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ÉTICA, CIDADANIA E SOCIEDADE: CONCEITOS E REFLEXÕES

3- ÉTICA E CIDADANIA são dois conceitos fulcrais na sociedade humana. a ética e cidadania estão
relacionados com as atitudes dos indivíduos e a forma como estes interagem uns com os outros na
sociedade.
3- FALAR DE ÉTICA E CIDADANIA NÃO É TAREFA FÁCIL, porque pode-se resvalar num discurso repleto de
ufanismo, pensando que pelo simples fato de deter o conhecimento e do consenso sobre a necessidade da
ética e da cidadania, possa por si só alcançar grandes transformações e trazer novas esperanças para a
humanidade;
- ou, ao contrário, pode-se trilhar um caminho carregado de desesperança e resignação ante o poder político e
econômico, principalmente, devido ao encabrestamento dos povos à lógica de mercado.
- MAS NÃO SE PODE FUGIR AO PROBLEMA.
4- A ÉTICA É UMA CARACTERÍSTICA INERENTE A TODA AÇÃO HUMANA e, por esta razão, é um elemento vital na
produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético, uma espécie de "consciência moral", estando
constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou
injustas.
- EXISTEM SEMPRE COMPORTAMENTOS HUMANOS CLASSIFICÁVEIS SOB A ÓTICA DO CERTO E ERRADO, do bem
e do mal. Embora relacionadas com o agir individual, essas classificações sempre têm relação com as matrizes
culturais que prevalecem em determinadas sociedades e contextos históricos.
- A ÉTICA ESTÁ RELACIONADA À OPÇÃO, AO DESEJO DE REALIZAR A VIDA, mantendo com os outros relações
justas e aceitáveis. Via de regra está fundamentada nas ideias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos
por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz.
5- POR ISTO, NADA MELHOR DO QUE DISCORRER SOBRE ÉTICA E CIDADANIA, TENDO POR
SUPORTE A CIÊNCIA FILOSÓFICA. Não só porque é a filosofia que há milênios pensa a virtude como
necessidade humana e o homem como um “animal político”, mas porque ela faz a reflexão da ética e do
sujeito ético.
Todavia, não se pode perder de vista a diversidade social e cultural no mundo globalizado, seja quanto
à produção ou ao consumo, seja quanto aos governos ou aos regimes.
O estudo da ética talvez tenha se iniciado com filósofos gregos há 25 séculos atrás .
6- ETIMOLOGICAMENTE A PALAVRA ÉTICA (ETHOS) É UMA TRANSLITERAÇÃO DE DOIS
vocábulos gregos:
(ethos) que significa morada do homem, morada do animal: covil, caverna, que dá o sentido
de abrigo protetor, o homem encontra um estilo de vida e de ação no espaço do mundo.
acostuma-se com sua morada. daí vem o costume, mas esta morada é passível de
perfectilidade, de aperfeiçoamento.
7- O outro vocábulo ἦθος (ethos), significa comportamento que resulta de um repetir os mesmos atos – uma
constante que manifesta o costume, o ato do indivíduo – tem-se aí o hábito.
 Tanto costume, quanto hábito são construídos.
8- SÓCRATES É QUE VAI SER O GRANDE INICIADOR DA ÉTICA. Ele concebe a virtude como fundamento. Não
interessa apenas cumprir a lei, mas saber qual o sentido da lei. É uma tentativa de formulação da racionalidade da
conduta. Isto só foi possível, porque os gregos antigos instauraram a razão. Instaurar a razão significa dar sentido
às coisas, isto é, explicar o porque às coisas.
Sócrates (470-399 a.C.) considerou o problema ético individual como o problema filosófico central e a ética como
sendo a disciplina em torno da qual deveriam girar todas as reflexões filosóficas. Para ele ninguém pratica
voluntariamente o mal. Somente o ignorante não é virtuoso, ou seja, só age mal, quem desconhece o bem, pois
todo homem quando fica sabendo o que é bem, reconhece-o racionalmente como tal e necessariamente passa a
praticá-lo. Ao praticar o bem, o homem sente-se dono de si e conseqüentemente é feliz.
A virtude seria o conhecimento das causas e dos fins das ações fundadas em valores morais identificados pela
inteligência e que impelem o homem a agir virtuosamente em direção ao bem.
Aristóteles (384-322 a.C.), não só organizou a ética como disciplina filosófica, mas além disso, formulou a maior
parte dos problemas que mais tarde iriam se ocupar os filósofos morais: relação entre as normas e os bens, entre
a ética individual e a social, relações entre a vida teórica e prática, classificação das virtudes, etc. Sua concepção
ética privilegia as virtudes (justiça, caridade e generosidade), tidas como propensas tanto a provocar um
sentimento de realização pessoal àquele que age quanto simultaneamente beneficiar a sociedade em que vive. A
ética aristotélica busca valorizar a harmonia entre a moralidade e a natureza humana, concebendo a humanidade
como parte da ordem natural do mundo sendo, portanto uma ética conhecida como naturalista.
Política- Mas, é a política que orienta a ética, a conduta – pois o homem só é verdadeiramente autônomo na
pólis. Somente a cidade diz o que deve ser produzido para o bem de cada um e de todos. Nesse sentido, a política
é ciência prática que estrutura as ações e as produções humanas. A política é aquela ciência cujo o fim, “o bem
propriamente humano”, é o bem comum.
Bem comum que encontra moradia na ética. Ética que é um modo de vida, que é uma necessidade instituída e
que se encontra no campo da liberdade. A ética é, então, autodeterminação da práxis, da ação humana e institui
o momento do poder ser rompendo com a sucessão do mesmo.
A práxis, a ação humana é fruto da vontade subjetiva através do hábito – que é a singularidade do sujeito ético.
Como vontade subjetiva a ação ética manifesta a virtude, o bem moral e como vontade objetiva a ação ética
produz a lei.
Uma vez que, o Estado nasce da ação deliberada e voluntária dos homens. Nesse sentido, e por isso, a
política não é uma ciência natural teorética, mas uma ciência prática, em que a ação tem a si mesma
como seu fim... e qual é o seu fim? O bem comum!

9 - NA IDADE MÉDIA, os valores éticos são marcados pela influência da religião católica e suas doutrinas.
- A filosofia moderna reduz o homem à Razão.
- Ética contemporânea (Séc. XIX-XX) O Utilitarismo ou Universalismo Ético.

10- Novas Problemáticas. As profundas transformações sociais, culturais e científicas das nossas sociedades
colocaram novos problemas éticos, nomeadamente em domínios como a tecnociência (clonagem, manipulação
genética, eutanásia, etc.), ecologia, comunicação de massas, tecnologia-sociedade em redes, etc.
Importância da Ética
A importância da ética hoje se dá pela necessidade, por uma questão de sobrevivência; considerando que a
humanidade passa por um momento de anseio por uma vida melhor e acima de tudo digna e feliz. Podemos dizer
que o tema mais ecumênico que existe atualmente é o da dignidade humana, vida com qualidade e por fim, a
felicidade. No entanto percebemos que o mundo se tornou um caus, e o homem como um todo se encontra
perdido em meio a tanta confusão; é o verdadeiro “jogo dos interesses”. O comportamento ético não consiste
exclusivamente em fazer o bem a outrem, mas em exemplificar em si mesmo o aprendizado recebido. É o
exercício da paciência em todos os momentos da vida, a tolerância para com as faltas alheias, a obediência aos
superiores em uma hierarquia, o silêncio ante uma ofensa recebida.
11- CIDADANIA – É muito importante entender bem o que é cidadania. Trata-se de uma palavra usada todos os
dias, com vários sentidos. Mas hoje significa, em essência, o direito de viver decentemente.
Cidadania é o direito de ter uma idéia e poder expressa-la. È poder votar em quem quiser sem constrangimento. É
poder processar um médico que age de negligencia. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de
volta. É o direito de ser negro, índio, homossexual, mulher sem ser descriminado. De praticar uma religião sem se
perseguido.
Cidadania, assim como sua origem latina, diz respeito ao cidadão, aos direitos e deveres aos quais está sujeito em
uma vida em sociedade. Assim como ética, cidadania também tem a ver com agir de maneira correta.
Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no
transito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento está o respeito ao
outro.
12- Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”,
entende-se por cidadão “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado, ou no desempenho de
seus deveres para com este”.
Cidadania é a pertença passiva e ativa de indivíduos em um estado - nação com certos direitos e obrigações
universais em um específico nível de igualdade (Janoski, 1998).
No sentido ateniense do termo, cidadania é o direito da pessoa em participar das decisões nos destinos da Cidade
através da Ekklesia (reunião dos chamados de dentro para fora) na Ágora (praça pública, onde se agonizava para
deliberar sobre decisões de comum acordo). Dentro desta concepção surge a democracia grega, onde somente
10% da população determinava os destinos de toda a Cidade (eram excluídos os escravos, mulheres e artesãos).

13- OS NOSSOS CONCEITOS ATUAIS DE CIDADANIA começaram a forjar-se na antiga Grécia. Grécia. As
revoluções políticas que aqui ocorreram após o século VI a.C. forma no sentido de definirem o cidadão como
aquele que tinha um conjunto de direitos e deveres, pelo simples fato de serem originário de uma dada cidade-
estado. Estes direitos eram iguais para todos e estavam consignados em leis escritas.
A cidadania confundia-se com a naturalidade e encontrava a sua expressão na Lei. O mais levado dos direitos era
o da participação dos cidadãos nas decisões da cidade, podendo ser escolhido ou nomeado para qualquer cargo
público. Todos os demais habitantes da cidade, como as mulheres ou os estrangeiros (metecos) estavam
afastados desses direitos.
Império Romano. O direito romano definiu a cidadania como um estatuto jurídico-político que era conferido a
um dado indivíduo, independentemente da sua origem ou condição social anterior. Este estatuto (status civitas)
uma vez adquirido atribuia-lhe um conjunto de direitos e deveres face à lei do Império. É neste estatuto que, se
inspira os conceitos mais modernos de cidadania.
14- IDADE MÉDIA. A desagregação do estado romano traduz-se no fim do conceito grego-romano de cidadania.
Em seu lugar aparece o conceito de submissão. Os direitos do individuo passam a estar dependentes da vontade
arbitrária do seu senhor. Malgrado este panorama, um importante conceito começa a difundir-se nesta altura: a
consciência que todos os homens eram iguais, porque filhos de um mesmo Deus. Ninguém é por natureza escravo
ou senhor, são as circunstâncias do nascimento ou os acasos da vida é que ditam as diferenças entre os homens.
15- IDADE MODERNA. Entre os séculos XVI e XVIII, desenvolvem-se em toda a Europa três importantes
movimentos políticos que conduzem a uma nova perspectiva sobre a cidadania.
a) Na maioria dos países a centralização do Estado, implicou o fim do poder arbitrário dos grandes senhores. Este
processo foi quase sempre precedido pelo reforço do poder dos reis, apoiados num sólido corpo de funcionários
públicos. Os cidadãos passam a reportar-se ao Estado e não a uma multiplicidade de senhores.
b) Em Inglaterra, em fins do século XVII os cidadãos colocam fim ao próprio poder absoluto dos reis e consagram
o principio da igualdade de todos face à lei. O Estado enquanto instituição, só se justifica como garante dos seus
direitos fundamentais, como a liberdade, a igualdade e a propriedade.
c) Alguns teóricos, como Jhon Locke, vão mais longe e proclamam que todos os homens independentemente do
estado nação a que pertençam, enquanto seres humanos possuem um conjunto de direitos inalienáveis. Nascia
deste modo o conceito de direitos humanos e da própria cidadania mundial.

16 ÉPOCA CONTEMPORÂNEA. SÉCULO XIX. As lutas sociais que varrem a Europa no século XIX procuram
consagrar os direitos políticos e os direitos econômicos. Nos primeiros os cidadãos reclamam a possibilidade de
elegerem ou substituir quem os governem; Nos segundos reclamam o acesso aos bens e patrimônio
coletivamente produzidos e acumulado.
Época Contemporânea. Século XX. Os combates sociais avançam no sentido de uma melhor distribuição da
riqueza coletivamente gerida, nomeadamente para assegurar condições de vida mínimas para todos os cidadãos.
A cidadania confere automaticamente um vasto conjunto de direitos econômicos, sociais, culturais, etc.;
assegurados pela sociedade de pertença.
17- O que é SER CIDADÃO?
Na constituição brasileira os artigos referentes a esse assunto podem ser encontrados no Capítulo I, Artigo 5º que
trata dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos. Cada um de nós tem o direito de viver, de ser livre, de ter sua
casa, de ser respeitado como pessoa, de não ter medo, de não ser pisado por causa de seu sexo, de sua cor, de
sua idade, de seu trabalho, da cidade de onde veio da situação em que está, ou por causa de qualquer outra
coisa. Qualquer ser humano é nosso companheiro porque tem os mesmos direitos que nós temos. Esses direitos
são sagrados e não podem ser tirados de nós; se forem desrespeitados, continuamos a ser gente e podemos e
devemos lutar para que eles sejam reconhecidos.
A cidadania consiste desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os sinais e placas,
respeitar os mais velhos (assim como todas às outras pessoas), não destruir telefones públicos, saber dizer
obrigado, desculpe, por favor e bom dia quando necessário... até saber lidar com o abandono e a exclusão das
pessoas necessitadas, o direito das crianças carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em nosso
mundo.
"A revolta é o último dos direitos a que deve um povo livre para garantir os interesses coletivos: mas é também o
mais imperioso dos deveres impostos aos cidadãos." Juarez Távora - Militar e político brasileiro.
18- UM DOS PRESSUPOSTOS DA CIDADANIA É a nacionalidade, pois desta forma ele pode cumprir os seus
direitos políticos. No Brasil os direitos políticos são orquestrados pela Constituição Federal. O conceito de
cidadania tem se tornado mais amplo com o passar do tempo, porque está sempre em construção, já que cada
vez mais a cidadania diz respeito a um conjunto de parâmetros sociais.
 A cidadania pode ser dividida em duas categorias: cidadania formal e substantiva. A cidadania formal é
referente à nacionalidade de um indivíduo e ao fato de pertencer a uma determinada nação.
 A cidadania substantiva é de um caráter mais amplo, estando relacionada com direitos sociais, políticos e
civis. O sociólogo britânico T.H. Marshall afirmou que a cidadania só é plena se for dotada de direito civil,
político e social.
19- IMAGEM- DIREITOS E DEVERES
20- OS DIREITOS HUMANOS E O EXERCÍCIO DA CIDADANIA
 A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os
povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre
em mente esta declaração se esforcem, através do ensino e da educação, por promover o respeito a
esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional,
por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos
próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
21... DESAFIOS - IMAGENS

PARA NÃO CONCLUIR


Ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão pela educação. Porque a educação atualiza a inclinação potencial e
natural dos homens à vida comunitária ou social.
Cidadania é, nesse sentido, um processo. Processo que começou nos primórdios da humanidade e que se efetiva
através do conhecimento e conquista dos direitos humanos, não como algo pronto, acabado; mas, como aquilo
que se constrói.
Assim como a ética a cidadania é hoje questão fundamental, quer na educação, quer na família e entidades, para
o aperfeiçoamento de um modo de vida.
Não basta o desenvolvimento tecnológico, científico para que a vida fique melhor. É preciso uma boa e razoável
convivência na comunidade política, para que os gestos e ações de cidadania possa estabelecer um viver
harmônico, mais justo e menos sofredor.
Por isto, tanto o apelo pela ética pensada na emergência do sujeito ético, e não simplesmente em códigos de
ética; quanto, a necessidade de ações de cidadania, que busquem concretizar direitos são os modos mais eficazes
e eficientes, nos dias de hoje, para que a comunidade política possa ser o lugar privilegiado da autonomia e
autorealização dos indivíduos e da própria comunidade.
Depreende-se, então que se faz necessário ter uma consciência individual para que se possa ser responsável
socialmente. Em outras palavras, a responsabilidade individual é que vai garantir uma ética, fundada em
princípios e valores que norteiem o viver em comunidade.
Entretanto, não podemos pensar que é o sujeito moral imiscuído na sua individualidade, que irá fundar uma ética.
Pois, neste caso, o que pode ser moral para um, pode não ser imoral para outro.
Faz-se necessário um salto do individual para o coletivo, do privado para o público, do particular para o universal.
Mas, isto não quer dizer que se exija que sejamos Sócrates, Cristo, Ghandi, Buda; ou Tiradentes, Antônio
Conselheiro, Zumbi. Podemos, simplesmente fazer como alguns negros fizeram nos Estados Unidos. A lei os
proibia de entrar em bares, eles entravam assim mesmo. Até que um dia aquela lei virou lixo.
Então, é preciso fundar a responsabilidade individual numa ética construída e instituída tendo em mira o bem
comum, ou seja, visando a formação do sujeito ético, porque aí é possível a síntese entre ética e cidadania, no
qual possa prevalecer muito mais uma ética de princípios, do que uma ética do dever. Ou seja, a responsabilidade
individual deverá ser portadora de princípios e não de interesses particulares.
Somente assim, o sujeito ético norteará um novo modo de viver e um novo sentido ético, para que os humanos
alcancem a felicidade terrena.

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