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1 INTRODUÇÃO

A coluna vertebral é como o eixo do corpo humano. Ela exerce papel de

suporte ao tronco e a cabeça dotada de flexibilidade que permite movimentos do

tronco nos três planos, protegendo a medula espinhal. É estabilizada

intrinsecamente pelos ligamentos e discos intervertebrais e extrinsecamente pelos

músculos (KAPANDJI, 2000).

No Brasil, as doenças músculo-esqueléticas, com predomínio das doenças

da coluna, são a primeira causa de pagamento de auxílio-doença e a terceira causa

de aposentadoria por invalidez (FERNANDES, 2000).

As lesões caracterizadas por dor na coluna lombar tem adquirido relevante

importância nas últimas décadas por afetar uma parcela importante da população

economicamente ativa. Entre estas enfermidades, está a hérnia de disco lombar.

Essa patologia, pelas disfunções, invalidez e aspectos socioeconômicos que a

acompanham, tem sido tema de inúmeros estudos epidemiológicos entre os

trabalhadores (GARCIA, 1996).

As lesões características por dor na coluna, segundo estudos feitos por

Ortiz e Abreu (2000), têm afetado uma grande parcela da população. Entre essas

enfermidades, está a Hérnia de Disco, que se caracteriza por degeneração do disco

intervertebral, e que devido às características ligamentares tendem a ocorrer com

mais freqüência em direção póstero-lateral, embora possa também ocorrer anterior e

posteriormente.

O disco intervertebral, por ser avascular, conta com alguns mecanismos

para sua nutrição, um deles é o bombeamento de água responsável pela hidratação,

o disco de um indivíduo jovem apresenta cerca de 88% do seu conteúdo em água,


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enquanto no adulto cai para 65%, com essa desidratação maior pressão é

transmitida as fibras e elas se tornam mais suscetíveis a rupturas (NEGRELLI,

2001).

Na fase de degeneração discal entre 30 e 50 anos de idade é mais

freqüente a hérnia discal, ela é mais comum na coluna lombar afetando os

seguimentos: L4/ L5 e L5/ S1, e pode ocorrer logo após um esforço ou traumatismo.

Os sintomas mais freqüentes são lombalgia e lombociatalgia que irradiam para os

membros inferiores trazendo vários prejuízos a vida diária de seus portadores

(ONEL; TUZLACI; SARI, 1999).

Sabendo que a Hérnia de Disco é a protrusão do núcleo pulposo, junto com a

parte do ânulo, para dentro do canal espinhal e que a hidroterapia tem em seus

efeitos fisiológicos e terapêuticos uma boa opção para reabilitação, o estudo tem

como finalidade verificar a eficácia da hidroterapia no tratamento conservador da

hérnia de disco lombar já que as doenças da coluna estão entre as que mais

incapacitam. Serão abordadas a etiologia, fisiopatologia, sintomatologia, mecanismo

de reabsorção da hérnia discal lombar e tipos de utilização da hidroterapia como

alternativa no tratamento desta discopatia. Serão expostas as opiniões de diversos

autores sobre o tema, evidenciando os efeitos físicos da água sobre a coluna

vertebral. Quanto à escolha da hidroterapia como método de tratamento constatou-

se ser de grande valia para a recuperação ou manutenção dos desconfortos

relacionados com a hérnia de disco lombar. Em relação à hidroterapia no tratamento

da hérnia lombar acredita-se e comprova-se haver grandes benefícios da água para

esses pacientes.

É justamente sobre as hérnias de disco lombares que será enfatizado este

estudo, pois se trata de um tipo de lesão que tem uma alta incidência como as
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causas de lombalgias e lombociatalgias principalmente as localizadas no espaço

intervertebral L4-L5. Por isso a dor lombar é uma das alterações músculo

esqueléticas mais comuns entre a sociedade.

O presente trabalho se propõe a realizar um estudo utilizando-se de uma

revisão da bibliografia referente a eficácia do tratamento hidroterapêutico, e de como

o fisioterapeuta com a utilização de todas as técnicas hidroterápicas pode realizar

este tratamento em pacientes portadores de hérnia de disco lombar.

O objetivo deste trabalho é desenvolver e verificar, através de uma revisão

bibliográfica, a eficácia da hidroterapia no tratamento conservador da hérnia de disco

lombar. Tem-se como objetivo ainda a demonstração das vantagens de utilização de

programa de reabilitação através da hidroterapia e discutir os aspectos considerados

importantes na sua aplicação. Os objetivos específicos são: descrever a hérnia de

disco lombar; e descrever a hidroterapia e seus benefícios (CORDEIRO, 2003).

Este tema foi escolhido já que as patologias da coluna são as que mais

incapacitam a população. Com este trabalho, pretende-se verificar a efetividade do

tratamento na hidroterapia que é baseado no princípio de Arquimedes e na correção

da lordose.
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2 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL

O corpo humano é o melhor exemplo da perfeição da natureza. Se nada de

errado acontecer, todos os seus órgãos e sistemas funcionam e interagem entre si

com perfeição. Algumas estruturas, no entanto surpreendem por sua

engenhosidade. A coluna vertebral é uma delas.

A coluna vertebral é a viga mestra em balanço do esqueleto, sendo

didaticamente dividida em duas porções: anterior, constituída pelo ligamento

longitudinal anterior, corpo vertebral, disco intervertebral e o ligamento longitudinal

posterior e outra posterior, constituída pelo canal vertebral, ligamento amarelo, as

articulações inter-apofisárias, os ligamentos interespinhais e supra-espinhais,

pedículos, lâminas, processos transversos e espinhosos (CALAIS-GERMAIN, 2002).

Também pode ser conceituada como o segmento mais complexo e

funcionalmente significativo no corpo humano. É o eixo de suporte e movimentação

do corpo humano funcionando ainda como uma proteção óssea para a medula

espinhal. A sustentação é realizada pelos elementos anteriores (corpos vertebrais,

disco, ligamentos longitudinais anteriores e posteriores), e os elementos

responsáveis pela movimentação são os posteriores que são os arcos neurais e

articulações (GUIMARÃES, 1998).

2.1 FUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

Entre suas funções temos: proteção da medula espinhal, movimentação e

marcha, manutenção da posição ereta, suporte do peso corporal e ligação de todas

as suas regiões desde o osso occipital até o sacro. Apresenta quatro curvaturas
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fisiológicas que não ocorrem ao acaso: lordose cervical, cifose torácica, lordose

lombar e cifose sacra (Kapandji, 2000).

A lordose cervical estende-se do atlas à segunda vértebra torácica, a cifose

torácica da segunda vértebra torácica à décima segunda, e tem variações

individuais. A lordose lombar é uma curvatura que se estende da décima segunda

vértebra torácica até a transição lombosacra. A sua forma deve-se à adaptação às

forças de carga e locomoção, que se inicia a partir do momento em que o indivíduo

passa a deambular. A curvatura sacra, da articulação lombosacra ao cóccix e a sua

concavidade anterior direciona-se para frente e para baixo.

Essas curvaturas têm para a coluna uma função muito especial: equilibrar e facilitar

a distribuição do peso e das forças compressivas, impedindo a sobrecarga de áreas

específicas. É simples, na ausência dessas curvas, a coluna seria igual a uma

tábua, o que dificultaria a sua mobilidade. No plano frontal a coluna é reta, sendo

que alguns desvios laterais discretos podem estar presentes (SILVA, 2003).

Os principais movimentos da coluna lombar são: flexão, extensão, flexão

lateral e rotação. Durante o movimento o corpo vertebral se inclina e desliza para

frente diminuindo a espessura do disco anteriormente e aumentando a espessura

posteriormente, o núcleo pulposo é deslocado para trás aumentando a pressão

sobre as fibras posteriores do anel fibroso, com isso, simultaneamente ocorre a

separação das apófises articulares inferiores da vértebra superior e das apófises

articulares superiores da vértebra inferior, ocasionando tensão máxima sobre todos

os ligamentos, limitando assim o movimento de flexão. Já o movimento de extensão,

o corpo vertebral se inclina para trás e recua ao mesmo tempo, o disco intervertebral

se afina na parte posterior e se alarga na base anterior, sendo assim, o núcleo

pulposo é deslocado para frente gerando tensão sobre as fibras do anel fibroso e do
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ligamento vertebral longitudinal anterior, e distensão ao ligamento longitudinal

posterior. As apófises inferiores se encaixam profundamente às apófises superiores

limitando o movimento de extensão. Durante o movimento de flexão lateral, o corpo

da vértebra se inclina para o lado da concavidade e o disco se torna mais espesso

no lado da convexidade. O núcleo pulposo se desloca levemente para o lado da

convexidade, e o ligamento intertranversário entra em tensão e se distende do

mesmo lado, isso ocasiona um deslizamento desigual das apófises articulares, o que

gera distensão sobre os ligamentos amarelos, e da cápsula articular do lado

côncavo, e tensão dos mesmos, do lado convexo (OLIVER & MIDDLEDITCH, 1998).

2.2 BIOMECÂNICA DA COLUNA LOMBAR

A acentuação da curva lombar é conhecida como hiperlordose. Ela resulta

tipicamente de um desequilíbrio entre o fortalecimento dos músculos lombares e o

enfraquecimento dos músculos abdominais. A inclinação anterior da pelve

freqüentemente acompanha a lordose e contribui ainda mais para o estiramento dos

músculos abdominais. Esta condição é a causa mais comum de lombalgia postural

(HENNEMANN, 2000).

Segundo Kapandji (2000), o grau de curvatura da coluna lombar depende

também dos músculos dos membros inferiores ligados à pelve. O músculo psoas,

flexor da coluna lombar sobre a pelve, acentua a lordose lombar quando contraído. A

correção da anteroversão pélvica é obtida pela ação dos extensores do quadril:

isquiotibiais e glúteo máximo, que levam a báscula da pelve para trás e restabelece

a verticalidade sacral diminuindo a lordose lombar.


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A ação dos músculos da parede abdominal é efetuada por intermédio de

dois braços de alavancas: o inferior, constituído pela distância promonto-púbica, e o

superior constituído pela distância dorso-xifóide. Daí vem o papel mais importante na

correção da hiperlordose lombar, sendo suficiente contrair glúteo máximo e reto

abdominal para endireitar a lordose lombar. A partir desse momento, a ação de

extensão dos músculos das goteiras lombares pode obter a tração para trás das

primeiras vértebras lombares (HENNEMANN, 2000).

É importante lembrar que na hiperlordose há sobrecarga na parte posterior

do disco intervertebral, justamente onde há maior fragilidade em relação às fibras do

anel, por serem menos resistentes posteriormente, favorecendo a ruptura e

herniação do material nuclear.

A fixação do centro tendíneo leva a uma ação do diafragma sobre a coluna

lombar, permitindo um tensionamento dos músculos espinhais para exercerem uma

póstero-flexão a partir de uma flexão anterior. A inserção dos pilares sobre os disco

intervertebrais permite atrair o núcleo para frente levando assim a um pinçamento

vertebral posterior necessário à póstero-flexão (SOUCHARD, 2000).

O diafragma tende sempre a adotar uma posição de inspiração devido a sua

relação antagônica com os abdominais e massa visceral. Como conseqüência têm-

se uma hiperpressão abdominal e hiperlordose lombar que exagera a

horizontalização do sacro e tende a criar problemas ao nível L5-S1 e a nível sacro-

ilíaco (SOUCHARD, 2000).


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2.3 ARTICULAÇÕES E LIGAMENTOS

As articulações interapofisárias lombares são sinoviais, formada pela

articulação das facetas inferiores de uma vértebra lombar com as superiores da

vértebra subjacente, protegendo o disco de uma excessiva torção que pode levar a

uma discopatia e de proteger contra sobrecargas (KNOPLICH, 2003).

Os ligamentos estão dispostos por dois sistemas: Ao longo de toda coluna

vertebral estão os ligamentos vertebrais comuns: ligamentos longitudinais anterior e

posterior. No arco posterior a união é assegurada pelos ligamentos segmentares que

são: ligamento amarelo; ligamento interespinhal, supraespinhal; e intertransversário.

O conjunto desses ligamentos constituem uma união extremamente sólida, não

apenas entre dois corpos vertebrais, mas também para o conjunto da coluna

vertebral (SILVA, 2003).

Todas as vértebras e discos são conectados entre si pelos ligamentos, que

são compostos por uma faixa ampla de um tecido espesso, com suas fibras

longitudinais distribuídas em várias camadas, sendo que as fibras mais profundas

unem vértebras adjacentes (próximas) e as superficiais se estendem por duas a

quatro vértebras. Entre suas funções: estabilizar, permitir o movimento da coluna e

retorno à posição ereta ao flexionar a coluna, em decorrência de sua elasticidade.

Nestas tarefas os ligamentos são auxiliados pelos tendões e músculos (CALAIS-

GERMAIN, 2002).
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2.4 MÚSCULOS

A coluna vertebral possui grande quantidade de músculos, que também

atuam na estabilização do sistema como um todo conferindo movimentos às

estruturas envolvidas.

Os músculos da coluna vertebral desempenham importante função na

manutenção de sua estabilidade, equilíbrio, movimentação dos membros e

participam dos mecanismos de absorção dos impactos protegendo a coluna de

grandes sobrecargas. Eles atuam na coluna vertebral integrados e em harmonia,

porém é necessário compreender a função de cada grupo muscular e sua sincronia

durante a realização dos diversos movimentos. Entre as suas importantes funções,

além da movimentação proporcionam estabilidade da coluna, os músculos são

divididos em grupos, com funções distintas de acordo com os segmentos da coluna

em que estão situados (KENDALL, 1995).

A extensão da coluna é realizada pelos músculos: quadrado lombar,

multífido, semi-espinhal, eretor da coluna e interespinhal.

Os músculos estabilizadores da coluna são: multífido, rotadores,

interespinhosos e intertransversais.

Os músculos que realizam a flexão da coluna são: psoas maior, psoas

menor, oblíquo abdominal externo, oblíquo abdominal interno e reto abdominal.

O movimento de rotação é realizado pelos músculos: oblíquo abdominal

interno, oblíquo abdominal externo, multífido, rotadores, semi-espinhal e os

músculos responsáveis pela inclinação lateral são: oblíquo abdominal interno,

oblíquo abdominal externo, reto abdominal, eretor da coluna, quadrado lombar e

intertransversário (HAMILL, 1999).


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2.5 ESTRUTURA ÓSSEA E ESPINHAL

Os trinta e três corpos vertebrais constituem os principais pilares da coluna,

todos eles com características próprias, sendo: sete cervicais, doze torácicas, cinco

lombares, cinco sacrais e quatro coccígeos.

Uma vértebra típica se constitui de um corpo, arcos, lâminas, pedículos,

articulações posteriores e processos transversos e espinhoso. Cada vértebra tem

em sua estrutura uma fina camada externa de osso cortical e seu interior preenchido

por osso esponjoso. A disposição e configuração dessas trabéculas ósseas é um

fator importante para a sua resistência (CORDEIRO, 2003).

O volume dos corpos vertebrais aumenta progressivamente da região

cranial para a caudal, o que demonstra uma adaptação do ser humano às cargas

impostas à coluna ao longo do seu eixo. As vértebras são conectadas entre si pelas

articulações posteriores, entre os corpos vertebrais e os arcos neurais. Elas se

articulam de modo a conferir estabilidade e flexibilidade à coluna, atributos

necessários para a mobilidade do tronco, postura, equilíbrio e suporte de peso,e em

seu interior o canal vertebral, eixo central que contém a medula espinhal (OLIVER &

MIDDLEDITCH, 1998).

A medula espinhal encontra-se no interior do canal vertebral estendo-se do

cérebro até a primeira vértebra lombar, podendo ocorrer variações anatômicas. Ela é

parte essencial do sistema nervoso central. É envolvida por três membranas

meninges protetoras de dentro para fora:a pia-máter,a aracnóide e a dura-máter. A

pia-máter e a aracnóide são separadas pelo espaço sub-aracnoideo, local onde

transita o líquido cérebro-espinhal. A aracnóide termina no nível da segunda vértebra

sacra. O espaço existente entre a dura-máter e a parede do canal vertebral é


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preenchido por gordura, tecido conectivo e plexo venoso, e é denominado de espaço

peridural. As membranas que envolvem a medula além de proteger o tecido nervoso

permitem que os impulsos nervosos sejam transmitidos durante o movimento. A

medula espinhal tem forma cilíndrica, com o diâmetro transverso maior do que o

ântero-posterior. Ela tem duas dilatações: uma na região cervical formando o plexo

braquial e outra na região lombar o plexo lombo sacro terminando no cone medular

ao nível da segunda vértebra lombar. Abaixo dessa região as raízes nervosas

lombares e sacras ocupam o canal vertebral, formando um conjunto conhecido como

cauda eqüina. Nesta região encontra-se o filum terminale, uma estrutura fibrosa não

nervosa, que é uma extensão da pia-máter e envolvida pela dura-máter, que se

insere no cóccix (SILVA, 2003).

O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes, uma ventral e outra

dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes) com seus corpos

celulares situados na coluna anterior da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal

possui fibras sensitívas (aferentes), e seus corpos celulares situados no gânglio

sensitivo da raiz dorsal. A fusão das raízes sensitiva e motora resulta no nervo

espinhal. O nervo espinhal deixa o forame intervertebral e divide-se em ramo

anterior (ventral) e posterior (dorsal). Entre suas funções inervar a pele, articulações

posteriores, músculos da coluna, do tórax, do abdome e dos membros superiores e

inferiores (OLIVER & MIDDLEDITCH, 1998).


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2.6 ANATOMIA DO DISCO INTERVERTEBRAL

Os discos intervertebrais são estruturas compressíveis de fibrocartilagem. A

menor unidade funcional em movimento da coluna é composta por um par de

vértebras adjacentes, duas articulações sinoviais (zigoapofiseas ou zigopofisárias) e

o seu correspondente complexo disco-ligamentar. O disco está localizado entre

todas as vértebras funcionais (exceto entre C1 e C2) e disposto em quatro camadas,

que serão descritas num plano sagital: a mais externa composta por uma densa

lâmina de colágeno, a intermediária (de fibrocartilagem), uma zona de transição e o

núcleo pulposo, sendo que na face posterior do disco, as lâminas são mais finas e

menos numerosas, esse é um dos fatores que justificam as hérnias discais

posteriores serem bem mais comuns que as anteriores (HUMPHEREYS, 1999).

É importante conhecer sua estrutura e composição, pois permitirá uma

melhor compreensão de suas funções.

O núcleo pulposo é um gel que corresponde a 40-60% do disco e se

compõe de 70-90% de água e proteoglicanos. O núcleo tem a capacidade de se

deformar quando submetido a pressão, com participação nos mecanismos de

absorção de choques e distribuição de forças, equilibrando tensões. O anel fibroso é

composto por uma série de camadas de fibras colágenas dispostas de forma espiral,

encapsulando o núcleo pulposo. Ele auxilia a estabilização da coluna, funcionando

como um ligamento (OLIVER & MIDDLEDITCH, 1998).

.Devido à sua estrutura avascular, o disco recebe seus nutrientes por

difusão passiva, ou seja, quando ele está sob compressão, tende a perder água e

absorver sódio e potássio, até que sua concentração eletrolítica interna seja

suficiente para prevenir uma maior perda de água. Uma vez obtido este equilíbrio
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químico, a pressão interna do disco é igual à pressão externa. O fenômeno doloroso

vertebral está diretamente relacionado com níveis de: oxigênio, quantidade de

hidrogênio e o pH do tecido discal. Quanto menor a concentração de oxigênio, maior

a concentração de hidrogênio e, conseqüentemente, menor será o pH discal e maior

a intensidade de dor (HOLM, 2001).

Um disco saudável, ao receber uma determinada carga axial consegue

suportar 75% desta força no núcleo pulposo e o restante no anel fibroso. A partir da

segunda década da vida, pode-se encontrar alguma diminuição na capacidade do

disco em absorver impactos e pressões, em razão de: progressiva desidratação;

surgimento de fissuras; diminuição de sua altura; predisposição genética; alterações

bioquímicas; alterações ambientais (NERLICH, 1997).

A continuação da aplicação da carga sobre o disco por um período de várias

horas resulta em uma diminuição ainda maior na sua hidratação. Por esta razão,

uma pessoa normal sofre uma redução da altura de aproximadamente 1 cm durante

o curso do dia (HENNEMANNN, 2000).

Por ser avascular, o disco deve contar com determinados mecanismos para

a manutenção de sua nutrição. Alterações intermitentes na postura e na posição do

corpo alteram a pressão interna do disco, causando uma ação de bombeamento

dentro dele. O influxo e efluxo de água transporta nutrientes para dentro e remove

produtos metabólicos, basicamente desempenhando a mesma função do sistema

circulatório em relação às estruturas vascularizadas do corpo. A manutenção do

corpo em uma posição estática por um certo período de tempo diminui esta ação de

bombeamento e afeta a integridade do disco intervertebral (HENNEMANN, 2000).

Ao se aplicar uma carga constante num disco vertebral, ocorre a diminuição

da espessura do disco, sugerindo um processo de desidratação proporcional ao


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volume do núcleo. Ao se retirar a carga, o disco recupera a espessura inicial, e essa

recuperação da espessura inicial exige um certo tempo. Quando ocorrem cargas e

descargas num período curto de tempo, o disco não tem tempo de recuperar-se.

Também se as cargas e descargas se repetem de modo muito prolongado, o disco

não recupera sua espessura inicial, independente do tempo esperado. Este é o

fenômeno do envelhecimento (KAPANDJI, 2000).

Os esforços exercidos sobre o disco intervertebral são consideráveis,

principalmente quanto mais próximo estiver do sacro. Nos esforços de compressão

axial, quando uma força é aplicada por um platô vertebral sobre um disco

intervertebral, a pressão exercida sobre o núcleo é igual à metade da carga

aumentada de 50% e a pressão exercida pelo ânulo é igual à da outra metade

diminuída de 25%. Assim, o núcleo suporta 75% da carga e o anulo 25%

(KAPANDJI, 2000).
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3 A HÉRNIA DE DISCO LOMBAR

3.1 CONCEITUAÇÃO

Hérnia de disco é uma protrusão do disco (saliência do disco) que se

localiza entre as vértebras na nossa coluna vertebral. A função básica deste disco é

dar espaço entre uma vértebra e outra para a passagem dos nervos. O corpo

humano é todo revestido de centenas de nervos, ligando o nosso cérebro a todas as

partes do corpo. Quando o indivíduo move uma perna, primeiro pensou em movê-la

e quase instantaneamente este impulso nervoso percorre todo o trajeto de neurônios

até a musculatura da perna. Quando se pisa numa pedra a informação corre até o

seu cérebro através dos nervos (KNOPLICH, 2003).

Garcia (1996) relata que os nervos estão inseridos na coluna vertebral, que

entre outras atividades, tem a função de protegê-los. Para chegar a qualquer

extremidade do corpo humano, os nervos passam pelo espaço entre uma vértebra e

outra, que é preenchido pelo disco cartilaginoso. Em situações normais, os nervos

não são pressionados, mas quanto ocorre esta saliência (hérnia de disco) acarreta

em pinçamento de um ou mais nervos que estejam próximo, produzindo dor intensa

ou parestesia (formigamento) na perna, coxa, braço ou mão (depende de qual nervo

está sendo pinçado).

Muitos pacientes não conseguem entender como um problema na coluna

causa dor nas suas pernas, por exemplo. A pessoa com hérnia de disco não

obrigatoriamente deve sentir dor na coluna. Pode sentir dor apenas na coluna, como

pode sentir dor apenas nos braços, pernas ou cabeça, ou em todas estas regiões.

Isto dependerá de quais nervos foram pinçados.


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3.2 ETIOLOGIA E ETIOPATOGENIA

A hérnia de disco consiste na propulsão de parte do núcleo pulposo através

do anel fibroso, envolvendo tipicamente um disco que demonstre sinais de

degeneração prévia. O surgimento se dá mais freqüentemente entre os 35 e 40

anos. As causas são variadas: trauma, estresse, genética. Entretanto, as disfunções

posturais são as mais freqüentes. A má postura adquirida pela maioria da população

nas atividades de vida diária é responsável pelo aumento da pressão intradiscal e

conseqüente degeneração do mesmo (KISNER, 1995)

Segundo Hamill (1999), as características anatômicas e funcionais das

articulações, o segmento móvel, consiste em: duas vértebras e um disco que as

separa. O disco é capaz de suportar forças compressivas, de torção e de

curvamento, o seu papel, é exatamente suportar e distribuir as cargas e restringir o

excesso de movimentos que ocorre no seguimento vertebral. Cada disco é formado

pelo núcleo pulposo e anel fibroso.

Quando se forma a hérnia, o abaulamento da cartilagem comprime o feixe

nervoso e vasos sangüíneos (externos às vértebras) ou suas ramificações

transversalmente. Essa compressão impede que a irrigação sangüínea alimente os

nervos, provocando inflamações, dores e formigamentos em braços ou pernas,

dependendo de sua localização na coluna tendo uma sintomatologia sensitiva e

motora (HAMILL, 1999).

Existem dois movimentos que comprometem a integridade do disco: a

aplicação de forças de compressão axial, pois pode levar a degeneração discal e os

movimentos de flexão anterior que pode levar a protusão do disco (GABRIEL;

PETIT; CARRIL, 2001).


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O núcleo pulposo tem 80% a 90% de água e 15% a 20% de colágeno esse

conteúdo de água diminui durante o dia devido as forças compressivas exercidas

sobre a coluna nas atividades diárias podendo causar uma redução de

aproximadamente 1 cm, porém durante a noite esse conteúdo é restaurado. O

influxo e efluxo da água é responsável por transportar nutrientes para dentro e

remover produtos metabólicos. A manutenção do corpo em uma posição estática

por muito tempo diminui a ação de bombeamento afetando a integridade do disco

(OLIVER & MIDDLEDITCH, 1998).

O disco é avascular e aneural, com isso, sua cicatrização não é muito

promissora ele funciona hidrostáticamente, respondendo com flexibilidade a baixas

cargas, e com rigidez a altas cargas”, ou seja, o disco age como um amortecedor, já

que o núcleo pulposo distribui uniformemente as pressões geradas sobre ele

(FERNANDES, 2000).

Hamill (1999), descreve ainda que a região lombar da coluna é a mais

lesada devido principalmente as grandes cargas que ela suporta, com isso, lesão

nessa região, principalmente se houver compressão nervosa pode causar

entorpecimento, formigamento ou dor nos segmentos adjacentes do corpo. A

etiologia da dor não está bem definida, mas pode ocorrer por trabalho repetitivo,

curvamento e torções, ações de empurrar e puxar, escorregões, quedas e posturas

de trabalho estáticas ou sentadas. Força e flexibilidade muscular também podem

causar dor lombar e tem ligação direta com isquiotibiais retraídos, abdominais

fracos havendo assim pouco controle sobre a pelve com prevalência de uma

posição hiperlordótica sobrecarregando indevidamente as articulações e o disco

intervertebal.
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3.3 FISIOPATOLOGIA

A hérnia de disco consiste na migração do núcleo pulposo com fragmento

do anel fibroso para fora de seus limites funcionais, podendo ser: protrusas, quando

a base de implantação sobre o disco de origem é mais larga que qualquer outro

diâmetro; extrusas, quando a base de implantação sobre o disco de origem é menor

que algum dos seus outros diâmetros ou quando houver perda no contato do

fragmento com o disco; ou seqüestradas, quando um fragmento migra dentro do

canal, para cima, para baixo ou para o interior do forâmen (CECIN, 2000).

Em relação à integridade do ligamento longitudinal posterior da coluna, as

hérnias extrusas podem ser contidas e não-contidas, apresentando ou não migração

crânio-caudal. Esta relação também deve ser descrita no plano transversal, podendo

ser caracterizada como: póstero-mediana ou central, que geralmente se manifesta

por lombalgia aguda, eventualmente com irradiação; para-mediana ou centro-lateral,

que pode comprometer a raiz transeunte ou a raiz emergente; foraminal, que

compromete a raiz emergente; ou extra-foraminal ou póstero-lateral, que

compromete a raiz superior, pois o trajeto das raízes lombares é obliquo

(HENNEMANN, 2000).

Hennemann chama a atenção para a importância de correlacionar os

achados de imagem com os dados clínicos, para a correta localização da hérnia.

A hérnia de disco lombar é uma das doenças mais freqüentes na prática

clínica dos neurocirurgiões e ortopedistas. Estima-se que 30% dos gastos com dores

lombares nos EUA são em decorrência de pacientes portadores de hérnia de disco

(KNOPLICH, 2003).
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As hérnias de disco são um problema comum (2 a 4%) na população em

geral, mas afetam mais comumente pessoas na terceira década de vida, ou mais.

Vários fatores, tais como sobrecarga de peso, fumo, genética e traumatismos

repetidos, podem favorecer o aparecimento da doença (KNOPLICH, 2003).

De acordo com Ortiz e Abreu (2000), "hérnia" é o termo genérico utilizado

em Medicina quando uma estrutura atravessa um orifício, normal ou não, e ocupa

um espaço que normalmente não é seu. Assim temos "hérnia umbilical", quando

alguma estrutura abdominal atravessa a cicatriz do umbigo; "hérnia de hiato",

quando parte do estômago atravessa o diafragma em direção ao tórax; e assim por

diante.

Nossa coluna vertebral é formada por múltiplas vértebras, ossos individuais

que se "empilham" uns sobre os outros. Entre uma vértebra e outra, há em geral um

disco, formado por tecido fibroelástico resistente, que funciona como um

"amortecedor", suavizando os impactos do dia-a-dia.

Segundo Ortiz e Abreu (2000), vários fatores podem causar a desidratação

e consequente degeneração do disco, que perde sua elasticidade. Sua cápsula,

normalmente mais resistente, pode se romper ou afrouxar, permitindo que o seu

conteúdo (mais "mole"), invada o interior da vértebra (o chamado "canal vertebral"),

comprimindo assim as raízes dos nervos e causando dor.

Na hérnia de disco, a dor é provocada de acordo com sua localização: nas

hérnias cervicais o paciente pode apresentar dores que se irradiam do pescoço para

os braços. No tórax a dor parece uma "cinta apertada no dorso", e na região lombar

pode ocorrer a dor ciática.

A dor ciática ocorre quando algo (na maioria das vezes, uma hérnia de disco

lombar), comprime o nervo ciático, que é o nervo mais importante da perna. A dor
26

em geral é muito forte, correndo perna abaixo às vezes como um "choque elétrico"

ou "formigamentos", e pode piorar com o movimento.

Hennemann (2000) relata que as causas intrínsecas dessa herniação discal

se devem às diferenças histológicas na composição e disposição das fibras

colágenas do ânulo fibroso; essas fibras possuem uma disposição lamelar

descontínua e incompleta na porção posterior do ânulo fibroso, o que facilita a

protusão do núcleo pulposo que comprime a raiz nervosa, produzindo os sintomas.

Outros fatores também considerados importantes por alguns setores são

ligamento longitudinal posterior estreito nessa região da coluna, os processos

degenerativos próprios do envelhecimento, traumas etc.

A hérnia é mais comum entre as vértebras L4-L5 e L5-S1. Os estudos de

Humphreys (1999) reportaram uma forte predisposição genética na etiologia da

degeneração do disco vertebral. Alterações na hidratação e no colágeno também

são fatores importantes no desenvolvimento da hérnia discal, por reduzirem o efeito

amortecedor. Dessa forma, haverá a transmissão de grande parte das forças que

serão distribuídas assimetricamente. Ortiz e Abreu (2000) apontam o levantamento

de peso como 31,4% das causas, 10 % para a realização de esportes e 2,7 % para

quedas.

Segundo Kapandji (2000), a partir dos 25 anos as fibras do anel fibroso

começam a desenvolver degenerações. As difusões da substância nuclear podem

ser concêntricas, mas geralmente são radiais. As difusões anteriores são raras

devido ao reforço pelo ligamento longitudinal anterior. Já as posteriores são bem

freqüentes, principalmente no sentido póstero-lateral. Dessa forma, ao sofrer a

pressão axial e entrar em esmagamento, uma porção do núcleo pulposo difunde-se,

quer para frente, quer para trás, podendo alcançar a borda posterior do disco e
27

aparecer sobre o ligamento vertebral comum posterior, e permanecer bloqueada

pelo ligamento, ou entrar em conflito com alguma raíz nervosa.

Garcia (1996) afirma que a hérnia de disco é uma entidade clínica comum

no meio neurocirúrgico sendo talvez a patologia mais comum em nossa

especialidade. Apesar disto, não é fácil operar esta doença, pois vários cuidados

devem ser tomados durante o procedimento para que tenhamos um bom resultado.

A primeira providência a ser observada é selecionar o paciente correto para cirurgia,

isto é, não é o fato de encontrarmos uma hérnia no exame neurorradiológico que

indicamos cirurgia, mas sim um conjunto de sinais e sintomas, bem como o exame

que nos dá a indicação da terapia cirúrgica. A melhor técnica na atualidade é a

microdiscectomia através de hemi-hemi laminectomia ou apenas através de

flavectomia com retirada mínima de estruturas que protegem e também mantém a

coluna íntegra dando sustentação ao corpo.

Os sintomas em geral são de dor lombar com irradiação para um membro

ou, muito mais raramente, para os dois membros inferiores, dificuldade de

movimentação importante, sinais radiculares, parestesia (dormência), abolição ou

redução do reflexo Patelar ou Aquileu, sendo que se não há melhora evidente

mesmo com tratamento clínico, aí sim indicamos o tratamento cirúrgico.

O primeiro sintoma da hérnia de disco lombar é uma dor aguda, em

queimação e em pontada, que irradia para a parte lateral ou posterior da perna até

abaixo do joelho (HUMPHREYS, 1999).

As manifestações de dor, com ou sem irradiação para o dermátomo

correspondente, acompanhada de sinal de Lasegue e Tensão do Ciático positivos,

comprometimento de reflexos, diminuição de força a alterações de sensibilidade

estão presentes, mas são variáveis de caso a caso (HENNEMANN, 2000).


28

A dor varia também com a mudança de posição. A posição de decúbito

lateral associada à flexão de quadril alivia a dor ciática de L5-S1. A pressão no disco

intervertebral aumenta na posição sentada e inclinada, e diminui na posição de pé

ou deitada, explicando porque a maioria dos pacientes sentem alívio na postura

ereta ou deitada. No entanto, alguns pacientes sentem alívio na posição em pé ou

sentado e piora em decúbito (HENNEMANN, 2000).


29

4 A HIDROTERAPIA NO TRATAMENTO DA HÉRNIA DE DISCO LOMBAR

4.1 PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA

Segundo Kisner (1995) a água possui propriedades físicas importantes que

contribuem com os benefícios da aplicação terapêutica. São eles: densidade, que é

a relação entre massa e volume de uma substância; gravidade especifíca ou

densidade relativa, que é a relação entre a densidade da substância e a densidade

da água; pressão hidrostática, onde a lei de Pascal afirma que a “pressão do líquido

é exercida igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo imerso em

repouso.” A pressão aumenta com a profundidade e densidade; flutuação ( princípio

de Arquimedes ), ele afirma que há “ uma força oposta à gravidade atuando sobre o

objeto.” Quando um corpo está completa ou parcialmente imerso em um líquido em

repouso, ele sofrerá um empuxo para cima igual ao peso do líquido deslocado. A

força se origina de que a pressão de um líquido aumenta com a profundidade.

Corpos com densidade relativa maior que 1 afundará e os com menor que 1 flutuará

pois o peso do objeto é menor do que o peso do corpo deslocado.

Um dos benefícios mais importantes da reabilitação aquática é a

intervenção precoce, visto que na fase aguda da doença os exercícios em terra não

são toleráveis, por aumentar as cargas compressivas na coluna. Na água, essas

forças são reduzidas, favorecendo um programa de reabilitação mais intenso e

precoce sem prejudicar a coluna. Com o calor da água, há redução do espasmo

muscular e da dor pelo maior aporte de sangue e oxigênio para os tecidos lesados, e

proporcionando ao paciente o preparo necessário para os exercícios em terra

(WHITE, 1998).
30

Falar sobre as propriedades físicas da água é um pré-requisito primordial

para a fundamentação e a aplicação de qualquer atividade dentro do meio aquático.

Por exemplo, como poderia um fisioterapeuta criar exercícios sem ter noção das

forças que atuam sobre o corpo de seu paciente dentro da água? Ou como um

treinador de natação poderia estabelecer um treinamento para seu atleta sem ter em

mente as dificuldades que este vai ter ao se deslocar dentro da água? Hay (2001)

lembra que um nadador sofre influencia de dois fluídos diferentes (água e ar).

A hidrocinesioterapia ativa (de forma grosseira) pode ser conceituada

apenas como exercícios terapêuticos ativo em meio aquoso. Entretanto há

mudanças mais complexas, devido as propriedades da água, que envolvem esta

técnica utilizada na fisioterapia. Por exemplo: o fisioterapeuta teria o seu trabalho

extremamente limitado caso esse não soubesse que a pressão hidrostática da água

massageia o corpo de seu paciente ajudando na circulação sanguínea e até mesmo

nas funções renais (CORDEIRO, 2003).

Algumas definições básicas da hidrostática são:

Fluidos – os gases e líquidos são fluidos, estes ao serem expostos a uma

força alteram a sua forma.

Nogueira (2000) afirma que hidrostática é a parte da hidromecânica que

estuda o efeito da gravidade sobre o equilíbrio dos líquidos e lembra que esta se

preocupa com o estudo da flutuação e da flutuabilidade.

A matéria pode ser encontrada em três estados (sólido, líquido e gasoso). É

formado por átomos que se unem em moléculas, ocupando um espaço.

Peso = massa X aceleração (gravidade). Portanto ao diminuir-se a

aceleração, diminui-se o peso. Sabe-se que a aceleração pode ser substituída pela

gravidade, e que esta varia de acordo com a característica do meio.


31

Sabendo-se que no meio aquático a ação da gravidade não atua sozinha,

devido a força de empuxo (que será explicada mais a frente), torna-se notório que

ela sofrerá alguma modificação, sendo menor do que fora da água, vale lembrar que

quanto maior a profundidade, maior será a força de empuxo, conseqüentemente a

diminuição no peso será ainda maior. Nogueira (2000) destaca as vantagens deste

efeito: “em daí a agradável sensação de ”alívio de peso” experimentada pelos

praticantes dos exercícios aquáticos, o que os torna grandemente acessíveis

também às gestantes, obesos ou portadores de deficiências físicas entre outros.

Brandt (2000) também cita a diminuição do peso: Muito se tem falado da

natação como uma atividade física que proporciona benefícios à saúde. Isso porque

no meio líquido o peso corporal é menor, diminuindo, conseqüentemente, as

sobrecargas articulares.

De acordo com Aborrage (1997), com a água na altura do ombro, o peso

corporal é reduzido a quase 90%.

A massa é a quantidade que um objeto contém de substância ou matéria. Já

a densidade é igual a Massa/Volume. Se um objeto tem densidade menor do que a

água ele flutua, se não tiver ele afunda. Uma curiosidade é que a água do mar é

mais densa do que a água potável, e mesmo assim o número de afogamentos em

praias é relativamente alto.

A mulher tem uma densidade menor do que a dos homens (962kg/m3 X

978kg/m3), portanto exibem melhor condição de flutuação. Nogueira (2000), afirma

que nas sessões de hidroterapia, a menor densidade feminina favorece aquelas

atividades que visarão maior amplitude nos movimentos articulares, maior

elasticidade muscular e maior grau de descontração e relaxamento físico.


32

Reid (1998) destaca a maior amplitude de movimento nas atividades na

água. Boiar: o ato de boiar exerce pressão na parte do corpo que está submersa e

opõe-se à força da gravidade, possibilitando que o corpo se mova com maior

facilidade e liberdade que na terra.

A densidade relativa é conceituada como peso específico ou gravidade

específica. É de grande importância para se saber se um corpo vai ou não flutuar e

pode ser calculada pela seguinte fórmula:

Densidade relativa = massa de um dado volume da substancia

massa de um igual volume de água

Ou seja, se um corpo está imerso num líquido em repouso, ele sofre um

empuxo para cima igual ao peso do líquido deslocado.

Os valores de densidade relativa do homem e da mulher vem comprovar a

capacidade de flutuação destes, com pequena vantagem para as mulheres. Além

desses valores confirmarem a vocação humana para a flutuabilidade na água, vale

ainda mencionar que as mulheres, em razão de uma constituição corporal que inclui

ossos menos densos, cintura pélvica maior que a cintura escapular e maior

quantidade de tecido adiposo na composição corporal entre outros fatores, reúnem

excelentes condições para a flutuação, inclusive na posição dorsal. Para os homens

embora as condições de flutuação sejam também favoráveis, deverá ocorrer

entretanto, um maior emprego da força muscular, para que seja possível uma maior

sustentação na água (NOGUEIRA, 2000).


33

Ainda neste tópico, podemos citar o fato dos órgãos serem empurrados

contra o crânio, devido à força de empuxo, o que é um importante aliado no

funcionamento de diversos órgãos.

Outro beneficio relacionado a esta propriedade, é o auxilio que ela dá ao

retorno venoso, já que ela diminui a ação da gravidade e facilita a “subida” do

sangue que esta nos membros inferiores. Esta força de empuxo ocasionada pela

densidade relativa pode ser usada para fazer resistência ou para facilitar o

movimento, dependendo do material que está sendo usado, e do sentido que está

sendo realizado o movimento (WHITE, 1998).

A pressão hidrostática é uma pressão que os líquidos e os gases produzem

por si próprios, sobre todas as partes do corpo que estiverem imersas na água. Essa

pressão vai aumentar quando a densidade e a profundidade do líquido aumentarem.

Segundo White (1998), ao entrar na água o paciente já é submetido a essa

força, que se caracteriza por uma compressão das partes do corpo que estiverem

submersas. Ela se torna mais visível no tórax, devido à resistência que acaba

criando aos movimentos respiratórios, o que em casos de comprometimentos ou

menor capacidade da função de respiração deve ser levando em consideração, ao

fazer o planejamento de tratamento do individuo, pois este deve passar por uma

fase de adaptação, realizando os primeiros tratamentos em piscinas mais rasas e

com intensidade que esteja de acordo com o seu limite.

A pressão hidrostática também desvia a distribuição sanguínea das vias

superficiais, aumentando o volume de sangue na caixa toráxica. Wilke apud

Nogueira (2000), diz que este aumento no volume pode variar de 0,2 a 0,4 litros de

sangue adicionais, o que levaria a uma aumento de 770 para 920ml de volume

cardíaco. Esse maior aporte sanguíneo afeta especialmente o ventículo esquerdo e


34

compromete a secreção hormonal, responsável pela continência urinária. A

conseqüência é uma secreção urinária consideravelmente aumentada (reflexo de

Gauer-Henry).

O aumento da resistência muscular, devido a maior força que terá que ser

usada para superar a resistência imposta pela pressão hidrostática e outro dos

benefícios causados por esta propriedade.

Kisner (1995) destaca que esta pressão também ajudará na circulação

sangüínea, pois equilibra a pressão hidrostática nas partes do corpo imersas: Existe

pressão vinda da água, à medida que aumenta a profundidade. Esse efeito atinge a

região que circunda as articulações ou os problemas circulatórios, porque o fluido

estático em torno das articulações exerce força para bombear o sangue ao coração

pela pressão hidrostática.

Aborrage (1997) resume citando, o estímulo a circulação periférica, a

resistência, imposta pela água na altura dos ombros, sobre a “caixa toráxica” e o

fortalecimento da musculatura envolvida na respiração, como principais

contribuições da pressão hidrostática.

As moléculas de um fluido estão sempre em atrito. Este choque entre as

partículas de água é que caracterizem a viscosidade. Estes movimentos irão causar

uma resistência ao movimento, que será somada a resistência causada pela

pressão hidrostática, aumentando a sobrecarga sobre o músculo atuante, o que

causará um trabalho ainda maior em termos de resistência muscular.

Tendo esse conhecimento e relacionando-o a intensidade do exercício,

velocidade e amplitude do movimento, pode-se traçar os objetivos que se pretende

atingir.
35

O calor na água é conduzido com uma eficiência 25 vezes maior do que no

ar, o que faz com que o corpo humano perca aproximadamente 4 vezes mais calor

no meio aquático. Estima-se ainda que a perda de calor durante 15 minutos de

contato com a água a 200 C, seja correspondente à igual perda ocorrida na

exposição ao ar, à mesma temperatura, mas no período de uma hora (NOGUEIRA,

2000).
36

Esse conhecimento torna-se essencial para as atividades aquáticas, já que

a longa duração de atividades aquáticas deve ser cuidadosamente estudada e

supervisionada, pois dependendo da temperatura da água podem ocorrer casos

sérios de hipotermia entre outros.

Portanto, as sessões ou treinamentos terapêuticos dentro da água devem

ter o tempo reduzido caso a temperatura da água se encontre abaixo de 230C.

Principalmente para crianças que tem grande superfície corporal e pouco tecido

adiposo. No caso de treinamento que envolvam atletas preparados o tempo de

tolerância é um pouco maior, já que neste caso o rítmo da atividade é maior.

Aborrage (1997), comenta sobre influencias em algumas variações

cardiovasculares, causadas pela temperatura. Ele destaca que temperaturas

elevadas podem elevar a freqüência cardíaca, para qualquer aumento no consumo

de oxigênio. É importante frisar que a exposição a temperaturas mais altas aumenta

a elasticidade muscular, ajudando a aumentar o ângulo do movimento – prevenindo-

se contra danos nos músculos durante o exercício.

A temperatura ideal para a prática de atividades físicas na água, ira variar

de acordo com o público, condições da piscina (se é aberta ou fechada) e as

condições climáticas. Por exemplo: gestantes (principalmente nos três primeiros

meses de gravidez), não podem praticar atividades em águas com temperaturas

muito elevadas, podendo ocorrer problemas, pois o embrião ainda não tem como

dissipar calor. Temperaturas entre 26º e 29º são temperaturas dentro de uma faixa

aceitável (WHITE, 1998).

Centro de gravidade é o lugar do corpo aonde é mais notória a ação da

gravidade. Centro de flutuação ou de empuxo é o lugar do corpo aonde é mais

notória a ação do empuxo (este está relacionado à densidade especifica, que já foi
37

comentado anteriormente). Quando estes dois centros se alinham ocorre um alívio

no peso corporal, pois um contrapõe o outro, o que pode ser sentido na coluna, que

sofre uma tração, ou seja, as vértebras sofrem um pequeno afastamento.

Diminuindo-se a pressão intradiscal (pressão nos discos intravertebrais)

(NOGUEIRA, 2000).

Na diminuição da força de compressão, novamente, percebe-se o efeito do

boiar. Quanto maior a profundidade, menor a ação das forças de compressão ou

sobrecarga nas articulações, bem como nos discos intervertebrais e na coluna

vertebral. Esse alívio também é sentido nas articulações, o que chama a atenção

para a utilização de caneleiras de peso dentro da água, pois estes podem realizar

uma sobrecarga excessiva, podendo gerar lesões. No caso de halteres de peso, e

importante se tomar cuidado com a segurança dos pacientes, pois vale lembrar que

os halteres estarão molhados, o que possibilitaria que estes escorregassem das

mãos dos pacientes (ABORRAGE, 1997).

Aborrage diferencia este alinhamento dos dois centros em relação aos

homens e mulheres. Os homens possuem ombros e troncos mais largos, sendo

seus quadris mais estreitos, o que faz com que o CF se eleve. Já as mulheres se

caracterizam por terem os quadris mais largos e os ombros e troncos mais estreitos,

o que faz com que o CF seja mais baixo.

Esta diferença de CF faz com que a melhor posição de flutuação seja

diferente entre mulheres e homens. Por exemplo, os homens, por terem o centro de

flutuação mais elevado, tem mais facilidade em “boiar” na posição vertical, isto

explica o melhor rendimento dos homens em atividades como o pólo aquático. Já as

mulheres, com seus centros mais baixos tem maior facilidade em se posicionarem

na posição horizontal, o que explica a maior participação feminina no nado


38

sincronizado, e o maior sucesso da hidroginástica com as mulheres, pois a posição

vertical é a mais usada durante atividade, o que exige uma maior ação dos músculos

relativos a postura.

O alinhamento corporal e a atitude postural podem ser melhorados para

ambos os sexos, basta que sejam utilizados exercícios que alterem posições,

direções e profundidades, que serão auxiliados ainda pela turbulência da água. A

refração ocorre quando o raio de luz penetra na água e sofre uma deflexão, isto

porque o meio aquático possui uma densidade diferente. Portanto os exercícios que

estiverem sendo realizados dentro da água, serão vistos pelo observador com um

certo grau de imprecisão (GUIMARÃES, 1998).

De acordo com Tubino (1994), as qualidades físicas e suas divisões são:

QUADRO 1
QUALIDADES FÍSICAS E SUAS DIVISÕES
QUALIDADES TIPOS
1 – Velocidade de reação
VELOCIDADE 2 – Velocidade de deslocamentos
3 – Velocidade de membros
1 – Força dinâmica
FORÇA 2 – Força estática
3 – Força explosiva
1 – Equilíbrio dinâmico
EQUILÍBRIO 2 – Equilíbrio estático
3 – Equilíbrio recuperado
COORDENAÇÃO -
RITMO -
AGILIDADE -
1 – Resistência Aeróbica
RESISTÊNCIA 2 – Resistência Anaeróbica
3 – Resistência muscular localizada
FLEXIBILIDADE -
DESCONTRAÇÃO 1 – Descontração total
2 – Descontração diferencial

O fisioterapeuta deve conhecer as diversas propriedades físicas da água

para que o seu trabalho neste momento seja bem sucedido. Por exemplo: a pressão
39

hidrostática exerce um efeito massageador sobre o corpo que, por si só já

melhoraram diversas funções do organismo (exemplo: função renal, circulação entre

outras), estes benefícios podem ser amplificados se forem bem utilizados pelo

individuo que está ministrando a sessão.

A primeira subdivisão de descontração deve ser trabalhada com mais

intensidade para que haja um trabalho do corpo como um todo, mas também podem

ser feitos tipos de relaxamento que visem a segunda subdivisão, desde que o

indivíduo tenha um objetivo definido.

4.2 A REABILITAÇÃO DO PACIENTE ATRAVÉS DE EXERCÍCIOS AQUÁTICOS

Quando em água aquecida a determinadas temperaturas, as estruturas

mais internas do corpo se relaxam: articulações, ligamentos, tendões, ocorre alívio

da dor. Nesta condição e com a redução do peso corporal, provocada pela força do

empuxo, (ver tabela acima), a pessoa ganha a possibilidade de explorar movimentos

de maiores amplitudes e em maior número, muitas vezes impossível de serem

realizados no solo (CORDEIRO, 2003).

Os problemas de equilíbrio são tratados com mais facilidade. Na água a

resistência aos movimentos é 600 vezes maior que no ar, portanto, haverá mais

tempo para se executar um ato motor seguro, melhorando a imagem do movimento

e/ou reeducando-o (CORDEIRO, 2003).

A água,de piscinas aquecidas, oferece mais vantagens e benefícios para o

tratamento de pessoas que sofrem de hérnia de disco do que os colchões e tablados

das salas de fisioterapia (BRANDT, 2000).


40

Kolian (1999) propõe que o primeiro fator a ser considerado no tratamento

hidroterápico é a redução da dor e espasmo e a estabilização dos movimentos

padrões, onde é ensinado ao paciente como manter a coluna em posição neutra nas

posições funcionais, como ao se levantar, ao transferir-se, ao se ajoelhar. Essa

posição neutra é definida como a posição que garante maior estabilidade e menor

estresse para a coluna. O próximo passo seria o fortalecimento do tronco proximal

para desenvolvimento da postura a facilitar função. Desde que o paciente esteja

hábil para manter a coluna neutra (através do fortalecimento dos abdominais), o

paciente deverá realizar uma série de exercícios de estabilização com o objetivo de

criar um feedback no centro de controle motor para manter sempre esta

estabilização.

A modificação dos estilos de nado para a reabilitação aquática também é

válida. Os objetivos são eliminar movimentação do tronco, reforçar o controle

lombar, encorajar propulsão dos quadris, joelhos e tornozelos, desenvolver

estabilidade do pescoço e cabeça e estabilizar o controle e força dos membros

superiores (KOLIAN, 1999).

Foi realizado um estudo por Mcilveen e Robertson, em 1998, randomizando-

se paciente com lombalgia e lombociatalgia para tratamento hidroterápico em grupo

experimental e controle. O diagnóstico mais freqüente foi degeneração do disco

intervertebral e condições degenerativas da coluna. Após 4 semanas, com sessões

de 60 minutos 2 vezes por semana, os pacientes do grupo experimental

apresentaram melhora significativa da capacidade funcional. Os pacientes do grupo

controle apresentaram uma deterioração da funcionalidade. As outras variáveis

como dor, grau de flexão e extensão lombar, reflexos neurológicos e sinal de


41

Lasegue não apresentaram resultados estatisticamente válidos, entretanto a maioria

dos pacientes beneficiados estavam no grupo experimental.

Langridge e Phillips (1998) concluiram que, dos 27 pacientes do tratamento

hidroterápico, 96% relatou aumento da qualidade de vida e 67% diminuição dos

custos com médicos. Após 6 meses de tratamento, 85% relatou alívio da dor.

Smit (2001) submeteu 19 pacientes com lombalgia crônica a tratamento

hidroterápico, desses, 14 relataram diminuição da dor e 16 aumento da mobilidade

tóraco-lombar.

5 CONCLUSÃO

Este estudo teve a finalidade de realizar uma revisão sobre as definições

mais recentes sobre hérnia de disco lombar, procura resumir as pesquisas de maior
42

relevância que optaram por utilizar o tratamento conservador, aborda a questão do

comportamento sedentário para o crescimento desta enfermidade e mostra a

importância da atividade física para a recuperação nestes indivíduos sintomáticos.

Acredita-se também, que seja de fundamental importância descrever quais foram às

investigações que obtiveram reabsorção do núcleo pulposo através do tratamento

conservador.

Da leitura dos diversos autores pode-se concluir que o tratamento

conservador da hérnia de disco lombar necessita de mais evidências científicas.

Vários tratamentos são propostos, dentre eles a hidroterapia, tratamento

considerado mais adequado para a hérnia de disco pois as propriedades físicas da

água, principalmente a flutuação, possuem repercussões positivas em relação à

hérnia proporcionando alívio da dor, melhora da postura e mobilidade, normalização

dos sinais neurológicos e da qualidade de vida.

Percebe-se a importância da postura na prevenção da hérnia de disco. As

orientações de posicionamento funcional para as atividades de vida diária são

essenciais para evitar as recidivas. Assim como um diabético necessita de insulina

diariamente, o paciente com hérnia de disco lombar, ou qualquer outra patologia da

coluna, deve cuidar da sua coluna diariamente.

A hidroterapia, como método de tratamento fisioterapêutico no tratamento

da hérnia de disco lombar, além do baixo custo, tem obtido os melhores resultados.

Quando um indivíduo que adquiriu hérnia de disco lombar minimiza seu quadro

clínico de dor, através da atividade física aquática, ele está sendo grandemente

beneficiado: primeiramente, pelo fato de não correr os riscos pertinentes de toda

cirurgia de coluna, além de não apenas tratar o disco enfermo, mas também
43

aprimorar a flexibilidade, melhorar a condição cardio-respiratória e, talvez, abrandar

crises recidivas.

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