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i"ek: Trump e o retorno do


politicamente incorreto

Um ensaio sobre o simples ato de defecar


em público, ou, A insustentável leveza da
vulgaridade

Publicado em 19/02/2016 // 33 comentários


(https://boitempoeditorial.files.wordpress.com/2015/
07/zizek-violc3aancia-divina-e-violc3aancia-policial-
boitempo1.jpg)Por Slavoj !i"ek
(https://blogdaboitempo.com.br/category/colunas/sl
avoj-zizek/).

Neste artigo, enviado diretamente pelo autor ao Blog da Boitempo


(http://wp.me/pB9tZ-3Gj) intitulado “Um ensaio sobre o simples ato de defecar em
público, ou, A insustentável leveza da vulgaridade”, o filósofo esloveno Slavoj Žižek
parte de uma análise da figura de Donald Trump contra a de Bernie Sanders no atual
debate eleitoral estadunidense, para esboçar um diagnóstico global do fenômeno de
dilapidação da esfera pública na ressurgência das vulgaridades do discurso
“politicamente incorreto”, e ancorá-lo nos impasses do capitalismo global de hoje. A
tradução é de Artur Renzo.

***

Alguns meses atrás, o empresário e pré-candidato Republicano à presidência


dos EUA Donald Trump foi carinhosamente comparado a um sujeito que
defeca barulhentamente no canto de uma sala durante um respeitável coquetel
formal. Mas será que os demais candidatos Republicanos à presidência dos
EUA são substancialmente melhores?

Todos lembramos da infame cena do filme O fantasma da liberdade, dirigido por


Luis Buñuel, em que as relações entre comer e excretar sao invertidas: as
pessoas se sentam à volta da mesa em suas privadas conversando
normalmente, e quando sentem fome, discretamente se dirigem ao mordomo –
“Por favor, onde fica aquele lugar de…?” – e se escapolem para um quartinho
nos fundos para comer.

Pois bem, não seriam os debates dos candidatos Republicanos – para prolongar
a metáfora – muito semelhantes a essa reunião do filme de Buñuel? E o mesmo
não valeria também para muitos dos principais políticos no mundo hoje?
Erdoğan não estava também defecando em público quando, num recente
estouro de paranoia, taxou os críticos a sua política em relação Curdos como
traidores e agentes estrangeiros? E Putin não estava também defecando em
público quando (em um ato calculado de vulgaridade pública que visava
elevar sua popularidade em casa) ameaçou um crítico de suas políticas para a
Chechênia de castração química? E, por fim, não estava Sarkozy também
defecando em público quando, lá em 2008, estourou com um fazendeiro que se
recusou a apertar sua mão – “Casse-toi, alors pauvre con!” (uma tradução
generosa seria algo como “Então sai fora, seu idiota!”, mas seu real significado é
muito mais grosseiro) –?

E a lista continua… Em um discurso no Congresso Sionista Mundial em


Jerusalém, no dia 21 de outubro de 2015, o primeiro ministro de Israel
Benjamin Netanyahu sugeriu que Hitler só queria expulsar os judeus da
Alemanha, e não exterminá-los, para defender que, na verdade, teria sido Haj
Amin al-Husseini, o mufti palestino de Jerusalem, que teria de alguma forma
persuadido o Führer a realmente matá-los.

Netanyahu então narrou um suposto encontro entre as duas figuras, datado de


novembro de 1941, em que al-Husseini teria dito que se Hitler expulsasse os
judeus da Europa “eles viriam todos para aqui [para a Palestina]”. Segundo
Netanyahu, o Führer alemão teria retrucado, “Então o que você sugere que eu
faça com eles?”, ao que o mufti teria respondido, “Queime-os”. Os principais
pesquisadores israelenses do Holocausto imediatamente problematizaram
essas afirmações, assinalando que a conversa entre al-Husseini e Hitler não
pode ser comprovada, e que o genocídio dos judeus europeus pelas unidades
móveis da SS já estava sendo levada a cabo há um bom tempo, antes do
suposto momento em que os dois teriam se reunido em pessoa.

Por isso, não devemos nos iludir quanto ao verdadeiro significado de


afirmações como essas de Netanyahu: trata-se de um claro sinal da regressão
de nossa esfera pública. Acusações e ideias que estavam até agora confinadas
ao obscuro submundo da obscenidade racista e do lamaçal xenofóbico estão
agora ganhando respaldo nos discursos oficiais.

O problema aqui está no que Hegel chamou de Sittlichkeit: a eticidade dos


costumes, o espesso pano de fundo de regras (não ditas) da vida social, a densa
e impenetrável substância ética que nos diz o que podemos ou não fazer. Essas
regras estão desintegrando hoje: o que era simplesmente indizível em um
debate público algumas décadas atrás pode agora ser proferido com absoluta
impunidade.

Pode parecer que essa desintegração está sendo relativamente contraposta pelo
crescimento do “politicamente correto”, que prescreve exatamente o que pode
e não pode ser dito; no entanto, um olhar mais atento imediatamente revela
como a regulação dita “politicamente correta” participa do mesmo processo de
desintegração da substância ética. Para demostrar esse ponto, basta retomar o
impasse do politicamente correto: a necessidade de regras “politicamente
corretas” surge quando os valores não ditos de uma sociedade não são mais
capazes de regular efetivamente as interações cotidianas – no lugar de
costumes consolidados seguidos de forma espontânea, ficamos com regras
explícitas (“negro” se torna “afro-americano”, “favela” se torna
“comunidade”, um ato de “tortura” passa a ser denominado oficialmente de
“técnica aprimorada de interrogação”… de tal forma que “estupro” poderia
muito bem passar a ser chamado de “técnica aprimorada de sedução”). O
ponto fundamental é que a tortura – um ato de violência brutal praticada pelo
Estado – passa a ser tornada publicamente aceitável a partir do momento em
que a linguagem pública se verte ao politicamente correto para proteger as
vítimas da violência simbólica. Os dois fenômenos são lados da mesma moeda.

Podemos identificar um fenômeno semelhante em outros domínios da vida


pública. Quando se noticiou que, de julho a setembro de 2015, o “Jade Helm
15” – uma série de exercícios militares estadunidenses – ocorreria no sudoeste
dos EUA, imediatamente começaram a pipocar alegações conspiratórias.
Levantou-se a suspeita de que os exercícios integravam uma grande trama do
governo federal para submeter o estado do Texas à lei marcial, num ato de
violação direta da Constituição. Encontramos todos os suspeitos usuais
participando dessa paranoia conspiratória – até o ator Chuck Norris se
pronunciou! Mas o mais maluco de todos certamente é o que lemos no site All
News Pipeline, que associou esses exercícios ao fechamento de uma série de
megalojas da Wal-Mart no Texas: “Serão esses enormes galpões usados como
‘centros de distribuição alimentar’ e abrigar o QG das tropas chinesas
invasoras, que desembarcariam aqui visando desarmar os americanos um a
um, como prometeu Michelle Obama, antes de Obama deixar a Casa
Branca?” Mas o que deixa o caso realmente sinistro é a reação ambígua da
própria oficialidade política republicana texana: o Governador Greg Abbott
mobilizou a Guarda do Estado para monitorar o exercício e Ted Cruz exigiu
detalhes ao Pentágono.

Donald Trump é a expressão mais pura dessa tendência de aviltamento de


nossa vida pública. Veja: o que Trump faz para “roubar a cena” nos debates
públicos e nas entrevistas? Ele oferece uma salada de vulgaridades
“politicamente incorretas”: estocadas racistas (contra imigrantes mexicanos),
alimenta suspeitas sobre o local de nascimento de Obama e sobre seu diploma
universitário, profere ataques de extremo mal gosto contra as mulheres e não
poupa ofensas a heróis de guerra como John McCain.

Essas tiradas grosseiras funcionam para indicar que Trump não está nem aí
para os falsos costumes, que ele pode dizer “abertamente o que ele (e muitas
pessoas comuns) pensam.” Ou seja, ele deixa claro que, apesar de ser um
empresário bilionário, ele é também um sujeito ordinário e vulgar assim como
nós, pessoas comuns.

No entanto, essas vulgaridades não devem nos iludir: o que quer que Trump
possa ser, ele não é um perigoso elemento externo. Na verdade, seu programa
é até relativamente moderado (ele reconhece muitas das conquistas
democráticas, e sua posição em relação ao casamento gay é ambíguo). A função
de suas provocações “refrescantes” e estouros vulgares é precisamente a de
mascarar a incontornável ordinariedade de seu programa.

Seu verdadeiro segredo é de que se, por algum milagre, ele ganhar, nada vai
mudar – em contraste com Bernie Sanders, o candidato democrata de esquerda
cuja principal vantagem sobre a esquerda liberal, politicamente correta, é que
ele compreende e respeita os problemas e os medos dos trabalhadores e
fazendeiros comuns. O duelo eleitoral realmente interessante seria aquele entre
Trump como candidato Republicano contra Sanders como candidato
Democrata.

Mas por que falar de educação, polidez e modos em público hoje, num
momento em que estaríamos diante de problemas muito mais urgentes e
“reais”? Bem, porque os modos importam sim – em situações tensas, são uma
questão de vida ou morte, uma linha tênue que separa a barbárie da
civilização. Há um fato surpreendente sobre os mais recentes estouros de
vulgaridade pública que merece ser ressaltado. Em 1960, vulgaridades
ocasionais eram associadas à esquerda política: revolucionários estudantis
muitas vezes usavam linguagem comum para enfatizar sua distância da
política oficial, com seus jargões polidos. Hoje, a linguagem vulgar é
praticamente apanágio exclusivo da extrema direita. De forma que a esquerda
se vê na espantosa posição de defensora da decência e dos modos públicos.

É por isso que a direita Republicana “racional” e moderada está em pânico:


depois do declínio das fortunas de Jeb Bush, ela está desesperadamente em
busca de uma nova cara, brincando até com a ideia de apelar para a figura do
Bloomberg.

Mas a verdadeira lição a ser registrada aqui é a seguinte: o real problema está
na própria fragilidade da posição moderada “racional”. Porque o fato é que
o discurso capitalista “racional” já não convence mais a maioria da população,
que está em verdade muito mais propensa a endossar uma posição populista
anti-elitista. E isso não deve ser descartado como um mero caso de
primitivismo das classes baixas: os populistas corretamente detectam a
irracionalidade dessa abordagem racional; sua ira contra as instituições
anônimas que regulam suas vidas de forma intransparente é, nesse sentido,
completamente justificada.

***

Sobre a atual campanha presidencial nos EUA, leia também “A centelha:


Bernie Sanders e o socialismo nos EUA
(https://blogdaboitempo.com.br/2016/02/22/a-centelha/)‘”, na coluna de
Ruy Braga, no Blog da Boitempo.

***

Slavoj Žižek nasceu na cidade de Liubliana, Eslovênia, em 1949. É filósofo,


psicanalista e um dos principais teóricos contemporâneos. Transita por
diversas áreas do conhecimento e, sob influência principalmente de Karl Marx
e Jacques Lacan, efetua uma inovadora crítica cultural e política da pós-
modernidade. Professor da European Graduate School e do Instituto de
Sociologia da Universidade de Liubliana, Žižek preside a Society for
Theoretical Psychoanalysis, de Liubliana, e é um dos diretores do centro de
humanidades da University of London. Dele, a Boitempo publicou Bem-vindo
ao deserto do Real! (http://www.boitempoeditorial.com.br/v3/Titles/view/bem-vindo-ao-
deserto-do-real%21)(2003), Às portas da revolução (escritos de Lenin de 1917)
(http://boitempoeditorial.com.br/livro_completo.php?isbn=85-7559-060-X) (2005), A
visão em paralaxe (http://boitempoeditorial.com.br/livro_completo.php?isbn=978-85-
7559-124-6) (2008), Lacrimae rerum
(http://boitempoeditorial.com.br/livro_completo.php?isbn=978-85-7559-134-5)
(2009), Em defesa das causas perdidas
(http://www.boitempoeditorial.com.br/v3/Titles/view/em-defesa-das-causas-
perdidas), Primeiro como tragédia, depois como farsa
(http://boitempoeditorial.com.br/livro_completo.php?isbn=978-85-7559-174-
1) (ambos de 2011), Vivendo no fim dos tempos
(http://www.boitempoeditorial.com.br/livro_completo.php?isbn=978-85-7559-212-0)
(2012), O ano em que sonhamos perigosamente
(http://www.boitempoeditorial.com.br/v3/titles/view/o-ano-em-que-
sonhamos-perigosamente) (2012), Menos que nada
(http://www.boitempoeditorial.com.br/v3/titles/view/menos-que-nada)
(2013), Violência
(http://www.boitempoeditorial.com.br/v3/titles/view/violencia) (2014) e o
mais recente O absoluto frágil (http://www.boitempoeditorial.com.br/v3/titles/view/o-
absoluto-fragil)(2015). Colabora com o Blog da Boitempo esporadicamente.

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24 comentários em !i"ek: Trump e o retorno do


politicamente incorreto
1. Rosane Borges // 19/02/2016 às 12:08 // Responder
Muito bom!

2. Pol pot // 19/02/2016 às 22:45 // Responder


Fraco.

3. Evandro Santinho // 20/02/2016 às 9:49 // Responder


Interessante o texto. Penso que na atual realidade do Brasil, o politicamente
incorreto e imbecil pulula na boca de (argh) Bolsonaro que da tribuna do
Congresso disse que não estupraria uma deputada porque ela não
merecia….ou de outros guardiões da direita que defende “menos escolas e
mais prisões “…ou alguns (maus) humoristas (Gentili) que fazem piadas
com agressões a mulheres como se tal fato fosse razão para dar risadas…ou
um pseudo jornalista (na verdade militante e advogado do tucanato ) que
em seu programa na Rádio Jovem Pan atacou com nomes de baixo calão o
professor Mauro Iasi (colunista da Boitempo ) por recitar Brecht.
Certamente eles seriam eleitores de Trump. Ser politicamente incorreto
(principalmente qdo as bandeiras de esquerda são atacadas) se tornou
“cult” rebelde no entanto o difícil é ver que muitos (trabalhadores) estão
sendo arrastados por essa onda em defesa de retiradas de direitos de
maneira inconsciente. Nesse aspecto, esse artigo de Zizek vem em boa hora
dar subsídios para ninguém se iludir com Olavo de Carvalho…

Evandro // 20/02/2016 às 9:54 // Responder


Interessante o texto. Penso que na atual realidade do Brasil, o
politicamente incorreto e imbecil pulula na boca de (argh) Bolsonaro que
da tribuna do Congresso disse que não estupraria uma deputada porque
ela não merecia….ou de outros guardiões da direita que defende
“menos escolas e mais prisões “…ou alguns (maus) humoristas (Gentili)
que fazem piadas com agressões a mulheres como se tal fato fosse razão
para dar risadas…ou um pseudo jornalista (na verdade militante e
advogado do tucanato ) que em seu programa na Rádio Jovem Pan
atacou com nomes de baixo calão o professor Mauro Iasi (colunista da
Boitempo ) por recitar Brecht. Certamente eles seriam eleitores de
Trump. Ser politicamente incorreto (principalmente qdo as bandeiras de
esquerda são atacadas) se tornou “cult” rebelde no entanto o difícil é ver
que muitos (trabalhadores) estão sendo arrastados por essa onda em
defesa de retiradas de direitos de maneira inconsciente. Nesse aspecto,
esse artigo de Zizek vem em boa hora dar subsídios para ninguém se
iludir com Olavo de Carvalho…

4. Aída Paiva // 20/02/2016 às 19:02 // Responder


4. Aída Paiva // 20/02/2016 às 19:02 // Responder
Pra mim, o texto do Zizek foi interessante porque lembrou das eleições nos
USA, lembrou também que esse povo continua com o mesmo tipo de
campanha eleitoral de sempre (o mesmo de um jeito diferente), pude fazer
uma previsão de quem vai ganhar nos EUA, e fazer uma “brincadeirinha”
politicamente incorreta sobre possíveis performances do novo presidente
estadunidense, tais como: qual será o país escolhido para a próxima guerra
americana? Como será a política econômica de exploração do novo
presidente, ou melhor, qual é a cara do capitalismo americano do sucessor
de Barak, de que forma nos preparar para o presidente americano eleito?

5. phillgalli // 22/02/2016 às 18:08 // Responder


Republicou isso em phillgalli.

6. Aída Paiva // 22/03/2016 às 12:43 // Responder


Oi, Zizek, são 9:24 horas, dia 22/03/2016, terça-feira, acabo de saber do
“atentado” na Genebra, estou aguardando ansiosamente um escrito seu.
Vou adiantar alguma coisa que pensei sobre esses “atentados”, desde já
aviso que você pode escrever o que quiser. Pra mim esses atentados seguem
a linha do atentado de 11 de setembro. É tudo simulação, não aconteceram,
foram construídos pra fins que eu desconheço. Penso que os objetivos de
tais atentados são: motivar a produção no sistema capitalista, justificar
atuações repressivas do sistema capitalista, manter o sistema capitalista em
fase terminal. Ideias pro seu texto: criemos motivações paralelas pra
produção porque essa aí tá péssima (deixa essa pra lá e vamos fazer a
nossa), quanto às atuações repressivas a gente tem que apoiar um ao outro
(vamos nos unir), usar todas as ideias repressoras dentro do sistema pra
aumentar a produção (drones persecutórios, e sociedade do futuro aqui no
sentido concreto do sonho de curtição, descartar a ideia do extraterrestre.
Mudei a ideia de produzir segundo um plano real de governo parti agora
pra alucinação totalitária proponho que seus escritos siga essa linha do
sonho, da alucinação, do onírico, partindo da realidade persecutória e da
realidade sonho de fuga do sofrimento.

7. EDUARDO LEITE DE OLIVEIRA // 11/11/2016 às 12:18 // Responder


o SONHO AMERICANO PARA BRASILEIROS ACABOU A PRIMEIRA
COISA QUE TRUMP PRETENDE FAZER é a CAÇA AOS “PORCOS” FOI
ASSIM QUE FOMOS CLASSIFICADOS POR ELE : o BRASILEIRO QUE
TIVER JUÍZO VOLTA AGORA PARA o BRASIL!

8. Liz // 15/11/2016 às 2:32 // Responder


Gostaria de saber quem traduz os textos do Zizek…
Aída Paiva // 29/01/2017 às 11:23 // Responder
Lê os outros artigos do Zizek e uma hora você encontra uma foto com o
tradutor. O Henzo traduz a maioria dos textos da Boitempo mas existe
um outro tradutor que além de traduzir segue o Zizek. Tradução é difícil
porque além se tradutor tem que ser muito culto, igual o Paulo Bezerra
que traduz russo. Sabe eu gostaria que os livros do Zizek contivessem
fossem ilustrados com trabalhos de Arte iguais a maioria dos escritores
comunistas porque nisso os comunas são bons (Fiódor Dostoiévski,
Editora 34, Jorge Amado). As iluminuras que Umberto Eco cita em seu
livro “O nome da rosa”, que eram desenhos, realizados por monges
católicos que ilustravam livros na Idade Média, também poderiam ser
retomadas. LIZ, dá a ideia aí pro pessoal da Boitempo.

9. Jorge Jorge // 24/01/2017 às 18:46 // Responder


Tudo o que esse cara disse aqui é mentira. Tudo. Rigorosamente tudo!

Aída Paiva // 29/01/2017 às 11:12 // Responder


Todo mundo tem seus defeitos e os filósofos tem que comer,morar e
vestir.
Slavoj Zizek fez trocas com o sistema capitalista mas penso que não
morreu ninguém por causa disso. Sabe, Zizek até agiu de forma
democrática porque levou seus leitores a tomar a decisão sem por a
culpa em ninguém pela decisão.
E outra Zizek não tem 40 anos de idade, o vigor da juventude não existe
da mesma maneira aos 64 anos de idade e defender uma escolha de
presidente dos Estados Unidos requer todo o exército esloveno e alguma
coisa mais. Quando o Zizek fez propaganda pra Hillary num blog e no
outro fez propaganda pro Trump eu fiquei raivosa também mas hoje
posso compreender o Zizek. Zizek é difícil de entender, compreender,
igual os outros filósofos sempre á frente do seu tempo. É necessário ter
paciência e humildade pra aprender com todo filósofo inclusive com o
Slavoj Zizek.

10. Aída Paiva // 29/01/2017 às 11:32 // Responder


O texto do Zizek continua valendo. O texto do Zizek continua atual. O texto
do Zizek, “Trump e o retorno do politicamente incorreto” ainda está na
boca do povo. Lembro que Reinaldo Azevedo, jornalista da Abril, VEJA,
começou essa coisa de politicamente incorreto no Brasil ao escrever um
livro sobre os “petralhas” ou sobre os políticos do PT que “roubam” a
riqueza brasileira.
Agora o jeito é pensar sobre o que faremos com as brincadeiras de mau
gosto do Trump?
gosto do Trump?
O que pretende o presidente dos Estados Unidos com esse comportamento
“incorreto”?
De que jeito responder ao Trump depois de uma barbaridade trumpiana?
Prever quando Trump vai dar um show de barbárie e de que jeito vai ser o
show pode ser uma saída.
E aí, Zizek, de que jeito reagir ao Trump?

João Luiz Pereira Tavares // 24/03/2017 às 5:44 // Responder


Todos os PeTralhas, ¿já observaram?, são BARANGOS e o mesmo vale
para as PeTralhas, que são BARANGAS. Kitsch e mau gosto.

Será por quê?

ESSE É O BRASIL DE 13 anos de PeTê…

o Petismo É de um vigarismo & picaretagem simultâneas!

O PT (juntamente com seus Satélites: PSOL — esquerdalha CAVIAR;


PCdoB) adora PICHAÇÕES e todo tipo de breguices. O mesmo se pode
falar de uma tal de Coração Valente©: baranguice política.

A educação (e a ARTE), como desejava Cristovam Buarque ainda no


ínicio desse século com um projeto fabuloso, abortado pelo populista &
vigarista Lula em seu 1º governo, tinha que ter sido PRIORIDADE. Não
foi. Eis aí o PeTê.

Sim, é hora de se livrar dos trastes. Mas também dos TRASTES DE


suposta ESQUERDA.

E quanto as questões políticas atuais no Brasil, discutidas, só sei que o


primordial é o seguinte:

o LULOPETRALHISMO (muitas vezes “esquecido” de crítica dos


blogs…):

Lula = perigo pra volta à normalidade. Prejuízo. Com papo


rocambolesco. Engana-trouxa. Retrógrado, nivela por baixo. Mentiroso
VIGARISTA, PeTralha, Picareta. Charlatão, certamente! Amado por
inteligentinhos caviares (ditos “intelectuais”): de araque, tal qual
CHICO BUARQUE.

Lula foi incompetente quando apostou na mulher ignorante em


ECONOMIA cujo nome é Dilma Rousseff.
PT tem orgulho de se dizer esquerda (sente-se com esse papo, vaidade
de se “acharem”). PT, pseudo-esquerda. Hipocrisia publicitária,
propaganda.

PT (sobretudo Lulismo) estava a fazer Campanha (a infiltrar em bloco


de Carnaval, disfarçado).

PT fala que PICHAÇÃO é ARTE. rsrsrs. Eis aí o que se denomina


PROGRESSISTA.

Assim caminha o brega & o Kitsch do Petismo.

Aída Paiva // 27/03/2017 às 22:14 // Responder


Querido Tavares, vejo que você ainda se encontra nos primeiros
semestres da faculdade. Fico feliz por você ter coragem de expor seus
pensamentos e ideias porque é raro esse tipo de atuação. Não sei se
você percebeu em outros textos do Zizek, ou no Facebook, mas as
pessoas se limitam a comentários simples, uma palavra. Sua escrita
está razoável com poucos erros. É bom escrever um pensamento
inteiro em frases, orações coordenadas, orações subordinadas. Um
bom começo é começar a escrever um raciocínio em várias pequenas
frases. Após esse exercício passar pra combinar o raciocínio em duas
frases ou mais. O parágrafo você deve usar apenas quando muda o
conteúdo, o enfoque, mas continua expondo seu pensar sobre o
assunto. Evite expor o pensamento em apenas duas palavras escreva
frases, orações. No seu texto você está focado em criticar mas se atém
a uma critica apenas, critica que consiste em deixar evidente a minha
breguice. Pra você se informar sobre o brega e o kitsch petista leia o
texto sobre o manifesto comunista: “A atualidade do Manifesto
Comunista”, Safatle, Boitempo.

Aída Paiva // 27/03/2017 às 22:19 // Responder


Tavares, exijo que você retire a acusação de que eu roubo.
Acuso o Tavares de falsa acusação, irresponsável, tentativa de
difamação, além de inexperiência e imaturidade.
Tavares, peço sua reiteração aqui por escrito.

11. Aída Paiva // 29/01/2017 às 11:34 // Responder


A Hillary Clinton não aceitou a derrota e busca cortar cabeças. Por isso se
preparem pra defender o voto ao Trump e defendam suas ideias, teóricos e
comportamentalistas que vocês seguem.
12. Aída Paiva // 29/01/2017 às 15:02 // Responder
Acabei de reler o texto e não me arrependo de ter votado no Trump na
última hora. Eu prefiro o comportamento do Trump do que o
comportamento de uma das minhas irmãs, que apóia o governo dos
Estados Unidos qualquer que seja o governo. Essa minha irmã vira certo dia
pra mim e diz: _ Esse cachorrinho é sem vergonha e sacana. Esse
cachorrinho é preto! Minha irmã jamais falaria isso em público no Brasil sob
pena de nunca mais alguém olhar pra cara dela. Entre minha irmã e Trump
fico com Trump. A fala de Trump possibilita que justifiquemos atitudes em
relação ao presidente dos Estados Unidos. A fala de Trump possibilita o
surgimento de saúde mental porque dá espaço pra catarse. Trump está na
realidade fazendo um ato psicanalítico, terapêutico público, devido ao
estado psíquico fora da realidade da sociedade dos Estados Unidos. A fala é
sincera: prefiro um inimigo declarado do que um amigo falso. A fala de
Trump oferece base pro tratamento social da sociedade dos Estados Unidos.
Imagine um Trump real disfarçado de “pai da democracia mundial”. Um
Trump ideal democrata que na realidade é um racista, fascista, contra os
pobres e a favor dos ricos, que quer a guerra,etc…
Prefiro o Trump dizendo realmente o que pensa e acha assim podemos agir
naturalmente também.

13. Pablo // 16/03/2017 às 17:38 // Responder


Este homem faz todo mundo odeia, não como se tornou presidente

Aída Paiva // 19/03/2017 às 2:11 // Responder


Pablo, eu gostaria muito de saber de que jeito eliminaram o Bernie
Sanders. Na realidade qualquer um que chegasse em Washington seria a
mesma coisa. Até Sanders seria a mesma coisa que Trump. Você acha
que a Hillary seria melhor? Sanders seria diferente?
Estados Unidos é igual ao Brasil quem decide é quem tem dinheiro.

14. Aída Paiva // 27/03/2017 às 22:41 // Responder


Zizek, no sábado dia 25/março/2017, li a manchete do jornal O Estado de
São Paulo que dizia que o Trump havia sofrido uma primeira derrota no
Congresso americano numa votação pra retirada do benefício de saúde pros
pobres dos Estados Unidos. A minha irmã numa das vezes que foi pros
Estados Unidos, na década de 90, teve um furúnculo e não pode ir ao
médico apesar de ter dinheiro pra pagar uma consulta médica.
Concordo com a lei anti-imigração e que todos os imigrantes devem voltar
pros seus países de origem. O Brasil não está mal, Cuba também não está
mal. Não sei sobre a situação mexicana. Os Estados Unidos deve informar a
população imigrante que o país não está bem do jeito que estava antes, o
população imigrante que o país não está bem do jeito que estava antes, o
país está cortando gastos, o país precisa que os imigrantes retornem proa
seus países. Assim o governo dos Estados Unidos poderá arcar com as
despesas de saúde pra população.
Por outro lado, eu acho estranho porque meu sobrinho foi morar nos
Estados Unidos, legalmente, no final do ano passado.
O Brasil está cheio de imigrantes africanos (Campinas). Eu gosto da
imigração africana, eu não tenho nada contra a imigração africana pro
Brasil.

15. Karolline Campos // 31/05/2017 às 0:43 // Responder


Como sempre, um artigo forte, corajoso e muito bom.
Tem tempo que Zizek não publica por aqui, não é?? Por que?
Gostaria muito de ler algo dele a respeito da atual situação política do
Brasil.
Na verdade, queria ler qualquer texto dele, porque é sempre muito
inspirador. Faz falta demais.

Aída Paiva // 09/06/2017 às 16:24 // Responder


Karolline Campos, gostou do Slavoj Zizek?
Sobre o Brasil Zizek escreveu um livro: “Problemas no Paraíso”, Slavoj
Zizek. Eu li e gostei.
No Blog da Boitempo você encontra inúmeros textos do Zizek que te
ajudarão a entender a política nacional conhecendo o que acontece em
política internacional.
Karolline Campos, o filósofo e psicanalista além de político Slavoj Zizek
ministra palestras em toda a Europa, América do Norte, gosta muito da
Inglaterra. Você fica sabendo das palestras através dos perfis do Zizek
no Facebook. Vá curtir o Zizek na Europa!
Zizek tem um defeito não gosta do presidente da Rússia Vladimir Putin.
Eu recomendo o Slavoj Zizek apesar da complexidade que é o
pensamento do maior filósofo da atualidade.

Aída Paiva // 09/06/2017 às 16:30 // Responder


karolline Campos, a propósito você anda seguindo o Slavoj Zizek?
É faz um tempo que Zizek não escreve no Blog da Boitempo, também
estou esperando um artigo dele.
O que Zizek poderia escrever do Brasil se nada aconteceu depois do
impeachment da Dilma?
O que você quer sobre o Brasil se tudo está igual depois do PT?
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