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AVALIAÇÃO DA INCORPORAÇÃO DE
GEOPOLÍMERO COMO AGENTE CIMENTANTE
PARA FRESADO ASFÁLTICO
Passo Fundo
2017
Rafael Dutra Tonello
AVALIAÇÃO DA INCORPORAÇÃO DE
GEOPOLÍMERO COMO AGENTE CIMENTANTE
PARA FRESADO ASFÁLTICO
Passo Fundo
2017
Rafael Dutra Tonello
___________________________________________
Professor Francisco Dalla Rosa, Doutor.
Coordenador do Curso
____________________________________________
Professor Vinícius Scortegagna, Mestre.
Coordenador da Disciplina de TCC
BANCA EXAMINADORA:
____________________________________________
Professor Alessandro Graeff Goldoni, Mestre.
Orientador
Universidade de Passo Fundo
____________________________________________
Professora Adriana Augustin Silveira, Doutora.
Universidade de Passo Fundo
____________________________________________
Professor Francisco Dalla Rosa, Doutor.
Universidade de Passo Fundo
Dedico minha graduação aos meus pais, pois foi
através do vosso suor, dedicação e apoio inabalável
que tudo foi possível.
AGRADECIMENTOS
Agradeço à toda minha família, por estarem sempre ao meu lado, condicionando apoio
inabalável. Em especial aos meus pais, que nunca mediram esforços para propiciar tudo o que
almejei.
À minha irmã Neila, por todos os anos de convivência e suporte em momentos de angustia.
Ao professor Alessandro Graeff Goldoni, que me adotou como seu bolsista desde o início da
graduação, sempre compartilhando conhecimento e de prontidão em minhas indagações.
Aos colegas, que se tornaram meus amigos, espero levá-los por toda a vida, em especial
Bernardo, Cássio, Christovam, Daniel, Diego, Fabrício, Guilherme, Igor, Letícia, Luiza,
Paula, Pedro, Rafael, Raul e Welinton.
À bolsista Bruna Azevedo pela preciosa e constante boa vontade em ajudar nos experimentos
laboratoriais, apoio sem o qual este trabalho não seria possível no espaço de tempo
disponível. Assim como aos laboratoristas Nilton e Marilda.
A todos professores que contribuíram com sua experiência e conhecimento ao longo de minha
formação profissional.
Aos amigos que fiz no período de minha graduação e a todas as pessoas que de alguma forma
colaboraram para que eu pudesse chegar até aqui.
“Where there's a will, there's a way.”
Albert Einstein
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.2 GEPOLÍMEROS
de sódio (NaOH) ou hidróxido de potássio (KOH), muitas vezes, combinados com silicato de
sódio ou de potássio (WALLAH, 2006).
Segundo Longhi (2015), ainda não se sabe exatamente como é o mecanismo de
formação dos sistemas geopoliméricos, porém existem alguns modelos, como o de
Glukhosvky, proposto em 1959, que é utilizado até hoje. Consiste na divisão em três etapas:
destruição-coagulação; coagulação-condensação; condensação-cristalização.
O mecanismo de dissolução depende das características da superfície do sólido e do
grau de saturação de fase líquida (GARTNER, 2011), sendo que a dissolução de
aluminossilicatos amorfos é rápida em pHs elevados e isso cria rapidamente uma solução
supersaturada de aluminossilicatos (DUXSON et al., 2006).
2.2.1 Precursores
2.2.1.1 Metacaulim
2.2.2 Ativadores
Os líquidos alcalinos são metais alcalinos solúveis, que geralmente são à base de sódio
ou potássio, sendo os mais utilizados o hidróxido de sódio (NaOH) e o hidróxido de potássio
(KOH), muitas vezes, combinados com silicato de sódio ou de potássio (WALLAH, 2006).
Segundo Provis et. al. (2009), geopolímeros produzidos com hidróxido de sódio
regularmente apresentam uma menor resistência mecânica comparados a sistemas produzidos
com ativadores baseados em silicatos, porém por se tratar de um material com fácil acesso e
custo inferior, a utilização de NaOH é facilitada.
Para Konmitsas et al. (2007) apud (VASSALO, 2013), o ativador ideal é aquele que
está na concentração suficiente para que ocorra o balanceamento das cargas de SiO4+ e Al3+.
Quando em concentração excessiva de solução ativadora, verifica-se a formação de carbonato
de sódio em contato com o ar.
Maccarini (2015) propõe um processo experimental para escolha da concentração
adequada para a solução ativadora, entre 8 e 10 Mols de NaOH, com uma relação
sólido/liquido, variando entre 1,2 e 1,4.
2.2.3 Dosagem
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Provis (2009) aponta o NaOH (também conhecido como soda cáustica) como um
ativador alcalino barato e de boa eficiência, sendo o mais utilizado comumente. Contudo, os
geopolímeros produzidos com hidróxido de sódio regularmente apresentam uma menor
resistência mecânica comparados a sistemas produzidos com ativadores baseados em silicatos
(PROVIS, LUKEY & VAN DEVENTER, 2005).
Para o estudo proposto não é necessária uma grande capacidade de compressão axial,
portanto é passível a utilização de hidróxido de sódio, dada a facilidade de obtenção e seu
custo relativamente menor quando comparado a outros ativadores comumente utilizados.
Devido à disponibilidade, utilizou-se hidróxido de sódio laboratorial, com grau de
pureza 98,83%. Encontrado em estado sólido, o hidróxido de sódio em lentilhas brancas, com
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peso molecular de 40 g/mol, contabilizando 360 gramas a cada litro de H2O, obtendo 9 Mols
por litro.
Figura 1 - Rotarex
Através das orientações da DNER-ME 195 (DNER, 1997), para o ensaio de massa
específica e absorção utilizaram-se três amostras que, primeiramente, foram secas em estufa
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na temperatura de 60 +- 5ºC, para que se obtivesse o peso seco (Ps). Em seguida, o material
de cada amostra foi imerso em água por 24 horas.
Passando esse tempo, as amostras foram retiradas da água e secas superficialmente
para que se determinasse a massa das mesmas na condição saturada superfície seca (Ph). Após
isso, colocou-se o material em um cesto de arame e imerso em água, de maneira que fosse
possível obter o peso das amostras imersas em água (Pi).
Através das equações abaixo, foi calculado a massa específica aparente, real e a
absorção do material fresado asfáltico:
Equação 4 – Absorção
3.2.2.1 Dosagem
Sendo dosados em quantidade suficiente para moldar uma forma metálica por vez, o
que resulta no valor de 1000 gramas de solução de NaOH para:
Tempo de
Temperatura
cura
05 horas 70º C
36 horas 50º C
05 dias
07 dias
14 dias 23º C
Dando sequência ao ensaio, após romper a flexão, têm-se duas frações da amostra,
onde ambas serão carregadas e o suporte a esforço de compressão é avaliado. A tensão axial
suportada é obtida pela divisão da carga suportada pela área de transferência do carregamento.
partículas de fresado fossem envolvidas em sua totalidade, adotou-se então mais dois valores,
sendo eles quantificados em 20% e 30%.
Para a moldagem dos corpos de prova, adotou-se a densidade específica seca de 1,95
g/cm³, conforme o encontrado como ideal para o material, por Azevedo (2017). Adotou-se a
tolerância de 0,1 g/cm³ para massa específica. Utilizaram-se dos corpos de provas com 100
mm de diâmetro e 200 mm de altura, dividiu-se então o material da amostra em cinco partes
iguais, para facilitar o processo de compactação, o qual procedeu-se com a utilização de um
soquete Proctor, aplicando energia suficiente para deixar cada uma das cinco camadas com 40
mm de espessura.
Para obtenção dos valores de resistência a compressão simples, aferiu-se conforme o que
sugere a NBR 5739 (ABNT, 2007), sendo adotados 4 corpos de prova para cada teor de
incorporação de geopolímero, ensaiados 7 dias após o processo de moldagem.
Massa Específica
(g/cm³)
Metacaulim 2,56
SiO 2 57,45%
Al O
2 36,84% 3
Fe O2 2,31% 3
Na O 21,48%
TiO 1,57%
2
Na O 20,10%
Amostra Porcentagem
1 5,67%
2 5,50%
3 5,17%
MÉDIA 5,45%
Fonte: Azevedo (2017).
Assim como o teor de betume, massa específica e teor de betume são dados auxiliares,
não há correlações entre os dados com o potencial da técnica aplicada.
Massa Específica
2,25 g/cm³
Aparente
Massa Específica
2,42 g/cm³
Real
Absorção 3,09%
Com o intuído de definir uma relação sólido liquido para o geopolímero, a ser
incorporado ao fresado, realizaram-se ensaios de adensamento, apresentando os valores
dispostos na tabela 9.
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O segundo parâmetro a ser analisado para definir qual geopolímero a ser utilizado, é o
de resistência a compressão e tração na compressão, como propõe a NBR 13279 (ABNT,
2005), os resultados estão elencados no gráfico tipo boxplot, da figura 8.
Por fim, após a moldagem dos corpos de provas e cura por 7 dias em câmara de
temperatura controlada, executou-se o ensaio de compressão simples para cada teor de
incorporação de geopolímero. Os resultados estão apresentados do gráfico tipo boxplot da
figura 11.
Figura 9 - Resistência a compressão simples.
Avaliando a estatística presente no gráfico acima, pode se afirmar que quanto maior o
teor de geopolímero a ser incorporado, maior é a capacidade portante da mistura. Levando
como referência a norma DNIT 143 (DNIT, 2010), que trata de bases de pavimentos
compostos por solo-cimento, em que a resistência a compressão simples deve atingir um
mínimo de 2,1 MPa aos 7 dias, a mistura com 20% de fresado é suficiente para atender a este
requisito.
Auxiliar na avaliação da resistência a compressão a densidade dos corpos de prova de
manteve praticamente constante, atingindo valores pouco superiores ao proposto inicialmente,
em 1,95 g/cm³, os valores superiores são resultado do acréscimo de 10% no cálculo da massa
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para cada corpo de prova, prevendo que parte do material seria desperdiçada no processo de
moldagem.
Tabela 9 - Densidade verificada.
% de Densidade
Geopolímero verificada
10% 1,98 g/cm³
20% 1,97 g/cm³
30% 1,98 g/cm³
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
_____. Cimento Portland. In: ISAIA, G. C. Concreto: Ciência e Tecnologia. 1 ed. São
Paulo: Ipsis Gráfica e Editora, IBRACON, 2011. p. 185 - 232.
DUXSON, P. et al. Geopolymer technology: The current state of the art. Journal of
Materials Science, v. 42, n. 9, p. 2917-2933, 2007.
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GARTNER, R.S., WITKAMP, G.J., 2002. Wet calcining of trona (sodium sesquicarbonate)
and bicarbonate in a mixed solvent. J. Cryst. Groeth 237-239, 2199-2204.
Doi:10.1016/S0022-0248(01)02275-8
OLIVIA, M.; SARKER, P.; NIKRAZ, H.. Water Penetrability of Low Calcium Fly
Ash Geopolymer Concrete. Conference on Constituction and Building Technol
International, 2008.
WALLAH, S.E.; RANGAN, B.V. Low-calcium fly ash-based geopolymer concrete: Long-
term properties. Faculty of Engineering Curtin University of Technology Perth, Australia, p.
107, 2006.
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APÊNDICE A