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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM MATERIAIS PARA ENGENHARIA
Março de 212
Itajubá- MG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MATERIAIS PARA
ENGENHARIA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
A minha família e ao amigo Manoel Bento de Oliveira, com amor, gratidão, confiança e
motivação foram fundamentais para a conclusão deste trabalho.
Agradecimentos
Gostaria de agradecer a Deus pela oportunidade de trabalhar em um ambiente
acadêmico, de conhecer e aprender com os bons profissionais.
A meu orientador, Dr. Edmilson Otoni Corrêa pela dedicação, paciência, amizade e
conhecimentos transmitidos durante a elaboração desse trabalho.
A minha co-orientadora, Prof. Dra. Neide Aparecida Mariano, pelo apoio e amizade.
Aos Professores Dr. Ângelo Fernando Padilha (USP), Dr. Eduardo Miguel da Silva,
Dr. Rodrigo Magnabosco (FEI), Dr. Alain Laurent Marie Robin (EEL-USP), Msc. Jorge Luiz
Rosa (FATEA), Dra. Maria Aparecida Garcia Tommaselli Chuba Machado (UFGD), Dra.
Mírian de Lourdes Noronha Motta Melo, Dr. Demétrio Artur Werner Soares (UNIFEI) e Dr.
Ricardo Risso Chaves (UNIFEI) pela ajuda prestada.
Aos funcionários do Laboratório de Metalurgia e Materiais do IEM da UNIFEI:
Antônio Benedito da Silva, Marcos Cirilo dos Santos e Jonas Mendes pela grande ajuda
prestada.
Ao Laboratório de Biomateriais do ICE da UNIFEI pelo uso do microscópio
eletrônico de varredura.
Aos alunos de mestrado da EEL-USP, Luciano Braga Alkmin e Luiz Alberto dos
Santos, pelo auxilio na execução dos ensaios de microscopia eletrônica de varredura.
Aos colegas do curso de Mestrado em Materiais para Engenharia, pelas conversas e
momentos de descontração.
Aos meus pais, José e Maria, e aos meus irmãos, Lúcio e Sandro pelo apoio e
incentivo.
À Patricia de Cassia dos Reis pelo carinho, apoio, paciência e companheirismo que me
ajudaram a realizar esse trabalho.
A FAPEMIG pelo apoio financeiro.
E a todos que direta ou indiretamente me auxiliaram neste trabalho.
Pesquisa é ver o que todo mundo já viu, e pensar o que ninguém pensou.
Albert Szent-Gyorgyi
Resumo
Valeriano, L. V. (2012), Influência da Precipitação de Fases Secundárias na Resistência à
Corrosão do Aço Inoxidável Super duplex UNS S32520, Itajubá, 66p. Dissertação (Mestrado
em Materiais para Engenharia) - Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal de
Itajubá.
Os aços inoxidáveis duplex (AID) e super duplex (AISD) são ligas do sistema Fe-Cr-
Ni-Mo que possuem o nitrogênio. As propriedades superiores desses aços são obtidas através
da composição química com altos teores de cromo e molibdênio e do tratamento
termomecânico durante a conformação mecânica a aproximadamente 1200°C, originando
uma microestrutura balanceada, composta de aproximadamente 50% de ferrita (α) e 50% de
austenita (γ), com uma quantidade similar de contornos de grão alfa/alfa e gama/gama, e de
interfaces alfa/gama. Os aços inoxidáveis duplex são interessantes nas indústrias de
prospecção de petróleo, química, petroquímica, de energia elétrica, papel e celulose devido à
combinação das propriedades mecânicas, especialmente o alto limite de escoamento e a alta
tenacidade, e das propriedades de alta resistência à corrosão por pites e corrosão sob tensão
em meios contendo cloretos. Os efeitos da precipitação de fases secundárias e fases
intermetálicas sobre as propriedades mecânicas e de resistência à corrosão são nocivos devido
à distribuição diferenciada dos elementos de liga na fase ferrítica e austenítica. Este trabalho
tem com objetivo avaliar o efeito da temperatura de solubilização na precipitação de fases
secundárias e na resistência à corrosão do aço inoxidável super duplex UNS S32520 (UR
52N+). Para tanto foram realizados tratamentos térmicos de solubilização nas temperaturas de
1.050ºC, 1.150ºC e 1.250°C seguidos de resfriamento rápido em água, com envelhecimento
posterior a 850ºC por 5 e 10 minutos, seguido de resfriamento ao ar. Os resultados mostraram
que maiores temperaturas de solubilização provocam crescimento de grão e aumento da
fração volumétrica de ferrita. A caracterização microestrutural confirmou a precipitação de
fase sigma, porém, em quantidade insuficiente para afetar a dureza do aço super duplex. Os
resultados da polarização potenciodinâmica e de espectroscopia de impedância eletroquímica
apresentam um comportamentos semelhantes para as condições estudadas.
Palavras-chave
Aços inoxidáveis super duplex, polarização potenciodinâmica, espectroscopia de
impedância eletroquímica, UNS S32520.
Abstract
Valeriano, L. V. (2012), Influence of Secondary Phase Precipitation in Corrosion Resistance
of Super Duplex Stainless Steel UNS S32520, Itajubá, 66p. MSc. Dissertation - Instituto de
Ciências Exatas, Universidade Federal de Itajubá.
Duplex stainless steels (DSS) and super duplex stainless steels (SDSS) are alloys of the
Fe-Cr-Ni-Mo system having nitrogen as an alloying element. The superior properties of these
steels are obtained by the chemical composition with high levels of chromium and
molybdenum and the thermomechanical treatment for the mechanical forming at
approximately 1200 ° C, resulting in a balanced microstructure composed of approximately
50% of ferrite (α) and 50% austenite (γ) with a similar amount of grain boundary alpha/alpha
and gamma/gamma and interface alpha/gamma. The duplex stainless steels are interesting in
the industries of oil exploration, chemical, petrochemical, power, pulp and paper due to a
combination of mechanical properties, especially the yield strength and toughness, and the
properties of high resistance to pitting corrosion and stress corrosion cracking in chloride. The
effect of precipitation of intermetallic phases and precipitates on the mechanical properties
and corrosion resistance is harmful due to the uneven distribution of alloying elements in
ferritic and austenitic phases. The goal of this work was to evaluate the effect of solution
annealing temperature and precipitation of secondary phases on the corrosion resistance of
super duplex stainless steel UNS S32520 (UR 52N +). For it was performed solution
annealing heat treatments at temperatures of 1050°C, 1150°C and 1250°C followed by
quenching in water, subsequent aging at 850°C for 5 and 10 minutes followed by cooling in
air. The results show that higher solution annealing temperatures cause grain growth and
increase the volume fraction of ferrite. Microstructural characterization confirmed the
precipitation of sigma phase, but not enough to affect the hardness of the super duplex
stainless steel. The results of potentiodynamic polarization and electrochemical impedance
spectroscopy were similar for the conditions studied.
Keywords
Super duplex stainless steels, potentiodynamic polarization, electrochemical impedance
spectroscopy, UNS S32520.
i
SUMÁRIO
Capítulo 1 .................................................................................................................................. 1
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1
2.2.6 Fases dos aços inoxidáveis duplex e aços inoxidáveis super duplex ................. 13
Capítulo 3 ................................................................................................................................ 30
Capítulo 4 ................................................................................................................................ 35
Capítulo 5 ................................................................................................................................ 59
CONCLUSÕES....................................................................................................................... 59
Capítulo 6 ................................................................................................................................ 60
7 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 61
iii
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Fases encontradas nos aços inoxidáveis duplex e super duplex ((FEDELE,
BRANDI e LEBRÃO, 1999; PADILHA, PLAUT e RIOS, 2006; LO, SHEK e LAI, 2009;
FEDELE, BRANDI e LEBRÃO, 1999; MOTTA et al., 2009). ............................................... 15
Tabela 2- Propriedades mecânicas à temperatura ambiente dos AID selecionados na norma
ASTM A790 (RIBEIRO e SANTOS, 2009). ........................................................................... 20
Tabela 3 - Percentuais de fase σ e potenciais de pites medidos (TAVARES et al., 2006). ..... 27
Tabela 4 - Composição química (% em peso) do aço. ............................................................. 30
Tabela 5 - Composição química (% massa) das amostras solubilizadas a 1.050ºC, 1.150ºC e
1.250ºC, e envelhecidas a 850ºC por 5 e 10 minutos. .............................................................. 40
Tabela 6 – Fração volumétrica de fases secundárias precipitadas durante o tratamento térmico
de envelhecimento durante cinco e dez minutos. ..................................................................... 46
Tabela 7 – Potencial em circuito aberto do aço inoxidável super duplex UNS S32520 em
solução de 3,5% NaCl à temperatura ambiente. ....................................................................... 49
Tabela 8 – Potencial de corrente nula e densidade de corrente de corrosão, potencial e
densidade de corrente de pite aço inoxidável super duplex UNS S32520 em solução de 3,5%
NaCl à temperatura ambiente. .................................................................................................. 52
Tabela 9 - Número equivalente de resistência ao pite (PREN) das fases ferrita e austenita. ... 54
Tabela 10 – Parâmetros obtidos através da extrapolação dos dados experimentais dos
espectros de impedância, em solução de 3,5% NaCl, à temperatura ambiente. ....................... 58
vii
Δ – Parâmetro duplex
σ – Fase sigma
χ – Fase chi
ω - Frequência angular
1
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
Os aços inoxidáveis duplex (AID) e super duplex (AISD) são ligas do sistema Fe-Cr-
Ni-Mo que possuem o nitrogênio, substituindo parcialmente o níquel, com o objetivo de
melhorar tanto as propriedades mecânicas como as de resistência à corrosão, além de diminuir
o custo destes aços (HERRERA et al., 2008; MOTTA et al., 2009; BRANDI, SILVEIRA e
VASCONCELLOS, 2010).
O diagrama ternário Fe-Cr-Ni é o diagrama básico de aços inoxidáveis (ver Figura 1).
Ele mostra a presença de apenas três fases sólidas: austenita, ferrita e fase sigma. Para uma
alta razão Cr/Ni, a ferrita delta pode ocorrer durante a solidificação e a fase sigma pode
ocorrer durante o envelhecimento em temperaturas entre 550°C e 900°C. O intervalo
composicional do campo da fase sigma aumenta, quando a temperatura está abaixo de 900°C,
como mostrado na Figura 1 (PADILHA, PLAUT e RIOS, 2006).
1.2 Objetivo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência à corrosão do aço inoxidável super
duplex UNS S32520 (UR 52N+) após tratamento térmico de solubilização na temperatura
1150°C e envelhecido a 850°C nos tempos de 5 e 10 minutos e avaliar o efeito da temperatura
de solubilização na precipitação de fases secundárias.
4
Capítulo 2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A Figura 2 mostra o diagrama de fases do sistema Fe-Cr que é a base dos aços
inoxidáveis modernos, além do Cr, também contêm uma série de outros elementos de liga, os
quais a presença melhora propriedades específicas (LO, SHEK e LAI, 2009).
Aços inoxidáveis são ligas ferrosas que contém no mínimo 10,5% de cromo e máximo
de 1,2% de carbono e outros elementos de liga (LIMA, 2007).
A resistência à corrosão dos aços inoxidáveis é atribuída à formação de um filme de
óxido de cromo (Cr2O3) na superfície do metal, pelo processo de passivação. A faixa de
condições sobre a qual a passividade pode ser mantida depende do meio, do tipo e da
composição dos aços inoxidáveis. A passivação é caracterizada devido à presença de uma
película passiva, superficial, fina, com espessura típica de 3nm a 5 nm, aderente, invisível e
5
estável de óxido de cromo (Cr2O3), responsável pela resistência à corrosão dos aços
inoxidáveis, que se forma instantaneamente na presença de oxigênio, (LIMA, 2007).
2.2.1 Histórico
nos diagramas de fase ternário Fe-Cr-Ni das Figuras 6 e 7, no qual os aços inoxidáveis duplex
estão baseados.
energias dos contornos de grão α/α e γ/γ, induz à formação de uma típica microestrutura
lamelar (PADILHA e PLAUT, 2009).
Em temperaturas abaixo de 650°C, a ferrita de um aço inoxidável duplex se transforma
em austenita por meio de um mecanismo muito semelhante ao da formação da martensita.
Assim, durante o resfriamento a austenita precipita isotermicamente e não apresenta diferença
em sua composição quando comparada com a matriz ferrítica, indicando que os elementos de
liga sofrem uma transformação difusional (MARTINS e FORTI, 2008).
2.2.6 Fases dos aços inoxidáveis duplex e aços inoxidáveis super duplex
a taxa de difusão na ferrita é cerca de 100 vezes maior do que a taxa na austenita (REICK,
POHL e PADILHA, 1998; ANGELINI, DE BENEDETTI e ROSALBINO, 2004; POHL e
STORZ, 2004; POHL, STORZ e GLOGOWSKI, 2007).
A Tabela 1 apresenta as principais fases presentes nos aços inoxidáveis duplex e super
duplex, a composição, a estrutura e os intervalos de temperatura correspondentes.
Tabela 1 – Fases encontradas nos aços inoxidáveis duplex e super duplex ((FEDELE,
BRANDI e LEBRÃO, 1999; PADILHA, PLAUT e RIOS, 2006; LO, SHEK e LAI, 2009;
FEDELE, BRANDI e LEBRÃO, 1999; MOTTA et al., 2009).
Temperatura de
Fase Fórmula química Estrutura cristalina
precipitação ºC
Sigma (σ) (Fe,Ni)x (Cr,Mo)y Tetragonal de Corpo Centrado 600-1000
Nitreto de cromo Cr2 N Hexagonal 700-900
Nitreto de cromo CrN Cúbica
Chi (χ) Fe36 Cr12 Mo10 Cúbica de Corpo Centrado 700-900
Carboneto M7 C3 950-1050
Carboneto M23 C6 Cúbica de Face Centrada 550-950
α' Cúbica de Corpo Centrado 350-750
Austenita secundária Cúbica de Face Centrada 600-1000
(NILSON, 1992), provoca o empobrecimento desses elementos nas regiões vizinhas, tornando
essas regiões mais susceptíveis à formação de pites (MACHADO e PADILHA, 2000);
Forma-se por resfriamento contínuo e lento a partir de 1.000ºC (ESCRIBA et al., 2006);
(TAVARES et al., 2006), ou por exposição isotérmica no intervalo de 600ºC a 1.000ºC
(REICK, POHL e PADILHA, 1998; KOBAYASHI e WOLYNEC, 1999; ESCRIBA et al.,
2006; BORSATO, 2006; VILLANUEVA, JUNIOR, et al., 2006; POHL, STORZ e
GLOGOWSKI, 2007) sendo mais rápida na faixa de 700ºC a 900ºC (KOBAYASHI e
WOLYNEC, 1999; ESCRIBA et al., 2006); VILLANUEVA et al., 2006; TAVARES et al.,
2006), por meio da reação eutetóide:
α → γ2 + σ
Onde a ferrita (α) decompõe-se em fase sigma (σ) e austenita secundária (γ2) com
disposição lamelar ou então divorciada (TAVARES et al., 2006; ESCRIBA et al., 2006;
BORSATO, 2006; POHL, STORZ e GLOGOWSKI, 2007; RIBEIRO e SANTOS, 2009;
ESCRIBA et al., 2010)
A decomposição α → σ + γ2 ocorre, pois o cromo e o molibdênio, em determinadas
temperaturas são mais estáveis na forma (Cr,Mo)x(Ni,Fe)y do que em solução sólida
substitucional. A formação da fase σ deixa a matriz ferrítica empobrecida de Cr e Mo
(ANGELINI, DE BENEDETTI e ROSALBINO, 2004); (MAGNABOSCO, 2009) e como há
Ni dissolvido, a fase austenítica torna-se mais estável ocorrendo uma transformação isotrópica
da matriz de ferro: α→γ.
A formação de fase sigma dá-se inicialmente ao longo das interfaces ferrita/austenita
e/ou nos contornos de grãos ferrita/ferrita e cresce para o interior do grão de ferrita até
praticamente o consumo total da ferrita, conforme ilustrado pela Figura 11 (KOBAYASHI e
WOLYNEC, 1999; MACHADO e PADILHA, 2000; MARTINS e BONAVINA, 2003;
POHL e STORZ, 2004; POHL, STORZ e GLOGOWSKI, 2008; PADILHA e PLAUT, 2009;
MAGNABOSCO, 2009; ESCRIBA et al., 2010).
17
Figura 12- Morfologia da fase sigma em função da temperatura de recozimento (a) 950ºC, (b)
850ºC e (c) 750ºC (POHL, STORZ e GLOGOWSKI, 2007).
19
A precipitação da fase alfa linha provoca uma queda na resistência à corrosão dos aços
inoxidáveis (FONTES et al., 2008).
A precipitação da fase alfa linha (α'), rica em cromo, ocorre entre 300ºC e 550ºC,
tendo na temperatura de 475ºC seu efeito mais pronunciado, com uma diminuição brusca da
resistência à corrosão. Essa fase possui estrutura cúbica de corpo centrado (CCC) (FONTES
et al., 2008).
estrutura muito refinada, obtida durante a transformação de parte da fase ferrítica para a
combinação de estrutura austenítica/ferrítica (BORSATO, 2006).
A alta tenacidade deste aço é resultado não somente do pequeno tamanho de grão, mas
também da forte presença de austenita em sua estrutura (BORSATO, 2006).
Quando os contornos de grãos funcionam como anodo, o grão funciona como catodo,
por esse motivo tem-se o ataque eletrolítico preferencialmente nos contornos de grão
(GENTIL, 1996).
Orientações dos grãos – Os grãos orientados em diferentes direções devem apresentar
diferentes potenciais (GENTIL, 1996).
Diferença de tamanhos dos grãos – Um grão fino, de certo metal, contém energia
interna maior que um grão grosseiro deste mesmo metal, portanto, espera-se que apresentem
diferentes potenciais eletroquímicos (GENTIL, 1996).
Tratamentos térmicos ou metalúrgicos diferentes – Se uma parte da superfície de um
metal sofre um tratamento térmico diferente das demais regiões, tem-se uma diferença de
potencial entre essas regiões, um exemplo comum é soldagem de peças metálicas, uma vez
que o aquecimento pode causar a precipitação de novas fases e o crescimento de grão
(GENTIL, 1996).
2.2.8.3 Polarização
potencial E. Se uma corrente circular por esse eletrodo, o potencial irá variar para um novo
valor E' que dependerá da corrente aplicada. A diferença entre esses dois potenciais é
chamada de sobrepotencial, dada pela Equação 2 (GENTIL, 1996; LIMA, 2007).
ɳ = E' – E [2]
2.2.8.4 Passivação
Existem alguns metais e ligas que sob condições ambientais, perdem a sua reatividade
e se tornam extremamente inertes. Este fenômeno, denominado passividade, é exibido pelo
cromo, ferro, níquel, titânio e muitas de suas ligas. O comportamento passivo é resultado da
formação de uma película de óxido muito fina e altamente aderente sobre a superfície do
metal, a qual serve como barreira protetora contra a corrosão (CALLISTER, 2002).
O aumento da resistência à corrosão destes aços é dado através da formação de um
filme passivo, proveniente da reação do cromo com o oxigênio (O2) do meio, produzindo um
fino filme de óxido de cromo (Cr2O3) (MARTINS e JULIANO, 2004).
Nos metais que sofrem passivação, os baixos níveis de oxigênio podem torná-los
susceptíveis à corrosão localizada, devido à dificuldade de formação do filme passivo de
Cr2O3, enquanto que altos teores de oxigênio podem favorecer a formação do filme
(MARIANO et al., 2006).
23
Segundo Batista (BATISTA, 2002) para estabelecer passividade ao metal base, o filme
de óxido deve apresentar baixa condutividade iônica; boa condutividade eletrônica para
reduzir a diferença de potencial através do filme, e tornar possível a adsorção química do
oxigênio na interface filme/solução ou filme/atmosfera; baixa solubilidade no eletrólito e lenta
dissolução; estabilidade sobre uma ampla faixa de potencial; boa resistência mecânica e
aderência ao metal.
2007). Segundo Padilha e Plaut (PADILHA e PLAUT, 2009) o valor de “30” para o
nitrogênio na Equação 3 é valido para aços austeníticos, enquanto “16” é usado para aços
duplex.
Algumas ligas contêm uma adição de tungstênio, que é outro elemento que age para
aumentar a resistência à corrosão de aços inoxidáveis. Para essas ligas, a resistência à
corrosão por pite é expressa como PREw, de acordo com a Equação 4 (ALVAREZ-ARMAS,
2008); (YOO et al., 2010):
O potencial de pite foi determinado em solução aquosa de 3,5% NaCl com velocidade
de varredura de 1 mV/s iniciada 5 minutos após a imersão da amostra dentro da solução.
Capítulo 3
MATERIAIS E MÉTODOS
O material estudado é designado pela Unified Numbering System (UNS) como sendo
o aço inoxidável super duplex UNS S32520 (UR 52N+), na forma de chapa com 5,4 mm de
espessura, cuja composição química é dada na Tabela 4.
3.4.2 Ferritoscopia
Utilizou-se uma célula eletroquímica típica de três eletrodos, sendo o contra-eletrodo uma
folha de platina de área total 12 cm2, o eletrodo de referência calomelano saturado (ECS) e o
eletrodo de trabalho construído a partir das amostras do AISD embutidas em resina, com um
fio de latão proporcionando o contato elétrico. As áreas dos eletrodos de trabalho variaram de
1,08 cm2 a 1,40 cm2.
O eletrodo de trabalho foi lixado com lixas abrasivas até a grana 1.200, antes de cada
experimento. As condições ensaiadas foram: material como-recebido, solubilizado a 1.150ºC,
solubilizado a 1150ºC e envelhecido a 850ºC por 5 minutos e solubilizado a 1.150ºC e
envelhecido a 850ºC por 10 minutos. Os experimentos foram realizados em temperatura
ambiente. Cada experimento foi constituído sequencialmente em:
Foram realizadas pelo menos três réplicas do ensaio para cada condição (SENATORE,
FINZETTO e PEREA, 2007). Após cada réplica, o eletrodo de trabalho foi novamente lixado
com papeis abrasivos até a grana 1.200. Os equipamentos utilizados foram a interface
eletroquímica marca SOLARTRON modelo 1287A e o analisador de respostas em
frequências marca SOLARTRON modelo 1260A monitorados através do programa de
corrosão Corr Ware/Zplot SOLARTRON mod. 125587S da Escola de Engenharia de Lorena -
USP.
35
Capítulo 4
RESULTADOS E DISCUSSÕES
α
γ
α
γ
α
α
α
γ
α
α
α
γ
γ
precipitada no contorno de grão α/α e uma pequena quantidade de austenita secundária (γ2)
em forma de agulhas intergranulares precipitada no grão de fase ferrita.
Ataque 10% ácido oxálico Ataque 10% KOH
Solubilizado 1050ºC
γ
σ
σ
γ
b
Solubilizado 1150ºC
γ
α γ
σ σ
α
σ
Solubilizado 1250ºC
γ γ2
α
γ
σ
σ γ
α
σ
γ
α
α
Solubilizado 1150ºC
γ σ
α
γ
σ
39
α γ
α
Solubilizado 1250ºC
σ
γ2
σ
Figura 22- Microscopia Eletrônica de Varredura. Ataque eletrolítico com solução de 10% de
ácido oxálico e com solução de 10% de KOH.
4.1.2.1 Ferritoscopia
Na condição como recebido a fração volumétrica de fase ferrita delta medida foi de
51,28 ± 0,54%. A Figura 23 mostra a variação da fração volumétrica de ferrita do aço
inoxidável super duplex UNS S32520 solubilizado nas temperaturas de 1.050°C, 1.150°C e
1.250°C e envelhecido a 850°C por cinco e dez minutos. O tempo de zero minuto de
41
56
54 CONDIÇÕES
52 1050ºC
Fração volumétrica de ferrita (%)
50 1150ºC
1250ºC
48
46
44
42
40
38
36
34
32
30
28
0 5 10
Tempo de envelhecimento a 850ºC (min)
57
Fração volumétrica
56 de ferrita
55
Fração volumétrica (%)
54
53
52
51
50
49
48
47
46
1050 1100 1150 1200 1250
Temperatura de solubilização (ºC)
Na condição como recebido a fração volumétrica de fase ferrita foi de 59,83 ± 2,865%
e de fase austenita foi de 39,89 ± 2,865%. A Figura 25 mostra a variação da fração
volumétrica da fase ferrita e da fase austenita do aço inoxidável super duplex UNS S32520
solubilizado nas temperaturas de 1.050°C, 1.150°C e 1.250°C.
43
85
80 Ferrita
Austenita
75
70
Fração volumétrica (%)
65
60
55
50
45
40
35
30
25
1050ºC 1150ºC 1250ºC
Temperatura de solubilização
Figura 25 - Fração volumétrica das fases ferrita e austenita em função das temperaturas de
solubilização de 1.050ºC, 1.150ºC e 1.250ºC.
80
75
Ferrita
70
Fases secundárias
65
60
Fração volumétrica (%) 55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0 5 min 10 min
Tempo de envelhecimento a 850ºC
75
70
Ferrita
65 Fases secundárias
60
55
Fração volumétrica (%)
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0 5 min 10 min
Tempo de envelhecimento a 850ºC
80
75 Ferrita
70 Fases secundárias
65
60
Fração volumétrica (%)
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0 5 min 10 min
Tempo de envelhecimento a 850ºC
Na condição como recebido a microdureza Vickers medida foi de 280,51 ± 5,02 HV.
A Figura 29 mostra a variação da microdureza Vickers do aço inoxidável super duplex UNS
S32520 solubilizado nas temperaturas de 1.050°C, 1.150°C e 1.250°C e envelhecida a 850°C
por cinco e dez minutos. O tempo de zero minuto de envelhecimento corresponde às amostras
apenas solubilizadas, sem envelhecimento.
47
330
CONDIÇÕES:
T1050ºC
320 T1150ºC
T1250ºC
Microdureza Vickers (HV)
310
300
290
280
270
0 5 10
Tempo de envelhecimento a 850ºC (min)
Uma primeira avaliação dos resultados obtidos é que houve uma boa reprodutibilidade
das curvas experimentais de impedância e de polarização.
Os potenciais em circuito aberto das amostras como-recebida, solubilizada a 1150ºC,
solubilizada a 1150ºC e envelhecida por 5 e 10 minutos, em solução de 3,5% NaCl,
deslocaram na direção dos potenciais mais positivos com o tempo e tenderam a se estabilizar,
conforme mostrado pela Figura 30. Este comportamento é indicativo de materiais passivos. A
Tabela 7 apresenta os potenciais de circuito aberto após 3 horas de imersão e observa-
se que não houve variação significativa nas amostras.
-0,2
Potencial de circuito-aberto (V/SCE)
-0,3
-0,4
-0,5
-0,6
CONDIÇÕES
-0,7 Recebido
1150ºC
-0,8 1150ºC 5 min
1150ºC 10 min
-0,9
Tempo (s)
Tabela 7 – Potencial em circuito aberto do aço inoxidável super duplex UNS S32520 em
solução de 3,5% NaCl à temperatura ambiente.
Condição E(V/SCE)
Recebido -0,2582
1150ºC -0,2585
1150ºC- 5 minutos -0,2093
1150ºC -10 minutos -0,2700
1,6
1,4 Região transpassiva
Recebido
1,2
1,0
0,8
0,6
2ª Região passiva
E (V/SCE)
0,4
0,2
1ª Região passiva
0,0
-0,2
-0,4
-0,6
-0,8
Região ativa
-1,0
1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3 0,01 0,1
2
I ( A/cm )
1,6
1,4 1150ºC Região transpassiva
1,2
1,0
0,8 2ª Região passiva
0,6
E (V/SCE)
0,4
0,2
1ª Região passiva
0,0
-0,2
-0,4
-0,6 Região ativa
-0,8
-1,0
1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3 0,01 0,1
2
I ( A/cm )
1,6
1,4 1150ºC 5 min Região transpassiva
1,2
1,0
0,8
2ª Região passiva
0,6
E (V/SCE)
0,4
0,2
1ª Região passiva
0,0
-0,2
-0,4
-0,6
Região ativa
-0,8
-1,0
1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3 0,01 0,1
2
I ( A/cm )
1,6
Região transpassiva
1,4 1150ºC 10 min
1,2
1,0
0,8
2ª Região passiva
E (V/SCE) 0,6
0,4
0,2
1ª Região passiva
0,0
-0,2
-0,4
-0,6 Região ativa
-0,8
-1,0
1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3 0,01 0,1
2
I ( A/cm )
1,6
CONDIÇÕES
1,4
Recebido
1,2 1150ºC
1,0 1150ºC 5 min
1150ºC 10 min
0,8
0,6
E (V/SCE)
0,4
0,2
0,0
-0,2
-0,4
-0,6
-0,8
CONDIÇÕES
0,1
Recebido
1150ºC
0,01
1150ºC 5 min
1150ºC 10 min
1E-3
1E-4
I ( A/cm )
2
1E-5
1E-6
1E-7
1E-8
1E-9
1E-10
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
E (V/SCE)
Tabela 9 - Número equivalente de resistência ao pite (PREN) das fases ferrita e austenita.
Condição Fases Cr Mo N PREN
α 28.364 5.335 0.218 49.46
Recebido
γ 25.622 3.876 0.218 41.90
α 24.922 3.069 0.218 38.54
1150ºC
γ 24.229 2.175 0.218 34.89
α 28.131 4.236 0.218 45.60
1150ºC 5 min
γ 25.553 3.728 0.218 41.34
α 24.546 4.804 0.218 43.88
1150ºC 10 min
γ 23.658 3.437 0.218 38.49
Então, no caso de ocorrência de pites, estes devem nuclear e crescer dentro da fase
austenita, entretanto, não é o que ocorre na prática. Os pites após nucleados nas interfaces
crescem para dentro da ferrita, apesar da ferrita ter PREN superior ao da austenita, porque
dentro da ferrita os elementos Cr e Mo, têm a dupla função de estabilizar e passivar a ferrita,
enquanto que dentro da austenita, estes elementos têm a função única de passivar a austenita.
O efeito destes elementos em melhorar a resistência ao pite é muito maior na austenita do que
na ferrita. A ferrita precisa de uma quantidade muito maior destes elementos do que na
austenita, para que tenha a mesma resistência ao pite (BATISTA, 2002).
Os resultados do ensaio da polarização para as quatro condições estudadas, indicam
que em períodos curtos de tempo de envelhecimento (5 e 10 min), a resistência à corrosão não
apresenta grandes alterações devido à distribuição dos elementos responsáveis pela resistência
ao pite e da composição química das fases. O tempo de exposição ao envelhecimento não é
suficiente para precipitar uma quantidade de fases secundárias que afete a resistência à
corrosão do aço.
o sistema seja perturbado empregando poucos mV, de forma a tornar possível a investigação
de fenômenos eletroquímicos próximos ao estado estacionário (DAMOS, MENDES e
KUBOTA, 2004).
Os diagramas de Nyquist e de Bode do aço inoxidável super duplex no potencial de
corrosão são apresentados nas Figuras 37 e 38, respectivamente. Os diagramas de Nyquist
apresentam semicírculos e os diagramas de Bode revelam uma relação linear com inclinação
próxima de -1, entre log |Z| e log (f) e um ângulo de fase próximo de -80º, na região de baixa
frequência, para todas as amostras ensaiadas, o que evidencia um comportamento altamente
capacitivo, típico de materiais passivos (FONTES et al., 2008).
-160000
CONDIÇÕES
Recebido
-140000
Z Imaginário (Ohm. cm )
1150ºC
2
1150ºC 5 min
-120000 1150ºC 10 min
-100000
-80000
-60000
-40000
-20000
0
0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000 90000 100000
2
Z Real (Ohm. cm )
Figura 37 - Diagrama de Nyquist do aço inoxidável super duplex UNS S32520 no potencial
de corrosão em solução de 3,5% NaCl, à temperatura ambiente.
56
-90
CONDIÇÕES
100000 Recebido -80
1150ºC
1150ºC 5 min
1150ºC 10 min -70
10000
2
-60
-50
1000
-40
100
-30
-20
10
-10
Frequência (Hz)
Figura 38 - Diagrama de Bode do aço inoxidável super duplex UNS S32520 no potencial de
corrosão, em solução de 3,5% NaCl, à temperatura ambiente.
Capítulo 5
CONCLUSÕES
Capítulo 6
7 BIBLIOGRAFIA
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