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Sucessões Reais

Ana Isabel Matos


DMAT

18 de Outubro de 2000
Conteúdo
1 Noção de Sucessão 2

2 Limite de uma Sucessão 2

3 Sucessões Limitadas 3

4 Propriedades dos Limites 4

5 Limites In…nitos 8
5.1 Propriedades dos Limites In…nitos . . . . . . . . . . . . . . . . 9

6 Sucessões Monótonas 12

7 Subsucessões 14

8 Resultados úteis no cálculo de limites 16

9 Sucessões de…nidas por recorrência 17


9.1 O Método de Indução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

10 Exercícios Propostos 21

11 Exercícios Complementares 25

1 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
1 Noção de Sucessão
De…nição 1 Chama-se sucessão de números reais a qualquer aplicação
u do conjunto N; dos inteiros positivos, em R, a qual pode ser representada
por (un )n2N , (un )n ou simplesmente por (un ). A un chama-se o termo geral
da sucessão.

São exemplos de sucessões de números reais:

u:N ! R ; v:N ! R e t:N ! Rp :


n ! un = n+3 n ! vn =e n2 n ! tn = 3 sin n
n

Exemplo 1 A progressão aritmética de razão r e primeiro termo a;


cujos termos são a; a + r; a + 2r; : : :, é de…nida por:

un = a + (n 1) r , 8n2N :

Exemplo 2 A progressão geométrica de razão r e primeiro termo a;


cujos termos são a; ar; ar2 ; : : :, é de…nida por:

un = arn 1
, 8n2N :

2 Limite de uma Sucessão


De…nição 2 Diz-se que o número real a é limite da sucessão (un ) ; ou
que (un ) converge ou tende para a; e escreve-se

lim un = a ou un ! a ou abreviadamente lim un = a


n!+1

se para qualquer > 0 existe p 2 N tal que para qualquer n > p , jun aj < .
Isto é
un ! a sse 8 > 0 9 p 2 N : n > p ) jun aj < .

Ou seja, un ! a sse para qualquer > 0, existe uma ordem a partir da


qual todos os termos da sucessão pertencem ao intervalo ]a ; a + [.

De…nição 3 Uma sucessão (un ) diz-se convergente se existe um número


real a tal que un ! a. Uma sucessão que não é convergente diz-se diver-
gente.

2 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
1
Exemplo 3 Dada a sucessão de termo geral un = 2n+3
, mostremos, por
de…nição, que lim un = 0; ou seja que

8 > 0 9p 2 N : n > p ) jun 0j < :

Seja > 0;

1 1
jun 0j < , < , < ,
2n + 3 2n + 3 pois 2n+3; >0

1 1 1 1
, 2n + 3 > , 2n > 3,n> 3 :
2
1 1
Considere-se p 2 N tal que p 2
3 . Então para n > p tem-se que
1
2n+3
0 < .

As sucessões (( 1)n )n e (2n + 3)n são divergentes.

Proposição 1 (Unicidade do limite) O limite de uma sucessão quando


existe é único.

De…nição 4 Uma sucessão que converge para zero diz-se um in…nitésimo.

Da de…nição de limite de uma sucessão, conclui-se imediatamente que:

un converge para a sse un aé um in…nitésimo.

Observação 1 Assim como de…nimos as noções de sucessão e sucessão con-


vergente nos reais, podemos também de…nir estas noções nos complexos ou
em qualquer corpo onde esteja de…nida uma relação de ordem que seja com-
patível com as operações (por exemplo, nos racionais). Em qualquer uma
destas situações, podemos fazer um estudo análogo ao que aqui será feito
para o caso dos reais.

3 Sucessões Limitadas
Recordemos que sendo A um subconjunto de R e a e b reais, diz-se que b é
um majorante de A se qualquer elemento de A for menor ou igual a b e
diz-se que a é um minorante de A se qualquer elemento de A for maior ou
igual a a. Diz-se que um subconjunto de R é majorado (ou limitado supe-
riormente) se tiver majorantes, minorado (ou limitado inferiormente)
se tiver minorantes e limitado se for majorado e minorado. Um conjunto
que não seja limitado diz-se ilimitado.

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De…nição 5 Uma sucessão (un ) diz-se limitada se o conjunto dos seus ter-
mos, fu1 ; u2 ; u3 ; : : : ; un ; : : :g ; é limitado, ou seja se,

9L; M 2 R 8n 2 N; L un M .

Note-se que a condição anterior é equivalente à seguinte:

9M 2 R+ 8n 2 N; jun j M .

Por exemplo as sucessões de termos gerais un = ( 1)n , vn = sin2 n e


wn = n1 são limitadas.

Proposição 2 Toda a sucessão convergente é limitada.

Observação 2 O recíproco desta proposição não se veri…ca. Considere-se,


por exemplo, a sucessão (( 1)n )n . Esta sucessão é limitada mas não é con-
vergente.

Proposição 3 Se (un ) é um in…nitésimo e (vn ) é uma sucessão limitada


então (un :vn ) é um in…nitésimo.

Exemplo 4 Consideremos a sucessão de termo geral

sin2 (n + 1)
vn = :
2n + 3
A sucessão sin2 (n + 1) é limitada pois 0 sin2 (n + 1) 1; 8n2N .
2 (n+1)
Pela proposição anterior, a sucessão de termo geral vn = sin2n+3 converge
1
para zero, uma vez que é o produto do in…nitésimo 2n+3 pela sucessão
limitada sin2 (n + 1) .

4 Propriedades dos Limites


Proposição 4 Não se altera o limite de uma sucessão convergente modi…-
cando um número …nito de termos da sucessão.

Proposição 5 Se os termos de uma sucessão são todos iguais a uma certa


constante, então a sucessão tem por limite essa constante.

Por exemplo, aplicando os dois resultados anteriores conclui-se que a


1
n
n 7
sucessão de termo geral vn = converge para 2.
2 n>7

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Proposição 6 Se (un ) e (vn ) são sucessões convergentes tais que, a partir
de certa ordem, un vn , então lim un lim vn .

Observação 3 Note-se que o resultado anterior não se veri…ca para desigual-


dades estritas, isto é, não é verdade que sendo (un ) e (vn ) sucessões conver-
gentes tais que, para qualquer n 2 N; un < vn , se tenha necessariamente que
lim un < lim vn .
Por exemplo, sendo un = n1 e vn = 0, tem-se que un < vn para qualquer
n 2 N, e no entanto lim un = lim vn = 0:

Proposição 7 (Propriedades operatórias) Sejam(un ) e (vn ) sucessões tais


que un ! a e vn ! b, com a; b 2 R. Então:

1. un + vn ! a + b;

2. cun ! ca, sendo c 2 R;

3. un :vn ! ab;
un
4. se b 6= 0 e vn 6= 0; 8n2N então vn
! ab ;

5. se p 2 N; upn ! ap ;

6. jun j ! jaj ;
p p
7. se p 2 N e un 0; 8n2N então p un ! p a;
p p
8. se p 2 N e p é ímpar então p un ! p a:

Exemplo 5 Considerem-se as sucessões cujos termos gerais são:


1
un =
n
e
1
n
n 7
vn = :
2 n>7
Como un ! 0 e vn ! 2 tem-se:
p
un + vn ! 2; un :vn ! 0; vn2 ! 4; 4
un ! 0; un ! 0; jvn j ! 2;
un p p
! 0 e 3 vn ! 3 2:
vn

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Observação 4 A sucessão (jun j) pode ser convergente sem que (un ) seja
convergente. Por exemplo, ( 1)n é divergente mas j( 1)n j = 1 ! 1.
No entanto é verdade que
un ! 0 sse jun j ! 0;
o que é consequência imediata da de…nição de limite de uma sucessão.
Teorema 8 (Sucessões enquadradas) Sejam (un ), (vn ) e (wn ) sucessões
tais que, a partir de certa ordem, un vn wn .
Se un ! a e wn ! a; então vn ! a.
2
Exemplo 6 Vimos, no exemplo 4 , que a sucessão sin2n+3
(n+1)
é um in-
…nitésimo. Podemos chegar à mesma conclusão aplicando o teorema das
sucessões enquadradas:
sin2 (n + 1) 1
0 sin2 (n + 1) 1; 8n2N ) 0 ; 8n2N ;
2n + 3 2n + 3
2
1
como o limite da sucessão nula é 0 e lim 2n+3 = 0; então lim sin2n+3
(n+1)
= 0.
Exemplo 7 Considere-se a sucessão de termo geral
1 1 1
un = + 2 + + :
n2 +1 n +2 n2 +n
Vamos mostrar que un ! 0, para o que utilizaremos o teorema das sucessões
enquadradas.
Facilmente se veri…ca que un 0; 8n2N . Por outro lado temos que:
1 1 1 1 1 1
+ 2 + + + 2 + + =
n2 +1 n +2 n2 +n n2
+1 n +1 n2 +1
n
= 2 :
n +1
Tem-se assim,
n
0 un :
+1 n2
Como o limite da sucessão nula é 0 e lim n2n+1 = 0, pelo teorema das sucessões
enquadradas conclui-se que lim un = 0.
Observação 5 Convém observar que para calcular o limite da sucessão de
termo geral un = n21+1 + n21+2 + + n21+n não é possível aplicar as propriedades
operatórias dos limites, visto estas serem válidas apenas quando o número de
parcelas é …xo, o que não acontece neste caso. Embora no caso do exemplo
anterior esse raciocínio, apesar de ser errado, conduzisse ao valor certo do
limite, isso já não se veri…ca no exemplo que se segue.

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Exemplo 8 Considere-se a sucessão de termo geral
n n n
wn = + 2 + + :
n2 +1 n +2 n2 +n
Embora todas as parcelas desta soma tendam para zero, vamos mostrar,
utilizando o teorema das sucessões enquadradas, que wn ! 1.
Usando um raciocínio similar ao do exemplo anterior, tem-se que
n n n n n n
+ 2 + + + 2 + + =
n2 +1 n +2 n2 +n n2
+1 n +1 n2 +1
n:n
= 2 ;
n +1
isto é,
n2
wn :
n2 + 1
Por outro lado,
n n n n n n
+ + + + + + =
n2 + 1 n2 + 2 n2 + n n2 + n n2 + n n2 + n
n n2 n
=n 2 = 2 =
n +n n +n n+1
ou seja,
n
wn :
n+1
Portanto,
n n2
wn :
n+1 n2 + 1
Como,
n
n n
lim = lim n 1 =1
n+1 n
+ n
e
n2
n2 n2
lim 2 = lim n2 1
= 1;
n +1 n2
+ n2
pelo teorema das sucessões enquadradas conclui-se que

n n n
lim wn = lim + + + = 1:
n2 + 1 n2 + 2 n2 + n

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5 Limites In…nitos
De…nição 6 Diz-se que uma sucessão (un ) tem limite mais in…nito ou
tende para mais in…nito e, escreve-se,
lim un = +1 ou un ! +1;
se, para todo o número L positivo existe uma ordem p tal que para n > p; un
é maior do que L.
Ou seja, un ! +1 sse para qualquer real positivo existe uma ordem a
partir da qual todos os termos da sucessão são maiores do que esse real.
Simbolicamente,
un ! +1 , 8L > 0 9p 2 N : n > p ) un > L:
Se un ! +1 diz-se que (un ) tem limite menos in…nito ou tende para
menos in…nito e escreve-se
lim un = 1 ou un ! 1:
Isto é,
un ! 1 , 8L < 0 9p 2 N : n > p ) un < L:
Finalmente, se jun j ! +1 diz-se que (un ) tem limite in…nito ou tende
para in…nito e escreve-se
lim un = 1 ou un ! 1:
Isto é,
un ! 1 , 8L > 0 9p 2 N : n > p ) jun j > L:
De…nição 7 Uma sucessão com limite in…nito diz-se um in…nitamente
grande. Caso o limite seja +1 ou 1 a sucessão dir-se-á um in…nita-
mente grande positivo ou in…nitamente grande negativo, respectiva-
mente.
Por exemplo:
- a sucessão de termo geral un = 2n3 + 1 é um in…nitamente grande
positivo;
- a sucessão de termo geral vn = 2n3 + 1 é um in…nitamente grande
negativo;
- a sucessão de termo geral wn = ( 1)n n3 + 1 é um in…nitamente grande
(sem sinal determinado).
Uma sucessão diz-se propriamente divergente se tende para mais in-
…nto ou para menos in…nto. Uma sucessão diz-se oscilante se não for con-
vergente nem propriamente divergente.
Em resumo, as sucessões classi…cam-se do seguinte modo:

8 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
convergentes (limite …nito);
8
< propriamente divergentes (limite + 1 ou 1)
divergentes
:
oscilantes (nos restantes casos).

5.1 Propriedades dos Limites In…nitos


Proposição 9 Sendo(un ) e (vn ) duas sucessões tem-se que:

1. se un ! +1 e, a partir de certa ordem, un vn , então vn ! +1;

2. se un ! 1 e, a partir de certa ordem, vn un , então vn ! 1:

Exemplo 9 Mostremos que


p
un = n2 + 2n ! +1:
p p p
Temos que un = n2 + 2n n2 para np 1 e como n2 = n ! +1,
então pelo resultado anterior conclui-se que n2 + 2n ! +1:

Proposição 10 (Propriedades operatórias) Sendo (un ) e (vn ) duas su-


cessões tem-se que:

1. se un ! +1 e vn ! +1 então un + vn ! +1;

2. se un ! 1 e vn ! 1 então un + vn ! 1;

3. se un ! +1 (resp. 1) e vn ! a; com a 2 R; então un + vn ! +1


(resp. 1);

4. se un ! 1 e vn ! a; com a 2 R; então un + vn ! 1;

5. se un ! +1 (resp. 1) e vn ! b; com b 2 R+ ; então un :vn ! +1


(resp. 1);

6. se un ! +1 (resp. 1) e vn ! c; com c 2 R ; então un :vn ! 1


(resp. +1);

7. se un ! 1 e vn ! 1 então un :vn ! 1:

Observação 6 Muitas vezes estas propriedades são indicadas num modo


mais abreviado, que a seguir exempli…camos para o caso das alíneas 1 e 7:

(+1) + (+1) = +1 e 1:1 = 1:

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Os símbolos
1 + 1; 1 1; (+1) (+1) ; (+1) + ( 1) ;
0:1; 0: (+1) ; 0: ( 1)

são designados por símbolos de indeterminação. Isto quer apenas dizer


que nestes casos o facto de existir ou não limite, bem como o seu valor,
depende das sucessões envolvidas.
Por exemplo, consideremos as sucessões de termos gerais

un = 2n2 + 1; vn = n3 + 3 e wn = n3 + 2:

Como (un ) ; (vn ) ; e (wn ) tendem para +1; as sucessões (vn wn ) e (un wn )
correspodem a situações de indeterminação, sendo no entanto fácil estudá-las
quanto à convergência. De facto:

lim (vn wn ) = lim [(n3 + 3) (n3 + 2)] = 1;

lim (un wn ) = lim [(2n2 + 1) (n3 + 2)] = lim ( n3 + 2n2 1) =


= lim n3 1 n2 + n13 = 1:

Proposição 11 Sendo (un ) uma sucessão de termos diferentes de zero, tem-


se que:

1. se un ! 1 então u1n ! 0 (isto é, o inverso de um in…nitamente grande


é um in…nitésimo);

2. se un ! 0 então u1n ! 1 (isto é, o inverso de um in…nitésimo é um


in…nitamente grande).

De…nição 8 Se uma sucessão (un ) tende para a e, a partir de certa ordem,


un > a diz-se que (un ) tende para a por valores superiores e escreve-se
un ! a+ : Analogamente, se uma sucessão (un ) tende para a e, a partir de
certa ordem, un < a diz-se que (un ) tende para a por valores inferiores
e escreve-se un ! a :

É fácil ver que


1
se un ! 0+ resp. 0 então ! +1 (resp. 1) :
un
Por exemplo, vimos que a sucessão de termo geral

sin2 (n + 1)
vn =
2n + 3

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é um in…nitésimo. Pela proposição anterior podemos concluir que v1n é um
in…nitamente grande. Reparando que vn > 0; para qualquer n 2 N, podemos
mesmo a…rmar que v1n é um in…nitamente grande positivo.
Combinando os dois últimos resultados tem-se:
Proposição 12 Se (un ) e (vn ) são duas sucessões, tendo a última os termos
todos diferentes de zero, então:
un
1. se vn ! 1 e (un ) tem limite …nito, vn
! 0;
2. se vn ! 0 e (un ) tem limite in…nito ou …nito e diferente de zero,
un
vn
! 1;
Tal como no caso anterior, estas propriedades são por vezes representadas
do seguinte modo:
a 1 a
=0, = 1 e = 1, se a 6= 0:
1 0 0
Os símbolos
0 1 1
, e
0 1 1
são também símbolos de indeterminação, pois tal como na situação an-
terior, o facto de existir ou não limite, bem como o seu valor, depende das
sucessões envolvidas.
Consideremos novamente as sucessões de termos gerais
un = 2n2 + 1; vn = n3 + 3 e wn = n3 + 2:
Todas tendem para +1; pelo que as sucessões uvnn ; uvnn e wvnn correspondem
a situações de indeterminação do mesmo tipo. No entanto, facilmente se
determinam os seus limites que são, respectivamente, 0; +1 e 1. De facto,
2n2
un 2n2 + 1 n3
+ n13 2
n
+ n13
= 3 = = !0
vn n +3 n3
n3
+ n33 1 + n33
e analogamente se prova para os restantes casos.
Observação 7 Usando o raciocínio anterior, facilmente se prova que sendo
P (n) = a0 + a1 n + + ap np , com ap 6= 0; e Q (n) = b0 + b1 n + + bq n q ,
com bq 6= 0; polinómios de graus p e q, respectivamente, tem-se que:
+1 ; se ap > 0
lim P (n) =
1 ; se ap < 0;
8
< 1 , se p > q
P (n)
lim Q(n) = 0 , se p < q
: ap , se p = q:
bq

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6 Sucessões Monótonas
De…nição 9 Uma sucessão (un ) diz-se crescente (em sentido lato) se un+1
un , para todo o n 2 N.
Dir-se-á estritamente crescente se un+1 > un , para todo o n 2 N.
Uma sucessão (un ) diz-se decrescente (em sentido lato) se un+1 un ,
para todo o n 2 N.
Dir-se-á estritamente decrescente se un+1 < un , para todo o n 2 N.
Uma sucessão (un ) diz-se monótona se for crescente ou decrescente e
estritamente monótona se for estritamente crescente ou estritamente de-
crescente.

Exemplo 10 Consideremos a sucessão de termo geral


1
un = p :
n2 +n
É claro que esta sucessão é decrescente, uma vez que o numerador é cons-
tantemente igual a 1 e o denominadorq é positivo e crescente. De facto,
p
(n + 1)2 +(n + 1) > n2 +n; pelo que (n + 1)2 + (n + 1) > n2 + n , donde
1
(sendo números positivos) se conclui que p 2
< pn12 +n : Portanto,
(n+1) +(n+1)
un+1 < un ,8n 2 N; pelo que (un ) é estritamente decrescente.

Exemplo 11 Para veri…car que a sucessão


p
an = n 2 n

é estritamente crescente, podemos recorrer ao estudo da diferença an+1 an


ou do quociente an+1
an
. Isto é, ver que an+1 an > 0 para qualquer n 2 N;
ou que an+1
an
> 1 para qualquer n 2 N (note-se que an+1
an
> 1 é equivalente a
an+1 > an porque an > 0, 8n2N ).
Intuitivamente deve ser claro que esta sucessão é crescente, pois no seu
termo geral a parcela n2 cresce mais rapidamente que a parcela n e a raiz
quadrada é uma função crescente.
Assim,
q p p p
an+1 an = (n + 1)2 (n + 1) n2 n = n2 + n n2 n =
p p p p
n2 + n n2 n n2 + n + n2 n
= p p =
n2 + n + n2 n
2n
=p p > 0 ,8n2N :
n2 + n + n2 n

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Analogamente poderíamos mostrar que, para qualquer n > 1;
q
r r
an+1 (n + 1)2 (n + 1) n2 + n n+1
= p = 2
= >1:
an n 2 n n n n 1
Como a1 = 0 e, para qualquer n > 1; an+1
an
> 1; com an > 0, conclui-se que
an+1 > an : p
Portanto, a sucessão an = n2 n é estritamente crescente.

Observe-se que no caso do exemplo anterior torna-se mais fácil averiguar


a desigualdade an+1
an
> 1.

Teorema 13 Toda a sucessão monótona e limitada é convergente.


Mais precisamente, toda a sucessão crescente e majorada tem limite (igual
ao supremo do conjunto dos seus termos) e toda a sucessão decrescente e
minorada tem limite (igual ao ín…mo do conjunto dos seus termos).

Re…ra-se que o supremo de um conjunto é o menor dos seus majorantes


e o ín…mo é o maior dos seus minorantes.

Exemplo 12 Consideremos novamente a sucessão do exemplo anterior supondo


n > 1. Como
p 1 1
an = n2 n > 0 e an < an+1 vem que > :
an an+1
1
Portanto, a sucessão an
; de…nida para n > 1; é monótona decrescente e,
como é limitada pois 0 p 1 p1 ; 8n > 1 ; conclui-se que tem limite
n2 n 2
…nito.

Proposição 14 Toda a sucessão monótona tem limite …nito ou in…nito.

Assim, dada uma sucessão monótona, tem-se um de dois casos:

a sucessão é limitada e, portanto, tem limite …nito, visto que é conver-


gente;
a sucessão não é limitada, e neste caso tem limite +1 ou 1 conforme
é crescente ou decrescente.

A sucessão (an ) do exemplo anterior é monótona crescente e não é limi-


tada, pelo que tem limite +1. p
Analogamente, a sucessão de termo geral an = n2 n é decrescente
e não é limitada, pelo que tende para 1.

13 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
Exemplo 13 Considere-se a sucessão de termo geral
n
1
1+ :
n

Prova-se que esta sucessão é crescente e tem todos os termos compreen-


didos entre 2 e 3. É , portanto, uma sucessão monótona e limitada, pelo que
é convergente em R:
O limite desta sucessão é um número real muito importante e representa-
se por \e". Assim,
n
1
lim 1 + = e;
n
sendo este número um irracional.

7 Subsucessões
De…nição 10 Seja (un ) uma sucessão e (nk ) uma sucessão estritamente
crescente de elementos de N. A sucessão vk = unk diz-se uma subsucessão
de (un ).

Uma subsucessão duma sucessão (un ) é simplesmente uma sucessão que


é extraída da original escolhendo certos índices, em número in…nito, por
ordem crescente. Escolhendo n1 ; n2 ; n3 ; : : : ; com n1 < n2 < n3 < : : : ; e
considerando a sucessão un1 ; un2 ; un3 ; : : : , constituída pelos elementos da
sucessão original correspondentes a esses naturais, obtemos uma subsucessão
da sucessão original.
Duma sucessão (un ) podem extrair-se uma in…nidade de subsucessões:
u2 ; u4 ; : : : ; u2k ; : : : (dos termos de índice par); u1 ; u3 ; : : : ; u2k 1 ; : : : (dos ter-
mos de índice ímpar); u3 ; u6 ; u9 ; : : : ; u3k ; : : : (dos termos de índice múltiplo
de 3); etc.
Por exemplo, no estudo da sucessão de termo geral un = ( 1)n n1 são
particularmente importantes duas sucessões - a subsucessão dos termos de
1
ordem par, de termo geral vn = u2n = 2n ; e a subsucessão dos termos de
ordem ímpar, de termo geral wn = u2n 1 = 2n1 1 .

Proposição 15 Toda a subsucessão duma sucessão com limite (…nito ou


in…nito) tem o mesmo limite.

Corolário 16 Se uma sucessão tiver duas subsucessões com limites dife-


rentes, a sucessão não tem limite.

14 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
Por exemplo, a sucessão de termo geral
8 1
< n se né número primo
vn =
: 1
2
se n não é número primo
tem duas subsucessões com comportamentos perfeitamente distintos - a sub-
sucessão dos termos correspondentes aos naturais primos e a subsucessão dos
termos correspondentes aos naturais não primos. A primeira subsucessão
tem limite 0 e a segunda tem limite 21 , pelo que a sucessão não tem limite.

Proposição 17 Se (un )n é uma sucessão tal que as suas subsucessões dos


termos de ordem par e dos termos de ordem ímpar são ambas convergentes
e têm o mesmo limite, então (un )n é convergente.

Por exemplo, aplicando este resultado, conclui-se facilmente que a sucessão


( 1)n n1 n é convergente.

Proposição 18 Toda a sucessão de reais tem uma subsucessão com limite


(…nito ou in…nito).

De…nição 11 Chama-se limite superior de uma sucessão (un ) ; e representa-


se por limun ou lim sup un ; ao maior dos limites (…nitos, +1 ou 1) das
subsucessões que se podem extrair de (un ). Chama-se limite inferior de
uma sucessão (un ) ; e representa-se por limun ou lim inf un , ao menor dos
limites (…nitos, +1 ou 1) das subsucessões que se podem extrair de (un ).

No caso da sucessão de termo geral


8 1
< n se né número primo
vn =
: 1
2
se n não é número primo
tem-se que
1
limvn = e limvn = 0:
2
n
Exemplo 14 Seja xn = n sin 2
: Desta sucessão podemos extrair três
subsucessões:
uk = x2k = 2k sin (k ) = 0
vk = x4k+1 = (4k + 1) sin 2k + = 4k + 1
2
3
wk = x4k+3 = (4k + 3) sin 2k + = 4k 3
2

15 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
cujos limites são, respectivamente, 0; +1 e 1. Qualquer outra subsucessão
de (xn ) tende para um destes limites, tendo-se

limxn = +1 e limxn = 1:

Observação 8 Os limites superior e inferior de um sucessão (un ) podem


também obter-se do seguinte modo:

limun = lim supuk , sendo supuk = sup fuk : k ng


n!1 k n k n

e
limun = lim inf uk , sendo inf uk = inf fuk : k ng :
n!1 k n k n

Recorde-se que o supremo de um subconjunto de R é o menor dos seus


majorantes e o ín…mo o maior dos seus minorantes (caso existam).

8 Resultados úteis no cálculo de limites


Proposição 19 (Limite da potência) Sendo a um escalar real tem-se que
8
>
> +1 , se a>1
>
>
< 0 , se jaj < 1
n
lim a = 1 , se a=1
>
>
>
> não existe , se a= 1
:
1 , se a < 1:

Proposição 20 (Limite da média aritmética) Se (un ) é uma sucessão


tal que un ! a, com a 2 R, a = +1 ou a = 1, então
u1 + u2 + + un
!a.
n
Exemplo 15 lim n1 1 + 12 + 13 + + 1
n
= 0; pois 1
n
! 0:

Corolário 21 Sendo (un ) uma sucessão,


un
se (un+1 un ) ! a então ! a:
n
ln n
Exemplo 16 Considere-se a sucessão de termo geral un = n
:

ln n n+1
lim = 0; pois [ln (n + 1) ln n] = ln ! ln 1 = 0:
n n

16 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
Proposição 22 (Limite da média geométrica) Se (un ) é uma sucessão
de reais não negativos e un ! a; com a 2 R ou a = +1, então
p
n
u1 u2 : : : un ! a.

Corolário 23 Sendo (un ) uma sucessão de reais positivos,


un+1 p
! a então n un ! a:
se
un
p
Exemplo 17 Sendo a > 0, lim n a = 1 pois lim aa = 1:
p
n
Exemplo 18 Considere-se a sucessão de termo geral un = n!:
p
n (n + 1)!
lim n! = +1 pois lim = lim (n + 1) = +1:
n!

Proposição 24 Se (un ) é um in…nitamente grande e a 2 R; então


un
a
lim 1 + = ea .
un
n 2 n
Exemplo 19 Considere-se a sucessão de termo geral un = n+2

n n+2 2
n 2 4 4
lim = lim 1 + : lim 1 = e 4 :1 = e 4
n+2 n+2 n+2

9 Sucessões de…nidas por recorrência


Uma sucessão pode ser de…nida por uma relação de recorrência. Nesta situ-
ação não é dada a expressão do termo geral sendo indicado o valor do primeiro
termo (ou dos primeiros termos) e o valor de um certo termo é de…nido a
partir do anterior (ou então a partir de mais do que um termo anterior),
como por exemplo,
u1 = 1
un+1 = n2 un , 8n2N ;
cujos cinco primeiros termos são 1; 1; 4; 36; 576; ou

v1 = 1 , v2 = 2
vn+2 = 2vn+1 3vn , 8n2N ;

17 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
cujos cinco primeiros termos são 1; 2; 1; 4; 11:
Duas sucessões bem conhecidas, das quais já falámos anteriormente, que
podem ser de…nidas por recorrência, são:

- progressão aritmética de razão r e primeiro termo a;


de…nida por
u1 = a
un+1 = un + r , 8n2N ;
- progressão geométrica de razão r e primeiro termo a;
de…nida por
u1 = a
un+1 = un :r , 8n2N :

9.1 O Método de Indução


Consideremos a sucessão (un )n de…nida por recorrência do seguinte modo:

u1 = 21
:
un+1 = u2n , 8n2N

Deve ser intuitivo que, qualquer que seja n 2 N; 0 < un < 1, visto que o
primeiro termo é 12 (que é positivo e menor do que 1), o segundo termo é o
quadrado deste (e portanto também é positivo e menor do que 1) e assim
sucessivamente.
O Método de Indução Finita, que se apresenta de seguida, é o método
ideal para provar esta a…rmação.
De facto, este método é fundamental para provar muitas das propriedades
dos naturais e também outras propriedades em que intervêm naturais. Como
se perceberá facilmente, é especialmente indicado para provar propriedades
de sucessões de…nidas por recorrência.

Teorema 25 (Princípio de Indução Finita) Seja P (n) uma condição na


variável (natural) n tal que

P (1) é verdadeira,

para qualquer n 2 N, P (n) ) P (n + 1).


Então P (n) é verdadeira, para qualquer n 2 N.

O Método de Indução Finita aplica-se, então do seguinte modo:

prova-se que P (1) é verdadeira;

18 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
para n 2 N (arbitrário), assume-se como hipótese que P (n) é ver-
dadeira (é chamada Hipótese de Indução) e prova-se que P (n + 1)
é verdadeira (é chamada Tese de Indução) - a este passo chama-se
Passo de Indução, e uma propriedade P (n) nestas condições diz-se
hereditária;

conclui-se, pelo Princípio de Indução Finita, que P (n) é verdadeira


para qualquer n 2 N.

Observação 9 De um modo intuitivo, este método funciona porque podemos


obter qualquer número natural a partir do 1 adicionando sucessivamente 1:
De facto, sabendo que se P (n) é verdadeira então P (n + 1) é verdadeira
(para qualquer natural n), e tendo provado que P (1) é verdadeira, tem-se
que P (2) é verdadeira (pois 2 = 1 + 1 e P (1) é verdadeira), sendo P (2)
verdadeira, então P (3) é verdadeira (pois 3 = 2 + 1 e P (2) é verdadeira), e
assim sucessivamente.

Deve ser claro que métodos perfeitamente análogos funcionam para pro-
priedades em N0 ou propriedades que sejam verdadeiras apenas para os na-
turais maiores ou iguais a um certo k 2 N. A diferença reside, no primeiro
caso, em começar-se por provar que P (0) é verdadeira, e no segundo caso,
que P (k) é verdadeira.

Exemplo 20 Consideremos a sucessão de…nida por recorrência do seguinte


modo:
u1 = 21
:
un+1 = un u2n , 8n2N
Provemos, por indução, que 0 < un < 1, 8n2N .
Neste caso, a propriedade P (n) é 0 < un < 1:

P (1) é verdadeira, pois u1 = 12 , pelo que 0 < u1 < 1;

Suponhamos que 0 < un < 1, com vista a provar que 0 < un+1 < 1:

Tem-se que un+1 = un u2n .


Como 0 < un < 1, u2n < un ; pelo que 0 < un u2n :
Por outro lado, como u2n 0, un u2n un < 1.
Portanto, 0 < un u2n = un+1 < 1.

Pelo Princípio de Indução conclui-se que, para qualquer n 2 N;


0 < un < 1.

19 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
É agora fácil provar que a sucessão é convergente e calcular mesmo o valor
do seu limite.
De facto, provámos que a sucessão é limitada e é imediato que é decres-
cente ( pois un+1 = un u2n < un ), pelo que é convergente.
Seja a 2 R o limite desta sucessão.
Como
un ! a; un+1 ! a e un+1 = un u2n ;
pelas propriedades dos limites conclui-se que a = a a2 , pelo que a = 0:
Note-se que para podermos aplicar o método que seguimos para o cálculo
deste limite, é indispensável provar primeiro que tal limite existe, isto é, que
a sucessão é convergente.

Observação 10 Por indução, é fácil provar que:

a soma dos n primeiros termos de uma progressão aritmética, (an ) ; de


razão r e 1o termo a; é dada por Sn = a+a
2
n
:n;

a soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica, (an ) ; de


n
razão r 6= 1 e 1o termo a; é dada por Sn = 11 rr :a:

Referências
[1] Apostol, T. M., Calculus, Reverté, 1977;

[2] Azenha, Acilina e Jerónimo, M. A., Cálculo Diferencial Integral em R e


Rn , McGraw-Hill, 1995;

[3] Caraça, Bento de Jesus, Conceitos Fundamentais de Matemática,


Gradiva, 1998;

[4] Piskounov, N., Calcul Di¤érentiel et Intégral, MIR, 1976;

[5] Wade, W. R., An Introduction to Analysis, Prentice Hall, 1995;

20 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
10 Exercícios Propostos
n+10
Exercício 1 Prove, por de…nição, que lim = 12 .
n!+1 2n 1

Exercício 2 Calcule o limite das seguintes sucessões:


n2 +1
1. 3n2 2n+1

n3 +1
2. 2n2 3

n 2
3. n3 +2n2 2

(n+2)! n!
4. n!(n2 +2)

1+2+3+:::+n
5. n2

P
n
1 k
6. 3
k=0

2n +3n
7. 2n 3n
p
8. n n2 n
n+sen2 n
9. 2n+3

cos(n )
10. n2

nn+1
11. nn +2

12. p n
n2 +n
p
n
13. (n + 1)! n!
q
n n3 1
14. 4n3 +2
p
n
15. log n
4n 3 n
16. 4n+1

n 2n
17. n 1

1 1 1 1
18. 2n
+ 4n
+ 6n
+ + 2n2

Exercício 3 Utilize o teorema das sucessões enquadradas para calcular os


seguintes limites:

21 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
1 1 1
P
n
1
1. n2
+ (n+1)2
+ + (n+n)2
= (n+k)2
k=0

P
n
2. p 1
n2 +k
k=1

n!
3. nn
2n
4. n!

Exercício 4 Diga, justi…cando, quais das seguintes a…rmações são verdadei-


ras ou falsas:

1. A sucessão de termo geral


n
n+1
se n 10
an =
3 se n > 10

é divergente.

2. A sucessão de termo geral


n
n+1
se né par
an =
3 se né ímpar

é divergente.

3. Se (un )n é uma sucessão decrescente de termos positivos então é con-


vergente.

4. Uma sucessão decrescente de termos positivos tende para zero.

Exercício 5 Estude a natureza das seguintes sucessões e indique se são ou


não limitadas. Calcule, em cada caso, os limites inferior e superior.

1. [2 + ( 1)n ] :n
(sen n)n
2. 5n 1

cos(n )+cos(2n )
3. n
an
4. 42n
; a2R

5. ( 1)n n!
2
6. [( 1)n + 1] n2n2 +2nn

22 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
1)n
7. n(

8. sen n3 + cos n3
n+( 1)n (2n 1)
9. n+1
:

P
n
n(n+1)
Exercício 6 Prove que, para qualquer n 2 N, i= 2
:
i=1

Exercício 7 Sendo (an )n a progressão aritmética de razão r e 1o termo a,


prove que Sn = n a+a
2
n
; onde Sn é a soma dos n primeiros termos desta
progressão.

Exercício 8 Seja (an )n a progressão geométrica de razão r e 1o termo a.

1. Sendo Sn a soma dos n primeiros termos desta progressão, prove,


n
supondo a 6= 0 que, se r 6= 1 então Sn = a 11 rr :

2. Diga em que condições a sucessão (Sn ) é convergente.

Exercício 9 Sendo a 2 R; com 0 < a < 1, considere a sucessão de…nida por


recorrência do seguinte modo:

u1 = a
un = unun1 +1
1
; 8n > 2:

1. Prove, por indução, que 0 un 1; 8n 2 N:

2. Prove que (un ) é convergente e calcule o seu limite.

Exercício 10 Seja (an ) uma sucessão de…nida por recorrência do seguinte


modo:
a1 = 1
an+1 = nan ; 8n > 1:
Seja (bn ) a sucessão de termo geral
an
bn = + :
nn
1. Calcule b3 :

2. Prove, por indução, que 0 an nn 1 , para todo o natural n.

3. Prove que bn + n1 , para todo o natural n.

23 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
4. Mostre que (bn ) é convergente e calcule o seu limite.

Exercício 11 Considere a sucessão


u1 = 34
un+1 = 2un + 1; 8n > 1:

1. Mostre que un > n; 8n > 1.

2. Mostre que lim un = +1:


n!+1

24 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
11 Exercícios Complementares
Exercício 12 Sejam (un ) e (vn ) duas sucessões de termos positivos tais que
un + v n p
u1 = 4; v1 = 2; un+1 = e vn+1 = un vn ; 8n 2 N:
2
1. Prove, por indução que un > vn , 8n 2 N ;

2. Justi…que que (un ) é decrescente.


3n
Exercício 13 Considere a sucessão un = n!
.

1. Mostre, usando o princípio de indução …nita, que se tem, qualquer que


n
seja n > 3 , un < 34 42 ;

2. Utilizando o teorema das sucessões enquadradas e o resultado da alínea


anterior, determine lim un .

Exercício 14 Determine, caso exista, o limite das sucessões que têm por
termo geral:
cos(n ) ( 1)n+1
1. n+1
+ n
+ 3;
3
2. pn +n+5 ;
2n5 +3n4
1
3. (2n3 + n2 ) 3 n
P2n pn
4. k=0 n3 +k ;
p

3n2 +2
2n2 +n+5
5. n2 +3
;
1
6. [(n + 3)! (n + 2)!] n :

1 2n 1 1 1 1
Exercício 15 Seja un = 1 n2
e vn = 1!
+ 2!
+ 3!
+ + n!
, em que
n 2 N:

1. Calcule lim un ;
1
2. Prove, pelo método de indução …nita que vn < 3 n!
; 8n 2 N ;

3. Justi…que que (un + vn ) é convergente.

25 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
Exercício 16 Considere a sucessão
u1 = 1
un
un+1 = 1 2un

1
1. Prove, pelo método de indução matemática que un = 1 2n
;

2. Calcule lim un :
n!+1

26 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0
Soluções
1: -
2.1: 31 ; 2.2: +1; 2.3: 0; 2.4: 1; 2.5: 21 ; 2.6: 32 ; 2.7: 1; 2.8: 12 ; 2.9: 12 ;
2.10: 0; 2.11: +1; 2.12: 1; 2.13: +1; 2.14: 1; 2.15: 1; 2.16: e 1 ; 2.17:
e 2 ; 2.18: 0;
3.1: 0; 3.2: 1; 3.3: 0; 3.4: 0;
4.1: falsa; 4.2: verdadeira; 4.3: verdadeira; 4.4: falsa;
5.1: propriamente divergente, ilimitada, +1; +1; 5.2: convergente, lim-
itada, 0; 0; 5.3: convergente, limitada, 0; 0; 5.4: se jaj < 16; conv.,
limitada; 0; 0; se a > 16, propriamente divergente, ilimitada, +1; +1; se
a < 16, oscilante, ilimitada, 1; +1; se a = 16, conv., limitada, 1; 1; se
a = 16, oscilante, limitada, 1, +1. 5.5: oscilante, ilimitada, 1; +1;
5.6: oscilante,
p limitada,
p 0,4; 5.7: oscilante, ilimitada, 0; +1; 5.8: oscilante,
3+1 3+1
limitada, 2
; 2 ; 5.9: oscilante, limitada, 1, 3;
6: -
7: -
8.1: -; 8.2: jrj < 1
9.1: -; 9.2: 0
2
10.1: + 27 10.2: -; 10.3: -; 10.4:
11: -
12: -
13.1: -; 13.2: 0
14.1: 3; 14.2: +1; 14.3: +1; 14.4: 2; 14.5: +1; 14.6: +1
15.1: 1; 15.2: -; 15.3: -
16.1: -; 16.2: 0

27 1 8 / O u tu b ro / 2 0 0 0

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