banco do Brasil: até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a uma 39. Associações de Poupança e Empréstimo: são sociedades civis onde os
autoridade monetária mediante ajustamentos da conta movimento do associados têm direito à participação nos resultados. A captação de recur-
BACEN e do Tesouro Nacional. Hoje, é um banco comercial comum, embo- sos ocorre através de caderneta de poupança e seu objetivo é principal-

Conhecimentos Bancários 114 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mente financiamento imobiliário. ___________________________________
40. Sociedades de Crédito Imobiliário: ao contrário das Caixas Econômicas, _______________________________________________________
essas sociedades são voltadas ao público de maior renda. A captação
ocorre através de Letras Imobiliárias depósitos de poupança e repasses de _______________________________________________________
CEF. Esses recursos são destinados, principalmente, ao financiamento _______________________________________________________
imobiliário diretos ou indiretos.
_______________________________________________________
41. Investidores Institucionais: os principais investidores institucionais são:
Fundos Mútuos de Investimentos: são condomínios abertos que aplicam _______________________________________________________
seus recursos em títulos e valores mobiliários objetivando oferecer aos _______________________________________________________
condomínios maiores retornos e menores riscos. Entidades Fechadas de
Previdência Privada: são instituições mantidas por contribuições de um _______________________________________________________
grupo de trabalhadores e da mantenedora. Por determinação legal, parte
de seus recursos devem ser destinados ao mercado acionário. Segurado-
_______________________________________________________
ras: são enquadradas como instituições financeiras segundo determinação _______________________________________________________
legal. O BACEN orienta o percentual limite a ser destinado aos mercados
de renda fixar e variável. _______________________________________________________

42. Companhias Hipotecárias: dependendo de autorização do BACEN para _______________________________________________________


funcionarem, tem objetivos de financiamento imobiliário, administração de _______________________________________________________
crédito hipotecário e de fundos de investimento imobiliário, dentre outros.
_______________________________________________________
43. Agências de Fomento: sob supervisão do BACEN, as agências de
fomento captam recursos através dos Orçamentos públicos e de linhas de _______________________________________________________
créditos de LP de bancos de desenvolvimento, destinando-os a financia-
_______________________________________________________
mentos privados de capital fixo e de giro.
_______________________________________________________
44. Bancos Múltiplos: como o próprio nome diz, tais bancos possuem pelo
menos duas das seguintes carteiras: comercial, de investimento, de crédito _______________________________________________________
imobiliário, de aceite, de desenvolvimento e de leasing. A vantagem é o
ganho de escala que tais bancos alcançam. _______________________________________________________

45. Bancos Cooperativos: são verdadeiros bancos comerciais surgidos a _______________________________________________________


partir de cooperativas de crédito. Sua principal restrição é limitar suas _______________________________________________________
operações em apenas uma UF, o que garante a permanência dos recursos
onde são gerados, impulsionando o desenvolvimento local. _______________________________________________________
46. Consideram-se operações de seguros privados os seguros de coisas, _______________________________________________________
pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos e garantias. _______________________________________________________
47. A Política Monetária representa a atuação das autoridades monetárias, _______________________________________________________
por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de
se controlar a liquidez global do sistema econômico. _______________________________________________________
48. Mercado de ações: é o um subsistema do mercado de capitais, onde _______________________________________________________
se realizam as operações de compra e venda de ações. Suas funções
principais são: avaliação dos valores transacionados, liquidez e capitaliza-
_______________________________________________________
ção das empresas. _______________________________________________________
49. Ação ordinária - Ação que tem a característica de conceder a seu titular _______________________________________________________
o direito de voto em Assembléia.
______________________________________________________
50. Ação preferencial - ação que dá aos seu possuidor prioridade no rece-
bimento de dividendos e/ou, em caso de dissolução da empresa, no reem- _______________________________________________________
bolso do capital. Normalmente não tem direito a voto em Assembléia. _______________________________________________________
RESPOSTAS _______________________________________________________
01. B 11. B 21. C 31. C 41. C
02. A 12. C 22. C 32. C 42. C _______________________________________________________
03. C 13. C 23. C 33. C 43. C
_______________________________________________________
04. B 14. C 24. C 34. C 44. C
05. D 15. C 25. C 35. C 45. C _______________________________________________________
06. A 16. C 26. C 36. C 46. C
07. C 17. C 27. C 37. C 47. C _______________________________________________________
08. E 18. C 28. C 38. C 48. C _______________________________________________________
09. C 19. C 29. C 39. C 49. C
10. C 20. C 30. C 40. C 50. C _______________________________________________________
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Conhecimentos Bancários 115 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
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