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"Basta a esse tal esta repreensão feita pela maioria. De maneira que, pelo contrário, deveis
antes perdoar-lhe e consolá-Io, para que ele não seja devorado por excessiva tristeza. Pelo que
vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor." (2Co 2.6-8)
Quando Paulo tem notícia desse desfecho – a punição - ele escreve um pequeno
bilhete (1.82.13; 7.5-15). Ao escrever, o apóstolo buscou colocar em prática uma
rara característica do ministério pastoral: solicitar à comunidade o perdão ao
líder que havia levantado acusações contra ele. Aqui temos o diferencial dessa
carta.
Nesse ato podemos apontar dois grandes temas teológicos para o apóstolo. O
primeiro é o amor. Paulo acreditava no poder regenerador e transformador das
estruturas e das pessoas que o "agápe" possuía. De tal forma ele acreditava
nesse poder, que chegou - em uma sociedade escravagista - a, confiado nesse
amor, solicitar que um homem recebesse de volta um escravo foragido e que o
tratasse, não mais como um escravo, mas como um Irmão (cf. FI). Do mesmo
modo que Paulo atuou com Onésimo, acreditando no agápe, ele manifesta nesse
texto, uma vez mais, a fé nesse elemento importante, confiando no amor da
comunidade como canal para o perdão.
Com isso, sobressai nesse texto um duplo desafio pastoral: viver a radicalidade
do amor, com seu poder revolucionário e, com isso, praticar uma liderança
inclusiva, que respeite a diversidade e pluralidade da comunidade de fé, onde
cada um é parte do todo e onde sem ignorar o confronto as divergências são
resolvidas ou com o acordo ou, quando isso não é possível, com o perdão.