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Processo Penal | Material de Apoio

Professor Marcelo Adriano.

Restrições cautelares de direito


1. Introdução
Princípio da Presunção da Inocência.
Constituição Federal
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
CPP
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença
condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em
virtude de prisão temporária ou prisão preventiva.
2. Medida cautelar
Restrição de direitos de caráter preventivo, decretada contra os acusados de cometimento de ilícito penal, antes do
trânsito em julgado da sentença penal condenatória, sendo decretada, em regra, por juiz de direito com o objetivo
resguardar a sociedade de riscos descritos em lei.
3. Requisitos para decretação
a) Fumus Comissi Delicti: prova da existência do crime e indícios de participação.
b) Periculum libertatis: Necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução
criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais;
c) Adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado
ou acusado.
CPP
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se
a:
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e,
nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais;
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições
pessoais do indiciado ou acusado.
O binômio necessidade e adequação deve permear toda e qualquer restrição cautelar de direito no âmbito
criminal.
d) Imposição por autoridade competente;
 Regra: juiz
Art. 282..
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das
partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade
policial ou mediante requerimento do Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).
 Exceções:
 Autoridade policial;
Prisão em flagrante, arbitramento de fiança.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão
prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração
cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.
 Qualquer do povo;
Prisão em flagrante.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão
prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
e) Ampla defesa:
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O respeito à ampla defesa é necessário, com a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do
requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo
 Momento para ampla defesa para decretação
 Regra:
Respeito à ampla defesa antes da decretação, pois segundo o § 3o do art. 282, o juiz, ao receber o
pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do
requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.
 Exceção:
Decretação da medida cautelar sem observar a ampla defesa (inaudita altera pars), desde que em caso de
urgência ou de perigo de ineficácia da medida. No caso de prisão em flagrante. No que se refere à detenção no local
do crime e condução coercitiva até à delegacia de polícia, também não haverá a possibilidade de ampla defesa em
função da natureza da própria medida cautelar. Porém, nesse caso, antes de efetivar a prisão, o delegado deverá
ouvir todos os envolvidos, inclusive testemunhas, para formar um juízo mínimo de tipicidade em relação ao fato que
tenha gerado a prisão em flagrante.
Nesse caso, o poder judiciário somente é instado a averiguar a regularidade da prisão após sua formalização pela
autoridade policial.
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser
aplicadas observando-se a: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
(...)
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o
juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da
parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças
necessárias, permanecendo os autos em juízo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).
4. Momento para decretação
As medidas cautelares poderão ser decretadas e, consequentemente, aplicadas, a partir da ocorrência do fato
definido como infração penal até o transito em julgado da sentença penal condenatória. Daí em diante, sendo
condenatória a sentença, somente haverá restrições de direito em razão do mesmo fato, se estas estiverem
previstas na sentença, sendo impostas a título de pena e dos desdobramento do cumprimento desta.
Fique atento:
Segundo inciso II do parágrafo único do art. 386, na sentença absolutória, o juiz ordenará a cessação das medidas
cautelares e provisoriamente aplicadas.
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva,
desde que reconheça:
(...)
Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz:
I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;
II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente
aplicadas;
4.1. Fase pré-processual (investigação):
Representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público;
4.2. Fase processual (ação penal):
Pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes.
Art. 282
§ 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a
requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por
representação da autoridade policial ou mediante requerimento do
Ministério Público.
5. Possibilidade de aplicação
As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.
Art. 282.
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§ 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.


6. Descumprimento
No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento
do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação,
ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único)
Art. 282.
(...)
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz,
de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente
ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou,
em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
7. Critério para aplicação
A utilização de medidas cautelares deve ser proporcional à necessidade, sendo aplicada de forma gradativa,
optando o juiz pela forma menos gravosa possível, desde que suficiente â gravidade da situação apresentada.
Por esse motivo, determina o art. 282 , caput, e inciso II do CPP, que as medidas cautelares previstas neste Título (DA
PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA ) deverão ser aplicadas observando-se a
adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado.
Determina ainda o § 6o do mesmo artigo que a prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra medida cautelar.
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas
observando-se a: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
(...)
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e
condições pessoais do indiciado ou acusado. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).
(...)
§ 6o A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra medida cautelar.
8. Revogação
O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem
como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
Art. 282.
(...)
§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a
falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
9. Vedações
As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou
alternativamente cominada pena privativa de liberdade.
10. Espécies de medidas cautelares
São varais as medidas cautelares, podendo-se dividir em prisões e medidas cautelares diversas da prisão. São
elas:
a) Prisões
1) Prisão em flagrante;
2) Prisão preventiva;
3) Prisão temporária;
b) Medidas cautelares diversas da prisão:
Segundo o art. 319 do CPP, são medidas cautelares diversas da prisão:

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I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
atividades;
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a
investigação ou instrução;
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha
residência e trabalho fixos;
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando
houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça,
quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de
reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a
obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.

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