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Introdução ao estudo de vetores +

1.1 - Introdução
Uma grandeza que fica plenamente caracterizada por um número seguido de uma unidade
apropriada é denominada grandeza escalar. Temperatura e massa constituem exemplos de
grandezas escalares. Quando se diz que a temperatura média do corpo humano é de 36,50C ou que a
massa de um corpo é de 3 kg, estas quantidades ficam bem determinadas. Comprimento, área,
volume e tempo são outros exemplos de grandezas escalares.
Na física, contudo, há muitas grandezas para as quais a simples quantificação não é suficiente
para sua completa especificação. Além do valor numérico devem, necessariamente, se fazer
presentes duas outras informações igualmente relevantes: direção e sentido. Grandezas físicas com
esse perfil são chamadas grandezas vetoriais. Força é um exemplo. Ao dizer-se que um caixote foi
empurrado com uma força de 50 newtons (admita que newton é uma unidade de força), não se
estará sendo de todo claro. Afinal, para onde foi empurrado o caixote (isto é, em que direção?)? Se
ao longo de um plano inclinado, para cima ou para baixo (em que sentido?)? Como se observa,
juntamente com o número e a respectiva unidade é necessário explicitar a direção e o sentido da
força aplicada para que esta fique bem definida. Deslocamento, velocidade, aceleração e quantidade
de movimento são, também, grandezas vetoriais.
Este capítulo apresenta conceitos básicos da álgebra vetorial, cuja compreensão, pelo aluno, é
fundamental para o estudo da mecânica.

1.2 - Representação e características de um vetor


Para a representação gráfica de um vetor, considere, inicialmente, o segmento de reta AB
sobre a reta r da Fig. 1. Orientando-se este segmento por meio de uma seta colocada no ponto B
(ou no ponto A ), obtém-se a representação gráfica de um vetor (Fig. 2). Simboliza-se um vetor por
uma letra maiúscula ou minúscula com uma pequena flecha sobre dela.
Na Fig. 2, o ponto A é a origem do vetor v e o ponto B a sua extremidade. A reta r é a reta
suporte do vetor v . Normalmente, quando se representa um vetor se omite a sua reta suporte.

Fig. 1 Fig. 2

Um vetor fica especificado por suas três características: módulo, direção e sentido.
O módulo de um vetor, dado por um número seguido de uma unidade, especifica a
intensidade da grandeza por ele representada (50 newtons, 20 m/s etc.). Simbolicamente, o módulo
de um vetor v é escrito como v ou, simplesmente, v .

+
Texto elaborado pelos professores Luiz O. Q. Peduzzi e Sônia S. Peduzzi (Depto de Física UFSC).

1
A direção de um vetor é a da sua reta suporte. Já o seu sentido coincide com o da orientação
do segmento de reta orientado.
Os vetores a , b e c , da Fig. 3, têm como característica comum o mesmo módulo (admitindo
como unidade de medida o comprimento ).
Os vetores d e f , da Fig. 4, têm as três características iguais: mesmo módulo, mesma
direção (as retas suportes são paralelas) e mesmo sentido. Neste caso, diz-se que os vetores são
iguais, isto é, d f . Já o vetor e tem o mesmo módulo e a mesma direção que d e f , porém
sentido contrário a eles. Pode-se relacioná-los escrevendo que f d e (onde o sinal negativo
significa que o vetor e tem o sentido contrário ao dos outros dois.

a = b = c = 3 unidades f = d = e
a b c f = d = e
Fig. 3 Fig. 4

1.3 - Adição e subtração de vetores pelo método geométrico


Considere os vetores v1 e v2 da Fig. 5. A soma de v1 com v2 pode ser efetuada da seguinte
maneira: fixa-se v1 e desloca-se v2 (mantendo-se inalteradas as suas características, isto é, seu
módulo, direção e sentido), de modo que a origem de v2 coincida com a extremidade de v1 (Fig. 6).
O vetor que tem por origem a origem de v1 e por extremidade a extremidade de v2 é o vetor soma
de v1 com v2 , v1 + v2 , como é visto na Fig. 7. Pode-se observar, através de uma simples inspeção
visual, que a soma dos comprimentos de v1 e v2 é diferente do comprimento do vetor v1 + v2 .

Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7


A soma de v1 com v2 pode também ser feita desenhando-se os vetores com a mesma origem.
O vetor resultante, v1 + v2 , é o vetor correspondente à diagonal do paralelogramo que tem por lados
os vetores v1 e v2 (Fig. 8).

2
Fig. 8

Os procedimentos acima descritos possibilitam a soma geométrica de um número qualquer de


vetores. Considere, por exemplo, a soma dos vetores A , B , C , D e E da Fig. 9. O vetor
A + B + C + D + E pode ser obtido da seguinte maneira: fixa-se o vetor A ; desloca-se parale-
lamente o vetor B de modo que a sua origem coincida com a extremidade de A ; desloca-se, da
mesma maneira, o vetor C tal que a sua origem coincida com a extremidade de B e assim su-
cessivamente. O vetor soma tem por origem a origem do primeiro ( A ) e por extremidade a ex-
tremidade do último ( E ) (Fig. 10).

Fig. 9 Fig. 10

Considere, agora, os vetores A e B da Fig. 11. Para se obter geometricamente o vetor A - B ,


transforma-se a diferença em uma soma, já que A - B = A + (- B ) . O vetor B tem mesmo módulo,
mesma direção, mas sentido oposto ao do vetor B (Fig. 12). Desta forma, recai-se na soma dos
vetores A e B , como pode ser visto na Fig. 13.

Fig. 11 Fig. 12 Fig. 13

Para efetuar simultaneamente a adição e subtração de um número qualquer de vetores


transformam-se as diferenças em somas e adota-se o procedimento já descrito para a soma de vários
vetores. Por exemplo,

L - M + N - P = L + (- M ) + N + (- P )

3
1.4 - Adição e subtração de vetores de mesma direção pelo método analítico
É conveniente, antes de se efetuar a soma e subtração analítica de vetores de mesma direção,
definir o que se entende por vetor unitário.
Um vetor é dito unitário quando o seu módulo é igual à unidade. O vetor unitário que tem a
direção do eixo x e o sentido de x' para x (Fig. 14) é o vetor i .

Fig. 14

Considere a soma geométrica de dois vetores unitários i (Fig. 15). Vê-se, por esta figura, que
o vetor resultante i + i tem mesma direção e sentido que o vetor i e módulo duas vezes maior.
Este vetor é o vetor 2i .

Fig. 15

O resultado acima permite interpretar uma igualdade como, por exemplo, A = 7i da seguinte
maneira: A é um vetor que tem mesma direção e sentido que o vetor i e módulo sete vezes maior.
Já o vetor B = -4i tem a mesma direção do vetor i , sentido oposto e módulo quatro vezes maior.
Pode-se estender o procedimento utilizado na Fig. 15 para se somar e subtrair analiticamente
vetores na direção x .
a) Soma de vetores de mesma direção e sentido:
Seja C = 2 i , D = 6 i e R o vetor resultante da soma dos vetores C e D .
Soma analítica: Soma geométrica:
R = C + D,

R = 2i +6i,

R= (2+6)i ,

R = 8i.

b) Soma de vetores de mesma direção e sentidos opostos:


Seja E = 3 i , F = - 5 i e R o vetor resultante da soma dos vetores E e F .

4
Soma analítica: Soma geométrica:
R = E + F,

R = 3i -5i ,

R = (3-5) i ,

R = -2i.

A subtração de dois vetores quaisquer A e B , A - B , é feita transformando-se a diferença em


uma soma, isto é, A - B = A + (- B ) .
Para vetores na direção y , pode-se realizar operações de adição e subtração de vetores
utilizando-se um procedimento inteiramente análogo ao que se adotou para a direção x . Para isto é
necessário que se defina um vetor unitário na direção y . O vetor unitário que tem a direção do eixo
y e o sentido de y' para y (Fig. 16) é o vetor j .

Fig. 16
Assim, o vetor resultante da subtração dos vetores A = 12 j e B = 5 j , R = A - B , tem
mesma direção e sentido que o vetor j e módulo sete vezes maior ( R = 7 j ).

1.5 - Componentes de um vetor


Considere o sistema de eixos cartesianos xy . Seja a x um vetor na direção x e a y um vetor
na direção y (Fig. 17). Da soma geométrica destes dois vetores resulta o vetor a (Fig. 18),

Fig. 17 Fig. 18

a = ax + a y . (1)

Os vetores a x e a y são denominados, respectivamente, vetores componentes do vetor a nas


direções x e y . Estes vetores podem ser escritos em termos dos vetores unitários i e j . Assim,

5
ax = ax i (2)
e
ay = ay j . (3)

Substituindo-se as relações (2) e (3) em (1), obtém-se

a = ax i + a y j . (4)

O escalar a x é a componente de a na direção x . Da mesma forma, a y é a componente de a


na direção y .
As componentes a x e a y podem ser escritas em termos do módulo do vetor a e do ângulo
que a faz, por exemplo, como o semi-eixo positivo OX . Sendo este ângulo e representando-se
por a o módulo do vetor a , obtém-se, através do triângulo retângulo que tem por lados a , a x e a y
(Fig. 19), que:
ax
cos = a x = a cos (5)
a
e
ay
sen = a y = a sen . (6)
a

Fig. 19

Substituindo-se na eq. (4) os valores encontrados para ax e a y, respectivamente, nas eq. (5) e
(6), obtém-se:

a = a cos i + a sen j. (7)

Exemplo 1: O vetor a , mostrado na Fig. 20, tem módulo igual a 5 cm e faz um ângulo de 1200 com
o semi-eixo positivo OX . Determine as suas componentes nas direções x e y .

6
Fig. 20

Solução:
Projetando-se o vetor a nos eixos x e y , pode-se obervar (Fig. 21) que a x i é um vetor com
sentido oposto ao do vetor i ; portanto, a componente a x é negativa. Já o vetor a y j tem sentido
igual ao do vetor j e a y é positivo. Usando-se a eq. (7), tem-se que:

ax = 5 cos 1200 = - 2,50 cm


e
a y = 5 sen 1200 = 4,33 cm.

A partir do triângulo retângulo com lados 5 cm, a x e a y (Fig. 22) e observando o sentido dos
vetores a x e a y , pode-se igualmente obter as componentes de a :

ax = - 5 cos 600 = - 2,50 cm


e
a y = 5 sen 600 = 4,33 cm.

Fig. 21 Fig. 22

1.6 - Adição e subtração analítica de vetores


A adição/subtração de vetores no plano xy é feita somando-se/subtraindo-se as componentes
destes vetores em cada uma das duas direções.
Sendo a = a x i + a y j e b = bx i + by j , obtém-se o vetor c = a + b da seguinte
maneira:

c = a + b,

7
c = ax i + a y j + bx i + by j ,

c = ( ax + bx ) i + ( a y + by ) j .

ax + bx e a y + by são, respectivamente, as componentes de c nas direções x e y .

Exemplo 2: Sendo A = 3 i , B = 5 j e C = 4 i + 6 j , obtenha, analítica e geometricamente,


os vetores R = A + B , S = A - B e V = A + C .

Solução:

R = A + B,

R = 3 i + 5 j.

S = A - B,

S = 3 i - 5 j.

V = A + C,

V = 3 i + 4 i + 6 j,

V 7 i + 6 j.

Exemplo 3: Os vetores d1 e d 2 , mostrados na Fig. 23, têm módulos respectivamente iguais a 3 cm


e 7 cm. Obtenha: a) o vetor d d1 + d2 ; b) a direção do vetor d .

Fig. 23

8
Solução:
a) O vetor d é o vetor soma dos vetores d1 e d 2 ,

d = d1 + d 2 .

Escrevendo o vetor d1 em termos de suas componentes (expressas em cm) e dos vetores


unitários i e j , obtém-se:

d1 = - 3 cos 60o i + 3 sen 600 j ,

d1 = - 1,5 i + 2,6 j .

Analogamente para d 2 :

d 2 = 7 cos 300 i + 7 sen 300 j ,

d 2 = 6,1i + 3,5 j .

Somando-se d1 e d2 , resulta:

d = 4,6 i + 6,1 j .

b) A direção de d é obtida calculando-se o ângulo que o vetor faz com o semi-eixo OX, por
exemplo.
tg = 6,1/4,6 1,33

= arc tg 1,33 530.


O vetor d faz um ângulo de aproximadamente 530 o semi-eixo OX positivo.

1.7 - Vetores em três dimensões


Até agora, trabalhou-se com vetores em uma e em duas dimensões. A situação que envolve
vetores no espaço tridimensional é, no entanto, mais geral.
Considere o sistema de eixos cartesianos xyz . Para se obter a expressão analítica de um vetor
neste sistema de eixos, é necessário introduzir um vetor unitário na direção z , que vai
desempenhar, nesta direção, papel análogo ao dos vetores i e j nas direções e x y .
O vetor unitário que tem a direção do eixo z e o sentido de z' para z é o vetor k (Fig. 24).

9
Fig. 24

Seja a x um vetor na direção x , a y um vetor na direção y e az um vetor na direção z . Da


soma geométrica destes três vetores (Fig. 25), resulta o vetor:

a = ax + a y + az . (8)

Fig. 25

Os vetores a x , a y e az são denominados, respectivamente, vetores componentes do vetor a


nas direções x , y e z . Estes vetores podem ser escritos como:
ax = a x i , (9)

ay = ay j ( 10 )

az = az k . ( 11 )

Substituindo as relações (9), (10) e (11) na relação (8), obtém-se:

a = a x i + a y j + az k . ( 12 )

O escalar a x é a componente de a na direção x ; a y é a componente de a na direção y e az


a componente de a na direção z .
A relação (12) é a expressão geral de um vetor no espaço tridimensional, escrita em termos de
suas componentes e dos respectivos vetores unitários.

10
Exemplo 4: Represente, num diagrama xyz , os seguintes vetores:
E = 3i + 2 j + 5k e F = 2 i + 4 j - 5k.

Solução:
A Fig. 26 mostra o vetor E construído como a soma dos seus vetores componentes. Já o vetor
F foi desenhado utilizando-se um paralelepípedo para melhor visualizá-lo no espaço.

Fig. 26

Exemplo 5: Sendo A = 2i + j - 5k e B = 4i + 2 k , determine os vetores R = 2 A + B e


S = A - B.

Solução:
R = 2 A + B,

R = 2( 2i + j -5k ) + 4i + 2k ,

R = 4 i + 2 j - 10 k + 4 i + 2 k ,

R = ( 4 + 4 ) i + 2 j + ( - 10 + 2 )k ,

R = 8 i + 2 j -8 k.

S = A- B

S = 2 i + j - 5 k - ( 4 i + 2 k ),

S = 2 i + j -5k - 4 i - 2 k,

S = ( 2 - 4 ) i + j + ( -5- 2 ) k,

S = - 2 i + j - 7k .

11
1.8 - Produto de vetores
Além de somar e subtrair vetores pode-se, também, multiplicá-los, efetuando o produto
escalar e o produto vetorial entre dois vetores. Estas operações serão estudadas a seguir, já que
muitas grandezas físicas são expressas em termos destes dois produtos.

1.9 - Produto escalar


O produto escalar de dois vetores a e b , representado por a . b (lê-se a escalar b), é definido
como o produto do módulo de a pelo módulo de b pelo cosseno do ângulo formado entre a e b ,
ou seja,

a . b = a b cos , ( 13 )

onde é o ângulo entre a e b (Fig. 27).

Fig. 27

Pode-se também dizer que o produto escalar de dois vetores a e b é igual ao produto do
módulo do vetor a pela componente do vetor b na direção de a (Fig. 28).

a . b = ( a ) ( b cos )
componente
de b na
direção de a
Fig. 28

A eq. (13) indica que o produto escalar de dois vetores dá como resultado uma grandeza
escalar. Para melhor compreensão desta equação, considere as seguintes situações:
a) O produto escalar de dois vetores perpendiculares é zero, porque 900 e cos 900 = 0 .

a . b = a b cos 900 ,
++ 0

a . b = 0.

Da mesma forma,

12
i . j = 0, j . k = 0 , k . i = 0, etc. ( 14 )

b) O produto escalar de dois vetores que formam entre si um ângulo tal que 0 900 , é
positivo.

a . b = a b cos ,
++ +

a . b 0.

c) O produto escalar de dois vetores que formam entre si um ângulo tal que
0
90 1800 , é negativo.

a . b = a b cos ,
++

a .b 0.

d) O produto escalar de um vetor por ele mesmo é igual ao módulo do vetor ao quadrado, pois
o ângulo entre vetores de mesma direção e sentido é 00 e cos 00 1.

a . a = a a cos 00 ,

a . a = a2. ( 15 )

De forma análoga,

i . i = 1, j . j = 1, k . k = 1. ( 16 )

A definição do produto escalar de dois vetores envolve o módulo dos vetores e o ângulo entre
eles. Uma outra maneira de expressar o produto escalar de dois vetores é através das componentes
destes vetores.

Seja a = a x i + a y j + a z k e b = bx i + by j + bz k . Efetuando-se o produto a . b , tem-se:

a . b = ( a x i + a y j + a z k ) . ( bx i + by j + bz k )

a . b = a x i . bx i + a x i . b y j + a x i . bz k +
+ a y j . bx i + a y j . b y j + a y j . bz k +
+ a z k . bx i + a z k . by j + a z k . bz k ,

13
a . b = a x bx i . i + a x b y i . j + a x bz i . k +
+ a y bx j . i + a y b y j . j + a y bz j . k +
+ a z bx k . i + a z b y k . j + a z bz k . k ,

a . b = a x bx + a y by + a z bz . ( 17 )

Exemplo 6: Seja v1 = x i + 4 j - 3 k e v2 = 3 i - 6 j - k . Determine o valor de x para que os


vetores v1 e v2 sejam perpendiculares.

Solução:
O produto escalar de dois vetores perpendiculares é nulo, logo, v1 . v2 = 0 . Assim, usando a
eq. (17), resulta:

3 x + ( 4 ) ( - 6 ) + ( - 3 ) ( - 1 ) = 0,

3 x = 21,

x = 7.

As relações (15) e (17) permitem calcular o módulo de um vetor. Fazendo o produto escalar
de um vetor a , qualquer, por ele próprio, primeiro usando a relação (15) e depois a (17), obtém-se:
a . a = a2
e
a . a = ax a x + a y a y + a z a z ,

a . a = a x 2 + a y 2 + az 2 .
Da igualdade destas duas equações, resulta:

a 2 = a x 2 + a y 2 + az 2 ,

a = ax 2 + a y 2 + a z 2 . ( 18 )

Exemplo 7: Sendo A = 3 i + 10 j + k e B = - 7 i + j - 2 k , determine o módulo do vetor


C = A+ B.

Solução:

C A + B,

C = 3 i + 10 j + k - 7 i + j - 2 k ,

C - 4 i + 11 j - k .

14
Utilizando-se a eq. (18), calcula-se o módulo do vetor C .

C = ( - 4 ) 2 + ( 11 ) 2 + ( - 1 ) 2 = 11,75 unidades

Exemplo 8: Calcule o ângulo entre os vetores a = 3 i - 4 j e b = 8 i - 6 j .

Solução:
Da relação (13), obtém-se:

cos =
a .b = (3) (8)+( -4) ( -6)
,
ab ( 3 )2 + ( - 4 )2 ( 8 )2 + ( - 6 )2

cos = 0,96,

= 16,260.

O produto escalar pode também ser utilizado para a obtenção do módulo do vetor resultante
da soma de dois vetores.
Sejam a e b dois vetores, de módulos respectivamente iguais a a e b , que formam entre si
um ângulo . Seja r o vetor resultante da soma destes dois vetores (Fig. 29).

Fig. 29

Fazendo-se o produto escalar de r = a + b por ele próprio, obtém-se:

r . r = ( a + b ) . ( a + b ),

r . r = a . a + a . b + b . a + b . b,

r 2 = a 2 + a b cos + b a cos + b2 ,

r = a 2 + b2 + 2 a b cos . ( 19 )

Casos particulares desta equação:

15
a ) Quando os vetores são perpendiculares ( = 900 ) , o módulo do vetor r é igual à raiz
quadrada da soma dos quadrados dos módulos dos vetores a e b ,

r = a 2 + b 2 + 2 a b cos 900 ,

r = a 2 + b2 .
b) Se os vetores tiverem a mesma direção e o mesmo sentido ( ( = 00 ) , o módulo do vetor
soma é a soma dos módulos dos vetores,

r = a 2 + b 2 + 2 a b cos 00 ,

r = a 2 + b2 + 2 a b ,

r= (a + b )2 =a + b.

c) Para vetores de mesma direção e sentidos opostos ( = 1800 ) , o módulo do vetor r é a


diferença dos módulos dos vetores a e b ,

r = a 2 + b 2 + 2 a b cos 1800 ,

r = a 2 + b2 - 2 a b ,

r= ( a - b )2 ,

r = a - b, a b
ou

r = b - a, b a.

1.10 - Produto vetorial


Sejam a e b dois vetores que formam entre si um ângulo . O produto vetorial de a e b ,
representado po a x b ( lê-se a vetorial b), dá como resultado um vetor c (a x b = c ) que tem
as seguintes características:
Módulo: O módulo do vetor c é igual ao produto do módulo de a pelo módulo de b pelo
seno do ângulo formado por a e b ,

c = a x b = a . b .sen . ( 20 )

16
Direção: O vetor c é perpendicular ao plano determinado pelos vetores a e b , ou seja, c é
perpendicular, simultaneamente, a a e a b .
Sentido: O sentido do vetor c é dado pela regra da mão direita.
Para determinar o sentido do vetor c , considere os dedos polegar, indicador e médio da mão
direita, como está indicado na Fig. 30.

Fig. 30
Se o polegar apontar no sentido do vetor a e o indicador no sentido do vetor b , o dedo médio
indicará o sentido do vetor c (Fig. 31).

Fig. 31

Para exemplificar o uso da regra da mão direita, considere os vetores E , F e G da Fig. 32 e


os seguintes produtos:

Fig. 32

a) E x F : este produto dá como resultado um vetor de direção e sentido iguais ao do vetor G ;


b) G x E : deste produto resulta um vetor de direção e sentido iguais ao do vetor F ;
c) G x F : o vetor resultante deste produto tem a mesma direção que o vetor E e sentido
oposto ao mesmo.
Usando a regra da mão direita e a eq. (21), pode-se mostrar que, para dois vetores quaisquer
A e B , vale a relação:

17
A x B = B x A. ( 21 )

Considere, agora, os vetores unitários i , j e k .


Do produto i x j resulta um vetor de:
módulo: i x j = 1 . 1 . sen 900 = 1;

direção: coincidente com a do eixo z ;


sentido: de z' para z .
O vetor com estas características é o vetor k . Portanto,

i x j = k. ( 22 )

De acordo com a eq. (21),

j x i = - k. ( 23 )

Do mesmo modo,

j xk =i, k x j =-i, ( 24 )

k x i = j, i x k = - j. ( 25 )

O produto i x i dá como resultado um vetor de módulo nulo, isto é,

i x i = 1 .1 . sen 00.

O vetor de módulo igual a zero é o vetor nulo. Deste modo,

i x i = 0. ( 26 )

Analogamente,

j x j = 0; ( 27 )

k x k = 0. ( 28 )

Exemplo 9: Suponha que o módulo dos vetores da Fig. 32 sejam E = 3, F = 2 e G = 2. Determine


os produtos vetoriais E x F , E x G e F x G .

Solução:
E x F =3i x 2 j = 6 k;

E x G = 3 i x 2 k = - 6 j;

18
F xG = 2 j x 2k =4i.

O produto vetorial de dois vetores pode ser expresso em função das componentes destes
vetores. Assim, seja a = ax i + a y j + az k e b = bx i + by j + bz k . Efetuando-se o produto
vetorial entre a e b , a x b , segue que:

a x b = ( a x i + a y j + a z k ) x ( bx i + by j + bz k ),

a x b = a x i x bx i + a x i x b y j + a x i x bz k +
+ a y j x bx i + a y j x by j + a y j x bz k +
+ a z k x bx i + a z k x by j + a z k x bz k ,

a x b = a x bx 0 + a x b y k + a x bz ( j ) +
+ a y bx ( k ) + a y b y 0 + a y bz (i ) +
+ a z bx ( j ) + a z b y ( i ) + a z bz 0,

a x b = ( a y bz a z b y ) i + ( a z bx a x bz ) j +
( 29 )
+ ( ax by a y bx ) k .

A eq. (29) pode ser obtida de forma mais simples, utilizando-se um determinante. Esse
determinante é construído da seguinte maneira: na sua primeira linha são colocados os vetores
unitários i , j e k ; na segunda linha aparecem as componentes do primeiro vetor ( a ) , nas direções
x , y e z ; a última linha do determinante é formada pelas componentes do segundo vetor (b ) nas
direções x, y e z.

i j k
axb = ax ay az ( 30 )
bx by bz

Exemplo 10: Encontre um vetor perpendicular aos vetores A = 3i - k e B = -5 j + 7k .

Solução:

Do produto A x B resulta um vetor perpendicular aos vetores A e B . Utilizando-se o


determinante da eq. (30) para calcular este vetor, obtém-se:

i j k
A x B= 3 0 1
0 5 7

19
A x B = - 5 i - 21 j - 15 k .

Exemplo 11: Determine o módulo do vetor L = r x p, se r = 4i - j + 3k e p = 6i + 2 j .

Solução:
Calcula-se, primeiro, o determinante da eq. (30) para obter o vetor L = r x p. Depois disso,
obtém-se o módulo do vetor L usando a eq. (19).

i j k
L=r x p= 4 -1 3
6 2 0

L = 8 k + 18 j + 6 k - 6 i ,

L = - 6 i + 18 j + 14 k ,

L = (- 6)2 + (18)2 + (14)2 = 23,58 unidades.

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