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J. H.
Nota do autor.
...
Não se sabe muito sobre a vida do velho Osvaldo, pois ele sempre
foi muito esquisito e reservado. Muitos o tinham como um velho bruto
pelo jeito com que se escondia das pessoas em seu casebre de barro.
Chamavam-no de “Seu Pita”, não se sabe ao certo por que motivo. Mas
descobriu-se depois de muito tempo que ele gostava muito de seu
cachimbo. Ele, quando jovem, morava em um sítio no interior de
Alagoas, não sabemos o lugar exato, o que podemos afirmar é que era
muito precária a situação do dito lugar. Não havia água encanada nem
energia elétrica, era “balde e candeeiro”, como ele mesmo costumava
dizer.
1
Ele sempre fora um trabalhador e começara cedo. Casou-se e
viuvou-se muito rápido, passando assim a maior parte do tempo
sozinho.
2
Certa ocasião eles foram pegar um ônibus para ir ao centro
confundiu-se todo e fora parar na beira da lagoa. Foi um Deus nos
acuda pra Luzia o achar.
Contou no dia seguinte aos pais dos moleques, eles também não
fizeram nada exceto por um pai, chamava Pedro, que o levou pela
orelha até a sua casa e recomendou a seus pais que o castigassem por
ser boca grande.
3
Ainda estava no chão quando seu pai o pegou pelo braço – os
vizinhos haviam visto e o haviam chamado – sacudiu-o e mostrou-lhe o
cinto.
O velho olhava tudo. Seu rosto era quase uma pedra de tamanha
tristeza e raiva misturada.
...
- Osvaldo.
- Não, mas isso foi porque trabalhei muito na roça, senão morria
de fome.
- Quer aprender?
4
- Prefere a troça senhor?
- Não.
- Então, vamos.
“No começo foi difícil, mas aprendi, mas foi complicado; quase
desisti. Deus é testemunha disso.”
...
5
Em uma tarde de terça-feira alguém bate na porta. Era Osvaldo.
Trazia o lápis que estava miúdo e sua borracha, junto o caderno velho
todo rabiscado.
O que houve?
“Aí senhor que dor, ai que dor! aprendi a ler e escrever e não
pude suportar perder Luzia, ai meu Deus! O que será de mim?”
...
6
- Túlio? – perguntou.
- de quê?