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LIÇÃO 10

SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DA 10ª LIÇÃO DO 1º TRIMESTRE DE


2018 – DOMINGO, 11 DE MARÇO DE 2018

DÁDIVA, PRIVILÉGIOS E
RESPONSABILIDADES NA NOVA ALIANÇA

Texto áureo

“Cheguemo-nos com verdadeiro


coração, em inteira certeza de
fé; tendo o coração purificado da
má consciência e o corpo lavado
com água limpa.” (Hb 10.22)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Hb 10. 1-7, 22-25.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Prezados e distintos amigos leitores, bem-vindos a mais um comentário das
lições deste trimestre. Aqui aprenderemos o que a Nova Aliança nos proporciona,
quais sejam; Dádivas, Privilégios e Responsabilidades. A eficiência da obra
expiatória de Cristo nos presenteia com o maior de todos os dons – o pleno acesso a
sua presença sem intermediação alguma, nem sacrifício algum, tampouco dia
especifico de adoração; hoje temos livre acesso ao Trono da Graça. Glórias a Deus!

No que tange aos privilégios, eis diante de nós a Regeneração, a Adoração e


a Comunhão: quão grandes não são tais privilégios! Ademais, tudo isso não nos
isenta das grandes responsabilidades que a Nova Aliança nos trás. Portanto,
amados em Cristo Jesus, não negligenciemos a tão grande privilégio da Graça.

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I – A DÁDIVA DA NOVA ALIANÇA

1. Uma única oferta.

Segundo o escritor Donald Guthrie, antigo Vice-Diretor e Catedrático em Novo


Testamento da London Bible College, o versículo 14 deste capítulo, nos direciona
toda a atenção ao Sumo Sacerdote e sua única oferta a fim de chamar a atenção ao
resultado obtido por ela, ou seja: a obtenção da perfeição para os crentes. Ora,
nesse caso, a união entre a oferta e o ato da purificação nos é apresentada no v. 10
e, portanto, a ênfase aqui deve recair sobre o verbo aperfeiçoou (teteleiõken). Pois
bem, este verbo, segundo o grego do Novo Testamento, nos leva a entender que a
ação do mesmo tem um sentido completo, pleno, embora presumivelmente só num
sentido antecipatório, conforme subentendem as palavras para sempre.

Evidentemente que Cristo reuniu, em si mesmo, todos àqueles que Ele


representa para compartilhar com eles a Sua perfeição. Destarte, a frase “quantos
estão sendo santificados” (tous hagiazomenous) está no tempo presente contínuo e
pode ser interpretada: “os que estão constantemente sendo santificados,” isto é, a
sucessão contínua das pessoas que vêm sob a aplicação eficaz da única oferta.

No sentido espiritual, o sacrifício (holocausto1) em forma de ofertas, na


presente Nova Aliança, nos lembra das vidas literalmente “sacrificadas” a Deus, nas
arenas do Coliseu de Roma e nos longínquos rincões do vastum impérium
Romanum, cuja oferta principal foi o próprio Senhor Jesus Cristo, o qual morreu para
nos salvar (Jo 3.16). No livro As Catacumbas de Roma, de Benjamin Scott, temos o
seguinte relato, concernente aos cristãos, vítimas da crueldade dos algozes dos
Cristãos, os quais morreram como mártires (ofertas) da Nova Aliança:

1
A palavra holocausto é de origem grega holos (todo) e kaustro (queimado). Do hebraico Shoá (a
catástrofe). Originalmente, o termo holocausto era utilizado para nomear uma espécie de
sacrifício praticado pelos antigos hebreus, em homenagem a Yaveh, em que a vítima era totalmente
queimada.

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“Executavam-nos de maneira a expô-los ao escárnio e ao desprezo. Alguns
eram cobertos de peles de animais selvagens para serem dilacerados pelos
cães, outros crucificados; enquanto outros, untados de matéria combustível,
eram colocados à noite como lampiões e assim morriam queimados. Para
estes espetáculos Nero cedia os seus jardins e ao mesmo tempo promovia
aí diversões de circo, até que, afinal, estes homens, ainda que realmente
criminosos e merecendo castigo exemplar, começaram a atrair comiseração
como povo que estava sendo destruído, não tanto por causa do bem
público, mas para saciar a crueldade de um homem”.

2. Um único ofertante.

Já se tem dito que a atitude de “assentar-se indica autoridade”. No caso dos


sacerdotes levitas, eles permaneciam de pé e, depois, sentavam-se porque sua obra
jamais terminava. Mas Cristo foi sacerdote de outra ordem, a de Melquisedeque,
sendo, portanto, Rei-Sacerdote. Assentou-se como quem concluiu a tarefa, e cuja
obra se acha completa.

Todavia, o propósito do escritor da Epístola aos Hebreus aqui não é reafirmar


a obra de Cristo como Sacerdote, e sim salientar a Sua exaltação como Rei. Por Sua
única oferta sacrificial, Jesus elevou a nossa humanidade, de sua condição perdida
e pecaminosa, até o trono de Deus! Que triunfo glorioso! Na presença do Homem-
Deus temos um Representante, um dentre os nossos no trono. O Homem-Deus é
Rei e Sumo Sacerdote. Como Sumo Sacerdote, encontra-se à destra de Deus
intercedendo por nós; como Rei, estabeleceu o Seu reinado inicial no coração dos
homens que lhe pertencem — um Reino de justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo
(Rm 14.17).

3. Uma única vez.

O texto de Hb 10.10 diz: “mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma


vez por todas.”

Cabe aqui ressaltar que por meio desta oferta, foi feita a expiação, o que
agradou perfeitamente a um Deus santo. Ora, ano após ano e para sempre
continuavam os sacrifícios do tabernáculo e especialmente os do Dia da Expiação.
Repetiam-se incessantemente. Agora, se uma coisa é eficaz não precisa ser
repetida; faz-se e obtém seu efeito sem que haja necessidade de repeti-la. O próprio
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fato da repetição diária e anual destes sacrifícios é a prova final de que não
purificam as almas dos homens e não brindam um acesso pleno e ininterrupto a
Deus. De fato nosso autor vai mais além. Tudo o que são esses sacrifícios — diz —
não é mais que um aviso do pecado.

II – OS PRIVILÉGIOS DA NOVA ALIANÇA

1. Regeneração.

Mas o que significa o étimo Regeneração? Regeneração, segundo Stanley


Horton, em sua obra Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal, pp, 369.
370 “é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de
novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia) traduzido por
‘regeneração’ aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28
emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3.5 refere-se à
renovação espiritual do indivíduo”.

Ainda de acordo com Strong, Regerenação significa:

novo nascimento, reprodução, renovação, recreação, produção de uma


nova vida consagrada a Deus, mudança radical de mente para melhor. A
palavra é frequentemente usada para denotar a restauração de algo ao seu
estado primitivo, sua renovação, como a renovação ou restauração da vida
depois da morte; a renovação da terra após o dilúvio; o sinal e a gloriosa
mudança de todas as coisas (no céu e na terra) para melhor, aquela
restauração da condição primitiva e perfeita das coisas que existiam antes
da queda de nossos primeiros pais, que os judeus esperavam em conexão
ao advento do Messias, e que os cristãos esperavam em conexão com a
volta visível de Jesus do céu.

Logo, Regeneração “é a ação divina de criar um novo homem, dando-lhe um


novo coração, transformando-o em nova criação (2 Cr 5.17), tornando-o filho de
Deus (Jo1. 12,13) e fazendo-o passar da morte para vida (Jo 5.24)”. (Lições Bíblica,
4º trimestre de 2017, p. 71). Deste modo, está escrito: “Esta é a aliança que farei
com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e
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sobre a sua mente as inscreverei.” Pois bem, Orton Wiley em The Epistle to The
Hebrews diz que no Seu trono nos céus, Cristo ministra não apenas as palavras da
aliança, mas o espírito interior dela. Portanto, pelo Espírito, escreve a Lei de Deus
em nossa mente, para que a compreendamos, e coloca o amor a ela em nosso
coração, para que ela seja o poder interior, impulsionador da obediência. Por isso,
também, estas outras palavras de Pedro: “Eleitos segundo a presciência de Deus
Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus
Cristo” (1 Pe 1.2).

2. Adoração.

Partindo da etimologia latina da palavra, temos que adoração vem de “ad” (à)
e “os, oris” (boca), portanto, literalmente, levar a mão à boca, ou seja, beijar a mão.
No sentido lato, significa profundo afeto por outrem, ou um desejo incontrolável por
alguma coisa, sem que isso infrinja contra o nosso amor a Deus. Já no sentido
estrito, apenas Deus é o sentido de nossa adoração. O termo latino “adorare”
contém as ideias de orar, de rogar, de venerar, de homenagear. Assim, a alma
manifesta, através do corpo, atos que demonstram o estado de adoração ou
homenagem (dependendo do contexto), tais como:

 Inclinar a cabeça (Ex 34.8);

 Ajoelhar-se (1 Rs 8.54);

 Prostrar-se (Gn 17.3; Ap 1.17).

De fato, na Antiga Aliança, temos a adoração:

1) Doméstica

a) Louvor e oração (Ex 12.14);

b) Sacrifícios (Gn 17.9ss);

c) Instruções (Dt 6.20ss);

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2) Pública

a) O Tabernáculo;

b) As festividades religiosas: Páscoa, Pentecostes, dos Tabernáculos, etc.

c) Os sacrifícios;

d) A Arca da Aliança;

e) O sábado;

f) O Templo (Sl 23. 6-8; 27.4);

g) A Sinagoga.

Já na Nova Aliança, temos a adoração:

1) De forma racional (Rm 12.1,2);

2) Em espírito (Jo 4. 23, 24).

3) Comunhão.

Em Hb 10. 24 (ARA), lemos: “Consideremo-nos também uns aos outros,


para nos estimularmos ao amor e às boas obras”. Assim, pensando com Orton
Wiley, a palavra katanoomen, quando traduzida como considerar, conforme vemos
em Hebreus 3.1, é um termo de astronomia e de grande intensidade. Significa
observar diligentemente ou fixar a atenção sobre um objeto. No caso em apreço,
significa ter os nossos irmãos em mente e cultivar um sentimento de consideração
para com eles. Evidentemente, isto não se relaciona apenas à influência de nossas
atitudes e de nossa conduta sobre eles, mas sugere a ideia de que o cuidado para
atender às necessidades de nossos irmãos abre em nosso coração todo um fluxo de
amor e solicitude.

No caso da palavra traduzida como estimular, paroxusmon, de que se


originou o vocábulo paroxismo, trata-se, pois, de palavra intensamente enfática.
Significa, no contexto de sentimentos ruins, incitar os outros à ira, à animosidade e à
vingança; no versículo em questão é usada no bom sentido de possuir um amor tão
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intenso que inflamará os outros de entusiasmo e os incitará às boas obras. Quanto a
estas, não há ideia de competição. O versículo 25a (ARA), diz: “Não deixemos de
congregar-nos, como é costume de alguns.” Ora, concordando, ainda com Orton
Wiley, vemos que o escritor de Hebreus não é um individualista ferrenho: vê no
cristianismo uma vida social ainda mais ampla que a no judaísmo. Vê também que, a
fim de incitar os outros às obras boas, por meio de um entusiasmo transbordante e
da intensidade do amor divino, são necessárias as reuniões e os cultos na igreja. O
culto coletivo é uma necessidade da vida cristã, e a comunhão entre os irmãos
sempre foi considerada um dos principais meios pelos quais se manifesta a graça.
(Sl 133).

III – AS RESPONSABILIDADES DA NOVA ALIANÇA

1. Vigilância.

Vigilância, aqui, tem a ver com firmeza. Ainda concordando com o escritor
Orton Wiley, no versículo: “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar,
pois quem fez a promessa é fiel”, a palavra katechomen, guardar, na expressão
devemos guardar firme, difere da que se acha em Hebreus 4.14, kratomen, que
significa usar as nossas forças para guardar firme a nossa profissão. Fé e confissão
acham-se unidas, e esta última deve ser guardada sem vacilar. Aqui a palavra é
akline, que significa firme, sem dobrar-se.

Na tradução desse texto de Wycliffe temos: “Guardemos a confissão de nossa


esperança sem pender para nenhum lado”. Logo, a imagem, evidentemente, é a de
uma bandeira hasteada com firmeza, para que não caia. Em meio aos nossos
desânimos, às nossas dúvidas, ou perseguições, devemos guardar firme a nossa
confiante esperança; e isto pela melhor das razões: Pois quem fez a promessa é fiel.

2. Confiança.

Em Hebreus 10.35 (ARA): “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela


tem grande galardão. Pois bem, corroborando com Orton Wiley, temos aqui de novo
a palavra parresian, confiança, às vezes traduzida como ousadia. O termo traduzido
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como galardão é misthapodosian, recompensa do que nos é devido, a qual é
grande, e a palavra que designa paciência é hypomones, ou perseverança, que
nesse texto significa literalmente levar a carga com bravura e não se esquivar dela
nem ceder sob pressão.

Devemos, pois, ter confiança para levar o nosso fardo bravamente, a fim de
que recebamos o grande galardão que nos é prometido. Sim, e este galardão não
nos é devido por causa de nossas próprias obras, mas pela promessa e pela graça.
Contudo, em certo sentido, é-nos devido, pois só será dado àqueles que
preencherem as condições necessárias, os que fizerem a vontade de Deus.

3. Perseverança.

No que diz respeito aos versículos 36 a 37 (ARA), lemos; “Com efeito, tendes
necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus,
alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e
não tardará.”

Ora, pensando com Orton Wiley, o escritor da missiva aos Hebreus apresenta
outro incentivo à perseverança em relação à vinda de Cristo, que se dará em breve.
O vocábulo traduzido como pouco é mikron. Visto que as palavras “vedes que o Dia
se aproxima” (Hb 10.25b ARA) têm sido por muitos interpretadas como alusão à
queda de Jerusalém, julga-se que o incentivo seja o cessar das perseguições por
parte dos judeus.

No entanto, parece mais provável que se refira à segunda vinda de Cristo,


que era o interesse principal dos primeiros cristãos. O versículo é citação livre da
Septuaginta, onde se lê: “Mas se apressa para o fim, e não falhará; se tardar,
espera-o, porque certamente virá, não tardará. Eis o soberbo! Sua alma não é reta
nele mas o justo viverá pela sua fé” (Hc 2.3,4). Como Habacuque fala de uma visão
que viria e não tardaria, assim o escritor de Hebreus a aplica com ênfase à fé do
povo de Deus antes da queda de Jerusalém, e que o Senhor nos diz que há de
provar a nossa fé ainda mais antes de Sua vinda no fim dos tempos. Pois bem, o
texto de Romanos no capítulo 5 e os versículos de 3 a 5 nos instrui muito bem no
tocante a palavra perseverança.
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CONCLUSÃO

Estimados leitores, chegamos ao final de mais uma lição estudada, e desta


feita com plena confiança ao Trono da Graça! Aprendemos que as dádivas e os
privilégios não nos isentam das responsabilidades. Contudo, não somos como os
ímpios ou incrédulos que não têm esperança, pois tudo o que fazem não tem
propósitos e significados espirituais. Destarte, o objeto de nossa confiança não é o
prazer do mundo, mas as promessas de Deus.

Meditemos, na bela melodia e inspiradas letras do Hino 242 da Harpa Cristã:

Que eterna glória vou no céu gozar!


Com Jesus que do pecado me salvou!
Santa paz e alegria lá no céu vou desfrutar!
Eterna glória Cristo me comprou!

[Professor. Teólogo. Tradutor. Jairo Vinicius da Silva Rocha – Presbítero,


Superintendente e Professor da E.B.D da Assembleia de Deus no Pinheiro.]
Maceió, 09 de março de 2018.

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