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Marketing Digital
Créditos
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac/SC
Departamento Regional em Santa Catarina
FECOMÉRCIO
Presidente
Bruno Breithaupt
Diretor Regional
Rudney Raulino
Conteudista
Túlio Henrique Mandolesi Sá
Coordenação Técnica
Setor de Educação a Distância
O rádio demorou 38 anos para atingir o número de 50 milhões de usuários; a TV, 13 anos; a internet,
4 anos e o Facebook, 3 meses. Os aplicativos do iPhone, 20 dias.
Não há mais dúvidas de que hoje as ferramentas digitais estão presentes em nosso dia a dia. Visitar
uma página, buscar uma informação, mandar um e-mail, realizar uma compra pela internet ou
simplesmente entrar em nosso perfil, em uma rede social, já faz parte do nosso cotidiano. As empresas
entenderam isso e estão fazendo dessas ações instrumentos de marketing.
Portanto, hoje se torna quase obrigatório o planejamento das marcas nesses ambientes, mas, para
tanto, faz-se necessário também entender a dinâmica e a estrutura de funcionamento dessas marcas.
É uma necessidade estratégica ter o domínio das ferramentas que serão disponibilizadas para que
uma empresa ou seus produtos estejam sempre em exposição e à disposição, como uma maneira de
gerar lucro e manter maior relacionamento com o seu público-alvo.
Bons estudos!
Marketing Digital 4
1 MARKETING TRADICIONAL E MARKETING DIGITAL:
CONCEITO, DIFERENÇAS, FUNÇÕES E USOS
Para entendermos o conceito de marketing digital, é necessário inicialmente voltarmos algumas décadas na
história do homem para conhecermos a origem do marketing.
Considerado um campo de estudo novo, pode-se dizer que a origem do marketing está associada ao lançamento
do artigo intitulado “Miopia em marketing”, de Theodore Levitt, em 1960. Mais tarde, em 1967, Philip Kotler
lançaria seu livro “Administração de Marketing”, que consolidaria as bases do marketing nos moldes como o
conhecemos hoje. Nos anos seguintes, muitos autores, além do próprio Kotler, conceituaram esse assunto de
diversas formas.
Para a American Marketing Association (AMA, 2008), marketing é a atividade, conjunto de instituições e
processos para criar, comunicar, distribuir e efetuar a troca de ofertas que tenham valor para consumidores,
clientes, parceiros e para a sociedade como um todo.
Ainda, segundo Kotler (2000), marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas
obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços
de valor com outros.
Basicamente, o que todos os conceitos vão tentar traduzir é a ideia de que o marketing é o conjunto de atividades
de planejamento, concepção, implantação e avaliação que tem por objetivo satisfazer as necessidades dos clientes
através de produtos e serviços – existentes ou novos – por meio de troca.
Em suma, o marketing busca identificar essas necessidades humanas e transformá-las em desejos.
Você deve estar se perguntando: mas necessidades e desejos não são a mesma coisa?
Na verdade, as necessidades e os desejos não são a mesma coisa. Nesse sentido, as necessidades estão ligadas
a exigências humanas básicas: alimento, água, ar, segurança, autoestima, status, entre outras. As necessidades
são o ponto de partida para entender o comportamento do consumidor e os aspectos que geram as moti�
vações que influenciam no seu processo de decisão. Já os desejos consistem no modo como satisfazemos essas
necessidades através de produtos ou serviços específicos.
Assim, a necessidade de se alimentar pode ser satisfeita por determinada marca de bolacha de sua preferência
e que você tenha o desejo de comer.
Mas, então, o que seria o marketing digital?
São todas as possibilidades de se fazer marketing através dos meios digitais e aparelhos (devices), como compu�
tadores, celulares ou tablets existentes ou que ainda venham a ser inventados.
Esses novos meios de se realizar estratégias de marketing trazem algumas vantagens, tais como:
• Possibilidade de diversificar ações de marketing.
• Melhor condição de mensurar os resultados dessas ações.
• Aprimoramento da relação entre marcas e consumidores.
Até bem pouco tempo, o departamento de marketing das grandes marcas buscava se relacionar com seus
clientes e consumidores através de ações de comunicação como a publicidade e a propaganda. Para isso,
utilizava-se dos canais tradicionais, como tv, rádio, jornal e revista, para enviar a sua mensagem. Sempre de
forma unilateral. Este foi um caminho de mão única até o surgimento da internet.
Dessa forma, as novas tecnologias digitais causaram profundas modificações no comportamento do consu�
midor. Assim, se o que o marketing busca é identificar as necessidades humanas, ele também precisou se
adaptar para evoluir.
Marketing Digital 5
1 - marketing tradicional e marketing digital: conceito, diferenças, funções e usos
É possível perceber a evolução do marketing pelas fases em que são classificadas as evoluções da própria web,
conforme segue.
• Web 1.0 - É a primeira fase da web. Caracterizada por ser passiva e nada interativa. O internauta
era um mero espectador. Web da leitura.
• Web 2.0 - É a segunda década da web. Caracterizada por uma mudança no uso da internet e
da interatividade. A web passa a ter uma via de mão dupla, e o internauta consegue gerar algum
conteúdo. Web da conversa.
• Web 3.0 - É a web da atualidade. Caracterizada pela organização e integração das informações
oferecidas aos usuários. Agora os computadores “aprenderam” a organizar as informações dispo�
níveis na rede e com isto criar conexões semânticas, ou seja, por temas similares ou próximos. Web
do relacionamento.
Hoje em dia, o novo consumidor não aceita mais ser apenas alvo da comunicação. Ele quer ser um agente
ativo; quer colaborar na comunicação; ouvir sim, mas ser ouvido também. Isto fez com que houvesse uma
inversão nos valores do relacionamento cliente x marca. No método tradicional de marketing, as ações de
comunicação ocorriam no sentido das empresas (marcas) para os seus clientes (consumidores). Atualmente,
com o marketing digital, é o consumidor quem procura pela marca, e é justamente nessa possibilidade da
reação, na possibilidade de gerar feedback, que o marketing digital vai se basear. A grande vantagem é que isto
pode acontecer em cada uma das etapas do processo de compra realizado pela maioria de nós.
Através do marketing digital, podemos entrar em contato com nosso público desde o início do processo de
compra, quando ele ainda não tem muita clareza acerca de qual o seu problema ou necessidade, até o final
desse processo, com o trabalho de pós-venda.
Veja a seguir como são essas etapas de compra:
1) Reconhecimento do problema
2) Busca de informações
3) Avaliação de alternativas
4) Decisão de compra
5) Comportamento pós-compra.
Além da possibilidade do feedback em todas as etapas da compra, outros três fatores estão associados ao sucesso
das ações de marketing digital.
Conheça a seguir esses três fatores.
• Primeiro fator - É a possibilidade de segmentação dos grupos a serem atingidos. Somente as
ferramentas digitais, que estudaremos mais a frente neste curso, podem ser capazes de segmentar
um público-alvo e se relacionar com este de forma quase que individualizada, realizando uma
comunicação com muito mais qualidade.
• Segundo fator - É a mobilidade. As conexões através de aparelhos móveis estão cada vez mais
facilitadas e democráticas. Logo, boa parte da facilidade de segmentar os públicos relacionada com
a possibilidade destes estarem 100% conectados, permitindo que ocorra comunicação praticamente
a qualquer hora e lugar. No entanto, não adianta que o público esteja conectado se ele não quiser
falar com você. Por isso, temos que considerar o terceiro fator.
• Terceiro fator - É a oferta de conteúdos cada vez mais pertinentes e relevantes. Por isso, hoje é
vital manter a presença e gerar conteúdo pertinente nos ambientes digitais. Se conseguirmos nos
tornar uma autoridade no assunto de interesse do nosso cliente, seguramente nos tornaremos sua
primeira opção de compra. O receptor ativo, ou seja, aquele que adota uma postura de proatividade
no ambiente digital, busca nos conteúdos aquilo que melhor atende às suas necessidades.
Marketing Digital 6
1 - marketing tradicional e marketing digital: conceito, diferenças, funções e usos
Conrado Adolpho Vaz descreve em seu livro “Os 8 Ps do marketing digital” um roteiro que sugere a exploração
das ferramentas que a internet oferece para o mercado com o objetivo de estruturar sistematicamente seu
plano. Isto porque todo mundo hoje está ligado na internet, não é mesmo?
Conheça a seguir os 8Ps do marketing digital.
1. Pesquisa
A pesquisa determina para onde direcionar os esforços com base no entendimento do compor�
tamento on-line dos consumidores.
Nesse primeiro P, devemos levar em conta os hábitos de uso das ferramentas on-line por parte do
nosso público-alvo. Quais sites costuma frequentar, em que redes sociais possui perfil, o que tem
procurado nos sites de busca. Essa pesquisa permite traçar um perfil bem preciso do público para
saber como alcançá-lo de maneira mais efetiva em cada um desses ambientes.
2. Planejamento
Com base na Pesquisa (1º P), vamos elaborar o Planejamento do marketing digital para definir
como o site da empresa e as outras ferramentas digitais, como redes sociais e e-mails, transformar�
-se-ão em plataformas de interação com o usuário. É importante lembrar que esse projeto deve ser
validado e aprovado, de modo que seja uma diretriz para todos os envolvidos em sua implementação.
3. Produção
Essa é a etapa responsável por executar o planejamento elaborado no 2º P. Nela, serão desenvol�
vidas todas as ferramentas definidas no Plano, transformando o planejamento em algo tangível
e visível para o mercado.
4. Publicação
A publicação é o momento de escolher os conteúdos a serem publicados, de acordo com as diretrizes
de Search Engine Optimization (SEO), assunto que será abordado mais adiante. Após estar com
toda a sua estrutura pronta, será importante alocar uma equipe para escrever o conteúdo do site e
das outras ferramentas segundo critérios de otimização para os sites de busca e segundo técnicas
persuasivas para o consumidor.
Search Engine Optimization (SEO): conjunto de técnicas que tem como objetivo
fazer com que as páginas apareçam bem posicionadas nas ferramentas de busca.
A veiculação de conteúdos é de importância vital para que a empresa tenha sua marca difundida
por toda a web, gerando credibilidade e presença na rede.
5. Promoção
Dependendo dos objetivos de marketing da empresa, a etapa da promoção é muito importante
para gerar “buzz” (burburinho, agito) no mercado. São essas ações que geram resultados de venda
a curto prazo e com maior credibilidade.
Produzir conteúdo relevante e com viés viral é uma estratégia para se utilizar do grau de atividade
do consumidor na web e gerar a sua propagação de forma natural.
A Promoção, portanto, define quais as ações de comunicação que a empresa deverá fazer para
divulgar a sua marca.
6. Propagação
Agora que a marca desenvolveu conteúdo relevante para o consumidor, gerado no 4º P, e ações
promocionais eficientes, desenvolvidas no 5º P, é chegada a hora de propagar tais atividades nas
redes sociais, fóruns, blogs e afins. A Propagação deve estimular que as ações sejam divulgadas pessoa
Marketing Digital 7
1 - marketing tradicional e marketing digital: conceito, diferenças, funções e usos
A grande estratégia atual do marketing digital de resultados é demonstrar que se conhece sobre o assunto de
interesse do seu público-alvo. Você gera confiança, o que é fundamental para consolidar um relacionamento
duradouro. Além disso, conteúdos bons são mais facilmente compartilhados, aumentando a penetração da
sua marca em outros grupos e de forma natural. Também, um grande número de tráfego em sua página, redes
sociais ou blog ajuda a obter um melhor ranqueamento no Google. Se você ainda não conhece sobre esse
assunto, não se preocupe, pois o estudaremos mais adiante.
Outra vantagem dessa relação sólida de confiança é a criação de uma barreira difícil de ser quebrada pela
concorrência, pois o cliente naturalmente dará atenção a quem confia e acredita.
Portanto, conquistar uma posição de autoridade sobre determinado tema é tornar-se referência no mercado.
E isso pode facilitar muito o processo da venda.
Lead: o termo é usado para se referir à fase em que um potencial cliente da empresa demonstra interesse em
algo que ela tem a oferecer. É alguém que fornece suas informações (nome, e-mail, telefone etc.) em troca
de uma oferta de valor no seu site (conteúdo, ferramenta, avaliação, pedidos sobre produto/serviço etc.).
Uma empresa precisa estar atenta a cinco etapas fundamentais dentro do marketing digital:
1) atrair visitantes qualificados;
2) converter potenciais clientes em leads (oportunidades de negócio);
3) relacionar-se com pessoas em todos os estágios desse funil de vendas;
4) fechar as vendas;
5) analisar os dados para otimizar a performance e garantir maior retorno.
Marketing Digital 8
1 - marketing tradicional e marketing digital: conceito, diferenças, funções e usos
A seguir, na Figura 1, conheça o funil de vendas do marketing digital e em seguida o que cada item representa.
Figura 1 – Funil de vendas
Atrair
Converter Visitantes
Leads Relacionar
Vender Clientes
Analisar
1) Atrair
Trazer visitantes para o site da empresa é uma das etapas mais importantes. Sem esse passo, nenhum
outro funcionará. Nesse sentido, como já vimos, produzir conteúdo é a grande moeda de troca da
internet e é o que faz sua empresa se tornar mais interessante para os internautas.
Como você verá adiante neste curso, o blog é uma peça central dessa estratégia. Contudo, só escrever
não é suficiente, é preciso otimizar seu conteúdo para gerar tráfego. Isso significa trabalhar para
que ele seja alcançado em dois grandes canais em que as pessoas estão: o Google e as mídias
sociais. Isso é o que chamamos de tráfego orgânico, e para que a busca orgânica pela sua marca
seja efetiva, é necessário um trabalho de SEO. Se esses termos são desconhecidos, não se preocupe,
pois veremos tudo isso, em detalhes, mais à frente.
O tráfego orgânico costuma ser excelente, mas, às vezes, demora a dar resultados. Nesses casos,
comprar mídias em portais digitais pode ser uma ótima opção a curto prazo.
2) Converter
Apenas atrair os visitantes não basta, é preciso pegar seus contatos para poder iniciar um relacio�
namento com eles. Para isso, ofereça conteúdos irresistíveis, de modo que o seu público queira
deixar seus dados em troca: conteúdos, ferramentas, dentre outros. Baseie-se nos temas mais
relevantes para seu mercado e sua empresa, os quais você já percebeu que são bastante procurados
pelos visitantes.
É preciso gerar leads, e uma boa ferramenta para isso é a criação de uma landing page.
Landing page: é uma página de conversão que usamos para apresentar a oferta e pedir os dados do
visitante em um formulário. Uma boa landing page é aquela que não oferece muitas distrações e deixa o
potencial cliente praticamente com duas opções: converter ou sair. Deve destacar objetivamente o que
é a oferta e os benefícios que a pessoa vai ter ao converter, de forma que realize a ação desejada pela
empresa, seja numa conversão indireta (baixar um material, por exemplo) ou direta (comprar um produto).
Marketing Digital 9
1 - marketing tradicional e marketing digital: conceito, diferenças, funções e usos
Mas só criar não é suficiente. Promova sua landing page através das mídias sociais; calls to action
no site e e-mails marketing irão garantir o tráfego do público para a sua landing page.
3) Relacionar
Agora que você já tem os contatos, precisa iniciar o processo do relacionamento. Como já
vimos, nosso possível cliente pode estar em vários momentos no processo de decisão de
compra. Um bom e constante relacionamento é a chave para conduzi-lo até o momento da
compra efetiva.
Podemos usar, para isso, as mídias sociais e trabalhar com a lista de e-mails. Como veremos
na sequência, o e-mail marketing é um canal muito eficaz para se relacionar com leads em
diferentes momentos do estágio de compra.
4) Vender
Aqui entra a equipe de marketing e vendas. É a hora da abordagem final para que um lead inicial
resulte em vendas.
É importante que você ou sua equipe saibam definir o momento certo em que esses leads devem
ser abordados para não antecipá-los no processo de decisão de compra. Isto pode levar a uma
quebra no relacionamento.
5) Analisar
Análises são sempre necessárias. Assim como em qualquer plano de marketing, a definição das
métricas, parâmetros e indicadores é fundamental para se fazer essa análise. Através dela, identifica-se
problemas/oportunidades; fazem-se os ajustes necessários e verifica-se o que está funcionando ou não.
Para que todo esse processo aconteça, é preciso conhecer as ferramentas do marketing digital, nosso próximo
assunto.
Marketing Digital 10
2 FERRAMENTAS DIGITAIS: CONCEITO E USOS
Conforme vimos no início deste curso, marketing digital trata-se de todas as possibilidades de se fazer marketing
através dos meios digitais. Vamos conhecer agora essas ferramentas, através das quais podemos desenvolver
nossas estratégias de marketing.
2.1.1 Blog
Mesmo tendo algumas características muito semelhantes quanto ao formato, um blog não deve ser confundido
com um site ou um portal. O blog possui uma característica essencial, que é sua possibilidade de atualização
rápida através dos posts e matérias curtas, normalmente de cunho mais pessoal ou personalizado. Outra
característica é a possibilidade da interferência ou participação de terceiros através de comentários sobre os
posts publicados.
A seguir veja a Figura 2, correspondente a um Blog.
Figura 2 – Blog
O blog foi uma ferramenta importante para a descentralização da informação. Quando surgiu no cenário
digital, sua proposta era a de ser um diário on-line em que as pessoas escreviam sobre elas mesmas ou sobre
assuntos de seu interesse. Apesar de ainda hoje muitos blogs possuírem essas características, o seu papel vem
se adaptando ao cenário corporativo.
É cada vez mais comum encontrar blogs empresariais. Isto porque as empresas perceberam que os objetivos
do marketing digital em gerar oferta de conteúdos cada vez mais relevantes podem ser muito bem supridos
nesses ambientes. O blog passou a ser uma ferramenta que ajuda a marca no sentido de que esta construa
autoridade em determinado assunto.
Além disso, ainda é uma excelente ferramenta para dar uma “cara” mais humana à empresa, o que facilita e
fortalece o processo do relacionamento entre marca e consumidor.
E o que é preciso para torná-los eficientes?
O primeiro passo é identificar o tema ou assunto de que o blog tratará. Evite falar diretamente da sua marca
ou produto. Isto não atrai. Por exemplo, se você tem uma cafeteria, crie um blog sobre café, fale dos diferentes
tipos de café, das diferentes formas de preparo ou curiosidades sobre hábitos de consumo pelo mundo.
Marketing Digital 11
2 - ferramentas digitais: conceito e usos
Dessa forma, naturalmente seu leitor vai perceber o quanto você entende do assunto e se lembrará de você
ao ter aquela vontade de tomar um bom café.
Escreva títulos que atraiam cliques e conquistem visitantes. Cada post seu no blog deve atrair leitores e, para
isso, não adianta apenas bons textos. Antes é preciso chamar a atenção deles para a leitura. Um bom texto
retém leitores, mas não há retenção sem a atração inicial.
No entanto, essa importância vai além. Os títulos dos seus posts são o conteúdo que será exibido na página de
resultados do Google (buscadores) e são também um dos principais fatores de ranqueamento. As palavras‑chave
utilizadas possuem enorme valor para os buscadores, conforme veremos ao estudá-las mais adiante.
Dessa forma, o título deve ser focado nas palavras-chave que a empresa mira, sendo utilizadas de forma direta
e objetiva.
A seguir, conheça alguns tipos de títulos que funcionam.
• Tema + Chamariz
Destaca o tema e, na sequência, usa uma frase mais chamativa.
Ajuda nas buscas orgânicas: as palavras mais importantes são escritas de forma direta logo no começo.
Exemplo: Produção de conteúdo: a melhor aposta em Marketing Digital.
• Perguntas/respostas abertas
Post com o objetivo de apresentar algum problema ou solução.
Iniciar com “Como”, “Por que”, “O que”, “Quando” ou “Quem”.
Exemplo: O que uma empresa pode ganhar com Marketing Digital?
• Listas e números
Posts com listas de itens sempre funcionam. O número transmite a ideia de grande benefício com
a leitura.
Exemplo: 5 dicas para criar uma ação de Marketing Digital.
• Provocador ou controverso
Polêmica chama a atenção. Posts que seguem essa linha sempre costumam receber mais cliques.
Provocar o leitor pode funcionar.
Exemplo: Erros que você deve estar cometendo em Marketing Digital.
Twitter
Considerado um miniblog, a rede social do passarinho azul tem como principal característica o
limite máximo de 140 caracteres para as postagens. Dessa forma, sua atuação é forte para mensagens
rápidas e que levem ou encaminhem o usuário para outras plataformas digitais. Em 2010, seu
design foi modificado para facilitar as postagens, além disso, foi acrescentada a possibilidade de
envio de fotos e vídeos, o que tornou a rede mais interativa.
Marketing Digital 12
2 - ferramentas digitais: conceito e usos
Para entrar na rede, você ou sua empresa precisam criar um avatar e definir um ID(máximo de 15 caracteres) =
twitter.com/suamarca. Esta será sua identidade na rede e você passará a ser reconhecido como @suamarca.
Através dessa rede, você pode seguir pessoas ou marcas, assim como pessoas e marcas também podem segui-lo.
Se a sua empresa quer entrar nessa rede, saiba o que os usuários dos perfis empresariais buscam:
• Relevância no conteúdo.
• Promoções.
• Interesse nos produtos.
• Lançamentos.
• Admiração pela marca.
• Críticas.
• Tira-dúvidas.
Vale ressaltar que hoje o Twitter vem sendo amplamente utilizado pelas marcas como uma ferramenta ágil e
dinâmica para se relacionar com os clientes. Por isso, se você pretende introduzir sua marca nesse universo,
fique atento e esteja preparado para tal dinâmica.
Além disso, as promoções constituem-se outra atividade muito utilizada pelas marcas nessa plataforma. Usar
o Twitter para promover um sorteio ou uma promoção de preços é bastante comum. Não somente com foco
em conteúdo e promoções, o Twitter também pode, e deve, ser utilizado como um canal para direcionar o
leitor para o seu blog ou site.
Pinterest
Nessa rede, uma das mais novas a aparecer no mercado, o usuário pode criar murais (boards) sobre
vários assuntos. Para preencher esses murais, buscam-se imagens na web para pendurar (pin) neles,
e nome da rede vem justamente desse fato. Pin significa alfinete ou taxinha. Assim, a dinâmica
ocorre como se estivéssemos colocando fotos em nosso mural divididas por assuntos de interesse,
e este é o principal motivo para a interação. Através dessa rede, os usuários podem curtir, comentar ou replicar
fotos (repins) de outras pessoas. Se gostar de uma foto do mural de outra pessoa, pode também colocá-la no
seu mural.
Apesar de essa rede ser a que mais rápido atingiu os 10 milhões usuários (apenas 2 anos), ela ainda está sendo
descoberta em todas as suas possibilidades de uso.
O que se sabe é que se trata de uma rede predominantemente feminina, pois mais de 90% dos “curti” são
femininos, e seu público está na faixa de 25 a 45 anos.
Atualmente, é reconhecida como uma rede “limpa”, sem fotos nem assuntos apelativos.
Assim como os blogs, no início era uma ferramenta para uso pessoal, contudo, agora as marcas descobriram
que podem utilizá-la como um banco de imagens de interesse do seu público-alvo, ou, como já dissemos neste
estudo, um ótimo espaço para disponibilizar conteúdo relevante para o seu público.
Marketing Digital 13
2 - ferramentas digitais: conceito e usos
LinkedIn
É uma plataforma de negócios com formato de rede social. Seu principal objetivo é reunir profis�
sionais, de forma abrangente e detalhada, ampliando os vários contatos entre pessoas e empresas.
Pode ser usado para encontrar trabalhos, pessoas e oportunidades recomendadas por qualquer um na sua
rede de contatos; além disso, os empregadores podem listar trabalhos e buscar por candidatos potenciais.
Existem mais de dois milhões de usuários ativos no país, sendo hoje uma das redes que mais crescem no Brasil.
Por isso, é bom que você e sua empresa estejam por lá, afinal, segundo a empresa Reppler de recrutamento
on-line, mais de 90% dos profissionais de recursos humanos das empregadoras pesquisam, na internet, os
perfis de candidatos às vagas.
Facebook
Essa rede social mudou a forma como as pessoas consomem a internet. Prestes a completar
apenas 10 anos de existência, o Facebook afirma que há mais de 1,2 bilhão de usuários ativos,
os quais utilizam a rede social ao menos uma vez ao mês. Isto equivale à população da Índia,
o segundo país mais populoso do mundo. Só no Brasil são 61 milhões de usuários, segundo
dados do próprio Facebook. Do total de usuários, 76,8% se conecta através de um aparelho móvel, como um
‘smartphone’, e 61,5% acessam a rede todos os dias (UOL, 2014).
Todavia, fique atento a algumas questões ou equívocos comuns que acontecem normalmente com aqueles
que querem desenvolver estratégias digitais nessa rede:
• Mais vale uma fanpage do que um site
Muitas empresas entendem que vale mais a pena possuir uma fanpage (uma página empresarial)
no Facebook, com muitos fãs mantendo um relacionamento ativo com a marca, do que um site
que precisa de mídia on-line para ser visitado. Engano. Trata-se de duas ferramentas com objetivos
e propostas bem diferentes. Um site deve ser um local de referência para um consumidor/cliente.
Um espaço para fornecer informações e esclarecer dúvidas. Já uma fanpage se presta a ser um
espaço de relacionamento, interação entre a marca e o usuário. Uma não substitui a outra, e sim
se complementam. Você pode e deve utilizar sua fanpage para estimular as visitas ao seu site.
Um perfil em alguma rede social é feito para gerar relacionamentos entre sua marca e seu cliente. Não o use
como banca de negócios nem como sua página particular. Se decidir utilizá-lo, siga pelo menos estas três dicas:
1) Fanpage - Crie uma Fanpage. Se sua empresa ainda utliza um perfil pessoal em vez de uma página
empresarial, melhor repensar. Só uma Fanpage fornece estatísticas detalhadas sobre público e
conteúdo, não tem limite de fãs e permite anúncios, entre outros recursos. Além disso, se o
Facebook descobrir que você utiliza sua página pessoal como empresa, pode até retirá-lo da rede.
Ao criar uma página, você deve utilizar uma das mais de 150 opções de categorias, e cada uma vai
dar características diferentes à sua página. Fique atento.
Marketing Digital 14
2 - ferramentas digitais: conceito e usos
2) Anúncios - Conheça a plataforma de anúncios do Facebook (Facebook Ads), pois, com ela,
você consegue impulsionar sua fanpage e atingir audiências altamente segmentadas, com um
investimento bem inferior ao das mídias tradicionais. Esses anúncios podem ser direcionados para
uma audiência bem segmentada, por exemplo, local, gênero ou idade e, até mesmo, por interesses
pessoais. Os anúncios podem ter os objetivos de aumentar audiência para a sua página, melhorar
o índice de engajamento do conteúdo postado ou direcionar acessos para o seu site.
3) Monitoramento - Monitore e invista tempo na sua página, afinal, uma página com audiência
não se constrói sozinha. É preciso muito trabalho, por isso, antes de começar, responda: Você terá
tempo para investir no engajamento com a sua audiência?
Usar o Facebook de forma eficaz para o seu negócio requer mais do que apenas postar, ocasionalmente, na sua
página de fãs. Você vai precisar dedicar tempo para falar com as pessoas e principalmente ouvi-las. Portanto,
monitore, acompanhe sua página. Isto é tão importante quanto colocar conteúdos relevantes, até porque é na
sua, e talvez em outras páginas, que o público estará falando de você. Bem ou mal. Pense nisto.
Youtube
O Youtube mudou a forma como as pessoas consomem conteúdo de vídeo. Criado em 2005 por
dois funcionários da Paypal e comprado um ano depois pelo Google, por 1,65 bilhão de dólares,
o Youtube permitiu que qualquer pessoa pudesse compartilhar vídeos facilmente na internet.
Você já deve ter ouvido a expressão “uma imagem vale por mil palavras”; um vídeo, então, deve valer muito mais.
Muitas vezes, a chave para o sucesso de uma ação em marketing passa pela produção de conteúdo audiovisual,
pois esta é uma forma de envolver o cliente e conseguir sua atenção. Para utilizar o Youtube como ferramenta
para uma empresa ou marca, é preciso criar uma conta. Depois disto, será possível “subir” os vídeos para seu
canal e compartilhá-los com o seu público.
Confira algumas dicas de como aproveitar melhor essa poderosa ferramenta:
1) Personalização – após criar sua conta, personalize seu canal, deixando-o com a identidade visual
de sua marca e reforçando sua imagem. Assim, você mantém integrada sua identidade. Então, crie
um canal com um nome simples e fácil de memorizar.
2) Legendas – lembre-se de que, ao colocar um vídeo no Youtube, ele poderá ser acessado por pessoas
do mundo todo, logo, inserir legenda em seus vídeos é uma forma de alcançar mais contatos fora
de sua língua-mãe.
3) Organização – mantenha sua casa organizada, ou seja, divida os vídeos por categorias. Conforme
você vai atualizando o canal, a quantidade de vídeos só tende a crescer.
4) Interação – mantenha o diálogo. Interaja com todos que conversam com você, responda os comen�
tários, comunique-se. Acima de tudo, faça a moderação nos comentários, diminuindo possíveis
usuários negativos.
5) Tags – o Youtube, assim como as demais ferramentas de mídia social, utiliza o sistema de tags
para organizar e facilitar a busca por conteúdo relevante. Entenda seu uso e faça isto a seu favor,
sem exagerar e usando sempre palavras que tenham profunda ligação com seu vídeo.
Marketing Digital 15
2 - ferramentas digitais: conceito e usos
6) Promoção – promova seu conteúdo, mas não basta apenas colocar os vídeos em seu canal e esperar.
Utilize outras ferramentas como o Facebook, o Twitter, um blog, dentre outros, para disseminar
seu material. Uma ferramenta reforça a outra.
7) Atualização – mantenha seu canal sempre atualizado. Não deixe seu público “morrer” com sua
inércia. Atualizar constantemente, interagir com os usuários ou mesmo comentar em outros vídeos
vai dar vida ao seu espaço.
Outra forma de utilizar o Youtube é como mídia paga, investindo em vídeos comerciais que serão reproduzidos
no início dos vídeos que farão parte de sua programação. Nesse caso, há a necessidade de um investimento de
verba. Portanto, se esta for uma estratégia, é preciso ficar atento para criar um material que prenda a atenção
do internauta, principalmente nos 5 segundos iniciais.
Instagram
O Instagram é uma das redes de compartilhamento de fotos e vídeos mais populares do mundo.
No Brasil, isto não é diferente. Disponível para as plataformas ios (iphone), android e windows
phone, o Instagram permite que os usuários se relacionem publicando fotos e vídeos e comentando
as publicações de outros usuários.
Para fazer parte da rede, é necessário criar uma conta, baixando o app (aplicativo) para o celular, e criando um
novo usuário (ou associando sua conta ao Facebook). A partir daí, por meio da câmera do celular é possível
publicar fotos (com ou sem filtros) e vídeos em sua conta. Assim como em outras redes sociais, você poderá
seguir outros usuários e acompanhar suas publicações.
No Brasil, desde abril de 2015, o Instagram permite estratégias de divulgação de marca em formato de anúncios.
Mesmo assim, o uso dessa rede deve reforçar o lado mais “humano” e emotivo da marca, seu valores e atributos.
Como essa rede é fundamentalmente visual, é importante considerar e prestar bastante a atenção na escolha
das imagens. Cuidados com enquadramento, profundidade e luminosidade são importantes. A imagem é que
vai comunicar. Além do conteúdo próprio, como produtos, bastidores e eventos, incentive seus consumidores a
publicarem imagens utilizando seu produto ou que comentem sobre sua marca. Crie #hashtags para centralizar
ações em uma campanha e sempre explore o compartilhamento em outras redes.
#hashtag: são tags, etiquetas. Nas redes sociais, quando queremos agrupar
um determinado assunto, utilizamos esse recurso. Por exemplo, se queremos
saber tudo o que foi falado sobre determinado assunto, podemos criar
uma hashtag (por exemplo #determinado assunto). Ao digitá-la, tudo o
que tiver com esta tag nas redes sociais aparecerá na sua linha do tempo.
Marketing Digital 16
2 - ferramentas digitais: conceito e usos
Saiba mais
Veja o case pinguim da rede de eletrodomésticos Ponto Frio, acessando o link a seguir:
<http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Empresa/noticia/2012/09/ponto-frio-aposta-em-personagem-
e-bom-humor-para-conquistar-internauta.html>.
Quando essas estratégias de SMM acontecem na parte interna do seu site, elas são classificadas como SMO.
Social Media Optimization (SMO)
O Social Media Optimization são as ações que objetivam melhorar seu site para que o conteúdo seja mais
facilmente divulgado ou compartilhado nas redes sociais. Cada vez mais o Google vem valorizando em seu
sistema de busca o conteúdo de determinada página que está sendo compartilhado nas redes.
Incentivar e facilitar o compartilhamento desses conteúdos do seu site e os posts do seu blog através de botões
é praticamente obrigatório.
A seguir, na Figura 3, veja um exemplo de Social Media Optimization (SMO).
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2 - ferramentas digitais: conceito e usos
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2 - ferramentas digitais: conceito e usos
Nessa modalidade não são os buscadores que indicam seu site, e sim a compra que você realiza de palavras-chave
as quais você acredita que seu cliente irá procurar. Por exemplo: se sua empresa trabalha com a venda de televisores,
você pode optar pela compra de palavras como: tv; televisão; televisores; tela plana; lcd; plasma etc.
O sistema funciona como um leilão. Você define quanto quer pagar por cada palavra, mas outros também
podem ter interesse nelas. Quem pagar mais, aparecerá em 1º lugar no ranking. A cobrança pode ser por
clique (cpc = custo por clique) ou por retorno (ctr = taxa de retorno).
Saiba mais
Veja o vídeo “Introdução ao Leilão do Google” sobre o processo SEM, Search Engines Marketing. Acesse o
link: <https://www.youtube.com/watch?v=Fg01uSe72lc>.
Mais importante é saber escolher bem o universo semântico de palavras que você pretende utilizar e comprar.
Se possível, saia do genérico. Palavras comuns são as mais procuradas e, portanto, as mais caras.
Outra forma bastante utilizada, atualmente, para atrair pessoas para seu site ou sua marca é o Facebook Ads – os
anúncios no Facebook. Através de ferramentas simples, você pode impulsionar um anúncio ou uma publicação
nessa rede social. Além do enorme contingente de usuários da rede, outra grande vantagem desse tipo de anúncio é
sua segmentação. Podemos escolher o público por sexo, região, profissão, interesses (que inclui as páginas curtidas),
entre outras definições. Seus anúncios aparecerão apenas para esses usuários definidos como público-alvo.
Outras redes como Twitter e Instagram também estão iniciando nesse segmento de venda de anúncios
patrocinados.
Exemplo
Uma empresa de café utilizou estações de metrô para desenvolver uma ação de marketing. Agora,
clique aqui e assista ao vídeo dessa ação. Observe que a empresa instalou painéis digitais com sensores
de movimento nas plataformas e, toda vez que uma pessoa se aproximava, o painel mostrava alguém
bocejando. Lembre-se que essa ação foi realizada numa estação de metrô, ambiente em que as pessoas
estão cansadas e, portanto, predispostas a bocejar, ou porque estão no início do dia, com sono, ou no final
do dia, cansadas de uma jornada de trabalho. Sendo assim, essa ação de marketing utilizou o ambiente que
o consumidor já frequenta para despertar o desejo por um produto, o café.
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2 - ferramentas digitais: conceito e usos
Saiba mais
Na matéria a seguir, você ainda pode encontrar 10 outros bons motivos para acreditar nessa ferramenta.
Acesse o link: <http://www.uolhost.uol.com.br/academia/noticias/2014/06/23/10-estatisticas-de-e-mail-
marketing-que-voce-precisa-conferir-ja.html#rmcl>.
Algumas dicas são válidas para que você fique atento na hora de pensar em usar essa ferramenta e o que é
preciso para uma ação de e-mail marketing eficiente.
Conheça essas dicas a seguir.
• Possuir o seu próprio mailing list
Evite comprar listas “milagrosas” de e-mail prontas. Mesmo que a quantidade seja atrativa, é a
qualidade que importa. De nada adianta você possuir 1 milhão de nomes sem saber se todos são
válidos ou mesmo quantos deles são efetivamente seu público-alvo e se comprariam seu produto.
Lembre-se da pertinência. Nesse tipo de ação, qualidade é muito melhor do que quantidade.
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Os números deixam claro para onde estão caminhando os investimentos futuros em mídias digitais. Em 2007,
quando perguntaram ao então CEO da Google, Eric Schimidt, sobre qual a maior oportunidade de cresci�
mento na internet, ele respondeu: “Mobile, mobile, mobile”.
Não é de se estranhar que depois disso a Google viria a desenvolver o sistema Android, um sistema operacional
com plataforma aberta para uso em celulares.
Mas por que o uso de estratégias de marketing com mobile funcionam?
Veja algumas respostas para esse questionamento, pontuados a seguir:
• Mobilidade - O aparelho está sempre presente, 24 horas ao seu lado. É difícil imaginar alguém
que consiga pensar na possibilidade de viver ou mesmo sair de casa sem celular hoje em dia.
• Geolocalização - Através do celular pode-se localizar seu usuário e saber sua localização. Isso cria
inúmeras possibilidades de ação, por exemplo, uma promoção especial exclusiva para você da loja
do shopping em que acabou de entrar e que já possui o seu cadastro.
• Interatividade - Permitem a interatividade a qualquer hora ou local. Por esse motivo é notoriamente
viral. Ver ou ouvir algo que realmente o interessou faz com que você passe adiante na hora.
A resposta do consumidor é direta.
• Convergência - Todas as tecnologias embarcadas no seu aparelho podem ser utilizadas em uma
ação de marketing. Através delas você pode, por exemplo, entrar em um site para baixar um aplicativo
que, ao tirar uma foto, encaminha-o a uma rede social para cadastrar-se em uma promoção. Tudo
em um só aparelho.
• Transmídia - Os aparelhos também podem ser uma extensão de outras ações de mídias ou
tecnologias. Ainda neste estudo, trataremos de três dessas possibilidades: QR Code, Realidade
Aumentada e Bluetooth.
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Por todos esses motivos, as possibilidades do uso de estratégias de mobile marketing são as mais variadas possíveis:
• Promoção de vendas.
• Marketing de proximidade.
• Pesquisas de opinião.
• Publicidade.
• Conteúdos personalizados.
• Games.
• Aplicativos.
A seguir, na Figura 6, veja um exemplo de Marketing de proximidade.
Figura 6 – Marketing de proximidade
Não são só as possibilidades criativas do mobile marketing que atraem. O mercado publicitário também.
Segundo a Revista Proxxima, o investimento global em publicidade nas plataformas móveis deve alcançar o
montante de US$ 100 bilhões em 2016, segundo estimativas da consultoria eMarketer (PROXXIMA, 2015).
Esse valor representaria um aumento de 400% em relação à fatia que a publicidade móvel possuía em 2013.
No Brasil, esse investimento deverá ser em torno de US$ 2,7 bilhões até 2017. Se a sua empresa ainda não
se preparou para isso, é hora de começar a pensar no assunto.
Conheça agora algumas tecnologias que podem ser utilizadas através do mobile.
Bluetooth
Essa tecnologia é muito utilizada em ações de proximidade. Funciona com a troca de dados por
meio de ondas de rádio de curta frequência. Equipamentos enviam conteúdos aos aparelhos de
telefones celulares que estejam no seu raio de ação. Esses conteúdos podem ser: vídeos, áudios,
imagens, textos, menus, alertas, apps ou games.
Pode ser utilizado em feiras para convidar o usuário a visitar um stand, vitrines de lojas para estimular uma
venda, filas de cinemas ou bares para entretenimento, pontos de vendas como demonstrativo do produto,
bares com promoções-relâmpago.
Ao desenvolver uma ação com bluetooth, leve em consideração que o consumidor precisa ter tempo para receber
e interagir, além de interesse pelo conteúdo.
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2 - ferramentas digitais: conceito e usos
QR Code
O QR Code (Quick Response) é uma matriz ou código de barras bidimensional (2d) que pode ser
interpretado rapidamente por câmeras digitais em formato VGA, como as dos celulares.
Essa matriz é interpretada e pode gerar conteúdos ou aplicativos, mensagens ou simplesmente
conduzir o consumidor ao site da marca. Cada vez mais é utilizada para ampliar a experiência entre o consu�
midor e a marca.
Saiba mais
Veja um exemplo de QR Code utilizado por uma marca de pulseiras. Acesse o link: <https://www.youtube.
com/watch?v=41mBt8ONrFw>.
Realidade Aumentada
Essa tecnologia permite que, através de uma webcam ou de um celular, seja feita uma leitura de
um símbolo 2d que se transforma em imagem 3d projetada no monitor, ou na tela do celular,
criando uma experiência única com a marca. Essa tecnologia, ainda pouco utilizada no Brasil,
traz uma série de vantagens:
• Combina elementos virtuais com o ambiente real.
• Interage e tem processamento em tempo real.
• É concebida em três dimensões.
A realidade aumentada é um ambiente que envolve tanto a realidade virtual como elementos do mundo real,
criando um ambiente misto e em tempo real. Veja, na Figura 7, um exemplo de realidade aumentada utilizada
na propaganda de uma marca de automóveis:
Figura 7 – Realidade aumentada
Saiba mais
A realidade aumentada é muito utilizada para criar cenários ou elementos imaginários, ou mesmo como
ferramenta demonstrativa de produtos. Para saber como funciona, acesse o link a seguir: <https://www.
youtube.com/watch?v=1_7NW_u3VFo>.
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3 MEDINDO RESULTADOS NO MARKETING DIGITAL
Como em todo planejamento de marketing, a etapa final de mensuração é muito importante. No marketing
digital também. A diferença é que, como utilizaremos ferramentas digitais, os resultados são obtidos de
forma muito mais rápida e precisa. Isso ajuda na análise do Return on Investment (ROI) ou retorno sobre
o investimento. É uma forma de medir o resultado de uma campanha comparando o que foi investido em
relação ao que foi conquistado.
Veja como mensurar algumas ações de marketing digital, de acordo com as ferramentas apresentadas a seguir:
1) Landing pages
• Visitantes únicos
Para saber se sua página ou site está conseguindo direcionar tráfego para a sua landing page, deve-se
medir o número de visitantes únicos que a acessam. Se o número de acesso for muito abaixo, vale
a pena melhorar os links internos do site, os calls to action (botões que estimulam a ação) e ampliar
a divulgação da página em redes sociais e e-mail, para aumentar seu tráfego.
• Número de leads
Medir quantas pessoas se interessaram pela sua oferta na landing page e preencheram o formulário
para recebê-la é uma métrica importante. A taxa de conversão da sua landing page é um dos prin�
cipais indicadores a serem analisados. Vai auxiliá-lo no entendimento do seu público-alvo e quais
as ofertas que obtiveram melhor aceitação.
Assim como na sua página, se a taxa de conversão da landing page está baixa, faça alguns testes
como: mudar o título da oferta, a imagem, as cores, os textos, os campos do formulário, o call to
action, entre outros. Após alterar, teste novamente e meça os resultados.
2) Blogs
• Visualizações por post
Medir o número de page views, ou visualizações, de cada post em sua página é uma excelente forma
de entender quais assuntos mais interessam seu leitor. Isso ajuda a orientar a produção de conteúdo.
Com base nisso, fica mais fácil e assertivo saber o que escrever e, consequentemente, atrair mais
visitantes para o blog.
• Visitantes únicos
Esse número indica quantas pessoas foram efetivamente atingidas por um determinado conteúdo.
Entenda: se poucas pessoas estão lendo muitos conteúdos, é preciso melhorar o alcance, ou seja,
divulgar mais o seu blog. Mas, se muita gente está lendo poucos conteúdos, é preciso melhorar o
engajamento, fazer com que ele permaneça mais tempo no blog.
E aqui vai uma dica importante: um dos principais objetivos de um blog é melhorar o posicionamento
do site nas ferramentas de busca. Por isso, é importante que nos artigos você utilize palavras-chave
relevantes e estritamente relacionadas com o negócio da empresa.
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3 - medindo resultados no marketing digital
3) Facebook ads
• Taxa de conversão de cliques em fãs
A primeira coisa que pensamos ao analisar os resultados em uma rede social como o Facebook é
quantos fãs novos conseguimos para a página da empresa. Isso, isoladamente, acaba não traduzindo
de forma real o sucesso da sua marca.
Como já estudamos neste curso, nessa rede você pode desenvolver anúncios e impulsionar a sua
publicação. E, para verificar se os anúncios que você está publicando na rede estão, efetivamente,
tendo uma boa performance, a melhor maneira de medir sua eficácia é analisar a taxa de conversão
dos cliques em fãs.
Quantas pessoas que, efetivamente, clicaram no seu anúncio curtiram a sua página?
4) E-mail marketing
Ao analisarmos os resultados em uma ação de disparo de e-mail marketing, basicamente devemos
verificar três itens:
• Taxa de abertura
Este é o principal de todos eles, pois se nosso cliente nem sequer abrir nosso e-mail, todo o
resto estará comprometido. Neste curso, você já verificou algumas dicas que ajudam nessa etapa,
portanto, lembre-se de que taxa de abertura significa o número de e-mails efetivamente abertos.
Essa métrica isolada não diz muito, pois ela contabiliza apenas a autorização do usuário para a
exibição do conteúdo enviado.
• Taxa de cliques
Esta métrica já é mais importante de ser medida do que a anterior. Após a abertura do e-mail,
o cliente tem a opção de clicar na informação para ser remetido ao site, blog ou hot site da
empresa. Essa etapa é chamada de conversão. Como já vimos, ajuda muito se o seu material
de e-mail tiver links ou calls to action bem produzidos e que chame a atenção, contendo dife�
rentes formatos, cores e ofertas. Assim, você pode mensurar a taxa de cliques para cada uma
das variações.
Leve isso em consideração, pois a Serasa constatou, por exemplo, que o e-mail é o canal que
apresenta a melhor taxa de conversão em vendas para os sites de e-commerce no Brasil, com 2,53%.
Mais do que buscas orgânicas, pagas e redes sociais.
Serasa: significa centralização de serviços dos bancos, mas não é uma sigla.
A serasa é uma empresa privada brasileira que faz análises e pesquisas de informações
econômico-financeiras das pessoas para apoiar decisões de crédito, como empréstimos.
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3 - medindo resultados no marketing digital
5) Site
Todas as ações citadas anteriormente devem ser medidas principalmente para mensurar os acessos
ao site ou blog da empresa. Este deve ser o principal foco das suas ações e estratégias digitais.
• Taxa de conversão
Da mesma forma que nas outras ferramentas, medir apenas a quantidade total de acessos não
é o suficiente. Afinal, o que queremos com esse tráfego gerado pela sua estratégia digital é a
conversão. É, portanto, a taxa de conversão que irá demostrar se os esforços e investimentos nas
mídias digitais estão sendo eficazes.
• Quantidade de interações
Outra métrica interessante a ser avaliada é o número de interações dos fãs e seguidores com sua
empresa. Essas interações variam conforme o ambiente em que se está presente e podem ser
retweets (Twitter), compartilhamentos e curtidas (Facebook), comentários (blog), entre outros.
Esses números de interações vão dar uma perspectiva e uma dimensão do engajamento. Se o
volume é baixo, significa que o engajamento está falhando em algum ponto e sua empresa pode
estar alcançando um número de pessoas menor do que poderia.
Em todos os casos listados, vale uma dica: sempre que os números não forem favoráveis, verifique
a qualidade do conteúdo, a adequação ao público-alvo, qualidade do material (design e imagem) e
o nível das informações. Faça testes e repita sempre que necessário. Afinal, a grande vantagem do
meio digital é a velocidade com que podemos receber e interpretar as informações.
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CONSIDERAÇÕES
Você chegou ao final do Curso Marketing Digital, pôde entender o seu conceito e todas as possibi�
lidades de praticá-lo através dos meios ou ferramentas digitais e suas principais características. Isso
deverá ajudá-lo a construir o seu próximo planejamento de marketing.
Vale lembrar que você ou sua empresa não tem a necessidade de desenvolver ações em todas elas,
pois o mais importante não é estar presente, mas sim desenvolver ações que possam ser revertidas em
conversões para o seu site ou blog. É isso que fará com que sua marca obtenha sucesso e, consequente�
mente, impulsione a venda do seu produto ou serviço. O que vale de regra para todas as ferramentas
que você decidir utilizar é que cada uma possui uma dinâmica e públicos próprios. Sendo assim, é
importante entender que todas elas exigem, a partir do momento em que se decide iniciar uma ação
de marketing digital, dedicação e atenção à frequência e aos conteúdos. Lembre-se sempre de que
o foco nas ações digitais deve ser o relacionamento. O consumidor é quem vai “dizer” quando está
preparado para receber a sua oferta comercial.
Lembre-se de que uma ação de marketing digital pode e deve utilizar mais de uma ferramenta, mas
o mais importante é que elas sejam integradas e “conversem” entre elas e, de preferência, que levem
todos os usuários para o seu site.
Por fim, mensure constantemente os seus resultados. No mundo digital, tudo muda o tempo todo e
nada é para sempre.
Atenção
Você finalizou seus estudos neste curso. Agora, realize a atividade Avaliativa, que está disponível no menu
lateral esquerdo da Sala Virtual deste curso no Ambiente Virtual. Lembre-se que para ser aprovado e
receber o certificado, você deverá atingir um aproveitamento superior ou igual a 70%.
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REFERÊNCIAS
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RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.
SHUTTERSTOCK. Banco de Imagens. Disponível em: <http://www.
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RIBEIRO, Igor. Mercado cresce 1,5% em 2014. Meio & Mensagem, 27
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home/midia/noticias/2015/04/27/Mercado-cresce-1-5-porcento-em-
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TESSAMN, R. Arrase nas redes sociais. Florianópolis: Dracaena, 2013.
VAZ, Conrado Adolpho. Os 8 Ps do marketing digital: o seu guia
estratégico de marketing digital. São Paulo: Novatec Editora, 2011.
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