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Adolescência, sintoma e puberdade (1)

Autor: Alexandre Stevens [Clínica do Contemporâneo]

1. Este artigo foi originalmente publicado na revista Les Feuilletes Du Cortil, n.15,
Le désir et la faim, mars 1998, p.79-92.
2. Este é o texto de uma conferência proferida pelo autor na Universidade de Paris
VIII, em janeiro de 1998, e que foi estabelecida por Isabelle Finkel.
3. Essa questão vem de uma colocação de Jacques-Allain Miller em seu já citado
curso.
4. Essa é uma observação de Éric Laurent nessa mesma jornada do CIEN a que fiz
referência.

Adolescência não é um conceito psicanalítico (2). Esse é um termo que entra no


discurso somente no início deste século. É, com efeito, relativamente recente
considerar que há um período particular da vida a ser isolado e distinguido da
infância e da idade adulta. Essa distinção é um termo sociológico que sob, uma
suposta base biológica, tornou-se de uso psicológico. Fala-se, então, de crise da
adolescência no sentido geral e psicológico do termo. Penso que esse termo recobre
algo de extremamente vago e que ele é, até mesmo, um termo “anticlínico”.

Um determinado autor escreveu um livro sobre a adolescência e defende a tese


de que não há estrutura clínica na adolescência e que há somente uma crise. É
verdade que há, na adolescência, uma certa dificuldade em localizar as estruturas,
em localizar as diferenças somáticas, em localizar um autêntico desencadeamento
psicótico, por oposição a uma brusca desestabilização histérica. À medida que a
dificuldade diagnóstica é maior na adolescência – porque a estrutura está mais
recoberta por um certo número de fenômenos – é que, para determinados autores, o
termo crise da adolescência vem recobrir toda a clínica. Quanto a mim, penso que
se trata de um erro; penso mesmo que por esse tipo de tese pode-se reconhecer que a
adolescência não é um conceito psicanalítico.

Não significa que não podemos utilizar o termo adolescência. Mas o termo
puberdade tem mais pertinência na clínica. Freud, aliás, relevou toda a sua
importância bastante cedo em seu obra, desde Os três ensaios sobre a teoria sexual,
de 1905. Essa obra é constituída de três grandes partes: as perversões sexuais, a
observação da sexualidade infantil e a puberdade. Por que a puberdade vem como
terceiro capítulo? Porque, após a infância, certas escolhas são feitas, mas de maneira
não definitiva, e elas são reatualizadas na adolescência. São as escolhas de objeto,
hetero ou homossexuais, e as escolhas de posição quanto á sexuação,
particularmente. Uma outra escolha que já é, talvez, [seg pg] determinada mais
cedo na existência, mas que vai ter consequências somente na adolescência, é a
eventual escolha da perversão. É a escolha, diz Freud, em permanecer em um pulsão
parcial. Eu diria, com Lacan, que não é somente a escolha de ficar a serviço de um
pulsão parcial, é também uma escolha de se colocar a serviço de uma vontade de
gozo, de um Outro do gozo, do Deus obscuro do gozo, cujos nomes, em parte, Sade
enumera em sua obra. Vocês estão vendo que aqui o termo puberdade é apropriado e
utilizado por Freud no laço com a sexuação, com a escolha de posição e a escolha de
objeto, mas também com suas consequências sobre a estrutura mesma, com essa
possível reorientação á perversão.

Quando assistia a uma jornada de trabalho sobre a adolescência no Courtil , uma


interveniente tinha dado à sua exposição o título: Adolescência, a idade de todos os
possíveis. No entanto, em sua intervenção, na qual expunha um caso clínico, ela
definia também a adolescência como sendo a idade do encontro com um impossível.
Penso que essas duas expressões – “ a idade de todos os possíveis” e “ encontro com
um impossível” – são igualmente justos para falar da adolescência. O que quer
dizer então, por um lado, idade de todos os possíveis e, por outro, o encontro com
um impossível? É o que tenta precisar o título de minha exposição: A adolescência,
sintoma da puberdade.

“Todos os possíveis” é vertente da resposta ao encontro com um impossível.


Que tudo seja possível do lado das respostas é, sem dúvida, exagerado, mas é
verdadeiro que certos possíveis são, no momento da adolescência, abertos ou
reabertos quanto à escolha de resposta. É, aliás, dessa maneira que é necessário
compreender o que diz Freud em Os três ensaios: na adolescência, o sujeito tem
que refazer suas escolhas de objeto. No momento em que entra na adolescência, o
sujeito, com efeito, ainda não se decidiu totalmente quanto ás suas escolhas, seja
hetero ou homossexual. O sujeito tem, então, que repassar suas escolhas de objeto,
mesmo que essa escolha já esteja colocada; ele tem que decidir, nesse momento, sua
escolha pela existência. Pode acontecer que essas escolhas feitas na adolescência
sejam trazidas novamente á baila ulteriormente, na idade adulta, à medida que
tenham sido colocadas na adolescência de maneira extremamente ambígua. Tenho
atualmente em análise, um homem adulto que fala exatamente nesses termos de sua
escolha heterossexual, que ele não reconhece em seu inconsciente. Todos os seus
sonhos o levam a uma escolha homossexual, e quando ele encontra um homem, não
é sem uma certa perturbação. Entretanto, ele vive irregularmente com um outra
mulher, e cada vez que a mulher lhe propõe se engajar um pouco mais ou
simplesmente se eles passaram juntos um excelente fim de semana, ele sente
imediatamente a necessidade de lhe dizer a verdade, falando de sua imensa pulsão
homossexual, e que, aliás, não havia jamais passado ao ato. Vemos aí um sujeito
que na adolescência não fez uma escolha clara. No fundo, a sua escolha é se colocar
um pouco á distância das consequências de sua escolha relativa ao sexo. [ px
página]

Logo, uma expressão originada da psicanálise tal como “ tudo se decide antes
dos cinco anos!” – esta não é uma expressão lacaniana, evidentemente – não é
totalmente falsa. Com efeito, a escolha do sintoma e a organização da fantasia se
estabelecem extremamente cedo. Tive a ocasião de observar duas crianças gêmeas,
um menino e uma menina. Com apenas poucos meses de idade, certas escolhas
sintomáticas de estrutura já estavam claramente decididas. Quando elas tinham
fome, por exemplo, se a mãe ou a pessoa que delas se ocupava começava a dar a
mamadeira à menina, o menino continuava a gritar de uma maneira perfeitamente
decidida, sem parar. Ao passo que quando se começava a dar mamadeira ao menino,
a menina parava de gritar, virava-se em seu berço, ficava inteiramente indiferente e,
em seguida, recusava a mamadeira. Eis aí duas escolhas sintomáticas. No menino,
vemos uma escolha bastante reivindicativa, como pode ser, eventualmente, o
obsessivo, enquanto que na menina, o que vemos é a indiferença histérica. Essas
escolhas sintomáticas são um modo de resposta do sujeito a uma situação e, nesse
exemplo, vemos que elas são colocadas já muito precocemente. Isso não impede que
as escolhas venham a ser recolocadas parcialmente, não somente na adolescência,
mas mesmo antes. A expressão “ tudo se decide antes dos cinco anos” é, contudo,
um pouco precipitada. Tomem o famoso exemplo de Jean-Jacques Rousseau –
certamente do lado da psicose – que, com a idade de oito anos, recebe, de sua
governanta, uma palmada nas nádegas. É o episódio da palmada que ele descreve de
maneira muito bela na primeira parte de suas Confissões. Essa palmada o deixou em
tão grande agitação que ele desobedecia só para novamente receber palmadas. A
governanta compreendeu muito bem a situação e, por essa razão, aquela será a única
palmada que ele receberá. Mas Jean-Jacques Rousseau cunha essa frase:

“ Quem acreditaria que esse castigo de infância, recebido aos oito anos
pela mão de uma moça de trinta anos, decidiu os meus gostos, os meus
desejos, as minhas paixões, e eu mesmo para o resto de minha vida, e
isso, precisamente, no sentido contrário ao que devia acontecer
naturalmente? ” (ROUSSEAU, 1973:45)

Sabe-se bem que, depois que se transformou em jovem adulto, Rousseau


recolocou por diversas vezes em cena esse desejo de levar palmadas, que fazia as
vezes de sua fantasia. Há, aliás, um episódio de exibicionismo bastante particular,
no qual ele se arranja para mostrar suas nádegas.

O que quero precisar é que essas escolhas deverão ser recolocadas tanto do lado
da fantasia, que vai ser posta á prova na puberdade, quanto do lado do sintoma, que
assume formas variadas. Essas escolhas vão ser recolocadas mesmo se a estrutura
está, sem dúvida, já decidida, neurose ou psicose, e mesmo no interior das neuroses,
o obsessão ou a histeria. Contudo, as formas comportamentais, as formas
fenomenais e também a relação do sintoma com o sexo vão se encontrar
modificadas na puberdade. [ px página]

Então, para ser mais preciso, seria necessário intitular meu trabalho:
Adolescência, a idade de uma grande variedade de respostas possíveis a esse
impossível que é o surgimento de um real próprio da puberdade. Essa é a escolha
do título da minha exposição. Poder-se-ia também escrevê-lo com um matema
construído a partir de um que Jacques-Alain Miller adiantou em seu curso, há dois
anos. Em seu matema, Miller propunha o sintoma como resposta, como metáfora à
não- relação sexual, à inexistência da relação sexual. A inexistência da relação
sexual é a dificuldade de saber o que fazer quanto ao sexo; é a ausência de um saber
constituído a priori sobre isso. No lugar dessa ausência da relação sexual, o sujeito
elabora um sintoma que vem, então, para ele, como uma resposta possível a esse
real impossível de circunscrever, que é a ausência da relação sexual. A puberdade é,
em todo caso, um dos momentos em que, mais do que nunca, a não- relação sexual
reaparece para o sujeito, E, sempre nesse matema, a adolescência seria, então a
resposta sintomática possível que o sujeito vai dar a isso. É o arranjo particular com
o qual ele organizará sua existência, sua relação com o mundo e sua relação com o
gozo, no lugar, portanto, da relação sexual.

∑ → Adolescência

Ø Puberdade

Esse sintoma que vem substituir o conjunto vazio é uma curiosa metáfora. A
parte do sintoma que, por um lado, se articula com o significante, faz metáfora –
mas que também é um traço de identificação -, e é o que permite a interpretação da
verdade do sintoma. No caso Dora, por exemplo, é a parte significante que permite
a Freud interpretar sua tosse a partir dos traços tomados de seu pai, a partir do
deslizamento do significante Vermögen – meu pai é afortunado- para Unvermögen,
desafortunado, mas que também significa, em alemão “impotente”. É sobre esse
deslizamento significante que se desenvolve a pequena fantasia do coito oral que
Dora imagina entre seu pai e Madame K. , e que provoca nela, por identificação,
uma coceira em sua garganta. Esse é, então, o significante do sintoma. Mas o
sintoma é também o uso de um modo particular de gozo conectado a um certo
número de traços. É por isso que o sintoma, no final do ensino de Lacan, não é mais
considerado como de estrutura fundamentalmente simbólica, significante, ou como
vindo do lugar do pai, mas, antes, como originado fundamentalmente do gozo, como
modo de gozo de um sujeito. Diante do encontro com um impossível, o sujeito
organiza um possível para si de um relação com o gozo; esse é o seu sintoma. [px
página]

A adolescência é, assim, a enumeração de uma série de escolhas sintomáticas em


relação a esse impossível encontrado na puberdade. E escrevi, com Jacques-Alain
Miller, o impossível como um conjunto vazio. Esse impossível é uma da fórmulas
do real; essa ausência de saber, no real, quanto ao sexo, é a não-relação sexual.
Miller definia a não-relação sexual de maneira extremamente simples. Do lado dos
animais, quando eles não estão subvertidos pelo homem, há o instinto. Quando um
macho e uma fêmea se encontram, o instinto lhes permite, de maneira geral, saber o
que devem fazer em face do outro sexo. Mesmo se se possa descrever, quanto a isso,
um certo número de variações. Em determinadas espécies, por exemplo, pode-se ver
machos mudarem de sexo quando não há fêmeas suficientes no grupo. Há, aí, um
certo números de processos suplementares, mas não se trata de homossexualidade.
Os machos se transformam em fêmeas porque faltam fêmeas no grupo. Para os
animais, o instinto é, então, um saber no real que faz com que não haja nenhum
problema quanto á relação sexual. No ser humano, esse saber no real não existe
portanto, dois humanos, macho e fêmea, não sabem muito bem o que fazer juntos.
Eles o sabem pois que o aprendem, mas não o sabem a priori. Falta-lhes um saber
no real sobre o que complementa os sexos: é isso a não-relação sexual. No romance
de Longus, Daphnis e Chloé, isso fica muito bem ilustrado – e que, além do mais, é
uma referência de Lacan. Daphnis e Chloé são crianças abandonadas por seus pais
às portas de um templo e tomadas sob a proteção dos deuses. Os dois crescem
juntos, conhecem-se muito bem, e se descobrem sós. A história é muito parecida
com o mito do bom selvagem de Rousseau. Eles vão descobrir tudo sozinhos, exceto
uma coisa: o que fazem juntos um rapaz e uma moça.

“ Daphnis permaneceu um bom tempo completamente deitado, não


sabendo que atitude tomar para fazer o que desejava. Ele fazia Chloé
levantar-se e a beijava por trás, mas ficava ainda menos satisfeito. Ele
sentou-se novamente no chão e se pôs a chorar a sua tolice, saber menos
que os cordeiros como dar conta das obras do amor.”
(LONGUS,1994:107-108).

Será necessária a intervenção do Outro sob a forma de uma mulher, que arrasta
Daphnis consigo para lhe ensinar o que ele deve fazer. Tudo isso passa, portanto,
pela palavra, passa pelo Outro. O que nos interessa na fábula é a mise en scène da
inexistência de saber no real quanto ao sexo. Evidentemente, a fábula deixa entender
que, por menos que passe pelo Outro, algo se pode saber disse e que existe a relação
sexual. O que, evidentemente, não é verdadeiro a partir do momento em que há, no
Outro, ao menos um mal-entendido.

O que vem responder a essa ausência de saber para cada sujeito é o sintoma,
resposta do sujeito a esse buraco. A partir daí, parece-me que se pode dizer que a
adolescência é o sintoma da puberdade. Chamemos, por enquanto, o real que está aí
em causa de puberdade – ainda que seja preciso defini-lo com mais precisão, o que
me encarregarei de [ px página] fazer em seguida. Quando falo de adolescência, não
se trata, evidentemente, de adolescência no sentido de crise, ou de adolescência
como resposta geral, mas sim de adolescência como a série de respostas possíveis a
esse fenômeno- a essa série retornarei ao final do meu texto. Proponho, então, a
clínica da adolescência não como a clínica da crise da adolescência, mas como a
clínica do sintoma. É uma clínica que nada tem a ver com a adolescência
problemática no campo social. Ao contrário, trata-se de uma resposta individual
como escolha e resposta de um sujeito, levando-se em conta que há diferenças,
conforme as escolhas já colocadas pelo sujeito, entre neurose e psicose.

Qual é esse real da puberdade?

Primeiramente, poder-se ia pensar que esse real é a elevação do nível hormonal,


isto é, o que preside biologicamente a puberdade como tal. Seriam, então, os
caracteres sexuais secundários que se desenvolvem, ou seja, as transformações do
corpo. Esse real é orgânico. Parece-me que não é falso sustentar isso, com a
condição de se colocar a questão de saber qual órgão está em jogo. Se se deve falar
de órgão, não basta limitá-lo ao desenvolvimento dos caracteres sexuais
secundários. Em outros termos, penso que o real em jogo nas transformações do
corpo, ainda que não seja falso tomá-lo em consideração por esse viés, não pode ser
reduzido ao órgão no sentido médico do termo. O real não se reduz ao surgimento
hormonal brusco. Se é necessário falar de um homem ou de uma mulher, que ele ou
ela tem um belo órgão quando se fala da voz. É necessário entender essa
materialidade da voz no mesmo sentido que Lacan considerava a possibilidade de
um órgão da libido como órgão fora do corpo. Lacan a evoca no mito da lamela
(LACAN,1998:860). Ele coloca em jogo, nesse mito, o objeto perdido, radicalmente
perdidom e a questão da sexuação e do amor. Com esse mito da lamela, Lacan
constrói a libido com órgão em sua dimensão a mais orgânica possível, mas
justamente fora do corpo, como aquilo que, do gozo, restará estrangeiro ao corpo
que se torna significante, ao corpo que fala. Portanto, se queremos situar esse real do
lado do orgânico, é com a condição de situá-lo no órgão da libido. É com a condição
de situá-lo como órgão do gozo e não como modificação anatômica do corpo. Essa é
uma modificação imaginária do corpo, isto é, uma modificação muito real da
imagem. O órgão de que se trata é um órgão marcado pelo discurso e esse real da
puberdade não é o aparecimento brusco hormonal, mas, antes, esse órgão marcado
pelo discurso. A prova é que o aumento hormonal não traz problema para o animal.
Jamais se ouviu falar de crise da adolescência entre os bezerros, quando eles se
transformam em progressivamente em touros. Lacan, no prefácio de O despertar da
primavera, de Wedekind- um dos mais belos textos sobre a adolescência- , escreve:
“ Assim um [px página] dramaturgo abordou, em 1981, a história do que é para os
meninos adolescentes fazer com as mocinhas, assinalando que eles não pensariam
nisso sem o despertar de seus sonhos” (LACAN,2003:557).

E no entanto, como diz Éric Laurent (1998:8), eles só pensam nisso: “ É


mudando a narrativa de seus sonhos que eles se encaminham para a dialética do que
é ser amado pelo outro... querer atingi-lo ao fazer amor”. Então, se se quer falar de
um real situado do lado da transformação do órgão, ao lado disso que surge no
corpo, é necessário entender que é um real marcado pela linguagem, um real de um
órgão marcado pela linguagem.

Em segundo lugar, quando se fala de um avanço hormonal, de transformação do


corpo, é necessário entender que nesse real, ou que nessa fórmula “explosão
hormonal”, é, antes, de irrupção, do surgimento que se trata, mais que de órgão. Ou
seja, há uma irrupção, uma emergência de alguma coisa sobre a qual as palavras
falham um momento antes de poderem, a partir da “mudança dos sonhos”,
recolocar-se progressivamente. As palavras falham em dizer desse surgimento.
Pode-se muito bem dizer à criança: “você está se tornando uma mulher etc.”, mas no
momento da emergência da coisa- quer sejam os sonhos, as transformações do
corpo, uma primeira ereção-, esse efeito de eclosão, que é real, faz com que
quaisquer que sejam as palavras que o outro diz, as palavras que a criança que se
torna púbere dispunha, até então, não correspondem ao que lhe acontece. Trata-se
menos de transformação do que de eclosão de alguma coisa radicalmente nova. Esse
real, mais que ser orgânico, é a emergência de um novo para o qual o sujeito não
tem uma resposta pronta. Para dizer de outra forma, diante dessa eclosão, a fantasia
do sujeito falha. Eu os remeto, a esse propósito, ao texto de M.-J. Sauret que está em
Preliminaire 6.

O que é esse novo? Esse novo, mais que o órgão, é o reaparecimento, para o
sujeito, de sua falha de saber no real. O que evoca esse conceito de real lacaniano?
Em Lacan, há três referências ao real.

No primeiro tempo de seu ensino – na época do esquema R e da Questão


Preliminar... – esse real é o enquadramento da fantasia como janela ou como véu
sobre o impossível, sobre o que é inacessível para o sujeito; como janela para além
da qual o sujeito corre o risco de encontrar o real, mas na borda da qual o sujeito se
detém graças à constituição de um saber em sua relação com os outros. Temos um
esquema sobre o qual se encontra inscrito o real em Lacan, é o esquema R, o
esquema da constituição subjetiva. Esse esquema R foi desenvolvido a partir do
esquema L, que é o da discordância entre o simbólico e o imaginário. É essa
disparidade mesma que desenvolve o esquema R. Ele mostra o lugar da fantasia e do
real no lugar dessa disjunção. O acento é colocado sobre essa discordância entre o
imaginário e o simbólico, por uma espécie de intervalo operado entre as
identificações simbólicas e as identificações imaginárias. Na adolescência, essa
discordância entre o imaginário e o simbólico falha; [px página] logo a fantasia
falha. Ela é marcada especialmente porque, do lado do imaginário, a imagem se
modifica, os caracteres sexuais secundários definidos pelo discurso fazem com que
não se seja mais uma criança como as outras, mas que se vai tornar-se um homem
ou uma mulher. No “vai tornar-se” há um certo despedaçamento do imaginário, há
uma regulagem da imagem que é problemática.

E do lado da identificação simbólica, a criança tem de operar uma separação


entre as figuras de seus pais e as figuras simbólicas dos pais. Ela tem de modular
seus ideais de outra forma que não seja pela simples identificação com o pai. Isso se
faz por ancoragem sobre um certo número de outros traços somados de outras
pessoas. Freud, aliás, diz em Os três ensaios que, desde que os adolescentes do sexo
masculino encontrem uma figura masculina de peso que não seja o pai, a puberdade
se desenvolverá bem, pois essa figura masculina lhes permitirá se separar das
figuras parentais e encontrar a regulagem pelo pai para o resto da vida. Pode-se ver
isso, eventualmente, nos rapazes que se prendem à figura de um sólido professor.
Freud considera esse caso como a melhor conjuntura. Com o tédio nos dias de hoje,
estamos, antes, no pior dos casos. Os professores não são piores que os da época de
Freud, mas a deliquescência do laço social e o declínio da figura paterna fizeram
com que essa ancoragem se tornasse mais frágil. Retornarei à questão do declínio da
figura paterna mais adiante.
Em um segundo tempo do ensino de Lacan, especialmente me seu Seminário XI,
o real é diretamente articulado à questão da eclosão. O real é o encontro que surge,
Lacan, nesse momento, opõe dois modos aristotélicos do encontro: a tiké e o
automaton. O automaton é o princípio da repetição, o que surge, mas que já se
conhece, pois é o que se repete pelo fato do significante. É a repetição no encontro.
O que se encontra mais frequentemente em nossa existência são encontros que são
necessários situar do lado do automaton, ou seja, do lado do que já se conhece.
Entretanto, em determinados momentos, surge – como se impondo ao sujeito – um
encontro de um gênero particular. Um encontro com alguma coisa que não se
conhecia, que não fora ainda encontrada. É isso que Aristóteles chama tiké. Em seu
Seminário XI, Lacan se apóia sobre essa experiência para explicar que esse real é do
campo da tiké. Trata-se do encontro como real do encontro, como alguma coisa que
o sujeito não organizou antes pela sua fantasia e seu tecido significante próprio.
Essas duas definições do real serão válidas para a continuação do ensino de Lacan.

Entretanto, na última parte do seu ensino, Lacan dá uma definição muito precisa
do real. O real recobre os dois outros. O real é a não-relação sexual. É o que
Jacques-Allain Miller escreve no matema que eu evocava, com a escritura do
conjunto vazio. O que quer dizer “ não há relação sexual”? Isso quer dizer que não
há uma relação no sentido matemático, no sentido de um saber instituído e
constituído, já presente, sobre o que é a relação entre [px página] um homem e uma
mulher. Como isso se passa para o animal? Quando o animal se encontra diante do
outro sexo, ele já sabe, desde a primeira vez, o que fazer; sabe perfeitamente o que
deve fazer. Isso se chama instinto. Há, para os animais, o instinto com tudo o que,
aliás, ele implica de complexidade, de mise em scéne, de ritual. Portanto, há o
instinto como saber inscrito, para cada um deles, no real. Quando se encontro com o
outro sexo, não falta saber ao animal. Ele sabe como a coisa funciona. Ele não tem
questão. Existe um saber instintual sobre a copulação. É isso que falta no homem.
Não há saber no real para o ser falante. Assim, compreendemos melhor o que é o
real da puberdade. Eu proponho essa definição: o real da puberdade é a irrupção de
um órgão marcado pelo discurso na ausência de um saber sobre o sexo, na ausência
de um saber sobre o que se pode fazer em face do outro sexo. Resta, então, a cada
um inventar sua própria resposta.

O real da puberdade é mais articulável nessas três definições do real em Lacan:


em primeiro lugar, ele é articulável na disjunção da imagem e da identificação
simbólica acentuada no momento de seu tratamento na adolescência; em segundo, a
criança púbere está brutalmente às voltas com alguma coisa que surge, que não tem
nome e que vem modificar a imagem; e, por fim, a terceira tese de Lacan sobre o
real como não-relação sexual sendo exatamente o que faz retorno na puberdade.

Novas respostas sintomáticas à puberdade

Gostaria de me dedicar um pouco, agora, à questão das respostas como série de


respostas sintomáticas possíveis a esse real da puberdade. Não teria a pretensão de
lhes dar todas as respostas possíveis, mas darei, antes, as orientações do que pode
significar um certo número de respostas da adolescência a essa irrupção do real,
principalmente na neurose. [negrito meu]

Parece-me que uma série é de respostas com o saber. É um fenômeno frequente


na adolescência pôr-se a estudar. É nesse momento que se decidem, eventualmente,
as grandes vocações. Esses sujeitos vão ser estudantes toda sua vida; serão a vida
toda apaixonados pela pesquisa. Pode-se ver essa escolha em certas crianças, mas a
escolha deve ser recolocada na adolescência, ainda que se possa reformulá-la mais
tarde. É a escolha de uma posição quanto ao saber, quanto às significações do
mundo, como um modo de substituição desse saber sobre o mundo pelo lugar do
saber que falta sobre o sexo. É um modo mais favorável do tratamento da
puberdade. É uma resposta positiva em relação ao saber e há, evidentemente,
também uma resposta negativa. São, por exemplo, crianças que podem ter
trabalhado bem na escola até a puberdade e que, em seguida, não fazem mais que
sair e ver seus colegas. Não é que elas não tenham mais tempo de estudar, é que o
saber é totalmente desvalorizados para elas. Eles fizeram a escolha de esvaziar o
saber, pois esse saber não responde à única questão realmente colocada. [px página]

Pode-se situar uma outra série de respostas em relação às identificações. Trata-


se, para o sujeito, de inventar identificações imaginárias ou simbólicas. É o
fundamento dos grupos de adolescentes. Essas formas de tratamento do gozo
indicam que o real em jogo não é somente alguma coisa da ordem do corpo, mas é,
igualmente, da ordem da separação do Outro. O real a ser tratado se articula, logo de
início, com o enlaçamento ao outro, ao desejo do outro sexo.

Situarei uma terceira série de respostas em relação à fantasia que falha. O sujeito
que já havia construído uma fantasia em sua infância depara-se com o fato de que
essa fantasia, confrontada com as novas problemáticas do sexo, não opera mais de
maneira correta. É o que se pode chamar a falha da fantasia. As passagens ao ato são
respostas clássicas à fantasia que falha. Em seu seminário, A angústia, Lacan nos
mostra – em um quadro que retoma a inibição, o sintoma, a angústia – que o que faz
barragem à angústia é o sintoma. Quando falha o sintoma – caso em que surge um
real -, tem-se o acting-out ou a passagem ao ato. Estes servem de últimas barragens
à angústia. Essa temática é muito presente em O despertar da primavera. Mais além
da questão do encontro com o sexo, nessa eclosão justamente de um real, surge, para
os adolescentes que ali estão colocados em cena, uma questão extremamente viva
que leva à angústia. Ela levará ao suicídio um dos adolescentes da peça e, o outro,
ela levará a questão de saber se vai segui-lo ou não. É então que surge a figura do
“Homem mascarado”, que é uma figura do Nome-do-Pai, como nos diz Lacan. É
uma dessas figuras que eu dominei, acima, um pai de substituição sólido, como se
pode encontrar na adolescência sob a forma de um professor, e que serve de
sintoma. É o pai como sintoma.
O pai como sintoma é uma das respostas possíveis. Mas há, em nossas
sociedades de hoje, cada vez mais dificuldades de se responder com o pai, de
encontrar essas resposta com o pai, à medida que há um declínio da função paterna.
Esse declínio foi sempre observado no caso a caso. É, especialmente, o caso do
pequeno Hans, de Freud. Lacan, no Seminário IV, analisa-o como um caso de
consequência do declínio da função paterna. O pai, ainda que corretamente instalado
no simbólico, não esteve à altura de representar para seu filho uma exceção. Tem-se
disso um testemunho extraordinário quando Hans pergunta a seu pai se ele vai ter
um irmãozinho. Seu pai responde: “Se Deus quiser”. Hans vai, em seguida, colocar
a mesma questão à sua mãe, que responde: “Se eu quiser”. Ao que Hans conclui : “É
a mamãe que decide por Deus”. É, apesar de tudo, o que se pode chamar um
declínio da função paterna não é o pai que assume a posição de exceção. A
consequência para Hans no nível de sua escolha sintomática é, de início, sua fobia.
Mas Lacan nos mostra muito bem, no último capítulo desse Seminário, que uma vez
sua fobia curada, a resposta de Hans será um declínio da virilidade. Lacan o coloca
numa posição oposta a Dom Juan. Hans será um homem que esperará que os
avanços venham do outro lado. [px página]

Mas, atualmente, a questão está mais além do caso a caso clínico. É um


fenômeno de estrutura em nossa sociedade, consecutivo aos efeitos do
desenvolvimento da ciência e da universalização da cultura. Encontramos hoje
quantas imagens queiramos desse declínio da paternidade, e é mesmo muito difícil
encontrar um elemento que vá no sentido oposto. Tomemos simplesmente o
exemplo do presidente dos Estados Unidos, Clinton. Esse é um homem político que
tem os olhos voltados para as sondagens e, no fundo, toda a questão consiste em não
ser a exceção – posição, por exemplo, de um De Gaulle, que decide que “é assim”
numa situação em que todos estão contra - , mas orientar um pouco as coisas no
sentido de permanecer com a maioria. Isso dá uma forma de governo que não é,
absolutamente, a mesma que uma forma de governo pela exceção. Eu não digo que é
pior, mas é isso o declínio da função paterna e será necessário acostumar-se com
isso. Aliás, nas questões jurídicas que envolvem o Clinton, há uma exceção
paradoxal, pois é o primeiro presidente dos Estados Unidos citado a comparecer
diante da justiça estando no exercício de seu cargo, acusado de um ato que cometeu.
Trata-se, contudo, de uma exceção completamente relativa. Clinton é, com efeito,
exceção em relação à série de presidentes precedentes, mas é uma forma de exceção
que diz: “ Ele é como todo mundo, não há mais exceção”. Isso é um benefício para a
democracia, mas é também o próprio nome do declínio da função paterna.

Isso não quer dizer que a exceção não vai mais existir em parte alguma. Mas é
necessário ver onde ela pode ainda existir. Hoje, a exceção pode existir na série dos
Uns que são rapidamente substituídos, função da democracia. Mas vê-se bem que,
nos níveis dos chefes de Estado, isso é algo extremamente frágil. Tomemos um
homem político como Jacques Chirac que, numa entrevista, falava do desemprego,
sublinhando seus aspectos dramáticos, dizendo que isso não dependia dos políticos
mas do capitalismo internacional, da conjuntura, do que ocorre no mundo... Ele diz
aos franceses nessa entrevista que não tem nada a dizer, que não pode nada a fazer
contra o desemprego. Ele tem razão, ele não tem nada a dizer, mas o seguinte não
terá também nada a dizer (3).

Onde se pode encontrar, então, o lugar da exceção? Pode-se ainda encontrá-lo


no ato de enunciação e há, aí, alguma coisa que não é idêntica ao ato do homem de
Estado. É, em todo caso, alguma coisa para qual devemos estar atentos. Quando há
uma enunciação, isto é, uma intervenção particular, será que estamos prontos a
reconhecê-la? É o único lugar onde nós podemos, ainda, encontrar a dimensão da
exceção.

Esse “todos iguais”, devido ao declínio da função paterna que apaga a exceção,
provoca, também, um efeito de segregação devastador. Esse efeito devastador se
acentua ainda com as dificuldades econômicas atuais, e desemprego etc. Vê-se nas
periferias um certo números de fenômenos da ordem desse mal-estar da segregação.
Hoje, [px página] adolescência rima, por um lado, com segregação. Em uma recente
jornada do CIEN, pessoas que trabalhavam com jovens das periferias de Bordeaux
explicaram a organização de contraculturas fundadas sobre certas referências
africanas e americanas. E, o interessante nessas contraculturas, é constatar que se
trata de um “contra”. Há, particularmente, referência a um fragmento da cultura
africana que é retomado na organização dos bandos com chefes, com capatazes etc.
Ao mesmo tempo, encontramos sempre nos significantes extraídos, nas imagens
extraídas, uma certa referência à América (4). Tem-se aí a organização de
substitutos sintomáticos sociais para a adolescência, que se conjuga ao efeito
segregativo da sociedade capitalista de hoje nessa promoção de “ todos iguais”. Há,
ainda, outros efeitos da ordem da violência notadamente nas periferias, mas
também em certos quarteirões turbulentos das grandes cidades. Poderia, sem dúvida,
dizer mais coisas sobre a violência, mas parece-me que essa violência é, ao mesmo
tempo, o efeito direto do declínio da paternidade e a recusa em responder ao
declínio da paternidade com um declínio da virilidade. É a recusa do lado do “todos
iguais” e que, sobretudo, “nada exceda”.

Um outro lado de resposta como o fundamentalismo pode, provavelmente ser


igualmente lido como uma tentativa desesperada de reinstalar o pai. Esse não é,
certamente, um efeito do discurso religioso. O fundamentalismo e a religião são
duas coisas diferentes. Como as seitas, o fundamentalismo é um efeito particular do
mundo de hoje. Sabe-se bem que, na religião, trata-se de uma tentativa de instalar o
pai simbólico. Atualmente, não há retorno do religioso em nosso mundo. Há, ao
contrário, um desvio para as seitas ou para o fundamentalismo. O religioso visa a
um pai simbólico da lei, enquanto que, no fundamentalismo e nas seitas, o que está
em jogo é o pai gozador, aquele de todos os excessos, ainda que eles sejam
cometidos em nome da lei.
Queria acrescentar ainda dois outros tipos de resposta. São as respostas do lado
do oral, da demanda de amor. É a escolha regressiva da anorexia e da bulimia. São
respostas frequentes na adolescência , porquanto elas permitem, ao mesmo tempo,
uma certa recusa da sexuação. Em todo caso, esta é remetida ao porvir. Vê-se, aliás,
na anorexia “clássica” das moças, que esses sujeitos vão até ao desaparecimento das
regras (amenorreia) e à eliminação das formas do corpo feminino. É a mesma coisa
para a bulimia, na qual a transformação do corpo em imagem de mulher é velada
pelo efeito da demanda oral.

Terminarei pela escolha do gozo fora do sexo, que não se embaraça com os
problemas da sexuação como um último modo de resposta ao real da puberdade. É o
caso, particularmente, da resposta toxicomaníaca. Não generalizarei, contudo, a
toxicomania; ela tem uma função diferente em um certo número de sujeitos
diferentes. Na psicose, da qual não vou falar aqui, a toxicomania tem, muitas vezes,
a função de [px página] cobertura. O sujeito teve algumas alucinações e, com o uso
do tóxico, ele tem muitas alucinações. Quando se interroga esses sujeitos, e se eles
são inteligentes e educados, podem muito bem fazer a diferença entre os dois tipos
de alucinação, mas isso não impede que tenham uma explicação um pouco geral
disso que lhes acontece: “ É por causa do produto”, e para todo mundo, as
estranhezas que eles vivem são devidas ao produto. É o que chamaria de função de
cobertura do delírio e dos fenômenos psicóticos pelo tóxico. É a razão pela qual,
pessoalmente, malgrado a escolha política de nosso país, eu considero que não se
deve buscar curar todos os toxicômanos, impedi-los de tomar drogas. Há psicóticos
que podem ser devastados pela abstinência. Nesse caso, o problema é, muito mais,
ver como isso pode se estabilizar de forma um pouco calma.

Na neurose, a toxicomania é, evidentemente, uma escolha de gozo fora do sexo,


mesmo se um certo número de adolescentes possa dizer que começou a se intoxicar
assim para abordar as moças mais facilmente. Mesmo se, eventualmente, alguns
possam, ao mesmo tempo ter relações sexuais e se intoxicar, quando bem se vê que
o tóxico vem como laço para descobrir o outro. O tóxico, nesse caso, representa a
cobertura do sexo. Fundamentalmente, o gozo toxicomaníaco é fora do sexo. É um
sintoma bastante sólido, porque, além do mais, ele dá uma identificação: “ Eu sou
toxicômano”. Ele cede tanto menos facilmente porquanto há um gozo fora do sexo –
não se tem mais necessidade de relação com o outro sexo- pois há uma identificação
e, mais que tudo isso, há o fenômeno da exclusão do laço social que, certamente,
não facilitará, mais tarde, a possibilidade de reencontrar a questão colocada ao
sujeito antes de se encontrar uma outra resposta. Se se quer tratar o toxicômano, não
é certamente de maneira global e sim caso a caso, examinando como e em qual
momento, para ele ou para ela, essa resposta toxicomaníaca veio em lugar do gozo e
como, em um outro momento, ele poderia, talvez, fazer uma outra escolha em
relação a isso.

Tradução: Jorge Pimenta Revisão da Tradução: Márcia Mezêncio e Yolanda Vilela


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

LACAN, J. Posição do inconsciente (1964). In: Escritos, Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed. , 1998.

LACAN, J. Prefácio a “ O despertar da primavera”. In: Outros Escritos, Rio de Janeiro:


Jorge Zahar Ed. , 2003.

LAURENT, É. Apud NAVEAU, L. O adolescente no seio do século XXI. In: L’envers


de Paris, n.14, jan.1998.

LONGUS. Daphnis et Chloé. In: L’école dês letters, Paris: Seuil, 1994.

ROUSSEAU, J.-J. Les Confissions. In: Collection Folio, Paris: Gallimard, 1973.

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