Sei sulla pagina 1di 7

INTRODUÇÃO AO DIREITO II

ANO LECTIVO 2006/2007 – 2.º SEMESTRE

Início das aulas: 12 de Fevereiro


Fim das aulas: 25 de Maio
Horário: 2.ª feira (16h30-17h45; 18h-19h15), 5.ª feira (15h00-16h15)
Local: Anfiteatro A
Número de aulas previstas: 38
Horário de atendimento: 5.ª feira (16h30-17h30)

APRESENTAÇÃO

 Apresentação da docente;
 Apresentação da disciplina: objectivos – o programa da disciplina
de Introdução ao Direito II, procura fornecer aos estudantes os
elementos fundamentais relativos a alguns princípios e institutos,
que abrangem vários ramos de Direito, procurando demonstrar o
modo como o saber jurídico modela e valora alguns aspectos da
vida quotidiana.
 Programa: explicação e referência às diferenças em relação ao
programa anteriormente publicitado;
 Disponibilização de elementos de estudo: programa detalhado, com
bibliografia1; exercícios práticos; textos de apoio (da docente: na
Internet; de outros autores: na reprografia);
 Métodos de ensino: o número de aulas previstas e o número de
alunos conduzem a que o curso consista fundamentalmente em
aulas de exposição, acompanhadas da resolução frequente e
discussão em aula de exercícios práticos relativos à matéria
leccionada.
 Avaliação:
- exame;
- trabalhos realizados pelos alunos: os alunos serão chamados a
desenvolver, caso o desejem, trabalhos que consistirão quer no
comentário de textos cuja leitura tenha sido sugerida ou de
artigos da imprensa quer na resolução de pequenas hipóteses
práticas relativas à matéria leccionada. Estes trabalhos serão
valorizados até um ponto na avaliação final.
 Constituição de grupos para trabalhos (3 pessoas).

1
As referências contidas no presente programa à distribuição de aulas pelas diferentes matérias é
meramente indicativa, podendo ser alvo de algumas adaptações no decurso do semestre.

1
I. METODOLOGIA JURÍDICA

1. Fontes do Direito (breve elenco e remissão para o Direito


Constitucional) 2

1.1 A lei
1.2 O direito comunitário
1.3 O costume
1.4 A doutrina
1.5 A jurisprudência
1.6 A equidade

2. Norma jurídica

2.1 Conceito e estrutura


2.2 Classificações
2.3 Conflitos de normas
2.3 Âmbito temporal das normas jurídicas 3

2.4 Âmbito espacial das normas jurídicas: em especial, a


qualificação

3. A vigência da lei 4

3.1 Elaboração e início da vigência da lei


a. Competência legislativa;
b. Promulgação;
c. Publicação;
d. Vacatio legis.

3.2 Dever de obediência à lei: seus parâmetros


3.3 Cessação de vigência da lei

4. Codificação e outras técnicas normativas 5

2
António Hespanha, Uma introdução ao Direito, in www.fd.unl.pt (elementos de apoio),
3
Baptista Machado, Introdução ao Direito..., pp. 220-253; Galvão Telles, Introdução..., pp. 275-295.
4
Baptista Machado, Introdução ao Direito..., pp. 165-171; José de Oliveira Ascensão, O Direito –
Introdução e Teoria Geral, 11.ª ed., Almedina, 2001, pp. 268-305.
5
Baptista Machado, Introdução ao Direito..., pp. 99-121; Oliveira Ascensão, O Direito..., pp. 351-366.

2
4.1 Significado da codificação como técnica legislativa: código,
compilação e consolidação;
4.2 Causas e conveniência da codificação;
4.3 Alguns códigos portugueses;
4.4 Visita guiada ao Código Civil;
4.5 Técnicas legislativas:
a. Partes gerais;
b. Remissões;
c. Definições legais; 6
d. Presunções;
e. Ficções legais,
f. Conceitos indeterminados e cláusulas gerais (remissão).

5. Interpretação da lei e integração de lacunas 7

5.1 Interpretação
5.2 Integração de lacunas

II. DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO 8

1. A distinção entre Direito Público e Direito Privado;


2. Esboço de uma classificação e análise crítica da mesma:
a. Ramos de Direito Público;
b. Ramos de Direito Privado.

III. ALGUNS PRINCÍPIOS JURÍDICOS

1. Distinção entre normas jurídicas, princípios jurídicos e institutos


jurídicos 9

2. A subjectividade do direito 10

6
Rui Pinto Duarte, Tipicidade e atipicidade dos contratos, Almedina, 2000, pp. 71-79.
7
João Baptista Machado, Introdução ao Direito e ao discurso legitimador, Almedina, 12.ª reimpr., 2000,
pp. 175-205; Inocêncio Galvão Telles, Introdução ao Estudo do Direito, Vol. I, 11.ª edição, Coimbra
Editora, 2001, pp. 235-273. Leitura complementar: Francesco Ferrrara, Interpretação e aplicação das leis
(tradução de Manuel de Andrade), 4.ª ed., Arménio Amado Editor, 1987, pp. 138-164; Manuel de
Andrade, Ensaio sobre a teoria da interpretação das leis, 4.ª ed. (1.ª ed.: 1934), Arménio Amado Editor,
1987.
8
Baptista Machado, Introdução ao Direito..., pp. 63-77; Oliveira Ascensão, O Direito..., pp. 325-350.
9
Maria Lúcia Amaral, A forma da república, Coimbra Editora, 2005, pp. 102-109, 119-127. António
Menezes Cordeiro, Tratado de Direito Civil Português, I – Parte Geral, Tomo I, 2.ª ed., Almedina, 2000,
pp. 193-196; Diogo Freitas do Amaral, Manual de Introdução ao Direito, Vol. I, Almedina, 2004, pp. 501-
509.
10
Axel Tschentscher define-a como a capacidade de uma pessoa ou outra entidade jurídica se tornar
sujeito ou titular de direitos individuais e de lhe serem impostos deveres.

3
i) Pessoas naturais e pessoas jurídicas 11
a. Distinção entre personalidade jurídica e capacidade jurídica;
b. Pessoas naturais;
c. Pessoas jurídicas.

ii) Capacidade de gozo e de exercício 12


a. Capacidade de gozo e de exercício;
b. Incapacidades: menoridade, inabilitação, interdição.

iii) Sujeito do direito e objecto do direito 13


a. Objecto de direito – noção; distinção objecto/conteúdo;
b. Classificações de objectos de direitos.

iv) As situações jurídicas 14


a. Direitos fundamentais;
b. Direitos subjectivos;
c. Outras situações activas;
d. Situações passivas.

3. A mediação processual ou a aplicação efectiva dos direitos


3.1 A tutela do Direito e a garantia dos direitos
3.2 A hetero-tutela e a auto-tutela: 15

a. Tutela estadual: preventiva, compulsiva, reconstitutiva,


punitiva; ineficácia e invalidades dos actos jurídicos;
b. Valores negativos dos actos jurídicos;
c. Tutela administrativa e tutela judiciária;
d. Auto-tutela – remissão.

3.3 Tipos de processos de resolução de conflitos (elenco


exemplificativo):

i) Através de decisões de autoridade


a. Distinção entre direito processual e direito material; 16
b. Funções do direito processual;
c. Tipos de direitos processuais: processo civil, processo penal,
processo laboral, processo administrativo, processo tributário;
d. Processos judiciais e extra-judiciais de resolução de litígios:
 organização judiciária (categorias de tribunais; divisão
judicial; competência dos tribunais judiciais;
17
hierarquia judiciária)
 mediação e arbitragem 18

11
Carlos Alberto da Mota Pinto, Teoria Geral do Direito Civil, Coimbra Editora, 1996 (3.ª ed., 11.ª
reimpressão), pp. 190-213
12
Mota Pinto, Teoria Geral..., pp. 213-239.
13
Mota Pinto, Teoria Geral..., pp. 329-342.
14
Menezes Cordeiro, Tratado..., I – Parte Geral, Tomo I, pp. 139-191.
15
Baptista Machado, Introdução ao Direito..., pp. 130-151; Oliveira Ascensão, O Direito..., pp. 55-72.
Quanto aos valores negativos dos actos jurídicos (inexistência, invalidade, ineficácia): Menezes Cordeiro,
Tratado..., I – Parte Geral, Tomo I, pp. 639-656.
16
José Lebre de Freitas, Introdução ao Processo Civil: conceito e princípios gerais, Coimbra Editora,
1996, pp. 7-9.
17
Texto da aula.

4
ii) Através da negociação 19
a. Liberdade contratual;
b. Contrato como instituto central no Direito Privado para
conciliação de vontades:
 Facto jurídico, acto jurídico e negócio jurídico
 Algumas modalidades de negócios jurídicos
 Negócio jurídico e contrato
c. Importância também no Direito Público – contrato
administrativo. 20

iii) Através da votação 21


a. Quórum;
b. Consenso;
c. Regras de construção de maioria: maioria simples, maioria
qualificada, maioria absoluta.

iv) Através da contestação e da argumentação


a. Importância da argumentação no Direito – tópica jurídica ou
teoria da argumentação; 22
b. Paradigmas da importância da argumentação:
 no Direito Público: debates parlamentares; 23
 no Direito Privado: assembleias gerais no Direito
Societário. 24

4. A atribuição de competências 25

a. Organização do ordenamento jurídico segundo uma


distribuição de competências (na organização e na hierarquia do
Estado; no sistema judiciário; na organização das pessoas
jurídicas; nas relações contratuais) ;
b. Distribuição de competências como princípio básico de
qualquer organização tanto no Direito Público (ex. no Direito

18
J.O. Cardona Ferreira, Sistemas de justiça e mediação, Thémis, Ano VI, n.º 11, 2005, pp. 189-199; João
Pedroso, Por caminhos da reforma da justiça, Coimbra Editora, 2003, pp. 27-52.
19
Mota Pinto, Teoria Geral..., pp. 353-357, 379-414; Menezes Cordeiro, Tratado..., I – Parte Geral,
Tomo I, pp. 287-324.
20
João Caupers, Introdução ao Direito Administrativo, 5.ª ed., Âncora, 2000, pp. 217-228.
21
J.J Gomes Canotilho, Vital Moreira, Constituição da República Portuguesa anotada, 3.ª ed., Coimbra
Editora, 1993, anotação ao artigo 171.º, pp. 691-694; J.J Gomes Canotilho, Direito Constitucional e
Teoria da Constituição, Almedina, 7.ª ed., 2003, pp. 328-329; João Caupers, Introdução..., pp. 108-121.
22
Jochen Schneider, Ulrich Schroth, Perspectivas da aplicação da norma jurídica: determinação,
argumentação e decisão, in A. Kaufmann, W. Hassemer, Introdução à filosofia do direito e à teoria do
direito contemporâneas, Fundação Calouste Gulbenkian, 2002, pp. 513-545. Leitura complementar: José
de Faria e Costa, Consenso, verdade e direito, Boletim da Faculdade de Direito de Coimbra, v. 77, 2001,
pp. 421-432; Beatriz Segorbe, Cláudia Trabuco, Inteligência artificial e direito: pistas para um
entendimento do admirável mundo jurídico, Themis. a.1, n.2, 2000, pp. 247-256.
23
Discussão do texto: António de Araújo, Miguel Nogueira de Brito, Argumentar e negociar em debates
constitucionais : a revisão constitucional de 1997, in “Perspectivas constitucionais: nos 20 anos da
Constituição de 1976”, org. Jorge Miranda, Coimbra Editora, Vol. III, 1998, pp. 117-194.
24
Jorge Henrique Pinto Furtado, Curso de Direito das Sociedades, 3.ª ed., Almedina, 2000, pp. 381-408.
25
Gomes Canotilho, Direito Constitucional..., pp. 541-550 (também pp. 701-702: princípio da
competência como princípio estruturante dos esquemas relacionais entre as fontes do direito); João
Caupers, Introdução..., pp. 108-121; Diogo Freitas do Amaral, Curso de Direito Administrativo, Vol. I,
Almedina, 1994, pp. 604-617; Pedro Pais de Vasconcelos, Teoria Geral do Direito Civil, 2.ª ed.,
Almedina, 2003, pp. 162-175.

5
Constitucional, na organização do Estado; no Direito
Administrativo, na organização da Administração Pública) como
no Direito Privado (ex. no Direito Societário);
c. Distinção atribuições / competências;
d. Actuação fora das competências legais;
e. Princípio da subsidiariedade, que funciona em alguns casos de
distribuição de competências – exemplo do Direito Comunitário,
na divisão de competências entre a União Europeia e os Estados-
membros. 26

5. A obrigatoriedade dos prazos 27

a. Contagem dos prazos;


b. Prescrição;
c. Caducidade;
d. Não uso

6. As exigências de fundamentação
a. O ónus da prova: 28
 Ónus da prova e inversão do ónus da prova;
 Presunções: noção e espécies; noção e exemplos de
presunções legais absolutas e de presunções legais relativas;
 Ficções legais;
 Meios de prova.
b. A fundamentação das leis restritivas de direitos fundamentais;
29

c. O princípio da fundamentação das decisões judiciais; 30


31
d. O dever de fundamentação das decisões da administração.

7. A responsabilidade
a. A responsabilidade civil: 32
 Responsabilidade contratual
 Responsabilidade extra-contratual: responsabilidade
objectiva e responsabilidade subjectiva
b. Responsabilidade subjectiva:
 Nexo de causalidade
 Tipos de culpa
c. A responsabilidade administrativa (do Estado e dos
funcionários); 33
26
João Mota de Campos, Manual de Direito Comunitário, 3.ª ed., Fundação Calouste Gulbenkian, 2002,
pp. 269-272.
27
António Menezes Cordeiro, Tratado de Direito Civil Português, I – Parte Geral, Tomo IV (Exercício
jurídico), Almedina, 2005, pp. 115-132, 159-237; Pais de Vasconcelos, Teoria Geral..., pp. 749-769.
28
Menezes Cordeiro, Tratado..., I – Parte Geral, Tomo IV, pp. 459-500.
29
Gomes Canotilho, Vital Moreira, Constituição..., anotação ao artigo 18.º, pp. 144-154.
30
Gomes Canotilho, Direito Constitucional..., p. 667; Lebre de Freitas, Introdução..., pp. 108-109.
31
João Caupers, Introdução..., pp. 73-74.
32
Menezes Cordeiro, Tratado..., I – Parte Geral, Tomo I, pp. 271-276; Mário Júlio de Almeida Costa,
Noções Fundamentais de Direito Civil, 4.ª ed., Almedina, 2001, pp. 97-119.
33
João Caupers, Introdução..., pp. 229-236. Leitura complementar: Luís Vasconcelos Abreu, Para o
estudo do procedimento disciplinar no direito administrativo português vigente, Almedina, 1994, pp. 25-

6
d. A responsabilidade disciplinar;
e. A responsabilidade criminal.34

8. A garantia
a. A garantia: tutela estadual e auto-tutela 35
b. Princípio da tutela judicial efectiva: acesso ao Direito e aos tribunais;
36

c. Em especial, a garantia no processo penal; 37


c. Acção directa, legítima defesa, estado de necessidade; 38
c. Direito de retenção; 39
d. Direito de resolução por incumprimento do contrato. 40

32.
34
Germano Marques da Silva, Direito Penal Português – Parte Geral, I – Introdução e Teoria da Lei
Penal, Verbo, 1997, pp. 69-89 e 119-135; Gomes Canotilho, Vital Moreira, Constituição..., anotação ao
artigo 29.º, pp. 191-195.
35
Baptista Machado, Introdução ao Direito..., pp. 125-151.
36
Gomes Canotilho, Vital Moreira, Constituição..., anotação ao artigo 20.º, pp. 161-165; Gomes
Canotilho, Direito Constitucional..., pp. 273-278, 433.
37
Gomes Canotilho, Vital Moreira, Constituição..., anotação ao artigo 32.º, pp. 200-208.
38
Oliveira Ascensão, O Direito..., pp. 80-87.
39
Baptista Machado, Introdução ao Direito..., p. 130.
40
Ibidem.

Potrebbero piacerti anche