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Teologia Prática

Prof. César Marques Lopes

Teologia e Teologia Prática

Podemos dizer que a "teologia" (assim entre aspas, e com letra minúscula, mesmo), é tão antiga
quanto o ser humano. Afinal, podemos perceber, em todas as culturas, uma busca pelas respostas das
questões mais essenciais, mais importantes, mais fundamentais da vida humana, como esta:

10a

A Teologia (essa sem aspas, e com letra maiúscula) já não é tão antiga. São "apenas" 2300 anos
de uso desta palavra. Foi Platão, no auge da filosofia grega, quem a usou pela primeira vez. E foi Aristóteles,
logo depois dele, quem começou o "enclausuramento" do uso desta palavra na filosofia. Sabemos que o tempo
do Novo Testamento foi profundamente marcado pela influência helenística. Talvez por isso a nossa
Teologia Cristã seja tão marcada pelo referencial, pelo método filosófico. Isto em si não é ruim - aliás, é
impossível "fazer" Teologia sem a utilização de uma outra ciência de apoio.
No entanto, logo depois desta época do Novo Testamento, a Teologia começou a ficar
enclausurada nos “escritórios” dos teólogos. É importante dizer que isso teve a sua importância – muitas das
doutrinas que temos hoje em nosso dia a dia como “básicas” (por exemplo, a Trindade, a divindade de Cristo,
...) foram estabelecidas nestes “escritórios”. Mas, pelo menos, as perguntas surgiam da realidade...
O fato é que a Teologia foi perdendo o seu contato com o dia a dia da Igreja. Perdendo a sua
ligação com a vida diária dos cristãos e cristãs. Ficou preocupada em responder a perguntas que ninguém
fazia no contexto no ministério: qual é o sexo dos anjos? Quantos demônios cabem na cabeça de um
alfinete? E tem uma pergunta clássica:

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O problema maior ocorreu a partir da Modernidade, quando a Teologia começou a distanciar-se
mais e mais da vida "extra-acadêmica", "sistematizando-se" ao extremo e perdendo a vitalidade. Todo este
processo ao qual nos referimos acima tem o seu ápice nesta época. A Teologia passou a ser feita de cima de
uma escada, mas os teólogos não perceberam que Deus estava no chão, junto com o povo, no dia a dia das
pessoas:

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E o pior é que ainda tem muita gente em cima da escada...


Mas "fazer Teologia" com os pés no chão e na realidade também não quer dizer que não
podemos ter uma perspectiva crítica com relação ao que acontece no dia a dia da igreja. Não quer dizer que
todas as práticas e concepções que são correntes nas nossas igrejas estão corretas e que a Teologia mais
“de cima da escada” não tenha nada a contribuir. Por exemplo, temos hoje em dia uma concepção muito
utilitarista de Deus. Às vezes, mesmo que não percebamos, a nossa pregação e oração na Igreja é mais ou
menos assim:

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Ou seja, de vez em quando, teremos que subir na escada para ver melhor o que está
acontecendo. É importante que você grave isto: não podemos ficar na escada "fazendo Teologia" o tempo
todo. Mas sempre será necessário dar uma subidinha em alguns degraus para ver melhor o que acontece...
No final das contas, esta é a própria essência de se fazer Teologia Prática. Estaremos sempre
mantendo os nossos pés firmemente no chão – assim, estaremos respondendo às perguntas que a Igreja faz,
analisando as suas práticas, inseridos em nosso contexto... Além disso, estaremos buscando subir alguns
degraus – tendo uma visão mais “teórica” do assunto, vendo o que já aconteceu na história, consultando
outras ciências que possam nos ajudar em nossa análise.

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