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Um mês atrás nascia Antonio, meu filho.

Ainda no hospital, olhando aquele rostinho


minúsculo, fui tomado pelo desejo de escrever algo, uma espécie de testamento ético
com valores e ensinamentos. Meus “patronos”receberam o material de imediato, e
coloquei à venda como ebook na Amazon por apenas $0,99. Mas agora, um mês depois,
resolvi disponibilizar a carta aqui no blog, para todos. Espero que gostem, pois é de
coração!

Uma carta para Antonio


27 de setembro de 2017, 16:18. Começo essa carta após uns bons minutos
observando – reverenciando, na verdade – meu novo filho. Você mesmo, Antonio,
que tem algumas horas de vida apenas. Depois de quase 16 anos, fui pai
novamente. De um menino. Um menininho lindo, todo perfeitinho, que já me faz
destacar a primeira mensagem que gostaria de deixar: gratidão.

Seja grato a tudo que a vida lhe der, meu filho. A começar… pela própria vida!
Você faz ideia das chances de você, você ter nascido? Você tem noção do esforço,
do desejo necessário para tê-lo aqui com a gente agora? Após mais de um ano de
tentativas por meios naturais, sua mãe me convenceu a tentar a inseminação
artificial. Falhou na primeira tentativa. Vingou na segunda.

Quais são as chances? Em tantos milhões de espermatozoides, em tantas


tentativas, foi logo você, essa criatura doce e amável, a ser formada pelo encontro
do meu espermatozoide com o óvulo da mamãe. Sim, claro que outro filho
também poderia – e provavelmente iria – despertar a mesma paixão imediata, esse
amor incondicional que já nos deixa preparados para morrer se preciso for para
salvá-lo. Mas, no caso, foi você. E deu tudo certo. Cheio de saúde, que é o mais
importante. Gratidão. Muita gratidão.
A maioria das pessoas costuma pedir muitas coisas a Deus, ao mundo, aos
outros. Comece, meu filho, pelo caminho contrário. Comece agradecendo.
Louvando tudo que tem. Essa postura já faz toda a diferença do mundo. Há os
pidões mimados, aqueles que acham que têm “direito” a tudo, e ficam revoltados
quando não ganham aquilo que querem, e há os que entendem que viver já é uma
dádiva, e que temos que ser gratos pelo que temos, correr atrás do que
desejamos.

Sacrifício. Eis outra palavra fundamental, e meio fora de moda. Sua chegada ao
mundo e sua permanência nele envolvem sacrifícios. Noites angustiantes pelas
expectativas dos resultados daquelas tentativas, naturais ou artificiais. O custo
do tratamento. A gravidez de sua mãe, sempre impondo uma dedicação enorme.
Ela te carregou por esses nove meses com todo o cuidado do mundo, com
privações, abrindo mão das coisas que mais ama, como comer bem e tomar uns
vinhos comigo. Faz parte.

Não esperava reconhecimento. Bastava fazer isso por você, para que você pudesse
nascer bem, com tudo em ordem. Eis a noção de sacrifício que alguns egoístas
“racionais” têm atacado, meu filho. Nós nos sacrificamos por aquilo que amamos
de verdade. Devemos nos sacrificar pela família, pela Pátria, pela civilização, pois
as coisas boas raramente vêm de graça. “No pain, no gain”, dizem os americanos.
Você é um americano, é bom lembrar.

E brasileiro também. Essa mistura cultural pode ser interessante. Quero que você
possa absorver o que há de melhor em ambas as culturas. Mas não escondo
minhas preferências. Tenho um livro criticando muito o “jeitinho brasileiro”, a
“malandragem” típica dos cariocas. Não posso mentir, portanto. Você vai logo
perceber que papai é meio americanófilo, até por destino: nasci em 4 de julho, de
1976. Você vai aprender na escola quem foram os “pais fundadores” da América,
gente como George Washington, Benjamin Franklin, John Adams e Thomas
Jefferson. Ainda ensinam isso. Não conseguiram trocar por Che Guevara como
símbolo do “herói”, ao menos não aqui. Nas universidades é outra história, mas
deixa isso para depois. Há tempo de incutir em você o antivírus dessa lavagem
cerebral “progressista”.

Você tem uma irmã, Antonio. Uma irmãzona! Precisava ver a cara que ela fez
quando te viu pela primeira vez, quando te pegou no colo! Ela está doida contigo.
Vai implicar muito com você, é verdade. E vai ser uma delícia! Vai te paparicar
bastante também. Eis outra mensagem importante, filho: família é tudo na vida!
Lembre-se sempre disso: vocês são mais fortes juntos, unidos. Vocês terão
sempre um ao outro. Quando seu pai estiver velhinho, talvez doente, vocês
poderão dar suporte mútuo, compartilhar da dor, e também lembrar dos muitos
momentos felizes que tivemos, todos nós. Ame sua família, respeite sua irmã, e
não esqueça que certas “amizades” vêm e vão, mas a família fica. Valorize-a. E
isso quer dizer regar todo dia a semente do amor e do respeito familiar. Há muita
gente tentando destruir o conceito de família hoje, considerar qualquer coisa
como família. Mas família são laços fortes, de sangue, fruto do matrimônio. Uma
comunidade hippie não é uma família, mas um ajuntamento de indivíduos. Nós
somos uma família.

Não é culpa sua, Antonio, mas você nasceu numa época estranha, dominada pelo
relativismo moral e o antirracionalismo pregado pelos pós-modernos, por malucos
como Foucault e Derrida. Você não precisa saber quem eles são agora. Basta
entender que os loucos tomaram conta do hospício, e você veio ao mundo sob o
comando dessa gente maluca. Mais um motivo para eu me esforçar em te
transmitir tais valores, deixar esse testamento ético por escrito. Eles serão mais e
mais necessários como antivírus à lavagem cerebral lá de fora.

Por exemplo: existe o certo e existe o errado. Não acredite nessa conversinha de
que “vale tudo”. 2 + 2 será sempre igual a 4, não importa o que a maioria diga, ou
o governo, ou os “especialistas”. Confie em seu próprio raciocínio, mas tenha
sempre humildade para admitir que você pode estar errado. Ou seja, saiba que
existe o conhecimento objetivo, mas que somos seres falíveis. Isso impede a
arrogância excessiva. Desconfie do “argumento de autoridade”, inclusive de seu
pai, para poder buscar a verdade por conta própria. Mas tenha a humildade de
estimar o legado que recebeu.

Você tem sorte por ser americano, ocidental. Sua geração é a mais próspera de
todas. Não obstante, vive reclamando de tudo, procurando pelo em ovo como
rebeldes sem causa. A própria afluência produz esse fenômeno. Não embarque
nessa. É feio. É coisa de gente mimada, que cospe no prato que comeu, gente
ingrata. Tenha a hombridade de reconhecer que outros fizeram muito por vocês,
entregaram um mundo mais livre e rico. Procure enxergar longe subindo no
ombro de gigantes, e atestando a existência desses gigantes, em vez de pisar
neles. Nada mais ridículo do que achar que o mundo começou agora, que antes
tudo era só superstição e ignorância obscura. O que quero dizer com isso é o
seguinte: há toda uma tradição que você já herdou. Seja grato a ela também. Não
queira encontrar só defeitos, ou fazer tabula rasa do passado. Respeite a vovó e o
vovô, o nonno e a nonna.

Burke, um pensador que seu pai gosta bastante, falava que o verdadeiro pacto
social é entre os que já morreram, os que vivem e os que nem nasceram ainda.
Você recebeu um mundo com muitos problemas, é verdade, mas civilizado,
desenvolvido, rico. Nem faz ideia de como viveram seus antepassados, das
guerras que lutaram para garantir a sua liberdade. Você nasceu numa grande
nação, a América. Não deixe seus professores mentirem, dizerem o contrário,
impor uma narrativa e que os Estados Unidos são responsáveis pelas mais
terríveis coisas do mundo. Nada mais falso. São responsáveis pela liberdade,
lutaram e derrotaram o comunismo, o nazismo, o fascismo. Evite o
antiamericanismo infantil, filho. Isso é uma patologia de gente invejosa, ou de
elite culpada, que desfruta do conforto e da segurança do capitalismo bem
americano.

A civilização é uma conquista. Mas, como dizia Reagan, um ex-presidente que seu
pai admira muito, a liberdade está sempre a uma geração de ser perdida. Ou seja:
vocês precisam manter a chama da liberdade acesa! Vocês herdaram um legado, e
têm a obrigação, a responsabilidade, o dever moral de entregar um mundo no
mínimo tão bom quanto aos seus filhos e netos. De preferência melhor. Acho que
minha geração falhou terrivelmente nessa função. Tentei fazer minha parte, filho.
Você faça a sua. Não importa se se sentir impotente às vezes. Faça o melhor que
você puder, que estiver ao seu alcance. Seja um bom pai, um bom amigo, um
bom marido, um bom cidadão. Um patriota.

O país de origem da sua história, o Brasil, tem muitas qualidades. Mas


infelizmente tem essa cultura do egoísmo hedonista bem entranhada. As
instituições não ajudam. A burocracia é tanta que a informalidade é o ar rarefeito
que muitos encontram para respirar. Isso tudo foi construindo ao longo do tempo
um país sem respeito às leis, ao próximo, às regras do jogo. O que veio antes, o
ovo ou a galinha? A cultura ou as instituições com mecanismo perverso de
incentivos? Acredito que ambos alimentam juntos, numa simbiose, essa
“malandragem” toda em meu país de nascimento.

Eu quis te tirar disso, filho. Quis que você nascesse na América, imerso em outra
cultura, também imperfeita, mas ao menos mais avançada nesse sentido, com
império das leis, com um respeito grande ao dever cívico, com uma cultura da
liberdade. Você já vai crescer nesse ambiente diferente, graças a Deus! E terá
uma formação caseira nesse sentido também. Ética. Isso é fundamental. Você vai
ver com o tempo que seu pai não tem muita tolerância para “malfeitos”,
principalmente para as desculpas esfarrapadas que vivem dando para tais
“deslizes”.

Claro que sou humano, imperfeito, e sei que você vai errar muito também, vai
mentir, tentar me enganar às vezes. Faz parte. Não sou um monstro inflexível,
nem um romântico incurável. Mas vou cobrar de você responsabilidade por seus
atos. A palavra vem de “habilidade de resposta”. O que eu não suporto muito é
vitimização, canalhice, falta de caráter. Sim, nós erramos na vida, filho. Mas nós
batemos no peito e assumimos nossos erros! Não ficamos jogando a culpa em
terceiros, buscando bodes expiatórios, justificativas para nossas besteiras. E nós
sabemos quando estamos errando de verdade, pode apostar.

Coragem: eis a mensagem importante aqui. Tenha coragem nessa vida, filho. Os
covardes são a regra, mas o mundo é feito pelos corajosos. Antigamente, não faz
tanto tempo assim, até o bullying (você vai ouvir falar muito nisso) tinha a sua
função educacional. O jovem aprendia que o mundo é um lugar hostil, que “lá
fora” não há moleza, não tem o papai ou a mamãe (ou o estado) para te proteger
para sempre, que você mesmo precisa encontrar forças internas para reagir, para
superar seus medos, para crescer, para amadurecer. Hoje tudo é “microagressão”,
e sua geração se acha no direito de não se sentir sequer ofendida. Coisa de gente
mimada mesmo.

Maturidade. Outro conceito crucial, e cada vez mais raro no mundo. Você nasceu
em meio a vários “adultescentes”, filho, aqueles que são adultos do ponto de vista
biológico, mas que insistem numa postura infantil, com uma conduta de vida de
criança. Não superaram a juventude, não souberam fazer o luto dela. Envelhecer
nem sempre é divertido. Mas é necessário. E também inevitável. Triste daquele
que não consegue fazer isso com dignidade. Tenha maturidade, filho, de acordo
com sua idade. Não vou cobrar de você mais do que sua idade exige, mais do que
o bom senso. Um adolescente com postura de adulto é tão bizarro como o
contrário. Mas tenha maturidade, não seja um moleque para sempre. Saiba se
transformar num homem de verdade com o tempo. É até engraçado escrever isso
e olhar para você, tão pequenino, minúsculo até. Mas curioso: eu já vejo um
homenzinho em você!

E por falar em homem… você nasceu numa época muito estranha, filho. Vai se
acostumando. Para sua geração, especialmente para a turma afetada da elite
mimada que vive numa bolha, o gênero é “fluido”, e tanto faz ser gay, bissexual
ou qualquer outra coisa (existem mais de 50 gêneros, pelo que eu soube). Não na
nossa casa! Gênero “fluido” uma ova! Há menino e menina, ponto. O pai tem todo
direito de olhar para o filho homem e esperar que ele seja… homem! Sim, cabra
macho, como dizíamos num passado “remoto”, que parece muito distante. Mas,
ao dizer isso, e fazer brincadeiras com seu “saco roxo” ou com os amigos que têm
filhas meninas, nas quais você vai “passar o rodo”, é preciso cuidado,
principalmente no mundo moderno.

E se você tiver inclinações homossexuais? Bati três vezes na madeira, toc-toc-toc,


e nem sou supersticioso. Mas nem gosto de imaginar isso. Claro: se fosse esse
mesmo o caso, você continuaria sendo amado pelo seu pai, respeitado como
indivíduo, e julgado por seus atos, seu caráter. O que não quer dizer que eu
não prefira um filho macho, ora! Não se pode mais dizer o óbvio?! Que mundo
chato, sensível, afetado! E isso tampouco quer dizer machista, viu? Não vai cair
na ladainha das feministas (deu o maior trabalho manter sua irmã afastada dessa
seita fanática de ressentidas), de que ser homem é ser machista, e um
“estuprador em potencial”. Não vai cair na falácia de que ser macho é ser ogro.

Respeite as mulheres, sempre! Você tem mãe e irmã, rapaz. Não gostaria que
tratassem elas como objeto descartável. Então não faça o mesmo com as filhas
dos outros. É fato que meninas têm se dado pouco valor, e respeito é algo que se
conquista, não cai do céu. Mas não tire proveito disso. Tá bom, pode tirar só uma
casquinha, na fase de “abutre”, do “caiu na rede é peixe”, onde tudo é quantidade
ou a chance de avançar algumas jardas no jogo do sexo. Hormônios são coisa
séria, instinto também. Mas calma lá! São seres humanos do outro lado, filhas de
outros pais, como sua irmã é minha. Se respeito é bom e eu gosto, então temos
que começar dando o exemplo, praticando em casa. Seja um cavalheiro, um
gentleman, pois isso não é ultrapassado. As feministas repetem isso por recalque
das mulheres que conseguem caras assim. Respeite as mulheres, filho!

São tantas coisas que ainda quero te ensinar, que quero viver com você. Aqui faço
apenas um exercício verborrágico e sem filtro de algumas lições básicas que
queria lhe transmitir, quando olho assim para seu rostinho, todo enrugado ainda.
Meu pequeno Yoda! Eu chamava sua irmã assim também. Você é muito fofo, só
quer mamar e dormir, e eu aqui, pensando na fase em que você vai namorar,
cobrando responsabilidade, respeito ao próximo, coragem e independência. Seu
pai é meio louco, talvez. Mas deixo registrado o básico, filho. Nunca se sabe.
Respeito as contingências do destino, do imponderável. E escrever é minha
terapia, minha forma de lidar com isso tudo. Com minhas próprias inseguranças,
e com a responsabilidade que tenho pela frente, em te formar como pessoa
decente.

Então vamos continuar. Quero te apresentar agora o método científico, um dos


grandes responsáveis pela superioridade ocidental (sim, o Ocidente é
definitivamente uma civilização mais avançada, não escute os multiculturalistas,
que são covardes). Do que se trata? Basicamente, e de forma muito resumida, é o
seguinte: não procure confirmar suas teses previamente estabelecidas, pois nosso
cérebro pode ser enganador e temos aquilo que chamamos de “viés da
confirmação”; por isso você tem que buscar fatos que possam refutar sua tese.
Não diga “só existem cisnes brancos pois eu só vi cisnes brancos”. Diga: a tese de
que só existem cisnes brancos continua valendo até eu encontrar algum cisne de
outra cor. E sua procura é justamente por esses cisnes, por aquilo que
possa derrubar sua hipótese. Você não faz ideia do poder dessa mentalidade! É o
que diferencia as pessoas sérias, intelectualmente honestas, dos embusteiros e
dos fanáticos, dos ideológicos.

E quando você concluir sínteses robustas após teses e antíteses, após muita
reflexão e estudo, tenha a determinação de remar contra a maré, caso perceba
que os demais estão apenas repetindo slogans prontos, frases de efeito,
preconceitos, dogmas. Cuidado com as “Fake News”, filho! Elas abundam em seu
tempo. E vêm mais ainda daqueles que acusam isso nos outros. É brabo, eu sei.
O mundo é cheio de hipócritas.

Na “marcha das minorias oprimidas” em curso hoje, nessa “revolução das


vítimas” que vemos por todo lado, a coisa mais rara de se encontrar é alguém que
realmente busca a verdade e foca no indivíduo, em argumentos e em fatos, não
em bandeiras politicamente corretas ou grupos de identidade para posar de
bonzinho. Fuja desse mimimi como o diabo foge da cruz, Antonio!

Você não é vítima de nada. Tampouco é um “privilegiado” no sentido em que a


esquerda dá ao termo, para incutir culpa nas elites. Você é um sortudo, sim, por
nascer na América em 2017, em uma família de classe média alta, com valores
morais sólidos, com acesso aos recursos disponíveis para uma vida confortável e
promissora. Poderia ter nascido em um país muçulmano, africano ou socialista,
ou numa família petista. Mas só com muito esforço você vai transformar isso
tudo, essas oportunidades todas, em algo concreto, em obra, em riqueza (material
e espiritual).

Falo por experiência própria. Nasci em uma família mais rica do que você. Mas a
verdadeira riqueza que meus pais me deram foi a educação, minha formação. Por
isso nunca fui vagabundo. Ao contrário: seu pai trabalhou e trabalha muito. O
que tenho, conquistei por conta própria, com meu talento e meu trabalho. Com
mérito. E não deixe os socialistas invejosos te convencerem de que a meritocracia
é um mito. Quem diz isso é normalmente um fracassado em busca de consolo ou
um oportunista em busca de riquezas fáceis.

Para dar valor ao dinheiro, filho, é fundamental saber o quanto ele custa. Se vem
fácil demais, como tudo na vida, perde valor. O que mais tem por aí é herdeiro
torrando a herança com bobagens, a fortuna construída pelos pais ou avós, ou
então investindo em “expiação dos pecados”, bancando igualitários para se sentir
em paz com a consciência.

Não se sinta culpado por ter tudo que tem. Sinta-se grato, isso sim, o que é bem
diferente. E dê valor ao esforço que foi feito para construir isso tudo, para ter a
casa que temos, a vida que levamos. E lembre-se, acima de tudo, que dinheiro
não é tudo na vida. É muito importante sim, e não dê bola para os poetas
hipócritas. Quem diz que dinheiro não importa normalmente tem bastante, não
sabe o que é chegar ao fim do mês sem conseguir pagar as contas, sem garantir
um conforto básico e a segurança da família.

Mas nem só de pão vive o homem! Isso é verdade, e algo que sua geração, um
tanto materialista, consumista e hedonista, tem esquecido. Na ausência de
alimento para a alma, a turma tem sucumbido a todo tipo de seita patética, em
busca de sentido para suas vidas vazias e medíocres. Os fanáticos ambientalistas
ou veganos estão aí para não me deixar mentir.

Valores, filho. Propósito elevado: tenha sempre isso como a meta de sua vida.
Fazer algo que seja Bom, Belo e Verdadeiro, como no velho tripé clássico. Algo em
que você realmente acredite, que ajude o mundo a ser um lugar um pouco
melhor, que lhe dê satisfação, orgulho. Algo que você possa olhar depois, lá na
frente, e dizer: eu faria tudo novamente!

Tente ser uma pessoa melhor todo dia, pois a virtude está no hábito. Sem essa de
“amanhã” eu mudarei. Comece hoje! Comece agora! Be a better person, eu repito
para sua irmã com frequência. Faça coisas que não lhe dariam vergonha se
viessem a público, siga a “regra de ouro”: não faça com os outros o que você não
gostaria que fizessem com você. Ou melhor: que eles não querem que façam com
eles, pois as preferências são subjetivas, pessoais.

Mas sem essa de querer “salvar o planeta” antes de arrumar o quarto ou lavar a
louça! Você nasceu num país cuja cultura, felizmente, delega tarefas para os
filhos desde cedo. Não é como na “aristocracia tupiniquim” da classe média
brasileira, que tem dependência de empregado em apartamento até de dois
quartos, e um exército de babás para os filhos. Nada disso aqui, filho. Ainda bem!

Você vai ter funções em casa, desde cedo. Vai aprender a fazer suas coisas
sozinho, a ajudar, a colaborar com o funcionamento da casa. Vai aprender que
não pode deixar tudo bagunçado ou sujo, pois o outro vai usar depois, e você não
quer encontrar as coisas sujas quando você for usá-las. Quem vai arrumar e
limpar? A mamãe? A empregada? Qual?

Nós jantamos sempre juntos em família, não abro mão disso. É porque ali você
vai aprender o básico do convívio social, a escutar, a discordar com respeito e
civilidade, a ter compromisso com horário, com o próximo. Vai descobrir que tem
que deixar o seu iPhone de lado por alguns minutos. Vai compartilhar com a
gente suas coisas, e conversar sobre as nossas coisas. Vai entender, enfim, que o
universo não gira apenas em torno do seu umbigo. Triste a família que não
consegue sequer estar junta num momento desses por dia! Uma tendência
crescente e preocupante…

Você começou a chorar agora. Tadinho! É muito miúdo ainda, quer só comer e
dormir, e eu aqui, te dando uma lição de vida, quase bronca antecipada pelas
coisas que você provavelmente fará, mas nem fez ainda. Não tem problema.
Riremos juntos depois. Mas as lições ficam. E o melhor momento de passá-las é
justamente quando olho para você e só consigo ver amor, responsabilidade de pai,
fragilidade e desamparo de bebê. Você merece isso, filho. Educar dá trabalho. Ser
pai é também colocar limites, o que cada vez menos pais querem fazer, preferindo
bancar os coleguinhas de seus filhos.

Eu não. Tantas coisas que quero fazer com você! Vamos brincar muito ainda, e
vou te ensinar muitas coisas. Mas sei que terei de impor limites, e isso aperta
meu coração. Ainda mais olhando para você agora, essa coisinha inocente. Não
importa. Quem ama, educa. E o grande mal dos millenials é justamente o egoísmo
desenfreado porque nunca tiveram muitos limites, porque escutam poucos
“nãos”, e porque confundem desejos com direitos e nunca falam em deveres. Ah,
se tivessem mais obrigações na vida!

Não dê vazão a todos os seus apetites, filho. Você não é um bonobo, um cachorro,
um animal irracional qualquer. Você é um ser humano civilizado, e isso
significa conter emoções, saber controlá-las. Portanto, não é para achar bonitinho
qualquer porcaria só porque é “espontânea” ou “genuína”. O cocô que você faz é
espontâneo, é genuíno, mas certamente não é lindo, muito menos uma obra de
arte. Saiba separar o joio do trigo, julgar o que é certo ou errado, lixo ou não.
Evite vulgaridades mascaradas de “espontaneidade”.

Sua geração aprende que não devemos julgar mais nada. Balela! A mensagem
cristã de “não julgar para não ser julgado” é para evitar preconceitos, conclusões
apressadas com base em nossos vieses. Não é para suspender qualquer
julgamento acerca dos outros, de seu caráter e integridade, de bonito ou feio, de
moral ou imoral. Esse relativismo exacerbado é o câncer do seu tempo, filho, e
caberá a você lutar contra ele. Quem sou eu para julgar aquela menina que já
transou com trinta rapazes e algumas outras meninas tendo apenas 14 anos?
Ora, você é o Antonio, que tem conhecimento e valores suficientes para saber que
isso é simplesmente errado, triste, absurdo, e que essa pobre menina merece
ajuda e compaixão, não indiferença.

Os relativistas, ao igualarem os melhores e os piores, estão supostamente


condenando os melhores, mas na prática acabam mesmo é punindo os piores que
poderiam melhorar. Vendem falso consolo, que ajuda a manter os piores na
situação em que se encontram. Ao repetirem que todos são “especiais”, que
ninguém é melhor do que ninguém, estão desestimulando a busca por constante
melhoria, e passando a mão na cabeça de quem insiste no erro, pagando um
elevado custo por isso. Chega a ser desumano!

Por isso, filho, julgue e se prepare para ser julgado! Não no pior sentido da
palavra. Não para ficar fazendo intriga ou apontando os defeitos alheios, num
gozo mórbido, antes mesmo de cuidar do próprio telhado de vidro. E sim para
poder destacar o que é acerto e rejeitar o que é erro, para poder valorizar o que é
mérito e desprezar o que é esquema, privilégio, mamata. Para ser capaz de
identificar uma vida virtuosa e condenar um comportamento destrutivo, sem
autoestima, sem amor pela própria vida. Para fugir do niilismo e admirar o que é
admirável.

Quem se esforça para criar os filhos da melhor forma possível não precisa ficar
repetindo consolo relativista feito para derrotados, para perdedores, para
acomodados. Claro que não há garantias nesta vida. Claro que não temos como
controlar o futuro, mesmo dando o melhor de nós. Mas ao menos podemos ter a
consciência tranquila de efetivamente ter feito o nosso melhor, ter arregaçado a
manga e trabalhado por resultados positivos, ter se dedicado, tomado as decisões
difíceis. Houve um tempo não tão distante assim em que apreciar
essas virtudes era a coisa mais óbvia do mundo. Hoje, infelizmente, o estrago
causado pelos relativistas foi grande, e é preciso repetir aquilo que, para uma
geração anterior, era simplesmente autoevidente.

Outro dia fiz uma palestra para adolescentes, amigos e conhecidos de sua irmã.
Queria te transmitir esses conceitos também, filho. Preparei a palestra com base
num curso que fiz, e tive sua irmã como inspiração. Queria que ela tivesse esses
conceitos básicos bem absorvidos. Você também, agora. Eis a mensagem mais
básica: evite as trilhas para o sucesso!

“Eu acredito muito na sorte, e descubro que quanto mais duro eu trabalho, mas
eu tenho dela”, disse Thomas Jefferson, um dos pais fundadores desta grande
nação que escolhi como pátria de destino, já que não é a de origem. Desconfie de
todos os atalhos para o sucesso. Normalmente, seu caminho é árduo e longo,
repleto de obstáculos. Demanda esforço, trabalho, coragem, tolerância ao risco,
dedicação, paciência e humildade.

Thomas Edison, um grande inventor e responsável pela luz elétrica que hoje
tomamos como um dado da natureza, dizia que a genialidade é 1% de inspiração
e 99% de transpiração. As trilhas costumam levar a penhascos com frequência.
Não tenha medo de trabalho duro, filho. Ele enobrece o homem. Já o ócio é a
morada do diabo, se não for canalizado para coisas produtivas.

Em nosso cotidiano podemos verificar como esses atalhos enganam. Para


emagrecer, ficar forte, acumular conhecimento, sempre tem uma trilha mais fácil,
mas há um custo escondido nos caminhos tranquilos (e ilusórios). O anabolizante
destrói a saúde, assim como a anfetamina, e ninguém fica sábio lendo livrinhos
sobre Nietzsche em 30 minutos. No trajeto, os atalhos poderão ser tentadores
demais, como o canto das sereias em Odisseia. E como Ulisses teria feito,
amarrando-se no mastro, devemos criar mecanismos próprios de controle contra
essas tentações. Elas podem ser fatais.

Dito isso, procure fazer algo que você goste e tenha talento para fazer, pois só
assim para se obter excelência. Não adianta adorar jogar bola, mas ser um perna
de pau: não vai a lugar algum nessa profissão. Mas sem paixão, dificilmente
faremos a coisa com o mesmo esmero, a mesma empolgação, aquela faísca que os
outros podem perceber em nossos olhos e que fazem toda a diferença do mundo.
E encare a vida como uma maratona, não uma corrida de cem metros rasos. É
um teste de resistência mais do que de explosão, e as coisas realmente boas da
vida costumam levar tempo para serem gestadas.

Não tenha tanto medo de fracassar também, Antonio. Robert Kyiosaki, autor
de Pai Rico, Pai Pobre, escreveu: “Para os vencedores, os fracassos são uma
inspiração; para os perdedores, o fracasso é uma derrota”. Soa como autoajuda,
mas é verdade. As pessoas que evitam os fracassos também evitam os sucessos;
quase todo empreendedor bem-sucedido já fracassou algumas vezes na vida.
Errar faz parte. O importante é você aprender com os erros.

O maior erro que se pode cometer na vida é o medo constante de se cometer


erros. Churchill, um dos maiores estadistas do século XX, dizia: “Um otimista vê
uma oportunidade em cada calamidade; um pessimista vê uma calamidade em
cada oportunidade”. Só reclamar da vida leva ao imobilismo. Tentar e falhar é,
pelo menos, aprender; não chegar a tentar é sofrer a inestimável perda do que
poderia ter sido. Viva uma vida produtiva, meu filho.

Einstein também ia nessa linha: “Qualquer um que jamais cometeu um erro


nunca tentou nada novo”. Sei que arriscar pode dar medo, aquele frio na barriga,
mas isso não é motivo para não ousar. Mark Twain, o famoso escritor americano,
disse: “Coragem é resistência ao medo, controle do medo – não ausência do
medo”. Não é corajoso aquele que pula do alto de um prédio. Isso é maluquice,
não coragem!

Você vai sentir medo, é inevitável. Vai ter medo de ser zoado pelos outros, de
passar vergonha, de não ter a admiração dos pares ou dos pais, de ser rotulado
com adjetivos (uma estratégia muito em voga usada pela esquerda, que chama de
“nazista” ou “fascista” qualquer um que não seja socialista). Mas você precisa
controlar esse medo para ser alguém na vida, para sair da zona de conforto, que é
também a da mediocridade.

Campeões não se fazem no ringue; ali eles são apenas reconhecidos. Todo o
trabalho duro que os levou até aquele momento de glória está por trás da vitória,
oculto, ignorado pelos que sonham só com a reta de chegada. Malcolm Gladwell,
em Outliars, fala das dez mil horas, uma regra empírica que ele observou nos
vencedores de diferentes áreas. São horas e horas de treinamento, preparo,
esforço árduo, para chegar ao topo, para se destacar em meio a multidão. Não
existe almoço grátis, filho.

E lembre-se: a felicidade não é medida apenas pela conta bancária. Para os


vencedores, o sucesso financeiro costuma ser um subproduto, não a única meta.
Eles não deram esse duro danado só para ficar ricos. Ficaram ricos, na maioria
dos casos, porque estavam mirando em outra coisa, olhando para outro lugar,
para a superação dos desafios, para a busca da excelência, pelo senso de dever,
pela satisfação de uma boa missão cumprida.

Filho, há muito mais que eu gostaria de dizer. Mas estou cansado, quase sem
dormir nos últimos dias. Sim, a “culpa” é sua, do seu choro. Mas pai é pai, e faço
o que tenho de fazer com um sorriso no rosto. Só que o corpo de 40 não é mais o
de 25, quando sua irmã nasceu. Fico mais cansado, e estou escrevendo quase
sem parar desde mais cedo, numa talagada só. É hora de me retirar, de dormir
um pouco, recarregar as baterias pois vem mais pela frente. Faço feliz da vida,
pois não há recompensa maior do que o seu sorriso, do que você estar bem, com
essa cara de êxtase depois de uma mamada. É o tipo de amor e desprendimento
que acho que só pais entendem mesmo. Você e sua irmã são as pessoas mais
importantes do mundo para mim, e tenho muito orgulho e gratidão por ter
construído essa família com a sua mãe, que amo muito e com quem já estou
junto desde 1998!
Sim, sei que parece da era medieval para você, mas lembro como se fosse ontem
quando ela foi pedir um cigarro a um amigo meu num evento da Copa do Mundo,
lotado de gente, e perguntei se ela não queria sair comigo (já nos conhecíamos).
Ela aceitou, e cá estamos, quase vinte anos depois! Quais são as chances? Graças
a esse maldito cigarro você existe, então pense bem antes de mergulhar nessa
paranoia antitabagista. Quem tinha tara pela “saúde perfeita” eram os nazistas.
Mas divago. O fato é que tivemos altos e baixos, até mesmo um divórcio assinado
quando sua irmã era pequena. Éramos muito jovens e não soubemos lidar bem
com as mudanças e os desafios novos.

Mas sempre houve amor verdadeiro, e por isso conseguimos reconstruir nosso
casamento, com pilares bem mais sólidos. Decidimos, depois de muitos anos da
volta, embarcar nessa aventura, nessa mudança radical, de ir morar em outro
país. Não é para qualquer um, mas tiramos de letra, pois sabíamos que era aquilo
que desejávamos, e o melhor para nossa família. Lá se vão dois anos e meio…

E agora veio você, outra decisão muito empolgante que tomamos, depois de tanto
tempo. Ao ver o olhar que sua irmã lançou a você da primeira vez que te viu, não
pode restar dúvidas de que foi a melhor coisa que fizemos, para ambos, para nós
todos. Vocês dois nasceram em condições muito diferentes, mas são frutos do
mesmo amor, de um relacionamento do qual tenho muito orgulho e que foi
construído ao longo do tempo, dia a dia. Seu próprio nascimento é a prova de
uma vida feliz, filho, de que o casamento vale a pena, de que a família é o que
realmente importa. Aposte no amor.

Tenho muito orgulho de minha trajetória, de meus livros, de tantos textos e


palestras, que já mudaram a vida de muitas pessoas. Sei disso, pois recebo o
retorno desses leitores, os mesmos que te desejaram muita saúde e felicidade no
seu primeiro dia de vida. Sim, você nasceu popular, com mais de dez mil
“curtidas” no Facebook. Isso é o resultado da admiração e do respeito que essas
pessoas sentem pelo seu pai, e que me comovem, que servem de combustível para
eu insistir nessa batalha às vezes inglória, e quase sempre cansativa.

Afinal, tentar levar um pouco de lucidez e de bom senso para um mundo


enlouquecido não é tarefa simples. Os malucos assumiram o hospício e
trancaram os médicos nas celas, e ainda chamam os normais de doidos, quando
não de coisa muito pior. Mas não vou desistir. E você, Antonio, é o melhor motivo
do mundo para isso: eu quero que você cresça num mundo melhor, com valores
morais estabelecidos, com prosperidade, com ética, com oportunidades melhores,
com resultados de acordo com o esforço e o mérito individuais, com respeito pelo
próximo, pelas tradições que herdamos. É preciso esforço para conservar, filho,
enquanto para destruir é muito fácil. Eis o problema: os preguiçosos e medrosos
querem destruir tudo, ver desmanchar tudo que é sólido no ar, enquanto nós
lutamos para preservar o que deve ser preservado, para transmitir os bons
costumes aos nossos filhos, para deixar vocês numa situação melhor do que a
nossa, capazes de fazer as próprias escolhas cientes do que está em jogo.

Vai, filho, viver sua vida, cometer seus próprios erros, aprender com eles. Não
tente viver a minha vida. Nem tente viver a sua para mim. Cada um é de um jeito,
e você tem direito à sua própria vida. Mas lembre-se desses alertas, dessas lições,
pois certas coisas são universais e também atemporais. Há coisas que Aristóteles
disse milênios atrás e que continuam totalmente válidas. A sabedoria – a
verdadeira sabedoria – é eterna.

Busque conhecimento, leia os clássicos, tenha humildade e sede de aprendizado.


Não deixe a vida te levar, pois você não é uma boia à deriva ou um animal
irracional, e sim um ser humano, feito à imagem de Deus. Até um agnóstico pode
compreender o significado disso: você tem vida inteligente dentro de você, é
amado por um Pai de forma incondicional, e deve fazer o melhor uso possível
dessa ferramenta, que é a razão, e dessa dádiva, que é sua própria vida. Você não
é só um amontoado de células, como querem os materialistas. Sua vida tem
propósito, tem significado.

Vai, filho, curtir seus momentos bons, sofrer suas dores inevitáveis, descobrir as
coisas maravilhosas da vida. Vai ser você mesmo, o Antonio, alguém único. Se eu
conseguir incutir em você o desejo pela vida e a paixão pelo conhecimento, então
terei feito meu trabalho direito. Não quero moldar quem você é ou vai ser; quero
apenas te fornecer as ferramentas para que você mesmo possa fazer isso da
melhor forma possível. Espero ter dado um bom pontapé inicial. Essa nossa
conversa ainda continua.

Mas agora preciso mesmo dormir. Nem sei como estou acordado ainda. É o amor,
que justifica o sacrifício. É o senso de dever. É o desejo de fazer o que estiver ao
meu alcance por você, filho. E para isso os bons pais nunca vão descansar. É
uma tarefa contínua, ininterrupta, cansativa, mas também gloriosa. Que
recompensa para um pai pode ser melhor do que ver seu filho feliz, levando uma
vida decente, construtiva, honesta? Basta imaginar qual deve ser a decepção de
um pai cujo filho se torna petista para ter uma ideia. Toc-toc-toc.

27 de setembro de 2017, 21:46. Fico por aqui, pois a cabeça já dói e nem o
remédio surtiu efeito. Mas eu precisava escrever esse relato todo de uma só vez.
Sabia que só assim ele sairia da forma mais sincera possível, num papo reto de
pai para filho, sob as emoções de vê-lo desse jeito, tão fofo e ao mesmo tempo
frágil. O papai vai estar sempre lá quando você precisar filho. Não para escolher
por você, mas para servir como um porto-seguro nas horas de maior desamparo e
angústia. Gosto da metáfora usada por Içami Tiba em Quem ama, educa: quero
ser como seu pit stop na Fórmula 1, ou seja, não correr com você a corrida da
vida, e sim estar lá como referência para quando você realmente precisar. Te amo,
filho. Boa noite! Rodrigo Constantino

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