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V Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil

Presidente Prudente de 02 a 04 de agosto de 2017


ISBN: 978-85-69697-02-2
V Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil
Presidente Prudente de 02 a 04 de agosto de 2017
ISBN: 978-85-69697-02-2
Livro de resumos

(Trans)formação
deleitores: travessias
e travessuras

V Congresso Internacional de
Literatura Infantil e Juvenil
CILJ/2017

ISBN: 978-85-69697-02-2

Renata Junqueira de Souza


Berta Lúcia Tagliari Feba
Juliane Francischeti Martins Motoyama
Marisa Oliveira Vicente
(Organizadoras)

Presidente Prudente
Ninfa Brisa – Assessoria em Educação LTDA - ME
2018

V Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil


Presidente Prudente de 02 a 04 de agosto de 2017
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COMISSÃO CIENTÍFICA
(formada por coordenadores dos eixos temáticos)

Eixo Temático 1: Experiências na educação básica com a


escrita do texto literário
 Cláudio José de Almeida Mello (Universidade Estadual do
Centro-Oeste - UNICENTRO)
 Dagoberto Buim Arena (Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho - Marília)
 Elisa Maria Dalla-Bona (Universidade Federal do Paraná)

Eixo Temático 2: Literatura Infantil para crianças pequenas


 Mônica Correia Baptista (Universidade Federal de Minas
Gerais – UFMG)
 Renata Nakano (editora)
 Cyntia Graziella Guizelim Simões Girotto (Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Câmpus de
Marília)
 Cinthia Magda Fernandes Ariosi (Universidade Estadual
Paulista)

Eixo Temático 3: Poesia e oralidade


 Flávia Brochetto Ramos (Universidade de Caxias do Sul)
 José Hélder Pinheiro Alves (Universidade Federal de Campina
Grande)

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 Daniela Padilha (Editora)

Eixo Temático 4: A literatura juvenil e jovens leitores


 Thiago Alves Valente (Universidade Estadual do Norte do
Paraná - UENP-Cornélio Procópio)
 Elianeth Dias Kanthack Hernandes (Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Campus de
Marília)
 Berta Lúcia Tagliari Feba (Faculdade de Presidente Prudente)

Eixo Temático 5: Literatura infantil e as relações com a imagem


 Marta Passos Pinheiro (Centro Federal de Educação
Tecnológica de Belo Horizonte - Cefet/MG)
 Hércules Tolêdo Corrêa (Universidade Federal de Ouro Preto
– UFOP)
 Rogério Barbosa da Silva (Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais)

Eixo Temático 6: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas


linguagens
 Fabiane Verardi Burlamaque (Universidade de Passo Fundo)
 Diogenes Buenos Aires de Carvalho (Universidade Estadual
do Piauí)
 Zíla Letícia Goulart Pereira Rêgo (Universidade Federal do
Pampa – Unipampa)

Eixo Temático 7: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos

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 Rosa Maria Hessel Silveira (Universidade Federal do Rio
Grande do Sul)
 Sandra Franco (Universidade Estadual de Londrina/UEL)
 Eduardo Augusto Werneck Ribeiro (Instituto Federal
Catarinense - Campus São Francisco do Sul (SC))

Eixo Temático 8: Literatura infantil e ensino


 Daniela Segabinazi (Universidade Federal da Paraíba)
 Rosana Rodrigues da Silva (Universidade do Estado do Mato
Grosso)
 Elizabeth da Penha Cardoso (Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo – PUC/SP)

Eixo Temático 9: Os espaços de leitura literária


 Alcione Santos (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul)
 Rovilson José da Silva (Universidade Estadual de Londrina)
 Antônio Cézar N. de Brito (Faculdade Projeção)

Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura


 Eliane Santana Dias Debus (Universidade Federal de Santa
Catarina)
 Silvana Augusta Barbosa Carrijo (Universidade Federal de
Goiás)
 Danglei de Castro Pereira (Universidade de Brasília)

Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura


 Ana Crelia Penha Dias (Universidade Federal do Rio de
Janeiro)

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 Sílvia de Fátima Pilegi Rodrigues (Universidade Federal de
Mato Grosso)
 Joice Ribeiro Machado da Silva (Universidade Federal de
Uberlândia/ESEBA).

Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras


áreas do conhecimento
 Maria Helena Hessel (Universidade Federal do Ceará)
 Paulo Cesar Raboni (Universidade Estadual Paulista)
 Alberto Albuquerque Gomes (Universidade Estadual Paulista)

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COMISSÃO ORGANIZADORA
Ana Laura Garro dos Santos
Anderson Flávio Piovesan
Anny Gonçalves
Berta Lúcia Tagliari Feba
Berta Lúcia Oliveira
Cinthia Magda Fernandes Ariosi
Clara Cassiolato Junqueira
Claudia Leite Brandão
Eduardo Peinado
Elianeth Kanhack Hernandes
Fernando Teixeira Luiz
Franciela Sanches da Silva
Gabriele Goes da Silva
Gislene Aparecida da Silva Barbosa
Helen Favareto
Izabele Dias dos Santos
Joyce Araújo Reinol
Juliane Francischeti Martins Motoyama
Kenia Adriana de Aquino Modesto Silva
Luana Neves
Lucimara Miqueloti
Mariana Revoredo
Márcia Regina Mendes Venâncio
Renata Junqueira de Souza
Robson Guimarães
Rogério Eduardo Garcia
Silvana Ferreira de Souza Balsan
Sílvia de Fátima Pilegi
Thiago Moessa Alves
Vania Kelen Belão Vagula
Victor Hugo Casagrande

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APRESENTAÇÃO

O CELLIJ (Centro de Estudos em Leitura e Literatura Infantil e Juvenil


―Maria Betty Coelho Silva"), de Presidente Prudente/São Paulo,
tradicionalmente promove o Congresso Internacional de Literatura Infantil e
Juvenil desde 1999. Trata-se de um evento que discute com professores,
livreiros, autores e pesquisadores brasileiros e de diferentes países o ensino da
leitura, a qualidade da produção dos livros infantis e juvenis e a importância da
literatura infantil e juvenil como material de leitura. A edição de 2017 do
Congresso tem como tema (Trans)formação de leitores: travessias e
travessuras, tal tema centra-se nas estratégias de leitura do texto literário.
TRAVESSIAS como caminhos, trilhas, percursos, trajetos, veredas e múltiplas
possibilidades de conduzir crianças e adolescentes ao encontro com o livro. As
TRAVESSURAS, por sua vez, remetem à natureza da literatura como arte.
O centro foi criado em 1995, com o objetivo principal de formar leitores a
partir do texto literário e de proporcionar um diálogo direto com professores,
jovens alunos, instâncias governamentais responsáveis pela implementação de
políticas públicas no campo da Educação, bem como com discentes do curso
de Pedagogia e seus docentes e, posteriormente, com o Programa de Pós-
Graduação em Educação. O Centro atende crianças e jovens da Educação
Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental. Com vários projetos
financiados, nacional e internacionalmente, o CELLIJ atua com políticas
públicas de leitura, pesquisando e comparando índices de desempenho de
estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental e da Educação Infantil e
com ações que possam diminuir os déficits de aprendizagem desses alunos.

Comissão Organizadora

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PROGRAMAÇÃO
02 de Agosto
MANHÃ TARDE NOITE

08:00-09:00 - Retirada do 13:30-15:00 – Mesa redonda 1 19:00 –


material Palavras Aladas: poesia e Lançamento de
narração oral na escola livros e coquetel
Gilka Girardello (UFSC)
José Hélder Pinheito (UFCG)
09:00-09:30 – Abertura Oficial 15:00-15:30 – Intervalo

09:30-11:30 – Palestra de 15:30–17:00 – Mesa redonda 2


abertura ―Puntos Cardinales Lectores:
Opening Dialogic Space in Creacion de vínculos espacios,
Literature Discussions: Talk, necesidades y atmósferas
Text, and Tools for Promoting lectoras” Constanza Mekis
Argument Literacy Universidad de Zaragoza,
Ian Wilkinson (Ohio State Presidenta IBBY Chile
University).
11:30-13:30 – Almoço

03 de Agosto

Apresentações de Apresentações de comunicações 19:00 –


comunicações orais e pôsteres orais e pôsteres Apresentação
cultural
04 de Agosto

09:00-12:00 – Mesa redonda 3 14:00-15:30 – Encerramento:


Livros infantis: do berço ao e- Práticas pedagógicas que
book incentivam a competência e o
Ana Paula Paiva (escritora) prazer pela leitura: um estudo
Anna Cláudia sobre escolas públicas
Ramos (escritora) alternativas nos Estados Unidos.
Edgar Roberto Lucila Rudge (University of
Kirchof (Universidade Luterana Montana)
do Brasil)
15:30 – Show cultural de
encerramento

OBSERVAÇÃO: Os textos apresentados neste material, afirmações e conceitos expostos são


de responsabilidade exclusiva dos autores.

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PALESTRANTES CONVIDADOS

Ian A. G. Wilkinson

Ian A. G. Wilkinson é professor na Escola de Ensino e


Aprendizagem da Ohio State University, onde ministra cursos de
leitura e letramento argumentativo. Dr. Wilkinson foi membro do
corpo docente da Universidade de Auckland, Nova Zelândia. Seus
interesses de pesquisa são cognição, ensino e metodologia de
pesquisa relacionados ao estudo da leitura. Atualmente, ele conduz
pesquisas sobre contextos escolares e alfabetização, com especial
atenção ao trabalho em grupo em sala de aula e às práticas de
discussão destinadas a promover a compreensão do texto por
parte dos alunos.

Constanza Mekis
Bibliotecária, graduada na Universidade do Chile, trabalha há
30 anos na área da biblioteca escolar. Trabalhou na
Coordenação Nacional de Bibliotecas Escolares / CRA
Educação Básica do Ministério da Educação do Chile por 20
anos e é ex-Diretora da Associação Internacional da Escola
de Biblioteconomia (IASL). Especialista em leitura oral, realiza
regularmente sessões de contação de histórias com crianças,
jovens, professores e pais. Em 2004, recebeu o Prêmio Anual
Câmara Livro chileno para o compromisso excepcional para a
promoção da leitura, trabalhou no Programa de Mestrado em
Promoção da Leitura, coordenado pela Universidade Alcalá
de Henares e Fundación Germán Sánchez Ruipérez. Atuou
como professora no Programa de Pós-Graduação em
bibliotecas escolares, cultura escrita e da sociedade em rede,
da Universidade Autônoma de Barcelona e do Centro de
Superiores (CUEA), Estudos Universitários da Organização
dos Estados Americanos (OEI), em Barcelona no ano de
2012. Atualmente, é estudante e professora associada do
Mestrado em Leitura e Literatura infantil da Universidade de
Zaragoza. É Co-autora do documento coletivo por bibliotecas
escolares na América Latina (CERLALC), participante do Grupo Gestor do Projeto de
Bibliotecas Escolares do Mercosul e membro da equipe de consultoria da OEI / Espanha em
"Leitura e Bibliotecas Escolares".
Lucila Rudge
Professora no Departamento de Ensino e Aprendizagem da
University of Montana, onde atua na graduação e na pós
graduação com as disciplinas: Ensino e Aprendizagem,
Psicologia Educacional e Desenvolvimento Infantil. Estudiosa da
educação holística, um paradigma educacional que integra as
ideias idealistas da educação humanista com ideias filosóficas
espirituais. Lucila tem se dedicado à pesquisas que exploram a
aplicação pedagógica da educação holística em sistemas
escolares alternativos, como as escolas: Waldorf, Montessori e
Reggio Emilia.

Ana Paula Paiva


Professora, escritora, formadora e consultora em literatura
infantil (MEC, 2010-2015). Doutora em Educação pela UFMG
(FAE, 2013). Mestrado em Comunicação Social pela UFMG
(FAFICH, 2002). Graduação em Comunicação Social pela
UFRJ (ECO, 1998). Atuação principal: Formadora de
professores de Educação Infantil na PBH (Prefeitura de Belo
Horizonte/UMEIS, 2016) e oficineira profissional em
confecção de livros infantis pedagógicos (PBH/MinC). Autora
de A aventura do livro experimental (Edusp e Autêntica,
2015) e Professor criador: fabricando livros para a sala de
aula (Autêntica Editora, 2016).

Anna Cláudia Ramos


Carioca, escritora, graduada em Letras pela PUC-Rio e
mestre em Ciência da Literatura pela UFRJ. Viaja mundo
afora ministrando palestras e oficinas sobre sua
experiência com leitura e como escritora e especialista em
literatura infantil e juvenil.

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Edgar Kirchof
Possui graduação em Letras (Português/Alemão) pela
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1995), graduação em
Teologia pela Escola Superior de Teologia (1998), mestrado em
Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos
Sinos (1997) e doutorado em Linguística e Letras pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2001), tendo
realizado um Pós-Doutorado na área da Biossemiótica na
Universidade de Kassel, Alemanha. Atualmente é coordenador
do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU) e
professor adjunto da Universidade Luterana do Brasil, atuando,
como docente e pesquisador, no PPGEDU e no Curso de
Letras. Tem experiência na área de Letras e Educação, atuando
principalmente nos seguintes temas: Teoria da Literatura,
Estudos Culturais, Semiótica e Cibercultura.

Eliane Debus
É graduada em Letras (FUCRI, 1991), mestre em Literatura
(UFSC, 1996) e doutora em Teoria Literária (UCRS, 2001).
Professora da Universidade Federal de Santa Catarina, na
graduação atua no Departamento de Metodologia de Ensino
junto aos Cursos de Pedagogia e Letras; na Pós-graduação
atua no programa de Pós-Graduação em Educação, na linha
Ensino e Formação de educadores. É líder do Grupo de
pesquisa Literalise: pesquisas sobre literatura infantil e
juvenil e práticas de mediação literária e tutora do
PET/Pedagogia.

Gilka Girardello
Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Federal de Santa Catarina, é doutora em
Ciências da Comunicação (USP), mestre em Ciências
Humanas (New School for Social Research, NYC/EUA).
Coordena o Núcleo de Pesquisas Infância, Comunicação e
Arte da UFSC. Realizou pós-doutorado em Educação na City
University of New York em 2010, desenvolvendo a pesquisa
―Cultura nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: autoria
narrativa infantil e imaginário midiático‖ (Fulbright/Capes).
Entre os livros que organizou e escreveu se destacam Liga,
Roda, Clica: estudos sobre infância, cultura e mídias (em co-
autoria com Monica Fantin, Papirus, 2008), Uma Clareira no
Bosque; contar histórias na escola (Papirus, 2014).

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Hélder Pinheiro
José Hélder Pinheiro Alves é professor de Literatura
brasileira na Universidade Federal de Campina Grande,
Paraíba. Publicou, dentre outras obras, Poesia na sala de
aula (2007), e, com Ana Cristina Marinho Lúcio Cordel no
cotidiano escolar. Atua no mestrado em Linguagem e
Ensino, da Unidade Acadêmica de Letras da UFCG, onde
orienta pesquisas voltadas para a prática da leitura
literária em sala de aula. Já orientou vários trabalhos
voltados para Literatura de Cordel e seu ensino. Tem
artigos publicados em revistas e livros voltados sobretudo
para o trabalho com poema no contexto escolar.

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ANAIS DE RESUMOS V CONGRESSO
INTERNACIONAL DE LITERATURA INFANTIL E
JUVENIL

(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

A ESCRITA LITERÁRIA COM ALUNOS DO CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM


EDIFICAÇÕES: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Andreia Dos Santos Oliveira
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Apresentação de Pôster
Propor situações que contribuam com o desenvolvimento de habilidades de escrita é
um desafio no primeiro ano do ensino médio, pois recebemos muitos alunos com
dificuldades em utilizar estratégias de escrita básica, tais como a constituição de
parágrafos, elementos de coesão e coerência textual. O desafio torna-se ainda maior,
quando pretende-se trabalhar com a escrita de textos literários, haja vista que exige
maiores habilidades dos alunos por se tratar da composição de um gênero especial: o
literário, com todas as suas especificidades. O resumo em questão pretende expor a
experiência de um trabalho desenvolvido no ano de 2016 com 40 alunos do curso
integrado em Edificações do Instituto Federal de Rondônia, campus Porto Velho
Calama. Durante o 4º bimestre, os alunos tiveram que demonstrar o conhecimento
adquirido ao longo do ano sobre os textos narrativos e as especificidades do texto
literário e produzirem livros ilustrados. No momento, em que o trabalho foi proposto,
muitos alunos reclamaram da atividade, e demonstraram muitas dúvidas em como ele
deveria ser procedido. Entretanto, à medida que os dias iam passando e as
orientações eram feitas em momentos diferenciados dos das aulas regulares, eles
deixavam a angústia de lado e começaram a perceber o prazer de compor seus
primeiros livros literários. A única exigência foi que os livros fossem de narrativas
literárias, porém o público destinado, o enredo, a linguagem escolhida e o formato dos
livros seriam de escolha dos próprios alunos. Ao final da atividade, surpreendi-me com
a qualidade da produção. Livros com histórias surpreendentes, instigantes e
convidativas foram produzidos e muitos alunos sentiram-se tão encantados com essa
atividade que pretendem dedicar-se ainda mais à atividade de escrita literária.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

ESCRITA LITERÁRIA NAS AULAS DE LITERATURA NO ENSINO MÉDIO: A


INTERLOCUÇÃO COM CONTOS DE MARIANA COLASANTI
Rosana Carvalho Dias Valtão, Eudma Poliana Medeiros Elisbon
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Apresentação de Pôster
Este artigo pretende apresentar os resultados de um trabalho que articulou leitura
literária e escrita literária desenvolvido com alunos do ensino médio a partir dos contos
A moça tecelã e Para que ninguém a quisesse de Marina Colasanti. Uma proposta
que, inicialmente, focalizava o caráter humanizador da literatura, que visava a
emancipação do leitor, sua formação ética, o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico conforme sentido atribuído por Antonio Candido
(2015), possibilitou aos alunos também a legitimação do seu posicionamento de autor
– um processo que influi tanto na sua autonomia escritora quanto leitora de textos
literários. Além disso, os contos escolhidos apresentaram-se como uma possibilidade
de estabelecer uma relação entre a autoria feminina e as representações femininas
que circulam na sociedade contemporânea pela voz de uma autora que busca
evidenciar, numa ótica contra-hegemônica, tanto a violência simbólica quanto a
emancipação e o autoconhecimento feminino; que assume, deliberadamente, uma
perspectiva feminista/feminina e seus resultados e que, sobretudo, reconhece a força
das representações reproduzidas/construídas/disseminadas pela literatura sem
desejar ser didática.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

PRODUÇÃO ORAL E ESCRITA: O USO DA FÁBULA EM SEQUÊNCIA DIDÁTICA


Taila Paulina Pereira
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Apresentação de Pôster
No contexto escolar, os gêneros textuais são comumente trabalhados em sala de aula,
porém o seu uso sem a concepção de um instrumento de comunicação é uma
necessidade a se preocupar tanto na formação continuada do professor, quanto na
sua prática em sala de aula. A fábula é um gênero textual que traz inúmeras
contribuições para o contexto educacional atual. Muito além de transmissão de valores
ideológicos, numa perspectiva sociológica, são narrativas de fácil compreensão que
contribuem para o ensino da língua portuguesa. Tem-se por objetivo trabalhar a
sequência didática como facilitadora do entendimento sobre o gênero textual fábula
nas séries finais do Ensino Fundamental. Dentro dos estudos do Interacionismo Sócio
Discursivo (ISD), agir no mundo é saber ler e escrever linguisticamente. Desse modo,
a perspectiva da teoria do ISD acerca do uso dos gêneros textuais como reflexão e
transformação é o que impulsiona esse trabalho. Para este trabalho a metodologia
pretendida é do tipo da pesquisa-ação. Os passos para a pesquisa e os instrumentos
utilizados na mesma, podem ser divididos em: levantamento das dificuldades de
aprendizagem; levantamento de referencial bibliográfico; modelização didática do
gênero fábula; progressão curricular das capacidades de linguagem e
desenvolvimento das sequências didáticas com enfoque nas séries finais do ensino
fundamental I

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DO GÊNERO


TEXTUAL AUTOBIOGRAFIA
Maria Vagna Da Silva Rbeiro, Camila Pereira Dos Santos Medalha, Juciléia Steffen
Pereira Dos Santos, Patrícia Motokio Leite
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Apresentação de Pôster
O ensino de gêneros textuais não se dá no instante em que o educando entra em
contato com a necessidade de produção ou mesmo quando este tem acesso à leitura.
É preciso uma sistematização deste processo de forma gradativa que possa conduzir
o estudante a reflexão, compreensão das ideias do texto e ao desenvolvimento da
habilidade de produção do gênero em questão dentro de um contexto social. Para isso
são sugeridas as sequências didáticas dos pesquisadores Dolz e Schneuwly (2011),
em que o docente, a partir de um contato organizado entre o aluno e o gênero, estuda
as características e particularidades do texto e planeja o processo de produção
textual. Neste estudo, apresentamos e analisamos um relato de experiência
desenvolvido em uma escola pública da cidade de Adamantina, no interior do Estado
de São Paulo. O objetivo do trabalho desenvolvido em três salas do quinto ano do
ensino fundamental I foi criar um espaço no qual os alunos não apenas lessem
autobiografias, mas que pudessem refletir sobre as características do gênero textual e
produzir seus próprios textos, tornando-se assim, protagonistas do processo de
criação e, ao mesmo tempo, objeto de análise para a criação textual. Analisando a
realidade escolar, Lerner (2002) postula que as práticas de leitura e escrita escolares
estão muito afastadas das práticas sociais, isso possibilita que os educandos criem
representações controversas sobre o ato da escrita. A partir da experiência aqui
relatada, foi possível verificar que, desde que o trabalho seja planejado e executado
com respeito aos saberes dos discentes e as suas produções, é possível romper com
essa dissociação entre a produção escolar e a social. Palavras-Chave: SD

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

TEXTO LITERÁRIO E A IMAGINAÇÃO INFANTIL: ESCRITAS QUE CRIAM E


RECRIAM A REALIDADE
Paula Gomes De Oliveira
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Apresentação de Pôster
Este trabalho trata do trabalho pedagógico com textos literários e as expressões dos
processos imaginativos nas crianças. O referencial teórico fundamenta-se na
perspectiva histórico-cultural, em especial, nos estudos de Vigostski sobre a
imaginação criadora, linguagem e infância. Realizamos uma pesquisa qualitativa, na
perspectiva da Epistemologia Qualitativa de González Rey. Utilizamos como
instrumentos a observação participante, entrevistas semiestruturadas com as
professoras e oficinas com as crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental da rede
pública. Por meio da recepção, apreensão e produção dos textos literários,
percebemos que a realidade não é apenas representada ou reproduzida pelas
crianças, por vezes, ela é questionada, subvertida e até recriada. Essa relação com a
realidade faz-se no plano do imaginário, configura-se como um arranjo que demonstra
a autonomia e a imaginação das crianças em confrontar-se com o real, já que a
linguagem disputa com o real outras possibilidades de existir, de pensar a existência
do mundo e de outros mundos a serem criados. Além disso, a imaginação está ligada
simultaneamente à realidade e à afetividade das crianças, o que permite a ampliação
de elementos da experiência de seu contexto para reorganizá-los em novas
combinações e em outro campo de entendimento – o campo imaginativo, tal como
propõe Vigotski, apresentando a imaginação como um complexo sistema psicológico
que integra várias funções mentais. Nesse sentido, a boa notícia é que a recepção e
produção de textos literários pelas crianças possibilita a ampliação de seus processos
imaginativos. Atividade tão importante e cara nos primeiros anos de escolarização e
na vida... Palavras-Chave: Texto Literário. Imaginação. Trabalho Pedagógico.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

A ESCRITA LITERÁRIA A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS DO ENSINO MÉDIO


Sarah Vervloet Soares
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Por meio de um grupo de leitura e escrita composto de alunos com idades entre 14 e
17 anos, algumas experiências suscitaram a pensar acerca da escrita literária no
âmbito do Ensino Médio. A partir da descrição de algumas dessas experiências,
propõem-se questões com a finalidade de refletir sobre a importância dessa escrita
para a (trans)formação do sujeito e de suas capacidades cognitivas, pensando em sua
constituição como autor. Vislumbrar a escrita literária como parte de um ensino
significa apontar que a prática dessa escrita carrega valores que podem subsidiar
diferentes vínculos com a aprendizagem. Escrever deixa de ser um conteúdo restrito à
dimensão técnica ou aos anos iniciais da escola para assumir um sentido social,
afetivo, estético, cultural e político. O trabalho será amparado pelos estudos de
Vygotsky (1987, 1988, 1999), Catherine Tauveron (2005, 2007, 2014), Christine Barré-
De Miniac (2015), Roger Chartier (2001, 2002), entre outros.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

ALFABETIZAÇÃO E A DESCOBERTA DO TEXTO LITERÁRIO


Márcia Martins De Oliveira Abreu, Adriana Pastorello Buim Arena
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
RESUMO O presente artigo é resultado de reflexões acerca da relação entre
alfabetização e literatura, construídas por meio de alguns estudos que apresentam
contribuições sobre a temática e ainda de algumas das experiências vivenciadas em
um processo de pesquisa-ação, desenvolvido com uma turma de 1º ano, em uma
escola pública. Na tentativa de buscar subsídios para uma melhor compreensão sobre
esta relação, buscou-se um diálogo com alguns teóricos dentre eles destacam-se
Bernardin, Bajard, Jolibert, e Smolka. O plano de ação, desenvolvido no contexto da
investigação, teve como objetivo elucidar algumas possibilidades de um trabalho
qualitativo com a literatura no contexto escolar, especialmente com alunos na fase de
alfabetização. Durante o ano letivo muitas atividades diferentes foram desenvolvidas,
mas devido ao espaço concedido para esta publicação serão descritos e analisados
apenas os dados referentes a uma atividade de leitura, a descoberta do texto.
Conclusões preliminares destacam o envolvimento dos alunos na atividade proposta e
demonstram que as ações desenvolvidas auxiliam tanto na aprendizagem da leitura
quanto na da escrita. O trabalho convida o leitor para uma reflexão sobre a relação da
criança com o livro na escola e o seu processo de alfabetização. Palavras-Chave:
Literatura. Descoberta do texto. Ação pedagógica.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES DO CÍRCULO DE BAKHTIN PARA O ENSINO DE


ATOS DE ESCRITA
Erika Christina Kohle
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Este trabalho teve como objetivo tecer discussões sobre contribuições, advindas dos
estudos do Círculo de Bakhtin, para o ensino de atos de escrita, tendo em vista as
possibilidades de prática pedagógica para a produção de textos. Sabe-se que, ao
longo da história, houve uma evolução no modo de conceber os atos de escrita, no
entanto, nas escolas, ainda hoje, é forte a presença de práticas rudimentares de
escrita que se efetivavam em sociedades antigas, em momentos em que seus atos
eram submetidos à oralidade. Essa forma de ver os atos de escrita era aceitável numa
sociedade com outros modos de pensar, de agir e de viver, entretanto, atualmente, ela
não condiz com a realidade da vida dos sujeitos dentro e fora da escola. Isso acontece
porque se carrega princípios de determinados momentos da história pedagógica que
não evoluíram e que atravancam o ensino inserido em situações reais de existência,
que priorizam função social dos textos e as necessidades discursivas dos sujeitos. A
partir do diálogo entre os dados de uma pesquisa-ação de mestrado, as obras de
Bakhtin e Volochínov e o cotejamento de seus estudos com outras vozes, elencou-se
alternativas, para o problema da formação do sujeito autônomo na autoria de suas
produções textuais. Longe de propor uma solução única para esse problema, buscou-
se priorizar atos de escrita presentes no dia a dia das crianças, porque por meio deles,
tem-se acesso aos inúmeros gêneros discursivos e os resultados demonstraram que
eles as impulsionaram a produzir algo endereçável ao outro, passível de resposta,
imerso em uma situação de troca verbal, inserido no grande e no pequeno tempo.
Palavras-Chave: Ensino de atos de escrita. Gêneros do discurso. Situação de troca
verbal.

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A (RE)ESCRITA NO PROCESSO DE PRODUÇÃO TEXTUAL: CONTRIBUIÇÕES DE


CLÁSSICOS DA LITERATURA INFANTIL
Vanessa Helena Seribelli, Cinthia Magda Fernandes Ariosi
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Esse relato baseia-se no projeto intitulado ―Oficina de Redação‖ desenvolvido com
uma turma de 4° ano do ensino fundamental da Escola Municipal Odette Duarte da
Costa – Presidente Prudente – SP. O bairro onde a escola está localizada, é marcado
por um histórico de vulnerabilidade social, fato que contribui para que o acesso à
literatura infantil esteja restrito na maioria dos casos, apenas à instituição escolar. O
objetivo principal do projeto, deu-se a partir da observação da rotina e a maneira como
a escola estava configurada, trazendo assim, o desejo de contribuir com uma proposta
que despertasse nos alunos, a sensibilidade e o prazer pela leitura, possibilitando que
eles participassem de situações de comunicação oral e escrita, como contar, recontar
e escrever histórias, o que foi o mais desafiador, já que grande parte dos alunos, ainda
cometia muitos erros de ortografia e gramática, além de não conseguirem organizar as
ideias no texto. A formação de leitores é algo que requer condições favoráveis, tanto
no que diz respeito aos materiais, como na maneira que o professor irá conduzir o
processo. Portanto, pensamos em uma estratégia em que os momentos de leitura,
escrita e interpretação, sejam considerados pelos alunos como uma atividade
prazerosa e não algo convencional, mecânico e maçante como anteriormente. O
trabalho foi de grande relevância no processo de ensino e aprendizagem, uma vez
que as produções textuais dos alunos, evoluíram gradativamente. Além disso,
passaram a ter mais interesse pela literatura infantil e pela produção escrita,
organizando melhor as ideias no texto, redigindo-os com maior coerência e coesão.
Notou-se também uma melhora nas questões ortográficas e gramaticais.

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A RELAÇÃO CONSTITUTIVA ENTRE METODOLOGIA E TEORIA NA PRÁTICA


DOCENTE DE MIKHAIL BAKHTIN: A CONSTITUIÇÃO LEITORA E AUTORA NO
ENSINO FUNDAMENTAL
Fernando Ringel, Angela Machado De Paula
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
O presente trabalho é uma reflexão teórica sobre a relação constitutiva entre
metodologia e teoria no pensamento bakhtiniano para a constituição leitora e autora. O
objetivo principal é investigar como a escrita, na elaboração do conto com as crianças,
pode provocar o desenvolvimento de sua consciência como ser humano, tendo como
referência para a elaboração do texto, sua vida concreta, de forma a levar o aluno a ler
e escrever com autonomia, tornando-se sujeito dessas duas atividades interligadas
para a constituição de sua condição de cidadão. Para alcançar esse objetivo,
buscamos ir além do embasamento teórico de Bakhtin (1997, 2006), investigando a
relação constitutiva entre metodologia e teoria no pensamento bakhtiniano e sua
prática como professor de língua no ensino médio na constituição leitora e autora de
seus alunos da 8ª e décima séries. Para isso propomos a utilização dos postulados
teóricos de Bakhtin e também sua prática como docente, explicitados na obra
Questões de estilística no ensino da língua (2015), onde o autor aborda a metodologia
aplicada e os dados apurados no experimento. Historicamente o relato de Bakhtin
contido nessa obra é relevante por sintetizar tanto o desenvolvimento de seus
postulados teóricos, como no caso dos conceitos de relações dialógicas e interação
verbal, quanto em sua constituição como pesquisador de forma a levar o sujeito a ler e
escrever com autonomia. Ressaltamos que o presente artigo é fruto de pesquisas
anteriores sobre o contexto histórico e a prática docente de grandes teóricos na área
da Educação.

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CONCURSOS LITERÁRIOS OFICIAIS NO BRASIL E EM PORTUGAL E A


EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Joana D‘Arc Batista Herkenhoff, Fernando José Fraga De Azevedo, Renata Junqueira
De Souza
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Análise de propostas de concursos literários oficiais votados para alunos da educação
básica, ―Olimpíada de Língua Portuguesa‖ do Brasil e ―Concurso Inês de Castro‖ e
―Faça lá uma poema‖ de Portugal, buscando identificar a sua relação com as Metas
Curriculares Nacionais, no caso português e os Parâmetros Curriculares Nacionais, no
Brasil. Tomaremos como corpus, os regulamentos dos concursos, propondo uma
reflexão sobre seus critérios, sua construção discursiva e as concepções teóricas que
os fundamentam. Amparamo-nos em estudos sobre escrita literária de Tauveron
(2014), Dalla-Bona (2013) e constatamos, preliminarmente, que os concursos
analisados estão articulados aos documentos oficiais nacionais, constituindo-se
estratégias para a promoção da leitura e da escrita, com potencial de contribuir para a
educação literária dos alunos da educação básica.

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CRÔNICAS DIGITAIS: A MULTIMODALIDADE NA ESCOLARIZAÇÃO DA


LITERATURA
Nilze Maria Malaguti
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
A forma como a sociedade passou a se relacionar com a leitura e a escrita, após as
atuais transformações tecnológicas, trouxe alterações profundas nas práticas sociais
de uso da linguagem, especialmente entre o público mais jovem. De uma relação
pautada na materialidade impressa, para o mundo virtual, as ferramentas eletrônicas
ampliaram as possibilidades de exploração da multimodalidade nos textos e
redimensionaram as formas usuais de ler e de escrever. Ancorados em abordagens
teóricas de Rouxel et al. (2013) e Paiva et.al (2017), apresentamos, neste trabalho, os
resultados alcançados a partir de uma proposta de leitura e de produção de crônicas
com alunos da educação básica. A experiência teve por objetivo sistematizar
mecanismos que favorecessem a leitura do texto literário e a produção de crônicas
digitais. O aporte metodológico foi fundamentado em Cosson (2006) para a promoção
do letramento literário e no método de Sequência Didática, esquematizado por
Schneuwly, Dolz e Noverraz (2004). Um repertório de crônicas da literatura escrita em
Mato Grosso e imagens da obra intitulada Grande Sertão Veredas, do artista Lester
Scalon serviram para estabelecer a relação entre a sensibilidade do olhar do fotógrafo
com a do cronista em ambas as formas de representar a paisagem, a vida e os fatos
corriqueiros. A produção inicial desenhou os aspectos necessários de serem
articulados nas atividades, não para o ensino do gênero, mas a partir do gênero.
Dinâmicas de leitura e produção auxiliaram o aluno a reconhecer os elementos
comuns que enquadram uma narrativa à crônica e os recursos utilizados para trazer à
tona sons, imagens, gostos e aromas, sentidos possíveis de serem construídos pela
linguagem literária. Palavras-Chave: Literatura. Multimodalidade. Crônicas

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ENSINO DA ESCRITA LITERÁRIA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS


Raquel Pereira Soares, Adriana Pastorello Buim Arena
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Este texto é parte de uma pesquisa de doutorado, em andamento, cujo objetivo é
apresentar uma proposta de ensino da escrita literária com crianças do 4° ano do
ensino fundamental da cidade de Uberlândia – Minas Gerais. Para concretização de
tal proposta optou-se pela pesquisa-ação porque é um caminho investigativo que
conduz o pesquisador a uma nova atitude e a uma nova inscrição na sociedade,
tornando-se um sujeito autônomo, autor de sua prática e de seu discurso. As
pesquisas sobre o ensino da escrita e, principalmente da escrita de texto, já evoluiu
muito em nosso país. No entanto, as discussões e pesquisas em torno do ensino da
escrita literária ainda necessitam de estudo e de metodologias para que os alunos se
apropriem desta modalidade de escrita. Essa investigação toma como base o trabalho
desenvolvido por Liev Tolstói com crianças em sua propriedade rural Iásnaia Poliana e
a proposta de ensino da leitura e da escrita de Jolibert para ensinar as crianças a
escrever textos. As atividades didáticas serão planejadas a partir de um projeto de
escrita de texto literário que organiza as aprendizagens dos alunos em torno da leitura
de contos de Tolstói, do ensino das características do texto literário e por meio de
registros que promovam uma atitude reflexiva, metacognitiva e metalinguística. Devido
ao espaço concedido para esta publicação, será apresentada e analisada apenas uma
das sessões realizada com as crianças sobre questionamento de texto literário.

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FÁBULAS: POVOANDO O IMAGINÁRIO, INSTIGANDO A AUTORIA DAS


CRIANÇAS
Maria Luciana Scucato Benato, Elisa Maria Dalla-Bona
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Trata-se de pesquisa etnográfica desenvolvida em 2015, numa turma de 3º ano do
ensino fundamental de escola municipal de Curitiba. O objetivo do trabalho foi
acompanhar a escrita de fábulas pelos alunos-autores relacionada às estratégias da
professora para a superação dos desafios impostos pela escrita literária. Essas
estratégias foram: a imersão na leitura de fábulas; a compreensão de elementos
narrativos; a interpretação solidária, que valoriza contribuições individuais e supera
leituras superficiais; o estabelecimento de conexões entre fábulas, leituras anteriores e
conhecimentos de mundo para a construção do texto; o acolhimento das ideias
individuais na contribuição da escrita coletiva; a formação de grupos cooperativos para
a construção do texto; a inclusão de todos os alunos no processo de escrita, mesmo
os ainda não-alfabetizados; o desenvolvimento de etapas num crescente para
culminar no texto integral. Foram analisadas 11 fábulas escritas pelos alunos-autores
e, em decorrência do encaminhamento pedagógico realizado, constatou-se que eles
conseguiram envolver o leitor na atmosfera da narrativa ao caracterizar o tempo, o
espaço, os personagens; ao criar um argumento motivador de conflito; ao possibilitar a
construção de imagem mental da cena; ao produzir efeitos de suspense e de humor;
ao utilizar recursos próprios do discurso direto; ao mesclar a realidade e o imaginário;
ao surpreender o leitor com desfechos inusitados e quebra de estereótipos. Conclui-se
que a produção de texto efetivou-se como um processo contínuo, complexo e de
negociação, que requer planejamento e revisão. O prazer estético ofertado pelos
textos dos alunos-autores foi reflexo da interação proposta pela professora. Palavras-
Chave: Fábula. Escrita literária. Ensino fundamental.

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FORMAÇÃO DA AUTORIA: A ESCRITA DE CONTOS MARAVILHOSOS


Angela Machado De Paula, Fernando Ringel
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Apresentam-se neste texto, os resultados parciais de uma pesquisa realizada em 2013
com alunos de 4º ano do ensino fundamental, de uma escola pública no interior do
estado de Minas Gerais, com o objetivo de analisar a formação autora por meio de
sete sequências didáticas em contos latino-americanos. Os recursos metodológicos
foram observações e um experimento pedagógico com atividades organizadas.
Fundamenta-se em estudos da Escola de Vigotski e na teoria da enunciação, de
Bakhtin. Ao elaborarem as narrativas/ contos, os sujeitos da pesquisa evidenciaram
em seus enunciados tanto a reprodução como a criação de narrativas/contos, bem
como a reestruturação de outros dizeres. Demonstraram, portanto, as vozes que
permeiam a interlocução existente na esfera cultural em que estão inseridos,
comprovando que a autoria também se dá na inter-relação do seu dizer com o dizer de
outrem, revelando seu conhecimento de mundo numa atitude responsiva.

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LER PARA ESCREVER. RELATO DE UM PROJETO DE PRODUÇÃO TEXTUAL


Renata Daniela Silva De Cristo
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Relatamos aqui os resultados e o desenvolvimento de um projeto de letramento
articulado com o uso de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Destacamos
que o projeto mencionado é fruto dos estudos e leituras vinculados ao grupo de
pesquisa ―Formação de Professores e Práticas de Ensino na Educação Básica e
Superior‖ do qual fazemos parte. Realizado de março a maio de 2016, foi
desenvolvido em uma sala de 3º ano do Ensino Fundamental I, de uma escola
Municipal de Presidente Prudente/SP. Sabendo que nessa fase escolar deve ocorrer a
consolidação da alfabetização, desafiamos os alunos a um projeto que sedimentasse
e ampliasse as habilidades de leitura e escrita adquiridas nas séries anteriores.
Objetivou-se promover o letramento; integrar a educação às TICs e fomentar um
espaço de interação entre escola, família e comunidade. Em específico almejamos
que os alunos percebessem a leitura como repertório para a escrita e
compreendessem esta como uma das formas de registrar experiências e sentimentos;
que conhecessem as características do gênero Diário e que o produzisse. Por fim os
textos compuseram um diário digital, o blog da turma. Todo projeto foi desenvolvido
com as seguintes etapas: Sensibilização; Produção; Correção; Digitação e Publicação.
Ao finalizarmos o projeto, avaliamos a superação da resistência em produzir textos, os
avanços nas habilidades de escrita e o apreço pela leitura. O uso do blog garantiu o
registro dos textos de forma significativa e a interação com as famílias e a
comunidade. Concluímos que há eficiência no trabalho de leitura como repertório para
a produção textual garantindo a ressignificação da ação de ler e escrever. É possível
visualizar os resultados deste projeto no endereço
http://blogueandocomoterceiroanoc.blogspot.com.br/.

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O DIÁRIO DE LEITURA COMO PRÁTICA NAS AULAS DE LITERATURA INFANTIL


E JUVENIL
Izabel Cristina Marson, Luciana Brito
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Este trabalho tem por objetivo apresentar a pesquisa de mestrado intitulada ―Didática
da leitura subjetiva: o sujeito leitor no ensino de leitura na escola‖, que propõe um
plano de trabalho docente e oficina para professores da rede básica a partir da análise
e leitura de quatro livros do Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE): O que a
terra está falando, de Ilan Brenman, 2011; Nenhum peixe aonde ir, de Marie-Francine
Hébert, 2013; A chegada, de Shaun Tan, 2006; e Guerra dentro da gente, de Paulo
Leminski, 2006. Partindo do diálogo intertextual baseado no tema ―conflitos sociais‖,
tem-se como intuito pesquisar a depreensão do texto literário por meio de elementos
que revelam a subjetividade do leitor, bem como sua competência estética (Rouxel:
2014, p.28). Plano de trabalho e oficinas para professores aqui integram proposições
de formas de avaliação diagnóstica dos saberes de alunos e educadores, sendo o
primeiro composto por treze encontros em sala de aula e as oficinas contando com
nove atividades. Deste modo, as propostas visam indicar que o ensino de leitura
requer, para professores, formação e capacitações; e, para os alunos, atividades
coerentes, com avaliações diagnósticas que apontem direções pertinentes a novas
leituras emancipatórias no campo do literário. A pesquisa justifica-se pela
subjetividade da leitura estar inserida de forma constitutiva no ato de ler, como
questão contextual, sociocultural e identitária do leitor em formação (Jouve: 2013,
p.65). Com o delineamento do ensino de leitura a partir do texto literário no contexto
de atividades formadoras para professores e alunos estima-se apresentar práticas
avaliativas que contribuam para a aprendizagem da Língua Portuguesa por meio da
leitura.

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O ENSINO DE LITERATURA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UMA


ANÁLISE DOS ASPECTOS INCLUSIVOS
Clarice Karen De Jesus
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Este artigo visa relatar algumas observações das aulas de Literatura na Educação de
Jovens e Adultos (EJA) no ensino médio, na qual está matriculado um estudante com
surdez. Para desenvolver esta pesquisa foi feito o levantamento bibliográfico,
observação das aulas e entrevistas semiestruturadas com os professores da
disciplina. Como resultado foi possível concluir que o ensino de Literatura ainda não
está atingindo resultados satisfatórios na escolarização do estudante com surdez, pois
em vários momentos o aluno não conseguiu compreender os conceitos abordados ou
participar dos debates sugeridos pela professora. Outros recursos utilizados na aula
também não contemplavam a inclusão do estudante, por exemplo, atividades com
música e correção por meio de ditados. Para embasar este artigo foram utilizados os
autores: Fukushima (2008), Rijo (2009) e Rocha (2012). Palavras-Chave: Inclusão.
Escolarização. Literatura.

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O USO DO COMPUTADOR NA ESCRITA DE NARRATIVAS


Sonia De Oliveira Santos, Dagoberto Buim Arena
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Este trabalho tem como proposta apresentar dados de uma pesquisa maior intitulada
apropriação da linguagem escrita por meio de aplicativos em dispositivos digitais, que
tem por objetivo geral compreender as relações entre as crianças e os aplicativos
presentes em dispositivos digitais no processo de apropriação da linguagem escrita. A
pesquisa vem sendo desenvolvida desde 2015, em uma escola pública da rede
estadual do Estado de São Paulo, localizada na cidade de Marília. Participam da
pesquisa crianças que cursam o 1º e 2º ano das séries iniciais do Ensino
Fundamental. A pesquisa-ação é utilizada como metodologia de base por possibilitar
intervenções diretas com os sujeitos da pesquisa e os dados são gerados nos
momentos de construção de narrativas, de comunicação instantânea, utilizando os
dispositivos digitais e de interação com a pesquisadora. Para que a linguagem escrita
seja desenvolvida em um contexto significativo é utilizada a escrita de mensagens
utilizando o aplicativo WhatsApp e de narrativas baseadas nos contos dos irmãos
Grimm, utilizando o programa Word e o aplicativo bookwright. O uso de novas
tecnologias e de instrumentos digitais altera as concepções sobre os atos de ler e de
escrever e modifica a relação que o sujeito estabelece com a linguagem escrita. As
ações realizadas pelos sujeitos ao utilizar os instrumentos digitais demonstram a
riqueza de gestos que são característicos da escrita contemporânea.

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PROJETO POESIA CONSCIÊNCIA - EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA COM


ESCRITA DO TEXTO LITERÁRIO
Shirley Dos Santos Lira
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
O presente trabalho tem por objetivo partilhar uma experiência na Educação Básica,
anos iniciais do ensino fundamental, que buscou viabilizar a escrita do texto literário, a
produção textual de vários tipos de texto, em especial a poesia, através de uma
prática de leitura e reflexão desenvolvidas em um laboratório de Ciências, com o uso
de gêneros textuais diversos (sem se prender aos textos informativos, científicos),
nada convencionais para o espaço citado, proporcionando com isso pensar, repensar
e ressignificar tanto o lugar da produção poética quanto a natureza da Ciência e o
espaço/fazer científico. Para tanto, dividimos essa experiência - ou projeto, como
queiram chamar – em duas partes: a primeira, intitulada ―A Ciência da Poesia‖, na qual
buscamos trabalhar com músicas, entre outros textos, que nos trouxessem condições
de discutir, refletir, analisar, questionar e comtemplar a ciência da vida e dar luz à vida
da ciência nas coisas mais corriqueiras, cotidianas, atendendo as demandas dos
assuntos abordados no currículo da escola, de acordo com cada ano; e a segunda,
denominada de ―ConsCiência Poética‖, cujo intuito fora trabalhar com produção textual
a partir das reflexões, leituras, experiências propostas nas aulas de ciências (no
laboratório ou em sala de aula) e expor tais textos de autoria em um mural feito na
parte externa do Laboratório de Ciências, no corredor do colégio. Em ambas as
partes, seguimos três etapas distintas para a realização das atividades/experiências
científico-literárias, ou lítero-científicas, aos moldes do que propõe o texto ―Procurando
pelo poema na sala de aula‖, da poeta e professora Gláucia de Souza, retirado do livro
―Poesia para crianças: conceitos, tendências e práticas‖.

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REESCRITA: IDAS E VINDAS ENTRE O TEXTO E O ALUNO-AUTOR


Pamela Zibe Manosso, Elisa Maria Dalla-Bona
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
A experiência relatada é fruto de uma pesquisa etnográfica, em uma turma de 4º ano
do ensino fundamental, com crianças de 8 a 10 anos, em escola municipal de Curitiba.
Nas aulas de Literatura, durante o ano de 2016, a pesquisadora/professora
desenvolveu atividades com o objetivo de sistematizar a leitura literária e iniciar a
formação do aluno-autor. O aspecto selecionado foi a reescrita, devido às dificuldades
dos alunos ao retomarem seus escritos. Dos 27 textos reescritos foram selecionados
três, por apresentarem da sua versão inicial para a final refinamento do enredo, da
verossimilhança, da criatividade, da linguagem e dos elementos que indicam a
intenção de provocar efeitos no possível leitor. A metodologia adotada para as aulas
foi o Método Recepcional, de Bordini e Aguiar, que prevê cinco etapas: determinação,
atendimento, ruptura, questionamento e ampliação do horizonte de expectativas. Na
etapa de ampliação do horizonte de expectativas, ao ser observada a conquista de um
novo repertório de leitura foi possível propor aos alunos uma situação de escrita
autoral. A versão inicial destas escritas era muito próxima dos textos de referência,
limitação superada com a adoção de algumas medidas, como: estudo dos recursos
utilizados pelos autores nas obras literárias trabalhados nas etapas anteriores (uso de
pontuação, ilustração, diálogo), troca dos textos entre os alunos para leitura e
sugestões de reescrita, análise minuciosa do texto feita entre o aluno-autor e a
professora, e durante a reescrita a livre consulta às obras de referência e ao
dicionário. Nas versões finais é possível perceber a originalidade dos textos e o
desenvolvimento da habilidade dos alunos-autores em criar efeitos no leitor. Palavras-
Chave: Reescrita. Texto literário. Ensino Fundamental.

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RICARDO AZEVEDO E O DESPERTAR DOS PEQUENOS ESCRITORES: UMA


SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O LER E O ESCREVER TEXTOS LITERÁRIOS
Fabiana Goes Da Silva Agostinho
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Ricardo Azevedo, com sua linguagem simples e leve, produz uma energia contagiante
que faz com que as crianças se sintam próximas a ele e ao universo da leitura e
escrita. Dessa forma, a sequência didática desenvolvida tem o autor como ator
principal e contou com os seguintes objetivos: possibilitar o acesso à leitura de textos
literários, apresentar o gênero textual conto, criar condições para que as crianças
pudessem produzir seus próprios textos inspirados na temática do livro trabalhado,
utilizar o computador e as ferramentas de texto para a escrita de seus textos, mostrar
a importância de suas produções disponibilizando-as para acesso de toda a escola,
por meio de um mural. A metodologia utilizada foi o uso de Sequência Didática (Dolz,
Schneuwly, 2004) destinada ao gênero conto: Primeira produção para reconhecimento
dos conhecimentos prévios em relação ao gênero; acesso aos textos por meio da
leitura diária dos contos do livro ―Conto de enganar a morte‖, de Ricardo Azevedo,
para reconhecimento da estrutura do gênero, criação de repertório, conhecimento da
temática; a análise linguística destinada a sanar dúvidas relacionadas ao gênero; nova
produção textual, em duplas; troca em duplas para a correção, com intervenção
docente; reescrita dos contos com as correções e a adequação quanto aos
apontamentos para a melhoria do texto; escrita usando a ferramenta de texto no
computador; ilustração do texto; produção do mural com o título do livro inspiração. Os
objetivos estipulados foram contemplados. Em especial, compreenderam a
importância de suas produções e como elas podem despertar o interesse de outros
leitores, dessa forma, perceberam-se jovens escritores. A visibilidade de suas
produções fez com que passassem a se dedicar mais ao processo de produção de
texto.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

SELF-REGULATED STRATEGIES DEVELOPMENT (SRSD) E A


AUTORREGULAÇÃO DA ESCRITA
Simone Alves Pedersen
Eixo Temático 01: Experiências na educação básica com a escrita do texto literário -
Comunicação Oral
Muitos acreditam que a escrita é uma habilidade nata e o uso de estratégias e
ferramentas impediria a criatividade na produção textual. Todavia, escritores
renomados nem sempre podem esperar indefinidamente pela inspiração. A produção
escrita envolve dimensões psicológicas, cognitivas e ambientais. Considerando essa
realidade, pela perspectiva da Teoria Social Cognitiva, esse estudo é um recorte de
uma pesquisa sobre programas de escrita autorregulada aplicados com sucesso no
contexto escolar. Após levantamento intencional da literatura, selecionou-se o SRSD
para aprofundamento, por tratar-se de um programa aprimorado em mais de 30 anos.
Os resultados de pesquisas em diversos países comprovam a eficácia do programa
em diferentes países e em todos os níveis escolares. O programa ajuda professores
darem o apoio necessário ao desenvolvimento da autorregulação, motivação e
atitudes positivas em relação à escrita de seus alunos ao trabalhar três dimensões da
escrita: estratégias genéricas, específicas e de autorregulação. Não foi identificado o
uso do SRSD para escrita, em nosso país. Um dos possíveis motivos pelos quais
muitos alunos não consigam escrever melhor é o fato de que eles nunca foram
ensinados estratégias autorreguladoras da escrita e o fracasso em suas primeiras
tarefas tenha infringido um impacto prejudicial em toda sua trajetória. Todavia, o
SRSD demonstrou que alunos sem ou com dificuldade em aprendizagem podem
melhorar sua produção textual. O aluno que escreve bem tem melhores chances de
alcançar o sucesso escolar, e alunos com bom desempenho escolar têm mais
chances de chegar ao ensino superior. Palavras-chave: Autorregulação da
Aprendizagem. Autorregulação da Escrita. Autorregulação. Escrita. SRSD.

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A LITERATURA E A EDUCAÇÃO INFANTIL: A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS


ATREALADA À LUDICIDADE
Izabele Dias Dos Santos, Paula Cristina Dantas Dos Santos
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Apresentação de Pôster
Desde os primórdios da humanidade existe a brincadeira para entreter e divertir o ser
humano. Ela é necessária tanto para os adultos como para as crianças. Ao brincar, a
criança assume um papel social na brincadeira e, dessa forma, também aprende. Para
o adulto, a brincadeira assume um papel de distração e é relacionada diretamente ao
prazer. A contação de histórias acontece desde a racionalidade do homem, quando
várias pessoas se sentavam ao redor do fogo para se distrair e dar asas à imaginação.
A escola é um local de formação do leitor e, visando essa formação, este trabalho
pretende colaborar diretamente para o contato da criança com a literatura, e despertar
nelas o interesse pela leitura através da contação de histórias. Este texto é um relato
de experiência de uma das autoras em seu trabalho com as crianças de um colégio
particular de Martinópolis (SP). O objetivo é ´despertar da criança pelos livros
literários, a ampliação de repertório e a colaboração para a formação do futuro leitor. A
metodologia consiste em pesquisas bibliográficas na área em teses, dissertações e
artigos científicos que contribuem para o embasamento teórico. Como resultado, foi
possível observar o aumento substancial do interesse das crianças da Educação
Infantil por histórias e livros, visto que elas pesquisavam e traziam ao professor o
material literário que elas possuíam em casa. Deste modo, as histórias foram
relacionadas diretamente ao prazer pelos pequenos, visto que juntamente após a
narrativa, eram realizadas brincadeiras com relação ao tema tratado nas narrativas,
interiorizando a contação de histórias e os livros e relacionando-os diretamente à
diversão. Palavras-Chave: Contação de histórias. Literatura. Ludicidade.

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A PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA CRIANÇAS EM TRATAMENTO DE SAÚDE E A


EDUCAÇÃO SOCIAL
Ana Claudia Dos Santos Garcia, Ercilia Maria Angeli Teixeira De Paula
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Apresentação de Pôster
O adoecimento para crianças gera muitas implicações nas suas vidas. A
hospitalização produz angústias, ansiedades e, em alguns casos, distanciamento de
aspectos da cultura infantil. A convivência com procedimentos dolorosos para as
crianças que precisam receber tratamento cotidianamente faz com que elas
amadureçam precocemente. Nesse sentido, a literatura possibilita o contato com o
imaginário infantil e oportuniza meios para que elas possam enfrentar essas
dificuldades da vida de forma mais agradável. Este trabalho teve como objetivos:
analisar a produção literária destinada a crianças em tratamento de saúde e a relação
com a Educação Social, discutir as representações de infância nesses livros e as
contribuições da literatura infantil para essas pessoas. A metodologia utilizada foi
revisão de literatura sobre produções literárias para crianças em tratamento de saúde
e a relação com as perspectivas teóricas da Educação Social. Foram selecionados
sete livros de literatura infantil que discutem essa temática. As análises dos livros
foram baseadas em quatro categorias: valorização da auto estima, auxílio para
enfrentamento da tristeza, tratamento da criança como ativa e prevenção de doenças
e acidentes. Como resultados verificou-se que esses livros contribuem para as
crianças que realizam tratamentos de saúde pois são transmitidas mensagens
otimistas e estratégias de superação das situações adversas da vida. Palavras-Chave:
Literatura Infantil. Tratamento de Saúde. Educação Social.

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BRINQUEDOTECA HOSPITALAR: A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA E DO


BRINCAR PARA A CRIANÇA
Ágatha Fagundes Lamas
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Apresentação de Pôster
O objetivo desse trabalho é retratar através de pesquisas bibliográficas a importância
da literatura e o brincar infantil no ambiente hospitalar no intuito de melhor
compreender os desafios, afim de minimizar nos pacientes os sofrimentos produzidos
pelo aspecto psicológico do adoecer. A literatura e o brincar desenvolvido nestes
espaços são um dos recursos que tem a contribuir para a formação, o
desenvolvimento da criança, minimizar a dor física e psicológica, além da
possibilidade de sonhar, viajar por mundos jamais vistos, promover a interação de
maneira espontânea entre a mediação do psicólogo e a criança e até entre as próprias
crianças. É através do brincar e da literatura infantil que a criança também vem a
expressar de forma simbólica o que está sentindo, bem como favorece no processo de
subjetivação e conhecimento, o desenvolvimento da linguagem, principalmente de
forma simbólica, quando esta entra em contato com a fantasia produzida por um
conto, ela pode elaborar hipóteses para resolução de problemas dos personagens e
construir novas histórias, no faz de conta, os desejos podem ser realizados e pode ser
manifestado o mundo interior da criança, permitindo a criação e recriação de situações
que ajudam a satisfazer alguma necessidade presente no mundo interno. Acreditamos
que quando se pensou na implantação de brinquedotecas em hospitais um dos
objetivos foi respeitar a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento e tornar o
ambiente mais humanizado, onde fosse oferecido para a criança um espaço
acolhedor, descontraído e lúdico, criando condições para que a mesma busque a
compreender a realidade vivida por ela – a hospitalização, uma vez que se encontra
em um espaço fora de seu habitat. Palavras – Chave: Brinquedoteca hospitalar.
Literatura infantil. Brincar.

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ERA UMA VEZ: ANÁLISE DO LIVRO PREMIADO EM 2016 PELA FUNDAÇÃO


NACIONAL DO LIVRO INFANTIL E JUVENIL
Luana Silva Neves, Juliane Francischeti Martins Motoyama
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Apresentação de Pôster
Este estudo teve como objetivo analisar o livro ―Era uma Vez...‖ (LACOMBE, 2009). O
material é constituído por pop-ups criados e ilustrados por Benjamin Lacombe, com a
arquitetura de papel José Pons, posfácio Jean Perrot e, no Brasil, a tradução foi
realizada por Lavínia Fávero. O livro contém recortes do clímax de 8 contos das mais
diversas épocas e países, dispostos em páginas duplas de modo que, o leitor tem uma
cena para recriar a história, ou seja, não há uma narrativa linear e tão pouco texto
escrito, há um mundo de possibilidades que se abre a cada virada de página. O livro
foi premiado em 2016 pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) na
categoria livro-brinquedo, considerando os elementos intratextuais que caracterizam o
conteúdo como literário. Nesta análise observamos as dimensões do livro infantil
como: dimensão material, dimensão verbal e dimensão não verbal (FEBA, VALENTE,
2016). Neste sentido, comprovamos que, para além dos critérios literários da FNLIJ
que tornaram o livro apto a receber o prêmio, o material é rico em recursos para uso
em sala de aula trabalhando, principalmente, com o conhecimento prévio dos leitores
e suas inferências. Tal análise foi importante, do ponto de vista pedagógico, pois se
faz necessário instrumentalizar os docentes para com as práticas literárias, o chamado
professor mediador, construindo-se uma ponte entre o aluno e o objeto livro. Assim,
para além de analisar o livro, este estudo apresenta também possibilidades de uso do
material em sala de aula através das estratégias de leitura como, por exemplo, meios
de relacionar o texto verbal com o não verbal. Palavras-Chave: Educação. Literatura
Infantil. Livro-Brinquedo.

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FORMANDO PROFESSORES FORMADORES DE LEITORES NA EDUCAÇÃO


INFANTIL: A HTPC COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO DE PEQUENOS LEITORES.
Raquel Depolito Gomes De Oliveira
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Apresentação de Pôster
O presente relato tem por objetivo apresentar uma experiência de formação de
professores da Educação Infantil para práticas de formação de pequenos leitores em
uma escola no município de Presidente Prudente. Ao longo de alguns anos, enquanto
orientadora pedagógica, minha inquietação era no fato de não ter um projeto
específico para leitura e contação de histórias na Educação Infantil. Apesar de
entender o momento da roda como um espaço de leitura com e para os alunos, ainda
sentia que faltava uma lacuna na formação de leitores desde o Pré I. Foi então, num
momento de leitura e discussão em HTPC (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo)
sobre as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil, onde discutimos sobre os
direitos da criança à sua cultura, inclusive a leitura e escrita, que nasceram dois
projetos de estímulo à leitura e contação de histórias na Unidade Escolar. O primeiro
projeto, famoso em vários lugares, é a ―Sacola de Leitura‖, onde dois alunos levam
uma sacola com um livro para casa e a partir da leitura feita com e pela família, a
criança registra através de várias linguagens, sua impressão sobre a história lida. Um
segundo projeto foi pensando a partir da necessidade em transformar o HTPC em, de
acordo com Nóvoa, um espaço de troca e formação mútua. Daí criamos em nossa
escola um espaço de contação de histórias pelos professores e equipe gestora. Nas
HTPC’s estudamos sobre a importância da linguagem oral e escrita e literatura
infantil, para em seguida criar diversos materiais para realizar a contação de histórias
para todos os alunos presentes. Acredito que, enquanto formadora de professores, a
teoria e prática se fazem presentes nas HTPC’s onde o resultado esperado
seja o estímulo à leitura pelas crianças da Educação Infantil.

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O DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES A PARTIR


DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COM BEBÊS: UMA EXPERIÊNCIA NO CENTRO
DE EDUCAÇÃO INFANTIL JACÍ CAMBUÍ FERREIRA
Paulo Roberto Friosi, Ana Cláudia Bazé De Lima, Mayara Dos Santos Araujo
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Apresentação de Pôster
Esta pesquisa surgiu em virtude de diálogos com profissionais que atuam com bebês,
onde percebemos que pouco acreditam na capacidade produtora e de leitura de
mundo das crianças muito pequenas. Sabemos que o conhecimento de mundo chega
para elas por meio dos sentidos, do afeto e, a leitura atende estas duas necessidades.
Os bebês podem não entender todo o enredo de uma história, porém, é no momento
em que se oportuniza a contação de histórias que eles se apropriam da leitura, por
meio dos sentidos. Eles são curiosos, inventivos, cantantes, dançantes, gostam de
ouvir histórias e manusear livros, não sendo este apenas instrumento para brincar.
Nesse sentido, a proposta é evidenciar as melhores "travessias" de
condução da leitura com crianças muito pequenas, inserindo-as como co-autoras. A
leitura na primeira infância é essencial para o desenvolvimento das linguagens, das
funções psicológicas superiores e afinar a sensibilidade. Oportunizar a leitura desde o
berçário insere a criança nesta prática social e pode ser o caminho para a formação
de um futuro leitor. É deste lugar que analisaremos as práticas que são desenvolvidas
em uma turma de 0 a 1 ano na Rede Municipal de Ensino de Três Lagoas,
especificamente, com uma professora que já atua com estratégias de leituras para
essa turma, afim de levantarmos como as crianças recepcionam este momento e
como elas se relacionam com o livro. Os resultados são preliminares, porém já
apontam que os bebês nos momentos de ouvir histórias contadas direcionam seu foco
de atenção para a professora, essa atitude dos pequeninos nos levou a este interesse
de pesquisa para que possamos contribuir com os demais professores que atuam com
esta faixa etária quanto as possibilidades e potencialidades nesta prática.

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A LITERATURA PARA OS PEQUENOS: DOS ESPAÇOS, DAS OBRAS E DAS


INTERAÇÕES
Maria Laura Pozzobon Spengler, Fernanda Gonçalves, Thamirys Frigo Furtado
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
A literatura infantil, como já sabido, é encontro entre leitor, arte e mundo, por meio da
experiência literária. O presente texto apresenta discussões realizadas a partir de três
pesquisas que se entrelaçam quando focam a relação das crianças pequenas e dos
livros literários, e a formação do leitor desde os primeiros contatos com os livros.
Assim apresentaremos inicialmente um mapeamento dos espaços e tempos coletivos
de leitura literária nas instituições de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino
de Florianópolis (SC). Conhecidos esses espaços, refletiremos sobre a presença do
livro objeto nesses contextos, primeiramente, tomaremos como objeto o livro de
imagem adotando como corpus de análise os livros de imagem que compõem os
acervos do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) para a Educação Infantil,
dentre os anos 2008 e 2014, selecionando, para tanto, os títulos Ida e Volta (2001),
Brinquedos (2009), Abaré (2009), É um gato? (2002) e É um ratinho? (1998).
Posteriormente, pensando o objeto livro em suas múltiplas possibilidades nas relações
dos bebês no contexto da Educação Infantil, entendendo a materialidade do livro como
possibilidade para o encontro inicial com a leitura literária. Percebemos as instituições
de Educação Infantil como fundamentais para a formação do leitor literária, quando
promove interações das crianças com o objeto livro.

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A NARRAÇÃO DE CONTOS PARA CRIANÇAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR: UM


RECURSO PEDAGÓGICO FUNDAMENTAL PARA PROMOVER O
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Dulciene Anjos De Andrade E Silva
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
Apoiando-se nas contribuições de Piaget e nas recentes pesquisas das neurociências,
este texto tem por objetivo refletir sobre as evidências neurológicas que se mostram
significativas para a compreensão das diferenças estruturais e funcionais entre o
cérebro de uma criança pequena e o cérebro de uma criança com maior idade,
identificando porque a narração de contos para crianças em idade pré-escolar é um
recurso potencialmente fértil para favorecer o seu desenvolvimento e, inclusive, o seu
pensamento abstrato. Neste sentido, coloca em questionamento um fenômeno comum
nas instituições pré-escolares no Brasil, conforme atestam pesquisas realizadas no
Departamento de Educação II da Universidade do Estado da Bahia - UNEB: a
tendência cada vez mais recorrente (e contrária às contribuições daqueles estudos) de
restringir, na educação infantil, os momentos de fantasia imaginativa, como aqueles
que acontecem quando as crianças são envolvidas nas narrativas de contos de fadas,
em prol da precoce iniciação das crianças em habilidades acadêmicas, baseados na
crença de que quanto mais cedo elas se desenvolvam intelectualmente, mais
inteligentes se tornarão - tendência que denota o quão desconhecida é compreensão
de que é no pensamento simbólico-metafórico que estão os gérmens de todo o
raciocínio abstrato posterior.

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A PERSPECTIVA VIGOTSKIANA DA LITERATURA INFANTIL: FORMAÇÃO DO


PROFESSOR E EDUCAÇÃO INFANTIL
Cleonice Marçal, Tamara Cardoso André
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
Esta pesquisa discute a concepção vigotskiana sobre a literatura infantil e o processo
de ensino e de aprendizagem na Educação Infantil. Vigotski, Luria e Leontiev
elaboraram o método experimental para entender as funções psíquicas superiores que
distinguem os homens dos animais. Defenso da educação artística, denominou de
catarse o processo de fruição estética. A questão que este trabalho visa responder é:
no cotidiano da sala de aula da Educação Infantil, como incentivar o interesse literário
desde a mais tenra infância? A justificativa desta pesquisa está na importância de
refletir acerca das relações entre a perspectiva vigotskiana da literatura infantil e o
processo de ensino e aprendizagem na Educação Infantil. O objetivo geral é:
compreender a perspectiva vigotskiana da literatura infantil e a sua relação com a
educação estética na educação infantil. A pesquisa é qualitativa e bibliográfica, com
referencial teórico respaldado na concepção vigotskiana. Conclui-se que, no processo
de ensino e aprendizagem na Educação Infantil, a perspectiva vigotskiana contribui na
formação do professor quanto à prática metodológica e pedagogia. Para que
professores não tenham uma visão empobrecedora da literatura infantil, a fim de que
promovam a catarse e a fruição estética, é preciso que conheçam a experiência de
fruição estética, ou seja, que tenham contato com literatura infantil em sua formação
profissional. Palavras-Chave: Teoria Histórico-Cultural. Educação Infantil. Literatura
Infantil.

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AS CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO


DA IMAGINAÇÃO E CRIAÇÃO NA INFÂNCIA
Paula Gonçalves Felicio, Marta Chaves, Patrícia Laís De Souza, Vinícius Stein
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
Neste trabalho objetivamos estudar as contribuições do ensino e vivências com a
Literatura Infantil para o desenvolvimento da imaginação e criação na infância. Esta
elaboração, com delineamento bibliográfico, ampara-se nos pressupostos da Teoria
Histórico-Cultural, que, em nosso entendimento, apresenta subsídios teórico-
metodológicos para refletirmos sobre os desafios da educação na atualidade e
possibilidades para a realização de intervenções educativas afetas à Literatura Infantil
na perspectiva de uma educação humanizadora. Situamos esta pesquisa nos dois
primeiros capítulos da obra ―Imaginação e Criação na Infância‖ (VIGOTSKI, 2009),
sistematizando os principais conceitos e as proposições de L.S. Vigotski (1896-1934)
para o desenvolvimento da imaginação e criação nas crianças pequenas. Verificamos
que o professor pode contribuir para o desenvolvimento dessas capacidades na
medida em que realize intervenções pedagógicas que articulem as experiências
imediatas das crianças com modelos e referências literárias. Palavras-Chave:
Literatura Infantil. Teoria Histórico-Cultural. Imaginação e criação.

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A UTILIZAÇÃO DA LITERATURA INFANTIL NA FORMAÇÃO DE LEITORES NA


EDUCAÇÃO INFANTIL
Gilvane Reinke, Silvia Cristina Fernandes Paiva
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
A proposta deste trabalho a ser submetido ao V Congresso Internacional de Literatura
Infantil e Juvenil, no Centro de Estudos em Leitura e Literatura Infantil e Juvenil –
CELLIJ, na Universidade Estadual Paulista – UNESP, reflete o interesse em
compartilhar práticas pedagógicas significativas de professores Pedagogos que atuam
na Educação Infantil no município de Primavera do Leste, Mato Grosso. Diante das
observações e registros das práticas pedagógicas percebe-se a frequente utilização
da literatura infantil em inúmeras atividades no ensino aprendizado das crianças
pequenas. O objetivo geral deste trabalho consiste em analisar a importância da
literatura infantil na formação do leitor e o uso de metodologias para trabalhar com
textos literários, que se apresentam como importantes materiais que devem ser
priorizados nas escolas. Analisaremos como as práticas pedagógicas contemplam
experiências e aprendizagens significativas no uso da literatura infantil norteadas
pelas interações e brincadeiras, de acordo com as orientações das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Palavras-Chave: Educação Infantil.
Práticas Pedagógicas Significativas. Literatura Infantil.

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BEBÊS E LIVROS: SUTILEZA, VÍNCULO E RECIPROCIDADE


Nazareth Salutto
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
O que revelam os bebês nas suas ações e interações com os livros? Essa é uma das
perguntas que embasa o presente artigo - parte de uma tese em andamento - que tem
como objetivo apresentar e discutir uma das categorias construídas na empiria. O
campo foi realizado entre os meses de fevereiro e agosto de 2015, em uma creche
filantrópico-conveniada, situada em uma comunidade de um grande centro
metropolitano e contou com a participação de dezoito bebês de 4 a 11 meses, três
educadoras, a pesquisadora e uma bolsista de iniciação científica. A pesquisa tem
como referencial teórico-metodológico os estudos de Martin Buber (1974, 1991, 1987,
2003, 2013, 2009) e D. D. Winnicott (1975, 1983, 2012, 2014) que, em diálogo,
apontam para a concepção de bebê como pessoa que manifesta seus desejos e
amadurecimento de modo singularmente criativo na imersão e interação com
situações e objetos da cultura. A relação dos bebês com os livros de literatura infantil é
tomada a partir dessa perspectiva e, nas análises, tem apontado para a dimensão da
sutileza, do vínculo e da reciprocidade como modos subjetivos de encontros, buscas,
interações e partilhas dos bebês com o livro e as outras pessoas – bebês e adultos. O
artigo está organizado da seguinte forma: i) contextualização da pesquisa; ii) breve
apresentação do referencial teórico; iii) análises de elementos do campo empírico e iv)
alguma considerações.

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CONHECENDO AUTORES DA LITERATURA INFANTIL


Ana Verucia Silva Dantas, Nassara Maia Cabral Cardoso Gomes
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
O presente trabalho abordará o Projeto Literário promovido por uma Instituição
Privada da Cidade de Fortaleza/Ce. A abertura do Projeto aconteceu no dia 26 de
Setembro de 2016 e sua culminância no dia 22 de Outubro do mesmo ano.
Participaram desse projeto: coordenação pedagógica, professoras, crianças e os pais.
O Projeto abordou alguns autores da Literatura Brasileira: Mary França e Eliardo
França, Eva Furnari, Ana Maria Machado, Ruth Rocha) , autores cearenses (Flávio
Paiva, Tamara Bezerra, Fabiano dos Santos, Tino Freitas, Almir Mota, Fabiana
Guimarães, Rachel de Queiroz) e autores de cordel: (Ariovaldo Viana, João
Melchiades, Patativa do Assaré, dentre outros), possibilitando a inserção da criança
neste mundo maravilhoso da leitura. As etapas metodológicas foram: conhecer a
biografia do autor, construir a biografia das crianças, desenhar o autor da obra
trabalhada e o seu autorretrato na tela, um mural com fotos, um painel que foi inserido
na frente das salas com as imagens do livro, construção da produção individual do
personagem do livro, representação gráfica da história e produção coletiva. Na
culminância, as crianças apresentaram o que foi construído pela turma aos visitantes
(pais, avós, tios), recontando a história que foi elaborada pelas crianças acerca da
obra escolhida, autografando os livros que escreveram. Os livros foram produzidos da
seguinte forma: Berçário (livro de pano), Infantil 1 e Infantil 2 (histórias sequenciadas
contadas pelos pais), Infantil 3 e Infantil 4 (histórias construídas pelas crianças e
escrita pelas professoras) e Infantil 5 e Ano 1 (histórias construídas e escritas pelas
próprias crianças). Palavras-Chave: Produção literária infantil. Autores Infantis.
Atividades significativas.

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CONTAR E DIZER NA PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA: DIFERENÇAS E BENEFÍCIOS


Kenia Adriana De Aquino Modesto Silva, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
A prática da linguagem estabelece a condição mais significativa para o
desenvolvimento das estruturas psicológicas superiores, principalmente, nos bebês e
crianças pequenas (VIGOTSKI,2007),logo, precisam vivenciar experiências de
narração de histórias, pois iniciativas como compartilhar livros, ―ler em voz alta‖ e
contar narrativas, além de serem humanizadoras, proporcionam intimidade com a
literatura e formam atitudes leitoras nas crianças.A partir de pesquisas realizadas em
uma Bebeteca de Presidente Prudente/SP,este texto propõe-se a discutir as
diferenças e os benefícios entre os atos de ―ler em voz alta‖/dizer e contar histórias
para crianças na primeiríssima infância.Para tanto, o artigo embasa-se em
Bajard(2014), Faria e Vita(2014), Reyes(2010 e 2012), Matos e Sorsy(2013). Os
dados revelam que a leitura partilhada, entre adulto e bebê ou criança com até 3 anos,
atrai os pequenos para o livro, promove habilidades de concentração e de escuta do
outro, aos bem pequenininhos demonstra como se deve segurar um livro, a forma de
folheá-lo e a direção que o olho costuma seguir, além de mostrar que a linguagem
utilizada no livro é distinta daquela usada corriqueiramente; enquanto os momentos de
contar histórias favorece a disposição dos pequenos comunicarem seus sentimentos e
pensamentos, incentiva sua participação na sessão de narração, aumenta a
imaginação, além de tantos outros benefícios. Os estudos de campo, com cunho
etnográfico, evidenciam a necessidade de adultos contarem histórias, mas também
dizerem os textos dos livros e assegurarem que estes estejam disponíveis aos
pequenos, o que pode ser realizado de diversas maneiras, em diferentes lugares e em
grupos grandes, pequenos ou individualmente. Palavras-Chave:Contar histórias.Dizer
histórias.Formação do leitor.

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CONTOS E ENCANTOS DESDE AS PRIMEIRAS PALAVRAS- MOMENTOS DE


APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVAS!
Vanessa Maria Redígolo Castilho, Gilza Maria Zauhy Garms, Thiago Castilho
Clemente, Uillians Eduardo Dos Santos
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
Esse artigo teve como finalidade demonstrar as diversas maneiras satisfatórias de
trabalhar a literatura infantil com crianças de pouca idade, mais precisamente na faixa
etária de dois e três anos. O objetivo norteador da pesquisa é compreender como a
literatura infantil é apresentada às crianças e quais benefícios a mesma apresenta na
formação da aprendizagem e de futuros leitores. Por meio de estudos de bibliografias
referentes ao tema, nos baseamos em diversos autores como: Abramovich, (1997);
Coelho (2000); Arce (2007); Lajolo (2008); Souza (2009) e outros. Os procedimentos
metodológicos se deram por meio de uma entrevista estruturada e pequenos relatos
de dez professoras que atuam em uma Escola Municipal de Educação Infantil que
funciona em período integral no município de Dracena. Os resultados obtidos
revelaram que na visão das docentes, a hora da história se constitui em um rico
momento de interação, participação mútua, aprendizagem, descoberta e brincadeira.
Ainda segundo as mesmas, há a necessidade de haver cursos de formação que
envolvam essa temática e discussões voltadas para a literatura com crianças não
leitoras. Em relação a variedade dos livros,( fato discutido por todas), as professoras
destacam que os mesmos são importantes, contudo, é essencial que o professor seja
um mediador da leitura e perceba que os grupos de crianças, ainda que pequenas,
são heterogêneos, podendo haver necessidades e gostos específicos.

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CRITÉRIOS DE QUALIDADE PARA SELEÇÃO DE LIVROS PARA A PRIMEIRA


INFÂNCIA
Mônica Correia Baptista, Bruna Leire
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
Para assegurar uma adequada interação entre bebês e literatura, torna-se procedente
refletirmos sobre a produção, edição, distribuição, indicação e escolhas de livros de
literatura destinados à primeira infância. Este trabalho apresenta resultados de uma
pesquisa monográfica cujo objetivo foi estabelecer critérios de seleção de livros de
literatura infantil para crianças menores de seis anos e propor a aplicação de alguns
destes critérios na composição de acervos, tomando como base o acervo literário de
uma UMEI de Belo Horizonte. O referencial teórico adotado apoia-se na Psicologia
Histórico-Cultural, nos Estudos da Linguagem, na Sociologia da Infância, nas reflexões
sobre letramento literário e literatura infantil, bem como sobre trabalhos que buscam
problematizar a experiência dos bebês e das crianças com o objeto livro. A criança é
compreendida como um ser de ação e pensamento e argumenta-se sobre a afinidade
existente entre infância e literatura, evidenciando, assim, a necessidade da oferta de
um acervo literário que considere as especificidades da infância e que não reduza
suas potencialidades e desconsidere suas particularidades. A pesquisa foi realizada a
partir da elaboração de uma ficha no contexto da pesquisa Letramento Literário na
Educação Infantil - FAPEMIG/CAPES, Edital 13/2012, empregada para avaliação dos
livros que compunham o acervo de uma UMEI de Belo Horizonte. As análises dos
dados desta pesquisa indicaram a pertinência e a possibilidade de se criarem critérios
de qualidade, coerentes com a teoria estudada, que visem a construção de um acervo
diverso e provedor de experiências literárias estéticas significativas.

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ENTRE LEITURAS E BRINCADEIRAS: BEBÊS LEITORES


Fernanda Gonçalves, Eliane Santana Dias Debus
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
O presente trabalho é um recorte de uma pesquisa de doutorado (PPGE/UFSC), que
tem como objetivo analisar se existe e como acontece a interação dos bebês com o
objeto livro e o livro-brinquedo no contexto coletivo da creche e as suas possibilidades
de mediação. Para tanto, realizamos a pesquisa de campo em uma instituição de
educação infantil da rede municipal de Florianópolis (SC), junto a um grupo de bebês
na faixa etária de 11 meses a 1 ano e 4 meses e as suas professoras, durante o
período de 7 meses. A fim de trazer uma descrição que se aproxime da perspectiva
das crianças, lançamos mão dos procedimentos metodológicos provenientes da
etnografia, como registros escritos, fotográficos e fílmicos. Já que na etnografia
procura-se descrever e compreender as significações das ações e das relações
interativas a partir do ponto de vista dos seus atores (BUSS-SIMÃO, 2012). Para a
realização do estudo aqui proposto efetuamos observações sistemáticas em distintos
períodos na instituição participante, junto aos grupos de bebês, de modo a buscar a
auscuta (ROCHA, 2008) dos pequenos e dos múltiplos modos de se expressarem,
como seus gestos, olhares, sorrisos e balbucios, por exemplo. É nessa perspectiva,
que o presente trabalho apresentará as analises parciais da pesquisa de campo, as
quais têm demonstrado e reafirmado a potencialidade dos bebês em suas leituras,
quando exploram o objeto livro com todos os seus sentidos

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“EU SOU DA COR DA FARINHA DE TRIGO! E EU SOU DA COR DO


CHOCOLATE...”: A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL NA EDUCAÇÃO
PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
Mariane Del Carmen Da Costa Diaz, Carla Beatriz Coelho De Lima
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
Em um certo dia, na nossa roda inicial, algumas crianças conversavam sobre suas
cores de pele. Os questionamentos e as afirmações foram o fio condutor de um
trabalho iniciado sobre ancestralidade, valor civilizatório de extrema importância na
educação para as relações étnico-raciais. Com o intuito de problematizar e ampliar o-
debate acerca da questão, trouxemos alguns livros infantis que abordam a temática
como ―A menina bonita do laço de fita‖ de Ana Maria Machado e ―Obax‖ de André
Neves, além do longa metragem do herói africano, ―Kiriku‖. Ao longo de dois meses
problematizamos com as crianças de três anos da educação infantil, numa escola
localizada no município de Nova Iguaçu/RJ, os motivos pelos quais uma criança tinha
a pele preta e outra, a pele rosada, porque o cabelo de um é todo ―cheio de molinhas‖
e outro bem liso. Identidade étnica, estética, ancestralidade, origem e histórias das
famílias foram algumas das questões abordadas a partir de reconhecimentos e falas
das crianças. Compreendendo a urgente necessidade de uma educação para as
relações étnico-raciais, utilizamos a literatura infantil como principal abordagem
proporcionando vivências e experiências para as crianças e suas famílias acerca de
seus conhecimentos étnicos a partir de oficinas de bonecos, em que buscavam,
experimentavam e criavam suas cores de pele e pesquisa de família, com a
construção da árvore genealógica. O presente trabalho narra uma experiência
pedagógica tendo a literatura infantil como uma grande aliada para a educação das
relações étnico-raciais e destaca a importância e potencialidades da leitura literária no
combate ao racismo desde a educação infantil.

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LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: POSSIBILIDADES E PRÁTICAS


FORMADORAS DO LEITOR AUTÔNOMO
Denise Alexandre Perin
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
O livro infantil oferece vivências e experiências que colaboram para que a criança o
compreenda como objeto cultural com função social, desde a Educação Infantil.
Pensar o desenvolvimento infantil como processo envolve considerar a criança
aprendiz e produtora de cultura, significada nas interações que lhe forneçam o acesso
às diversas linguagens e a variados conhecimentos e que lhe possibilitem a
construção da sua identidade autônoma, mediada pela cultura histórica e socialmente
construída. Assim posto, requer considerar que a aprendizagem, seja por imitação de
práticas presenciadas ou vivenciadas, se constitui na rotina por meio da interação
entre adulto, crianças e crianças entre si. O artigo de cunho bibliográfico, tem por
objetivo revisar evidências contidas nos documentos oficiais para a Educação Infantil
acerca das orientações didáticas destinadas à práticas de leitura e escrita, convidando
professores a refletir sobre as possibilidades de autonomia (escolha dos livros e
situações de leitura e escrita) implícitas em sua prática, destacando a sua função
como promotor de situações que facilitem o acesso, o encontro da criança com o livro
e a autonomia leitora. Revisar, na mesma medida, concepções e ações orientadas nos
documentos oficiais se faz necessário, uma vez que as diretrizes norteadoras atuais,
definem a criança como sujeito de direitos e capaz. Palavras-Chave: Literatura Infantil.
Leitura. Autonomia leitora

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LITERATURA DE TRADIÇÃO ORAL E O CONTADOR DE HISTÓRIAS EM RUTH


ROCHA
Ana Cláudia Dos Santos
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
O presente trabalho tem por objetivo apresentar a relevância da literatura oral para
formação do leitor ativo proporcionando o primeiro contato com a literatura e também
a representatividade da figura do contador de histórias na obra ―O reizinho mandão‖.
Para uma das mais importantes escritoras brasileira de livros infantis Ruth Rocha, a
literatura oral foi um dos impulsionadores que favoreceu positivamente a aquisição do
gosto pela leitura, tendo como motivador o seu avô, um narrador completo e, também
aprendeu a prática narrativa com escritor renomado de literatura infantil e juvenil
Monteiro Lobato. Para Darnton (2014) os contadores de histórias são os narradores
que transmitem os relatos deixando-os instalados em cada cultura e perpassando as
gerações subsequentes. A metodologia utilizada será a obra ―O reizinho mandão‖ com
recortes na figura do ―Avô e o velho sábio‖ Rocha (2013), dialogando diretamente com
―Mitos e arquétipos do homem contemporâneo‖ Boechat (1996) basicamente no
arquétipo do velho sábio. Os dados da pesquisa expõem a importância da inserção da
literatura oral em fazer parte da vivencia da criança, Ruth Rocha presenciou-a na
infância resultando inconscientemente na implantação dessas vivências para a obra.
Palavras-Chave: Velho sábio. Avô. Contador de História.

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LITERATURA INFANTIL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA EXPERIÊNCIA DO


PROJETO LABINTER
Suelen Regina Patriarcha Graciolli, Ana Paula Gaspar Melim, Angela Maria Zanon,
Neli Porto Soares Betoni Escobar Naban
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
O Laboratório Pedagógico Interdisciplinar das Licenciaturas (Projeto Labinter) da
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) é um espaço de desenvolvimento de
atividades educacionais que visa propiciar aos acadêmicos dos cursos de licenciatura
(Ciências Biológicas, Pedagogia e Letras) práticas pedagógicas em uma perspectiva
socioeducativa, com articulação entre ensino, pesquisa e extensão. No ano de 2016, o
projeto iniciou a proposta de trabalho com literaturas infantis e Educação Ambiental
(EA), tendo como um dos objetivos promover contações de histórias. A EA deve
pautar-se por uma abordagem sistêmica e exige a perspectiva da complexidade, que
implica compreender que no mundo interagem diferentes níveis da realidade (objetiva,
física, abstrata, cultural, afetiva) e se constroem diferentes olhares decorrentes das
diferentes culturas e trajetórias individuais e coletivas. Neste contexto, as literaturas
infantis escolhidas para o desenvolvimento do trabalho sob a perspectiva da visão
socioambiental foram: Coach!; Você quer ser meu amigo?; Diversidade; Não quero... ir
à escola; todas da editora FTD Educação. Na construção coletiva da perspectiva
socioambiental, os acadêmicos extensionistas e professoras responsáveis pelo projeto
analisaram e estudaram as histórias, bem como avaliaram suas possibilidades de
trabalho interdisciplinar. Posteriormente foram confeccionados recursos e técnicas
para contação das histórias. Em um primeiro momento as oficinas foram internas para
construção coletiva do saber e em seguida, os acadêmicos foram a campo, realizando
momentos de contação de histórias para crianças da educação infantil (de um a cinco
anos), principalmente em duas escolas de Campo Grande/MS, onde puderam
vivenciar o lúdico, a arte da literatura e o universo infantil.

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LITERATURA INFANTIL E FORMAÇÃO LEITORA NA EDUCAÇÃO INFANTIL:


CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL
Cleonice Marçal, Tamara Cardoso André
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
Esta pesquisa discute a Teoria Histórico-Cultural da escola de Vigotski com relação à
literatura infantil e a formação leitora da criança pequena da Educação Infantil de 0 a 5
anos de idade. A questão da pesquisa é: Como a Teoria Histórico-Cultural contribui no
processo de ensino e de aprendizagem da literatura infantil e na formação leitora? O
objetivo geral é: Estabelecer relações entre a Teoria Histórico-Cultural e a literatura
infantil, quanto à formação leitora na Educação Infantil. Vigotski aprofundou a
compressão sobre o pensamento e a linguagem, o adulto, ao contar ou ler uma
história para a criança, está ensinando novas palavras. A criança passa a efetuar
generalizações, sendo o passo seguinte a formação de conceitos científicos. A
justificativa desta pesquisa é a importância do manejo da literatura infantil no ambiente
escolar para a formação leitora. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica
com referencial teórico principal em Vigotski. Conclui-se que a Teoria Histórico-
Cultural apresenta contribuições à formação leitora da criança, o ensino deve ser
pautado por motivos e interações ricas, o que abre precedente para a elaboração de
várias atividades em torno da literatura na educação infantil, que potencializam a
formação leitora e a aprendizagem da educação estética. Palavras-Chave: Teoria
Histórico-Cultural. Literatura Infantil. Educação Infantil.

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LIVRO-BRINQUEDO: ANÁLISE DOS MATERIAIS PREMIADOS PELA FNLIJ DE


1998 A 2016
Luana Silva Neves, Juliane Francischeti Martins Motoyama, Renata Junqueira De
Souza
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
O livro-brinquedo tem ganhado espaço no mercado editorial brasileiro, pois atua de
maneira dinâmica na formação de leitores, convidando as crianças pequenas, que
ainda não decodificam o signo linguístico, a uma experiência diferenciada de leitura na
qual ela possa brincar, ler, tocar, morder, dentre outras reações e relações possíveis
de se criar no contato com o objeto. Diante da descoberta desta rica experiência
estética que o material proporciona, desde 1998, a Fundação Nacional do Livro Infantil
e Juvenil (FNLIJ) começou a premiar as melhores publicações na categoria Livro-
Brinquedo. Vale destacar que tal premiação é algo inovador, pois conceito é
relativamente novo em solo brasileiro. Estabelecendo-se no mercado editorial,
principalmente, a partir da década de 1990, o livro-brinquedo é um material que
abandona o formato tradicional do já conhecido livro impresso para trabalhar
expandindo a curiosidade e o interesse da criança para além das peripécias
reservadas pelo texto verbal. Assim sendo, este estudo analisa as relações entre o
texto verbal, a imagem e os apelos lúdicos dos livros que foram premiados no período
de 1998 (primeiro ano da premiação) a 2016. Neste prisma, temos uma pesquisa
bibliográfica e documental a medida que analisa o material e o relaciona com
princípios teóricos da teoria literária. O que avaliamos é que, nos últimos dez anos, a
produção vem evoluindo do ponto de vista estético e os livros, que a priori focavam
nos movimentos e materiais lúdicos, começam a se constituir de modo harmônico
entre as três dimensões aqui analisadas (texto verbal, imagem e ludicidade). Palavras-
Chave: Literatura Infantil. Livro-Brinquedo. Formação do leitor.

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LIVROS PARA UM CORPO EM EXPANSÃO: ESTUDOS SOBRE A LEITURA NA


PRIMEIRA INFÂNCIA
Camila Feltre
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
Este artigo narra sobre o livro e a leitura na primeira infância a partir de oficinas que
aconteceram em um espaço de educação não formal na cidade de Campinas – SP,
em novembro de 2016. Voltada para crianças de 0 a 6 anos e seus acompanhantes, a
proposta ―Livro-objeto: mar de afetos‖ envolveu ações como leituras de livros e
atividades artísticas. Os livros utilizados eram livros-objetos, cuja materialidade estava
presente na narrativa, apresentando diferentes tipos de papel, tamanhos, formatos e
imagens, e possibilitando leituras para além da palavra. O objetivo do texto é discutir
algumas questões como: O que o livro e a leitura representam nos primeiros anos de
vida da criança? Qual o papel das famílias e quais as aproximações criadas durante a
leitura? O texto aborda também sobre as linguagens artísticas que são apresentadas
às crianças neste período, que podem propiciar a experimentação de diferentes
materiais e técnicas. O suporte metodológico é baseado na revisão bibliográfica e na
observação dos participantes durante as oficinas. A leitura, como base simbólica e
emocional da criança é discutida a partir de pesquisadores como Yolanda Reyes,
Evelio Cabrejo Parra e Juan Mata e a criatividade é fundamentada por Anna Marie
Holm e Lev Vigostki. O resultado almejado é uma reflexão acerca da experiência da
criança pequena com o livro e a leitura e como isso contribui para o seu
desenvolvimento e formação. Palavras-Chave: Leitura na 1ª infância. Livro-objeto.
Criatividade.

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MEDIAÇÃO DO LIVRO SEM PALAVRAS COM AS CRIANÇAS: PERSPECTIVAS


DOS CONTADORES DE HISTÓRIA EM LONDRINA
Sueli Bortolin, Lucia Helena Sanaiotti
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
Os livros sem palavras, nos últimos anos, têm proliferado em nosso país, mas não são
valorizados na mesma proporção, muitos pais e professores desconhecem esta rica
literatura. O objetivo deste trabalho foi analisar a mediação dos livros sem palavras
com crianças realizada pelos contadores de histórias de Londrina-Paraná, tendo como
suporte quatro obras da Coleção Bons Tempos de Rogério Borges. Para tanto, iniciou-
se com uma revisão bibliográfica relacionada a vários conceitos, entre eles: leitura,
livros sem palavras, a interferência dele no desenvolvimento intelectual e cognitivo das
crianças. Discutiu-se também a mediação da leitura, a importância do mediador, do
ato de leitura no exercício da cidadania, o porquê da falta de leitura e a influência da
mediação da leitura literária no gosto pela leitura, sempre na perspectiva do livro sem
palavras. A investigação teve como base a pesquisa exploratória de natureza
qualitativa, utilizando a entrevista narrativa, mais especificamente a questão gerativa
de narrativa, que foi respondida por sete participantes. Concluiu-se que as respostas
seguiram três vertentes: pedagógica, lúdica e psicológica. Outro aspecto que se deve
destacar é que apesar dos contadores de histórias terem formações diferentes,
percebeu-se em suas narrativas que gostam e valorizam os livros sem palavras.
Palavras-chave: Livro sem palavras. Mediação da leitura. Leitura para criança.

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NARRATIVAS JUVENIS: FRACASSOS E ÊXITOS NA FORMAÇÃO DE LEITORES


Marta Helena Cocco
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
NARRATIVAS JUVENIS: FRACASSOS E ÊXITOS NA FORMAÇÃO DE LEITORES
Este artigo apresenta os resultados de um projeto de formação de leitores juvenis,
desenvolvido em uma escola pública, no município de Tangará da Serra - MT, com
alunos de 7ºs, 8ºs e 9ºs anos. As narrativas trabalhadas foram: Super Silva, de Ivan
Jaff, O Preço da Liberdade, de Saaly Grindley e A outra face, de Deborah Ellis.
Propusemos estratégias que principiavam pela conscientização da importância da
leitura, com exibição comentada de filmes sobre o tema e contextualização do espaço
geográfico e sócio-cultural de cada narrativa (Brasil - RJ, China e Vietnã). Os livros
foram lidos de modo individual e coletivo, em sala de aula. Na sequência, foram
apresentadas, para toda escola, produções alusivas às leituras, por meio de
performances cênicas, cartazes, vídeos, etc. A escolha das narrativas atendeu aos
critérios de adequação à faixa etária, temática alusiva a direitos humanos e texto
esteticamente bem construído. O objetivo geral do trabalho foi o de despertar o prazer
pela leitura do texto literário. Também objetivou-se desenvolver habilidades cognitivas
dos alunos, especialmente as linguísticas, para melhorar o desempenho na produção
escrita e na produção da leitura (interpretação), bem como criar uma cultura de prazer
pela leitura e de valorização do livro. Os resultados do projeto sinalizam alguns
fracassos derivados da cultura familiar e social dos envolvidos, em que o livro não
consta como valor, e alguns sucessos que apontam para a necessidade de
persistência nesses projetos. Como fundamentação teórica, seguimos alguns
postulados da Estética da Recepção, proposta por Jauss, e consideramos a leitura do
texto literár

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O FIO TEMÁTICO DE CINDERELA PRESENTE NO CONTO NATIKI


Bruna Dos Santos Evangelista, Lany Link Bezerra Moura
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
Este trabalho teve como finalidade analisar o conto africano Natiki, comparando-o com
outras narrativas do mesmo gênero, conto de fadas. Para atingir esse objetivo
recorremos as funções de Propp. O conto de fadas representa uma das formas mais
antigas de narrativas, tendo sua origem nos mitos primordiais, e sendo impossível
definir em qual data surgiram, temos a partir do século XVII as primeiras compilações,
mas as histórias já existiam há séculos. Nos contos podemos encontrar símbolos que
são recorrentes em diferentes culturas e épocas, desse modo, foi possível traçar um
paralelo entre a narrativa e a versão clássica conhecida pela maioria. Dessa maneira,
assim como Nobréga (1986) compara duas obras brasileiras que se inscrevem no
ciclo da Cinderela, buscamos analisar as semelhanças entre cinco versões e a obra
africana. Fez-se necessário explicitar o que a literatura africana e apresentar cenário
que compõe a narrativa Natiki, uma vez que, se trata de um continente muito grande e
com culturas, hábitos e consequentemente narrativas diferentes. Por fim, discorremos
especificamente dos contos, analisando a convergência entre eles e ressaltando as
divergências encontradas em Natiki, devido as questões culturais locais. Dessa forma,
intentou-se instigar a leitura das narrativas africanas, que despertam encantamento e
magia não apenas nas crianças, mas em todo leitor ávido de narrativas fantásticas.
Palavras-chave: Conto de fadas; narrativas africanas; Natiki.

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O LIVRO NAS MÃOS DOS BEBÊS: TOCAR, CONTER, ABRIR, FOLHEAR, LER,
PRESERVAR, FECHAR, GUARDAR...
Cristina Maria Rosa
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
A partir de estudos com bebês desde o nascimento, no artigo descrevo a educação
para o gosto ofertada a um grupo de bebês. Parto do princípio de que a leitura,
habilidade adquirida de crucial importância para a vida dos humanos em sociedade,
deve ser apresentada à infância logo que nossos filhotes indiquem suportar a própria
cabeça: quando conseguem ficar eretos, sentados sozinhos ou em nossos colos. É
nesse momento que podem ser apresentados ao comportamento leitor que é aqui
descrito como um grupo encadeado de atitudes que se sucedem e do qual faz parte o
observar, ouvir, conter, abrir, folhear, ler, preservar, fechar e guardar. Se bebês não
têm manual de uso, como muitos de nós poderíamos desejar, por que não apresentar
a eles o livro e a literatura desde tenra idade e em seus atributos? Por que não inseri-
los no mundo da cultura letrada desde os primeiros contatos? No artigo argumento
que essa ―apresentação‖, no entanto, não pode ser eventual, aleatória, desorganizada,
espontânea. Como fonte teórica para o diálogo com as descobertas que realizo desde
maio de 2015, utilizei-me de pensadores para quem as práticas formadoras do leitor
são definidas pelo conteúdo – o que ler – e pelos procedimentos ou ―como‖ ler. No
primeiro aspecto, Cademartori (2014), Machado (2002), Paulino (2014) e Zilberman
(2005), concordam que o texto literário deve ser ponto de partida para a alfabetização
literária. Com relação aos procedimentos, Tzvetan Todorov (2010) nos ensina que a
principal função de um professor é iniciar os seus ―nessa parte tão essencial de nossa
existência que é o contato com a grande literatura‖ e que à escola deveria ―ensinar os
alunos a amar a literatura‖. Entre os resultados, meninas e meninos bem pequenos e
seus modos de ler literatura.

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O PROCESSO DE FORMAÇÃO DO LEITOR LITERÁRIO NA ESCOLA DA


PEQUENA INFÂNCIA
Greice Ferreira Da Silva
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
A formação de crianças leitoras, a leitura literária e as relações com o trabalho
pedagógico são alvo de pesquisas e discussões por parte de professores e estudiosos
sobre o tema. Pensar a atuação docente na formação leitora das crianças e a
valorização do livro de literatura como uma forma específica de produção cultural traz
possibilidades para ressignificar o lugar da literatura infantil na escola, suas
implicações no desenvolvimento infantil e na formação humana. Compreender o papel
educativo da literatura infantil na formação da criança como sujeito de suas
aprendizagens e de sua própria história torna-se cada vez mais essencial nos dias
atuais. Este trabalho pretende refletir sobre o processo de formação do leitor e do
leitor literário desde a Educação Infantil e discutir como a escola da pequena infância
– destinada às crianças de zero a seis anos – pode atuar nesse processo de modo a
promover intencionalmente que os objetos da cultura sejam apropriados pela criança,
colaborando para o seu processo de humanização. Ao entender a leitura como
compreensão, interlocução, produção de sentido e prática cultural, a discussão
apresentada se fundamenta na Teoria Histórico-Cultural preconizada por Vygotsky e
seus colaboradores, em diálogo com Bakhtin e com estudiosos sobre a leitura e a
literatura infantil. Em suma, este texto busca repensar aspectos do papel do professor
como mediador da leitura literária e da escola como um lugar privilegiado, em que as
relações com a cultura escrita e com a literatura infantil se estabelecem. Nesse
contexto, pretende-se fazer apontamentos sobre a forma pela qual a literatura infantil,
como produção cultural, pode contribuir para o desenvolvimento da criança. Palavras-
chave: Formação de leitores. Leitura literária. Educação Infantil.

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Presidente Prudente de 02 a 04 de agosto de 2017
ISBN: 978-85-69697-02-2
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INTERNACIONAL DE LITERATURA INFANTIL E
JUVENIL

(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

PROGRAMA BEBETECA: UMA BIBLIOTECA PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA


Anna Carolyna Franco Américo, Celia Abicalil Belmiro, Mônica Correia Baptista
Eixo Temático 02: Literatura Infantil para crianças pequenas - Comunicação Oral
Instalada na Sala de Leitura da biblioteca Alaíde Lisboa, o Programa Bebeteca da
Faculdade de Educação da UFMG se organiza em dois eixos. O primeiro se destina à
capacitação e formação de professores e demais profissionais, por meio de ações no
âmbito dos cursos de graduação e pós-graduação, stricto e lato sensu, bem como em
cursos e ações de extensão abertos à comunidade externa. O segundo atua na
promoção da leitura junto a crianças de seis meses a seis anos. Seus dois objetivos
principais são: potencializar a formação de alunos da graduação, da pós-graduação,
professores, bibliotecários e outros profissionais que atuam ou atuarão como
promotores de leitura junto a crianças dessa faixa etária; viabilizar o acesso das
crianças de seis meses a seis anos a livros infantis de qualidade, promovendo a
experiência artística, estética, emocional e cognitiva. Foram realizados dois projetos
de extensão neste ambiente. O projeto PROLLEI - Oficinas de formação de
mediadores e promotores de leitura, vinculado ao primeiro eixo. Nesta formação foram
realizados encontros que trataram temas como: a criança e a literatura, por que e
como trabalhar temas delicados nos livros infantis, livros de imagens, entre outros.
Outro projeto de extensão, Tertulinha, relacionado ao segundo eixo, proporcionou às
crianças de três anos em diante, de uma UMEI, conhecer o acervo e vivenciar
experiências de leitura nesse espaço específico. Comprometido com a promoção de
práticas de leitura para a primeira infância, o programa Bebeteca considera a literatura
como arte, a leitura e a escrita como linguagens, e a biblioteca como um ambiente
privilegiado para ampliar as experiências das crianças em relação à cultura escrita.

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POESIA, FORMAÇÃO DE LEITORES E ESTRATÉGIAS DE LEITURA: UM


ENCONTRO POSSÍVEL E NECESSÁRIO.
Lucimara Miqueloti Da Silva Neves, Elianeth Dias Kanthack Hernandes, Luana Silva
Neves, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 03: Poesia e oralidade - Apresentação de Pôster
O presente trabalho traz o relato de uma experiência de leitura de poesias com
crianças de Educação Infantil (pré-escola) da rede pública, realizado no primeiro
semestre de 2016, tem a opção pelo texto poético, pois vem da nossa concepção de
que a poesia tem uma importância fundamental para a formação do sujeito-leitor. A
presente pesquisa pretende analisar a importância da poesia na formação de leitores,
bem como, propiciar às crianças de escolas públicas de Educação Infantil, um espaço
de conhecimento poético, a fim de aprofundar a relação afetiva e intelectual com esse
gênero textual e as estratégias de leitura, em especial a ―conexão‖, a fim de poder
construir, progressivamente sua história de leitor, desenvolvendo autonomia face ao
conhecimento. Nossa opção metodológica é a da pesquisa-ação, entendida como uma
tentativa continuada, sistemática e empiricamente fundamentada de aprimorar a
prática. É possível perceber que o projeto tem contribuído para a formação das
crianças, ampliando seus repertórios intelectuais e suas capacidades leitoras. Além
disso, ficou evidente que existe uma relação importante entre a compreensão e
apropriação das características do gênero poético e a utilização das estratégias de
leitura pela criança. Palavras-Chave: Estratégias de Leitura. Formação de leitores.
Poesia.

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BRINCANDO DE POESIA: REFLEXÕES SOBRE A CRIANÇA, O BRINQUEDO E A


POESIA, A PARTIR DO POEMA "O POETA APRENDIZ", DE
VINICIUS DE MORAES
Ângela Da Silva Gomes Poz
Eixo Temático 03: Poesia e oralidade - Comunicação Oral
Vinicius de Moraes figura entre os maiores representantes da literatura brasileira,
tendo produzido uma vasta obra que abrange variados temas, em verso e prosa. Em
seu rico universo poético – composto também de canções, dedicou privilegiada
parcela ao público infantil, como na célebre obra ―A arca de Noé‖. Tomando como eixo
norteador seu poema ―O poeta aprendiz‖, de 1958, publicado em 1962 no livro ―Para
viver um grande amor‖ e, anos depois, numa parceria com Toquinho, adaptado para
música, regravada e ilustrada por Adriana Calcanhoto em um livro (com CD), em
2013, este trabalho objetiva analisar a importância da poesia e dos brinquedos para as
crianças, e como nesse ―brincar‖ a criança deleita-se em seu mundo de fantasias e
aprende valores essenciais a uma formação humana e solidária. Refletindo sobre a
ludicidade, as cores, a sensibilidade, a imaginação, a exploração do sentimento e do
sensorial, o ritmo, a estrutura, a linguagem poética e as imagens que dela advêm,
visa-se à percepção da importância da atividade lúdica para o desenvolvimento
cognitivo infantil, e como o brincar, o fazer poético e a oralidade se inter-relacionam
quer na poesia falada, quer na poesia cantada para crianças. A poesia, como fruto da
sensibilidade, visa à sensibilidade do leitor (aqui também considerada leitora a criança
que ouve, recita ou canta o poema ou a canção). Com aporte teórico em Benjamin
(2014), entre outros estudiosos, verificar-se-á como a poesia pode remeter-se à
criança, despertando nela o interesse pela palavra escrita, pelos livros e pela arte, cujo
poder lhe oportunizará inúmeras aprendizagens até a fase adulta, quando poderá
constatar, através da memória, que a realidade começou a se construir em seus
sonhos infantis. Palavras-Chave: Poesia. Brinquedo. Criança.

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CAUSOS PERDIDOS: RESGATANDO A TRADIÇÃO DA CONTAÇÃO DE


HISTÓRIAS NO BRASIL PARA A CRIAÇÃO DE UMA NOVA NARRATIVA COM
IMAGENS.
Giovanna Corrêa Lucci
Eixo Temático 03: Poesia e oralidade - Comunicação Oral
A ideia desta pesquisa surgiu do interesse em produzir um livro ilustrado que
resgatasse a memória das narrativas orais e que conseguisse refletir tanto no texto
quanto nas imagens características próprias da cultura brasileira. Assim, foi com o
intuito de homenagear a linguagem popular brasileira que surgiu o trabalho intitulado
―Causos Perdidos‖. Este projeto contou com uma pesquisa não apenas acerca da
oralidade, dos ritmos e compassos, mas também sobre a tradição da contação de
histórias no Brasil, e possibilitou a construção de uma narrativa inédita. Após esta
etapa da pesquisa, optou-se por utilizar a estrutura de linguagem própria do ―causo‖
mineiro para contar tal história, na tentativa de abordar temas cotidianos de uma parte
específica da cultura brasileira. O resultado foi um pequeno livro com um texto autoral,
onde o som e a dinâmica das palavras são os verdadeiros protagonistas. Além de
explorar questões da oralidade da língua portuguesa, a pesquisa também permitiu
estudar a relação entre palavra e imagem, uma vez que o processo criativo por trás
das ilustrações envolveu uma investigação sobre a representação imagética nacional.
Estas ilustrações, elaboradas em xilogravura, possuem formas orgânicas e sintéticas,
que visam a simplicidade e em muitos momentos se entrelaçam com o texto, criando
uma relação tão próxima que as palavras também passam a ser formas visuais. Tal
dualidade, onde o palavra e imagem se confundem, se encontra muito presente neste
trabalho e reflete a importância da criação de ilustrações e diagramações que
instiguem a imaginação e que realmente contribuam para a unidade do livro, criando
novos caminhos de leitura e novas possibilidades interpretativas.

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CHAPEUZINHO VERMELHO E OS VERSOS DE CORDEL


Aira Suzana Ribeiro Martins
Eixo Temático 03: Poesia e oralidade - Comunicação Oral
Este trabalho pretende fazer relato de projeto de leitura e produção textual em
desenvolvimento, com alunos do sexto ano do Ensino Fundamental. A partir das
leituras de várias versões de ― Chapeuzinho Vermelho‖, será proposta, em duplas de
alunos, a reescritura dessas histórias em versos de cordel e sua posterior
apresentação. Como produção final, será proposta a elaboração, em versos de cordel,
de uma versão contemporânea da mesma história por cada dupla. Nosso objetivo é
levar nossos alunos a conhecer várias versões do conto, cuja origem está nas
narrativas orais, e sua correlação com a sociedade. É objetivo também do projeto
levar o aluno a conhecer o cordel, outro gênero surgido do popular, tão apreciado em
diversas regiões do Brasil e sempre bem-vindo em espaços de sala de aula.
Pretendemos também, com as atividades propostas, desenvolver nos alunos sua
competência oral, bem como o trabalho com o léxico, com os recursos sonoros da
língua, além de levá-lo a ampliar seu conhecimento enciclopédico, conhecer as
histórias infantis clássicas , apreciar e respeitar as diversas formas de manifestações
artísticas. Como referencial teórico temos o auxílio de autores como Bakhtin (1989),
Todorov (1982), Sant‘Anna (1992), Goldstein (2006) e Cosson (2014), entre outros.
Palavras- Chave: Oralidade. Contos maravilhosos. Cordel

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COMO E POR QUE TRABALHAR O TEXTO POÉTICO EM SALA DE AULA? DO


LETRAMENTO LITERÁRIO À PRODUÇÃO ESCRITA
Thiago Henrique Da Silva De Sales
Eixo Temático 03: Poesia e oralidade - Comunicação Oral
Embora a relevância do contato com a poesia seja do conhecimento de todos,muitas
escolas ainda insistem em não trabalhá-la, escolhendo abordar temas e estruturas
considerados mais relevantes, em especial nas séries iniciais. E ainda, quando se
trabalha a literatura na escola, tende-se a apresentar os textos atentando-se apenas a
aspectos linguísticos e/ou questões sociais, o que tem privado o aluno de uma
experiência única. Muitas vezes, isso se dá devido ao próprio despreparo do professor
no trato com o texto poético, usando-o apenas como subterfúgio para discussões
extratexto, esquecendo-se que se trata de um emaranhado de estruturas e
significações que se amalgamam em um todo repleto de subjetividade.Portanto, esta
pesquisa se justifica pela necessidade de verificar e eventualmente responder à
questão: como e por que trabalhar a poesia na escola?,tendo por base a proposta de
um conjunto de atividades a ser realizado com alunos do nono ano do ensino
fundamental, partindo da concepção de letramento literário até a conscientização do
processo de escrita e produção literária. Para tanto, foram utilizados poemas
selecionados da antologia As palavras voam (2005), de Cecília Meireles. Desse modo,
visa contribuir para a sedimentação da leitura literária nas escolas, bem como para a
percepção da palavra poética como reflexo das diferentes formas de expressão e
enfrentamento do mundo.

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COMO E POR QUE TRABALHAR O TEXTO POÉTICO EM SALA DE AULA?DO


LETRAMENTO LITERÁRIO À PRODUÇÃO ESCRITA
Patrícia Josiane Tavares Da Cunha Fuza, Thiago Henrique Da Silva De Sales
Eixo Temático 03: Poesia e oralidade - Comunicação Oral
Embora a relevância do contato com a poesia seja do conhecimento de todos, muitas
escolas ainda insistem em não trabalhá-la, escolhendo abordar temas e estruturas
considerados mais relevantes, em especial nas séries iniciais. E ainda, quando se
trabalha a literatura na escola, tende-se a apresentar os textos atentando-se apenas a
aspectos linguísticos e/ou questões sociais, usando-a apenas como subterfúgio para
discussões extratexto, esquecendo-se que se trata de um emaranhado de estruturas e
significações que se amalgamam em um todo repleto de subjetividade. Portanto, esta
pesquisa objetivou verificar e eventualmente responder à questão: como e por que
trabalhar a poesia na escola, tendo por base metodológica os pressupostos de
Cosson, Abramovich, Quadros, entre outros. Para tanto, oferece a proposta de um
conjunto de atividades realizado com alunos do nono ano do ensino fundamental,
tendo como corpus poemas selecionados da antologia As palavras voam (2005), de
Cecília Meireles, partindo da concepção de letramento literário até a conscientização
do processo de escrita e produção literária. Ao longo desse processo, foi possível
observar que o letramento literário não se trata apenas de uma habilidade pronta e
acabada de ler textos literários; pelo contrário, requer do leitor uma atualização
permanente em relação ao universo literário e, por assim dizer, espera-se que esse
leitor dê sentido ao mundo por meio das palavras que falam de palavras, que têm o
poder de transcender os limites do tempo e espaço. Desse modo, a proposta de
atividade com o texto poético aqui apresentada contribuiu para a disseminação da
leitura literária como instrumento fundamental de formação e humanização do sujeito.

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LEITURA E APRECIAÇÃO DE TEXTOS POÉTICOS NA ALFABETIZAÇÃO: UMA


EXPERIÊNCIA COM SARAU DE POESIAS
Keila Antônia Barbosa Souza, Silvia De Fátima Pilegi Rodrigues
Eixo Temático 03: Poesia e oralidade - Comunicação Oral
RESUMO Este artigo apresenta as contribuições da leitura de textos poéticos para o
ensino da língua materna a partir de uma experiência com o ―sarau de poesias‖ no
ciclo de alfabetização. A atividade desenvolvida com as crianças objetivou criar
situações de leitura utilizando recursos da oralidade por meio de textos poéticos. O
enfoque principal foi na leitura, apreciação, declamação e dramatização de poesias.
Através de uma escolha criteriosa, foram priorizados textos poéticos para crianças de
autores consagrados como: Elias José, Cecília Meireles, Pedro Bandeira, Vinícius de
Moraes, José Paulo Paes e outros, visando estimular o gosto pela leitura e o
desenvolvimento da linguagem por meio da poesia. A análise dos dados, coletados
pela observação direta da participação dos estudantes e realização das atividades
propostas no sarau de poesias, pautou-se principalmente em Abramovich (1994),
Colomer (2007), Averbuck (1986) (2009), Pinheiro (2002), Silva (2005; 2008) e
Zilberman (2005). Essa experiência se revelou como estratégia colaborativa para
estimular a leitura e a oralidade no ciclo de alfabetização, possibilitando a percepção
de sentimentos e emoções que o texto poético transmite além de colaborar para o
desenvolvimento de habilidades linguísticas importantes no processo de ensino-
aprendizagem da língua materna. Sobretudo, o trabalho com o sarau de poesias
despertou o gosto por conhecer outros textos de forma lúdica e prazerosa,
contribuindo para a ampliação do repertório de leitura e para a formação leitora dos
alunos. Palavras-chave: Leitura. Poesia. Alfabetização.

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PÊ DE PAI: PALAVRAS, IMAGENS E POESIA


Helder Pinheiro, Marcela De Araujo Lira
Eixo Temático 03: Poesia e oralidade - Comunicação Oral
Embora seja corriqueira a presença de ilustrações em livros destinados ao público
infantil, o status e função dessas podem variar. Há casos em que as imagens se
fazem presentes meramente como acompanhantes do texto escrito, funcionando
como elementos decorativos ou de suporte. No entanto, há livros em que o sentido da
narrativa emerge da leitura simultânea, do encontro das duas linguagens. É o caso de
Pê de Pai (2006), de Isabel Minhós Martins e Bernardo Carvalho. Nessa obra,
palavras e imagens se completam de tal modo que, na ausência de qualquer uma
delas, toda a carga significativa enfraqueceria. Aqui, a poesia emerge das metáforas
verbais que se materializam nas ilustrações. À vista disso, o presente trabalho se
propõe a analisar a obra em questão, bem como apresentar uma proposta de leitura
em sala de aula de modo que sejam contemplados os aspectos verbais e visuais
fornecidos pelo livro, enfatizando, assim, a importância das duas linguagens
apresentadas. Para tal, serão utilizados conceitos teóricos de Nikolajeva e Scott
(2011), Linden (2011) relativos à ilustração e Pinheiro (2007) voltado para
possibilidades de abordagem do poema na escola. Palavras-chave: Poesia infantil;
Ilustração; Ensino.

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POESIA E VOZES DAS CRIANÇAS: ÊNFASE NA PASSAGEM DA EDUCAÇÃO


INFANTIL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
Fabiana Fiorim Checconi, Maria Betanea Platzer
Eixo Temático 03: Poesia e oralidade - Comunicação Oral
A partir de pesquisa desenvolvida sobre a transição da criança da Educação Infantil
para o Ensino Fundamental, focamos no presente trabalho a poesia e suas
contribuições para o desenvolvimento da criança, em especial, como possibilidade de
expressar sua visão em relação a esse período de mudança, bem como a construção
de sua identidade e conceitos de determinadas situações no novo contexto escolar
que ingressará. Objetivamos, assim, investigar os sentimentos e os anseios que as
crianças de pré-escola revelam acerca do ingresso no ensino fundamental.
Desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, envolvendo 16 crianças de pré-escola, com
05 anos de idade, de uma instituição municipal de Educação Infantil, localizada no
interior do Estado de São Paulo. Utilizamos como procedimentos metodológicos
situações lúdicas, destacando a poesia, para dialogarmos com os educandos sobre a
transição para o ensino fundamental. Os dados revelam que as crianças expressam
seus sentimentos sobre essa nova etapa do ensino, apontando a relação de amizade
e acolhimento relacionados aos amigos e professores e a insegurança e o medo de
ingressarem em um local desconhecido. Afirmam também que esperam encontrar o
brincar no ensino fundamental. A interação das crianças com a poesia, tipo de texto
que utilizamos para dialogarmos com as crianças sobre essa mudança escolar,
permite compreender sua visão em relação ao período de transição. Por meio da
expressão oral, manifestaram seus sentimentos e anseios nesse período. Essas
manifestações realizadas pelas crianças revelam reflexões sobre a passagem desses
dois segmentos de ensino, merecendo discussões com afinco na área da educação
escolar. Palavras-Chave: Escolarização, Criança, Poesia.

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“POMAR DE BRINQUEDOS” E “CANTORIAS DE JARDIM”: CONSIDERAÇÕES


SOBRE A POÉTICA DE ELOÍ BOCHECO
Fabiano Tadeu Grazioli, Alexandre Leidens, Rodrigo Da Costa Araujo
Eixo Temático 03: Poesia e oralidade - Comunicação Oral
A literatura de Eloí Bocheco é carregada de afeto e memórias. Percorrendo as páginas
de suas obras, que não são poucas e que não seguem uma única vertente de gênero,
público ou estilo, fica claro que é a partir desses ingredientes que a sua escrita literária
se organiza. Em ―Pomar de brinquedos‖ (2009) e ―Cantorias de Jardim‖ (2012), o afeto
pelas frutas e flores, respectivamente, trazido ao texto pelas memórias da autora,
transfigura-se em poemas lúdicos e sensíveis, inspirados na poesia folclórica, marca
evidente da autora, acostumada desde muito cedo com o repertório da poesia oral.
(Cabe lembrar que Eloí teve a obra ―Batata cozida, mingau de cará‖, inspirada na
tradição oral, selecionada para o projeto Literatura para todos, do MEC). Nos poemas
das obras que compõem o corpus de análise desta comunicação as frutas e flores são
celebradas em suas cores, formatos, sabores, perfumes, mistérios e encantos. E tal
celebração, impulsionada pela memória e pelo afeto, alcança o auge no manejo da
linguagem literária, a nosso ver exemplar, por articular os elementos de Staiger (1997)
enumera para a poesia lírica, adaptando-os para a poesia lírica infantil. Os poemas de
Eloí estão a nos lembrar, a todo momento, que o gênero lírico é o gênero da
recordação, como postula o teórico. A poética infantil de Bocheco, como era de se
esperar, também encontra correspondência nos parâmetros para poesia para a
infância e sua relação com o folclore elencados por Pondé (1982), alguns dos quais
traremos à discussão. Trata-se de um estudo com características exploratório-
descritivas e de abordagem qualitativa, e o procedimento técnico envolve pesquisa
bibliográfica e documental, partindo de conhecimentos já produzidos e explorando
materiais que não receberam tratamento analítico específico.

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A BELA E A FERA EM TRÊS VERSÕES


Ariéli Leite Farias
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Apresentação de Pôster
Este estudo tem como objetivo analisar o conto de fada A Bela e Fera. A pesquisa
caracteriza-se como bibliográfica e utiliza análises com base nas obras Psicanálise
dos Contos de fadas, de Bruno Bettelheim, e Fadas no Divã, de Mário Corso e Diana
Corso. Serão analisadas versões do conto de Madame de Beaumont e Madame de
Villeneuve, assim como será efetuado um cotejo com o filme homônimo de 2017.

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CORALINE: A REPRESENTAÇÃO DA CRIANÇA NA LITERATURA FANTÁSTICA


Larissa De Oliveira
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Apresentação de Pôster
Este estudo tem como objetivo analisar a representação da criança na literatura
fantástica contemporânea sob a influência coercitiva dos adultos. A pesquisa
caracteriza-se como bibliográfica e a partir de fundamentos acerca do gênero
fantástico e da teoria da personagem foi verificado como tais elementos aparecem no
conjunto da obra Coraline, do escritor Neil Gaiman, que aborda os conflitos interiores e
também exteriores vividos por uma criança. Destaca-se nesse trabalho monográfico,
principalmente, a relação que a obra ficcional estabelece com a realidade e para isso
foram analisados trechos relevantes do corpus de análise em questão. Além disso, foi
observada também a importância do gênero fantástico para crianças, pois a literatura
fantástica é intrinsecamente fonte de maravilhas e de observação pessoal, revelando
encantos e belezas que tornam os leitores rigorosos e críticos diante do mundo. Em
suma, os resultados mostram como a narrativa fantástica de Gaiman aponta caminhos
para a formação e o autoconhecimento das crianças, além de explicitar a importância
do gênero fantástico dentro da literatura juvenil para a formação do jovem leitor.
Palavras-Chave: Coraline. Literatura fantástica. Protagonista.

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O LEITOR COTUCA, QUEM É ELE?


Simone Rodrigues Vianna Silva, Gabriel Ambrósio Vargas, Nicolas Pereira Tavares,
Thaís De Oliveira Rocha
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Apresentação de Pôster
Conhecer os hábitos de leitura dos jovens estudantes sempre foi uma das grandes
inquietações de professores: por que muitos jovens abandonam suas práticas de
leitura? Pais leitores realmente formam filhos leitores? A partir de questionamentos
básicos sobre o leitor jovem, o projeto visa mapear o perfil literário dos alunos do
Colégio Técnico de Campinas (COTUCA), com reflexões que versam sobre seu
contexto social e suas influências leitoras pessoais e dentro do ambiente escolar.
Assim, alguns de seus objetivos fundamentais são: 1) estabelecer o perfil-leitor na
comunidade em questão; 2) constatar se o público da pesquisa é consumidor da
literatura destinada a jovens e 3) verificar se a literatura juvenil brasileira é conhecida
pelos alunos questionados. A partir dos dados coletados com o questionário piloto,
observou-se que: o público do Cotuca não conhece a Literatura Brasileira juvenil, mas
sim as Norte-americana e Inglesa; e a leitura é afetada pela realidade técnica do
colégio. O questionário piloto foi então modificado, para melhor analisar: as
singularidades de um colégio técnico na formação de jovens leitores; o que realmente
os alunos do colégio conhecem sobre literatura juvenil nacional; e, como contraponto
às turmas de Ensino Médio e Técnico, optou-se por adicionar uma turma que possui
apenas o ensino técnico, em Segurança do Trabalho, para apontar possíveis
diferenças na formação desse leitor. Para tal estudo, o projeto pautou-se,
especialmente, nas seguintes leituras: a) FAILLA, Zoara. (org.) Retratos da leitura no
Brasil 3. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Instituto Pró-Livro, 2012
e b) BRITTO, Luiz Percival Leme. No lugar da leitura - biblioteca e formação [recurso
eletrônico]. Rio de Janeiro: Edições Brasil Literário, 2015.

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QUANDO PERSONAGEM E CRIADOR SE COMPLETAM: UMA ANÁLISE DA


BONECA EMÍLIA NA OBRA DE MONTEIRO LOBATO
Aline Da Veiga
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Apresentação de Pôster
Quando se trata de Literatura Infanto-juvenil brasileira, o nome de Monteiro Lobato é
um dos lembrados com maior ênfase. Isso porque, além de ter sido um grande
escritor, foi também um homem amplamente engajado em causas sociais no país,
nunca desassociando o contexto sócio histórico e cultural do mundo literário. Assim,
suas obras agradam o mais variado público – de crianças à adultos –, marcando
gerações com personagens inesquecíveis, como é o caso da boneca Emília. Esta, por
sua vez, é conhecida por ser porta-voz de seu criador que, através da tagarelice da
boneca, encontrou uma maneira de exprimir sua própria visão de mundo de forma
autêntica e memorável. De personalidade incomum para a época, Emília retrata tanto
a figura feminina quanto a infantil – duas vozes pouco valorizadas no século XX, mas
que apesar dos empecilhos faz sua opinião valer tanto quanto a dos demais, de uma
forma ou de outra. Portanto, este estudo faz um levantamento bibliográfico a fim de
analisar as relações entre o contexto sócio histórico de Lobato e suas obras infanto-
juvenis. Como também, estabelece diálogo entre a boneca Emília e a obra Emílio
(1762), de Jean-Jacques Rousseau, traçando um paralelo entre as personagens e
seus idealizadores, suas aproximações e distanciamentos. Afinal, a boneca, mais do
que uma personagem entretente, também reflete o ideal de educação de Monteiro
Lobato e, apesar de divergirem em algumas questões, ambos os escritores, cada um
em seu tempo, apostaram em uma educação à frente daquilo que a sociedade
esperava, elucidando isto de maneira que envolve o leitor mais jovem ao passo que
faz o mais experiente refletir. Palavras-Chave: Literatura infanto-juvenil. Monteiro
Lobato. Jean-Jacques Rousseau.

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REPRESENTAÇÕES FEMININAS EM CONTOS DE MARINA COLASANTI


Maisa Barbosa Da Silva Cordeiro, Rauer Ribeiro Rodrigues
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Apresentação de Pôster
Esta comunicação analisa a representação de mulheres nos contos ―São os cabelos
das mulheres‖ e ―A primeira só‖, do livro Para sempre tenho amor (2013), de Marina
Colasanti. A autora realiza, em seus contos, rupturas quanto à estrutura dos contos
tradicionais, tendo em vista perspectivas propostas pela crítica literária
contemporânea. Esses contos encenam debates acerca da emancipação feminina
tanto no que se refere aos contos maravilhosos quanto no que diz respeito a
propostas feministas. Para verificarmos essas questões temáticas, estudamos as
construções literárias, simbólicas e metafóricas utilizadas para tecer as personagens e
estruturar as narrativas. Utilizamos, como referencial teórico, os estudos A psicanálise
dos contos de fadas, de Bruno Bettelheim, A enunciação poética nos contos de Marina
Colasanti, de Nilda Maria Medeiros, e O conto de fadas, de Nelly Novaes Coelho.

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A CONFIGURAÇÃO DO NARRADOR EM O CASAMENTO DE MINHA MÃE (2005),


DE ALICE VIEIRA: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES
Jucimar Lopes
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
RESUMO O objetivo desse trabalho é analisar a categoria narrador na obra O
casamento de minha mãe (2005), de Alice Vieira, a fim de vislumbrar quais aspectos
da configuração narrativa poderiam contribuir para a formação de jovens leitores. O
estudo será desenvolvido a partir da exploração dos elementos narrativos que
contribuem na construção de sentido do narrador personagem. Para tanto, será
abordado o modo como o narrador se apropria das anacronias temporais na
configuração narrativa para caracterizar o eu protagonista. Na trama, o casamento da
mãe de Vera a motiva reviver o passado pelo filtro da memória seletiva. Nesse
sentido, o presente e flashes do passado se entrecruzam num jogo temporal
arquitetado pelo narrador autodiegético, revelando uma personagem complexa,
marcada por dramas existenciais advindos das relações humanas. Por meio da visão
crítica desenvolvida no presente, Vera reflete sobre o passado no intuito de superá-lo,
na esperança de um futuro melhor. Desse modo, a estrutura narrativa apresenta uma
tensão temporal que no nível temático é representada pelas angústias da personagem
protagonista. Nessa perspectiva, os elementos narrativos se entrelaçam e abordam
típicos problemas do universo dos jovens, contribuindo para que a verossimilhança
aproxime o livro de seu público alvo. Palavras-chave: Literatura infanto-juvenil. Alice
Vieira. Formação de leitores.

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A FORMAÇÃO DO LEITOR MIRIM EM QUESTÃO: ANÁLISE DA OBRA ADIVINHA


O QUANTO EU TE AMO, DE SAM MCBRATNEY
Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira, Vitoria Maria Manarin De Oliveira
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Sam McBratney, escritor irlandês, destaca-se pela grande quantidade de obras
publicadas, mais de cinquenta livros em sua maioria infantis sendo poucos textos
destinados ao público juvenil. Em sua obra Adivinha quanto eu te amo, em que os
personagens centrais são dois coelhos – pai e o filho –, o autor constrói um mundo
lúdico, repleto de magia, o qual tem potencialidades para despertar o interesse do
leitor mirim. Além disso, sua ilustradora, Anita Jeram, apresenta cores e traços
sensíveis, capazes de ampliar o imaginário do pequeno leitor, bem como prender sua
atenção ao relato. Justifica-se, então, que este texto tenha por objetivo apresentar
uma análise da obra de Sam Mc Bratney, a partir do aporte teórico da Estética da
Recepção, visando detectar se sua narrativa estabelece comunicabilidade com seu
leitor implícito, levando-o ao rompimento de conceitos prévios, com consequente
ampliação de seus horizontes de expectativa. Além disso, busca-se interpretar como
se estabelece na obra a relação entre texto verbal e imagético, e se este diálogo entre
ambos também favorece a formação do leitor.

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A GUERRA DE PERMEIO NO TEXTO JUVENIL


Thiago Alves Valente
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise da narrativa No rastro dos
barrigas-verdes (2009), de Eliana Martins, com foco sobre a abordagem do tema
―guerra‖. O enredo policial, com dois adolescentes como protagonistas, leva o leitor a
acompanhar as buscas de Luana e Kio, que acabam encontrando na história brasileira
explicações para um código usado por traficantes em Florianópolis. A obra apresenta,
então, o embate entre o caudilho José Gervásio Artigas e o governo português,
situado na primeira metade do século XVIII, oferecendo uma explicação para o termo
―barrigas-verdes‖. Assim, ainda que tenha no título um indiciamento de referência a
um conflito bélico, bem como a ilustração da capa reforce essa ideia, o tema não é um
elemento central para a estrutura narrativa, servindo, antes, como um apêndice
informativo que instrumentaliza os protagonistas frente à aventura que vivenciam. A
análise embasa uma reflexão a respeito da ―guerra‖ como tema na literatura para
jovens, no Brasil, destacando a ausência de textos que tomem as guerras nacionais
como matéria-prima da ficção, as quais poderiam ofertar uma experiência de leitura
mais densa no contexto dessa vertente temática. Para efeito de análise, recorre-se
aos estudos de Mortatti (2001), Martha (2008), Ceccantini (2010) e Hunt (2010).

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ANÁLISE DA CONFIGURAÇÃO TEXTUAL DE NÓS TRÊS, DE LYGIA BOJUNGA.


Ana Estela Ferreira
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
O objetivo deste trabalho é analisar a configuração textual do livro Nós Três de Lygia
Bojunga, publicado em 1987, considerada uma obra de literatura Infantojuvenil com
potencial a ser apresentada à leitores em formação. O método de análise baseia-se no
conceito de configuração textual, proposto pela Prof.ª Dr. ª Maria do Rosário Longo
Mortatti, o qual parte do texto, e para ele volta ao fim de um processo de restituição e
interpretação. As informações acerca da autora do livro Nós Três, dão início a análise,
na sequência, aspectos gerais e estruturais do livro, seguido da contextualização no
momento histórico, e a busca de alguns sentidos possíveis como considerações finais.
A análise permite perceber que a obra se mantem atual, pela potencialidade temática,
e em sua maneira de dirigir-se ao leitor que está na passagem da fase da infância
para adolescência. No entanto, permanece a incógnita de ser está uma das obras
menos conhecidas por professores e estudantes desta faixa etária.

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ANÁLISE E RECEPÇÃO DA OBRA JÚLIA TEM UMA ESTRELA, DE EDUARD


JOSÉ, EM ÂMBITO ESCOLAR
Thais Oliveira Kalil Modesto, Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Este texto tem por objetivo apresentar, por meio do aporte teórico da Estética da
Recepção, uma análise, bem como a recepção da obra Júlia tem uma Estrela, de
Eduard José (Barcelona, 1948). Essa recepção ocorreu no âmbito de uma escola do
município de Assis, Estado de São Paulo, com crianças do 5º ano do Ensino
Fundamental. Para tanto, construiu-se a hipótese de que a temática da morte de um
ente próximo e querido, aliada ao tratamento sensível e estético poderia ser
emancipatória para esse público. Trata-se de uma história comovente e metafórica,
em cujas páginas são retratadas a mudança da vida de Julia, uma menina de apenas
cinco anos, que enfrentará de forma inocente a morte de sua mãe, vitimada com
câncer. Eduard José, além de se destacar na literatura infantil, evidencia-se na
literatura juvenil. Com essa obra, ganhou o prêmio Cumpe Kurt, para contos infantis
da língua catalã. As ilustrações de Valenti Gabianas, que acompanham a narrativa,
estabelecem relação de complementariedade e de colaboração com o texto verbal,
envolvendo ainda mais a criança com a história. A temática da morte e seu tratamento
de forma natural e sensível foram eleitos, pois podem romper com os conceitos
prévios dos leitores e, assim, assegurar sua ampliação de horizontes de expectativa,
permitindo-lhes voltar um crítico sobre suas vivências.

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A NARRATIVA POLICIAL JUVENIL: LEITURA, CRIAÇÃO E PRAZER


Marcos Aparecido Pereira
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Na primeira parte deste artigo procura-se discutir a visão dicotômica da literatura ao
considerar algumas obras como sendo literatura enquanto exclui outras do status de
arte. A literatura infantil e juvenil, por exemplo, que já foi considerada ―mero
entretenimento‖, entretanto, a partir dos apontamentos de Nelly Novaes Coelho,
Regina Zilberman e Antonio Candido é possível perceber a relevância dessa forma de
literatura na vida das pessoas. Em seguida, trata-se recepção de obras do gênero
policial juvenil pelo jovem leitor, além de ponderar sobre do papel do leitor frente uma
obra literária e a relação de prazer entre eles, para tal apoiamo-nos em Hans Robert
Jauss, Roland Barthes, Cecília Almeida Salles e Jean-Paul Sartre, sobretudo. Ao final
foram utilizados livros de Lucia Machado de Almeida e Marcos Rey e os apontamentos
de Vera Teixeira Aguiar e Maria da Glória Bordini a fim de exemplificar sugestões de
leituras na fase dos 12 aos 14 anos de idade. Percebeu-se, ao final dessa trajetória, a
importância de buscar alternativas metodológicas que tornem as atividades em sala de
aula e o incentivo à leitura em determinada série/ idade mais eficientes a fim de formar
leitores literários.

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A REPRESENTAÇÃO DA PERSONAGEM AFRODESCENDENTE NA OBRA


MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA, DE ANA MARIA MACHADO.
Amanda Da Silva Oliveira, Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Ana Maria Machado, uma das maiores escritoras brasileiras contemporânea de
literatura infantil, reconhecida internacionalmente, e ganhadora de diversos prêmios
literários importantes, como o Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel
da literatura infantil, apresenta em sua obra Menina bonita do laço de fita (1986) a
história de uma menina linda, de pele e olhos negros, e cabelos trançados, envoltos
em fitas coloridas. A trama é contada por um coelho branco, que se apaixona pela
beleza da menina e tenta descobrir durante toda história, como a garota consegue ter
a pele com uma pigmentação tão bonita. O livro é conhecido por tratar de questões
como a construção da identidade e o enaltecimento da beleza negra a partir da figura
feminina. Desse modo, construímos a hipótese de que, pela leitura dessa obra
literária, podemos discutir de forma crítica, em sala de aula, com as crianças, temas
sociais, como: diversidade, respeito às diferenças, identidade, autoestima e aceitação
do próximo. Assim, promovemos nesses leitores mirins a reflexão, contribuindo para
sua formação como leitores críticos e desenvolvemos suas percepções e emoções em
relação à diversidade e pluralidade de identidades. Para a análise da obra de
Machado, utilizaremos como suporte teórico os pressupostos da Estética da
Recepção, visando detectar se possui potencialidades emancipatórias que rompam
com os conceitos prévios do leitor, ampliando, assim, seus horizontes de expectativa.

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A REPRESENTAÇÃO DA VELHICE NOS CONTOS DE "QUANDO A


PRIMAVERA CHEGAR", DE MARINA COLASANTI
Catia Toledo Mendonça
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
A REPRESENTAÇÃO DA VELHICE NOS CONTOS DE ―QUANDO A PRIMAVERA
CHEGAR‖, DE MARINA COLASANTI Comunicação- Literatura Infantil e Juvenil e
outras áreas do conhecimento Profª Drª Catia Toledo Mendonça UNESPAR- Campus
Paranaguá RESUMO A obra de Marina Colasanti tem sido estudada, principalmente,
sob a perspectiva da representação feminina. Lá se vão quarenta anos desde a
publicação de ―Uma ideia toda azul‖, o primeiro livro de contos de fadas. A autora está
com quase oitenta anos (completos em setembro de 2017), e a representação da
mulher em sua obra ganha uma variante: a figura da velha. Velhos e velhas passam a
fazer parte de suas histórias como protagonistas, assim como a morte e a solidão se
avizinham. ―Quando a primavera chegar‖, livro de contos de fadas publicado em 2015,
chama atenção pela presença marcante da morte, da solidão e protagonistas velhos.
Dois contos trazem a velha como protagonista e outros tantos falam de solidão, tanto
do homem quanto da mulher. Nos contos de fadas tradicionais, a velha está
geralmente ligada à bruxa, ao mal, à feiura. Marina Colasanti mantém o ambiente
feérico em seus contos, suas personagens transitam por castelos e reinos, há reis,
príncipes e princesas, mas não há bruxas. Como então se dá a representação da
velhice em sua obra? De que forma a solidão e a morte se articulam nesses contos?
Esta comunicação, a partir dos textos de Vladimir Propp, Célia Cristina da Silva e Nelly
Novaes Coelho, pretende apresentar os resultados da investigação sobre a presença
de temas como a velhice, a solidão e a morte no livro de Marina Colasanti, de modo a
identificar alterações presentes, marcada pela maturidade da escritora e da mulher.
Palavras-chave: Marina Colasanti; Quando a primavera chegar; velhice.

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AS NARRATIVAS MÍTICAS RESSIGNIFICADAS EM BORGES E HAWTHORNE:


UMA ANÁLISE DE LEITURAS JUVENIS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Graciane Cristina Mangueira Celestino, Robson Coelho Tinoco
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
A problematização acerca da Literatura na formação leitora e consciência de sua
importância para a percepção do texto literário é o objeto de estudo deste trabalho. Na
escola, em alguns casos, coexistem diferenciadas concepções de leitura, muitas
vezes, limitada à decodificação de signos, o que minimiza o caráter social, cultural,
cognitivo e intelectual das estruturas textuais. Nesse sentido o objetivo desta
comunicação é refletir acerca das definições de literatura juvenil e como os jovens
leitores são estimulados nesse processo, utilizando para tal análise narrativas míticas
dispostas em dois livros. Os dois textos citados serão; quatro lendas do livro Mitos
Gregos, de Nathaniel Hawthorne, e quatro, das 116 lendas que estão inseridas no
Livro dos Seres Imaginários, de Jorge Luís Borges e Marguerita Guerrero. Por ser a
leitura literária um elemento indispensável para o reconhecimento crítico da escrita e
leitura em cada época, busca-se aqui comparar as possíveis análises que referendam
ambos os autores. Será realizado um apanhado teórico sobre o assunto em que serão
abordados, primeiramente, o aspecto social da leitura, evidenciando as contribuições
do ato de ler e os aspectos políticos que a envolvem. Em seguida, será discutida a
característica da Literatura de (trans) formar concepções de leitura, demonstrando
porque as leituras empreendidas por esses jovens leitores podem colaborar para a
sua formação acadêmica e social. Por fim, será apresentada uma pesquisa realizada
com jovens leitores, analisando algumas das problemáticas acerca do assunto e
relacionando suas compreensões e percepções de uma necessidade da leitura
independente.

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A UM BRUXO COM CARINHO: MACHADO DE ASSIS SE APROXIMA DOS


JOVENS LEITORES.
Camila Augusta Valcanover, Elisa Maria Dalla-Bona
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
A crítica a adaptações dos cânones para o público jovem é bastante ácida por julgar
que estas obras perdem em literariedade, distanciam-se dos seus originais e apenas
cumprem um papel comercial. No caso da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis,
esta crítica, em alguns, casos é procedente. Mas em tantos outros, encontram-se
textos de boa qualidade e comprometidos com o original. Neste trabalho, por meio da
Literatura Comparada, serão analisadas 4 obras que ilustram as duas vertentes da
crítica. De um lado, boas adaptações que foram selecionadas por apresentarem o
universo ficcional machadiano: Ciumento de carteirinha, Moacyr Scliar, paródia que
homenageia a obra e aproxima o jovem leitor do texto original, incluindo citações do
texto machadiano. Machado e Juca, de Luiz Antonio Aguiar, em que Machado de
Assis é uma personagem que dialoga, de modo poético, com o menino Joaquim, para
explicar-lhe e inseri-lo no universo ficcional de Dom Casmurro. De outro lado,
adaptações superficiais e apartadas da obra original: de Ivan Jaf, Dona Casmurra e
seu Tigrão, banaliza o romance machadiano, reduzindo-o a uma mera briga conjugal,
não possuindo eixo narrativo consistente e acumulando citações da obra original, sem
conectá-las de modo eficiente, perdendo a literariedade. Em Dom Casmurro e os
Discos Voadores, de Lucio Manfredi, há apenas o título e algumas personagens
originais para lembrar ao leitor que se trata de uma adaptação de um cânone. A obra
se distancia tanto da original que é preciso esquecê-la para chegarmos ao final da
leitura. Palavras-Chave: Machado de Assis. Adaptação. Literatura comparada.

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A VOZ DO LEITOR: UMA ANÁLISE DA OBRA PAISAGEM, DE LYGIA BOJUNGA


Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira, Cecilia Barchi Domingues
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Lygia Bojunga, reconhecida escritora de literatura infantil e juvenil, em sua obra
Paisagem apresenta a história de Lourenço, um jovem leitor que resolve questionar o
desfecho das obras de sua autora preferida: a própria Bojunga. O livro é conhecido
por fazer parte de uma ―trilogia do livro‖, ou seja, de um trabalho autorreflexivo
pautado pela metalinguagem: Livro – um encontro, Fazendo Ana Paz e Paisagem, que
embora sejam independentes retratam a alma literária da autora. Em Paisagem, leitura
e escrita se fundem e apresentam o processo de criação do escritor e a recepção do
leitor. Acreditamos que essa obra possui potencialidades para atrair o jovem leitor,
uma vez que este poderá identificar sua própria voz dentro do texto. Desse modo,
construímos a hipótese de que a obra pode levá-lo à reflexão sobre a produção
literária e seu processo de recepção, ampliando, assim, seus horizontes de
expectativa. Para a consecução do objetivo de se realizar uma análise crítica da obra
de Bojunga, utilizaremos como aporte teórico os pressupostos da Estética da
Recepção. Justifica-se o exercício crítico dessa obra literária, tendo em vista que faz
parte dos acervos do Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), destinados ao
Ensino Médio. O que implica na sua disponibilidade em Salas de Leitura e/ou
bibliotecas das escolas públicas.

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CONJUNTURA DA SAGA ÉPICA FANTÁSTICA: UMA ANÁLISE DA OBRA


“TIEMPO DE DRAGONES” DE LILIANA BODOC
Elisa Ines Christ Dill
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Este trabalho tem por finalidade analisar a obra Latino Americana, da escritora
Argentina Liliana Bodoc. ―El tiempo de Dragones‖, e verificar como se define o estilo
literário ―saga épica fantástica‖. Verificar quais características do gênero podem ser
encontradas na obra. E, ainda, verificar se o estilo e a obra seriam uma possível porta
de entrada para formação de futuros leitores. Na análise, o método utilizado foi
qualitativo, onde foram utilizados materiais bibliográficos para fundamentação teórica
do trabalho. Na pesquisa foram utilizados três autores: TODOROV (2006), SODRÉ
(1988) e PROPP (2001). Durante a análise observou-se que as sagas épicas foram
classificadas dentro do gênero ficção científica, como um subgênero, podendo este
andar e dialogar com outros gêneros. Todorov; classifica as estruturas narrativas, e
colabora para uma fundamentação gramatical. Sodré; traz uma reflexão a respeito da
literatura de massa, ele, utiliza-se de aspectos estruturais, estéticos e específicos.
Propp; dará subsidio para entender os esquemas narrativos através trajetória do herói.

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DESCIFRANDO ÂNGELO: UM ROMANCE PARA JOVENS LEITORES


Aline Barbosa De Almeida
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Luís Dill é um escritor gaúcho e contemporâneo, que estreou sua carreira em 1990
com a obra A caverna dos Diamantes. Atualmente possui mais de quarenta livros
publicados e de acordo com Martha (2015, p. 213) é o escritor que mais retrata a
violência urbana nas suas diversas produções e desenvolve temas polêmicos,
―considerados tabus pela sociedade‖, mas com a sutileza de não ultrapassar ―os
limites do universo dos jovens leitores‖. Assim, através dessa ótica, a pesquisa visa
trazer algumas concepções estéticas e socais a partir da análise do romance juvenil
Decifrando Ângelo (2012) de Luís Dill. Trata-se de um enredo singular em forma de
documentário, ressaltando as percepções que os amigos de Ângelo têm sobre sua
personalidade assassina, representada no contexto escolar. Desse modo, a
perspectiva fragmentada de diversas vozes na onipresença, é uma porta de entrada
para o jovem leitor decifrar Ângelo, uma vez que o mesmo configura-se na ausência
de voz própria. A pesquisa é bibliográfica e de abordagem qualitativa, no que diz
respeito à análise da obra literária, bem como as manifestações do efeito estético que
se manifestam para a recepção do leitor. Os principais teóricos abordados são:
Albuquerque (1979), Benjamin (2002), Morin (1977), Eco (2001), Candido (2000), Iser
(2002), Ceccantini e Valente (2015) entre outros que abordam a temática da Literatura
contemporânea, especificamente, a juvenil.

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ENTRELAÇAMENTOS ENTRE FICÇÃO E HISTÓRIA EM A LINHA NEGRA, DE


MÁRIO TEIXEIRA
Silvani Lopes Lima
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Toda vez que nos deparamos com uma obra ficcional com fundo histórico, notamos o
quanto as fronteiras entre historiografia e ficção são flexíveis, por isso mesmo, nas
últimas décadas, elas parecem ter encontrado pontos de intersecção que apontam
para uma redefinição do que seja história e do que seja ficção. Na obra em análise no
presente estudo, A linha negra (2014), de Mário Teixeira – a qual foi vencedora, em
primeira colocação, do prêmio Jabuti de 2015 na categoria Juvenil –, o material
histórico permeia a construção ficcional. Sendo, assim, temos como objetivo identificar
como a narrativa de Teixeira ultrapassa a proposta de ser apenas uma narrativa
ficcional de cunho histórico, na acepção de Romance Histórico proposta por Lukács,
para alcançar traços da ―metaficção historiográfica‖, conforme proposição de Linda
Hutcheon (1991). Na obra, evidencia-se a intertextualidade, seja com a história, seja
com a literatura, onde personagens inventados e outros recolhidos da história
convivem dentro da trama ficcional que traz como pano fundo o combate do Brasil na
Guerra do Paraguai. Nessa releitura do episódio histórico, a atuação do jovem
protagonista Casimiro e o auxílio de forças sobrenaturais são decisivos para por fim ao
confronto e deixar o Brasil em uma posição de destaque.

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E O FILME GEROU O LEITOR: UM ESTUDO SOBRE O PERFIL DO LEITOR DO


OBRA CRÔNICAS DE NÁRNIA NO BRASIL
Cristiano Camilo Lopes
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Esta comunicação tem por objetivo discutir a sociologia da leitura na obra Crônicas de
Nárnia: o leão, a feiticeira e o guarda-roupa, de C. S. Lewis. A obra literária foi
adaptada para o cinema e, desde então, o livro ganhou maior circulação entre o
público juvenil. Por meio desta pesquisa, pôde-se contatar a Editora Martins Fontes,
responsável pela publicação da obra no Brasil, a fim de se obter o número de tiragem
da obra. Com essas informações verificou-se o impacto que a adaptação fílmica
trouxe para a geração de novos leitores do livro. Em decorrência disso, esta
comunicação também se propõe a discutir como uma arte pode impulsionar uma outra
arte e seu público.

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FACES DO NARRADOR E DO LEITOR EM O PEQUENO PRÍNCIPE: O ADULTO E


A CRIANÇA
Janeffer Desselman
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
O presente estudo tem como objetivo analisar as imagens do leitor e do narrador
encontradas em O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. Nosso intuito é
analisar as faces do leitor que se depreendem do próprio texto, observar o leitor
inscrito na própria narrativa ─ um leitor que engloba a criança e o adulto. Faz-se
necessário estudar também o narrador, considerando-o na complexidade que o divide
entre adulto e criança. Essa análise acontecerá através do processo interpretativo das
obras e teorias escolhidas. A partir dessa discussão tomamos também por
questionamento refletir quem seria o leitor visado por esse texto. A criança? O adulto?
O adulto com olhar de criança? São essas as questões que motivam essa pesquisa.
Essas imagens do leitor e do narrador construídas no texto situam-se entre o adulto e
a criança. Palavras-Chave: Leitor. Narrador. Criança; Adulto.

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FANFICTION: LEITURA E ESCRITA INFANTOJUVENIL


Rosemari Pereira Dos Santos Alves, João Arlindo Dos Santos Neto, Regiana Pleis
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Apresenta as práticas de leitura e escrita dos adolescentes e jovens na internet, tendo
como foco as fanfiction. Por fanfiction, compreende-se o hobby literário que tem como
finalidade reescrever ou recontar histórias já existentes baseadas em universos
ficcionais criados pelos fãs. Como objetivos, caracteriza este fenômeno por meio da
literatura; descreve as principais comunidades de fanfiction presentes na web;
identifica as obras que mais inspiraram os fãs a expandirem seu universo literário;
discute os desafios encontrados pela autoria na era digital. A pesquisa segue os
preceitos do estudo exploratório, por meio de uma revisão bibliográfica e documental,
com abordagem qualitativa, adotando como delineamento de pesquisa a observação
de três plataformas de autopublicação de livros. Conclui que os espaços virtuais
funcionam como dispositivos de treinamento que estimulam as práticas de leitura e
escrita, bem como contribuem na formação de novos escritores.

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LIS NO PEITO: UM LIVRO QUE PEDE PERDÃO - A QUESTÃO EMBLEMÁTICA DA


LITERATURA JUVENIL
Andréia De Oliveira Alencar Iguma
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
O presente estudo integra a tese de doutoramento que está sendo gerada sob
orientação da Profa. Doutora Marisa Martins Gama-Khalil, no PPG em Estudos
Literários da Universidade Federal de Uberlândia – UFU, que tem como objetivo maior
mapear as representações das personagens jovens dentro das obras premiadas pela
Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ a partir do ano de 2000. Nesse
prisma, para esse estudo, selecionamos a narrativa Lis no peito: um livro que pede
perdão (2005), de autoria de Jorge M. Marinho, que recebeu com a referida prêmios
importantes: Prêmio livro juvenil Lessa/FNLIJ - melhor livro juvenil no ano de 2006;
Prêmio Jabuti/CBL – melhor livro juvenil do ano 2006 (projeto gráfico) e o Altamente
Recomendável/FNLIJ 2006, o que justifica sua inserção em nosso corpus de análise.
No presente estudo, iremos analisar a construção de duas personagens, Marco César
e Clarice, jovens que atuam como protagonistas. Caminharemos entre alguns
conceitos de juventude, recebendo apoio de Groppo (2000) a fim de discutir esse
campo tão tênue entre a divisão cronológica e psicológica no que tange categorizar a
juventude. Ademais, a obra é rica em intertextualidade com a produção estética
Clariciana, o que amplia a discussão acerca de representativa, uma vez que é de
nosso interesse validar a importância da literatura juvenil na construção da identidade
do jovem leitor, uma vez que por meio da leitura literária há uma fusão entre o mundo
ficcional e o real, desse modo, se faz indispensável construir sentidos e destacar
diferentes linguagens e olhares dentro de uma mesma narrativa. Ainda é importante
ressaltar que há toda uma discussão acerca da produção literária juvenil em relação a
sua esteticidade, pois o campo é fértil para a indústria mercadológica.

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LITERATURA JUVENIL EM RITMO DE PÓS-MODERNIDADE: ALGUNS PONTOS


DE CONTATO EM APENAS TIAGO
Alán De Luna Ribeiro Fernandes
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Este trabalho, fundamentado nas considerações de Linda Hutcheon e Andreas
Huyssen sobre o pós-modernismo, tem por objetivo demonstrar algumas
características da literatura pós-moderna que permeiam a narrativa juvenil Apenas
Tiago de Caio Riter. O escritor tem se destacado no cenário juvenil nos últimos dez
anos apresentando uma produção vasta com vários títulos premiados e indicados a
importantes prêmios nacionais. A narrativa Apenas Tiago, publicada em 2014 pela
Editora Positivo, insere-se no conjunto de títulos premiados do autor: foi finalista do
prêmio Jabuti e Prêmio Açorianos em 2015, recebeu o Selo Altamente Recomendável
para jovens em 2015 (FNLIJ) e selecionado para compor o Catálogo de Bolonha
(FNLIJ) em 2015. O trabalho busca analisar, principalmente, o narrador da obra com a
intenção de investigar o discurso da memória e seus pontos de contato com as
postulações teóricas acerca da pós-modernidade.

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LIVRO-JOGO: CONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E DESEJO DO JOVEM LEITOR


Pedro Panhoca Da Silva
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
No final da década de 70 os livros-jogos encontravam-se em formação, até que no
início da década de 80 o modelo do que hoje é seguido e tem sido sucesso é criado,
atingindo um sucesso inesperado devido a sua experimentação e boa aceitação de
público. Mesmo tendo passado por anos difíceis e caído no esquecimento de novos
leitores, o mesmo fenômeno da literatura de massa volta à cena. Desde a década de
90 aplicados em salas de aula por diversos autores e pesquisadores do tema, pode se
conhecer novos caminhos para atingir o público jovem que tem seu primeiro contato
com ele ainda na infância/adolescência devido a seu gosto e sua necessidade. Numa
análise de caso em sala de aula foi feita a presente pesquisa que muito contribuiu
para entender o que o jovem leitor busca para si, tanto num livro-jogo como ao que
acha prazeroso e proveitoso ao seu universo literário em construção. Um passo
importante para melhor se aplicar projetos escolares os quais utilizam o livro-jogo em
aula como também o que atrai o jovem leitor a trocar distrações diárias por uma leitura
que lhe parece significativa.

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MENINOS NÃO CHORAM?: A RECEPÇÃO DO LEITOR INFANTOJUVENIL NO


CONTO "NÓS CHORAMOS PELO CÃO TINHOSO", DE ONDJAKI
Ângela Da Silva Gomes Poz
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
A obra do escritor angolano Ondjaki tem como uma das principais marcas a narrativa
sob a perspectiva infantojuvenil, o que lhe confere um singular lirismo e originalidade.
Em seu livro de contos ―Os da minha rua‖, publicado pela primeira vez no Brasil no
ano de 2007, seguindo essa marca, há um - ―Nós choramos pelo cão tinhoso‖ - que se
destaca por, além de trazer o narrador adolescente, também denotar a recepção do
leitor infantojuvenil à obra literária: nesse caso, um clássico da literatura
moçambicana, o conto ―Nós matamos o cão tinhoso‖, de Luís Bernardo Honwana,
publicado em 1964. Neste trabalho, fundamentado em estudos sobre a Estética da
Recepção, pretende-se analisar como o leitor adolescente recepciona uma obra
literária clássica, como a de Honwana, em uma conjuntura coletiva, em sala de aula,
quando a professora de Português da oitava série solicita que os alunos leiam o conto
em voz alta. A sensibilidade, a emoção, a construção da identidade, a formação da
memória coletiva e a busca pela autoafirmação, típicas dessa faixa etária, serão temas
salientados na análise dessa recepção. Outrossim, para a realização deste estudo,
serão consideradas as características do referido texto clássico que envolvem o
público infantojuvenil, como a identificação com o narrador e os protagonistas também
adolescentes. Embora produzidos em países e épocas distintas, ao abordar a
intertextualidade, serão observadas quais relações entre texto e leitor interferem na
interpretação da obra. A partir deste estudo, pretende-se possibilitar ilações aos que
se dedicam à formação de leitores infantojuvenis, no intuito de despertar sua atenção
ao relacionamento íntimo entre o texto literário e a representação do leitor. Palavras-
Chave: Recepção. Leitor. Infantojuvenil.

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NARRATIVA JUVENIL CONTEMPORÂNEA: A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE


JUVENIL EM OBRAS BRASILEIRAS E PORTUGUESAS
Andressa Fajardo
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
A narrativa juvenil produzida nas últimas décadas tem mostrado diferentes facetas
temáticas e formais, inclusive no que diz respeito à inserção de assuntos, os quais
buscam enfatizar a construção da identidade juvenil, o que tem contribuído, cada vez
mais, na aproximação e recepção dos jovens leitores desse subsistema literário. A
partir dessa perspectiva, o presente trabalho tem como objetivo analisar, com respaldo
teórico nos Estudos Comparados e nas Teorias da Estética da Recepção e do Efeito
Estético, os pontos de contato entre a literatura juvenil contemporânea brasileira e a
sua vertente portuguesa, para compreender como se dá o desenvolvimento dessa
linha temática em ambas as produções. Para tanto, foi necessário a seleção de
narrativas juvenis contemporâneas dos dois países, as quais trabalhassem não
apenas a linha temática em questão, mas também que a fizesse com base em um
subtema específico, no caso, o relacionamento familiar. Ademais, a escolha do
conteúdo visa a estabelecer não apenas uma relação interliterária entre as produções
de ambos os países, mas também observar aquilo que ultrapassa o elemento
meramente literário. Logo, o corpus constitui-se de uma obra juvenil brasileira, O rapaz
que não era de Liverpool (2006), de Caio Riter, e de uma portuguesa, Meia hora para
mudar a minha vida (2014), de Alice Vieira. Pretende-se observar ainda, por meio do
cotejamento crítico entre os textos selecionados, a pluralidade de sentidos
encontrados na tessitura textual, bem como investigar estilos e formas empregados
por cada autor, no decorrer de cada uma das criações literárias.

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NO DIVÃ E NA ESCRIVANINHA: BREVE ANÁLISE PSICANALÍTICA E


ESTILÍSTICA DO CONTO “COMO SE FOSSE", DE MARINA COLASANTI
Alexandre Leidens, Fabiano Tadeu Grazioli
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
A obra ―23 histórias de um viajante‖, de Marina Colasanti, apresenta ao leitor 23
breves contos, narrados pelo estrangeiro viajante ao seu interlocutor principal: o
príncipe de um reino não nomeado. Enquanto atravessam as terras, único pedido do
viajante ao príncipe: a passagem, o príncipe, que resolve acompanhá-lo, vai tornando-
se cúmplice de seus relatos. ―Como se fosse‖ é a 12ª história do viajante e nela um rei
é abatido em combate, rei esse bastante estimado por seus companheiros de guerra e
demais súditos. Houve uma grande comoção provocada por sua morte, além disso,
outra questão assolava repentinamente os capitães: o tão querido rei deixara apenas
um sucessor ainda criança e inexperiente para essa tão importante jornada. Em meio
a profusão de acontecimentos, não podiam eles esperar para a tomada de uma
decisão sobre o que fazer com a corte e sobretudo com a coroa. O ciclo, então,
recomeça e esse menino rei, como seu pai, governou e obteve sucesso, compartilhou
também o seu destino. O conto ―Como se fosse‖ será analisado a partir de dois
enfoques: a psicanálise e a estilística. No que concerne à psicanálise, os autores que
subsidiarão o trabalho serão Lacan (2003), com o qual serão buscadas as temáticas
da demanda e do desejo, e Bettelheim (2007), no que se refere à psicanálise aplicada
às histórias para jovens e crianças. A análise estilística se baseará nos estudos de
Reis (1981), sob a ótica da particularização do estilo, da criação da técnica literária e
do significado a partir do caráter conotativo da linguagem. Para a realização das
reflexões aqui propostas, será utilizada a abordagem qualitativa, ademais, os
procedimentos técnicos se darão na forma de pesquisa bibliográfica e documental,
objetivando uma análise inédita sobre este conto de Marina Colasanti.

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O CONTO DE MATRIZ AFRICANA NA BIBLIOTECA ESCOLAR: ANÁLISE DA


OBRA SIKULUME E OUTROS CONTOS AFRICANOS, DE JÚLIO EMÍLIO BRAZ
Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira, Uiara Cristina De Andrade Ruiz
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
O autor Júlio Emílio Braz, em seu livro Sikulume e outros contos africanos (2005),
apresenta sete histórias recolhidas da tradição oral africana. O conto que dá título ao
livro circula em torno do filho rejeitado que, depois de grandes conquistas, retorna
como herói da tribo. Essa história remete-nos aos contos clássicos em que a
personagem passa por uma situação de desprestígio e, após sucessivas tentativas de
superação, regressa com maturidade ao seu núcleo familiar. Assim, neste texto,
objetivamos, a partir do aporte teórico da Estética da Recepção (ISER, 1999 e 1996;
JAUSS, 1994), analisar esse conto de matriz oral africana, disposto em uma obra
destinada à leitura de jovens leitores. Nesta análise, visa-se detectar se o conto
apresenta lacunas em sua estruturação narrativa, as quais asseguram
comunicabilidade com o jovem leitor. Além disso, busca-se observar se a sua história
rompe com os conceitos prévios desse leitor, permitindo-lhe a ampliação de seus
horizontes de expectativa. Também, vale destacar que a presente obra compõe os
acervos do Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE (2006), destinados às
séries finais do Ensino Fundamental, portanto, foi distribuída para a maioria das
escolas públicas. Justifica-se, então, que devido à possibilidade de acesso da obra
pelo jovem, debrucemos nossas análises sobre suas potencialidades estéticas e seu
discurso ideológico, a fim de verificar se ela transmite uma representação positiva da
cultura de tradição africana, contribuindo para a formação de uma identidade étnica e
plural.

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O DISCURSO DIALÓGICO NO ROMANCE ILUMINURAS, DE ROSANA RIOS


Queila Da Silva Gimenez
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
O presente trabalho analisa aspectos relacionados à dialogicidade do discurso
observáveis no romance juvenil Iluminuras, da escritora Rosana Rios. Para tanto,
recorre-se à teoria do romance desenvolvida por Mikhail Bakhtin em Questões de
Literatura e de Estética (Bakhtin, 1988), texto em que o filósofo discorre acerca da
estratificação interna da linguagem na prosa romanesca, o que a torna um fenômeno
plurilíngue, plurivocal e pluriestilístico. São analisadas sob essa perspectiva sobretudo
as vozes presentes na narrativa de Iluminuras e como elas colaboram para fazer deste
um romance rico no diálogo dessas linguagens.

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O ENSINO DE LITERATURA E A PROPOSTA DE ENSINO DOS PROFESSORES


DAS ESCOLAS ESTADUAIS DO PARANÁ
Itamara Peters
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
O presente artigo tem como foco os desafios do ensino da literatura no ambiente
hospitalar a partir das atividades de literatura encaminhadas pelos professores das
escolas públicas do Paraná. O objetivo central da análise é observar se há uma
metodologia de ensino explicita ou implícita nas atividades que são encaminhadas
para o estudante hospitalizado. Trata-se de um artigo desenvolvido na disciplina de
literatura e ensino no Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS) desenvolvido
na Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). O estudo tem como
metodologia o estudo de caso, e analisa as atividades de literatura propostas por sete
(07) professoras para os estudantes em tratamento de saúde. O texto pauta-se
teoricamente nos estudos conceituais de literatura e nos estudos sobre literatura e
ensino.

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O MENINO, A LINGUAGEM E A POESIA: UMA POSSIBILIDADE DE LEITURA DE


O FANTÁSTICO MUNDO DE BOBBY (1990)
Fernando Teixeira Luiz
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
A presente comunicação constitui um recorte de uma pesquisa maior, intitulada
Poéticas do cinema de animação, e que tem como meta mapear as propostas
estéticas veiculadas pelo desenho animado ao longo do século XX. Para tanto, o
trabalho se fixará nas décadas de 1980 e 1990, marcados pela ascensão de estúdios
como a Filmation, a Rankin e Bass e a Marvel. Em linhas gerais, a pesquisa apontou
para um quadro curioso, se comparado às décadas anteriores, marcado,
predominantemente, pelo hibridismo. Assim, lançavam mão de uma teia de signos
típicos de circuitos específicos, como o universo da mitologia, o substrato medieval, a
fantasia futurista, o faroeste norte-americano e as fontes lendárias dos samurais.
Ademais, ganhava força uma produção paralela, em que crianças e jovens assumiam
o palco de grandes protagonistas, em absoluta sintonia com os avanços da literatura
infanto-juvenil e o ideário da pós-modernidade. Caudatários de Charlie Brown, figuras
como Mafalda, Mônica e Bobby Generic edificavam uma considerável filmografia
pautada no cotidiano dos heróis mirins, abordando elementos da realidade com base
no ponto de vista da criança. Nesse sentido, a comunicação contemplará a série O
fantástico mundo de Bobby (1990), que tematizava o cotidiano de uma criança criativa
e envolvente, bem como suas relações com a polissemia dos signos verbais e a
significação conotativa e denotativa exaltada no ato de comunicação. Com o propósito
de estabelecer a análise, a pesquisa recorrerá às contemporâneas teorias do texto e
da linguagem que enfocam a escritura visual não somente em sua imanência, mas,
sobretudo, a partir das relações firmadas no contexto histórico-social de produção do
discurso.

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O QUE É MESMO LITERATURA JUVENIL?


Eliana Guimarães Almeida, Maria Zélia Versiani Machado
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
O presente trabalho propõe uma discussão em torno da expressão ―literatura juvenil‖,
considerando o levantamento de pesquisas que têm se debruçado sobre essa
temática e uma análise de títulos premiados na categoria ―jovem‖ pela Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil – doravante FNLIJ – nos últimos cinco anos. A
proposta é parte de uma pesquisa de doutorado em andamento cujo objetivo principal
é conhecer as tendências da produção literária voltada para jovens e compreender os
modos de recepção da chamada literatura juvenil por leitores adolescentes que
residem em bairros considerados periféricos da região metropolitana de Belo
Horizonte ou que estudam em escolas públicas situadas nesses locais. O percurso
metodológico da pesquisa consiste em um levantamento inicial e breve análise de
obras premiadas na categoria ―Jovem‖ pela FNLIJ seguido da aplicação de
questionários que visa coletar uma série de dados ligados às leituras literárias de
adolescentes leitores. Os próximos passos da metodologia proposta, que não estarão
contemplados nesse trabalho, serão compostos por entrevistas, que permitirão
conhecer trajetórias peculiares de alguns leitores, seguidas de grupos de discussão
que darão voz ao leitor para falar sobre obras literárias que eles apreciam e também
para que possam tecer considerações acerca de determinadas obras premiadas. O
levantamento feito até o momento, embora não seja conclusivo, permite perceber que
não há um consenso entre o que se compreende como ―literatura juvenil‖,
especialmente quando se busca uma interlocução com o próprio leitor adolescente.

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OS CONTOS DE FADAS CONTEMPORÂNEOS: UM OLHAR ATENTO PARA O


PROTAGONISMO DAS PRINCESAS AFRICANAS
Jhennefer Alves Macedo, Daniela Maria Segabinazi, Jaine De Sousa Barbosa
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Os contos de fadas têm se propagado durante séculos e suas histórias continuam a
enriquecer o imaginário de crianças e jovens que se deleitam nos encantamentos das
narrativas de princesas como Branca de Neve, Cinderela e Rapunzel, por exemplo.
Através de um olhar atento para esses clássicos, é perceptível observar que os traços
europeus sempre nortearam a caracterização da imagem das princesas, bem como a
estrutura dessas narrativas. No intuito de buscar um distanciamento desse padrão
tradicional, têm surgido obras contemporâneas que propagam o mundo encantado das
princesas a partir de um novo modelo de conto de fadas; dessa vez as protagonistas
são negras e algumas desconhecidas em decorrência do longo processo de
branqueamento que se consolidou durante séculos nas narrativas clássicas. Porém,
ao lado de publicações, que contribuem para o (re)conhecimento da memória africana,
estão outras que precisam de atenção e uma análise aprofundada, porque
protagonizam princesas negras apenas pela cor de pele. Então, reconhecendo a
relevância das questões expostas, o presente artigo investiga as recentes publicações
em que princesas negras são protagonistas nos enredos literários e realiza uma
análise comparativa entre o conto de fadas Branca de neve, do século XIX, e as
narrativas contemporâneas, particularmente, Pretinha de neve e os sete gigantes
(2013). Objetivando averiguar como se dá a construção da identidade dessa ―nova‖
princesa africana, nos atentaremos no estudo acerca dos elementos estéticos que
constituem essas obras, como a originalidade das temáticas que as norteiam e os
textos visuais que apresentam. Para dar suporte a essa discussão, recorremos a
teóricos como Zilberman (1987); Coelho (1991); Pinguilly (2005); Oliveira (2008),
Debus (2012) e Faria (2012).

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OS CONTOS DE GRIMM ENTRE OS JOVENS: A TRAJETÓRIA DOS IRMÃOS


GRIMM NO BRASIL E SUAS MÚLTIPLAS LEITURAS.
Lucila Bassan Zorzato
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
O presente trabalho objetiva discutir a trajetória dos Contos de Grimm no Brasil,
assinalando algumas mudanças conferidas ao trabalho de tradução/adaptação dos
títulos ao longo do tempo e, sobretudo, o perfil da produção contemporânea, tendo em
vista um público específico: o jovem. Nesse contexto, é possível afirmar a recepção
dos escritores vincula-se, num primeiro momento, a mudanças no ensino, à
familiaridade dos leitores com o conto popular (nacional ou importado) e aos avanços
do mercado livreiro, barateando a produção e despertando o interesse pela publicação
das obras. Com isso, além de escritores, a exemplo de Monteiro Lobato, que conferem
aos contos identidade nacional através de uma linguagem acessível, abrasileirada, e
de um tratamento gráfico inovador, observa-se a intensa circulação de traduções cuja
simplificação compromete o estilo original das narrativas. Com a expansão da
indústria livreira (1950-1970) são poucas as editoras que não incluem em seu catálogo
títulos dos Grimm, em versões bastante desiguais. A partir da década de 2000,
contudo, cresce o número de obras fiéis ao texto de origem, traduzidas direto do
alemão, em edições ilustradas, comentadas por especialistas e assinadas por nomes
de referência no cenário literário. Na atualidade, submetidos à avaliação e/ou inseridos
em programas de fomento à leitura, a circulação dos títulos retrata não apenas o valor
histórico-cultural da obra dos Irmãos Grimm, como se detêm em critérios que
justificam o trabalho estético: qualidade textual, das ilustrações e do projeto gráfico.
Além disso, através de novas roupagens, buscam um diálogo com o leitor jovem,
despertando seu interesse pelos contos clássicos.

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OS MANUSCRITOS DE HISTÓRIAS DE ALEXANDRE, DE GRACILIANO RAMOS: A


OBRA INFANTOJUVENIL DO AUTOR E O FILHO MAIS VELHO QUE NÃO É DE
FABIANO
Carlos Benites De Azevedo
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
O presente trabalho representa um dos capítulos do projeto de doutorado em
Literatura Brasileira que desenvolvemos na UFRJ. No citado capítulo estudamos os
elos coesivos entre as obras de Graciliano Ramos que recebem mais atenção de
críticos e estudiosos e sua produção para o público juvenil, em especial o livro
Histórias de Alexandre (RAMOS, 2007), com 1ª edição em 1944, e que serve de base
para o estudo aqui apresentado. Assim, além de identificarmos, na obra corpus do
estudo, as marcas literárias, que aparecem também nas obras mais famosas de
Graciliano, trabalhamos com os manuscritos da obra para verificarmos as
modificações que o autor efetuou no texto até ele ser publicado. Nesse trabalho
pudemos verificar uma das características de Graciliano: a constante preocupação
com o aprimoramento de seus textos. Ao compararmos os manuscritos com o texto
final da obra, percebemos trechos cortados e substituídos e alteração de títulos de
algumas histórias. Também identificamos duas importantes descobertas: na versão
final do conto ―História de um bode‖ o autor substitui o personagem Libório pelo cego
Firmino em todas as ações do primeiro no texto inicial; e nos manuscritos de duas das
histórias aparece o personagem identificado como o Filho mais Velho de Alexandre
que, na versão final, Graciliano não o inclui. Entendemos que essas revelações, além
do fato de serem inéditas, têm importância pelo caráter literário. Assim, procuramos
estudar o que pode ter levado o autor a excluir o Filho de Alexandre das histórias além
de trocar os citados personagens, assim como os efeitos causados por tais decisões
na obra que, assim como toda sua produção juvenil, ficou esquecida por muitos anos
como parte da obra de Graciliano.

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PROTAGONISTAS DE LYGIA BOJUNGA “EM TRÂNSITO”


Berta Lucia Tagliari Feba
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
As personagens de Lygia Bojunga vivenciam conflitos ao longo de sua trajetória que
lhes propiciam um amadurecimento psicológico e um aprendizado sobre a vida. Desse
modo, para expressar a fase de mudanças pela qual as personagens passam, como a
entrada na adolescência, e a busca de si mesma, este trabalho apropria-se da
expressão "em trânsito" feita pelo narrador à personagem Petúnia do livro
A cama. Assim como a garota, outros protagonistas das narrativas de Bojunga
modificam-se no decorrer de sua caminhada, tais como Raquel, de A bolsa amarela, e
Lucas, de Seis vezes Lucas. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar o
momento de transição pelo qual passam as personagens bojunguianas, procurando
verificar quais os motivos que desencadeiam a turbulência de sentimentos. Como
resultados, destacam-se o amadurecimento das personagens e a transferência ao
leitor das experiências vividas por esses seres ficcionais por meio da identificação que
ocorre durante a leitura.

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"UM ÚTIL E DELEITOSO PASSATEMPO": LITERATURA PARA


JOVENS NO BRASIL OITOCENTISTA
Juliana De Souza Topan
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Problematizando a proposição do advento da literatura juvenil na segunda metade do
século XX (postulada por Eric Hobsbawn e Roberta Trites), este artigo aborda a
existência de uma literatura voltada para jovens no Brasil, no século XIX, apontando a
presença de livros como As aventuras de Telêmaco, filho de Ulysses, de Fenelon e A
história de Simão de Nantua, de Jussieu, entre os títulos mais vendidos até 1850, bem
como no catálogo da Biblioteca Fluminense de 1866, além da existência de coleções
juvenis no catálogo da Livraria Garnier de 1857 e 1858. Pela análise das obras de
Fenelon e Jussieu, propõe-se uma relação entre a estrutura episódica e a inserção
escolar como uma das razões de seu sucesso de vendas, além de sua leitura como
entretenimento, em função de temáticas de viagens, de aventuras e da estrutura
baseada em peripécias. Conclui-se, a partir destas análises, que, embora não
houvesse uma produção de autores nacionais para jovens brasileiros, havia uma
literatura voltada para eles (composta, em sua maioria, de livros juvenis franceses e
suas respectivas traduções), tanto por preocupações pedagógicas e morais, tanto por
razões comerciais (a existência de um mercado promissor para a ascendente indústria
do livro francesa oitocentista).

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UMA ANÁLISE DA CATEGORIA CONTEÚDO E FORMA EM “EU, FERNANDO


PESSOA” - EM QUADRINHOS - PARA A FORMAÇÃO DE JOVENS LEITORES
Sandra Aparecida Pires Franco, Geuciane Felipe Guerim Fernandes, Letícia Vidigal,
Nathalia Martins
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Este estudo analisa a obra Eu, Fernando Pessoa – em quadrinhos de Susana Ventura
e Guazzelli, editado em 2013. O objetivo da pesquisa foi o de perceber a relação da
categoria dialética conteúdo e forma presente na obra. Para o desenvolvimento do
trabalho utilizou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica com abordagem crítico-
dialética. A análise permite afirmar que a relação conteúdo e forma são elementos
indissociáveis em uma obra literária e favorável para o desenvolvimento da formação
de jovens leitores. Palavras-Chave: Conteúdo e forma. Leitura literária. Jovens
leitores.

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VENCENDO O TÉDIO E A MESMICE (SOBRE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS


EM CORDEL, DE JOÃO GOMES DE SÁ)
Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira, Guilherme Magri Da Rocha
Eixo Temático 04: A literatura juvenil e jovens leitores - Comunicação Oral
Esta comunicação tem por objetivo apresentar uma análise da adaptação Alice no
País das Maravilhas em Cordel, escrita por Gomes de Sá e ilustrada por Marcos
Garuti (2010), por meio de uma análise contrastiva dessa obra com seu hipotexto:
Aventuras de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll (1865), de modo a
apontar de que maneira o clássico carrolliano é adaptado ao universo brasileiro,
nordestino. Para a consecução de nosso objetivo, elegemos como aporte teórico da
Estética da Recepção (Jauss, 1994; Iser, 1999 e 1996), de forma a observar se o
hipertexto elaborado por Gomes de Sá mantém a comunicabilidade com seu leitor
implícito, levando-o à reflexão crítica, por meio do rompimento de seus conceitos
prévios e da ampliação de seus horizontes de expectativas.

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A INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS NOS LIVROS INFANTIS PARA CRIANÇAS


PEQUENAS
Ludmila Magalhães Naves, Ellen Maira De Alcântara Laudares, Ilsa Do Carmo Vieira
Goulart
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Apresentação de
Pôster
Partindo do pressuposto de que as crianças se encontram em uma fase do
desenvolvimento em que as emoções e os sentidos são realçados, este trabalho teve
como finalidade a análise da importância da imagem ilustrativa presente nos livros
infantis indicados para crianças a partir de zero anos de idade. Foi escolhida a obra
Baby Faces da autora e ilustradora inglesa Kate Merritt, que oferece
predominantemente as ilustrações de rostos de crianças expressando emoções
diversas como narrativa. Para a investigação foi utilizada a metodologia de análise
documental que nos permitiu observar os meios e instrumentos empregados na
composição da obra. Observou-se que a escolha do tema ilustrado foi de grande
importância para a conexão e aproximação da criança com o livro. Percebe-se que a
autora considerou manter a familiaridade com o mundo infantil, ilustrando emoções
humanas que são parte do mundo da criança, e impressas em papel diferenciado de
forma a tornar o livro um brinquedo, algo divertido e possível de interação. Para
embasar a reflexão teórica, apoia-se nos estudos de Peter Hunt, Souza e Girotto
sobre leitura, literatura e infância, bem como outros autores que tratam da temática.
Conclui-se que o uso de imagens como um texto visual, permite às crianças uma
maior familiaridade e interesse pela leitura. Desta forma, a presença de imagens nos
livros infantis destinados aos pequenos leitores, possibilita a compreensão leitora ao
promover a proximidade entre a realidade da criança e seu imaginário estabelecendo
relações de sentido.

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FOTOGRAFIA COMO ESPAÇO DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS


Ludmila Magalhães Naves, Ellen Maira De Alcântara Laudares, Ilsa Do Carmo Vieira
Goulart
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Apresentação de
Pôster
Ao partir da concepção da linguagem como forma de expressão e interação social,
este trabalho, que contou com apoio da FAPEMIG, considera a fotografia como forma
de manifestação concreta da linguagem não-verbal e a leitura de imagens como o ato
intenso de produção de sentidos. Assim, compreendemos que narração de uma
história acompanhada de uma ilustração, atribui à essa imagem uma ampliação de
seus limites, torna-se um espaço discursivo, criando uma relação dialógica com o
leitor. Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho é identificar quais as
potencialidades do uso da fotografia como técnica de contação de história. Nessa
perspectiva, realizou-se a análise do livro Os sonhos do meu bebê, da autora Adele
Enersen. A autora e ilustradora vive nos Estados Unidos e criou a obra inspirada na
realidade dos momentos vivenciados na maternidade. A obra apresenta como
estrutura textual a narração representada por fotografias, em que o cenário ilustrado é
construído na tentativa dialógica com a produção dessa narrativa. Como resultado,
observou-se que o uso de fotografias como ilustração permitem uma aproximação
entre o sujeito leitor e o objeto real. Concluiu-se que a ilustração e o texto dialogam
entre si, permitindo uma interpretação mais livre da história narrada. O uso de
fotografias apresenta uma característica mais significativa para a geração atual, que
busca nos livros e no processo de aprendizagem algo que surpreenda, que os conecte
à sua realidade tecnológica disponível em sua rotina. A contação de história
combinada às ilustrações fotográficas contribui de forma significativa para a
compreensão leitora e aprendizagem da criança, o que mostra a fotografia como
técnica de ilustração ou recurso de expansão da imagem e como um texto visual.

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A EVOLUÇÃO DAS IMAGENS DE DONA BENTA EM ALGUNS ILUSTRADORES


DA OBRA INFANTIL DE MONTEIRO LOBATO
Patrícia Aparecida Beraldo Romano
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Monteiro Lobato foi um escritor e editor bastante preocupado com a materialidade de
sua obra literária, tanto adulta quanto infantil. Em diversas cartas trocadas com vários
de seus interlocutores, Lobato fazia comentários sobre a qualidade do papel para
impressão bem como sobre as ilustrações que acompanhariam o texto escrito. Essa
preocupação parece que era muito presente, em especial, nos textos infantis. Por isso,
muitos foram os ilustradores que trabalharam com Lobato no ofício de produzir as
imagens impressas nos seus textos para crianças. Depois da morte do escritor, outros
profissionais desse ramo também se debruçaram sobre a produção de ilustrações
para os textos infantis. Esse trabalho procura mostrar como a personagem Dona
Benta, avó contadora e mediadora de histórias, aparece nas imagens de alguns
desses ilustradores e como, ao longo dos anos e dos traços deles, é possível
pensarmos numa ―evolução‖ da imagem da avó a fim de que pudesse satisfazer o
imaginário do jovem leitor. Palavras-chave: Dona Benta, imagens, ilustradores.

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A ILUSTRAÇÃO DE SALMO DANSA PARA OS CONTOS DE ANDERSEN


Simone Rodrigues Do Amaral
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Este artigo tem por objetivo comentar a ilustração de Salmo Dansa para os contos de
Hans Christian Andersen publicados no livro Minimaginário de Andersen (Editora
Companhia das Letrinhas; adaptação de Katia Canton). O texto procura investigar,
através de uma leitura atenta, de depoimentos do artista e da análise de elementos
constituintes do texto imagético, o modo de construção dessas ilustrações, a
abordagem das narrativas feita pelo ilustrador e, sobretudo, as consequências, para o
ato de ler, do trabalho realizado pelo artista. Os principais resultados dessa análise
destacam, especialmente, que a relação da temática dos contos com a ilustração
ganha intenso imbricamento a partir da escolha feita pelo ilustrador para a realização
da obra: o artista seleciona materiais que possuem afinidade com cada narrativa,
conferindo ao livro, para além de um diálogo entre texto escrito e texto verbal, uma
possibilidade de intensificação e ressignificação do modo de ler essas narrativas. O
livro adquire uma unidade muito própria e rica, potencializadora de uma leitura
investigativa e particularmente sensível, a partir da proposta do ilustrador. Palavras-
chave: Ilustração. Salmo Dansa. Contos de Andersen.

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A IMAGINISTA: REIMAGINANDO VISUALMENTE A OBRA “EMMA” DE JANE


AUSTEN E CRIANDO NOVOS PERCURSOS DE LEITURA.
Giovanna Corrêa Lucci
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Tomando-se como ponto de partida os conceitos de tradução intersemiótica e
transcriação, como as entende Julio Plaza em sua tese de 1987, pode-se dizer que o
foco principal desta pesquisa esteve em estudar como o conteúdo de um texto pode
ser recriado visualmente, ou seja, inserir as imagens no contexto das narrativas para
estudar como elas podem ser utilizadas para traduzir as principais ideias contidas no
texto. Em outras palavras, este estudo buscou compreender como as imagens e o seu
poder de síntese podem constituir uma nova forma de contar uma mesma história ao
apresentarem ao leitor novas possibilidades interpretativas. Dessa forma, tomou-se o
romance inglês "Emma‖, escrito por Jane Austen em 1815, como objeto de
estudo para investigar como imagens podem ser utilizadas para construir uma
narrativa e criar uma tradução visual de uma história que já foi muito recontada.
Assim, a principal proposta deste estudo foi a criação de um picturebook ou livro-
imagem que conseguisse traduzir o conteúdo de um texto para criar uma narrativa
com imagens. Os principais objetivos desta pesquisa foram compreender como uma
história pode ser narrada semente por meio de imagens e como os elementos
estruturais e as partes constitutivas da imagem podem traduzir o mundo criado por um
autor e, assim, ajudar a contar esta história. Para isso, além de realizar um estudo
acerca da narrativa para compreender a estrutura da história e seus significados
intrínsecos, houve a necessidade de estudar como as cores, linhas, formas, texturas,
padronagens, elementos gráficos e tipográficos e as próprias mídias podem contribuir
para a construção de uma narrativa visual, auxiliar na compreensão do todo e criar
novas camadas para alimentar a interpretação.

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A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO ENTRE TEXTO E IMAGEM NA OBRA


CONFERÊNCIA NO CERRADO
Tania Maria Guimarães Dealmeida Ramos, Adriana Lins Precioso
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Através das cores e formas evidenciadas pela ilustração do livro, o pequeno leitor
constrói e atribui sentidos que o permitirão fantasiar e dialogar com o texto escrito. Na
contemporaneidade, os variados recursos da ilustração são verdadeiras obras de arte
no que tange a relação dos textos e com as imagens. A obra infanto-juvenil
Conferência no Cerrado (2008) possui uma temática direcionada para as questões
ambientais e tem como protagonistas seres lendários da cultura matogrossense. Os
personagens: Currupira, Pé de Garrafa, Negrinho D‘Água, Mãe do Morro, Tibanaré e
Boitatá fazem parte do imaginário de culturas tradicionais da Baixada Cuiabana. Este
trabalho tem como objetivo analisar a ilustração e a sua simetria com o texto da obra
infanto-juvenil Conferência no Cerrado dos autores Durval de França e Cristina
Campos e ilustração de Ricardo Leite. O texto literário oferece possibilidades de
interação com as imagens e a sua estrutura traz a cada início de capítulo, uma
ilustração que antecipa os acontecimentos que serão desenvolvimentos no texto
verbal. Walty, Fonseca e Cury (2001) salientam que a leitura é um processo de
interação de textos verbais e pictóricos, no qual o leitor apreende as imagens e no ato
de ler vislumbra as malhas discursivas que os formam. A relação entre texto e
ilustração possibilita o conhecimento das produções culturais que criam a identidade
com o estado de Mato Grosso e auxilia na reflexão sobre o lugar social, a dimensão
espacial e temporal nos quais são produzidos. Este trabalho faz parte do projeto de
pesquisa intitulado: ―Transculturação e poéticas contemporâneas: traços identitários
da cultura de Mato Grosso – FASE 2 – Abordagem mitológica‖, desenvolvido da
UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Sinop.

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A INTERMIDIALIDADE NOS LIVROS DE ARTISTA DAS ARTES VISUAIS E NOS


LIVROS ILUSTRADOS DA LITERATURA INFANTIL.
Milene Brizeno Chalfum, Celia Abicalil Belmiro
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
As imagens dos livros ilustrados da literatura infantil contemporânea, assim como as
suas relações com o texto verbal, demonstram um crescente movimento de
desmaterialização e dissolução de fronteiras entre as suas diferentes linguagens e
mídias. Assim, a leitura de um texto visual não deve ser conduzida apenas pela
perspectiva semiótica, mas lida e vista dentro de sua própria estrutura material e
sensível. O conceito de intermidialidade permite uma visão abrangente desses livros,
como obras multimidiáticas, ao deslocar da literatura a referência dominante, e
possibilitar a integração natural, sem prevalências, entre as linguagens visual e verbal.
Além disso, refere-se à inclusão na obra das diversas mídias que a atravessam, tanto
do ponto de vista da produção, quanto da recepção. O repertório literário, cada vez
mais, vem incorporando elementos visuais intertextuais e intermidiáticos, compondo
novas obras em territórios híbridos e, dessa forma, requisitando a aplicação de novos
sistemas de avaliação. O objetivo deste texto é a análise da imagem nos livros
ilustrados pelo conceito de intermidialidade e de suas formas de manifestação no livro
de artista, categoria e obra das artes visuais. É um texto circunscrito a uma pesquisa
de mestrado que propõe ainda o compartilhamento de outras propriedades afins,
como: a presença do livro no livro pelas mais diversas conformações materiais e
conceituais; a não linearidade da narrativa marcada por novos sistemas espaço-
temporais; e a singularidade dos processos técnicos e estruturais. Fazem parte do
corpus da pesquisa, comparativamente, dois grandes grupos de acervo: a ―Coleção
especial de livros de artista da biblioteca da UFMG‖; e a bebeteca e o Gpell - Grupo de
Pesquisa do Letramento Literário, integrantes do CEALE/FaE/ UFMG.

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A LIBERDADE GRÁFICA-EDITORIAL NOS LIVROS ILUSTRADOS


Samara Mírian Coutinho
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
A literatura infantil notoriamente tem ganhado espaço no mercado editorial brasileiro e
grande parte dessa mudança mercadológica advém de um novo público consumidor:
adultos que apreciam artes gráficas. O livro infantil possui como uma de suas
características a presença de ilustrações, que somada à textos que estimulam a
imaginação, permitem uma maior ousadia na concepção do projeto do livro. Dessa
forma, os produtores de livros vêm aumentado o investimento nas publicações
ilustradas, explorando a liberdade do gênero, seja no design ou na materialidade do
objeto. As ilustrações têm recebido uma maior atenção, fazendo com que a interação
do texto e da imagem se tornem mais coesas e sofisticadas. Esse tratamento gráfico-
editorial diferenciado possibilita que textos clássicos da literatura infantil sejam
publicados em edições consideradas de luxo, com alto valor de mercado e com
grande capital simbólico. Nesse artigo, o objetivo é demonstrar a diversidade estética
presente em diferentes edições da obra Alice no país das maravilhas e Alice através
do espelho, do autor britânico Lewis Carroll. Para essa análise serão usados teóricos
como HUNT (2010), POWERS (2008), PAIVA (2010) e LINS (2002). Palavras-Chave:
Projeto gráfico-editorial. Livro ilustrado. Alice

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A RECORRÊNCIA DO TEMA COR E IDENTIDADE EM ZIRALDO: FLICTS E OS


MENINOS MORENOS
Mercia Roseli Pessôa E Silva
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Sinalizaremos duas situações, que apresentam como denominador comum a questão
da representação da identidade, tendo como panorama a obra de Ziraldo. A primeira
condiz com Flicts, primeiro livro infantil publicado pelo escritor mineiro em 1969, que
conta de modo romântico, figurativo, simbólico e textual a história de uma cor singular,
diferente, que embora procure misturar-se com outras cores, não consegue encontrar
os seus pares e sair da sua condição de isolamento. Tanto, que a ―lua é Flicts‖, e
como tal, permanece a máxima: ―e mais uma vez deixaram o frágil e feio e aflito Flicts
na sua branca solidão‖. A segunda situação condiz com Os meninos Morenos, livro
publicado em 2004, que é uma espécie de gênero autobiográfico, comparativo e
também figurativo, onde encontramos a mesma recorrência do tema cor e identidade.
Mas são os versos de Humberto Ak‘abal, ali reproduzidos, que revelam a tônica da lua
triste na sua solidão, desejando desesperadamente estar na terra, ainda que refletida
numa poça de água qualquer. Para o narrador, esse conflito talvez se resolva a partir
da palavra do outro: ―De perto, de pertinho, a lua tem a mesma cor dos meninos
morenos‖. O objetivo proposto aqui é mostrar alguns embates, que encontramos, com
relação à questão da construção da identidade e de sua representação, considerando
os termos pardos e morenos. Para isso, estamos contrapondo e analisando esses dois
textos de Ziraldo, podendo já constatar que existe uma mudança de postura do
discurso do autor na construção da personagem principal e a afirmação de uma
identidade morena, que é ao mesmo tempo contraposta à afirmação do outro.

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A REPRESENTAÇÃO DA PERSONAGEM FEMININA NEGRA NA OBRA LA


MUÑECA NEGRA
Sandra De Oliveira Ferreira, Mariana Cortez
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
RESUMO: As obras de literatura infantil podem contribuir de maneira significativa para
a formação leitora, bem como para o reconhecimento da identidade negra quando a
criança se vê representada nestes contos infantis. A partir desta perspectiva, esta
comunicação tem por objetivo analisar, como a imagem da personagem feminina
negra é apresentada na obra La Muñeca Negra (2007) de Mary Grueso Romero,
ilustradora Vanessa Castillo e editora Apidama. A escolha da obra justifica-se por
possibilitar conhecimentos, acerca da cultura africana, já que em um contexto social
marcados por diferenças uma vez, que a personagem negra normalmente é
apresentada com marcas de inferioridade. Desta forma, os livros de literatura infantil
configuram-se como importante recurso para estimular o respeito e valorização da
diversidade. O foco principal é discutir por meio de elementos verbais e não verbais
como se constrói o discurso da narrativa e se esse discurso desconstrói estereótipos e
preconceitos raciais, ou reforçam mais ainda, aspectos negativos em torno da
identidade negra. Para tanto, irei me apoiar nos seguintes autores: 1) (JOVINO, 2006)
Literatura Infanto-Juvenil com personagens negros no Brasil por aprofundar questões
que norteiam aspectos identitários, sociais e históricos de pessoas negras 2)
CAMARGO (2008) A ilustração do livro infantil, por abordar o tema da ilustração no
livro infantil à luz do diálogo palavra e imagem. 3) COLOMER( 2005) El papel de la
mediación en la formación de lectores , por apresentar considerações importantes a
cerca da intervenção mediadora no processo de leitura, entre outros autores que
contribuirão de maneira significativa na produção deste trabalho. Palavras-chave:
Literatura infantil. Estereótipos. Personagem negra.

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A REPRESENTAÇÃO DO HERÓI NEGRO NA LITERATURA INFANTIL: ANÁLISE


DO LIVRO MANDELA, O AFRICANO DE TODAS AS CORES (2014), DE ALAIN
SERRES
Vivian Stefanne Soares Silva
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
A proposta deste trabalho é analisar a representação do herói negro no livro infantil
Mandela, o africano de todas as cores (2014), de Alain Serres com tradução de André
Telles. A obra faz parte do selo infantojuvenil da Editora Zahar, Pequena Zahar, que
aborda os mais variados temas e gêneros, apresentando-os ao universo infantil.
Nosso objetivo é trabalhar a representação do herói negro para o público
infantojuvenil. Para tanto, buscamos em Peter Hunt (2015) os conceitos de literatura
infantil, levando em consideração os apontamentos do autor sobre infância e leitura de
infância. No que diz respeito à representação, nossas bases teóricas concentram-se
em Stuart Hall (2016). A partir de sua leitura e discussão pretendemos contrapor as
noções de cultura, identidade e representação propostas pelo autor com a imagem do
herói político e africano trabalhado no livro. Nosso propósito é entender de que forma
a imagem do herói foi construída para o publico infantil, quais foram as estratégias
utilizadas nessa construção e quais são os impactos advindos desse processo de
representação.

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A REPRESENTAÇÃO DO NEGRO NAS ILUSTRAÇÕES DE MENINA BONITA DO


LAÇO DE FITA E NIÑA BONITA: FORMAS DE ESTAR
Mariana Cortez, Sandra Oliveira Ferreira
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Este comunicação pretende analisar a relação entre o texto visual e o texto verbal em
projetos gráficos distintos: Menina Bonita do Laço de Fita (1996) editado no Brasil,
ilustrado por Claudius Sylvius Petrus Ceccon e publicado pela editora Ática e sua
tradução para o espanhol Niña Bonita (2004) editado na Venezuela, ilustrado por
Rosana Faria e publicado por Ediciones Ekaré. Ambos os projetos contam uma
história produzida por Ana Maria Machado, autora brasileira. Os objetivos de análise
são: 1) investigar, nas obras literárias especificadas, o lugar do negro em dois espaços
de enunciação (Brasil e Venezuela) e 2) discutir o texto visual como produtor de novos
sentidos na composição de um projeto gráfico em português e sua tradução para o
espanhol. A análise pautou-se em teóricos como, Benjamin (1984), Camargo (1995) e
Colomer (2002;) que abordam questões sobre a função do texto imagético na literatura
infantil e Evaristo (2010), Fanon (2008) e Pereira (2016) que tratam da representação
do negro na sociedade ou na literatura.

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AS RELAÇÕES ENTRE IMAGENS E TEXTOS VERBAIS EM LIVROS


INFORMATIVOS.
Marcus Vinicius Rodrigues Martins, Maria Zélia Versiani Machado
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
O presente trabalho faz parte de uma pesquisa de doutorado em andamento sobre
livros informativos. E visa analisar as relações entre texto verbal e imagem nessa
tipologia, de modo a compreender as articulações de complementação, contraposição
e simetria entre o iconotexto e o texto verbal, criados para informar o leitor sobre
determinado assunto. Para isso, são analisados três livros informativos com temática
histórica, para identificar os principais recursos visuais e verbais presentes nesse tipo
de produção editorial. Dão suporte ao trabalho, estudos teóricos de autores que
pesquisam os livros informativos como Michel Defourny (2003, 2009); Ana Garralon
(2013) e Monica Baró (2011). Ademais, colaboram também para a compreensão do
objeto autores consagrados que estudam as relações texto e imagem em livros
ilustrados como Sophie Van der Linden (2011); Maria Nilojavea e Carole Scott (2011)
e Bettina Kümmerling-Meibauer (2015). Metodologicamente, utilizou-se da pesquisa
bibliográfica em livros, artigos e revistas para o levantamento teórico. Os livros
informativos analisados são ―A Medieval Feast‖, de Aliki (1983), ―Anno‘s Journey‖, de
Mitsumasa Anno (1978) e o ―The Wall: growing up behind the iron curtain‖, de Peter
Sís (2007). Infere-se que alguns livros informativos também podem ser considerados
como livros ilustrados, pois apresentam características desses últimos como
contraposição, complementação e simetria entre o texto imagético e o texto verbal.

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CONEXÃO DE IMAGENS EM ALICE NO TELHADO


Márcia Tavares Silva, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Dentre algumas mudanças ocorridas com o livro de literatura infantil, uma das mais
significativas foi o lugar ocupado pela ilustração e, resultante disso, a relação entre
texto e imagem. Para o entendimento dessas relações, é necessário adotar a
perspectiva de que ao mesmo tempo em que lemos os textos também lemos as
ilustrações e entendemos que estas podem modificar, ampliar, subverter ou explicar
interferindo na apreensão do texto escrito. Nos livros ilustrados esse diálogo é
constituído pelo conjunto dos elementos do campo gráfico, assim índices de cores,
sugestões de metonímias e jogos de planos e formas e pelos elementos do texto
verbal, ambos são determinantes na construção dos sentidos das narrativas.
Discutiremos inicialmente o percurso de evolução das discussões sobre ilustração, as
definições sobre o livro infantil ilustrado e suas particularidades de construção,
posteriormente, como objeto de nossa investigação tomamos Alice no telhado (2011)
de Nelson Cruz, e as conexões constituídas com Alice no País das Maravilhas de
Lewis Carroll. No livro de Cruz, Alice é revisitada em uma criação narrativa
concentrada no diálogo entre texto e imagens, investigaremos assim as relações entre
os índices propostos pelas imagens e as relações estabelecidas com o texto fonte.
Para a leitura dessas relações nos apoiaremos em Van Der Linden (2013), Nikolajeva
e Scott (2011), Ramos (2013) e Oliveira (2008).

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ISBN: 978-85-69697-02-2
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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

DE PONTE EM PONTE: APRENDENDO A LER IMAGENS


Isabela Parada
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
As ilustrações estão nos livros infantis desde a primeira publicação, em 1658, e foram
uma das primeiras referências que as crianças tiveram de imagens produzidas
especificamente para elas. De lá pra cá, o conceito de infância e a quantidade de
referências imagéticas mudaram. Tomando como foco o estudo de ilustrações de
livros infantis (ARIZPE, 2004; DURAN, 2002; AZEVEDO, 2015; MORAES, 2012) e a
observação das crianças em relação a essas imagens, questiona-se a maneira como
ocorre o aprendizado da leitura e interpretação de imagens. As teorias de
desenvolvimento e aprendizagem indicam que se utiliza de esquemas mentais que
fazem parte da estrutura cognitiva para se decodificar novas informações e se chegar
ao aprendizado. O contato com códigos visuais, que precisam ser conhecidos para
que se possa interpretá-la, é que leva uma criança a aprender a ler e interpretar
imagens. Desta maneira, é necessário que haja a ponte entre o repertório de imagens
do leitor e um novo código visual que lhe seja apresentado, com diversos estilos. A
partir dessa criação de repertório é possível começar a construir pontes para novos
estilos. Essas pontes levam as crianças a um novo lugar, ampliam o conhecimento e
contribuem para que alcancem diferentes estilos e linguagens de imagens. É um
processo gradual que deve considerar a importância de apresentar à criança também
estilos de fácil assimilação. E esse papel de apresentação de estilos e referenciais não
compete apenas aos livros infantis. É por meio de uma gama de referências mais
abrangente que podemos oferecer para crianças a possibilidade de escolha do que
gostam mais, do que lhes interessa mais, as quais variam de acordo com o momento,
pois pra tudo existe um tempo e um espaço, pelo qual vamos caminhando de ponte
em ponte.

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DIFERENTES VERSÕES DE UMA OBRA PRODUZEM DISTINTAS RELAÇÕES


ENTRE TEXTO VERBAL E TEXTO IMAGÉTICO? ANÁLISE DE UM POEMA E SUA
ILUSTRAÇÃO NAS VERSÕES DA OBRA “PÉ DE PILÃO” DE MÁRIO QUINTANA
Raquel Cristina Baêta Barbosa, Isabel Cristina Alves Da Silva Frade
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
O presente trabalho é um recorte do projeto de doutorado ―O processo de produção de
cânones: um estudo contrastivo do percurso editorial de obras da poesia infantil
brasileira nas décadas de 1960 a 1980‖ e tem como objetivo apresentar a análise da
relação entre o texto verbal e o texto imagético em obras de literatura, analisando
diferentes edições do mesmo texto. Leva-se em consideração as contribuições da
História Cultural que evidencia o fato de que uma obra literária não é apenas o texto,
mas o conjunto da materialidade, dos paratextos, do texto escrito e texto imagético.
Ou seja, a obra é a união dos diferentes atores responsáveis por sua edição,
produção, divulgação e circulação. Dessa forma, busca-se compreender se as
alterações na materialidade das obras, no texto escrito e no texto imagético produzem
diferentes possibilidades de relação entre leitor e a obra, em distintas versões de um
mesmo texto poético da poesia infantil brasileira. Um mesmo texto poético pode
desencadear diferentes obras? Pela via da comparação de algumas versões
publicadas por diferentes editoras da obra Pé de Pilão de Mário Quintana, será
focalizada, mais especificamente, em cada versão editorial da obra, como se
apresenta a relação entre texto escrito e texto imagético, sendo este último produzido
por distintos ilustradores. Busca-se, enfim, acrescentar algumas contribuições dos
estudos da literatura infantil brasileira, evidenciando tanto a presença como a
importância da ilustração nessas produções. Palavras-Chave: Literatura Infantil.
Edição. Texto e imagem.

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DUDU E A CAIXA: IMAGENS DA CRIANÇA BRINCANTE. O QUE APRENDEMOS


COM ELAS? (AS CRIANÇAS E AS IMAGENS)
Daiana Camargo
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
O presente estudo discute o impacto das imagens da literatura infantil na
rememoração de experiências lúdicas e brincantes em espaço de formação de
professores, a partir do livro ―Dudu e a caixa‖. Entendemos que para além da riqueza
do texto literário, os livros infanto-juvenis mobilizam sensações e colaboram na
formação de professores para a educação infantil por meio de suas imagens, atuando
como recurso fundamental na ampliação de experiências, da criatividade e
imaginação, nas possibilidades de um olhar plural à cultura tanto para a criança
quanto para o professor. As imagens dos textos literários propiciam contato com
diferentes possibilidades de representação e sensações, dentre traços, pinceladas e
cores. O livro infantil utilizado neste estudo apresenta imagens passíveis de discussão
sobre diferentes aspectos, mediante a representação de ações infantis com riqueza e
sensibilidade. Destacamos a especificidade do brincar da criança bem pequena,
representado na obra tanto em texto quanto em imagens, tornando-se rico elemento
formativo de professores de Educação Infantil. Este escrito pauta-se em estudos
teóricos sobre a literatura infantil (ZILBERMAN, 2008), a formação de professores
(MARCELO, 1998), o brincar (MOYLES, 2006; DORNELLES, 2000) e os dados
apresentados e discutidos são provenientes de experiências com acadêmicos na
disciplina de Ludicidade, Corporeidade e Arte no curso de Pedagogia. Analisamos as
narrativas quanto as vivencias com a literatura infantil e sua capacidade mobilizadora
de olhares diferenciados sobre a criança e seu brincar. Consideramos as imagens do
referido livro como forte elemento de discussão sobre as particularidades da criança
pequena e seu brincar, de grande valia no processo formativo de professores.

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EMMA/ JUREMMA: REIMAGINANDO A OBRA “EMMA” DE JANE AUSTEN PARA


O CONTEXTO BRASILEIRO EM UM LIVRO ILUSTRADO
Giovanna Corrêa Lucci
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Esta pesquisa, teve o objetivo de produzir uma reimaginação do texto original ―Emma‖,
escrito por Jane Austen em 1815. Para isso, foi proposto um projeto experimental em
língua portuguesa, desenvolvido em cinco etapas (pesquisa bibliográfica; tradução e
reimaginação do texto; pesquisa cromática; elaboração das ilustrações e montagem
dos capítulos) que teve como produto final um ―livro ilustrado‖. Durante todo o
processo, foram consideradas características do imaginário brasileiro e da época atual
no desenvolvimento da narrativa com imagens, de forma a garantir que os resultados,
conseguissem refletir, em parte, a cultura brasileira. Em uma tentativa de aproximar
duas culturas e duas épocas muito distintas, este trabalho teve como principal
motivação o estudo da relação entre texto e imagem, do transporte de um texto para
outro contexto, e das traduções interlingual, intralingual e intersemiótica. Ao longo do
processo, foi possível não apenas compreender melhor o texto original por meio de
um estudo sobre a autora em si, o contexto em que se deu a criação da obra e a sua
repercussão até os dias de hoje, como também explorar as questões da transcriação e
as possibilidades criativas na elaboração de imagens para que estas possam se
relacionar a um texto criado e ao imaginário nele retratado. Assim, a pesquisa se
caracterizou tanto pela sobreposição do paradigma ao sintagma, como pela busca de
uma organicidade composicional, com o objetivo de criar laços entre unidades
significantes do texto e das imagens, explorando questões da narrativa. Para isso, foi
feito um estudo não apenas da dinâmica dos personagens e do fluxo narrativo, mas
também da tradução de paletas de cor, de estruturas formais, ritmos e compassos
entre som e imagem, cores e formas.

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E SE A MATERIALIDADE DO LIVRO SE TORNASSE PARTE DA HISTÓRIA? UMA


ANÁLISE DA TRILOGIA DA MARGEM, DE SUZY LEE
Jéssica Mariana Andrade Tolentino
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
É a partir da mediação de uma materialidade, o livro, que se realiza o encontro entre
leitor e texto. Por essa razão, refletir acerca das potencialidades significativas dos
seus componentes físicos e de sua relação com o conteúdo narrado é fundamental. É
esse exercício de reflexão que nos propomos a fazer neste trabalho, tendo como
ponto de partida a análise dos livros-imagem Espelho, Onda e Sombra, escritos por
Suzy Lee e publicados no Brasil pela editora Cosac Naify. Nos livros, mais tarde
chamados de Trilogia da Margem, a autora usa a dobra física central da encadernação
(margem interna) como mote para a construção de suas narrativas. Como na
montagem cinematográfica, as imagens separadas (neste caso, em folhas opostas)
combinam-se criando significados e conceitos novos e o que as liga, paradoxalmente,
é o recorte central da margem. Assim, a partir da análise dessas obras, procuramos
mostrar que, mais que um receptáculo de informações, o livro é parte da experiência
de leitura. Aqui, os modos de expressão do texto vão além das palavras: eles abarcam
o potencial narrativo das ilustrações, do formato do livro, da direção em que as
páginas são viradas e uma série de outros elementos. Como referencial teórico, são
utilizados os estudos de Nikolajeva e Scott (2011), Linden (2011), Ramos (2011) e Lee
(2012). Palavras-Chave: Materialidade. Ilustrações. Potencialidade narrativa.

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ILUSTRAÇÕES COLORIDAS EM LIVROS PARA CRIANÇAS NO BRASIL: FRANZ


RICHTER E A BIBLIOTECA INFANTIL MELHORAMENTOS
Maria Das Dores Soares Maziero
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
As ilustrações são presença consolidada nos livros para crianças, assumindo papel
bastante significativo nas obras destinadas a este público, uma vez que contribuem
para a construção de sentidos que completam ou ultrapassam aqueles do texto verbal,
funcionando ainda como estratégia para despertar o interesse dos jovens leitores. Em
1915, a então Weiszflog Irmãos inova no campo dos livros infantis, ao publicar O
patinho feio, ilustrado por Franz Richter, pintor e desenhista tcheco radicado no Brasil,
no que seria o primeiro caso do uso de quatro cores em ilustrações de obra impressa
produzida no país. O objetivo do presente trabalho é apresentar as ilustrações que
Franz Richter fez para os livros da primeira fase da Biblioteca Infantil Melhoramentos
(1915-1925), do ponto de vista da função dessas ilustrações no panorama geral da
coleção e do estudo de aspectos relativos ao estilo de seu autor, cuja atuação no
campo da literatura para crianças tem sido pouco estudada. Para tanto, serão
consultados 28 exemplares da coleção Biblioteca Infantil do período delimitado,
buscando identificar a presença de ilustrações e a função destas em relação ao texto,
bem como discutir o papel do ilustrador nesse período de nascimento da literatura
infantil no Brasil, quando não havia ainda o reconhecimento da importância do papel
deste profissional. O quadro que emerge dessa análise mostra um artista com domínio
total de sua arte, que cria aquarelas especialmente para uma coleção de livros
infantis, em um tempo no qual a prática usual era a utilização de cromos e gravuras
―padronizados‖ para ilustrar tais obras. O referencial teórico adotado contempla
contribuições de Roger Chartier, Marisa Lajolo, Regina Zilberman e Leonardo Arroyo,
entre outros.

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IMAGENS DE BRUXAS: (DES)CONSTRUINDO REPRESENTAÇÕES NA


LITERATURA INFANTIL CONTEMPORÂNEA
Alexsandra Alves De Brito, Daniela Ripoll
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
As personagens bruxas, tradicionalmente antagonistas nos contos de fadas, têm
desempenhado o papel de protagonistas em muitas histórias de publicação recente. A
linguagem visual articulada à linguagem verbal tem relevante função na construção
das representações de bruxa nos livros infantis contemporâneos. Este estudo,
derivado de uma Dissertação de Mestrado, discorre sobre a relevância da linguagem
visual e do papel por ela desempenhado na literatura infantil recente, bem como sobre
a constituição imagética das representações de bruxa que nelas se articulam. Em um
primeiro momento, são contextualizadas as principais transformações ocorridas nas
últimas décadas sobre a linguagem visual dos livros infantis, com base nos estudos de
Lemos (2009) e Ramos (2011). Em um segundo momento, são averiguadas quais
tendências têm se destacado em obras de literatura infantil contemporâneas, segundo
os critérios delimitados por Ramos (2011). Para tal, são utilizados cinco livros de
literatura infantil contemporâneos (2009-2015) que trazem as personagens bruxas
como protagonistas das histórias. No que concerne aos textos visuais, considerou-se
que a maior parte dos livros desta pesquisa se alia às particularidades destacadas por
Ramos (2011) em relação às obras destinadas a crianças na atualidade: a quebra com
a linearidade narrativa, as variações internas no design, a intertextualidade, os jogos
de imagens, a imposição de papéis ativos ao leitor, a multiplicidade de significados, os
desfechos polissêmicos e a quebra de fronteiras entre cultura popular e alta cultura. É
possível ainda observar que há, nos livros estudados, um predomínio da
interdependência e da complementaridade entre a linguagem verbal e a visual e o
alargamento do espaço ocupado pelas imagens nas histórias recentes.

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LEITURA LITERÁRIA E FRUIÇÃO ESTÉTICA


Eliette Aleixo
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Pretende-se, neste trabalho, discutir a condição estética de livros contemporâneos de
literatura infantil, dirigindo a atenção para o texto verbal e visual, e ênfase na
ilustração. Esta abordagem se insere no campo da educação e arte, abrangendo
literatura e artes visuais. Para esta proposta, a leitura de um livro literário infantil inclui
a apreensão de vários aspectos formais como o design gráfico, o formato, as cores, a
diagramação, além, claro, da sua estrutura narrativa, construída por textos escritos e
ilustrações. Dada a complexidade de linguagens que a leitura de livros de literatura
apresenta, é fundamental que educadores busquem alternativas diferenciadas, na
condução do trabalho de apreciação com os alunos. Dessa forma, faz parte da
metodologia desta pesquisa selecionar, apresentar, ler e discutir alguns títulos
literários infantis para crianças de instituições escolares da educação básica, com o
objetivo de fruição estética. Este acervo inclui livros de histórias produzidos por alunos
e 6 a 8 anos nas aulas de Artes Visuais, ministrada pela pesquisadora. São em média
oito exemplares que são doados para as escolas visitadas, com o objetivo de
incentivarem as crianças a criarem também suas próprias histórias. Resulta de uma
análise parcial a possibilidade de se chegar a mediações adequadas para a
apreensão e a fruição de um texto literário na escola. Tal perspectiva possibilita uma
formação nos âmbitos cultural, social, e principalmente artístico, já que favorece uma
experimentação estética. Palavras-chave: Literatura Infantil. Texto Verbal e Texto
Visual. Mediação.

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LENDO IMAGENS: UMA ANÁLISE DO LIVRO “A BRUXA E O ESPANTALHO”


Gabriele Goes Da Silva, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Durante muito tempo as ilustrações em livros eram utilizadas apenas para atrair os
leitores, ou seja, para embelezar o texto escrito. Hoje nos deparamos com ilustrações
que contam as histórias, como podemos ver nos livros de imagens, nos quais a
narrativa não é apresentada pelo texto escrito, mas sim pelas imagens. Ressalto aqui
a pouca importância destinada às leituras das imagens por parte dos professores,
hoje, nas escolas. Autores como Rui de Oliveira dão grande destaque a iniciação das
crianças desde a mais tenra idade, a leitura de imagens, o que não acontece no
ambiente escolar. Pensando nesta carência apresentarei a análise de um dos livros de
imagens escolhido pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE, ―A Bruxa e o
Espantalho‖, do autor e ilustrador Gabriel Pacheco. O objetivo dessa apresentação é
mostrar as relações entre os paratextos, o texto verbal e o texto visual e como tal
relação pode facilitar a compreensão da leitura. Além disso, ao valorizar todos esses
aspectos do livro de imagem podemos colaborar com o trabalho a ser realizado em
sala de aula. Trata-se de uma pesquisa qualitativa feita a partir da análise do livro, à
luz de estudiosos como, Faria (2013), Linden (2011), Scott e Nikolajeva (2011), Hunt
(2010).

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LITERATURA E IMAGEM: EXERCÍCIOS E FAZERES EM DUAS OBRAS DE


MANOEL DE BARROS
Susylene Dias De Araujo, Evelin Freitas Salazar
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Essa comunicação tem o objetivo de aproximar a ilustração e o texto poético nos livros
Exercícios de ser criança (1999) e O fazedor de amanhecer (2001), de autoria de
Manoel de Barros, buscando pontos que confirmem esta relação. Manoel de Barros,
poeta brasileiro, que nasceu em Cuiabá em 1916, ficou conhecido como um dos
maiores nomes da poesia nos últimos tempos, o que pode ser confirmado pela
publicação de mais de 20 livros. Registros da crítica mencionam Manoel de Barros
como autor de uma obra original, aprimorada a cada novo lançamento, inclusive com a
publicação de livros dirigidos ao público infantil e ilustrados. A utilização de ilustrações
em livros para crianças é o recurso que possibilita que as imagens se sobressaiam em
relação ao texto escrito, exatamente o que acontece nas obras ―manoelinas‖ aqui
mencionadas e escolhidas como objeto da pesquisa, o que pretendemos confirmar
através de nosso artigo a ser apresentado. Palavras-Chave: Manoel de Barros. Livro
ilustrado. Poesia para crianças.

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LITERATURA FANTÁSTICA E ARTES VISUAIS: O ESTÍMULO DA CRIATIVIDADE


DE CRIANÇAS ATRAVÉS DO ELEMENTO FANTÁSTICO E DAS ILUSTRAÇÕES
Marcos Aparecido Lopes, Giovanna Santos Pereira, Thalis Lowchinovscy
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Este artigo apresenta os resultados de uma proposta pedagógica desenvolvida em
uma escola pública de ensino fundamental por alunos das Artes Visuais e da Letras
sob a orientação de um professor do departamento de Estudos da Linguagem. A
proposta ocorreu no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência (PIBID/CAPES), no subprojeto de Licenciatura em Letras. O PIBID Letras da
universidade em questão foi formulado com o objetivo geral de aprimorar a formação
inicial dos licenciandos em Letras e demais cursos de humanidades no que tange ao
ensino de língua portuguesa e suas respectivas literaturas. O projeto esteve ancorado
em três eixos temáticos: 1) registros de linguagem e diversidade cultural nas práticas
escolares; 2) formação literária do leitor e formação docente; 3) gêneros do discurso,
práticas escolares e formação docente. Este trabalho insere-se no segundo eixo
temático e teve como escopo a ampliação do repertório cultural e literário dos
bolsistas. Na proposta em questão, os bolsistas desenvolveram com os alunos do
Ensino Fundamental 2 um projeto de produção de pequenos livros ilustrados
individuais. O intuito era possibilitar ao aluno a capacidade de expressão artística e
incentiva-lo na realização de seu próprio livro ilustrado através das atividades que
inter-relacionavam a escrita e a ilustração. Com base nessa experiência visual e nos
seus efeitos de sentido, procurou-se estabelecer alguns vínculos entre as imagens
artísticas e o universo mágico das narrativas fantásticas, sendo que o gênero
―literatura fantástica‖ estava previsto para os conteúdos curriculares do ciclo de
formação. Palavras-Chave: Literatura Fantástica. Artes Visuais. Ensino Fundamental.

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LIVRO ILUSTRADO: QUEBRANDO O BRINQUEDO PARA VER COMO FUNCIONA


Claudia Mendes
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
No universo da literatura infantil, o livro ilustrado é um dos tipos que mais oferece
oportunidades para inovações narrativas, integrando três diferentes linguagens –
palavras, imagens e design. As duas últimas se destacam na sociedade
contemporânea, onde a visualidade vem sendo cada vez mais presente e influente.
Como entender melhor os elementos visuais e materiais que configuram as narrativas
nesses objetos tão fascinantes? Este artigo se propõe a ―quebrar o brinquedo para ver
como funciona‖, apresentando uma metodologia de análise orientada pela semiótica,
conforme Roland Barthes, e pelo design emocional, conforme Donald Norman, e
aplicando-a em estudos de caso de obras de Roger Mello, ganhador do prêmio Hans
Christian Andersen de ilustração em 2014. Ao contrário de estragar a brincadeira,
matando o prazer estético na recepção espontânea da obra, a análise pode oferecer a
crianças e adultos ferramentas críticas para ampliar sua apreciação dos livros
ilustrados, como explica Perry Nodelman, ―Quanto mais formos capazes de entender e
encontrar palavras para descrever nossas respostas a obras de arte, mais seremos
capazes de apreciá-las. Sobre livros ilustrados, crianças e adultos demais têm
palavras de menos a dizer – apenas generalizações relativamente cruas que limitam
sua apreciação do valor e do prazer oferecidos pelas obras.‖ Explorando criativamente
as características do suporte em formato de códice, autores como Roger Mello
colocam ao alcance dos leitores obras de arte em forma de livros ilustrados, que
demandam um olhar atento para que se possa apreciar plenamente sua riqueza e
complexidade narrativa. Palavras-Chave: livro ilustrado, design, materialidade.

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MANECO CANECO CHAPÉU DE FUNIL: A TRILOGIA EM FOCO.


Yngrid Karolline Mendonca, Ana Claudia Bazé De Lima
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Este texto trará dados de uma pesquisa de mestrado, intitulada ―Um escritor-ilustrador,
Luís Camargo: estudo sobre a trilogia.‖, cujo objetivo é compreender o processo de
criação e editoração dos livros de Luís Camargo. Nosso interesse por este escritor-
ilustrador é que, antes de sê-lo formou-se na licenciatura em Pedagogia e sempre foi
estudioso da área da leitura até tornar-se editor da FTD, onde trabalha atualmente. O
percurso traçado por Luís Camargo nos envolve quando pensamos na importância do
outro para nos constituir (BAKHTIN, 2003) e do nosso papel de atuar na sociedade em
que vivemos, ampliando nossas vivências de acordo com as experiências. Desse
modo, o corpus será constituído por três obras do autor, dentre elas: Maneco Caneco
Chapéu de Funil; Panela de arroz; e Bule de café. A pesquisa se volta para as
singularidades dos modos de criação e produção, assim como propôs Dalcin (2012), a
partir das análises de concepções sobre criança, leitura, literatura, arte e constituição
do leitor mirim implícitas entre o jogo do pólo da criação e da produção em vista do
mercado editorial. Contribuições teóricas advindas dos estudos bakhtinianos e
vigotskinianos, serão oportunas para o estudo dos conceitos de criança, apropriação
da linguagem escrita e seu papel na constituição dos sujeitos, bem como do
aprendizado da capacidade de ler. Autores como Bajard (2007); Chartier (1998);
Certeau (2007); Hunt (2010); dentre outros, nos ajudarão a compreender a leitura,
literatura e suas representações em determinado tempo e espaço, assim como,
Zilberman, Lajolo (2007), nos trarão o processo histórico da leitura e literatura.

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MENINAS E JOVENS: IMAGENS E REPRESENTAÇÕES EM ALGUNS LIVROS DE


LITERATURA INFANTOJUVENIL
Priscila Kaufmann Corrêa
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
A reflexão sobre imagens e representações em livros de literatura infantojuvenil auxilia
em termos educacionais acerca das intenções de autores e seus editores para seu
público. Pensar em literatura infantojuvenil é trazer suas possibilidades, por seu estilo
e por querer trazer ao público leitor algumas maneiras de se portar e construir sua
trajetória de vida. Essa construção idealizada pelo escritor juntamente com seu editor
traz um material rico para ser analisado. Aqui se analisa os livros da Condessa de
Ségur (da França) composto por Les petites Filles modéles (1858), Les malheurs de
Sophie (1858) e Les vacances (1859). Os livros de Louisa May Alcott (EUA) são Little
women (1868) e Good wives ou Little women Part 2 (1869). Maria Clarice Marinho
Villac (Brasil), por sua vez, publicou Cinco travessos: amiguinhos de Jesus Hóstia
(1937) Clarita da pá virada (1939) e Clarita no Colégio (1945). Os livros tiveram um
grande alcance, principalmente os da Condessa de Ségur e Louisa May Alcott, que
tiveram versões adaptadas histórias em quadrinhos, musicais, animes e e-books. Os
livros de Maria Clarice Marinho Villac têm elementos comuns aos livros das outras
escritoras, como uma narrativa de cenários brasileiros e uma linguagem coloquial
envolvente e mais próxima do leitor infantil. Por esse motivo os livros da escritora
brasileira foram incluídos no estudo. No interior de todas as narrativas encontram-se
elementos acerca das expectativas com relação à infância e, especialmente de
meninas, de suas maneiras de se portar e de obedecer. Tais representações, trazem
imagens e símbolos do que é esperado da infância na sua relação com a família, com
a educação e a religiosidade que a orienta em sua trajetória de vida. Esse é o
percurso no qual caminha este trabalho.

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NARRATIVAS POR IMAGENS: O QUE DIZEM AS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO


INFANTIL?
Sayonara Fernandes Da Silva, Marly Amarilha
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Este trabalho estuda a recepção das narrativas por imagens pelas crianças de uma
turma de nível IV da Educação Infantil na Cidade do Natal - RN. Acreditamos que a
leitura de imagens antecede a leitura de palavras, por isso, ainda que não
alfabetizados, os sujeitos desta pesquisa possuem bagagem cultural que ampara sua
competência leitora e a recepção estética das narrativas por imagens do livro Lá vem
o Homem do Saco da autora e ilustradora Regina Rennó (2013). O objetivo geral
deste artigo é refletir sobre a importância e o valor da leitura na vida da criança e de
que forma a mediação planejada pode contribuir para iniciar as crianças no processo
de alfabetização com o livro de imagens. A proposta metodológica desta investigação
é mais do que um experimento; é sim uma experiência de ensino e aprendizagem com
possibilidades de se organizar em perspectivas de ensino eficiente, colaborando com
a formação do sujeito leitor na Educação Infantil. Utilizamos a metodologia da
andaimagem, a qual consiste em duas etapas: planejamento e implementação, sendo
as duas etapas necessariamente importantes. Os resultados apontaram que aliada à
importância da leitura de imagens, como um meio imprescindível ao processo de
formação da criança leitora, o professor necessita compreender como as narrativas
por imagens podem figurar no contexto da rotina escolar ainda que a criança não
tenha consolidado o seu processo de alfabetização; planejar a aula de leitura com
uma mediação interventiva e ter domínio dos elementos básicos das ilustrações que
constituem a narrativa por imagem. Palavras-Chave: Leitura. Narrativas por Imagem.
Educação Infantil.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

NARRATIVAS TÁTEIS: CONTAÇÃO DE HISTÓRIA PARA A CRIANÇA


DEFICIENTE VISUAL
Mariana De Oliveira Martins Domingues, Renata Vilanova Lima
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Este trabalho tem como objetivo despertar o prazer na leitura na criança deficiente
visual por meio de narrativas táteis. Despertar o gosto pela leitura nos alunos está
diretamente ligado à forma como eles são conduzidos a ela. Há uma relação
intrínseca entre literatura infantil e imagem, pois a criança busca no desenho uma
forma de complementar sua narrativa, tornando-se autora do próprio texto. Com a
criança deficiente visual a construção da imagem deve ser por meio dos seus sentidos
remanescentes, oferecendo as ferramentas para que ela seja capaz de construir seu
imaginário. A leitura para a criança deficiente visual não se mostra muito atrativa
devido a serem feitas sob a perceptiva de quem tem o sentido da visão e
conhecimento de códigos imagéticos. Portanto, busca estratégias que representem o
lúdico do texto literário, a fim de que a criança construa uma percepção individual, e
sobretudo, subjetiva do texto, de maneira que alcance significado para si e para o seu
mundo. Foram realizados encontros com crianças deficientes visuais na faixa etária de
6 a 10 anos para contação de histórias com recursos táteis, olfativos e gustativos a fim
de que a construção de uma representação lúdica ocorresse por meio de sensações.
Partiu-se do universo particular da criança, de suas percepções e realidade, e não de
um código visual do sujeito que tem a visão. As experiências de narrativas táteis, que
são formas de envolver a criança deficiente visual na leitura por meio da somestesia,
estimularam nas crianças a liberdade de pensamento, imaginação, resgate da
memória. O que despertou o desejo de recontar as histórias sob suas perspectivas.
Palavras-Chave: Leitura. Literatura Infantil. Deficiência Visual.

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O DESIGN GRÁFICO-EDITORIAL NA LITERATURA INFANTIL: UMA ANÁLISE


SOCIOSSEMIÓTICA DO LIVRO PREMIADO “INÊS”
Raissa Pereira Baptista
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
O presente trabalho é parte da pesquisa de mestrado que tem como tema o design-
gráfico editorial dos livros de literatura infantil, sob a perspectiva da teoria
sociossemiótica, que está sendo desenvolvida na linha de pesquisa Edição do PPG
em Estudos de Linguagens do CEFET-MG. Neste artigo é feita a análise do projeto
gráfico-editorial do livro ―Inês‖, publicado pela Companhia das Letrinhas, ganhador do
―Prêmio FNLIJ – O Melhor para Criança‖ em 2016, na categoria ―Melhor Projeto
Editorial‖, onde Roger Mello assume a autoria do texto verbal e Mariana Massarani, do
texto visual. Os elementos de design – como ilustrações, tipografias, cores e layout –
são analisados com base na teoria da Semiótica Social, desenvolvida por Hodge e
Kress (1988), na Gramática do Design Visual, desenvolvida por Kress e van Leeuwen
(1996), nas referências de tipografia da autora Ellen Lupton (2006) e na Teoria da Cor
de Israel Pedrosa (1977). Busca-se compreender a produção de sentido na criação
editorial, através de uma investigação dos elementos que podem despertar interesse
na criança leitora e proporcionar diversas interpretações no processo da experiência
de leitura. Sustenta-se a importância do trabalho mutidisciplinar entre autor, ilustrador,
designer e editores, desde a reunião de briefing até a divulgação do livro. É necessário
que durante o processo de criação da obra, todos se atenham ao leitor implícito para
que não haja incoerência na produção de sentido, tanto no texto verbal quanto no
texto visual. Palavras-Chave: Design gráfico-editorial. Semiótica social. Literatura
infantil.

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O DIÁLOGO COLABORATIVO ENTRE TEXTO E IMAGEM EM O LAGARTO DE


JOSÉ SARAMAGO
Rogério Francisco Dos Santos, Susylene Dias De Araujo
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Este trabalho apresenta uma leitura da obra O Lagarto (2016) de José Saramago com
o objetivo de evidenciar mais uma forte nuance do trabalho do escritor português. Em
nosso estudo, uma busca por pressupostos teóricos que sustentem a ilustração como
componente independente na leitura do livro para crianças será empreendida e,
associada aos dados da biografia do autor, servirá como auxílio para justificar suas
escolhas pelos registros linguísticos apresentados na composição discursiva verbal.
Faremos ainda, uma breve menção ao projeto estético de J. Borges, artista que, a
partir de xilografias, ilustra a obra em questão, publicada pela Companhia das
Letrinhas como resultado de um projeto se abre ao leitor e aprimora seu contato com a
leitura visual do texto literário. Palavras-Chave: José Saramago para crianças. Livro
ilustrado. Xilogravuras de J. Borges.

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O LIVRO INFANTIL PELO OLHAR DA CRIANÇA

Maria Elisa De Araújo Grossi, Maria Zélia Versiani Machado


Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Este artigo é resultado de uma pesquisa de Doutorado que vem sendo desenvolvida
no Centro Pedagógico da UFMG. Nossa investigação tem como foco analisar
elementos destacados por crianças do 1º Ciclo, nos livros produzidos no ano de 2015,
e considerados Altamente Recomendáveis (AR) para crianças pela Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Para o processo de coleta de dados,
desenvolvemos com as crianças uma conversação literária, tendo como referência a
dinâmica do Círculo de Leitura. Como metodologia de pesquisa, utilizamos o enfoque
Dime na interação com as crianças. Nosso objetivo era promover a interação com os
livros considerados AR pela FNLIJ e observar o que os leitores diziam sobre eles. A
concepção de leitura que orienta a pesquisa é aquela que a toma como um processo
de produção de sentidos em diálogo com outros textos e repertórios culturais.
Reunimos grupos formados por 4/5 crianças, visando à promoção de um profícuo
diálogo a partir da leitura das obras AR. Como instrumento de coleta de dados,
realizamos também entrevistas individuais semi-estruturadas, com o objetivo de ouvir
cada criança participante da investigação. As interações foram filmadas e gravadas
em áudio. Considerando esses registros, o foco deste texto é refletir sobre os critérios
que as crianças utilizam quando escolhem um livro para ler. Quanto a essas escolhas,
a investigação tem mostrado que elas são capazes de emitir avaliações sobre os livros
literários, destacando elementos que consideram essenciais no suporte e que nos
ajudam a compreender melhor a literatura infantil.

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O PAPEL DO ILUSTRADOR NA PRODUÇÃO EDITORIAL INFANTIL

Jéssica Mariana Andrade Tolentino, Samara Mírian Coutinho


Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Na literatura infantil, as ilustrações estão presentes desde as origens de sua produção
editorial. O livro infantil ilustrado é notadamente reconhecido como um texto híbrido,
em que se combinam dois discursos: o verbal e o imagético. No entanto, mesmo com
o reconhecimento da ilustração como elemento narrativo, percebe-se que a autoria
ainda é associada, quase exclusivamente, à instância de produção do texto verbal.
Dessa forma, o lugar do ilustrador é secundarizado ou, do ponto de vista do mercado,
relegado à esfera da prestação de serviços. A partir dessas observações, procuramos,
neste trabalho, discutir a relação dialógica entre texto e ilustrações, refletindo assim
acerca do papel do ilustrador na produção editorial para crianças. Para tanto, partimos
de entrevista feita com os ilustradores mineiros Marilda Castanha e Nelson Cruz, que
discorrem sobre o exercício da profissão no Brasil. Além disso, usamos como aporte
teórico os estudos feitos por NIKOLAJEVA e SCOTT (2011), LINDEN (2011) e
RAMOS (2011). Palavras-Chave: Ilustrador. Livro ilustrado. Coautoria

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OS “NOVOS” CONTOS DE FADA: TRADIÇÃO E INOVAÇÃO EM A BELA E A


ADORMECIDA E JOÃO E MARIA
Sabrina Ramos Gomes, Filipe Alves De Freitas, Marta Passos Pinheiro
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
O presente trabalho busca analisar as releituras de contos de fadas A Bela e A
Adormecida e João e Maria, feitas pelo autor britânico Neil Gaiman e,
respectivamente, pelos ilustradores Chris Riddell e Lorenzo Mattotti. Pretendemos
investigar como é estabelecido o diálogo entre essas obras contemporâneas e os
contos de fadas tradicionais, considerando para a análise tanto o texto escrito quanto
as ilustrações. Como referencial teórico utilizamos a discussão de Peter Hunt sobre o
conceito de literatura infantil, as discussões de Sophie Van der Linden, Nikolajeva e
Scott sobre as ilustrações em livros infantis e as relacionadas a contos de fadas de
Karen Coats e Von-Fraz. Os livros analisados demonstram um interessante jogo entre
tradição e inovação, uma vez que as narrativas apresentam muitas referências a suas
matrizes textuais, trazendo, ao mesmo tempo, elementos, no texto escrito e nas
ilustrações, que quebram as expectativas dos leitores. Palavras- Chaves: contos de
fadas; Releituras; Literatura infantil contemporânea;

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O VERBAL E O NÃO-VERBAL EM FOI ASSIM... (2008), DE BARTOLOMEU


CAMPOS DE QUEIRÓS
Daniela Aparecida Francisco
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Do oficio de escrever para as crianças e adolescentes, sobrevivem vários escritores
no cenário nacional, sendo muitos deles consagrados. Muitas das obras desses
escritores são premiadas por instituições artísticas e/ou literárias e outras chegam às
escolas por meio de projetos do governo de fomento à leitura e à literatura. Os livros
de Bartolomeu Campos de Queirós estão entre essas obras muito apreciadas e
valorizadas e que tem sido adquiridas pelo estado. O escritor possui um alto poder de
manusear a língua e com isso criou obras de elevado valor estético, principalmente
para o público juvenil. Também era um militante da causa da literatura infantil de
qualidade e justamente por isso seus livros normalmente apresentam um projeto
estético de qualidade elevada. Ao realizar a análise do enredo da obra Foi assim...
(2008), elencamos aspectos relativos à matéria literária e a seus fatores estruturantes,
de acordo com Nelly Novaes Coelho: narrador, foco narrativo, história, efabulação,
gênero narrativo, personagens, espaço, tempo, linguagem ou discurso narrativo, leitor
ou ouvinte. Também realizamos a análise da linguagem não verbal utilizada no texto,
que possui imagens criadas por Sandra Bianchi. O objetivo é analisar as relações
mantidas entre os elementos da narrativa e como estes se configuram no interior da
obra em questão, identificando aspectos estéticos ou utilitaristas presentes na
publicação desse autor, além de corroborar a importância do projeto estético de
Bartolomeu Campos de Queirós no cenário literário nacional, especificamente
relacionado ao público infantil e juvenil.

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PARA CONHECER (E LER) OS LIVROS DE IMAGEM DO PNBE PARA A


EDUCAÇÃO INFANTIL
Maria Laura Pozzobon Spengler
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Esta comunicação tem como objetivo apresentar parte de pesquisa de doutorado na
qual foram estudados os livros de imagem que compõem os acervos do Programa
Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) para a Educação Infantil em quatro edições –
2008, 2010, 2012, 2014 –, para tanto, buscou-se conceituar o livro de imagem como
importante gênero literário, percebendo-o como objeto de encontro possível para
experiência estética de leitura. A pesquisa, de caráter qualitativo, salientou a
relevância do PNBE como política pública de leitura que alcançou, pela primeira vez
em 18 anos, a Educação Infantil, distribuindo acervos, que compuseram um total de
360 livros de literatura especificamente selecionados para esta etapa do ensino
básico. Tomadas as listas oficiais divulgadas pelo MEC como ponto de partida para a
construção do corpus de análise, constatou-se a presença de 77 livros de imagem
distribuídos nos quatro acervos do programa, tomando como premissa que a
característica primordial de um livro de imagem é apresentar uma narrativa composta
por uma sequência de imagens guiada por um fio narrativo, percebeu-se a
necessidade de reorganizar as listas, excluindo os livros compostos por pequenos
textos verbais, assim, foram analisados 59 livros de imagem, atentando para as
características de sua composição física como objeto através da análise dos
paratextos, destacando também a relevância dos temas das narrativas e suas
personagens. O trabalho visa apresentar ao professor de Educação Infantil, o material
que lhe é disponibilizado através do PNBE, em especial, os livros de imagem dos
acervos, já que o livro de imagem pode introduzir o leitor em um universo imagético, e
através da experiência estética, sua leitura contribui para que o leitor posa ampliar a
reflexão sobre a realidade.

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PERSONAGENS HUMANAS DA TURMA DA MÔNICA E A INCLUSÃO SOCIAL


Francisca Keila De Freitas Amoedo, Delma Pacheco Sicsu
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
As histórias em quadrinho são tão importantes quanto outros gêneros na formação do
leitor. Por se tratar de um texto híbrido, composto pela linguagem verbal e visual,
essas histórias chamam muito atenção das crianças, pois têm um ingrediente muito
importante que é a imagem. As crianças, em geral, sentem-se atraídas pelas HQs pela
forma como as histórias são contadas nesse gênero, num diálogo entre a palavra e a
ilustração. Assim, diferente da concepção de muitos acerca das HQs, quando se
pensa que elas estão apenas para o entretenimento, entendemos que essas histórias
vão além do deleite. A criança, ainda em processo de alfabetização, embora não
domine potencialmente o código escrito, atribui sentidos a esse tipo de texto, por meio
das imagens. Partindo dessa constatação, o presente trabalho toma como objeto de
estudo três personagens da Turma da Mônica para discutir acerca da inclusão com
crianças do Ensino Fundamental I de uma escola pública Parintins. As personagens
ora referidas figuram como crianças que têm uma limitação física, mas que interagem
normalmente com outras crianças da turma. Toma-se, então como foco a personagem
Clarinha que é cega, o Humberto que é surdo e o Lucas que é cadeirante para a partir
do enredo de algumas historinhas e da condição dessas personagens, provocar nas
crianças a reflexão acerca da importância de se respeitar o outro pelo que ele é e pela
sua condição. Como suporte teórico deste trabalho, toma-se os estudos de Coelho
(2001), Farias (2013), Kunc (1992), Yus (2002) e outros estudiosos que possam
contribuir para o enriquecimento da temática em questão.

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POEMAS DE BRINQUEDO, DE ÁLVARO ANDRADE GARCIA: O LIVRO


MULTIPLATAFORMA E A FORMAÇÃO DE LEITORES
Rogerio Barbosa Da Silva, Caio Saldanha
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Poemas de brinquedo é um livro multiplataforma de Álvaro Andrade Garcia, concebido
como jogos poéticos disponibilizados no formato de aplicativo para smartphones,
tablets ou computadores, mas também no formato impresso - neste caso, em
pequenos cartões não costurados, inseridos numa pequena caixa em forma de
envelope. No formato digital, além das possibilidades semióticas do design, os
poemas são também entoados e performados pelo poeta Ricardo Aleixo, abrindo
possibilidades para a exploração sonora e lúdica dos textos. No formato impresso, os
cartões lembram o baralho, o que permite alterar sempre a ordem dos textos. Além
disso, o design dos textos aliado aos desenhos na frente e verso de cada carta
funcionam, por si só, como estímulos para uma leitura criativa por quem os lê e os
manuseiam. Trata-se, portanto, de uma proposta bastante instigante, pois permite o
diálogo entre linguagens diversas e, acreditamos, estimulam o campo criativo para os
jovens leitores, embora se possa afirmar que o livro foi concebido para todas as
idades. Nesta comunicação pretendemos discutir brevemente as possibilidades
emergentes desse cruzamento de mídias e linguagens, apontando os modos de
interação entre texto e leitor e as possibilidades semióticas dessas linguagens.
Esclarecemos ainda que o presente trabalho faz parte do projeto "POÉTICAS
DIGITAIS E ANALÓGICAS: PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS E TEXTUAIS NA
POESIA BRASILEIRA E PORTUGUESA CONTEMPORÂNEAS‖, realizado com apoio
da FAPEMIG.

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QUANDO O PARATEXTO VIRA TEXTO: LIVROS ILUSTRADOS QUE VÃO ALÉM


Marcela De Araujo Lira
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
O que faz de um texto um livro – ou obra literária – é, além de sua qualidade estética,
tudo aquilo que diz respeito a sua materialidade. Elementos como capa, guardas,
ilustrações, lombada, folha de rosto, entre outros, constituem e compõe o livro
enquanto objeto que se apresenta aos leitores e, assim como o texto, devem ser
percebidos e respeitados durante a leitura. No entanto, em determinados livros
ilustrados contemporâneos é possível perceber uma transposição da condição de
alguns elementos considerados paratextuais: estes passam a assumir a função de
texto propriamente dito. Este trabalho se propõe, portanto, a apresentar, através de
exemplos diversos, situações em que os paratextos saem da circunstância de
elemento limítrofe, paralelo e arrogam o status de componente principal das obras.
Para tanto, se fará necessário recorrer aos estudos de Chartier (1994), Genette (1997)
e Nikolajeva; Scott (2011). Palavras-chave: Livro ilustrado; Paratexto; Literatura
infantil.

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"PASSARINHANDO": A LEITURA BRINCANTE DO LIVRO DE


IMAGEM COM CRIANÇAS DE 1 A 3 ANOS
Simoni Conceição Rodrigues Claudino, Maria Laura Pozzobon Spengler
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
O presente trabalho tem por objetivo primordial a reflexão sobre a leitura do livro de
imagem na Educação Infantil, para tanto, apresentaremos aqui a leitura mediada do
livro de imagem Passarinhando, da autora brasileira Nathália Sá Cavalcante, que faz
parte do acervo do ano de 2008 do Programa Nacional Biblioteca da Escola para a
Educação Infantil. A experiência de leitura apresentada foi elaborada a quatro mãos
pelas autoras em momento de formação docente, e depois desenvolvida por ambas
em um grupo de crianças de 1,5 a 3 anos, da rede pública de ensino, no qual uma
delas era professora, na rede municipal de ensino da cidade de Florianópolis (SC). O
desenvolvimento da proposta foi adaptado para as crianças da Educação Infantil a
partir da sequência básica desenvolvida por Rildo Cosson para a contextualização do
letramento literário. Entendendo a importância da leitura e o acesso ao objeto livro,
desde a Educação Infantil, destacamos neste trabalho os diferentes processos de
leitura vivenciados pelas crianças, a exploração de elementos externos ao livro que
possibilitaram a interação com outros grupos de crianças da creche em questão, o
manuseio e o conhecimento de objetos relacionados ao enredo como possibilidade de
ampliação de repertórios, e a utilização de diferentes linguagens no cotidiano da
Educação Infantil. Leitura, música, desenhos, pinturas, danças, passeios,
dramatizações num contexto rico e estimulante onde a ampliação da imaginação e a
da criação são estimuladas em situações de planejamento docente desde a infância.

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TEXTO E IMAGEM EM LIVROS PARA CRIANÇAS SOBRE MODA: ASPECTOS


ESTÉTICOS, INFORMACIONAIS E PEDAGÓGICOS
Christine Ferreira Azzi, Hércules Tolêdo Corrêa
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Este trabalho pretende refletir sobre aspectos estéticos, informacionais e pedagógicos
de livros sobre moda dirigidos ao público infantil e editados no Brasil nos últimos dez
anos. À luz do pensamento de teóricos como Merleau-Ponty, Lipovetsky e Benjamin,
como também das teorias da multimodalidade (Gunther Kress e van Leuween) e dos
multiletramentos (Cope e Kalantzis, Rojo), propõe-se o diálogo entre museus e público
infantil por meio do uso de livros de moda para crianças nas práticas educativas.
Como se configuram esses livros, em termos de usos da linguagem verbal
(literariedade, informatividade, funcionalidade)? Como se configuram em seu s
aspectos multimodais (projeto gráfico-editorial, ilustrações, outras linguagens)? Quais
são os indícios dos pactos de leitura a serem estabelecidos? Como apresentam o
papel da moda na relação entre crianças, cultura e sociedade? Escolhemos como
corpus para esta pesquisa as obras: Entre linhas, Angela Leite de Souza; A menina
que conversava com as roupas, Paula Acioli; Moda: uma história para crianças, Kátia
Canton; Vida que voa, Lena Martins; Diferente como Chanel, Elizabeth Matthews;
Vestidos para lembrar e uma história para contar, Laís Fontenelle Pereira; Keka tá na
moda, Helen Pomposelli; Lilás, uma menina diferente, Mary Whitcomb; Vestida para
espantar gente na rua, Miki W. e Morango Sardento, Juliane Moore. O conjunto de
livros selecionados permite-nos vislumbrar obras que investem mais ou menos em
cada um dos elementos acima destacados, bem como permite também uma leitura
multimodal dos objetos, com as características da produção contemporânea que
investem em aspectos gráficos que chamam atenção do leitor para outras técnicas e
linguagens.

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UM ESTUDO DAS IMAGENS DOS LIVROS DE LEITURA DA SÉRIE DIDÁTICA


CAMINHO SUAVE
Juliano Guerra Rocha, Silvia Aparecida Santos De Carvalho
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Desde o começo do século XX, no engendramento do debate que se constituiu em
torno dos métodos de ensino de leitura e escrita, a presença da imagem em cartilhas
que difundiam o método analítico foi conferida destacada importância consolidando,
portanto, a imagem como recurso indispensável nos livros dedicados ao ensino da
leitura. Para além das cartilhas para ensinar a ler, os livros de leitura que se seguem a
elas, apresentam também o recurso da imagem em sua composição. Em 1948,
Branca Alves de Lima lança a Cartilha Caminho Suave, e posteriormente, a série
didática de livros de leitura (do 1º ao 4º livro). Compostos por histórias acompanhadas
de ilustrações e de atividades que propõem exercícios de linguagem, esses livros
foram amplamente utilizados nas salas de alfabetização do país. Reconhecendo a
importância do lugar que esses livros ocupam na história da educação no Brasil, bem
como a escassez de pesquisas que enfocam o uso da imagem como fonte para
historiografia do ensino da leitura, este trabalho tem por objetivo analisar a iconografia
da série de livros de leitura da Caminho Suave, a partir das seguintes
problematizações: Quais as principais características das imagens presentes nos
livros de leitura da série Caminho Suave? Elas antecipam os textos escritos ou
revelam elementos que não estão caracterizados nas histórias? Qual ideário social e
cultural que circula e embasa a composição iconográfica dessa série de livros? O que
as disposições das imagens revelam sobre os gestos de leitura pensados pela autora
do livro? A metodologia do trabalho foi embasada numa análise documental dos livros
de leitura da série Caminho Suave, apoiando-se nos estudos da história do livro, da
história da alfabetização e da leitura, e da iconografia numa perspectiva discursiva.

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VISITA À BALEIA: ILUSTRAÇÃO E PROJETO GRÁFICO


Marta Passos Pinheiro
Eixo Temático 05: Literatura infantil e as relações com a imagem - Comunicação Oral
Este trabalho faz parte de uma pesquisa de pós-doutorado, em desenvolvimento na
Faculdade de Educação da UFMG, sobre o papel do projeto gráfico na construção de
significação das narrativas ficcionais infantis premiadas. Para a investigação proposta,
estão sendo analisadas três instâncias: as obras, sua produção e sua recepção pelo
público infantil. Foram selecionados para análise livros que apresentam narrativas
ficcionais para o público infantil premiados nos últimos quatro anos (de 2013 a 2016)
por duas importantes instituições legitimadoras da produção para crianças e jovens: a
Câmara Brasileira do Livro (CBL), com o prêmio Jabuti, categoria ―Infantil‖, e a
Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), com o prêmio ―O melhor para
Criança‖, categoria ―Criança‖. Neste trabalho, apresentamos a parte da análise
referente ao livro Visita à baleia, escrito por Paulo Venturelli e ilustrado por Nelson
Cruz (editora Positivo), destacando o papel do elemento imagem, seu diálogo com o
texto escrito, a forma como compõe o projeto gráfico, assim como a investigação de
aspectos de sua produção, por meio de entrevista com o ilustrador.

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A HIPER LEITURA CONTEMPORÂNEA NO CASO DE É TARDE PARA SABER


Lissara Kaiuane Delphino Alves
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Apresentação
de Pôster
Este trabalho tem como objetivo investigar os efeitos produzidos pelas multimídias em
práticas leitoras, tendo como base o romance É tarde para saber, do autor Josué
Guimarães. As mudanças tecnológicas são cada vez mais crescentes em todos os
âmbitos sociais. Logo, a forma de ler e compreender a leitura também se modificou.
Nesse sentido, a partir de teorias na área de leitura e formação de leitor, juntamente
aos novos estudos voltados à expansão das múltiplas linguagens no processo de
ensino-aprendizagem da leitura, organizou-se uma pesquisa-ação visando
compreender como ocorre a recepção de um romance produzido em outro contexto
histórico para jovens leitores, frente ao desafiador cenário escolar brasileiro. A ação da
pesquisa se deu a partir da elaboração e aplicação de uma prática leitora numa turma
de segunda série do ensino médio, projetando possíveis resultados pelo viés da
produção dos alunos ao final do processo. Mediante tais resultados, foi possível refletir
sobre a importância da literatura na formação social e intelectual do indivíduo.
Palavras-Chave: Formação de leitor. Práticas leitoras multimidiais. Josué Guimarães.

V Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil


Presidente Prudente de 02 a 04 de agosto de 2017
ISBN: 978-85-69697-02-2
ANAIS DE RESUMOS V CONGRESSO
INTERNACIONAL DE LITERATURA INFANTIL E
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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

A LINGUAGEM AUDIOVISUAL COMO PRÁTICA DE LEITURA


Iara Regina Demetrio Sydenstricker Cordeiro
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Apresentação
de Pôster
Há muito, pesquisadores refletem acerca da contemporaneidade e sua íntima
associação com a imagem, produzindo farto e já consolidado arsenal teórico no
campo do audiovisual. São cada vez mais comuns as produções independentes e
individuais, principalmente entre crianças e jovens. No entanto, ainda escasseiam as
reflexões não acadêmicas em torno de questões éticas e estéticas relacionadas à
produção audiovisual, tanto para o cinema, quanto para a televisão e demais telas que
vêm tomando espaços públicos e privativos. Tais questões assumem grande
importância na ―alfabetização‖ crítica audiovisual de crianças e jovens – como
criadores, produtores e/ou receptores – especialmente num mundo comandado por
grandes empresas de comunicação de cinema, TV e telefonia, quase todas afinadas
com interesses da economia neoliberal globalizada. Assim, este trabalho busca
fundamentar a importância do desenvolvimento do perfil crítico e reflexivo de crianças
e jovens acerca das imagens e sons que diariamente invadem sua vida cotidiana,
tendo por base os seguintes conhecimentos: a Teoria dos Gêneros (Épica, Lírica e
Dramática); a leitura e a escrita de roteiros (para ficção) e de guias de gravação (para
documentários); noções de fotografia (planos e enquadramentos, ângulos e
movimentos de câmera, iluminação); os chamados gêneros audiovisuais (com ênfase
na ficção e no documentário) e; técnicas básicas de animação e de edição. Acredita-
se que tais saberes possam contribuir para a formação de cidadãos e leitores mais
críticos e aptos a melhor eleger e reivindicar sua programação audiovisual, ao tempo
em que favorecem o exercício da leitura e da escrita de roteiros como prática
integrante do fazer literário, o que também significa incluir os roteiros nas referências
de leitura dos estudantes.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

ESCRITORES BRASILEIROS NO PROGRAMA DO ENSINO BÁSICO EM


PORTUGAL: À DESCOBERTA DA LITERATURA DO OUTRO LADO DO
ATLÂNTICO
Angelo Roberto Gonçalves Ribeiro, Ana Margarida Ramos
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Apresentação
de Pôster
Pretende-se, neste pôster, identificar os autores brasileiros e os gêneros literários
representados nas metas curriculares (2012) e no programa (2015) de português do
ensino básico, em vigor em Portugal, com vista a refletir sobre os critérios de seleção
e objetivos de formação associados à sua leitura por alunos portugueses em contexto
educativo. As obras brasileiras selecionadas apresentam uma diversidade de gêneros
e registos literários, integrando a poesia, a fábula, o conto, a novela e o romance e
variando entre o século XIX (1882) e século XXI (2008). Incluídos no domínio da
educação literária, a sua leitura e estudo tem como objetivo formar leitores capazes de
interagir com os textos literários distintos. Pretende-se, igualmente, sensibilizar os
alunos para propostas literárias diversificadas, em resultado do respetivo contexto
sociocultural. É ainda objetivo deste pôster identificar os temas e motivos mais
relevantes dos textos selecionados, com vista a perceber a imagem da literatura
brasileira que é transmitida nas escolas portuguesas, estabelecendo ligações
comparativas com os textos em língua portuguesa oriundos de outros países, como
Angola e Moçambique também selecionados pelos documentos programáticos.
Partindo da ideia de que a formação de leitores literários tem impacto na formação de
cidadãos culturalmente interessados, é de toda a relevância a diversificação do
universo de leituras propostas no sistema de ensino, dando a conhecer outras
manifestações literárias em língua portuguesa oriunda de outros países e contextos.
Palavras-Chave: Educação Literária. Literatura Brasileira. Portugal.

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LETRAMENTOS EM PERSPECTIVA LITERÁRIA: AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS E


A FORMAÇÃO DO LEITOR JUVENIL
Priscila Da Conceição Viégas, Elimar Barbosa De Barros
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Apresentação
de Pôster
Para os limites desta comunicação, relata-se os fundamentos do letramento literário
pautados na vivência de uma comunidade de jovens. Dessa forma, esta pesquisa
contribuiu para o letramento literário dessa comunidade formada por alunos do
primeiro ano do ensino médio. Destaca-se que os leitores participantes da
investigação foram alunos-voluntários de uma escola pública da rede estadual
maranhense. Importa, também, evidenciar a metodologia utilizada no desenvolvimento
da pesquisa – o sistema participativo Fandom – que em convergência com o
letramento digital possibilitou a avaliação da apropriação e da produção de sentido da
leitura literária do grupo investigado. Considera-se, por conseguinte, que o surgimento
das novas tecnologias digitais de informação e de comunicação (TDICs), em conjunto
com as múltiplas linguagens, tem modificado os comportamentos sociais na
contemporaneidade. E, por fim, nota-se que os resultados da pesquisa apontam para
a ampliação do tema estudado, assim como, para a solidificação do paradigma e das
práticas de leitura literária que interessam à nova geração de leitores juvenis.
Palavras-Chave: Letramento literário. Múltiplas linguagens. Leitores juvenis.

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LITERATURA, TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DO LEITOR: ENTRELACES


Flávia Brito Dias, Deisily De Quadros
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Apresentação
de Pôster
Observa-se em meio ao crescente interesse pelas novas ferramentas tecnológicas e
recursos diversos, a preocupação com a formação de leitores competentes, críticos e
criativos frente aos recursos diversos. A pesquisa Retratos de Leitura no Brasil,
realizada no país em 2015 e lançada em 2016, traz o aumento do número de leitores
no Brasil. Os 50% de leitores em 2011 hoje são 56%. Isso indica que o brasileiro lê
4,96 livros por ano. E mostra que desses, 0,94 são indicados pela escola e 2,88 lidos
de livre escolha. Do total de livros lidos, 2,43 foram terminados e 2,53 lidos em partes.
A pesquisa destaca dados com relação ao uso da internet: entre os leitores, 81% são
usuários de Internet e 88% entre os que estão estudando. Frente aos dados, temos
dois importantes cenários: os leitores usam a internet; a escola continua com a árdua
tarefa de formar leitores. Diante da hipermodernidade, os diferentes suportes de
leituras que além dos livros, estão presentes na sociedade: celular, computador,
tablets. Esses dados mostram que é imprescindível buscar sentidos e reflexões a
respeito dos entrelaces entre a literatura e as influências dos novos recursos de leitura
que estão presentes no contexto atual. Ao refletir sobre o protagonismo da leitura
literária no cenário escolar, cabe sinalizar que a sua importância, bem como a sua
imprescindibilidade, esbarra na realidade dos cenários históricos brasileiros, nas
realidades dos contextos educacionais, na descontinuidade de projetos de leitura. É
sobre a importância da leitura literária, os entrelaces entre a leitura e as influências
dos novos recursos, seus desafios e perspectivas que discorremos no artigo,
entremeando o contexto, as teorias, as reflexões. Palavras-Chave: Literatura infantil e
juvenil; Tecnologia; Formação do leitor.

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O CAMINHO DOS LIVROS: A INSERÇÃO DA LINGUAGEM DIGITAL NA


LITERATURA INFANTIL
Suria Scapin Vaz De Oliveira
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Apresentação
de Pôster
O livro infantil une diversas linguagens e cria uma estrutura narrativa com vários
elementos, cada um valendo-se de seu próprio meio para trazer informações que os
outros não podem trazer — as ilustrações dizem o que não está escrito, o formato do
livro traz novas informações e, juntas, estas linguagens se unem ao texto narrativo e
formam a história que está sendo contada. Essa é uma característica presente nos
livros infantis desde seu surgimento. O início da produção editorial voltada para
crianças tinha forte embasamento moral (característica que ainda encontramos em
diversos livros contemporâneos) e ilustrações que se limitavam a uma representação
visual do que estava escrito na história, algo cada vez mais refutado nos dias de hoje.
O que mais mudou desde então foi o papel social representado pelas crianças, o que
fez com que a literatura infantil ganhasse um posto mais destacado, fazendo com que
os livros produzidos para elas fossem ganhando mais espaço e, nesse processo de
superação, as crianças passassem a ter papel ativo na leitura por meio da
interpretação criativa. Ao se desvincular da necessidade de moralizar, ao poder ter
ilustrações mais livres e ao chegar a mais gente, o livro infantil saiu do campo
pedagógico e entrou para o das artes, ou seja, começou a se desvincular de uma
necessidade externa a ele mesmo e evoluiu até uma variedade de estilos e
linguagens. Esse caminho de inclusão de novas linguagens, nos dias de hoje,
necessariamente passa pelo digital – que vem a ser apenas mais uma linguagem a
ser inserida e não uma ameaça à tradição literária. É possível fazer essa inclusão de
diversas maneiras, priorizando os recursos tecnológicos ou mantendo o foco na
narrativa. Pretende-se apresentar estas maneiras e o caminho percorrido pelos livros
até hoje.

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O TEXTO DE TEATRO NOS LIVROS LITERÁRIOS E DIDÁTICOS.


Robson Guimaraes De Faria, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Apresentação
de Pôster
O resumo descreve a pesquisa ―Obra teatral: Do livro didático a ação‖ realizada na
cidade de Presidente Prudente/SP. O objetivo geral era identificar e analisar os textos
teatrais presentes nos livros de literatura do gênero teatral, nos didáticos adotados
pela rede municipal e também naqueles selecionados no PNBE, em especial, o acervo
destinado aos anos iniciais. O objetivo especifico era analisar as obras inseridas no
acervo e suas características, além de verificar a quantidade de textos teatrais
introduzidos no livro didático do Ensino Fundamental. A dificuldade encontrada
durante a nossa pesquisa, foi localizar os exemplares nas bibliotecas, pois os volumes
foram distribuídos aos professores e encontravam-se nas salas de aulas para que as
obras fossem usadas em leituras deleite sem o devido acompanhamento. Esses livros
não despertarão o interesse dos educandos, se não forem bem trabalhados, pois a
estrutura deles apresentam narrativas, as falas das personagens e as rubricas; e se
não forem explorados devidamente o leitor não o compreenderá, por isso o professor
deve discuti-los antes de disponibilizá-los aos estudantes. A investigação apontou que
há uma quantidade ínfima de livros deste gênero nas escolas, e quando eles se
encontram na instituição, não estão acessíveis às crianças. Os textos encontrados são
do PNLD 2002 e 2006, distribuídos pelo Ministério da Educação, sendo um exemplar
de cada ano. Não localizamos dentre as dez escolas pesquisadas nenhum docente
que tenha visto ou trabalhado com esses volumes, principalmente nos anos iniciais.
Nós encontramos apenas cinco exemplares de obras teatrais em três escolas do
município, entretanto, os volumes foram doados pela comunidade. Palavras-Chave:
Literatura. Teatro. Livro didático.

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A EXPERIÊNCIA LITERÁRIA NA CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO


MATEMÁTICO: ALGUMAS REFLEXÕES
Ricardo Vicente Da Cunha Júnior, Andreia Cristina Teixeira Tocantins, Rosângela
Veiga Júlio Ferreira
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Este texto discute sentidos atribuídos por estudantes do 5º ano de um Colégio de
Aplicação a práticas com múltiplas linguagens realizadas em aulas de Matemática. A
nosso ver, educar para a compreensão da matemática significa olhar para diferenças,
percursos, permanências e transformações, rompendo com um ensino pautado em
conteúdos fora do contexto de produção. Nas práticas pedagógicas utilizamos as
linguagens literária, gráfica, fílmica, fotográfica, entre outras que trazem informações
problematizadas no enredamento de conhecimentos matemáticos. Trabalhamos com
a hipótese de que a inserção de múltiplas linguagens no ensino da Matemática,
ancoradas em princípios da etnomatemática, pode auxiliar no processo de
compreensão de conceitos da área. As fontes de pesquisa foram produzidas a partir
de narrativas dos estudantes em momentos específicos de encontros literários. Os
livros escolhidos provocaram discussões sobre o lugar da Matemática ao longo do
tempo, sendo o cotidiano o eixo transversal. Nessas análises foi possível identificar
três categorias: a apropriação da ideia central do campo da Matemática, a apropriação
de conceitos matemáticos e a compreensão da relação sensível entre literatura e
matemática. Pela análise dos dados é possível constatar que os estudantes entendem
a Matemática como um componente cultural fundamental na construção e
desenvolvimento da inteligência humana. Os registros das impressões pessoais sobre
as experiências literárias apontam para dois aspectos: de um lado, um número
significativo de estudantes consegue estabelecer significados a conceitos matemáticos
abstratos; do outro, poucos conseguem romper com a ideia de que literatura não está
relacionada apenas à Língua Portuguesa. Literatura. Ensino de Matemática. Múltiplas
Linguagens.

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A NARRATIVA MÍTICA NA ATUALIDADE: UMA ANÁLISE DE ALGUNS RELATOS


E LEITURAS DA TRADIÇÃO LITERÁRIA EM HQS, RPGS E FILMES
Graciane Cristina Mangueira Celestino, Robson Coelho Tinoco
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
O objetivo deste trabalho é analisar as ressignificações e questões relacionadas à
apropriação de um texto, e como atualmente são apresentadas ao leitor jovem o texto
literário e suas múltiplas linguagens durante as leituras em sala de aula, como essas
estruturas podem indicar a noção de identidade leitora? Na atualidade surgiram
variadas narrativas que se constituem e foram influenciadas por textos consagrados
da tradição literária, aqui citaremos: Contos de Asgard de Stan Lee, História em
quadrinhos, Livro dos Seres Imaginários de Borges e Guerrero. Será realizado um
apanhado teórico acerca do ato de sugerir uma leitura textual, visual ou fílmica, indicar
como seria a experiência leitora com essas múltiplas linguagens. Em seguida será
discutido o fato de essa experiência não ser de todo negativa, pois adolescentes e
jovens são constantemente atraídos pelo mito e suas narrativas, para que possam
desenvolver uma experiência leitora subjetiva mais significativa em relação a
operações artísticas. Uma possibilidade seria apresentar ambas as narrativas, a
influenciadora e a influenciada. Neste sentido foi selecionado para trabalho em sala de
aula O Livro dos Seres Imaginários, e a HQ Thor Contos de Asgard, por conter em sua
organização seres e lendas que estão presentes nas narrativas da atualidade.

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APP BOOKS E LITERATURA INFANTIL: ANÁLISE DOS APLICATIVOS BOUM! E


FLICTS
Edgar Roberto Kirchof, Aline Lupak, Luís Otávio De Vargas Moraes
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
O objetivo deste artigo é apresentar uma análise dos app books (aplicativos literários)
Boum!, de, Mikaël Cixous, produzido por Les Inéditers; e Flicts, uma adaptação da
obra do renomado escritor brasileiro Ziraldo, desenvolvido pela Engenhoca. O primeiro
recebeu uma menção honrosa no Bologna Children’s Book Fair, em 2015, ao
passo que o segundo é vencedor do 3º lugar na categoria Livro Digital Infantil do
Prêmio Jabuti, também no ano de 2015. As análises visam investigar como são
construídos recursos estético-literários, em ambas as narrativas digitais, a partir de
elementos típicos da linguagem em ambiente digital, tais como a possibilidade de
inserir som, movimento e recursos de hipermídia nas histórias. A fundamentação
teórica baseia-se em estudiosos da literatura infantil digital, tais como Frank Serafini,
Junko Yokota, Neus Real, Cristina Correro, entre outros. No que se refere ao
aplicativo Boum!, as análises permitem concluir que sua elevada qualidade estética se
deve à forte presença da intertextualidade e à qualidade das imagens utilizadas. Já no
aplicativo Flicts, pode-se concluir que a versão adaptada aos meios digitais é muito
bem-sucedida porque os recursos de multimídia estão bem integrados à estrutura da
narrativa, apesar de não estarem diretamente ligados à progressão da história.
Palavras-Chave: Literatura digital infantil; App books; Letramento digital

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AS ESTRATÉGIAS LITERÁRIAS E IMAGÉTICAS PRESENTES NA NARRATIVA


INFANTIL E JUVENIL: TECELINA
Lucas Emanoel Vilarinho Miranda
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
O presente trabalho é resultado de anos de pesquisa na iniciação científica pelo CNPq
e ainda pela continuidade da pesquisa no mestrado pelo PPGEL. Entender as
narrativas literárias contemporâneas brasileiras infantis que envolvem o virtual tem
sido uma pesquisa constante. As mudanças que têm ocorrido na literatura infantil em
relação aos suportes é por demais expressiva. Compreender como essa relação tem
ocorrido é fundamental. Assim, esta pesquisa visa analisar e discutir as estratégias
literárias e imagéticas presentes na narrativa infantil virtual: Tecelina de Glaucia de
Souza, na versão virtual. Para isso é utilizada a obra virtual disponível online no site
da PUCRS em discussão com as teorias que estão em consonância com a temática.
Há de se destacar a narrativa na literatura infantil e juvenil contemporânea, que tem
mantido um diálogo veemente com as vivências juvenis hodiernas, bem como com um
importante papel na formação de uma nova geração de leitores. Esse diálogo
contemporâneo se refere à nova roupagem, estética, os suportes em que são
veiculados, o meio, enfim todo o conjunto que tem corroborado de forma eficaz para a
proximidade do leitor com o livro e ainda o crescimento da cibercultura e da literatura
eletrônica de uma forma geral, consoante os pressupostos de Levy (1996, 1999),
Bellei (2002, 2012), Xavier (2009), Vilarouca (2014), Assis (2014), Silva (2015),
Spalding (2012), Hayles (2009) entre outros que abordam as temáticas aqui
enfocadas. Observa-se assim no trabalho que as estratégias imagéticas são diversas
nos novos suportes e que em muito possibilitam a ampliação da propagação do
caráter interacional e participativo da literatura infantil por meio da Web 2.0.

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AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS NO ENSINO DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA:


DIMENSÕES DE LETRAMENTO
Camila Da Silva Pinho, Andreia Cristina Teixeira Tocantins, Rosângela Veiga Júlio
Ferreira
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Este texto discute o papel de uma metodologia de ensino de Geografia e História nos
anos iniciais do Ensino Fundamental. Metodologia desenvolvida no módulo Educação
Geográfica e Histórica pelas imagens literárias: múltiplas linguagens, modelo de aula
com perspectiva transversal, realizado no Colégio de Aplicação João XXIII, da
Universidade Federal de Juiz de Fora. Tal módulo constitui-se em um espaço para
problematizar conceitos e estabelecer interações com o cotidiano, através do uso de
múltiplas linguagens, promovendo diálogo com experiências relacionadas a lugares e
tempos. Tais experiências são desenvolvidas por dois anos consecutivos – 2° e 3° ano
- e retomadas quando os estudantes se encontram no 5º ano. Busca-se, assim,
provocar situações em que as crianças expressem opiniões sobre relações que estão
estabelecendo com os conteúdos trabalhados. O ensino de Geografia é tratado a
partir da perspectiva da inter-relação sociedade-meio através da compreensão e
conscientização do papel do cidadão diante das multiplicidades de relações espaciais.
O currículo de História, por sua vez, baseia-se na perspectiva teórica de
desenvolvimento da consciência histórica a partir do trabalho com diferentes pontos de
vista. A análise das narrativas produzidas pelas crianças, ao se depararem com suas
produções, a despeito de limites do processo, nos permite afirmar que o módulo tem
contribuído para o desenvolvimento do letramento geográfico e histórico, uma vez que
tem possibilitado que se apropriem de conceitos específicos dessas áreas. Palavras-
Chave: Múltiplas linguagens. Ensino de Geografia. Ensino de História.

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BOJUNGA E ROZIK: A CONSTRUÇÃO DA SOLIDARIEDADE NO OCIDENTE E NO


ORIENTE
Dayse Oliveira Barbosa
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Este trabalho pretende evidenciar como os recursos estéticos empregados na
construção do conto O bife e a pipoca, escrito por Lygia Bojunga, no final do século
XX, e o curta-metragem egípcio O outro par, dirigido por Sarah Rozik, no início do
século XXI, permitem interpretar essas obras como traduções intersemióticas da
relação de solidariedade entre dois garotos de diferentes classes sociais no ocidente e
no oriente, respectivamente. Sabe-se que a discrepância social é muito forte tanto no
Brasil quanto no Egito. O preconceito social é motivo de afastamento entre as
pessoas. Contudo, as crianças, personagens centrais do conto brasileiro O bife e a
pipoca e do filme egípcio O outro par subvertem o preconceito, tornando a
discrepância social o embasamento para a aproximação, por meio de vínculos
solidários, nos quais predomina o compartilhamento, a aprendizagem da afetividade e
da interação com as diferenças. Para a realização desse estudo foi considerada a
constituição dos cronotopos bakhtinianos em cada uma das mídias, levando-se em
consideração a especificidade dos gêneros abordados e a intraduzibilidade das
linguagens.

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CANTAR HISTÓRIAS, ENCANTAR E FORMAR LEITORES: REFLEXÕES SOBRE


MÚSICA E LITERATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Rejane Da Silva Souza
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
O presente artigo, ao abordar música, leitura e literatura, desencadeia reflexões a
partir destes três elementos e os relaciona à formação de leitores, numa importante
etapa de formação do indivíduo, a Educação Infantil. Num processo de ensino-
aprendizagem pautado na criatividade que permeia as histórias literárias musicadas,
tem-se o estímulo ao desenvolvimento integral da criança, despertando-lhe as
dimensões necessárias ao aprendizado das múltiplas áreas do conhecimento. Assim,
objetiva-se nesta pesquisa, refletir as contribuições da música e da literatura infantil no
desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança, que culminam na sua atua
atuação efetiva enquanto leitor. A metodologia utilizada neste trabalho se deu através
de pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, fundamentada nos seguintes
autores: Abramovich (2006), Brito (2003), Solé (1998), Rosa (1990), Brasil (1998) -
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, dentre outros estudiosos que
prezam por uma prática pedagógica criativa, dinâmica e que promova efetivamente a
formação de leitores. A partir destes estudos percebeu-se que a inserção de um
repertório literário infantil no processo ensino-aprendizagem na Educação Infantil atua
como elemento potencializador de práticas de leitura, propiciando o desenvolvimento
da competência leitora da criança, destacando-se ainda o caráter humanizador,
cultural, histórico e social da literatura. Refletir esta temática evidenciou, ainda, que a
promoção do diálogo entre literatura e a música, assim como outras artes, torna-se
necessário ao contexto escolar, e cabe às instituições de ensino traçar sempre
caminhos para o acesso à leitura, construindo meios que favoreçam a formação de
leitores críticos e participativos.

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CANTOS, CONTOS E LITERARIDADE: HISTÓRIAS CANTADAS NA CULTURA


INFANTIL
Isaac Luis De Souza Santos, Juliana Cardoso Daher
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
O presente trabalho visa apresentar reflexões a partir da prática de estruturação e
apresentação de repertório de histórias cantadas para bebês e crianças pequenas nos
espetáculos da Cia Pé de Moleque (BH-MG). A partir da análise de algumas
historietas cantadas serão destacados os aspectos de literaridade e musicalidade,que,
em um hibridismo de linguagens constituem uma concepção estética direcionada à
primeiríssima infância. Sob os referenciais teóricos de Yolanda Reyes ("Leitura
entre as orelhas" e"Livros sem Textos"), Gilka Girardello e Lucilene
Silva, será ressaltada a relevância antropológica-cultural, estética e afetiva desse tipo
de repertório para a primeira infância.

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CHAPEUZINHO VERMELHO: UM CONTO ADAPTADO PARA O FOLHETO


POPULAR
Irany André Lima De Souza, Daniela Maria Segabinazi
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Nascidos de narrativas orais populares, os contos de fadas/maravilhosos mais
conhecidos chegaram até nós pela propagação de geração a geração promovida,
antes, pelos contadores(as) de histórias, e que há tempo vêm ganhando inúmeras
versões e adaptações desde sua primeira compilação em livro. Dentre as diferentes
releituras para as diferentes mídias, a que nos chamou atenção foi a da literatura de
folhetos, que mantém forte relação com as histórias infantis, por preservarem algumas
características em comum. Nesse sentido, a fim de perceber o que esses textos
mantém ou alteram do conto ―Chapeuzinho Vermelho‖, versões de Perrault e dos
irmãos Grimm, adotadas aqui como hipotextos principais, lançaremos mão de uma
pesquisa de cunho qualitativo e interpretativo dos folhetos ―Chapeuzinho Vermelho –
versão versejada‖, de Manoel Monteiro (2010) e ―O casamento da Chapeuzinho
Vermelho‖, de Cleusa Santo (2010). Desde os títulos é perceptível a indicação para
uma nova forma na qual o texto será apresentado, o que já pressupõe mudanças
significativas para o texto envolto nas especificidades do folheto. Há até certa
tendência ao moralismo em um dos textos, como um resgate de uma das
características presentes nos contos dos irmãos Grimm. Mais do que isso, há
alterações que precisam ser analisadas, a exemplo da nova configuração do texto
verbal em diálogo com as ilustrações que acarreta novos sentidos para a leitura do
conto tradicional Chapeuzinho Vermelho. Palavras-Chave: Chapeuzinho Vermelho.
Adaptação. Folhetos.

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CLÁSSICOS INFANTIS E LITERATURA DE CORDEL: DIÁLOGOS


Nadilza Maria De Farias Souza, Daniela Maria Segabinazi
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Os clássicos infantis povoam a mente e a imaginação das crianças, desde a mais
tenra infância, fazendo-as criar, recriar, recontar, reinventar, partindo de suas
experiências e interpretações entre o real e o imaginário. Não obstante a essa
constatação, muitos escritores, nas últimas décadas, vem recorrendo a esses textos,
revisitando os clássicos, criando novas possibilidades de leitura e interpretação,
adaptando-os a novos suportes/gêneros textuais; entre os exemplos mais expoentes é
o do mercado editorial e do cinema com a explosão de títulos e filmes lançados
anualmente. A literatura de cordel não se isenta dessa prática e também traz em seus
folhetos os clássicos, adaptando o tipo e o gênero textual, porém conservando a
fantasia, a imaginação e as experiências emocionais que ganham força na pele de
personagens infantis e juvenis. A pesquisa em questão tem, portanto, como princípio
analisar o clássico da Literatura Infantil Pinóquio, de Mário Coloddi, e sua adaptação
na Literatura de Cordel do poeta paraibano Manoel Monteiro, verificando como a
mesma história ou mesmo tema, pode adquirir pontos de vista, valores, concepções e
procedimentos literários diferentes, ou seja, diferentes olhares aplicados ao mesmo
clássico, promovendo um diálogo entre textos/intertextos. É possível perceber que um
suporte/gênero/linguagem não sobrepõe o outro, o autor/cordelista procura eternizar a
essência dos contos de fada sem, no entanto, deixar de contemplar/firmar a linguagem
e características próprias do folheto de cordel, preocupando-se em aproximar a cultura
popular à literatura clássica, amplamente oferecida às crianças, conservando o
imaginário infantil e função social próprias dos dois gêneros em estudo.

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CONVERGÊNCIA E REPRESENTAÇÕES POÉTICAS DA INFÂNCIA NO GAME


"CHILD OF LIGHT".
Mario Lousada De Andrade
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
No panorama da contemporaneidade as possibilidades técnicas para construções de
universos ficcionais tornam-se cada vez mais amplas e dinâmicas. Conforme as
contribuições de Henry Jenkins (2009), a convergência entre as novas e velhas mídias
provocam no campo teórico e crítico reflexões concernentes tanto aos aspectos
poéticos quanto estéticos. Considerando a necessidade de se averiguar as múltiplas
linguagens pelas quais as narrativas se constroem atualmente, bem como suas
implicações sob o ponto de vista convergencial, o presente trabalho objetiva
evidenciar as convergências poéticas entre a literatura infanto-juvenil e o game Child
of Light (2014). O enredo de Child of Light se assemelha aos contos de fadas
tradicionais e apresenta uma narrativa que se passa no ano de 1895, focando no
dramático desenvolvimento de Aurora, filha de um duque austríaco que inicialmente
possui uma personalidade frágil e inocente. Após ser acometida por uma maldição do
sono, a menina cai em um sono profundo e vê-se em um mundo diferente e mágico
chamado Lemuria. Nesse novo mundo, Aurora deve superar a sua fragilidade e
combater as forças maléficas da Rainha Misteriosa da Noite para libertar os povos por
ela amaldiçoados e, dessa forma, restabelecer a ordem de Lemuria. Portanto, o
presente trabalho propõe-se a discutir as implicações convergenciais do game em
questão com a literatura infanto-juvenil, revelando que uma narrativa digital autônoma,
possui pontos de contato com narrativas tradicionais e, através de uma construção
multimodal, representa a temática da superação e do amaduremento.

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DOM QUIXOTE: UM ESTUDO INTERARTES


Alessandra Silva Ribeiro, Maira Angélica Pandolfi
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
No ano de 1956, Candido Portinari, a convite de José Olympio, realiza uma série com
21 desenhos a lápis de cor para ilustrar edição brasileira de Dom Quixote. O projeto
de utilização dos desenhos foi inviabilizado financeiramente. As imagens da série Dom
Quixote, de Candido Portinari permaneceram com o pintor até sua morte, em 1962.
Em 1972 Gastão de Holanda, da Fundação Castro Maya convida o poeta Carlos
Drummond de Andrade a criar poesias para cada desenho da série, publicadas no
livro ―D. Quixote - Cervantes, Portinari e Drummond‖, editado em 1973, em
homenagem aos 70 anos da morte do pintor. Nesse estudo podemos estabelecer
relações entre o texto de Andrade com seus hipotextos, os desenhos de Portinari e
mais importante, explorar sua fonte: o livro ―Dom Quixote‖, de Miguel de Cervantes.
Esse trabalho faz parte de um projeto que estuda o reconto da história Dom Quixote,
escrita por Ana Maria Machado, suas relações com as ilustrações de Cândido
Portinari. Cabe destacar que Ana Maria Machado, assim como Carlos Drummond de
Andrade produziu seu texto com base nas ilustrações da série Dom Quixote, de
Portinari. Trata-se da adaptação para crianças intitulada: ―O cavaleiro do sonho:
aventuras e desventuras de Dom Quixote de la Mancha‖ (2005). Tentamos aqui
desvendar a relação texto e imagens, a influência expressionista e cubista encontrada
na obra de Portinari em relação aos demais artistas. Buscamos encontrar na poesia
de Andrade, na pintura de Portinari e na obra de Cervantes, obras artísticas que
trabalham sobrepostas, traços do ideal utópico do cavaleiro andante. O estudo
bibliográfico comparado utiliza como fontes principais de pesquisa os teóricos:
Canavaggio, Vieira e Flores e já identificou em suas linguagens aspectos do ideal
utópico no cavaleiro andante.

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ERA UMA VEZ: 1, 2, 3...: REIMAGINANDO A TRADIÇÃO ORAL BRASILEIRA POR


MEIO DA IMAGEM E DA INTERAÇÃO.
Giovanna Corrêa Lucci
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Em 1885, Sylvio Roméro publicou o livro ―Contos Populares do Brazil‖, com o objetivo
de mapear e coletar contos da tradição oral brasileira. Em uma análise detalhada da
obra foi possível observar a repetição de alguns temas e enredos dentro das
narrativas coletadas. Sabendo da necessidade de retomar parte da cultura oral
brasileira para as novas gerações, esta pesquisa aproveitou-se destas variações para
criar um projeto experimental. Para isso, tomou-se como estudo de caso três contos
do Sergipe, que possuíam alguns elementos próprios, mas que partiam da mesma
temática e apresentavam grande semelhança entre si, principalmente em relação ao
destino dos personagens. Além da realização de um estudo das narrativas orais no
Brasil, o objetivo final do projeto foi a produção de dois livros ilustrados, ou melhor,
duas reimaginações ilustradas destes contos. No que se refere à narrativa, a primeira
versão foi elaborada mesclando os elementos dos contos originais para criar uma
única história com começo, meio e fim, enquanto que a segunda aproveitou-se das
diferenças entre as três histórias para criar um livro interativo, onde o percurso
dependesse das escolhas do leitor e do vínculo estabelecido entre ele e o livro durante
a leitura. Já no que se refere às ilustrações, a principal intenção desta pesquisa era
explorar a relação entre imagem e texto e estudar como a estrutura textual se
relaciona com a forma para criar ilustrações que fossem além da simples
representação visual dos acontecimentos. O resultado disso, foi uma pesquisa que
incluiu uma análise detalhada da estrutura das narrativas, a reimaginação dos textos,
a escolha de técnicas e a criação de imagens que se relacionassem de forma
intrínseca com os novos formatos dos textos e seus objetivos.

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INTERTEXTUALIDADE ENTRE LITERATURA E CINEMA: POSSÍVEIS DIÁLOGOS


ENTRE A OBRA CRÔNICAS DE NATAL E HISTÓRIAS DA MINHA AVÓ E O FILME
POR CAUSA DO PAPAI NOEL
Carlete Maria Thomé
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Crônicas de Natal e histórias da minha avó, obra de caráter regional da escritora Urda
A. Klueger, conta aventuras e lembranças de natal com referência à sua avó, acredita
que é a partir de enfeite, luzes e encontro com a família que se inicia o espírito
natalino. Repleto de intertextualidade o livro deu origem ao filme Por causa do Papai
Noel, de Mara Salla. O embasamento teórico do nosso trabalho se ancora em
pressupostos da semiótica e linguística textual dos autores como Lúcia Santaella,
Roman Jakobson, Júlia Kristeva e Randal Johnson. Investiga-se o processo de
adaptação do literário para o cinematográfico, observando as especificidades de cada
linguagem.

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JABUTI NA TELA: UMA PROPOSTA DE ESTUDO DO LIVRO INTERATIVO


DIGITAL PARA CRIANÇAS
Jaqueline Conte, Alice Atsuko Matsuda
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
A presente Comunicação objetiva apresentar pesquisa em desenvolvimento no âmbito
do Mestrado em Estudos de Linguagens, na área de concentração em Linguagem e
Tecnologia, da UTFPR. A investigação visa à realização de estudos sobre a literatura
digital destinada ao leitor criança no Brasil, a partir da análise das obras vencedoras
do Prêmio Jabuti, em 2015 e 2016, na recente categoria denominada Infantil Digital.
Trazendo à luz discussões e conceitos como os de literatura, literatura infantil,
cyberliteratura, estética, letramento literário digital e leitor midiático, a pesquisa
buscará mapear o estado da arte e a produção de literatura infantil digital interativa no
País, inclusive ouvindo os atores mais diretamente envolvidos com a produção desses
produtos; sistematizar os recursos e possibilidades que vêm sendo utilizados, tanto
técnicos quanto estéticos e analisar até que ponto essa tecnologia, que propõe uma
nova experiência de leitura, contribui para enriquecer o panorama literário nacional e
favorece o letramento literário. Para isso, serão identificados os formatos dessas obras
de literatura digital e detalhados os recursos utilizados nas seis obras até agora
vencedoras do Jabuti (som, música, narração, movimento, interação com o leitor,
entre outros); assim como apontados os temas, autores e produtores envolvidos.
Também será realizada entrevista semiestruturada com os responsáveis pelas obras,
a fim de levantar dados como: quais foram os objetivos da iniciativa, a faixa etária
visada e as preocupações técnicas e conceituais que se teve antes e durante o
desenvolvimento do projeto, bem como dados sobre a distribuição. Após esse
levantamento, serão utilizadas abordagens de cunho qualitativo e interpretativo. PC:
Lit. inf. dig. Livro interat. dig. Letram. literário

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LETRAMENTO LITERÁRIO E CINEMA: AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS ENTRE


VER UM LIVRO E LER UM FILME.
Patrícia Rodrigues, Henrique Roriz Aarestrup Alves
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Esta pesquisa tem como foco promover o letramento literário através da interação
entre uma obra literária juvenil e o cinema, suas múltiplas linguagens, diferentes
plataformas de mídia, suas contribuições e canais que possibilitam sua circulação.
Espera construir com os alunos do 9º ano da Escola Estadual Cândido Portinari
(Tapurah/MT) uma análise profunda do livro O Escaravelho do Diabo, de Lúcia
Machado de Almeida, e do filme homônimo do diretor Carlo Milani. Por serem dois
sistemas semióticos diferentes (literatura e cinema), buscar-se-á confluências,
particularidades entre o texto e as imagens e que influências teria a utilização de
imagens cinematográficas no processo de letramento literário. Espera-se proporcionar
aos alunos o conhecimento necessário de ambos os sistemas semióticos (literatura e
cinema) para que possam realizar uma análise crítica das diferentes manifestações
culturais. A produção de portifólios (atividades dos alunos), e-book (atividades para
professores) e book trailers (obras literárias) serão os produtos finais pretendidos. A
pesquisa terá contribuições teóricas sobre a humanização através da Literatura com
Antônio Cândido (1995) e o prazer do texto com Barthes (2002); Letramento Literário e
Sequência Expandida por Cosson (2009); Cinema com Bazin (1991), Cunha,
Eisenstein, Martin (2013) e Stam (2003); Semótica do cinema com Lotiman (1978) e a
adaptação com Hutcheon (2013). Este trabalho de pesquisa foi aprovado no Exame
de Qualificação do Mestrado Profissional em Letras/Profletras – Unemat/Sinop. O
desenvolvimento do projeto (aplicação das atividades práticas) com os alunos e coleta
de dados dar-se-á de março a julho de 2017.

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LITERATURA INFANTO JUVENIL: OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS DE


VIVENCIAR UMA LEITURA LITERÁRIA.
Patricia Aparecida Machado
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Inspirado nos Estudos Culturais, em sua vertente pós-estruturalista, este artigo busca
promover reflexões acerca das vivências literárias e das práticas de leitura de jovens
leitores em formação. Diante de uma cultura de convergência das mídias que sugere
uma época de rápidas mudanças, de diversidade cultural e de interconectividade,
esses jovens buscam vivenciar experiências de autonomia e de liberdade em suas
práticas culturais, complexas, múltiplas e inter-relacionadas. Assim, ampliam-se as
práticas de leitura, mesmo que descomprometida com a leitura literária, através de
conexões simultâneas e instantâneas. Buscando compreender a formação literária
desses jovens trago dados de um estudo exploratório realizado em três Escolas
Estaduais, com estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental, na região de Porto
Alegre -RS, onde 188 estudantes responderam a um questionário relacionado às
práticas contemporâneas de leitura. Entre outros questionamentos, buscou-se saber
qual a relação entre as práticas de leitura e o mercado de consumo e entretenimento,
através de um estreito vínculo entre livros-filmes-séries-lazer, capazes de seduzir e
conquistar tais jovens. Os primeiros resultados apontam que as novas tecnologias são
entendidas pelos estudantes como ferramentas dinâmicas, atrativas e capazes de
favorecer a aprendizagem, contribuindo para o desenvolvimento do interesse pela
leitura, aproximando-os de uma indústria cultural, a eles endereçada. Os pressupostos
teóricos são fundamentados em autores que têm contribuído para compreensão e
conhecimento acerca dessas problemáticas, entre eles, destacam-se: Cândido (2012),
Petit (2008), Colomer (2003), Cosson (2014), Cademartori (2009), Kirchof (2014),
Jenkins (2009). Palavras-chave: leitura. Jovens Leitores. Convergência.

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LIVROS DIGITAIS INFANTIS: NOVAS FORMAS DE LEITURA PARA CRIANÇAS


Roberta Gerling Moro
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Neste artigo, pretendo apresentar e discutir estratégias de leitura de textos literários
em suportes eletrônicos, com base nos estudos realizados pelo grupo GRETEL
(Grupo de Investigación de literatura infantil y juvenil y educación literaria de la
Universitat Autònoma de Barcelona). Esse grupo tem, entre seus objetivos, observar o
impacto da leitura, por parte de crianças e jovens, em dispositivos digitais, tanto na
escola quanto no ambiente familiar. Para atingir seus objetivos, o artigo será
organizado a partir de três partes: inicialmente, serão apresentadas as principais
discussões realizadas pelo grupo GRETEL sobre leitura em dispositivos digitais; em
seguida, serão apresentados os procedimentos adotados em uma pesquisa mais
ampla que estou desenvolvendo como dissertação de mestrado, na qual utilizo a
metodologia do grupo GRETEL como fundamento para realizar atividades de leitura
com cinco crianças entre 3 e 10 anos de idade, moradoras de um condomínio
fechado, na cidade de Osório/RS. As atividades consistiram na leitura de livros
impressos de imagem, de aplicativos literários e e-books, os quais foram
disponibilizados em dispositivos digitais (ipad e tablet). Por fim, serão apresentadas
algumas conclusões preliminares sobre a leitura de livros de imagem impressos e
eletrônicos, alcançadas a partir da análise dos dados fornecidos pelos pesquisadores
do grupo GRETEL bem como dos dados produzidos a partir da pesquisa que realizei
em Osório. Uma das principais conclusões alcançadas é que, quando realizam
atividades sem mediação, as crianças tendem a interpretar os recursos interativos dos
livros digitais como um ―jogo‖, o que aponta para a necessidade de elaborar
estratégias de leitura que permitam a fruição de elementos estético-literários para esse
tipo de obra.

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OBRAS LITERÁRIAS INFANTIS E JUVENIS DIGITAIS PUBLICADAS NO BRASIL:


UM LEVANTAMENTO PRELIMINAR
Daniel Germano De Abreu, Alice Atsuko Matsuda
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
O presente trabalho pretende apresentar os resultados preliminares de um
levantamento de obras literárias infantis e juvenis digitais publicadas no Brasil até o
primeiro semestre de 2017. A pesquisa faz parte do Projeto de Iniciação Científica da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Curitiba. Com o objetivo de
obter um retrato da produção literária digital destinada a crianças e jovens no Brasil,
procedemos à elaboração de uma ficha catalográfica e à coleta de dados sobre tais
obras. Os critérios para a seleção baseiam-se nas considerações de Hayles (2009) e
Yoo (2007, apud Kirchof, 2009) e as fontes iniciais são a lista de ganhadores do
Prêmio Jabuti na categoria Infantil Digital, os catálogos das principais editoras
brasileiras e trabalhos acadêmicos, como Carvalho (2010), que já tematizam
produções dessa natureza. Os resultados apontam para uma predominância numérica
de adaptações de obras previamente existentes em papel e do formato appbook para
smartphones e tablets.

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OFICINAS DE LITERATURA INDÍGENA EM ESCOLAS DE COMUNIDADE


INDIDESCENDENTE: (RE) DESCOBRINDO IDENTIDADES
Lívia Maria Rosa Soares
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Este estudo tem como objetivo partilhar e refletir acerca das experiências didáticas
desenvolvidas nas oficinas de Literatura com temática indígena realizada como uma
das atividades da I Semana dos Povos indígenas promovida pelo Núcleo de estudos
afro-brasileiros e indiodescendentes (NEABI) do Instituto Federal de Educação,
ciência e tecnologia - Campus Araioses/MA. A abordagem desta temática se deu a
partir da constatação de que a cidade de Araioses apesar de possuir uma relação
histórica com a cultura indígena, não tem uma relação de identificação com amemória
e a história relacionadas a esses povos atualmente. Dessa forma, visando despertar
na comunidade, especialmente entre as crianças e jovens, o sentimento de
pertencimento e reconhecimento dessas influências, se realizaram oficinas temáticas
com a abordagem da literatura em duas escolas da Rede estadual do município com
alunos do 9º ao 3º ano do Ensino Médio. Assim, essa atividade objetivou democratizar
o conhecimento da diversidade cultural indiodescendente como riqueza cultural,
apresentando um caminho novo para o reconhecimento das heranças políticas,
religiosas, artísticas e linguísticas de matriz indígena, conforme prevê a Lei
11.645/2008. Também buscou-se ajudar na desconstrução do estigma de preconceito
e despertar o sentimento de pertencimento da comunidade de Araioses-MA, ao
permitir, através da literatura, a valorização da matriz indígena, rompendo com a
imagem esteriotipada que estas manifestações ainda sofrem. A partir dos resultados
alcançados, percebeu-se que ainda há vários (pré) conceitos que precisam ser
superados e um amplo campo de atuação para esse tipo de abordagem, visando o
estabelecimento de relações de identificação e pertencimento.

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O IMAGINÁRIO NO TEATRO DE ANIMAÇÃO: A MATERIALIZAÇÃO DO MUNDO


FANTÁSTICO
Renata De Sá Maia, Cleber Fabiano Da Silva, Patricia De Sá Maia
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Este trabalho tem como ideia central a possibilidade de materialização do imaginário
através da animação de formas inertes como bonecos, máscaras e objetos – o
chamado Teatro de Formas Animadas. O imaginário sempre fascinou a humanidade e
torná-lo palpável, trazendo a imaginação para o mundo real/físico, é um verdadeiro ato
de ―magia‖ que o Teatro de Animação consegue realizar. Seu objetivo é trazer à tona
a discussão de como a materialidade do imaginário se dá no ato teatral e suas
relações com o público. A metodologia utilizada é a bibliográfica. Como resultado final
pode-se afirmar que a materialidade do imaginário, como acontece no Teatro de
Formas Animadas, pode contribuir para que o ouvinte, em especial, a criança e o
adolescente, encontre o mundo da literatura e se encontre nele.

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O PAVÃO MISTERIOSO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O FOLHETO E


ADAPTAÇÕES PARA A LITERATURA INFANTIL
Irany André Lima De Souza, Daniela Maria Segabinazi, Nadilza Maria De Farias
Souza
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
A literatura infantil tem como uma de suas origens as histórias propagadas oralmente
de geração a geração, constituindo os contos tradicionais – conhecidos como contos
de fadas/maravilhosos. Muitos desses textos vêm sendo adaptados para outras mídias
ou dentro do próprio sistema literário, como no caso das inúmeras adaptações de
contos tradicionais para os folhetos nordestinos. No entanto, também é possível
reconhecer o processo inverso, no qual folhetos são adaptados para obras destinadas
ao público infantil. Com base nisso, selecionamos O Romance do Pavão Misterioso,
de José Camelo Resende, como base de comparação numa perspectiva de análise
interpretativa, para traçarmos pontos de interseção e distanciamento entre esse texto
clássico da conhecida ―literatura de cordel‖ e as obras da literatura infantil: O Pavão
Misterioso, de Jô Oliveira e a obra homônima de Ronaldo Correia de Brito e Assis
Lima. As relações entre esses textos revelam que há uma circularidade entre folhetos
e literatura infantil, revelando a constante relação entre essas literaturas. Palavras-
Chave: O pavão misterioso. Literatura de folhetos. Literatura infantil.

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O PNBE E A FORMAÇÃO DE LEITORES: UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO


ENTRE TEXTO E IMAGEM
Diógenes Buenos Aires De Carvalho
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
A produção literária para crianças e jovens caracteriza-se, em especial, na
contemporaneidade, não somente com a presença do elemento verbal para constituir
o seu valor estético, uma vez que a imagem compõe igualmente essa produção,
conforme Turchi (2002).A presença do não verbal na literatura infantojuvenil, a partir
dessas funções, tem o papel de promover a ampliação dos significados do verbal com
sua perspectiva artística (NIKOLAJEVA, 2011, OLIVEIRA, 2008, RAMOS, 2011,
SANTAELLA, 2012), contribuindo, assim, para a polissemia do texto, que é uma
característica importante para garantir a literariedade da obra. Outrossim, o diálogo
entre o verbal e o não verbal implica a condição do livro como suporte híbrido, como
propõe Mastroberti (2007), tendo em vista a possibilidade do livro, enquanto suporte,
proporcionar ao leitor o encontro com diversas linguagens, inclusive as oriundas da
cultura das mídias, conforme Mastroberti (2012). Nesse contexto, André Neves
propõe, através da narrativa verbovisual, discutir na sua obra Tom a problemática do
autismo. Em vista disso, objetiva-se analisar se o diálogo entre o verbal e o visual
proposto pelo autor/ilustrador possibilita a ampliação de horizontes de expectativas do
leitor pretendido no que tange ao tratamento dado na obra à questão do autismo

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O PRÍNCIPE SAPO NA AMAZÔNIA: O CONTO DE GRIMM CONTADO PELO


PROGRAMA TELEVISIVO CATALENDAS DA TV CULTURA DO PARÁ.
Danilo Jose Assunção Da Rocha
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
A televisão, um dos principais meios de comunicação de massa, proporciona aos
espectadores uma gama de opções de acesso à entretenimento, informação e
educação. O presente trabalho analisa o episódio intitulado A Princesa e o Sapo do
programa televisivo infantil Catalendas da TV Cultura, que é uma adaptação do conto
O Príncipe Sapo dos irmãos Grimm. O programa, produzido pela TV Cultura em
parceria com a Companhia paraense In Bust de teatro com bonecos, utiliza o criativo
universo do teatro de bonecos e trabalha o mágico mundo das narrativas populares.
Em todos os episódios do programa, uma personagem que ouve a história apresenta,
ainda nas primeiras cenas, uma situação problemática comum à maioria das crianças.
É nesse momento que a outra personagem, a que conta a história apresenta um conto
que, ao fim do episódio, oferece uma reflexão sobre a situação apresentada
inicialmente. Tal atitude reforça a ideia que, segundo Matos (2014, Apud Candido,
1995), a literatura pode contribuir com o seu poder humanizador para que o leitor seja
levado, ainda que de maneira inconsciente, a buscar, na leitura literária, a reflexão, a
sabedoria, a boa disposição para com o próximo, o afinamento das emoções, a
capacidade de penetrar nos problemas da vida, a compreensão da complexidade do
mundo e dos seres. Desta maneira, o objetivo central do trabalho é analisar como a
estrutura do conto é transposta para o episódio do programa através da adaptação
televisiva, que de acordo com Souza (2014, Apud Seger, 2007), adaptação é uma
maneira de contar uma mesma história em um meio diferente, tendo maior ou menor
aproveitamento da obra original.

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O PROTAGONISMO DA INFÂNCIA EM O MENINO MALUQUINHO, DE ZIRALDO:


INTERFACES ENTRE LITERATURA, ESTÉTICA E SOCIOLOGIA DA INFÂNCIA.
Simone De Cássia Soares Da Silva, Gilvane Reinke
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
A obra O menino maluquinho, de Ziraldo, um clássico da Literatura Infanto-Juvenil
brasileira, com mais de 40 anos de sucesso entre os leitores, desde sua primeira
publicação, sugere, pela qualidade reconhecida, um campo de reflexões relativas à
literatura, estética, sociologia da infância, dentre outras interfaces, que se inscrevem
nos estudos sobre educação, apresentando rompimentos com a normatividade
disciplinadora, incentivando a criatividade, liberdade e autonomia da criança. A obra
de Ziraldo (1980) dialoga com seu leitor, no sentido de lhe conferir protagonismo
social, sobretudo ao construir uma personagem que espelha a grandeza das
meninices, traquinagens, invencionices, e em grande medida se aproxima do que
Corsaro (2011) denominou reprodução interpretativa. Ao se discutirem questões
literárias, tais como enredo, argumento, diegese, inerentes à produção analisada,
verificam-se os nexos que mantêm com conceitos estéticos tais como a mimesis
aristotélica, ou mesmo as linhas de força que atuam sobre o objeto artístico, na
concepção deleuzeana, e que, de modo instigante, coincidem com as proposições das
culturas da infância, nos termos da sociologia contemporânea, em especial as formas
de resistência ao governo adulto. O presente artigo busca sublinhar tais conexões
teóricas, eminentemente lúdicas e poéticas, de modo a contribuir para os estudos de
linguagem, sobretudo pelo que a personagem de Ziraldo representa para a leitura e o
deleite das crianças. Palavras-chave: Infância; Literatura infantil; Sociologia da
infância; Estética; Linguagem. Referências: ARISTÓTELES. Poética. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. CORSARO, William A. Sociologia da infância.
Porto Alegre: Artmed, 2011./PINTO, Ziraldo Alves. O menino maluquinho. São Paulo:
Editora Melhoramentos

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O TRABALHO COM A MEMÓRIA NO ENSINO DE HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS


DO ENSINO FUNDAMENTAL: CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA PARA A
FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA
Rosângela Veiga Júlio Ferreira, Andreia Cristina Teixeira Tocantins, Camila Da Silva
Pinho, Ricardo Vicente Da Cunha Júnior
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Este texto analisa sentidos atribuídos por crianças dos anos iniciais do ensino
fundamental a leituras literárias articuladas ao ensino de História. O eixo da memória,
fundamental no processo de formação da consciência histórica, encontra nas múltiplas
linguagens formas de possibilitar a vivência de experiências que contribuem para a
compreensão da História. Entendemos o texto literário como instrumento que permite
que a criança se forme leitor e, ao mesmo tempo, consiga externalizar sentimentos,
emoções e saberes por meio de experiências com o mundo e com o outro. Trazemos
ao debate dados obtidos por meio de uma prática pedagógica desenvolvida no 3º ano
com livros de literatura que tratavam de brincadeiras do presente, com o foco em
programas de TV. Paralelo aos encontros literários, as crianças responderam a uma
enquete, elencando programas de TV que tinham como protagonistas super-heróis.
Tal ênfase foi tratada nos encontros posteriores possibilitando que as crianças
(re)criassem por meio de desenhos e narrativas orais e escritas. Essas diferentes
fases do trabalho foram registradas em um portifólio, considerado pela pesquisa como
elemento que possibilitou a análise dos sentidos atribuídos por essas crianças quando
estavam no 5º ano. As análises realizadas na perspectiva sócio-histórica permitiram
constatar que a atividade dos super-heróis, em especial, se constituiu em um trabalho
que teve a memória como fator importante na formação da consciência histórica. Isso
porque foi possível identificar elementos que marcaram a percepção temporal, assim
como permanências e mudanças na forma de ver o mundo. Palavras-Chave: Leitura
literária. Memória. Ensino de História.

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O TRABALHO DOCENTE FEMININO: REPRESENTAÇÕES NA LITERATURA


INFANTIL
Rosangela Aparecida Marquezi
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
A literatura infantil tem, há muito tempo, enfrentado o problema de ser considerada um
gênero menor, não merecendo a atenção devida por parte de escritores, críticos e
pesquisadores. Isso leva a certo descaso para com o gênero, o que oportuniza o
surgimento de obras descompromissadas, que se preocupam apenas com uma ética
formativa e não como o discurso estético. A partir dessa constatação, esta pesquisa
se propõe, a partir de um recorte de algumas obras, e do amparo da crítica literária,
especialmente de Coelho (1991; 2000), Zilberman e Lajolo (1985), Perrotti (1986),
dentre outros, a analisar como se se constrói ideologicamente a figura da ―professora‖
nas obras de literatura infantil e como essa representação pode ou não influenciar na
criação de estereótipos. Observa-se que muitos dos livros infantis retratam essa
personagem de uma forma estereotipada, que não corresponde a real figura que atua
nos espaços escolares.

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O UNIVERSO FICCIONAL DE THE WALKING DEAD E A NARRATIVA


TRANSMÍDIA.
Renata Andreolla, Adriane Ester Hoffmann
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
A centralidade da cibercultura na contemporaneidade revela-se não apenas no
potencial dos dispositivos tecnológicos no cotidiano, mas também em sua extensão
cultural, epistemológica e social como desenvolvimento discursivo. Com a chegada
das novas tecnologias, modificou-se a forma de produção, consumo e leitura. As
informações que até então eram disponibilizadas somente por uma mídia, nos últimos
anos passaram a ter seu conteúdo disseminado entre diversos produtos midiáticos. A
isso, denomina-se a cultura da convergência defendida por Henry Jenkins (2009) e
chamada de narrativa transmídia. Assim, este artigo tem como objetivo analisar a
transmidialidade do universo de The Walking Dead, que, a partir das Histórias em
Quadrinhos teve sua extensão em outros formatos midiáticos como: a série de TV e a
web série. A partir dos objetos estudados, os efeitos alcançados apresentam que a
franquia explorada se constitui em uma narrativa transmídia, no qual cada produto
midiático analisado contribui para a formação da narrativa em sua totalidade, além da
presença da ubiquidade, em que um leitor possui a capacidade de ler e transitar pelas
diferentes formas e mídias que o universo se apresenta, produzindo também o seu
próprio conhecimento. Os referenciais teóricos dessa pesquisa baseiam-se na análise
da cultura de convergência e nas narrativas transmídia de Jenkins (2009), Nuñez
(2013) e Santos (2011); cibercultura de Lévy (2003, 2010); no leitor ubíquo de
Santaella (2013); e no que concebe ao universo de The Walking Dead, os trabalhos de
Hattnher (2013), e Bona (2013). A pesquisa observou, registrou e analisou os dados e
buscou concluir a importância do multiletramento e da multimodalidade discursiva no
entendimento total de narrativas transmidiáticas.

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POESIA CONTEMPORÂNEA EM SALA DE AULA: DIÁLOGOS METAPOÉTICOS E


PICTOGRÁFICOS EM ZÔO IMAGINÁRIO
Amanda Ramalho De Freitas Brito, Maria Genecleide Dias De Souza
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
O presente artigo propõe construir uma reflexão sobre a leitura crítica da poesia
contemporânea como um processo que estimula o letramento literário em sala de
aula. Essa perspectiva é fomentada pelo caráter vanguardista das representações
poéticas na contemporaneidade, que através de recursos expressivos burilados pela
influência de outras linguagens (cinema, canção, artes plásticas) produzem um efeito
rítmico e visual, atraindo, principalmente, a atenção do leitor infanto-juvenil. Tais
enviesamentos são repercutidos, por exemplo, na poética de Paulo Leminski ao
reiterar a ilusão do movimento e do enquadramento cinematográfico em Travelling life.
A intersecção entre o verbal e o visual como criação estética fundamenta a poética
pictográfica em Zôo Imaginário. Nesse livro há um jogo metafórico com as imagens de
animais, que passa a representar outros objetos no mundo, reverberando outros
sentidos, amplificados por imagens pictográficas desenhadas pelo artista plástico
Flávio Tavares. No poema ―A garça‖, a imagem da garça encolhendo a perna é
assimilada a imagem do Saci, ideia apontada pelo discurso verbal em diálogo com a
imagem pictográfica do animal. Tendo em vista essas considerações, procuraremos
analisar os aspectos dialógicos e matapoéticos de poemas (―a zebra‖, ―a girafa v‖, ―a
garça‖) retirados do livro Zôo imaginário, de Sérgio de Castro Pinto, investigando
como a relação entre linguagem escrita e imagens pictográficas criam significações
estéticas e promovem a formação crítica do leitor. A base teórica e crítica de nossa
análise perpassam as reflexões tecidas por Halbwachs (1990), Bakhtin (2002),
Kristeva (2005), Pinheiro (2006), Cosson (2007), Stam (2008), entre outros. Palavras-
Chave: Poesia Contemporânea. Crítica. Letramento Literário.

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POESIA ELETRÔNICA: UMA POSSIBILIDADE DE FORMAÇÃO DE LEITORES


Margarete Maria Soares Bin
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Este artigo apresenta uma prática literária atrativa a ser trabalhada com os estudantes
do Ensino Médio, tendo em vista a dificuldade nesta faixa etária de conquistar leitores
e manter os já existentes. A atividade aqui desenvolvida consiste numa estratégia de
leitura, tendo em vista que a maioria dos jovens utiliza da tecnologia em seu dia a dia,
assim é possível fazer uso desse instrumento para motivar esses leitores. Para isso, a
proposta consiste em navegar pela Organização de poemas denominada Eletronic
literature collection, a qual contém três volumes, constando em média 60 poemas em
cada volume. É importante salientar que há autores com textos em língua inglesa,
espanhola e portuguesa, mas neste artigo dar-se-á ênfase aos poemas em língua
portuguesa. Assim, destaca-se: Alckmar Luiz dos Santos, Chico Marinho, ambos
brasileiros e Rui Torres, Pedro Barbosa e Antônio Abernú, portugueses. De tais
poemas pertencentes a esse novo objeto estético, foram selecionados alguns e após
procedeu-se a análise por meio de prints da tela com o intuito de verificar o que pode
ser explorado, interpretado, como é construído, já que se apresenta uma
reconfiguração literária, com recursos do computador, de forma que é possível entrar
em contato com poemas criativos, recreativos e com vários temas. Dessa maneira, é
possível perceber por meio das teorias estudadas e da prática registrada, que por ser
uma nova forma de ler, ouvir e interpretar poemas, tal prática vai ao encontro das
expectativas dos estudantes e por isso torna-se uma forma interessante para formar
leitores. Palavras-Chave: Leitura, Literatura. Poemas.

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PRÁTICA LEITORA: NARRATIVAS EM MÚLTIPLAS LINGUAGENS


Grazielle Tavares
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
A pesquisa em questão se refere às influências que a prática leitora – Narrativas em
Múltiplas Linguagens – apresentada pela pesquisadora, suscita em alunos do terceiro
ano das séries iniciais do Ensino Fundamental de uma escola pública na periferia da
cidade de Curitiba. Objetiva-se verificar como estratégias leitoras desenvolvidas por
meio de suportes multimidiais, favorecem e contribuem à formação do leitor. O estudo
está embasado nos preceitos teóricos de Santaella (2004, 2010, 2013), Lévy (2010a,
2010b), Rojo (2012), entre outros. Sua natureza é qualitativa, desenvolvida,
primeiramente, como pesquisa bibliográfica assumindo as peculiaridades de uma
pesquisa-ação, propiciando à investigadora interferir na realidade pesquisada,
interagindo com os 24 alunos selecionados. Como procedimentos técnicos utilizaram-
se análise dos documentos que permeiam a prática educativa na escola, entrevistas
com o público alvo e intervenção da pesquisadora, por meio de experiências leitoras
aplicadas à turma que participou do estudo. Com a pesquisa descobriu-se que
narrativas em múltiplas linguagens instigam a criatividade por meio da construção de
história em suportes tradicionais e tecnológicos. Contudo, para trabalhar com a leitura
em sala de aula, será necessário oferecer ao professor materiais de leitura
diferenciados, bem como formação, para que saibam utilizá-los. Ademais, será
indispensável disponibilizar equipamentos tecnológicos que estejam em pleno
funcionamento, e que não haja empecilhos para usá-los. Palavras-chave: Práticas
leitoras. Leitura e tecnologia. Formação leitora.

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PRODUÇÃO NARRATIVA ORAL DE CRIANÇAS E O TEXTO LITERÁRIO


Karin Cozer De Campos
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
O trabalho trata sobre a relação produção narrativa oral de crianças e o texto literário.
O objetivo é discutir como o texto literário pode contribuir e potencializar a produção
narrativa oral das crianças no ambiente escolar. Toma-se como referência a pesquisa
de doutorado desenvolvida com um grupo de crianças com idade entre 09 e 10 anos
de uma escola pública. A investigação se insere numa abordagem de pesquisa
qualitativa e pode ser caracterizada como uma pesquisa narrativa, que se orientou
pelos princípios do fazer pesquisa com crianças. A principal estratégia metodológica
foram oficinas de criação de histórias para estimular a produção de narrativas orais a
partir das experiências vividas pelas crianças. As oficinas de criação de histórias foram
organizadas para estimular as crianças a narrarem suas experiências e a partir disso
algumas estratégias se criaram no desenvolver do trabalho com elas, como foi o caso
das oficinas que tiveram como recurso obras da Literatura Infantil. Assim, foi o
encontro com o texto literário que motivou as crianças a produzirem histórias que
envolveram lembranças importantes para elas. Alguns resultados da pesquisa
apontam que a narrativa não apenas expressa experiências, mas também as cria, e
ouvir e narrar histórias se tornou para as crianças, também, um processo de criação.
Neste contexto, um aspecto importante das produções narrativas orais das crianças é
o texto literário, que se tornou história potência para elas. Isto é, a possibilidade de
fazer da narrativa literária uma narrativa pessoal. As crianças tomaram o texto literário
como referência, reelaboraram-no e criaram as suas próprias histórias, contidas de
suas experiências, inspirando suas produções narrativas orais e seus processos
criativos e imaginários.

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SAGAS FANTÁSTICAS DISTÓPICAS NA LITERATURA JUVENIL


CONTEMPORÂNEA
Pedro Afonso Barth
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
Sagas fantásticas são narrativas que mobilizam um paracosmos - um universo
autoconsciente que mobiliza arquétipos e mitologias e os reconfigura com influências
da contemporaneidade. Grande parte delas possui um caráter distópico: são
narrativas que passam em mundos a um passo da destruição. Zumbis, Vampiros,
criaturas devoradoras de almas são alguns dos mitos mobilizados por essas sagas.
Nos últimos anos, escritores brasileiros estão escrevendo muitas sagas,
especialmente focadas no público juvenil. Este trabalho tem o objetivo de verificar
como sagas fantásticas brasileiras são constituídas, se são estruturadas por
elementos estrangeiros ou se apresentam marcas de brasilidade. Para tanto,
analisaremos três possíveis sagas distópicas contemporâneas. Elas são Sombras do
Medo de Camila Pelegrine, A noite Maldita de André Vianco e Vale dos Mortos de
Rodrigo de Oliveira e mobilizam em sua constituição respectivamente, demônios,
vampiros e zumbis. Após a análise, verificamos que cada uma das obras apresenta
diferentes enfoques: uma delas não apresenta nenhum tipo de marcador de espaço, é
uma obra que poderia acontecer em qualquer espaço, na construção do texto não há
nenhuma pista que é uma obra escrita por um autor brasileiro. Nas outras dúvidas,
acontece o oposto, as sagas realmente se passam no Brasil e tem elementos
genuinamente brasileiros. De qualquer maneira, tais distopias apresentam reflexos de
medos e pessimismos que refletem a atual realidade brasileira.

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ZOOM NA POESIA: PRÁTICAS MULTILETRADAS NA FORMAÇÃO DE LEITORES


Paulo Henrique Machado, Maria De Lourdes Rossi Remenche
Eixo Temático 06: Literatura infantil e juvenil e as múltiplas linguagens - Comunicação
Oral
O presente trabalho analisa o modo como as Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação (TDIC) exploram novas formas de produzir conhecimento e,
consequentemente, impactam os modos de produção e leitura do texto literário
direcionado ao público infantojuvenil. No ciberespaço, a leitura e a escrita recebem
configurações eletrônicas que possibilitam novas experimentações literárias e, dentre
os gêneros discursivos em ambiente digital, a ciberpoesia utiliza em sua composição a
hibridização de recursos multissemióticos, que não só congregam a linguagem escrita,
a imagem, o som e o movimento, mas também propiciam interatividade e participação
ativa do leitor-navegador. Considerando tais aspectos, este artigo tem como objetivo
analisar a multiplicidade de semioses que constitui esses objetos multimodais e as
possibilidades de produção de sentido envolvidas no uso da ciberpoesia como prática
de letramento literário disponibilizada pelo projeto "Zoom na Poesia", de
Ana Cláudia Gruszynski e Sérgio Capparelli, presentes no site capparelli.com.br.
Trata-se de pesquisa qualitativa, cujo arcabouço teórico-metodológico se apoia nos
estudos dos Multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2009; KLEIMAN, 2014),
Ciberliteratura (BARBOSA, 1996), tipos de leitores e usuários da contemporaneidade
(SANTAELLA, 2004), Letramento literário (COSSON, 2014), entre outros. Os
resultados obtidos evidenciam que os processos interativos explorados nas
ciberpoesias ampliam as possibilidades de produção de sentidos, uma vez que o
emprego de linguagem híbrida e hipermidiática se incorpora à gênese do texto e
potencializa os processos de produção de sentido pelo leitor-navegador que pode
atuar como cocriador do texto, interferindo em sua organização.

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O COMPLEXO EDIPIANO NOS CONTOS DE FADAS: UMA ANÁLISE


PSICANALÍTICA EM PELE DE ASNO
Francinilda De Brito Santos, Victor Medeiros Oliveira
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Apresentação de
Pôster
Os estudos psicanalíticos dos contos de fadas tem conquistado um considerável
espaço ao longo da história da literatura infantil. Com um olhar atento para questões
polêmicas que por muito tempo passaram despercebidas, os pesquisadores dessa
área esmiúçam os textos e revelam que problemáticas podem estar inseridas no
contexto das narrativas adaptadas para o público infantil. Como exemplo disso, temos
o conto ―Pele de Asno‖, de Charles Perrault, o qual apresenta uma relação incestuosa
entre pai e filha, em que desejo consciente do pai pela filha fica evidenciado. Pela
época em que o conto foi publicado (1694), compreendemos que nesse período as
discussões científicas sobre sexo e sexualidade não existiam e as relações
incestuosas eram rechaçadas. Partindo do viés psicanalítico, desenvolveremos um
estudo que visa abordar o complexo edipiano presente na narrativa, o qual pode ser
observado a partir da relação incestuosa e da ideia de abuso sexual entre pai e filha.
Nossa abordagem metodológica partirá de uma análise comparativa, entre o conto e a
questão parental na tragédia grega, evidenciando que nesta o incesto aparece como
um pecado e naquele, esse tipo de relação não era proibido. Para fundamentar as
nossas discussões, utilizaremos como suporte teórico os estudos desenvolvidos por
Freud (1996), Bettelheim (2006), Corso (2006) e Hirotsu (2011).

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ORA, DIREIS, (NÃO) OUVIR JUDEUS? MEMÓRIA E IDENTIDADE JUDAICAS EM


PÁGINAS DA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL
Lucas Silvério Martins, Silvana Augusta Barbosa Carrijo
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Apresentação de
Pôster
O presente trabalho apresenta-se como um panorama de um projeto de iniciação
científica cujo objetivo é analisar cinco obras literárias infantis e juvenis, lançadas a
público a partir da segunda metade do século XX, que contemplam como tema central
a identidade e a memória judaicas, mais especificamente as associadas ao
Holocausto (Shoah), à diáspora e às tradições judaicas, sendo elas: O reencontro
(1971), de Fred Uhlman; Anjo da morte (1988), de Pedro Bandeira; O barbeiro e o
judeu da prestação contra o sargento da motocicleta (2007), de Joel Rufino dos
Santos; Escondendo Edith (2009), de Kathy Kacer; e Navio das cores (2009), de
Moacyr Scliar. A metodologia para o desenvolvimento do trabalho consiste em 1)
pesquisa bibliográfica de aportes teóricos que contemplam tanto os temas
supracitados quanto questões históricas e politicas relacionadas ao povo Judeu; 2)
análises literárias das obras selecionadas, à luz dos aportes teóricos e norteada por
eixos investigativos, tais como a busca do como ocorre a configuração da identidade e
memória, o leque de estratégias literárias empregadas pelos autores, entre outros.
Dos resultados parciais já encontrados, destacam-se pontos que pactuam com
aportes teóricos selecionados como base para o desenvolvimento do trabalho, no que
se refere à memória universal da Shoah, além de enredos que apresentam o tema de
modo singular, expressos por meio de estratégias literárias e visuais, como ilustrações
bastante peculiares e até mesmo obras de arte, e linguagem de acordo com a
esperada para obras potencialmente direcionadas ao público infantil e juvenil, além de
uma presença da voz de protagonistas crianças e adolescentes nas obras. Palavras-
Chave: Literatura infantil e juvenil. Memória. Judaísmo.

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PERSPECTIVAS SOCIAIS DA CRIANÇA EM "A BOLSA


AMARELA": O LEITOR SOB A ÓTICA DA ESTÉTICA DA RECEPÇÃO E DA
TEORIA DO EFEITO

Jéssika Vales Laranjeira


Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Apresentação de
Pôster
Este trabalho tem como objetivo conhecer as perspectivas sociais do universo infantil
a partir da obra ―A Bolsa Amarela‖, de Lygia Bojunga, além de relacionar a recepção
de leitores na infância à Estética da Recepção de Hans Robert Jauss, considerando
suas sete teses de compreensão das matrizes estéticas para o leitor, bem como à
Teoria do Efeito de Wolfgang Iser, diante da abordagem sobre estranhamento e
identificação, considerando a importância da discussão de problemáticas sociais como
machismo, tradicionalismo, proselitismo e marginalização da infância, temas presentes
na obra e de discussão necessária na formação do pensamento crítico do leitor desde
criança. A partir de pesquisas bibliográficas, foi traçado um sucinto histórico da
literatura infantil desde a antiguidade clássica até a atualidade brasileira, destacando a
produção de Lygia Bojunga, em especial ―A Bolsa Amarela‖. Deste modo, a
metodologia foi elaborada visando integrar a análise teórica à análise prática, sendo
esta desenvolvida por meio da observação sistemática participativa de um grupo de
crianças entre nove e dez anos, realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental
Cinderela, localizada no bairro Paar, em Ananindeua – PA. Os resultados obtidos são
apresentados de acordo com cada temática mais relevante da obra: primeiro a análise
dos aspectos sociais presentes no texto, além da relação histórica e, paralelamente, a
análise a partir da recepção da obra em seus aspectos sociais; em seguida, a relação
de êxito destes dados com as matrizes estéticas de Jauss e Iser.

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PRÁTICA DE LEITURA DOS ADOLESCENTES: PRECONCEITO E DESAFIOS DO


PROFESSOR
Jaqueline Fernanda Pereira, Erica Volpini Jerônimo
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Apresentação de
Pôster
Esta pesquisa buscou emergir a literatura suprimida em estudantes do Ensino
Fundamental II, promovendo uma análise a respeito de suas preferências de leitura,
suas limitações e conhecimentos acerca da literatura, bem como suas práticas de
leitura. Dessa forma, foi necessário explorar o papel e influência do professor de
literatura nesse processo de conhecimento, suas resistências, incentivo e motivação à
leitura, e ainda, de que forma isto é apresentado e abordado em sala de aula. O que
resultou em respostas que denotam o preconceito literário do professor a alguns tipos
de leitura, destarte, o impacto disso no estudante leitor e uma certa resistência de
leitura aos clássicos da literatura brasileira refletido pelo trabalho do professor em sala
de aula. Nesse contexto, este trabalho de caráter quanti-qualitativo, exploratório e
interpretativo estruturou-se em pesquisa bibliográfica e sondagem por coleta de dados
a partir de um questionário que consistiu-se em dez perguntas, cujo a amostra foram
de vinte e cinco alunos, entre 13 a 15 anos. Face a isso, elencamos possíveis formas
de superação do trabalho do professor nas abordagens de leitura a partir do meio
sociocultural onde o aluno está inserido. Palavras-Chave: Literatura infanto-juvenil.
Preconceito Literário. Desinteresse Literário.

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PRINCIPES E PRINCESAS - DA TORRE À RUA: SÍMBOLOS, PROJETO


AXIOLÓGICO E HOMOAFETIVIDADE
Samira Dos Santos Ramos
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Apresentação de
Pôster
Este trabalho está inserido na área de literatura infantil e sociedade e tem como
objetivo discutir a apropriação de personagens como o príncipe e a princesa e a
estrutura do conto popular – Forma literária legitimada como transmissora de valores –
por obras da literatura infantil que apresentam um projeto axiológico considerado
controverso por parte da sociedade. Para tanto, apresentamos como corpora as obras
Koning & Koning (2002), de Haan e Nyland, e A Princesa e a Costureira (2015), de
Leslão, em que as personagens realizam-se no amor através de uma relação
homoafetiva. Para discutir a relação dialógica entre os processos de validação do
projeto axiológico através da apropriação do símbolo e de atualização dos valores que
este símbolo representa, usou-se como aporte metodológico o comparativismo literário
e como aporte teórico as obras de Cândido (1980), Coelho (2000a; 2000b; 2008),
Darton (1996), Jolles (1976) e Luna (1996). Consideramos que a recepção das obras
foi limitada através de diversas estratégias de censura, configurando uma validação
parcial enquanto literatura infantil. A apropriação dá Forma conto, por sua vez, ocorre
de forma diversa em cada uma das obras. Em A princesa e a Costureira, o símbolo
não é atualizado, pois a homoafetividade é algo estranho à princesa, gerando conflitos
verossimilhantes aos que geralmente ocorrem em nossa sociedade. Em Koning &
Koning, podemos afirmar que a metáfora literária atualiza o símbolo ao usar recursos
literários do conto de fadas para estabelecer a lógica interna do conto. Palavras-
Chave: Literatura Infantil. Valores. Homoafetividade.

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A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: O POVO DO MEL


Clarice Karen De Jesus, Priscila Barboza Gomes De Souza
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Este artigo visa relatar uma pesquisa desenvolvida em uma escola pública do interior
do Mato Grosso do Sul, na qual há uma aldeia indígena Ofaié e vários alunos dessa
aldeia frequentam a escola no ensino fundamental II. Por meio de um projeto
interdisciplinar, foi inserido em todas as disciplinas os conteúdos relacionados a
literatura indígena, com base no livro ―O povo do mel‖, cujos relatos foram escritos por
pesquisadores e antropólogos. Como resultado desta pesquisa a escola tornou – se
um ambiente mais inclusivo, que passou a enxergar com outros olhos a comunidade
indígena, com base nos trabalhos realizados nas diversas disciplinas do currículo.
Foram feitas várias observações das aulas, entrevistas semiestruturada com os
professores e uma análise da apresentação final do projeto. Para embasar este
trabalho os autores utilizados foram: Bergamashi (2013), Pimentel (2012), Munduruku
(2012), dentre outros. Essa tribo indígena faz parte da comunidade e ao desvendar
sua cultura, tradições e sua história foi possível esclarecer fatos sobre a fundação do
município. Palavras-Chave: Literatura. Inclusão. Interdisciplinaridade.

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A LITERATURA INFANTIL E O MEDO: REPRESENTAÇÕES EM O PEIXE PIXOTE,


DE SÔNIA JUNQUEIRA, E O GATO E O ESCURO, DE MIA COUTO.
Vera Regina Vargas Dupont
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
O presente trabalho tem o objetivo de analisar as representações do medo nas obras
O Peixe Pixote, da escritora brasileira Sonia Marta Junqueira, e O Gato e o Escuro, do
moçambicano Mia Couto. O peixe Pixote, que vivia triste e amedrontado por morar
num lago escuro e feio, um dia dá-se conta de que a escuridão só acontecia porque
ele sempre havia nadado de olhos fechados. Do mesmo modo, há uma ressignificação
do escuro na vivência do gato Pintalgato, após abrir os olhos e acordar de um sonho.
O medo do escuro, deste modo, é enfrentado pelas personagens, verificando-se,
deste modo, a importância da literatura infantil para possibilitar à criança o
enfrentamento de seus medos, através de uma linguagem metafórica, uma vez que é
seu papel desenvolver nas crianças um espírito analítico e crítico. Para a consecução
desta análise, o trabalho fundamenta-se nas considerações teóricas de Regina
Zilberman (1984), e Jean Delumeau (1989) e Zygmunt Bauman (2008). Literatura
Infantil. Medo. Enfrentamento.

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A MORTE COMO NEGAÇÃO E CONFIRMAÇÃO DA VIDA: UMA ANÁLISE


COMPARATIVA ENTRE A OBRA MEU AMIGO PINTOR DE LYGIA BOJUNGA
NUNES E DOIS PASSOS PÁSSAROS. E O VOO ARCANJO DE NILMA
GONÇALVES LACERDA.
Juliana Leopoldino De Souza Cruz
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
A morte em nossa sociedade é, muitas vezes, considerada um tabu, principalmente a
morte causada pelo suicídio, um assunto de adultos, demasiadamente mórbido e
pesado para as crianças e adolescentes. Porém, alguns autores contemporâneos de
literatura infanto-juvenil conseguem quebrar esta barreira e tratam desse tema com
maestria. Dentre eles, podemos destacar Lygia Bojunga e Nilma Gonçalves Lacerda,
com suas respectivas obras Meu Amigo Pintor e Dois passos pássaros. E o voo
arcanjo. O objetivo do presente artigo é tecer uma análise comparativa de como a face
da morte é apresentada por ambas as obras. Para embasar tal foco, traremos
Elisabeth Kubler Ross, com sua obra Sobre a Morte e o Morrer, algumas
considerações de Philippe Àries em O homem diante da morte e as ideias difundidas
por Ernest Becker em A Negação da Morte – Uma abordagem psicológica sobre a
finitude humana. Ross enfatiza, entre outras coisas, a reação da sociedade diante do
fenômeno morte e seu possível impacto para criança. Àries, evidencia a questão da
consciência da morte e da recepção angustiante, dolorosa e repugnante da mesma,
para a sociedade ao longo da história e Becker tece a união da perspectiva
psicológica e mítico-religiosa, usando como ponto de partida a problemática do
heroísmo na sociedade contemporânea. As obras literárias em questão trazem
consigo uma série de representações simbólicas, que serão lidas sob a ótica do
imaginário e do simbólico tratados por Edgar Morin em A integração cultural. Cultura
de massas no século XX. O espírito do tempo. Alguns trabalhos já apresentados sobre
uma das autoras também serão considerados neste estudo, como Álbum de todos os
matizes, de João Luis Ceccantini e A Morte : seu sentido e sua expressão em
narrativas Infanto-juvenis, de Lia Cupertino Duarte.

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A MORTE NOS CONTOS DE FADA: UM ESTUDO SOBRE “O ESTRANHO


PÁSSARO”, DE ROSANA RIOS
Jaine De Sousa Barbosa, Jhennefer Alves Macedo, Márcia Tavares Silva
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
O conto de fadas é um gênero textual presente, desde muito, na vida de crianças,
jovens e adultos, e possui temáticas variadas em seus enredos. Dentre inúmeras,
como o amor, conflitos familiares, perdas, etc, uma bastante recorrente nos atraiu a
atenção: a morte. Ela aparece frequentemente nos contos de fadas, seja como
coadjuvante, seja como protagonista. Há textos em que é retratada simbólica ou
metaforicamente, e outros em que aparece de modo cruel e descrito com detalhes,
como no conto O estranho pássaro, do livro Contos de fadas sangrentos, de Rosana
Rios (2013), corpus escolhido para o presente trabalho. Nossa proposta interpretativa
e bibliográfica busca analisar as marcas ficcionais da morte no texto acima
mencionado. Assim, observaremos como, através da voz narrativa, se constroem as
configurações dos modos de matar e analisaremos a construção da ambientação nos
espaços em que a morte acontece. Para tanto, realizamos a leitura do corpus
escolhido, destacando os trechos em que a morte aparece, recolhemos aportes
teóricos que pudessem fundamentar nossas observações e traçamos um percurso
histórico acerca do objeto de estudo, da literatura infantil até chegarmos aos contos de
fadas, para que, no momento de análise do conto, pudéssemos compreender como a
morte pode ser nele representada. Com a leitura empreendida, percebemos que a
narrativa analisada traz o evento representado enquanto vingança, punição e ato de
crueldade e rompe com a ideia de que, em se tratando do público infantil e juvenil, o
morrer deve aparecer somente como acessório ao texto, e não como parte central
dele.

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A PRINCESA SABICHONA: PERFORMAÇÕES DE GÊNERO NA LITERATURA


INFANTIL
Henrique Magalhães Dos Santos, Juan Messias Souza Santos, Mônica De Menezes
Santos
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Este trabalho pretende discutir questões de gênero presentes no livro infantil A
princesa sabichona, da escritora e ilustradora Babette Cole, flagrando o lugar ocupado
pelos corpos performatizados na narrativa. Narrativa essa que, pela via da sátira,
desconstrói e denuncia estereótipos femininos e masculinos que encontram-se nos
contos clássicos e em suas diversas adaptações. Nesse mesmo movimento, pretende-
se surpreender também aqueles elementos estereotipantes que permanecem
presentes no objeto de análise (repetindo-se na diferença), bem como flagrar questões
de gênero, sexualidade, identidade, cultura, poder, representação, performance,
corpo, infância e discurso presentes na obra. Para tanto, será utilizado vasto aporte
teórico, recorrendo-se a noções presentes nos estudos literários e nos estudos
culturais, bem como nas discussões de gênero levantadas pelas teorias feministas —
com enfoque especial às proposições de Guacira Lopes Louro e às reflexões de
Chimamanda Ngozi Adichie. Além disso, serão ativadas discussões sobre: literatura
infantil e crítica literária, abordadas por Peter Hunt; especificidade do livro ilustrado, a
partir de Maria Nikolajeva e Carole Scottas; diferença e repetição, na perspectiva de
Gilles Deleuze; cultura, identidade e representação, de acordo com Stuart Hall. No que
concerne ao conceito de representação, buscar-se-á discuti-lo em contraponto à
noção de performance e literatura proposta por Regina Dalcastagnè. O propósito do
trabalho é, enfim, empreender uma leitura a contrapelo, tal como sugere Walter
Benjamin, da obra A princesa sabichona. Palavras-Chave: Literatura infantil, Questões
de gênero, Performance e literatura.

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AQUELE QUE ACREDITA EM RÓTULOS, NO MAIS DAS VEZES SE ENGANA: O


POLITICAMENTE CORRETO NA LITERATURA INFANTIL
Vita Ichilevici
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Partindo do pressuposto de que o livro, em especial aquele destinado à criança, não
deve ser usado como instrumento de doutrinação, o objetivo da pesquisa é analisar as
implicações do fenômeno do politicamente correto na literatura infantil. Trata-se de
pesquisa teórica, que demanda, inicialmente, a discussão do sentido atribuído a
aspectos tais como: literatura infantil, ética e moral (termos comumente utilizados
como sinônimos), politicamente correto (conceito bastante disputado), concepção
social da infância e formação moral da criança. De forma clara ou velada, conceitos
éticos e morais estão, desde sempre, presentes, em livros dirigidos à criança. Livros
esses escritos por adultos que servem, ainda que de forma não intencional, como
mecanismos de controle e formadores de opinião. Sabe-se, no entanto, que, do ponto
de vista, tanto da teoria psicogenética quanto sociocultural, o aprendizado moral da
criança é significativo se ocorre tão-somente através de um processo de construção e
internalização, e não a partir de regras e interdições. Assim, assumindo como
verdadeira a hipótese de que a literatura contribui para a constituição da criança como
sujeito, devemos considerar como centrais a recepção e a apropriação nesse
processo, que se dá a partir de uma relação dialógica, tanto com a obra quanto com o,
sempre presente, adulto mediador. Com a firme crença no poder emancipatório da
literatura, que pode colaborar para que o leitor se liberte de suas limitações e
prejuízos, procura-se refletir a respeito da adequação e eficiência da modificação da
linguagem – e, por vezes, de enredos – de livros infantis para a diminuição de
preconceitos sociais.

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A QUESTÃO DA PEDOFILIA NA LITERATURA INFANTO-JUVENIL: UMA ANÁLISE


DA OBRA O GORDO CONTRA OS PEDÓFILOS, DE JOÃO CARLOS MARINHO
Ana Suellen Martins
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
João Carlos Marinho (1935-) é um dos grandes nomes da literatura infanto-juvenil
brasileira ainda em atividade. Ficou conhecido no cenário literário pela série A turma
do Gordo, que é composta por treze obras: O gênio do crime (1969), O caneco de
prata (1971), Sangue fresco (1982), O livro da Berenice (1984), Berenice detetive
(1987), Berenice contra o maníaco janeloso (1990), Cascata de cuspe (1992), O
conde Futreson (1994), O Disco (1996), A catástrofe do Planeta Ebulidor (1998), O
gordo contra os pedófilos (2001), Assassinato na literatura infantil (2005) e O fantasma
da Alameda Santos (2015). A linguagem e o estilo adotados por Marinho em suas
obras conferem originalidade aos seus livros ao se valer do exagero, do nonsense e
da perspectiva carnavalizada. O personagem principal é o Gordo ou Bolachão, que,
junto com seus amigos da escola, resolve os mais diversos e intrigantes crimes. Em O
gordo contra os pedófilos (2001), a turma irá desvendar o paradeiro de Berenice,
membro da turma e namorada do Gordo. João Carlos Marinho aborda a questão da
pedofilia e da pornografia infantil. A turma acompanha pelo noticiário que algumas
meninas desaparecem misteriosamente. A Berenice é sequestrada e obrigada, junto
com outras meninas, a fazerem cenas sensuais enquanto são filmadas. O Gordo e
seus amigos serão responsáveis pelo resgate de sua namorada. Este trabalho,
portanto, tem como objetivo, analisar o modo como é abordada a questão da pedofilia
pelo autor, pensando que a obra é voltada para o público infantil e juvenil. Palavras-
Chave: Pedofilia. João Carlos Marinho. Turma do Gordo.

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A REPRESENTAÇÃO DA DEFICIÊNCIA VISUAL NA OBRA “TODA LUZ QUE NÃO


PODEMOS VER” DE ANTHONY DOERR
Lívia Silva E Viana
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
O presente artigo tem como tema central a representação que é dada à deficiência
visual na obra ficcional ―Toda luz que não podemos ver‖ (All the Light We Cannot
See), do autor norte-americano Anthony Doeer, que foi publicado no ano de 2015 no
Brasil pela Editora Intrínseca. A pesquisa é de cunho qualitativo e propôs em seu
objetivo geral compreender como um personagem com deficiência visual é
representado no livro, sem considerar os aspectos metafóricos; E tem os seguintes
objetivos específicos: descrever como a representação da deficiência visual é
abordada na narrativa do livro; elaborar um perfil do personagem com deficiência
visual no livro; enunciar se existem inverossimilhanças ao representar o personagem
com deficiência visual na obra. A pesquisa tem como fundamentação teórica estudos
sobre representação literária. Para alcançar os resultados foi necessário utilizar da
Análise de Conteúdo, e esses revelaram que os temas vinculados à deficiência visual
são em torno de assuntos como: braille, bengala branca, desenvolvimento de
percepção tátil, olfativa e auditiva, orientação e mobilidade e a localização de
alimentos para cegos, além disso, ocorreram algumas inverossimilhanças ao se
retratar a mobilidade da pessoa com deficiência visual. Palavras-Chave: Literatura
juvenil. Deficiência visual. Representação.

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A REPRESENTAÇÃO DO FEMININO EM VITÓRIA VALENTINA, DE ELVIRA VIGNA


Ana Paula Serafim Marques Da Silva, Cristina Rothier Duarte, Daniela Maria
Segabinazi, Valnikson Viana De Oliveira
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Na Literatura infantil e juvenil, a imagem caracteriza-se por ser um recurso bastante
relevante para o desenvolvimento do jovem leitor. Podendo assumir a função de
complemento visual, aguçando a percepção e proporcionando o divertimento, muitas
vezes a ilustração ultrapassa esse papel, ganhando uma magnitude na obra literária
tão importante quanto o dito por meio da escrita. Nessa perspectiva, propomos
apresentar uma leitura da representação feminina em Vitória Valentina (2016), da
autora e ilustradora Elvira Vigna. Nessa obra, uma novela gráfica juvenil que trata de
vários temas polêmicos, a autora se utiliza de recursos ilustrativos próprios das
histórias em quadrinhos, como a quadrinização, os balões, as onomatopeias, contudo
não se limita a eles. Elvira Vigna recorre também a elementos da arquitetura e da
caricatura, ao mesmo tempo em que se utiliza de gêneros textuais de forma ilustrada,
tudo diretamente conectado com a história que pretende contar e envolver o leitor.
Diante de toda a diversidade visual que a obra traz, nosso objetivo é identificar,
caracterizar e analisar os recursos empregados pela artista para representar a
protagonista feminina. Para fundamentar o nosso trabalho, valemo-nos de estudos
analíticos das ilustrações para a Literatura, da teoria das histórias em quadrinhos e de
estudos sobre a representação da mulher na Literatura. A metodologia utilizada será a
pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo-interpretativo. Como resultado parcial,
observamos que a figura feminina central é representada como uma personagem de
resistência, à medida que rompe com alguns paradigmas das representações
românticas da Literatura infantil e juvenil, o que é fortemente reforçado por meio das
ilustrações de Elvira Vigna.

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AS ESCOLHAS DE LEITURA DOS JOVENS: RECONHECENDO OUTRAS


PRÁTICAS DE LETRAMENTO
Mariana Cristine Gonçalles
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Nesse artigo, o objetivo é discutir as razões de escolhas de leitura feitas pelos jovens
atualmente. Para tanto, considerando as diversas práticas sociais em que eles se
inserem, foi delimitado um corpus a partir de duas esferas sociais de leitura com as
quais acredita-se que esses leitores tenham maior contato: as narrativas infantojuvenis
brasileiras – aquelas que circulam, principalmente, nos ambientes escolares – e as
narrativas da indústria cultural – os best-sellers. Para a seleção das primeiras,
delimitou-se o corpus a partir das obras enviadas às escolas pelo Programa Nacional
Biblioteca da Escola (PNBE), dando preferência apenas às narrativas de parte do
Acervo 2013 destinada aos anos finais do Ensino Fundamental, e, para as últimas,
foram selecionados os best-sellers mais lidos conforme o site Skoob, a partir do qual
se buscou os maiores índices de leitura de ambas. A pesquisa se baseou, portanto, na
teoria do letramento e nos estudos sobre práticas de letramento para delimitar essas
duas esferas de leitura distintas e autores, como Brian Street, Angela Kleiman,
Roxane Rojo, compuseram a base teórica deste trabalho. A discussão partiu da
premissa de que os jovens preferem a leitura de narrativas de indústria cultural à
leitura de narrativas infantojuvenis brasileiras. Em termos de resultados, percebeu-se
a existência de algumas categorias narrativas semelhantes entre as duas esferas
sociais de leitura, o que demonstra certa aproximação entre elas, desconstruindo a
afirmação de que são duas produções literárias distintas. Entretanto, também,
encontraram-se dados que fazem acreditar que as narrativas da indústria cultural
auxiliam no processo de identificação e formação do leitor com mais efetividade,
justificando as escolhas de leitura do público.

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A TEMÁTICA DA MORTE E DO ASSASSINATO EM A MULHER QUE MATOU OS


PEIXES
Maria Alice Sabaini De Souza Milani
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
A escritora Clarice Lispector tem sido reconhecida pela crítica de sua produção
literária como uma escritora que prioriza as sensações, sentimentos e repercussões
dos fatos em suas personagens e vale-se desse intimismo para propor que não só a
personagem, como também o leitor se modifiquem e reflitam sobre suas posturas
diante dos impasses que tanto a vida real, como a ficcional nos apresentam. Sendo
assim, este trabalho, de cunho bibliográfico, tem como objetivo analisar os
procedimentos utilizados pela escritora para tratar da temática da morte e do
assassinato no livro A mulher que matou os peixes. Para tanto, é interessante
ressaltar, como resultado parcial, que a morte de um animal é uma temática que
também faz parte de seus livros para jovens e adultos. No entanto, ao se dirigir ao
leitor infantil, a escritora faz uso de uma maior interatividade com o leitor por meio de
questionamentos que a narradora formula para seus leitores. Além disso, também é
relevante a exemplificação, numa tentativa de criar um elo entre o dilema vivido pela
protagonista e o mundo do qual o leitor faz parte, havendo, dessa forma, uma
transposição do mundo ficcional para o mundo real. Entretanto, o procedimento mais
interessante na exposição e no tratamento dessa temática é o uso do flashback e da
inserção de diversos fragmentos de estórias na construção da narrativa principal,
numa tentativa de aliviar a tensão vivida pela narradora e adiar a revelação de que a
protagonista foi a assassina dos peixes. Para o embasamento teórico dessa
comunicação utilizarei Nunes (1989), Coelho (2000), Zilberman (2003), Faria (2004),
entre outros.

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CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA NA OBRA DE ANA MARIA MACHADO


Josenildo Gomes Do Sacramento, Roberto Belo
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Este trabalho busca discutir, através de uma leitura crítica e numa perspectiva
multiculturalista, duas obras infantojuvenis de Ana Maria Machado, a saber, Bem do
seu tamanho (2003) e Menina bonita do laço de fita (2000). Essas duas obras trazem
como protagonista a figura feminina, sendo uma negra, outra branca; uma com
identidade firmada, outra em conflito. Machado (2000, 2003) faz um contraponto
positivo sobre como se constrói nossa identidade ao longo do tempo. Nesse sentido, o
multiculturalismo analisa justamente essas mudanças demográficas que têm, de certa
forma, ―conturbado‖ as sociedades contemporâneas no que se refere às diferenças
relativas à raça, etnia, gênero, sexualidade, cultura, religião, classe social, idade,
necessidades especiais e/ou outras dinâmicas sociais. Assim, buscamos em Candau
& Moreira (2010) o entendimento teórico para um diálogo crítico e construtivo referente
às obras analisadas, pois o Multiculturalismo trabalha contra a opressão e a
discriminação a que certos grupos minoritários têm sido, historicamente, submetidos
por grupos mais poderosos e privilegiados. Levamos em consideração a necessidade
de reflexões sobre a identidade nos dias de hoje, sobretudo diante desse mundo
globalizado, que nos deixa numa verdadeira crise de identidade. Sabendo que os
conteúdos curriculares são mais bem apresentados quando o texto é levado à reflexão
por todos, e, quando compartilhado, ultrapassa muitas vezes a sala de aula, propomos
dialogar também sobre a importância do professor enquanto mediador de leitura, pois
o docente hoje deve priorizar e se apropriar dos mais variados tipos de letramento
através dos diferentes gêneros textuais, priorizando a leitura, a produção de textos e a
oralidade. Palavras-Chave: Ana Maria Machado. Literatura.

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DEZ SACIZINHOS: UMA DAS TRILHAS PARA REFLETIR A MORTE NA


LITERATURA
Gisele Maria Costa Souza, Gabriella Santos Ramalho
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Essa investigação é recorte de um projeto de pesquisa, ―Aquela estrela brilhante lá no
céu: um estudo sobre a morte na literatura‖, com reflexões sobre a importância de
discutir a morte com a criança e a literatura infantil como recurso. Na sociedade
contemporânea a morte é temida e o assunto é pouco polemizado (ELIAS, 2001).
Quando o público é infantil, geralmente o pensamento é proteger a criança de tal tema
e acredita-se que esta não possa compreender a situação. Contudo, a morte é
apresentada a todo momento em filmes, jogos, mídias e no convívio familiar, sem que
haja espaço para reflexão (KOVÁCS 1992; KOVÁCS, 2003). Nesse sentido, a
literatura é capaz de permitir um conhecimento sobre o tema, pois ainda que a morte
seja vista como tabu, é necessário poder manifestar a dificuldade de aceitação e
apresentar um campo favorável para trilhar esse discurso (LOTTERMANN, 2009). O
trabalho visa compreender os aspectos da obra ―Dez sacizinhos‖ (BELINKY, 2007) e
como a temática da morte é desenvolvida na história. Essa literatura foi escolhida a
partir da análise e seleção de livros que abordam a morte pertencentes a uma
biblioteca escolar na baixada fluminense no Rio de Janeiro. A referida obra faz parte
de um eixo da pesquisa na qual inclui literaturas que abordam as tentativas de
escapar da morte. Observou-se a proximidade dessa obra com pensamentos sociais
sobre o tema e foi possível indicá-la como instrumento para subsidiar um diálogo entre
escola, família e criança, afim de permitir o preparo diante de um fato natural da vida,
e ainda como objeto de intervenção (KOVÁCS, 2008).

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DISCUSSÃO DE TEMAS POLÊMICOS EM SALA DE AULA A PARTIR DA OBRA


SAPATO DE SALTO DE SALTO DE LYGIA BOJUNGA
Delma Pacheco Sicsu
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Discutir, em sala de aula, questões como homossexualidade, prostituição infantil, entre
tantos outros temas polêmicos, não é tarefa fácil. O professor como mediador de
conhecimento e formador de opinião, precisa lançar mão de estratégia que possam
ajudá-lo a promover o debate e a reflexão sobre questões nem sempre discutidas em
sala de aula. A literatura, nesse caso, pode contribuir significativamente na
provocação de discussões de temas polêmicos inerentes à nossa condição humana. A
obra Sapato de salto de Lygia Bojunga é um exemplo de como a literatura, nas
entrelinhas do texto, traz à tona questões como a violência, o homossexualismo, a
prostituição infantil e outras problemáticas da nossa condição humana. O objetivo do
presente trabalho é mostrar como a literatura pode servir como instrumento de crítica
e reflexão em sala de aula. O resultado deste trabalho surge de uma experiência de
leitura com alunos do nono ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do
município de Parintins/AM. A obra de Lygia Bojunga ora referenciada foi apresentada
aos alunos durante uma oficina de leitura desenvolvida de acordo com a proposta de
Isabel Solé a saber: o antes, o durante e o depois da leitura. Como suporte teórico
deste trabalho toma-se os estudos de Solé (1998), Farias (2013), Zilberman (2012)
entre outros que contribuíram para o trabalho em questão.

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Presidente Prudente de 02 a 04 de agosto de 2017
ISBN: 978-85-69697-02-2
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INTERNACIONAL DE LITERATURA INFANTIL E
JUVENIL

(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

ENTRELAÇANDO LITERATURA E BULLYING: A MEDIAÇÃO NESSE PROCESSO


Lívia Cristina Cortez Lula De Medeiros, Marly Amarilha
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
O artigo é recorte de uma pesquisa de doutorado e objetiva investigar como o trabalho
mediado em sala de aula pode propiciar a discussão com crianças sobre o bullying e
suas práticas a partir da leitura de textos literários. Sua relevância consiste em
favorecer o entendimento dos docentes a respeito da possibilidade de se abordar
assuntos pertinentes como o bullying na escola, a partir da ficcionalidade da literatura.
A mediação nesse processo é fundamental, uma vez que permite ao professor fazer
conexões entre as possibilidades do texto e os conhecimentos prévios dos alunos no
momento de pós-leitura, de modo a despertá-los à reflexão crítica sobre o fenômeno
bullying. Tomar a literatura como um meio para debater esse tipo de violência permite
ao leitor trabalhar os seus próprios conceitos e inquietações, em segurança, dentro do
mundo ficcional, oferecendo-lhe oportunidade para vislumbrar outras maneiras de ver
e entender as ações que ocorrem ao seu redor. Em termos metodológicos, este
trabalho se configura como uma pesquisa bibliográfica, fundamentada em estudos
sobre literatura, bullying e mediação. O estudo aponta que, quando elementos
presentes na literatura são pensados e apresentados de forma mediada às crianças,
potencializa-se o encontro dessas com o texto, permitindo que se construa uma
reflexão sobre os atos e efeitos que permeiam e influenciam o desenvolvimento do
indivíduo. Nesse sentido, a literatura se afirma como importante discurso para o
debate e a compreensão de aspectos da realidade do leitor, uma vez que desenvolve
nele a autonomia, o pensamento crítico e argumentativo através de uma experiência
rica, formativa e imaginativa. Palavras-Chave: Literatura. Bullying. Mediação.

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ESPERANÇA GARCIA: A ESCRITA NEGRA COMO RESISTÊNCIA


Dalva Martins De Almeida
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Para a gestação deste texto, reflito a partir da narrativa ―Quando a escrava Esperança
Garcia escreveu uma carta‖, de Sõnia Rosa, por enterder que através desse texto
pode-se encontrar um campo fecundo de discussões em torno da construção das
identidades afro-brasileiras, por um lado. E por outro, discutir sobre o mito da
democracia racial, que ainda apresenta ramificações fortes no seio da sociedade
brasileira contemporânea. Um dos aspectos primordiais, gira em torno dos processos
de resistência da mulher negra, na sociedade escravocrata brasileira do século XVIII.
Essa temática pode provocar um debate profícuo sobre a construção das identidades
femininas negras, o processo de busca por espaço de voz, a conquista da consciência
histórica, como rompimento das situações de preconceito, invisibilização e
subalternização, estratégias usadas pela colonização, tendo em vista a destruição de
sua memória coletiva. A condução da reflexão deve seguir os campos da metaficção
historiográfica e da construção das identidades afro-brasileiras pelos estudos culturais
e pós-coloniais.

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LEITURAS PARA MENINAS: UMA BRINCADEIRA NO DIA INTERNACIONAL DA


MULHER...
Cristina Maria Rosa
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Integrado ao dia internacional da mulher e tendo como foco a leitura literária, o
objetivo do trabalho é apresentar resultados do evento ―Leitura para Meninas‖,
desenvolvido pelo Grupo de Estudos em Leitura Literária (FaE/UFPel) e destinado às
meninas que frequentam o 7º, 8º e 9º ano na Escola Pública. As obras literárias lidas
às meninas foram escolhidas por terem, em seu universo ficcional, protagonistas
inspiradoras, que não esperam príncipes e se responsabilizam por si mesmas,
propõem saídas inusitadas para velhos problemas e são bem humoradas. Como
desdobramento metodológico, após a leitura ouve a discussão dos desfechos, com as
meninas que, provocadas, emitiram opiniões: sobre a obra, as protagonistas, o evento.
Entre os resultados parciais, a aceitação da escola e do público com relação à
proposta, a repercussão na cidade através da mídia online, jornal impresso, entrevista
à TV e vídeo no youtube e o acerto no grupo de obras escolhidas que iniciou com a
singeleza de A Bailarina, de Vinícius de Moraes e As meninas, de Cecília Meireles e
se espraiou com A ervilha que não era torta... mas deixou uma princesa assim, de
Maria Amália Camargo; A Zeropéia, de Herbert de Souza; Bisa Bia, Bisa Bel, de Ana
Maria Machado; Ceci tem pipi?, De Thierry Lenain; Chapeuzinho Amarelo, de Chico
Buarque; Ervilina e o Princês, de Sylvia Orthof; Felicidade Clandestina, de Clarice
Lispector; Maria vai com as outras, de Sylvia Orthof; Nós, de Eva Furnari; O Príncipe
que Bocejava, de Ana Maria Machado; Pandolfo Bereba, de Eva Furnari; Teresinha e
Gabriela, de Ruth Rocha; Uma chapeuzinho vermelho, de Marjolaine Leray e
Vermelho Amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós. Além desses resultados, o
desejo de transformar o projeto em um programa de duração longa está sendo
considerado.

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LEITURA, TRANSCULTURALIDADE E EDUCAÇÃO INDÍGENA:


CONTRIBUIÇÕESDO PNBE TEMÁTICO PARA A CONSOLIDAÇÃO DO DIREITO À
EDUCAÇÃO DIFERENCIADA E DE QUALIDADE
Thiago Moessa Alves
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
A educação indígena tem se configurado como um dos pilares principais para a
reflexão a respeito dos conflitos gerados a partir do contato entre culturas. Nesse
sentido, é vasta a literatura produzida sobre a importância da escola indígena como
ressignificadora das identidades indígenas ―perdidas‖ a partir do período colonial
brasileiro. Desde a CF/1988, surgem legislações que primam pelo direito à educação
diferenciada tão amplamente requerida pelos povos indígenas. É possível citar como
exemplo a LDB nº 9394/1996, o PNE, Pareces e Resoluções do CNE. Em
consonância com a legislação vigente, começam a surgir políticas públicas que
promovem o acesso à leitura, assim surge em 1997 o PNBE que disponibiliza às
bibliotecas escolares obras que ampliem a compreensão sobre diversidade, inclusão e
cidadania e promovam o desenvolvimento de valores, práticas e interações sociais.
Considerando esta conjuntura, o presente artigo objetiva construir uma análise sobre a
presença de aspectos transculturais nas obras contempladas pelo PNBE indígena,
bem como sobre o ensino do texto literário nas escolas de aldeias. Trata-se de uma
pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa que apresenta um recorte da tese de
doutorado em educação vinculada à Universidade Estadual Paulista (FCT/Unesp). As
análises parciais revelam que há uma preocupação governamental em dotar as
escolas de materiais que facilitem o acesso à leitura literária sobretudo a respeito de
temas que atendam as especificidades de contextos socioculturalmente complexos
como o indígena. Apesar da vasta literatura produzida, ainda há necessidade de
compreensão sobre a difícil entrada do texto literário e da cultura letrada nas escolas
das aldeias, assim como do aprimoramento de abordagens pedagógicas para essa
tarefa.

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LIVRO-JOGO: VIOLENTO OU ATRAENTE?


Pedro Panhoca Da Silva
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Livros-jogos são leituras não lineares mais complexas do que os chamados dramas
interativos. Tratam-se de hibridismos de leitura não linear com sistemas simplificados
de RPG e mostram-se interessantes ferramentas à leitura de jovens. Seus enredos
podem variar cosntantemente de temas, percorrendo gêneros como fantasia, ficção
científica, horror e até mesmo erótico. É devido a essa variedade que toca temas
considerados tabus para leitores tão jovens que os livros-jogos, assim como diversos
tipos de RPGs, podem ser mal interpretados e tachados erroneamente como uma
literatura de massa destinada a maiores de idade ou mesmo proibidos a jovens
leitores, os quais muitas vezes buscam, nos textos, uma maior interatividade e
dinâmica para seu gosto literário. Casos polêmicos são (ainda) encontrados e tal
condenação, existente desde a década de 80, deve ser repensada quando se conhece
os reais objetivos desses livros interativos que encantaram gerações a ponto de se
encontrarem numa época na qual há um novo público consumidor além do nostálgico
que segue acompanhando novos lançamentos do gênero. Seria o livro um local
impróprio para o leitor-jogador ser violento e matar seus monstros?

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NUM TRONCO DE IROKO VI A IÚNA CANTAR: HISTÓRIAS DE CAPOEIRA,


RELIGIÃO E IDENTIDADE
Jacqueline De Almeida
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
O objetivo dessa comunicação é analisar a obra Num tronco de Iroko vi a Iúna cantar,
da escritora Erika Balbino (2014), com ênfase no modo como essa obra constrói a
representação da capoeira. Partindo da perspectiva teórica do campo dos Estudos
Culturais em Educação e dos Estudos Étnico-Raciais, o presente artigo,
primeiramente, examina os processos de ressignificação da capoeira na sociedade
brasileira, desde a associação a condutas criminosas e à vadiagem da população
negra, nos séculos passados, até o reconhecimento de patrimônio cultural afro-
brasileiro. Num segundo momento, verifica-se de que modo a obra de Balbino propõe
uma representação que se contrapõe a essas significações estereotipadas da
capoeira. Fazendo alusão às brincadeiras infantis, em especial ao pique-esconde, já
no prefácio da obra, o jovem leitor é convidado a ―tirar a venda dos olhos‖ e descobrir
coisas perdidas e/ou esquecidas. Nesse jogo, a capoeira surge como uma arte-luta
cultivada na memória dos antepassados e ressignificada no presente. Para driblar os
adversários mais perversos (o preconceito e o racismo), as histórias de capoeira
trazem um universo repleto de figuras do folclore, caboclos e outras entidades
religiosas de matriz africana. Uma conclusão preliminar deste estudo aponta para o
fato de que a literatura infanto-juvenil contemporânea, em consonância com a Lei
10.639/03, vem oportunizando a reflexão sobre a importância das práticas culturais
negras, em particular a capoeira, no processo de formação da identidade nacional.

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O CORPO NEGRO EM O MENINO CORAÇÃO DE TAMBOR


Renan Fagundes De Souza
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Este trabalho tem como propósito analisar o corpo negro, por intermédio da
representação de personagens femininos e masculinos, em uma obra de literatura
infantil e juvenil de matriz afro-brasileira. Para tanto, utilizou-se da obra O menino
coração de tambor, de autoria de Nilma Lino Gomes. Para tal análise nos pautaremos
tanto no enredo da narrativa, como também do ponto de vista imagético. A justificativa
parte-se da necessidade da identificação e representação positiva de negras e negros
nas veredas da literatura infantil e juvenil. Para fins de resultados esperamos contribuir
com as pesquisas voltadas à temática étnico-racial negra na literatura infantil e juvenil
para corroborar com uma prática de ensino antirracista, e fazendo-se valer também da
aplicabilidade da Lei 10.639/03, que passou a vigorar a obrigatoriedade do ensino de
história e cultura afro-brasileiras e africanas.

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O PROGRAMA NACIONAL BIBLIOTECA DA ESCOLA E A SELEÇÃO DE OBRAS


LITERÁRIAS
Célia Regina Delácio Fernandes
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Esta pesquisa objetiva examinar os critérios de seleção para a constituição dos
acervos de livros literários enviados às escolas públicas brasileiras pelo PNBE –
Programa Nacional de Biblioteca da Escola - em suas edições de 2006 a 2014, que
teve o CEALE/UFMG como órgão responsável pela avaliação pedagógica dos livros
de literatura para crianças e jovens. Para tanto, propõe uma abordagem
fundamentada nas contribuições da história cultural e da teoria literária, cujo
desenvolvimento é realizado mediante procedimentos de localização, recuperação,
reunião, seleção, ordenação e análise de fontes documentais e de bibliografia
especializada. Com a finalidade de compreender alguns aspectos do sistema literário
por meio das instituições legitimadoras da literatura infantojuvenil, recorre às fontes
documentais, especialmente os editais produzidos pelo MEC para o período em
questão referente ao PNBE, iniciado em 1997 e suspenso em 2015. Garantir o acesso
à informação e à cultura, além do incentivo à formação do leitor na escola e na
comunidade, foi o que incentivou a criação deste programa que distribuiu livros por
quase duas décadas para as escolas públicas de todo o Brasil. Assim, este estudo se
justifica pelo fato de o PNBE se caracterizar como um dos mais importantes
programas de distribuição de obras literárias, buscando contribuir para o debate sobre
o que é considerado literatura de boa qualidade e para sua continuidade como politica
pública de leitura. De modo geral, os resultados apontam para uma ampliação no
conceito de literatura, mas também para a necessidade de especificações de alguns
aspectos da avaliação e para a valorização de temas sobre a diversidade étnica,
racial, econômica, sexual e social nos editais, fomentando uma produção literária mais
plural.

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OS DILEMAS DO ROMANCE POLICIAL CONTEMPORÂNEO ESPANHOL E A


PRESENÇA DA CRIANÇA NA TRAMA NARRATIVA DE “UN PERRO LLAMADO
ÚRSULA”, DE CLARA ASUNCIÓN GARCIA
Rosilene Aparecida Martins Dos Santos
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Essa comunicação tem como objetivo analisar a narrativa ―Un pero llamado Úrsula‖,
da escritora espanhola Clara Asunción Garcia, que conta a história de um menino que
procurou a detetive privada Cate Maynes para descobrir quem poderia ter matado o
seu cachorro. Este, curiosamente, chamava-se Úrsula e esse foi o primeiro trabalho
da detetive que havia mudado recentemente para a cidade. Ela optou por não aceitar
o caso e alguns dias depois, quando foi buscar pão, deparou-se com a foto do menino
Otis em preto e branco e a declaração de seu desaparecimento, deixando Cate
desolada e com certo sentimento de culpa. De acordo com José F. Colmeiro (1994) o
romance policial, conhecido na Espanha como ―gênero negro‖ ou ―novela negra‖
apresenta a função catártica que visa libertar autor e leitor do fantasma da violência do
passado, da repressão política e da violência cotidiana do presente, da corrupção e da
perda de segurança. Para Marcia Abreu (2006) Talvez a ―moral da história‖ devesse
ser outra: a avaliação que se faz de uma obra depende de um conjunto de critérios e
não unicamente da percepção e da excelência do texto. Ler um livro não é apenas
decifrar letra após letra, palavra após palavra. Ler um livro é cortejá-lo com nossas
convicções sobre tendências literárias, sobre paradigmas estéticos e sobre valores
culturais.

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O SILÊNCIO QUE DIZ MUITO


Claudia Sabbag Ozawa Galindo
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Segundo Orlandi (2007), o imaginário social ―destinou um lugar subalterno para o
silêncio‖, porém, contra essa preponderância incisiva da palavra, ele persiste
―mediando as relações entre linguagem, mundo e pensamento, resiste à pressão de
controle exercida pela urgência da linguagem e significa de outras e muitas maneiras‖
(2007, p. 37). A linguagem empurra o que ela não é para o ―nada‖. Mas o silêncio
significa esse ―nada‖ se multiplicando em sentidos: quanto mais falta, mais silêncio se
instala, mais possibilidades de sentidos se apresentam. Desta forma, o silêncio se
apresenta como uma possibilidade para o sujeito ―trabalhar sua contradição
constitutiva‖, como bem elucida Orlandi (2007, p. 24). Neste sentido, além do natural
espaço do silêncio na linguagem, enquanto o não-dito que existe nas palavras, há
também a política do silêncio, que pode se dar de modo que, para dizer algo, é preciso
não-dizer. (2007, p.24). E o objetivo desse trabalho é demonstrar como ―não dizendo‖
as crianças ―dizem muito‖ o que sentem e o que pensam, especialmente nas histórias
menina amarrotada, de Aline Abreu, e Pai Francisco, de Marina Miyazaki Araújo.

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OS SEGREDOS DE HARRY POTTER: DISCUSSÕES SOBRE LEITURA,


LITERATURA E MERCADO
Mônica De Menezes Santos
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Recentemente, Ruth Rocha, em entrevista concedida por conta da comemoração dos
seus cinquenta anos como escritora, ao responder sobre o que ela achava dos best-
sellers contemporâneos voltados para o público jovem – os quais misturam fantasia,
com a presença de vampiros e de bruxas –, reportou-se especialmente à série Harry
Potter, de autoria da britânica J.K. Rowling, asseverando que a série ―[...] não é
literatura, [...] é uma bobagem. É moda, vai passar‖. A questão é que o que a escritora
chama de bobagem, de algo passageiro e de modismo tornou-se, nos últimos
dezenove anos e de modo crescente, um grande fenômeno literário em termos de
vendas e de popularidade, principalmente entre crianças e adolescentes, indivíduos
que constantemente são acusados de não se interessarem pela leitura, em especial
de obras tão volumosas, como é o caso dos livros (no total de sete) da saga escrita
por Rowling. Até maio do ano passado, por exemplo, já haviam sido vendidas 450
milhões de cópias de Harry Potter em todo o mundo, tornando-se a série o maior best-
seller da história, sendo traduzida para 73 idiomas. Os últimos quatro livros
consecutivamente alcançaram a marca de mais vendidos de todos os tempos, sendo
que o último volume vendeu cerca de 11 milhões de cópias nos Estados Unidos nas
primeiras 24 horas após o seu lançamento. O presente trabalho pretende colocar em
discussão o porquê do grande e continuo sucesso da série entre leitores jovens.
Buscar-se-á também debater conceitos polêmicos dos estudos literários, tais como:
valor literário, cânone literário, best-seller etc, com vistas a examinar discursos como o
de Ruth Rocha os quais concebem Harry Potter como uma literatura menor ou,
conforme as palavras da autora, como não literatura.

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QUESTÕES POLÊMICAS NAS ADAPTAÇÕES INFANTIS: EL LAZARILLO DE


TORMES
Maira Angélica Pandolfi
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
RESUMO O objetivo dessa comunicação consiste na apresentação da análise de uma
adaptação do clássico Lazarillo de Tormes ao público infantil de língua espanhola. O
mito do pícaro clássico espanhol, que nasce a partir da obra anônima Lazarillo de
Tormes (1554), consiste no relato autobiográfico de um personagem marginal que
narra sua vida desde a infância, uma criança entregue à própria sorte que, por força
das circunstâncias, busca sua integração à sociedade pelos mesmos mecanismos
desonrosos que delata. Essa trajetória do pícaro está marcada por uma traumática
aprendizagem que resulta em um momento de despertar da ingenuidade infantil para
a astúcia da fase adulta. A narrativa envolve temas ásperos como a violência, a fome,
o racismo, a prostituição, a humilhação, a corrupção, dentre outros. A análise da
adaptação de Lazarillo de Tormes feita por Teresa Rodríguez para o público infantil de
língua espanhola foi o objeto de investigação dessa análise. Para isso, foram
utilizadas obras e ensaios de Sotomayor Sáez, Garcia Padrino e Llorens García que
tratam sobre a história da adaptação de clássicos da literatura infantil na Espanha.
Num segundo momento, como suporte teórico principal para a análise do objeto de
pesquisa foi utilizada a tipologia de análise de narrativas infantis e juvenis proposta por
Gemma Lluch (2003). Em conclusão, foi possível ponderar sobre aspectos
importantes como a condensação do conteúdo; o expurgo da ideologia original; a
representação de valores morais; a linguagem utilizada; questões de foco narrativo;
tempo; espaço; ilustrações; dentre outros. Palavras-Chave: Lazarillo de Tormes.
Adaptação. Literatura infantil espanhola.

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"ATÉ ONDE SEI, NASCI E VIVI NO ESBARRO": CONTRAPONTOS


DO NARRADOR PROTAGONISTA DO ROMANCE JUVENIL PIVETIM, DE DÉLCIO
TEOBALDO
Mario Lousada De Andrade
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
O romance juvenil Pevetim (2009), do escritor brasileiro Délcio Teobaldo, incorpora em
sua estrutura narrativa temáticas como criminalidade, violência, abandono, trabalho
infantil, assassinato e segregação social. Através de um narrador protagonista, a obra
é construída a partir de contrapontos em que, através de uma linguagem urgente e
precisa, contrasta passagens de violência e opressão com representações oníricas e
poéticas. Partindo dessa constatação, o presente trabalho objetiva evidenciar a
técnica contrapontística empregada por Délcio Teobaldo que aborda no romance
juvenil assuntos polêmicos e delicados sob o viés da adolescência, ficcionalizando a
raiva, a opressão, a criminalidade e desejos repreendidos sem que ocorra uma
didatização dessas temáticas. Através de uma abordagem que focará na estrutura
narrativa de Pivetim (2009) o trabalho demonstrará que o narrador protagonista
adolescente da obra é revestido por um desejo de resistência e que a partir de
representações alternantes, constrói um relato de fúria, ódio, medo, desamparo e,
paradoxalmente, de sonhos e ternura. Palavras-Chave: Pivetim. Estrutura
Contrapontística. Romance Juvenil.

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RETRATOS DA GUERRA CIVIL ESPANHOLA NA LITERATURA JUVENIL


GALEGA
Karina De Oliveira
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Os retratos de guerras e os conflitos sociais parecem ser matéria ficcional significava
na Galícia, uma das dezessete comunidades autônomas do Estado Espanhol. Como
explica Blanca-Ana Roig Rechou (2008, p. 71), durante a ditadura franquista, havia um
rígido controle no que se refere aos temas incluídos em obras dirigidas a crianças e
jovens, como, por exemplo, a Guerra Civil Espanhola, que não apareceu nessa
literatura até a década de 90, ou seja, foi apenas com a conquista da democracia que
esse tema veio à tona. Diante desse contexto, este trabalho tem o propósito de
apresentar um recorte da tese de Doutorado intitulada ―Produções literárias
contemporâneas para jovens leitores e as suas temáticas: as realidades brasileira e
galega‖ (2017), focalizando a presença de uma temática tabu na literatura juvenil
galega, qual seja, a Guerra Civil Espanhola, por meio da análise do livro Noite de
voraces sombras, de autoria de Agustín Fernández Paz. A leitura da narrativa é
realizada a partir de adaptações da grade de análise elaborada por João Luís
Ceccantini (2000) e o referencial teórico está embasado em estudos de Alice Áurea
Penteado Martha (2011), Blanca-Ana Roig Rechou (2008), Isabel Soto (2008), entre
outros investigadores. Finalmente, espera-se observar e comentar a forma pela qual a
temática em questão foi empregada na obra de Fernández Paz, demonstrando as
estratégias textuais do autor galego ao tratar de um tema complexo para jovens
leitores. Palavras-Chave: Guerra Civil Espanhola. Literatura Juvenil Galega. Temática
tabu.

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RETRATOS LITERÁRIOS: UM ESTUDO SOBRE AS REPRESENTAÇÕES DAS


LITERATURAS AFRICANAS, AFRO-BRASILEIRAS E INDÍGENAS NOS LIVROS
DIDÁTICOS DE PORTUGUÊS
Flávia Cristina Bandeca Biazetto
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
Diante da exigência legal do decreto 11645/08, que versa sobre a obrigatoriedade do
ensino da história e cultura afro-brasileira, africanas e indígenas e que ressalta a
importância da cultura negra e indígena na formação da sociedade brasileira,
buscamos analisar no material aprovado pelo Programa Nacional Livro Didático
(PNLD) 2012-2014 de Língua Portuguesa como as literaturas africanas, afro-brasileira
e indígenas são representadas e apresentadas aos alunos do Ensino Fundamental 2.
O objetivo desta comunicação é expor resultados parciais obtidos no que se refere
tanto ao trabalho proposto com tais textos, quanto seu reconhecimento na formação
de um cânone literário escolar. Para isso, alicerçamos as reflexões no conceito de
reconhecimento de Honneth (2003); no pensamento de Bunzen (2008) e Rojo (2005)
que definem o objeto, livro didático, como um exemplar do gênero do discurso e de
Moscovici (2007) sobre representação social. Dentro dos limites do corpus, seu
recorte temporal possibilita analisar um registro do estágio das mudanças
paradigmáticas propostas no ensino brasileiro na primeira década dos anos 2000.

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TEMAS POLÊMICOS NA LITERATURA – A NECESSÁRIA PRESENÇA NA


ESCOLA
Nilma Gonçalves Lacerda
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
A literatura para crianças e jovens tem se mostrado presença forte na sala de aula,
embora a maior parte das leituras indicadas acabe se voltando para a literatura de
entretenimento, importante para a formação do leitor, mas que simplifica conflitos e
reforça expectativas de senso comum. As obras que abordam questões polêmicas,
mas essenciais, como o mal, a morte, a violência, a sexualidade, as visões religiosas,
o homoerotismo são consideradas perigosas, e costumam passar ao largo das leituras
escolares. Desde a Ilíada, porém, os chamados temas polêmicos possibilitam ao leitor
reconhecer e discutir a complexidade do humano. Na convergência habitual de ética e
estética, esses temas podem ofertar a leitores de qualquer idade vias capazes de
gerar respostas aos enigmas da existência. Filósofos, críticos, pedagogos apontam
para a importância de abordar a experiência da negatividade na história, no
reconhecimento da coexistência de bem e mal em cada indivíduo e suas
manifestações segundo escolhas e circunstâncias. O fundamentalismo, em suas
percepções dicotômicas e excludentes, impede as interrogações da criança leitora e
do jovem leitor sobre o que constitui a natureza do humano. Este trabalho ocupa-se do
processo de concepção e organização de uma obra teórica, com vasto referencial
literário, cuja finalidade é a de fundamentar e auxiliar professores, bibliotecários, pais e
outros interessados, a fim de que a leitura dos temas chamados polêmicos ou
delicados não continue pouco presente nas salas de aula e nas bibliotecas escolares.
Em processo de edição, a obra construiu-se em estreita discussão entre editor,
autores, autoras e organizadora, resultando em leitura convidativa e consistente,
oportuno diálogo sobre limites e expansões dos fazeres críticos e pedagógicos.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

UMA ESCOLA ASSIM, EU QUERO PRA MIM? DIÁLOGOS ENTRE LINGUAGEM E


CONSTRUÇÃO DE PODER
Terezinha Poliana Rodrigues Florentino
Eixo Temático 07: Literatura infantil e juvenil e temas polêmicos - Comunicação Oral
RESUMO: O presente paper é uma reflexão teórica sobre as relações entre leitura,
escrita e música como ferramenta de transformação social. Este texto busca
estabelecer um diálogo entre a obra literária de Elias José – Uma escola assim, eu
quero pra mim – e autores que tratam da linguagem e cultura como ferramenta de
dominação, entre eles: Marcuschi (2008), Gnerre (2009), Bourdieu (2002) Sanches
(1999), Florence (2012) e outros. Também se objetiva, dentro dos limites
característicos do ensaio, discutir sobre as relações entre o modo de falar e a
construção do sujeito. Para tanto, toma-se como objeto de análise o livro infantil já
citado, que narra a trajetória escolar de Rodrigo, um menino que veio da zona rural
para a cidade estudar. Seu modo de falar diferenciado e estigmatizado pelo contexto
urbano, somado a práticas pedagógicas diferenciadas de duas professoras
alfabetizadoras, constitui-se o ponto central da narrativa, motivo pelo qual foi
selecionado para pautar a discussão sobre linguagem, língua e, relações de poder,
desenvolvida neste ensaio. Portanto, este estudo procura evidenciar as discussões
sobre a língua, o poder exercido pelos falantes da norma culta que estão na condição
de dominantes, enquanto os falantes das variedades linguísticas vivem em situação
de dominação. Esse trabalho compõe a finalização da disciplina Teorias e abordagens
em linguagens e educação. Palavras-chave: Língua. Linguagem. Poder.
Discriminação. Música.

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A FORMAÇÃO LEITORA NO CURRÍCULO DE PEDAGOGIA EM PORTUGAL E NO


BRASIL
Veronica Maria De Araujo Pontes, Fernando José Fraga De Azevedo
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Apresentação de Pôster
O Estudamos as propostas curriculares do curso de Pedagogia e do curso de
Educação Básica no que diz respeito à formação do leitor literário em duas
universidades públicas do Brasil e de Portugal: Universidade do Estado do Rio Grande
do Norte e Universidade do Minho. Entendemos que a formação leitora literária é
necessária e urgente, principalmente para o Brasil, tendo em vista que os dados
avaliativos de programas como o PISA, SAEB, entre outros, têm mostrado uma
defasagem brasileira principalmente nos anos iniciais. Como os Cursos de Pedagogia
e de Educação Básica são responsáveis pela formação de professores desses anos
iniciais de escolaridade, nosso interesse está voltado para a análise de como esses
cursos tratam o tema e o propõem na formação de professores. Assim, baseamo-nos
em documentos oficiais como: Diretrizes Curriculares Nacionais, Projeto Pedagógico
de Curso, os Programas Gerais dos Componentes Curriculares ou Unidades dos
Cursos, tendo em vista a leitura literária e sua importância na formação do aluno. Em
nossa análise baseamo-nos em: Fernando Azevedo, Pontes, Umberto Eco, Regina
Zilberman, entre outros. Nessa perspectiva, verificamos a existência de uma
preocupação de ambas as instituições em torno da formação do docente como leitor e
capaz também de formar leitores no contexto da educação básica, com disciplinas que
mencionam de forma específica essa preocupação e outras que inserem algumas
práticas direcionadas a essa formação. No entanto, sabemos não ser ainda suficientes
e projetamos, em um futuro próximo, práticas reflexivas em torno da necessidade cada
vez maior de buscarmos alternativas para que possamos formar de fato leitores
críticos e prazerosos entendendo essa relação como necessária e urgente.

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A POÉTICA DO LUTO E DA MELANCOLIA NA LITERATURA INFANTIL


Elizabeth Da Penha Cardoso
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Apresentação de Pôster
É possível o aprendizado para a morte? Como entendê-la, interpretá-la, aceitá-la?
Essas são questões complexas que nos apanham inesperadamente e muitas vezes o
sujeito questionador é uma criança e as questões são endereçadas aos adultos que
sem respostas tentam recalcar o tema e esperam que o tempo, senhor de todos,
resolva. A literatura infantil, que desde sua renovação na década de 1980 decidiu
encarar os temas tabus e dúvidas existências como essas, tem ano após ano, livro
após livro abordado o tema da morte com mais frequência, profundidade, clareza e
poeticidade. Neste trabalho avaliaremos duas obras dessa linhagem Vovô virou uma
árvore (2009), das brasileiras Helena Alexandrino e Regina Chamlian, e O coração e a
garrafa (2012), do irlandês Oliver Jeffers. A primeira conta como uma família de
tartarugas enfrenta a morte de um ente querido. Na segunda, uma garotinha lida com
a perda de seu avô querido. Além da análise temática, interessa como os artistas
trataram literariamente o tema. O trabalho está dividido em três partes. A primeira fará
uma revisão do tema da morte na literatura infantil brasileira, a segunda refletirá, junto
com o texto de Freud, Luto e Melancolia, sobre a arquitetura da aceitação (ou não) da
perda e, por fim, as obras mencionadas serão analisadas. O objetivo é sugerir
caminhos de leituras para leitores e mediadores atentos aos chamados e
ensinamentos poéticos, éticos e estéticos.

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A PRODUÇÃO DE UM LIVRO SENSORIAL POR MEIO DA RELEITURA E


ADAPTAÇÃO DE OBRAS DA LITERATURA INFANTIL
Claudenir Varela Dos Santos, Alexandre Da Silva Faria, Bernadete Machado Serpe
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Apresentação de Pôster
Esse estudo resulta de uma atividade avaliativa desenvolvida para a disciplina de
Literatura e Educação, para qual o objetivo foi a produção de um livro sensorial com a
utilização de materiais recicláveis que retratasse a adaptação de uma obra literária. A
obra escolhida como base para a construção da releitura foi ―O Barquinho Amarelo‖ de
Ieda Dias da Silva. A história original continha texto, mas nesse trabalho optou-se por
suprimir o texto, priorizando as imagens, tendo como meta a confecção de um livro a
ser utilizado com a mediação do adulto na manipulação do material produzido. Além
disso, adota-se como personagem uma menina negra ao invés do menino branco. A
produção da releitura da obra ―O Barquinho Amarelo‖, foi pensada para a categoria do
pré-leitor, respeitando os princípios orientadores utilizados pela autora Nelly Novaes
Coelho (2000). Sendo o resultado final do trabalho um material destinado a primeira e
segunda infância (COELHO, 2000), na qual a atuação do adulto é essencial para a
interação entre a criança e o livro. Busca-se com elementos pop-up, por meio de
dobraduras, colagens, e usando materiais de fácil acesso, chamar a atenção no
trabalho de apresentar desde cedo às crianças a literatura infantil, respeitando as
especificidades da faixa etária com quem se pretende trabalhar. Palavras-Chave:
Literatura Infantil, releitura, pré-leitor.

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DE PROTEGIDO DE LÚCIA A CANIBAL: UMA ANÁLISE DA PERSONALIDADE DE


RABICÓ
Dener Gabriel Ferrari, Rosangela Aparecida Marquezi
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Apresentação de Pôster
A partir de análises das obras Reinações de Narizinho, A chave do tamanho e
Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, este trabalho objetiva realizar uma
caracterização da personalidade do Marquês de Rabicó, personagem que aparece
pela primeira vez em 1922, em uma obra própria, O Marquês de Rabicó, e que mais
tarde passa a integrar as Reinações de Narizinho, em 1931. A partir de leituras de
teóricos da literatura infantil, tais como Coelho (2002), Zilberman (1983; 2005),
Sandroni (1987), Ceccantini (2008), dentre outros, além da produção de cartas de
Monteiro Lobato, compiladas no livro A barca de Gleyre (1955), tomos I e II, se traçará
uma linha de estudo para verificar o desenvolvimento da personalidade da
personagem estudada, indicando desde sua origem até a sua função pedagógica.
Dessa forma, a análise se dará por meio da leitura das obras analisadas, bem como
com a pesquisa em autores que já trabalharam com a obra lobatiana e que contribuem
para o amplo conhecimento de suas personagens. A partir das análises efetuadas, se
poderá constatar que o Marquês de Rabicó é uma das únicas personagens do Sítio a
não apresentar nenhuma característica positiva, indicando que Lobato procura
representar nele modelos que não devem ser utilizados para o comportamento em
sociedade, além de fazer críticas à nobreza, ao utilizar-se de título nobiliárquico para
tal personagem. Palavras chave: Monteiro Lobato. Sítio do Picapau Amarelo. Marquês
de Rabicó.

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ENSINO-APRENDIZAGEM E LITERATURA INFANTIL EM CENA DE RUA


Nerynei Meira Carneiro Bellini, Patricia De Oliveira Duarte
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Apresentação de Pôster
Figuras estilizadas com traços singulares, pinceladas de cores vibrantes sobre fundos
pretos, saltam aos olhos do leitor em Cena de rua (1994), da artista plástica mineira
Ângela Lago. O livro imagético, cujas únicas palavras estão no título, convida o leitor a
focar atenção nos impactantes desenhos. Ademais, os espectadores crianças e
adolescentes poderão levantar questionamentos e estabelecer conexões com a
sociedade brasileira atual, na leitura de um texto de imagens que inova pela tessitura
estética e o estilo de Ângela Lago (1945). Devido à complexidade da obra, estratégias
e ações leitoras tornam-se importantes à construção de sentidos os quais, segundo
João Wanderley Geraldi (1995), vigoram na integração de práticas de análise
linguística e de leitura e produção textual. Com vistas a um ensino de literatura infantil
mais produtivo, propõem-se, neste trabalho, estratégias e ações baseadas nas
dimensões dos gêneros discursivos (BAKHTIN, 2003), ou seja, conteúdo temático,
construção composicional e estilo, vinculadas às intenções discursivas e ao contexto
extraverbal do livro. As atividades respaldam-se no Plano de Trabalho Docente de
João Luiz Gasparin (2009) e favorecem um processo de ensino-aprendizagem que
leva em conta os saberes do leitor, a fim de transformá-los em conhecimento
científico. Palavras-Chave: Cena de rua. Estratégias de leitura. Ensino de literatura
infantil.

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LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE: ESTUDOS E REFLEXÕES


Patricia Cardoso Soares, Deise Machado Da Silva, Heloísa Helena Vieira De Melo,
Roberta Caetano Da Silveira
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Apresentação de Pôster
Esta pesquisa, de caráter qualitativo, tem a intenção de verificar como se dá a
formação contínua em serviço do docente, com vistas à leitura literária e sua atuação
na formação do aluno enquanto leitor literário, em escolas municipais do Ensino
Fundamental I em Araçatuba/SP. A importância da literatura como direito e para a
formação humana terá tratamento especial, uma vez que se configura, segundo
Cândido (1989), como fator indispensável de humanização, atuando diretamente no
consciente e no inconsciente do sujeito. No ensino público, deste município, a
formação contínua em serviço se dá em 2 (duas) horas semanais de trabalho
pedagógico coletivo (HTPC) e em 2 (duas) horas semanais de trabalho no
desenvolvimento de projeto e pesquisa (HTPP). Foca leituras e estudos de interesse
pedagógico da comunidade escolar, momentos em que identificaremos por meio de
questionário, enviado aos coordenadores pedagógicos (CPs) das 28 escolas do
referido sistema de ensino, se essa formação aborda o tema em questão, se ocorrem
estudos e reflexões sobre a educação literária com ênfase na leitura de livros de
literatura infantil e juvenil. Assim posto, se o olhar e a ação educativa do CP, em
relação à formação dos docentes, favorecem ou não à reflexão sobre as práticas
pedagógicas voltadas para a leitura literária. Para isso, pautamo-nos em Feldmann
(2009) que trata sobre os processos de formação docente em consonância com a
escola na contemporaneidade. Colocamos em pauta a qualidade dessa formação
mediante a crise pela qual passa a escola, sendo necessárias políticas públicas que
garantam a participação ativa dos docentes desde as instâncias decisórias do
currículo quanto do trabalho pedagógico. Palavras-Chave: Leitura Literária. Formação
Docente. Políticas Públicas de Literatura.

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LENDO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: RELATO DE EXPERIENCIA DAS ATIVIDADES


DE LEITURA NA PRÉ-ESCOLA
Gislaine Rodrigues Dearo Guevara, Juliane Francischeti Martins Motoyama
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Apresentação de Pôster
Qual a idade adequada para formar o leitor? Leitor é quem decodifica? Na realidade,
desde que nascem, as crianças aprender a decodificar e ler o mundo ao seu redor que
é cercado de signos, imagens e outras particularidades. Neste sentido, a escola de
educação infantil, é mais uma etapa na qual o aluno entra para aprimorar a sua leitura
e não apenas para ―aprender a ler‖. Este estudo apresenta e analisa as diferentes
formas de práticas de ensino da leitura na educação infantil, assim como a variedade
de gêneros textuais com os quais as crianças tem contato. O enfoque se dá em uma
análise da quantidade e variedade de atividades de leitura e dos principais gêneros
textuais que foram trabalhados durante um período de seis meses, contemplados de
fevereiro a julho de 2017, nas salas de pré-escola II de uma escola municipal do
município de Presidente Prudente. O objetivo desta observação é levantar possíveis
interações que se constroem entre as crianças e os materiais de leitura desde seus
primeiros anos na escola e refletir sobre como isso influencia no processo de
letramento. Os resultados apontam que, muito embora ainda sejam pequenos e não
decodifiquem as letras, os alunos realizam uma leitura dos livros, pois a medida que
ouvem a história eles a recontam e quando entram em contato com um livro que ainda
não conhecem eles elaboram hipóteses e constroem uma narrativa respaldados,
principalmente, pelas imagens.

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LITERATURA INFANTIL NA PEDAGOGIA: AINDA UMA OPÇÃO


Leonardo Capra
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Apresentação de Pôster
A Literatura infantil como campo de saber e de ensino é quase consenso entre
estudiosos que promovem avaliações dos currículos dos cursos de Pedagogia no
Brasil. No entanto, em poucos ela figura como disciplina regular e não há notícias de
seleção de professores para atuarem nesta área nas Universidades. Ao perceber que
muitos estudantes chegam ao Ensino superior com acervo literário inexistente e
repertório restrito, a disciplina seria suficiente e capaz de capacitá-los a ensinar o
gosto pelo livro e pela leitura entre seus futuros alunos? Tendo como objetivo central
descrever e avaliar saberes adquiridos no campo da Literatura para crianças entre
estudantes de Pedagogia da FaE/UFPel, no artigo apresentamos a ementa, os temas
abordados, as tarefas agregadas e as metodologias propostas na disciplina Literatura
Infantil I. De caráter eventual e frequentada por opção, a disciplina é ofertada a um
grupo restrito de estudantes de diferenciados semestres, sem pré-requisito, tem alta
procura e não apresenta evasão. Para avaliar a recepção do programa e seus efeitos
na formação, ao final do semestre letivo ouvimos, através de entrevistas individuais
gravadas em áudio, impressões a partir de um grupo de questões. O intuito foi compor
uma criteriosa avaliação da estrutura proposta pela docente e avaliar a percepção dos
estudantes quanto à relevância na formação, escolhas teóricas, a organização
didática, as tarefas de pesquisas e os estudos complementares sugeridos além das
metodologias empregadas. Entre os resultados, efetivos ganhos no campo do
repertório na área, admiração metodologia (aprender com os livros a se portar com as
crianças e consonância a respeito da oferta da disciplina: deveria ser obrigatória.

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POR UMA CIDADE LIDA E DISCUTIDA PELAS CRIANÇAS


Iara Regina Demetrio Sydenstricker Cordeiro
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Apresentação de Pôster
No Brasil, ainda conhecemos pouco sobre cidades e questões a elas pertinentes, tais
como legislação, lazer, meio ambiente, serviços urbanos e políticas públicas (de
habitação, transporte coletivo, mobilidade, infraestrutura e planejamento), dentre
outros aspectos relacionados às condições da vida urbana. Também não possuímos
repertório urbanístico capaz de nos orientar quanto a reivindicações e/ou
posicionamentos diante de decisões dos agentes que interferem no destino de nossas
cidades. Por outro lado, cresce a militarização da cidade contemporânea através da
implantação de dispositivos tecnológicos de controle e de estratégias de ordenação
espacial sob a égide de economias neoliberais que impõem rupturas sociais e
incrementam a violência e a brutalidade policial. Nesse contexto, pergunta-se: quais
medidas temos adotado para que as cidades possam acolher nossas crianças? Até
quando nos contentaremos com as falsas promessas de proteção oferecidas por
shopping centers e condomínios fechados? Em que momento ensinaremos a cidade
para as crianças? Visando a escola como importante espaço para que as crianças
discutam e melhor compreendam a cidade, foi criada a ―Coleção Victor viaja‖, que
conta a história ficcional de um garoto que inicia seus primeiros passos em direção ao
mundo começando pela rua, passando pelo quarteirão, depois pelo bairro até alcançar
a cidade e seus múltiplos espaços e personagens. Ele espia a infraestrutura
subterrânea, investiga escalas métricas, a malha urbana e conhece pessoas de várias
classes sociais culturas. Ao se tornar um jovem cidadão, Victor decide construir sua
utopia urbana: uma cidade plural, justa, agradável, lúdica e simples. É o que basta, até
porque cidades boas para as crianças e jovens serão cidades boas para qualquer
pessoa.

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ALEGORIA E A REPRESENTATIVIDADE DA FIGURA DO REI E A SERVIDÃO NA


OBRA DE RUTH ROCHA
Ana Cláudia Dos Santos
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Neste artigo analisamos, a saber, a figura do rei e a servidão exposta de maneira
alegórica na quadrilogia de Ruth Rocha. Escrever de forma alegórica foi um achado
eficiente para a exposição da escrita em uma época conturbada da Ditadura Militar,
onde tudo era censurado e policiado desde músicas, peças teatrais e até mesmo
obras literárias. Entretanto a autora disseminou suas obras sem qualquer censura.
Selecionou-se como corpus de estudo a quadrilogia; O Reizinho Mandão, O rei que
não sabia de nada, O que os olhos não veem e o Sapo vira rei vira sapo ou a Volta do
Reizinho Mandão, cujo objetivo é apresentar a alegoria e a representatividade da
figura do rei e a servidão impregnada nas obras. Os dados da pesquisa mostram as
incitações alegóricas ao período militarista e também, a figura do rei é tida como
dominante, poder designados apenas ao sexo masculino: Deus-governo-patrão-pai-
esposo, mas inverte-se quando o povo submetido à servidão se une criando voz.
Conclui-se então afirmando que o dominante perdeu o poder quando o povo se uniu
rompendo o autoritarismo. Palavras-Chave: Ruth Rocha. Arquétipos. Ditadura Militar.

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A LEITURA LITERÁRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REFLEXÕES PARA A


FORMAÇÃO DO ALUNO-LEITOR COMPETENTE
Francisca Dos Santos Teixeira
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
O presente artigo tem por objetivo refletir sobre a leitura literária na educação infantil,
considerando as perspectivas e especificidades da criança na construção desse
processo. Nesse propósito, atenta-se para a interação leitor-texto e as estratégias
desenvolvidas pela escola concernentes ao ensino da literatura infantil. Assim,
considera-se a criança sujeito-leitor autônomo nas suas capacidades de se encantar
no encontro com os universos literários. Desse modo, faz-se uma análise crítica das
metodologias tradicionais trabalhadas pelo professor na apresentação do texto
literário, bem como de alternativas pedagógicas propositivas de valorização da voz da
criança, na enunciação interpretativa dos múltiplos sentidos dos enredos ficcionais.
Este estudo embasa-se, metodologicamente, na pesquisa bibliográfica, num diálogo
permanente com D‘Onófrio (1995), Miguez (2000), Lajolo (2008), Jauss (1979),
Cosson (2007), entre outros autores que enfocam o tema. Para este incurso
epistemológico, contribuíram também as experiências que temos vivenciado como
docente de língua portuguesa e literatura, de escolas das redes pública e privada de
ensino. Os resultados desta investigação singularizam a leitura literária como objeto
específico de recepção e apreciação leitora, centrado em experiências e métodos
próprios, que se afastam das infrutíferas atividades exploratórias de conteúdos
gramaticais, alheios às necessidades e desejos da criança. Ademais, denota-se a
escola como instituição importante para as aprendizagens literárias; e, como tal, deve
estabelecer-se como espaço de motivação para a formação do aluno-leitor
competente.

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A LITERATURA INFANTIL NA ALFABETIZAÇÃO E O PROCESSO DE


(TRANS)FORMAÇÃO DE LEITORES E ESCRITORES
Regiane Pradela Da Silva Bastos, Cancionila Janzkovski Cardoso, Claudia Leite
Brandão
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
A literatura infantil deve fazer parte da (trans)formação de leitores e escritores, pois as
histórias literárias são, comprovadamente, proveitosas para o processo de formação e
constituição humana, nos aspectos cognitivo, afetivo e social. Este artigo tem como
objetivo apresentar processos de ensino e aprendizagem de leitura e de escrita, a
partir de uma prática na qual foi utilizada a obra Menina bonita do laço de fita, de Ana
Maria Machado. As atividades foram realizadas com alunos do primeiro ano do Ensino
Fundamental, na sala em que uma das autoras era professora regente. Como
metodologia de pesquisa nos valemos de abordagem qualitativa, na perspectiva de
estudo de caso. A pesquisa fundamenta-se no direito da literatura infantil para as
crianças, materializado nos atos de ler, ouvir, contar ou escrever, pois se entende que
as vivências e experiências promovidas pelo contato com as histórias ampliam as
referências culturais das crianças, facilitando o desenvolvimento do processo de
aprendizagem da leitura e escrita. No desenvolvimento do trabalho, a narrativa foi
utilizada inicialmente para leitura deleite, com a participação oral das crianças por
meio de inferências, e, posteriormente, para discussão sobre as diferenças étnicas e
aprendizagem da leitura e escrita, com produção de textos (reconto). Os resultados
evidenciam que, ao desenvolver um trabalho de maneira contextualizada com a
literatura, as crianças se sentem mais motivadas e a aprendizagem se torna mais
significativa. Ao recontarem uma história, produzem textos coerentes, mesmo sem o
total domínio da escrita alfabética. Tais textos testemunham aspectos de
(trans)formação desses pequenos leitores e escritores. Palavras-Chave: Literatura
Infantil. Práticas de Leitura e Escrita. Alfabetização.

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A LITERATURA INFANTIL NO PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA


IDADE CERTA: PRÁTICAS LITERÁRIAS EM SALA DE AULA.
Alessandra Ferreira Braga Carrilho, Lucilene Soares Da Costa
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Este trabalho resgata a relação histórica entre literatura infantil e escola, evidenciando
a finalidade da leitura de textos literários em ambientes escolares, e de que maneira o
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – Pnaic tem contribuído para a
formação leitora dos alunos das classes de alfabetização. A pesquisa teve como
espaço de investigação três escolas municipais de Campo Grande - MS, analisando,
inicialmente, a presença dos acervos complementares do Pnaic enviados às escolas
de todo o país com o propósito de auxiliar a alfabetização das crianças até o 3º ano do
ensino fundamental. A fim de avaliar a qualidade literária das obras distribuídas e seu
alinhamento às proposições anunciadas pelo programa, empreendeu-se a análise do
acervo contido nas caixas de leitura e, posteriormente, do trabalho didático dos
professores em sala de aula com o referido material, por meio de pesquisa
documental, observação de regências e, por fim, aplicação de questionário específico
aos professores, que abrangia aspectos de sua formação como: a) Vivências literárias;
b) Conhecimento formal sobre literatura; e 3) Práticas literárias com o acervo nas
turmas pesquisadas. Buscou-se na conclusão alinhavar possibilidades para uma
melhor interlocução sobre o tema, tendo em vista o desejo de que a literatura infantil
encontre na escola e em sala de aula um lócus de práticas literárias efetivas e
duradoras. Palavras-Chave: Leitura literária; Ensino Fundamental; PNAIC.

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A LITERATURA MATO-GROSSENSE E AS TIC’S: POR UMA FORMAÇÃO


LEITORA
Eliana Aparecida Dos Santos
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
O presente trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa-ação desenvolvida com
alunos do oitavo ano da escola Estadual André Antônio Maggi, localizada no município
de Feliz Natal – MT, objetivando desenvolver o letramento literário nos anos finais do
ensino fundamental com o apoio dos recursos tecnológicos. As discussões
demonstram que não há espaço para o estudo da literatura nas aulas de língua
portuguesa, logo, é evidente que a literatura regional nem faz parte dos planos de
ensino das escolas. Intentando reverter essa situação, propomos a aplicação de uma
sequência expandida, que trabalhou a literatura infantil e juvenil mato-grossense
aliada às tecnologias. Para fundamentar o trabalho, buscamos respaldo em Arroyo
(2011), Cademartori (2012), Candido (1995), Coelho (2000), Colomer (2007), Cosson
(2014), Frantz (2011), Jouve (2012) e Lajolo & Zilberman (2002). Os resultados
obtidos demonstram que a ausência da literatura na sala de aula continua sendo um
dos problemas do ensino. Há a necessidade de se conceber a leitura como atividade
escolar e não como exercício para preencher espaços vazios, além de uma mudança
de postura quanto à presença da literatura e dos recursos tecnológicos nos ambientes
escolares. Entretanto, não podemos resumir as aulas ao uso das tecnologias e
acreditar que a utilização dessas ferramentas seja a solução para a formação de
leitores. É necessário que os profissionais percebam a importância de se estimular o
prazer da leitura, além da percepção criteriosa para aliar os recursos tecnológicos em
prol de uma formação leitora proficiente. Palavras-Chave: Leitura. Literatura mato-
grossense. Recursos tecnológicos.

V Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil


Presidente Prudente de 02 a 04 de agosto de 2017
ISBN: 978-85-69697-02-2
ANAIS DE RESUMOS V CONGRESSO
INTERNACIONAL DE LITERATURA INFANTIL E
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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

A LITERATURA NA FORMAÇÃO DE CRIANÇAS LEITORAS


Mariana Ferreira De Deus
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Este estudo é fruto de reflexões geradas durante as atividades de pesquisa
desenvolvidas no mestrado, do Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Federal de Uberlândia. Estas reflexões abordam sobre como a literatura
infantil é utilizada em diferentes escolas e de que forma o uso de obras literárias
contribui para formar e desenvolver a criança leitora. Diferentes teóricos discutem o
uso da literatura infanto-juvenil enquanto mero artefato pedagógico e que o ensino - na
tentativa de adequar a literatura ao pensamento infantil - reduz a literatura a um único
meio para atingir um objetivo educativo. Em relação à leitura, a bibliografia aponta que
as escolas se baseiam num ensino simplista da língua, que ensinam as crianças a
decodificar a palavra impressa em sons, e muitas vezes o sentido lúdico da leitura é
desprezado. Este estudo, em andamento, pretende investigar: de que forma a escola
pode utilizar a literatura infantil, respeitando seu caráter emancipatório, na formação
de crianças leitoras. A metodologia a ser empregada será do tipo bibliográfica sobre
os fundamentos da literatura em Candido (2000), Coelho (2000) e Cademartori (2010)
e sobre a formação de crianças leitoras em Jolibert (1994). Os primeiros dados
apontam que não há um método específico que possa conduzir o progresso da
criança para o aprendizado da leitura, mas é possível especificar as condições para
que o aprendizado ocorra, tal como proporcionar oportunidades para os aprendizes
testarem suas hipóteses em um ambiente significativo e colaborador, e para isso é
preciso que constantemente leiam, antes mesmo que tenham aprendido a ler.
Palavras-Chave: Literatura Infantil. Leitura. Ensino-Aprendizagem.

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AS VÁRIAS CHAPEUZINHOS VERMELHOS: ANÁLISE DE UM CONTO, UM


RECONTO E UM CONTO SIMPLIFICADO
Ana Laura Garro Dos Santos
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Este estudo apresenta os resultados da pesquisa As várias Chapeuzinhos Vermelhos:
contos e recontos a partir das preferências de um 4º ano do Ensino Fundamental,
desenvolvida no Mestrado em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia -
UNESP. A pesquisa, está vinculada ao Centro de Estudos em Leitura e Literatura
Infantil e Juvenil (CELLIJ) e teve como principal objetivo analisar os contos de fadas
sugeridos pelas crianças de um 4º ano do Ensino. Assim, analisam-se três versões do
conto de fadas Chapeuzinho Vermelho: Chapeuzinho Vermelho, na versão de
Perrault, que chamamos de clássico, Chapeuzinho Vermelho – uma aventura
borbulhante, identificada como reconto e Chapeuzinho Vermelho em uma versão
resumida, a qual nomeamos de simplificado. Para tanto, a pesquisa foi desenvolvida
em uma escola municipal de Presidente Prudente. Os procedimentos metodológicos
ocorreram em dois momentos: no primeiro, utilizou-se como instrumento um
questionário para conhecer o perfil e o interesse leitor em relação aos contos de fadas.
O segundo foi realizado a partir de uma roda de conversa, que buscou saber a forma
de acesso dos discentes aos livros (em casa, na sala de leitura, na sala de aula, entre
outros), além da confirmação dos discentes sobre o conto de fadas preferido. Com
base nesses pontos as obras foram analisadas levando-se em consideração os
seguintes eixos temáticos: paratextos, texto não verbal, texto verbal e estratégias de
leitura. Os resultados levaram a crer que as versões do conto clássico e o reconto
oferecem maiores e melhores condições para que os alunos compreendam o texto e
se motivem para lê-lo. Por outro lado, a versão simplificada não tem qualidade estética
e depende de um planejamento do professor para que possa ser utilizada com
ressalvas.

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COLORINDO OS CHAPÉUS: UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO DE LEITORES-


CONTADORES MIRINS
Adriana Demite Stephani, Robson Coelho Tinoco, Sônia Maria De Sousa Fabrício
Neiva
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
O presente texto relata algumas reflexões e ações realizadas em etapas de dois
projetos de extensão, ―Rodas de leitura: um caminho para formar leitores‖ e ―Contar
histórias: um trabalho de sala de aula‖, em desenvolvimento na Universidade Federal
do Tocantins, Câmpus de Arraias, com apoio do PRODOCÊNCIA. Dentre as ações
desenvolvidas, apresentamos aqui um trabalho realizado com a obra de literatura
infantil ―Chapeuzinhos Coloridos‖, de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta,
em duas instituições de ensino do município de Arraias – TO. O trabalho originou-se
dos desdobramentos das atividades extensionistas nas escolas quando do encanto de
alunos e professores no momento do compartilhamento ―em roda‖ da referida obra
ilustrando aos professores da escola, participantes do projeto, como e porque contar
histórias e montar rodas de leituras em sala. Essa experiência reforçou nossa
convicção anterior da importância de formações iniciais e continuadas, bem como, da
troca de experiências para a constituição da identidade docente.

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CONTORNOS DA CONTEMPORANEIDADE NO GÊNERO DRAMÁTICO INFANTIL


BRASILEIRO: UMA LEITURA DE A VIAGEM DE UM BARQUINHO, DE SYLVIA
ORTHOF
Luciana Petroni Antiqueira Chirzóstomo, Wagner Corsino Enedino
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Na contemporaneidade, percebe-se que o teatro para crianças apresenta temática
voltada para a ecologia, para os problemas da vivência infantil, para o
desenvolvimento psicológico da criança, como o medo, a morte, a velhice, o sexo, os
preconceitos, o que revela um amadurecimento do teatro infantil brasileiro. Nesse
sentido, percebemos a pertinência de uma pesquisa que suscite uma reflexão acerca
do teatro infantil como promotor de conhecimento e diversão tanto para as crianças
quanto para os adultos. A partir dos pressupostos teóricos de Magaldi (2004, 1998),
Pallotini (1989), Pascolati (2009), Prado (2009), Ryngaert (1996) e Ubersfeld (2005),
que versam sobre a materialidade do discurso teatral, em consonância com as
considerações de Agamben (2009) acerca das (in)definições do conceito de
contemporaneidade, o presente trabalho tem por objetivo discutir questões relativas ao
gênero dramático na obra A viagem de um barquinho (1975), da dramaturga brasileira
Sylvia Orthof, preconizando aspectos formais e temáticos. Encontramos nesta autora,
personalidade de destaque no movimento literário e teatral ligado às crianças, uma
considerável fonte de pesquisa. Além de dramaturga, Orthof foi diretora, pesquisadora
e professora de teatro. Suas obras são permeadas de comicidade que encantam
crianças e adultos. Em A viagem de um barquinho (1975), a escritora aborda valores
muito caros ao ser humano, tais como: a perda, a separação, a busca do ente querido,
a transitoriedade da vida e a liberdade. No espaço diegético, os protagonistas
―Menino‖ e ―Lavadeira‖ saem em busca do barquinho de papel perdido, vivendo
diversas aventuras e conhecendo personagens até encontrar o que tanto anseiam; já
o barquinho de papel (metáfora da existência humana) viaja em busca de sua própria
identidade.

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DA ILUSTRAÇÃO À PALAVRA: O (RE)DESPERTAR POÉTICO EM SALA DE AULA


Eliana Aparecida Dos Santos, Rosicleia Brito Freitas
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
O presente trabalho é o relato de uma experiência realizada com alunos do ensino
fundamental, com o propósito de motivar e desenvolver a produção literária partindo
da obra Haicais Visuais, de Nelson Cruz, um livro de imagens voltado para os anos
finais do ensino fundamental I. Geralmente, os livros literários que priorizam a
ilustração não recebem, dentro do planejamento escolar, o mesmo espaço que os
livros pautados no código escrito. Entretanto, o pequeno leitor em formação é
estimulado em casa através das leituras imagéticas a fantasiar, criar narrativas,
vivenciar aventuras. Além disso, o trabalho literário com gêneros que saiam do campo
da narrativa não compreendem o planejamento escolar, aliás o texto literário ainda luta
por espaços nos currículos e aulas de Língua Portuguesa. Intentando recuperar o
espaço negado à leitura literária que ultrapasse as barreiras da narrativa, a
experiência relatada tem como foco de análise o papel da poesia e a ilustração no
desenvolvimento do letramento literário em sala de aula. Para fundamentar o trabalho,
buscamos respaldo em Arroyo (2011), Cademartori (2012), Candido (1995), Coelho
(2000), Colomer (2007), Cosson (2014), Faria (2007), Lajolo & Zilberman (2002),
Ramos & Panozzo (2004) e Sorrenti (2009). Os resultados demonstraram que o
trabalho com a ilustração e a poesia motiva os alunos a explorarem o seu vocabulário,
permite a descoberta da sensibilidade, além de evidenciar que o texto literário com ou
sem imagem ou palavra encanta o leitor em formação, o que ainda é necessário no
ambiente escolar é a mediação pedagógica de forma efetiva e sensível quanto ao
valor da poesia em sala de aula

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DIALÉTICA EPISTEMOLÓGICA DA LITERATURA INFANTIL


Roberto Belo
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Este trabalho visa a discutir alguns dos principais elementos formadores da Teoria
Literária em relação à Literatura Infantojuvenil. Defendemos o texto literário enquanto
obra de arte; a criança, um sujeito político, ativo e lúdico; a literatura, como um
fenômeno de linguagem resultante de uma experiência existencial/social/cultural; e a
leitura como um diálogo entre leitor e texto. Desde seu aparecimento no século XVIII,
decorrente de mudanças marcantes na sociedade, a literatura infantil, fruto da
―ascensão da família burguesa, do novo status concedido à infância na sociedade e da
reorganização da escola‖, vem resistindo a críticas conservadoras e se firmando
enquanto arte. Acreditamos que a literatura deve aguçar as expectativas do leitor
crítico, aquele que, além de questionar o mundo a sua volta, se autoquestiona,
procurando emancipar-se enquanto pessoa. As crianças, assim como todo e qualquer
leitor, devem estar e se sentir livres para pensar por si mesmas. Infelizmente, hoje,
alguns ainda generalizam que toda obra literária destinada às crianças são puramente
didáticas, e nisso há um grave erro. Incomoda-nos saber que a literatura denominada
infantojuvenil tem servido muitas vezes de meio para a inculcação de vontades
alheias; ideologias dominantes que não refletem a realidade das nossas crianças e
dos nossos jovens; histórias medíocres, do ponto de vista estético, sem conteúdo
inteligente, sem desafios, sem provocações, sem significados; histórias que em nada
acrescentam à vida do leitor – se é que lemos para apreender alguma coisa útil. Ora,
conhecer o público a que se destina a literatura infantil é de fundamental importância
para se entender o texto enquanto obra de arte.

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DOCE DE FORMIGA: UM BANQUETE POÉTICO AO PÚBLICO INFANTIL

Sinara Dal Magro, Rosana Rodrigues Da Silva


Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
O presente trabalho visa analisar o imaginário simbólico nos poemas infantis da obra
Doce de Formiga, da escritora mato-grossense, Marta Cocco. Ao longo do percurso
nos aproximamos dos teóricos que defendem a literatura infantil e acreditam que a
poesia é uma das formas de respeitar o mundo da criança, possibilitando a criação de
novas linguagens e compreendendo a arte como um todo carregado de valor
simbólico, que permite dialogar sobre as necessidades humanas mais profundas. Com
Gilbert Durand, abordamos a estrutura do universo simbólico dos homens a partir de
seu posicionamento diante da angústia sobre o tempo e a morte. Os resultados
obtidos até o momento levam a concluir que a autora traz aos poemas uma
representação do inconsciente individual e coletivo ao abordar a imagética animal
como expressão do olhar infantil.

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EIXO PUER-ET-SENEX NA OBRA INFANTO-JUVENIL MATOGROSSENSE UMA


MANEIRA SIMPLES DE VOAR, DE IVENS SCAFF CUIABANO
Julia Raisa Ximenes Figueiredo, Rosana Rodrigues Da Silva
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
A proposta desta pesquisa é abarcar a literatura infanto-juvenil no estado de Mato
Grosso através da obra Uma maneira simples de voar (2006), do autor mato-
grossense Ivens Cuiabano Scaff, com o intuito de realizar uma análise ressaltando as
imagens presentes nela e seus significados para a interpretação da narrativa. Para o
trabalho também será levantada a questão da cultura regional, abrangendo a natureza
e lendas que permeiam no local; além disso também serão ressaltadas as
intertextualidades presentes no livro. O objetivo da análise da obra é ressaltar a
construção do eixo pueret-senex, arquétipos observados ao ver e analisar as
personagens da história, para confirmar esses arquétipos nos basearemos em como
os mesmos são fundamentados nos símbolos e imagens que os rodeiam: água,
árvores e vento.

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ENSINO DA LITERATURA INFANTIL EM INSTITUIÇÕES DE UMA


CIDADEMINEIRA
Amanda Valiengo, Elieuza Aparecida De Lima, Mariana Natal Prieto
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Este trabalho resulta de pesquisa de Iniciação Científica, cujo objetivo foi analisar
práticas de ensino com a literatura infantil em escolas de Educação Infantil de um
município de Minas Gerais. A metodologia utilizada foi a qualitativa, com os seguintes
encaminhamentos: 1) geração de dados a partir de sessões de observação em
situações de estágio: nessa etapa, a professora universitária junto com 25 graduandos
do Curso de Pedagogia realizou um quadro de observação, fundamentado nas
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, com foco no ensino da
literatura infantil. Cada estudante observou e anotou no Diário de Bordo todas as
situações de ensino da temática durante cerca de 70 horas de estágio; 2)
sistematização dos dados foi efetivada em ações de Iniciação Científica, orientadas
pela mesma professora. Nesta ocasião, socializamos resultados reveladores: poucas
práticas de ensino com foco na literatura infantil, especialmente com as crianças
menores de três anos; os títulos são, em sua maioria, referentes a clássicos da
literatura infantil, embora muitas vezes de versões simplificadas; há iniciativa de cada
dia uma criança levar um livro para casa, ler com os familiares e depois contar na
escola; a professora lê alguns livros em voz alta, mostrando as imagens, mas com
pouca frequência e sem utilização de diferentes recursos (como os corporais, sonoros,
gestuais).

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ENSINO DE LITERATURA E FORMAÇÃO DE VALORES HUMANOS


Luzia Ferreira Pereira Enéas
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Resumo: Os textos da literatura infantil propõem especialmente mundos possíveis à
luz dos quais partilham valores vários de natureza humanística com os seus leitores.
O artigo aborda questões subjetivas e existenciais da condição humana, tendo como
objetivo analisar a contribuição dos livros de educação infantil para a formação da
condição humana, bem como os problemas que podem surgir na prática educacional
quando é construída em torno de leis, discursos sem valorizar a diversidade da
realidade brasileira. Nossa metodologia centra-se na revisão bibliográfica,
especialmente na Lei 9.394/96, e nos PCNs. Fundamentamos nossas analises em
autores como Ítalo Calvino (1990); Bachelard (2012); Morin (2006); Delors (2012)
dentre outros que investem numa educação complexa, interdisciplinar e humanística.
Constatamos que, apesar dos esforços das leis para garantir uma prática da educação
pautada na representação dos valores humanos por meio da literatura, esbarra na
fragmentação dos conteúdos disciplinares como na ação dos professores que não
percebem a literatura como uma possibilidade de compreensão do universo empírico
histórico-factual das crianças. Palavras-chave: literatura. formação humana. valores
humanísticos.

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IDENTIDADE E MEMÓRIA EM OS MENINOS MORENOS DE ZIRALDO: UM


DIÁLOGO COM O FLICTS EM BUSCA DA IDENTIDADE CULTURAL DO JOVEM
LEITOR
Marciele Marchesan
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Com caráter de pesquisa histórico-literária, o presente artigo tem como objetivo
analisar a obra Os Meninos Morenos (2005) realizando um diálogo com o Flicts
(2005), ambas escritas por Ziraldo, voltadas para o público infantil juvenil. Em Os
Meninos Morenos, o autor rememora suas experiências de infância, abordando a
complexidade da formação do povo latino americano. Em Flicts, Ziraldo narra à
história de uma cor que não encontrava seu lugar no mundo, entretanto, há
controvérsias, já que a cor Flicts pode ser vista como a busca do indivíduo pela sua
própria identidade.Nesse artigo além da análise e discussão sobre a identidade,
buscamos discutir a respeito da questão da narrativa memorialística. Por fim,
discutimos a respeito da formação do leitor e a importância da literatura infantil juvenil
para a formação da identidade cultural, para que essa criança ou jovem leitor possa se
reconhecer nela e saber interpretar a sua própria cultura.Para sustentação da análise
recorremos a alguns teóricos como Candido (1989, 1972 e 2011) tratando sobre a
questão do poder humanizador que a literatura exerce sobre o ser humano; Cosson
(2012) com relação ao letramento literário e a formação do leitor; Halbwach (2004)
fazendo uma abordagem sobre a perspectiva da memória individual e coletiva e Hall
(2002) com relação à identidade. Pode-se concluir que a obra de Ziraldo fornece uma
infinidade de informações históricas e culturais de uma forma leve e descontraída,
além de fornecer ao leitor que está em formação um pouco sobre a nossa história,
cultura e origem, a fim de revelar quem nós somos e poder sensibilizar e tornar as
crianças e jovens mais críticos e receptivos a diversas temáticas, além de fazer com
esses jovens entendam, apreciem e tenham orgulho das origens da qual fazem parte.

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LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÂO DOCENTE: ESTUDOS E REFLEXÕES


Heloísa Helena Vieira De Melo, Deise Machado Da Silva, Patricia Cardoso Soares,
Roberta Caetano Da Silveira
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Esta pesquisa, de caráter qualitativo, tem a intenção de verificar como se dá a
formação contínua em serviço do docente, com vistas à leitura literária e sua atuação
na formação do aluno enquanto leitor literário, em escolas municipais do Ensino
Fundamental I em Araçatuba/SP. A importância da literatura como direito e para a
formação humana terá tratamento especial, uma vez que se configura, segundo
Cândido (1989), como fator indispensável de humanização, atuando diretamente no
consciente e no inconsciente do sujeito. No ensino público, deste município, a
formação contínua em serviço se dá em 2 (duas) horas semanais de trabalho
pedagógico coletivo (HTPC) e em 2 (duas) horas semanais de trabalho no
desenvolvimento de projeto e pesquisa (HTPP). Foca leituras e estudos de interesse
pedagógico da comunidade escolar, momentos em que identificaremos por meio de
questionário, enviado aos coordenadores pedagógicos (CPs) das 28 escolas do
referido sistema de ensino, se essa formação aborda o tema em questão, se ocorrem
estudos e reflexões sobre a educação literária com ênfase na leitura de livros de
literatura infantil e juvenil. Assim posto, se o olhar e a ação educativa do CP, em
relação à formação dos docentes, favorecem ou não à reflexão sobre as práticas
pedagógicas voltadas para a leitura literária. Para isso, pautamo-nos em Feldmann
(2009) que trata sobre os processos de formação docente em consonância com a
escola na contemporaneidade. Colocamos em pauta a qualidade dessa formação
mediante a crise pela qual passa a escola, sendo necessárias políticas públicas que
garantam a participação ativa dos docentes desde as instâncias decisórias do
currículo quanto do trabalho pedagógico. Palavras-Chave: Leitura Literária. Formação
Docente. Políticas Públicas de Literatura.

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LEITURA LITERÁRIA NA PRÁTICA DOCENTE: DA ELEVAÇÃO DO PENSAMENTO


AO PROTAGONISMO DA CRIANÇA
Patricia Cardoso Soares, Fabiana Barbom Mendes, Fernando José Fraga De
Azevedo, Rosana Benevides Ferreira
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
O presente estudo tem como objetivo analisar as práticas pedagógicas de incentivo à
formação do leitor literário em escolas municipais do Ensino Fundamental I da cidade
de Araçatuba/SP, refletindo sobre a relação estabelecida entre literatura e educação,
bem como, as formas como ocorre a leitura literária. De caráter qualitativo, utilizou-se
de questionário enviado aos coordenadores pedagógicos (CPs) de 28 escolas para
observar as práticas docentes relacionadas à formação do leitor literário desenvolvida
no sistema de ensino em questão. Amparado em Souza (2010), Arena (2010), Cosson
(2011), Coelho (2012), tratar-se-á sobre as práticas de leitura literária na sala de aula,
analisando como vêm cumprindo seu papel de aproximar leitor e livro de literatura. Em
Azevedo (2006) e Blanca-Ana (2013) abordaremos sobre a literatura na sala de aula
com vistas a promover a elevação do pensamento, o protagonismo da criança e sua
constituição como homem sujeito. Em Soares (2009), analisaremos as relações
existentes entre o processo de escolarização e a literatura infantil e juvenil.
Consideramos que não podemos negar a inevitável escolarização da literatura na
escola, pois, negar tal fato seria negar a própria escola, contudo, por meio de práticas
condizentes e adequadas é possível realizar um trabalho que possibilite, além do
conhecimento cognitivo, o reconhecimento do livro de literatura infantil e juvenil como
algo crucial para a formação humana através da leitura fruitiva. Palavras-Chave:
Leitura Literária. Prática Docente. Formação para o Protagonismo.

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LER O LIVRO ILUSTRADO EM SALA DE AULA: O QUE UM GRUPO DE


PROFESSORAS DO ENSINO FUNDAMENTAL TEM A NOS DIZER?
Andrea Rodrigues Dalcin
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Esta pesquisa objetiva conhecer as maneiras de ler o livro ilustrado em sala de aula.
Para tanto, escolhemos cinco professoras do 1º ao 5º anos de duas escolas públicas
com a intenção de mergulharmos no cotidiano de suas práticas junto às crianças na
busca pela singularidade em seus estilos de ação. A cultura escolar de leitura, o ler
para a criança e ler pela criança se constituíram como algumas das operações que, no
jogo entre texto, imagem e suporte promovidos pelo livro ilustrado, a invenção de
possibilidades a partir do que está disciplinado constituiu as maneiras de fazer e,
consequentemente, o ensino da literatura. Mas, que invenções são essas? Como
acontecem em sala de aula? Em nossa pesquisa de campo ancorada em operações
que envolveram entrevista, diálogo formativo e acompanhamento em sala de aula,
descobrimos que as professoras acreditam, na maioria das vezes, que aquilo que
fazem não tem importância porque ―todo mundo faz igual‖. Parece que as professoras
não percebem que as operações realizadas possuem sutilezas que as distinguem
umas das outras mesmo diante do que está prescrito para acontecer ao mesmo
tempo, da mesma forma, na mesma ordem, porém com pessoas que são de carne,
osso e datadas historicamente. A pesquisa visa contribuir para o campo dos estudos
sobre as práticas de leitura na escola, e também à formação de professores,
orientando-se por contribuições teóricas, principalmente, de Certeau (2007) no que se
refere às práticas cotidianas, Ginzburg (2003) que traz contribuições acerca do
paradigma indiciário e as singularidades e Chartier (2002) que nos ajudará a olhar
para a materialidade do objeto livro.

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LER, REMEMORAR E ESCREVER: UM DIÁLOGO ENTRE O ENSINO DE


LITERATURA E A PRODUÇÃO TEXTUAL
Gildene Lima De Souza Fernandes, Alessandra Cardozo De Freitas, Danielle
Medeiros De Souza
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
O presente artigo discorre sobre a contribuição da literatura para a produção textual de
crianças escolares, com enfoque na natureza autoral e memorialística da escrita.
Consiste em um relato de experiência, em desenvolvimento, analisado à luz de
referencial teórico, cujos sujeitos são crianças do 5º ano do Ensino Fundamental. Tal
experiência vem sendo motivada pelo desafio constante de construir intervenções
pedagógicas inovadoras que possam encaminhar a formação de escritores autônomos
e criativos, mediante o contato sistemático com obras memorialísticas de autores de
literatura. Sua relevância consiste na possibilidade de refletirmos sobre o papel do
mediador na relação entre a formação de leitores e a formação de escritores, no
reconhecimento da literatura como arte e no diálogo que o texto faz com a vida e com
a memória dos aprendizes. Para isso, desenvolvemos situações de apreciação de
memórias literárias e, concomitantemente, de escrita de memórias escolares por parte
de crianças que estão encerrando um ciclo da sua escolaridade e ao mesmo tempo se
preparando para mudança de escola. Utilizamos como referencial teórico Amarilha,
2013; Calkins, 1989; Freitas, 2002; Graves e Graves, 1995; Oliveira, 2004 e Vygotsky,
1997. Esperamos que as análises aqui tecidas venham elucidar proposições
pedagógicas para formação literária de crianças e fomentar o desenvolvimento de
práticas onde elas possam vivenciar o papel de escritoras que resgatam, por meio de
seus textos, suas memórias e experiências com a arte da palavra.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

LITERATURA DE CORDEL: UMA ABORDAGEM SOCIODISCURSIVA


Clotildes De Souza Farias, Áureo José Barbosa, Cristiana De Jesus Xavier, Keila
Antônia Barbosa Souza
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
É na escola que a maioria das crianças têm os primeiros contatos com o mundo
literário, dessa forma, este ambiente de aprendizagem é de fundamental importância
para a formação do sujeito como leitor. Nesse sentido, esse trabalho de caráter
bibliográfico, tem por objetivo propor uma reflexão sobre a relevância do trabalho
pedagógico em sala de aula com o gênero do discurso literatura de cordel para o
estudo da linguagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Aportaremos nos
preceitos que abrangem a teoria discursiva bakhtiniana para compreensão do gênero
em questão, tomando-o como um produto de práticas sociais historicamente situadas,
e também nos direcionamentos propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN) para o trabalho pedagógico com gêneros. Como resultado da análise, podemos
perceber que, ao tomar-se o gênero literatura de cordel como um evento
comunicativo, prenhe de marcas sociais historicamente situadas, o professor
proporciona aos seus alunos o contato com a literatura popular e, consequentemente,
ajuda na valorização de uma cultura historicamente marginalizada. Palavras-Chave:
Literatura de cordel. Ensino. Gêneros discursivos.

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LITERATURA INFANTIL E A PESQUISA CIENTÍFICA


Simone Strelciunas Goh
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
A educação superior abarca três finalidades: profissionalizar, iniciar a prática científica
e formar a consciência político-social do estudante. Tais conhecimentos devem ser
desenvolvidos por meio de experiências ativas e não assimilados de maneira passiva.
Cabe à universidade o envolvimento não apenas com o ensino, mas sobretudo com a
pesquisa, de maneira que possibilitará ao egresso uma atuação política e cidadã. O
objetivo deste trabalho é cotejar as três finalidades da educação apontadas, para tal
descreveremos as ações e práticas desenvolvidas na iniciação científica,
especificamente no curso de Pedagogia, tendo como corpus a literatura infantil. Tal
escolha se justifica por ser a literatura o espaço e o lugar onde os homens se
reconhecem a si mesmos, bem como ressignificam a multiplicidade e as
transformações da vida, suas histórias e estórias. A literatura foi a principal forma pela
qual recebemos a herança da tradição que nos cabe transformar mediante a óptica de
conhecimento da complexidade do mundo e da nova forma transdisciplinar de pensá-
lo. Ao futuro professor cabe a Universidade fomentar o desenvolvimento de suas
competências, com ênfase na administração de sua própria formação contínua, o que
o percurso de iniciação científica possibilita e o viés em literatura infantil ratifica.
Elencaremos trabalhos que foram desenvolvidos na modalidade de Iniciação Científica
e que permitiram que o futuro professor da educação básica pudesse construir uma
postura crítico-analítica sobre a literatura infantil, uma vez que essa é a melhor forma
de leitura do mundo e que se faz urgente na formação de crianças e jovens.

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LITERATURA INFANTIL E IDENTIDADE ÉTNICO-RACIAL: EXPERIÊNCIAS


FORMATIVAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PEDAGOGIA
Ana Corina Machado Spada, Francisco Gonçalves Filho
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Este texto relata as experiências vivenciadas a partir da orientação do estágio
supervisionado em educação infantil (creche e pré-escola), no curso de pedagogia. O
estágio foi orientado considerando o grupo de estudos e pesquisas que articula
discussões sobre infância e a questão étnico-racial. Tendo em vista o fato de que as
ações formativas dos discentes seriam realizadas no âmbito da educação infantil,
optamos por desenvolver um trabalho orientado por uma publicação direcionada às
crianças, que possibilitasse a reflexão em torno de elementos que envolvem a
identidade étnico-racial. Os objetivos que nortearam as etapas dessa atividade foram:
promover a reflexão sobre questões étnico-raciais na formação inicial de professores;
inserir no cotidiano escolar a discussão sobre identidade racial; contribuir para a
implementação da Lei 11.645/2008 que versa sobre o ensino da cultura afrobrasileira
na educação. A metodologia considerou o texto literário, intitulado O cabelo de Lelê,
que discorre acerca dos questionamentos feitos por uma criança negra acerca da
origem dos cachinhos de seus cabelos. Os cabelos são o fio condutor para um
conjunto de discussões a respeito da identidade racial da criança e traz elementos que
subsidiam reflexões relativas à diversidade de nossas origens, manifestada por
características físicas e também por costumes, tradições, histórias e demais aspectos
culturais. O desenvolvimento dessa atividade subsidiou não somente a realização do
estágio supervisionado em educação infantil, como também orientou a realização de
novas leituras e pesquisas que se propõem a pensar a formação docente, o espaço
escolar e a problematizar a identidade étnico-racial.

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LITERATURA SURDA INFANTIL E AS DIFICULDADES COMUNICATIVAS


ENFRENTADAS PELOS SURDOS
Maurício Loubet, Alcione Maria Dos Santos
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
A contação de histórias é primordial para incentivar a apropriação da leitura e da
escrita pelas crianças, compondo parte da educação infantil. As rodas de leituras e o
contato das crianças com ou sem deficiência com os livros infantis são relevantes por
ajudar no desenvolvimento cognitivo e emocional. Dessa forma, o presente estudo
objetiva descrever e analisar, por meio da pesquisa bibliográfica e exame de três
obras literárias, as dificuldades comunicativas vivenciadas pelos Surdos; as obras
analisadas são: A casa amarela (FERRARI, 2008); Um mistério a resolver: o mundo
das bocas mexedeiras (OLIVEIRA; CARVALHO; OLIVEIRA, 2008); Cinderela Surda
(KARNOPP; HESSEL; ROSA, 2003). Na investigação desses materiais, as ilustrações
e os textos elaborados destacam que os personagens Surdos estão evoluindo por
meio dos diálogos mediados em língua de sinais fortalecendo, assim, a identidade
Surda. Palavras-Chave: Literatura infantil. Cultura surda. Língua Brasileira de Sinais.

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LIVRO-IMAGEM: UMA ABORDAGEM ESTÉTICA DA NARRATIVA


Luis Carlos Barroso De Sousa Girão
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Operar as distintas possibilidades de constituição narrativa provenientes de uma obra
de arte literária que não faz uso do texto verbal é desafio constante para os jovens
leitores que se encontram diante do livro-imagem, assim como para aqueles que
realizam a mediação de leitura desses textos visuais. Partindo dessa perspectiva
pautada na visualidade, propomos uma breve reflexão que lance luz ao viés estético
no trabalho com esse tipo de produção literária infantil e juvenil, composta em
narrativa pictórica. Fundamentamos nossa proposta de comunicação nos escritos de
Maria Nikolajeva, quando a pesquisadora russa aponta uma abordagem estética da
narrativa em seu livro Aesthetic approaches to children’s literature: an
introduction (2005), em diálogo com o pensamento de Georges Didi-Huberman,
quando o filósofo francês questiona o olhar e sua capacidade de revelar a narrativa
oculta numa obra de arte visual no ensaio Diante da imagem: questão colocada aos
fins de uma história da arte (2013). Para a realização de uma leitura que leve em
conta esse olhar crítico e desvelador, mobilizaremos as obras sem palavras A
pequena marionete (2007), de Gabrielle Vincent, e Espelho (2009), de Suzy Lee.

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LIVRO-JOGO: ATRATIVO PARA A LEITURA JOVEM


Pedro Panhoca Da Silva
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Leituras não lineares que vão além do gênero ―drama interativo‖, os livros-jogos –
híbridos de leitura não linear com sistemas de RPG simples de serem jogados –
mostram-se ferramentas no estímulo à leitura jovem. Por conterem relevantes
referências intertextuais, as quais variam desde a literatura de fantasia ao horror e
ficção científica, podem levar o jovem leitor-jogador à literaturas ―maiores‖, ajudam-no
a assimilar conteúdos e aplicações práticas na vida real e/ou fantástica. Tal exercício
pode ser feito em sala de aula, mediado por professores das mais diversas disciplinas,
e tem mostrado uma boa eficácia nos casos testados. É por meio desse atrativo que o
leitor poderá aprender de forma não tradicional – caso essa seja ineficaz para consigo
– e lúdica algo a ele apresentado. Não necessariamente o mediador precisa de alto
poder aquisitivo para tais títulos nem aprender a fundo o conteúdo de cada um, mas
com uma boa noção para criar materiais exclusivos para a interação com os leitores
em potencial usando apenas sua imaginação resultados e produtos inesquecíveis
podem ser obtidos dessa experiência, muitas vezes criticada de forma negativa aos
que se recusam a inovar e manter o conservadorismo da forma tradicional de
estímulo.

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MÉTODO RECEPCIONAL: UM CAMINHO PARA O ENSINO DE LITERATURA NO


ENSINO FUNDAMENTAL I?
Daiana Lima Tarachuk, Elisa Maria Dalla-Bona
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
O Método Recepcional criado por Bordini e Aguiar (1993), vem sendo aplicado mais
frequentemente para turmas a partir do 6º ano do ensino fundamental. Em revisão de
literatura feita nos sites de busca de trabalhos acadêmicos foram encontradas apenas
quatro dissertações e uma tese abordando a sua aplicação nos anos iniciais. Este
trabalho apresenta uma proposição de aplicação do Método Recepcional para os
alunos pequenos e em fase de alfabetização, frequentando um 3º ano, numa escola
municipal de Curitiba. A partir das cinco etapas do Método Recepcional, será
construída uma sequência didática a ser aplicada, com o objetivo de formar o aluno
leitor e autor de literatura. A primeira etapa, determinação do horizonte de
expectativas, consiste num diálogo entre a pesquisadora e a professora da turma que
apontou o interesse deles pelos contos de fadas. No atendimento do horizonte de
expectativas, a turma é exposta à leitura de diversos contos de fadas sendo guiada
para perceber a arquitetura (personagens, espaço, tempo etc.) deste gênero. A
ruptura do horizonte de expectativas acontece por meio da leitura do conto A moça
tecelã (Marina Colasanti), porque diferentemente das protagonistas dos contos
clássicos, é uma mulher dona do seu destino. O questionamento do horizonte de
expectativas promove a discussão e comparação entre os textos lidos, aprimorando a
reflexão sobre a estrutura dos contos. A ampliação do horizonte de expectativa, ocorre
a partir da leitura da obra O fantástico mistério de feiurinha (Pedro Bandeira), quando
são introduzidos novos desafios com a construção de um roteiro para a elaboração de
um conto de fadas de autoria dos alunos. Ao final do processo espera-se que eles
alcancem níveis mais complexos de imersão no texto literário.

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OS APLICATIVOS DIGITAIS DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E SUAS


IMPLICAÇÕES NA AÇÃO LEITORA
Ellen Maira De Alcântara Laudares, Ilsa Do Carmo Vieira Goulart
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Este trabalho, que contou com apoio da FAPEMIG, é parte da pesquisa de mestrado,
intitulada A ação leitora nos aplicativos digitais de Contação de Histórias. Para esta
comunicação, pretende-se apresentar os primeiros resultados obtidos. A pesquisa visa
analisar de que modo as narrativas digitais reproduzidas em aplicativos de Contação
de histórias impactam ou modificam as formas do leitor de se relacionar com o texto. A
hipótese é que esses aplicativos proporcionam novas formas de relação do leitor com
o texto, criando outras possibilidades de ação leitora. Para isso, aplicativos de
Contação de histórias serão categorizados segundo as suas características de
movimento, imagem e som. Será analisada como se dá a ação leitora nestes Apps,
bem como serão propostas alternativas didático-pedagógicas, para a inserção dos
aplicativos de Contação de histórias, em atividades escolares da educação básica.
Como critério a ser observado, será dada a primazia aos aplicativos que podem ser
operados isocronamente em smartphones, tablets e computadores. A exequibilidade
desta investigação foi verificada através de uma pré-amostragem que constatou a
existência de mais de 200 aplicativos digitais de Contação de histórias distintos. Será
realizada a análise das informações técnicas, das características e funções dos apps
de Contação de histórias, bem como uma descrição minuciosa de como as histórias
podem ser exploradas ou desenvolvidas, buscando identificar com isso, quais as
possibilidades e formas de se contar e interagir com as histórias. Espera-se contribuir
para com a compreensão do indivíduo acerca da utilidade e funcionalidade dos
aplicativos digitais de Contação de histórias, bem como elucidar as questões relativas
à como se dá a ação leitora destes artefatos digitais.

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PESQUISAS SOBRE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL EM MATO GROSSO DO


SUL : O ESTADO DO CONHECIMENTO ENTRE 2005-2016
Gisele Aparecida Ribeiro Sanches, Estela Natalina Mantovani Bertoletti, José Antonio
De Souza
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
De acordo com as considerações apresentadas na disciplina Literatura Infantil e
Juvenil e Formação do Gosto, a Literatura Infantil e Juvenil pode ser caracterizada
como uma área de estudo que está presente em áreas do conhecimento científico
como Letras, Educação, Psicologia, Biblioteconomia, dentre outras, cada qual
privilegiando uma abordagem a respeito do tema. Sendo assim, o objetivo deste
estudo é apresentar as temáticas de pesquisa referentes à Literatura Infantil e Juvenil
no estado de Mato Grosso do Sul de 2005-2016 por meio dos estudos vinculados a
programas de pós-graduação em Letras e Educação do estado. As instituições
selecionadas foram: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS),
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Estadual de Mato
Grosso do Sul (UEMS) e Universidade Católica Dom Bosco (UCBD). Em razão de se
tratar de um estudo bibliográfico, foi feito um levantamento do estado do conhecimento
na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações-BDTD, mantida pelo Instituto Brasileiro
de informação Ciência e Tecnologia-IBICT. Por ser uma base de dados de
reconhecimento e confiabilidade, que reúne a produção científica nacional,
selecionamos as teses e dissertações encontradas a respeito de Literatura Infantil e
Juvenil. A busca foi feita a partir da eleição dos descritores Literatura Infantil, Literatura
Juvenil e Literatura Infantil e juvenil. Também foram feitas pesquisas nas bases de
dados das Instituições escolhidas, a fim de cobrir a maior possibilidade de
recuperação de registros. Não há a intenção de exaustividade no processo de
levantamento e sim apontar a produção científica entre 2005-2016 dos estudos que
têm como temática a Literatura Infantil e juvenil.

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PRÁTICAS DE LEITURA NA SALA DE AULA DE ALFABETIZAÇÃO: LITERATURA


INFANTIL E ENSINO
Mariana Bortolazzo
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Este trabalho representa um recorte da tese de doutorado da autora e busca discutir
algumas práticas de leitura realizadas pela professora que participa da pesquisa, com
uma turma de alfabetização, 1º ano do Ensino Fundamental. Buscamos identificar: que
práticas são essas? Como os livros de Literatura Infantil são utilizados em sua
materialidade e em seu conteúdo? Quais os objetivos da leitura realizada diariamente?
Quais suas relações com as demais práticas de ensino? Entende-se a leitura como
uma prática cultural que envolve a materialidade do texto, sua produção, circulação,
recepção, entre outros. (CHARTIER, 1990). Identificamos os alunos como estando no
polo da recepção e a professora como mediadora dos textos literários, conforme
compreende Petit (2008). O objetivo do artigo, dessa forma, consiste em levantar e
analisar algumas práticas docentes relacionadas às práticas de leitura literária em uma
sala de alfabetização, buscando relacioná-las às demais práticas de ensino. Algumas
práticas consideradas de leitura diária (sugeridas pelo material didático utilizado)
sugerem, a partir das observações possíveis, um uso do texto literário ainda bastante
amarrado às práticas de ensino – interpretação de textos, respostas à questionários,
produção de reescrita, aproveitamento para discutir outros temas em questão, etc. A
metodologia utilizada foi a pesquisa de campo, na qual a pesquisadora recorreu a
anotações em caderno de campo e entrevistas semiestruturadas com a professora. O
corpus da pesquisa é analisado à luz da História Cultural, contando com Anne Marie
Chartier (2007), Roger Chartier (1990), Michel de Certeau (1985; 1998); além das
contribuições de Ginzburg (2001), com o paradigma indiciário, e de Bakhtin (2010),
relacionadas à análise do discurso.

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PRESCILIANA DUARTE DE ALMEIDA E A LITERATURA INFANTIL


Raissa Nunes Pinto
Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
Apresenta-se neste estudo, pesquisa em andamento sobre a autora Presciliana
Duarte de Almeida (1867-1944), mulher, escritora, da década de 1910, no Brasil, que
se dedicou a escrever Literatura Infantil voltada para o ensino de crianças em idade
escolar da época. A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica e documental.
Busca-se por meio desta pesquisa, contribuir para estudos sobre autores que
produziram literatura infantil antes de Monteiro Lobato (1867-1944) principalmente
autoras, que foram esquecidas pelos pesquisadores da área de Literatura Infantil no
país, uma vez que, na história da Literatura Infantil brasileira existem lacunas que
precisam ser preenchidas por estudos da área. Já foi possível localizar alguns estudos
sobre a autora, e até o presente momento estão sendo analisados. Há uma larga
produção acadêmica sobre a vida e obra de Monteiro Lobato, no entanto, autores que
o antecederam e talvez até influenciaram sua produção foram, até o momento, pouco
visitados. Busca-se, pois, preencher pelo menos um pouco dessa lacuna, pesquisando
a vida e a obra de Presciliana Duarte de Almeida. Palavras-Chave: Literatura Infantil.
Mulher. Pesquisa.

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PROJETOS DE LITERATURA INFANTIL: RELATOS DO PIBID-INTERDISCIPLINAR


EM SINOP, MATO GROSSO

Adriana Lins Precioso


Eixo Temático 08: Literatura infantil e ensino - Comunicação Oral
O trabalho com o PIBID – ―Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência‖
oportuniza aos discentes a inserção na escola para vivenciarem esse universo e
também atuarem neste meio trazendo inovações em projetos de intervenção
desenvolvidos nas escolas. Já para os supervisores/professores, há a oportunidade de
participarem como coformadores dos futuros docentes, além de contribuírem com a
articulação tão desejada da teoria e da prática, tendo acesso a textos contemporâneos
sobre as questões de alfabetização, letramentos, meio ambiente, cultura, leitura e
escrita. O maior desafio da formação continuada neste formato é possibilitar ao
professor do ensino fundamental a habilidade para teorizar sua prática dando-lhe
autonomia e reforçando a necessidade de apresentação de suas atividades em
eventos para a comunidade ou no meio acadêmico. O sub-projeto ―Interdisciplinar –
formação para a diversidade: Educação Linguística, Educação para a Diversidade
Cultural e Educação Ambiental nas Licenciaturas (Letras e Pedagogia) no contexto da
Amazônia Mato-Grossense e entorno do Parque Xingu, na UNEMAT – Universidade
do Estado de Mato Grosso, Campus de Sinop, atende a cinco escolas do município de
Sinop, conta com quatro coordenadores, doze supervisores e sessenta e três bolsistas
dos cursos de Letras e Pedagogia. Para este trabalho, trazemos as experiências com
projetos de leitura de textos literários, sua aplicação nas escolas, alguns equívocos
relacionados ao uso da literatura em sala de aula e o processo de intervenção dos
coordenadores na formação paralela que dá subsídios para o desenvolvimento das
propostas nas escolas.

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ACERVO, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA BIBLIOTECA ESCOLAR:


DESAFIOS DA ESCOLA MUNICIPAL ALMIRANTE TAMANDARÉ, EM CORUMBÁ-
MS
Nilcilene Rodrigues
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
Este trabalho apresenta os resultados de investigação das condições da biblioteca da
Escola Municipal Almirante Tamandaré , em Corumbá-MS, no que se refere ao seu
acervo, sua organização e formas de funcionamento. Os resultados aqui expostos
resultam do desenvolvimento do Curso de Extensão ―Biblioteca Escolar e Práticas
Educativas‖, oferecido no segundo semestre de 2016, pela UFMS/Campus do
Pantanal. Durante o referido curso, do qual fui membro da equipe de execução, tive a
oportunidade de observar e discutir sobre os avanços e desafios da referida biblioteca
com os professores e gestores da escola. Concluimos que a biblioteca da Escola
Municipal Almirante Tamandaré apresenta uma infraestrutura favorável, com mobiliário
básico e um amplo espaço climatizado, que carece de organização adequada. Os
desafios a serem resolvidos para que esta biblioteca se torne um espaço favorável à
formação de leitores diz respeito à organização do espaço e acervo, à ampliação do
acervo, à disponibilização de funcionário em horário integral, e a implementação de
rotina de empréstimo de materiais e de programas de leitura que atendam 100% da
comunidade escolar. A fundamentação teórica apoia-se em Paiva (2004), Perrotti
(2008), Souza (2009), Arena (2009), Silva (2009), Di Giorgi;Rigoleto (2009),
Santos;Souza (2009), Lopes;Balça (2013), Luiz (2013), Feba;Vinhal (2013) e
Batista;Santos (2013), autores que tratam das condições de funcionamento, da
organização do espaço, da importância do acervo e de programas de leitura para que
a biblioteca possa ser protagonista no processo de formação de leitores no contexto
escolar.

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ACERVO, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA BIBLIOTECA ESCOLAR:


DESAFIOS DA ESCOLA MUNICIPAL CLIO PROENÇA, EM CORUMBÁ-MS
Cristiane Déa Pereira Galeano
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
Este trabalho apresenta os resultados de investigação das condições da biblioteca da
Escola Municipal Clio Proença, em Corumbá-MS, no que se refere ao seu acervo, sua
organização e formas de funcionamento. Os resultados aqui expostos resultam do
desenvolvimento do Curso de Extensão ―Biblioteca Escolar e Práticas Educativas‖,
oferecido no segundo semestre de 2016, pela UFMS/Campus do Pantanal. Durante o
referido curso, do qual fui membro da equipe de execução, tive a oportunidade de
observar e discutir sobre os avanços e desafios da referida biblioteca com os
professores e gestores da escola. Concluímos que a biblioteca da Escola Municipal
Clio Proença deveria ter um espaço maior e mais equipado, melhorar o acervo, e
aumentar o acervo literário, principalmente com obras da literatura juvenil.
Observamos também a necessidade de profissional em tempo integral no local. A
fundamentação teórica apoia-se em Paiva (2004), Perrotti (2008), Souza (2009),
Arena (2009), Silva (2009), Di Giorgi;Rigoleto (2009), Santos;Souza (2009),
Lopes;Balça (2013), Luiz (2013), Feba;Vinhal (2013) e Batista;Santos (2013), autores
que tratam das condições de funcionamento, da organização do espaço, da
importância do acervo e de programas de leitura para que a biblioteca possa ser
protagonista no processo de formação de leitores no contexto escolar.

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ACERVO, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA BIBLIOTECA ESCOLAR:


DESAFIOS DA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO INTEGRAL TILMA FERNANDES
VEIGA & VALÓDIA SERRA, EM CORUMBÁ-MS.
Josy Laura Pereira Da Costa, Heloise Fernandes De Carvalho, Jonathan Gonçalves
Dos Santos, Ricardo Modesto De Pinho
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
O objetivo deste relato é apresentar o trabalho de adequação da biblioteca da Escola
Municipal de Ensino Integral Tilma Fernandes Veiga & Valódia Serra, em Corumbá-
MS, Para isso, exporemos as etapas e desafios resultantes desse processo que
ocorreu em dois momentos. Primeiro: reforma física, da qual resultou a ―parede das
ideias‖, a pintura e redistribuição de prateleiras e, por fim, a organização do ―espaço
formal‖, contendo a mesa do professor e quatro jogos de mesas e cadeiras escolares;
e do ―espaço informal‖ com tapetes, almofadas, cortinas coloridas e brinquedos
pedagógicos. Segundo: organização e melhor disposição do acervo, que agora conta
com dicionários, livros para pesquisas, atlas, livros paradidáticos, literatura infantil e
juvenil, além de livros e DVDs de apoio pedagógico. O desafio para que esta biblioteca
seja um espaço de formação de leitores consiste em organizar o seu funcionamento.
Para isso é essencial a contratação de um profissional que atenda em horário integral
para criação de rotina de frequência e implantação de programas de leitura que
alcancem toda a comunidade escolar. Este trabalho de adequação fez parte do projeto
de leitura ―Histórias transformando histórias‖, desenvolvido no segundo semestre de
2016, em que alunos e professores se envolveram com a leitura e a contação de
histórias. A fundamentação teórica está pautada em SOUZA (2009), SILVA (2009),
ARENA (2009), autores estudados durante o Curso de extensão ―Biblioteca escolar e
práticas educativas‖, promovido pela UFMS/Campus do Pantanal, durante o segundo
semestre de 2016. Palavras-Chave: Leitura. Formação do leitor. Biblioteca escolar.

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ACERVO, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA BIBLIOTECA ESCOLAR:


DESAFIOS DA ESCOLA MUNICIPAL DJALMA DE SAMPAIO BRASIL, EM
CORUMBÁ-MS
Patricia Ribeiro Bobadilha
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
Este trabalho apresenta os resultados de investigação das condições da biblioteca da
Escola Municipal Djalma de Sampaio Brasil, em Corumbá-MS, no que se refere ao seu
acervo, sua organização e formas de funcionamento. Os resultados aqui expostos
resultam do desenvolvimento do Curso de Extensão ―Biblioteca Escolar e Práticas
Educativas‖, oferecido no segundo semestre de 2016, pela UFMS/Campus do
Pantanal. Durante o referido curso, do qual fui membro da equipe de execução, tive a
oportunidade de observar e discutir sobre os avanços e desafios da referida biblioteca
com os professores e gestores da escola. Concluimos que a biblioteca da Escola
Municipal Djalma de Sampaio Brasil, em Corumbá-MS apresenta uma infraestrutura
favorável, com mobiliário básico, espaço climatizado e organização adequada. Os
desafios a serem resolvidos para que esta biblioteca se torne um espaço favorável à
formação de leitores diz respeito à ampliação do acervo, à disponibilização de
funcionário em horário integral e à implementação de rotina de empréstimo de
materiais e de programas de leitura que atendam a 100% da comunidade escolar. A
fundamentação teórica apoia-se em Paiva (2004), Perrotti (2008), Souza (2009),
Arena (2009), Silva (2009), Di Giorgi;Rigoleto (2009), Santos;Souza (2009),
Lopes;Balça (2013), Luiz (2013), Feba;Vinhal (2013) e Batista;Santos (2013), autores
que tratam das condições de funcionamento, da organização do espaço, da
importância do acervo e de programas de leitura na biblioteca escolar. Palavras-
chave: Leitura. Formação do Leitor. Biblioteca Escolar.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

ACERVO, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA BIBLIOTECA ESCOLAR:


DESAFIOS DA ESCOLA MUNICIPAL LUIZ FEITOSA RODRIGUES, EM CORUMBÁ-
MS
Luzimare De Souza Pinho Cabral
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
ACERVO, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA BIBLIOTECA ESCOLAR:
DESAFIOS DA ESCOLA MUNICIPAL LUIZ FEITOSA RODRIGUES, EM CORUMBÁ-
MS Luzimare de Souza Pinho Cabral, UFMS/Campus do Pantanal RESUMO Este
trabalho apresenta os resultados de investigação das condições da biblioteca da
Escola Municipal Luiz Feitosa Rodrigues, em Corumbá-MS, no que se refere ao seu
acervo, sua organização e formas de funcionamento. Os resultados aqui expostos
resultam do desenvolvimento do Curso de Extensão ―Biblioteca Escolar e Práticas
Educativas‖, oferecido no segundo semestre de 2016, pela UFMS/Campus do
Pantanal. Durante o referido curso, do qual fui membro da equipe de execução, tive a
oportunidade de observar e discutir sobre os avanços e desafios da referida biblioteca
com os professores e gestores da escola. Concluímos que a biblioteca escolar da
Escola Municipal Luiz Feitosa Rodrigues tem um espaço original arquitetônico
favorável para desenvolver projetos de incentivo à leitura. Falta, no entanto, organizar
este espaço em zona formal e informal. O mobiliário é básico e oferece segurança. O
acervo é variado, mas precisa ser ampliado. Há projeto de leitura em andamento. Há
necessidade de profissional contratado em período integral. A fundamentação teórica
apoia-se em Paiva (2004), Perrotti (2008), Souza (2009), Arena (2009), Silva (2009),
Di Giorgi;Rigoleto (2009), Santos;Souza (2009), Lopes;Balça (2013), Luiz (2013),
Feba;Vinhal (2013) e Batista;Santos (2013), autores que tratam das condições de
funcionamento, da organização do espaço, da importância do acervo e de programas
de leitura para que a biblioteca possa ser protagonista no processo de formação de
leitores no contexto escolar. Palavras-chave: Leitura. Formação do Leitor. Biblioteca
Escolar.

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A IMPORTÂNCIA DA LEIRTURA DE POESIAS NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS


EM ESPAÇOS COMO BEBETECAS
Elaine Gomes De Souza
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
Este trabalho tem por objetivo a leitura de poesias em espaços não escolares como as
bebetecas. Filipouski (2009, p. 23), afirma que, ―Formar leitores implica destinar tempo
e criar ambientes favoráveis à leitura, em atividades que tenham finalidade social‖. A
escritora Glória Kirinus (1998) afirma em seu livro Criança e Poesia na Pedagogia
Freinet que todos são poetas por natureza, pois desde o ventre materno, quando
escuta a canção de ninar cantada pela mãe, a criança já tem contato com a poesia.
Com isso vale uma pesquisa que leve em consideração a singularidade de cada
criança, ou seja, a preservação da essência do mito poético. Entretanto observa-se
que as crianças perdem cada vez mais cedo o contato com o mundo da
ficção/fabulação, vale ressaltar que este mundo é capaz de atuar no caráter e na
formação dos sujeitos como propõe Antonio Candido. Desse modo é necessário
desmitificar que apenas a escola é capaz de proporcionar o acesso das crianças a
texto literário assim como as especificidades do texto poético tendo em vista que
―longe da crença ingênua de que a leitura literária dispensa aprendizagem, é preciso
que se invista na analise da elaboração do texto, mesmo com leitores iniciantes ou se
ainda não dominem o código escrito‖ (MACIEL, 2010, p.59). Nesse sentido como
garantir os direitos básico da criança quanto pessoa e preservação da sua formação
assim como sugere Antonio Candido e quais medidas podem motivar e auxiliar a
construção desse sujeito a ter acesso a cultura desde pequenos.

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A LEITURA LITERÁRIA COMO FORMA DE AMPLIAÇÃO DO REPERTÓRIO


CULTURAL DA CRIANÇA
Hellen Samara Nascimento Sousa, Carolina Campos Ilorca, Karinne Karla De Lima
Rodrigues
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
Levando-se em consideração a ideia de que a literatura infantil amplia os horizontes
da criança com novas descobertas, dando-lhe a oportunidade de percorrer um
caminho para o desenvolvimento da imaginação, este trabalho tem como objetivo
principal apresentar a necessidade da prática da leitura e do aprofundamento teórico
de literatura infantojuvenil durante a formação docente, objetivando a formação de
leitores em espaços escolares e não escolares. Para fundamentar a pesquisa,
utilizaremos, dentre outros textos, as obras de Luzia de Maria, Michele Petit e Richard
Bamberger, que ressaltam a importância de se incentivar, nas crianças, o hábito e o
interesse pela leitura literária. Além disso, este trabalho pretende ressaltar a
contribuição da literatura infantojuvenil no desenvolvimento social, cognitivo e
emocional da criança, procurando mostrar como o hábito da leitura na infância ajuda a
despertar na criança o senso crítico, além de abrir caminhos para novas descobertas,
dando-lhe a oportunidade de se inserir socialmente. Será também apresentado o
resultado de um trabalho desenvolvido pelas pesquisadoras por meio da leitura e
dramatização de uma obra da literatura infantojuvenil com alunos do 4° ano do ensino
fundamental do Colégio Projeção, visando o desenvolvimento da diversidade cultural
por meio da literatura infanto-juvenil, bem como o incentivo à leitura de literatura de
maneira dinâmica. Palavras-Chave: Espaços de Leitura. Repertório cultural. Prática da
leitura literária.

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A SELEÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS PARA O ENSINO: O PAPEL DO


PROFESSOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Érica Sousa Miguel Basso
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
Tendo em vista que a literatura pode constituir material didático para o ensino de
língua estrangeira (LE) e auxiliar no letramento literário do aluno em LE, este estudo
questiona como é feita a seleção de textos literários como material de ensino na
contemporaneidade. Pesquisas como a de Corchs (2006) mostram que a literatura é
geralmente utilizada nos livros didáticos como pretexto para o ensino de gramática,
uso que não respeita a singularidade do texto literário como expressão artística.
Segundo Almeida Filho (1998), fazer a seleção e/ou produção de material didático é
uma das atribuições do professor, e é neste aspecto que este trabalho pretende se
aprofundar. Por meio do levantamento e revisão de relatos de pesquisa de campo, o
objetivo desta pesquisa é esclarecer quais são as motivações dos professores na
seleção de material literário para crianças e jovens no âmbito do ensino de língua
estrangeira. Neste trabalho, dois fatores serão discutidos: a escolha por materiais
adaptados e a tradição do uso. Com relação ao primeiro fator, Lopes (2008) e Alonso
(2011) mostram como o uso de clássicos adaptados para o público infantojuvenil pode
ser um ―facilitador‖ na aprendizagem, contribuindo positivamente para a formação de
leitores. Além da questão do texto adaptado, a tradição do uso de determinados livros
no ensino, como uma espécie de ―cânone literário escolar‖, também pode ser um dos
fatores de decisão para a seleção. Assim, nossa hipótese inicial é que esses dois
fatores são fundantes para que o professor selecione um livro e não outro, o que
poderá ser verificado na revisão bibliográfica aqui proposta. Palavras-Chave: Leitura
literária. Ensino de língua estrangeira. Seleção de livro literário.

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BIBLIOTECA DO SESI INDÚSTRIA DO CONHECIMENTO: CONSIDERAÇÕES


SOBRE UMA PARCERIA
Maria Zilda De Souza Leite, Rita De Cássia Maciel De Oliveira, Sindy Ellen De Luca
Araujo
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
Este relato visa apresentar considerações sobre acervo, organização e funcionamento
da biblioteca do SESI. localizada na Escola Municipal Dr Cássio Leite de Barros,
Corumbá – MS. Fruto de uma parceria com a Prefeitura Municipal, esta biblioteca
escolar, localizada em área periférica, abrange 7 escolas, entre estaduais e
municipais. A estrutura física compreende um ambiente favorável, com espaço e
mobiliário adequado à clientela. As ações desenvolvidas nesta biblioteca e que
propomos esmiuçar nesta apresentação são projetos de iniciação tecnológica, projetos
em parceria com os professores, ações educativas diversas e atividades específicas
de incentivo à leitura, tais como: projeto ―Quinze minutos é uma viagem‖, ―Contar e
Recontar‖, ―Lá vem histórias‖ e ―Corrente da leitura‖. Como fundamentação teórica,
utilizamos Souza (2009), Arena (2009), Silva (2009), Di Giorgi;Rigoleto (2009),
Santos;Souza (2009), Perrotti (2009), Lopes;Balça (2013), Luiz (2013), Feba;Vinhal
(2013) e Batista;Santos (2013), autores estudados no âmbito do Curso de Extensão
―Biblioteca escolar e Práticas educativas‖, oferecido pela UFMS/Campus do Pantanal
durante o 2º semestre de 2016.

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BIBLIOTECA ESCOLAR: ESPAÇO URBANO DE FORMAÇÃO DO LEITOR


Ieda Maria Kurtz De Azevedo, Alex Nunes, Cristina Maria Rosa, Rafaela Canez
Camargo
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
No artigo elencamos resultados alcançados com projeto de restauro de uma biblioteca
escolar em 2016. Com o intuito de criar argumentos para defender o projeto
socialmente, cercamo-nos de pesquisas sobre a leitura, o livro e a literatura realizadas
por pesquisadores como Meireles (1951), Abramovich (1997), Campelo (2002),
Zilberman (2003) e Souza e Feba (2011) além do estudo de documentos legais que
normatizam a fundação, existência, manutenção e preservação de bibliotecas
escolares no Brasil. A metodologia – de abordagem multidisciplinar – foi gerida pela
integração entre o olhar da Educação como fim último – promover a leitura –, o da
Arquitetura como meio – projetar e intervir em um espaço – e o da Antropologia como
questão de pesquisa – responder para quê e para quem a universidade realiza
extensão. Esta ―abordagem multidisciplinar‖ resultou no registro de um modo peculiar
de ser e estar em grupo. Entre os procedimentos, a invenção de setores mais
compatíveis com a ideia de gostar de estar e de ler, inexistentes nas bibliotecas
tradicionais. Ao restaurar o espaço, projetamos ofertar aos usuários uma ética e uma
estética urbana, atual, através de ambientes que já existem na sociedade, mas que
ainda não são usuais na escola pública. No desempenho das funções, ousamos um
modo coletivo de gerir uma obra. Por fim, para garantir a pesquisa acadêmica,
escolhemos dois modos de registro: imagético e escrito. O material resultante –
arquivo imagético digital com aproximadamente duas mil imagens e memorial
descritivo do grupo – tem sido fonte de aprendizados e futuros projetos.

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BIBLIOTECA ESCOLAR MONTEIRO LOBATO: CONTO, RECONTO E ENCANTO


Cristiane Campos Dos Santos Openkowski, Márcia Cristina Capistrano Da Rosa
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
Biblioteca Escolar Monteiro Lobato: Conto, reconto e encanto. Cristiane Campos dos
Santos Openkowski, Rede Municipal de Ensino/Corumbá - MS Márcia Cristina
Capistrano da Rosa, Rede Municipal de Ensino/Corumbá - MS RESUMO Este relato
visa apresentar as atividades desenvolvidas na biblioteca da Escola Municipal de
Educação Integral Luiz Feitosa Rodrigues, em Corumbá-MS, durante o segundo
semestre de 2016; ações que priorizaram o espaço da biblioteca como mediador de
leitura. As etapas que compuseram este processo envolveram planejar a forma de
funcionamento da biblioteca escolar e a implantação de um programa de leitura na
forma de um projeto. Primeiramente sistematizou-se um cronograma semanal de
frequência com uma especificidade: a participação esporádica dos pais, como forma
de envolver a família, fator essencial para a formação de leitores. Posteriormente,
elaborou-se projeto e executou-se a oficina ―Conto, Reconto e Encanto‖, realizada das
11h às 12h, direcionada à leitura e escrita literária. Como resultado, observamos o
crescimento do interesse dos alunos pela leitura e utilização da biblioteca, que ganhou
visibilidade na comunidade escolar. Como fundamentação teórica, utilizamos Souza
(2009), Arena (2009), Silva (2009), Di Giorgi;Rigoleto (2009), Santos;Souza (2009),
Perrotti (2009), Lopes;Balça (2013), Luiz (2013), Feba;Vinhal (2013) e Batista;Santos
(2013), autores estudados no âmbito do Curso de Extensão ―Biblioteca escolar e
Práticas educativas‖, oferecido pela UFMS/Campus do Pantanal durante o 2º
semestre de 2016. Palavras-Chave: Leitura. Formação do leitor. Biblioteca escolar

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BIBLIOTECA VIVA E A FORMAÇÃO DE LEITORES NO HOSPITAL PEQUENO


PRÍNCIPE
Claudio Cesar Pimentel Teixeira, Itamara Peters
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
Esta pesquisa apresenta um estudo de caso que tem por finalidade avaliar os
resultados obtidos com o programa Biblioteca Viva no Hospital Pequeno Príncipe. Em
2002 o programa foi implantado no Hospital, em parceria com o Ministério da Saúde e
a Fundação Abrinq. Por meio do programa, é disponibilizado um acervo de trezentos
livros infanto-juvenis e realiza-se a capacitação de funcionários para se tornarem
mediadores de leitura, dedicando parte de seu tempo de trabalho à leitura para as
crianças e adolescentes hospitalizados. Atualmente o Hospital tem um acervo de
aproximadamente cinco mil títulos e a prática de leitura foi assumida e incorporada as
ações do Setor de Educação e Cultura. O presente trabalho visa identificar o repertório
de leitura das crianças atendidas com o programa e traçar um perfil do processo de
evolução da leitura literária dessas crianças. A pesquisa tem como objetivo geral
analisar e compreender como a leitura do texto literário infanto – juvenil no ambiente
hospitalar por crianças, adolescentes, pais, professores e educadores do setor de
Educação e Cultura do Hospital Pequeno Príncipe, contribui para a formação de
leitores fluentes que tem afinidade com o texto literário. A literatura infantil deve ser
oferecida como instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da
capacidade e interesse de analisar o mundo. Assim, mesmo antes da criança
aprender a ler, deve-se incita-la a ouvir histórias e manusear livros. A literatura infantil
é fruto do imaginário das crianças, sua importância se dá a partir do momento em que
elas tomam contato oralmente com as histórias, e não somente quando se tornam
leitores.

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BOOKTUBER E O INCENTIVO À LEITURA DE ADOLESCENTES


Amanda Sertori Dos Santos, Eliana De Souza Santos, Juliana Casarotti Ferreira
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
A prática da leitura permeia nosso cotidiano independente do contexto em que
estamos. Diante desse cenário, nos deparamos com a dificuldade em incentivar os
jovens a ler em uma época em que há tantos atrativos tecnológicos. Isso nos coloca
diante da necessidade de buscarmos novas formas em desenvolver o gosto pela
leitura. Muitas práticas obsoletas são usadas com essa finalidade, como as fichas e
provas escritas sobre os livros que podem não somente não atingir o objetivo que é
desenvolver o gosto pela leitura, como pode atrapalhar que isso aconteça. Pensando
nisso e na febre que os adolescentes vivem pelos YouTubers, apresentamos a eles os
booktubers, que são jovens que fazem vídeos sobre os livros que leram, com
indicações de leitura, resenhas e críticas literárias. Daí nasceu a proposta do
desenvolvimento desse trabalho, que teve como objetivos: motivar a leitura de livros
de diferentes estilos literários e gêneros textuais; e estimular o gosto pela prática da
leitura. O projeto foi realizado em parceria entre a bibliotecária da escola junto às
professoras de língua portuguesa e participaram alunos do 60 ao 9o ano do Ensino
Fundamental. Os alunos foram orientados a utilizar os livros da Biblioteca Escolar de
maneira que os demais pudessem conhecer os títulos existentes no espaço e mais
tarde pudessem realizar o empréstimo do material. Os vídeos produzidos pelos alunos
foram apresentados na biblioteca. Ao término do projeto os alunos fizeram uma
autoavaliação retratando sua experiência em realizar a atividade e os depoimentos
expressaram positivamente o desenvolvimento do projeto, as dificuldades na sua
execução e apontaram como sugestões de atividades de incentivo a leitura o próprio
Booktuber e a outras atividades práticas, como teatro, seminários, entre outras.

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CONTAR PARA ENCANTAR: NOTAS SOBRE A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E A


FORMAÇÃO DO LEITOR
Krisna Cristina Da Costa, Oara Saldanha Gonçalves
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
RESUMO Neste trabalho buscamos investigar as relações entre a contação de
histórias e a formação de leitores literários, propondo uma reflexão sobre a
aproximação e o distanciamento entre cultura oral e cultura escrita. Para essa
investigação, selecionamos práticas de contação que possuem como objetivo a
formação de leitores de literatura, buscando aproximar as crianças dos livros
impressos. Observamos sessões de contação de histórias realizadas na Biblioteca
Pública de Belo Horizonte e em uma biblioteca escolar, analisando a performance dos
contadores e a participação dos ouvintes, por meio de gestos, olhares e palavras.
Além disso, entrevistamos os contadores e algumas crianças que participaram da
atividade e investigamos a quantidade e títulos dos livros emprestados após a
contação, por meio do acesso à base de dados das bibliotecas. O suporte teórico
desse trabalho consiste fundamentalmente nos respectivos autores: Benjamin,
Bussato e Cosson. Diante de nossas análises, em andamento, acreditamos que a
oralidade, nas práticas observadas, contribui para a aproximação das crianças da
cultura escrita, despertando seu interesse pela leitura de livros de literatura. Palavras-
Chave: contação de histórias, oralidade, formação do leitor

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ERA UMA VEZ A DONA BARATINHA: UMA EXPERIÊNCIA LITERÁRIA NA


BIBLIOTECA ESCOLAR
Jusciane Ferreira Barros, Adrielle Martins De Lima, Isa Mara Colombo Scarlati
Domingues, Maria Da Glória Freitas Xavier
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
O trabalho apresenta uma experiência literária realizada na biblioteca de uma escola
pública municipal de Jataí-GO com alunos dos anos iniciais do ensino fundamental a
partir do conto clássico Dona Baratinha. A experiência com a literatura infantil na
biblioteca consiste de um trabalho realizado semanalmente pelos alunos bolsistas do
Programa de Bolsa de Iniciação a Docência (Pibid), subprojeto do Curso de
Pedagogia da Universidade Federal de Goiás. A versão da história da Dona Baratinha
utilizada inicialmente no trabalho foi a recontada pela escritora Ana Maria Machado
que, diferentemente do conto popular português, constrói a personagem em uma
perspectiva mais moderna. A escolha se deu pela qualidade literária da obra. A partir
da história recontada por Machado foi possível estabelecer um trabalho de leitura
dialógica com base nas estratégias de leitura como, inferências, síntese e conexões
texto-leitor, e texto-mundo. Essa experiência possibilitou às crianças refletirem
criticamente sobre o desfecho da história e também a exploração da escrita por meio
da elaboração de um convite. Essas vivências, mediadas pelas práticas de literatura,
sinalizam a biblioteca como um espaço pedagógico privilegiado da formação do leitor
crítico, que consiga ir além da compreensão literal, leitor capaz de levar seus
conhecimentos prévios até o texto para a criação de hipóteses, capaz de perceber a
beleza da palavra escrita, de emocionar-se com o impacto estético ou psicológico que
ela provoca.

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EU LIVRO, TU LIVRAS, NÓS LIVRAMOS: A TRANSFORMAÇÃO DO NÃO-LUGAR


EM LUGAR A PARTIR DA DISSEMINAÇÃO LITERÁRIA
Nicole De Medeiros Barcelos, Alcione Pauli, Berenice Rocha Zabbot Garcia, Cymara
Scremin Schwartz Sell
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
―Não pertenço a ninguém. Não sou dele, dela, ou teu. Mas posso te emprestar minhas
histórias, com uma condição: quando terminares a leitura, liberta-me‖. Essas são as
palavras escritas nos livros libertados nas caixas do projeto ―Liberte um livro‖. Visando,
pois, disseminar e incentivar a leitura entre a comunidade joinvilense, a partir do
ambiente universitário, o Programa Institucional de Literatura Infantil Juvenil da Univille
(PROLIJ) lançou o projeto em outubro de 2016, instalando nove caixas (pontos de
acesso) no campus universitário da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), e
dando origem a uma espécie de ―biblioteca livre‖ em que alunos, professores,
funcionários e a comunidade circulantes possam deixar, coletar e trocar obras de
diversas naturezas. Com suas caixas estrategicamente posicionadas em espaços de
circulação e convivência, lugares de passagem, em sua maioria, ou não-lugares,
―Liberte um livro‖ pretende promover o acesso a livros diversos e assim deflagrar, na
universidade, um espaço de leituras outras que não aquelas obrigatórias e oportunizar
o acesso à literatura àqueles que talvez não o teriam em outros momentos,
ressignificando esses não-lugares em lugares de troca literária. Até o momento, foram
libertados cerca de 400 exemplares de títulos distintos, sendo que aproximadamente
20% desse valor surgiu de uma contrapartida da comunidade que depositou livros nas
caixas do projeto, sendo os outros 80% originários de doações arrecadadas em uma
campanha previamente realizada e que ainda continua a existir. No entanto, as nove
caixas do campus são monitoradas em períodos de 7 a 15 dias, o que dá margem
para que esse número seja ainda maior, significando que, paulatinamente, esses
espaços estão se transformando em lugares de troca de leituras.

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INFÂNCIA E LEITURA: A FAIXA ETÁRIA DAS PESSOAS QUE FREQUENTAM A


BIBLIOTECA DO CENTRO DE ARTES E ESPORTES UNIFICADO – CEU HELÔ
URT EM CORUMBÁ/MS
Jusley Monteiro De Sousa Maropo
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
O histórico das políticas públicas para leitura na educação infantil e juvenil nos permite
encaminhar uma boa discussão acerca do tema. E sobre incentivo à leitura e a
literatura infantil é possível rechear um pouco mais esta discussão. A política pública
de implantação dos CEUs compreende essa característica de incentivo à leitura, haja
vista que prevê a existência de uma biblioteca pública no espaço cultural e esportivo.
A constituição da mesma tem o auxílio do Sistema Nacional de Bibliotecas SNPB que
é subordinado à Fundação Biblioteca Nacional e que por sua vez é vinculada ao
Ministério da Cultura. Portanto, esta pesquisa pretende conhecer o público que
frequenta esse espaço e seus interesses literários à partir de questões como: número
de usuários, faixa etária predominante no acesso, volume de empréstimos, faixa etária
que mais realiza empréstimos e os livros mais lidos e utilizados. Está é uma pesquisa
Quanti-Qualitativa onde os dados foram obtidos por meio de relatórios da Biblioteca
CEU – Helô Urt e para alcançar mais informações sobre o perfil dos usuários também
foi utilizada a entrevista como instrumentos de coleta de dados. Este trabalho irá
contribuir com o aprofundamento da discussão na área, com a divulgação de
experiências de leitura, além de subsidiar a reflexão acerca do número de leitores nas
faixas etárias infantil e infanto-juvenil e de contribuir para o trabalho de todos os que
veem na leitura um poder emancipador.

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NARRATIVAS SOBRE A INFÂNCIA BRASILEIRA: COMO AS HISTÓRIAS


CONSTROEM NARRATIVAS SUBJETIVANTES?
Flávia Casarini Tomaz, Aletéia Eleutério Alves Chevbotar, Ana Archangelo, Soraya
Souza
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
O subprojeto PIBID-Pedagogia, dentro do contexto PIBID-Unicamp/CAPES, conta com
dez bolsistas dos cursos de Pedagogia e Letras, que desenvolvem atividades
semanais de contação de história e o brincar com turmas do ensino fundamental I de
uma escola pública da periferia de Campinas. A contação é organizada em três
momentos: a contação de história, a roda de conversa e a atividade, os quais
possibilitam a comunicação dos elementos toleráveis da experiência e, portanto,
passíveis de serem narrados (SAFRA, 2005). É nesse sentido que a escolha, a
postura e as ações dos bolsistas contadores de histórias são guiadas por uma
concepção aberta e disponível a acolher as manifestações das crianças. Pautadas
numa abordagem psicanalítica, nas contribuições de Bettelheim (1980), Bion (1991)
Klein (1991), Winnicot (1975), Ferro (1998), as práticas de contação de histórias
literárias infantis visam a comunicação emocional e a elaboração em sala de aula e
com Archangelo&Chevbotar (2015), uma oportunidade ímpar de experimentação do
viver e do vir a ser humano. Durante os encontros realizados observamos que as
histórias contribuem para que as crianças manifestem e elaborem suas emoções
utilizando dos personagens como inspiração para pensar sua própria existência e
encontrar soluções possíveis para seus temores. Nesse espaço, é possível que elas
tomem o lugar do narrador e criem suas próprias narrativas, mesmo que não saibam
exatamente que o fazem. Essas narrativas são subjetivas na medida em que trazem o
que de mais importante e significativo ficou para criança, projetando conteúdos
inconscientes. A criança está, portanto, situada num espaço-tempo intermediário,
onde é possível o aparecimento de diversas significações a partir de suas
experiências.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

O ATO DE CONTAR HISTÓRIAS ENQUANTO AGENTE DE CONTRIBUIÇÃO DAS


COMPREENSÕES ESCRITORA E LEITORA
Ellen Maira De Alcântara Laudares, Ilsa Do Carmo Vieira Goulart, Ludmila Magalhães
Naves
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
O objetivo neste trabalho foi averiguar a relevância da utilização da contação de
histórias como forma de aperfeiçoamento das competências escritora e leitora.
Partindo dessa perspectiva, realizou-se a narração oral de O fazedor de amanhecer,
do autor Manoel de Barros, para crianças de sete anos de idade. Posteriormente foi
realizada a reprodução da história pelas crianças na seguinte sequência:
preliminarmente através de ilustração livre e individual, tendo como base as
ilustrações do Ziraldo; em seguida por intermédio do gênero textual carta, produzido
de forma autônoma e espontânea, estando cada criança incumbida a se exprimir com
os demais participantes, bem como com as personagens da história, difundindo as
peripécias ocorridas no desenrolar do enredo e; findando, através da publicação do
Jornal do Amanhecer, onde foram divulgadas as notícias e as ilustrações realizadas
acerca do livro, momento em que todos interagiram e narraram, também, novos
acontecimentos. Os gêneros textuais foram trabalhados com as crianças com o intuito
de sondar as suas apreensões. A prática foi concluída concomitantemente a um
piquenique literário, momento em que as crianças fizeram a encenação da história
para os convivas. Como resultado, constatou-se que a narrativa oral promoveu o
interesse das crianças pelo livro, bem como favoreceu o fascínio pela literatura, seja
através da reescrita textual dos gêneros carta, reportagem e notícia, ou por meio da
encenação, apresentando, pelas crianças, abundante descrição dos detalhes da
história. Ao longo do diálogo sobre os gêneros textuais, as crianças indicaram a carta
como meio predileto de comunicação. Concluiu-se que a contação de história auxilia,
de forma valorosa, para com a compreensão leitora e a apreciação de leitura literária.

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O ESTÍMULO À LEITURA LITERÁRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO


FUNDAMENTAL
Andréia Nunes Ventura De Oliveira
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
Partindo do pressuposto de que a leitura literária tem perdido espaço no âmbito
escolar, e mesmo fora dele, devido aos entretenimentos tecnológicos oferecidos às
crianças e que muitas vezes a escola impõe aos alunos um tipo de leitura apenas
como atividade didática e mecânica, o que faz com que as crianças percam o
interesse pelas obras literárias, este trabalho tem como objetivo analisar estratégias
que podem ser utilizadas pelos professores do Ensino Fundamental I como recursos
para estimular em seus alunos o hábito da leitura literária de maneira a contribuir para
a formação do leitor crítico e reflexivo, capaz de se reconhecer, compreender e de
transformar sua própria realidade. Além dos textos teóricos que embasam a relação
entre o ensino de leitura e os espaços de leitura literária, este trabalho conta com uma
pesquisa de campo realizada em uma escola da rede pública da cidade de Planaltina -
DF. Os dados coletados possibilitaram a compreensão de que a escola em questão
apresenta uma preocupação relevante em relação à leitura, demonstrada através dos
projetos dedicados à leitura literária. A análise dos dados também demonstrou a
preocupação de alguns professores na elaboração de estratégias para estimular nas
crianças o hábito da leitura literária de modo prazeroso e não somente como uma
atividade imposta pela escola e meramente didática.

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PROJETOS DE LEITURA COMO DINAMIZAÇÃO DA LITERATURA INFANTIL E


JUVENIL NO AMBIENTE ESCOLAR
Neide Luiz Tavares Pôrto
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
Levando-se em consideração que a formação de leitores necessita ser desenvolvida
de maneira dinâmica, como algo que venha a seduzir os leitores em formação para a
leitura literária, este trabalho se propõe a conceituar e discutir metodologias utilizadas
para dinamização da literatura infantil e juvenil no espaço escolar, bem como
apresentar os resultados de um projeto de leitura que vem sendo desenvolvido há
algum tempo na escola Instituto de Desenvolvimento Infantil (INDI), localizada em
Brasília-DF, por meio do qual são trabalhadas as obras de autores da literatura infantil
e juvenil de modo a desenvolver nos leitores o interesse pela leitura de literatura.
Dentre as atividades desenvolvidas no projeto, após a leitura e reconto das obras, são
reproduzidas, de maneiras diversas, cenas de obras literárias, culminando o projeto
com a presença do autor homenageado. Utilizando-se dessa metodologia de trabalho,
a escola possibilita que os alunos ampliem suas descobertas em relação à literatura
infantil através de leitura, da pesquisa e da confecção de livros criativos, influenciando
significativamente na formação dos pequenos leitores. Palavras-chave: Literatura
infantil e juvenil. Projetos de leitura. Espaços de leitura literária.

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QUEM CONTA UM CONTO AUMENTA UM PONTO: CONSTRUÇÃO E


RECONSTRUÇÃO DO EU POR MEIO DO CONTO
Soraya Souza, Maria Valéria Gonçalves Nabuco
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Apresentação de Pôster
O presente trabalho apresenta o projeto ―Sala de Leitura Interativa‖ de uma Escola
Municipal de São José dos Campos, São Paulo, e tem como objetivo, investigar como
a criança, por meio de contos, poderá construir e reconstruir a si mesma, reinventando
sentidos. O trabalho foi realizado com os 500 alunos dos dois períodos. O
procedimento foi a abordagem direta dos alunos. Para análise dos dados foi utilizado
uma abordagem psicanalítica. Os resultados obtidos no trabalho da educação para as
diferenças: No primeiro semestre de 2016 um evento ocorrido na Sala de Leitura
Interativa da escola referida foi disparador de uma sequência de histórias. A
professora decidiu utilizar o evento como disparador de uma sequência de histórias.
Pesquisou livros que tratam do preconceito contra os negros no Brasil. Dois tipos de
literatura seriam selecionadas, histórias africanas que contam com orgulho sobre a
cultura da África e histórias brasileiras que mostram que enxergarmo-nos como
somos, nós brasileiros descendentes de escravos africanos, faz com que
vislumbremos nossa beleza genuína dando-nos elementos para a construção de
nossa identidade. Palavras-chave: Literatura Infantil. Racismo. Identidade

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A AÇÃO CÊNICA NO ESPAÇO ESCOLAR COMO CONTRIBUIÇÃO À FORMAÇÃO


DE LEITORES
Fernanda Christina Alves Velozo, Alvaro De Oliveira Monteiro Neto, Antônio Cézar
Nascimento De Brito
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
A presente pesquisa visa reconhecer não somente a biblioteca, mas todo o ambiente
escolar como espaço de leitura literária. Dentre os pesquisadores que fundamentam
este trabalho há aqueles que defendem que todo o ambiente escolar deve ser
instigante para que o estudante sinta a necessidade de criar, investigar e se
expressar. Partindo desse pressuposto, infere-se que as bibliotecas escolares, como
ambientes que têm como objetivo principal cativar os leitores de literatura, devem ser
lugares lúdicos, que contem com a presença de contadores de histórias e cujas
paredes coloridas contenham desenhos de personagens leitores e estantes repletas
de livros no sentido de fazer com que o estudante sinta o interesse e a necessidade
de ler literatura. No entanto, sabe-se que, na maioria das vezes, não é isso o que
acontece, visto que o papel de formar leitores, especialmente nos primeiros anos
escolares, cabe exclusivamente ao professor. Nesse sentido, a presente pesquisa visa
romper com esse paradigma, reconhecendo a relação entre o teatro e a literatura
infantojuvenil, bem como a ação cênica como recurso para despertar o gosto pela
leitura. Utilizando referenciais teóricos que embasem essa relação e partindo da
afirmação de Candido (2002) de que a Literatura satisfaz a necessidade universal de
fantasia e contribui para a formação da personalidade, os pesquisadores defendem
que o teatro é uma atividade que estimula a espontaneidade, a curiosidade e a
criatividade, o que contribui decisivamente para a formação de leitores no espaço
escolar.

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A BIBLIOTECA ESCOLAR COMO ESPAÇO DE PROMOÇÃO DA LEITURA


LITERÁRIA
Maria Das Gracas Monteiro Castro, Laura Vilela Rodrigues Resende
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Esse trabalho apresenta a ―Biblioteca Escolar Modelo‖ sediada no ―LIBRIS‖
(Laboratório do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca) com o objetivo de promover a
biblioteca escolar, como estrutura fundamental para a promoção do livro infantil, fora
do ambiente da sala de aula. Conta com um acervo mais de 6.000 títulos nas áreas de
literatura infantil e livros informativos para crianças e jovens e livros teóricos na área
de leitura e literatura infantil, oriundos da participação, como votante, do Prêmio para a
produção editorial brasileira para crianças e jovens, promovido pela FNLIJ- Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil. O LIBRIS abriga o Comitê do PROLER de Goiânia,
Programa Nacional de Incentivo à Leitura, da Fundação Biblioteca Nacional. Os
critérios que orientam essa biblioteca são a estruturação do espaço físico; as
definições técnica, tecnológica e organizacional considerando a especificidade do
acervo; o acervo qualificado e a promoção e mediação da biblioteca no contexto
escolar. Uma proposta educacional de qualidade deve proporcionar o acesso aos
bens culturais produzidos socialmente e garantir condições para a construção de
estruturas que capacitem os alunos a um processo de educação permanente. A
biblioteca escolar deve promover a construção do conhecimento e atuar como um
centro difusor e dinamizador da leitura a partir dos diferentes suportes produzidos pela
humanidade. A biblioteca deve ser uma oportunidade concreta de acesso ao
patrimônio científico e cultural, para a maioria das crianças quando ingressam na
escola, seja pública ou privada. Atualmente, a biblioteca atende os alunos do curso de
biblioteconomia e a Unidade de Educação Infantil, vinculada ao Centro de Ensino e
Pesquisa Aplicada à Educação- CEPAE da UFG.

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A LITERATURA INFANTIL EM ESPAÇOS EDUCATIVOS DE PRESIDENTE


EPITÁCIO / SP
Eliane Aparecida Bacocina, Amanda Gabriella Bonilha Da Silva, Sthephany Rodrigues
Pereira
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Esta comunicação é parte de um projeto de extensão em andamento no IFSP /
Câmpus Presidente Epitácio, a partir de uma proposta que tem como objetivos
organizar um grupo de produção artística na comunidade de Presidente Epitácio,
numa parceria entre o IFSP e grupos de artistas e educadores que atuam nos
diferentes espaços formais e não-formais, integrando os diversos tipos de arte: artes
visuais, teatro, música e escrita. O eixo norteador do projeto é a literatura, que
perpassa todas as atividades propostas. São realizados encontros em cursos de
extensão e reuniões quinzenais, a partir dos quais são organizados eventos culturais -
saraus. A partir das ideias de Freire, Larrosa e Coelho, a proposta tem como objetivos
a expansão do pensamento e a liberdade de expressão, a fim de que os participantes
possam desenvolver seus processos criativos e construir juntos espaços nos quais
ocorram atividades culturais e que possam envolver a comunidade no entorno do
campus, carente de atividades culturais. Os bolsistas atuam como monitores do curso
e dos encontros e também como mantenedores das informações de um blog, no qual
constam registros de atividades dos participantes, momentos significativos das ações
desenvolvidas e divulgação dos saraus a serem realizados. Concomitante ao curso e
encontros, é desenvolvido um trabalho pedagógico em uma instituição escolar do
município, como o objetivo de envolver as crianças no espaço lúdico da linguagem e
da literatura. A metodologia principal é a contação de histórias, em diálogo com
atividades artísticas. As atividades desenvolvidas nas escolas são pensadas
coletivamente entre a professora coordenadora do projeto, as duas bolsistas do curso
de Licenciatura em Pedagogia e a equipe pedagógica da escola.

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A ORGANIZAÇÃO DE TEMPOS E ESPAÇOS PARA O LIVRO E PARA LEITURA


LITERÁRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ALGUNS INDICATIVOS
Fernanda Gonçalves, Thamirys Frigo Furtado
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
O presente texto é um recorte de duas pesquisas realizadas no grupo de Pesquisa
Literalise/UFSC, uma em nível de mestrado já concluída, outra, em nível de doutorado
em andamento. Ambas, preocupadas com o lugar que o livro e a leitura literária
ocupam dentro das instituições de educação infantil. O exercício que nos propusemos,
ao refletir acerca dos dois estudos desenvolvidos na Rede Municipal de Florianópolis
(SC), é o de compreender e analisar como são organizados os tempos e espaços de
leitura literária no contexto de educação infantil e suas possibilidades de mediação. As
experiências vivenciadas pelas crianças nos contextos da educação infantil partem
das propostas sistematizadas pelos professores e/ou por toda a unidade educativa,
por este motivo, nossa preocupação central é alargar a discussão acerca da
importância da organização de tempos e espaços destinados para o livro e para a
leitura literária, de forma intencional e qualificada.

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A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO EM CANTOS E A BUSCA DO ENCANTAMENTO


DE LER NO CANTO DA LEITURA
Renata Pavesi Cocito, Fatima Aparecida Dias Gomes Marin
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
O artigo apresenta um recorte da dissertação de mestrado ―Do espaço ao lugar:
contribuições para a qualificação dos espaços para bebês e crianças pequenas‖ que
está vinculada ao PPGE – Programa de Pós-graduação em Educação da FCT/UNESP
de Presidente Prudente/SP. A organização do espaço em ―cantos‖ é considerada
como uma estratégia no âmbito da Educação Infantil. O objetivo é destacar o ―canto
da leitura‖ como um subespaço da sala capaz de aproximar a criança da leitura e
assim, desenvolver, desde a mais tenra idade, o gosto e o hábito pelo ato de ler. Para
atingir tal objetivo, nos pautamos em documentos oficiais brasileiros que regem a
Educação Infantil no Brasil, em autores e pesquisas que abordam a organização do
espaço em cantos e a leitura nesta etapa da educação básica. Atribuímos ao ―canto
da leitura‖ a possibilidade de constituir-se como um espaço de aconchego e
segurança para a criança na instituição, capaz de contribuir para o estabelecimento de
elos afetivos da criança com o espaço e, por conseguinte com o universo da leitura.
Sugerimos possibilidades de estruturação do ―canto da leitura‖ focando no mobiliário,
materiais e decoração que podem compor este espaço da sala. Destacamos o papel
do professor na organização, estruturação e manutenção deste espaço em parceria
com as crianças, por meio do olhar e da escuta. E por fim, evidenciamos que o
"canto da leitura" pode ser utilizado não apenas para ler, mas também para
constituir-se em um espaço de oportunidades para imaginar, fantasiar, interagir e criar.

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A POTÊNCIA DA VOZ: UMA EXPERIÊNCIA DE LEITURA EM MORTE E VIDA


SEVERINA
Ana Claudia Fidelis
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
O presente trabalho pretende analisar os impactos sobre a formação leitora em jovens
estudantes a partir de uma experiência de leitura realizada com alunos de 8º ano em
uma escola particular da cidade de Campinas. A despeito dos percalços e
desconfianças que cercam a leitura de um texto canônico com estudantes nos anos
finais do ensino fundamental, a escolha de Morte e vida Severina, de João Cabral de
Melo Neto se baseou considerando menos seu caráter de clássico da literatura
brasileira e mais as possibilidades formativas no que se refere à elaboração da
linguagem, à temática e aos elementos simbólicos que constituem o seu tecido textual.
Ademais, a escolha também considerou o apelo afetivo do poema para a
docente/pesquisadora. Assim, a experiência se conduz como uma leitura
compartilhada, em que a docente lê ao longo de vários encontros o poema, elucidando
passagens, refletindo a temática, destacando passagens e dialogando com os
estudantes sobre os modos de construção do texto. O ato performático da leitura
(ZUMTHOR, 2007), com os alunos acompanhando a voz da docente, numa análise
inicial, indica o encantamento do leitor pelo texto, baseado na experiência do ler a
partir do outro. Mais do que a análise do poema o que parece provocar o leitor é a
experiência emotiva da performance da docente e de seu modo de condução da
leitura. Nesse sentido, a experiência parece produzir ressignificações tanto nas
concepções sobre o campo do literário quanto no processo formativo dos leitores
(PETIT, 2008). Para esta análise inicial, serão utilizados depoimentos de estudantes
coletados ao longo dos últimos dois anos, de modo a compreender o impacto da
leitura sobre sua a memória literária e afetiva, recuperando os rastros dessa
experiência em suas trajetórias.

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BIBLIOTECA ESCOLAR E PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: PLANEJAMENTO


INTEGRADO?
Maria Marismene Gonzaga, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Partindo do pressuposto de que a biblioteca escolar (BE) é parte integral do processo
educativo, sendo essencial a qualquer tipo de ação de longo prazo no tocante ao
desenvolvimento competente da leitura e da escrita, ao acesso à informação e ao
crescimento social, cultural e econômico de sujeitos em uma sociedade,
desenvolvemos uma pesquisa cujo objetivo principal foi analisar o enfoque dado à
biblioteca escolar no projeto político-pedagógico da escola (PPP) e sua contribuição
para o trabalho de formação de leitores, para o acesso a objetos informacionais e
bens culturais. Para tanto, realizamos uma pesquisa documental e estudo de caso
com abordagem qualitativa desenvolvida em uma escola pública da rede municipal de
educação básica de Presidente Prudente, SP. As análises e teorias que subsidiaram a
estrutura do estudo foram baseadas em teóricos que discutem a função da biblioteca
escolar, o projeto político-pedagógico, a leitura, a leitura da literatura, a história da
biblioteca e da biblioteca escolar, seu papel e o espaço como mediação. A coleta dos
dados deu-se por meio de análise documental e de entrevistas semiestruturadas,
realizadas com dez participantes, sendo oito profissionais da unidade de ensino (UE) e
dois representantes do Conselho de Escola. Foram utilizados dois instrumentos – um
roteiro para a análise documental e um roteiro com perguntas abertas – elaborados
exclusivamente para o estudo. Os resultados foram analisados utilizando a técnica de
análise do discurso. Observamos que a BE faz parte do PPP, no que diz respeito à
infraestrutura. Quanto à presença da BE como espaço de difusão cultural e
tecnológica, no documento não são indicadas atividades nesse sentido. Palavras-
Chave: Biblioteca escolar. Projeto político-pedagógico. Cultura letrada

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BIBLIOTECA ESCOLAR: ESPAÇO DE INTERCÂMBIO DE EXPERIÊNCIAS E DE


NARRATIVAS
Ana Maria Moraes Scheffer, Márcia Mariana Santos De Oliveira
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Quando proporcionamos às crianças o contato com o texto literário, estamos
oferecendo a elas a linguagem, a oportunidade de alargar seu repertório de narrativas
e de viver experiências de leitura que poderão, num outro momento, serem
recobradas pela memória. A literatura provoca ainda emoções, estimula a capacidade
do ser humano de fantasiar e refinar a sua sensibilidade. A presença da biblioteca
escolar no interior das escolas amplia a possibilidade de irradiação da cultura literária,
de formação de leitores e de compartilhamento de experiências leitoras. Em função
disso, este trabalho objetiva refletir sobre a biblioteca escolar como espaço de
experiência de partilha de narrativas pelo viés da literatura e seu papel imprescindível
na formação de leitores, a partir da vivência de rodas de leitura desenvolvidas nesse
contexto com turmas do ensino fundamental de uma escola pública. Para tanto,
dialogamos com o pensamento do filósofo Walter Benjamim que aborda aspectos
acerca da experiência e da relação entre experiência e a arte de narrar. Entendemos
que a biblioteca escolar e as mediações de leitura literária que nela ocorrem,
representam um caminho possível para recuperar a faculdade de narrar, de afetar, de
ser afetado e de intercambiar experiências pela linguagem. A leitura compartilhada,
permeando o espaço da biblioteca escolar durante a realização de rodas de leitura,
potencializa a força humanizadora da literatura. Dialogar sobre o texto lido e
compartilhar os sentidos atribuídos pelos leitores em relação à obra literária
contribuem para que os sujeitos que fazem e participam da prática educativa possam,
ao puxarem os fios das histórias contidas nos livros e nas suas experiências,
expressar a vida. Palavras-Chave: Biblioteca escolar. Leitura literária. Literatura.

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BIBLIOTECA ESCOLAR: ESPAÇO DE MEDIAÇÃO DA LITERATURA


INFANTOJUVENIL
Rovilson José Da Silva, Andréa Haddad Barbosa, Greice Ferreira Da Silva, Sueli
Bortolin
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Este trabalho é um recorte da pesquisa em andamento, intitulada Biblioteca no Ensino
Fundamental de Escolas Públicas de Londrina: mediação pedagógica da leitura e
informação tem como foco principal a mediação da literatura infantojuvenil, por meio
da Hora do Conto em uma escola de Ensino Fundamental I, Anos Iniciais, de Londrina
– Paraná, compreendendo alunos de 1º ao 5º ano. É importante esclarecer que a Hora
do Conto e a biblioteca da escola estão inseridas no projeto de formação de leitores
da SME/Londrina, chamado Palavras Andantes. Objetiva evidenciar a mediação
pedagógica da leitura literária na biblioteca, o uso deste espaço e a ocorrência do
empréstimo domiciliar. A pesquisa tem natureza qualitativa e o método utilizado é a
pesquisa-ação, sendo que com ele acredita-se ser possível estabelecer laços de
interação universidade-escola e se desenvolver o processo dialógico entre os
pesquisadores e a professora-mediadora de leitura. Como resultados parciais,
destaca-se que em 2016, iniciou-se o acompanhamento, por intermédio da
observação sistemática, das atividades semanais da Hora do Conto, visando,
identificar aspectos como: a dinâmica utilizada, o uso pedagógico da biblioteca e dos
recursos que propiciem o encontro do leitor com a leitura e as relações estabelecidas
entre a professora e os alunos, os alunos e os seus pares e os alunos e a leitura.
Palavras-Chave: Biblioteca escolar. Mediação da literatura infanto-juvenil. Anos iniciais
do ensino fundamental.

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BIBLIOTECA ESCOLAR : ESPAÇO REFLEXIVO NA FORMAÇÃO IDENTITÁRIA


CULTURAL DOS ALUNOS DOS 1º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Patrícia Gonçalves Machado Gomes
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Ler é um hábito que deveria estar agregado à rotina familiar. Incutir a prática de leitura
desde cedo ajuda a formação do repertório imaginário e verbal das crianças e
oportuniza a criticidade e a noção da realidade que as rodeiam, além de aguçar a
criatividade ampliando o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Esta pesquisa
quer destacar a importância do espaço da biblioteca escolar para apropriação de
novos conhecimentos. Por meio de uma pesquisa qualitativa e entrevistas
semiestruturadas abordaremos as bibliotecárias de três escolas em diferentes níveis:
estadual, municipal e particular. Buscamos conhecer e discutir a formação desses
espaços e a interação deles com a comunidade escolar, procurando salientar as
concepções de leitura literária. O nosso referencial teórico destaca os estudos de
Roger Chartier sobre a leitura, o livro e a formação de leitores, na perspectiva da nova
história cultural. Palavras chaves: Biblioteca escolar. Práticas de leitura. Formação de
leitores. Objetivo Verificar quais são e como são trabalhadas as práticas de leitura com
os alunos de 1º ano do Ensino Fundamental. Conhecer como os professores são
estimulados a realizar projeto em parceria com a bibliotecária e promover aos alunos
leituras diversificadas neste espaço. Valorizar a leitura e o espaço da biblioteca
escolar. Metodologia Esta é uma pesquisa qualitativa na qual serão utilizadas
entrevistas semiestruturadas com a bibliotecária da escola e com a responsável pela
sala de leitura. As professoras das series iniciais também serão entrevistas. A análise
dos dados coletados será feita por categorias identificadas pela temática. Resultados
Pesquisa em andamento

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BIBLIOTECA ESCOLAR NA REME DE CORUMBÁ-MS: DECORRÊNCIAS DO


CURSO DE EXTENSÃO “BIBLIOTECA ESCOLAR E PRÁTICAS EDUCATIVAS”
Alcione Maria Dos Santos
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Esta comunicação visa apresentar as decorrências do Curso de Extensão ―Biblioteca
Escolar e Práticas Educativas‖, promovido pela UFMS/Campus do Pantanal, de
setembro a dezembro de 2016, do qual participaram gestores, coordenadores e
professores da REME. Integraram a equipe de execução acadêmicos de graduação
em Letras, Pedagogia e as docentes coordenadora e vice-coordenadora. No decorrer,
foram realizados estudos teóricos, oficinas, discussões e visitas às 09 bibliotecas
escolares do Município, sendo 01 localizada em área central, 07 em área periférica e
01 em área rural. Além das aquisições teórico-conceituais no campo de biblioteca
escolar e programas de leitura por parte do grupo e já algumas transformações nos
espaços das bibliotecas, resultou dessas ações a elaboração de um panorama das
condições e desafios dessas bibliotecas escolares em situações tão heterogêneas.
Propomos detalhar essas condições e desafios – que se referem à organização
espacial, acervo e funcionamento – no decorrer desta comunicação oral. Como
fundamentação teórica, destacamos Souza (2009), Arena (2009), Silva (2009), Di
Giorgi;Rigoleto (2009), Santos;Souza (2009), Perrotti (2009), Lopes;Balça (2013), Luiz
(2013), Feba;Vinhal (2013) e Batista;Santos (2013), autores estudados durante o
referido Curso.

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BIBLIOTECA ESCOLAR OU SALA DE LEITURA?


Marluce Silva Valente
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
O objetivo deste trabalho é apresentar uma breve análise sobre o funcionamento de
bibliotecas escolares no contexto do Ensino Fundamental I, problematizando os
conceitos de biblioteca e sala de leitura. Essa problematização tem em vista os
desdobramentos institucionais – pedagógicos e organizacionais/administrativos –
quanto às práticas de leitura voltadas à formação de leitores infantis, bem como uma
avaliação, mesmo que incipiente, sobre os resultados alcançados com aquelas ações
direcionadas às crianças entre o primeiro e o quinto ano do EF I. Apesar da amplitude
dessa formação, o foco deste trabalho encontra-se na formação de leitores por meio
do texto literário. Para isso, somam-se a experiência profissional como gestora de uma
unidade escolar em município do interior paulista com estudos de Soares (2004),
Aguiar (2006) e Ceccantini (2009), entre outros.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

BIBLIOTECAS ESCOLARES DE RIO VERDE – GO: ALÉM DOS MODELOS, EM


BUSCA DE PROJETOS DE TRANSFORMAÇÃO COLETIVA.
Leonardo Montes Lopes
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
BIBLIOTECAS ESCOLARES DE RIO VERDE – GO: Além dos Modelos, em Busca de
Projetos de Transformação Coletiva. Eixo Temático 9: Os espaços de leitura literária
Autor: Leonardo Montes Lopes RESUMO Este trabalho é parte do resultado de
pesquisa (doutorado), onde são apresentadas as práticas e os projetos de leitura nas
bibliotecas escolares da rede municipal de Rio Verde. Portanto, trata-se de um
trabalho de caráter quanti-qualitativo, realizado por meio de estudos bibliográficos e
pesquisa de campo, que objetiva dinamizar o espaço da biblioteca escolar. Dessa
forma, foi possível detectar que uma nova biblioteca é possível através de debates
envolvendo toda a comunidade escolar (professores, alunos, pais, poder público);
todos focados na melhoria dos aspectos que constituem o espaço da biblioteca,
transformando ideias e concepções em movimentos de ações importantes e
fundamentais para constituição de bibliotecas dinâmicas e atuantes nas escolas.
Assim, cada ator desse processo contribuiu até determinado ponto para que se
construísse o coletivo, por isso foi preciso formação e conhecimento teórico. Os
resultados obtidos nesta pesquisa apontam que mesmo em meio a poucos
investimentos do poder público, as bibliotecas de Rio Verde vêm se configurando
através da coletividade como espaço de formação de leitores críticos e reflexivos, o
que está fazendo a diferença na vida de estudantes que encontraram nas bibliotecas
escolares um caminho para informação, cultura e prazer. Palavras-chave: biblioteca.
leitura. Coletividade REFERÊNCIAS CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor
ao navegador. São Paulo: UNESP, 1998. KUHLTHAU, Carol. Como usar a biblioteca
na escola: um programa de atividades para o ensino fundamental. Belo Horizonte: 3ª
Ed. Autêntica. 2009.

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BIBLIOTECAS ESCOLARES EM SANTARÉM - UMA CARTOGRAFIA


Juçara Dos Santos Cardosos
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Com base nas concepções predominantes de biblioteca e formação escolar, que
indicam que biblioteca escolar, quando bem dinamizada, pode ter um papel
significativo na formação intelectual dos estudantes, este trabalho teve como objetivo
fazer uma cartografia das bibliotecas escolares da rede Estadual de Ensino
Fundamental e Médio do município de Santarém – PA, de forma a identificar os
aspectos que contribuem para o desenvolvimento de estratégias de ensino e
promoção de leituras. Para tanto, realizaram-se visitas in locu; levantamento de acervo
e de disponibilidade material, documentação iconográfica e entrevista com o
responsável pela biblioteca. De um total de 28 escolas consideradas, 23 dispunham
de espaço específico para a biblioteca, mas em apenas sete escolas a biblioteca
estavam em funcionamento efetivo, com profissional com hora atribuída para este fim.
Nas outras 16 escolas, a biblioteca encontra-se fechada, sendo aberta apenas quando
houvesse atividade mediada pelo professor de Língua Portuguesa ou autorização,
para leitura literária ou pesquisa. Todas as escolas recebem acervo do FNDE inclusive
as duas que não têm biblioteca, no entanto, observamos nestes espaços a
predominância de livro didático e a falta de organização dos acervos nas bibliotecas
que não possuem profissionais lotados. Com base na pesquisa realizada pode-se
inferir que a distribuição de acervos e o reconhecimento das BEs é um passo inicial
para que se chegue à democratização desses espaços, no entanto, isso não é
suficiente. Para que, as BEs possam cumprir com seus objetivos, além de espaços e
aquisição de acervo é necessário à presença de profissionais capacitados, politicas de
uso e manutenção desses espaços. Palavras-chave: Cartografia; Biblioteca escolar,
Ensino-aprendizagem.

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DE OUVINTE A LEITOR: FAMÍLIA COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO DE LEITORES


Marcela Brasil Galvão
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Este texto apresenta uma revisão bibliográfica cujo intuito é fomentar discussões
acerca da família, como espaço não formal, de formação de leitores. No que se refere
ao ensino da leitura e da escrita, consideramos a escola como instituição responsável
pela educação formal dos sujeitos que compõem nossa sociedade. Porém, por algum
tempo, ela foi considerada como o único espaço de formação de leitores. No entanto,
acredito que concomitante à escola, a família também faz parte do processo de
formação de leitores. Assim, há inúmeros argumentos que comprovam a magnitude da
importância da família como mediadora de leitura. As crianças que vivenciam
momentos de leitura literária no âmbito familiar desenvolvem se afetivamente,
cognitivamente e socialmente. Fundamentada na teoria histórico-cultural, compreendo
o sujeito como um ser histórico e cultural, que se humaniza na relação com o meio.
Nesse viés, a família é a primeira mediadora na vida da criança, pois é o primeiro elo
dela com o mundo e é nesse ambiente familiar que se constrói como sujeito. São nas
experiências compartilhadas que a criança produz cultura e, consequentemente,
constitui-se como ser humanizado. Tudo que a criança internaliza no meio cultural se
torna parte integrante da sua constituição como pessoa. Contudo, como há famílias
que ainda não reconhecem a dimensão de tal formação no seu âmbito, é necessário
que a escola promova ações significativas, a fim favorecer a educação estética. Em
vista disso, apresento propostas de como promover o diálogo entre família e escola,
de modo a inseri-las e torná-las agentes de construção desse processo. Palavras-
Chave: Família. Leitura. Formação de leitores.

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ERA UMA VEZ... O PROJETO VIAGEM PELA LITERATURA


Débora Santos Couto
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Este trabalho, resultado de uma pesquisa qualitativa, explorativa e bibliográfica, é
vertente do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado ―A arte de contar histórias: o
Projeto Viagem pela Literatura como fomento da literatura infantil capixaba. Um olhar
sobre o material produzido em formato de CD e DVD‖, apresentado ao Colegiado do
Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Espírito Santo. Tem como objetivo
geral pensar o papel do referido projeto na promoção da literatura infantil em geral e,
especificamente, a capixaba. Para tal, se propõe, como primeiro objetivo específico,
rememorar, brevemente, o processo histórico que circunda as origens da prática da
contação de histórias. Um segundo objetivo específico se compromete em apresentar
o Projeto Viagem pela Literatura e caracterizar suas atividades. Com base nos
objetivos propostos, valeu-se de instrumentos de coleta de dados baseados na
pesquisa e análise bibliográfica a partir de textos contidos em livros, dissertação, tese
e artigos acadêmicos. Além da pesquisa e análise bibliográfica, foi realizada uma
entrevista por meio de questionário estruturado com a coordenadora do Projeto
Viagem pela Literatura, com o intuito de se levantar dados acerca do mesmo. Ao
realizar este movimento, se considera a importância da vivência literária para o
desenvolvimento infantil de forma geral e também no sentido de se construir uma
identidade social e apropriação da cultura da qual se faz parte. Compreende-se que o
Projeto Viagem pela Literatura proporciona esta vivência pelo viés da contação de
histórias, promovendo e perpetuando tão rica arte.

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FAROL DO SABER: O USO DA BIBLIOTECA PELA COMUNIDADE ESCOLAR


Charlene Da Silva Andrade De Lima, Elisa Maria Dalla-Bona
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Estudo de caso de natureza etnográfica desenvolvido no ano de 2015, em um Farol do
Saber, com o objetivo de investigar como ocorre a formação do leitor numa biblioteca
municipal de Curitiba, anexa a uma escola. A pesquisa ocorreu nos horários em que
as turmas do Pré ao 5º ano eram recebidas pelas agentes de leitura. Em tempo real
foram registrados, num diário de campo, todos os acontecimentos relativos aos
empréstimos de livros, ao uso do espaço físico à rotina do trabalho dos agentes de
leitura, seus planejamentos, o atendimento aos alunos e as mediações de leitura. As
limitações do trabalho realizado no Farol do Saber se sobressaíram. Salienta-se a
pouca presença dos alunos; o seu fechamento no período das férias escolares; o
cerceamento aos alunos do acesso ao acervo; a predominância do uso da biblioteca
apenas para empréstimo e devolução dos livros; a precária formação dos agentes de
leitura e a sua falta de compromisso com a formação de leitores; a instabilidade no
quadro de agentes de leitura; a frágil integração entre a biblioteca e a escola; o
desinteresse e desconhecimento dos professores pelo acervo da biblioteca; e ações
culturais esporádicas. Algumas ações culturais no Farol do Saber foram significativas
porque o ambiente era decorado e preparado para receber os jovens leitores para
ouvir histórias e ler livros, por deleite. Momentos em que a biblioteca se tornou um
espaço de convivência, liberdade, debate, reflexão e ludicidade que implicou na
disponibilização de livros e na interação constante entre os agentes de leitura e os
alunos e entre os próprios alunos. Formar leitores demanda sinergia entre o Farol do
Saber e a escola e requer um posicionamento pedagógico conjunto e aliado. Palavras-
Chave: Biblioteca escolar. Formação de leitores. Farol do Saber

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FORMAÇÃO DE LEITORES NA PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA: DUAS BEBETECAS


EM PRESIDENTE PRUDENTE/SP
Kenia Adriana De Aquino Modesto Silva, Juliane Francischeti Martins Motoyama,
Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
A edição de 2016 da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil aponta que apenas 56%
da população é leitora. Diante desse dado, a pergunta é: como elevar este número?
Uma possível solução é o investimento na formação dos leitores desde a
primeiríssima infância, apresentando os livros aos bebês para, então, criar vínculo
emocional entre ler e prazer. Nesta tendência, desde os anos 1980, se discute o
conceito de bebetecas pelo mundo e, mais recentemente, no Brasil. Para além de ser
uma biblioteca organizada para os pequeninos, ela é espaço vivo que forma leitores
em várias dimensões: física, através do contato íntimo, por vezes oral, entre criança e
livro; emocional, a partir de enredos pelos quais se compõem as narrativas; e social,
ao dispor da oportunidade de aprendizagem de uma prática que é cultural: o ler.
Assim, este estudo descreve e analisa o processo de implementação de duas
bebetecas no oeste paulista, sendo a primeira uma creche filantrópica estruturada com
recursos de uma ONG e a outra, uma creche pública concebida com recursos
próprios. No decorrer da análise, problematizamos os desafios de organizar o espaço
escolar para a formação de um leitor pequenino e que não lê convencionalmente, mas
explora avidamente o mundo ao seu entorno. A escolha do campo foi realizada porque
as instituições foram as primeiras na cidade a implementar bebetecas, sendo,
portanto, um estudo de caso no contexto de Presidente Prudente, SP. Como
resultados, verifica-se a relação confortável entre bebês, livros e seus mediadores; a
ampliação da capacidade de escuta; a percepção da forma de manejar os livros; o
reconhecimento de alguns títulos pela capa, mostrando que estão em formação de
gestos de leitura. Palavras-Chave: Bebeteca. Leitura na primeira infância. Formação
do leitor.

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FRUTO DO CONHECIMENTO: A PRAÇA, O PÚBLICO, O LIVRO


Ivanir Maciel
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
RESUMO O Projeto ―Fruto do conhecimento: a praça, o público, o livro‖ tem por
objetivo ofertar gratuitamente em praça pública livros de leitura literária, arrecadados e
distribuídos pela comunidade acadêmica da Faculdade Municipal de Palhoça. É
coordenado pelo curso de Pedagogia em conformidade com o Projeto Pedagógico do
Curso, o qual, pretende formar profissionais qualificados para implementar ações
diversificadas numa perspectiva de transformação que considerem as demandas da
sociedade por meio da observação crítico-reflexiva, acontece anualmente, iniciou em
2015 e está na 3ª edição em 2017, contribuindo para a constituição de leitores.
Constituir-se leitor implica experienciar a sua própria vida ao ler um texto, pois durante
a leitura estabelece relações com a leitura de mundo da qual se apropriou nos
diferentes contextos sociais. A leitura da palavra sugere uma representação de
situações vividas em um contexto de práticas culturais, portanto, uma leitura da leitura
do mundo, antecede a leitura da palavra. A praça, o público, o livro demarca um
espaço não formal de formação de leitores, cuja gratuidade de ler vem acrescida da
gratuidade do livro, em uma conjuntura econômica atual em que um bem cultural
nominado livro, é um dos primeiros itens a serem excluídos da lista de gêneros
prioritários para a existência humana. A praça como um lugar de acesso aos
moradores da cidade. O público que usufrui de seu direito de ir e vir e se relaciona
com diferentes classes sociais. O livro que o empodera para transformar a si e ao seu
entorno. Enfim, o ato livre da leitura, sem a prerrogativa da escolarização da leitura
literária. Assim, o Projeto proporciona a leitura livre e gratuita de livros fora da escola.
Palavras-Chave: Livros. Leitura literária. Praça.

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LEITURA EM VOZ ALTA, CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE


PROFESSORES LEITORES
Andreia Maria De Souza Vieira
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Formar leitores plenos, usuários competentes da leitura em diferentes esferas,
participantes da cultura literária, não é uma tarefa simples, requer redefinir os
conteúdos de leitura a serem desenvolvidos nos encontros de formação continuada de
professores da Diretoria de Ensino da Região de Assis - SP. O presente trabalho
apresenta uma proposta de formação de leitores realizada por Professores
Coordenadores de Núcleo Pedagógico, junto aos professores dos anos iniciais do
ensino fundamental de cinco escolas estaduais da referida diretoria de ensino. Diante
da necessidade de ressignificar o trabalho com a leitura nos espaços de formação, a
modalidade de leitura inicial, feita em voz alta pelos formadores e professores vem
apresentando visível aquilatamento dos procedimentos leitores, como na qualidade da
escolha das obras literárias e no desenvolvimento das capacidades leitoras dos
docentes. Ressalta-se que este trabalho faz parte da ação de formação contínua de
professores, embasada na ação, reflexão e ação, no qual vem apresentando bons
resultados no desenvolvimento de propostas formativas de leitura de textos literários.
Palavras-Chave: Leitura Inicial. Literatura. Formação de Leitores.

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LEITURA LITERÁRIA COMO POSSIBILIDADE DE DESENVOLVIMENTO


CULTURAL E LINGUÍSTICO
Lucilene Rosa Dos Santos Gonçalves, Sandra Regina Franciscatto Bertoldo
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Os textos literários podem ser uma fonte inesgotável de possibilidades para auxiliar as
discussões e construções linguísticas. Mas, como despertar a atenção dos
adolescentes para a leitura literária? Na pretensão de pontuar elementos que
respondam, minimamente, a essa questão, propomos a discussão da temática ―Leitura
literária como possibilidade de desenvolvimento cultural e linguístico‖, reconhecendo
que os textos literários propostos em sala de aula nem sempre agradam ao ―paladar‖
do público juvenil e, por isso, exigem um planejamento que se alinha ao estímulo para
essa tipologia textual. Nesse sentido, a comunicação ora pretendida trará um ―relato
de experiência‖ da disciplina de língua portuguesa, em duas turmas de 8º e 9º Anos,
do Ensino Fundamental, da Escola Estadual Dez de Dezembro, de Pedra Preta/MT.
―Café com leitura‖ – nome escolhido para a atividade bimestral do ano letivo de 2015 –
objetivou despertar o gosto pela leitura. O grupo de alunos era responsável por
organizar o café da manhã dispondo na mesa, também, de livros de literatura
escolhidos no acervo da biblioteca. A ação marcava o início da leitura bimestral. Com
este relato objetiva-se mostrar como é possível criar espaços e situações onde se
associa a leitura literária às vivências prazerosas que podem promover o
desenvolvimento linguístico. Como metodologia, a proposta se respaldou na
investigação de abordagem qualitativa, com observações e registro diários.
Perceberam-se avanços consideráveis na leitura, na oralidade e nos conhecimentos
linguísticos apreendidos, evidenciando possibilidades de formação de alunos criativos
e produtores do próprio conhecimento. Subsidiaram essa discussão: Lajolo, Antunes e
Geraldi. Os resultados mais pontuais poderão ser conhecidos na exposição oral.

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LITERATURA INFANTIL E A ORGANIZAÇÃO DA ROTINA: CONTRIBUIÇÕES DA


TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL PARA AS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO
INFANTIL
Heloísa Marques Cardoso Nunes, Eloiza Elena Da Silva, Marta Chaves, Patrícia Laís
De Souza
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
O presente estudo tem como objetivo apresentar e sistematizar reflexões sobre a
Literatura Infantil e a organização da rotina como tempo e espaço de aprendizagem e
desenvolvimento nas instituições de Educação Infantil. Realizamos a investigação com
delineamento bibliográfico com o intuito de sistematizar proposições encontradas em
publicações nacionais que versam sobre esta temática, visto que em nosso
entendimento a Literatura Infantil pode ser uma prática humanizadora que oportuniza
a aquisição do conhecimento e favorece o desenvolvimento das funções psicológicas
superiores. Para a execução dos objetivos delineados desenvolvemos nossa
argumentação amparada nos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural, onde há a
premissa de valorização do professor e orientação para o trabalho em uma
perspectiva de máximo desenvolvimento. Constatamos argumentações que amparam
a organização didática do trabalho escolar para e com as crianças pequenas, na qual,
a rotina e a Literatura Infantil devem ser justificadas enquanto prática educativa, isto é,
as mesmas necessitam sensibilizar, encantar e ensinar, sendo condição elementar
para uma educação humanizadora. Palavras-Chave: Teoria Histórico-Cultural.
Literatura Infantil. Organização da rotina.

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LUGAR DE BEBÊ É...NA BIBLIOTECA TAMBÉM! UMA BIBLIOTECA PARA A


PRIMEIRA INFÂNCIA
Juliana Cardoso Daher
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
O presente trabalho é parte integrante da pesquisa de mestrado intitulada:
"ESPANTAPÁJAROS:Formação de leitores e Mediação de leitura para a
primeira infância em Espantapájaros". A partir da experiência da Bebeteca de
Espantapájaros, instituição localizada na cidade de Bogotá-Colômbia, sob a direção
de Yolanda Reyes, serão apresentados aspectos históricos,conceituais e
metodológicos que subsidiam a estruturação e práticas da referida Bebeteca e ainda,
reflexões oriundas das análises com embasamento nas concepções teóricas de
Mônica Correia Baptista e Edmir Perrotti.

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O PAPEL DA BIBLIOTECA NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBICA: DESAFIOS E


POSSIBILIDADES
Fabiana Sala, Silvio César Nunes Militão
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
A Biblioteca escolar se constitui em um espaço de aprendizagem por excelência
quando desenvolvidas ações que devem estar em consonância com os objetivos
delineados pela escola. Dentre as ações relevantes para a formação do aluno,
aquelas voltadas para o incentivo à leitura e o letramento informacional, aliadas ao
desenvolvimento do senso ético e cidadão são efetivamente as que possuem cunho
de ação pedagógica na biblioteca escolar, visto que possibilitam o aluno desenvolver
e/ou ampliar o interesse pela leitura, a capacidade de compreensão da necessidade,
localização, seleção e interpretação da informação de forma crítica e responsável. O
presente estudo teve como objetivo principal identificar e compreender qual o papel
atual da biblioteca no contexto da escola pública, bem como a sua contribuição para a
formação do leitor. A metodologia contou com uma pesquisa de natureza qualitativa,
abrangendo revisão bibliográfica e análise documental sobre a temática em estudo.
Os resultados demonstram que a biblioteca escolar não deve ser vista como um setor
isolado no ambiente educacional, pois tem como objetivo desempenhar funções
essenciais para o desenvolvimento educacional e cultural das ações do aluno e do
professor. Assim, quando bem integrada ao projeto político pedagógico da escola, a
biblioteca escolar pode contribuir com o desenvolvimento das habilidades do
aluno/leitor. No entanto, apesar de comprovada contribuição no processo de
formação, a biblioteca não tem recebido devida atenção no contexto da escola pública.
Faltam ações políticas de investimentos e profissionais qualificados para que esta
possa, de fato, cumprir seu papel transformador. Palavras-Chave: Biblioteca escolar.
Formação do leitor. Escola pública.

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O PAPEL DA ESCOLA E DA BIBLIOTECA COMO MEDIADORES DE LEITURA


LITERÁRIA
Marli Maria Veloso
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Na realidade piauiense, historicamente tivemos poucos e descontínuos registros
consistentes de difusão da leitura. Na atualidade muitos desafios se impõem ao
trabalho com o texto literário nas nossas escolas, percebemos uma série de
problemas que emperram o aumento da difusão da produção literária sobretudo na
educação básica do nosso estado. Neste contexto, o presente estudo investiga acerca
da experiência vivenciada a partir de 2007, no município de Vila Nova do Piauí. O
propósito é perscrutar o impacto provocado pela iniciativa da rede municipal de ensino
no processo de formação dos leitores vilanovenses a partir da recepção aos textos
literários de Assis Brasil, no recorte temporal especificado, através de uma pesquisa
de campo e de cunho bibliográfico. A contribuição da Estética da Recepção permitirá
focalizar o leitor de textos literários como produtor do texto que dialoga com a obra; ao
mesmo tempo, a literatura juvenil do escritor Assis Brasil apresenta-se como recorte
de fundamental importância para o desenvolvimento da nossa pesquisa. Embora a
recepção do texto literário pela criança ou jovem configure-se como uma abordagem
incipiente e seja necessário estabelecer um limite entre literatura para crianças e
literatura para jovens para que todos os leitores que ainda estão em processo de
formação tenham suas expectativas contempladas, nos propusemos a analisar a
contribuição da Estética da Recepção no processo de formação de leitores, de
fortalecimento das suas identidades, a partir da contribuição literária da obra de Assis
Brasil, tendo a biblioteca e a escola vilanovenses como instrumentos de mediação da
leitura literária. Palavras-Chave: Formação de leitores. Mediação de leitura literária.
Literatura juvenil.

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O PRAZER DE LER PARA O OUTRO: LEITURA FRUIÇÃO COMPARTILHADA NO


ESPAÇO DA SALA DE AULA
Fabiana Bigaton Tonin
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
A leitura fruição configura-se como uma alternativa de partilha, diálogo (PETIT, 2008 e
2009) e fabulação (CANDIDO, 2004) e apresenta-se como uma prática possível e, por
vezes, terapêutica (PETIT, 2008 e 2009), que reaviva a ideia do ambiente escolar
como cenário possível para o prazer e o encantamento. Neste trabalho, apresenta-se
a prática de leitura fruição promovida pela professora de Língua Portuguesa e
Literaturas juntamente com os alunos do 2º Ano do Ensino Médio integrado ao Curso
de Informática do IFSP – Capivari. A iniciativa surgiu do interesse de alunos em não
só ouvir e fruir as leituras oferecidas pela docente, mas também da vontade desses
jovens de partilhar e protagonizar tal experiência, propondo-a como performance
(ZUMTHOR, 2014) e também como modo de mostrar um pouco de si, seus gostos e
preferências. Observa-se que, embora os alunos possam escolher quaisquer textos
(de quaisquer gêneros textuais ou temáticas), optam, majoritariamente, por textos
literários, explorando suportes diversos e mostrando-se leitores hábeis e atentos ao
mundo e ao público – seus colegas de sala. A proposta é analisar a participação dos
alunos, suas escolhas, bem como algumas de suas diferentes performances,
entendendo esse protagonismo como parte fundamental do letramento literário
(COSSON, 2009) e também ação fundamental para configuração de uma comunidade
de leitores peculiar (COSSON, 2014). Outrossim, entende-se essa prática como
experiência de leitura subjetiva (ROUXEL, LANGLADE e REZENDE, 2013), que
intensifica o processo de formação de leitores desses jovens.

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OS ESPAÇOS DE LEITURA LITERÁRIA E A EMANCIPAÇÃO DO SUJEITO


Antônio Cézar Nascimento De Brito
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
Levando-se em consideração que a literatura é um bem cultural ao qual devem ter
direito de acesso todas as pessoas, torna-se fundamental discutirmos sobre a
democratização da leitura de literatura, em especial a literatura infanto-juvenil. Tendo
em vista que, assim como a maioria dos direitos são negados, especialmente àqueles
que deles mais necessitam, e tomando como ponto de partida a questão de que
muitas vezes a formação de leitores de literatura ocorre sob condições adversas, este
trabalho propõe-se a refletir sobre a relação entre a literatura infantil e juvenil e os
espaços de leitura, bem como sobre a negação desse direito a uma significativa
parcela da sociedade, que muitas vezes fica excluída da leitura de literatura, seja na
escola ou em ambientes não escolarizados. Pretende-se também apresentar os
resultados de um trabalho com a leitura de literatura infantojuvenil, realizado em um
Centro de Convivência de uma cidade do Distrito Federal, cujos usuários são crianças
com idades entre seis e quatorze anos e que se encontram em situação de
vulnerabilidade social. Por se tratar de um ambiente de convivência e fortalecimento
de vínculos afetivos e sociais, esse espaço propicia o desenvolvimento de um trabalho
com a leitura de literatura que pode desenvolver nos leitores a sensibilidade em
relação ao caráter emancipador da literatura.

V Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil


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ISBN: 978-85-69697-02-2
ANAIS DE RESUMOS V CONGRESSO
INTERNACIONAL DE LITERATURA INFANTIL E
JUVENIL

(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

OS ESPAÇOS DE LEITURA LITERÁRIA NA SOCIEDADE ATUAL: EM FOCO A


EDUCAÇÃO ESCOLAR
Letícia Vidigal, Geuciane Felipe Guerim Fernandes, Nathalia Martins, Sandra
Aparecida Pires Franco
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
A leitura literária, concebida, neste trabalho, como arte capaz de desenvolver a
subjetividade dos sujeitos por meio da apropriação de sentidos produzidos pela
humanidade, encontra-se transpassada por um contexto marcado pelo esfacelamento
de sua prática nos diversos espaços da sociedade, em específico, na educação
escolar. Contrapondo-se aos objetivos fundantes de formação humana, verificam-se
práticas com o texto literário, quando existentes, voltadas às finalidades imediatas
que, sozinhas, não visam à formação do sujeito leitor, como a aquisição da técnica da
leitura e escrita e a decifração mecânica de sinais gráficos. Diante disso, a presente
pesquisa tem por objetivo desenvolver uma análise social acerca dos espaços de
leitura literária na educação escolar, considerando a sociedade vigente pautada no
modo de produção capitalista, à luz do Materialismo Histórico e Dialético. Trata-se de
uma pesquisa bibliográfica, de abordagem crítico-dialética, a partir de diálogo com
autores como Marx e Engels (1848), Duarte (2016), Saviani (2011), Saviani e Duarte
(2015), Martins (2015), Candido (2006), Lukács (1978), Arena (2010), entre outros. Os
resultados parciais indicam que a escassez no acesso da população à leitura literária
no âmbito da educação escolar é realidade vigente, também, em decorrência do
ensino organizado sob a égide da lógica da produção capitalista cujas exigências
direcionam-se à qualificação profissional e ao empreendedorismo. À escola cabe lutar
em direção à universalização da leitura literária, encarando-a como instrumento de
emancipação humana.

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OS MÚLTIPLOS ESPAÇOS QUE A LEITURA LITERÁRIA OCUPA NA ESCOLA


Gerluce Lourenço Da Silva, Barbara Pimenta De Oliveira, Kátia Gonçalves Freire
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
O presente trabalho tem o objetivo de explicitar como o espaço da escola é fecundo
para o desenvolvimento de práticas de leitura literária e, consequentemente, a
formação de alunos leitores. As discussões sobre a utilização da literatura infantil
estão pautadas nos estudos acerca do espaço da escola como um lócus privilegiado
para fomentar a prática da leitura literária e desenvolver a formação de leitores. Serão
descritas e discutidas algumas ações desenvolvidas em duas escolas públicas do
município de Fortaleza, no estado do Ceará, lócus desse estudo, que concebem as
práticas de leitura literária diariamente nas suas ações pedagógicas. Para tanto,
utilizamos o estudo de caso com uma abordagem qualitativa, utilizando o subsídio da
observação participante e da entrevista semi-estruturada com alunos, professores e
coordenadores, além do registro de imagens e diário de bordo. Os resultados obtidos
nos revelaram a escola como um espaço propício para a prática de leitura literária, e
que, além disso, a sala de aula, a biblioteca, as salas de leitura, o pátio, os corredores
e os cantinhos de leitura são verdadeiros nascedouros de leitores, escritores e de
descobertas múltiplas acerca do universo revelador que o livro e a literatura nos
trazem por meio das histórias contadas e lidas. A escola quando bem intencionada e
respaldada teórico e criticamente acerca da literatura infantil, desperta um novo olhar
na sua comunidade escolar e traz para o seu cotidiano ações que formam leitores
criativos, críticos, produtores de conhecimento e conhecedores do universo ilimitado
que esse conhecimento pode levá-los. Palavras-Chave: Escola. Literatura Infantil.
Leitura Literária.

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SACOLA LITERÁRIA: EXPERIÊNCIA DE LEITURA COM INTERAÇÃO DA FAMÍLIA


Andreia Alexandre Da Silva Duarte, Eliana Marques Zanata
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
A proposta deste trabalho é apresentar o percurso e os resultados de uma prática de
leitura realizada pela professora pesquisadora com alunos do 2º. e 3º. Anos do Ensino
Fundamental, que participaram juntamente com seus responsáveis das atividades da
Sala de Leitura. A Sala de leitura é um Programa desenvolvido pela Secretaria da
Educação do Estado de São Paulo em parceria com o Instituto Ayrton Senna que
oferece à escola uma pedagogia inovadora para formação de leitores e protagonistas
em diferentes espaços curriculares. Foi proposto uma prática intitulada ―Sacola
Literária‖ que teve como objetivos envolver o aluno e a família nas práticas de leitura,
verificar as mudanças em relação à essas práticas, analisar a proficiência dos alunos
no processo de leitura e atender ao Público-Alvo da Educação Especial. A
metodologia aplicada foi pesquisa ação-participante, de abordagem qualitativa
longitudinal do desenvolvimento do aluno. Como instrumentos de coleta de dados
foram utilizados os registros das práticas, o Kit contendo o material do professor, os
cadernos com as devolutivas dos responsáveis e as produções dos alunos. A prática
desenvolvida para acolher os alunos com deficiência foi a mesma utilizada para os
demais, porém o resultado foi positivo para todos e apontou indícios que revelaram a
melhoria na competência leitora. Verificou-se que a dificuldade de envolvimento da
família também foi a mesma, independentemente de os alunos serem PAEE. Neste
sentido, a inclusão perpassa por pensar práticas pedagógicas para todos olhando para
as especificidades de cada um. Palavras-Chave: Sala de Leitura. Sacola Literária.
Público-Alvo da Educação Especial.

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SOBRE ARTE, LEITURA E EDUCAÇÃO: A MISSÃO (IMPOSSÍVEL) DA


LITERATURA PARA A INFÂNCIA
Natália Tazinazzo Figueira De Oliveira, Cristiane Rogerio
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
O presente trabalho buscou, através do encontro-conversa entre uma professora e
uma pesquisadora repletas de narrativas, promover a reflexão sobre as relações e
práticas construídas na Escola entre seus atores sociais e o livro infantil. Com foco na
mediação da leitura realizada pelo adulto para a criança, buscamos refletir sobre o
andamento dessa conversa, tratando especialmente da (in)adequação dos livros
diante da escolarização e pedagogização da literatura; e de sua adequação do ponto
de vista da escolha e da experiência, em busca da reflexão de qual dessas
concepções é mais potente. Procuramos desconstruir e construir as relações do adulto
com o livro, a formação acadêmica, acesso e repertório, dentre tantos fatores que
interferem intimamente no ato de ler, para si e para o outro. E mais: de qual livro
estamos falando? Como estão hoje nossas ofertas e demandas literárias e artísticas
diante de obras que contam histórias a partir da relação texto, imagem e design, sem
contar a lógica de mercado que também tem forte influência? Os relatos de prática
que partem da experiência das duas educadoras, dialogaram com autores como Luiz
Percival Britto, Ligia Cademartori e Regina Zilberman, Daniel Pennac e Sophie Van
Der Liden, ressaltando os encontros possíveis a partir de (re)leituras do que
chamamos de ―literatura para crianças‖, mas que são para todas as idades. Foi
possível refletir sobre práticas vigentes, arriscar a proposta de outros caminhos e
ressaltar e reafirmar a urgência de centralizarmos a literatura nas discussões e
formações no âmbito da educação e da arte, trazendo a leitura como escolha e
experiência, se quisermos construir relações mais profundas e significativas entre as
pessoas e a leitura. Palavras-Chave: Literatura, Infância, Práticas pedagógicas.

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TEMPOS E ESPAÇOS DE LEITURA LITERÁRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Maiara Ferreira De Souza
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
O presente texto é parte de uma pesquisa-ação, de viés histórico-cultural, que tem
como objetivo criar tempos e espaços escolares destinados à leitura literária em uma
turma do 2º período da Educação Infantil, bem como compreender os sentidos
produzidos pelas crianças a essas práticas. Para tanto, nos baseamos na análise da
rotina das crianças pequenas e das fotos dos espaços em que a leitura literária
acontece. Além disso, também servem como fonte de análise neste texto as notas de
campo, produzidas a partir das observações de oficinas de leitura desenvolvidas com
as crianças da Educação Infantil e com os professores, ambos de um colégio
municipal de Juiz de Fora. Essas oficinas foram propostas pelo grupo de extensão
Tempos e espaços de leitura, da Universidade Federal de Juiz de Fora. Entendo que
instituir no cotidiano das escolas tempos e espaços voltados para a leitura literária
contribuem para a formação do leitor. Isso porque o processo humanizador da leitura
literária possibilita que a criança, ao imbricar realidade e imaginação através da leitura,
transforma em parte do seu ser aquilo que foi objetivado por outros homens ao longo
da sua história, tornando-se sujeito humanizado (VIGOTSKI, 2009). As análises me
permitem constatar que mediações planejadas coletivamente por pesquisadores e
professores, visando à instituição de tempos e espaços de leitura, tomando como
referência o texto literário e reflexões teóricas sobre a responsabilidade da escola em
formar o leitor, contribuem para a formação continuada de professores, o que refletiu
na organização dos espaços e tempos destinados a leitura em sala de aula e,
consequentemente, na formação do leitor infantil. Palavras-Chave: Tempos. Espaços.
Leitura literária.

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TRAVESSIAS OU TRAVESSURAS: PARA QUEM E PARA QUÊ SERVE A


LITERATURA INFANTIL NA CONTEMPORANEIDADE?
Soraya Souza, Ana Archangelo, Flávia Casarini Tomaz
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
O presente trabalho objetiva discutir o impasse dos avatares contemporâneos onde
existe uma nova lógica, o excesso predomina e produz a cultura, os mitos, os contos
de fadas, podem sustentar as dimensões do real, imaginário e simbólico, construindo
narrativas políticas? Partimos do pressuposto de que as histórias possibilitam a
construção de uma trama que ultrapassa o texto e cria uma ―narrativa política‖,
tornando-as autoras de sua própria história. Esta experiência é circunscrita no Projeto
de Iniciação à Docência - Pedagogia da Unicamp. Os resultados obtidos nos
interrogam, as professoras e as estagiárias de Pedagogia reconhecem o valor da
atividade da contação, e as crianças falam que preferem a atividade do brincar. O que
as crianças dizem? Uma possível formulação seria a queda do herói operando uma
destituição da experiência simbólica, sendo possível repetir no real as vivências como
um modo de afirmação da existência. Apostamos no resgate da experiência literária
dos anti-heróis como um dispositivo de reordenamento da fantasia na travessia da
vivência real para experiência simbólica. Parafraseando Carlos Dumond de Andrade: ―
No meio do caminho há uma pedra, há uma pedra no meio do caminho‖. Palavras-
chave: Contação de histórias. narrativa política. formação de professores.

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UM LUGAR ONDE MORAM E SE ESCONDEM OS LIVROS: BIBLIOTECAS


ESCOLARES E A FORMAÇÃO DE PEQUENOS LEITORES EM PIRAPOZINHO (SP)
Izabele Dias Dos Santos, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 09: Os espaços de leitura literária - Comunicação Oral
A biblioteca escolar é parte fundamental na escola, sendo indispensável sua presença
e seu funcionamento. Pensando nisso, o governo federal promove desde 1984
programas de incentivo e promoção da leitura através da distribuição de livros. Apenas
a distribuição não é suficiente, visto que, muitas escolas públicas do país não contam
com espaço adequado e exclusivo para o funcionamento de uma biblioteca. Em 2010,
foi aprovada a lei nº 12.244 que dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas
instituições de ensino do país. No mesmo ano, o Grupo de Estudos em Biblioteca
Escolar (GEBE/UFMG) juntamente com o Conselho Federal e Regional de
Biblioteconomia (CFB/CRB) elaboraram os Parâmetros para Bibliotecas Escolares que
se constitui num referencial para a qualidade das bibliotecas de escolas do país. De
acordo com a pesquisa de Castro Filho e Copolla Júnior (2012), cidades de grande
porte, como Ribeirão Preto, ainda estão longe de se adequar à lei nº 12.244/2010. Se
uma das maiores cidades do Estado ainda está tão longe do sucesso da biblioteca,
como estará as cidades pequenas do interior do país? Tendo a lei nº 12.244/2010 e os
Parâmetros para Bibliotecas Escolares como base, objetivo nessa pesquisa, verificar
em Pirapozinho, se as escolas públicas municipais de ensino fundamental – Ciclo I,
possuem bibliotecas escolares e se possuem se elas estão adequadas aos
Parâmetros para Bibliotecas Escolares. Como objetivos secundários proponho
observar o funcionamento da biblioteca, seus horários e regras; se há projetos de
leitura no projeto político pedagógico da escola. Para tanto, utilizarei como
metodologia a observação sistemática e não-participante e entrevista semiestruturada
a ser realizada com o diretor da escola, o coordenador pedagógico e o responsável
pela biblioteca.

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A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO UMA METODOLOGIA PARA O


LETRAMENTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PIBID
Felipe Eversom Camargo Pontes, Kellen Valeska Da Silva
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
A concepção de ensino-aprendizagem embasada no discurso como prática social tem
consequências imediatas na metodologia escolhida para o ensino da leitura e da
escrita. Nesse contexto, novas perspectivas têm sido discutidas atualmente para
promover o(s) letramento(s) na escola, instituição responsável pelo desenvolvimento
dessas habilidades. Por essa razão, propusemos um projeto de pesquisa intitulado
Contação de Histórias, no qual utilizamos esse recurso como uma alternativa
metodológica para a prática de letramento, haja vista a atração que as histórias
provocam, sobretudo, nas crianças. As atividades de contação de histórias como
prática de letramento foram realizadas com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental,
em uma escola pública estadual de Cuiabá/MT, durante quatro meses, no ano de
2014, pelos bolsistas do PIBID de Língua Portuguesa, da Universidade Federal de
Mato Grosso (PIBID-LP/UFMT). Nessas atividades, utilizamos, de forma lúdica a
dramatização. Uma vez expostos às histórias, oralmente, os alunos são atraídos para
a sua leitura. Nas atividades do (PIBID-LP/UFMT) em sala de aula com os alunos,
também estão presentes a leitura e interpretação de textos audiovisuais, imagens e
texto escrito. A partir dessas leituras e interpretações, os alunos passam a produzir
suas próprias histórias e a dramatiza-las. Dessa forma, a partir das atividades de
contação de histórias feitas pelos bolsistas, os alunos sentem-se atraídos para a
leitura e produção do texto escrito. Palavras-chave: Contação de Histórias. PIBID.
Letramento.

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A LITERATURA E A EDUCAÇÃO
Alex Nunes, Cristina Maria Rosa
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
No trabalho descrevo um processo de pesquisa que tem como interesse conhecer se
e como crianças transformam suas convicções morais em atitudes na escola. Em
observações realizadas em uma turma de 3º ano do Ensino Fundamental e a partir da
leitura de contos, identifico como se utilizam da ―moral original‖ para agir em
julgamentos sobre colegas, professores e personagens dos contos. A pesquisa cerca-
se de pensadores que afirmam que sim, as crianças aprendem em sociedade, desde
tenra idade, a condição de humanidade: em conflitos, afirmações, negações. O desejo
foi observar e narrar modos de ser/viver na escola. A mediação escolhida foi a
apresentação via leitura, de parte do repertório literário disponível em cujo âmago
estão as querelas humanas. Pensamos que nada mais intenso e premente para
detonar um processo de reflexão e pensamento como uma menina nas garras de um
lobo. Ao percebermos o uso desgovernado do tempo na realização das tarefas, a falta
de autogoverno para aprender, a disputa por liderança na ausência e até mesmo na
presença da professora e a falta de silêncio durante explanação da professora,
compreendemos que a proposição de aprender a pensar via literatura poderia ser um
caminho para a resolução de conflitos. A demanda por intervenção de um adulto para
que se instalem regras, procedimentos, consensos, autogovernos – os ―procedimentos
combinados‖ que tornam a coexistência mais plausível – indicou que o projeto de
investigação e intervenção é necessário/desejável e a curiosidade por seus próximos
resultados nos leva a investir em uma rotina em que frequência, criatividade e registro
serão a norma. Palavras-Chave: Leitura de contos. Crianças. Mediação Literária

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A PRODUÇÃO LITERÁRIA DE ROGÉRIO ANDRADE BARBOSA PARA CRIANÇAS


E JOVENS: ENTRE CONTOS E (RE)CONTOS AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS
Eliane Santana Dias Debus, Tatiana Valentin Mina Bernardes
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
Esta comunicação tem por objetivo apresentar uma pesquisa sobre a produção
literária de Rogério Andrade Barbosa, em particular aquela que tematiza a cultura
africana e afro-brasileira. O referido estudo, realizado pelos membros do Grupo de
Pesquisa em Literatura Infantil e Juvenil e Práticas de Mediação Literária em
Educação Básica e Superior (Literalise), do Centro de Ciências da Educação (CED, da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) teve início com o levantamento dos
livros publicados pelo autor e seguiu com a leitura, apreciação e a resenha dos títulos.
Neste estudo, uma das oportunidades mais relevantes se consubstanciou no encontro
entre o autor e o grupo (espaço de formação) que, por sua vez, possibilitou entrevista,
oficinas de contação de história e o compartilhamento de suas viagens e vivências.
Para subsidiar o estudo, consultou-se a legislação específica (Leis nº 10.639/2003 e nº
11645/2008), e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (2004).
O trabalho do autor, pelo conjunto de sua obra, contribui de modo significativo para a
formação do leitor literário e contempla a valorização e compreensão acerca das
diferenças entre as pessoas e a diversidade étnico-racial, social e cultural presentes
nas sociedades.

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A VOZ E OS PLANOS DO PROFESSOR: UM ESTUDO DOS PLANOS DE LEITURA


NA ESCUELA SAN AGUSTÍN EM CIUDAD DEL ESTE, PARAGUAI
Tatiana Vega Ahumada, Mariana Cortez
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
Esta investigação faz parte do projeto de pesquisa ―Vivendo livros latino-americanos
na tríplice fronteira‖ e tem o intuito de analisar as entrevistas com docentes que
relatam sua experiência com formação de leitores e o registro de suas propostas em
seus planos de ensino. O objetivo foi comparar as duas fontes de dados para tentar
entender se os planos realmente retratam as concepções de leitura que os
professores revelam nas entrevistas. A metodologia proposta pela pesquisa foi realizar
entrevistas semiestruturadas com dois docentes da Escola San Agustín em Ciudad del
Este, no Paraguai, para a partir de questões sobre o valor do livro, da leitura, da
biblioteca confrontá-las com os planos de ensino desenhados pelos mesmos
professores. Este trabalho fundamentou-se nas propostas da antropóloga francesa
Michele Petit (2011) quando ela reflete sobre as práticas culturais de jovens leitores de
bairros marginalizados na França, Rovilson José da Silva (2009) e COLOMER (2005).

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BIBLIOTECAS PÚBLICAS: UM INSTRUMENTO DE FOMENTO À LEITURA


Isabel Santana Da Conceição
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
No contexto social no qual estamos inseridos percebemos o quanto a leitura faz parte
da nossa vida, sendo um dos meios mais eficientes de se adquirir conhecimento. O
incentivo e a prática da leitura devem ser introduzidos no cotidiano da criança desde
cedo. Proporcionar esse convívio com livro concede a criança construir sua leitura de
mundo antecipadamente, conforme as oportunidades que lhe são oferecidas,
mediante também a proximidade com os diversos grupos sociais que convivemos.
Dentro deste contexto, estão as bibliotecas públicas como espaços multiculturais que
promovem a igualdade de acesso às fontes de informações, em seus mais diversos
suportes, fortalecendo a prática da cidadania e a formação da identidade cultural de
uma sociedade. Diante do exposto, esta pesquisa tem como objetivo refletir sobre o
fundamental papel social da biblioteca pública como um ambiente favorável ao
desenvolvimento de atividades promotoras de leitura. Enfatizar que a biblioteca
pública é uma instituição dinâmica, que através de seus serviços, produtos, atividades,
funções, contribuem para o desenvolvimento educacional, cultural, social de seus
usuários. Apontar ações/atividades de mediação de leitura, com o intuito de identificar
práticas que possibilitem o encorajamento e o hábito pela leitura. Serão abordadas as
competências do bibliotecário como profissional mediador de leitura ponderando sobre
sua participação no processo de formação de leitores. Ademais, serão apresentadas
definições sobre a temática mediação de leitura. O método utilizado para o progresso
e fundamentação teórica será à pesquisa bibliográfica. Ele foi escolhido por abranger
toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado. Palavras-Chave:
Leitura. Biblioteca pública. Mediação de leitura.

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CORES NOVAS PARA CHAPEUZINHO: LEITURA LITERÁRIA NA ESCOLA


Magda Dezotti
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
Esta comunicação apresenta resultados parciais de uma pesquisa de doutorado
realizada no quinto e no sexto ano do Ensino Fundamental, inserida no campo dos
Novos Estudos do Letramento, cujo objetivo principal é a compreensão de como se
dão as práticas de letramento a partir da leitura de textos literários nas turmas
pesquisadas. No que concerne à metodologia, adotamos perspectiva etnográfica,
desenvolvida por pesquisadores como Brian Street, Shirley Heath, David Barton, Mary
Hamilton. A coleta dados foi realizada ao longo ano letivo de 2016 em duas escolas da
rede municipal do Recife-PE. A mostra selecionada para esta apresentação
compreende um evento, que consideramos representativo das práticas das
professoras participantes da pesquisa, em cada uma das turmas. No sexto ano,
observamos eventos nos quais houve leitura do texto literário, predominantemente
condicionada ao uso do livro didático e ao ensino de conteúdos gramaticais da língua,
nesse caso, apontando para uma relação historicamente marcada entre literatura e
gramática. No quinto ano, identificamos a presença sistemática de eventos de
letramento a partir da leitura literária, mediados tanto pela professora regente quanto
pela professora responsável pela mediação na sala de leitura (professora de
biblioteca). Tais eventos demonstram que as leituras propostas e realizadas com os
alunos proporcionam experiências estéticas singulares, com potencialmente capazes
de contribuir para a formação do leitor, indicando assim, práticas de letramento
literário.

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ENSINO DE LITERATURA E FORMAÇÃO DE LEITORES NA REDE PÚBLICA:


EXPERIÊNCIA DE ENSINO
Karolaine Claudia Dos Santos
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
RESUMO Neste trabalho, é apresentado um relato de experiência de ensino,
desenvolvida em um seminário referente à disciplina Fundamentos e práticas do
ensino da Língua Portuguesa, oferecida no curso de Letras. No 1º semestre de 2016,
durante a aula, discutíamos sobre a dificuldade de ensinar Literatura na escola
pública. O objetivo do seminário era o de elaborarmos e vivenciarmos as etapas de
uma sequência expandida, refletindo sobre possibilidades para o ensino da Literatura.
Tínhamos que preparar um plano de aula e o aplicar durante o seminário, enfatizando
o processo de leitura do romance A bolsa Amarela de Lygia Bojunga. O plano de aula,
bem como sua aplicação, contemplou as seguintes etapas: Motivação - introdução ao
universo do livro e a apresentação de um breve teatro com apresentação dialógica de
05 personagens do romance; Introdução - apresentação de dados sobre a autora e de
críticas literárias sobre a obra. Leitura - realização de leitura compartilhada de um
trecho do romance, com momentos de reflexão da narrativa; 1ª Interpretação -
levantamento das impressões dos leitores quanto ao trecho lido; Contextualização -
compreensão da obra em seu contexto de produção, com destaque para os aspectos
históricos, teóricos e estilísticos; 2ª Interpretação - leitura aprofundada de um aspecto
da obra, nesta experiência, com ênfase na personagem Raquel e os desejos
guardados na bolsa e Expansão - construção de diálogos intertextuais com a temática
da letra de música Aquarela de Toquinho. Palavras-Chave: Sequência expandia;
Ensino de literatura; Docência.

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ESTRATÉGIAS DE LEITURA E QUADRINHOS: UM PLANO INFALÍVEL PARA


FORMAR LEITORES!
Silvana Ferreira De Souza Balsan, Renata Junqueira De Souza, Victor Hugo
Casagrande
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
Este trabalho visa discutir como as Histórias em Quadrinhos (Hqs) podem ser um
importante gênero para o processo de formação leitora, uma vez que, as histórias em
quadrinhos permitem o desenvolvimento e o uso das estratégias de leitura pelos
leitores. Focamos nossos estudos nas Histórias em Quadrinhos (Hqs), pois elas se
constituem a partir do texto verbal e não verbal e trazem em seu interior elementos
culturais atuais e históricos que possibilitam que as crianças ativem a estratégia de
conhecimentos prévios e estabeleçam diferentes relações entre a história lida e seu
repertório pessoal, fazendo conexões que permitam ao leitor compreender o texto.
Reafirmamos que se faz necessário, proporcionar a leitura desse gênero textual no
interior escolar e que o docente seja o mediador da aprendizagem na sala de aula. O
estudo proposto aqui descrito e discutido foi elaborado e executado em uma
Secretaria Municipal de Educação do interior do Estado de São Paulo com alunos do
5º ano do Ensino Fundamental I. O presente texto se dividi em quatro partes, sendo
que nas três primeiras apresentaremos nossa discussão teórica sobre a história em
quadrinhos ao longo da história e suas características, depois nossas concepções
sobre o ato de ler e sobre as estratégias de leitura. Por último descreveremos uma
experiência realizada com crianças do 5º Ano de uma escola municipal de uma cidade
do interior de São Paulo/SP. Os resultados parciais demonstram que esse gênero
possibilita que o leitor utilize suas estratégias e estabeleça relações com o mundo no
qual está inserido, além de ampliar o conhecimento dos envolvidos a partir das
interações realizadas.

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Presidente Prudente de 02 a 04 de agosto de 2017
ISBN: 978-85-69697-02-2
ANAIS DE RESUMOS V CONGRESSO
INTERNACIONAL DE LITERATURA INFANTIL E
JUVENIL

(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

FORMAÇÃO LEITORA E ATUAÇÃO PROFISSIONAL DE FUTUROS


PROFESSORES: INVESTIGANDO SUAS EXPERIÊNCIAS E PERCEPÇÕES
Maria Betanea Platzer
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
Ao exercer a docência, entre diversas responsabilidades, o pedagogo assume o papel
de mediador de leitura para crianças que frequentam a Educação Infantil e as séries
iniciais do Ensino Fundamental. Diante desse contexto, com base em estudos na área
de formação inicial de professores e no campo da História Cultural, apresentamos os
resultados de uma pesquisa realizada com alunas que frequentam o último ano do
curso de Pedagogia em uma Instituição de Ensino Superior privada, localizada em um
município do interior do estado de São Paulo. Desenvolvemos um estudo qualitativo
por meio de aplicação de questionário a 29 graduandas e, em seguida, entrevistamos
05 alunas pertencentes a esse grupo. As análises dos dados revelam especialmente
que a maioria das cursistas estão cientes da relevância da leitura no processo de
formação profissional, destacando diversas experiências vivenciadas no decorrer da
graduação envolvendo práticas de leitura, entre elas, o acesso a obras literárias
favorecido no próprio espaço da graduação e em outros contextos sociais. A maior
parte das alunas afirmam que os educadores deverão ser leitores e mediarem para as
crianças, de forma significativa, a leitura de diferentes tipos de textos, entre eles, o
literário. Ainda, reconhecem, em sua maioria, a necessidade de ampliarem suas
leituras no processo de formação e no decorrer de sua futura atuação como docentes
para, dessa forma, promoverem situações de leituras a seus alunos que sejam
produtivas e diversificadas. A partir deste estudo, verificamos que no processo de
formação inicial do pedagogo é de suma importância (re)conhecer, valorizar e ampliar
suas práticas de leitura, promovendo discussões e atividades que contribuam para sua
futura atuação profissional.

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LEITURA LITERÁRIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA: O


PROFESSOR COMO MEDIADOR DESTE PROCESSO
Daniele Aparecida Russo, Cyntia Graziella Guizelim Simões Girotto
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
Diante da importância da leitura literária para o desenvolvimento da criança e com
base na teoria histórico-cultural, em que se considera que o significado da leitura para
a criança é o resultado da sua experiência histórica, social e cultural em diálogo com o
livro literário, questiona-se: como os professores trabalham a leitura literária com
crianças da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental em escolas
municipais da periferia de Marília? O objetivo geral da pesquisa é lutar por uma
educação humanizadora e emancipatória por meio da leitura literária enquanto
atividade primordial no desenvolvimento das crianças. Trata-se de uma pesquisa-ação
que tem como objeto de estudo a sala de aula, e o material de investigação será
organizado em torno do processo de ensino-aprendizagem por meio da leitura literária.
O primeiro momento da pesquisa consistirá na caracterização, por meio de
observações e entrevistas, da realidade do trabalho da leitura literária realizada nas
escolas. Posteriormente, será realizado, a partir do referencial teórico, trabalho
sistemático com o material coletado. Considerando as necessidades apresentadas
pela realidade da escola, será proposto um programa para ser desenvolvido com os
professores no intuito de formação continuada sobre a importância do trabalho com a
leitura literária com as crianças. E, finalmente, ocorrerá a avaliação dos resultados
obtidos em sala de aula por meio de observações e novas entrevistas. A intenção é
contribuir, ainda que singelamente, com o desenvolvimento da área da Educação,
mais precisamente com a área de Teorias e Práticas Pedagógicas.

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PRÁTICAS BIBLIOTECÁRIAS PARA ALÉM DA ORGANIZAÇÃO DE ESTANTES


PROJETO PILOTO “LEITORES DO AMANHÔ RELATO DE EXPERIÊNCIA
Neide Trindade Mendes
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
Objetivo do trabalho: Sendo o bibliotecário um profissional da informação, torna-se
imprescindível sua atuação na formação de leitores, fazendo com que o acesso à
leitura e as descobertas que ela proporciona seja palpável para uma parcela
representativa da população. O objetivo deste trabalho é apontar através de ação
promovida por um grupo de estudantes e professores voluntários a importância do
engajamento social com foco na leitura e o descortinamento da leitura entre crianças e
adultos em uma comunidade carente no bairro Santa Emília em campo Grande/MS
através do projeto piloto ―Leitores do Amanhã‖, um projeto itinerante.

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PRÁTICAS DE LEITURA DE ALUNOS DO ENSINO SUPERIOR


Franciele Fernando Silva De Aquino, Thais Geraldi De Andrade
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
Este trabalho tem como objetivo realizar uma reflexão a respeito da prática da leitura
por alunos da Educação Superior. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa a partir
de questionários respondidos por universitários ingressantes nas licenciaturas de
Letras e Pedagogia, de quatro universidades brasileiras, apontando princípios,
conhecimentos e ações pedagógicas para a formação. Os dados levantados são
analisados a partir dos pressupostos teóricos de Roger Chartier e Michèlle Petit. Trata-
se de um recorte da pesquisa ―Leitura nas licenciaturas: espaços, materialidades e
contextos na formação docente‖, Projeto de Cooperação Acadêmica Interinstitucional
(PROCAD), entre UNESP (Marília e Presidente Prudente), UFES e UPF, cuja
finalidade é analisar o perfil leitor de universitários ingressantes nas licenciaturas de
Letras e Pedagogia, apontando princípios, conhecimentos e ações pedagógicas para
a formação de leitores na universidade como espaço privilegiado de mediação da
leitura e de circulação de práticas de leitura.

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PROJETO PARA GOSTAR DE LER MANOEL DE BARROS


Sirlei Pereira Dos Reis, Rosana Monzon Dias
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
O presente trabalho tem por finalidade enfatizar a leitura das poesias do escritor sul-
mato-grossense Manoel de Barros. O Projeto Para Gostar de Ler, foi iniciado em 2015
e visava os alunos do Ensino Fundamental com a leitura dos best-sellers,
estabelecendo uma ponte para uma leitura mais refinada. Agora, o projeto foi
desenvolvido, em sala de aula e fora do espaço escolar, em que se ampliou a
competência leitora dos alunos dos 3º anos, do Ensino Médio, da Escola Estadual
João Brembatti Calvoso – Ponta Porã - MS. Desenvolvendo a criatividade, a
socialização e a aprimorando a leitura cobrada nos vestibulares e no ENEM (os
clássicos da literatura brasileira), propiciando um intenso e sistematizado contato dos
alunos com a poesia moderna, especialmente no que se refere ao ler para gostar e
para conhecer a obra e o escritor, possibilitando o compartilhamento das ideias e
opiniões. Praticando a reflexão sobre a língua, desenvolvendo o senso crítico,
proporcionando, assim, um método de ensino mais estimulante para o trabalho com a
leitura, através de récita, desenho, música, livro e panfleto.

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SOBRE HISTÓRIAS E AMIZADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO CELLIJ


Gabriele Goes Da Silva, Cassia Carolina Piva, Evanise Lourdes Brito Mathias De
Souza Oliveira, Isabela Delli Colli Zocolaro
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Apresentação de
Pôster
É visto em contexto geral que a leitura é um hábito muito importante para o
desenvolvimento do ser humano, pensando nisso os projetos de extensão: ―Hora do
Conto‖ e ―Programa Pais e Filhos da Mamãe Gansa‖, do Centro de Estudos em
Leitura e Literatura Infantil e Juvenil ―Maria Betty Coelho Silva‖ (CELLIJ), da
FCT/Unesp, visa apresentar, desde a primeira infância, essa experiência aos
discentes. Neste artigo apresentaremos a contação de histórias realizada pelo projeto,
com o tema ―Amizade‖, a partir dos livros ―Pedro e Tina‖ (KING, 1999) e ―Faca sem
ponta galinha sem pé‖ (ROCHA, 2005). Como o objetivo de aproximar as crianças dos
livros e da literatura, foram utilizadas técnicas de contação pautadas nas artes cênicas
e na contação com o uso de objetos (SILVA, 1999). Durante a execução deste tema,
entre abril e junho de 2017, foram recebidos alunos das escolas de Presidente
Prudente e região, para desfrutarem das histórias contadas e das dinâmicas, todas
pautadas no tema amizade, algo vivido pelas crianças/ouvintes. O tema escolhido se
deu ao fato dos alunos estarem iniciando mais um ano letivo, originando novas
amizades em sala de aula, por tratar-se de algo relacionado ao seu cotidiano pudemos
constatar um alto interesse dos visitantes em se envolver nas conversas sobre o
assunto, assim como um entusiasmo ao ouvir as histórias. Essa notável empolgação
levou-os a se divertirem com os livros quando conheceram a Biblioteca Infantil de
Prudente (BIP). Portanto, os resultados aqui externados nos mostram que a realização
do projeto aproximou com sucesso os participantes da literatura, e estes a partir disso
terão maior intimidade com os hábitos de leitura, sabendo inclusive que os livros da
BIP podem ser retirados por eles, enquanto usuários da biblioteca infantil.

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ACESSIBILIDADE E PRÁTICAS LITERÁRIAS: REFLEXÕES ACERCA DA AÇÃO


“AS CORES DE NIEMEYER” EM UMA BIBLIOTECA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE
CAMPO GRANDE.
Melly Fatima Goes Sena, Cristina Dalva Ouriveis Maciel De Moura
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Neste trabalho, apresentamos uma reflexão acerca do projeto: ―Leitura Acessível‖
desenvolvido pelo Núcleo de Literatura, Leitura e Bibliotecas da Fundação de Cultura
de Mato Grosso do Sul (NLLB/FCMS), cuja proposta é trabalhar interculturalmente a
literatura e outras artes sempre com o viés da educação para acessibilidade. O nosso
corpus é refletido a partir da ação do projeto intitulado ― As cores de Niemeyer‖,
realizada na biblioteca Pública Municipal ― Anna Luiza do Prado Bastos‖, situada no
município de Campo Grande, MS. O público foi composto por 40 crianças de um 5º
ano do ensino fundamental básico de uma escola municipal da cidade Essa atividade
discorreu em torno da poesia, arquitetura, artes visuais, patrimônio cultural e
acessibilidade. A partir de uma obra edificada projetada pelo arquiteto situada no
município de Campo Grande e é patrimônio histórico do estado e um poema escrito
pelo próprio iniciou-se os questionamentos acerca de como trabalhar a
interculturalidade visando a educação patrimonial, a leitura e a acessibilidade visual.
Com vídeos e imagens em audiodescrição e atividades plásticas, os trabalhos
proporcionaram aos participantes a reflexão acerca da acessibilidade, da obra
arquitetônica, da poesia de mote do artista e a educação patrimonial de nossa cidade.
Tendo como premissa a citação de Paulo Freire (1989) em que a leitura do mundo,
precede a leitura da palavra, as atividades deste projeto foram pautadas na
identificação do meio sem uso da visão; o exercício do tato; as observações do mundo
e a ―leitura‖ deste , sem o uso do sentido da visão, o acesso à leitura e as alternativas
de leitura para quem não tem acesso visual (baixa visão ou cegos). Palavras-Chave:
Acessibilidade. Interculturalidade. Leitura.

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A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E A ESCOLA: UM DESPERTAR PARA O MUNDO


DA LEITURA
Izabele Dias Dos Santos, Paula Cristina Dantas Dos Santos
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A contação de histórias se constitui num grande aliado na mediação do leitor em
formação. Desde a simples narrativa até a dramatização, eis uma ferramenta para o
uso do professor em sala de aula, principalmente nos anos iniciais do ensino
fundamental, fase em que a criança está aprendendo a linguagem escrita e se
familiarizando com o objeto livro como um recurso para a alfabetização e o letramento
literário. Traçamos como objetivo nesse texto trazer discussões acerca da contação de
histórias na escola como ferramenta para o despertar do gosto pela leitura literária,
bem como ampliar o repertório de nossos alunos e promover o prazer em ouvir
histórias. Para isso, utilizamos como metodologia a pesquisa bibliográfica em
periódicos da área, além de livros, teses e dissertações para a fundamentação teórica
do tema. A partir disso, podemos concluir que a contação de histórias no ambiente
escolar desperta no aluno a curiosidade por outras narrativas além das que lhes são
disponibilizadas, ajudando assim no aumento de interesse pela literatura e leitura,
possibilitando a formação do futuro leitor.

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A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA FORMAÇÃO DOCENTE: HISTÓRIAS QUE


BRINCAM E ENCANTAM.
Eliandra Cardoso Dos Santos Vendrame
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este texto se constitui como relato de experiência de ensino desenvolvida na disciplina
de Fundamentos e Metodologias do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura Infantil
em curso de pedagogia. Neste texto objetivamos relatar a experiência na elaboração e
atuação das acadêmicas do curso de Pedagogia em confeccionar, recursos para atuar
como contadores de histórias, atuando diretamente com a Biblioteca Municipal de um
Município localizado no centro-oeste do Paraná. Pensamos o contar histórias como
um brincar que envolve escuta, imaginação e possibilidades de representar o mundo,
neste sentido o trabalho de elaborar uma contação de histórias com recursos
artesanais visa privilegiar a ludicidade da contação de histórias por meio do livro que é
recurso fundamental da leitura literária. A metodologia está baseada na pesquisa-ação
e tem como método da pesquisa estar situado no desvendamento de uma estratégia
de promoção de leitura e humanização da criança, tendo na contação de histórias uma
ferramenta de atuação ao contador de histórias. Considerando a contação de histórias
como, um agir no processo narrativo que permite o despertar de percepções, aguça os
sentidos (visão,audição, paladar,olfato e o tato) e isso permite que os sentidos sejam
mais sensíveis, desenvolvendo e formando habilidades cognitivas que facilitam o ato
de criação e imaginação. Desta maneira, a formação docente ao vivenciar, a pesquisa
por histórias, escolha e confecção de materiais para elaboração de um contação de
histórias surge como uma importante experiência de formação pedagógica, leitora e
de acesso à cultura literária. Os resultados alcançados têm indicado que a contação
de histórias na formação acadêmica do docente é importante para seu
desenvolvimento pessoal e acadêmico como futuro professor.

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A CONTRIBUIÇÃO DAS RODAS DE LEITURA PARA FORMAÇÃO DE LEITORES


Claudia Fátima Kuiawinski
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A contação de histórias é prática presente na rotina de Educação Infantil, no intuito de
proporcionar à criança momentos em que possa sonhar, criar e desenvolver o hábito e
o gosto pela leitura. Diante disso, este artigo apresenta como tema: ―A contribuição
das rodas de leitura para a formação de leitores‖. Com o objetivo de compreender
como ocorrem esses momentos, a pesquisa foi realizada em duas instituições de
Educação Infantil do município de Videira, no intuito de analisar as contribuições da
literatura infantil na formação de leitores. A metodologia se concentrou em uma
pesquisa de campo buscando identificar o que pedagogos pensam a respeito dos
momentos de leitura em sala e como as aplicam em suas rotinas diárias. As
observações aconteceram durante o desenvolvimento de quatro rodas de leituras com
o foco voltado para o interesse das crianças nas práticas de contação de histórias
utilizada por professores. Infere-se, ao final, que educadores pesquisados estão
cientes da importância das rodas de leitura para a formação de leitores e preocupados
com a formação literária da criança.

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A EXPOSIÇÃO DE LIVROS ARTESANAIS E LIVROS BRINQUEDOS: UM


ENCONTRO COM DIFERENTES LEITURAS
Simoni Conceição Rodrigues Claudino, Rosilene De Fátima Koscianski Da Silveira,
Tatiana Valentin Mina Bernardes, Waleska Regina Becker Coelho De Franceschi
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A presente comunicação objetiva indagar o modo pelo qual a exposição de livros
artesanais promove a leitura literária e incentiva o exercício da autoria, com destaque
as diferentes leituras possibilitadas. Nos últimos anos, estudantes do curso de
Pedagogia da UFSC, têm se lançado na aventura de se tornar autores/escritores de
um livro artesanal de literatura infantil ou juvenil. Muitos destes livros confeccionados
formaram um acervo e acabaram sendo objetos de divulgação e promoção da leitura e
do incentivo à autoria em exposições, feiras, congressos e eventos nas imediações da
Universidade. Neste ano, 2017, por ocasião da 8ª Semana Municipal do Livro Infantil
de Florianópolis, a exposição ―livros brincantes, uma tecitura artesanal‖ num diálogo
efetivado entre livros-artesanais e livros-brinquedos, sob olhares de crianças e adultos
foi disponibilizada ao acesso daqueles que aceitaram o convite da exposição, ou
daqueles que passaram e se dispuseram a parar, olhar, apreciar, ler e se encantar
com as inúmeras produções disponíveis, sobre diferentes materialidades. Os livros
produzidos artesanalmente, de exemplar único, chamaram a atenção; e os livros-
brinquedos, de produção industrial, também foram apreciados. Leituras mediadas,
solitárias, rápidas, compartilhadas, leituras de imagens, leituras engraçadas, leituras
escondidas... Crianças da Educação Infantil, estudantes do Ensino Fundamental e do
Ensino Superior, professores de escolas próximas, e de diferentes cursos da
Universidade apreciaram e se integraram ao movimento de ler, somando-se na tarefa
de encantar e de disseminar a leitura e a apreciação estética através dos livros.
Exposição de encantamento, de conhecimento, de brincadeiras, de ações e de
leituras.

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A FORMAÇÃO DO LEITOR E A MEDIAÇÃO DA LEITURA PELA VIA DAS


PRÁTICAS DE LEITURA EM TURMAS DE QUINTO ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Gisele Santos De Nadai
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho integra os estudos da dissertação de mestrado da autora que teve por
objetivo analisar práticas de leitura em turmas de quarta série/quinto ano do Ensino
Fundamental do Sistema Público Municipal de Ensino da Serra, ES, tema esse que
teve estreita relação com inquietações advindas da prática profissional e pessoal da
pesquisadora. Com base nos pressupostos teóricos de Roger Chartier e nas noções
conceituais de apropriação, representação e práticas, neste artigo, buscou identificar
como a formação do leitor e a mediação da leitura acontece no âmbito escolar. Para
isso, adotou a opção metodológica de estudo de caso de cunho comparativo, pois
vivenciou o cotidiano da sala de aula de turmas inseridas em escolas com
desempenho IDEB diferenciados, e utilizou o recurso da observação participante em
sala de aula como principal estratégia de coleta de dados. As análises dos dados
foram organizadas a partir das modalidades de leitura mais presentes nas escolas
(leitura silenciosa e leitura em voz alta), de modo a evidenciar apropriações,
representações e práticas inerentes a esses modos de ler na escola que são os
cernes da formação do leitor. Constatou-se que práticas leitoras nas escolas,
independentemente de desempenho IDEB diferenciado, se assemelham, sendo
marcadas pelo didatismo escolar, e que os intervenientes que constituem o processo
de formação do leitor não podem ser medidos e/ou quantificados em notas de
avaliações de desempenho das crianças.

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A FORMAÇÃO DO LEITOR LITERÁRIO: MUITAS VIVÊNCIAS, MUITAS


INCERTEZAS
Annete Lopes Sejópoles Modesto, Danielly Caetano De Abreu Evangelista
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
RESUMO Este artigo intenciona transitar para além de reflexões pragmáticas e
considerar muitas incertezas do mundo. A partir do conceito de vivência de Vygotsky,
como unidade da relação do sujeito com o meio, pensamentos e considerações
objetivam discutir conceitos paradoxais criados em sociedade ao aproximar leitura de
cidadania. Nesse viés, trazemos para a discussão entendimentos sobre a mais
premente necessidade que se instaura em espaços educacionais em que a criança é
o sujeito principal dessa relação: mediador e leitor de textos ficcionais em formação.
Trazer à tona pensamentos oriundos de searas equidistantes que, ao mesmo tempo,
conversam entre si. Desde as estratégias de leitura, preocupação do professor para
ensinar leitura à criança pequena, a estética quanto ao aprimoramento do gosto por
culturas mais elaboradas, até resultados de pesquisas pouco palatáveis para o
contexto escolar, em que o professor é alvo de questionamentos sobre sua prática no
intento: formar pequenos leitores de obras ficcionais. Enfim, refletir sobre a dubiedade:
leitor versus ledor, contradição revelada num espaço escolar em que o acervo não é
mais obstáculo para se instaurar ambiente leitor. Palavras-Chave: leitor. Leitura.
Cidadania

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A FORMAÇÃO DO LEITOR LITERÁRIO: VIVÊNCIAS E INCERTEZAS


Annete Lopes Sejópoles Modesto
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este artigo intenciona transitar para além de reflexões pragmáticas e considerar
muitas incertezas do mundo. A partir do conceito de vivência de Vygotsky, como
unidade da relação do sujeito com o meio, pensamentos e considerações objetivam
discutir conceitos paradoxais criados em sociedade ao aproximar leitura de cidadania.
Nesse viés, trazemos para a discussão entendimentos sobre a mais premente
necessidade que se instaura em espaços educacionais em que a criança é o sujeito
principal dessa relação: mediador e leitor de textos ficcionais em formação. Trazer à
tona pensamentos oriundos de searas equidistantes que, ao mesmo tempo,
conversam entre si. Desde as estratégias de leitura, preocupação do professor para
ensinar leitura à criança pequena, a preocupação estética quanto ao aprimoramento
do gosto por culturas mais elaboradas, até resultados de pesquisas pouco palatáveis
para o contexto escolar, em que o professor é alvo de questionamentos sobre sua
prática nesse intento: formar pequenos leitores de obras ficcionais. Refletir sobre a
dubiedade: leitor versus ledor, contradição revelada num espaço escolar em que o
acervo não é mais obstáculo para se instaurar ambiente leitor. Palavras-Chave: leitor.
Leitura. Cidadania

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A FORMAÇÃO DO LEITOR NA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA: POSSIBILIDADES


E LIMITES
Elianeth Dias Kanthack Hernandes, Isabela Fernanda Roberto Da Silva, Larissa
Magron Carrion, Maria Julia Feitosa Rojo
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Temos como principal preocupação investigar como se dá a formação do leitor no
âmbito acadêmico. Partindo do pressuposto que a Biblioteca Universitária é uma
organização, em constante interação com o seu contexto, cuja função é o apoio aos
objetivos universitários este trabalho investigativo teve a intenção de identificar como o
acervo da Unesp de Marília tem sido utilizado por seus alunos e professores. O foco
do trabalho está voltado para a constituição do leitor na graduação. Os
questionamentos que direcionaram a investigação foram: Quais cursos da Unesp de
Marília têm demandado maior procura, por parte dos graduandos, pela Biblioteca
Universitária? Quando a procuram, o que são incitados a ler? A leitura tem como
preocupação apenas a formação técnica na área da graduação, ou contempla também
a cultura letrada para além da área específica? Para isso, utilizamos a análise
documental dos registros que identificam a retirada de livros, com os seguintes eixos
de análise: títulos retirados; área/conteúdo da obra; quem retirou; o curso de formação
de quem procedeu a retirada. Foi possível identificar que existem diferenças
significativas entre os diversos cursos no que se refere ao incentivo à utilização da
Biblioteca e a formação do futuro profissional como leitor. A composição do acervo
não é equânime por área de conhecimento e nem sempre o maior/ou mais completo
acervo tem sido o mais procurado. Concluímos que se faz necessário aproximar a
Biblioteca Universitária do público para o qual ela existe, articulando suas finalidades e
seus procedimentos ao perfil dos alunos egressos constantes nos Projetos Políticos
Pedagógicos de cada curso.

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A HORA DO CONTO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE LONDRINA-PR


Adrielly Rocateli, Rovilson José Da Silva
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
RESUMO O presente trabalho faz parte de uma pesquisa de Iniciação Científica e
Trabalho de Conclusão de Curso em desenvolvimento, tem origem no Projeto
Pesquisa Biblioteca no Ensino Fundamental de Escolas Públicas De Londrina:
mediação pedagógica da leitura e informação. Objetiva investigar a formação de leitor
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental em uma biblioteca escolar da Rede
Municipal de Londrina integrado ao Projeto Palavras Andantes. Tem natureza
qualitativa iniciando-se com o referencial bibliográfico visando a fundamentação dos
conceitos relacionados ao estudo que se realizou no campo escolar. A metodologia
aplicada procedeu por meio de pesquisa descritiva, após o acompanhamento da rotina
de trabalho, a observação das estratégias para mediação da leitura, o registro e
análise dos fenômenos referentes à Hora do Conto, realizada na biblioteca da escola.
Como resultados parciais constata-se que a leitura amplia a interação social,
possibilita o fortalecimento de ideias e a constituição dos sujeitos, o que a torna
imprescindível na formação de leitores na escola e, consequentemente revela que a
biblioteca tem papel relevante nesse processo. Além disso, observa-se que foi
possível trazer para o campo da pesquisa a reflexão sobre uma prática educativa, que
respeita as particularidades dos alunos, produzindo uma aprendizagem significativa
por meio das ações pedagógicas que são desenvolvidas na biblioteca. Palavras-
Chave: Hora do Conto. Formação de Leitores. Biblioteca Escolar. Anos Iniciais do
Ensino Fundamental.

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A IMPORTÂNCIA DA LEITURA LITERÁRIA PARA FORMAÇÃO DE LEITORES


PLENOS
Vanusia Amorim Pereira Dos Santos
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA LITERÁRIA PARA FORMAÇÃO DE LEITORES
PLENOS Vanusia Amorim Pereira dos Santos IFAL – Instituto Federal de Alagoas –
Campus Palmeira dos Índios RESUMO: Pesquisas recentes (FAILLA, 2016;
MACHADO, 2012; STEPHANI, 2014) revelam que os docentes são as figuras mais
influentes na formação de novos leitores. Essas pesquisas também apontam que os
interesses de leitura dos professores não diferem dos gostos da maioria da população
e os gêneros mais lidos são: livros didáticos, bíblia, livros religiosos, livros técnicos,
livros infantis e livros de auto-ajuda. No que diz respeito à formação e ao letramento
literário, estudos indicam que um número significativo dos nossos professores não
teve acesso à obras literárias em casa nem construiu práticas sociais de leitura (na
Educação Básica e nos cursos de graduação universitária). Neste trabalho
evidenciaremos a posição do Brasil em relação aos índices de leitura, a necessidade
da formação docente para o ensino da leitura literária e ainda algumas reflexões sobre
duas coletas de dados realizadas no Ifal – Campus Palmeira dos Índios no segundo
semestre de 2016, com alunos e professores, sobre a abordagem do texto literário em
sala de aula. Partimos dessa realidade e dos resultados das últimas pesquisas do
PISA e da Retratos de Leitura no Brasil para promover a importância do ensino de
literatura mais eficaz e abrangente, cujo objetivo primordial seja transformar nossos
jovens em leitores plenos e competentes. Palavras-Chave: Leitura Literária. Sala de
Aula. Formação docente.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

A IMPORTÂNCIA DO LEITOR PROFICIENTE NOS ESPAÇOS ESCOLARES: UMA


PERSPECTIVA DOS ALUNOS DO QUARTO ANO DA FFC MARÍLIA.
Flaviane Maria Rodrigues, Yngrid Karolline Mendonca
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este texto foi desenvolvido a partir de uma pesquisa financiada pela CAPES e tem
como objetivo analisar o perfil leitor em algumas dimensões, considerando espaços,
materialidades e diferentes contextos de alunos no último ano do curso de Pedagogia
da UNESP, campus Marília e, a partir disso, compreender como os futuros
professores entendem a necessidade da formação de leitores proficientes. Vale
ressaltar que esta pesquisa está ligada a outra maior, intitulada ―Leitura nas
licenciaturas: espaços, materialidades e contextos na formação docente.‖, cujos dados
foram coletados em 2015, apontando que os alunos do primeiro ano dos cursos de
Pedagogia e Letras, da Universidade Estadual Paulista (campus de Marília e de
Presidente Prudente); Universidade Federal do Espírito Santos e Universidade Passo
Fundo chegam com uma pequena bagagem de leituras literárias. O presente trabalho
busca confirmar se, ao final da graduação essa bagagem é ampliada. Para isso, um
questionário impresso contendo oitenta e duas questões, sendo dessas, seis
dissertativas e as demais de múltipla escolha foi aplicado, ainda como piloto em uma
sala de quarto ano e a partir da análise será revista a matriz para a coleta nas outras
turmas, para que se garanta mais eficácia e direcionamento ao objetivo principal. Os
estudos hipotéticos e preliminares dizem que grande parte dos alunos de graduação
não tem um perfil leitor ativo e consequentemente esse modelo é observado e seguido
pelos futuros alunos desses profissionais, visto que, um bom leitor sabe o que oferecer
e tem recursos para isso, mas o professor que pouco lê, pouco tem a disponibilizar.

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A LEITURA COMPARTILHADA, UMA MODALIDADE DIDÁTICA A FAVOR DA


FORMAÇÃO DE PROFESSORES LEITORES
Andreia Maria De Souza Vieira, Patricia Regina De Morais Bertolucci Cardoso
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O domínio da linguagem escrita tem sido cada vez mais necessário para o acesso ao
conhecimento. Pesquisas e práticas pedagógicas apontam sobre a necessidade de
considerar o ensino de Língua Portuguesa como um processo para além da
apropriação de um código, uma vez que a escrita constitui-se como um sistema de
representação e, sua compreensão se dá em uma multiplicidade de funções, sendo a
comunicação, por meio de textos literários, foco do trabalho que aqui se apresenta.
Infelizmente, as práticas de leitura desenvolvidas em muitas escolas, constituem-se
como meros exercícios de repetição para memorização, leituras lineares ou de
localização, que não passam de cópias para questionários. Sendo assim, o que se
apresenta são ―leitores‖ que apenas decodificam, não passam pelo processo de
apropriação e de construção dos sentidos da leitura e escrita. Diante dessa
constatação, julgou-se necessário investir em um trabalho de formação de leitores
literários junto aos professores do 1º ao 5º anos de cinco Escolas Estaduais
pertencentes à Diretoria de Ensino da Região de Assis, por meio de um curso de 40
horas presenciais, realizado nos meses de setembro e outubro de 2017 tendo por
estratégias formativas a modalidade didática de leitura compartilhada, o
acompanhamento in locu a partir das propostas vivenciadas na formação e
tematização da prática. Ressalta-se que este trabalho pertence a uma ação de
formação contínua de professores, alicerçada na tríade ação, reflexão e ação que vem
apresentando resultados satisfatórios além de ter suscitado novas demandas
formativas de leitura de textos literários. Palavras-Chave: Formação de leitores.
Literatura. Leitura compartilhada.

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A LEITURA DO LIVRO LITERÁRIO EM SALA DE AULA NO CICLO DE


ALFABETIZAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR INFANTIL
Áureo José Barbosa, Silvia De Fátima Pilegi Rodrigues
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O estudo tem como objetivo apresentar as contribuições da leitura literária em salas
de alfabetização para a formação do leitor infantil, a partir da mediação do trabalho do
professor em uma turma do 1º ano do ciclo de alfabetização. O professor mediador
deve despertar o interesse do aluno pela leitura e, para isso, deve ser criativo e ser ele
mesmo um leitor. O trabalho pautou-se no uso de livros de histórias (contos) presentes
no acervo formado por vários títulos distribuídos às escolas públicas pelo Ministério da
Educação (MEC) por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para
apoiar o processo de alfabetização e incentivar a formação de leitores. Diversas
situações de leituras foram realizadas pela professora alfabetizadora e pelos alunos
tais como: leituras deleite, uso do palanquinho, rodas de leitura, bolsa da leitura e
leitura no espaço da biblioteca escolar. Trabalhar com a literatura infantil em sala de
aula é criar condições para que se formem leitores do mundo, leitores plurais. O
estudo é de cunho qualitativo com enfoque no estudo de caso, e teve como
instrumentos de coletas de dados a observação. Como resultado a pesquisa
demonstrou que quanto mais cedo a criança entrar em contato com os textos da
literatura infantil, maior é a oportunidade de se tornar leitor literário. As crianças viajam
no mundo da imaginação e da fantasia proporcionada pela literatura infantil, o que
desperta o interesse, o gosto e o prazer pela leitura contribuindo para a formação do
leitor. Palavras-chave: Leitura. Literatura infantil. Formação do leitor literário.

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A LINGUAGEM FILOSÓFICA NA EDUCAÇÃO: PERSPECTIVA


TRANSCENDENTAL EM TORNO DA APRENDIZAGEM
Josenildo Gomes Do Sacramento, Roberto Belo
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Ao se falar de aprendizagem, não se pode excluir o papel fundamental que a
linguagem, em especial a filosófica, exerce nesse processo. É ela, pois, o âmago que
engendra toda a arquitetura pedagógica das teorias e desdobramentos do conhecido
mundo civilizatório. Não se pode renegar que, em quaisquer áreas, a linguagem é o
mecanismo que desenvolve o entendimento entre os entes naturais, tendo em vista
que as diversas linguagens nos constituem enquanto seres. Uma vez posto isso,
nosso artigo pretenderá expor o desenvolvimento da linguagem na educação
intelectual, apontando a contribuição dos clássicos universais, como por exemplo, os
contos de fadas e fábulas, desde os tempos tradicionais e/ou primitivos, onde a
linguagem oral (lógos) era dotada de um estatuto diferenciado (sui gênesis), que, pelo
fato de ter um comprometimento fincado com os eventos supernaturais, a linguagem
servia para perpetuar a palavra mítica e suas especificidades. Também e não menos
importante, discorreremos sobre como a linguagem sofreu radicais modificações pela
Sofística e como ela aderiu ressignificações nos processos educacionais clássicos; da
Educação Grega (paidéia) à educação moderna até chegar na revolucionária teoria
dos jogos de linguagem promovida pelo filósofo alemão Ludwig Wittgenstein na pós-
modernidade. Palavras-Chave: Linguagem. Filosofia. Forma de Vida

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A LITERATURA E A FORMAÇÃO DE COMUNIDADES DE LEITORES NO ENSINO


FUNDAMENTAL I
Gabriela Rodella De Oliveira, Kamila Rumi Toyofuki, Natalia Bortolaci
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A presente comunicação tem como objetivo relatar e refletir sobre o desenvolvimento
de projeto de fomento à leitura e à formação de leitores literários nos três anos iniciais
do Ensino Fundamental I na Escola de Aplicação (EA) da Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo (FE-USP). Trata-se, portanto, da descrição e da análise da
prática de ensino-aprendizagem da leitura e de formação de leitores de professoras da
EA, projeto em andamento desde de o ano de 2015 até os dias atuais, calcado na
mediação planejada, cuja finalidade é, não apenas a formação de leitores, como
também de comunidades que compartilham experiências de leitura e de constituição
de um repertório comum de representações (CHARTIER, 1988). Parte-se do princípio
de que textos literários orais e escritos são objetos estéticos fundamentais desde o
início do processo de alfabetização das crianças (BELINTANE, 2013), bem como
essenciais para a organização do pensamento (CANDIDO, 2004), e de que sua leitura
é uma prática cultural (CHARTIER, 1988) que, por isso mesmo, deve ser desenvolvida
e trabalhada na escola. Assim, será enfocada a recepção dos alunos às propostas: 1)
de alfabetização a partir da literatura oral e escrita e de atividades de visita à biblioteca
escolar e sua ocupação como espaço de leitura compartilhada no 1º ano do EFI; 2)
dos círculos de leitura no 2º ano do EFI; 3) e do enfrentamento do desafio de se ler
uma história densa, HQ produzida para o público adulto, no 3º ano do EFI.

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A LITERATURA SURDA NO PROCESSO DE INCLUSÃO EDUCACIONAL


Viviane Lameu Ribeiro Paccini
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Como resultado de movimentos históricos de luta por políticas que legitimem e
garantam o reconhecimento linguístico da Língua Brasileira de Sinais – Libras no
Brasil, principalmente, no contexto educacional, é promulgada a Lei Federal Nº
10.436, de 22 de abril de 2002, regulamentada pelo Decreto Nº 5.626/2005, segundo o
qual, a pessoa surda é aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com
o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura pelo uso dessa
língua viso-espacial. Tal manifestação por signos visuais, e não oral-auditivos, como é
o caso da maior parte das línguas naturais, implica uma construção diferenciada de
sentidos sobre o mundo, culminando em uma cultura visual que compreende valores,
práticas sociais e produções nas diferentes linguagens artísticas, bem como na
literatura. Partindo do pressuposto de que a educação dos surdos deve se realizar em
contexto inclusivo, dentro da perspectiva e fundamento de uma escola para todos,
deve-se garantir a esses alunos uma aprendizagem pautada na educação bilíngue,
em que ações afirmativas para defesa da existência, valorização e difusão da Libras
estejam presentes no espaço escolar. Nesse sentido, por meio de revisão bibliográfica
de obras e artigos científicos relacionados à temática em questão e fundamentado nos
Estudos Culturais, o objetivo deste trabalho é ressaltar a Literatura Surda como
construção e representação cultural da comunidade surda e sua relevância no
processo educacional de alunos surdos, de modo a contribuir para sua formação
(leitora), potencializando seu acesso à literatura e possibilitando o reconhecimento e
valorização das diferenças em contexto que se pretende inclusivo.

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ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE MARÍLIA: A LEITURA POSTA EM QUESTÃO.


Larissa Da Silva Issa Gonçalves, Flaviane Maria Rodrigues, Yngrid Karolline
Mendonca
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este resumo trará resultados parciais de uma pesquisa financiada pelo PIBIC/Júnior,
com o título de ―Leitura e livros no Ensino Médio: a realidade de uma escola pública do
oeste paulista‖ desenvolvida no âmbito de uma pesquisa maior, que abrange quatro
universidades, financiada pelo PROCAD/MEC, intitulada ―Leitura nas licenciaturas:
espaços, materialidades e contextos na formação docente‖, com objetivo principal de
descrever o perfil-leitor de graduandos do curso de Letras e Pedagogia, da
Universidade Estadual Paulista (UNESP, campi de Marília e Presidente Prudente),
Universidade de Passo Fundo (UPF) e Universidade Federal do Espírito Santo
(UFES). Temos como fundamento teórico a Teoria Histórico-Cultural, com ideias
difundidas por Vigotski, bem como, compreendemos a linguagem como processo de
enunciação, junto de Bakhtin, e sempre como prática cultural, nas questões que
envolvem leitura e modos e ações de ser leitor (Chartier); (FOUCAMBERT). A
pesquisa do PROCAD está sendo desenvolvida há quase dois anos e os dados
apontaram que os estudantes da Universidade chegam com um pequeno repertório
literário e durante a graduação há pouca ampliação desse repertório, visto que os
alunos leem mais os textos acadêmicos. Desse modo, questionamo-nos que se a
Universidade não colabora para ampliar esse repertório, em algum momento ele é
formado na Educação Básica ou fora dela. Por isso, foi aplicado um questionário nos
terceiros anos do Ensino Médio de uma escola de Marília, de modo que possamos
formar ideias gerais a respeito da formação dos leitores antes do ingresso na
Universidade. Ainda estamos na tabulação dos dados, mas esperamos que, diferente
das Universidades, a escola da educação básica esteja colaborando nesse processo
de formação de leitores.

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A MEDIAÇÃO DOS CONTOS DE FADAS: POR UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA


NECESSÁRIA À FORMAÇÃO DO LEITOR.
Maria Clara Avelino Dos Santos
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O trabalho estuda e discute a mediação de leitura de literatura com ênfase nos Contos
de Fadas, como uma prática pedagógica essencial para a formação leitora das
crianças da Educação Infantil. Para este estudo, entende-se leitura para além de uma
simples decodificação, mas sim, a compreensão da linguagem. As crianças desse
nível de ensino ainda não fazem leitura convencional, embora apresentem um
desenvolvimento cognitivo satisfatório com relação à linguagem oral, fazendo
reflexões sobre os personagens, o enredo e a própria obra O Rei Sapo ou Henrique
de Ferro dos Irmãos Grimm. O objetivo geral deste trabalho é refletir a importância e o
valor da leitura dos Contos de Fadas para a vida da criança e de que forma a
mediação planejada pode contribuir para iniciar as crianças neste processo levando
em consideração que esse gênero mexe com a imaginação, a fantasia e ainda
possibilita o processo de identificação entre o leitor e o personagem: catarse. A
proposta metodológica escolhida para essa investigação foi a metodologia da
andaimagem que consiste em duas etapas: planejamento e implementação, sendo a
segunda dividida em pré - leitura, leitura e pós leitura, todas etapas necessariamente
importantes. Como resultado percebeu-se que a aula de leitura bem planejada, aliada
a uma boa mediação do professor, tem a possibilidade de aguçar nos alunos o
desenvolvimento da leitura, da escrita, da imaginação e da linguagem oral das
crianças da Educação Infantil.

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A MEDIAÇÃO LITERÁRIA EM BIBLIOTECAS INFANTIS


Sueli Bortolin, Clara Duarte Coelho, Leda Maria Araujo
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A mediação da literatura ocorre com maior intensidade nas escolas, porém deve ser
praticada nos mais diferentes ambientes. Este trabalho objetiva evidenciar a biblioteca
infantil como espaço privilegiado para a mediação literária, que aqui é entendida como
o encontro das crianças com as diversificados textos de literatura. Além disso, aponta
para a emergência da aquisição de obras e equipamentos acessíveis às crianças com
necessidades especiais. A metodologia escolhida foi a bibliográfica, com ela destaca-
se a fundamental importância dos atuais modos de leitura para as crianças cegas e
surdas. Como resultados parciais é possível perceber a invisibilidade da biblioteca
infantil e a necessidade de que ela seja realmente uma biblioteca inclusiva.

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ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES DE LEITURA, FORMAÇÃO DE LEITORES E


ALFABETIZAÇÃO PRESENTES EM PERIÓDICO DISTRIBUÍDO PELO GOVERNO.
Larissa Magron Carrion, Elianeth Dias Kanthack Hernandes, Isabela Fernanda
Roberto Da Silva
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este texto é resultado de um trabalho que tem por finalidade estudar as abordagens
teóricas e conteúdos relacionados à alfabetização presentes na Revista Nova Escola.
Esta revista é nacionalmente distribuída, tendo uma tiragem expressiva de 700 mil
cópias por mês. A partir do ano de 2012, a distribuição deste periódico passa a ser
financiada pelo Ministério da Educação através do Programa Nacional do Livro
Didático (PNLD). Devido a sua abrangência, nos interessou saber quais concepções
teóricas referentes à alfabetização estão presentes na revista e que estão sendo
veiculadas aos professores alfabetizadores, de forma oficial pelo PNLD. Interessa
saber se seus pressupostos são coerentes com as orientações constantes nas
diretrizes e parâmetros curriculares propostos pelos órgãos governamentais
brasileiros. Com essa finalidade, realizamos o levantamento bibliográfico nas áreas de
interesse dessa investigação e utilizamos como metodologia de pesquisa a análise de
conteúdo e a análise documental, ao procedermos ao levantamento das reportagens
constantes na revista Nova Escola, entre os anos de 2011 e 2016, realizando um
cotejamento dos dados coletados com o que é proposto nos documentos curriculares
oficiais.

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ANÁLISE DOS CONTEÚDOS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO “PROGRAMA LER E


ESCREVER” EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL.
Fátima Gil De Oliveira Trevelin, Carlos Da Fonseca Brandão
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Resumo: O presente analisa os conteúdos da disciplina de Língua Portuguesa
presentes no Programa ―Ler e Escrever‖, seu contexto e suas repercussões, tendo
como objeto uma escola da rede municipal de Ensino Fundamental da cidade de João
Ramalho (SP). As reformas educacionais dos anos de 1990 regulamentaram
parâmetros e diretrizes curriculares gerais, por meio da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDB, de 1996, para que os conteúdos das diferentes disciplinas
fossem desenvolvidos nos currículos dos sistemas de ensino de todo o país. No
Estado de São Paulo, a partir de 2007, definiu-se um currículo mínimo e comum a
todas as escolas paulistas, o que se deu de forma explícita para o segmento da
educação básica de primeira a quarta séries (1º ao 5º anos),por meio da estruturação
do ―Programa Ler e Escrever‖.Nesse artigo, analisamos os guias do professor e o
material do aluno, realizamos entrevistas com professoras alfabetizadoras e uma
elaboramos uma reflexão sobre o pensamento de Mikhail Bakhtin sobre os gêneros.
Ao final, concluímos que o uso de atividades no programa que abrangem os gêneros
literários acontece, segundo as professoras entrevistadas, num âmbito horizontal, sem
maior verticalização.

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A POESIA EM SALA DE AULA: ENTRE O LÚDICO E O SABER


Arlete De Falco
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho tem como propósito investigar estratégias e procedimentos a respeito do
trabalho com a leitura literária em sala de aula. Um dos maiores desafios do professor
que lida com o público infanto-juvenil é descobrir recursos eficazes para promover a
aproximação desse público com o texto literário. Eliot (1990) afirma que a literatura
não tem nenhuma função social a não ser promover prazer. Mas ele sinaliza para a
diferença que a convivência com o texto literário promove no ser humano. Com base
em Pinheiro (1990; 2015), entre outros, defendemos, porém, que o prazer da fruição
literária não emerge espontaneamente principalmente em grupos sociais em que a
leitura se encontra distanciada. Nesse contexto, o objetivo geral desse trabalho é
refletir sobre procedimentos que resultem eficazes na sedução do aluno para o
universo literário. A partir do desenvolvimento do projeto de extensão Letrando em
prosa e verso durante o ano de 2016 e em andamento em 2017, com acadêmicos do
curso de Letras da Ueg – câmpus de Morrinhos, pôde-se constatar a eficácia de uma
abordagem lúdica e prazerosa para a formação do perfil do leitor e futuro formador de
leitor. Nesse projeto, desenvolvido semanalmente, a par de leituras diversas seguidas
de debates, organizou-se um espetáculo envolvendo poemas de Carlos Drummond de
Andrade, o qual foi apresentado na semana de Letras do câmpus. Os resultados
revelam a eficácia da estratégia, indicando que tais alunos estão no caminho certo em
sua formação para uma atuação por sua vez formadora de leitores.

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A RELAÇÃO TEXTO-VIDA E A CAPACIDADE DE COAUTORIA DO LEITOR DE


LITERATURA
Daliane Do Nasciemnto Dos Santos
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O mundo fictício representado no texto literário é semelhante ao mundo real, mas
possui representações próprias que o identificam como uma realidade fingida. A ficção
por não retratar a realidade como tal, abri espaço para a ausência de informações que
leva a existência dos lugares vazios no texto. O leitor ao entrar em contato com o texto
é mobilizado a preencher os seus vazios recorrendo a sua experiência de vida,
estabelecendo assim uma comunicação entre texto e leitor. Considerando esse
pensamento, objetivamos verificar se o estímulo à relação texto-vida favorece o
preenchimento dos vazios do texto na discussão de pós-leitura. A abordagem
metodológica do trabalho é de natureza qualitativa, envolvendo protocolos da
pesquisa exploratória e de intervenção. Para a coleta de dados foram realizadas oito
sessões de leitura, a partir das obras de Lygia Bojunga: A Bolsa Amarela e Tchau. As
sessões foram planejadas e implementadas conforme a experiência de leitura por
andaime (GRAVES; GRAVES, 1995), que envolve etapas de pré-leitura, leitura e pós-
leitura durante a atividade de discussão. Para a análise dos dados, nos respaldamos
nas teorizações de Jauss (1994), Iser (1996;1999), Smith (1989), Kleiman (1999)
Vygotsky (1999) e Eco (1986). Constatamos que alunos durante a discussão sobre a
história lida preenchiam os vazios do texto sobre a identidade do personagem e suas
ações na narrativa, trazendo informações de seu cotidiano. Tais resultados, apontam
que a relação texto-vida estimula o exercício criativo de coautoria dos alunos, na
medida que relacionam o lido e o vivido estimulando-os a tecer novas histórias a partir
dos vazios do texto. Palavras-Chave: Leitura. Texto-vida. Vazios do texto.

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AS CRIANÇAS E A PRODUÇÃO DE SENTIDOS PARA O TEXTO LITERÁRIO


Márcia Mariana Santos De Oliveira, Ana Maria Moraes Scheffer
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Envolvidas em práticas de leituras significativas, as crianças têm a oportunidade de
estabelecer um pacto ficcional com o texto e de produzir sentidos para ele,
entrelaçando as dimensões da fantasia e da vida. Como o processo de produção de
sentidos é complexo, requer a atuação dos mediadores de leitura, que vão mediar a
relação entre textos e leitores, para que esses construam suas próprias compreensões
sobre o lido. Para isso acontecer, os leitores precisam acionar, no momento da leitura,
conhecimentos, memórias e vivências. Diante disso, este texto objetiva discutir sobre
o papel da experiência estética na formação de leitores, que possibilita um modo
específico de significação para a literatura, a partir da realização de oficinas de leitura
literária em uma turma de crianças da educação infantil da rede pública de ensino.
Dialogando com as proposições de Vigotski compreendemos que a literatura tem o
papel formador da personalidade, está ligada à complexidade da sua natureza e, por
isso, tem a capacidade de humanizar, fazendo de nós, leitores, pessoas mais
sensíveis e abertas ao outro. Ao refletirmos sobre as analogias que as crianças fazem
sobre os textos literários, a partir de suas vivências com a literatura, observamos como
vai se evidenciando o processo de produção de sentidos e o protagonismo das
crianças durante a leitura do texto literário. Nesse sentido, acreditamos na importância
de realizarmos o exercício da escuta e da sensibilidade, acolhendo as proposições, as
indagações e as curiosidades das crianças, de modo que tenham a possibilidade de
expressar, a partir da linguagem, seus sentimentos, emoções, conflitos e
encantamentos de uma determinada narrativa.Palavras-Chave: Formação do leitor.
Leitura literária. Mediações.

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AS IMAGENS DE DONA BENTA EM MOMENTOS DE MEDIAÇÃO DE LEITURA


Patrícia Aparecida Beraldo Romano
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Se a personagem Dona Benta, da obra infantil de Monteiro Lobato, pode ser
responsável por idealizar um projeto de leitura existente no interior dos textos do
escritor, como em "Dom Quixote das Crianças" ou mesmo em obras
consideradas de teor didático, como "Geografia de Dona Benta" ou
"Serões de Dona Benta", a concepção de sua imagem, ao longo das
edições e reedições desses e de outros textos, pelos mais diversos ilustradores,
parece também ter acompanhado esse projeto. A partir de um estudo sobre os
ilustradores das obras infantis de Monteiro Lobato, esse trabalho procura apresentar
uma seleção de imagens da personagem Dona Benta em momentos de mediação de
leitura e discutir como essas imagens parecem ter influenciado os ilustradores para
uma concepção visual da personagem sempre envolvida em momentos de mediação.
Palavras-chave: Dona Benta, imagens; mediação de leitura

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

A TEMATIZAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA COMO ESTRATÉGIA FORMATIVA:


POSSIBILIDADES DE CONSTRUÇÃO DO SABER DOCENTE SOBRE O ENSINO
DE LEITURA LITERÁRIA.
Tatiane Andrade De Moraes, Zizi Trevizan
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Em escolas públicas paulistas, a leitura da literatura, no Ensino Fundamental I, ainda
tem ocorrido por meio de um trabalho pedagógico mecanicista, destituído do enfoque
histórico-cultural (bakhtiniano e vigotskiniano), que ressalta o contexto situacional dos
textos no ato da leitura e que valoriza o enfoque estético da Arte Literária como
processo filosófico e social de substantivação dos sentidos da realidade anunciada ou
denunciada pela literatura. Tal prática motivou a realização dessa pesquisa, de
natureza qualitativa e apoio teórico-bibliográfico histórico-cultural, do tipo estudo de
caso com observação participante. A pesquisa objetivou identificar a formação de
doze docentes e tematizar a prática de uma docente (indicada dentre os seus pares)
sobre o ensino da leitura de textos literários, conduzindo os participantes pesquisados
à análise da segunda aula filmada e, consequentemente, à reflexão das suas próprias
práticas. O estudo se deu por meio de uma entrevista semiestruturada e da
tematização da prática docente, realizada a partir do uso de duas filmagens (em
vídeo) de aulas de literatura. Como resultados, foram identificados dados importantes
para o estudo de três aspectos conteudísticos: a identificação da formação e das
práticas das docentes; o trabalho com os textos literários em sala de aula; e a reflexão
docente sobre as próprias práticas de ensino da literatura. A pesquisa confirmou a
importância da tematização da prática como estratégia produtiva na formação de
professores reflexivos e a necessidade de maior investimento histórico-cultural na
formação do repertório de saberes (científicos e práticos) dos professores formadores
de leitores da literatura. Palavras-chave: Formação de Professores. Tematização da
Prática. Leitura Literária.

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BIBLIOTECA ESCOLAR E PRÁTICAS DE LEITURA: A FORMAÇÃO DO LEITOR


LITERÁRIO
Ana Maria Moraes Scheffer, Denise Mendonça Barbosa
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A escola é, hoje, a principal instituição responsável pela imersão e participação de
crianças e adolescentes em práticas sociais de leitura e de escrita, pois a
aprendizagem dos estudantes está fundamentada em tais práticas. Considerando
ainda que a leitura sendo uma prática cultural que amplia as possibilidades dos
sujeitos exercerem sua cidadania letrada, formar leitores se constitui uma tarefa
central da escola. Em decorrência disso, há de se pensar a biblioteca escolar como
um meio de formação de leitores literários e como espaço de mediação de leitura
literária. Por essa razão, temos realizado dentro das propostas de trabalho com a
literatura estratégias que visem integrar a sala de aula e a biblioteca. Este trabalho,
portanto, tem o objetivo de apresentar o projeto de leitura intitulado ―Poemas e contos
de Ricardo Azevedo‖ que foi desenvolvido, no contexto da biblioteca escolar de uma
escola pública do município de Juiz de Fora, com uma turma do segundo ano do
Ensino Fundamental. Ao longo do seu desenvolvimento foram realizadas várias
mediações de leitura literária a partir de obras do autor Ricardo Azevedo, durante os
momentos de atividade de roda de leitura, das quais participavam a professora da
turma, seus alunos e a professora que atua na biblioteca da escola. O intuito foi
propiciar às crianças a oportunidade de se envolverem com a leitura de poemas,
adivinhações, trava-língua e contos, de modo a favorecer o despertar do gosto pelos
diferentes gêneros literários. Além disso, a realização deste projeto oportunizou aos
alunos conhecerem a biografia desse autor e algumas de suas obras, de expandir a
capacidade criadora de cada um, alargando assim, o universo literário da turma.
Palavras-chave: Biblioteca escolar. Leitura literária. Formação do leitor literário

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BIBLIOTECAS PRISIONAIS: A LEITURA COMO FORMA DE REMIÇÃO DA PENA,


RESSOCIALIZAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA O REGRESSO À SOCIEDADE.
Danielle Da Silva Pinheiro Wellichan, Camila Da Silva Souza
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Embora não prevista expressamente no ordenamento jurídico, a remição pela leitura
tem se disseminado nos estabelecimentos prisionais do nosso país através de
projetos que proporcionam aos condenados o abatimento da pena imposta por meio
da leitura e resenhas de obras literárias. A prática, já autorizada pelo Superior Tribunal
de Justiça e recomendada pelo Conselho Nacional de Justiça, tem por objetivo, mais
que a abreviação da pena, a ressocialização e inclusão social daqueles privados de
liberdade, que um dia regressarão à sociedade. Nesse contexto, as bibliotecas
prisionais têm apresentado índices de crescimento, assim como a necessidade de
profissionais especializados como o bibliotecário e o professor para que acompanhem
tal atividade dentro do ambiente prisional. Mas de que forma a atividade acontece?
Quem são os profissionais envolvidos? Como é a leitura em tais ambientes? A fim de
discutir essa nova realidade, o presente trabalho está baseado em autores que
discutem tanto a formação de leitores dentro do ambiente prisional quanto a prática
profissional do professor e do bibliotecário além da literatura jurídica que se torna a
base para o referencial teórico. Por meio da revisão bibliográfica do tema, objetiva-se
contextualizar essa modalidade penal, além de propor a reflexão sobre a necessidade
de novos perfis profissionais e da reforma do sistema prisional no Brasil. Espera-se
que possamos contribuir com subsídios teóricos para novos estudos em todas as
áreas envolvidas: Educação, Ciência da Informação (Biblioteconomia) e Direito.

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CLUBE DO LIVRO E O TERROR DAS/NAS LEITURAS E CRIAÇÃO DE HISTÓRIAS


- FORMAÇÃO DE LEITORES E MEDIAÇÃO DE LEITURAS
Shirley Dos Santos Lira
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O trabalho apresenta uma espécie de sequência didática envolvendo atividades que
fomentaram a formação de leitores e a mediação de leituras tendo como pano de
fundo um projeto desenvolvido, há anos, no Colégio Pedro, chamado Clube do Livro.
As atividades descritas compreenderam desde a seleção dos títulos (livros) do Clube
do Livro, confecção dos marca-páginas personalizados de acordo com os gêneros
textuais lidos/escolhidos, criação de histórias autorais, até a organização de rodas de
leitura cujos mediadores foram os próprios alunos, autores das histórias criadas nas
aulas de produção textual, estimulando, assim, nas crianças, habilidades de leitura e
da oralidade, estratégias de escrita e, com isso, promovendo autonomia dos leitores
envolvidos em tais práticas. A proposta foi construída ao longo do ano de 2014 e
2015, em quatro turmas do 5º ano, com trabalhos coletivos, oficinas de textos e
produção de materiais, durante as aulas de Língua Portuguesa, nas séries iniciais do
ensino fundamental. Sua culminância se deu na Mostra Pedagógica do Colégio, na
qual foi montada uma Sala do Terror, onde os alunos puderam expor os textos
produzidos, pôr em prática as mediações nas rodas de leitura e contação de histórias,
explorar outros aspectos do mundo da leitura, sensorial e imaginativamente falando,
levando em consideração o ambiente da sala de terror que propiciava tais
experimentos.

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CONTAR HISTÓRIAS : UM CAMINHO PARA O LETRAMENTO LITERÁRIO


Maria Gorete Cogo Da Silva
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Esta é uma pesquisa-ação que está sendo desenvolvida a partir de uma sequência
básica que valoriza o estudo dos textos, desenvolve as capacidades de interpretação
e a sensibilidade de ler e dialogar com os textos.(COSSON,2014).Os sujeitos da
pesquisa são alunos do 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola de
Aripuanã/MT. A proposta está vinculada ao Programa de Mestrado Profissional em
Letras e à Universidade do Estado de Mato Grosso e tem a finalidade de compreender
o impacto que a ação de ouvir histórias tem na formação do leitor, acreditando que as
histórias contadas oralmente incentivam a leitura dos livros nos quais estão escritas.A
motivação para a pesquisa deu-se mediante a observação de que há um
distanciamento crescente entre os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e a
Leitura Literária. Observa-se que uma das causas principais deste distanciamento é o
processo de transição entre as séries finais do Ensino Fundamental I e as séries
iniciais do Ensino Fundamental II, o que é agravado quando a escola elege certos
letramentos e desprestigia outros.Percebe-se que na nova fase a oralidade é
desprestigiada e a contação de histórias fica esquecida. O que dá consistência teórica
à pesquisa e às ações interventivas são obras que abordam as temáticas do
Letramento Literário,Literatura Infantil,Estratégias de Leitura,Contação de Histórias. A
proposta é que o professor se transforme em contador de histórias e traga para a sala
de aula o gênero literário Conto, transformando a linguagem escrita em linguagem
oral, com todas as singularidades e riquezas próprias.Como resultado parcial do
trabalho acredita-se que os alunos estão redescobrindo o prazer da leitura através da
prática de contação de histórias que vem se mostrando um caminho para o letramento
literário.

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CONTRIBUIÇÕES DAS TEORIAS HISTÓRICO-CULTURAIS PARA ANÁLISE


QUALITATIVA E AVALIAÇÃO DO PROJETO DE EXTENSÃO “LEITURA
CAMPEÔ: A FORMAÇÃO DE LEITORES EM UMA ESCOLA DO INTERIOR DE
SÃO PAULO
Itamar Xavier De Camargo, Zizi Trevizan
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A presente pesquisa emergiu dos objetivos do pesquisador de analisar e avaliar as
contribuições da extensão universitária no desenvolvimento cultural da capacidade
leitora de alunos de uma das escolas municipais do interior do estado paulista,
envolvidas nas ações do projeto: ―Leitura Campeã‖, idealizado e desenvolvido por uma
ONG, em parceria com uma universidade particular, a prefeitura municipal e a
sociedade civil do município. O estudo abrange, pois, como foco temático, uma
investigação sobre a formação teórico-prática dos professores da escola pesquisada,
onde é desenvolvido esse projeto de extensão, e suas contribuições para a
estimulação da leitura e a formação crítico-reflexiva dos estudantes, participantes
dessa modalidade extensiva. Optou-se por uma metodologia qualitativa (estudo de
caso), com inclusão de análise de documentos (projeto pedagógico da escola; projeto
de extensão universitária; plano de ensino dos professores), entrevista
semiestruturada com a equipe gestora-docentes e aplicação de questionários com
alunos do 4º ano da educação fundamental. O aporte teórico selecionado contemplou
os estudos histórico-culturais centrados em Bakhtin, (2006) e Vygotsky (1991); e a
produção de André e Lüdke (1986) para suporte no desenvolvimento do estudo de
caso. Os resultados parciais da pesquisa já apontam contribuições das modalidades
extensivas para a estimulação da leitura, mas não, ainda, para a formação crítico-
reflexiva dos leitores (estudantes), participantes do projeto de extensão: "Leitura
Campeã". Palavras-chave: Formação de Leitores; Teorias Histórico-culturais;
Extensão e Pesquisa; Educação Fundamental.

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DA LEITURA AOS LEITORES: PRÁTICA DE OFICINA LITERÁRIA NAS ESCOLAS


Marcela Brasil Galvão, Ana Maria Moraes Scheffer
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O presente trabalho apresenta as ações realizadas pelo projeto de extensão ―Leituras
e Leitores‖, desenvolvido no âmbito do grupo de pesquisa LINFE– Linguagem,
Infâncias e Educação – da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz
de Fora, em parceria com duas escolas da rede municipal de ensino. Este projeto está
fundamentado na teoria histórico-cultural, que compreende o sujeito como um ser
histórico e cultural que se humaniza a partir das vivências que estabelece com o meio
circundante através da linguagem. Tem como foco a formação de leitores e de
mediadores de leitura. O caminho metodológico escolhido é o da realização de
oficinas de leitura em turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental e Educação
Infantil. Todas as oficinas contam com um observador que produz de notas de campo
a partir dos seus registro e anotações acerca das impressões apreciadas do vivido.
Sendo assim, desenvolvemos oficinas literárias com professores e alunos das escolas
com o objetivo de proporcionar- lhes práticas de leituras que promovam a educação
estética de todos os envolvidos nesse processo de formação de leitores. As oficinas
são planejadas previamente nos encontros semanais do grupo de pesquisa com a
participação dos professores das escolas. Este planejamento coletivo possibilita a
abertura de um espaço reflexivo sobre a formação leitora de professores e alunos.
Inicialmente, elegemos um texto literário para ser lido ou contado, o qual direciona as
estratégias de leitura que serão adotadas. O contato com diferentes gêneros literários
em situações reais e significativas de leitura literária é uma dimensão formativa
essencial da relação das crianças com a linguagem. Palavras-Chave: Leitura.
Formação de leitores. Oficinas literárias.

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EDUCAÇÃO LITERÁRIA NA ESCOLA: UMA INVESTIGAÇÃO DOS PROJETOS DE


LEITURA LITERÁRIA
Daniela Maria Segabinazi, Raquel Sousa Da Silva
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A precariedade da leitura literária no campo escolar congrega razões variadas –
despreparo dos professores; desinteresse dos alunos; descrença no ensino como um
todo; menosprezo à literatura infantil e juvenil. E é aludindo a algumas dessas razões
que o insucesso de práticas escolares percebidas nos Estágios Supervisionados, no
âmbito do curso de Letras Português da Universidade Federal da Paraíba (UFPB),
estão sendo discutidas enquanto problemas na caminhada da promoção e formação
do leitor literário nas instituições de ensino básico. Além disso, em projetos de
pesquisa (PIBIC e PROLICEN) já comprovamos o abandono do estudo do texto
literário nas aulas de língua portuguesa, consequentemente, o apagamento da
literatura. Em decorrência disso, tivemos como proposta conhecer um viés norteador
da ação docente enquanto mediação de leitura: os projetos de leitura literária no
ensino fundamental; tendo como foco a investigação dos pressuposto teóricos-
metodológicos que norteiam esses projetos para a formação de leitores. Para tanto,
nossa pesquisa é caracterizada por consulta e estudo bibliográfico acerca de teóricos
e críticos que discutem o tema, assim como pela investigação em campo, visitando
todas as escolas da rede municipal de ensino de João Pessoa/PB. Com a finalização
da coleta, descrição e análise dos dados de pesquisa, firmamos neste trabalho os
resultados finais do Projeto de Iniciação Científica (PIBIC) intitulado O trabalho
docente na promoção e formação do leitor literário no ensino fundamental, vigência
2016-2017, evidenciando as particularidades dos projetos supramencionados. Por fim,
apontamos que fomos guiados pela fundamentação teórica de autores como
Hérnandez e Ventura (1998), Zabala (1998); Colomer (2007); Saraiva e Mügge (2006)
e Margallo (2012).

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EM DIÁLOGO COM PERSONAGENS DA LITERATURA INFANTIL: O DESEJO DO


DOCENTE DE CONSTITUIR-SE COMO SUJEITO LEITOR E AUTOR
Marguit Carmem Goldmeyer
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A educação clama por ouvir a voz dos profissionais que, no seu cotidiano, vivem a arte
de ensinar e de aprender na escola. Estudantes de Licenciaturas têm muito a dizer a
partir do que observam e ouvem no convívio com crianças e adolescentes. O grande
desafio é levar as professoras a registrarem suas percepções e de, futuramente,
socializarem suas reflexões e indagações diante de situações da vida. Partindo dessa
necessidade, surgiu o Projeto ―Eu quero te contar que..." na disciplina de
Literatura Infantil do curso de Licenciatura em Pedagogia. Dada a sua qualidade, que
é percebida pela atuação diferenciada das estudantes em sala de aula com as
crianças, ele já ocorre pelo quarto ano consecutivo e transformou-se em foco de
pesquisa. Deseja-se, no presente trabalho, compartilhar a experiência vivida a partir
da leitura de obras literárias e do registro semanal. As acadêmicas (re) descobrem-se
pela leitura e pelo processo de autoria e nesta travessia conquistam, nas escolas em
que atuam, leitoras e escritoras para a vida a fora. A metodologia adotada no projeto
requer a constante retomada dos conteúdos estudados, o estudo de obras literárias, a
reflexão sobre a relação entre as diferentes temáticas e a vida cotidiana dos
protagonistas da aula, a observância das crianças durante o trabalho com obras
literárias e o exercício de aliar-se à tecnologia para compartilhar o texto e o
comprometimento com o registro semanal. Enfatizaremos a riqueza da produção de
um texto coletivo, postado numa rede social, a partir dos conteúdos refletidos nas
aulas de Literatura Infantil. "Eu quero te contar que..." provocará perguntas
e será um convite para o trabalho diferenciado nas veredas das escolas brasileiras.
Palavras-Chave: Registro. Vivência da leitura. Metodologia.

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ENTRE LEITURAS E LEITORES: CONVERSANDO SOBRE LEITURA LITERÁRIA


Rosana Carvalho Dias Valtão
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho pretende descrever a experiência de leituras e leitores estudantes de
cursos técnicos integrados ao ensino médio por meio do projeto Entre livros:
conversando sobre leitura literária. O leitor do século XXI é bombardeado a todo
instante pela produção da indústria cultural que engessa, determina e impõe uma
prática de leitura voltada para o consumismo, para o prazer momentâneo, muito
distante de textos mais densos; por outro lado, é cercado pela literatura da escola,
pautada no estudo das escolas literárias e distante da leitura como fruição.
Acreditando na importância da leitura literária na formação do sujeito, buscamos ações
que proporcionem o contato mais amplo com a literatura dentro do ambiente escolar,
mas distante da estrutura pedagogizante das aulas de literatura no ensino médio;
entre essas ações, o projeto Entre livros: conversando sobre leitura de literatura tem
como foco a valorização da leitura enquanto prática cultural de consumo cultural,
corrobora com a ampliação do tempo-espaço para essa prática cultural dentro da
escola e com o diálogo sobre leituras dos alunos. As atividades desenvolvidas neste
projeto perpassam por um viés que valoriza a apropriação e a construção de sentido a
partir do texto dado a ler, a leitura como processo de interlocução e interação, um
trabalho para ouvir a voz do autor; entretanto, um espaço para, também, ouvir a voz
do jovem leitor, enfatizando, assim, a experiência com a literatura.

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ENTRE MEDIAÇÃO E CONFLITOS SOCIOCOGNITIVOS: UMA DISCUSSÃO


NECESSÁRIA.
Isaura De França Brandão, Alessandra Cardozo De Freitas
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
ENTRE MEDIAÇÃO E CONFLITOS SOCIOCOGNITIVOS: uma discussão necessária.
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura Isaura de França
Brandão, Universidade Federal do rio Grande do Norte Objetivamos estudar os
conflitos sociocognitivos expressos por alunos em discussões de histórias, com
destaque para as estratégias mediação docente. O estudo parte da pesquisa ―Do
aprender ao ensinar a ler literatura e processos mediadores de professores no ensino
fundamental: formar leitores, formando-se‖, realizada pelo grupo de pesquisa
Educação e Linguagem, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Os
sujeitos da pesquisa foram professores da rede pública de ensino de Natal/RN, de
turmas do quinto ano de ensino fundamental. As etapas da pesquisa envolveram
formação teórica e literária dos professores, planejamento e implementação de
unidade didática das aulas de leitura de literatura, respaldada na experiência por
andaime. Do corpus de aulas constituído, selecionamos episódios de discussão de
pósleitura para análise de conflitos sociocognitivos, fundamentada nos estudos de
Almasi, Piaget e Vigotsky. O trabalho desencadeia reflexões relevantes à
compreensão dos efeitos de sentidos constituídos pelos alunos em interação com a
leitura de literatura, evidenciando movimentos de recepção estética e compreensão
textual na interação os alunos e o texto, mediada pelo docente. Palavras-Chave:
Literatura. Conflito sociocognitivo. Mediação.

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“ERA PARA TER SIDO DE OUTRA FORMA!”: UM NOVO OLHAR SOBRE A


DISCUSSÃO DE HISTÓRIAS EM SESSÕES COLABORATIVAS
Daliane Do Nasciemnto Dos Santos
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Durante a discussão os sujeitos concordam, discordam ou concordam parcialmente.
Essas ações correspondem a movimentos argumentativos, que contribuem para
formação do indivíduo capaz de refletir, avaliar e defender ideias. Nesse
entendimento, objetivamos refletir como professoras, em exercício de
metapensamento, avaliam suas intervenções durante atividade de discussão de
histórias nos respaldando nas teorias de Perelman e Tyteca (2000), Freitas (2005),
Leitão e Almeida (2005) e Charaudeau (2008). Nessa investigação, realizamos
encontros colaborativos, entre pesquisadores e professores, sobre mediação,
discussão e movimentos argumentativos. As docentes, ao analisarem suas
intervenções, constataram: ausência de perguntas que mobilizem o pensamento
divergente; intervenções que não problematizam as falas dos alunos e grande número
de perguntas que objetivam a recordação de fatos e ações dos personagens. No
exercício de metapensamento, as docentes demonstraram entender a importância de
investir em estudos sobre discussão e movimentos argumentativos, em suas aulas de
leitura e em outras práticas de ensino. Palavras-Chave: Argumentação. Discussão.
Literatura.

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ÉS LEITOR? CONSIDERAÇÕES SOBRE O DESAFIO DE FORMAR LEITORES


LITERÁRIOS NO ENSINO SUPERIOR
Patricia Regina De Morais Bertolucci Cardoso
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A formação de leitores é um assunto que requer nossa atenção, principalmente
quando se trata de textos literários, pois é comum observar, em muitos jovens, o
distanciamento em relação a esse objeto estético. Nessa perspectiva, enquanto
professora das disciplinas Literatura Infanto-Juvenil e de Leitura e Produção Textual I
e II das Faculdades Integradas de Ourinhos – FIO, pude observar a recorrência desse
comportamento. Diante dessa constatação, julgou-se necessário investir em na
formação de leitores literários junto aos alunos de Pedagogia da referida instituição.
Assim, nesta pesquisa evidencia-se a relevância de se investir na formação leitora
desses alunos e futuros educadores, principalmente por acreditar no quanto a leitura
literária contribui para o processo de humanização dos sujeitos leitores. Ressalta-se
que esse trabalho já vem sendo desenvolvido há aproximadamente cinco anos tendo
por estratégia didática a literatura compartilhada e a leitura programada obtendo, até o
presente momento, resultados satisfatórios.

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ESPAÇOS, MATERIALIDADES E CONTEXTOS NA FORMAÇÃO DOCENTE: A


LEITURA EM EVIDÊNCIA NAS LICENCIATURAS.
Camile Leao Goncalves, Ana Claudia Bazé De Lima, Yngrid Karolline Mendonca
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O projeto do qual participamos é financiado pelo CNPq e tem interface de uma
pesquisa que abrange quatro universidades, financiada pelo PROCAD/MEC, sendo os
dois intitulados ―Leitura nas licenciaturas: espaços, materialidades e contextos na
formação docente‖, com objetivo principal de descrever o perfil-leitor de graduandos
do curso de Letras e Pedagogia, da Universidade Estadual Paulista (UNESP, campi
de Marília e Presidente Prudente), Universidade de Passo Fundo (UPF) e
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), sob coordenação da professora
doutora Cyntia Graziella Guizelim Simões Girotto. Essa pesquisa já está em
andamento há quase dois anos e os primeiros resultados apontaram para a
ineficiência da Universidade para a formação de professores leitores de textos
literários. Desse modo, esse projeto que constitui a pesquisa maior, visa a aplicação
de um novo questionário apenas com sujeitos ingressantes da UNESP de Marília, de
modo que possamos desenvolver um plano de ações político-pedagógicas para
qualificar a formação de leitores, compreendendo a universidade como espaço
privilegiado de mediação da leitura e de circulação de práticas de leitura. Têm-se
como fundamentos teóricos as concepções sobre leitura e maneiras de ler como
prática cultural (Chartier), a linguagem como instrumento de mediação (Vygotsky) e
como processo de enunciação (Bakhtin). Espera-se ao final desse projeto, que os
sujeitos respondentes tenham colaboração na ampliação de seu repertório leitor, a fim
de que criem necessidade em relação à leitura e literatura, pois, serão educadores
que lidam diretamente com a formação dos futuros leitores de nosso entorno.

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ESTRATÉGIAS DE LEITURA E QUADRINHOS: UM PLANO INFALIVEL PARA


FORMAR LEITORES!
Silvana Ferreira De Souza Balsan, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho visa discutir como as Histórias em Quadrinhos (Hqs) podem ser um
importante gênero para o processo de formação leitora, uma vez que, as histórias em
quadrinhos permitem o desenvolvimento e o uso das estratégias de leitura pelos
leitores. Focamos nossos estudos nas Histórias em Quadrinhos (Hqs), pois elas se
constituem a partir do texto verbal e não verbal e trazem em seu interior elementos
culturais atuais e históricos que possibilitam que as crianças ativem a estratégia de
conhecimentos prévios e estabeleçam diferentes relações entre a história lida e seu
repertório pessoal, fazendo conexões que permitam ao leitor compreender o texto.
Reafirmamos que se faz necessário, proporcionar a leitura desse gênero textual no
interior escolar e que o docente seja o mediador da aprendizagem na sala de aula. O
estudo proposto aqui descrito e discutido foi elaborado e executado em uma
Secretaria Municipal de Educação do interior do Estado de São Paulo com alunos do
5º ano do Ensino Fundamental I. O presente texto se dividi em quatro partes, sendo
que nas três primeiras apresentaremos nossa discussão teórica sobre a história em
quadrinhos ao longo da história e suas características, depois nossas concepções
sobre o ato de ler e sobre as estratégias de leitura. Por último descreveremos uma
experiência realizada com crianças do 5º Ano de uma escola municipal de uma cidade
do interior de São Paulo/SP. Os resultados parciais demonstram que esse gênero
possibilita que o leitor utilize suas estratégias e estabeleça relações com o mundo no
qual está inserido, além de ampliar o conhecimento dos envolvidos a partir das
interações realizadas.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

FORMAÇÃO DE LEITORES E ENSINO DE LITERATURA NO HORIZONTE DA


UBIQUIDADE
Lucas Antônio De Carvalho Cyrino
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho apresenta uma discussão em torno da formação de jovens leitores no
ensino médio, transpassada pelo papel desempenhado pela escola – e pela aula de
literatura – diante dos desafios impostos pela tecnologia na contemporaneidade.
Consideramos, nesse sentido, em conformidade com os estudos de Santaella sobre a
condição da ubiquidade (2004, 2013a, 2013b), que distintos comportamentos e
disposições cognitivas dos jovens geram distintos perfis leitores, ainda que tais perfis
possam se entrelaçar em diferentes momentos. Abordamos esses perfis quando
consideramos que eles representam, em certa medida, grande parcela dos estudantes
de nível médio. O eixo principal de nossa proposta reside em identificar os desafios à
docência de literatura no contexto da ubiquidade, num momento em que, mais do que
nunca, o professor deve exercer verdadeira mediação leitora, informativa e cultural,
dialogando também ele com a tecnologia. Contando que sua função seja – talvez
principalmente – formar leitores em perspectiva multimidial, hipermidiática e
essencialmente ubíqua, o ensino contemporâneo de literatura ainda deve enfatizar a
necessidade de os leitores valorizarem o texto literário, independentemente do suporte
em que se realize a leitura, e que reconheçam as relações históricas, sociais e
culturais da literatura com a sociedade.

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FORMAÇÃO DE LEITORES LITERÁRIOS NA ESCOLA - MEDIAÇÃO LEITORA E


ATIVIDADES LITERÁRIAS
Janete Marcia Do Nascimento
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A mediação leitora constitui-se em atitude primordial na elaboração de práticas
literárias em âmbito escolar no processo de formação de leitores literários. Nesse
sentido, conhecer e investigar os modos como tais práticas se definem em diferentes
contextos, têm sido objeto de estudos e pesquisas que ao longo dos últimos anos
norteiam e definem nossas produções acadêmicas. Nesse sentido, o objetivo desse
texto é apresentar os percursos de uma pesquisa de doutorado, por meio da qual tem-
se investigado as práticas de mediação leitora literária em turmas de estudantes do
Ensino Fundamental II e Médio de um Colégio Público Estadual, localizado no
município de Toledo, Estado do Paraná – Brasil. Com base em autores que estudam
sobre a formação de leitores literários em ambiente escolar e mediação leitora
pretende-se apresentar resultados obtidos no percurso da pesquisa sobre os sujeitos
pesquisados, bem como compreender as práticas que norteiam a formação de leitores
estudantes no contexto escolar, a partir das atividades desenvolvidas ou não por
professores e funcionários da biblioteca do referido colégio, visando, obviamente,
investigar e compreender a formação de tais sujeitos leitores. A considerar que esta é
uma pesquisa em andamento, a elaboração do texto a ser aqui apresentado,
expressará resultados parciais da mesma, cujo foco principal é investigar sobre a
formação de leitores literários em âmbito escolar.

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FORMAÇÃO DE PROFESSORES E A PROMOÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA


LITERÁRIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: CONTRIBUIÇÕES DO INTERACIONISMO
SOCIODISCURSIVO
Cláudio José De Almeida Mello
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Considerando a história da escolarização da leitura literária, observa-se que a
literatura já foi utilizada para diversos propósitos na Educação Básica, desde o ensino
da oratória e da gramática até como modelo de texto ou de comportamento social, em
sua perspectiva moralizante. Apesar dos avanços no ensino de língua e literatura
desde a década de 1980 dos referenciais teórico-metodológicos filiados à concepção
interacionista de linguagem de Bakhtin, como o letramento, que valoriza a prática
social no uso da leitura e da escrita; e da Estética da Recepção, que reconhece a
ênfase no leitor no processo de produção de sentidos do texto literário, em muitos
casos a literatura segue sendo utilizada em ambiente escolar muito mais como
instrumento para outros fins do que ela como um fim em si, inviabilizando desse modo
a experiência estética por parte do leitor, que segue sendo tratado como um aluno.
Assim, o foco reside no conhecimento sobre a literatura, e não nela própria e na sua
projeção na vida do leitor, colocando a literatura em perigo. Com o objetivo de
contribuir para a reflexão acerca dos propósitos e meios do ensino de literatura na
Educação Básica, este trabalho, realizado a partir de referencial bibliográfico, da
prática na supervisão de estágio na formação inicial e da participação na formação
continuada de professores de língua e literatura da rede pública no estado do Paraná,
apresenta a relevância do Interacionismo Sociodiscursivo para a promoção da leitura
literária e da produção de textos literários na Educação Básica. Palavras-Chave:
Formação do leitor; escrita e leitura literária; educação literária.

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LEITURA DELEITE NO PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE


CERTA: UM RESGATE DA ALEGRIA DE LER
Anabela Rute Kohlmann Ferrarini
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho tem como tema a leitura deleite no contexto do Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa em Mato Grosso, apresentando-a e analisando sua
contribuição para a formação do comportamento leitor das crianças que frequentam o
ciclo de alfabetização. Justifica-se a relevância do tema tendo em vista os múltiplos
papéis que a leitura desempenha, em especial na escola, ao colaborar para a
formação do leitor, tendo em vista os acervos disponibilizados pelo MEC, aos
professores alfabetizadores e às crianças. Ler, contar e ouvir histórias permite a
interação com as práticas de leitura e a familiarização com a linguagem escrita e com
os livros, estimula a imaginação e a criatividade, desenvolve a oralidade e a
apreciação estética, e apresenta aos alunos diferentes gêneros textuais e autores,
num processo de aquisição da leitura como passaporte à autonomia e ao
conhecimento. A leitura deleite deve ser compreendida como um caminho para um
aprendizado prazeroso, uma porta de entrada ao mundo da leitura e à leitura do
mundo. Objetivou-se entender como, por que e para que a leitura deleite é utilizada no
contexto do PNAIC, verificando, também, qual o valor que os professores atribuem a
ela e se o potencial de benefícios inerentes a essa atividade são explorados e
aproveitados. Adotou-se como metodologia a análise de resumos e avaliações
enviados pelos Orientadores de Estudo do Mato Grosso à Coordenação Geral, em
que são relatadas, entre outros aspectos, as experiências com a leitura deleite
desenvolvidas pelos Professores Alfabetizadores. As análises preliminares revelam
que o acesso aos acervos tem desencadeado o prazer pela leitura, não só entre as
crianças, mas também entre os professores.

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LEITURA E CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ASPECTOS


DE ESPECIFICIDADES DO TRABALHO DOCENTE
Mariana Sampaio, Elieuza Aparecida De Lima, Juliana Guimarães Marcelino Akuri,
Marilete Terezinha De Marco
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este texto apresenta resultados de pesquisa de mestrado já finalizada, junto ao do
Programa de Pós-Graduação em Educação da FFC/Unesp, Marília/SP e como parte
dos estudos do GEPEDEI. O objetivo da pesquisa foi compreender se há indícios de
que os momentos de leitura e de contação de histórias se constituem como atividades
capazes de motivar aprendizagens promotoras de desenvolvimento humano, em
turmas de crianças da Educação Infantil, a partir de princípios e teses da Teoria
Histórico-Cultural. Como procedimentos metodológicos, realizamos levantamento
bibliográfico e produção de dados em campo com quatro professoras turmas de
crianças de cinco anos de quatro Escolas de Educação Infantil, por meio de entrevista
semiestruturada, sessões de observação de suas práticas pedagógicas e análise de
documentos tais como os semanários desses profissionais. Destacamos como
resultados a aparente ausência de planejamento e organização das propostas de
leitura e de contação de histórias, revelando práticas engessadas ao cumprimento de
conteúdos curriculares, sem considerar a criança como sujeito ativo do seu processo
de aprendizagem. Essas práticas possibilitam a formação de ouvintes e não de
leitores, fragmentando o acesso das crianças aos livros de literatura infantil. Outra
questão essencial é a premência de um programa de formação docente sólida e
constante como suporte para intencionalidade do professor, especialmente em seu
compromisso de ensino ao planejar situações em que as crianças estabeleçam
relações com o meio que as circunda. As narrativas docentes e as observações da
prática pedagógica revelaram que os momentos de leitura podem ser atividades
efetivas com a oferta de materiais, o que requer o acesso da criança aos objetos da
cultura historicamente acumulada.

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LEITURA E LEITOR: UMA RELAÇÃO QUE ENVOLVE CURIOSIDADE, DESPERTA


PRAZER E AUXILIA NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM NA PRIMEIRA
INFÂNCIA.
Maria Divoneide Ferreira, Lovani Volmer
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
RESUMO: A linguagem e seu desenvolvimento envolve leitura, literatura, um conjunto
de relações sociais, e é determinada também pelo espaço. A infância pré-escolar é o
momento em que o mundo se amplia e se torna cada vez maior para a criança, e é,
também, o momento em que sua linguagem se aperfeiçoa, possibilitando-lhe a
apropriação dos seus sentidos. A proposta deste estudo é contribuir com
possibilidades de uma prática literária efetiva nos anos que precedem o ingresso da
criança na Educação Básica, permeada de eventos pedagógicos possíveis. Partimos
de observações e entrevistas com professores, estagiários de magistério e da
Pedagogia da rede municipal de dois municípios com preenchimento, a fim de
averiguar suas concepções e conhecimentos sobre literatura e hábitos de leitura. A
partir da análise dos dados e dos estudos de Candido 1989, Vygotsky 2001, Junqueira
2016 e Zilberman 1990, propõem-se novos convites, novas propostas e desafios por
meio da literatura infantil, não só alinhavada à rotina escolar, mas efetivando-a com
eventos que contribuam para o desenvolvimento emotivo e cognitivo da criança, com
uma referência específica no desenvolvimento linguístico. Palavras-chave: Literatura.
Primeira infância. Formação de professores.

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LEITURA E LITERATURA EM UM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM


EDUCAÇÃO
Marinalva Amorim Da Silva, Daniele Aparecida Russo, Denise Baleeiro Rosa
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O presente trabalho, desenvolvido no âmbito do Projeto de Pesquisa ―Leitura nas
licenciaturas: espaços, materialidades e contextos na formação docente‖, que visa
apontar princípios, conhecimentos e ações pedagógicas para a formação de leitores
na universidade como espaço privilegiado de mediação da leitura e de circulação de
práticas de leitura; tem por finalidade cooperar com a análise do perfil leitor de
universitários do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual
Paulista ―Júlio de Mesquita Filho‖ - UNESP, campi de Marília. Para tal, está sendo feito
um levantamento quanti-qualitativo e a análise da matriz curricular do curso de pós-
graduação, de suas ementas relacionadas à formação de leitores, juntamente com a
leitura e estudo de textos científicos sobre o ato de ler como prática cultural
historicamente constituída, bem como sobre pesquisas acerca da leitura no Ensino
Superior. Nossas hipóteses apontam que a prática efetiva da leitura possibilita às
pessoas uma participação cultural, histórica, política e social efetiva, estabelecendo
relações de resistência e confronto, além de atualizar a língua em diferentes contextos
de produção e recepção, em uma vocação para a transformação e para a mudança
em busca de benefícios coletivos. Portanto, há necessidade de conhecer o perfil leitor
dos professores em formação, possibilitando a proposição de ações e intervenções a
médio prazo que possam surtir efeitos em todos os níveis da educação básica e
superior, em seus contextos locais, regionais e nacional. Palavras-Chave: Perfil leitor.
Pós-graduação. Formação de leitores.

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LEITURA, LEITOR X LITERATURA INFANTIL: MUITO A DIZER


Maria Carmem Silva Batista, Veronica Maria De Araujo Pontes
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O ato de ler deve ser percebido como um momento prazeroso e o professor deve ser
o mediador da leitura desde os primeiros anos escolares, pois tem a capacidade de
proporcionar o desenvolvimento das habilidades de raciocínio, compreensão,
formação de opinião e reflexão que circundam o processo de aquisição e apreensão
do conhecimento. Por isso, nossa pesquisa objetiva refletir, analisar aspectos de uma
realidade rural tendo em vista suas especificidades, integrando professores, alunos e
comunidade modificando uma cultura de não leitores já constatada para uma cultura
de leitores partícipes ativos e socializadores das leituras lidas disseminando assim
uma formação leitora literária. Além de analisar a formação de leitores literários no
contexto da educação básica em uma escola pública da zona rural do Município de
Mossoró-RN propondo mudanças na prática do professor de língua portuguesa. Na
metodologia se configura em uma abordagem qualitativa, pois proporciona reflexões,
análises de práticas e interações dos sujeitos que não são palpáveis, mas que estão
intimamente imbricados nos aspectos políticos e epistemológicos. Como aporte teórico
trazemos: Azevedo (1998,2010), Colomer (2003), Eco (2002), Freire (2002), Koch
(1998), Kleiman (1992), Pontes (2010, 2012), Smith (2003) e Silva (2005) dentre
outros. Pertinente aos resultados desejamos instigar na comunidade e sujeitos de
nossa pesquisa uma reflexão sobre a prática de leitura na escola, bem como sobre o
papel dos professores em torno da formação de leitores, o que acarretará em uma
contribuição e melhoria na leitura e compreensão dos diversos conhecimentos
veiculados pela escola. Palavras-chave: Leitura. Formação do leitor. Literatura Infantil.

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LEITURAS DE NARRATIVAS VISUAIS NO ENSINO MÉDIO


Dayse Oliveira Barbosa, Tatiana Cristiane Martins Chiaratti
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho consistiu no estudo analítico dos livros-imagem Zoom (de Istvan Banyai),
Cena de rua, O cântico dos cânticos (ambos de Ângela Lago), Onda e Espelho
(ambos de Suzy Lee). O trabalho foi realizado com alunos do terceiro ano do ensino
médio da Escola Estadual do Jardim Paulista, localizada no município de Barueri,
pertencente à rede estadual de São Paulo, com o objetivo de desenvolver nos
estudantes estratégias de leitura que os conduzissem à construção de sentido dos
elementos que estruturam as narrativas visuais, para isso, os alunos reuniram-se em
pequenos grupos e, durante oito aulas, tiveram contato direto com uma das obras
selecionadas para o trabalho. Os estudantes realizaram o levantamento dos índices
textuais, observaram a sequência das imagens e como o tema e o assunto eram
desenvolvidos a partir de mecanismos não verbais, tais como os gestos e as
expressões faciais dos personagens, as cores, os traços, a textura, o formato das
páginas e os espaços em branco. No final da análise, cada grupo produziu uma
resenha, que foi entregue ao professor, na qual foi possível aos alunos tecer uma
avaliação crítica da obra analisada. Considera-se que essa atividade foi essencial para
enfatizar aos concluintes da educação básica a importância de que a compreensão
estrutural dos elementos não verbais nos livros-imagem contribui para que os alunos
entendam mais amplamente a relevância da visualidade para a produção de sentido
nas obras contemporâneas.

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LETRAMENTO LITERÁRIO: A FOTONOVELA COMO RECURSO PEDAGÓGICO


PARA O DESPERTAR DO INTERESSE PELA LEITURA.
Izabel Jacinta Magni Hinrichs
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo apresentar o projeto de intervenção
didática em fase de aplicação com os alunos do 3º Ciclo 2ª Fase, da Escola Estadual
Cândido Portinari do Ensino Fundamental no município de Tapurah, no Estado de
Mato Grosso, como exigido pelo Programa de Pós-Graduação – Mestrado Profissional
em Letras, Profletras – Unidade Sinop/MT, da Universidade do Estado de Mato
Grosso, UNEMAT. O propósito principal do projeto é expandir o interesse pela leitura
por intermédio do letramento literário, de acordo com os pressupostos estabelecidos
por Cosson (2014); observar a importância dos multiletramentos na escola conforme
abordado por Rojo (2012); apontar para a escolarização da literatura defendida por
Soares (1999); seguindo os preceitos do trabalho com produção textual, análise de
gêneros e compreensão apresentados por Marcuschi (2010). A aplicação da proposta
interventiva, será baseada na sequência didática expandida de Cosson (2014).
Pretendemos colocar em evidência a atuação prática para despertar nos alunos o
interesse pela literatura e o prazer pela leitura através da promoção do letramento
literário e digital a partir de leituras e reescritas de textos de Literatura Africana
(contos), seguindo uma sequência expandida, chegaremos ao produto final que será a
produção de uma fotonovela com FQs modificadas por meio de um aplicativo gratuito
intitulado SNAPCHAT, utilizando também as tecnologias para sua divulgação. A
reescrita dos textos tem o propósito de aproximar as histórias da realidade dos alunos
no contexto atual, a fim de que eles desenvolvam uma visão crítica, a percepção da
estrutura social, política e cultural, assim podendo se reconhecer na obra. Palavras-
Chave: Letramento Literário e Digital. Literatura. Leitura. Reescrita.

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LETRAMENTO LITERÁRIO A PARTIR DO PNAIC - PACTO NACIONAL PELA


ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: LIMITES E POSSIBILIDADES
Aurea Elizabeth Da Costa Scheer Brustulin, Elisa Maria Dalla-Bona
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A ação governamental Pacto Nacional para Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) foi
criada em 2012 com o objetivo de firmar o compromisso de alfabetizar crianças até 8
anos de idade no final do 3º Ano do Ensino Fundamental. Entre seus eixos o PNAIC
traz o incentivo ao uso de obras literárias (PNLD/Obras Complementares) por
professores alfabetizadores capacitados pela referida iniciativa governamental. Esta
pesquisa refere-se à dissertação de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-
Graduação em Educação: Teoria e Prática de Ensino, da Universidade Federal do
Paraná. A qual partiu da análise dos impactos do PNAIC/2013 quanto às estratégias
de leitura e escrita literária utilizadas em uma turma de 3º Ano de uma escola da Rede
Municipal de Ensino de Curitiba. Apresenta algumas reflexões sobre a utilização das
obras literárias disponibilizadas pelo PNAIC, as concepções de letramento literário
observadas nos documentos de formação do PNAIC e considerações referentes a
formação do aluno-autor e leitor literário.

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LETRAMENTO LITERÁRIO: UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA EXPANDIDA DE


LEITURA DA OBRA O FILHO ETERNO, DE CRISTOVÃO TEZZA
Solange Lucia Da Silva Massari, Ana Paula Franco Nobile Brandileone, Lucas Breda
Magalhães, Maria Eduarda Oliveira De Jesus
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho vincula-se ao subprojeto PIBID (Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência/CAPES), desenvolvido na Universidade Estadual do Norte do
Paraná, campus de Cornélio Procópio. Intitulado ―Letramentos na escola: práticas de
leitura e produção textual‖, o subprojeto conta com a parceria de professores da rede
pública de ensino e graduandos do curso de Letras, cujo objetivo é produzir
sequências didáticas a partir da proposta de letramento literário (2006), de Rildo
Cosson, e articular ações de ensino-aprendizagem considerando os grandes eixos
sobre os quais se pauta o trabalho com o ensino da Língua Portuguesa, conforme as
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná
(2008). A partir do exposto, esta comunicação pretende apresentar uma proposta de
sequência didática expandida, elaborada a partir da obra O Filho Eterno, de Cristovão
Tezza, pelos bolsistas de iniciação à docência, supervisores vinculados à escola
pública e coordenadora da IES, a ser implementada, respectivamente, para alunos do
9º ano do Ensino Fundamental II e 1º ano do Ensino Médio, na Escola Estadual Major
João Carlos de Faria e Colégio Estadual Zulmira Marchesi da Silva.

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LITERATURA INFANTIL: ESPAÇOS E PERCURSOS DE LEITURA


DISCURSIVIZADOS PELO SUJEITO-PROFESSOR EM FORMAÇÃO
Marineia Lima Cenedezi
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Esta pesquisa qualitativa pretende dar visibilidade à formação de futuros professores
da Educação Básica que ensinam a leitura e suas práticas, em razão de facultar
contribuição para a busca de melhoria da formação de leitores no espaço escolar. São
sujeitos da pesquisa alunos concluintes do curso presencial de licenciatura em
Pedagogia. O instrumento da pesquisa que ora apresentamos é um questionário
aplicado durante a realização da disciplina Literatura Infantil e Juvenil, ministrada
numa IES de Ribeirão Preto/SP. O questionário que serve de guia à investigação
aborda questões sobre crise de leitura, espaços próprios para ―animação de
leitura", formação de leitores e ensino tradicional de literatura, as quais deveriam
ser respondidas pelos sujeitos investigados a partir de suas experiências de leitura e
de práticas de estágio supervisionado em diferentes escolas de Educação Básica,
públicas e privadas de Ribeirão Preto e região. Os discursos desses sujeitos foram
analisados de acordo com fundamentos teóricos que dão sustentação à pesquisa:
concepção de letramento literário (COSSON, 2009; PAULINO, 2010), noções da
Análise do Discurso francesa: autoria (BARTHES, 1984); discurso (FOUCAULT, 2008)
e silêncio (ORLANDI, 1997). Partindo do pressuposto de que os sentidos sempre são
construídos a partir de determinadas posições, que não são as mesmas para todos os
sujeitos, portanto o sentido sempre pode ser outro, as análises levaram-nos a
perceber a ausência do espaço semeador da luta de vozes. Dos discursos emergem
movimentos de constante retorno ao sedimentado, ou seja, tanto as práticas
educativas de leitura em diferentes espaços discursivizadas pelos sujeitos da pesquisa
quanto os argumentos destes se pautam na repetição do sentido legitimado por uma
voz de autoridade.

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LITERATURA INFANTIL: O ATO DE LER NA ESCOLA DA INFÂNCIA


Nathalia Martins, Geuciane Felipe Guerim Fernandes, Letícia Vidigal, Sandra
Aparecida Pires Franco
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Objetiva-se compreender o papel da Literatura Infantil como mediadora na apropriação
do ato de ler permeada pela categoria dialética conteúdo e forma. Desse modo,
considera-se a Literatura como patrimônio artístico, capaz de produzir efeitos sobre a
leitura e a visão de mundo das crianças por meio de uma relação dialética com as
experiências proporcionadas com o texto. Neste sentido, ressalta-se a relevância da
Literatura Infantil enquanto conteúdo clássico na Educação Infantil. O trabalho foi
desenvolvido em um Centro Municipal de Educação Infantil do munícipio de Londrina,
com crianças de cinco a seis anos, que pautou-se em uma abordagem crítico-
dialética, de delineamento qualitativo. Para a coleta de dados foi utilizada a análise da
fala das crianças sobre suas experiências com a Literatura Infantil, além também da
produção artística por meio de desenhos. As análises foram norteadas pelo
pressuposto teórico do Materialismo Histórico-Dialético, orientadas pela categoria
conteúdo e forma, considerando as interfaces da sociedade capitalista e a relação de
como a mediação docente com a Literatura Infantil efetivam-se na sala de aula. Os
resultados apontaram que a Literatura Infantil associada ao conteúdo e forma pode
possibilitar a mediação sobre o ato de ler, uma vez que esse processo pode criar
condições para a criança interpretar a realidade e compreender-se no mundo.
Palavras-Chave: Literatura infantil. Mediação. Ato de ler.

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LITERATURA PARA CRIANÇAS E JOVENS EM SANTA CATARINA: PUBLICAÇÃO


EM LIVRO ELETRÔNICO
Eliane Santana Dias Debus, Fernanda Gonçalves, Maria Laura Pozzobon Spengler,
Simoni Conceição Rodrigues Claudino
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A presente comunicação tem a intenção de publicizar a literatura para crianças e
jovens produzida em Santa Catarina, apresentando o mapeamento realizado nas três
edições do livro online A Literatura Infantil e Juvenil produzida em Santa Catarina. O
trabalho coletivo realizado pelo grupo de pesquisa Literalise somou, no decorrer das
três edições, o total de 952 livros resenhados e a elaboração de 285 biografias de
autores/ilustradores/tradutores catarinenses e também naturais de outros lugares que
vivem em Santa Catarina. A publicação do material online foi possível graças a uma
pesquisa (edital universal/CNPq/2012-2014). As resenhas foram constituídas pela
leitura e análise dos livros pelos participantes do grupo de pesquisa e contou com a
participação dos Professores de Educação Básica e do Ensino Superior da (UFSC),
acadêmicos de Mestrado e Doutorado do PPGE/UFSC, acadêmicos do Curso de
Pedagogia da UFSC e professores da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. As
biografias foram construídas a partir de pesquisa em várias fontes, entre elas
dicionário crítico, livros de referência, blogs, sites, e, muitas vezes, contaram com a
colaboração do próprio escritor. Esse mapeamento e sua socialização por meio
eletrônico, com acesso livre e gratuito, possibilita, a interação do leitor (professores,
estudantes e demais interessados e a disseminação da produção literária para
crianças e jovens em Santa Catarina e o seu uso no espaço escolar.

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Presidente Prudente de 02 a 04 de agosto de 2017
ISBN: 978-85-69697-02-2
ANAIS DE RESUMOS V CONGRESSO
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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

“LITERATURA PARA QUÊ? PARA QUEM? E DE QUE MODO?”: REFLEXÕES


SOBRE A FORMAÇÃO DO LEITOR LITERÁRIO
Emiliane Santana Gomes, Erlei Gomes Ferrari, Mainne De Souza Silva, Yára Neves
Castro
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
RESUMO A formação de leitores proficientes ainda não é uma realidade na maioria
das escolas. É sabido que nossos jovens leem. Mas o que estão lendo? E de que
forma? À luz do mestrado profissional em Letras nós, professores, podemos reinventar
as nossas aulas de leitura para a melhoria da qualidade do ensino. Assim, o presente
trabalho tem como objetivo compreender a relevância em se formar o aluno como
leitor do texto literário na educação básica. Discutiremos então as marcas constitutivas
dos gêneros contemplados no ensino da leitura do texto literário e como elas
interferem na construção dos sentidos do texto, bem como quais as orientações dos
documentos oficiais em relação à formação do leitor de literatura. Para tanto, fizemos
um levantamento bibliográfico e uma reflexão aprofundada acerca do tema, partindo
dos pressupostos teórico-metodológicos de alguns dos documentos oficiais
elaborados pelo ministério da educação e cultura, do que recomendam a teoria
literária e das experiências leitoras em sala de aula. Concluímos que, em um mundo
altamente tecnológico, a formação do leitor do texto literário se torna um desafio
constante para o professor de língua portuguesa. No entanto, cabe à escola aprimorar
as práticas metodológicas literárias no intuito de se adaptar às novas gerações. Dessa
forma, esperamos com este trabalho: chamar a atenção dos docentes de língua
portuguesa da educação básica para o fato de que é possível fomentar no leitor o
gosto pela leitura literária; e suscitar mudanças positivas na postura destes
profissionais, que devem ser modelos de leitores, ao repensarem sua práxis
pedagógica no que diz respeito às práticas leitoras em sala de aula, em especial, de
literatura. Palavras-chave: Literatura. Práticas leitoras. Reflexão.

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LOVECRAFT E TRANSMÍDIA STORYTELLING: O QUE DIZEM OS FÃS SOBRE OS


MITOS DE CTHULHU
Carlos Augusto Falcão Filho
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Lovecraft é conhecido como um dos maiores escritores de horror de todos os tempos.
Nasceu no final do século XIX e, ao longo da primeira metade do século XX, teve seus
contos publicados em revistas pulp. Entre elas, destaca-se a Weird Tales, famosa nos
Estados Unidos por publicações de horror, fantasia e ficção científica. Somente após a
sua morte, que aconteceu em 1937, Lovecraft foi reconhecido pelo seu talento. Muito
deste sucesso se deve a outro escritor, August Derleth, que editou e organizou os
contos do mestre do horror. Ao organizar a obra de Lovecraft, Derleth compreendeu
que diversos contos cruzavam informações e, assim, forneciam certa unidade entre as
narrativas. Desta unidade, surgiu o que nomeou de Mitos de Cthulhu. Da obra do
autor, decorreram novas narrativas, em diversos suportes, não somente nos livros,
mas também no cinema, nos Role Play Games, nos modernos jogos de tabuleiro e
nos quadrinhos. Neste trabalho, pretendo analisar sites e comunidades de fãs no
Facebook que realizam postagens e fazem comentários sobre a obra de H. P.
Lovecraft, com base nas teorizações de Henry Jenkins sobre a cultura da
convergência, da conexão e da participação, com ênfase nos fenômenos da
transmídia e da cultura dos fãs.

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MANOEL DE BARROS VAI À ESCOLA: UMA PROPOSTA LITERÁRIA NO ENSINO


FUNDAMENTAL
Ana Carla De Azevedo Silva, Veronica Maria De Araujo Pontes
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Saber ler é travar um constante enfrentamento que requer novas exigências e uma
ruptura com a passividade; saber apreciar a leitura literária é uma forma de
reconhecimento e mobilização de si mesmo, por isso mais complexo é esse processo.
Cada vez mais percebemos o quão difícil é um aluno envolver-se com o texto literário
em sala de aula ou até fora dela por entendê-lo difícil; por outro lado, os professores
justificam que os alunos não vão entender e nem gostar desse gênero textual. O
objetivo deste trabalho, então, foi socializar com os alunos dos 6° anos de uma escola
pública de Mossoró/RN oficinas poéticas utilizando as poesias de Manoel de Barros
para um contato com a literatura visando o prazer e a descoberta, o compromisso
apenas com o deleite e não com a obrigação. Para o poeta, o texto literário é a virtude
do inútil, é o belo trabalhado, é uma imagem impressa. Em relação à classificação da
nossa pesquisa, a categorizamos como uma pesquisa-ação que atua de forma direta
em grupos para transformar alguma prática ali realizada e obter resultados que se
entendem mais satisfatórios. Para debatermos sobre o tema do texto literário/poético e
sua apreciação em sala de aula nos referendamos em Fillola (2004, 2007), Pontes
(2011, 2012, 2013), Azevedo (2006, 2009) Aguiar (1993), Lois (2010), Zilberman
(2009, 2010) dentre outros. Quase 100% dos alunos desconheciam Manoel de Barros
e sua obra e, inicialmente, tiveram dificuldades em desconstruir conceitos e imagens.
No entanto, eles sentiam-se desafiados a cada atividade e não entendiam o que era
proposto como obrigação e sim, como deleite, como brincadeira. Com isso,
fomentamos a leitura de poesia em sala evidenciando o texto poético de Barros como
lugar de reinvenção da leitura e da escrita.

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(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

MEDIAÇÃO DOCENTE: APONTAMENTOS E POSSIBILIDADES PARA A LEITURA


LITERÁRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Geuciane Felipe Guerim Fernandes, Letícia Vidigal, Nathalia Martins, Sandra
Aparecida Pires Franco
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este estudo busca destacar a relevância da mediação docente na formação do leitor
literário e refletir sobre possibilidades metodológicas para o ensino do ato de ler nos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa fundamenta-se nos pressupostos
teóricos do Materialismo Histórico-Dialético e da Teoria Histórico-Cultural, que, ao se
complementarem, defendem a Literatura como expressão artística da humanidade que
oportuniza a sensibilidade e o desenvolvimento humano. Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica, com abordagem crítico-dialética, em diálogo com estudiosos da Leitura e
da Literatura, tais como, Arena (2010); Bajard (2007); Candido (2011); Girotto; Souza
(2010), entre outros. Busca-se repensar os modos de leitura literária vivenciados no
dia a dia escolar, a fim de questionar as propostas mecanicistas e incorporar a
produção de sentidos como elo mediador no ensino do ato de ler. Os resultados
apontam que a Leitura Literária encontra-se intimamente vinculada ao
desenvolvimento das funções psíquicas como memória, atenção, linguagem,
sensação, percepção, viabilizando a criação de novas imagens, ações e conceitos, em
que o conhecimento apreendido é reelaborado, desencadeando um movimento
dialético no modo de agir, de ser e de pensar do sujeito. Neste sentido, a mediação
docente constitui-se fator fundamental para o ensino e o exercício de modos de leitura
que contribuam para o desenvolvimento humano.

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MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA DA LEITURA LITERÁRIA, DIMENSÃO ESTÉTICA E


LÚDICA DA LITERATURA INFANTO-JUVENIL E FORMAÇÃO DO LEITOR
Dulciene Anjos De Andrade E Silva
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A presente comunicação tem por objetivo refletir sobre a influência que a função
modelar da literatura infanto-juvenil tem exercido, ainda em nossos dias, no trabalho
pedagógico dos professores do ensino fundamental, a partir do diálogo com pesquisas
sobre o binômio literatura infanto-juvenil e formação do leitor realizadas no
Departamento de Educação II da Universidade do Estado da Bahia. Tais estudos
monográficos têm demonstrado que professores sujeitos de dessas pesquisas,
quando de fato se voltam ao trabalho com o texto narrativo ou poético em sala de
aula, apoiam-se ou em fragmentos de textos apresentados em livros didáticos ou em
produções que revelam uma dimensão acentuadamente utilitarista e persuasiva,
restringindo a literatura infanto-juvenil a ensinamentos diretivos que conduzem o leitor
a uma interpretação unidirecional do texto - o que compromete sobremaneira a
dimensão estética dessas obras, furtando do leitor mirim a possibilidade de vivenciar o
prazer da experiência significativa peculiar à arte literária, que é o que
indubitavelmente contribui para a formação do gosto de ler. Diante desse cenário,
abrem-se significativos questionamentos: que estratégias a formação acadêmica dos
docentes de Letras e Pedagogia tem utilizado para sensibilizar os futuros educadores
para a importância dos elementos estéticos e lúdicos na autêntica dimensão educativa
do texto literário? Que fatores estão relacionados à persistência de uma mediação
pedagógica da leitura literária centrada na dimensão instrumental e utilitária por parte
dos docentes do ensino fundamental? Palavras-chave: Literatura Infanto-juvenil.
Formação do leitor. Mediação pedagógica.

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MEDIADORES DE LEITURA LITERÁRIA: EXPERIÊNCIAS, ESTRATÉGIAS E


ESPAÇOS
Nilo Carlos Pereira De Souza
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O presente trabalho tem como foco o mediador de leitura literária e seu papel no
processo de formação de novos leitores. Um elemento ainda pouco estudado pela
Teoria da Leitura, o mediador parece se multiplicar de acordo com as circunstâncias e
o tipo de relação que ele mantem com o texto e o leitor em potencial. Minha proposta
é investigar que espécie de sujeito é esse que pode se tornar a chave na conquista de
novos leitores: suas experiências, suas estratégias de conquistas, o espaço que ele
ocupa dentro do contexto da leitura literária. Para tanto, travo alguns diálogos com o
pensamento de autores, como: Vincent Jouve, Michèle Petit e Max.

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NAS ENTRELINHAS DA LEITURA: O QUE LEMOS? COMO LEMOS? O QUE SE


ENSINA COM PROJETOS DE LEITURA?
Ilsa Do Carmo Vieira Goulart, Dalva De Souza Lobo
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho que tem o apoio da FAPEMIG, parte da premissa de que a leitura
compreende uma prática cultural e como tal é um processo dinâmico e interativo,
entende-se que as atividades de leitura desenvolvidas em espaços escolares
dependem, de modo significativo de ações mediaras. Nesse sentido, este trabalho tem
por objetivo apresentar os primeiros resultados de uma pesquisa, ainda em
andamento, que procura investigar quais práticas de leitura literária são desenvolvidas
em projetos de leitura literária em escolas da rede municipal de uma cidade do Sul de
Minas e como vêm sendo mediados pelos professores dos anos iniciais do ensino
fundamental. A descrição metodológica toma como proposta a realização de
entrevistas com professores da rede pública de ensino, bem como análise de
diferentes produções escritas na culminância dos projetos de leitura. Como
embasamento teórico, essa investigação apoia-se na concepção discursiva-
enunciativa da linguagem, de Mikhail Bakhtin, de leitura como prática cultural de Jean
Marie Goulemot e Roger Chartier e de proposição de mediação da leitura literária de
Rildo Cosson, numa perspectiva dialógica e de reflexão crítica do fazer docente de
Paulo Freire. Os resultados, ainda provisórios, por tratar-se de ciências humanas,
visam contribuir para a apreensão de um olhar crítico sobre a leitura literária, sem
perder de vista o prazer que deve nortear tal olhar na construção de conhecimento.

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O ALUNO COMO ANTI-HERÓI: AVENTURAS LITERÁRIAS EM SALA DE AULA


Elaine Cristina Amorin
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Conceber uma única teoria para definir o que seria a literatura, não é apenas
conflituoso como também insuficiente. Neste sentido, postular as concepções ligadas
à leitura e, consequentemente ao leitor, também adquirem um caráter polêmico.
Contudo, a formação de leitores nas salas escolares, precisa ser repensada,
principalmente, pela relação em que o professor mantém com o ato de leitura, ou seja,
como ele vê e considera o que seria literatura ou não. O aluno não tem sua leitura
mediada, a ele é entregue uma ficha exaustiva de informações que devem ser
completadas, visando apenas desenvolver repetidamente os conceitos literários que
não exijam dele qualquer esforço ou relação contextual. Tal ponto de vista se mostra
decadente, ao passo que se deve considerar que o efeito da obra literária depende da
participação do leitor e da sua leitura. E ainda, deve-se ponderar que com o avanço da
tecnologia surgiram novas relações entre leitores e textos que nem sempre são
consideradas no âmbito escolar. Cada leitor, portanto, deve se constituir no sujeito da
própria leitura: quais as novas significações que poderá construir no decorrer do seu
ato de ler. Haveria, assim, um processo comunicativo entre o leitor e a obra literária.
De tal forma, buscou-se aplicar os conhecimentos adquiridos por meio do Mestrado
em Literatura: Formação do Leitor da Universidade Estadual de Maringá, no trabalho
desenvolvido na disciplina de literatura em um colégio particular da cidade de
Presidente Prudente, buscando-se mediar, compartilhar e expandir diversas situações
de leitura com os alunos, articulando diferentes ações e mídias, propondo uma
caracterização de anti-herói a esse discente quando se trata das relações de leitura
tradicionais. Palavras-Chave: Leitura. Literatura. Aluno.

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O CONTAR HISTÓRIAS NO HEMOCENTRO: O IMAGINÁRIO E A FANTASIA NA


EDUCAÇÃO EM SAÚDE.
Eliandra Cardoso Dos Santos Vendrame, Ercilia Maria Angeli Teixeira De Paula
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho versa sobre o Projeto de Extensão ―Arte Brincadeiras e Literatura:
Educação social em saúde‖, realizado com crianças e adolescentes que frequentam o
Hemocentro Regional de Maringá – Pr. O objetivo deste texto é relatar as ações de
contações de histórias realizadas no Hemocentro a fim de propiciar o desenvolvimento
de atividades literárias. O supracitado projeto busca refletir sobre as realidades e
especificidades dessas pessoas e propor a garantia dos direitos humanos nas áreas
de educação e saúde. A metodologia desse trabalho é a Educação Popular e envolve
rodas de conversa, e atividades com literatura e brincadeiras, fazendo jus à crença de
que a universidade deve atuar com fins sociais, em espaços não formais. O aporte
teórico pautou-se nos estudos de Abramovich (2009), Busatto (2011), Coelho (2000),
Oliveira (2010), Sisto (2005). Uma história bem contada deixa marcas profundas em
quem a conta e a escuta, mudando seu estado de espírito e vida. Os resultados
revelam que as crianças, desde a primeira infância, já expressam o protagonismo
infanto-juvenil nas ações lúdicas e pedagógicas, ao contar histórias no hemocentro é
possível constatar que as crianças ampliam seu imaginário e buscam por meio da
fantasia diferentes possibilidades de interpretar e atuar no mundo. O contador de
histórias em ambientes extraclasse como hemocentros necessita de formação e
estudo, além de um espaço no qual o grupo de atuação possa socializar sua prática e
discutir as questões do público-alvo específico e da realidade do ambiente do
hemocentro. Conclui-se que o projeto oportuniza o conhecimento da literatura infantil,
de suas possibilidades e auxilia as crianças no enfrentamento das doenças.

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O FILHO ETERNO, DE CRISTOVÃO TEZZA, E SUAS PERSPECTIVAS DE


ABORDAGEM EM SALA DE AULA
Caroline Helena Dos Santos, Ana Paula Franco Nobile Brandileone, Nathalia De
Souza Toncovitch
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho é resultado de uma das diversas atividades desenvolvidas no âmbito do
subprojeto PIBID-Literatura, desenvolvido na Universidade Estadual do Norte do
Paraná UENP/CCP e intitulado ―Letramentos na escola: práticas de leitura e produção
textual‖. Objetiva apresentar uma análise sobre alguns aspectos composicionais do
romance O filho eterno, de Cristovão Tezza, que foi selecionada como corpus básico
para elaboração e implementação de sequência didática de leitura literária, com base
nos pressupostos metodológicos de Rildo Cosson (2012). Tal análise, sob a luz das
proposições de Candido (1995) e Jouve (2012), dentre outros, leva em conta,
sobretudo, os recursos expressionais empregados pelo autor na elaboração da
narrativa, que conta a história do amadurecimento de um homem com o nascimento
de seu primeiro filho, uma criança com Síndrome de Down. Assim, espera-se
demonstrar as potencialidades desta obra para o exercício literário em sala de aula.

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O LEITOR NA ERA PÓS-DIGITAL: NUANCES NA FORMAÇÃO DE LEITORES NO


UNIVERSO ONOFF
Ederson Fernandes De Souza
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Desde a educação infantil e em todo percurso escolar as crianças e adolescentes são
instigados para ler, em especial livros de literatura infantil e juvenil. Sabe-se que esta
divisão é um fator didático, mas percebe-se que alguns autores ―escolhem‖ o seu
público alvo ou isso acontece de forma natural, como é o caso da escritora mineira
Stella Maris Rezende, em especial em sua obra ―A mocinha do Mercado Central‖
(2011), vencedor do Prêmio Jabuti como Livro do Ano de Ficção em 2012. Ao ler esta
obra, ela proporciona um sobressalto imagético, ou seja, o leitor retorna aos seus
13,14 ou 15 anos de idade, é um regresso imaginário entre o lá e o cá. Em outros
casos, alguns autores ―moldam‖ sua escrita, ou seja, subjetivamente pretendem
atender as exigências do mercado editorial que são demandados, em particular, por
escolas privadas, ou seja, que ―vendem‖ a ideia de que formam leitores competentes,
isto é, são fomentadoras da leitura desde as séries iniciais até o Ensino Médio.
Partindo deste pressuposto, o trabalho apresentará a literatura juvenil como aporte
para a inventividade e a criatividade dos estudantes, pois infelizmente a escola está
podando esta habilidade que é inata ao ser humano (MOTA; SCOTT,2014). Para isso,
terá como objeto de estudo o livro ―A mocinha do Mercado Central‖ (2011). Será
realizado análise literária, partindo do pressuposto que esta obra possui
características da era pós-digital, devido sua proposta de interconexões em
intermeios, mesmo sendo um livro impresso aponta para o universo onoff de maneira
substancial, ou seja, possibilitando o engajamento do leitor. Palavras-Chave: Era pós-
digital. Literatura juvenil. Onoff.

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OLHARES DAS CRIANÇAS DO 2º ANO SOBRE A INFÂNCIA A PARTIR DO


DIÁLOGO COM A OBRA O PRATO AZUL-POMBINHO, DE CORA CORALINA
Ádria Maria Ribeiro Rodrigues, Isa Mara Colombo Scarlati Domingues, Kenia Adriana
De Aquino Modesto Silva
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
RESUMO O artigo consiste no relato de uma experiência de mediação de leitura
literária vivenciada em sala de 2º ano do ensino fundamental. O trabalho apresenta os
diálogos entre as crianças e a obra O Prato Azul-Pombinho, de Cora Coralina, e nele
se entrecruzam diferentes olhares das crianças sobre a infância a partir do ponto de
vista da protagonista. A proposta apresentou uma perspectiva dialógica por meio do
uso de estratégias de leitura como alternativa metodológica e se apoia nas rodas de
conversa entre as crianças e a professora. A escuta cuidadosa permitiu que durante a
mediação as crianças construíssem narrativas que evidenciam os diálogos travados
entre as diferentes infâncias: a de hoje, vivida por elas e a de ontem, retratada no
poema. Isso foi possível porque a professora realizou a ativação do conhecimento
prévio dos alunos, possibilitando o uso de estratégias de leitura como inferências,
síntese e conexões texto-leitor, e texto mundo. Dar visibilidade às crianças por meio
da escuta aproxima o adulto da cultura da infância e coloca a criança como um sujeito
com experiências, capaz de refletir sobre as suas vivências e seus sentimentos. Este
artigo apresenta uma análise de trechos narrados, de forma oral e escrita, e uma
investigação sobre o ensino das estratégias de leitura a partir da experiência das
crianças com a obra de Cora Coralina, desenvolvida em diferentes etapas durante o
ano de 2016. Com esses delineamentos o trabalho dialoga com estudos que se
dedicam à leitura literária, à infância e às narrativas, revelando possibilidades de
formação leitora e ampliação de repertório literário e de mundo das crianças. Palavras-
Chave: Leitura literária. Estratégias de Leitura. Narrativas Infantis.

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O PAPEL DA BIBLIOTECA ESCOLAR NA FORMAÇÃO DOCENTE:UM ESPAÇO


DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E ENFRENTAMENTO À
(IN)DISCIPLINA
Evanileide Patricia Lima Figueira, Elianeth Dias Kanthack Hernandes
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho investigativo está vinculado à linha de pesquisa ―processos formativos,
ensino e aprendizagem‖ do Programa de Pós-Graduação em Educação da
FCT/Unesp, campus de Presidente Prudente/SP. Tem como pressuposto que a
Biblioteca Escolar é parte integrante do processo educativo, e que esse espaço tem
contribuições efetivas para a orientação e organização do trabalho na escola. A partir
desse pressuposto, procuramos analisar como o espaço da Biblioteca Escolar tem
sido utilizado no cotidiano de uma instituição de Educação Infantil, no sentido de
superar reconhecidos problemas relacionados à (in)disciplina e a (des)organização do
trabalho na escola. Com essa finalidade, utilizamos como instrumento de coleta de
dados o levantamento e análise da produção bibliográfica nas áreas da Educação
Infantil, Biblioteca Escolar e Indisciplina. Procedemos também o levantamento do
acervo da Biblioteca da respectiva escola e aplicamos questionários aos educadores
que nela atuam. Os dados coletados nessas etapas foram cotejados com os
conhecimentos teóricos já produzidos nas áreas que são objeto da pesquisa. Esse
estudo tem como referência o entendimento de que a leitura é o centro do processo
pedagógico e que a disciplina deve ser sinônimo de liberdade, porque é através dela
que o individuo adquiri o autodomínio, e desenvolve formas de conduzir as suas
ações. Essas concepções podem orientar práticas mais democráticas e favorecer a
conquista da autonomia pela criança.

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O QUE REVELAM OS DIÁRIOS? RELATO DE UMA MEDIAÇÃO DE LEITURA


Josué Rodrigues Frizon
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Resumo: O presente trabalho busca apresentar o relato de experiência de uma
mediação de leitura que vem sendo realizada com alunos de 8º e 9º ano, de uma
escola privada, no município de Marau - Interior do Rio Grande do Sul. O objetivo
desta mediação é o de inicialmente verificar, através da criação de Diários, as leituras
que são feitas pelos jovens leitores em formação. Além disso, busca-se contribuir para
a formação de novos leitores literários, sobretudo de leitores de literatura gaúcha, por
meio de mediações realizadas na biblioteca escolar da instituição. Inicialmente foi
proposta aos alunos, pelo professor pesquisador, no início do ano letivo 2017, a
produção dos diários. Aceita a tarefa, num segundo momento iniciaram-se as visitas a
biblioteca escolar. O docente dá a possibilidade aos educandos para que também
façam o registro de filmes, séries, jogos, letras de músicas, entre outras atividades que
fazem parte do cotidiano destes. Assim, busca-se incentivar igualmente o hábito da
escrita por parte do público-alvo, ao mesmo tempo em que se procura ter uma
percepção maior sobre as leituras realizadas pelos jovens. A atividade deverá ocorrer
durante todo o ano letivo e já possibilita algumas reflexões: ocorridas em material
impresso ou no meio digital, é grande a diversidade de leituras realizadas. Também é
possível afirmar que os registros se tornaram hábito cotidiano para um número
significativo de participantes. Ao final da mediação de leitura, obviamente, espera-se
ter contribuído para a formação de novos leitores e se ter uma maior reflexão sobre o
comportamento leitor dos discentes. Palavras-Chave: Mediação. Leitura. Formação de
leitores.

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OS VALORES DA SIGNIFICAÇÃO: A LEITURA NA PERSPECTIVA DO LEITOR


Maria José Lima De Carvalho
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O percurso do ensino tradicional revela uma prática de leitura desvinculada do texto,
como atividade passiva, sem referência à participação dos sujeitos sócio-históricos.
Neste âmbito, os limites do sentido encerram-se no contexto de codificação e
decodificação da palavra em detrimento dos valores de significação impetrados pelos
usos e pelas nuanças socioculturais. Contudo, as contribuições das pesquisas no
campo do letramento literário revelam a necessidade de um trabalho dinâmico com a
leitura para valorizar os conhecimentos não apenas linguísticos, mas também
contextuais e textuais, haja vista que a significação de um texto vai além de sua
materialidade. A partir desta concepção, nossa proposta explora poemas, enfatizando
os conhecimentos prévios do leitor, visto que este também se constitui como autor
através da leitura. Cada leitor possui um conhecimento de mundo, que vem à tona no
ato de compreensão do texto, para desvelar os níveis de significação dos contextos
subjacentes ao linguístico. Esse processamento cognitivo dá-se não apenas no ato
físico da leitura, mas ocorre já antes do contato do leitor com o texto e continua
mesmo após sua efetivação (SOLÉ, 1998). A fundamentação teórica parte das
perspectivas de Colomer (2007), Cosson e Souza (2011) e outros autores para dar
visibilidade à noção de leitura como processo dinâmico e ativo pela coparticipação dos
autores. Nosso objetivo estende-se a analisar dois poemas, destinados à leitura
juvenil, Consciência de Henriqueta Lisboa e Meu niño de Paulinho Pedra Azul,
enfatizando como os contextos socioculturais compartilhados influenciam no domínio
da compreensão da leitura. Os resultados parciais obtidos revelam que valorizar a
visão de mundo do leitor possibilita a interação entre autor-texto-leitor.

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ISBN: 978-85-69697-02-2
ANAIS DE RESUMOS V CONGRESSO
INTERNACIONAL DE LITERATURA INFANTIL E
JUVENIL

(Trans)formação de leitores: travessias e travessuras

O TEXTO, O COMPUTADOR E O LEITOR: CAMINHOS MIDIÁTICOS PARA O


ENSINO DE LITERATURA NA ESCOLA
Danielle Medeiros De Souza, Marly Amarilha
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este estudo investiga as contribuições do computador para o ensino de literatura na
escola. Sua relevância consiste em fornecer ao professor subsídios para ampliar suas
competências no ensino de literatura a partir do (re)conhecimento da função
mediadora e formativa do computador, no fortalecimento do ensino literário e na
abertura para novas possibilidades de apreciação da arte literária. Defende-se que o
computador, por meio de suas multimídias integradas, pode trazer significativas
contribuições para a formação do leitor de literatura no espaço escolar. O estudo
alinha-se à vertente qualitativa, com base em princípios da pesquisa-ação,
necessários para proceder a uma intervenção pedagógica. A pesquisa realizou-se em
uma escola pública do município de Natal – RN, numa turma de 5º ano do ensino
fundamental, com 23 alunos, cuja faixa etária variava entre 9 e 14 anos. No curso da
intervenção pedagógica, realizaram-se 8 aulas de leitura de literatura em diferentes
suportes e gêneros. Tomou-se como referencial teórico os estudos de Amarilha (2011;
2010), Belloni (2010), Buckingham (2007), Cazden (1991), Calvino (1990), Culler
(1999), Freire (1996; 2003), Graves e Graves (1995), Hayles (2009), Iser (1979; 1996),
Jauss (1979), Kress (2001), Paulino (2001), Pound (2006), Rettenmaier (2009; 2010),
Santaella (2003; 2004), Sartre (2006), Smith (1999; 2003), Veen e Vrakking (2009). A
análise aponta a importância do diálogo entre literatura e mídia-educação para
enriquecer o ensino literário e para situá-lo frente às necessidades e aos interesses da
escola atual e de seus aprendizes. Sinaliza, dessa forma, as contribuições do
computador em uma proposição pedagógica de formação do leitor de literatura.
Palavras-Chave: Ensino de literatura. Formação do leitor. Mídia-educação.

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O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS) NA


FORMAÇÃO DE LEITORES
Marcilene Muniz Monteiro Conceição, Silvia De Fátima Pilegi Rodrigues
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Diante das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) presentes no ambiente
escolar, o presente trabalho tem como objetivo promover uma reflexão acerca do uso
dessas TICs como ferramenta de incentivo à leitura literária. Para essa reflexão será
utilizada bibliografia que aborda as habilidades de leitura, as Tecnologias da
Informação e Comunicação como recurso pedagógico, a prática docente e discente.
Será analisada a eficácia do portal Arkos – ler é poder, como incentivador da leitura, o
qual disponibiliza livros, jogos de vídeo para estimular as crianças a lerem mais e
despertar o gosto pela leitura. Este trabalho parte da premissa de que o professor tem
que ser agente de transformação e como tal, busca recursos para mudar a realidade
de seus alunos. Nesse sentido, serão observados os alunos da 1º fase do II ciclo,
turma ―B‖ de uma escola municipal localizada na periferia da cidade de Rondonópolis-
MT no momento da realização das atividades desenvolvidas na sala de leitura e no
laboratório de informática. Após a observação com uma abordagem qualitativa será
examinado por meio do ranking de pontuação de cada aluno o seu progresso na
leitura, bem como o seu entusiasmo para ler mais livros.

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PERSONAGENS, NARRADORES E AS NARRATIVAS: POÉTICA, AUTORIA E


IMAGINAÇÃO EM SALA DE AULA
Paula Gomes De Oliveira
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho aborda a importância do trabalho pedagógico com as narrativas em
interface com os processos de formação do leitor, de autoria e de ampliação dos
processos imaginativos das crianças. Ancorados na perspectiva sócio-interacionista
da linguagem e na perspectiva histórico-cultural da aprendizagem e do
desenvolvimento humano (Vygostky), esta pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico,
teve como objetivo analisar os processos de intervenção pedagógica do professor, em
nível de interação e produção de sentidos, que envolviam as crianças durante as
atividades com as narrativas. A pesquisa configurou-se como um estudo de caso de
uma escola da rede pública que atende crianças de 1º ao 5º ano do ensino
fundamental. Nesta escola as crianças convivem com personagens fictícios, criados
com a função de dinamizar as atividades de recepção, leitura e produção de textos
coordenada pelas professoras. Os personagens fictícios são: Racutia, a mãe rata, que
não sabia ler e vivia roendo os livros da biblioteca até que seu filhote rato, o Racumim,
aprende a ler na escola dos ratos e ensina a mãe a ler. E desde então, Racutia e
Racumim deixam de ser os destruidores dos livros e passam a ser os guardiões da
biblioteca. E a bruxa Keka, uma bruxa que não faz mal nenhum às crianças, ao
contrário, adora visitá-las para contar suas histórias. No âmbito de nossa pesquisa,
percebemos que o trabalho com as narrativas capaz de ampliar e promover os
processos imaginativos das crianças e sua relação com a leitura e escrita é aquele
que explore as dimensões cognitivas e afetivas das crianças, mediados por aspectos
performáticos e relacionais, tornando-se uma forma poética de apreender e
transformar a realidade. Palavras-Chave: Narrativas. Formação de leitores. Contação
de histórias.

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POESIA E TECNOLOGIA: OS DESAFIOS DA ESCOLA DOS DIAS ATUAIS


Rosilene De Fátima Koscianski Da Silveira, Eliane Santana Dias Debus, Fernando
José Fraga De Azevedo
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
―Poesia e tecnologia: desafios da escola dos dias atuais‖ tem por objetivo refletir
acerca da presença do texto poético na escola e as possíveis formas de promover e
potencializá-la, levando em conta o aparato tecnológico que a sociedade disponibiliza.
Apresenta parte de um estudo que trata da relação infância e poesia, realizado no
âmbito do doutorado em Educação na Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). A empiria ocorreu entre outubro de 2013 e junho de 2014 e contou com a
participação de vinte crianças, oito meninos e doze meninas, com idade entre oito e
doze anos, estudantes de terceiro a quinto anos dos anos iniciais da Educação
Básica. A participação do grupo ocorreu por meio de encontros em horário de
contraturno escolar numa metodologia denominada ―espaço de narrativa‖ (LEITE,
2008). Dentre as atividades propostas e realizadas pelo grupo uma delas foi a busca
por poemas, poetas e poesia no espaço da web; ler, ouvir e fruir poesia utilizando o
computador com acesso à internet como suporte. A incursão na sala informatizada
ofereceu a possibilidade de explorar textos poéticos disponibilizados para leitura na
web, em especial a literatura digitalizada presente nos sites e blogs criados para fins
de sua difusão. A tecnologia aliada à ação docente, amplia e democratiza o acesso à
leitura literária apresentando textos, imagens e sons que convidam o leitor a interagir
dialógica e responsivamente. Estas leituras contribuem para a construção de
significados, para a formação de leitor crítico, para a compreensão do ser e estar no
mundo e, principalmente, para o domínio das ferramentas, e não submissão a elas.
Palavras-chave: Poesia. Tecnologia. Leitura poética.

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PRÁTICA DE LEITURA LITERÁRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL: O LEITOR EM


EVIDÊNCIA
Cristina Rothier Duarte, Ana Paula Serafim Marques Da Silva, Girlene Marques
Formiga, Suelen Oliveira De Brito
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O ensino da literatura tem despertado intenso interesse acadêmico, destacadamente,
em razão do que se tem denominado de crise da leitura, termo comumente usado
para se referir ao distanciamento existente entre leitor e texto literário. Estudiosos
especializados na área apontam que metodologias baseadas no estudo historiográfico
da literatura e na leitura parcial de obras só têm contribuído para a acentuação desse
afastamento. Ademais, o intenso contato com as novas tecnologias tem colaborado
para agravar o desinteresse dos jovens quanto à leitura literária. Diante disso, muitos
estudos têm-se voltado para as metodologias de ensino, a fim de conferir à Literatura
um lugar na escola capaz de levar o texto literário para a vida do aluno, promovendo,
portanto, uma reaproximação efetiva. Nesse sentido, o presente trabalho traz uma
proposta de prática de leitura literária para o conto O homem que sabia javanês, de
Lima Barreto, mediante o registro de leitura cursiva, destinada a alunos dos últimos
anos do Ensino Fundamental II. Para tanto, valemo-nos de estudos que tratam da
teoria do leitor real e da leitura cursiva como meio adotado para contribuir no processo
de construção de um vínculo afetivo do leitor com o texto literário. A metodologia
utilizada será a pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo-interpretativo. Como
resultado parcial, verificamos a importância de se mobilizar conhecimentos
desenvolvidos acerca da recepção do leitor real em práticas de leitura em sala de
aula, pois métodos como esse, que evidenciam o leitor, tendem a promover o seu
envolvimento com o texto, contribuindo para o seu letramento literário.

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PRÁTICAS DE LEITURA: APROPRIAÇÕES DE UMA OBRA INFANTOJUVENIL


POR ESTUDANTES DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Ana Estela Ferreira
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O presente trabalho busca compreender como estudantes dos anos finais do ensino
fundamental de uma escola pública do Estado de São Paulo, apropriam-se da
literatura juvenil, atribuindo-lhe sentido, por meio da leitura da obra Nós três (1987) de
Lygia Bojunga. A metodologia é qualitativa, caracterizando-se pela formação de um
grupo focal, onde a pesquisadora, é também professora na escola, e mediadora das
práticas de leitura. A pesquisa foi desenvolvida com estudantes de 13 e 14 anos,
sendo que a intervenção se norteou pelos seguintes passos: questionário sobre
hábitos leitores, formação de grupo para leitura e discussão da obra, e entrevistas
sobre a experiencia de leitura da obra lida. O embasamento teórico encaminha-se
através dos conceitos de apropriação, práticas de leitura, e representação, propostos
por Roger Chartier, aliados a concepção acerca de leitor, leitura, e texto,
apresentados, por Roland Barthes. A análise de dados será realizada a partir do
conceito de táticas, proposto por Michel de Certeau, com o intuito de compreender as
particularidades significativas que compõem as relações de leitura, processo de
apropriação e atribuição de sentido. A análise dos questionários indica ausência de
leitura literária no ambiente familiar. Na escola, percebe-se também as dificuldades de
leitura que perpassam as práticas de leitura no cotidiano, como a dificuldade para
compreender, ou terminar a leitura de um livro.

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PRÁTICAS HISTÓRICAS ESCOLARES: A LEITURA LITERÁRIA E A PRODUÇÃO


DE CARTAS
Juliana Zanco Leme Da Silva
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho é um recorte do fruto da dissertação de Mestrado que objetivou
identificar e discutir práticas escolares registradas em cartas de leitores infanto-juvenis
(faixa etária entre 12 e 17 anos) e adultos das décadas de 1980 e 90, enviadas a
Pedro Bandeira. Investigar a historicidade de leitura e escrita desse leitor, bem como a
imagem por ele construída, enquanto remetente de cartas. Traçar perfis desses
remetentes, discutindo os procedimentos linguísticos agenciados para a consecução
de determinados efeitos de sentido. Propor uma categorização a esses remetentes: a)
Leitor-escritor – b) Leitor-fã – e c) Leitor-institucional. O corpus deste trabalho é
constituído por 24 cartas, sendo quatro doadas diretamente pelo autor, e o restante
fruto de pesquisa no acervo que está depositado no CEDAE - Centro de
Documentação Cultural Alexandre Eulálio da UNICAMP (Universidade Estadual de
Campinas), como parte do fundo Memória de Leitura. Ao desbravarmos as cartas de
remetentes ―anônimos‖, descobrimos que a singular troca de correspondências entre
leitores e autores pode revelar práticas históricas escolares, relacionadas à leitura e à
escrita. A instituição escolar, às vezes representada pela figura do professor, é o meio
principal (talvez único para alguns) de acesso a obras literárias. Pudemos constatar
que a leitura de obras literárias promovidas pela escola, mesmo que obrigatórias, pode
despertar o gosto pela leitura. Também foi possível vislumbrar o universo literário,
através das diferentes modalidades de apropriação dos textos: ―o mundo do texto‖ que
possibilita e restringe a produção de sentido e o ―mundo do leitor‖ que pertence ao
campo da interpretação de textos (CHARTIER, 1997). Palavras-chave: Cartas. Pedro
Bandeira. Leitores.

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PROGRAMA NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: SENTIDOS


CONSTRUÍDOS SOBRE LEITURA FORMAÇÃO DE LEITORES E MEDIAÇÃO DE
LEITORES
Silvia Cristina Fernandes Paiva, Gilvane Reinke
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O presente trabalho pretende refletir sobre os sentidos construídos sobre leitura,
baseada na experiência desenvolvida com grupo de Professores Orientadores de
Estudos do Programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa no Estado de
Mato Grosso, Brasil. Essa formação consiste em encontros presenciais e atividades
conduzidas pelos Professores Formadores no intuito de embasar teoricamente os
professores oriundos das redes municipal e estadual, denominados pelo programa de
Orientadores de Estudo, acerca da complexidade da alfabetização e letramento. A
experiência formativa desenvolvida neste Programa, desde 2013, enfatiza, também, a
importância da leitura literária na formação do leitor e o uso de uma metodologia mais
adequada para trabalhar com os textos literários, que se apresentam como
importantes materiais que devem ser priorizados na escola, considerando sua
dimensão artística. O objetivo geral deste trabalho consiste em compreender quais os
sentidos construídos pelos Professores Orientadores de Estudo sobre o uso da
Literatura nos anos iniciais a partir da experiência formativa que vivenciaram no
Programa Nacional Pacto pela Alfabetização na Idade Certa. Os dados estudados
nesta investigação foram coletados através de respostas aos questionários aplicados
em uma turma de Orientadores de Estudo e dos registros dos cadernos de campo
(2013-2016). Palavras-Chave: Formação de Professores. Leitura. Alfabetização.

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PROJETO CÍRCULO DE LEITURA E ESCRITA NA EJA: CONTRIBUIÇÕES PARA


FORMAÇÃO DE LEITORES UTILIZANDO DIFERENTES GÊNEROS TEXTUAIS
Maria Daise Da Cunha Matos
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Ao refletirmos sobre práticas de leitura e escrita para Educação de Jovens e Adultos-
EJA, destacamos a importância de elaborar estratégias que promovam as
competências linguísticas dos educandos, atividades que propicie a ampliação de
conhecimentos, do vocabulário, da produção e interpretação de textos, que estimule a
capacidade criativa dos estudantes que frequentam as salas de aula nessa
modalidade de ensino. Nesse contexto, o presente trabalho, descreve um relato de
experiência envolvendo o Projeto Círculo de Leitura e Escrita na EJA implementado
em 2011 nas escolas públicas municipais de Manaus/AM, especialmente para o 1º, 2º
Segmento da EJA e estudantes do Programa Municipal de Escolarização do Adulto e
da Pessoa Idosa – Promeapi que ocorre em espaços não formais. O Projeto Círculo
de Leitura e Escrita tem como base metodológica a pesquisa crítico-social-histórica,
desenvolvido de forma interdisciplinar, por meio de encontros, leituras, debates,
produções textuais de diferentes gêneros e desenhos, bem como, aproveitar os
diferentes ambientes de aprendizagem que as instituições dispõem e nas escolas por
ser considerada como espaço privilegiado para desenvolver e estimular o hábito da
leitura e escrita, com perspectivas de favorecer ao educando a compreensão dos
diversos gêneros textuais que circulam na sociedade, de modo a formar leitores cada
vez mais críticos e autônomos, contribuindo para sua inclusão e interação na
sociedade e incentivando-os na produção de seus próprios textos.

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QUESTÕES EM TORNO DO ENSINO DE LITERATURAS EM LÍNGUA


PORTUGUESA EM BRASÍLIA/DF
Danglei De Castro Pereira
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
A comunicação discute aspectos teóricos/metodológicos relacionados ao ensino de
literaturas em Língua Portuguesa (LsELP) em escolas da rede pública do Distrito
Federal, bem como a influência da formação docente e do cânone literário neste
processo. A proposta tem como principal foco verificar a situação do ensino de
literaturas em Língua Portuguesa na Educação Básica e traçar o perfil do professor de
literatura em dez escolas públicas do DF. É objetivo do projeto, portanto, discutir em
que medida a formação acadêmica e a utilização dos materiais didáticos – Livros
didáticos, compêndios, entre outros –, refletem o ensino de LsELP no Distrito Federal.
Focalizaremos, ainda, como a formação do professor de literatura, atuante na
Educação Básica, influi em sua prática docente quando pensamos no ensino de
LsELP. Nossa preocupação é discutir o perfil da formação de leitores literários nas
escolas investigadas e de que forma estes leitores, alunos e professores, entram em
contato com a diversidade literária em Língua Portuguesa na Educação Básica.
Entendemos como premissa da pesquisa que a formação dos professores de Letras,
conforme tabela de área do CNPq, possibilita uma maior valorização da LsELP como
expressão cultual em escolas públicas do Distrito Federal. Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica, quando pensamos questões teóricas ligadas ao Ensino e leitura literária
na escola e uma pesquisa de campo ao delimitar o perfil dos professores e a utilização
dos materiais de apoio didático que ensejam o ensino de LsELP nas escolas
investigadas. Plavra-chave: Leitura. Leitura literária na escola. Ensino de literatura.

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"CUENTOS EN PAÑALES"- LEITURA PARA BEBÊS EM


ESPANTAPÁJAROS
Juliana Cardoso Daher
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O presente trabalho faz parte da pesquisa de mestrado intitulada
"ESPANTAPÁJAROS:Formação de leitores e Mediação de leitura para a
primeira infância em Espantapájaros" e visa apresentar a oficina "Cuentos
en Pañales", uma atividade de mediação de leitura oferecida para bebês e
crianças entre 8 meses e 2 anos, acompanhados por um adulto (pais,avós,
babá,dentre outros). Esta atividade acontece semanalmente em Espantapájaros,uma
instituição localizada em Bogotá-Colômbia, sob a direção de Yolanda Reyes. Através
dessa experiência serão abordados aspectos referentes às concepções de leitura na
primeira infância, o conceito "Triângulo Amoroso" (chunhado por Reyes) e
ainda,algumas reflexões sobre repertório e acervo direcionado a este grupo etário.

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REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE E A EXPERIÊNCIA DA


LITERATURA EM SALA DE AULA
Beatriz Marques Da Silva, Marcos Aparecido Lopes, Nicolli Maronese Tortorelli
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
O objetivo deste trabalho é refletir sobre as práticas educacionais que presidem a
formação docente e discutir o papel da leitura literária como mediadora entre a história
pessoal do educando e o processo pedagógico de produção de textos nas aulas de
língua portuguesa. Fundamentalmente, a metodologia prevista para o
desenvolvimento das atividades de leitura e escrita consiste numa exposição
sistemática do gênero ―relato pessoal‖ ou ―autobiografia literária‖, com variados
exemplos de identidades sociais presentes em nosso mundo contemporâneo. O intuito
da primeira etapa é sugerir aos alunos como as operações narrativas presentes nos
textos são, em última instância, técnicas de produção de sentido do modo como nos
vemos e avaliamos o mundo a nossa volta, isto é, as narrativas organizam o nosso
mundo interior e oferecem propostas de formação das nossas identidades. Em uma
segunda etapa, trabalharemos o acervo de memórias e impressões pessoais dos
alunos a respeito da sua experiência social e individual, respeitando os limites e as
possibilidades de expressão da sua subjetividade. Por fim, em uma terceira etapa,
desenvolveremos a prática metódica e criativa da produção de textos autorais e com
ênfase nas experiências dos alunos. A proposta deste trabalho se inscreve em nossa
formação acadêmica no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID/CAPES), desenvolvido no subprojeto ―Diversidade Linguístico-
Cultural, Práticas Escolares e Formação Inicial em Letras‖ (PIBID/LETRAS/2014) do
Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas. Cumpre
esclarecer que as aulas são ministradas na sétima série do ensino fundamental 2 de
uma escola pública municipal.

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SESSÕES SIMULTÂNEAS DE LEITURA


Valdeci Calixto Tito
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Resumo: Este projeto tem como principal objetivo envolver os professores da escola
em um projeto de fomento à leitura, trocar opiniões e discutir interpretações sobre
aspectos do conto, valorizar a leitura como uma fonte de entretenimento e desenvolver
critérios de escolha. O Projeto apresenta cinco etapas: na primeira etapa os
professores escolhem o livro que lerão, preparam um cartaz com a ilustração da capa
e uma pequena resenha para aguçar a curiosidade das crianças e se preparam para
uma boa leitura, na segunda etapa as resenhas são apresentadas às crianças para
que elas escolham qual pretendem ouvir e assim inscreverem-se, na terceira etapa as
crianças se dirigem para a sala onde será feita a leitura do livro escolhido por elas,
nesse momento cada professor lerá a história previamente estudada e preparada por
ele, na quarta etapa as crianças retornam para suas salas de aula e a sua professora
promove uma socialização de todas as histórias ouvidas, suas impressões, o que mais
gostaram, sem permitir que contem a história aos amigos, na quinta etapa as crianças
escolhem outra história que gostariam de ouvir dessa vez possuem várias indicações
dos colegas. Palavras-chave: Histórias, Sessões, Fomentar leitura. * Valdeci Calixto
Tito. Coordenadora Pedagógica do Município de Pirapozinho/SP.

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TESOURO DE NOBRE METAL: LEITURA, LITERATURA E LETRAMENTO


LITERÁRIO EM "OURO DENTRO DA CABEÇA",DE MARIA
VALÉRIA DE REZENDE.
Silvana Augusta Barbosa Carrijo
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Por vida do presente trabalho, pretendemos analisar a novela juvenil Ouro dentro da
cabeça (2012), de Maria Valéria de Rezende, ilustrada por Diogo Droschi, em que o
protagonista Marílio da Conceição, ainda que caracterizado por extrema pobreza
material, estabelece uma muito imbricada relação entre leitura, literatura e história de
vida ao tecer, movido pelo amor aos livros, uma trajetória em busca de um valioso e
inestimável tesouro, que se guarda dentro da cabeça: aprender a ler e conhecer
histórias que fascinam. Examinar esse tema que se constitui como apologia à leitura e
estrutura a diegese narrativa, as relações entre texto verbal e ilustração, os
procedimentos que caracterizam o projeto gráfico-editorial, o estilo poético apurado, as
potencialidades narrativas habilmente manejadas pela autora – tais como o suspense,
que desperta a curiosidade do leitor, e a composição intertextual, por meio do resgate
de narrativas clássicas como a de Dom Quixote de la Mancha e que, conjugadas, dão
forma ao processo de letramento literário do leitor – e ainda, como todos esses
elementos podem conduzir o processo de recepção leitora da obra constituem o
escopo da análise que ora se propõe.

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UM OLHAR SOBRE A LITERATURA INFANTIL DA AFRICA


Cristiane Da Silva Umbelino, Danglei De Castro Pereira
Eixo Temático 10: Formação de leitores e mediação de leitura - Comunicação Oral
Esse trabalho tem como objetivo propiciar uma reflexão sobre o papel da Literatura
Africana em língua portuguesa, como expressão de fatores culturais da sociedade
Lusófona. Um dos temas mais discutidos na atualidade é a diversidade cultural na
comunidade lusófona e a necessidade de inclusão de temas ligados à comunidade
africana, no processo de valorização da diversidade cultural brasileira. O Parecer nº
003/2004 do Conselho Nacional de Educação que estabelece as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico- Raciais e Ensino de
História e Cultura Afro- brasileiras e Africanas, abre caminho para a valorização da
cultura lusófona de expressão africana no interior do processo de ensino na Educação
Básica e no Ensino Superior no Brasil. Daremos um enfoque na Literatura Infantil
apresentada por alguns autores como Mia Couto, Luandino Vieira, Ondjak, entre
outros, estabelecendo também uma relação com autores brasileiros. Através dessas
leituras, realizadas em oficinas literárias no âmbito escolar, foi possível apresentar a
literatura infantil, trazendo temas considerados tabus, provocando momentos de
debate e produções, o que envolve questões ligadas às metodologias de ensino de
literatura, a formação do leitor e a difusão da leitura como espaço de ação
pedagógica, conduzindo o aluno ao conhecimento das particularidades do texto
literário infantil, e buscando o contato com a produção africana e brasileira de textos
para criança e adolescente. Palavras chaves: Literatura Africana. Literatura Infantil.
Ensino.

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A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO RIBEIRINHO NA VISÃO DE TONZINHO


SAUNIER NA OBRA VÁRZEA E TERRA FIRME.
Aline Inomata Bruce, Márcia Paixão De Souza, Thais Lima De Azevedo
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Apresentação de Pôster
A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO RIBEIRINHO NA VISÃO DE TONZINHO
SAUNIER NA OBRA VÁRZEA E TERRA FIRME. Aline Inomata Bruce, Universidade
do Estado do Amazonas Márcia Paixão de Souza,Universidade do Estado do
Amazonas Thaís Lima de Azevedo,Universidade do Estado do Amazonas RESUMO:
O presente guia de leitura almeja apresentar estratégias de leituras para a formação
de leitores literários a partir dos contos da obra Várzea e Terra Firme de Tonzinho
Saunier do escritor Amazonense. Salientando a oralidade buscada pelo autor ao
narrar em suas estórias a essência pura da linguagem dos ribeirinhos contida em cada
personagem, sem neologismos desnecessários e muito menos uma narração artificial,
pois o caboclo sabe bem o que dizer quando quer dizer. Vale ressaltar que o guia de
leitura está direcionado ao público jovem do ensino fundamental/médio e leitores de
outros estados na tentativa de facilitar o entendimento das estórias que fazem parte da
Literatura Amazonense. Utilizou para fundamentação teórica autores relevantes para
fomentação da pesquisa ANTUNES (2010), BARTHES (2004), FREIRE (2011), LIMA
(2010).PAES LOUREIRO (2009), COSSON (2014), SOARES (1998), MAIA (2007),
SOLÉ (1998), entre outros que corroboraram para a pesquisa. Palavras chave: Guia
de Leitura. Formação de Leitores. Literatura Amazonense.

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CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA: EXPERIÊNCIA NA


BEBETECA "COLUNAS DO SABER"
Marcia Regina Mendes Venancio, Kenia Adriana De Aquino Modesto Silva, Renata
Junqueira De Souza
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Apresentação de Pôster
Este texto relata parte do projeto de Iniciação Científica (PIBIC) ―Bebês e literatura‖
desenvolvido em 2016, na bebeteca ―Colunas do Saber‖ sediada em uma instituição
de educação infantil no município de Presidente Prudente/SP. Metodologicamente
trata-se de pesquisa de campo, com abordagem qualitativa, sendo sujeitos as crianças
e as bolsistas. A proposta é vinculada ao Centro de Estudos em Leitura e Literatura
Infantil e Juvenil (CELLIJ), da UNESP/FCT. Para um dos blocos de atividades
desenvolvidas, optou-se trabalhar com o tema ―animais‖, dividido em domésticos, de
jardim, da fazenda e selvagens. Os livros que serviram de apoio para a realização das
intervenções foram ―O vira-lata Filé‖ (Claudia Ramos); ―O peralta‖ (Jefferson Galdino);
―Uma lagarta muito comilona‖ (Eric Carle); ―A vaca que botou um ovo‖ (Andy Cutbill) e
―Douglas quer um abraço‖ (David Melling). As mediações objetivavam trabalhar as
estratégias metacognitivas de leitura (conexão, inferência, visualização, síntese e
sumarização) (GIROTTO; SOUZA, 2010) aliadas ao conhecimento prévio das
crianças, bem como as estratégias de Solé (1998), com ações antes, durante e depois
da leitura, de modo a colaborar na formação de pequenos leitores. Assim, em todos os
encontros eram apresentados cartões com imagens dos animais que teriam suas
histórias contadas (cachorro, lagarta, vaca e urso), fazendo com que as crianças se
atentassem para a narrativa que seria exposta e se lembrassem do animal e da
história anterior. Destaca-se que as crianças utilizaram estratégias como conexão,
inferência e visualização, tornando o momento de contação fomentador de educação
literária para o grupo, pois permitiu a participação das crianças e para as bolsistas,
mediadoras entre os textos e as crianças.

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CONTOS MARAVILHOSOS: A INVASÃO DO SÍTIO DO PICAPAU AMARELO


Suzana Da Costa Bassfeld
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Apresentação de Pôster
RESUMO O presente trabalho desenvolvido tem por objetivo estimular nas crianças o
gosto pela leitura,ajudando-os a redescobrirem a magia dos Contos de Maravilhosos.
Esta pesquisa foi desenvolvida no Colégio Estadual com alunos do 6º ano ,fase onde
ainda podemos encontrar um pouco do encantamento das crianças com a leitura dos
Contos Maravilhosos .O Livro trabalhado de Monteiro Lobato foi ―O Picapau Amarelo‖
seu enredo veio de encontro com o tema das turmas ,pois narra a história dos
personagens dos contos maravilhosos que vão morar no Sítio do Picapau Amarelo. O
entusiasmo dos alunos foi gratificante, eles ficaram muito felizes com a invasão dos
personagens no sítio e todos queriam dar dicas de um evento na escola, após a leitura
do livro foi realizado um evento onde os alunos eram personagem ou do sítio ou das
histórias dos Irmãos Grimm ou Andersen. Foi reservado um dia da semana para que
todos se vestissem dos personagens e apresentassem uma minibiografia de quem
eles estavam representando, muitos apresentaram com leituras desenhos ou
encenações de episódios do sítio ou inventado por eles. O entrosamento deles foi
geral e satisfatório todos os alunos participaram com ideias novas, o evento foi
realizado numa tarde e muitas turmas puderam comparecer e prestigiar a mostra.
Palavras-chave: Leitura. Contos Maravilhosos. Monteiro Lobato. REFERÊNCIAS:
LOBATO, Monteiro. O Picapau Amarelo: O sítio de Dona Benta, um mundo de
verdade e de mentira; ilustrações Guazzelli. _4.ed._São Paulo: Globinho,2016.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática.1.ed.São Paulo:
Moderna,2000. MELLON, Nancy. A arte de contar histórias; tradução de Amanda e
Orlando e Aulyde Soares Rodrigues. Rio de Janeiro: Rocco,2006.

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“MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA”: CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COM MEIO DA


VALORIZAÇÃO DO OUTRO
Micheli Rosa, Maria Simone Dmeterko, Marieli Rosa
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Apresentação de Pôster
O presente trabalho pretende expor a experiência de uma contação de História no
Colégio Imaculada Virgem Maria em Prudentópolis/PR. A obra escolhida é da autora
Ana Maria Machado – Menina bonita do laço de fita. O objetivo gira em torno de
trabalhar a beleza da diferença, a importância do respeito e primordialmente a
valorização da identidade cultural do negro. A história escolhida foi contada para uma
turma da educação infantil em um espaço propicio para incentivar as crianças a sentir
prazer de sempre voltarem – a biblioteca. Além do espaço, formam utilizados
elementos que a narrativa apresenta como: a tinta preta, a água, as jabuticabas, o
café e a mudança de voz. Após a contação observou-se que a história contada para a
turma ficou por longo tempo em suas lembranças e que sempre pediam para ser
contada novamente. Entretanto, o maior objetivo foi alcançado o respeito ao outro e
aceitação do diferente, pois havia uma menina negra na turma e as crianças não
queriam sentar perto dela. Por isso considera-se que a Literatura e a contação de
histórias transformam a visão delas sobre o mundo.

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PEQUENAS SEREIAS, GRANDES DESCOBERTAS: UMA RELEITURA DE


ANDERSEN PARA O ENSINO MÉDIO
Victor De Medeiros Oliveira, Francinilda De Brito Santos
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Apresentação de Pôster
Podemos observar recentemente que está sendo bastante recorrente o foco em
pesquisas que defendem o estudo direto do texto literário nas aulas de literatura. Tal
ideal para ser cumprido exige que o professor tenha o domínio sobre diversas
estratégias de leitura, para que assim o aluno venha não só a compreendê-la, mas
também a sentir prazer ao ler o texto literário, dando vida assim à fruição estética.
Nosso trabalho busca pôr em prática estratégias de leitura, visando provocar uma
maior afinidade e identificação dos alunos com a obra literária trabalhada em sala e
adota como fundamentações teóricas as obras de Solé (2008), Dalvi, Rezende e
Jover-Faleiros (2013) e os documentos curriculares para o ensino médio (OCNEM,
2006) que falam sobre o ensino de literatura. Nosso objetivo principal é mostrar
práticas e estratégias de leitura, a partir da elaboração de sequências didáticas que
têm as obras do acervo da literatura infantil juvenil nas aulas de literatura do ensino
médio. A fim de ilustrar melhor nossa proposição, selecionamos como corpus o conto
A pequena sereia (1837) do dinamarquês Hans Christan Andersen, fazendo uma
releitura do conto ―original‖, para ser trabalhado nas aulas de literatura em turmas de
1º ano, o relacionando diretamente com o tema transversal da puberdade. A partir
desse tema, exploraremos algumas adaptações do conto em questão que circulam no
mercado editorial e, por conseguinte, são conhecidas por boa parte dos alunos.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Infantil Juvenil; Estratégias de Leitura; Hans C
Andersen.

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A CONEXÃO E O CONTO: ESTRATÉGIA DE LEITURA PARA COMPREENDER O


TEXTO LITERÁRIO
Gislene Aparecida Da Silva Barbosa, Elianeth Dias Kanthack Hernandes, Renata
Junqueira De Souza
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
A aprendizagem da leitura implica o desenvolvimento de procedimentos pedagógicos
que ofereçam aos alunos condições de interagir com o texto literário para construir
sentidos por meio da ativação de seus saberes. Assim, a Estratégia de Leitura:
conexão se mostra como uma oportunidade privilegiada de ativação de conhecimento
prévio para que os estudantes dialoguem com o conto e aprendam que o sentido não
está pronto no texto, mas se efetiva na relação texto-leitor. A partir de intervenções em
uma sala de 6º ano do ensino fundamental, como parte de uma pesquisa de
doutorado, desenvolvemos aulas de leitura de contos e ofertamos aos alunos
momentos de conexão entre o texto e o leitor, entre o texto e o mundo, entre o texto e
o texto. Nesses momentos, houve a modelagem docente seguida pela atuação do
aluno, portanto agimos como leitores proficientes e ajudamos os alunos a perceberem
que cada leitor é também um autor, porque preenche as lacunas do texto e estabelece
noção de um todo coerente, dentro das possibilidades esboçadas nos contos lidos.
Nosso objetivo foi alargar a compreensão leitora dos estudantes, haja vista resultados
de sondagens, nos quais os jovens leitores não conseguiam perceber as ações
narrativas, tampouco as causas e consequências, pois, no ato da leitura, ficavam na
superficialidade textual. Com o desenvolvimento das aulas, os alunos ampliaram
significativamente sua compreensão do conto, pois as questões de leitura aplicadas,
após o trabalho com as conexões, evidenciaram ampliação do entendimento do texto
em toda turma. Palavras-Chave: Estratégia de leitura. Conexão. Conto.

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A DINÂMICA DAS ESTRATÉGIAS DE LEITURA APLICADA À LEITURA DE


FÁBULAS
Maria José Lima De Carvalho
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino da Língua Portuguesa apontam
para a leitura como atividade central ao processo de letramento. No entanto, as
recentes pesquisas revelam que a atividade da leitura no âmbito escolar ainda
continua nos limites dos exercícios aplicáveis pelo livro didático, sendo processada de
forma fragmentária, descontextualizada e coligada ao ensino gramatical. Neste
âmbito, o contexto de leitura passa longe do trabalho com o discurso e com o gênero e
distante de ser uma atividade diária, com seleção, planejamento e mediação do
professor, a fim de viabilizar a formação de um leitor autônomo. Por tais razões,
percebemos a necessidade do ensino das estratégias de leitura e sugerimos um
trabalho com textos literários para o domínio infantil, na intenção de favorecer esse
processo de aprendizagem, através do encontro do leitor com o texto. Para tanto,
exploraremos as estratégias de leitura para ultrapassar os níveis linguísticos e
adentrar na observação dos contextos socioculturais. As contribuições de Sousa e
Junqueira (2010), Solé (1998) e outros autores guiarão teoricamente nossa proposta
de trabalho, na concepção das estratégias de leitura, como meios para atingir a
compreensão do texto. Nosso objetivo visa focalizar a inferência e os conhecimentos
prévios do leitor a partir da análise de duas fábulas que integram a obra Fábulas
Entortadas de Israel Jelin: A leiteira e o balde de leite e O rato do campo e o rato da
cidade. Os resultados parciais obtidos com este trabalho mostram que a utilização das
estratégias de leitura tanto corroboram para a motivação da leitura quanto
proporcionam a interação entre o leitor e o texto. Palavras-Chave: Texto. Leitor.
Estratégias de leitura.

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A FORMAÇÃO CONTINUADA E A LITERATURA: ESTRATÉGIAS DE LEITURA E


SELEÇÃO DE OBRAS
Simone Alves Pedersen, Jussara Cristina Barboza Tortella
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Pesquisas internacionais demonstram que a autorregulação da leitura é um caminho
promissor para a formação de leitores competentes e críticos. Todavia, esses estudos
praticamente inexistem em nosso país. A pesquisa de mestrado acima intitulada teve
como objetivo geral verificar se houve mudanças no ensino de estratégias de leitura e
seleção de obras, com um grupo de formação continuada que explorou a literatura
infantil. Os objetivos específicos foram implementar um modelo de formação
continuada, apresentar estratégias e modos de leitura, discutir a seleção das obras
literárias e verificar em que medida as participantes aplicaram o conhecimento
construído na formação. Tratou-se de pesquisa qualitativa com princípios da pesquisa
ação-estratégica. Discutiu-se a leitura independente, leitura em dupla e close reading,
entre outras estratégias de leitura, a partir dos pressupostos teóricos da Teoria Social
Cognitiva. As participantes da pesquisa aplicaram o conteúdo dos encontros
formativos, em sala de aula. Os dados analisados demostraram que houve mudanças
quanto às práticas de leitura usadas pelas participantes, aumento da compreensão
leitora com práticas docentes que priorizam o protagonismo do aluno e, também,
mudanças na concepção das participantes sobre as obras literárias e sua seleção.
Houve troca de experiências sobre leitura e uso de obras literárias durante os
encontros, que possibilitaram o pensar e repensar práticas, ouvir sobre a experiência
de outros professores e narrar sucessos e desafios que fazem parte da docência, da
leitura e da importância da autorregulação da aprendizagem. Palavras-Chave:
Estratégias de Leitura. Autorregulação da aprendizagem. Autorregulação da Leitura.

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A FORMAÇÃO DO LEITOR A PARTIR DE TERTÚLIA LITERÁRIA DIALÓGICA


Ilma Socorro Gonçalves Vieira, Keila Matida De Melo
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho objetiva apresentar experiências com tertúlia literária dialógica, atuação
considerada de êxito por aumentar o desempenho dos alunos e promover melhoria da
convivência e de atitudes solidárias, segundo o projeto Strategies for Inclusion and
Social Cohesion in Europe from Education (INCLUD-ED), desenvolvido pela
Universidade de Barcelona. A tertúlia é um dos eixos formativos de Comunidade de
Aprendizagem, teoricamente sustentada na aprendizagem dialógica, outros são:
biblioteca tutorada, grupo interativo, formação de familiares, modelo dialógico de
resolução de conflitos, participação educativa da comunidade, formação pedagógica
dialógica. A implantação de atuações de êxito em Goiânia ocorreu em 2014 pela
vinculação entre a Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás e
escolas-parceiras, por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência (PIBID). A experiência tem se alastrado e alcançado outras unidades da
universidade, como o Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação
(Cepae/UFG). Pela Faculdade de Educação, a tertúlia dialógica acontece em duas
escolas municipais, uma com extensão formativa no Circo Laheto. No Cepae, a tertúlia
integra conjunto de estratégias do Departamento de Língua Portuguesa na promoção
da leitura literária entre alunos da Educação Básica. Por relato dos participantes
(alunos e professores) da atuação é possível perceber com ela impacto positivo na
formação do leitor literário, na relação leitor e livro, no entendimento da língua, nas
relações sociais. Palavras-Chave: Tertúlia literária dialógica. Experiência formativa.
Aprendizagem dialógica.

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APRENDENDO ESTRATÉGIAS DE LEITURA ATRAVÉS DA LEITURA


COMPARTILHADA DE POEMAS INFANTIS: UMA EXPERIÊNCIA NO 6º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Jéssica Amanda De Souza Silva
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
A Leitura Compartilhada de textos em sala de aula possibilita ao leitor beneficiar-se
das competências leitoras dos colegas. Assim, concebendo as Estratégias de Leitura
como indispensáveis para a aquisição dessas competências, nosso trabalho analisou
como alunos do 6º ano do Ensino Fundamental utilizaram tais estratégias – com e sem
a mediação do professor – através da leitura compartilhada de poemas infantis em
sala de aula. Para tanto, realizamos uma experiência interventiva na turma do 6º ano
de uma escola pública, em Campina Grande-PB, na qual ocorreram cinco encontros,
totalizando nove aulas ministradas. Na ocasião, foram compartilhadas as leituras de
nove poemas infantis que tinham como temática o idoso ou o envelhecimento. Após
as aulas, verificou-se, com o auxílio do diário de campo e à luz de Colomer (2007),
Girotto & Souza (2010) e Solé (1998), quais estratégias de leitura foram utilizadas
pelos alunos; analisou-se em quais momentos da leitura compartilhada as estratégias
foram utilizadas com e sem a mediação do professor e, ainda, como os alunos se
apropriaram das estratégias de leitura a partir do compartilhamento das impressões
por parte dos colegas ou professor. Os resultados apontam que os leitores utilizavam
recorrentemente as estratégias de leitura, independentemente da mediação do
professor; recorriam a todas as estratégias durante a experiência, sendo a inferência a
mais empregada; utilizavam as estratégias, via de regra, durante a discussão do texto
lido, para corrigir alguma impressão dos colegas que consideravam equivocada ou
para buscar informações ainda desconhecidas, porém, essenciais à compreensão do
texto. Palavras-Chave: Poesia Infantil. Leitura Compartilhada. Estratégias de Leitura.

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AS TRAVESSIAS NAS ESTRATÉGIAS DE LEITURA DA EDUCAÇÃO INFANTIL:


OPORTUNIZANDO TRAVESSURAS NO CONHECIMENTO DE MUNDO POR MEIO
DA LITERATURA
Ana Cláudia Bazé De Lima, Cyntia Graziella Guizelim Simões Girotto
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
O artigo apresenta resultado parcial de uma pesquisa em andamento na Secretaria
Municipal de Educação e Cultura de Três Lagoas ―lócus‖ onde realizamos travessias
que conduzem às atividades e práticas no encontro de crianças com o livro por meio
das estratégias de leitura apresentadas nas práticas pedagógicas elaboradas pelos
professores nas turmas de educação infantil. De onde pesquisamos como mestranda
e Coordenadora do Núcleo de Educação Infantil na SEMEC/TL analisamos trajetos,
caminhos e trilhas, neste contexto, os percursos nos levam a organizar tempos e
espaços de discussões quanto às múltiplas possibilidades de conduzir os pré-
escolares a se apropriarem do patrimônio cultural presente nos livros literários. O
objetivo deste estudo é analisar e contribuir com os sujeitos para que suas práticas
com leitura considerem o conhecimento, a cultura acumulada presente nos textos
literários. A abordagem metodológica aponta para a pesquisa e análise desses
percursos em que se dá a apresentação do contexto de mundo aos pequenos por
meio da literatura, presente na organização do trabalho pedagógico, os resultados
preliminares nos apontam uma necessidade de enfatizarmos as travessuras,
remetendo à literatura como arte para que não incidamos em didatizações das obras.
Sabemos que muito ainda temos a percorrer nesta travessia, todavia buscaremos
apoio teórico nas concepções bakhtianas e vigotskinianas, nas contribuições quanto
ao sujeito leitor e quanto ao sentido e significado. Outros autores, Arena(2010),
Leontiev(1978), Souza, Neto e Girotto(2016), Mello(2016) se fazem presentes neste
tempo da pesquisa e na travessia outras contribuições teóricas agregarão seus
conhecimentos.

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AVENTAL CONTADOR DE HISTÓRIAS – UMA EXPERIÊNCIA AUTORAL


Simone Strelciunas Goh
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
A literatura infantil pode ser vista hoje como a forma mais eficaz para que a criança
construa sua leitura de mundo e o ressignifique. No entanto, há uma preocupação
didática sobre como tal gênero é apresentado às crianças. O projeto de leitura/escrita
desenvolvido por futuros professores de educação infantil e séries iniciais do curso de
Pedagogia, objeto deste trabalho, visa proporcionar a esse profissional uma
experiência autoral, mediada por parâmetros da linguística textual, bem como
capacitá-lo na construção de um recurso pedagógico que torne o processo de
contação de histórias muito mais lúdico e prazeroso. Aprimorar a competência
linguística, escrita e oral, também é relevante, uma vez que esse público nem sempre
tem oportunidade de usufruir de boas práticas de letramento fora do ambiente
acadêmico. O projeto avental contador de histórias explora as possibilidades criativas
e linguísticas do educador e o aproxima do universo das palavras, ele é autor de sua
história, especificamente um conto infantil. Contar um texto autoral possibilita ao futuro
professor desenvolver estratégias: adequação da linguagem, postura corporal e de
voz, uma vez que o texto já lhe pertence. O processo de criação, primeiramente da
história e a seguir da elaboração das ilustrações do avental desenvolvem diferentes
formas de linguagem, tornando o educador um sujeito experiencial do mundo e o
transformando em arte. Palavras-chave: literatura infantil. professor.recursos
pedagógicos.

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CORREDOR DE INFERÊNCIAS: NA MEDIAÇÃO DA LEITURA LITERÁRIA


Joyce Araujo Reinol, Franciela Sanches Da Silva, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Diante de comunidades escolares que incorporaram compreender o texto
respondendo aos questionários do livro didático, frente a uma compreensão leitora
frágil, busca-se através do ensino da estratégia de leitura da inferência possibilidades
de interesse e formação da compreensão leitora. Com práticas de mediação de leitura
realizadas no projeto ―Hora do Conto‖ verificou-se que o conhecimento prévio das
crianças que frequentaram o projeto era curto e o repertório de leitura e de
conhecimento de mundo muito limitado. Em atividade realizada com a temática
Histórias às Avessas, poucas foram as crianças que conseguiram inferir ou relacionar
os contos de fadas tradicionais com os modernos. Este trabalho tem como objetivo
evidenciar como atividades de inferência feitas a partir da narrativa Cachinhos
Dourados e Um Urso Apenas (HODGKINSON, 2013) foram capazes de motivar as
crianças para a leitura do texto literário. Neste relato os participantes passavam por
um corredor, previamente elaborado, composto por objetos que remetiam a diferentes
histórias da literatura infantil, em seguida eram direcionados para a sala de contação
de história onde tinham acesso a um segmento que os encaminharia a narrativa. Os
mediadores instigavam outras estratégias de leitura como: conexões (texto-texto,
texto-mundo, texto-leitor) ou mesmo a visualização. O resultado torna-se evidente em
menções dos ouvintes a trechos da narrativa mencionados, com uso das estratégias
de leitura aplicadas e alusões feitas a partir das atividades do "corredor de
inferências". Sendo o espaço e o trabalho com as inferências capazes de
ampliar os conhecimentos prévios dos frequentadores do projeto, alargando assim, as
possibilidades de compreenderem outros textos. Inferência, Estratégias de Leitura,
Contação de Histórias

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DIÁRIO DE LEITURA: O ALUNO COMO PROTAGONISTA NA CONSTRUÇÃO DOS


SENTIDOS DO TEXTO LITERÁRIO
Ieda M. Sorgi Pinhaz Elias, Ana Paula Franco Nobile Brandileone
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
O trabalho com o texto literário em escolas brasileiras, especialmente no Ensino
Médio, comumente se pauta no estudo centrado na História da Literatura, através da
apreciação de fragmentos de obras canônicas, não raro linguística e culturalmente
distante do horizonte de expectativas do estudante. Isto é, aulas essencialmente
informativas nas quais prosperam dados sobre movimentos estéticos e estilos de
época seguindo uma determinada linha do tempo, bem como dar informação sobre
grandes obras e suas características numa pretensa relação entre texto e contexto, ou
uma abordagem do texto literário centrada na autoridade do professor sobre a sua
análise e interpretação. Considerando esse contexto, o diário de leitura constitui-se
uma estratégia que não apenas favorece a participação do aluno na construção dos
sentidos do texto, criando também oportunidade para se expressarem subjetivamente
sobre a leitura literária, mas também instrumento que auxilia o professor a ajustar a
sua abordagem em sala de aula, a fim de aumentar a adesão do discente ao exercício
literário. Diante do exposto, esta comunicação tem por objetivo apresentar uma breve
análise dos resultados obtidos com o uso do diário de leitura em experiência de leitura
literária com a obra Desmundo (2009), de Ana Miranda, para turma do primeiro ano do
Ensino Médio, Colégio Estadual Zulmira Marchesi da Silva, no município de Cornélio
Procópio. Atividade vinculado subprojeto PIBID (Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência/CAPES), intitulado ―Letramentos na escola: práticas de leitura e
produção textual‖ e desenvolvido na Universidade Estadual do Norte do Paraná,
campus de Cornélio Procópio, em parceria com professores da rede pública de ensino
e bolsistas de iniciação à docência.

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DOM QUIXOTE PARA O PÚBLICO INFANTIL BRASILEIRO: UMA ANÁLISE


DISCURSIVA DAS REPRESENTAÇÕES DE LEITURA INSCRITAS NO CLÁSSICO
Jéssica De Oliveira
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
A produção de adaptações de clássicos da literatura para o público infantil ou juvenil é
uma prática do mercado editorial, hoje em dia recorrente, que se expandiu a partir do
século XX, cuja indicação e leitura, apesar das diferentes críticas recebidas sobre o
valor de alguns desses textos, é assumida atualmente pelo próprio universo escolar.
Em função de seu relativo reconhecimento e de sua significativa expansão, buscamos
em nossa pesquisa retomar os estudos concernentes à história do desenvolvimento
dessa prática de adaptação de clássicos, em especial em contexto nacional. Com
base nesses estudos, buscamos levantar as possíveis mudanças nos procedimentos
editoriais adotados e, consequentemente, nas formas materiais desses objetos
culturais, de modo a depreender certas representações da leitura e do leitor infantil e
juvenil indiciadas nesse processo de adaptação. Assim, nosso objetivo com a presente
proposta de pesquisa é o de analisar diversas adaptações de um clássico da literatura
universal, a fim de levantarmos as representações desse público leitor a que se
destinam, que são compartilhadas pelos editores e adaptadores quando da
formulação de uma linha editorial como esta. Para tanto, nosso corpus constitui-se de
adaptações do clássico Dom Quixote de la Mancha, publicadas por diferentes editoras
brasileiras, da década de 30 até os dias atuais. Em nossa análise, procedemos por
comparação, cotejando tanto a obra integral com as suas respectivas adaptações,
quanto comparando uma adaptação às outras, apoiados na Análise do Discurso
francesa, na História Cultural da leitura , e em estudos que tomaram como objeto de
suas reflexões as adaptações de obras clássicas.

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ESTRATÉGIA DE LEITURA E O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO


Joice Ribeiro Machado Da Silva, Bruna Carolina De Souza Cintra
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
O presente trabalho objetiva apresentar os resultados parciais de um projeto
desenvolvido junto à Escola de Educação Básica – ESEBA, que é um colégio de
aplicação da Universidade Federal de Uberlândia. O objetivo do projeto é ensinar as
estratégias de leituras norte-americanas em crianças do 1º ano do ensino
fundamental, portanto, em processo de alfabetização e verificar como esse trabalho
auxilia o processo de formar o leitor literário. Trata-se de uma pesquisa-ação que
incluiu a participação de 19 crianças na primeira fase em 2016 e de 18 na segunda
fase, em 2017. Realizamos uma intervenção sistematizada e contínua com as
estratégias de compreensão para que as crianças as incorporem, priorizando a
utilização de livros literários. Os resultados preliminares apontam que as crianças
incorporam e utilizam as estratégias mesmo sem ainda estarem alfabetizadas.
Acreditamos que o trabalho com as estratégias de leitura auxilia o processo de
alfabetização ao enfatizar o ensino da leitura para além da decodificação. Palavras-
Chave: Estratégia de Leitura. Leitor Literário. Processo de Alfabetização.

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ESTRATÉGIAS DE LEITURA LITERARIA A PARTIR DO ITINERÁRIO AUTOR-


TEXTO-LEITOR
Ana Cláudia Dos Santos
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
A leitura é a interação do autor-texto-leitor resultando no leitor como sendo o
construtor de sentido. Este trabalho teve como base a leitura a partir do ensino de
estratégias de compreensão leitora propostas por Isabel Solé (1998), que
apresentaram os três níveis de perguntas para auxiliar na obtenção interpretativa.
Considerando que a leitura é a conversação, não se espera que o leitor aprove a ideia
imposta pelo autor, como apresenta Koch (2015), o leitor pode ou não concordar com
as ideias do autor, aperfeiçoando-as, finalizando-as, visto que ―toda compreensão é
prenhe de resposta e, de uma forma ou de outra, forçosamente, a produz‖ (Bakthin,
1992:290). O trabalho trata-se de um relato de experiência de estágio supervisionado
de língua portuguesa oficina de leitura, os participantes foram alunos do 1º, 2º e 3º ano
do ensino médio de uma escola pública estadual da cidade de Juína – MT, no ano de
2011. Um dos objetivos do trabalho foi instigar o convívio com a obra literária
favorecendo-os a desenvolver uma visão crítica da leitura. O material utilizado foi o
conto ― Como se fosse dinheiro, de Ruth Rocha, ambos desconheciam o conto e
julgavam-no infantil pela ilustração, durante a leitura perceberam que a história
abrangeu-se para um público eclético atendendo a realidade vivenciada, e após a
leitura, utilizaram as conexões (autor-texto-leitor), relacionando e alertando-os para a
conscientização ao consumismo, à arrecadação de impostos. Os resultados obtidos
foram satisfatórios uma vez que essas atividades contribuíram para maior autonomia
leitora e aumento de repertório literário a partir do contato com a obra e a vasta gama
de leituras críticas que podem ser realizadas. Palavras-Chave: Literatura Infantil. Ruth
Rocha. Criticidade

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ESTRATÉGIAS DE LEITURA, LITERATURA E SABERES DE EXPERIÊNCIA DE


PROFESSOR: CAMINHOS PARA A FORMAÇÃO LEITORA DE CRIANÇAS
Marta Campos De Quadros, Aline De Souza
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Este artigo objetiva compreender como os saberes profissionais de experiência de
professores podem estar ou não implicados em práticas docentes, considerando as
estratégias de leitura e a ampliação do conhecimento prévio, que favoreçam
efetivamente a formação leitora de crianças. Ele é o resultado do encontro de duas
pesquisas efetivadas durante os anos de 2014 e 2016 junto a professoras e alunos de
duas escolas públicas de Presidente Prudente (SP). A partir da análise da recepção
de um conjunto de obras escolhidas principalmente em acervos do PNBE, mediante
oficinas de leitura propostas por Girotto e Souza, observou-se a importância dos
conhecimentos prévios do professor como mediador do processo de negociação entre
os significados sugeridos pelos textos verbais e imagéticos dos livros para crianças e
as experiências destas como leitores, no sentido de ampliar os seus conhecimentos
prévios a partir da experiência da leitura. Teoricamente, tomamos Girotto e Souza,
Harvey e Goudivs, Pressley e Chartier no que se refere às estratégias metacognitivas
de leitura e esta como prática social; o pensamento de Pimenta, Tardiff, Rios e Nóvoa
sobre os saberes profissionais do professor em articulação com o conceito de
experiência em Larrosa. Metodologicamente, partimos das histórias de vida de
professores para compreender como se tornaram as professoras que são e como as
suas vivências com a leitura podem ter produzido experiências que articulam suas
práticas profissionais. O estudo revelou que os saberes profissionais de experiência
dos professores são pouco trabalhados em sua formação inicial. Ao não terem estas
experiências reconhecidas, acabam por se tornarem mediadores mais pobres de
recursos que possibilitem a ampliação do conhecimento prévio dos leitores em
formação.

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ESTRATÉGIAS DE LEITURA: UM OLHAR PARA OU ISTO OU AQUILO (1964), DE


CECÍLIA MEIRELES
Raquel Sousa Da Silva, Daniela Maria Segabinazi
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Pensando em somar as pesquisas que envolvem a lírica ceciliana, focalizamos um
estudo voltado à sua produção infantil, especialmente em sua obra Ou isto ou aquilo
(1964), a fim de propormos um trabalho de leitura literária a partir do ensino de
estratégias de compreensão leitora. Para tal proposição, realizamos uma investigação
em nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Letras Português da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Tal pesquisa perpassa pela fortuna crítica
da poetisa e educadora, com o objetivo de mapear alguns destaques de sua
contribuição intelectual para que sejam justificadas nossas escolhas. Para isso,
recorremos aos postulados de D‘Ávila (1969), de Salem (1970), de Arroyo (2001).
Além do mais, baseamo-nos nas discussões que Meireles (1951) legou em Problemas
da literatura infantil problemáticas advindas do campo literário infantil. As pesquisas de
Fernandes (2008), de Ferreira (2009) e de Camargo (2012) também foram pertinentes
nesse percurso para discutir e analisar as poesias da obra-mor de Cecília Meireles.
Também nos reportaremos aos postulados da Estética da Recepção, a partir de Jauss
(1979), para investigarmos a recepção poética da autora. Pensando nisso e
problematizando as abordagens sugeridas nas atividades do livro didático,
pretendemos buscar possibilidades de ensino de literatura com a poética de Cecília
Meireles por meio das estratégias de leitura, a fim de que seja buscada a concretude
dos sentidos do texto literário e ao aluno seja viabilizado uma compreensão leitora
consciente e autônoma por meio de práticas individuais e coletivas que possam
contribuir positivamente em seu processo de formação literária. Neste âmbito,
seguiremos as indicações das propostas de Girotto e Souza (2010) e de Solé (1998).

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ESTRATÉGIAS METACOGNITIVAS: LEITURA PARA ALÉM DO TEXTO


Vania Kelen Belao Vagula, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Neste texto apresentamos resultados relativos a como se estabelece o diálogo entre
os leitores e os textos mediados pelas estratégias de conexão. Os dados
apresentados aqui fazem parte de uma pesquisa-ação realizada de 2012 a 2016 que
abordou o trabalho com estratégias metacognitivas de leitura em uma sala de aula de
quinto ano da rede municipal de Presidente Prudente-SP. Nesta investigação partimos
do pressuposto que tornar consciente os caminhos percorridos na construção de
sentidos para o texto antes, durante e após a leitura, contribui para a formação do
leitor. Os resultados apresentados foram elaborados a partir da análise das produções
dos alunos nas oficinas de leitura com ensino das estratégias. Essas oficinas foram
desenvolvidas tendo como objeto de leitura contos do autor Hans Christian Andersen.
As análises foram realizadas considerando-se as bases teóricas oferecidas por um
grupo de autores norte americanos que estudam a temática, os quais orientaram
também o processo de produção dos dados. Foi possível, assim, compreender um
pouco mais sobre como os alunos utilizam as estratégias de conexão texto-texto,
texto-leitor e texto-mundo para dialogar com os materiais de leitura, estabelecendo
relações com diversos aspectos extratextuais os quais se constituem conhecimentos
prévios ou experiências vividas que, em geral, ajudam o leitor a dar um sentido para o
que está sendo lido. Concluímos por meio da pesquisa que a aprendizagem das
estratégias metacognitivas de conexão pode contribuir para que o leitor em formação
seja mais ativo no processo de produção que constitui a leitura.

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LEITURA COM... CRIANÇAS: 10 ANOS DE HISTÓRIAS


Lícia Maria Freire Beltrão, Jamilly Starling Santos De Jesus, Joilda Albuquerque Dos
Santos Pereira
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
O Projeto Leitura com..., inscrito no Programa de ações afirmativas da Universidade
Federal da Bahia, vem, com ações pedagógicas promovidas por estudantes bolsistas
e professoras, há uma década, partilhando histórias em escolas da rede municipal de
ensino da cidade de Salvador, com a intenção de mobilizar o acervo literário do
Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e ampliar as capacidades leitoras dos
estudantes envolvidos nas atividades. Considerando o que vem sendo acumulado
com estudos e pesquisas, tem-se como objetivo divulgar e trazer ao debate
experiências que dizem respeito à seleção do acervo do Programa Nacional Biblioteca
da Escola, base de desenvolvimento do Projeto, à organização de Oficinas e à reação
leitora de estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Neste trabalho,
analisaremos os impactos promovidos pelo Projeto Leitura Com... nas três escolas em
que suas integrantes desenvolveram atividades no decorrer de dez anos,
considerando os êxitos obtidos, assim como os percalços enfrentados no desenvolver
das ações. Colocaremos, também, sob nossas lentes o planejamento das atividades e
o seus desdobramentos, apresentando nossos argumentos para escolha das oficinas
pedagógicas como metodologia valorizada para o desenvolvimento das atividades de
leitura compartilhada e socialização das obras literárias do PNBE.

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LEITURA DA LITERATURA MARGINAL: COLORINDO OS MUROS DA ESCOLA


Ana Claudia Fidelis, Fabiana Bigaton Tonin
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
A presente análise tem por objetivo refletir sobre a possibilidade de atividades de
leitura que promovam processos de retextualização (MARCUSCHI, 2000), a partir de
uma atividade desenvolvida com alunos de 9º ano de uma escola particular da cidade
de Campinas, numa ação conjunta das referidas autoras/pesquisadoras em suas
atuações docentes como professoras de Língua Portuguesa e Redação. A partir da
leitura da obra Para gostar de ler: Literatura Marginal, deu-se início a um trabalho que
envolveu etapas inspiradas na proposta de sequência básica de Cosson (2006):
motivação, introdução, leitura e interpretação. Assim, o trabalho se sustentou em uma
série de ações que pudessem estimular a ação do estudante-leitor em busca das suas
próprias formas de apropriação do texto literário para, ao final, sentir-se motivado à
produção de um mural literário, em que poemas, caricaturas, ilustrações, fragmentos
de textos diversos escolhidos e de própria autoria pudessem reapresentar os
processos interpretativos e os modos de produção semelhantes aos dos poetas
marginais, corpus de leitura e de análise do campo do literário. Desse modo, ao
analisar os desdobramentos da atividade pretende-se problematizar novas estratégias
de leitura, capazes de promover uma experiência significativa de leitura e um efetivo
processo de formação de leitores literários. Palavras-chave: letramento literário,
literatura marginal, retextualização

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LEITURA LITERÁRIA, PLANO DE AULA E AS IMPLICAÇÕES DO MÉTODO


CIENTÍFICO
Alcione Maria Dos Santos, Juliana Cláudia Teixeira Gomes Borges Amorim
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Esta apresentação objetiva expor os resultados alcançados a partir da aplicação de
uma atividade para uma turma de Ensino Médio, em uma escola de Corumbá-MS,
durante o primeiro semestre de 2016. Trata-se de uma intervenção prática prevista no
decorrer da disciplina Estágio de Literatura, atividade elaborada e desenvolvida com
base nos pressupostos teóricos da obra "Literatura- a formação do leitor:
alternativas metodológicas", de Aguiar;Bordini (1988), especificamente o
"método científico". Dessa forma, o plano de aula consistiu em um roteiro
de leitura do capítulo XXXI, "A borboleta preta", da obra "Memórias
Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, de modo a promover a
investigação e a solução de problemas, conforme prevê o método. Nesse sentido este
trabalho contribui para a reflexão sobre a leitura literária no contexto escolar.

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LEITURA NA ESCOLA: A HISTORIA DO CLUBE DE LEITURA PASSARINHAR DO


IFAL – PALMEIRA DOS INDIOS
Vanusia Amorim Pereira Dos Santos
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
LEITURA NA ESCOLA: A HISTORIA DO CLUBE DE LEITURA PASSARINHAR DO
IFAL – PALMEIRA DOS INDIOS Vanusia Amorim Pereira dos Santos Instituto Federal
de Alagoas – Campus Palmeira dos Índios RESUMO: Promover e incorporar o hábito
da leitura no cotidiano escolar é um desafio. Norteados pela ideia de que iniciamos a
leitura em casa, mas somente na escola teremos condições de ampliar nosso universo
através de letramentos e assim adquirir competência leitora, este trabalho tem por
finalidade expor a história do Clube de Leitura Passarinhar, fundado há sete anos no
Instituto Federal de Alagoas – Campus Palmeira dos Índios, pelos professores de
linguagens da instituição, baseados em teorias que apontam a leitura como passo
fundamental para o acesso ao conhecimento produzido; ao prazer estético e às
especificidades da escrita. Configura-se o clube de leitura um projeto que objetiva
enfrentar e combater uma realidade que não convém a nenhum de nós, um país de
não-leitores. É ainda, em um contexto mais amplo, levando em consideração onde
nosso campus está situado, numa cidade da região Agreste de Alagoas, um modo de
propiciar o desenvolvimento individual, cultural e social para o aluno, aumentando
ainda mais a necessidade, responsabilidade e importância do ambiente. Adotou-se a
metodologia qualitativa, utilizando o estudo de caso descritivo, visando apresentar o
contexto e a situação real do clube de leitura e suas intervenções no dia-a-dia da
escola, tais como: sala exclusiva de leitura e troca de experiências literárias; rodas de
leitura; palestras e encontros com escritores; lançamento de livros, saraus, concursos
de escrita, sorteios, troca e empréstimos de livros. Atualmente, o clube conta com um
acervo de mais de 1500 livros; reconhecimento nacional e obtenção de prêmios p

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LEITURA NA TRANSIÇÃO EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL


Elis Beatriz De Lima Falcão
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
O trabalho integra o projeto de Ensino Articulação educação infantil e ensino
fundamental que tem como objetivo geral o desenvolvimento de práticas pedagógicas
que contribuam para a articulação entre as etapas da educação Básica, educação
infantil e ensino fundamental. Nesta comunicação apresentaremos resultados de uma
pesquisa-ação que se propôs desenvolver práticas de leitura literária como processo
de produção de sentidos, que fossem ao encontro do direito de aprender brincando e
que contribuíssem no processo de transição educação infantil e ensino fundamental.
No trabalho dialogamos com a perspectiva bakhtiniana de linguagem uma vez que
Bakhtin (1999) concebe a língua como constituída nas relações humanas, sendo,
portanto, uma atividade social, lugar e espaço de interação entre sujeitos. Dialogamos
também com Geraldi (1997), Gontijo e Schwartz (2009), Koch e Elias (2006). As
práticas de leitura literária a partir da concepção de linguagem na perspectiva histórico
cultural contribuem para que as crianças vivenciem situações de ensino e
aprendizagem que articulem a leitura e a escrita como processo de produção de
sentidos e de forma contextualizada com a finalidade de seus usos na sociedade.

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LITERATURA E OUTRAS ARTES: DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES.


Vitória Regina Xavier Da Silva
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Este trabalho apresenta uma estratégia de aprendizagem de comprovado êxito de
realização na Escola Estadual Fernando Corrêa, do município de Três Lagoas, no
Estado de Mato Grosso do Sul. De 2002 a 2016 realizamos um projeto de literatura,
denominado ―Projeto Literomusical‖, junto aos estudantes do 3º ano do Ensino Médio.
Apesar de conhecermos iniciativas semelhantes, podemos afirmar que, em nossa
experiência, construímos uma sequência didática, ao longo desses quinze anos de
realização, em diálogos com os jovens estudantes, na qual o processo de
aprendizagem democrática possibilitou a formação de uma identidade cultural para a
unidade escolar. A ação favoreceu a apropriação de patrimônio cultural regional e
nacional. Buscamos descrever o percurso que estruturou essa metodologia ativa na
produção de projetos, envolvendo processos de leitura, escrita e oralidade, em uma
abordagem interdisciplinar. A princípio, dois objetivos nortearam o projeto: motivar o
jovem estudante a ser protagonista de suas produções, promovendo a interação com
a comunidade escolar, na montagem de um sarau. E, possibilitá-lo ao contato com um
acervo musical diferente daqueles veiculados pela mídia, oriundo de uma cultura de
massa, estabelecendo diálogos entre a música e a literatura. Nessa perspectiva,
contemplamos as diversidades culturais e de linguagens. Atingimos resultados
maiores do que nossos objetivos iniciais, agregamos parcerias, valores humanos,
éticos, críticos e estéticos. Encontramos vozes e quebramos paradigmas do ambiente
escolar, motivamos a permanência e progressão do estudante na escola. Mas
principalmente, contribuímos para a valorização da língua, da literatura e da arte.

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O ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA COM HQS


Gabriel Gustavo Dos Santos, Nerynei Meira Carneiro Bellini
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Este projeto tem como objetivos implementar uma sequência didática (SD) para o
ensino de língua espanhola, por meio das histórias em quadrinhos (HQs), alargar o
conhecimento dos alunos que serão submetidos a esse projeto sobre o gênero textual
em questão e propor aulas diferenciadas, nas quais haverá uma contextualização dos
conteúdos que serão expostos. Para isso, foram elaborados questionários, cujo
conteúdo visa analisar o conhecimento dos alunos de uma turma de Espanhol no nível
de aprimoramento sobre os seus conhecimentos a respeito das HQs. Após a análise
de todos os questionários será elaborado um artigo científico que terá como matéria
prima as respostas dos alunos e será norteado pelas concepções teóricas de Paulo
Ramos (2010) e Cagnin (1975). Posteriormente, será elaborada a sequência didática
para o ensino do espanhol com histórias em quadrinhos e, para tal, utilizaremos como
fundamentação teórica Bakhtin (1997), Bronckart (2004), Schneuwly e Dolz (2004),
entre outros. Depois de serem aplicados todos os módulos da SD, será redigido o
trabalho final em forma de artigo científico, apresentando os resultados do projeto.
Palavras-chave: Histórias em quadrinhos. Sequência didática. Ensino de língua
espanhola.

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O JOGO POLAS COMO ESTRATÉGIA PARA O TRABALHO COM O MEU PÉ DE


LARANJA LIMA
Alessandra Barbosa, Elisa Maria Dalla-Bona
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
A obra O meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos, em 2018 completa
seu cinquentenário. Até hoje ela está entre as mais procuradas pelos leitores, inclusive
foi adaptada para o cinema e televisão, e isto se justifica por ser uma história que
cativa e desperta o interesse do jovem leitor levando-o a uma jornada literária de
emoções e travessuras. Zezé, o protagonista, é um menino traquina que passa por
inúmeras provações e que acaba por tomar consciência das grandes questões da
humanidade como a desigualdade social, a pobreza, a violência, a amizade e a
ternura, temas que permanecem atuais e indispensáveis para a reflexão dos nossos
jovens. Considerando a pertinência da obra, uma professora de 6º ano do ensino
fundamental, de uma escola municipal de Curitiba, ao propor a sua leitura aos seus
alunos, notou que ela não se entrega facilmente ao leitor inexperiente. Para mediar a
recepção da obra foram organizadas atividades que consistiram, ao final de cada
leitura realizada, na retomada do conteúdo lido e na elaboração de um quadro-resumo
denominado POLAS, sigla que corresponde a Personagens (P), Objetos (O), Lugares
(L), Ações dos personagens (A) e Sentimentos (S). Este trabalho pretende refletir
sobre a contribuição deste jogo para a travessia literária de jovens leitores e suas
transformações provocadas pela identificação com o personagem e a persistência da
obra até os dias de hoje.

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PRÁTICA DE LEITURA DE TEXTOS LITERÁRIOS NA FORMAÇÃO DOS


LICENCIANDOS EM LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA: EXPERIÊNCIA
DIDÁTICA NO CENTRO ESTUDANTIL REBUSCA (VIÇOSA/MG)
Daianny Duque Portes, Elisa Cristina Lopes
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
A proposta do presente trabalho é relatar resultados parciais do projeto: Prática de
leitura de textos literários na formação dos licenciandos em Língua Portuguesa e
Literatura, fruto de uma pesquisa em ensino, desenvolvida na Rebusca, instituição
filantrópica que trabalha há mais de 30 anos em Viçosa-MG com crianças e
adolescentes em vulnerabilidade social, levando-os a caminharem com segurança em
direção a autonomia e cidadania, baseados em valores cristãos, através de seus
programas. O principal objetivo centra-se na tentativa de inserção social através da
prática de leitura de textos literários e do contato com a arte literária. As atividades
consistem na criação de estratégias de leitura, considerando o texto em sua forma,
conteúdo e imagem e na aplicação destas estratégias no espaço da sala de aula,
promovendo o processo de ensino/aprendizagem da Literatura Infantil como base da
formação do leitor. Por intermédio da implementação de reflexões e discussões acerca
de temáticas pertinentes ao desenvolvimento cognitivo e sensitivo da criança, além de
avaliações para verificar a eficácia da metodologia, os textos trabalhados até o
momento foram todos retirados da coletânea ―O Tesouro das Virtudes para crianças‖,
de 3 livros, organizada pela Ana Maria Machado, da Ed. Nova Fronteira, 1999. A
sistematização das leituras conta com a metodologia participativa no processo de
construção do sentido do texto, transformando a sala de aula em espaço de diálogo,
troca de saberes e reconhecimento da literatura enquanto expressão de nossas ideias
e sentimentos. Os resultados obtidos até o momento, discutidos nesta apresentação,
tem sido positivos em vários aspectos: o exercício democrático e a aprendizagem do
ouvir e falar, melhora na leitura/escrita e interesse em outras leituras.

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PROJETO “LIVROS ANDANTES”: A LEITURA LITERÁRIA QUE NOS PASSA


Kethullin Rezende Trindade
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Esse trabalho visa apresentar considerações acerca do projeto ―Livros andantes‖
resultante do desenvolvimento da pesquisa de mestrado ―A escolarização da literatura
para crianças e a experiência estética‖. Essa pesquisa foi realizada em uma escola
particular de Goiânia com os professores dos anos iniciais do ensino fundamental,
com o objetivo de analisar as práticas pedagógicas com o texto literário para crianças
e compreender as possibilidades dessa literatura como um elemento para a
experiência estética das crianças leitoras. No intuito de promover o retorno da
pesquisa a escola campo com um projeto para motivar e auxiliar os professores no
trabalho com os textos, que surgiu através da iniciativa conjunta entre as professoras
e a pesquisadora foi elaborado o projeto ―Livros andantes‖ que tem como objetivo
fomentar a leitura literária, proporcionar experiências estéticas com o texto literário,
promover o acesso ao livro e estimular o olhar sensível às coisas do mundo.
Embasada em autores como Colomer (2007); Soares (2006); Larrosa (2004); (Petit
(2009); Cândido (2011); Dewey (2010). Ao refletir no tocante a formação estética e
cultural das crianças participantes desse projeto, confere a participação da sociedade
como também de considerar o entendimento que esta possui sobre a educação que
almeja para seu povo. Nessa perspectiva, a literatura para crianças pode além de
educar e desenvolver a linguagem, lhes propiciar a experiência estética.

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TRAVESSIAS NA (TRANS)FORMAÇÃO DO LEITOR COM A OBRA O CARTEIRO


CHEGOU
Claudia Leite Brandão, Anny Caroline Gonçalves Ramos, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
A inserção das crianças na cultura escrita pode ser mediada pela leitura e contação de
histórias realizadas pelos educadores no ambiente escolar. Tal percepção é
importante para concordamos que as crianças desde a infância precisam conviver
com a presença da literatura no percurso da sua formação humana, pois o contato
com as histórias contribuirá para a aquisição e desenvolvimento da linguagem. Assim,
o presente artigo objetiva refletir sobre a importância da literatura infantil para
apropriação de saberes socialmente construídos pelos pequenos leitores, bem como
discutir a pertinência da presença de narrativas que promovam possibilidades de
conexões de texto para texto. Para isto, selecionamos a obra O carteiro chegou, de
Janet Ahlberg & Allan Ahlberg, pois a narrativa literária traz o diálogo dos diferentes
clássicos infantis, situação que sinaliza as relações intertextuais, na forma direta,
sempre deixando pistas para que o leitor acesse seu repertório de leituras passadas e
relembre os clássicos que conhece. Essa intertextualidade presente na obra permite
que as crianças avancem em seus questionamentos, fazendo conexões, inferindo,
discutindo e debatendo sobre as personagens que são apresentados diante dos
contos maravilhosos presente no enredo. Além da história inserir novos
conhecimentos sobre o uso social das correspondências em nossa sociedade, a
construção de sentidos do texto tem seu eixo firmado na intertextualidade. Fato que
desencadeia a ativação do conhecimento prévio das crianças e das conexões
realizadas com os clássicos infantis. Logo, espera-se contribuir na constituição do
leitor em formação para que a partir das estratégias de leituras possibilitem aos
pequenos leitores a construção dos sentidos do texto.

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Presidente Prudente de 02 a 04 de agosto de 2017
ISBN: 978-85-69697-02-2
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UM “CASO” SOBRE FORMAÇÃO LEITORA E ESTRATÉGIAS DE LEITURA.


Silvana Ferreira De Souza Balsan, Renata Junqueira De Souza
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
RESUMO O presente texto é um recorte de uma pesquisa de doutoramento do
Programa de Pós-graduação em Educação, da FCT-UNESP, de Presidente
Prudente/SP. O objetivo da referida pesquisa foi verificar se um trabalho sistematizado
com estratégias de leitura contribuiria para o desenvolvimento da compreensão leitora
por parte dos sujeitos pesquisados. Neste texto descreveremos as oficinas de
estratégias de leitura americanas propostas por nós, a partir das obras do autor Milton
Célio de Oliveira Filho. A metodologia utilizada constou de uma pesquisa teórica e
uma pesquisa-ação, aplicada em uma turma de 4º ano do Ensino Fundamental de
uma escola pública municipal do interior do estado de São Paulo/SP, na qual
propusemos oficinas que modelaram a aplicação da metodologia estadunidense de
estratégias de leitura. A partir de nossos aportes teóricos, nós propomos aos discentes
a leitura de diversos livros de autoria do referido escritor e oferecemos atividades
diversas pautadas em práticas que uniram a leitura literária e as estratégias de leitura
americanas. Concluímos que, faz-se necessário proporcionar aos alunos, desde o
início do Ensino Fundamental, metodologias de ensino de leitura constituídas por uma
práxis amparada no diálogo e na propositura das estratégias de leitura americanas. As
análises preliminares indicaram que as estratégias possibilitaram que os estudantes
desenvolvessem a compreensão e optassem pelo procedimento mental mais
adequado lidar com os textos e o uso das estratégias de leitura. Palavras-Chave:
Estratégias de leitura. Formação leitora. Leitura literária.

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“VOVÔ MORRERÁ HOJE” DE LUCINDA PERSONA – UM PROTOCOLO DE


LEITURA
Lucila Tereza Rockenbach Manfroi
Eixo Temático 11: Literatura e estratégias de leitura - Comunicação Oral
Este artigo tem por objetivo analisar como sete alunos do 8º ano do ensino
fundamental II da Escola Estadual ―Nova Canaã‖, município de Nova Canaã do Norte-
MT, através de um protocolo de leitura, realizam a leitura do conto ―Vovô morrerá hoje‖
da escritora mato-grossense Lucinda Nogueira Persona. Assim sendo, este protocolo
de leitura quer aliar os conhecimentos teóricos sobre coerência textual e
metacognição, e, entender como os alunos selecionados concretizam a leitura e
constroem a coerência do referido conto que, aparentemente, apresenta uma
incoerência no plano temporal. Para tanto, será utilizado como aporte teórico Solé
(1998); Leffa (1996); Koch (2015); Cavalcante (2016); Cocco (2011) e Coscarelli
(2010). Os resultados apontam que os alunos selecionados são leitores ativos e
utilizaram da metacognição, ou seja, demonstraram ter consciência do que sabem e
do que não sabem e, buscaram atribuir sentidos ao texto recorrendo a várias
estratégias de compreensão. Além disso, podemos ressaltar que a mediação da
leitura foi decisiva para a construção da compreensão do conto, especialmente da
coerência entre a ordem temporal dos fatos e a ordem temporal do discurso do
narrador. Palavras-chave: Metacognição. Coerência. Protocolo de leitura.

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CONHECIMENTO ANTERIOR E JOGO DE PAPÉIS: O LUGAR DO LIVRO NAS


BRINCADEIRAS INFANTIS
Clara Cassiolato Junqueira, Cláudia Ap. Valderramas Gomes
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Apresentação de Pôster
Este texto registra os estudos iniciais desenvolvidos com a intenção de entender como
o conhecimento anterior de crianças na idade pré-escolar é mediador da brincadeira
de papéis sociais. Justifica-se a importância dessa pesquisa por entendermos que,
sendo o jogo de papéis a atividade principal nessa idade, as ações e relações que
fazem parte da brincadeira, organizam e potencializam o desenvolvimento dos
processos psicológicos e da personalidade da criança. A relação entre o adulto e a
criança é o que faz surgir a brincadeira. Ao observar o manuseio de objetos pelos
adultos, a criança logo fará uso deste com maior autonomia. A criança pode, então,
transferir o uso para outras ações. Da mesma forma, pode estabelecer ações onde
adota um papel: mãe, professora, cozinheira... Isso sintetiza um conjunto de ações e
regras sociais de conduta, as quais foram observadas em seu meio. O conhecimento
anterior tem influência sobre o jogo porque quanto mais diversa e rica for a
experiência acumulada da criança, mais material existe para ela criar/brincar. Dito
isso, a pesquisa está sendo realizada numa abordagem qualitativa, com levantamento
bibliográfico em dissertações e teses dos últimos cinco anos, tendo a finalidade de
identificar do que brincam as crianças em idade pré-escolar, articulando a teoria da
brincadeira infantil de Elkonin com os conhecimentos anteriores vividos pela criança.
Para essa comunicação, levaremos em consideração as brincadeiras relacionadas
com leitura, escola e as afinidades entre crianças e livros. O estudo encontra-se em
estágio inicial de levantamento de dados para posterior análise. Palavras-Chave: Jogo
de papéis. Leitura. Conhecimento anterior.

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DIÁLOGO ENTRE AS OBRAS SEIS PROPOSTAS PARA O PRÓXIMO MILÊNIO


(1988) E PÍPPI MEIALONGA (1945)
Isabela Parzianello, Aline Da Veiga, Juliano Augusto Mezzari Peretto, Larissa Rizzi
Varela
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Apresentação de Pôster
Reconhecendo a grande importância que a Literatura Infanto-juvenil tem – tanto no
âmbito cultural, artístico, educacional e social –, esta pesquisa traz como objetivo
estabelecer uma relação possível entre a obra crítica Seis propostas para o próximo
milênio (1988), de Ítalo Calvino, e a obra infanto-juvenil Píppi Meialonga (1945), de
Astrid Lindgren. Píppi Meialonga (1945) descreve as aventuras e travessuras da
astuta menina Píppi Meialonga e seus amigos; foi a obra-prima da autora sueca
Lindgren, chegando a ser por diversas vezes premiada e mundialmente conhecida. Já
Seis propostas para o próximo milênio (1988), demonstra o vasto conhecimento e
criticismo do autor italiano acerca da Literatura, descrevendo com muita translucidez a
concepção de Literatura para ele, onde esta linguagem e seus objetos são julgados
com transparência e intensidade. Neste artigo relacionam-se cada um dos cinco
capítulos escritos por Calvino e, consequentemente, os cinco fenômenos descritos
pelo mesmo: Leveza, Rapidez, Exatidão, Visibilidade e Multiplicidade (o autor faleceu
antes que pudesse completar sua obra com uma sexta proposta), com aspectos do
clássico infantil de Lindgren; serão apresentados analiticamente todos os aspectos
relativos das obras, de maneira a alegar a relevância da obra infanto-juvenil na
Literatura. Palavras-Chave: Literatura infanto-juvenil. Astrid Lindgren. Ítalo Calvino.

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LEITURA COM CIÊNCIA


Karielly Ferreira Machado, Vitória Regina Xavier Da Silva
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Apresentação de Pôster
Este trabalho representa as experiências na formação de professores de ciências da
natureza do fundamental II, desenvolvido na rede estadual de Três Lagoas – MS. A
leitura é uma ferramenta acessível a todos e suas competências não é tarefa exclusiva
do professor de língua portuguesa, por isso, há uma preocupação para a reconstrução
da mesma nas aulas de ciências. Nesse sentido, objetiva-se incentivar e desenvolver
as competências de leituras baseadas no princípio da alfabetização científica, ou seja,
ampliar a visão das Ciências como cultura, para isso busca proporcionar ambientes de
aprendizagem e de reelaboração da construção do conhecimento científico, por meio
do multiletramento, associando as experiências em sala de aula com as adquiridas
durante a formação. O contato com textos multimodais proporciona ao professor
mudanças nas práticas pedagógicas, contribuindo para o desenvolvimento da
capacidade da leitura, da escrita, da compreensão do ambiente natural e social. Com
o uso dos conhecimentos científicos e seus desdobramentos contribuímos para a
formação integral de sujeitos críticos, tanto docentes quanto discentes.

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LITERATURA INFANTIL: UM MODO DE OPERAR A DIFERENÇA ENTRE A


RELIGIÃO E A RELIGIOSIDADE NA ESCOLA
Nuria Araujo Marques, Ana Archangelo, Liz Vitoria Do Amaral Silva, Soraya Souza
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Apresentação de Pôster
O trabalho foi produzido pelos efeitos paradoxais das reformas educacionais que põe
em questão a laicidade no ensino ao sustentar o discurso de diferentes vivências e
singularidades do professor, definindo práticas pedagógicas em que a pluralidade
religiosa ganha contornos diferentes do previstos em lei. Embora a literatura comporte
elementos morais, ela se torna instrumento moralizador na prática docente/discente se
se valerem dela para afirmar dogmas religiosos. Objetivo Ofertar às crianças um
espaço significativo mediado pela literatura infantil, através da contação de história,
com objetivo de expandir o universo simbólico e a elaboração psíquica das diferenças
subjetivas no acontecimento escolar. Método O projeto é desenvolvido em uma escola
municipal de Campinas, dentro do subprojeto Pedagogia do PIBID UNICAMP/CAPES,
com crianças do primeiro ao quinto ano oferecendo momentos para o brincar e a
contação de histórias. Baseada numa abordagem psicanalítica, a prática de contação
de histórias infantis visa a elaboração simbólica, mobilizando recursos narrativos por
meio dos quais as crianças podem se expressar. O espaço da contação de história
ocorre em três momentos: a contação da história, a roda de conversa e uma atividade
referente ao que foi conversado. Resultados Finais O momento da roda de conversa
nos instiga, pois presenciamos diversas situações onde o texto literário apresenta uma
situação conflitiva de abandono, luto e ou violência, que predomina a dimensão
religiosa e não a religiosidade, em que a figura monoteísta de um Deus, é o dispositivo
pedagógico evocado por professores e alunos, mediante orações e representações
divinas, ora com o poder para julgar, punir e/ou perdoar, ora como uma força que
ampara e fortalece o professor em sua missão pedagógica

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O FANTÁSTICO E O MARAVILHOSO EM CORALINE DE NEIL GAIMAN


Antonio De Oliveira Moreira Junior, Joelma Mendes Soares Barbosa, Lucas Augusto
Costa Gonçalves
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Apresentação de Pôster
Este trabalho apresentará uma análise literária da obra "Coraline", de Neil
Gaiman, sob a perspectiva do fantástico e maravilhoso de Tzvetan Todorov a partir de
uma pesquisa bibliográfica. Apontaremos as características fantásticas e maravilhosas
na obra. Sabe-se que o fantástico dura apenas o momento de hesitação e o
maravilhoso é encontrado ao final do enredo da obra. Buscaremos demostrar, a partir
de um estudo comparado com a obra de Perrault, os traços dos contos de fadas
góticos e ainda verificar como as ilustrações utilizadas no livro contribuem para a
narrativa sombria e misteriosa. Portanto, constataremos que a obra
"Coraline" é definida como um conto de fadas gótico e maravilhoso.

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O IMAGINÁRIO LITERÁRIO DA LITERATURA INFANTOJUVENIL AMAZONENSE


COMO OBJETO DE PESQUISA DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA
UNIVESIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
Alex Viana Pereira, Delma Pacheco Sicsu
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Apresentação de Pôster
Apesar de vir sendo divulgada, embora timidamente, no espaço escolar a literatura
infanto-juvenil amazonense ainda se faz desconhecida por muitos professores da
Educação Básica e também por acadêmicos de Letras e Pedagogia do Centro de
Estudos Superiores de Parintins. O que se tem observado é que essa literatura ainda
precisa ser legitimada não apenas no mercado editorial, mas também nas escolas e
principalmente nos cursos de Letras e Pedagogia do Amazonas, pois em geral,
quando se trabalha a disciplina Literatura Infanto-juvenil o que se percebe é que os
alunos em se tratando de Literatura Infanto-juvenil conhecem bastante obras de
escritores nacionais e internacionais e pouco sabem da produção literária local. Por
extensão à essa problemática, quem busca estudar a Literatura Infanto-juvenil
Amazonense encontra problema ainda maior, isto é, a escassez de pesquisas
voltadas em torno desses textos. Coloca-se escassez, pois já houve alguns estudos
acerca dessa literatura concretizados em dissertação de Mestrado em Letras e Artes
da UEA, em projetos também de PAIC, em TCCs e artigos publicados em eventos
científicos. Essas pesquisas precisam ter continuidade a fim de que se possa ampliar
mais ainda o corpus teórico em torno dessa literatura a fim de oferecer a futuros
pesquisadores deste objeto de estudo, fontes de investigação. Nesse sentido, o
objetivo do presente trabalho visa socializar o resultado das pesquisas sobre o
imaginário literário da literatura infanto-juvenil amazonense no Programa de Iniciação
Científica da Universidade do Estado do Amazonas. Como sustentação teórica dessa
pesquisa, toma-se como base os estudos de Durand (1989; 2011), Garcia & Motta
(2009); Gondim (2007), entre outros.

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O PROTAGONISMO DA CRIANÇA EM O MENINO MALUQUINHO: INTERFACES


ENTRE LITERATURA, ESTÉTICA E SOCIOLOGIA DA INFÂNCIA
Gilvane Reinke, Simone De Cássia Soares Da Silva
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Apresentação de Pôster
O presente trabalho analisa a obra O menino maluquinho, um clássico da Literatura
Infanto-Juvenil brasileira, com quase 40 anos de sucesso editorial. Tal leitura sugere
um campo de reflexões relativas à literatura, estética, sociologia da infância, dentre
outras interfaces, que se inscrevem nos estudos sobre linguagens, apresentando
rupturas com a normatividade disciplinadora, incentivando a criatividade, liberdade e
autonomia da criança. A obra lançada em 1980 dialoga com seu leitor, no sentido de
lhe conferir o papel de ator social, sobretudo ao construir uma personagem que
espelha a grandeza das meninices, traquinagens, invencionices, e em grande medida
se aproxima do que a sociologia da infância contemporânea denomina reprodução
interpretativa, destaque à cultura de pares. Ao se discutirem questões literárias, tais
como enredo, argumento, diegese, inerentes à obra analisada, verificam-se os nexos
que mantêm com conceitos estéticos tais como a mimesis aristotélica, ou mesmo as
linhas de força que atuam sobre o objeto artístico, na concepção deleuzeana, e que,
de modo instigante, coincidem com as produções culturais da infância, nos termos da
sociologia contemporânea, em especial as formas de resistência ao governo adulto. O
presente artigo busca sublinhar tais conexões teóricas, eminentemente lúdicas e
poéticas, ancorado nos pressupostos metodológicos da pesquisa bibliográfica e
semiótica, de modo a contribuir para os estudos de linguagem, sobretudo pelo que a
personagem do livro representa para a leitura, o deleite e o protagonismo das
crianças. Palavras-chave: Literatura infantil. Sociologia da infância. Estética.

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O USO DE UM APLICATIVO COMO ESTRATÉGIA DE LEITURA ANTES E DEPOIS


DO TEXTO NA AULA DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA
Siomara Regina Cavalcanti De Lucena, Luciane Alves Santos, María José Nuñez
Merino
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Apresentação de Pôster
A leitura é uma atividade importante para a aprendizagem de vocabulário e estruturas,
não somente da língua materna, mas também de uma língua estrangeira. Com o
desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), é necessário
que conheçamos e investiguemos novas ferramentas para uso em sala de aula
visando ao incentivo à leitura e também como estratégia de leitura no idioma
almejado, neste caso o espanhol. Atualmente existem muitos softwares, plataformas e
aplicativos que podem ser úteis antes da leitura, no momento de fomentar a leitura e
ativar o conhecimento prévio dos alunos, e depois dela, para tecer o percurso da
história e perceber características dos personagens. Este trabalho tem o objetivo de
mostrar uma experiência prática utilizando o aplicativo didático ―El caballero Don
Quijote: la aventura de los molinos‖ para o estímulo à leitura do livro, adaptado, ―El
Quijote para niños‖, em espanhol, com um grupo de alunos com idade média de 6
anos. O objetivo foi usar um vídeo e um aplicativo nas atividades antes e depois da
leitura e fazer observação dos resultados a partir da perspectiva dos multiletramentos
e das estratégias de leitura. A aproximação a história contida no referido clássico da
literatura espanhola em virtude do quarto centenário da morte do autor (2016),
incluindo o conhecimento de um pouco da sua biografia, e a compreensão de uma das
aventuras de Dom Quixote foram alguns dos aspectos positivos desta experiência
integradora das novas tecnologias.

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TÉCNICAS DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: A IMPORTÂNCIA DAS NARRATIVAS


Victor Hugo Casagrande, Beatriz Alves De Moura, Rosilene Vilela Louzada
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Apresentação de Pôster
Contar histórias requer naturalidade e segurança e está só é adquirida através do
domínio da técnica e da narrativa. Contar histórias, trata-se de uma atividade que é
passada de geração em geração, como quando um parente próximo, nos conta algo
que aconteceu na infância ou mesmo você relatando um momento marcante da sua
vida. Antigamente havia os momentos de troca de história ao redor da fogueira,
juntamente com família e amigos, este momento proporcionava horas de lazer e
saber, ainda se tem relatos desses episódios hoje em dia, mas não com tanta
frequência. As crianças são os principais ouvintes, elas têm um carinho enorme pela
atividade, onde este texto irá focar, pois contar histórias é uma arte sem idade. O
objetivo deste resumo é apresentar as diferentes técnicas de contação de histórias
relacionando-as com narrativas distintas e o papel do contador na performance da
história. Este trabalho visa ampliar conhecimentos e possibilidades para futuros
contadores de histórias, também relatar as experiências como contador em momentos
de atendimentos de crianças no Centro de Estudos em leitura e literatura infantil e
juvenil (CELLIJ), mostrando algumas atividades somadas a contação para que os
ouvintes tivessem mais facilidade em compreender o texto narrado.Os resultados
mostram que as crianças interagem melhor com a história de acordo com o método
que está sendo apresentado e que a junção do ato de contar histórias com estratégias
de compreensão da leitura ampliam as possibilidades de entendimento do texto
narrado. Palavras-Chave: Contar Histórias. Criança. Estratégias de Leitura.

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UM ESTADO DA ARTE DA PESQUISA ACADÊMICA EM GEOGRAFIA E


LITERATURA: O TEMA DA IDENTIDADE NACIONAL E DA LITERATURA
INFANTIL EM QUESTÃO
Filipe Rafael Gracioli, Joao Pedro Pezzato
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Apresentação de Pôster
O texto que segue apresenta uma pesquisa do tipo estado da arte desenvolvida no
contexto de uma pesquisa de maior escopo, esta última intitulada Língua, literatura e
geograficidade: diálogos entre a Geografia de Dona Benta, de Monteiro Lobato e o Le
tour de la France par deux enfants, de G. Bruno, ainda em desenvolvimento. Seu
propósito é o de fazer conhecer os caminhos pelos quais a investigação do
conhecimento geográfico e do conhecimento literário, com atenção especial ao
orientado à temática da literatura infantil, tem percorrido na universidade pública,
considerando-se o universo de algumas unidades de ensino selecionadas de acordo
com proposta metodológica previamente estabelecida. O universo de 129 trabalhos
encontrados recupera o exato período de 30 anos de investigações científicas em
torno do tema da identidade nacional associada à literatura, com o primeiro trabalho
apresentado em 1986 e os mais recentes no ano de 2016. Os resultados da
investigação indicaram uma irrisória quantidade de pesquisas no campo da temática
investigativa da geografia associada à literatura infantil frente a uma predominância de
temas envolvendo narrativas literárias orientadas ao público leitor adulto, justificativa
para a necessidade de um estudo como o que se apresenta, que pretende contribuir
para a substantivação de ambos os campos de conhecimento. Palavras-chave:
Literatura. Literatura infantil. Geografia. Conhecimento geográfico.

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A COLEÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR E ACESSIBILIDADE: SELEÇÃO DE


LIVROS DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL COM ABORDAGEM TEMÁTICA
SOBRE ACESSIBILIDADE E DIFERENÇAS
Leoneide Maria Brito Martins
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
Estudo sobre a formação de coleções de livros de literatura infantil e juvenil em
bibliotecas escolares com abordagem temática sobre acessibilidade e com
apresentação em formato acessível. O objetivo deste artigo é contextualizar e
apresentar a importância da coleção de livros de literatura infantil e juvenil de gêneros
variados na composição do acervo da biblioteca escolar, buscando enfatizar os temas
abordados sobre acessibilidade e sua contribuição efetiva no projeto pedagógico da
escola, que proporcione aos alunos, indistintamente, um espaço democrático de
acesso à informação e à leitura, onde o livro literário se constitui um componente
pedagógico fundamental na aprendizagem da língua (seja pela oralidade, escrita, e
por meio da leitura de imagens), como também, por meio de seu discurso, pois o texto
literário projeta uma concepção de mundo, de sociedade, sendo fundamental um
debate crítico com os alunos sobre essa literatura, os temas, as ideologias, os pontos
de vista tratados nos textos literários e sua relação com o contexto dos alunos. Em
relação à metodologia, fez-se um recorte na coleção de livros de literatura infantil e
juvenil, onde se realizou levantamento desses materiais por meio de catálogos on line
das editoras, em blogs e sites institucionais que tratam de questões diversas sobre
acessibilidade e diferenças. Compreende-se que o respeito às diferenças e a ruptura
de preconceitos resultam de um processo educativo, onde a escola e a biblioteca se
constituem espaços privilegiados para promover a leitura crítica de temas que
envolvem as questões sobre acessibilidade e diferenças, de modo a construir no
imaginário de crianças e adolescentes uma consciência cidadã, afetiva e solidária que
contribua para a convivência social e igualdade de direitos.

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A CONECTIVIDADE INTERDISCIPLINAR DA OBRA “O PEQUENO PRÍNCIPE”


ANTOINE DE SAINT - EXUPÉRY
Ana Cláudia Dos Santos
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
O presente trabalho traz uma proposta de leitura interdisciplinar do clássico gênero
conto. A obra infantil dialoga com uma imensa representatividade, a saber, ―Astrologia,
geografia, administração, biologia - geologia e biologia - ecologia, ecossistema, clima,
matemática‖. O objetivo da proposta é apresentar agregação interdisciplinar exposto
na obra, englobando a construção do conhecimento e competências de várias ―áreas‖
em uma única leitura, em um único livro. A metodologia utilizada foi à análise da obra
O pequeno príncipe, do escritor francês cânone contemporâneo Antoine de Saint-
Exupéry, consagrado tanto pelo público infantil quanto adulto. A leitura interdisciplinar
deve levar o público leitor a pensar seu espaço social a partir dos intangíveis tecidos
literário, convidando o leitor a vivenciar diferentes ambientes culturais em tempos
distintos, possibilitando a aquisição do conhecimento aguçando o leitor ao obter a
criticidade Zilberman; Silva (2005). Assim, os dados da pesquisa destaca a
importância de se trabalhar com obras de abrangência interdisciplinar, aguçando a
crítica na formação do leitor para a consolidação de várias competências abordadas
em uma única obra. Palavras-Chave: Literatura Infantil. Antoine de Saint - Exupéry.
Conectividade.

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A DINÂMICA TEMPORAL DE DINOSSAUROS NA LITERATURA INFANTOJUVENIL


BRASILEIRA
Jose Alyson Dos Santos Silva, Lana Luiza Maia Feitosa Sales, Maria Helena Hessel
Gonçalves
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
A dinâmica temporal de dinossauros na literatura infantojuvenil brasileira Os
dinossauros povoaram a superfície da Terra durante cerca de 60 milhões de anos, na
Era mesozoica. Suas espécies não existiram durante todo este tempo: algumas se
extinguiram, dando origem a novas espécies, seguindo o processo evolutivo que rege
todos os seres vivos. Na formação de sua concepção do mundo, é bem interessante
lembrar às crianças que ‗nada termina, tudo se transforma‘.

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A LITERATURA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS


Célia Regina Delácio Fernandes
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
Esta comunicação pretende mostrar o espaço da Literatura no currículo da área de
Linguagens do curso de Licenciatura Intercultural Indígena Teko Arandu, criado em
2006, na Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, a partir da nova
estrutura curricular implantada em julho de 2013. Em vista disso, objetiva discutir a
proposta estabelecida, refletindo sobre seus avanços e, sobretudo, seus desafios.
Para tanto, além do relato da docente responsável pelas disciplinas de literatura,
procura trazer as vozes de alunos do Mestrado em Letras que realizaram o Estágio
Docência, revelando como ele tem contribuído na formação desses estagiários e dos
alunos indígenas Guaranis e Kaiowás nessa riquíssima troca intercultural de saberes.
Com isso, é possível vislumbrar as contribuições das disciplinas de Literatura na
formação de todos os envolvidos – docente, estagiários e graduandos – acenando
para uma intensa vivência intercultural sem que ocorra a sobreposição de uma etnia
sobre a outra.

V Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil


Presidente Prudente de 02 a 04 de agosto de 2017
ISBN: 978-85-69697-02-2
ANAIS DE RESUMOS V CONGRESSO
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APRENDENDO E PRATICANDO NA BIBLIOTECA: A SEMANA DA BIBLIOTECA


COMO ESPAÇO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO ENSINO SUPERIOR
Danielle Da Silva Pinheiro Wellichan, Cássia Aparecida Magna Oliveira
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
A exemplo da biblioteca escolar que deve estabelecer uma relação de parceria com as
escolas na educação infantil, básica e o ensino médio, no ensino superior, a biblioteca
universitária pode associar-se aos cursos em oferecimento na instituição e atuar como
grandes salas de aprendizagem. Durante a Semana da Biblioteca promovida pela
biblioteca universitária de uma instituição particular de ensino na cidade de Bauru (SP)
foram promovidas diversas atividades em parceria com os cursos da unidade a fim de
contribuir com o ensino e a aprendizagem não só dos alunos envolvidos como
também da comunidade externa participante. Por meio de atividades práticas como
exposição artística, de livros e de filmes, relatos de experiências, teatro de
expressões, sarau literário, a biblioteca objetivou aproximar a teoria e a prática das
profissões com alunos e professores no espaço da biblioteca. Como resultados foi
possível verificar o melhor aproveitamento do espaço da biblioteca como uma
ampliação da sala de aula, além de proporcionar atividades para a comunidade
externa da faculdade, apresentando aos alunos de outras etapas da educação o
universo do ensino superior e consequentemente proporcionando a divulgação prática
de atividades e cursos envolvidos.

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APROXIMANDO LITERATURA INFANTIL E DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA: LIVROS


COM POTENCIAL PARA INFORMAR E ENTRETER
Graziele Aparecida De Moraes Scalfi
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
O objetivo deste trabalho é discutir a literatura infantil como um instrumento para a
divulgação da ciência. Para isso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica na literatura
visando reunir características utilizadas por autores para divulgar a ciência para o
público infantil. Posteriormente, foi feito um levantamento de livros em editoras
brasileiras, livrarias físicas e on-line, bem como no buscador de livros do Google,
utilizando as palavras-chave "ciência para crianças" e "livro
infantil" em português. Foram encontrados 161 títulos com potencial de
divulgação científica para crianças e que podem ser um suporte para pais, professores
e instituições que trabalhem com a educação formal e não formal. Acredita-se que não
exista um método único ou uma ―receita‖ para os livros que objetivam divulgar a
ciência para o público infantil, pois cada autor tem um estilo próprio para escrever.
Nesse sentido, identificou-se seis pressupostos que auxiliam a caracterizar, identificar
e propor livros de divulgação científica para crianças, sendo: (i) pretende, através de
uma história lúdica, incutir o prazer pela ciência; (ii) seu objetivo não é
predominantemente ensinar, mas dependendo do uso que se faz do livro ele pode ser
um facilitador para o aprendizado; (iii) utiliza uma linguagem próxima ao mundo da
criança; (iv) desenvolve o senso crítico nos leitores; (v) tem compromisso com os
conteúdos científicos e (vi) é prazeroso. O número de títulos encontrados no
levantamento pode ser considerado pequeno diante do universo de livros infantis
existentes, e portanto, acredita-se que é preciso investir em mais livros que associem
o saber científico ao texto de qualidade, que reúnam informação e estética da palavra,
acrescidas de ilustrações não menos belas e atraentes.

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AS TÉCNICAS ARTÍSTICAS E COMPUTACIONAIS NA LITERATURA INFANTIL E


JUVENIL CONTEMPORÂNEA HIPERTEXTUAL E HIPERMIDIÁTICA
Lucas Emanoel Vilarinho Miranda
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
Em constante construção de uma dissertação de mestrado que nasceu na monografia
nasce o presente trabalho. Frente a atual realidade do leitor infanto-juvenil que está
conectado aos suportes tecnológicos, a literatura, como sempre se ressignifica
habituando-se à realidade dos mesmos. Nessa habituação há uma necessidade da
obra se adaptar a um sistema múltiplo. Múltiplo imageticamente por coadunar
diversidades semióticas como o som, o não verbal e o verbal. O atual formato, esse,
rico semioticamente requer um leitor com uma maior capacidade virtual como explica
Aguiar (2001). Assim o presente trabalho visa investigar no corpus selecionado as
técnicas artísticas e computacionais presentes na literatura hipertextual/hipermidiática
da literatura infantil e juvenil contemporânea, que corroboram com as diversidades
imagéticas que influenciam na recepção. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com
abordagem qualitativa frente às análises dos e-books selecionados. Há na literatura
infanto-juvenil contemporânea um diálogo muito forte com a tecnologia e o mesmo se
refere à nova roupagem, estética, os suportes em que são veiculados, o meio, enfim
todo o conjunto que tem corroborado de forma eficaz para a proximidade do leitor com
o livro e ainda o crescimento da cibercultura e da literatura eletrônica de uma forma
geral, consoante os pressupostos de Levy (1996, 1999), Bellei (2002, 2012), Xavier
(2009), Vilarouca (2014), Assis (2014), Silva (2015), Spalding (2012), Hayles (2009)
entre outros que abordam as temáticas aqui enfocadas. Contata-se que as muitas
inovações tecnológicas ampliam as possibilidades leitoras podendo beneficiar o
processo de leitura a partir da nova versão do livro em um suporte interativo.

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BARBA AZUL E O ENTENDIMENTO INFANTIL DA MORTE: DUAS ADAPTAÇÕES


DE PERRAULT NA LITERATURA E NO CINEMA
Stephania Amaral Silva Belo
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
O artigo se propõe a analisar e a comparar as diferenças e semelhanças entre duas
adaptações do conto Barba Azul, de Charles Perrault. São elas: uma edição da obra
lançada pela Editora Globo na coleção de livros infantis Conte Outra Vez (entre 1987 e
1991), vendida acompanhada de uma fita K7, e o longa-metragem Barbe bleue (2009),
dirigido pela cineasta francesa Catherine Breillat. Serão abordadas escolhas editoriais
do livro, bem como aspectos técnicos do filme, em uma análise ampla da história do
psicopata misógino e suas esposas assassinadas, abordando ainda o possível efeito
da narrativa no psicológico de leitores mirins.

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ELEMENTOS RELIGIOSOS NA LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA: CULTURAS


E IDENTIDADES NA FORMAÇÃO LEITORA
Roberto Belo
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
Trata-se o presente trabalho de uma pesquisa realizada no acervo infantil do
Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) 2014, maior programa de compra e
distribuição de livros literários do Brasil, e que tem como objetivo contribuir para o
debate e reflexão sobre identidades e diferenças religiosas na formação leitora. A
literatura enquanto artefato cultural, quer seja ela classificada como clássica, popular,
infantojuvenil ou outra, é necessariamente atravessada pelos elementos e lógicas –
símbolos, personagens, representações, conceitos e crenças, inclusive religiosas –
que permeiam o horizonte imaginário de uma comunidade linguística. Nossa
metodologia foi desenvolvida através de uma pesquisa exploratória, ou seja, análise
de dados a partir da Teoria do Discurso, na perspectiva francesa de Análise do
Discurso de Dominique Maingueneau. A problemática da diversidade/diferença cultural
assume aspectos e nuances bastantes próprias nos contextos latinoamericanos, e
especialmente brasileiro, uma vez que se trata de países de constituição colonial pré-
moderna, de formação fortemente multicultural, mas, com uma reconhecida história de
violência, subjugação, inferiorização e negação contra grupos e tradições culturais até
recentemente desprezados pelo conhecimento oficial, por exemplo, as tradições
indígenas, de matriz africana, camponesas e das periferias urbanas. A questão
religiosa diz respeito a todas as pessoas, independente daquilo em que acreditam (ou
não), pois o homem a-religioso é resultado de um processo de dessacralização da
existência humana. O homo religiosus faz parte da história da humanidade e da
constituição do ser humano moderno. Para compreender o ser humano, faz-se
necessário compreender seu universo espiritual.

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“FONCHITO E A LUA”: ENTRE LITERATURA E CIÊNCIA, ALEGRIAS POSSÍVEIS


Raquel Nery Lima Bezerra, Jamilly Starling Santos De Jesus
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
Com o texto pretendemos levantar aspectos da interface literatura e ciência tendo em
vista possíveis repercussões para o ensino de ambas na Educação Básica, nos ciclos
iniciais do Ensino Fundamental, pondo em perspectiva a obra ―Fonchito e a Lua‖, de
Mario Vargas Llosa. A proposta de estudar esse diálogo parte de duas ideias, a
primeira das quais consiste em que ciência e literatura são potentes campos de cultura
e ação humanas, capazes de influência recíproca, tendo em vista a linguagem,
território comum a ambas, conforme postulado por Barthes (1977). A segunda ideia,
da primeira resultante, é a de que a articulação ciência-literatura pode fazer emergir
proposições pedagógicas capazes de contribuir para o desenvolvimento da alegria
cultural escolar, conceito colhido de Snyders (1993), para quem os estudantes
experimentam alegria por saber que podem produzir e reinventar sentidos diante das
obras-primas que a humanidade tem construído ao longo dos séculos, tanto artísticas
quanto científicas. Em nosso texto empreenderemos análise da obra ―Fonchito e a
Lua‖, conduzidas por uma concepção de leitura polissêmica, valorizando tanto o texto
verbal quanto as ilustrações, interessadas em compreender possíveis formas de
indução ao conhecimento científico e\ou apropriação de conceitos a partir da fruição
pedagogicamente orientada do texto literário, guardando a expectativa de potenciação
e reinvenção de sentidos pelos sujeitos escolares no texto de Llosa. Como pano de
fundo, levamos em consideração proposições e alguns achados do projeto (pesquisa
e extensão) Escrevivendo Ciências no Museu, ocupado em observar e descrever as
possibilidades de desenvolvimento de capacidades de linguagem verbal em contexto
de letramento científico.

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LITERATURA INFANTOJUVENIL LUSO-BRASILEIRA SOBRE DINOSSAUROS: O


QUE MUDOU DO SÉCULO 20 AO 21
Lana Luiza Maia Feitosa Sales, Maria Helena Hessel Gonçalves
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
Desde 1983, quando surgiu ―O dinossauro que fazia au-au‖ de Pedro Bandeira, cerca
de 20 de livros de literatura infantojuvenil foram produzidos por autores brasileiros e
portugueses com protagonistas dinossauros. Com o objetivo de avaliar possível
evolução nesta produção, foi analisada a presença de dinossauros assim como o
tamanho e diagramação de 18 obras literárias criadas em língua portuguesa, seguindo
Gemma Lluch (2003) e Peter Hunt (2010). Dos últimos 16 anos do século 20, os 12
livros analisados possuem com frequência mais de 60 páginas - O dinossauro que
fazia au-au; A ponte para o passado de Ivan Jaf (1993); O dinossauro de Leo Cunha e
Marcus Tafuri (1995) e No tempo dos dinossauros de Álvaro Cardoso Gomes (1997) -,
que também mostram ilustrações em preto e branco ou de poucas cores. Todos têm
muitos diálogos, característica que também ocorre em mais duas obras: Dinossauro
birutices de Carlos Urbim(1986) e Viagem ao Cretáceo de Francisco Cunha e Willian
Brito (1997). Dois trazem ao final um tipo de glossário sobre dinossauros - A ponte
para o passado e A misteriosa volta dos dinossauros de Arnaldo Niskier (1988) -, com
referências a formas de sáurios fósseis brasileiros, da mesma forma que Viagem ao
Cretáceo. Cinco livros trazem no enredo a viagem de crianças ao tempo em que
viviam dinossauros na Terra. Já nos primeiros dezesseis anos do presente século, os
seis livros encontrados, todos com menos de 32 páginas, mostram ilustrações muito
coloridas e pouco ou nenhum diálogo. A maioria mostra dinossauros em nosso mundo
atual e nenhum faz referência a dinossauros no Brasil. Assim, de modo geral, observa-
se que há uma tendência a obras de mais rápida leitura e mais ricamente ilustrada,
trazendo os dinossauros para nossos dias, um tempo bem conhecido dos leitores.

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LIVRO-JOGO: RECURSO INTERDISCIPLINAR NA SALA DE AULA


Pedro Panhoca Da Silva
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
Não é novidade aplicar livros-jogos em sala de aula em projetos intertextuais e
interdisciplinares. Porém, os mesmos precisam de uma maior divulgação e uso prático
tanto no meio discente quanto docente. Projetos interdisciplinares são comumente
rejeitados por professores que não se interessam ou não se dão ao trabalho de
diversificar a forma de se transmitir o conteúdo em sala, e quem perde é o aluno que
muitas vezes nem chega a conhecer um livro-jogo – um misto de drama interativo,
aleatoriedade e sistema de regras de jogo – em sua vida. Séries como Fighting
Fantasy e Real Life Gamebooks são bons exemplos de como se pode ensinar ao
aluno a aplicação de conhecimentos na área da Matemática, Ciências, Geografia, de
forma prática, bem como serem modelos e inspirações para a produção de ―textos-
jogos‖ próprios para se trabalhar assuntos específicos de forma lúdica e interativa.

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MOMENTOS DECISIVOS DE EDUCAÇÃO E SOCIEDADE EM "ATRAVÉS


DO BRASIL"
Gabriela Fernanda Sêjo
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
Durante décadas um livro voltado para a formação escolar, até hoje reeditado, marcou
diversas gerações de leitores. Publicado em 1910, Através do Brasil, de autoria de
Olavo Bilac e Manoel Bomfim, está entre os maiores fenômenos da edição de livros
didáticos no país, com 67 edições. Consideramos essa obra impressa uma expressão
da cultura escolar brasileira, pois através das suas edições podemos acompanhar o
modo de existência da educação nacional e a maneira como os homens viam a si
mesmos, pois em suas páginas editadas e reeditadas, diferentes momentos da
sociedade brasileira aparecem refletidos. Compreender parte deste percurso editorial
através de alguns momentos decisivos (1910 - 1931 – 1962) e suas diferentes versões
estão no cerne da presente pesquisa inscrita numa perspectiva da história e sociologia
da cultura. 1910 é o ano de lançamento da obra Através do Brasil, como um manual
didático. Tem destaque nesse período a palavras-chave ―viagem‖, tanto como tema e
literatura. Ao analisar a imprensa da época, é possível verificar que ―viagem‖ é
assunto de época e Manoel Bomfim e Olavo Bilac ao lançarem Através do Brasil em
1910, trabalham com a temática da ―viagem‖ que está em destaque, o que pôde
explicar a publicação da obra nesse período. ―Mulato‖, é um assunto da década de
193O. Através do Brasil traz essa ―imagem social‖ com grande força através da figura
do personagem Juvêncio. O assunto da educação, aparece retratado na ideia de um
personagem com um saber adquirido não na escola, mas na vida. Ou seja, o ―mulato‖
aprendeu também em seu ambiente de trabalho. Isso significa que iremos contar a
história de um personagem que podemos caracterizar como ―os debaixo‖ ou ―os
vencidos", por serem excluídos das narrativas, das memórias, das histórias
oficiais

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NOÇÕES DE INFÂNCIA E GÊNERO NAS TIRAS DA MAFALDA


Rafael Mires Araujo, Mônica De Menezes Santos
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
Este trabalho se propõe a analisar algumas tiras de Mafalda, do argentino Quino,
publicadas no período entre 1964 e 1973, a partir de discussões sobre conceitos de
infância e de reflexões sobre relações de gênero na literatura e na cultura. Partindo-se
da ideia de infância que temos atualmente, podemos dizer que Mafalda não costuma
exprimir o comportamento infantil esperado. A personagem, preocupa-se, questiona e
sugere soluções para os problemas do mundo. Com raciocínio fora do comum para
uma criança (ou, pelo menos, para como costumamos compreendê-las), ideias
subversivas e constante atenção para os problemas sociais, suas tiras induzem o
leitor a refletir sobre o mundo, sociedade, política, costumes, entre outras abordagens
fora do que se considera universo infantil. Segundo Ariès (1978), desde a antiguidade,
crianças, assim como mulheres, eram consideradas seres inferiores que não
mereciam nenhum tipo de tratamento diferenciado. Esse pensamento – mesmo com
todas mudanças ocorridas ao longo dos anos – ainda é vigente, sendo que às
crianças quase nunca é dado o poder de fala, assim como às mulheres que, mesmo
em meio a essa ―nova onda‖ feminista, ainda se encontram em condições desiguais
devido a hierarquia entre os gêneros. Mafalda, por ser criança e mulher, está
duplamente inserida na condição de subalterno, ponto de partida para análise que
esse trabalho propõe: apontar como a personagem subverte e questiona essas
noções ao mesmo tempo em que evidencia (mesmo que implicitamente) outras
perspectivas e possibilidades para as estruturas sociais. Para construção deste
trabalho foram fundamentais os estudos de Philippe Ariès e Jorge Larrosa sobre
infância, e os pressupostos de Heleith Saffioti e Spivak sobre relações de gênero e
subalternidade presentes em Mafalda.

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PSICANÁLISE E QUADRINHOS: O NASCIMENTO DO OBJETO TRANSICIONAL


EM PEANUTS, DE CHARLES SCHULZ
Fabio Camargo Bandeira Villela
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
Comunicação Oral
Uma das descobertas mais importantes feitas pelo psicanalista Donald W. Winnicott
foi a do objeto transicional, que assumiu status de conceito teórico fundamental em
sua teoria. Não obstante a complexidade do conceito, que exprime a ideia de
existência de uma zona intermediária entre realidade interna e realidade externa,
refere-se a um fenômeno absolutamente comum, recorrente e fundamental na vida da
criança. A omissão teórica anterior a Winnicott sobre esse fenômeno parece não ter
sido acompanhada pela literatura infantil, conforme reconhece Winnicott, fazendo
menção à estória do Ursinho Pooh e, sobretudo, ao Peanuts - cartoon de Charles
Schulz – através do personagem Linus e seu inseparável cobertor. O cobertor de
Linus ilustra de forma tão marcante o objeto transicional, que acabou se tornando, em
certa medida, o seu próprio símbolo. O presente trabalho tem como objetivo investigar
o nascimento nas tiras de Schulz desse objeto transicional, representado pelo cobertor
de Linus, bem como estabelecer as possíveis influências e interfaces entre psicanálise
e literatura infantil referentes a esse ponto especifico da teoria psicanalítica. A
presente investigação é de natureza bibliográfica e foi realiza através de leitura
cronológica de Peanuts com o propósito de recuperar a constituição do objeto
transicional por Linus, buscando relacioná-la com o conceito winnicottiano. O resultado
da pesquisa aponta para uma construção progressiva do objeto transicional nos
quadrinhos de Schulz e uma pequena antecedência temporal do conceito de Winnicott
em relação à expressão do objeto transicional na obra de Schulz, embora não anterior
a outras obras da literatura infantil. Palavras-Chave: Peanuts de Charles Schulz.
objeto transicional. Psicanálise winnicottiana.

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QUIMICARTE: ESTUDOS DE ELEMENTOS QUÍMICOS POR MEIO DA


LITERATURA
Samara Melo Valcacer, Antonio Jorge Pinho De Mattos, Leandro Passos
Eixo Temático 12: Literatura infantil e juvenil e outras áreas do conhecimento -
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Ao se pensar esta proposta de comunicação, não há como se abster da reflexão sobre
interdisciplinaridade na educação e, portanto, tratá-la no âmbito das Ciências Sociais.
Este campo de natureza interdisciplinar constitui-se como objeto de produção do saber
enquanto prática docente de socialização de conhecimento. Vale ressaltar que isto
decorre do fato de serem processos educativos constituídos nas e pelas relações
sociais nas quais o ensino e a aprendizagem significativa são objetivos propostos. A
aprendizagem de Química, bem como seus desdobramentos, tendo em vista a sua
complexidade ao envolver cálculos matemáticos, equações, símbolos químicos etc.,
apresenta bastantes dificuldades por alunos do Ensino Médio. Silva (2013, p. 1613)
explica que, infelizmente, o ―ensino de química segue ainda de maneira tradicional
gerando nos alunos um grande desinteresse pela matéria mesmo a química estando
presente no nosso cotidiano‖. O ideal seria, porém, que a aprendizagem de tal
disciplina possibilitasse, aos alunos, a compreensão das transformações químicas que
ocorrem no mundo físico de maneira abrangente e integrada, a fim de que estes
possam, assim, julgar, com conceitos e fundamentos, as informações adquiridas nos
mais diversos contextos, afora o meio educacional, a saber, a escola. Este trabalho é
fruto de pesquisa em andamento, contemplada pelo Edital 003/2016 da Pró Reitoria
de Pesquisa e Inovação do IFMS e do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).
Objetiva-se, neste evento, refletir de que modo os elementos químicos, principalmente
Cálcio e Rádio, são inseridos num texto literário voltado para crianças e jovens. Logo,
trata-se de uma proposta didática sobre o estudo de química por meio da linguagem
lúdica e plurissignificativa da literatura infanto-juvenil.

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