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Introdução aos

PROFETAS
O conceito de profecia é introduzido no Antigo Testamento Batista constituem uma espécie de descrição sucinta dos seus
pelo relacionamento entre Moisés e Arão. Quando Moisés se re- antecessores proféticos. João era um personagem à parte da socie-
cusou a falar, Arão foi designado por Deus como o porta-voz de dade. porém a sua mensagem compelia as pessoas a ouvi-lo. Ele
Moisés (Êx 4.12-16); Arão seria a "boca" de Moisés para falar por se apresentou diante de reis e foi perseguido por eles. Sua mensa-
ele. Mais tarde, o papel de Arão é descrito como o de "profeta" de gem conclamava as pessoas a mudarem os seus caminhos e a se
Moisés (Êx 7.1-2). Da mesma forma, o profeta de Deus é aquele voltarem para Deus. Ele predisse a vinda e a grandeza de Jesus
que transmite as palavras de Deus. Embora Deus não seja incapaz Cristo. Em todos esses aspectos, João se assemelha aos profetas
de falar - como o demonstram os episódios da sarça ardente. da do Antigo Testamento.
entrega da Lei no Sinai e da voz suave ouvida por Elias - ele esco- Da mesma forma que João Batista tinha seus discípulos (Lc
lheu enunciar as suas palavras ao seu povo através da voz de seres 7.19; Jo 1.35-37; cf. At 19.1-5), os profetas do Antigo Testamento
humanos. que são os seus agentes de revelação. eram igualmente assistidos por servos 11 Rs 19.19-21; 2Rs 5.20) e
De acordo com Hb 1.1, no período do Antigo Testamento. are- acompanhados por grupos proféticos chamados de "os discípulos
velação se dava de "muitas maneiras''. Os fenômenos da profecia dos profetas" 12Rs 2.3-7. 15; 4.38; 6.1-3; cf. 1Sm 10.10-12). Com
no Antigo Testamento ilustram esse aspecto. Há visões. êxtases. base na evidência do relacionamento entre Baruque e Jeremias (Jr
ações enigmáticas, compulsões interiores, sinais e maravilhas. É 36.4; 14-18; 32). parece que esses grupos proféticos desempe-
difícil resumir em poucas palavras esses aspectos duma instituição nhavam papel importante no registro dos oráculos pronunciados
que abrange muitos períodos e situações, embora deva ser obser- pelos profetas e cuidavam da conservação dos livros que levavam
vado que a mensagem da profecia está nas palavras dos profetas, os seus nomes. Um fato notável dos livros proféticos é que eles.
e suas ações dificilmente podem ser interpretadas de forma inde- muitas vezes, se constituem em coletâneas de passagens curtas,
pendente. A profecia do Antigo Testamento não é obscura ou caó- cuja conexão única advém do fato de terem sido proferidas pelo
tica e não conduz o povo por caminhos egoístas. ocultos e mesmo profeta. Há pouca narrativa ou escritos que fazem a transi-
destrutivos. Como a voz de Deus. os profetas exortavam, ameaça- ção no texto, e a sua referência histórica original pode ser difícil, se
vam e encorajavam as pessoas. Ao pecado contínuo no coração não impossível. de ser recuperada.
humano, eles opunham a palavra de Deus. Os livros proféticos foram originalmente escritos em pergami-
A história da profecia do Antigo Testamento é geralmente di- nhos individuais. muito antes que a produção de livros extensos
vidida em três períodos principais. Os profetas que exerceram o numa única unidade física fosse possível. Não é de surpreender,
seu ministério durante os primeiros anos da monarquia em Israel portanto. que a ordem dos livros proféticos no cânon final das Escri-
e em Judá nos são conhecidos somente pelo que deles se regis- turas apresente alguma variação. O cânon do Antigo Testamento
trou nos livros históricos. Profetas muito importantes para a histó- aceito pelas igrejas protestantes é idêntico em conteúdo à Bíblia
ria de Israel. como Samuel, Natã, Elias e Eliseu, pertencem a esse Hebraica, apesar das diferenças quanto à ordem dos livros. Em ge-
período "pré-clássico" da profecia israelita. Como eles não regis- ral. como os livros do Novo Testamento. a ordem dos livros proféti-
traram suas profecias em livros separados, esses profetas são. cos é um consenso de considerações quanto à extensão, data e
em geral. lembrados mais pelos seus feitos do que por suas pala- autoria dos livros. Isaías. Jeremias e Ezequiel, obviamente os "pro-
vras. O período "clássico" da profecia israelita, compreendido en- fetas maiores". são listados em ordem cronológica no início da co-
tre os séculos VIII e VII a.C .. conheceu as primeiras coleções de leção. Os livros relativamente curtos dos doze "profetas menores"
oráculos registrados. Durante esse período, os profetas parecem (tidos, em conjunto, como um único livro na Bíblia Hebraica) se-
agrupar-se ao redor de duas grandes crises: a queda de Israel di- guem os primeiros sem uma ordem cronológica rígida. Na Bíblia
ante dos assírios (Amós e Oséias, em Israel; Isaías e Miquéias, Hebraica. Lamentações de Jeremias e Daniel (o último dos "pro-
em Judá) e a queda de Judá diante dos babilônios (Sofonias, fetas maiores" no cânon protestante) estão incluídos entre "os
Naum, Habacuque e Jeremias). Por último. os profetas "exílicos" Escritos", juntamente com Já, Salmos e outros livros, especial-
e "pós-exílicos" proclamaram a palavra de Deus ao povo durante mente Esdras e Neemias. que se ocupam do mesmo período his-
os obscuros anos do exílio na Babilônia (Ezequiel e Daniel) e du- tórico.
rante o período da restauração de Judá na Palestina (Ageu. Zaca- As palavras dos profetas são a mensagem de Deus ao povo
fras e Ma\aw1ias\. de Deus. Embora elas contenham uma grande variedade de as-
O conteúdo do cânon protestante das Escrituras indica que o suntos e estilos. é oportuno rever alguns dos seus temas recor-
ministério profético como precursor do reino de Deus permaneceu rentes.
em silêncio entre Malaquias e João Batista. Malaquias predisse 1. Éfreqüente a figura do matrimônio. uma vez que o Senhor
que o Messias seria precedido pela vinda de Elias (MI 4.5-6). Elias imprime em seu povo a marca da intimidade do seu relacionamen-
não se reencarnou. mas a sua autoridade se fez ouvir novamente to com ele e o fundamenta em um solene compromisso com Israel
através de João Batista. As características e a mensagem de João (Ez 16.8-14; Os 2.14-20).
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2. A disputa Judicial no contexto da aliança (em hebraico, rib) é da condição única de Jesus como o foco da palavra profética. O
uma forma pela qual Deus apresenta ao seu povo a acusação deles Novo Testamento afirma que "o testemunho de Jesus é o espírito
terem violado a aliança existente entre ambas as partes !Os 12.3; da profecia" (Ap 19.1 O) e que todas "as promessas de Deus" são,
Mq 6.1-3). Esse gênero é identificado pelos elementos de uma cor- nele, o "sim" e o "amém" (2Co 1.20).
te de júri, com testemunhas e uma acusação formal. Com freqüên- Os profetas freqüentemente escrevem em versos poéticos.
cia, os profetas criticavam a elite religiosa, rica e poderosa, por Esse fato, ao lado das referências a situações históricas remotas,
oprimir os pobres. Os profetas criticavam a nação como um todo pode tornar a tradução e a interpretação de suas palavras extrema-
com a acusação de que não havia "conhecimento de Deus" na ter- mente difíceis. Em conseqüência disso, é preciso prestar particular
ra (Os 4.1 ). O povo sabia a respeito de Deus, mas não mantinham atenção ao contexto or'1ginal da profecia, que provê a base correta
um relacionamento fiel e confiável com ele. para se ouvir a sua mensagem perene. Os profetas instruem e re-
3. Os oráculos contra as nações são discursos que denunciam preendem as pessoas de todas as classes sociais, denunciando
os inimigos do povo de Deus e condenam qualquer um que comete todo tipo de pecado. Em termos religiosos, eles são "monoteístas
os pecados ali descritos (Jr 46-51; Ez 25-32). Israel nem sem- éticos"; socialmente falando, são a inextinguível consciência do
pre é apresentado como mais justo que os povos vizinhos. justo; espiritualmente, são os precursores do reino de Deus, anun-
4. O ensinamento moral dos profetas inclui pronunciamentos ciando Jesus Cristo ao mundo.
decisivos que desafiam a vontade dos pecadores. Os profetas con- O ministério específico dos profetas do Antigo Testamento
denam a desonestidade, a crueldade, o orgulho e a sensualidade. chegou ao final com a vinda de Jesus, o último e maior Profeta,
Eles denunciam a falsa religião, mas também a distorção da verda- como ele mesmo sugere (Lc 7.24-28) Todos os profetas que o an-
deira religião, especialmente qualquer ritual que esconda um cora- tecederam apontaram para ele. Com a chegada de Jesus, a orien-
ção vazio. tação da profecia para o futuro teve que passar por mudança
5. A tensão entre a profecia verdadeira e a falsa pode gerar permanente. No dia de Pentecostes, todo o povo de Deus rece-
conflitos entre os profetas de Deus e os profetas dos falsos deuses beu o Espírito Santo IAt 2.17; cf. Nm 11.29), e o dom da profecia
(os profetas de Baal, 1Rs 18.22) ou os profetas que alegam falsa- continuou com os "profetas" da igreja primitiva (At 21.10-11; Rm
mente falar em nome de Deus (Ananias, Jr 28). A prova de que um 12.6; 1Tm 4.14; Ap 1.3). A nova autoridade e inspiração desses
profeta é enviado por Deus e não é um impostor advém da tarefa profetas devem ser distinguidas das dos profetas do Antigo Tes-
profética de transmitir a palavra divina IDt 18.20-22). As profecias tamento.
devem ser verdadeiras, inclusive aquelas que prevêem aconteci- O ministério da Palavra foi confiado aos apóstolos e, então, à
mentos futuros. A vida de um profeta deve ser conforme a palavra Igreja fundamentada sobre o seu testemunho. O evangelho já não
de Deus. Por fim, a mensagem do profeta deve ser coerente com a é mais proclamado das "muitas maneiras" que caracterizaram os
natureza e o ensinamento de Deus. profetas do Antigo Testamento (Hb 1.1 ). Contudo, os profetas do
6. Muitas profecias se referem ao Messias. No decurso da sua antigo Israel permanecem como propriedade comum da Igreja de
vida terrena, Jesus cumpriu numerosas predições ao seu respeito. todos os tempos e, mesmo depois de séculos, continuam a ser a
Em seu conjunto, essas profecias são um testemunho convincente voz de Deus para o seu povo.
O Livro de ,
l
ISAIAS
Autor Isaías era um aristocrata de nascimento, gentios (49.1-7) e levaria os pecados do seu povo (52.13-
: bem educado e por chamado divino tornou-se um 53.12). OServo sofreria de livre vontade para conquistar essas vi-
proclamador dos oráculos de Deus. El,e foi o instru- tórias, e Deus o recompensaria e o justificaria (50.4-11 ). O Novo
- mento escolhido por Deus em Jerusalem. Testamento identifica este Servo com Jesus Cristo, o Senhor en-
Isaías era casado, e dois de seus filhos são mencionados em carnado.
seu livro: Um-Resto-Volverá e Rápido-Despo10-Presa-Segura (Is
7.3; 8.3). De acordo com a tradição, Isaías foi martirizado, tendo Dificuldades de Interpretação Por
sido serrado pelo meio (cf. Hb 11.37). mais de dois séculos, os estudiosos têm discutido
sobre a unidade de Isaías. Dados históricos, filosófi-
~
1
Data e Ocasião '"''" ""'"" o"" m'"''~
~ tério por um período de mais de quarenta anos, de
/ ·" •
- cos e lingüísticos foram levantados para comprovar
que Isaías é o resultado de uma transmissão complexa que passou
: -~ 740 até depois de 701 a.C. A frase ini,cial de seu livro por diversas mãos. Em poucas palavras, eles dividem o livro em
1 -~---_ 1nd1ca os reis que governaram Juda durante esse três seções, atribuindo-as ao Isaías de Jerusalém (caps. 1-39); a
período: Uzias (morreu em 740 a.C.), Jotão (750-731 a.C.), Acaz um profeta do tempo do exílio (Segundo ou "Dêutero-lsaías", caps.
(635-715 a.C.) e Ezequias (729-686 a.C.). Esta foi uma época de 40-55); e a um profeta pós-exílico (o "Terceiro Isaías", caps.
grande agitação política em decorrência do imperialismo assírio. 56-66)
No reinado de Jotão houve uma guerra entre Judá e os reinos As variações de linguagem entre as divisões propostas para
unificados de Israel e Síria (a crise siro-efraimita de 734-732 a.C.; Is o livro podem ser devidas aos diferentes assuntos abordados, às
7-9). Nesta guerra, Acaz, rei de Judá, teve de enfrentar uma mudanças de perspectiva ou ao amadurecimento pessoal do
coalizão de forças de Peca, rei de Israel, e Rezim, rei de Arã ou Síria. profeta. As semelhanças entre as três seções levaram muitos
Acaz reagiu com medo e incredulidade. Ele recusou o sinal de Deus críticos a concluir que uma mão final unificou a obra. Esses ele-
(7.1 O) e tentou encontrar uma solução política. mentos unificadores incluem a repetição de temas teológicos
Durante o reinado de Ezequias, Judá e diversas outras nações (Sião, a vinda de Deus, o representante davídico e a implementa-
lutaram contra a Assíria de Senaqueribe (705-681 a.C.). Este rei ção do plano soberano de Deus), os nomes utilizados para Deus
devastou os territórios de Judá e sitiou a própria Jerusalém. Mas, ("o Santo de Israel," 1.4 e nota) e a mensagem unificada de julga-
ao contrário de Acaz, Ezequias confiou no Senhor. Ele apresentou o mento e salvação. Os estudiosos conservadores defendem a
seu problema diante de Deus em oração e confiou nas palavras que compreensão tradicional de que o livro como um todo é obra de
Deus proferiu através de Isaías (37.14-35). um só profeta, Isaías. A obra foi publicada sob seu nome (1.1). e o
Durante a segunda metade do século VIII, o profeta investiu profeta é freqüentemente mencionado no texto (2.1; 7.3; 13.1;
contra os governantes em razão de sua hipocrisia (1.10-15), etc.).
ganância (5 8), auto-satisfação (5.11) e cinismo (5.19). Com esses Outros livros do Antigo Testamento que possuem múltiplos
pecados, eles estavam levando a nação à ruína moral. Deus autores, como Salmos e Provérbios, indicam esses autores. Nada
levantou Isaías para anunciar o seu destino (6.11-13). Como Isaías do que o livro afirma sobre a sua autoria aponta para mais de um
havia predito, Israel foi exilado em 722 a.C., e Ezequias escapou por autor. No Novo Testamento, o apóstolo João atribui as profecias de
pouco da destruição imposta pelos assírios (36.1-37.37). Is 6.1 Oe 53.1 O, supostamente provenientes do "Prato-Isaías" e do
O exílio de Israel na Babilônia forma o contexto do encoraja- "Dêutero-lsaías", a um só Isaías (Jo 12.38-41 ).
mento aos aflitos que caracteriza o ministério de Isaías. Em uma A crítica moderna assume que um profeta se dirige apenas
brilhante série de profecias de grande alcance, ainda que específi- aos seus contemporâneos. Assim, argumenta-se que se os caps.
cas, /saías prediz a queda da Babilônia pagã (46.1--4 7.15) e a sal- 1-39 são endereçados à nação no tempo da invasão assíria (e.
vação do remanescente de Israel. Mais de cem anos antes de Ciro 740-700 a.C.), os caps. 40-55 aos exilados na Babilônia (600-539
assumir o reinado da Pérsia, Isaías o anuncia pelo nome como o a.C.) e os caps. 56-66 à comunidade dos que retornaram à terra
agente ungido por Deus para reconduzir o remanescente do seu (c. 539-500 a.C.). isto então mostra a voz de mais de um profeta.
povo de volta à terra (44.24--45.13). Isaías urge o remanescente Porém os profetas freqüentemente convidam uma geração a se-
a fugir da Babilônia (48.20-21 ). Ele desafia o povo a renovar a sua rem participantes, pela fé, em uma salvação que se encontra
lealdade ao Senhor ao voltar para sua terra (56.1-8) e a evitar os num futuro longínquo. Por exemplo, embora a prosperidade de
atos de deslealdade do passado (57.3-13). Israel se encontrasse ainda muito distante, Isaías ordenou ao
Além dessa salvação imediata, Isaías ainda predisse a vinda povo desanimado: "Alarga o espaço da tua tenda" (54.2).
de um Servo e Salvador muito maior do que Ciro. Este Servo anô- OAntigo Testamento entende a comunidade da aliança como
nimo traria justiça às nações (42.1-4), estabeleceria Israel numa uma unidade histórica. Cada cidadão de Israel participa da história
nova aliança com o Senhor (42.5-7), se tornaria uma luz para os passada e futura da nação. Moisés dirigiu-se à geração nascida
ISAÍAS 792
depois que seus ancestrais tinham feito a aliança com o Senhor no em seu orgulho, sarcasmo e egoísmo. Eles haviam perdido a pers-
Sinai como se esta tivesse vivido r1aquele momento (Ot 5.3). pectiva de justiça, de amor e de paz. características do reino de
Os críticos assumem que a profecia miraculosa. tal como a de Deus, e tentaram estabelecer o seu próprio reino. O profeta tam-
indicar o nome de Ciro com mais de um século de antecedência ou bém desempenha o papel de advogado. Ele exorta os piedosos a
pred.1zer o nascimento de Jesus da virgem Maria, é impossível. Po- buscarem o Senhor, a aguardarem pelo reino de Deus, a experi-
rém a Bíblia reprova o naturalismo filosófico. Na verdade, Isaías re- mentarem eles mesmos a paz de Deus e a responderem com fé
preende Acaz por esse tipo de descrença (7.10-13) Nos caps. aos novos atos divinos de redenção. A aliança do Senhor termina
40-55, o Senhor reafirma o seu domínio soberano sobre as na- com bênçãos sobre Israel, não maldições (Dt 30.1-1 O). Ao final, um
ções exatamente através dos poderes dos seus profetas. Os profe- remanescente piedoso sobreviverá ao julgamento.
tas pagãos eram enganados por seus ídolos. Eles não podiam A primeira parte do livro, caps. 1-35, enfoca o julgamento de
enfrentar o desafio do Senhor de demonstrar que as suas profecias Deus sobre Israel através da Assíria; a segunda, cap. 40-66, ore-
passadas tinham se cumprido, tampouco podiam oferecer qual- torno do remanescente do exílio na Babilônia e sua libertação final
quer profecia confiável quanto ao que estava para acontecer no futuro distante (ver nota sobre 36.1-39.8 para uma conexão
(41.21-29). Em contrapartida, o Deus de Israel cumpriu as antigas entre essas duas partes). A segunda parte, como a primeira, ini-
profecias de Isaías com respeito à Assíria. Ele também predisse o cia-se com uma visão da corte celestial. Isaías ouve furtivamente
futuro, chamando Ciro pelo nome. Isaías proclamava essas profe- Deus enviando mensageiros para anunciar que o castigo de Israel
cias sobrenaturais (41.21-29; 44.24-45.8) para deixar os des- já foi pago e que terá fim (40.1-8). A visão que Isaías tem do reino
crentes sem desculpas (48.3-5). As grandes profecias de Isaías so- de Deus é grandiosa. pois inclui a história da redenção desde o
bre o sofrimento e a morte de Cristo sem dúvida respondem de seus dias até alcançar a plenitude da salvação. Ela abarca o exílio, a
forma decisiva à questão da profecia sobrenatural. volta dos 1udeus do exílio, a missão, o ministério e o reino de Jesus
Cristo, a missão e a esperança da Igreja. o governo atual de Jesus
'1·--
--1 Características e Temas Isaías serviu sobre este mundo e a restauração de todas as coisas em santidade
• 1a Deus desempenhando o papel de promotor de 1usti- e justiça.
\ ~ ça da aliança. A sua mensagem é constituída de Isaías era mestre em sua língua e utilizou imagens e vocabulá-
• - - ··· acusações. condenações e julgamentos. pois ele de- rio muito ricos. Muitas das palavras e expressões de que faz uso
clara a maldição de Deus sobre Israel, Judá e as nações (12-31; não são encontradas em nenhuma outra parte do Antigo Testa-
13-23; 56-57; 65). O relato autobiográfico de Isaías do seu mento. As imagens retóricas do seu livro mostram que ele conhe-
chamado para tornar-se um mensageiro da corte celestial de Se- cia as tragédias da guerra (631-6). as injustiças da alta sociedade
nhor encontra-se no cap. 6. Quando Isaías foi convocado a repre- (31-17) e os fracassos da agricultura (5.1-7).
sentar a corte celeste junto à corte terrena de Jerusalém, ele Isaías era um pregador de talento. Através de sua imaginação
descobriu, para a sua própria consternação, que Deus não o estava poética e estilo retórico, ele expôs a loucura de fiar-se nas estrutu-
enviando para salvar Israel. mas para endurecer os seus corações ras humanas em contraste com a sabedoria de confiar no reino de
impenitentes (6.9-1 O). Isaías devia apresentar ao povo a acusação Deus. Embora os infiéis sejam insensíveis ao Senhor (6.1 O). os orá-
do Senhor de que eles eram infiéis e rebeldes (1.2-3; 31.1-3; culos proféticos de Isaías levam os piedosos a responderem a
57 .3-1 O). Opovo de Deus havia se tornado como as demais nações Deus com reverência e louvor.

Esboço de Isaías
1. O Senhor é o Santo de Israel (caps. 1-12) A. A imanência do Dia do Senhor (cap. 24)
A. Oráculos de julgamento e esperança (caps. 1-5) B. A alegria da transformação (cap. 25)
B. Ochamado profético e a revelação da santidade de C. Orelacionamento entre Deus e seu povo
Deus(cap.6) (26.1-27.1)
C. Oráculos de julgamento e esperança durante a guerra D. A transformação (27.2-13)
com Israel e a Síria (caps. 7-11) IV. Julgamento e salvação (caps. 28-35)
D. O hino dos redimidos (cap. 12) A. Os reinos deste mundo (caps. 28-33)
li. O Dia do Senh9r em toda a criação (caps. 13-23) B. O dia da vingança e da retribuição (caps. 34-35)
A. Babilônia e Assíria (13.1-14.27) V. Isaías e Ezequias (caps. 36-39)
B. Fílístia (14.28~32) A. Senaqueribe e Jerusalém (caps. 36-37)
e. l\lloabe(caps. 15-16) B. A doença de Ezequias (cap. 38)
D. Damasco e Etiópia (caps. 17-18) C. A confiança de Ezequias e o futuro exílio de Judá
E. Egito (caps. 19-20) (cap. 39)
F. Babilônia (21.1-10) VI. O reino glorioso de Deus (caps. 40-48)
G. Edom (21.11-12) A. A proclamação da restauração (cap. 40)
H. Arábia (21.13-17) B. O plano divino da restauração (cap. 41)
1. Jerusalém (cap. 22) e. opovo, testemunha da redenção divina (42.1-13)
J. Tiro (cap. 23) D. A restauração de Israel (42. 14-44.23)
Ili. Opequeno Apocalipse (caps. 24-27) E. O Senhor se vale de Ciro (44.24-45.25)
793 ISAÍAS 1
l
1 F. A queda da Babilônia (caps. 46---47)
G. Exortação para voltar para o Senhor e escapar do seu
A. A busca da justiça e a promessa da presença de
Deus(caps.56--57)
1 julgamento sobre a Babilônia (cap. 48) 8. Chamado ao arrependimento por causa da aliança
VII. O ministério da restauração (caps. 49-55) com Deus (caps. 58; 59)
A. O Servo de Deus e a renovação das promessas C. A natureza da salvação gloriosa (cap. 60)
(caps. 49-50) D. A grandeza da benevolência do Senhor e a glória de
1 8. Encorajamento aos piedosos (51.1-52.12) Sião (61.1--63.6)
1

• C. O Servo Sofredor (52.13-53.12) E. A oração ao Senhor pela libertação


D. A renovação da aliança (caps. 54-55) (63.7--64.12)
1
VIII. Responsabilidade e certeza do reino glorioso F. Os benefícios da salvação de Deus e a severidade do
l (caps. 56-66)
·-------------· --------- ----
seu julgamento (caps. 65-66)

A nação pecaminosa umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas
ªVisão de Isaías, filho de Amoz, que ele teve a respeito de com óleo. 7 h A vossa terra está assolada, as vossas cidades,
1Judá e Jerusalém, nos bdias de Uzias, Jotão, Acaz e
Ezequias, reis de Judá.
consumidas pelo fogo; a vossa lavoura os estranhos devo-
ram em vossa presença; e a terra se acha devastada como
2 couvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o SENHOR é numa subversão de estranhos. 8 A filha de Sião é deixada
quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão ;como 4 choça na vinha, como palhoça no pepinal, i como ci-
revoltados contra mim. J dQ boi conhece o seu possuidor, e o dade sitiada. 9 1Se o SENHOR dos Exércitos não nos tivesse
jumento, o dono da sua 1 manjedoura; mas Israel enão tem deixado alguns sobreviventes, já nos teríamos tornado
conhecimento, o meu povo não entende. como msodoma e semelhantes a Camorra.
4 Ai desta nação pecaminosa, povo 2 carregado de iniqüi-
dade, !raça3 de malignos, filhos corruptores; abandonaram Condenado o culto hipócrita
o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para to Ouvi a palavra do SENHOR, vós, príncipes "de Sodoma;
trás. 5 gPor que haveis de ainda ser feridos, visto que conti- prestai ouvidos à lei do nosso Deus, vós, povo de Camorra.
nuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente, e todo o cora- 11 De que me serve a mim a multidão de vossos ºsacrifícios? -
ção, enfermo. 6 Desde a planta do pé até à cabeça não há diz o SENHOR. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da
nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de
~~~~~~~~~~~~~~
~ CAPÍTULO 1 1 •Nm 12.6 b2Cr 26-32 2 e Jr 2.12 3 dJr 8.7 e Jr 93,6 1Ou cocho de comida 4/is 573-4; Mt 3.7 2Ut.pesado,
oprimido 3 geração. semente 5 g Jr 5.3 7 h Dt 28.51-52; 2Cr 36.19 8 i Já 27.18 J Jr 4.17 4 abrigo 9 12Rs 25.11,22; Lm 3.22 m Gn
19.24; Rm 9.29 1O n Dt 32.32 11 o 11 Sm 15.22]
•1.1 Visão de Isaías. D cabeçalho refere-se a todo o Livro de Isaías. "Visão" •1.8 filha de Sião. Esta expressão, no hebraico. é uma personificação de
significa que o livro é uma revelação de Deus. Jerusalém. Sião foi a colina conquistada por Davi (2Sm 5. 7). mas a expressão
Isaías. "O Senhor salva" {8.18). freqüentemente representa a totalidade de Jerusalém ou mesmo a totalidade de
Judá e Israel.
reis de Judá. Ver a Introdução: Data e Ocasião.
choça. Um abrigo temporário (nota textual) usado pelos vigias durante a
•1.2 ó céus ... ó terra. A totalidade da criação dará testemunho contra Israel de
colheita. Ver 4.6, nota.
que o Senhor os havia advertido de que eles seriam julgados se quebrassem a
sua aliança com ele {Dt 30.19; 32.1). •1.9 o SENHOR dos Exércitos. Esta designação de Deus apresenta-o como um
guerreiro divino (13.4; 30.27; 40.10; 42.13,25; 59.17; 66.15-161. o comandante
SENHOR. Este nome significa a revelação pessoal de Deus a Israel. bem como a
de todas as tropas. tanto as do céu quanto as da terra. A sobrevivência de Israel.
sua solene promessa de que ele seria o Deus deles (Êx 3.15).
em última análise, não se deve à fraqueza do adversário. mas ao poder soberano
filhos. Eles eram filhos por criação, por eleição e pela aliança (45.11; 49.7; 64.8; de Deus.
Dt 32.6.18; MI 2.10). alguns sobreviventes. O Senhor não derrubará a sua promessa. Mesmo em
revoltados. A revolta é uma transgressão voluntariosa contra o governo meio ao julgamento. ele preservará um remanescente. Paulo cita este versículo
soberano e gracioso do Senhor fl .28; 43.27; 48.8; 59.13). em Rm 9.29, apresentando a idéia de uma descendência tirada de um grupo
•1.4 Ai. Esta é uma partícula enfática no original hebraico, usada em contextos maior, como uma expressão da graça eletiva de Deus. Em Rm 9.27, Paulo cita do
de lamentação (1.4), porém mais freqüentemente em ameaças ("ai". 3.9.11; ensino de Isaías sobre o remanescente. em 10.20-23. Ver também Is 4.3; 7.3 e
5.11, 18,20-211. O lamento em staccato censura a insensatez e a maldade dos nota; 11.11-12.16; 28.5; 37.31-32; 46.3.
filhos de Deus. Sodoma ... Gomorra. O povo de Deus tinha-se tornado como os iníquos
Santo de Israel. Ao usar essa designação especial para o Senhor. Isaías chama habitantes de Canaã, cujas cidades tinham sido destruídas (1.10; Gn 18.20-21;
a atenção para o esplendor do Senhor, ímpar e inspirador de reverência. Esta 19.24-25). Odestino de Sodoma e Gomorra tipifica o terrível juízo divino contra os
expressão ocorre por vinte e seis vezes em Isaías (p. ex .. 5.19.24; 41.14, 16,20; reinos deste mundo (3.9; 13.19; Lc 17.28-29; 2Pe 2.6-10; Jd 7; Ap 118)
60.9.14). Ver também as expressões "o Santo de Jacó" (29.231. "o Santo" •1.11 sacrifícios. Estas eram as observâncias centrais e visíveis da religião do
(10.17; 40 25) e "o vosso Santo" (43.15) Antigo Testamento. Embora Deus é quem tivesse ordenado que fossem
•1.5 Por que. Mais prédica somente endurece os pecadores impenitentes. realizados, esses sacrifícios não tinham valor sem a obediência de todo o coração
•1.5-6 feridos ... feridas. O povo de Israel estava incapacitado de recuperar-se (vs. 16-17; 1Sm 15.22-23; SI 51.16-17; Mq 6.6-8; Mt 23.23).
do castigo de Deus. A imagem da nação sofredora tem a sua contraparte no não me agrado. O desgosto do Senhor pelos sacrifícios oferecidos por aqueles
Servo sofredor de Deus {53.4-51. o qual suportou o julgamento divino em seu que praticam o mal (v. 16). está expresso com intensidade cada vez maior: "não
próprio corpo vicariamente (ou seja, como um substituto de outros). posso suportar" (v. 13); "a minha alma as aborrece" (v. 14). 1

~
ISAÍAS 1, 2 794
novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. 12Quando vindes cheia de justiça! Nela, habitava a retidão, mas, agora, eho-
Ppara comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisar· micidas. 22 A !tua prata se tornou em escórias, o teu licor
des os meus átrios? 13 Não continueis a trazer qofertas 5vãs; o in· se misturou com água. 23 Os gteus príncipes são rebeldes e
censo é para mim abominação, e também as Festas da Lua hcompanheiros de ladrões; 1cada um deles ama o suborno e
Nova, os sábados, e ra convocação das congregações; não posso corre atrás de recompensas. iNão defendem o direito do ór-
suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene. 14 As vos- fão, e não chega perante eles a causa das viúvas. 24 Portanto,
sas Festas da 5 Lua Nova e as vossas 1solenidades, a minha alma diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos, o Poderoso de Israel:
as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Ah! 1Tomarei satisfações aos meus adversários e vingar-me-ei
15 Pelo que, uquando 6 estendeis as mãos, escondo de vós os dos meus inimigos. 25 Voltarei contra ti a minha mão, mpuri-
olhos; sim, vquando multiplicais as vossas orações, não as ouço, ficar-te-ei2 como com potassa das tuas escórias e tirarei de ti
porque as vossas mãos estão cheias de 7 sangue. lóxLavai-vos, todo metal impuro. 26 Restituir-te-ei os teus juízes, ncomo
purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus eram antigamente, os teus conselheiros, como no princípio;
olhos; zcessai de fazer o mal. 17 Aprendei a fazer o bem; atendei depois, ºte chamarão cidade de justiça, cidade fiel.
à justiça, repreendei 8 ao opressor; 9 defendei o direito do órfão, 27 Sião será redimida pelo direito, e os que 3 se arrependem,
pleiteai a causa das viúvas. pela justiça. 28 Mas os Ptransgressores e os pecadores serão
juntamente destruídos; e os que deixarem o SENHOR perece-
O conl'ite da graça rão. 29 Porque 4 vos envergonhareis dos 5carvalhos que cobi·
18Vinde, pois, e ªarrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os çastes e sereis confundidos por causa dos jardins que
vossos pecados sejam como a escarlata, beles se tomarão bran- escolhestes. 30 Porque sereis como o carvalho, cujas folhas
cos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carme- murcham, e como a floresta que não tem água. 31 qO forte se
sim, se tornarão como a lã. 19 Se quiserdes e me ouvirdes, tornará em estopa, e a sua obra, em faísca; ambos arderão jun·
comereis o melhor desta terra. 20 Mas, se recusardes e fordes tamente, e não haverá quem os rapague.
rebeldes, sereis devorados à espada; eporque a boca do SENHOR
o disse. A glória futura do Israel espiritual
Palavra que, em visão, veio a Isaías, filho de Amoz, ares·
O julgamento e a redenção de Jerusalém
21 d Como se fez / prostituta a cidade fiel! Ela, que estava
2 peito de Judá e Jerusalém.
2 ªNos últimos dias, bacontecerá e que o monte da Casa do

• l;-PÊx 2-;-7
mentodesangue
13 qMt 15.9 r JI 1.14 5indignas 14 SNm 28.11 ILm 2.6 15 upy 1.28 VSI 66.18; Is 59 1-3; Mq 3.4 ô Or~is d~rrama-
7
16 xJr4.14 zRm 12.9 17 8 Algumas versões antigas ao oprimido ºvingai ao 18 ªIs 43.26; Mq 6.2 bSI 51 7; [Is 43.25];
Ap 7.14 20 Cls40.5; 58.14; Mq 4.4; [Tt 12] 21dls57.3-9; Jr2.20 eMq 3.1-3 /infiel 22/Jr628 2380s 915hPv29.24 iJr
22.17 ils 10.2; Jr 5.28; Ez 22.7; Zc 7.1 O 24 IDt 28.63 25 m Is 48.1 O; Ez 22.19-22; MI 3.3 2depurar-te-ei com lixívia, um solvente feito a partir
de sódio ou potássio 26 n Jr 33.7-11 o Is 33.5; Zc 8.3 27 3 Lit. os seus, os quais retomam 28 P Jó 31.3; SI 9 5; [Is 66.24; 2Ts 1.8-9]
29 4,Conforme alguns mss. Hebr e T; TM, LXX e V se envergonharão 5 Locais de culto pagão 31 Hz 32.21 r Is 66.24; Mt 3.12; Me 9.43
CAPITULO 2 2 ªGn 49.1bMq41cs168.15
•1.16-18 órfão ... viúvas. A preocupação com os necessitados é uma demons- •1.24 o SENHOR. Ou seja, o Proprietário. Deus, o Soberano, restaurará a 1ustiça
tração prática da verdadeira piedade lv 23; 58.7; SI 9.18, nota; Jr 22.16; Tg 1.27) removendo os seus inimigos, os líderes injustos de Jerusalém.
•1.18 escarlata. Essa cor representa mãos "cheias de sangue" lv. 15) •1.26 como no princípio. Onovo tempo será uma restauração, trazendo a con-
brancos como a neve. Deus pode tirar a mácula do pecado, sem comprometer tinuação miraculosa e a renovação para a comunidade da aliança. A liderança e o
a sua justiça, porque Jesus Cristo levou sobre si o castigo divino contra os peca- povo viverão em harmonia com a vontade de Deus 124.23; 32.1 ).
dores 153.4-6; Rm 3.21-26) cidade de justiça. A nova comunidade será composta de homens e mulheres
•1.19-20 O evangelho é uma espada de dois gumes: a vida eterna lv 19) ou a que põem em prática a retidão e demonstrem compromisso com Deus e com ou-
morte eterna lv. 20; 66 24) tros seres humanos \1.21, nota).
•1.21 fiel. A piedade é demonstrada através da perseverança, da estabilidade e •1.27 redimida. Este termo significa "resgatada", transferida ou libertada da
da coerência na obediência à vontade de Deus. Através do processo purificador, o possessão para outrem. através do pagamento de um preço. D arrependido, que
Senhor renovará um remanescente que constituirá, novamente, uma "cidade fiel" virar as costas para a idolatria e a injustiça, encontrará liberdade de Satanás, do
lv 26), porquanto ele é fiel 149.7; 55.3) pecado e da morte através da retidão de Cristo, que lhe é imputada e aplicada ao
prostituta. No campo da religião, uma "prostituta" é uma pessoa idólatra, al- seu coração pelo Espírito Santo.
guém que se esqueceu de Deus para servir aos ídolos IJr 2.20; 3.1; Os 2.2; 3.1, Ez •1.29 envergonhareis ... confundidos. Aquilo que o povo considera honroso
16.23-30). Os pecados mencionados lvs. 21-23) são todos evidências de que o será desmascarado como sem valor. Os pecadores verão quão errados eles to-
povo de Deus o havia esquecido. ram quando chegarem à perdição 126.11; 44.9, 11; 65.13; 66 5)
justiça ... retidão. Justiça significa relacionamentos corretos entre o povo. Ela é carvalhos ... jardins. Ver nota textual. Eram lugares de ritos de fertilidade e de
violada por meio do assassinato, da rebeldia, do furto e do suborno lvs. 21-23). A adoração pagã que o povo tinha escolhido, ao invés do culto a Deus 165.3, nota;
verdadeira justiça defende a causa dos órfãos e das viúvas tanto quanto a causa da- 6617)
queles que podem pagar subornos e dar recompensas Os inimigos da justiça po- •1.30 que não tem água. A seca e o togo sao metáforas para indicar o julga-
dem até baixar leis que facilitem suas transgressões 110.1). Apesar de todos esses mento. No Livro de Isaías. a água significa a salvaçao livre, graciosa e abundante
obstáculos, Deus promete restaurar a retidão na terra (v 26; 32.1; 33.5-6; 42.1-4). 111.9; 32.2; 41.18; 55.1; 58.11) A ausência de água significa separação das bên-
•1.22 prata ... licor. Estas são figuras simbólicas para os governantes injustos de çãos de Deus 13.1, 50.2).
Jerusalém (v. 23}. •1.31 arderão. Ver a nota em 4.4.
•1.23 suborno. A prática do suborno é fortemente condenada na Lei de Deus, •2.2 Nos últimos dias. Essa referência aos "últimos dias" é indefinida e pode in-
visto que essa prática fomenta a injustiça e a discriminação lcf. Is 5.23; Êx 23.8; cluir um longo processo de cumprimento, incluindo os reinados de Ezequias e Jo-
Dt 1619) sias. o período de restauração após o exílio, o Primeiro Advento de nosso Senhor
795 ISAIAS 2, 3
SENHOR será estabelecido no cimo dos montes e se elevará so- 12 Porque o Dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo
bre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. 3 Irão mui- soberbo e altivo e contra todo aquele que se exalta, para que
tas nações e dirão: dVinde, e subamos ao monte do SENHOR e seja abatido; 13 contra todos os Pcedros do Líbano, altos, mui
à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus cami- elevados; e contra todos os carvalhos de Basã; 14 qcontra to-
nhos, e andemos pelas suas veredas; eporque de Sião sairá a dos os montes altos e contra todos os outeiros elevados;
lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém. 4 Ele julgará entre os 15 contra toda torre alta e contra toda muralha firme; 16 r con-
povos e corrigirá muitas nações; estas converterão as suas es- tra todos os navios de Társis e contra tudo o que é belo à vista.
padas em relhas de arados e suas lanças, em 1 podadeiras; 11 A 4 arrogãncia do homem será abatida, e a sua altivez será
uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem humilhada; só o SENHOR será exaltado naquele dia.
aprenderão mais a guerra. SVinde, ó casa de Jacó, e /ande- 18 Os ídolos 5 serão de todo destruídos. 19 Então, os homens
mos na luz do SENHOR. se meterão nas 5 cavemas das rochas e nos buracos óda terra,
tante o terror do SENHOR e a glória da sua majestade, quando
Abatido o orgulho dos homens ele se levantar "para espantar a terra. 20 Naquele dia, os ho-
6 Pois, tu, SENHOR, desamparaste o teu povo, a casa de mens lançarão às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de
Jacó, porque os seus se encheram gda corrupção do Oriente e prata e os seus ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se
são hagoureiros como os filisteus ie 2 se associam com os fi- prostrarem, 21 e meter-se-ão pelas fendas das rochas e pelas ca-
lhos dos estranhos. 7 A isua terra está cheia de prata e de vernas das penhas, ante o terror do SENHOR e a glória da sua
ouro, e não têm conta os seus tesouros; também está cheia de majestade, quando ele se levantar para espantar a terra.
cavalos, e os seus carros não têm fim. 8 1Também está cheia a 22 vAfastai-vos 7 , pois, do homem cujo xfôlego está no seu na-
sua terra de ídolos; adoram a obra das suas mãos, aquilo que riz. Pois 8 em que é ele estimado?
os seus próprios dedos fizeram. 9 Com isso, a gente se abate, e
o homem se avilta; portanto, não lhes perdoarás. to Vai, men- Julgamento de Judá e de Jerusalém
tra nas rochas e esconde-te no pó, ante o terror do SENHOR e a Porque eis que o Senhor, o SENHOR dos Exércitos, ªtira
glória da sua majestade. 11 Os 3 olhos altivos dos homens se-
rão nabatidos, e a sua altivez será humilhada; só o SENHOR
3 de Jerusalém e de Judá 1
sustento e o apoio, todo sus-
bo
tento de pão e todo sustento de água; covalente, o guerrei-
2
será exaltado ªnaquele dia. ro e o juiz; o profeta, o adivinho e o ancião; 3 o capitão de

• 3 d~r50.5; [Zc 8.21-23; 14 16-21] eLc 24.47. 4 I facas de podar S /Ef 5.8 6 gNm 23.7 h Dt 18.14 iSI 106.35 2Du batem palmas, dão
as mãos para firmar contratos com os filhos 7 iDt 17.16; Is 30.16; 31.1, Mq 5.10 8 ils 40.19-20; Jr 2.28 10 m Is 2.19,21; Ap 6.15-16
11 n Pv 16.5; Is 5.15 o Os 2.16 3orgulhosos 13 P Is 14.8; Zc 11.1-2 14 q Is 30 25 16 r1Rs10.22; Is 23.1,14; 60.9 17 4o orgulho
18 50u dissipados 19 sos 10.8; [Ap 9 6] 1[2Ts 1.9] us1187; Is 2.21; 1313; 24.1, 19-20; Ag 2.6-7; Hb 12.26 óLit. do pó 22 vs1146.3; Jr
17.5 x Jó 27.3 7Ut. Cessai-vos do homem B Lit. em que é ele para ser estimado?
CAPÍTUL03 1 ª2Rs25.3;1s5.13;Jr37.21 bLv26.26 iTodaaajuda 2C2Rs24.14;1s9.14-15;Ez17.12-13
e a era presente, e a gloriosa consumação IJr 23.20; 30.24; Ez 38.8, 16; Os 35) Essa trastam a luz com todas as coisas adotadas pelo povo, derivadas das nações: a
expressão designa um novo penado que, para o profeta, jazia em um futuro desco- mágica, a ganância, a guerra e a idolatria.
nhecido. Onovo período altera a história em todas as suas dimensões e é oalvo na di- •2.6 corrupção do Oriente ... os filisteus. Isso refere-se às culturas pagãs de
reção do qual os acontecimentos estão avançando. Oapóstolo Pedro relaciona esse ambos os lados de Judá; a Filístia ficava no Ocidente. A Lei condena todas as for-
tempo com o novo tempo iniciado no dia de Pentecostes, ao usar a expressão como mas de mágica e de adivinhação llv 19.26; Dt 18.10-11 ).
uma introdução que faz à sua citação da passagem de JI 2.28-32 IAt 2.17).
•2. 7 cavalos ... carros. Eles confiavam em suas próprias forças 130.16; 31.1,3)
o monte. O profeta falou sobre o monte do templo como uma metáfora para o e não na força do Senhor ISI 20.7).
Reino do Senhor, o qual será exaltado sobre todos os demais reinos lcf. 11.9;
•2.1 Orochas. Por ocasião do julgamento divino, as pessoas procurarão abrigo,
65.25; 66.20). Omonte Sião e o templo que havia ali eram símbolos do céu e do
santuário terrestre IHb 9.24). Essas representações terrenas já se passaram IHb mas ninguém poderá ocultar-se dele IAp 6.16).
8.13); através do sacerdócio do Senhor que subiu, a Igreja chega diretamente à •2.11 naquele dia. ODia do Senhor trará julgamento contra os ímpios, mas bên-
realidade celestial IHb 12.22-24) ção e salvação aos piedosos (JI 2.31, SI 1.7; 2.13-18). A referência de Isaías
abrange eventos históricos la queda de Israel, da Assíria e de Judá) e a vinda do
no cimo dos montes. Os pagãos adoravam seus deuses em santuários edifica-
julgamento e da salvação 13.7; 7.18-25; 11.10-11; 24.21; 27.1 ).
dos nos montes. O Deus de Israel, que era adorado no monte Sião, estabele-
cer-se-á aos olhos de todas as raças e nações como o único Deus verdadeiro e •2.13 os cedros do Libano ... os carvalhos de Basã. Eram árvores portento-
vivo, tal como ele é adorado hoje em dia. sas e impressionantes, dotadas de madeira valiosa IEz 27.5-6). Simbolizavam a
•2.3 subamos. As pessoas encorajam umas às outras a adorarem a Deus com permanência e o esplendor da natureza. Mas até essas árvores estavam sujeitas
corações regenerados IJo 3.3-8). à condenação divina.
de Sião. Oprofeta proclama aqui o novo tempo no qual judeus e gentios servirão •2.16 navios de Társis ... o que é belo à vista. Simbolizam o orgulho, por se-
ao único Rei 111.10-12; 27.13; 56.3-8; 66.19-23). Sião ou Jerusalém representa o rem os primeiros nos negócios e comércio (23.1,8).
trono de Deus 11.8, nota). •2.17 naquele dia. Ver 2.11, nota.
•2.4 espadas em ralhas de arados. Cf. JI 3.1 O. •2.22 homem ... fôlego. A pessoa precisa confiar em Deus, que dá o fôlego, e
•2.5 luz. A luz representa as bênçãos, a presença e a revelação de Deus 19.2; não naqueles que dependem dele.
30.26; 42.6, 16; 60.1-3). O Senhor é a luz tanto na bênção quanto no julgamento •3.1 pão ... água. As condições caóticas são resultantes da falta de alimentos e
110.17; 60.19-20; cf. Jo 1.4; 8.12). As pessoas que trocam a luz divina pelas tre- de água. Ver a nota em 1.30.
vas de suas mentes corruptas (5.20; 8.20) experimentarão o castigo divino e vi- •3.2-3 o valente ... o encantador perito. OSenhor removerá toda espécie de
verão nas trevas, separadas de Deus (5.30; 13.10; 59.9; cf. Jo 3.19-20). líder nos quais o povo estava confiando como garantia de sua sociedade: guerrei-
•2.6-9 Isaías condena o sincretismo, a mistura de religiões. Estes versículos con- ros, sábios, mágicos e outras pessoas proeminentes. Ver 11.2, nota.
ISAÍAS 3, 4 796
cinqüenta, o 2 respeitável, o conselheiro, o hábil entre os artí- dentes, andam 4 a passos curtos, fazendo tinir os ornamentos
fices e o encantador perito. 4 Dar-lhes-ei dmeninosJ por prín- de seus pés, 17 o Senhor fará ºtinhosa a cabeça das filhas de
cipes, e crianças governarão sobre eles. 5 Entre o povo, Sião, o SENHOR Pporá a descoberto as suas vergonhas. 18 Na-
oprimem uns aos outros, cada um, ao seu próximo; o menino quele dia, tirará o Senhor o enfeite dos anéis dos tornozelos, e
se atreverá contra 4 o ancião, e o 5 vil, contra o nobre. 6 Quan- as stoucas, e os ornamentos em forma de qmeia-lua; 19 os
do alguém se chegar a seu irmão e lhe disser, na casa de seu pendentes, e os braceletes, e os véus esvoaçantes; 20 os tur-
pai: Tu tens roupa, sê nosso príncipe e toma sob ºteu governo bantes, as cadeiazinhas para os passos, as cintas, as caixinhas
esta ruína; 7 naquele dia, levantará este a sua voz, dizendo: de perfumes e os amuletos; 21 os sinetes e as jóias pendentes
Não sou médico, não há pão em minha casa, nem veste algu- do nariz; 22 os vestidos de festa, os mantos, os xales e as bol-
ma; não me ponhais por príncipe do povo. sas; 23 os espelhos, as camisas finíssimas, os atavios ck c.abi::<;a
8 Porque eJerusalém está arruinada, e Judá, caída; porquanto e os véus grandes. 24 Será que em lugar de perfume haverá
a sua língua e as suas obras são contra o SENHOR, para desafiarem podridão, e por cinta, corda; em lugar de encrespadura de ca-
a sua glortosa presença. 9 O aspecto do seu rosto testifica contra belos, 'calvície; e em lugar de veste suntuosa, cilício; e llmar-
eles; e, como fSodoma, publicam o seu pecado e não o enco- ca de fogo, em lugar de formosura. 25 Os teus homens cairão
brem. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos. 10 Dizei à espada, e os teus 7 valentes, na guerra. 2ó As 5 suas portas
aos justos gque bem lhes irá; hporque comerão do fruto das suas chorarão e estarão de luto; Sião, desolada, se 1assentará em
ações. 11 Ai do perverso! íMaJ lhe irá; 7 porque a sua paga será o terra.
que as suas próprias mãos fizeram. 12 Os opressores do meu Sete mulheres, ªnaquele dia, lançarão mão de um ho-
povo são crtanças, e mulheres estão à testa do seu governo. Oh!
Povo meu! iOs que te guiam 8 te enganam e destroem o cami-
4 mem, dizendo: Nós mesmas do nosso próprio pão nos
bsustentaremos e do que é nosso nos vestiremos; tão-so-
nho por onde deves seguir. 13 O SENHOR se dispõe 1para vpleitear mente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o cnosso
e se apresenta para julgar os povos. 140 SENHOR entra em juízo opróbrio.
contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes. Vós
sois os que /consumistes esta mvinha; o que roubastes do pobre O reinado do Renovo do SENHOR
está em vossa casa. 15 Que há convosco que nesmagais o meu 2 Naquele dia, do Renovo do SENHOR será de beleza e de
povo e moeis a face dos pobres? - diz o Senhor, o SENHOR dos glória; e o fruto da terra, orgulho e adorno para os de Israel
Exércitos. que forem salvos. 3 Será que os restantes de Sião e os que fi-
carem em Jerusalém eserão chamados santos; todos os que
Julgamento das filhas de Sião estão /inscritos em Jerusalém, para a vida, 4 quando io Se-
16 Diz ainda mais o SENHOR: Visto que são altivas as filhas nhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar Jerusalém
de Sião e andam de 2 pescoço emproado, de olhares 3 impu- 1 da culpa do sangue do meio dela, com o Espírito de justiça

A 3 JHorne~;de ap~~~~ia e:nente --~ dEc~~16 J~~capri~~~sos 74oidos: 5des-::ezado, pouco estimado 6 6L1t. a tua mão 8 e2cr
36.16-17; Mq 3.12 9/Gn 13 13; Is 1.10-15 10 g [Dt 281-14; Ec 812; Is 54 17] h SI 128.2 11 i[SI 11.6; Ec 8 12 13] 7Contra ele recairá o
que 12 ils 9.16 Bdesencaminham 13 lls 66.16; Os 4 1; Mq 6.2 9contender, pleitear a sua causa 14 mMt 21.33 1mcendiastes15 nMq
3.2-3 16 2 De cabeça erguida 3 sedutores, maliciosos 4 Lit. tropicam ou dão pequenos saltos 17 o Dt 28.27 P Jr 13.22 18 q Jz
8.21.,26 5os turbantes 24 'Is 22.12; Ez 27.31, Arn 8.1 O ócicatnz de queimaduras 25 7L1t. a tua força 26 s Jr 14.2; Lrn 1.4 ILrn 2.1 O
CAPITULO 4 1 ªIs 2.11,17 b2Ts 3.12 cLc 1.25 2 dls 12.1-6; [Jr 235]; Zc 38 3 eis 60.21/Fp43 4 &MI 32-3 / do derramamento de
sangue
•3.4 meninos... crianças. A nação de Israel será governada por pessoas sem •3.24-4. 1 podridão,,, opróbrio. A penúna ameaçada pelo Dia do Senhor é
experiência e incapazes de governar sabiamente. expressa mediante palavras associadas ao derramamento de sangue, à guerra e
•3.5 cada um, ao seu próximo. Ocolapso da civilização vem com a desordem ao cativeiro.
social: ricos contra pobres; 1ovens contra idosos. •3.26 portas. Jerusalém é personificada e junta-se à lamentação
•3.6 roupa. Em uma sociedade em colapso, alguém que tiver tão pouco corno •4. 1 naquele dia. Ver a nota em 2.11
urna troca de roupa decente parecerá próspero o suficiente para ser feito um •4.2 Renovo. Este termo tem dois sentidos possíveis: um deles é o sentido lite-
governante. Mas, quando o povo tentar convocar tal pessoa, ela retrucará que suas
ral, correspondendo à frase paralela "fruto da terra"; e o outro é corno um título
riquezas são apenas ilusórias; pois ela não tem melhores soluções do que o povo.
messiânico para Jesus Cristo, que produz fruto espiritual (11.1-5; Jr 23.5; Zc 3.8;
•3.8 Jerusalém.,, Judá, A queda de Jerusalém (586 a C.) foi um cumprimento Jo 15.1-8) O remanescente encontra vida nele (6.13). Visto que Jesus se humi-
parcial dessa profecia, corno foram as devastações causadas pelo cerco de lhou, ele está coroado de glória (52.13; 53.12; Fp 2 9-11)
Senaqueribe à cidade, em 701 a.C ..
glória. Isso significa que ele exibe o esplendor e o brilho de Deus. A glória de
•3.9 Sodoma. Israel não tem senso de vergonha, desafiando a Deus e agindo Deus é revelada em todas as suas obras, mas especialmente no Messias (SI
corno se a aliança com o Senhor não existisse. Ver 1.9-1 O. 19.1, Jo 118)
•3. 12 Oh! Povo meu. Ver a nota em 40.1. Quanto à falta de liderança e suas os de Israel que forem salvos. Ou seja, um remanescente (1.9, nota).
conseqüências, ver 3.4-7 e notas.
•4.3 Sião, Ver a nota em 1.8.
•3. 15 esmagais o meu povo. Comparar os atos desses governantes com
aqueles atos do rei davídico ideal em 11 3-5 santos. Consagrados a Deus, o Santo de Israel (1.4, nota; 62.12).
•3.16 as filhas de Sião. Elas v1v1am no máximo luxo, às custas de outras inscritos. Os seus nomes estão inscritos no "livro" da vida (Êx 32.32-33; SI
pessoas. Os ornamentos visavam impressionar os outros, fornecer dinheiro em 69.28; Dn 12.1; Ap 20 12).
caso de urna emergência e suprir proteção mágica contra a desgraça repentina. •4.4 o Espírito. É possível que tenhamos aqui urna menção ao Espírito Santo,
Esses adornos externos refletem urna atitude interior de orgulho (1Pe 3.3-4). mas o mais provável é que se trate do processo de purificação (cf. 28.6).
797 ISAiAS 4, 5
e com o Espírito purificador. 5 Criará o SENHOR, sobre todo o Ais contra os peTVersos
monte àe Si.ãD e sobre todas as suas assembléias, huma s Ai dos que 5 ajuntam hcasa a casa, reúnem campo a cam-
nuvem de dia e fumaça e iresplendor de fogo chamejante de po, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos morado-
noite; porque sobre toda a glória se estenderá um 2 dossel e res no meio da terra! 9 A imeus ouvidos disse o SENHOR dos
um pavilhão, 6 os quais serão para sombra contra o calor Exércitos: Em verdade, muitas casas ficarão desertas, até as
do dia e ipara refúgio e esconderijo contra a tempestade e a grandes e belas, sem moradores. to E dez jeiras de vinha não
chuva. darão mais do que um ibato 6 , e um ômer cheio de semente
não dará mais do que um 7 efa.
A parábola da vinha má 11 1Ai. dos que se levantam pela manhã e 8 seguem a bebedi-
Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu amado ce e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta!
5 ªa respeito da sua vinha. O meu amado teve uma vinha
1 num outeiro fertilíssimo. 2 Sachou·a, limpou·a das pedras e a
12 mLiras e harpas, tamboris e flautas e vinho há nos seus ban-
quetes; porém nnão consideram os feitos do SENHOR, nem
plantou de vides escolhidas; edificou no meio dela uma torre olham para as obras das suas mãos. 13 ºPortanto, o meu povo
e também 2 abriu um lagar. bEJe esperava que desse uvas será levado cativo, por falta de Pentendimento; os seus nobres
boas, mas deu uvas bravas. 3 Agora, pois, ó moradores de Je- terão fome, e a sua multidão se secará de sede. 14 Por isso, a
rusalém e homens de Judá, cjulgai, vos peço, entre mim e a cova aumentou o seu apetite, abriu a sua boca desmesurada-
minha vinha. 4 Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, mente; para lá desce a glória de Jerusalém, e o seu tumulto, e o
que eu dJhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse seu ruído, e quem nesse meio folgava. 15 Então, a gente se aba-
uvas boas, veio a produzir uvas bravas? s Agora, pois, vos fa- te, q e o homem se avilta; e os olhos dos altivos são humilhados.
rei saber o que pretendo fazer à minha vinha: etirarei a sua 16 Mas o SENHOR dos Exércitos é 'exaltado em juízo; e Deus, o
sebe, para que a vinha sirva de pasto; derribarei o seu muro, Santo, é santificado em justiça. 17 Então, os cordeiros pastarão
para que seja pisada; 6 tomá-la-ei em!deserto. Não será poda- lá como se no seu pasto; e os nômades se nutrirão dos campos
da, nem 3 sachada, mas crescerão nela espinheiros e gabro- s dos ricos 9 lá abandonados.
lhos; às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre 18 Ai. dos que puxam para si a 1 iniqüidade com cordas de
ela. 7 Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de injustiça e o pecado, como com tirantes de carro! 19 1E di-
Israel, e os homens de Judá são a planta dileta do SENHOR; zem: Apresse-se Deus, leve a cabo a sua obra, para que a veja-
este desejou que exercessem juízo, e eis aí quebrantamento mos; aproxime-se, manifeste-se o conselho do Santo de Israel,
da lei; justiça, e eis aí 4 clamor. para que o conheçamos .

• 5 h Êx 13.21-22; Nm 9.15-23 izc 2.5 2uma abóbada 6iSI 27.5; Is 25.4


CAPÍTULO 5 1 a SI 80.8; Jr 2.21; Mt 21.33; Me 12.1; Lc 20.9 1 Lit. num chifre, o filho de gordura 2 b Dt 32.6 2 Lit. falquejou 3 C[Rm
3.4] 4 d2Cr36.15-16; Jr 2 5; 7.25-26; Mq 6.3; Mt 23.37 S e2Cr 36.19; SI 80.12; 89.40-41 6f2Cr 36.19-21 gls 7.19-25; Jr 25.11 3capi-
nada 7 4 pranto 8 h Jr 22.13-17; Mq 2.2; Hc 2.9-12 5 Acumulam casas 9 ils 22.14 1OiEz45.11 6 Um bato = 1/10 de ômer 7Um
°
ela = 1/1 Ode ômer 11 IPv 23.29-30; Ec 10.16-17; Is 5.22 8perseguem 12 mAm 6.5 n Já 34.27; SI 28.5 13 2Rs 24.14-16 PIs 1.3;
27.11; Os 4.6 15 q Is 2.9, 11 16 ris 2.11 17 s Is 10.16 9Lit. dos gordos 18 1 vacuidade ou falsidade 19 t Jr 17.15; Am 5.18
purificador. Esta metáfora significa julgamento 11.31; 10.17; 30.27; 42.25). ção de Deus com a ganância, a bebedice e outros pecados. O primeiro "ai"
Através do processo de fogo refinador, que consome os infiéis e purifica os fiéis, condena a ganância.
Deus produzirá uma Sião santa. reúnem campo a campo. A terra pertencia a Deus llv 25.23), tinha sido repar-
•4.5 Criará. No novo ato de redenção, o Criador dos céus e da terra 140.26; 42.5; tida a famílias específicas como um patrimônio INm 33.54) e era a base da sub-
45.12, 18) renovará tudo por amor ao seu povo. A glória da era messiânica é dada sistência. Privados de sua terra, os pequenos fazendeiros de Israel tornaram-se
por Deus e não procede do esforço ou da habilidade humanos IJn 2.9; Ef 2.4-1 O). trabalhadores diaristas ou escravos.
nuvem ... fumaça e resplendor de fogo. Diferente do fogo do julgamento divi- •5.9 casas. Ojulgamento divino tem por alvo os ricos em sua auto-indulgência.
no, no v. 4, essa nuvem e esse fogo assinalam a presença protetora de Deus, As mansões não servem de proteção dos olhos de Deus (24.1 O, nota).
como aconteceu no mar Vermelho IÊx 13.20-22). por cima do tabernáculo IÊx •5.10 bato ... ômer... efa. Obato era uma medida para líquidos com a capacida-
40.34-38) e no deserto INm 9.15-23). Aqui. a sua presença cobre um monte Sião de de cerca de 4 litros. Apesar de suas dimensões, a vinha produziria praticamen-
restaurado e santificado 12.2, nota). te nada. Por semelhante modo, um ômer de sementes plantadas produziria
•4.6 sombra. Ver a nota em 30.2. apenas um efa. Seis medidas de semente produziriam cerca de meia medida na
refúgio. Em contraste com as falsidades humanas 128.15, 17), o Senhor provê colheita. A terra estaria amaldiçoada IDt 28.38-39).
abrigo eficaz em face da tempestade 125.4; cf. SI 14.6; 46.1; 62.7; 94.22). •5.11 vinho. Osegundo "ai" condena a bebedice. Ver a nota em 24.11. Obeber
•5.1-7 O proprietário e a vinha representam Deus e o seu povo. O cântico tem em demasia é uma característica da corrupção social e da frouxidão moral lcaps.
cumprimento em Jesus Cristo, o qual substitui as uvas bravas por fruto novo IMt 22; 28; Am 4.1-3; 6.6-7).
21.33-44; Jo 15.1-6). •5.13 o meu povo. Ver a nota em 40.1.
•5.2 torre ... uvas boas. Estas figuras de linguagem reforçam a expectativa de cativo. Oexílio, com todas as suas desgraças, é ameaçado como um julgamento
uma colheita abundante. contra o povo, que não tinha demonstrado qualquer conhecimento sobre a ma-
uvas bravas. O original hebraico significa "coisas fedorentas". neira certa de conduzir-se.
•5.5-6 pasto ... pisada. Deus decreta a desolação. •5.14 a cova. No original hebraico, a palavra hebraica é sheol, usada quase ex-
espinheiros e abrolhos. As ervas daninhas representam a maldição divina clusivamente na linguagem poética. Ver Pv 9.18 e notas. Isaías retrata a morte
17.23-25; 32.13). ou seja, a anarquia que segue à guerra 13.4-5). Deus também como uma fera terrível que devora a qualquer um, sem importar a classe social,
pode fazer a maldição dar lugar à bênção, substituindo os espinheiros e os abro- incluindo tanto os "nobres" quanto a "multidão" lv. 13).
lhos por ciprestes e murta 155.13). •5.16 justiça. Ver 1.21, nota.
•5. 7 SENHOR dos Exércitos. Ver a nota em 1.9. •5.18 Oterceiro "ai" condena aqueles que zombam de Deus quando pecam.
•5.8 Esta é a primeira dentre as seis exclamações de "ais", proclamando indigna- •5. 19 Santo de Israel. Ver 1.4, nota.
ISAÍAS 5, 6 798
20 Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fa- lias a correia. 28 As isuas flechas são agudas, e todos os seus
zem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo arcos, retesados; as unhas dos seus cavalos dizem·se de 2 pe·
por doce e o doce, por amargo! derneira, e as rodas dos seus carros, um redemoinho. 29 O
21 Ai dos que são "sábios a seus próprios olhos e prudentes seu rugido é como o do leão; rugem como filhos de leão, e,
em seu próprio conceito! rosnando, arrebatam a presa, e a levam, e não há quem a li·
22 Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes para vre. 30 Bramam contra eles naquele dia, como o bramido do
misturar bebida forte, 23 os quais por suborno vjustificam o mar; se alguém iolhar para a terra, eis que só há trevas e 3 an-
perverso e ao justo negam justiça! gústia, e a luz se escurece em densas nuvens.
24 Pelo que, xcomo a língua de fogo consome o restolho, e a
erva seca se desfaz pela chama, assim será a zsua raiz como po- A visão de Isaías e o seu chamamento
dridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram Ó No ano da morte do ªrei Uzias, eu bvi o Senhor assenta-
ª lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo do sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes
de Israel. 25 ªPor isso, se acende a ira do SENHOR contra o seu enchiam o templo. 2 Serafins estavam por cima dele; cada um
povo, povo contra o qual estende a mão e o fere, de modo que tinha seis asas: com duas cobria o rosto, "com duas cobria os
btremem os montes e os seus cadáveres são como monturo no seus pés e com duas voava. 3 E clamavam uns para os outros,
meio das ruas. rcom tudo isto não se aplaca a sua ira, mas ain- dizendo: d Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos;
da está estendida a sua mão. e toda a terra está cheia da sua glória. 4 As bases do limiar se
26 dEJe arvorará o estandarte para as nações distantes e moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fuma-
lhes e assobiará para que venham Idas extremidades da terra; ça. s Então, disse eu: ai de mim! Estou / perdido! Porque sou
e gvêm apressadamente. 27 Não há entre elas cansado, nem homem de !lábios impuros, habito no meio de um povo de
quem tropece; ninguém tosqueneja, nem dorme; hnão se lhe impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos
desata o cinto dos seus lombos, nem se lhe rompe das sandá- Exércitos!

• 21 uf'113 r~m ;~2~12 ;~, 3-~~20]~;3 v~~23 ~~7 15~1s~


[1Co 8; 23; ;;3 11,~-;-
2.;-XÊx 1~7 ;Jó-1~16 -;~-ª2R~ 17~
13,
66.15 bSI 18.7; Is 643; Jr 4.24; Na 1.5 eis 9.12,17; Jr 4.8; Dn 9 16 26 dls 11.10,12 eis 7.18; Zc 108/MI 1.11 g JI 27 27 h Dn 5 6
28 i ~r 5.16 2 serão considerados como Pedra dura com que produz faíscas 30 ils 8.22; Jr 4.23-28; JI 2.10; Lc 21.25-26 3 trist~za
CAPITULO& 1 ª2Rs15.7;2Cr26.23;1s1.1 bJo12.41,Ap4.2-3,2011 2cEz1.11 3dAp48eNm14.21;Sl72.19 5/Ex612,30
1 destruído, cortado fora

•5.20 O quarto "ai" condena a corrupção moral. angústia. A palavra hebraica correspondente significa "estreiteza", "aperto"
escuridade luz. Ver notas em 2.5; 5.30. Deus livra os seus de tal prisão (25.4; 639)
•5.21 Oquinto "ai" condena o orgulho e a auto1ustificação. •6, 1 Uzias. Ele morreu ern 740 a.C., tendo sofrido de lepra (2Cr 26.16-21)
sábios a seus próprios olhos. Esta é uma expressão para designar uma eu vi. Isaías descreve aqui uma "teofania", urna rnanifestaçao visível de Deus. A
autonomia irracional e arrogante. A revelaçao de Deus. o único que sabe de todas vinda de Deus é, com freqüência, acompanhada por fenômenos como terremo-
as coisas, é o único alicerce firme do conhecimento. tos, fumaça, fogo e relâmpagos (13.3. nota; 29.6; 30.27-31; Êx 19.18-19; SI
•5.22 O sexto "ai" condena aqueles que pervertem a justiça. 18.7-15; 50.3; 97.2; Mq 1.3-4; Na 1.3-8; Hc 33-15)
valentes para misturar bebida. Isso refere-se ao vinho e à cerve1a, com a adi-
o Senhor. No hebraico, Adonai, que significa "Soberano"
ção de especiarias Uma vez mais, tal como em 5.11, Isaías fala sobre a indulgên-
cia excessiva. trono. OSenhor, no seu trono, governa os céus e a terra. Ocoro dos serafins (6.2,
•5.23 suborno. Ver a nota em 1.23. Osuborno envolve injustiça e ganãncia, tal nota) e o esplendor da santidade de Deus inspiraram o profeta durante todo o seu
como em 5.8. ministério.
•5.24 fogo. Ver a nota sobre "purificador" em 4.4 o templo. Ern sua visão, Isaías nao viu o templo de Jerusalém, mas o templo ce-
•5.25 tremem os montes. Diante da revelação da ira de Deus, a natureza estre- lestial (cf Ap 4 1-8).
mece (2.19; 13.13; 24.18-19; Ez 32 6-8, nota) Quanto a uma figura contrastante •6.2 Serafins. Esta é uma palavra hebraica que, provavelmente, signifique
da redençao, ver 54.10. "abrasadores" (cf as serpentes de fogo em Nm 21.6). Representações de criatu-
ruas. Ver a nota em 24.11 ras angelicais com seis asas têm sido descobertas no Oriente Próximo pelos ar-
não se aplaca a sua ira. Deus não se reconcilia, e sua ira pende sobre os queólogos.
desobedientes (9.12, 17.21; 10.4; 31.3) cobria o rosto. Os serafins não têm glória que se compare corn a glória de Deus
•5.26-30 Esta descrição do exército assírio segue bem de perto os relevos e não podem olhar diretamente para ele.
assírios antigos; talvez o poeta tenha visto as tropas assírias com seus próprios
cobria os seus pés. Isso pode ser uma indicação de modéstia.
olhos.
•5.26 o estandarte. Trata-se da bandeira de s1na1s (11.1O,12; 18.3; 49.22; voava. Os serafins fazem a vontade do Soberano. Aqui, eles o louvam.
62.10). Como um comandante durante uma batalha, o Senhor convoca as nações •6.3 Santo, santo, santo. Uma tríplice repetição é a forma mais forte de super-
para executarem o seu juízo (10.5). lativo. Coisa alguma é tão santa como Deus. Ver a nota em 1.4.
as nações distantes. Essas nações seriam a Síria, a Assíria, a Babilônia. etc. O SENHOR dos Exércitos. Ver a nota em 1.9.
exército imperial assírio compunha-se de mercenários contratados de todo o
império. toda a terra. Esta proclamação explica a perspectiva cósmica do profeta. Deus é
o Rei do mundo, e sua salvação e seu julgamento estendem-se a todas as nações
•5.30 naquele dia. Ver a nota em 2.11.
(11.4,9,12; 42.1.4-5; 65.17; 66.1; cf. Lc 2.14).
trevas. Esta metáfora que indica depressão, alienação e julgamento (822; 42.7;
47.5; 60.2) ensina que todos quantos torcem a justiça, por preferirem viver nas glória. Ver a nota em 4.2.
trevas (5.20; 29. 15), experimentarão as trevas do juízo divino. Em contrapartida, a •6.5 ai de mim. Isaías ficou espantado diante da glória de Deus; à semelhança
luz de Deus raiará sobre os necessitados (9.2; 29.18; 42.7; 49.9; 58.1 O; 60.1-2). de Pedro. ele ficou com medo (Lc 5.8). Ele pronuncia uma rnaldiçao oracular con-
O Senhor é soberano sobre as trevas e sobre a luz (45.7). tra si mesmo.
6 Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão
uma brasa viva, que tirara gdo altar com uma tenaz; 7 com a
799
agitado o coração de Acaz e o coração do seu povo, como se
agitam as árvores do bosque com o vento.
ISAÍAS 6, 7 l
brasa htocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus 3 Disse o SENHOR a Isaías: Agora, sai tu com teu filho, que se
lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e 2 perdoado, o teu pecado. chama 2 Um-Resto-Volverá, ao encontro de Acaz, que está na
8 Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem outra extremidade do aqueduto do açude superior, junto ao
enviarei, e quem há de ir por inós? Disse eu: eis-me aqui, en- caminho do campo do lavadeira, 4 e dize-lhe: Acautela-te e
via-me a mim. 9Então, disse ele: Vai e idize a este povo: eaquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração por cau-
Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais. sa destes dois tacos de tições fumegantes; por causa do ardor da
10 Torna 'insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ira de Rezim, e da Síria, e do filho de Remalias. s Porquanto a Sí-
ouvidos e fecha-lhe os olhos, mpara que não venha ele a ver ria resolveu fazer-te mal, bem como Efraim e o filho de Remalias,
com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com oco- dizendo: 6 Subamos contra Judá, e 3 amedrontemo-lo, e o con-
ração, e se converta, e seja salvo. 11 Então, disse eu: até quan- quistemos para nós, e façamos reinar no meio dele o filho de Ta-
do, Senhor? Ele respondeu: n Até que sejam desoladas as beal. 7 Assim diz o SENHOR Deus: disto não subsistirá, nem
cidades e fiquem sem habitantes, as casas fiquem sem mora- tampouco acontecerá. 8 e Mas a capital da Síria será Damasco, e
dores, e a terra seja de todo assolada, 12 ºe o SENHOR afaste o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de sessenta e cinco anos
dela os homens, e no meio da terra seja grande o desamparo. Efraim será 4 destnúdo e deixará de ser povo. 9 Entretanto, a ca-
13 Mas, se ainda ficar a décima parte dela, tornará a ser des- pital de Efraim será Samaria, e o cabeça de Samaria, o filho de
truída. Como terebinto e como carvalho, dos quais, depois de Remalias; !se o não crerdes, certamente, não permanecereis.
derribados, ainda fica o toco, assim Pa santa semente é o seu
toco. A promessa a respeito de Emanuel
10 E continuou o SENHOR a falar com Acaz, dizendo:
Profecia contra Israel e a Síria 11 8Pede ao SENHOR, teu Deus, um sinal, quer seja 5 embaixo,
Sucedeu nos dias deª Acaz, filho de Jotão, filho de Uzias, nas profundezas, ou em cima, nas alturas. 12 Acaz, porém, disse:
7 rei de Judá, que Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Re-
malias, rei de Israel, subiram a Jerusalém, para pelejarem con-
Não o pedirei, nem tentarei ao SENHOR. 13 Então, disse o profe-
ta: Ouvi, agora, ó casa de Davi: acaso, não vos basta fatigardes
tra bela, porém não 'prevaleceram contra ela. 2 Deu-se aviso os homens, mas ainda fatigais também ao meu Deus? 14 Por-
à casa de Davi: A Síria está aliada com Efraim. Então, ficou tanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: heis que a virgem

• ~ g A~3-; ~-r ~.9;Dn 10.16 2expia~ 875~~26 9 ils 43.8; Mt 13.14; Me 4.12; Lc 8.10; Jo 12.40; At 28.26; Rm 11.8 10 ISI
119.70; Me 6.1-6; At 7.51; Rm 10.1-4 mJr 5.21 11nMq3 12 12 º2Rs 25 21, Is 5 9 13 PDt 7 6, Ed 9 2
CAPÍTULO 7 t a 2Cr 28 b 2Rs 16.5,9 1a conqwstaram 3 2 Hebr Shear-Jashub 4 e Êx 14 13, Is 30 15, Lm 3 26 6 3 causemos um
pavor repulsivo 7 d2Rs 16.5; Is 8.10; At 4.25-26 8 e2Sm 8.6; 2Rs 17.6 4Lit. despedaçado 9 f2Cr 20.20, Is 5.24 11 8Mt 12.38 5Lit.
faze o pedido profundo ou faze-o alto acima 14 h Mt 1.23; Lc 1.31 ; Jo 1. 45; Ap 12. 5
•6.6 altar. O altar de onde a brasa viva foi tirada não é descrito. É salientada a dinastia de Davi por outra l"o filho de Tabeal", v. 6) não poderia mesmo ser bem
idéia da purificação necessária para se aproximar de Deus. Oaltar simboliza a pu- sucedida, porque as promessas de Deus, estavam em jogo.
rificação pelo sangue, e o fogo simboliza a purificação pelo Espírito O sangue de ficou agitado. Acaz, o rei orgulhoso, foi incapaz de acalmar o seu povo. A reação
Cristo e o ministério do Espírito Santo santificam os crentes atualmente. do líder lançou pânico entre o seu povo 122.3, nota).
•6. 7 a minha boca ... os teus lábios. A purificação torna o profeta aceitável •7.3 Um-Resto-Volverá. No hebraico. Shear-Jashub 110 20-22). Esta foi uma
como ministro das palavras de Deus IJr 1 9) promessa de salvação e vida para os fiéis, diante da condenação iminente que
Judá infiel sofreria; mas um remanescente permaneceria.
•6.8 quem há de ir por nós. OSenhor convidou Isaías a ouvrr nas reuniões da
• 7.4 dois tocos. Dois reinos estavam prestes a serem destruídos: Damasco, em
corte real dos céus. Daquele instante em diante, Isaías tornou-se um servo da
corte de Deus e proclamador da mensagem de Deus a reis e ao povo igualmente 732 a C . por Tiglate-Pileser Ili, e Samaria. em 722 a.C., por Sargão li.
lcf 1Rs 22.19-20; Jr 23.18,22) •7.7 o SENHOR Deus. Ver a nota em 25.8. OSenhor esvazra o conselho dos reis
18.9-10; 4023; SI 33.10-11)
•6.9 Vai. A missão de Isaías era paradoxal em seus efeitos, tal como o é a
•7.8 sessenta e cinco anos. Deus cumpriria as suas promessas após a morte
proclamação da palavra de Deus IMt 13.13-15; Rm 11.7-10,25). A palavra profética
de Acaz 12Rs 1724-41).
cerra o caminho de Deus para os rebeldes, orgulhosos e hrpócritas 129.13-16;
65 1-7), mas o abre para os surdos, os cegos, os humildes e os pobres 129.18-19). •7.9 se o não crerdes ... não permanecereis. Temos aqui um jogo de palavras
de diferentes significados de uma mesma palavra hebraica. A fé significa
•6.13 a décima parte. A terra tornar-se-ia um ermo, mas um remanescente conhecer a promessa de Deus, concordar com ela intelectualmente e confiar em
será salvo e purificado 11.9, nota). Deus de que ele cumprirá a sua promessa.
o toco. O terebinto e o carvalho do Oriente Médio podem produzir novos • 7.11 um sinal. Um sinal autenticaria a mensagem profética concernente ao futuro.
rebentos mesmo quando parecem ter sido decepados ou danificados acima de embaixo ... em cima. Coisa alguma está fora da soberania do Senhor {Dt 10.14;
toda a esperança de recuperação. SI 139.8; Rm 8.39).
•7 .1-11.16 Estes oráculos de juízo e esperança estão associados à guerra en- •7.13 casa de Davi. Ver a nota em 7.2.
tre Judá e uma coligação de Israel e da Síria 1734-732 a.C.). Acaz, rei de Judá, foi •7.14 virgem. Esta palavra hebraica ocorre sete vezes no Antigo Testamento.
seriamente ameaçado pela aliança de Peca, rei de Israel. com Rezim, rei da Síria Significa uma mulher jovem, em idade de casar-se, normalmente uma virgem IGn
(2Rs 16 5-18; 2Cr 28 16-21) Eles ameaçaram invadir Judá se Acaz não os 2443) A Septuaginta !Antigo Testamento grego, feito cerca de 150 a.C ). tradu-
ajudasse contra a Assíria. ziu essa palavra hebraica por uma palavra que significa "virgem", mais especifica-
•7.2 casa de Davi. Esta expressão srgnifica o cabeça de então da casa de Davi, mente. O Novo Testamento compreende que Isaías estivesse fazendo uma
Acaz. Ela relembra a aliança do Senhor com Davi, concedendo-lhe uma designação da virgem Maria IMt 1 23). Ver "O Nascimento Virginal de Jesus",

j
descendência e um reino eternos 12Sm 7.12-16). A tentativa de substituir a em Lc 1.27.
ISAÍAS 7, 8 800
conceberá e dará à luz i um filho e lhe chamará iEmanuel ô. dia, todo lugar em que houver mil vides, do valor de mil sidos
ts Ele comerá manteiga e mel quando souber desprezar o mal de prata, 1será para espinheiros e abrolhos. 24 Com flechas e
e escolher o bem. 16 Na verdade, 1antes que este menino saiba arco se entrará af, porque os espinheiros e abrolhos cobrirão
desprezar o mal e escolher o bem, será desamparada a terra toda a terra. zs Quanto a todos os montes, que os homens
ante cujos mdois reis tu tremes de medo. costumam sachar, para ali não irás por temeres os espinhos e
abrolhos; serão para pasto de bois e para serem pisados de
Males sobre Jerusalém ovelhas.
17 Mas no SENHOR fará vir sobre ti, sobre o teu povo e so-
bre a casa de teu pai, por intermédio do rei da Assíria, dias A invasão dos assírios
tais, quais nunca vieram, desde o dia em que ºEfraim se se- Disse-me também o SENHOR: Toma uma ardósia gran-
parou de Judá. 18 Porque há de acontecer que, naquele dia, 8
de e ªescreve nela de maneira inteligível: 1 Rápido-Des-
Passobiará o SENHOR às moscas que há no extremo dos rios pojo-Presa-Segura. 2 Tomei para isto comigo testemunhas
do Egito e às abelhas que andam na terra da Assíria; 19 elas fidedignas, a bUrias, sacerdote, e a Zacarias, filho de Jebe-
virão e pousarão todas nos vales profundos, qnas fendas das requias.
rochas, em todos os espinhos e em todos os pastios. J Fui ter com a profetisa; ela concebeu e deu à luz um fi-
20 Naquele dia, rapar-te-á o Senhor com uma rnavalha 5 alu- lho. Então, me disse o SENHOR: Põe-lhe o nome de Rápido-
gada doutro lado 7 do rio, a saber, por meio do rei da Assíria, a Despojo-Presa-Segura. 4 cporque antes que o menino saiba
cabeça e os cabelos das vergonhas e tirará também a barba. dizer meu pai ou minha mãe, serão levadas das riquezas de
21 Naquele dia, sucederá que um homem manterá apenas uma Damasco e os 2 despojos de Samaria, diante do rei da Assíria.
vaca nova e duas ovelhas, 22 e será tal a abundância de leite s Falou-me ainda o SENHOR, dizendo: 6 Em vista de este
que elas lhe darão, que comerá manteiga; manteiga e mel co- povo ter desprezado as águas de esiloé, que correm branda-
merá todo o restante no meio da terra. 23 Também, naquele mente, e se estar derretendo de medo diante Ide Rezim e do

• i[ls 9.6) ils 8.8, 1Oô Lit. Deus-Conosco 16 ils 84 m2Rs 15.30 17 n 2Cr 28.19-20; Is 8.7-8; 10.5-6 o 1As 12.16 18 P Is 5.26 19 q Is
2.19;,Jr 16.16 20 '2Rs 16.7; 2Cr 28.20 s1s 10.5,15 7Do Eufrates 23 tis 5.6
CAPITULO 8 1 a Is 30.8; Hc 2.2 1 Hebr. Maher-Shalal-Hash-Baz 2 b 2Rs 16.1 O 4 c2Rs 17.6; Is 7.16 d2Rs 15.29 2 espól!O ou sangue
6eJo9.7fls7.1-2
Emanuel. "Deus Conosco". Este nome transmite a promessa divina de salvar, •7,18 naquele dia, Ver a nota ern 2.11 A queda de Damasco, a queda de Sa-
abençoar e proteger os filhos de Deus. A identidade da virgem e de seu filho maria e a devastação de Judá são prenúncios dos eventos do Juízo Final.
tem sido assunto de consideráveis discussões. Três opiniões principais têm às moscas ... às abelhas. Esses insetos formam enxames de grande número,
sido propostas. Primeiramente, alguns, especialmente judeus do século li d.C., como as hordas de exércitos invasores.
entenderam essa profecia como sendo a esposa de Acaz e seu filho, Ezequias
•7, 19 vales profundos ... fendas das rochas. Os lugares tradicionais de
(2Rs 18.2). Mas conforme Jerônimo (cerca de 400 d.C.) salientou, Ezequias já
esconderijo não proveriam escape (2.19).
havia nascido. Em segundo lugar, outros identificam a mulher como sendo a es-
posa de Isaías ou como uma mulher que seria sua noiva (8.3). Ofilho, pois, seria •7.20 navalha alugada. Rapar a cabeça era sinal de lamentação (15.2) e uma
o filho de Isaías, Maher-Shalal-Hash-Baz. Essa interpretação é questionável. O maneira de humilhar inimigos vencidos 12Sm 10.4-5). Acaz tinha contratado a
termo hebraico aqui traduzido por "virgem" normalmente não seria usado para Assíria para ajudá-lo contra a Síria e Samaria, mas o Senhor usaria a Assíria para,
uma mulher que já fosse mãe Ide Shear-Jashub, 73). Se alguém que estivesse em lugar disso, humilhar Israel (v. 17).
noiva do profeta está em foco, torna-se mister supor que sua primeira esposa •7 .22 abundância. A terra perderá de tal maneira a sua população, que o
tivesse morrido. Além disso, a interpretação requer que o filho tivesse tido no- alimento limitado parecerá abundante.
mes contraditórios: Deus Conosco (Emanuel) e Rápido-Despojo-Presa-Segura manteiga e mel. Ver a nota no v. 15. O remanescente terá alguma coisa para
(Maher-Shalal-Hash-Baz) Embora isso não seja impossível, parece improvável. comer.
Finalmente, a alimentação do menino de "manteiga e mel" sugere que ele cres- •7.23-25 naquele dia. A terra cultivada será entregue à erva daninha e dificil-
ceria após a destruição de Judá (v. 15, nota). A tradição sugere uma terceira in- mente servirá como pastagem.
terpretação, identificando o menino com o Messias, uma personagem divina
•8.1 ardósia. Provavelmente, um pedaço polido de madeira, como se fosse
cujo nascimento foi contrário à natureza. Essa interpretação equipara o Menino
uma tabuinha de escrever. Osignificado do nome é dado na nota textual e expli-
chamado "Emanuel" com a criança que possuía títulos divinos, em 9.6, e com o
cado no v. 4.
Rebento do capítulo 11. De acordo com Mateus, a virgem é Maria, e o Menino é
Jesus Cristo (Mt 1.22-23). No v. 16, o nascimento, não obstante, parece imi- •8.2 testemunhas. Orei apóstata, Acaz, foi forçado a fazer parte do sinal do nasci-
nente. Talvez a profecia tenha um cumprimento parcial no nascimento do filho mento de Emanuel (7.10-14). Agora, um sacerdote apóstata, Urias l2Rs 16.10-11)
de Isaías, Rápido-Despojo-Presa-Segura (8.1-3), enquanto que o cumprimento e, presumivelmente, um profeta falso, Zacarias, são forçados a tomarem parte
definitivo esperava pelo nascimento de Jesus Cristo, que ficaria com o trono de nessa profecia.
Deus para sempre. •8.3 profetisa. Isaías refere-se à sua esposa dessa maneira, talvez por causa da
•7.15 manteiga e mel. Não temos aqui uma alimentação típica das criancinhas, associação dela com ele como um profeta ou, talvez, porque ela fosse mesmo
mas aponta para um tempo quando as pessoas sobreviveriam de campos não uma profetisa (Jz 4.4; 2Rs 22.14).
lavrados (v. 22). O Menino é identificado com o remanescente. Rápido-Despojo-Presa-Segura. Ver nota textual no v. 1. O nome significa a
quando souber desprezar o mal. A auto-indulgência tornou a liderança rápida devastação da Síria, de Israel e de Judá, mas também a presença de Deus
fracassada de Israel insensível para com os valores sociais e espirituais (5.11-23). com o remanescente e o cumprimento iminente da palavra dita por Deus.
mas essa alimentação sensibilizaria Cristo para a obra do Senhor (42.1-4). •8.6 este povo. Ou seja, Judá.
•7, 16 antes que. Este versículo parece significar que, antes do tempo requerido águas de Siloé, Talvez essas palavras se refiram a uma torrente que fluía das
para a criança tornar-se responsável - aos doze anos-, Peca e Rema/ias águas de Giom (2Cr 32.30). Essas águas são um símbolo da provisão do Senhor,
seriam ambos derrotados. De acordo com essa interpretação, o "Menino" que o povo tinha desprezado (cf. 1.30, nota; Jr 2.13; Zc 4.10).
apontava, primariamente, para o filho de Isaías e, em segundo lugar, para Cristo. e se estar derretendo de medo, O povo tinha olhado para a queda de Rezim,
801 ISAÍAS 8, 9
filho de Remalias, 7 eis que o Senhor fará vir sobre eles as os filhos que o SENHOR me deu, tpara sinais e para maravilhas
águas 3 do Eufrates, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assí- em Israel da parte do SENHOR dos Exércitos, que habita no
ria, com toda a sua glória; águas que encherão o leito dos monte Sião.
rios e transbordarão por todas as suas ribanceiras. 8 Penetra- 19 Quando vos disserem: "Consultai os necromantes e os
rão em Judá, inundando-o, e, passando por ele, gchegarão adivinhos, vque chilreiam e murmuram, acaso, não consulta-
até ao pescoço; as alas estendidas do seu exército 4 cobrirão rá o povo ao seu Deus? x A favor dos vivos se consultarão os
a largura da tua terra, ó hEmanuei5. mortos? 20 2 À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta
maneira, ªjamais 4 verão a alva. 21 Passarão pela terra dura-
O SENHOR é a nossa esperança mente oprimidos e famintos; e será que, quando tiverem
9 iEnfurecei-vos, ó povos, e sereis despedaçados; dai ouvi- fome, enfurecendo-se, bamaldiçoarão 5 ao seu rei e ao seu
dos, todos os que sois de países longínquos; cingi-vos e sereis Deus, olhando para cima. 22 Olharão para a terra, e eis aí an-
despedaçados, cingi-vos e sereis despedaçados. 10 iForjai proje- gústia, escuridão e sombras de ansiedade, e serão lançados
tos, e eles serão frustrados; dai ordens, 1e elas não serão cum- para densas trevas.
pridas, mporque 6 Deus é conosco. 11 Porque assim o SENHOR
me disse, tendo 7 forte a mão sobre mim, e me advertiu que O nascimento e o reino do Príncipe da Paz
não andasse pelo caminho deste povo, dizendo: 12 Não cha- Mas para a terra que estava aflita não continuará a ªobs-
meis conjuração a tudo quanto este povo chama conjuração;
não temais 8 0 que ele teme, nem 9 tomeis isso por temível.
9 curidade. Deus, nos bprimeiros tempos, tornou desprezí-
vel a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos cúitimos,
13 Ao SENHOR dos Exércitos, a ele santificai; seja ele o vosso te- tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia
mor, seja ele o vosso espanto. 14 n Ele vos será 1santuário; mas dos gentios. 2 dQ povo que andava em trevas viu grande luz,
será ºpedra de tropeço e rocha de 2 ofensa às duas casas de Is- e aos que viviam na região da sombra da morte, resplande-
rael, laço e armadilha aos moradores de Jerusalém. 15 Muitos ceu-lhes a luz. 3 Tens multiplicado este povo, a alegria lhe
dentre eles Ptropeçarão e cairão, serão quebrantados, enlaça- 1 aumentaste; alegram-se eles diante de ti, como se alegram

dos e 3 presos. 16 Resguarda o testemunho, sela a lei no coração na ceifa e como exultam equando repartem os despojos.
dos meus discípulos. 17Esperarei no SENHOR, que qesconde o 4 Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara


seu rosto da casa de Jacó, e a ele raguardarei. 18 s Eis-me aqui, e que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no

7 3Lit do rio 8 g1s 30.28 h Is 7 14; Mt 1.23 4 Lit serão a plenitude da 5Lit Deus-Conosco 9 iJI 3.9 10 ils 7 7; At 5.38 /is 7.14 mRm
8.31 6 Hebr lmmanuel 11 7Forte poder 12 8 Lit o seu temor ou terror 9Lit. fiqueis em pânico 14 n Is 4.6; 25.4; Ez 11.16 o Lc 2.34;
20.17; Rm 9.33; 1Pe 2.8 1 morada santa 2tropeço 15 PMt 21.44 3capturados 17 qDt 31.17; Is 54.8 'Hc 2.3 18 5 Hb 2.13 tSI 71.7
19 u 1Sm 28.8 Vis 29.4 xs1 106.28 20 Zls 1.1 O; 8.16; Lc 16.29 a Is 8.22; Mq 3.6 4 Ou eles não têm aurora 21 b Ap 16.11 5 Ou pelo seu
rei e pelo seu Deus
CAPÍTULO 9 1 aIs 8.22 b 2Rs 15.29; 2Cr 16.4 cMt 4.13-16 2 dMt 4 16; Lc 1.79; 2Co 4.6; Ef 5.8 3 eJz 5.30 1 Conforme Q e T; K e V
não aumentaste alegria; LXX a maioria do povo derrubaste em tua alegria
rei da Síria, sem considerar que essa palavra de julgamento se aplicava uma lei, a fim de que se soubesse se a mesma falhou ou foi cumprida pelos
igualmente a Judá. acontecimentos lvs. 1-2,20). Isso é o teste de um verdadeiro profeta (Dt
•8.7 Eufrates. Esse rio representa aqui os invasores assírios. Orio Eufrates con- 18.21-22; Jr 28 9), por meio de quem Deus é conhecido e crido.
trasta com as águas brandas de Siloé lv. 6). •8.17 Esperarei... aguardarei. Ver 25.9; 26.8; 30.18; 33.2; 40.31; 49.23; 64.4.
•8.8 ao pescoço. Oque fica entendido é que a Assíria estaria perto de aniquilar Esconde o seu rosto. ODeus da aliança tem a liberdade de conceder sua graça
a Judá, mas não totalmente. No auge da invasão assíria, em 701 a.C., Jerusalém 154.8; 64.7; Dt 31.18; 32 20)
escapou. •8.18 para sinais e para maravilhas. Os nomes dos filhos eram significativos
ó Emanuel. Ver o v. 1O; 7.14, nota. Isaías dá o nome do Menino da virgem a 17.3; 8.1,3 e notas).
Judá, como o objeto dos cuidados de Deus. •8.19 os necromantes e os adivinhos. Os adivinhos eram proibidos pela Lei
•8.9 ó povos. Síria e Israel. de Deus lls 2.6, nota).
•8.1 OForjai projetos. Ver a nota em 11.2. chilreiam e murmuram. Os médiuns prometiam ter contato com os mortos,
Deus é conosco. No hebraico, "Emanuel". Deus está com o remanescente de os quais, na compreensão popular, eram sem substância e de voz fraca. Isaías,
Judá, que não será destruído lv. 8, notas; 7.14, notas). porém, considerava que invocar os mortos era uma tentativa desprezível.
•8.11 forte a mão. Isaías teve uma experiência de compulsão interior, da parte •8.20 lei ... testemunho. Ver a nota em 8.16.
do Espírito de Deus IEz 1.3; 3 14). alva. Ver nota em 2.5.
•8.12 conjuração. O povo considerava Isaías um traidor, porquanto ele disse •8.22 escuridão. Esta é uma figura para o desespero 15.30, nota; 50.10).
que Acabe e a sua administração estavam errados por confiarem na Assíria. •9.1 Zebulom ... Naftali. Essas regiões da Galiléia foram as primeiras a sofrer
•8.13 temor... espanto. Não o povo lv. 12), mas o Senhor é quem deve ser ob- com a invasão assíria de 732 a.C.12Rs 15.29).
jeto de temor Ele é a autoridade final, a quem todos devem-se submeter, em •9.2 luz. Ver a nota em 2.5.
quem todos devem confiar e a quem todos devem prestar conta 112.2; 33.6; sombra da morte. Os assírios projetaram sua terrível sombra sobre a terra e o
50.10; 59.19; SI 25.12-15; 34.11-14) povo de Israel lcf. SI 23.4; 44.19; 107.10). Contudo, havia esperança.
•8.14 santuário. Um lugar de refúgio. •9.3 alegria. Deus revela um novo futuro para os humildes 129.19), nos quais an-
às duas casas de Israel. Judá e Israel. tes havia melancolia (35.10; 51.3; 61.7). Essa nova alegria encontra expressão
•8.16 o testemunho ... a lei. Isso poderia referir-se à revelação de Deus 11.1 O) a nas metáforas da colheita e da vitória. Contrastar com 5.1 O; 8.4.
Moisés (Dt 4.44-45), a Isaías ou a ambos. •9.4 jugo... vara. Estas são figuras de opressão (10.27; 14.25; 47.6; contrastar
discípulos. Os seguidores de Isaías registraram e selaram a sua profecia como com Mt 11.29-30).
ISAÍAS 9, 10 802
dia dos !midianitas; s porque toda bota com que anda o de Israel a cabeça e a cauda, a palma e o junco, 'num mesmo
guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em dia. ts O ancião, o homem de respeito, é a cabeça; o profeta
sangue gserão queimadas, servirão de pasto ao fogo. que ensina a mentira é a cauda. t6 Porque s os guias deste
6 hPorque um menino nos nasceu, um ifilho se nos deu; o povo são enganadores, e os que por eles são dirigidos são de-
igoverno está sobre os seus ombros; e o seu nome será: IMa- vorados. 17 Pelo que o Senhor 1não se regozija com os jovens
ravilhoso Conselheiro, moeus Forte, Pai da Eternidade, dele e não se compadece dos seus órfãos e das suas viúvas,
nprfncipe da Paz; 7para que se aumente o seu governo, ºe porque todos eles são ímpios e malfazejos, e toda boca profere
venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu rei- 3 doidices. "Com tudo isto, não se aparta a sua ira, e a mão

no, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, dele continua ainda estendida.
desde agora e para sempre. O Pzelo do SENHOR dos Exérci- 18 Porque a maldade v1avra como um fogo, ela devora os
tos fará isto. espinheiros e os abrolhos; acende as brenhas do bosque, e es-
tas sobem em espessas nuvens de fumaça. 19 Por causa da ira
Profecia contra o reino de Israel do SENHOR dos Exércitos, xa terra está abrasada, e o povo é
8Q Senhor enviou uma palavra contra qJacó, e ela caiu pasto do fogo; zninguém poupa a seu irmão. 20 4 Abocanha à
em Israel. 9 Todo o povo o saberá, Efraim e os moradores de direita e ainda tem fome, devora à esquerda ªe não se farta;
Samaria, que em soberba e altivez de coração dizem: to Os ti- bcada um come a carne do seu próximo: 21 Manassés ataca a
jolos ruíram por terra, mas tornaremos a edificar com pedras Efraim, e Efraim ataca a Manassés, e ambos, juntos, e atacam
lavradas; cortaram-se os sicômoros, mas por cedros os substi- a Judá. d Com tudo isto, não se aparta a sua ira, e a mão dele
tuiremos. 11 Portanto, o SENHOR suscita contra ele os adversá· continua ainda estendida.
rios de Rezim e instiga os inimigos. 12 Do Oriente vêm os Ai dos que ªdecretam leis injustas, dos que escrevem
siros, do Ocidente, os filisteus e devoram a Israel à boca es- 1O
leis de opressão, 2 para negarem justiça aos pobres,
cancarada. Com tudo isto, não se aparta a sua ira, e a mão para arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim de
dele continua ainda 2 estendida. despojarem as viúvas e roubarem os órfãos! 3 Mas bque fareis
13 Todavia, este povo não se voltou para quem o fere, nem vós outros no cdia do castigo, na calamidade que vem de
busca ao SENHOR dos Exércitos. 14 Pelo que o SENHOR corta dlonge? A quem recorrereis para obter socorro e onde deixa-

• 4/Jz 7.22 5 gls 66.15 6 h [Is 7.14; Lc 2.11); Jo 1.45 iLc 2.7; [Jo 3.16; 1J~
4.9] i[Mt 28.18; 1Co15.25]; Ap 12.5IJz13.18 mn 2.13 nEf
2.14 7°Dn2.44;Mt1.1,6;Lc1.32-33;Jo7.42Pls37.32 8qGn3228 t22Emjuízo 14rAp18.8 16Sls3.12;Mq3.1,5,9;Mt
15.14 17 rs1 147.1 ou Is 5.25 3 /oucura 18 vs1 83.14; [Is 1.7; 10 17]; Na 1.10; MI 4.1 19 Xls 8.22ZMq 7.2,6 20 a Lv 26.26 b Jr
19.9 4 Retalha ou Despedaça 21 e 2Cr 28.6,8; Is 11.13 d Is 9.12, 17
CAPÍTULO 10 1 a SI 582 3 b Já 31.14 c1s 13.6; Jr 9.9; Os 9.7; Lc 19.44 dls 5.26
dia dos midianitas. Uma referência à derrota dos midianitas por Gideão do a reedificar com os melhores materiais, quando, na realidade, havia destruição
(10.26-27; Jz 6.7; 7.22-25). adiante.
•9.5 Os escombros deixados na batalha podem ser removidos e queimados •9.11-12 adversários de Rezim. Inimigos. Os assírios (7.1, nota; 7.20, nota;
quando o combate termina. Deus levará a guerra ao seu fim 12.4; SI 46.9-1 O; 2Co 8.7, nota) atacariam do norte, e os filisteus, do sul. OSenhor faria com que surgis-
10.4). sem muitos adversários.
•9.6 menino... filho. As boas-novas são o nascimento de Jesus Cristo. Os qua- não se aparta a sua ira. Este refrão também se acha em 9.17,21, 10.4 [cf.
tro nomes reais expressam suas qualidades divinas e humanas, dando a certeza 31.3). Ver a nota em 5.25.
de que ele é, realmente, o "Emanuel" (7.14). •9.13 não se voltou. Eles não foram sensíveis à disciplina divina (Am 4.6,8-11 ).
nasceu ... deu. Esses verbos são compatíveis com a humanidade e a divindade Eles não dependiam inteiramente do Senhor ou não o buscaram com diligência
de Jesus, respectivamente. (8.19; 11.10; 31.1; 55.6; 58.2; 65.10).
Maravilhoso Conselheiro. Visto que os outros títulos consistem, cada um, de •9.14 cabeça ... cauda. Estas figuras representam a liderança civil e religiosa,
duas palavras, provavelmente, seja melhor combinar essas duas palavras para conforme é explicado no v. 15 (cf. 3.1-3; 30.1 O. nota). As mesmas figuras, incluin-
!armarem um único título. do a "palma" e o "junco", são usadas acerca da ~derança egípcia em 19.15.
•9.17 dos seus órfãos e das suas viúvas. Ver a nota em 1. 16-18. A gravidade
Deus Forte. Como um guerreiro, Deus protege o seu povo (10 21; Dt 10.17; Jr
32.18). da ira de Deus é vividamente expressa quando é dito que ele não se compadece
dos órfãos.
Pai da Eternidade. OPai e o Rei cuidam de seus súditos (40.9-11; 65.17-25; Mt
todos eles são ímpios e malfazejos. D pecado é visto em cada pessoa, até
18.12-14; 23.9-12; Rm 8.15-17).
mesmo nos órfãos e nas viúvas, e isso corrompe tanto os seus pensamentos
Príncipe da Paz. O seu governo traz a paz (2.4; 11.6-9; SI 72.7; Zc 9.1 O; Lc como os seus atos (Gn 6.5; 8.21).
2.14).
•9.20-21 devora ... come. Oorgulho, o narcisismo e a cobiça destroem o ânimo
•9.7 trono de Davi. Cristo é descendente de Davi (11.1, nota), o qual estabele- da sociedade, especialmente os relacionamentos da aliança entre as tribos. His-
cerá o Reino de Deus em "justiça" e "retidão" (1.21, nota). toricamente, a tribo de Manassés havia lutado contra Efraim (Jz 12.4), e, juntas,
zelo. Deus garante que sua vontade terá cumprimento (37.32; 42.13; Zc 1.14). elas lutaram contra Judá durante a guerra com Israel e a Síria.
•9.8-10.4 OSenhor julgará a Israel (o reino do Norte) e sua capital, Samaria. D •10.1-4 Oprincípio da retribuição é um importante ensino bíblico. As pessoas co-
reino do Norte, algumas vezes, também é chamado de Efraim. (Judá é o reino do lhem aquilo que semeiam, quer destruição, quer benefício (GI 6.7-8).
Sul, que tinha Jerusalém como sua capital.) •10.2 justiça. Ver a nota em 1.21. Quanto às injustiças sociais, ver 1.23.
•9.9 soberba e altivez de coração. Omotivo deles era preservar e glorificar a pobres ... órfãos. Ver 1.16-18; 11.4; SI 9.18 e notas.
si mesmos. Comparar também as palavras deles: "tornaremos a edificar... os meu povo. Ver a nota em 40.1.
substituiremos", no v. 10 (Gn 11.3-4; Is 5.21 ). •10.3 dia do castigo. O Dia do Senhor (2.11. nota).
•9.1 Opedras lavradas ... cedros. Opovo pensava que eles estavam começan- vem de longe. As desolações provocadas pelos assírios.
803 ISAÍAS 10
i:eis a vossa ~)faia? 4 Nada mais vos resta a fazer, senão do- levantasse a quem não é pau! 16 Pelo que o Senhor, o 3 SE-
brar-vos entre os eprisioneiros e cair / entre os mortos. !Com NHOR dos Exércitos, enviará a tísica contra os seus homens,
tudo isto, não se aparta a sua ira, e a mão dele continua ainda todos gordos, e debaixo da sua glória acenderá uma queima,
estendida. como a queima de fogo. 17 Porque a Luz de Israel virá a ser
como fogo, e o seu Santo, como labareda, que "abrase e con-
Profecia contra a Assíria suma os espinheiros e os abrolhos da Assíria, num só dia.
5 Ai da Assíria, gcetro da minha ira! A vara em sua mão é o 18 Também consumirá a glória da sua floresta e do vseu
instrumento do meu furor. 6 Envio-a contra uma hnação ím- campo fértil, desde a alma até ao corpo; e será como quando
pia e contra o povo da minha indignação lhe 1dou ordens, um doente se definha. 19 O resto das árvores da sua floresta
para que dele roube a presa, e lhe tome o despojo, e o ponha será tão pouco, que um menino saberá escrever o número
para ser pisado aos pés, como a lama das ruas. 7 iEla, porém, delas.
assim não pensa, o seu coração não entende assim; antes, in- 20 Acontecerá, naquele dia, que os restantes de Israel e os
tenta consigo mesma destruir e desarraigar não poucas na- da casa de Jacó que se tiverem salvado xnunca mais se estri-
ções. 8 1Porque diz: Não são meus príncipes todos eles reis? barão naquele que os feriu, mas, com efeito, se estribarão no
9Não é mcalno ncomo Carquemis? Não é Hamate como SENHOR, o Santo de Israel. 21 Os restantes se converterão ao
Arpade? E Samaria, ºcomo Damasco? 10 O meu poder atin- zoeus forte, sim, os restantes deJacó. 22 ªPorque ainda que o
giu os reinos dos ídolos, ainda que as suas imagens de escultu- teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, bo restante se
ra eram melhores do que as de Jerusalém e do que as de converterá; destruição será determinada, transbordante de
Samaria. 11 Porventura, como fiz a Samaria e aos seus ídolos, justiça. 23 cporque uma destruição, e essa já determinada, o
não o faria igualmente a Jerusalém e aos seus ídolos? Senhor, o SENHOR dos Exércitos, a executará no meio de toda
12 Por isso, acontecerá que, havendo o Senhor 2 acabado esta terra.
toda a sua obra Pno monte Sião e em Jerusalém, então, qcasti- 24 Pelo que assim diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos:
gará a arrogância do coração do rei da Assíria e a desmedida Povo meu, que habitas em Sião, d não temas a Assíria, quando
altivez dos seus olhos; 13 rporquanto o rei disse: Com o poder te ferir com a vara e contra ti levantar o seu bastão à maneira
da minha mão, fiz isto, e com a minha sabedoria, porque sou dos e egípcios; 25 porque daqui a bem pouco !se cumprirá a
inteligente; removi os limites dos povos, e roubei os seus te- minha indignação e a minha ira, para a consumir. 26 Porque o
souros, e como valente abati os que se assentavam em tronos. SENHOR dos Exércitos 4 suscitará contra ela gum flagelo, como
14 sMeti a mão nas riquezas dos povos como a um ninho e, a matança de h Midiã junto à penha de Orebe; 1a sua vara es-
como se ajuntam os ovos abandonados, assim eu ajuntei toda tará sobre o mar, e ele a levantará como fez no Egito. 27 Acon-
a terra, e não houve quem movesse a asa, ou abrisse a boca, tecerá, naquele dia, que o peso será tirado do teu ombro, e o
ou piasse. seu jugo, do teu pescoço, jugo que será despedaçado por cau-
15 Porventura, tgloriar-se-á o machado contra o que corta sa ida gordura.
com ele? Ou presumirá a serra contra o que a maneja? Seria 28 A Assíria vem a Aiate, passa por Migrom e em Micmás


isso como se a vara brandisse os que a levantam ou o bastão larga a sua bagagem. 29 Passa o 1desfiladeiro, aloja-se em

4 e Is 24.22 /is 5.25 / Lit debaixo dos5 g Jr 51.20 6 h Is 9.17 i 2Rs 17.6; Jr 3422 7 ! Gn 50.20; Mq 4 11-12; At 2.23-24 8 12Rs
19.1 O 9 m Gn 10.1 O; Am 62 n 2Cr 35.20 o 2Rs 16.9 12 P2Rs 1931; Is 28.21 q 2Rs 19.35; 2Cr 32.21; Jr 50.18 2 realizado 13 r [2Rs
1922-24];1s37.24-27;Ez284;Dn4.30 14SJó31.25 J5tJr51.20 t63ConformeTMeMMM;BgoSenhor 17Uls9,18 18V2Rs
19.23 20 x2Rs 16.7 2JZ [Is 9 6] 22 a Rm 9 27-28 b Is 6 13 23 e Is 28.22; Dn 9.27; Rm 9.28 24 dis 7.4; 12 2 e Ex 14 25 /Is
10.5; 26.20; Dn 11.36 26 g2Rs 19.35 h Jz 7.25; Is 9.4 i Êx 14.26-27 4 /evantará 27 /SI 105.15; [1 Jo 2 20] 29 11 Sm 13.23
•10.5 cetro da minha ira. Deus faz as nações servirem-no como instrumentos floresta ... campo fértil. O orgulho dos assírios se extinguiria rapidamente,
de sua vontade. mas elas continuam responsáveis pelos seus atos (5.25; 7.20 e como se fossem espinhos em uma fogueira. Epouco restaria fv. 19).
notas). A ira de Deus volta-se contra aqueles que administram o seu reino na •10.20 naquele dia. Ver a nota em 2.11.
terra de forma corrupta. tanto os governantes quanto o povo (9.12,17,21,
restantes. Ver a nota em 1.8.
10.4,25)
•10.22 areia do mar. Esta frase relembra a promessa que Deus fez a Abraão
•10.6 uma nação ímpia. Isso inclui tanto Israel quanto Judá (v 11).
(Gn 22 17; cf 1Rs 4.20).
•10.9 Calno ... Damasco. Estas cidades foram conquistadas pelos assírios:
Calno (Calné, Am 6.2), em 738 a.C.; Carquemis, em 717 a.C.; Hamate, em 738 e determinada. Deus mostra-se determinado em seu julgamento lv 23; 28.22).
720 a.C.; Arpade em 740 a C.; Samaria, em 722 a C., e Damasco, em 732 a.C. •10.23 o SENHOR dos Exércitos. Ver as notas em 1.9,24.
Ver também 36.19; 37.12-13. •10.24 não temas. Uma palavra de encorajamento para o remanescente de
•10.1 O O meu poder. A Assíria vangloria-se de seu poder (cf. Dn 4.30; Lc Judá (37.6; 41.1O,13; 43.1) Ver a nota em 35.4.
1218-20). •10.25 consumir. Os instrumentos da destruição seriam, eles mesmos,
reinos. Ver a nota em 13.4. destruídos.
•10.12 Sião. Ver a nota em 1.8. •10.26 Midiã ... Orebe ... Egito. Dois exemplos são tirados da história da
•10.13-14 Estes versículos são uma reiteração dos vs. 5-11. Quanto a redenção: a derrota de Midiã, na rocha de Orebe (um líder midianita; Jz 7.25) e a
expressões semelhantes de orgulho, ver 14.13-14; Ez 28.2-5. vitória sobre o Egito, no mar Vermelho (Êx 14 26-28).
•10.15 machado... bastão. Ver a nota no v. 5. •10.28-32 Aiate ... Sião. Estes versículos descrevem uma marcha para Judá,
•10.17 Luz. Ver a nota em 2.5. do Norte para o Sul, atravessando as cidadRs mencionadas. A última delas,
•10.18 glória. Ver a nota em 4.2. Oque os homens pensam que deve ser honra- Nobe, é avistada de Sião. Quanto a um retrato semelhante da invasão da Assíria
do ou desprezado significa pouco perante o julgamento pelo fogo de Deus. mas vinda do sudoeste, ver Mq 1.10-16. '
ISAÍAS 10, 11 804
Geba, já Ramá treme, m Gibeá de Saul foge. 30 5 Ergue comes- to e de temor do SENHOR. 3 Deleitar-se-á no temor do SENHOR;
trídulo a voz, ó filha nde Galim! Ouve, ó ºLaís! 6 0h! Pobre não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá
Anatote! 31 PMadmena se dispersa; os moradores de Gebim segundo o ouvir dos seus ouvidos; 4mas julgará ecom justiça
fogem para salvar-se. 32 Nesse mesmo dia, a Assíria parará os pobres e decidirá com eqüidade a favor dos mansos da ter-
qem Nobe; ragitará o punho ao monte 5 da filha de Sião, o ou- ra; !ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos
teiro de Jerusalém. seus lábios matará o perverso. s A justiça será o cinto dos seus
33 Mas eis que o Senhor, o SENHOR dos Exércitos, cortará os lombos, e a fidelidade, o cinto dos seus rins.
ramos com violência, 1as árvores de alto porte serão derriba- 6 O globo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará
das, e as altivas serão abatidas. 34 Cortará com o ferro as bre- junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado an-
nhas da floresta, e o Líbano cairá pela mão de um poderoso. darão juntos, e um pequenino os guiará. 7 A vaca e a ursa pas-
tarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá
O reinado pacífico do rebento de Jessé palha como o boi. B A criança de peito brincará sobre a toca
Do 1 tronco de ªJessé bsairá um rebento, e das suas da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilis-
11 raízes, cum renovo. 2 Repousará sobre ele do Espírito
do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o
co. 9 hNão se fará mal nem dano algum em todo o meu santo
monte, porque ia terra se encherá do conhecimento do
Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimen- SENHOR, como as águas cobrem o mar.
..A~~~~~
~ m 1Sm 11.4 30 n 1Sm 25.44 o Jz 18.7 5 Ou Grite estridentemente ô Conforme TM, Te V; LXX e S Ouve a ela, ó Anatote 31 PJs 15.31
32 q1Sm 21.1; Ne 11.32 ris 13.2 s1s 37.22 33 lls 37.24,36-38; Ez31.3; Am 2.9
CAPÍTULO 11 1 ª[Is 9.7; 11.1 O]; Mt 1.5; [At 13.23] b [Zc 6.12]; Ap 5.5 Cls 4.2 1cepo 2 d[ls 42.1; 48.16; 61.1; Mt 3.16]; Me 1.10; Lc 3.22;
[Jo 132] 4 eAp 19.11!Já4.9; Is 30.28,33; MI 4.6; 2Ts 2.8 6 gOs 2.18 9 hJó 5.23; Is 65.25; Ez 34.25; Os 2.18 iSI 98.2-3; Is 45.6; Hc 2.14
•10.33 Os assírios podem inspirar Judá com terror, mas o Senhor fará interven- habilidade administrativa de governar o povo em retidão e justiça. Ver a Introdu-
ção. ção à Literatura Sapiencial.
•10.34 Cortará ... floresta. Os assírios são retratados como uma floresta que o conselho. Planos e decisões de autoridade estão em vista aqui. O conselho
Senhor está derrubando lv 18. nota). humano pode estar ou não em harmonia com o plano de Deus (30.1), mas o
conselho do Messias é dado pelo "Espírito".
um poderoso. Ver 33.21.
conhecimento. Isso refere-se ao viver sábio e submisso em harmonia com a
•11.1 tronco. Tudo quanto resta da dinastia de Davi é um tronco. Os filhos vontade de Deus (33.6; 53.11 ). Deus o tem com perfeição 140.14).
privilegiados de Davi, não menos do que os assírios, são como árvores que foram
temor do SENHOR. Otemor do Senhor inclui a obediência aos seus mandamen-
decepadas 110.33-34) Mas. apesar desse julgamento contra Judá, o Senhor
tos por causa da fé segundo a qual o Senhor cumprirá suas ameaças contra os
levantará uma nova liderança da dinastia de Davi (Mt 1.1).
transgressores (Pv 1.7, nota).
Jessé. O pai de Davi 11 Sm 16.10-13). Davi inaugurou um grande reino. mas o •11.3 não julgará. Ver a nota em 2.4.
Davi maior (Ez 34.23-25; Zc 12.7-10). não apenas uma tenra planta 153 2).
•11.4 justiça. Ver a nota em 1.21.
governará um reino incomparavelmente maior.
pobres ... mansos. Ou seja, aqueles que anelam pela retidão e pela justiça
renovo. Ver a nota em 4.2. divinas 125.4). por causa da opressão dos governantes deste mundo (3.15; 10.2;
•11.2 Repousará sobre ele. OEspírito veio de uma maneira poderosa sobre os 32.7; 61.1 ). Esses são os afligidos, os oprimidos e os humildes, a quem Jesus
santos no Antigo Testamento: Moisés (Nm 11.17); certos anciãos (Nm também abençoou (Mt 5.3-10; SI 19.8. nota).
11.25-26); Josué (Dt 34 9); os juízes (Jz 3.1 O; 11.29; 13.25); reis 11 Sm 11 6); eqüidade. A palavra hebraica também significa "nivelado" ou "reto" 140.4). O
profetas l1Sm 10.10; 2Sm 23.2; 1Rs 22.24; 2Rs 2.15; Mq 3.8) O Espírito é o julgamento de Deus é equilibrado e justo.
agente divino da restauração 132.15; JI 2.28-32) vara ..• sopro. Com grande poder e autoridade (SI 2.9; 82.8; Ap 6.15-17; 20.11-12),
o Espírito do SENHOR. Conforme a quádrupla repetição enfatiza, a mesma dádi- o Messias conquistará por meio de sua palavra (49.2; 61.1; Hb 4.12; Ap 19.15).
va divina do Espírito que deu a Davi o seu sucesso 11 Sm 16.13; SI 51.11) conce- •11.5 fidelidade. Ver a nota em 1.21; cf. 25.1; 33.6.
derá poder ao Messias 142.1, Lc 3.22). O Espírito é o agente criador para •11.6-9 Animais carnívoros, agora refeitos com naturezas que protegem aquilo
estabelecer o Reino de Deus (Gn 1.2; Jz 3.1 O; 6.34; 1Sm 10.6 e notas). que antes devoravam, retratam eficazmente a maravilhosa paz na terra nos novos
sabedoria. Salomão havia orado pedindo sabedoria e entendimento (1Rs 39), a tempos sob o governo do Messias. A visão corresponde ao amor reconciliador na

---
1

,___ ____ --
O Messias e seu Reino (11.1)
Isaías descreve as qualificações do Rei ideal cujo governo contrastaria com o reinado sombrio do rei
Acaz. Esse papel não foi desempenhado até a vinda de Jesus, o Messias. "O reino de Deus está no
meio de vós" era sua mensagem.

O Messias Seu Reino


O Rebento, um descendente de Os gentios o buscarão 11.1 o
Davi, o tronco de Jessé 11.1,10 O restante de Israel
O Espírito de Deus repousará será reunido 11.11-16
sobre ele 11.2 Haverá alegria na salvação
Ele temerá o Senhor 11.3 de Deus 12.1-ô
Ele julgará a terra com
justiça 11.4-5
_ _ _ _ _ _ _ _ L__.
---
10 iNaa,.uele
dia, recorrerão as 'nações à mraiz de Jessé
que está posta por n estandarte dos povos; a glória lhe será a
morada.
805
Canto de louvor pela restauração de Israel

12 Orarás ªnaquele dia: Graças te dou, ó


ISAÍAS 11-13

por-SENHOR,
que, ainda que te iraste contra mim, a tua ira se reti·
l
rou, e tu me consolas. Eis que Deus é a minha salvação;
2
A nova glória de Israel confiarei e não temerei, bporque o cSENHOR Deus é a minha
11 Naquele dia, o Senhor tornará a estender a mão para força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. 3 Vós,
resgatar o restante do seu povo, que for deixado, ºda Assíria, com alegria, tirareis d água das fontes da salvação. 4 Direis na-
do Egito, de Patros, da Etiópia, de Elão, de Sinar, de Hamate e quele dia: e Dai graças ao SENHOR, invocai o seu nome, !tornai
das 2 terras do mar. 12 Levantará um estandarte para as na· manifestos os seus feitos entre os povos, relembrai que é ex-
ções, 3 ajuntará os desterrados de Israel e Pos dispersos de celso o seu gnome. 5 hCantai louvores ao SENHOR, porque fez
Judá recolherá desde 4os quatro confins da terra. 13 q Afas· coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra. 6 1Exulta e ju-
tar·se·á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá serão eli· bila, ó habitante de Sião, porque grande é o iSanto de Israel
minados; Efraim não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a no meio de ti.
Efraim. 14 Antes, voarão para sobre os ombros dos filisteus ao
Ocidente; juntos, despojarão os filhos do Oriente; 'contra Profecia contra a Babilônia
Edom e Moabe lançarão as mãos, e os filhos de Amom lhes ªSentença' que, numa visão, recebeu Isaías, filho de
serão sujeitos. 15 O SENHOR 5 destruirá totalmente o braço do
mar do Egito, e com a força do seu vento moverá a mão con·
13AlçaiAmoz,
2b
contra a Babilõnia.
um estandarte sobre o monte escalvado; levantai
e
tra 5 o Eufrates, e, ferindo-o, dividi-lo-á em sete canais, de sor· a voz para eles; d acenai-lhes com a mão, para que entrem pelas
te que qualquer o atravessará de 6 sandálias. 16 1 Haverá portas dos tiranos. 3 Eu dei ordens aos meus 2 consagrados,
caminho plano para o restante do seu povo, que for deixado, sim, chamei os emeus valentes para executarem a minha ira,
da Assíria, "como o houve para Israel no dia em que subiu da os que com !exultação se orgulham. 4 Já se ouve sobre os mon-
terra do Egito. tes o !?rumor como o de muito povo, o clamor de reinos e de
,.A __ ------~~- ~ -------- ----~---~- -~ ~-~~ ~- -~-~~~
~ 10 /is 2.11 iRm 15.1Omts11.1; Rm 15.12 n1s 27.12-13 11 o[s 19.23-25; Os 1111, Zc 1O1 O2terrascosteiras 12 PJo 7.35 3recolherá
4Lit. as quatro asas 13 q[s 9.21; Jr 318; Ez 37.16-17.22; Os 1, 11 14 rts 63.1, Dn 11.41; Jl 3.19; Am 9.12 15 s Is 50.2; 51.10-11; Zc
10.10-11 5Lit.orio ôsemmolharassandálias 16 l[s 19.23"Ex14.29
CAPÍTULO 12 1 a Is 2 11 2 b SI 83.18 e Êx 15-2; SI 118.14 3 d [Jo 41O,14; 737-38] 4e1Cr 16.8; SI 105.1 /Si 145.4-6 gs1 34.3
5 hÊx 15.1; SI 98.1; Is 24.14; 4210-11; 44.23 6 i[s 52.9; 54.1; Sf314-15/Si 89.18
CAPÍTULO 13 1 ªJr 50; 51; Mt 1.11, Ap 14.8 1Oráculo, Profecia 2 bis 18.3 cJr51-25 d[s 10.32 3 eJI 311/Si149.2 2ouseparados
4 g[s 17.12; JI 3.14
lgreia (Ef 2 14-18) e será consumada nos novos céus e na nova terra (Ap •12.2 Deus é a minha salvação. Ver Êx 15.2_ Ele é a fonte e autor da salvação
214,24-27) (496.8; 516,8; 56.1; 62.1).
•11.10 Naquele dia. Ver a nota em 2.11. o SENHOR Deus. A dupla referência ao nome do Senhor é uma ênfase poética
raiz de Jessé. Ver a nota no v_ 1 (Ap 2216) sobre a certeza da salvação provida por Javé. o Deus da aliança \Êx 3.15)
estandarte. Aqui, o estandarte é um sinal de esperança (cf Jo 12.32), em con- •12.3 alegria ... salvação. A salvação do Senhor sempre traz alegria (3510;
traste com 5.26 (ver a nota). 51.3.11; 61.3). quando o Senhor remove as causas da tristeza e da ansiedade.
glória. Ver a nota em 4.2. água das fontes. A salvação é comparada à abundância de água (SI 13; 65.9;
•11.11 tornará a estender a mão. A primeira vez em que Deus resgatou para 104.10-13; 10735), proveniente das "fontes da salvação" (41 18; cf. Jo 4.14)_
si um povo foi do Egito, mediante o êxodo; a segunda vez é tirando-o do exílio •12.4 excelso. Ver 2.11.17; 33.5
151 9,11)
•12.5 coisas grandiosas. Isso é uma alusão ao "triunfou gloriosamente" (Êx
o restante. Ver a nota em 1.8. OSenhor guiará os seus filhos de onde eles este- 15.1) e um sinônimo de "excelso" (v. 4)
1am sendo afligidos.
•13.1-23.18 As profecias de Isaías acerca do Dia do Senhor e o que isso signi-
•11.12 quatro confins. Oremanescente virá de todo o mundo conhecido, des-
fica para as nações_ A Babilônia e a Assíria são tratadas juntamente no primeiro
crito como os quatro confins da terra 124.15; 42.4, 1O; 51.5; 59.18-19; cf. Mt
oráculo (13 1-14.27). porquanto a Babilônia se tornou a coroa de jóias do Impé-
24.31)
rio Assírio. Os reis assírios se coroavam como reis dessa cidade renomada. A Ba-
•11.13 Efraim ... Judá. Operíodo da restauração testemunhará uma reconcilia- bilônia era considerada como uma epítome da religião e da cultura e, como tal, a
ção das tribos desunidas. Quando o remanescente retornou à terra. após o exílio. Babilônia representa os reinos deste mundo_ Pedro e João continuam a citar a Ba-
eles ofereceram sacrifícios em nome de todas as doze tnbos (Ed 6.17; 8.35). bilônia como um símbolo das nações ímpias (1 Pe 5.13; Ap 14.8; 16.19;
•11.14 filisteus ... Amom. Esta é uma figura para a liberdade da opressão. da 17.1-18-24).
subjugação e dos apertos que caracterizaram a experiência de Israel em sua terra
•13.1 Sentença. A palavra hebraica pode indicar um peso literal. corresponden-
(cf 54.3; Mq 5 6. nota. quanto a um uso semelhante da Assíria)
do à idéia de que a palavra profética é uma pesada responsabilidade para o profe-
•11.15 destruirá totalmente ... Eufrates. Qsegundo êxodo virá mediante ou- ta que precisa anunciá-la. De outra forma. a palavra pode significar simplesmente
tro milagre, semelhante à divisão das águas do mar Vermelho (vs 11-12) _ uma mensagem ou oráculo. sem a sugestão do peso_
a força do seu vento. Ver Êx 14.24-27.
•13.2 um estandarte. Ver 526. nota.
•11.16 caminho plano. Um caminho plano será preparado pelo Senhor, um
símbolo da certeza de sua salvação (35 8-9; 403-5; 57.14; 62.1 O). portas dos tiranos. Fica implícito que a cidade é orgulhosa_
•12.1-6 O novo hino de Isaías sobre o segundo êxodo corresponde ao hino de •13.3 aos meus consagrados ... valentes. Estes são os exércitos usados por
Moisés no primeiro êxodo (Êx 15) Deus como instrumentos de julgamento_
•12.1 naquele dia. Ver a nota em 211. •13.4 rumor. O grande ruído indica o exercício do poder de Deus (30.30-31,
Graças te dou. Oprofeta fala como um representante do povo de Deus. A razão 33.3; SI 295-9)
do louvor é o próprio Deus. reinos e de nações. OSenhor é o comandante dos reinos humanos. A Babilônia
ISAÍAS 13, 14 806
nações já congregados. O SENHOR dos Exércitos passa revista às t7 2 Eisque eu despertarei contra eles os medos, que não
tropas de guerra. ó farão caso de prata, nem tampouco desejarão ouro. 18 Os
s Já vêm de um país remoto, desde a extremidade do céu, o seus arcos matarão os jovens; eles não se compadecerão do
hSENHOR e os 3 instrumentos da sua indignação, para destruir fruto do ventre; os seus olhos não pouparão as crianças.
toda a iterra. ó Uivai, ipois está perto o Dia do SENHOR; 1vem do 19 ªBabilônia, a jóia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus,
Todo-Poderoso como assolação. 7 Pelo que todos os braços se será como bSodoma e Gomorra, quando Deus as transtor-
tomarão frouxos, e o coração de todos os homens se derreterá. nou. 20 cNunca jamais será habitada, ninguém morará nela
8 Assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles mdores 4 e ais, e terão de geração em geração; o arábio não armará ali a sua tenda,
contorções como a mulher parturiente; olharão atônitos uns nem tampouco os pastores farão ali deitar os seus rebanhos.
para outros; o seu rosto se tornará rosto flamejante. 21 dPorém, nela, as feras do deserto repousarão, e as suas ca-
9 Eis que vem no Dia do SENHOR, dia cruel, com ira e ar- sas se encherão de 7 corujas; ali habitarão os avestruzes, e os
dente furor, para converter a terra em assolação e ºdela des- sátiros pularão ali. 22 As hienas uivarão nos seus castelos; os
truir os pecadores. 10 Porque as estrelas e constelações dos chacais, nos seus palácios de prazer; e está prestes a chegar o
céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se P escurecerá, seu tempo, e os seus dias não se prolongarão.
e a lua não fará resplandecer a sua luz. 11 qCastigarei o mun-
do por causa da sua maldade e os perversos, por causa da sua Hino triunfal sobre a queda da Babilônia
iniqüidade; 'farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei
a soberba 5 dos violentos. 12 Farei que os homens sejam mais
14 Porque o SENHOR se ªcompadecerá deJacó, e ainda
belegerá a Israel, e os porá na sua própria terra; e
escassos do que o ouro puro, mais raros do que o ouro de Ofir. unir-se-ão a eles os e estrangeiros, e estes se achegarão à
13 5 Portanto, farei estremecer os céus; e a terra será sacudida casa de Jacó. 2 Os povos os tomarão de os levarão aos luga-
do seu lugar, por causa da ira do SENHOR dos Exércitos e por res deles, e a casa de Israel possuirá esses povos por servos
causa 1do dia do seu ardente furor. 14 Cada um será como a e servas, na terra do SENHOR; cativarão aqueles que os cati-
gazela que foge e como o rebanho que ninguém recolhe; varam ee dominarão os seus opressores. 3 No dia em que
ucada um voltará para o seu povo e cada um fugirá para a sua Deus vier a dar-te descanso do teu trabalho, das tuas angús-
terra. JS Quem for achado será traspassado; e aquele que for tias e da dura servidão com que te fizeram servir, 4 então,
apanhado cairá à espada. ló Suas crianças serão vesmagadas !proferirás este motejo contra o rei da Babilônia e dirás:
perante eles; a sua casa será saqueada, e sua mulher, xviolada. Como cessou o opressor! Como gacabou a 1 tirania! s Que-

• ~~ls42 13 ils 24.1; 342 30uar,;a~ - 6ils212; Ez30;~ A~51~~StU; Ap6 17~;;0~25; 31;;Jl1~;~
;ó 8 m-;486
9 nM/ 4.1 °SI 104.35; Pv 2.22 JOP/s 24.21-23, Ez 32.7, J/ 2.31; Mt 24.29, Me 13.24; Lc 21.25 11Q/s26.21 '[Is 217} 5Qu dos tiranos
4dor~sagu;:s~ -

13 Sls 34.4; 516; Ag 2.6 ISI 110.5; Lm 1.12 14 UJr 50.16; 51 9 16 vs1137.8-9; Is 13.18; 14.21; Os 10.14; Na 3.10 xzc 14.2 17 Zls
21.2; Jr 51.11,28; Dn 5.28,31 ô estimarão 19 a Is 14.4; Dn 4.30; Ap 18.11-16, 19,21 bGn 19.24; Dt 29 23; Jr 50.40; Am 4.11 20 e Jr 50.3
21 d)s 34.11-15; SI 2.14; Ap 18.2 70u criaturas que uivam 22 e Jr 51.33
CAPITULO 14 1 ªSI 102.13; Is 49.13, 15; 54.7-8 b Is 41.8-9; Zc 1.17; 2.12 e Is 60.4-5, 1O 2 d Is 49 22; 60.9; 66 20 e Is 60.14 4/ls
13.19; Hc2.6gAp 18.16 IOucidadeinsolente
julgava-se "a jóia dos reinos" (13.19) ou a "senhora de reinos" (47.5) e governava •13.15-16 traspassado ... violada. Estes são os terrores produzidos pela
outros povos com grande violência (14.16). guerra.
•13.5 país remoto ... extremidade do céu. D reino do Senhor é universal. •13.16 casa. Ver a nota em 24.1 O.
os instrumentos da sua indignação. Ver a nota em 10.5. •13.17 medos. Estes eram habitantes dos montes Zagros, situados a leste da
•13.6-22 O terror do Dia do Senhor é aqui descrito. Babilônia e da Assíria. Eles nunca foram sub1ugados pela Assíria e juntaram-se à
•13.6 o Dia do Senhor. Esse Dia também é chamado de "o dia" (vs. 9.13); ver a Babilônia na conquista da Assíria (612-609 a C). Quanto à data desta profecia, é
nota em 2.11. significativo que a Pérsia, que conquistou a Média em 549 a.C., não é mencionada.
•13.7 frouxos ... se derreterá. Os povos tornar-se-ão completamente •13.19 reinos. Ver a nota no v. 4.
impotentes (Jr 6.24; Ez 7.17). Sodoma e Gomorra. Ver a nota em 1.9.
•13.8 a mulher parturiente. Essa comparação é usada freqüentemente na •13.20 Nunca jamais será habitada. Esta é a medida do julgamento de Deus
Bíblia, para indicar dor e sofrimento intensos (21.3; 49.24; 50.43; SI 48.6; Mq 4.9; contra o orgulho humano. A Babilônia, finalmente, foi deixada desolada, conforme
cf. Rm 8.22). a descrição.
•13, 1Oas estrelas ... a lua. Estas são símbolos do julgamento cósmico de Deus
•13.21-22 feras ... chacais. A Babilônia torna-se imprópria para a habitação hu-
(24.23; JI 2.10,31; Ap 6.12-14)
mana; somente os animais ferozes buscariam o lugar (34.11-15; Jr 50.39; 51 .37;
luz. Ver a nota em 2.5. Os povos antigos adoravam os corpos celestes, mas as SI 2.14-15)
Escrituras ensinam que Deus é o Criador deles todos (Dt 4.19). As trevas simboli-
•14.1 elegerá. A eleição é uma escolha de Deus, e ele é livre para deixar Israel
zam o julgamento. O simbolismo também é usado para indicar a destruição final
de lado ou para escolher novamente a Israel, num novo futuro (41.8-9; 44.1-2;
do mundo (34.3)
45.4; 659; Êx 19.6; Dt 7.6; cf. Rm 9--11).
•13.11 violentos. Ver a nota em 29.20.
•14.2 povos. Estes são instrumentos do plano de Deus da redenção (55.5;
•13.13 farei estremecer os céus ... a terra será sacudida do seu lugar.
60.1-18; 61.5-7; 66.19-20; cf. Ed 1.1-8).
Estas expressões retratam a vinda de Deus em julgamento contra a sua criação.
O sacudir do mundo simboliza a derrubada de tudo quanto os incrédulos elegem •14.3-21 Um escárnio contra o rei da Babilônia. Os vitoriosos, com freqüência,
como rivais de Deus (212-18). O rei da Babilônia é descrito como alguém que cantavam cânticos escarnecedores contra as suas vítimas (v. 7; 12.1: Êx 15.1 ).
"fazia estremecer a terra" (14.16) •14.3 descanso. Tal como no primeiro êxodo. Deus libertará o povo da opres-
•13, 14 voltará ... fugirá. Opoder de atração da Babilônia tornar-se-á como um são.
fantasma, quando os povos perceberem quão breves são os reinos humanos. •14.4 motejo. O termo hebraico traduzido por este vocábulo tem uma grande
807 ISAÍAS 14
brou o SENHOR ha vara dos perversos e o cetro dos dominado- os reis das nações, sim, todos eles, jazem com honra, cada
res, 6 que feriam os povos com furor, com golpes incessantes, um, no seu túmulo. 19 Mas tu és lançado fora da tua sepul-
e com ira dominavam as nações, com perseguição irreprimí- tura, como um renovo 7 bastardo, coberto de mortos 8 tras-
vel. 7 Já agora descansa e está sossegada toda a terra. Todos passados à espada, cujo cadáver desce à cova e é pisado de
exultam de júbilo. 8 ;Até os ciprestes se alegram sobre ti, e os pedras. 20 Com eles não te reunirás na sepultura, porque
cedros do Líbano exclamam: Desde que tu 2 caíste, ninguém destruíste a tua terra e mataste o teu povo; 1a descendência
já sobe contra nós para nos cortar. 9 iO além 3 , desde o pro- dos malignos jamais será nomeada. 21 Preparai a matança
fundo, se turba por ti, para te sair ao encontro na tua chegada; para os filhos, "por causa da maldade de seus pais, para que
ele, por tua causa, desperta as sombras e todos os príncipes não se levantem, e possuam a terra, e encham o mundo de
da terra e faz levantar dos seus tronos a todos os reis das na- cidades. 22 Levantar-me-ei contra eles, diz o SENHOR dos
ções. to Todos estes 1respondem e te dizem: Tu também, Exércitos; exterminarei de Babilônia o vnome e os xsobrevi-
como nós, estás fraco? E és semelhante a nós? t t Derribada ventes, 2 os descendentes e a posteridade, diz o SENHOR.
está na cova a tua soberba, e, também, o som da tua harpa; 23 Reduzi-la-eia possessão de ªouriços e a lagoas de águas;
por baixo de ti, uma cama de gusanos, e os vermes são a tua varrê-la-ei com a vassoura da destruição, diz o SENHOR dos
coberta. Exércitos.
12 mcomo caíste do céu, ó estrela da manhã 4 , filho da
alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as na- Profecia contra os assírios
ções! 13 Tu dizias no teu coração: "Eu subirei ao céu; ºaci- 24 Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei,
ma das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no Pmonte assim sucederá, e, como determinei, assim se befetuará.
da congregação me assentarei, qnas extremidades do Norte; 25 Quebrantarei a e Assíria na minha terra e nas minhas
14 subirei acima das mais altas nuvens e rserei semelhante montanhas a pisarei, para que o d seu jugo se aparte de Is-
ao Altíssimo. IS Contudo, 5 serás precipitado para o reino rael, e a sua carga se desvie dos ombros dele. 26 Este é o e de-
dos mortos, no 5 mais profundo do abismo. 16 Os que te vi- sígnio que se formou concernente a toda a terra; e esta é a
rem te contemplarão, hão de fitar-te e dizer-te: É este o ho- mão que está estendida sobre todas as nações. 27 Porque o
mem que fazia estremecer a terra e tremer os reinos? 17 Que SENHOR dos Exércitos o !determinou; quem, pois, o invali-
punha o mundo como um deserto e assolava as suas cida- dará? A sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar
des? Que a seus cativos 6 não deixava ir para casa? 18 Todos atrás?

• ShSI 1-2~-; ils~512, 3~.2ten;te;itado


8 Ez . 9 jEz32 21 JQu Sheol t0t-Ez;2;~12~1s
344; Lc 10.18; [A~
12 7-9] 4Hebr.
heylel 13 n Ez 28 2; Mt 11.23 o Dn 8.10; 2Ts 24 PEz 28.14 q SI 48.2 14 ris 47.8; 2Ts 24 IS 5 Ez 28.8; Mt 11.2;J; Lc 10.15 5Lit no
âmago 17 ô Não iria soltar 19 7 desprezado 8 traspassado 20 t Jó 18.19; SI 21.1 O; 109.13; Is 14; 31.2 21 u Ex 20.5; Lv 26.39; Is
13.16; Mt 23.35 22 vpy 107; Is 26 14; Jr 51.62 x1As14.10 z Jó 18.19; Is 47.9 23 ªIs 34.11; SI 2.14 24 bis 43.13 25 CMq 5.5-6;
Sf 2.13 d Is 10.27; Na 1.13 26 e Is 23.9; St3.6,8 27 /2Cr 20 6; Jó 9.12; 23.13; SI 33.11, Pv 19.21; 21.30; Is 43.13; Dn 4.31,35
variação de significados, incluindo ditos breves como aquelas do Livro de Provér- primento desse destino celestial, tornando-se um império eterno e universal. Mas
bios e como um poema figurado, um motejo, como aquele que encontramos nes- diante do aparecimento de Deus lv. 22). a luz da Babilônia se extinguiria.
te versículo. • 14.13 no monte da congregação. De acordo com mitos cananeus, o deus EI
o rei da Babilônia. Esse rei é um principal representante do poder humano presidia uma assembléia de deuses em uma montanha da Síria. A Babilônia
opressor. estava preparada para reivindicar essa honra para si mesma.
•14.7 júbilo. Em lugar do "hino triunfal dos tiranos" 125 5). um novo cântico será extremidades do Norte. Uma tradução tradicional do termo hebraico zaphon.
ouvido em resposta ao julgamento de Deus e ao livramento dado por ele SI 48.1-2 diz que essas "extremidades do norte" pertencem exclusivamente ao
124 14, 16; 26.1, 19; 44.23; 49.13). Ver a nota em 12.1-6. Senhor.
•14.8 ciprestes ... cedros. A natureza responde aos atos divinos de julgamento •14.14 Altíssimo. Ver Gn 14.19-20. Esta é uma reafirmação do v. 13. Os povos
e de restauração 155.13; 60.13; contrastar com 37.24). podem reivindicar o governo de qualquer porção do Reino de Deus, mas Deus
continua a ser o soberano.
ninguém. Os reis assírios, em seus anais, vangloriavam-se das árvores
magníficas que eles tinham retirado das terras pilhadas, a fim de edificarem seus •14.15 reino dos mortos... abismo. Ver os vs. 9-11 e notas.
esplêndidos palácios. •14.16 os reinos. Ver a nota em 13.4.
•14.9-11 O além ... cova. Isaías usa o conceito popular do reino dos mortos, •14.17 deserto ... cativos. A Babilônia usava o poder do qual tanto se orgulhava
com suas figuras sombrias dando as boas-vindas aos recém-chegados, numa com vistas à destruição e à crueldade.
irônica descrição da queda da Babilônia e sua descida às regiões inferiores da • 14.18 os reis ... jazem. Ocontraste satírico introduzido no v. 9 é novamente
terra. O uso dessas idéias convencionais é poético e não tenciona ser uma usado. Os reis conquistados são retratados em honroso descanso, enquanto
teologia da vida após-túmulo. Ver 5.14, nota; Pv 1.12; 9.18 e notas. que o orgulhoso rei da Babilônia é jogado fora, como se fosse refugo. Ficar al-
•14.9 tronos. Os reis derrotados tinham tronos em seus sepulcros reais. Em guém privado de um sepultamento apropriado era considerado um tremendo
contraste, o rei da Babilônia recebeu um leito de gusanos lv. 11 ). infortúnio.
•14.12 caíste do céu. A figura representa, de maneira exagerada, a queda da •14.22 sobreviventes. Diferente de Israel. a Assíria não tem remanescentes lv.
Babilônia, com todas as suas ambições imperiais, sendo levada à destruição lcf. 30; cf. 15.9; 17.3; 1.9, nota)
Lm 2.1, Lc 4.6; 1015) •14.23 ouriços. Ver a nota em 13.21-22. Épossível que um certo tipo de pássa-
ó estrela da manhã, filho da alva. Lit "brilhante, filho da alva". Provavelmen- ro esteja em vista, em lugar de um ouriço.
te, isso se refira ao planeta Vênus, que aparece no firmamento pela manhã e •14.25 jugo. Ver a nota em 9.3-4.
sobe para o alto do céu, somente para seu brilho ser ofuscado pelo brilho do sol. • 14.26-27 o desígnio •.. o invalidará. Estes versículos, que concluem a seção
No mundo antigo, as observações sobre esse ciclo astronômico deram origem iniciada em 13.1, servem de eloqüente afirmação do irresistível juízo de Deus
a diversos mitos. A Babilônia parece ter pensado sobre si mesma como o cum- sobre a terra inteira 143.13).
ISAÍAS 14-16 808
Profecia contra os filisteus suas praças, andam todos uivando e echoram abundante-
28 No ano em que morreu o grei Acaz, foi pronunciada mente. 4 Tanto Hesbom como Eleale andam gritando; até
9 esta sentença: 29 Não te alegres, tu, toda a Filístia, h por estar !Jaza se ouve a sua voz; por isso, os 2 armados de Moabe cla-
quebrada a vara que te feria; porque da estirpe da cobra sairá mam; a sua alma treme dentro dele.
uma áspide, 1e o seu fruto será uma serpente voadora. 300s s O gmeu coração clama por causa de Moabe, cujos fugiti-
primogênitos dos pobres serão apascentados, e os necessita- vos vão até Zoar, 3 novilha de três anos; vão chorando hpela
dos se deitarão seguros; mas farei morrer de fome a tua raiz, e subida de Luíte e no caminho de Horonaim levantam grito de
serão destruídos os teus sobreviventes. 31 Uiva, ó porta; grita, desespero; 6 porque as águas 1de Ninrim desaparecem; seca-
ó cidade; tu, ó Filístia toda, treme; porque do Norte vem fu- se o pasto, acaba-se a erva, e já não há verdura alguma, 7 pelo
maça, e ninguém há que se afaste 1das fileiras. 32 Que se res- que o que pouparam, o que ganharam e depositaram eles
ponderá, pois, aos mensageiros dos gentios? Que io SENHOR mesmos levam para além das torrentes dos salgueiros; 8 por-
fundou a Sião, e nela encontram refúgio 1os aflitos do seu que o pranto rodeia os limites de Moabe; até Eglaim chega o
povo. seu clamor, e ainda até Beer-Elim, o seu lamento; 9 porque as
águas de 4 Dimom estão cheias de sangue; pois ainda acrescen-
Profecia contra Moabe tarei a Dimom: /leões contra aqueles que escaparem de Moa-
ªSentença contra Moabe. Certamente, numa noite be e contra os restantes da terra.
15 foi assolada b Ar de cMoabe e ela está destruída; cer-
tamente, numa noite foi assolada Quir de Moabe e ela está 16
Enviai ªcordeiros ao dominador da terra, bdesde
1Sela, pelo deserto, até ao monte da filha de Sião.

destruída. 2 Sobe-se ao 1 templo e a Dibom, aos altos, para 2 Como pássaro e espantado, lançado fora do ninho, assim
chorar; nos montes Nebo e Medeba, lamenta Moabe; dtodas são as filhas de Moabe nos vaus do d Arnom, que dizem:
as cabeças se tornam calvas, e toda barba é rapada. 3 Cin- 3 Dá conselhos, executa o juízo e faze a tua sombra no pino
gem-se de panos de saco nas suas ruas; nos seus terraços e nas do meio-dia como a noite; esconde os desterrados e não des-

• ;8 g_zRs ~6 ;~~8
20; 2; 9este o~culo,cesta ~rafe:-
29 h 2er 26.6 i2Rs 18.8 31 1Ou dos tempos designados 32 /SI 87 1,5 izc 11.11
CAPITULO 15 1 a 2Rs 3.4 b Dt 2 9; Nm 21.28 e Is 15.1-16.14; Jr 25.21, 48.1-47; Am 2.1-3; Sf 2.8-11 2 d Lv 21.5; Jr 48.37 1 Hebr.
bayith, lit. casa 3 eJr 48.38 4/Nm 21.28; 32.3; Jr 48.34 2eonforme TM, Te V; IJ<X e Slombos 5 8ls 16.11; Jr 48.31 h Jr 48.5 30uA
Terceira Eglate, uma cidade desconhecida, Jr 48.34 6 iNm 32.36 Q/2Rs 17.25; Jr 50.17 4eonforme TM e T; MMM e V Dibom; LXX
Rimam
CAPÍTUL016 1 ª2Rs3.4;Ed7.17b2Rs14.7;1s42.111Lit.Rocha 2cPvzr8dNm21.13
•14.28 sentença. Ver a nota em 13.1. Este oráculo deve ser datado ou tão cedo calvas. Os costumes das lamentações pelos mortos incluíam rapar a cabeça e
quanto 727 a.e .. quatro anos antes do ataque de Salmaneser a Samaria, ou tão barbear-se.
tarde quanto 715 a.e., catorze anos antes da queda de Samaria (2Rs 18.13). Essa •15.3 Cingem-se ... panos de saco ... choram. Esses eram costumes de la-
última data é preferível, visto que corresponde ao tempo da revolta dos filisteus mentação pelos mortos (v 2; 22.12; Jr 4.8; 41.5; 48.20,34; Lm 2.10).
contra a Assíria. ruas. Ver a nota em 24.11
•14.29 vara. Ver a nota em 10.5. Este é um rei da Assíria - ou Tiglate-Pileser Ili •15.4 Hesbom... Eleale. Estas duas cidades ficavam próximas uma da outra, a
(727 a C) ou Sargão (705 a e.) cerca de 1Okm ao norte de Medeba (v. 2). Hesbom foi capturada por Israel, sob o
quebrada. Essa fraqueza na hegemonia assíria é temporária. comando de Moisés (Nm 21 23-26).
áspide ... serpente voadora. Não há necessidade de identificarmos essas co- Jaza. Localizava-se às margens do rio Arnom. cerca de 32 km ao sul de Hesbom
bras com reis específicos. tais como Senaqueribe, Esar-Hadom ou Assurbanípal. (Nm 21.23; Jr 4834)
A idéia é que a força dos assírios continuará por mais de uma geração, _apesar da •15.5 O meu coração clama. Isaías claramente simpatiza mais com Moabe, a
sucessão de reis. terra de Rute (Is 16.11), do que com qualquer outra naçào
•14.30 pobres ... necessitados. Ver 11.4; SI 19.8 e notas. Zoar. Os moabitas fogem para Zoar, como seu antepassado Ló tinha feito (Gn
sobreviventes. Ver a nota no v. 22. 19 23-30)
•14.31 do Norte vem fumaça. Esta referência diz respeito à invasão assina. Luíte ... Horonaim. Cidades que ainda não foram identificadas. situadas prova-
velmente perto de Zoar (Jr 48.3,5,34).
•14.32 mensageiros. Os filisteus procuraram criar uma coalizão com Judá e
•15.6 águas de Ninrim. Provavelmente, um riacho sazonal situado a sudeste
outras nações, mas a resposta de Deus. por meio de Isaías. é clara. Deus
do mar Morto (Jr 48.34).
protegerá os seus, apesar da turbulência política e militar.
•15. 7 torrentes dos salgueiros. Talvez se trate do rio Zerede, situado na fron-
•15.1-16.14 Este oráculo de julgamento contra Moabe, provavelmente, tenha teira entre Moabe e Edom (v 8)
sido proferido por volta do tempo da derrota de Moabe, por Sargão. em 715 a.e.
•15.9 Dimom ... sangue. Dimom pode ser outra grafia para Dibom. uma cidade
Ver também 11.14; 25.1 O; Jr 48; Ez 25.8-11; Am 2.1-3; Sf 2.8-11 O oráculo diz
situada às margens do rio Amam
respeito à aflição de Moabe (cap. 15). bem como a reação à aflição de Moabe
leões. Os fugitivos vão de uma dificuldade a outra (cf Am 5.19) em sua fuga para
(cap. 16)
o sul. Finalmente, viram-se para Judá, no oeste, pedindo asilo (16.1-5).
•15.1 Sentença. Ver a nota em 13.1. •16.1 Enviai cordeiros. Os moabitas eram pastores (Nm 32.3-4) e podiam en-
Moabe. Moabe era uma nação situada a leste do mar Morto, entre os amonitas viar cordeiros como sinais de sua submissão (cf. 2Rs 3.4).
e os edomitas. Seus relacionamentos com Judá, freqüentemente, foram tensos. desde Sela. Os fugitivos estavam ou em Sela, um lugar naturalmente fortificado
Ar... Ouir. A cidade de Ar ficava às margens do rio Amam, e Ouir era a capital dos em Edom, ou em alguma fortaleza da montanha (no hebraico, sela' significa "'ro-
moabitas. cha"' ou "'penhasco"'). O tributo é enviado de seu posto avançado no território de
•15.2 Dibom, aos altos. Dibom era um lugar situado ao norte do rio Arnom. Judá.
dedicado à adoraçào do deus moab1ta, Ouemos Sião. Ver a nota em 1.8.
Nebo ... Medeba. Nebo era uma aldeia situada ao norte do rio Arnom, não muito •16.2 pássaro ... nos vaus. Os fugitivos tornaram-se refugiados. em sua fuga
distante do monte onde Moisés subiu para contemplar a Terra Prometida (Dt para o sul (15.8-9)
34.1 ). Medeba ficava a cerca de 8 km para sudeste. •16.3 sombra. Este versículo solicita proteção do calor do dia.
809 ISAÍAS 16, 17
cubras os fugitivos. 4 Habitem entre ti os desterrados de Moa- contra Moabe. 14 Agora, porém, o SENHOR fala e diz: Dentro
be, serve-llies de esconderijo contra o 2 destruidor. Quando 0 de três anos, tais 1como os de jornaleiros, será envilecida a
homem violento tiver fim, a destruição for desfeita e o opres- glória de Moabe, com toda a sua grande multidão; e o restan-
sor deixar a terra, 5 então, um etrono se firmará em benigni- te será pouco, pequeno e débil.
dade, e sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará com
fidelidade um que /julgue, busque o juízo e não tarde em fa- Profecia contra Damasco e Efraim
zer 8justiça. ªSentença' contra Damasco. Eis que Damasco dei-
6 Temos ouvido da hsoberba de Moabe, soberbo em extre- 17
xará de ser cidade e será um montão de ruínas. 2 2 As
mo; da sua arrogância, do seu orgulho e do seu furor; ;a sua cidades de b Aroer serão abandonadas; hão de ser para os re-
Jjactância é vã. banhos, que aí se deitarão e sem haver quem os espante. 3 d A
7 Portanto, iuivará Moabe, cada um por Moabe; geme- fortaleza de Efraim desaparecerá, como também o reino de
reis profundamente abatidos pelas pastas de uvas 1de Ouir- Damasco e o restante da Síria; serão como a glória dos filhos
Haresete. 8 Porque mos campos de Hesbom estão mur- de Israel, diz o SENHOR dos Exércitos.
chos; os senhores das nações talaram os melhores ramos 4 Naquele dia, a glória de Jacó será 3 apoucada, e e a gordu-
da nvinha de Sibma, que se estenderam até Jazer e se per- ra da sua carne desaparecerá. s !Será, quando o segador ajun-
deram no deserto, sarmentos que se estenderam e passa- ta a cana do trigo e com o braço sega as espigas, como quem
ram além do ªmar. 9 Pelo que prantearei, com o pranto de colhe espigas, como quem colhe espigas no vale dos Refains.
Jazer, a vinha de Sibma; regar-te-ei com as minhas lágri- 68Mas ainda ficarão alguns rabiscos, como no sacudir da oli-
mas, Pó Hesbom, ó Eleale; pois, sobre os teus frutos deve- veira; duas ou três azeitonas na ponta do ramo mais alto, e
rão e sobre a tua vindima, caiu já dos inimigos o eia, como quatro ou cinco nos ramos mais exteriores de uma árvore fru-
o de pisadores. 10 qFugiu a alegria e o regozijo do pomar; tífera, diz o SENHOR, Deus de Israel.
nas vinhas já não se canta, nem há júbilo algum; já não se 7 Naquele dia, h olhará o homem para o seu Criador, e os
pisarão as uvas nos lagares. Eu fiz cessar o eia dos pisadores. seus olhos atentarão para o Santo de Israel. 8 E não olhará
11 Pelo que por Moabe vibra como harpa o 'meu íntimo, e para os altares, obra das suas mãos, nem atentará para o que
o meu coração, por 4 Quir-Heres. 12 Ver-se-á como Moabe fizeram seus ;dedos, nem para os 4 postes-ídolos, nem para
se cansa 5 nos altos, como entra no santuário a orar e nada os altares do incenso. 9 Naquele dia, serão as suas cidades
alcança. fortes como os lugares 5 abandonados no bosque ou sobre o


13 Esta é a palavra que o SENHOR há muito pronunciou 6 cimo das montanhas, os quais outrora foram abandonados

4 2assoladorousaqueador 5 e11s 9.6-7; 32.1; 55.4; Dn 7.14; Mq 4.7; Lc 1.33; Ap 11.15]/SI 72.2 8ls 9.7 6 h Jr48.29; Am 2.1; Ob 3-4; SI
2.8, 1Oi Is 28.15 3 ostentação 7 i Jr 48.20 l 2Rs 3.25; Jr 48.31 8 m Is 24.7 n Is 16.9 o Jr 48.32 9 P Is 15.4 1O q Is 24.8; Jr 48.33
11 'ls15.5;63.15;Jr48.36;0s11.8;Fp2.14Quir-Haresete,v.7 12s1s15.2 141Jó7.1, 14.6;1s21.16
CAPÍTULO 17 1 •Gn 14.15; 15.2; 2Rs 16.9; Jr 49.23; Am 1.3-5; Zc 9.1; At 9.2 I Oráculo, Profecia 2 bNm 32.34 eJr 7.33 2Conlorme TM e
V; LXX Ela será abandonada para sempre; T Suas cidades serão abandonadas e desoladas 3 d Is 7.16; 8.4 4 e Is 10.16 3 murchará S /is
17 11, Jr 51.33; JI 3.13; Mt 13.30 6 g Dt 4.27; Is 24.13; Ob 5 7 h Is 10.20; Os 3.5; Mq 7.7 8 i Is 2.8; 31.7 4 Hebr. Asherim, divindades
cananitas 9 5 LXX os heveus; T devastados; V como os arados ô LXX amorreus; Tem ruínas; V chifre
•16.4 violento ... opressor. Os assírios. isso seja uma referência à expressão da rebelião contra Sargão, rei da Assíria, em
•16.5 em benignidade. Deus tinha feito uma aliança com Davi 155.3; 2Sm 715a.C.
22.51; SI 89.28; ver a nota em 54.8). Em Jesus, o Filho de Davi, as nações encon- glória. A palavra profética aplica-se a todos quantos se exaltam e perturbam o
traram abrigo IAt 15.16-17). povo de Deus. A salvação está no Messias lv. 5), mas aqueles que buscam
trono ... tabernáculo de Davi. A esperança está no Senhor e em suas refúgio por razões políticas ou econômicas não encontrarão abrigo em Sião.
promessas a Davi 19.2-7; 11.1-9; Am 9.11-12). •17.1-14 Este oráculo de julgamento a respeito de Damasco pode ser datado du-
•16.7 Ver "Deus Vê e Conhece: a Onisciência Divina", em Pv 15.3. rante a crise s1ro-efraimita de 734-732 a.e.
pastas de uvas. Há versões que dizem aqui "fundamentos", mas nossa versão •17.1 Sentença. Ver 13.1.
está correta na tradução do original hebraico. Damasco. Além de ser a capital da Sína, também era o eixo comercial ao longo
•16.8 Hesbom ... Sibma. Estes lugares não ficavam distantes um do outro das rotas comerciais entre a Mesopotâmia, o Egito e a Arábia. Damasco foi
115.4; Jr 48.32). capturada por Tiglate-Pileser Ili em 732 a C.
vinha. Osimbolismo da vinha 15.1-7) é aplicado aqui a Moabe. •17.2 Aroer. Esta cidade estava localizada às margens do rio Amam 12Rs 10.3
Jazer... mar. Jazer ficava no extremo norte do território moabita. 2-33). Ocontrole político exercido pela Síria ampliava-se, às vezes, até o Arnom.
•16.9 prantearei ... regar-te-ei. Isaías fica comovido diante da desolação das •17.3 fortaleza ... Efraim. As "cidades fortes" (v. 9) de Israel já estavam
excelentes vinhas. enfraquecidas em torno de 732 a.C.19.1, nota) e deixaram de existirem. 722 a.C.
Eleale. Ver 15.4. restante. Diferindo de Israel, a Síria não tem remanescente.
•16.11 vibra como harpa o meu intimo... o meu coração. Estas palavras •17 .5 vale dos Refains. Vale luxuriante localizado a sudoeste de Jerusalém, era
descrevem uma tristeza profundamente sentida lv. 9; 21.3-4; cf. Jr 48.36). Ver a a entrada para as planícies ocidentais IJs 15.8; 18.16; 2Sm 5.18,22; 1Cr 14.9).
nota em 15.5. •17. 7 homem. O remanescente fiel busca seu Criador.
•16.12 altos ... santuário. Ver a nota em 15.2. Criador. O profeta contrasta as obras de Deus com as obras de suas criaturas.
•16.13 o SENHOR há muito pronunciou. Este sumário diz respeito à aflição dos Ver a nota em 2.8.
moabitas em forma de prosa. Ou é uma revelação no passado ou uma referência •17 .8 postes-ídolos. Hebr. asherim. Ver a nota textual. Plural de Aserá, a deusa
aos oráculos encontrados em 15.1-9 ou 15.1-16.12. cananéia da fertilidade, simbolizada por bosques sagrados e postes-ídolos 127.9;
•16.14 Dentro de três anos. A desolação de Moabe estava às portas. Talvez Êx 34.13; Dt 16.21; Jz 2.13).
1

~
ISAÍAS 17-19 810
ante os filhos de Israel, e haverá assolação; 10 porquanto te nos montes, olhai; e, quando se tocar a trombeta, escutai.
esqueceste ido Deus da tua salvação e não te lembraste da 4 Porque assim me disse o SENHOR: 2 0lhando da minha
Rocha 7 da tua fortaleza. Ainda que faças plantações formo· morada, estarei calmo como o ardor quieto do sol resplan-
sas e plantes mudas de fora, 11 e, no dia em que as plantares, decente, como a nuvem do orvalho no calor da sega. s Por-
as fizeres crescer, e na manhã seguinte as fizeres florescer, que antes da vindima, caída já a flor, e quando as uvas
ainda assim a colheita voará no dia da tribulação e das dores amadurecem, então, podará os sarmentos com a foice e
incuráveis. cortará os ramos que se estendem. 6 Serão deixados juntos
12 Ai do bramido dos grandes povos que bramam 1como às aves dos montes e aos animais da terra; sobre eles vera-
bramam os mares, e do rugido das nações que rugem como ru- nearão as aves de rapina, e todos os animais da terra passa·
gem as impetuosas águas! 13 Rugirão as nações, como rugem rãa o inverno sobre eles.
as muitas águas, mas Deus as mrepreenderá, e fugirão para lon- 7 Naquele tempo, será levado rum presente ao SENHOR
ge; nserão afugentadas como a palha dos montes diante do dos Exércitos 3 por um povo de homens altos e de pele bru-
vento e como pó levado pelo tufão. 14 Ao anoitecer, eis que há nida, povo terrível, de perto e de longe; por uma nação po-
pavor, e, antes que amanheça o dia, já não existem. Este é o derosa e esmagadora, cuja terra os rios dividem, ao lugar do
quinhão daqueles que nos despojam e a sorte daqueles que nos nome do SENHOR dos Exércitos, ao monte Sião.
saqueiam.
Profecia contra o Egito
1
Profecia contra a Etiópia ªSentença contra o Egito. Eis que o SENHOR,

18 Ai ªda terra onde há o roçar de muitas asas de inse-


tos, que está além dos rios da 1 Etiópia; 2 que envia
19 valgando uma nuvem ligeira, vem ao Egito; cos ído-
2
los do Egito estremecerão diante dele, e o coração dos
bca·

embaixadores por mar em navios de papiro sobre as águas, egípcios se derreterá dentro deles. 2 Porque d farei com que
dizendo: Ide, mensageiros velozes, a uma nação de ho- egípcios se levantem contra egípcios, e cada um pelejará
mens altos e de pele brunida, a um povo terrível, de perto e contra o seu irmão e cada um contra seu próximo; cidade
de longe; a uma nação poderosa e esmagadora, cuja terra contra cidade, reino contra reino. 3 O espírito dos egípcios
os rios dividem. 3 Vós, todos os habitantes do mundo, e se esvaecerá dentro deles, e anularei o seu conselho; eles


vós, os moradores da terra, bquando se arvorar a bandeira e consultarão os seus ídolos, e encantadores, e necromantes,

tOi?l 68.19; ls51.13 ldoteurefúg10 t211s5.3Ó; Jr6.23; Ez43.2; Lc 21.25 13 ms19.5; ls41.11 nSl83.13; Os 13.3
ª
CAPITULO 18 1 2Rs 19 9; Is 20.4-5; Ez 30.4-5,9; Sf 2 12; 3.1 O 1Hebr Cush 3 bis 5.26 4 2Vigiando 7 cs1 68.31; 72.10; Is 16.1; Sf
3.10;,MI 1.11; At 8 27-38 3TM omite por, MMM, LXX e V de, T para •
CAPITULO 19 1 ªJr 9.25-26; Ez 29.1--30 19; JI 3.19 bSI 18.10; 104.3; Mt 26.64; Ap 1.7 eEx 12.12; Jr 43.12 1 Oráculo, Profecia 2tremeráo
2 d Jz 7 22; 1Sm14 16,20; 2Cr 20.23; Mt 10.21,36 3e1Cr 10.13; Is 8.19; 47.12; Dn 2.2
•17.1 Oesqueceste... não te lembraste. Esta expressão descreve a apostasia •18.2 navios de papiro. Esses navios eram embarcações feitas de papiro, que
IDt 4.9,23; 8.11. 14, 19; 32.18) os núbios podiam usar para enviar mensageiros que incitassem as nações a se
Rocha. Ver a nota em 8.14-15. rebelarem contra a Assíria
fortaleza. Somente o Senhor é a força do seu povo 125.4; 27.5), em contraste altos e de pele brunida. Épossível que esta frase se refira à aparência im-
com as soluções políticas e militares lv 9; 23.11, 14; 30.2). pressionante dos homens da nação ou das nações que os remotos núbios esta-
plantações formosas e plantes mudas de fora. Esta referência, provavel- vam tentando despertar
mente, indique ritos de fertrlidade dos povos cananeus. Israel havra cultivado •18.3 habitantes do mundo. Aqueles a quem se dirigia este oráculo observa-
relacionamentos com seus vizinhos e tinha adotado os seus costumes r.ao o que o Senhor está fazendo.
•17.11 as fizeres crescer. Talvez estas palavras aludam a uma prática pagã na bandeira. Ver a nota em 5.26. Trombetas também eram comumente usadas
qual plantas envasadas eram forçadas a brotar, a fim de garantir colheitas férteis como sinais na guerra.
colheita. Ofim nada trará, senão a desgraça •18.4 minha morada, estarei calmo. O Senhor, com paciência, observa a
•17.12 bramam os mares... impetuosas águas. O poder destruidor das rebelião das nações ISI 2.1-4)
nações parece ser como o dos "mares" e das "impetuosas águas" 18.7, nota). o ardor quieto do sol ... nuvem do orvalho. Estas palavras exprimem a quie-
Nos mitos do antigo Oriente Próximo, o mar representa o caos e a morte IEz 28.2; tude enquanto Deus espera para agir (ver 25 5)
32.2 e notas). •18.5-6 Estes versículos contêm duas figuras do Julgamento divino. Na primeira, há
•17.13 palha ... pó levado pelo tufão. Ser tangrdo como a palha lcf 29.5; a poda das videiras antes da colheita, para estimular o desenvolvimento das uvas,
41.15-16; SI 83.13) revela a ausência de vida, de valor e de estabilidade. dos "sarmentos" e dos "ramos" Em segundo lugar, há as carcaças das quais as
montes. O grão é peneirado nos altos das colinas batrdas pelo vento. "aves de rapina" e os animais ferozes se alimentam. Contrastar com 31.5
•17.14 pavor. Uma série imprevisível de tribulações 124 17-18) aparecerá no dia veranearão ... inverno. A duração do tempo implicada enfatiza quão extensa
da ira do Senhor 122.5). O Senhor sempre protege o seu povo Ele é o Emanuel será a carnificina.
17 14, nota; 8.8, nota; 8.10, nota), o qual retribui aos povos o mal feito contra o •18.7 um presente. As nações oferecem sinais de submissão (13.4, nota; 16.1,
seu povo nota).
•18.1 Ai. Ver a nota em 1.4. altos e de pele brunida. Ver o v. 2.
terra ... roçar de muitas asas. Isso pode srgnificar ou uma terra de "muitos lugar. Otemplo era o sinal do Antigo Testamento do Reino de Deus IDt 12.5, 11 ).
insetos" ou de "murtos navros" (conforme diziam as traduções antigas). •19.1-20.6 Um oráculo de julgamento acerca do Egito. Ern contraste com o
Etiópia. A Etiópia da Biblra ou "Cuxe" ficava na região remota do Sul do Egito e cap. 20, a lrnguagem do cap. 19 é srmbólica, não historicamente específica.
além, incluindo a Núbia, ao sul da quarta catarata do rio Nilo. Sabaco, da Núbia, •19.1 Sentença. Mensagem profética 113.1, nota).
governou o baixo Egito a partir de 715 a.C. IXJ0/ dinastia). A administração dele •19.3 os seus ídolos ... feiticeiros. Quanto à idolatria e à adivinhação, ver
tentou ampliar a sua influência para o Norte, para a região do delta do Nilo. 2.6,8; 8.19.
e feiticeiros. 4 Entregarei os egípcios !nas mãos de um senhor
duro, e um rei feroz os dominará, diz o Senhor, o SENHOR dos
811
rão e temerão ao levantar-se da mão do SENHOR dos
Exércitos, sque ele agitará contra eles. 17 A terra de Judá será
ISAÍAS 19
l
Exércitos. s gSecarão as águas do Nilo, e o rio se tomará seco espanto para o Egito; todo aquele que dela se lembrar en-
e árido. 6 Os canais exalarão mau cheiro, e os braços hdo Nilo cher-se-á de pavor por causa do propósito do SENHOR dos
diminuirão e se esgotarão; as canas e os juncos se murcharão. Exércitos, do que 1determinou contra eles.
7 A relva que está junto 3 ao Nilo, junto às suas ribanceiras, e 18 Naquele dia, haverá cinco cidades na terra do Egito que
tudo o que foi semeado junto dele se secarão, serão levados "falarão a língua de Canaã e vfarão juramento ao SENHOR dos
pelo vento e não subsistirão. B Os pescadores gemerão, suspi· Exércitos; uma delas se chamará Cidade 6 do Sol.
rarão todos os que lançam anzol ao rio, e os que estendem 19 Naquele dia, o SENHOR xterá um altar no meio da terra
rede sobre as águas desfalecerão. 9 Consternar-se-ão os que do Egito, e uma coluna se erigirá ao zSENHOR na sua fronteira.
trabalham em iJinho fino e os que tecem pano de algodão. 20 ªServirá de sinal e de testemunho ao SENHOR dos Exércitos
10 Os seus grandes serão esmagados, e todos os jornaleiros na terra do Egito; ao SENHOR clamarão por causa dos opresso-
andarão de alma entristecida. res, e ele lhes enviará um bsalvador e defensor que os há de li-
11 Na verdade, são néscios os príncipes de iZoã; os sábios vrar. 21 O SENHOR se dará a conhecer ao Egito, e os egípcios
conselheiros de Faraó dão conselhos estúpidos; 1como, pois, cconhecerão o SENHOR naquele dia; sim, eles o dadorarão
direis a Faraó: Sou filho de sábios, filho de antigos reis? com sacrifícios e ofertas de manjares, e farão votos ao SE-
12 monde estão agora os teus sábios? Anunciem-te agora ou NHOR, e os cumprirão. 22 Ferirá o SENHOR os egípcios, ferirá,
informem-te do que o SENHOR dos Exércitos ndeterminou mas os e curará; converter-se-ão ao SENHOR, e ele lhes atende-
contra o Egito. 13 Loucos se tornaram os príncipes de Zoã, rá as orações e os curará.
ºenganados estão os príncipes de 4 Mênfis; fazem 5 errar o 23 Naquele dia, /haverá estrada do Egito até à Assíria, os
Egito os que são a pedra de esquina das suas tribos. 14 O assírios irão ao Egito, e os egípcios, à Assíria; e os egípcios
SENHOR derramou no coração deles Pum espírito estonteante; gadorarão com os assírios.
eles fizeram estontear o Egito em toda a sua obra, como o bê- 24 Naquele dia, Israel será o terceiro com os egípcios e os
bado quando cambaleia no seu vômito. IS Não aproveitará ao assírios, uma bênção no meio da terra; 2s porque o SENHOR
Egito obra alguma que possa ser feita qpela cabeça ou cauda, dos Exércitos os abençoará, dizendo: Bendito seja o Egito,
pela palma ou junco. meu povo, e a Assíria, hobra de minhas mãos, e Israel, minha
16 Naquele dia, os egípcios 'serão como mulheres; treme- herança.
~~~~~~~~~~~~
~ 4/ls 20.4; Jr 46.26; Ez 29.19 5 g1s 50 2; Jr 51.36; Ez 30.12 6 h 2Rs 19.24 7 3 Lit. o rio 9i1Rs 10.28; Pv 7.16; Ez 27.7 11 iNm
13.22; SI 78.12,43; Is 30.4 l Gn 41.38-39; 1As 4.29-30; At 7.22 12 m 1Co 1.20 n SI 33.11 13 o Jr 2.16; Ez 30.13 4 Hebr. Noph 5 Lit.
cambalear 14P1Rs22.22;1s29.10 1Sqls9.14-16 16rJr51.30;Na3.13Sls11.15 17tls14.24;Dn4.35 18USf3.9Vls
45.23 ó Conforme alguns mss. Hebr., Arab, MMM, Te V; TM de Destruição; IJ()(asedek, lit., em Hebr., de Justiça 19 XGn 28.18; ~x 24.4; Js
22 10,26-27; Is 56. 7; 60.FSI 68.31 20 a Js 4.20; 22.27 b Is 43.11 21 C[ls 2.3-4; 11.9] d Is 56.7; 60.7; Zc 14.16-18; MI 1.11 22 e Dt
32.39; Is 30.26; 57.18; [Hb 12.11] 23 /is 11.16; 35.8; 49.11, 62.1 Og Is 27.13 25 h Dt 14.2; SI 100.3; Is 29.23; Os 2.23; [Ef 2.1 O]
•19.4 um senhor duro, e um rei feroz. O Egito, por igual modo, será subjuga- •19.16 ao levantar-se da mão. Ver a nota em 14.26-27.
do; talvez isso seja uma alusão à crueldade de Faraó, antes do êxodo IÊx 6.9). •19. 18 cinco cidades. Não apenas uma, mas cinco cidades voltar-se-ão para o
o SENHOR dos Exércitos. Ver a nota em 1 9 Senhor.
•19.5 rio ... seco. Isso significa desastre econômico em um país cuja vida língua de Canaã. Isso mostra quão grande mudança está em vista, porquanto
depende do rio Nilo. Deus pode facilmente secar as muitas águas do rio Nilo. qualquer coisa que pertencesse aos cananeus era uma abominação para os
•19.6 as canas e os juncos. Contrastar com 35.6-7. egípcios (Gn 43.32; 46.34).
•19.7 junto ao Nilo. O Egito era a despensa de muitos países, por causa das juramento ao SENHOR. Ou seja, submeter-se-ão completamente a Deus.
enchentes regulares do rio Nilo IGn 41.57). Cidade do Sol. Éprovável que seja uma referência a Heliópolis. OTexto Masso-
•19.9 linho fino •.• pano de algodão. O julgamento divino contra o Egito cai rético traz "Cidade de Destruição", mas alguns escribas judeus parodiaram o
sobre as importantes indústrias da pesca (v. 8) e produtos de linho, por causa dos nome mudando a palavra hebraica para "sol" pela quase idêntica palavra para
quais o Egito ficou famoso. "destruição" !ver nota textual).
•19.10 Os seus grandes. O significado da palavra hebraica correspondente é •19.20 sinal... testemunho. Oaltar lv. 19) significa o compromisso deles com o
incerto. Alguns acreditam que temos aqui uma metáfora para os nobres, que Senhor lcf. Gn 12.8; 28.22; Js 22.26-29)
seriam o "alicerce" da sociedade, em contraste com os "jornaleiros". Outros su- salvador e defensor. Deus preencherá esses papéis para livrá-los dos
gerem os "tecelões" de tecidos. Oassunto em questão é que todos os aspectos opressores, tal como ele fez por Israel nos dias dos juízes IJz 2.18; 3.9,15).
da sociedade sofrerão muito. •19.22 Ferirá ••. curará. A disciplina divina atrairá os egípcios para o Senhor
•19.11 néscios. Deus reduz a sabedoria dos sábios a insensatez. 130.26; Os 6.1; 14.1-2,4)
Zoã. Esta cidade, também conhecida como Tânis, era uma cidade do delta do •19.23 estrada. A construção dessa ligação entre o Egito e a Assíria simboliza a
Nilo INm 13.22; SI 78.12,43) e era a capital do Egito na época. remoção da alienação entre essas duas nações (cf. 11.16, nota).
conselheiros .•. conselhos estúpidos. Ver a nota em 11 .2. do Egito até à Assíria. Estas duas grandes culturas encontraram unidade em
filho de sábios, filho de antigos reis. Esta observação sarcástica zomba da um compromisso comum com o Senhor.
reivindicação de sabedoria pelo Egito lcf. 1Rs 4.29-31 ). •19.24 bênção no meio da terra. Israel, Egito e Assíria reunir-se-ão sob as pro-
•19, 12 Onde estão agora os teus sábios. Estas palavras, dirigidas a Faraó, messas patriarcais iGn 12.2-3).
continuam a levantar uma polêmica contra o orgulho humano 11 Co 1.20). •19.25 povo ... obra de minhas mãos ... herança. Cada um participará em ple-
•19.13 príncipes... a pedra de esquina. Entre esses líderes estavam incluídos na associação da aliança, com três designações significativas: "povo" (cf. 10.24;
chefes políticos, econômicos e religiosos. 40.1, nota; SI 100.3; Jr 11.4; Os 2.23); "obra das minhas mãos" 160.21; SI
Mênfis. Esta cidade, do Baixo Egito, era a sua antiga capital. 119.73; 138.8); e "herança" IDt 32.9).
ISAÍAS 20, 21 812
Profecia do cativeiro dos egípcios e dos etíopes estão cheios de angústias; e dores se apoderaram de mim
No ano em que dTartã 1 , enviado por Sargão, rei da como as de parturiente; 2 contorço-me de dores e não posso
2O Assíria, veio a Asdode, e a guerreou, e a tomou, 2 nes-
se mesmo tempo, falou o SENHOR por intermédio de Isaías, fi-
ouvir, desfaleço-me e não posso ver. 4 O meu coração camba-
leia, o horror me apavora; fa noite que eu desejava se me tor·
lho de Amoz, dizendo: Vai, solta de teus lombos bo pano nou em tremores.
grosseiro de profeta e tira dos pés o calçado. Assim ele o fez, s gPõe-se a mesa, estendem-se tapetes, come-se e bebe-se.
Cjndo despido e descalço. 3 Então, disse o SENHOR: Assim Levantai-vos, príncipes, untai o escudo. ó Pois assim me disse
como Isaías, meu servo, andou três anos despido e descalço, o Senhor: Vai, põe o atalaia, e ele que diga o que vir. 7 Quando
d por sinal e prodígio contra o Egito e contra a Etiópia, 4 assim vir uma tropa de cavaleiros de dois a dois, uma tropa de ju-
o erei da Assíria levará os presos do Egito e os exilados da mentos e uma tropa de camelos, ele que escute diligentemen-
Etiópia, tanto moços como velhos, despidos e descalços e te com grande atenção. 8 3 Então, o atalaia gritou como um
!com as nádegas descobertas, para vergonha do Egito. leão: Senhor, sobre a htorre de vigia estou em pé continua-
s gEntão, se assombrarão os israelitas e se envergonharão por mente durante o dia e de guarda me ponho noites inteiras.
causa dos etíopes, sua esperança, e dos egípcios, sua glória. 9 Eis agora vem uma tropa de homens, cavaleiros de dois a
ó Os moradores desta região dirão naquele dia: Vede, foi isto dois. Então, ergueu ele a voz e disse: iCaiu, caiu Babilônia; e
que aconteceu àqueles em quem esperávamos e a quem fugi· itodas as imagens de escultura dos seus deuses jazem despe-
mos por hsocorro, para livrar-nos do rei da Assíria! Como, daçadas por terra. 10 10h! Povo meu, debulhado e batido
pois, escaparemos nós? como o trigo da minha eira! O que ouvi do SENHOR dos Exér-
citos, Deus de Israel, isso vos anunciei.
Profecia contra a Babilônia
1
Sentença contra o deserto do mar. Como os ªtufões Profecia contra Dumá
21 vêm do Sul, ele virá do deserto, da horrível terra.
2 Dura visão me foi anunciada: bo pérfido procede perfida-
11 msentença 4 contra Dumá. Gritam-me de nseir: Guar-
da, a que hora estamos da noite? Guarda, a que horas? 12 Res·
mente, e o destruidor anda destruindo. e sobe, ó Elão, sitia, ó pondeu o guarda: Vem a manhã, e também a noite; se quereis
Média; já fiz cessar todo gemer. 3 Pelo que os dmeus lombos perguntar, perguntai; voltai, vinde .

• CAPiruw-;o -~; 18~17 1-~ ~


2;s c;,,;;,dante ~~
ch:f;- 2 bzc 134; Mt 34 cism 1924; Mq 1 8 3 dls 8.18 4 eis 194/2Sm
10.4; \s 3.17; Jr 1322; Mq 1.11 5 82Rs 18.21. Is 30.3-5; 31 1. Ez 29.6-7 6 h Is 30 5.7
CAPÍTUL021 1 ªZc9.1410ráculo,Profecia Zbls33.1 cls13.17;22.6;Jr49.34 Jdls15.5;16.11 e1s13.82Lit.encurvo-me 4/Dt
28.67 5 8Jr 51.39; Dn 5.5 8 hHc 2.1 3MMMEntãooata/aiagntou. Meu Senhor' 9 ils 13.19; 47.5,9; 48.14; Jr51.8; Dn 528,31; Ap 14.8;
182 ils 46.1; Jr 50 2; 51.44 1O IJr 51.33; Mq 4.13 11 mGn 25 14; 1er1.30; Js 15.52 nGn 32.3; Jr 49.7; Ez 352; Ob 1 4 Oráculo, Profecia
•20.1 Tartã. Provavelmente, não se trate de um nome. mas de um título para nar-se-á um deserto ou tão boa quanto um deserto para qualquer um que buscas-
designar um oficial de alta patente do exército assírio lver nota textual) se dali a sua salvação.
Sargão. Este é Sargão li. rei da Assíria de 721 a 705 a e. •21.2 Dura visão. Oprofeta está esmagado por aquilo que ele vê.
Asdode. Esta cidade filistéia rebelou-se contra a Assíria por instigação de procede perfidamente ... destruindo. No decurso da guerra que está se man-
Sabaco. o rei da Núbia 118 1). em 713 a.e. Ela caiu em 711. Uma inscrição que tendo.
menciona Sargão por nome foi escavada em Asdode. E/ão ... Média. OElão foi uma das principais regiões da Pérsia. Aliou-se à Média
20.2 pano grosseiro ... tira dos pés o calçado. OSenhor ordenou que Isaías em 700 a e Talvez como parte do exército assírio 15.26, nota). o Elão tenha ajuda-
se vestisse parcialmente, como um cativo que estivesse indo para o exílio. O do a conquistar a Babilônia em 689 a.e .. o que certamente fizeram em 539 a.C.
cilício ou pano grosseiro era uma veste usada em ocasiões de luto 115.3; 22.12; 111.11, 1317,notas).
37.1-2; 58.5). ou então as vestes distintamente proféticas 12Rs 1.8; Zc 13.4) já fiz cessar. O su1eito indefinido poderia referir-se ao gemido da Babilônia sob o
•20.3 meu servo. Esta expressão refere-se a uma posição de confiança e honra domínio da Assíria ou ao gemido das nações controladas pela Babilônia. Oprimeiro
na presença de Deus. Moisés era amigo e servo de Deus IÊx 14.31; Nm 12.7-8; caso é mais provável, porque a Babilônia se ergueu à posição de hegemonia em
Dt 34.5). Também incluídos entre os servos de Deus estiveram Abraão ISI 605 a.e.
10542); Jacó (Ez 28.25); Josué IJs 24.29); Davi 137.35; 2Sm 3.18; SI 132.1 O); o •21.3-4 As expressões destes versículos transmitem grande sofrimento psicoló-
Servo Sofredor (52.13-53.12); e grupos de pessoas, como os profetas 144 26). gico por parte do profeta 116.9-11; 22.4; cf Dn 8.27; 10.16-17) A notícia da que-
e o Israel restaurado (41.8-9; 43.1 O; 44.1-2,21, 45.4; 48.20). Os servos de Deus da da Babilônia deve ter deixado Isaías aflito, porque agora ninguém poderia
podem sofrer. mas foi-lhes prometida uma grande herança na qualidade de "ser- resgatar Judá das mãos da Assíria.
vos do Senhor" (54.17; 65.8-9, 13-15; 66.14) •21.5 untai o escudo. Preparai-vos para a batalha.
três anos. Estes três anos designariam o tempo em que Isaías andou como um •21.6 atalaia. Isaías é o atalaia de Deus em Judá.
sinal ou a duração antes que o sinal se cumprisse •21.7 tropa ... camelos. Provavelmente, sinais de um exército que se aproximava.
sinal e prodígio. O estilo profético de vida 18.18; cf Dt 13.1-2; Jr 32 20) apon- •21.9 Caiu, caiu Babilônia. Finalmente, o poder sedutor da Babilônia, sua reli-
tava para a insensatez de depender do Egito, porquanto o Egito, como qualquer gião 117. 7-9; 27.9; 46.1-13) e sua cultura chegaram ao fim 11319).
nação, era vulnerável. •21.10 debulhado e batido como o grão da minha eira. Judá é retratado
como um povo oprimido, muito semelhante ao grão sob o trilho da debulha
•20.4 rei da Assíria. Esar-Hadom cumpriu essa profecia, em 671 a.e.
(28.27-28; 41.15-16; Am 13) Ver a nota em 40.1.
•20.6 naquele dia. Ver a nota em 2.11.
•21.11 Sentença. Ver a nota em 13.1.
esperávamos. Odestino do Egito persuadirá o povo de que nenhum aliado pode Dumá. Um oásis em Edom, na interseção das estradas do mar Vermelho para
ajudá-los a escapar. Palmira e do golfo Pérsico para Petra.
•21.1 Sentença. Ver a nota em 13 .1. Seir. Edom. Os edomitas perguntam ao profeta o que o futuro trará.
deserto do mar. Provavelmente, tenhamos aqui uma paródia sarcástica. A re- •21 .12 manhã... noite. Ofuturo traz tanto esperança quanto julgamento, espe-
gião sul da Babilônia, no golfo Pérsico, conhecida como "Terra do Mar", tor- cificamente, alívio do domínio assírio seguido pela opressão babilônica.
,
813 ISAÍAS 21, 22
Profecia contra a Arábia um derribar de muros e clamor que vai até aos montes. 6 Por-
13 ºSentenças contra a Arábia. Nos bosques da Arábia, que eElão tomou a aljava e vem com carros e cavaleiros; e
passareis a noite, ó caravanas Pde dedanitas. 14 Traga-se água /Quir descobre os escudos. 7 Os teus mais formosos vales se
ao encontro dos sedentos; ó moradores da terra de Tema, le- enchem de carros, e os cavaleiros se põem em ordem às portas.
vai pão aos fugitivos. 15 Porque fogem de diante das espadas, SgTira-se a 3 proteção de Judá. Naquele dia, olharás para as ar-
de diante da espada nua, de diante do arco armado e de dian- mas h da Casa do Bosque. 9 ;Notareis as 4 brechas da Cidade de
te do furor da guerra. 16 Porque assim me disse o Senhor: Davi, por serem muitas, e ajuntareis as águas do açude inferior.
Dentro de um ano, qtal como o de jornaleiro, toda a glória de lo Também contareis as casas de Jerusalém e delas derribareis,
rQuedar desaparecerá. 17 E o restante do número dos flechei- para fortalecer os muros. 11 ifareis também um reservatório
ros, os valentes dos filhos de Quedar, será diminuto, porque entre os dois muros para as águas do 'açude velho, mas não co-
assim o disse o SENHOR, Deus de Israel. gitais de olhar para cima, para aquele que suscitou essas cala-
midades, nem considerais naquele que há muito as formou.
Profecia contraferusalém 12 O Senhor, o SENHOR dos Exércitos, mvos convida naquele
1 Sentença contra o vale da Visão. Que tens agora, dia para chorar, prantear, nrapar a cabeça e cingir o cilício.
22 que todo o teu povo sobe aos telhados? 2 Tu, cidade
que estavas cheia de aclamações, cidade 2 estrepitosa, ªcidade
13 Porém é só gozo e alegria que se vêem; matam-se bois, de-
golam-se ovelhas, come-se carne, ºbebe-se vinho e se diz: P Co-
alegre! Os teus mortos não foram mortos à espada, nem morre- mamos e bebamos, que amanhã morreremos. 14 q Mas o
ram na guerra. J Todos os teus príncipes fogem à uma e são SENHOR dos Exércitos se declara aos meus ouvidos, dizendo:
presos sem que se use o arco; todos os teus que foram encon- Certamente, esta maldade 'não será perdoada, até que mor-
trados foram presos, sem embargo de já estarem longe na fuga. rais, diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos.
4 Portanto, digo: desviai de mim a vista be chorarei amarga-
mente; não insistais por causa da ruína da filha do meu povo. Sebna é degradado. Eliaquim é exaltado
5 cPorque dia de alvoroço, de atropelamento e confusão é este 15 Assim diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos: Anda, vai
dda parte do Senhor, o SENHOR dos Exércitos, no vale da Visão: ter com esse administrador, com 5 Sebna, o mordomo, e per-
~~~~~~~~~~~~
~ 13 o Jr 25.24; 49.28 P Gn 10.7; 1Cr 1.9,32; Jr 25.23; Ez 27.15 5 Oráculo. Profecia 16 q Is 16.14 'SI 120.5; Ct 1.5; Is 42.11; 60.7; Ez 27.21
CAPÍTUL022 l IOráculo,Profecia 2ª1s32.132turbulenta 4bJr4.19 scls37.3dLm1.5;2.2 6eJr49.35Íls15.1 Sg2Rs
18.15-16 h 1As 7.2; 10.17 3 Lit. cobertura 9 i2Rs 20.20; 2Cr 32.4; Ne 3.16 4 Nos muros 11 iNe 3 16 12Rs 20.20; 2Cr 32.3-4 12 m Is
32.11; JI 1.13; 2. 17 nEd 9.3; Is 15.2; Mq 1.16 13 ªIs 5.11,22; 28.7-8; Lc 17.26-29 Pls 56.12; 1Co 15.32 14 Qls 5.9 '1Sm3.14; Ez 24.13
15 s 2Rs 18.37; Is 36.3
•21.13 Sentença. Ver a nota em 13.1. •22.4 não insistais. A tristeza do profeta era profunda demais para ele receber
dedanitas. Dedã era um oásis situado a cerca de 300 km ao sul de Dumá (Ez consolo. Ver a nota em 21.3-4.
27.20; 38.13) •22.5 dia. O Dia do Senhor. Ver a nota em 2.11.
•21.14 Tema. Tema também era um oásis localizado a cerca de 140 km ao norte de alvoroço, de atropelamento e confusão. Estas figuras de linguagem são
de Dedã (Jr 25.23). Ds povos do deserto providenciam alimentos e água para os uma vívida descrição de desolação e destruição (18.2.7; Dt 28.20; Ez 7.7; Am 3.9;
fugitivos da batalha. Zc 14.13)
•21.16 Dentro de um ano. A glória da Arábia será diretamente afetada por derribar de muros e clamor. Há uma ansiedade frenética e gritos de angústia.
aquilo que acontece na Babilônia. •22.6 Elão ... Ouir. Ver as notas em 11.11; 21.2. Estas nações situadas a leste da
Quedar. A Arábia. incluindo a Síria; a área era habitada por tribos beduínas (Jr Babilônia aliaram-se à Assíria no cerco a Jerusalém (5.26, nota).
49 28-29). •22.8 Casa do Bosque. Isso era aparentemente um depósito de armas situado
•22.1-25 Um oráculo de julgamento acerca do vale da Visão, em Jerusalém. A perto do templo (1 Rs 7.2-5).
colocação de um oráculo concernente a Jerusalém no meio de oráculos contra as •22.9 Cidade de Davi. Jerusalém.
nações estrangeiras pode ser explicada pela associação histórica de Jerusalém açude inferior. Isso pode ser o tanque de Siloé. Ezequias mandou construir
com a Babilônia. Jerusalém havia confiado na Babilônia durante a hegemonia edifícios ao seu redor para que os habitantes de Jerusalém tivessem acesso a
assíria, mas finalmente foi levada em cativeiro por sua anterior aliada. O motivo ele, ao mesmo tempo em que negava entrada aos inimigos que viessem de fora
pode ser a rebelião de Asdode e a campanha militar assíria de 711 a.C. ou o (Lc 134; Jo 97, 11)
levantamento do cerco de Jerusalém após a devastação de Judá em 701 a.C. •22.11 açuda velho. Provavelmente, a fonte de Giom, também conhecida
•22.1 Sentença. Ver a nota em 13.1. como "açude superior" (7.3; 36 21
vale da Visão. Isso pode ter a intenção de servir de afronta, pois a cidade não cogitais de olhar... nem considerais. Enquanto se ocupavam em planejar
construída em urna colina (2.1) é agora um vale. e fortificar Jerusalém. eles se esqueceram do Senhor.
sobe aos telhados. Tendo partido os assírios. o povo reuniu-se nos telhados das que há muito as formou. Deus tinha planejado o futuro de Jerusalém, quando
casas com o propósito de se reunirem socialmente e de celebrarem (v. 13). determinou, com grande antecedência, que a criaria (37.26). Ninguém podia
•22.2 cheia de aclamações ... estrepitosa ... alegre. A cidade ruidosa e exci- alterar o plano de Deus ou evitar seu julgamento.
tada não viu o que o profeta tinha visto. Antes, tornaram-se acomodados (32.13; •22.13 gozo e alegria ... bebe-se. Este é o espírito de farra (v. 2). Isso deve ser
Sf 215; 3.11). contrastado com a alegria do povo de Deus (35.1 O; 51 .11)
não foram mortos à espada. Eles tinham fugido (v. 3). vinho. Ver 24.11.
•22.3 os teus príncipes fogem à uma. O povo era governado por líderes em Comamos e bebamos, que amanhã morreremos. Está é uma expressão pro-
quem não se podia confiar e egoístas que abandonaram o povo, a fim de salvar a verbial de desprezo e de desrespeito para com os propósitos de Deus na história
própria vida (2Rs 25.4-6). Oprofeta critica a liderança humana e o povo que não (1Co 15.32; cf. Lc 12.19-20).
tinha entendido o que estava acontecendo em seu redor (1.23-26; 3.13-15; •22.14 esta maldade não será perdoada. O julgamento divino permanece
9.14-17; 19.13-15; 28.7-13; 29.15). (Am7.1-9).
ISAÍAS 22, 23 814
gunta-lhe: 16 Que é que tens aqui? Ou a quem tens tu aqui, revelado. 2 Calai-vos, moradores do litoral, vós a quem os
para que abrisses aqui uma sepultura, l\avrando em lugar alto mercadores de Sidom enriqueceram, 3 navegando pelo mar.
a tua sepultura, cinzelando na rocha a tua própria morada? 3 Através das vastas águas, vinha o cereal dos canais do Egito
17 Eis que como homem forte o SENHOR te arrojará violenta- e a ceifa 4 do Nilo, como a tua renda, Tiro, que bvieste a ser a
mente; "agarrar-te-á com firmeza, 18 enrolar-te-á num invólu- feira das nações. 4 Envergonha-te, ó Sidom, porque o mar, a
cro e te fará rolar como uma bola para terra espaçosa; ali fortaleza do mar, fala, dizendo: Não tive dores de parto, não
morrerás, e ali acabarão os vcarros da tua glória, ó tu, vergo- dei à luz, não criei rapazes, nem eduquei donzelas. s couan-
nha da casa do teu senhor. 19 Eu te lançarei fora do teu posto, do a notícia a respeito de Tiro chegar ao Egito, com ela se an-
e 5 serás derribado da tua posição. gustiarão os homens. 6 Passai a Társis, uivai, moradores do
20 Naquele dia, chamarei a meu servo xEliaquim, filho de litoral. 7 É esta, acaso, a vossa deidade que andava exultante,
Hilquias, 21 vesti-lo-ei da tua túnica, cingi-lo-ei com a tua faixa cuja origem data de remotos dias, cujos pés a levaram até lon-
e lhe entregarei nas mãos o teu poder, e ele será como pai para ge para estabelecer-se?
os moradores de Jerusalém e para a casa de Judá. 22 Porei sobre B Quem formou este desígnio contra Tiro, a e cidade distri-
o seu 2 ombro a chave da casa de Davi; ele ªabrirá, e ninguém buidora de coroas, cujos mercadores são príncipes e cujos ne-
fechará, fechará, e ninguém abrirá. 23 Fincá-lo-ei como bestaca gociantes são os mais nobres da terra? 9Q SENHOR dos
em lugar firme, e ele será como um trono de honra para a casa Exércitos /formou este desígnio para 5 denegrir a gsoberba de
de seu pai. 24 Nele, pendurarão toda a responsabilidade da casa toda beleza e envilecer os mais nobres da terra. 10 Percorre li-
de seu pai, a prole e os descendentes, todos os utensílios meno- vremente como o 6 Nilo a tua terra, ó filha de Társis; já não há
res, desde as taças até as garrafas. 25 Naquele dia, diz o SENHOR quem te 7 restrinja. 11 O SENHOR estendeu a mão sobre o mar
dos Exércitos, a estaca que fora fincada em lugar firme será tira- e turbou os reinos; deu ordens hcontra Canaã, para que se
da, será arrancada e cairá, e a carga que nela estava se despren- destruíssem as suas fortalezas. 12 E disse: Nunca mais exulta-
derá, porque o SENHOR o disse. rás, ó oprimida virgem filha de Sidom; levanta-te, 'passa a
Chipre, mas ainda ali não terás descanso.
Profecia contra Tiro 13 Eis a terra dos icaldeus, povo que até há pouco não era
ªSentença / contra Tiro. Uivai, navios de Társis, por- povo e que a Assíria destinara para os 1sátiros do deserto; povo
23 que está assolada, a ponto de não haver nela casa ne-
nhuma, nem ancoradouro. Da terra de 2 Chipre lhes foi isto
que levantou suas torres, e arrasou os palácios de Tiro, e os
converteu em ruínas. 14 mlJivai, navios de Társis, porque é

• 16 r2s~~-~8;_;c_;_1_61,;;t 27 6~ 17~~t -~~8


78 vis-;; 19 5LXX omiteserásdernbado, S, Te Vte derrubarei 20 X2Rs 18.18; Is
363-,22; 37.2 22 z1s 9 6 ªJá 12.14; Ap 37 23 b Ed 9.8; Zc 10.4
CAPITULO 23 l a Jr 25.22; 47.4; Ez 26-28; Am 1.9; Zc 9 2,4 1Oráculo, Profecia 2 Hebr. Kittim terras ocidentais, especialmente Chipre
2 3 Conforme TM e V; LXX e T atravessando o mar; MMM teus mensageiros atravessando o mar 3 b Ez 27.3-23 4 Lit. do rio S e Is 19.16
7dls22.2;32.13 seEz28.2,12 9/ls14.26gJó40.11-12;1s13.11;24.4;Dn4.375manchar 10ôlit.dono1L1t.cinto 11 hzc
92-4 J21Ez2613-14;Ap1822 l3ils47.11Sl72.9 14'"Ez27.25-30
•22.16 sepultura ... na rocha a tua própria morada. Isaías contesta Sebna tempo com Tiro. pois Salomão havia feito comércio com Hirão. de Tiro (1 Rs
por preparar um tümulo régio na colina. Sebna deve estar provendo liderança e 5.1,8-11 ). e marinheiros fenícios tinham tripulado a frota de Salomão (1Rs927)
não produzindo luxo para sr. Um túmulo que pode ter sido o de Sebna. escavado navios de Társis. Essas grandes embarcações da frota mercante (1Rs 10.22; SI
na rocha. foi escavado no vale do Cedrom. 48.7) atravessavam grandes distâncias até as colônias fenícias. ao longo da costa
•22.17 homem forte. Esta expressão irônica desafia a presunção de Sebna. do Mediterrâneo.
•22.18 te fará rolar como uma bola. Sebna é insignificante e é prontamente está assolada. A queda de Tiro levaria os navios de Társ1s a procurarem outro
deposto (cf Jr 22 26)_ porto.
carros. Isso enfatiza a maneira luxuosa de Sebna viver. Chipre. Este seria um porto de parada na viagem de retorno.
•22.19 Eu te lançarei fora. Por ~olta de 701 a C. Sebna havia sido demitido de •23.2 Sidom. Tiro e Sidorn eram as duas mais importantes cidades portuárias da
seu serviço como secretário. tendo Eliaquim assumido o cargo de Sebna (36.3,22). Fenícia. no mar Mediterrâneo. A queda de uma delas afetaria a outra.
•22.20 meu servo. Ver a nota em 203. Deus considerava Eliaquim (363.11.22- •23.3 Egito. Algumas traduções dizem aqui Sior, que é o mesmo Egito (cf 19 7)
37.2) como seu servo. designação especial para quem vive perto de Deus. •23.4 o mar... fala. Omar lamenta a perda ou destruição de seus filhos. Ouvindo
•22.21 túnica ... faixa_ Estas eram peças do vestuário de uma pessoa que isso. Sidom não deveria mostrar-se exageradamente confiante
ocupava algum cargo importante •23.6 Társis. Tartesso, na Espanha (Jn 1.3) As nações unem-se na lamentação_
pai. Ele seria um líder piedoso, que serve bem ao povo. •23. 7-8 cidade que andava exultante ... nobres. Tiro era conhecida por suas
•22.23 trono de honra. Ele trará honra para sua família e para a sua farras (22 2. nota). por sua "origem ___ de remotos dias". por sua influência
descendência, em contraste com Sebna ("vergonha da casa do teu senhor", v. 18). extensa. por suas riquezas e por sua fama (v. 8)_
•22.24 os utensílios menores. Uma metáfora para indicar aqueles que •23.9-13 Ver "Deus Vê e Conhece: a Onisciência Divina", em Pv 15.3-
dependiam do servo de Deus. •23.9 O SENHOR dos Exércitos. Ver a nota em 1.9.
•22.25 Naquele dia. Embora Eliaquim fosse fiel, ele não poderia evitar o castigo formou este desígnio. Através de sua profecia. Isaías procurou trazer a lume
divino contra Judá algo do conselho de Deus (11.2. nota)_
•23.1-18 Um oráculo de 1ulgamento acerca de Tiro. sobre sistemas comerciais •23.11 mar... reinos. Deus é o Senhor da terra e dos mares.
que não levam Deus em consideração. A linguagem é geral e simbólica e não es- Canaã. A terra de Canaã incluía Tiro e Sidom.
pecificamente histórica. •23.12 virgem filha. Os habitantes de Sidom (cf. 37.22; 47 1)
•23.1 Sentença. Ver a nota em 13.1. •23.13 caldeus ••. sátiros do deserto. "Caldeus" é outro nome para os as-
Tiro. Um importante porto fenício situado às margens do mar Mediterrâneo. a sírios. Eles tinham derrotado a Babilônia em 689 a.C. Isaías refere-se à derrota
oeste do monte Hermom e de Damasco. Judá teve um relacionamento de longo como um exemplo para Tiro.
815 ISAÍAS 23, 24
destruída a que era a vossa fortaleza! ts Naquele dia, Tiro será eterna. 6 Por isso, ga maldição consome a terra, e os que habi·
posta em esquec.\mento por setenta anos, segundo os dias de tam nela se tornam 2 culpados; por isso, serão hqueimados os
um rei; mas no fim dos setenta anos dar-se-á com Tiro o que moradores da terra, e poucos homens restarão. 7 1Pranteia o
consta na canção da meretriz: 16Toma a harpa, rodeia acida- vinho, enlanguesce a vide, e gemem todos os que estavam de
de, ó meretriz, entregue ao esquecimento; canta bem, toca, coração alegre. BiCessou o folguedo dos tamboris, acabou o
multiplica as tuas canções, para que se recordem de ti. 17 Fin· ruído dos que exultam, e descansou a alegria da harpa. 9 Já
dos os setenta anos, o SENHOR atentará para Tiro, e ela tornará não se bebe vinho entre canções; a bebida forte é amarga para
ao salário da sua impureza e se nprostituirá com todos os rei- os que a bebem. to Demolida está a cidade caótica, todas as
nos da terra. 180 ganho e o salário de sua impureza ºserão casas estão fechadas, ninguém já pode entrar. 11 Gritam por
dedicados ao SENHOR; não serão entesourados, nem guarda- vinho nas ruas, fez-se noite para toda alegria, foi banido da
dos, mas o seu ganho será para os que habitam perante o terra o prazer. 12 Na cidade, reina a desolação, e a porta está
SENHOR, para que tenham comida em abundância e vestes reduzida a ruínas. 13 Porque será na terra, no meio destes po-
8 finas. vos, 1como o varejar da oliveira e como o rebuscar, quando
Eis que o SENHOR vai devastar e desolar a terra, vai está acabada a vindima.
24 transtornar a sua superfície e lhe dispersar os mora·
dores. z O que suceder ao povo sucederá ao ªsacerdote; ao A alegria dos justos
servo, como ao seu senhor; à serva, como à sua dona; bao 14 Eles levantam a voz e cantam com alegria; por causa da
comprador, como ao vendedor; ao que empresta, como ao glória do SENHOR, exultam desde o mar. ts Por isso, m glorifi-
que toma emprestado; ao credor, como ao devedor. 3 A terra cai ao SENHOR no Oriente e, nas terras do mar, nao nome do
será de todo devastada e totalmente saqueada, porque o SENHOR, Deus de Israel. 16 Dos confins da terra ouvimos can-
SENHOR é quem proferiu esta palavra. 4 A terra pranteia e se tar: Glória ao Justo!
murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enlanguescem os
cmais 1 altos do povo da terra. s Na verdade, da terra está A ruína dos transgressores
contaminada por causa dos seus moradores, porquanto Mas eu digo: 3 definho, definho, ai de mim! ºOs pérfidos tra-
etransgridem as leis, violam os estatutos e quebram a/aliança tam perfidamente; sim, os pérfidos tratam mui perfidamente .

• ~7;;p~~2~18~~x2~;6;;~1~-2~-;B~a;a~ ~ ~ ~~·-~. ~ ~-~~·-~·-


CAPÍTULO 24 2 aos 4.9 bEz 7.12-13 4 eis 25.11 1os soberbos 5 dGn 3.17; Nm 35.33; Is 9.17; 10.6 eis 59.12f1Cr 16.14-19; SI
105.7-12 6 gMI 4.6 hls 919 20u estão desolados 7 ils 16.8-10; JI 1.10.12 8 ils 5.12,14; Jr 7.34; 16.9; 25.10; Ez 26.13. Os 2.11; Ap
18.22 13 i[ls 17.5-6; 27 121 15 m Is 25.3 n MI 1.11 16 o Is 21.2; 33 1. Jr 3.20; 5.11 3 Lit magreza para mim, magreza para mim
•23.15 setenta anos. Um período de tempo determinado por Deus; "setenta" •24.4 os mais altos. As pessoas. em seu orgulho, elevam-se contra Deus
significa plenitude. Não é possível determinar o tempo específico referido. 12 11-12.17)
canção da meretriz. Um cântico de rua acerca de uma prostituta. •24.5 a terra está contaminada ... quebram. Os dias de Noé terão retornado
•23.17 salário da sua impureza. Como se fosse uma meretriz. Tiro fazia alian- à terra (Gn 6.5.11-13) A própria terra é considerada em perigo de condenação.
ças econômicas com qualquer um que a enriquecesse. sem importar-se com devido aos pecados daqueles que nela vivem (Jr 44.22; Rm 8.20-22).
princípios éticos. •24.6 restarão. Esta palavra no original hebraico também é traduzida por "so-
•23.18 ao SENHOR. Tiro, igualmente. reconhecerá a soberania do Senhor me- breviventes" e "restantes" (1.9; 10.20-21) Tal como aconteceu nos dias de Noé
diante o pagamento de tributo (Dt 2.3-35; Js 6.17.19). (Gn 6 8.18). "poucos" sobreviverão.
comida em abundância e vestes finas. As riquezas das nações edificam o •24.7-13 Oprofeta explica como será o Dia universal do Senhor. Haverá tristeza
Reino de Deus (45.14; 60.5, 11; 61.6; 66.12; Ag 2 7-8) em lugar de risos (vs. 8-11; ver as notas em 22.2.13). Os compositores de música
e canção pararão no meio de sua apresentação (cf. 5.12).
•24.1-27.13 Esta seção do Livro de Isaías. freqüentemente. é chamada de um
"apocalipse". Oprofeta sustenta. perante os pecadores e os piedosos. o claro en- •24.1 Ocidade caótica. Ou se1a. a cidade da desolação ou cidade desolada; tal-
sino de que o Dia do Senhor traz Julgamento contra a criação e a plenitude da sal- vez Jerusalém. talvez o sentido seia a civilização em geral.
vação para os santos. Oplano divino da redenção inclui a restauração do exílio. as as casas. Aquilo que costumava ser urn lugar de segurança particular e de pra·
bênçãos de Cristo na Igreja e o estabelecimento do Reino de Deus em todas as zer da vida 15.9; 6.11; 13.16.21; 32.13) está fechado.
nações. O cap. 24 enfoca a derrubada divina da terra corrompida; o cap. 25 enfo·
ca o louvor que é dado a ele como reação; e os caps. 26-27 enfocam a intera- •24.13 oliveira ... rebuscar. Ver a nota em 17.4.
ção de Deus com o seu povo. Brilhantes assonâncias. acima da capacidade de •24.14 levantam a voz. Onovo cântico é uma resposta ao ato salvffico de Deus
tradução, realçam a mensagem profética. (cf cap. 12; 35 6; 42.10-13; 44.23; 49.13; 52.8-9; 65.14). Ver o v. 16; 147, nota.
•24.1 o SENHOR vai devastar... a terra. Isso não é aniquilamento. mas uma si- glória. Eles cantam a grandeza do Senhor em contraposição ao orgulho humano.
tuação em que as estruturas humanas não podem continuar operando (v. 3).
•24.15 glorificai ao SENHOR. Isso é um convite para se prestar a Deus o reco-
desolar. Todos os recursos humanos são removidos (Na 2.10). nhecimento digno do seu nome (25.3; 43.20; SI 22.23; Ap 4.8-5.14). Ver a nota
transtornar a sua superfície. O mundo está cheio de perturbações e aflições em 37.16.
(Lm 39) •24.16 confins da terra. As nações também se unirão.
dispersar. Deus julgará os povos mais severamente do que o fez na torre de Ba- Mas eu. Isaías, cheio de tensão. enquanto aguarda ansiosamente a salvação da
bel. quando ele espalhou a humanidade, confundindo a sua linguagem (Gn parte de Deus. vê a corrupção ao seu derredor e é incapaz de unir-se ao hino de
118-9) louvor a Deus.
•24.2 povo ... sacerdote. Deus JUigará a todos, sem fazer distinções sociais. pérfidos. Ohebraico evoca um senso de corrupção generalizada. O engano está
•24.3 proferiu. Ver a nota em 1.19-20. em toda parte.
1

~
ISAÍAS 24-26 816
17 PTerror, cova e laço vêm sobre ti, ó morador da terra. 18 E de contra o muro, 5 como o calor em lugar seco. Tu abaterás
será que aquele que fugir da voz do terror cairá na cova, e, se 0 ímpeto dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra
sair da cova, o laço o 4 prenderá; porque as Qrepresas do alto se da espessa nuvem, assim o hino triunfal dos tiranos será 2 ani-
abrem, e 'tremem os fundamentos da terra. 19 sA terra será de quilado.
todo quebrantada, ela totalmente se romperá, a terra violenta· 6 go SENHOR dos Exércitos dará hneste monte a itodos os
mente se moverá. 20 A terra 1cambaleará como um bêbado e povos um banquete de coisas gordurosas, uma festa com 3vi-
balanceará como rede de dormir; a sua transgressão pesa sobre nhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos
ela, ela cairá e jamais se levantará. bem clarificados. 7 Destruirá neste monte a coberta que en-
21 Naquele dia, o SENHOR castigará, no céu, as hostes ce· volve todos os povos e lo véu que está posto sobre todas as na-
lestes, e u os reis da terra, na terra. 22 Serão ajuntados como ções. 8 ITragará a morte para sempre, e, assim, menxugará o
presos em 5 masmorra, e encerrados num cárcere, e castiga- SENHOR Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a
dos depois de muitos dias. 23 A v1ua se envergonhará, e o sol terra o opróbrio do seu povo, porque o SENHOR falou. 9 Na-
se confundirá quando o SENHOR dos Exércitos xreinar no quele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, nem quem es-
zmonte Sião e em Jerusalém; perante os seus anciãos haverá perávamos, e ele nos salvará; este é o SENHOR, a quem
glória. aguardávamos; ºna sua salvação exultaremos e nos alegrare-
mos. 10 Porque a mão do SENHOR descansará neste monte;
Cântico de louvor pel.a misericórdia dillina mas PMoabe será trilhado no seu lugar, como se pisa a palha
Ó SENHOR, tu és o meu Deus; ªexaltar-te-ei a ti e lou-
25 varei o teu nome, bporque tens feito maravilhas e
tens executado os °teus conselhos antigos, fiéis e verdadei-
na água da cova da esterqueira; 11 no meio disto estenderá ele
as mãos, como as estende o nadador para nadar; mas o
SENHOR lhe abaterá a q altivez, não obstante a perícia das suas
ros. 2 Porque da deidade fizeste um montão de pedras e da ci- mãos; 12 e abaixará as altas 'fortalezas dos seus muros; abatê-
dade forte, uma ruína; a fortaleza dos estranhos já não é las-á e derribá-las-á por terra, até ao pó.
cidade e jamais será reedificada. 3 Pelo que povos fortes te
e glorificarão, e a cidade das nações 1 opressoras te temerá. Cântico de confiança na proteção dillina
4 Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessita-
do na sua angústia; !refúgio contra a tempestade e sombra
contra o calor; porque dos tiranos o bufo é como a tempesta-
26 ªNaquele dia, se entoará este cântico na terra de
Judá: Temos uma cidade forte; bDeus lhe põe a salva-
ção por muros e baluartes. 2 eAbri vós as portas, para que en-

• 17PJr48.4;;Am519 18QGn7-11 'Sl18.7;462;1s219,21.13134Li~to~ará 19SJr4.23 20lls1914;24.1;28.7 21 USI


76.14 22 5num cal~bouço 23 Vis 13.10; 60.19; Ez 32.7; JI 2.31; 3.15xAp19.4,6 Z[Hb 12.22]
CAPITUL025 1 ªEx15.2bSl98.1 cNm23.19 2dls21.9;2313;Jr51.37 3e1s24.15;Ap11.13 lassustadoras 4/ls4.6 S2hu-
milhado 6 gPv 9.2; Mt 22.4 h [Is 2.2-4; 56.7] i[Dn 7.14; Mt 8.11] 3 vinhos maturados por sedimentação 7 f2Co 315; [Ef 4.18] 8 l[Os
13.14; 1Co 15.54; Ap 20.14] m Is 30.19; Ap 7.17; 21.4 9 n Gn 49.18; Is 8.17; 26.8; [Tt 2.13] o SI 20.5 10 P Is 16.14; Jr 48.1-47; Ez
25.8-11; Am 2.1-3; Sf 2.9 11 q Is 24.4; 26.5 12 'Is 26.5
CAPÍTUL026 tals211;12.1 bls60.18 2CSl118.19-20
•24.18 represas .•. abrem. Ojulgamento divino é como odilúvio (cf Gn 7.11; 82) a todos os povos. Os convidados vêm de todas as nações (24 14-16; Ap 14.6)
tremem os fundamentos. Afigura de um terremoto é expandida nos vs. 19-20 coisas gordurosas ... vinhos velhos. SI 23.5; Mt 8.11; Lc 13.29; Ap 19.9.
e é a expressão de uma teofania (6.1, nota; 13.13, nota; SI 99.1, nota)_ •25. 7 coberta ... véu. Talvez estas palavras refiram-se ao sepulcro como a
•24.21 as hostes celestes ... reis. Estão inclusos os deuses das nações, as cobertura dos mortos.
hostes de Satanás e os poderes humanos (cf. Ef 6.11-12). Eles estão reservados •25.8 Tragará a morte. Paradoxalmente, a "boca" devoradora. da qual ninguém
para o castigo e serão expulsos da presença de Deus (2Pe 2.4; Ap 17.8; 20.10). pode escapar, será. ela mesma, devorada (5.14; Pv 1.12, nota).
•24.23 lua... sol. Ver a nota em 13.1 o_ SENHOR Deus. Este título combina a palavra para "senhor, soberano" com o
Sião. Ver a nota em 1.8. Assim como os que estavam na arca de Noé encontra- nome do Deus da aliança (ver 28.16; 40.1 O; 52.4; 65.13).
ram descanso no monte Ararate. assim o remanescente encontrará descanso no lágrimas ... opróbrio. Toda lamentação (30.19; 35.1 O; 61.2-5; Ap 7 17; 21.4) e
monte Sião_ até a morte e o aguilhão da morte (1Co 15.55) serão removidos.
•25.1 o meu Deus. Uma afinmação pessoal de confiança em Deus (7 13; 49.4-5). •25.9 o nosso Deus. Oprofeta identifica-se com o povo de Deus (26.13; 40.3;
exaltar-te-ei... louvarei. Ver a nota em 12.1. 616)
fiéis. Ver as notas em 1.21; 11.5. aguardávamos. Ver 8.17. nota.
•25.2 cidade. Ver 24.1 O. nota. na sua salvação •.• nos alegraremos. Ver 12_ 1-3 e notas.
•25.3 te glorificarão. As nações reconhecerão o Senhor (24.14-16 e notas). •25.10 mão. Esta é a mão do julgamento (9.12, nota; 9.17,21; 10.4).
nações opressoras. Nações opressoras. tirânicas. Ver as notas em 19.24; 29.20. neste monte. Ver a nota no v. 6.
•25.4 fortaleza. Ver a nota sobre "fortaleza" em 17 .1 O. Moabe. Aqui. Moabe representa todas as nações orgulhosas, tal como Edom re-
pobre ... necessitado. Ver SI 9.18, nota presenta em 34.5-17; 63.1-6; Ob 1.
refúgio ... sombra. Ver as notas em 4.6; 30.2. •25.11 altivez... perícia. Ver a nota em 5.21.
•25.5 o calor. Tal como a "tempestade" no v. 4, isso é uma metáfora de opres- •26.1 cântico. Ver a nota em 14.7.
são e perseguição. cidade. Acidade de Deus é a comunidade dos redimidos (1.26; 2.2; 60.18 e
tiranos. Os opressores. os provocadores de tribulações e os sedutores do povo notas; SI 46.4; 48.1-3, 12-13; Ap 21.2, 10).
de Deus. a salvação por muros e baluartes. Visto estar Deus com o seu povo. ele lhes
•25.6-8 Isaías prevê o grande banquete que celebrará a vitória de Deus. provê salvação e segurança (12.2, nota). Deus é como um muro de proteção para
•25.6 monte. Sião, o monte do Senhor (vs 7.1 O). Ver a nota em 2.2. o seu povo, livrando-o da desgraça (4916/.
817 ISAÍAS 26, 27
tre a nação justa, que 1 guarda a fidelidade. 3 Tu, SENHOR, 16 SENHOR, rna angústia te buscaram; vindo sobre eles a
conservarás em perfeita dpaz aquele cujo propósito é firme; tua correção, derramaram as suas orações. 17 Como sa mu-
porque ele confia em ti. 4 Confiai no SENHOR perpetuamente, lher grávida, quando se lhe aproxima a hora de 8 dar à luz, se
eporque o SENHOR Deus é uma 2 rocha eterna; 5 porque ele contorce e dá gritos nas suas dores, assim fomos nós na tua
3 abate os que habitam no alto, /na cidade elevada; abate-a, presença, ó SENHOR! 18 Concebemos nós e nos contorcemos
humilha-a até à terra e até ao pó. 6 O pé a 4 pisará; os pés dos em dores de parto, mas o que demos à luz foi vento; não
aflitos, e os passos dos pobres. trouxemos à terra livramento algum, e não nasceram 1mora-
7 A vereda do justo é plana; !?tu, que és justo, 5aplanas a dores do mundo. 19 ªOs vossos mortos e também o 9 meu
vereda do justo. 8 Também h através dos teus juízos, SENHOR, cadáver viverão e ressuscitarão; v despertai e exultai, os que
te 'esperamos; no teu nome e na tua memória está o desejo habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o
da nossa alma. 9 !Com minha alma suspiro de noite por ti e, orvalho de vida, e a terra dará à luz os seus mortos.
com o meu espírito dentro de mim, eu te procuro diligente- 20Vai, pois, povo meu, xentra nos teus quartos e fecha as
mente; porque, quando os teus juízos reinam na terra, os mo- tuas portas sobre ti; esconde-te só zpor um momento, até
radores do mundo aprendem justiça. 10 1Ainda que se mostre que passe a ira. 21 Pois eis que o SENHOR ªsai do seu lugar,
favor ao perverso, nem por isso aprende a justiça; até m na ter- para castigar a iniqüidade dos moradores da terra; a terra
ra da retidão ele comete a iniqüidade e não atenta para a ma- descobrirá o 1 sangue que embebeu e já não encobrirá aque-
iestade do SENHOR. 11 SENHOR, a tua mão está levantada, mas les que foram mortos.
11
nem por isso a vêem; porém verão o teu zelo pelo povo e se
envergonharão; e o teu furor, por causa dos teus adversários, Deus ama ao seu povo e o salva
que os consuma. 12 SENHOR, concede-nos a paz, porque todas
as nossas obras tu as fazes 6 por nós. 13 Ó SENHOR, Deus nos-
so, "outros senhores têm tido domínio sobre nós; mas graças
27 Naquele dia, o SENHOR castigará com a sua dura es-
pada, grande e forte, o dragão, serpente veloz, e o
ªdragão, serpente sinuosa, e matará bo monstro que está no
a ti somente é que louvamos o teu nome. 14 Mortos não tor- mar.
narão a viver, sombras não ressuscitam; por isso, os castigaste, 2 Naquele dia, dirá o SENHOR: cCantai a dvinha 1 deliciosa!
e destruíste, e lhes fizeste Pperecer toda a memória. 15 Tu, 3 e Eu, o SENHOR, a vigio e a cada momento a regarei; para que
SENHOR, aumentaste o povo, qaumentaste o povo e tens sido ninguém lhe faça dano, de noite e de dia eu cuidarei dela.


glorificado; a todos os 7 confins da terra dilataste . 4 Não há indignação em mim. Quem me dera /espinheiros e

1 Ou guarda a verdade 3 dis 57 19; [Fp 46-7] 4 eis 12.2; 45.17 20u força eterna Sfls 25.11-12 3rebaixa 6 4esmagará 7 gs137.23
50univelas 8 hls 645 lis 25 9; 332 9 /Si 63.6; Ct 31; Is 50.10; Lc 6.12 10 IEc 812; [Rm 24] ms1143.10 11 nJó 34.27; SI 28.5; Is 512
12 ô Ou em anos 13 o 2Cr 12.8 14 P Ec 9.5; Is 14.22 15 q Is 9.3 70u limffes, fronteiras 16 ris 37.3; Os 5.15 17 s Is 13.8; [Jo 16.21]
8dores agudas 18 1s117.14 19 "Is 25.8; [Ez 371-14] V[Dn 122]; Os 13.14 9Conforme TM e V; Se Tseus corpos mO!tos; lXXaque/es nas
sepulturas 20 xEx 12.22-23; [SI 911,4] Z[SI 305; Is 54.7-8; 2Co 4.17] 21 ªMq 1.3; !Jd 14] 1 ut seu sangue, o sangue que o solo absorveu
CAPÍTULO 27 1 a Gn 3.1; SI 74.13-14; Ap 12.9, 15 b Is 519; Ez 29.3; 32 2 2 e Is 5.1 d SI 80.8; Is 5 7; Jr 2.21 1 Conforme TM (Biblia
Hebraica Stuttgartensia), alguns mss. Hebr e LXX; TM (81bha Hebraica de Kittel), B e V vinho tinto, T vinha predileta, preciosa 3 e 1Sm 2.9; SI
121.4-5; Is 31.5; !Jo 1O28] 4/2Sm 236; Is 9.18
•26.2 Abri vós as portas. As portas abrem-se para a entrada do Rei glorioso e •26.19 mortos ... cadáver. Esta mensagem de esperança quanto ao futuro faz
seu povo (SI 15; 24. 7,9; 118 19-20) contraste com o v. 14 (cf. Ez 37 .11-12) O Antigo Testamento exprime fé na res-
•26.3 perfeita paz. A "paz" de Deus, que os 1ustos recebem e promovem lv 12; surreição do corpo, visto que a morte é uma invasão da ordem criada por Deus
32.17-18; 55 12; 66.12) não será estendida aos ímpios (48.22; 59 8). Essa "paz" (258. nota; Jó 1926; SI 49.15; 73.24-26; Dn 12.2; Os 1314).
encontra-se no Emanuel (9.6; 11.6-9; 14.7 e notas). •26.20 povo meu. Ou seja, o remanescente (vs. 7-9; 40.1, nota)
é firme ... confia. Ver as notas em 2.22; 8.12, 17. entra ... esconde-te. Tal como Deus protegeu a Noé por detrás de portas de se-
•26.4 rocha eterna. Ver a nota textual; 8.14-15; cf. 1Sm 2.2. gurança (Gn 7 .16), assim também aqui Deus protege os que lhe pertencem, en-
•26.5 abate. Conforme Nabucodonosor descobriu (Dn 4.37). quanto eles esperam pela sua salvação.
•26.8 te esperamos. Esta declaração é uma magnífica expressão daquilo que um momento. Esse "momento" é tão longo quanto o julgamento divino dura. D
Deus deseja: filhos que fazem a sua vontade, o amam e esperam com confiança sofrimento presente não é digno de ser comparado à glória eterna que se segue
em sua plena salvação. (v 19; 54 7; SI 305; 2Co 4.17; 2Pe 39)
•26.10favor. A graça comum de Deus (Mt 545; Lc 6 35) é evidenciada em suas ira. Ver 105 e a nota.
bênçãos na natureza, na procriação, na saúde e na prosperidade (At 14.17). •26.21 sangue. Ver Gn 4.1 O; 3726; SI 9 12.
•26.11 mão. A mão do julgamento (912, nota; 9 17.21, 10.4; 25 10) •27.1 Naquele dia. Ver a nota em 2.11.
furor. Ver a nota em 4. 4. dragão ... monstro. D Antigo Testamento utiliza-se desta figura de linguagem para
•26.12 a paz. Ver a nota no v. 3. denotar os poderes maus e autocráticos (30.7, nota; 51.9; Ez 28.2; 32.2 e notas) e
•26. 14 não tornarão a viver. Notar o contraste com o v. 19 (cf 14.22,30). para assegurar aos piedosos que o Senhor punirá todas essas expressões humanas
de poder e resistência ao seu Reino. Por detrás dos tiranos da terra acha-se Sata-
memória. Seus nomes. dinastia e memoriais, foram esquecidos.
nás, e por detrás dos eleitos está Cristo (Gn 3.15; Rm 16.20; Ap 12.1-6)
• 26.15 aumentaste ... dilataste. Este versículo descreve a experiência da restau-
ração em termos terrenos, fomentando esperança na restauração final (9.3; 54.2). •27.2-13 A vindoura transformação é de novo retratada.
•26. 18 demos à luz foi vento. Esta expressão de futilidade é devida ao fracas- •27 .2-6 Este cântico à vinha faz nítido contraste com a parábola encontrada em
so dos piedosos em conseguirem estabelecer o Reino de Deus (49.4). Eles sofre- 5.1-7 Quanto à vinha e à videira, ver 3.14; 61.5; 65.21.
ram, mas sem sucesso evidente. •27 .3 a regarei ... de noite e de dia. Ele provê todas as necessidades mediante
à terra livramento algum. A esperança do povo de Deus tanto antes como de- a sua bênção e proteção constante de seu povo (cf SI 121.4-5).
pois da vinda de Cristo foi a renovação da terra e sua transformação em um reino •27 .4 Não há indignação em mim. O Senhor está pronto para perdoar e para
de paz e retidão (cf 42.4; 2Pe 3.13; cf. nota em 12 2). conciliar consigo as pessoas.
ISAÍAS 27, 28 818
abrolhos diante de mim! Em guerra, eu iria contra eles e junta- uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra
mente os queimaria. s Ou que homens se apoderem gda mi- da Assíria e os que forem desterrados para a terra do "Egito
nha força e hfaçam paz comigo; sim, que façam paz comigo. tornarão a vir e vadorarão ao SENHOR no monte santo em Je-
6 Dias virão em que Jacó ;lançará raízes, florescerá e brotará rusalém.
Israel, e encherão de fruto o mundo. 7 !Porventura, feriu o
SENHOR a 2 Israel como àqueles que o feriram? Ou o matou, as- Será castigada a impenitência de Efraim
sim como àqueles que o mataram? 8 1Com xô!, xô! e exfiio o Ai da soberba coroa dos bêbados de Efraim e da flor
trataste; mcom forte sopro o expulsaste no dia do vento orien-
tal. 9 Portanto, com isto será expiada a culpa de Jacó, e este é
28 caduca da sua gloriosa formosura que está sobre a
parte alta do 1fertilíssimo vale dos vencidos do vinho! 2 Eis
todo o fruto do perdão do seu pecado: quando o SENHOR fizer a que o Senhor tem certo homem valente e poderoso; este,
todas as pedras do altar como pedras de cal feitas em pedaços, ªcomo uma queda de saraiva, como uma tormenta de des-
não ficarão em pé os 3 postes-ídolos e os altares do incenso. truição e como uma tempestade de impetuosas águas que
to Porque a cidade fortificada está nsolitária, habitação desam- transbordam, com poder as derribará por terra. 3 A soberba
parada e abandonada como um deserto; ali pastam os bezer- coroa dos bêbados de Efraim será pisada aos pés. 4 A flor ca-
ros, deitam-se e devoram os seus ramos. t t Quando os seus duca da sua gloriosa formosura, que está sobre a parte alta
ramos se secam, são quebrados. Então, vêm as mulheres e lhes do 2 fertilíssimo vale, será como o figo prematuro, que ama-
deitam fogo, porque este povo ºnão é povo de entendimento; durece antes do verão, o qual, em pondo nele alguém os
por isso, aquele que o fez Pnão se compadecerá dele, e q aquele olhos, mal o apanha, já o devora. s Naquele dia, o SENHOR
que o formou não lhe perdoará. dos Exércitos será a coroa de glória e o formoso diadema
12 Naquele dia, em que o SENHOR debulhará o seu cereal para os restantes de seu povo; 6 será o espírito de justiça para
desde o 4 Eufrates até ao ribeiro do Egito; e vós, ó filhos de o que se assenta a julgar e fortaleza para os que fazem recuar
Israel, sereis rcolhidos um a um. 13 5 Naquele dia, 1se tocará o assalto contra as portas .
..&~~~
~ 5 g1s 25.4 h Já 22 21; Is 26.3.12; [Rm 5 1; 2Co 5.20] 6 ils 3731, Os 14.5-6 7 /Is 10.12, 17; 30.30-33 2 Lit. ele 8 1Já 23.6; SI 6.1; Jr
10.24; 30.11; 46.28; [1 Co 10.13] m [SI 78.38] 9 3 Hebr.Asherim, divindades cananitas 1O n Is 5.6, 17; 32.14; Jr 26.18 11 o Dt 32.28; Is
1.3 P Is 9.17 q Dt 32.18; Is 43.1,7; 44.2,21,24 12 r[ls 11.11; 56.8] 4 Lit. o rio 13 s1s 2.11 tLv 25.9; 1Cr15.24; Mt 24 31, Ap 11.15 u Is
19.21-22 v [Is 2.3]; Zc 14.16; [Hb 12 22]
CAPITULO 28 1 1 Lit. vales de gordura 2 a Is 30.30; Ez 13 .11 4 2 Lit. vales de gordura
queimaria. Ver a nota em 4.4. Eufrates ... ribeiro. Ou seja, o rio Eufrates e o Wadi el-Arish, que definiam as
•27.5 façam paz comigo. Deus acolhe todos quantos se reconciliam com ele fronteiras do território de Canaã, dado por promessa a Abraão (Gn 15.18). A
126.3). Assíria e o Egito serão ligados como uma estrada (11.16; 35.8-9). que ligará
•27 .6 lançará raízes ... encherão de fruto. Estas coisas indicam uma vinha ambos com Jerusalém. Pessoas de diferentes origens serão unidas na adoração
boa e produtiva (Jo 15 1-81 ao único Deus.
o mundo. Opovo de Deus (por 1udeus e gentios) compõe 0 Reino de Deus 11 Pe •27 .13 trombeta. Tal como o estandarte 111 10). a trombeta é usada para reunir
2.9-12). tropas (Êx 19.16,19; 1Sm 13.3; 2Sm6.15; Mt2431; 1Ts4.16).
•27.7 feriu ... matou. O Senhor tem tratado mais graciosamente 0 seu povo do perdidos. Esta palavra pode referir-se ao remanescente oprimido e disperso (Jr
que os opressores de seu povo. Deus feriu fatalmente as nações, não Israel 50.6; Ez 34.4-6), ou aos mortos 125.8; 26.14,19), ou a ambos.
(10.5-23; 13.19-14.2; 47.4-5) monte. Ou seja, Sião 12 2, nota). Este é o lugar tanto do trono de Deus (14.13)
•27.8 expulsaste ... vento. O vento oriental trazia poeira e calor abrasador da como de sua bendita presença 125.6-7). Ambas estas promessas já se
parte do deserto, destruindo a vegetação. Aqui, está uma figura de linguagem cumpriram IP- ex., Hb 12.22) e ainda terão um novo cumprimento (p. ex., Ap
que representa a ira de Deus. 21.2-3)
•27 .9 culpa ... pecado. Ao provar a disciplina da parte de Deus (v. 7), Jacó, ou •28.1-13 Um oráculo de condenação, por ocasião da queda de Efraim 1722 a C )
seja, Israel, pagará sua dívida à justiça divina. por causa de sua idolatria. A prova Esta é a primeira seção de "ais" 11.4, nota) nos caps. 28-33 128.1; 29.1, 15;
de que a disciplina foi eficaz será a destruição dos lugares onde eles adoravam 30.1; 31.1; 33.1).
ídolos. Essa expiação e nova obediência ilustram, em nível nacional, o que Cristo •28.1 soberba. A arrogância humana faz oposição à "majestade" (mesma pala-
realizaria de maneira perfeita em favor de um número maior de pessoas (Jo vra no hebraico) do Senhor (26.10).
11 52). coroa. Um símbolo de realeza (Ez 21 31), ou de divindade (2Sm 12.30), ou, se for
•27.10 a cidade fortificada. Ou seja, a cidade do homem (26.1-6. nota). traduzido por "grinalda", um sinal de posição social ou de celebração \Ct 3.11, so-
•27.11 ramos. A cidade poderosa tornar-se-á frágil como ramos ressecados. bre uma grinalda usada em uma cerimônia de casamento). A referência é a Sa-
não é povo de entendimento. A cidade está habitada por idólatras insensatos maria e sua liderança debochada.
\2.8, nota; Rm 1.20-23). bêbados ... vinho. Ver 24.11.
aquele que o fez. Ver 22.11, nota. •28.2 valente e poderoso. A Assíria.
aquele que o formou. Uma designação freqüente de Deus como o Criador, saraiva ... impetuosas águas. A Assíria é comparada com uma tempestade po-
Governante e Redentor do seu povo. O verbo denota plane1amento ("tomei este derosa (7.2; 17 13; 28.17; 29.6; 30.30; 32.19). Quanto à proteção de Deus, ver 4.6.
propósito", 46.11 ); autoridade, como de um artesão sobre os seus materiais •28.4 o figo prematuro ... antes do verão. Os figos de junho eram deliciosos,
(41.25); criação e providência (4518); e a formação de um novo povo (43.1.21; porque prenunciavam a colheita feita de setembro (Os 9.10; Mq 7.1; Na 3.12).
44.2,21; 49.5; 64 8) Efraim, apesar de todas as suas possibilidades de realização, seria exilado, e o
não lhe perdoará. Isso é a graça de Deus imerecida (26.10; 30.18-19; 33.2). fruto de seus labores seria aproveitado pelos assírios.
•27.12 debulhará. Este verbo pode indicar a separação do grão ("debulhando", •28.5 Naquele dia. Ver a nota em 2.11.
Rt 2 17) ou das azeitonas (sacudir a oliveira, Dt 24 20) Trata-se de um ato os restantes. Ver a nota em 1.9; cf. 10.19-23.
freqüentemente usado como uma metáfora para indicar a separação e o •28.6 espírito de justiça. Como tal, ele será o Espírito de transformação
recolhimento do mundo do povo de Deus. (32 15; 443-5; 59.21; 61.1) Ver as notas em 4.4, 11.2. Paulo também contrastou
,
819 ISAÍAS 28
Contra os /zabitantes· de Jerusalém já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada;
7 Mas também estes bcambaleiam por causa do vinho e aquele que crer não foge. 17 Farei do juízo a régua e da justi-
não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; e o sacerdo- ça, o prumo; a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas
te e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, são ven- arrastarão o esconderijo. 18 A vossa aliança com a morte será
cidos pelo vinho, não podem ter-se em pé por causa da bebida anulada, e o vosso acordo com o além não subsistirá; e, quan-
forte; erram na visão, tropeçam no juízo. 8 Porque todas as do o dilúvio do açoite passar, sereis esmagados por ele. 19To-
mesas estão cheias de vômitos, e não há lugar sem imundícia. das as vezes que passar, vos arrebatará, porque passará
9 d A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se manhã após manhã, e todos os dias, e todas as noites; e será
daria a entender o que se ouviu? Acaso, aos desmamados e puro terror o só ouvir tal notícia.
aos que foram afastados dos seios maternos? 10 e porque é zo Porque a cama será tão curta, que ninguém se poderá es-
preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre tender nela; e o cobertor, tão estreito, que ninguém se poderá
regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali. cobrir com ele. 21 Porque o SENHOR se levantará, como no
11 Pelo que por/lábios gaguejantes e por língua estranha fala- monte IPerazim, e se irará, como no vale de 1Gibeão, para rea-
rá o SENHOR a este povo, 12 ao qual ele disse: Este é o g descan- lizar a sua obra, a msua obra estranha, e para executar o seu
so, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não ato, o seu ato 3 inaudito. zz Agora, pois, não mais escarneçais,
quiseram ouvir. 13 Assim, pois, a palavra do SENHOR lhes será para que os vossos grilhões não se façam mais fortes; porque já
preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre do Senhor, o SENHOR dos Exércitos, ouvi falar de uma 4 destrui·
regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali; para ção, n e essa já está determinada sobre toda a terra.
que vão, e caiam para trás, e se quebrantem, se enlacem, e se-
jam presos. Deus é grande em sabedoria
14 Ouvi, pois, a palavra do SENHOR, homens escarnecedo- 23 Inclinai os ouvidos e ouvi a minha voz; atendei bem e ouvi
res, que dominais este povo que está em Jerusalém. IS Por- o meu discurso. 24 Porventura, lavra todo dia o lavrador, para se-
quanto dizeis: Fizemos aliança com a morte e com o além mear? Ou todo dia sulca a sua terra e a esterroa? 25 Porventura,
fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chega- quando já tem nivelado a superfície, não lhe espalha o endro,
rá a nós, hporque, por nosso refúgio, temos a mentira e debai- não semeia o cominho, não lança nela o trigo em !eiras, ou ceva-
xo da falsidade nos temos escondido. 16 Portanto, assim diz o da, no devido lugar, ou a espelta, na margem? 26 Pois o seu Deus
SENHOR Deus: Eis que eu assentei em Sião uma ipedra, pedra
e~-- ~ ~ ~ -~~ ~~ ~- -~- -- - - - - -~ -~- -
assim o instrui devidamente e o ensina. 27Porque o endro não
-~ ~ ~-- -~~~~-~~
7 b Pv 20 1; Is 5.11,22; Os 4.11 e Is 56.10,12 9 d Jr 6.10 10 e [2Cr 36.15; Ne 9.30; Jr 25.3-4; 35.15; 44.4) 11fls3319; 1Co 14.21
12 gls 30.15; Jr 6.16; [Mt 11 28-29) 1S h Is 9.15; Ez 13.22; Am 2.4 16 iGn 49 24; SI 118.22; Is 8.14-15; Mt 21.42; Me 12.10; Lc 20.17;
At 4 11; Rm 9.33; 10.11; Ef 2.20; 1Pe 2.6-8 21 i2Sm 5.20; 1Cr14.11 1Js 1010,12; 2Sm 5.25; 1Cr14.16 m [Lm 3.33; Lc 10.41-44] 3 Lit.
estranha 22 n Is 10.22; Dn 9.27 4 Lit. de um fim completo
o ato de se ficar bêbado de vinho com a obra do Espírito (Ef 5 18) D "espírito da •28.16 o SENHOR Deus. Ver a nota em 25. 7.
1ustiça" prevalece durante a era messiânica (11.1-5; 42.1-4) pedra ... solidamente assentada. Ver a nota em 8.14-15. A pedra solidamente
justiça. Ver a nota em 1.21 assentada é Jesus Cristo (cf. SI 118.22; Rm 9.33; 10.11; 1Co 3.11; Ef 2.20; 1Pe
•28.7 vinho ... bebida forte. Ver o v. 1; 24.11, nota. 2.48)
o sacerdote e o profeta. Os líderes do povo de Deus tinham-se tornado •28.17 juízo... justiça. Ver a nota em 1.21.
sensuais, duros de coração e cínicos (29.9-14; cf. SI 3.4)
•28.9 A quem, pois, se ensinaria. Ver a nota em 27.7. Os líderes endurecidos saraiva ... águas. Ver a nota no v. 2
e ofensivos falam contra Isaías. refúgio. Ver a nota em 4.6.
•28.11 lábios gaguejantes. Ou se1a. a língua estrangeira dos opressores •28.19 Todas as vezes. Oexércrto assírio passou marchando por Israel muitas
133.19; Jr 5.15). Os assírios tornar-se-ão os mestres de Israel, devido à liderança vezes
fracassada dos israelitas. Quanto à aplicação ferta por Paulo deste versículo ao
"falar em línguas", ver 1Co 14.21-22. terror. Ojulgamento divino, na história da humanidade, leva as pessoas a enfren-
tarem, face a face, o poder de Oeus.
•28.12 descanso. Israel não poderia entrar no descanso completo em Canaã
(Dt 12 9) por causa de sua incredulidade (SI 95.11 ). A esperança de descanso jaz •28.20 curta ... estreito. As coisas de que as pessoas dependem para sua se-
nas promessas feitas a Moisés (1 Rs 856) e a Davi (SI 1328,14, 17). Em lugar de gurança não são nem adequadas e nem confortáveis.
desfrutar do descanso que vem por meio da fé, Israel será castigado por seus •28.21 Perazim ... Gibeão. No passado, o Senhor feriu os filisteus (2Sm
inimigos. 5.19-20) e os cananeus (Js 1010) nesses lugares.
•28.13 a palavra do SENHOR. Esta revelação virá a Israel através da disciplina
de estrangeiros que ensinam princípios morais a Israel obra ... obra estranha. O Senhor voltar-se-á contra o seu próprio povo.
preceito sobre preceito. Isaías devolve aos líderes religrosos os rnsultos •28.22 escarneçais. Eles são responsáveis por qualquer disciplina reforçada.
lançados por eles lv 10) determinada. Deus ordena os acontecimentos da história. Ver 10.22-23.
caiam para trás. A palavra de Deus terá um efeito endurecedor sobre os seus
•28.23-29 Assim como o tempo certo é importante para o sucesso no plantio,
ouvintes.
assim também Oeus tem tempos para graça e para julgamento.
•28.14 homens escarnecedores, que dominais. Eram governantes insensa-
tos e ímpios (Pv 1.22; 29.8) •28.23 Inclinai os ouvidos e ouvi. O profeta expede o chamado da sabedoria
•28.15 aliança ... acordo. Eles tinham preferrdo aliar-se ao Egito, com o pro- divina (12; Pv 1.8; 4.1; 51).
pósito de permanecerem independentes (30.2), mas essa escolha provou-se •28.25 espeha. Provavelmente, o centeio (Êx 932). A comparação segue a or-
mortífera. dem natural dos atos de arar, quebrar os torrões de terra, de arrotear o terreno e
a mentira ... nos temos escondido. A confiança deles era falsa 14 6, nota). de semear (vs. 24-25)
ISAÍAS 28, 29 820
se trilha com instrumento de trilhar, nem sobre o cominho se A cegueira espiritual e a hipocrisia do pO\lo
passa roda de carro; mas com vara se sacode o endro, e o comi· Q Estatelai-vos e ficai estatelados, cegai-vos e permanecei
nho, com pau. 28 Acaso, é esmiuçado o cereal? Não; o lavrador cegos; mbêbados estão, "mas não de vinho; andam cambale-
nem sempre o está debulhando, nem sempre está fazendo pas- ando, mas não de bebida forte. 10 Porque ºo SENHOR derra-
sar por cima dele a roda do seu carro e os seus cavalos. 29 Tam- mou sobre vós o espírito de profundo sono, e Pfechou os
bém isso procede do SENHOR dos Exércitos; ºele é maravilhoso vossos olhos, que são os profetas, e vendou a vossa cabeça,
em conselho e grande em 5 sabedoria. que são qos videntes. 11 Toda visão já se vos tornou como as
palavras de um 3 1ivro rselado, que se dá ao que sabe ler, di-
Jerusalém e seus inimigos zendo: Lê isto, peço-te; se ele responde: Não posso, porque
aAi da I Lareira de Deus, cidade-lareira de Deus, bem está selado; 12 e dá-se o livro ao que 4 não sabe ler, dizendo: Lê
29 que Davi assentou o seu arraial! Acrescentai ano a
ano, deixai as festas que completem o seu ciclo; 2 então, porei
isto, peço-te; e ele responde: Não sei ler.
13 O Senhor disse: 1Visto que este povo se aproxima de
a Lareira de Deus em aperto, e haverá pranto e lamentação; e mim e com a sua boca e "com os seus lábios me honra, mas o
ela será para mim verdadeira Lareira de Deus. 3 Acamparei ao seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo
derredor de ti, cercar-te-ei com baluartes e levantarei tran- consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmen-
queiras contra ti. 4 Então, lançada por terra, do chão falarás, e te aprendeu, 14 vcontinuarei a fazer obra maravilhosa no
do pó sairá afogada a tua fala; subirá e da terra a tua voz como meio deste povo; sim, obra maravilhosa e um portento; xde
a de um fantasma; como um cochicho, a tua fala, desde o pó. maneira que a sabedoria dos seus sábios perecerá, e a prudên-
s Mas a multidão dos teus d inimigos será como o pó miúdo, e cia dos seus prudentes se esconderá. ts z Ai dos que escon-
a multidão dos tiranos, como a epalha que voa; dar-se-á isto, dem profundamente o seu propósito do SENHOR, e as suas
de repente, !num instante. 6 gDo SENHOR dos Exércitos vem próprias obras fazem às escuras, ªe dizem: Quem nos vê?
o castigo com trovões, com terremotos, grande estrondo, tu- Quem nos conhece? 16 Que perversidade a vossa! Como se o
fão de vento, htempestade e chamas devoradoras. 7 ;Como oleiro fosse igual ao barro, e a bobra dissesse do seu artífice:
sonho e visão noturna será Ja multidão de todas as nações que Ele não me fez; e a coisa feita dissesse do seu oleiro: Ele nada
hão de pelejar contra a 2 Lareira de Deus, como também to- sabe.
dos os que pelejarem contra ela e contra os seus baluartes e a
puserem em aperto. 8 1Será também como o faminto que so- A redenção de Israel
nha que está a comer, mas, acordando, sente-se vazio; ou 17 Porventura, dentro em pouco não se converterá o cu.
como o sequioso que sonha que está a beber, mas, acordando, bano em pomar, e o pomar não será tido por bosque? 18 dNa-
sente-se desfalecido e sedento; assim será toda a multidão das quele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro, e os cegos,
nações que pelejarem contra o monte Sião. livres já da escuridão e das trevas, as verão. 19 eos mansos te-
-- ----
.~ --- ~- ~ -_. ~~------ -~ ~-~- ~ -~~
29 º.SI 92.5; Is 9.6; Jr 32.19 5 sã orientação
_- -~- -~-
ª
CAPITULO 29 1 Ez 24 6,9 b 2Sm 5.9 1Ou Leão de Deus, Hebr. ariel, Jerusalém 4 eis 8.19 5 dis 25.5 eJó 21.18; Is 17 .13 /is 30.13;
47.11; 1Ts 5.3 6 g Is 28.2; 30.30 h 1Sm 2 1O; Zc 14.4; Mt 24. 7; Me 138; Lc 21.11; Ap 16.18-19 7 i Jó 20.8 Jis 37.36; Mq 4.11-12; Zc
12.9 2 Jerusalém 8 'SI 73.20 9 m Is 28.7-8 n Is 51.21 10 ºSI 69 23; Is 6.9-1 O; Mq 3.6; Rm 11.8 PSI 69.23; Is 6.1 O q 1Sm9 9; Is 44 18;
Mq3.6; [2Ts 2 9-12] 11 r1s 8.16 5 Dn12.4,9; [Mt 13.11-16]; Ap 5 1-5,9 3pergaminho 12 4Lit. que não conhece livros 13 tSI 78.36; Ez
33.31; Mt 15.8-9; Me 7.6-7 u CI 2.22 14 Vis 6.9-1 O; 28.21; Hc 1.5 x Is 44 25; Jr 49.7; Ob 8; 1Co 1.19 15 z Is 30.1 a SI 10 11, 94.7; Is
47.10; Ez 8.12; MI 2.17 16 bis 45 9; Jr 18.1-6; [Rm 9 19-21] 17 eis 32.15 18 dis 35.5; Mt 11.5; Me 7.37 19 e [SI 25 9; 37.11; Is
11.4; 61.1; Mt 5.5; 1129]
•28.27 instrumento de trilhar. Os diferentes grãos requerem tratamentos •29.14 sabedoria ... se esconderá. Deus esmigalhará a sabedoria e o planeja-
diferentes; o Senhor ajusta seu julgamento às circunstâncias e não "lavra todo mento humanos 130.1-5; 31.1-3).
dia" lv. 24). •29.15-16 Este oráculo de condenação contra os sábios de Jerusalém começa a
•28.29 conselho ... sabedoria. Ver a nota em 11.2. Os governantes zombeteiros terceira seção de "ais" nos caps. 28-33 128.1-13, nota).
ridicularizam insensatamente aquele que é maravilhoso em conselho [cf. 9.6).
•29.15 propósito ... obras. Eles se opõem aos planos e obras de Deus 111.2.
•29.1-14 Um oráculo de condenação contra Jerusalém. nota; SI 10.11; 64.5-6). Eles tentam manipular Deus, ao invés de se submeterem
•29.1 Ai. Ver a nota em 1.4. a ele.
Davi. A reivindicação de Jerusalém de ser a cidade de Deus começa com Davi
lcf. SI 132). •29.16 oleiro ... barro. Eles transtornavam a ordem de Deus por seu espírito in-
dependente e altivo 127.11, nota; cf. Rm 9.20).
ano ... festas. Isso aponta para a observância repetitiva e cansativa de rituais va-
zios. Ver a nota em 1.11-15. •29.17 Líbano. As florestas do Líbano transformar-se-ão em campos, e os cam-
•29.3 cercar-te-ei com baluartes. Deus refere-se ao cerco de Jerusalém pe- pos tornar-se-ão florestas. Ojulgamento divino produz tais reversões: "Os últimos
los assírios em 701 a.e. serão primeiros, e os primeiros serão últimos" IMt 20. 16; Lc 1.52-53).
•29.4 afogada ... cochicho. Estas figuras de linguagem descrevem a experiên- •29.18 Naquele dia. Ver a nota em 2.11.
cia de humilhação de Jerusalém 12.10; 8.19). surdos ... cegos. Estas palavras são usadas aqui como figuras de linguagem
•29.5 tiranos. Ver a nota no v. 20. para indicar as condições espirituais anteriores das pessoas. Os "surdos" são
•29.6. trovões ... chamas. A natureza enfurece quando o Senhor dos exércitos aqueles que anteriormente eram surdos para com a mensagem de Deus
celestiais aparece 16.4; nota; Êx 19.16-19; Jz 5.4-5; SI 18.7-15; Ez 32.6-8, nota). (42.18-19; 43.8. cf. 6.1 O; 29.9). Os "cegos" se afastavam antes do caminho de
•29.10 videntes. Ver a nota em 30.1 O. Deus, sem conseguir discerni-lo 142.7, 16; 56.1 O; 59.1 O; Lm 4.14). A restauração
•29.13 se aproxima ... longe de mim. Deus deseja expressões de devoção dos espiritualmente "surdos" e dos "cegos" cumpre-se hoje em Cristo (61.1 ).
que saiam do coração e odeia rituais vazios 11 Co 1.19; CI 2.20-23). livro. Ver as notas sobre os vs. 11 e 12.
rão regozijo sobre regozijo no SENHOR, e los pobres entre os
h()mews <;e alegrarão no Santo de Israel. 20 Pois o 5 tirano é re-
821
valerá, não servirá nem de ajuda nem de proveito, porém de
ISAÍAS

vergonha e de opróbrio. 6 hSentença 2 contra a Besta do Sul.


29, 30 l
duzido a nada, go escarnecedor já não existe, e já se acham Através da terra da aflição e angústia de onde vêm a leoa, o
eliminados todos os que hcogitam da iniqüidade, 21 os quais leão, ia víbora e a serpente volante, levam a lombos de ju-
por causa de uma palavra condenam um homem, os que mento as suas riquezas e sobre as corcovas de camelos, os
ipõem armadilhas ao que repreende na porta, e os que isem seus tesouros, a um povo que de nada lhes aproveitará.
motivo negam ao justo o seu direito. 22 Portanto, acerca da 7 iPois, quanto ao Egito, vão e inútil é o seu auxílio; por isso,
casa de]acó, assim diz o SENHOR, 1que remiu a Abraão: Jacó já lhe chamei 3 Gabarola que nada faz.
não será menvergonhado, nem mais se empalidecerá o seu 8 Vai, pois, 1escreve isso numa tabuinha perante eles, es-
rosto. 23 Mas, quando ele e seus filhos virem na obra das mi- creve-o num livro, para que fique registrado para os dias vin-
nhas mãos no meio deles, santificarão o meu nome; sim, san- douros, para sempre, perpetuamente. 9 Porque mpovo
tificarão o Santo de Jacó e temerão o Deus de Israel. 24 E os rebelde é este, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir
ªque erram de espírito virão a ter entendimento, e os mur- a lei do SENHOR. to nEJes dizem aos videntes: Não tenhais vi-
muradores hão de aceitar instrução. sões; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; ºdi-
zei-nos coisas aprazíveis, profetizai-nos ilusões; 11 desviai-vos
Contra a aliança com o Egito do caminho, apartai-vos da vereda; não nos faleis mais do
Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR, ªque 1 executam Santo de Israel. 12 Pelo que assim diz o Santo de Israel: Visto
3O planos que não procedem de mim e fazem aliança
sem a minha aprovação, bpara acrescentarem pecado sobre
que P rejeitais esta palavra, confiais na opressão e na perversi-
dade e sobre isso vos estribais, 13 portanto, esta maldade vos
pecado! 2 coue descem ao Egito dsem me consultar, buscan- será ªcomo a brecha de um muro alto, que, formando uma
do refúgio em Faraó e abrigo, à sombra do Egito! 3 e Mas ore- barriga, está prestes a cair, e cuja queda 'vem de repente,
fúgio de Faraó se vos tornará em vergonha, e o abrigo na num momento. 14 so SENHOR o quebrará como se quebra o
sombra do Egito, em confusão. 4 Porque os príncipes de Judá vaso do oleiro, despedaçando-o sem nada lhe poupar; não se
já estão em IZoã, e os seus embaixadores já chegaram a Ha- achará entre os seus cacos 4 um que sirva para tomar fogo da
nes. s nodos se envergonharão de um povo que de nada lhes lareira ou tirar água da poça. tS Porque assim diz o SENHOR

• fls 14.30, [~t~3; 11.~~ g 2:; 20 ~281-,;-h


23 n [Is 45.11, 49.20-26; Ef 2.1 O] 24 o Is 28. 7
Is 59.4; Mq 2.1 5 o aterrorizador 21 í Am 5.1O,12 i Pv 28.21 ~;/ Js 24.3 m Is ~~7 ~~ -

CAPÍTUL030 1 ªls29.15 bDt29.19 1Lit.tecemumate1a 2 Cfs311,Jr43.7dNm27.21;Js9.14;1Rs22.7;Jr21.2;42.2,20 3 efs


20 5; Jr 37 5,7 4 /is 19.11 5 g Jr 2.36 6 h Is 57.9; Os 8 9; 12.1 iDt 8.15; Is 14.29 2 Oráculo, Profecia 7 i Jr 37.7 3 Lit. Raabe Senta-se
Ocwso 8 IHc 2.2 9 m Dt 32.20; Is 1.2,4; 65.2 10 n Is 5.20; Jr 11.21, Am 2.12; Mq 2.6°1Rs 22.8, 13; Jr 6.14; 23.17,26; Ez 13.7; Mq
2.11, Rm 16 18; 2Tm 4.3-4 12 P Lv 26.43; Nm 15.31; Pv 1.30; 13.13; Is 5.24; Ez 20.13, 16,24; Am 2.4 13 q 1Rs 20.30; SI 62.3-4; Is 58.12
r Is 29.5 14 s SI 2.9; Jr 19 11 4 Um pedaço de cerâmica quebrada
•29.19 mansos... pobres. Ver SI 9.18, nota. •30.3 vergonha. Desta experiência de completo fracasso, o Senhor promete li-
Santo de Israel. Ver a nota em 1.4. vrar aqueles que nele confiam 1544; 617).
•29.20 tirano. Estas pessoas representam os opressores poderosos e tirânicos •30.4 príncipes. Talvez fossem embaixadores de Judá que tivessem ido a Zoã
deste mundo 113.11, 25.3-5; 29.5; 49.25; cf. SI 37.35; 86.14; Ez 287, 30.11, [1911, nota) e a Hanes la 80 km ao sul do Cairo).
32 12) •30.6 Sentença. Ver a nota em 13 .1
escarnecedor. Esta designação, comum na literatura de sabedoria, significa •30.7 Gabarola. No hebraico original. Rahab-Hem-Shebeth. O nome Raabe alu-
uma pessoa endurecida e cínica 128.14; SI 1.1, Pv 1.22; 3.34; 97-8; 21 24) de a um monstro do caos derrotado pelos deuses na mitologia da criação dos ca-
os que cogitam da iniqüidade. Tais indivíduos são identificados no v. 21 naneus (Ez 282, nota). Oprofeta zomba tanto do monstro mítico quanto do Egito
•29.22 remiu a Abraão. Deus realizou a redenção de Abraão mediante a com um título que significa, mais ou menos, "Raabe, que nada faz".
eleição e a aliança, prometendo a ele e a seus descendentes a esperança da •30.8 tabuinha ... livro. Os oráculos concernentes à insensatez de depender do
presença divina lcl. Js 24.14; At 7 2-4) Egito deveriam ser escritos como um testemunho às gerações futuras.
não será envergonhado. Não será humilhado na derrota. •30.9 filhos. Ver a nota em 1.2.
•29.23 filhos. A esperança de Jacó iaz no tratamento gracioso de Deus para
lei. A lei que eles estavam rejeitando é a sabedoria piedosa ensinada por Isaías
com a sua descendência, de geração em geração 149.20-22; 54.1, 13; 65.23).
lcf. Pv 21-5).
•30.1 Ai. Ver a nota em 1.4.
•30.10 videntes... profetas. A prédica de muitos profetas conformava-se com
filhos rebeldes. Estes são os conselheiros de Ezequias (cf 1.2, nota). as expectações do povo [9.15; 287; 29.1 O; 44.25; 1Rs 22.8; Jr 6.14; 14.13-16;
executam planos. Ver a nota textual. Ooriginal hebraico pode ser traduzido por 20 9-10; 28.8-9; Ez 13; Os 9.7-9, Am 2.12; 7.12, 16; Mq 2.6-11; 3.5, 11 ). Outros,
"tecem teias" ou "derramam libações". Qualquer dessas traduções refere-se à como Isaías, falavam pela inspiração do Espírito e sob a compulsão de alguma vi-
execução de alianças políticas. são divina.
sem a minha aprovação. Os planos humanos [v. 2) são opostos aos planos do •30.11 Santo de Israel. Ver a nota em 1.4.
Espírito de Deus.
•30.12 Pelo que. Visto que eles não davam ouvidos aos profetas de Deus, have-
acrescentarem pecado sobre pecado. Vemos aqui a teimosia aumentando
riam de ouvir o seu julgamento.
11 2-4) desde o plano de agir independentemente de Deus até o pecado da
·injustiça lv 12; 10.1-4, notas) palavra. Ou seja, a palavra de Deus por meio de Isaías lvs. 8-9).
•30.2 Egito. Em 701 a.C. Judá contou com tropas egípcias para ajudá-lo contra na opressão e na perversidade. Os líderes de Jerusalém eram homens sem
Senaqueribe 120.5-6; 2Rs 8.21.). princípios, e a diplomacia deles resultava na opressão.
sombra. Somente Deus provê para o seu povo a proteção do perigo [4.6; 16.3; •30.13 maldade. A teimosa resistência deles ao Senhor e a sua dependência do
25.4-5; 51.16; cf. SI 17 8; 367; 91.1, 121.5) Egito causarão a queda deles.

J
ISAÍAS 30, 31 822
Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sosse- tança quando caírem as torres. 26 "A luz da lua será como a
1

gardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confian- do sol, e a do sol, sete vezes maior, como a luz de sete dias, no
ça, a vossa força, "mas não o quisestes. 16 Antes, dizeis: dia em que o SENHOR atar a ferida do seu povo e curar a chaga
Não, sobre cavalos fugiremos; portanto, fugireis; e: Sobre do golpe que ele deu.
cavalos ligeiros cavalgaremos; sim, ligeiros serão os vossos
perseguidores. 17 vMil homens fugirão pela ameaça de ape- O julgamento da Assíria
nas um; pela ameaça de cinco, todos vós fugireis, até que se- 27 Eis o nome do SENHOR vem de longe, ardendo na sua
jais deixados como o 5 mastro no cimo do monte e como o ira, no meio de espessas nuvens; os seus lábios estão cheios
estandarte no outeiro. de indignação, e a sua língua é como fogo devorador. 28 A
ºsua respiração é como a torrente Pque transborda e che-
Promessas consoladoras para Sião ga até ao pescoço, para peneirar as nações com peneira de
18 Por isso, o SENHOR espera, para ter xmisericórdia de destruição; oum freio de fazer errar estará nos queixos dos
vós, e se detém, para se compadecer de vós, porque o povos. 29 Um cântico haverá entre vós, como na noite em
SENHOR é Deus de justiça; zbem-aventurados todos os que que se celebra festa santa; e alegria de coração, como a da-
ªnele esperam. 19 Porque o povo bhabitará em Sião, em Je- quele que sai ao som da flauta para ir 'ao monte do SE·
rusalém; tu cnão chorarás mais; certamente, se compadece- NHOR, à Rocha de Israel. 30 '0 SENHOR fará ouvir a sua voz
rá de ti, à voz do teu clamor, e, ouvindo-a, te dresponderá. majestosa e fará ver o golpe do seu braço, que desce com
20 Embora o Senhor vos dê "pão de angústia e água de 6 afli· indignação de ira, no meio de chamas devoradoras, de
ção, contudo, não se esconderão mais os !teus mestres; os chuvas torrenciais, de tempestades e de 1pedra de saraiva.
teus olhos verão os teus mestres. 21 Quando te gdesviares 31 Porque "com a voz do SENHOR será 8 apavorada a Assí-
para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ria, quando ele a fere com a vvara. 32 Cada pancada casti-
ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o gadora, com a vara, que o SENHOR lhe der, será ao som de
caminho, andai por ele. 22 hE terás por contaminados a pra- tamboris e harpas; e combaterá xvibrando golpes contra
ta que recobre as imagens esculpidas e o ouro que reveste as eles. 33 7 Porque há muito está preparada a fogueira, pre-
tuas imagens de fundição; lançá-las-ás fora como coisa imun- parada para o rei; a pira é profunda e larga, com fogo e le-
da e 'a cada uma dirás: Fora daqui! nha em abundância; o assopro do SENHOR, como torrente
23/Então, o Senhor te dará chuva sobre a tua semente, de enxofre, a acenderá.
com que semeares a terra, como também pão como produto
da terra, o qual será 7 farto e nutritivo; naquele dia, o teu gado O Egito é homem e não deus
pastará em lugares espaçosos. 24 Os bois e os jumentos que la-
vram a terra comerão forragem com sal, alimpada com pá e
31
Ai dos ªque descem ao Egito em busca de socorro e
se bestribam em cavalos; que confiam em carros, por-
forquilha. 25 1Em todo monte alto e em todo outeiro elevado que são muitos, e em cavaleiros, porque são mui fortes, mas
haverá ribeiros e correntes de águas, no dia da mgrande ma- não atentam para o Santo de Israel, cnem buscam ao SENHOR!

e~ 15 1 SI 1~7; Is;~; 28.12 ~t 2;7 ~7;Lv2636; Dt-;-8 25; ;;O; J:-;310, lPv~281~-~ma á,;ore d~~pojada-~e gal~s XlslB
332 z SI 2.12; 34.8; Pv 16.20; Jr 17.7 ªIs 26.8 19 b Is 65.9; [Ez 37.25,281 e Is 25.8 d SI 50.15; Is 65.24; [Mt 7.7-111 20 e 1Rs 22 27; SI
127.2/SI 74.9; Am 8.11 ô opressão 21 g Js 1.7 22 h 2Cr 31 1, Is 2 20; 317 IQs 14.8 23 i [Mt 6.331; 1Tm 6.8 7Lit gordo 25 lls
2.14-15 m Is 2.10-21; 34.2 26 n [Is 60.19-20; Ap 21.23; 22.51 28 o Is 114; 2Ts 2.8 P Is 8 8 o2Rs 19.28; Is 37.29 29 r[ls 231 30 s1s
29.6 f Is 28.2 31 u Is 14.25; 3736 v Is 10.5,24 8 Lit despedaçada 32 x Is 11.15 33 z 2Rs 231 O; Jr 7.31
CAPITULO 31 1 ªIs 30.1-2 b Dt 17.16; SI 20.7; Is 2.7; 30.16 e Is 9.13; Dn 9.13; Am 54-8
•30.15 SENHOR Deus. Ver a nota em 25.7. clamar as abundantes bênçãos de Deus, que ele preparou para os seus filhos (cf.
sossegardes ... tranqüilidade. O Senhor poderia dar ao seu povo aquilo que JI 318; Am 913)
eles procuravam no Egito. dia da grande matança. ODia do Senhor (cf 34.2,6; Jr 12.3; 19.6; 46.10; SI 17-8).
salvação ... força. OSenhor é aforça de seu povo e ele será vitorioso (12 2, nota) torres. Símbolos do orgulho humano (2.12-17)
•30.16 cavalos. Eles dependiam da força e dos estratagemas militares (2 7, •30.26 sete vezes maior. Aqui, a cifra hiperbólica indica que Deus está com o
nota; 31.1,3). seu povo (2 5. nota; 42.16; 60.19; Ap 21.22-23).
•30.17 Mil ... um. Isso é uma reversão da promessa divina de dar a vitória ao seu atar... curar. Deus disciplina, mas ele se lembra e cura as feridas de seu povo
povo (Lv 26.7-8; Dt 32.30; Js 23.10). (19 22; 57.18; 61.1, SI 147.3; Jr 3.22; 30.17; mas cf. Is 6.1 O).
•30.18 justiça. Deus sustenta o seu reino em sua paciência (1.21, nota). •30.27 o nome do SENHOR. Onome da aliança representa Deus (12.2, nota; cf.
•30.19 chorarás. Vera nota em 25.7-8; e!. Ap 7.17; 21.4. Êx 3 14)
•30.20 mestres. "Profetas"; ou, possivelmente, esta palavra refira-se a Deus, lábios ... língua. Isaías usa os recursos da poesia para retratar o iracundo poder
visto que poderia ser entendida como uma forma singular, "Mestre" Quanto à de Deus.
instrução de Deus, ver 28.11-13; 29.11-12. Depois do julgamento divino, eles ve- •30.29 cântico... flauta. Esta celebração é como a de uma festa de peregrinação.
rão a sua salvação (29.24).
monte. Ver a nota em 2.2.
•30.22 Sobre a polêmica de Isaías contra a idolatria, ver 2.8.
•30.33 a fogueira. Algumas versões dizem aqui Tofete. Esta era um abismo si-
Contaminados. Ou seja, profanados (2Rs 234-8). tuado no lado sul de Jerusalém, onde crianças haviam sido sacrificadas e um fogo
•30.23 chuva ... pão. Estas bênçãos serão concedidas em resposta ao arrepen- contínuo ardia para consumir o lixo que era ali jogado (57 5; 2Rs 23.10; Jr
dimento evidente nos versículos anteriores (v 20; cf. Dt 28.11-12). 731-32; 19.6,11-13).
naquela dia. Ver a nota em 2.11. •31. 1 Egito ... cavaleiros. Judá pensava que poderia ser libertado por cavalos e
•30.25 ribeiros e correntas de águas. Isaías usa uma hipérbole a fim de pro- carros de combate egípcios (30.2).
1
1

823 ISAÍAS 31, 32


2 Todavia, este é sábio, e faz vir o mal, e d não retira as suas coração dos 2 temerários d saberá compreender, e a língua dos
palavras; ele se levantará contra a casa dos malfeitores e con- gagos falará pronta e distintamente. s Ao louco nunca mais se
tra a ajuda dos que praticam a iniqüidade. 3 Pois os egípcios chamará nobre, e do fraudulento jamais se dirá que é magnâ-
são homens e não deuses; os seus cavalos, carne e não espíri- nimo. ó Porque o louco fala loucamente, e o seu coração obra
to. Quando o SENHOR estender a mão, cairão por terra tanto o o que é einíquo, para usar de impiedade e para proferir menti-
auxiliador como o ajudado, e ambos ejuntamente serão con- ras contra o SENHOR, para deixar o faminto na ânsia da sua
sumidos. 4 Porque assim me disse o SENHOR: !Como o leão e fome e fazer que o sedento venha a ter falta de bebida. 7 Tam-
o cachorro do leão rugem sobre a sua presa, ainda que se con- bém as armas do fraudulento são más; ele maquina intrigas
voque contra eles grande número de pastores, e não se espan- para arruinar os desvalidos, com !palavras falsas, ainda quan-
tam das suas vozes, nem se abatem pela sua multidão, assim do a causa do pobre é justa. 8 Mas o nobre projeta coisas no-
o SENHOR dos Exércitos descerá, para pelejar sobre o monte bres e na sua nobreza perseverará.
Sião e sobre o seu outeiro. s geamo pairam as aves, assim o
SENHOR dos Exércitos amparará a Jerusalém; protegê-la·á e Advertências contra as mulheres de Jerusalém
salvá-la-á, poupá-la-á e livrá-la-á. 9 Levantai-vos, mulheres gque viveis despreocupadamen-
6 Convertei-vos, pois, ó filhos de Israel, àquele de quem te, e ouvi a minha voz; vós, filhas, que estais confiantes, incli-
htanto vos afastastes. 7 Pois, naquele dia, cada um iJançará nai os ouvidos às minhas palavras. 10 Porque daqui a um ano
fora os seus ídolos de prata e os seus ídolos de ouro, que as e dias vireis a tremer, ó mulheres que estais confiantes, por-
vossas mãos fabricaram para/pecardes. 8 Então, a Assíria 'cai- que a vindima se acabará, e não haverá colheita. 11 Tremei,
rá pela espada, não de homem; a espada, não de homem, a mulheres que viveis despreocupadamente; turbai-vos, vós
m devorará; fugirá diante da espada, e os seus jovens serão su- que estais confiantes. Despi-vos, e ponde-vos desnudas, e cin-
jeitos a trabalhos forçados. 9 "De medo não atinará com a sua gi com panos de saco os lombos. 12 Batei no peito por causa
rocha de refúgio; os seus príncipes, espavoridos, desertarão a dos campos aprazíveis e por causa das vinhas frutíferas.
bandeira, diz o SENHOR, cujo fogo está em Sião e cuja forna- 13 hSobre a terra do meu povo virão espinheiros e abrolhos,
lha, em Jerusalém. como também sobre todas as casas onde há alegria, ina cida-
de que exulta. 14 iQ palácio será abandonado, a cidade popu-
O reinado do justo Rei losa ficará deserta; Ofel e a torre da guarda servirão de
Eis aí está que reinará rei com justiça, e em reti-
ªum cavernas para sempre, folga para os jumentos selvagens e pas-
3 2 dão governarão príncipes. Cada um servirá de es-
2
1
conderijo contra o vento, de brefúgio contra a tempestade,
tos para os rebanhos; ts até que se derrame sobre nós 1o Espí-
rito lá do alto; então, mo deserto se tornará em pomar, e o
de torrentes de águas em lugares secos e de sombra de grande pomar será tido por bosque; 16 o juízo habitará no deserto, e a
rocha em terra sedenta. 3 cos olhos dos que vêem não se justiça morará no pomar. 17 "0 efeito da justiça será paz, e o
ofuscarão, e os ouvidos dos que ouvem estarão atentos. 4 O fruto da justiça, repouso e segurança, para sempre. 18 O meu

2 dNm 2319; Jr 44.29 3 eis 20.6 4/Nm 24 9; Os 1110; Am 3.8 5 gQt 3211. SI 91.4 6 hOs 9 9 7 ils 220; 30.22 /1Rs 12.30
812Rs 19.35-36 m1s37.36 9 11 1s37.37
CAPÍTULO 32 1 a SI 45.1 2 b Is 4.6 1 abrigo ou cobertura 3 e Is 29.18; 35.5 4 d Is 29.24 2 precipitados 6 e Pv 24.7-9 7 f Jr
5 26-28; Mq 7.3 9 g Is 47 8; Am 6 1, Sf 2.15 13 h Is 7.23-25; Os 9.6 ils 22.2 14 i Is 27.1 O 15 i[ls 11 2]; Ez 39.29; [JI 2.28] m SI
107.35; Is 29.17 17 "SI 119.165; Is 2.4; Rm 14.17; Tg 3.18
não atentam. Uma das maneiras de buscar o Senhor consiste em consultar os suita de sua dependência do Senhor 14.6. nota). fazendo contraste com qualquer
seus profetas 129.9-1 O; 30 1) apoio no Egito 130.1-2.12; 31.1,3).
o Santo de Israel. Ver a nota em 1.4. •32.3 olhos ... ouvidos. Isso faz contraste com 6.9-1 O; 29.9-10; 30.1-2; 31.1.
•31.2 este é sábio. Este sarcasmo do profeta ridiculariza os conselheiros reais. Ver a nota em 29.18.
mal. Deus é soberano em julgamento 1457). •32.4 coração ... língua. Tudo isso é cumprimento de 2924.
•31.3 os egípcios ... não deuses. Este modelo de paralelismo poético contras- •32.7 desvalidos... pobre. Ver SI 9.18. nota.
ta carne e espírito, criatura e Criador 12.22; SI 56.4; Jo 424) •32.8 o nobre. Ele faz contraste com o insensato. que deseja oprimir os necessi-
•31.4 leão ... não se espantam. OSenhor é tão resoluto como um leão. Os reis tados lvs. 5-7)
assírios se comparavam com leões, proverbiais em sua força e ferocidade. •32.9 mulheres... despreocupadamente. Opovo confiava que obteria suces-
so em seus estratagemas (vs 5-7; cf. 3.16-24; Am 61. Zc 115).
•31.5 amparará a Jerusalém. OSenhor cuida de seu povo como se fosse uma
confiantes. Esta é a mesma palavra traduzida por "segurança" no v. 17 e por
ave-mãe !Ex 19.4; Dt 32 11-12)
··seguras" no v. 18. A falsa segurança. baseada na confiança no E~ito, contrasta
•31.7 naquele dia. Ver a nota em 2.11
com a verdadeira segurança. alicerçada sobre a confiança em Deus.
ídolos ... mãos. Quanto à polêmica de Isaías contra a idolatria. ver 2.8. •32.10 vindima ... colheita. A pequena colheita indica o julgàmento divino.
•31.8 cairá. A Assíria chegará ao seu fim pela mão de Deus e no tempo por ele •32.13 terra ... cidade. Tudo se tornará uma desolação lcf 5.5-6; 16.8-1 O;
determinado. não por estratagemas humanos 137.36). 24.7-13; 34.13-15)
•31.9 a sua rocha de refúgio. A Assíria procurará um lugar para esconder-se cidade que exulta. Ver as notas em 22 2.13.
IAp 6.16). •32.15 o Espírito. O Espírito Santo transforma todas as coisas de acordo com a
fogo ... fornalha. Ver 4.5, nota; 10.17; 30.27,30.33. ordem de Deus. Ele é o Espírito da restauração. Ver 112; 28.6; 42.1; 61.1; Ez 36.27;
•32.1-3 A paz e a harmonia de uma liderança piedosa. JI 2.28-29.
•32.1 rei ... príncipes. Isso aponta para o Messias 19.1-7; 11 1-9) e líderes pie- lá do alto. OEspírito está acima de todos os poderes terrenos ISI 93.4; Lc 24.49;
dosos 1126; 1Pe 52) Ef48)
•32.2 esconderijo ... grande rocha. Opapel protetor do rei e suas coortes re- deserto ... bosque. Ver a nota em 29.17.
1

~
ISAÍAS 32, 33 824
povo habitará em moradas de paz, em moradas bem seguras melo são despidos de suas folhas. to 1Agora, me levantarei,
e em ºlugares quietos e tranqüilos, 19 Painda que haja saraiva- diz o SENHOR; levantar-me-ei a mim mesmo; agora, serei
da, q caia o bosque e seja a cidade inteiramente abatida. exaltado. 11 mconcebestes palha, dareis à luz restolho; o vos-
20 Bem-aventurados vós, os que semeais junto a todas as so bufo enfurecido é fogo que vos há de devorar. 12 Os povos
águas e dais liberdade ao pé 'do boi e do jumento. serão queimados como se queima a cal; ncomo espinhos cor-
tados, arderão no fogo. 13 Ouvi vós, ºos que estais longe, o
A aflição e o lillramento de Jerusalém que tenho feito; e vós, os que estais perto, reconhecei o meu

33 Ai de ti, ªdestruidor que não foste destruído, que


procedes perfidamente e não foste tratado com per·
fídia! b Acabando tu de destruir, e serás destruído, acabando
poder.
14 Os pecadores em Sião se assombram, o tremor se apode-
ra dos ímpios; e eles perguntam: Quem dentre nós habitará
de tratar perfidamente, serás tratado com perfídia. 2 SE- com o Pfogo devorador? Quem dentre nós habitará com cha-
NHOR, tem misericórdia de nós; dem ti temos esperado; sê tu mas eternas? ts O que qanda em justiça e fala o que é reto; o
o 1 nosso braço manhã após manhã e a nossa salvação no que despreza o ganho de opressão; o que, com um gesto de
tempo da angústia. 3 Ao ruído do tumulto, efogem os povos; mãos, recusa aceitar suborno; o que tapa os ouvidos, para não
quando tu te ergues, as nações são dispersas. 4 Então, ajun· ouvir falar de homicídios, e 'fecha os olhos, para não ver o mal,
tar-se-á o vosso despojo como se ajuntam as lagartas; como 16 este habitará nas 4 alturas; as fortalezas das rochas serão o seu
os gafanhotos saltam, assim os homens saltarão sobre ele. alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas.
s to SENHOR é sublime, pois habita nas alturas; encheu a 17 Os teus olhos verão o rei na sua 5 formosura, verão a ter-
Sião de direito e de justiça. 6 Haverá, ó Sião, estabilidade nos ra que se estende até longe. 18 O teu coração se recordará dos
teus tempos, abundância de salvação, sabedoria e conheci- terrores, dizendo: 10nde está aquele que registrou, onde, o
mento; o temor do SENHOR será o teu tesouro. que pesou o tributo, onde, o que contou as torres? 19 ºJá não
7 Eis que os heróis pranteiam de fora, e g os mensageiros verás aquele povo atrevido, vpovo de fala obscura, que não se
de paz estão chorando amargamente. 8 h As estradas estão de- pode entender, e de língua bárbara, ininteligível. 20 xrnha
soladas, cessam os que passam por elas; ;rompem-se as alian- para Sião, a cidade das nossas solenidades; os teus olhos verão
ças, 2 as 3 cidades são desprezadas, já não se faz caso do a 2 Jerusalém, habitação tranqüila, tenda que não será removi-
homem. 9 i A terra geme e desfalece; o Líbano se envergonha da, ªcujas bestacas nunca serão arrancadas, nem rebentada
e se murcha; Sarom se torna como um deserto, Basã e Car- nenhuma de suas cordas. 21 Mas o SENHOR ali nos será gran-

0--;; Is ;-10; 143; 30.1-5~ [Os 2~;~23. Zc 25; 3~]- !;;Is 30·;~ qzc 11.2 ~~Ec~ls 30.2324
0
CAPÍTULO 33 1 ªIs 21.2; Hc 2.8 bAp 13 10 Is 10.12; 14.25; 31.8 2 dls 25.9; 26.8 1Conforme S, Te V; TM deles, LXX omite o pronome
e
3 eis 17.13 S/SI 97.9 7 nRs 18.18,37 8 hJz 5.6 i2Rs 18 13-17 2T eles têm sido removidos de suas cidades 3Conforme TM e V; MMM
testemunhas;LXXomitecidades 9/ls24.4 10ISl125;1s219,21 11 m[Sl714;1s26.18;59.4;Tg1.15] J2nls9.18 13ºSl48.10;
Is 49.1 14 P Is 30.27,30; Hb 12.29 1S q SI 15.2, 24.3-4; Is 58 6-11 r SI 119.37 16 4 Lugar alto e, portanto, seguro 17 s SI 27.4
\8 11Co1.20 19 U2Rs 19.32 VDt 28.49-50; Is 28.11, Jr 5.15 20 xs1 4812ZSI 46.5; 125 1; Is 32.18 a Is 37.33 b Is 54.2
•32.18 O meu povo. Ver a nota em 40.1. •33.9 terra ... Carmelo. Áreas famosas por sua fertilidade tinham-se tornado
•32.19 saraivada. Ver a nota em 28.2. como desertos 12.13; 29.17; 32.13 e notas) Ouanto à transformação, ver 35.1-2.
•33.1-24 Este sexto e final oráculo de condenação, nos caps. 28-33, é contra a •33.1 OAgora. Otempo da intervenção divina e do glorioso estabelecimento do
Assíria. Ao enfocar a derrota da Assíria e a exaltação de Judá, o Senhor, o Rei de Reino de Deus tinha chegado.
Judá, é exaltado. •33.12 cal ... espinhos. Estes símiles explicam quão completamente a Assíria
•33.1 destruidor... tratado com perfídia. Embora a Assíria seja a referência será destruída lcf. 27.4; Am 2.1 ).
dentro do contexto histórico lcf. 10.5,12,24; 14.25; 30.31; 31.8; 2Rs 18.13-16; •33.13 Ouvi ... reconhecei. Os povos confessarão que os 1ulgamentos de Deus
19.32-37), ela representa qualquer poder que se oponha a Deus. na h1stóna são sábios e poderosos e se submeterão à sua soberania.
•33.2 Este versículo dá início a uma oração pedindo misericórdia durante a hora longe... perto. Ver 57.19; estas declarações incluem cada pessoa, qualquer que
do julgamento.
seja a sua nação ou tribo.
•33.3 dispersas. Ver Nm 10.35.
•33.14 Ouem dentre nós habitará. Esta percepção por parte dos pecadores
•33.4 o vosso despojo. Os despojos pertencem ao Senhor. vitorioso sobre as os desafia a se arrependerem e viverem em harmonia com a santa presença de
nações (23. lBJ. Deus (SI 15 1; 243)
•33.5 habita nas alturas. Ver a nota em 32.15 •33.15 anda ... fecha os olhos. Estas frases descrevem a conduta dos piedo-
•33.6 salvação. Ver a nota em 12.2. sos (SI 11-2; 15.2-5; 244; GI 5.22-25; Ef 5.1; Tg 3.13-18).
o teu tesouro. Provavelmente, o significado seja que o melhor presente que uma suborno. Ver a nota em 1.23.
pessoa pode receber da parte de Deus é a pura fé que é formada em resposta à
•33.16 habitará nas alturas. Com Deus.
revelação da graça de Deus (SI 130.4; Pv 9.10; Lc 5.10).
•33.7-12 Tendo desaparecido todas as falsas esperanças de Judá lvs. 7-9), o fortalezas ... águas. Esta pessoa desfruta da proteção (cf. SI 18.1-3) e da provi-
Senhor age para destruir a Assíria. são divinas (49 1O; 55.1-2; 62.9; 65.13; contrastar com 30.20).
•33.7 heróis. Talvez esta ironia seja dirigida aos três funcionários que conversa- •33.17 rei. A chegada do Reino de Deus e do Messias reveste-se de maiores-
ram com os assírios 1363.22) plendor do que qualquer manifestação prévia 132.1, nota).
pranteiam ... chorando. Os planos humanos tinham falhado. O comércio inter- •33.18-19 terrores ... língua bárbara. Isaías descreve a miséria do exílio longe
nacional, a diplomacia e as expedições militares chegaram ao fim. Os assírios de casa e a opressão aplicada pelos estrangeiros.
aceitaram presentes e tributos da parte de Judá, mas, traiçoeiramente, continua- •33.20 habitação... cordas. O exílio terminou. Jerusalém desfruta de estabili-
ram em seu cerco a Jerusalém. dade e prosperidade 154 2; cf Ap 21.1-3)
825 ISAÍAS 33-35
l
dioso, fará as vezes de rios e correntes largas; 5 barco nenhum 8 Porque será o dia da mvingança do SENHOR, ano de re-
de remo passará por eles, navio grande por eles não navegará. tribuições pela causa de Sião. 9 "Os ribeiros de Edom se
22 Porque o SENHOR é o nosso e juiz, o SENHOR é o nosso dle- transformarão em piche, e o seu pó, em enxofre; a sua terra
gislador, e o SENHOR é o nosso Rei; ele nos salvará. 23 Agora, as se tornará em piche ardente. to Nem de noite nem de dia se
tuas enxárcias estão frouxas; não podem ter firme o mastro, apagará; ºsubirá para sempre a sua fumaça; Pde geração em
nem estender a vela. Então, se repartirá a presa de abundan- geração será assolada, e para todo o sempre ninguém passa-
tes despojos; até os coxos participarão dela. 24 Nenhum mo- rá por ela. 11 qMas o 3 pelicano e o 4 ouriço a possuirão; o
rador de Jerusalém dirá: Estou doente; /porque ao povo que bufo e o corvo habitarão nela. 'Estender-se-á sobre ela o cor-
habita nela, perdoar-se-lhe-á a sua iniqüidade. del de destruição e o prumo de ruína. 12 Já não haverá no-
bres para proclamarem um rei; os seus príncipes já não
A indignação de Deus contra as nações existem. 13 Nos seus palácios, crescerão 5 espinhos, e urtigas
ªChegai-vos, nações, para ouvir, e vós, povos, escu- e cardos, nas suas fortalezas; 1será uma habitação de chacais
34 tai; bouça a terra e a sua plenitude, o mundo e tudo
quanto produz. 2 Porque a indignação do SENHOR está contra
e morada de avestruzes. 14 As feras do deserto se encontra-
rão com as hienas, e os 5 sátiros clamarão uns para os outros;
todas as nações, e o seu furor, contra todo o exército delas; ele 6 fantasmas ali pousarão e acharão para si lugar de repouso.

as destinou para a destruição e as entregou à e matança. 3 Os ts Aninhar-se-á ali a coruja, e porá os seus ovos, e os choca-
seus mortos serão lançados fora, d dos seus cadáveres subirá o rá, e na sombra abrigará os seus filhotes; também ali os abu-
mau cheiro, e do sangue deles os montes se inundarão. tres se ajuntarão, um com o outro.
4 erodo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrola- 16 Buscai no ºlivro do SENHOR e lede: Nenhuma destas
rão como um pergaminho; !todo o seu exército cairá, como criaturas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a boca
cai a folha da vide e a gfolha da figueira. do SENHOR o ordenou, e o seu Espírito mesmo as ajuntará.
s Porque a h minha espada se embriagou nos céus; eis que, t7 Porque ele lançou as sortes a favor delas, e a sua mão lhes
para exercer juízo, idesce sobre Edom e sobre o povo que repartiu a terra com o cordel; para sempre a possuirão, atra-
destinei para a destruição. 6 A i espada do SENHOR está cheia vés de gerações habitarão nela.
de sangue, / engrossada da gordura e do sangue de cordeiros
e de bodes, da gordura dos rins de carneiros; porque 1o Afelícidade na Sião.futura
SENHOR tem sacrifício em Bozra e grande matança na terra de
Edom. 7 Os bois selvagens cairão com eles, e os novilhos,
35 O ªdeserto e a / terra se alegrarão; o bermo 2 exulta-
rá e florescerá como o narciso. 2 eflorescerá abun-
com os touros; a sua terra se embriagará de sangue, e o seu pó dantemente, jubilará de alegria e exultará; deu-se-lhes a
se tornará 2 fértil com a gordura. glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Saram; eles

A-;~ 5galé z;q~t


t
10.42J~ls ~- 5~4.~. 41-;-es~918~1s 3~4. ~9 ~~/Is 40;~r
CAPÍTULO 34
Tg 259; Zc 5020; ;.,;q 718-19; 1Jo 1.7-9
a SI 49.1, Is 41.1; 43.9 bDt 32.1, Is 1.2 2 Cls 13.5 3 d JI 2.20; Am 4.1 O 4 es1102.26; Is 13.13; Ez 32.7-8; JI 2.31;
Mt 24.29; 2Pe 3.10/ls 14.12 gAp 6 12-14 S hDt 32.41-42; Jr 46.10; Ez 21.3-5 ils 63.1; Jr49.7-8.20; Ez 25.12-14; 35.1-15; Am 1.11-12; Ob
°
1-14; MI 1.4 6 ils 66.16 ISf 1.7 / Lit. engordurada 7 2Lit. gorda 8 m Is 63.4 9 n Dt 29.23; SI 11.6; Is 30.33 10 Ap 14.11; 18.18;
19.3 p Is 13.20-22; 24.1; 34.10-15; MI 1.3-4 11 q Is 14 23; Sf 2.14; Ap 18.2 '2Rs 21.13; Lm 2.8 3 Ou a coru1a 4 porco-espinho 13 s Is
32.13; Os 9.6 tis 13.21 14 5Hebr. seirim, lit. cabeludos. bodes, seres mitológicos. demônios !compare com Lv 17 7) ô Hebr. li/ith, criaturas
noturnas 16 u [MI 3.16]
CAPÍTULO 35 t a Is 32.15; 55.12 b Is 41.19; 51.3 1 os lugares secos 2 Hebr arabah 2 e Is 32.15
•33.21 rios e correntes largas. Deus dá provisão para todas as necessidades •34.7 bois selvagens ... touros. Estas palavras referem-se aos líderes
dos cidadãos de seu Reino 141.18; 48 18) edomitas.
barco ... navio grande. Os reinos deste mundo não mais podem intimidar e •34.8 o dia da vingança. O Dia do Senhor é o tempo quando o Senhor
atacar o povo de Deus. estabelece o seu Reino na terra, livrando e glorificando os seus santos e punindo
•33.22 Ver as notas em 2.4; 12.2; cf. 44 6; 51.4; SI 46; 48; 96----99; Sf 3.15, 17 os ímpios e os opressores de seus filhos 12 11, nota; 35.4; 59.17-18; 61.2; 63.4).
•33.23 tuas enxárcias ... vela. Opovo do Senhor é comparado a um navio que •34.9 piche ... piche ardente. Uma alusão à queda de Sodoma e Gomorra (Gn
é levado à deriva. 1924-28; SI 11.6; Jr49.17-18; Ap 14.10-11)
•33.24 morador... povo que habita. Ver a nota no v. 14. •34. 10 noite ... dia ... geração em geração. O julgamento de Deus é eterno
•34.2 indignação ... furor. Ver as notas em 5.25; 10.5 (6624; Mt 18.8-9; 25.41.46; Me 9.43.48)
destruição... matança. Estas nações estão destinadas à destruição, tal como •34.11 destruição... ruína. As mesmas palavras hebraicas, aqui traduzidas por
foram os cananeus IJs 6.17). "destruição" e "ruína", foram traduzidas por "sem forma e vazia" em Gn 1.2. Deus
•34.3 sangue. Osangue dos mortos será tão abundante, que criará deslizamen- decretou a desolação dos poderes que se opõem à sua ordem. Ele castigará com
tos na lama lv. 7). Esta é uma figura do Dia do Senhor sobre a terra. a desordem aqueles que causaram dano na sua ordem.
•34.4 enrolarão. Ver Hb 1.10-12; 2Pe 3.12. Assim como o Senhor estendeu os •34.16 livro do Senhor. Provavelmente, a profecia dos vs. 1-15. D Espírito
céus por ocasião da criação (42.25). no fim ele os enrolará !Me 13.24-25; Ap cuidará para que aquilo que a Palavra anuncia tenha cumprimento.
613) •34.17 lançou as sortes. Assim como Deus distribuiu a Terra Prometida me-
•34.5 desce sobre. A espada vingadora do Senhor move-se desde a demolição diante o lançamento de sortes (Js 18.10), assim ele dividirá Edom entre os ani-
do panteão dos céus até Edom. em particular. mais imundos lv. 11 ).
Edom. Esta nação representa aqui as nações 163.1-6; Ez 35; Ob 10-14; cf. Ap 182). •35.1 deserto. Ver a nota em 40.3 A presença do Espírito do Deus da restaura-
•34.6 espada do Senhor. Ver Ap 19.15. ção transforma a natureza e as pessoas, mesmo quando afetados por este mun-
Bozra. Uma importante cidade de Edom, situada a 48 km a sudeste do mar Morto. do pecaminoso (32.15, nota).
1

~
ISAÍAS 35, 36 826
verão a d glória do SENHOR, o esplendor do nosso Deus. mente para o seu povo; quem quer que por ele caminhe não
3 eFortalecei as mãos 3 frouxas e firmai os joelhos 4 vacilantes. errará, nem mesmo o louco. 9 q Ali não haverá leão, animal fe-
4 Dizei aos desalentados de coração: Sede fortes, não temais. roz não passará por ele, nem se achará nele; mas os remidos
Eis o vosso Deus. A/vingança vem, a retribuição de Deus; ele andarão por ele. 10 Os rresgatados do SENHOR voltarão e virão
vem e vos gsalvará. a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua ca-
5Então, se abrirão os hoJhos dos cegos, e se desimpedirão beça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a 5 tristeza e o
;os ouvidos dos surdos; 6 os !coxos saltarão como cervos, e a gemido.
11íngua dos mudos cantará; pois máguas arrebentarão no deser-

to, e ribeiros, no ermo. 7 A areia esbraseada se transformará em Senaqueribeinvade]udá


lagos, e a terra sedenta, em mananciais de águas; n onde outro- ªNo ano décimo quarto do rei Ezequias, subiu Sena-
ra viviam os chacais, crescerá a erva com canas e juncos. 36
queribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortifi-
8 E ali haverá bom 0 caminho, caminho que se chamará o cadas de Judá e as tomou. 2 O rei da Assíria enviou 1 Rabsaqué,
Caminho Santo; Po imundo não passará por ele, pois será so- de Laquis a Jerusalém, ao rei Ezequias, com grande exército;

• ·~~ 40~- 3-e Jó ;3-4; 1 ~~ ;-~3-[j; a;atidas ~am~ea~;~s -::a~;:nte; 4f~ gs~~5 ~;Is
ou 34 8 1 33-;2 -5 h ls.29 1 ;~~;;;7; ~-
9.6-7 i[Mt 115] 6 iMt 11 5; 15.30; Jo 5.8-9; At 8.7 lls 32.4; Mt 9.32; 12.22 m Is 4118; [Jo 7.38] 7 n Is 34.13 8 ªIs 19.23 Pls 52.1; JI
3.17; [Mt 7 13-14]; 1Pe1.15-16; Ap 2127 9 Hv 26.6; [Is 1U,9]; Ez 34.25 1O 'Is 51.11 5 ls 25.8; 30.19; 65.19; [Ap 7.17; 214]
CAPÍTULO 36 1 a 2Rs 18.13, 17; 2Cr 32.1 2 / Um título, provavelmente Chefe de Pessoal ou Governador
•35.2 do nosso Deus. Quanto à revelação do Reino de Deus, ver as notas em nhor é o "Redentor" (41 14, nota; 49 26), que perdoou os pecados de Israel
6.3; 33.17,21 (44 22; SI 103.3-4)
•35.4 não temais. Esta admoestação com freqüência ocorre como uma certeza •35.1 Oa tristeza e o gemido. Ver a nota em 25.8; cf. 51.11 .
de livramento dos opressores (7.4; 8 12, nota; 10.24; 37.6; 41.1O,13; 43.5; 51 7). •36.1-39.8 Esta ponte histórica entre os caps 1-35 e 40--ll6 tem como pa-
vingança ... salvará. Deus trará completo livramento aos oprimidos e estabele· ralelo direto o trecho de 2Rs 18.13-20.19. Registra o cumprimento das pre-
cerá a justiça na Terra (34 8, nota). dições de Isaías que o Senhor julgaria a Judá trazendo o exército assírio até os por-
•35.5-6 cegos ... surdos. Estas transformações são evidências de uma restau· tões de Jerusalém e em seguida julgando aquele orgulhoso exército, destruindo-
ração sobrenatural e estão associadas ao ministério de Jesus (Mt 11.2-6; 12.22; º ali, preservando um remanescente fiel na cidade. A fé que tinha o rei Ezequias
Me 7.37; Lc 7.21-22) contrasta com a de seu pai, Acaz. Mediante a fé, Ezequias aceitou um sinal quan-
águas. Ver a nota em 1.30 do foi atacado por uma enfermidade (30.7-8). Acaz, porém, recusou-se a pedir
•35.7 canas e juncos. Isso está em contraste com 19.5-6. um sinal (7 12)
•35.8 caminho. Ver a nota em 11.16; 40.3; contrastar com 33.8. •36.1 ano décimo quarto. Por volta de 701 a. C. Ezequias governou como co-
Caminho Santo. Somente aqueles que tiverem sido limpos e consagrados têm re gente com seu pai, Acaz, de 729 a 715 a.C e tornou-se rei sozinho de 715 a
o privilégio de caminhar pela estrada de salvação que conduz a Sião (4.3, nota) 686 a C. Alguns estudiosos explicam que o ano "décimo quarto" seria devido a
•35.9 leão, animal feroz. Contrastar com 13.21-22; 34.11-15. um erro de copista, em lugar de "vigésimo quarto"; mas outros sugerem que Isa-
•35.9-1 Oremidos ... resgatados. Estas duas palavras hebraicas com freqüên- ías refere-se ao começo do governo independente de Ezequias, em 715 a.C.
cia aparecem como paralelos (Jr 31.11; Os 13 14) e são quase sinônimas. Senaqueribe. Ele foi rei da Assíria entre 705-681 a C
Ambos esses vocábulos são usados para descrever o livramento divino de Israel cidades fortificadas. Senaqueribe deixou registrado, em seus anais, que 46 cida-
do Egito. Essas palavras desempenham um importante papel na descrição feita des fortificadas foram conquistadas durante essa campanha (2Rs 18.13, nota).
por Isaías do livramento futuro do exílio como um novo êxodo (51 .10-11). O Se- •36.2 Rabsaqué. Ele era o conselheiro real quanto a assuntos militares. De

O Império Assírio (650 a.C.)


Por volta de 650 a.C., o Império
Assírio, com sua capital Nínive, es-
tendeu-se desde o Golfo Pérsico, ao
leste, até o Crescente Fértil na Pales-
tina e além, abrangendo por breve
tempo todo o Egito no sudoeste. Judá,
enquanto zona livre, ainda pagava tri-
buto a Assíria durante o reino de Ma-
nassés.
827 ISAÍAS 36, 37
parou ele na extremidade do aqueduto do açude superior, 13 Então, Rabsaqué se pôs em pé, e clamou em alta voz
)unto ao caminho do campo do lavadeiro. J Então, saíram a em judaico, e disse: Ouvi as palavras do sumo rei, do rei da
encontrar-se com ele bEliaquim, filho de Hilquias, o mordo· Assíria. 14 Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque
mo, csebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista. não vos poderá livrar. 15 Nem tampouco Ezequias vos faça
confiar no SENHOR, dizendo: O SENHOR certamente nos livra-
Rabsaqué afronta a Ezequias e ao SENHOR rá, e esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria.
4 dRabsaqué lhes disse: Dizei a Ezequias: Assim diz o 16 Não deis ouvidos a Ezequias; porque assim diz o rei da
sumo rei, o rei da Assíria: Que confiança é essa em que te es· Assíria: Fazei as pazes comigo e vinde para mim; e comei,
tribas? s Bem posso dizer-te que teu conselho e poder para a geada um da sua própria vide e da sua própria figueira, e be-
guerra não passam de 2 vãs palavras; em quem, pois, agora bei, cada um da água da sua própria cisterna; 17 até que eu ve-
confias, para que te rebeles contra mim? 6 Confias no Egito, nha e vos leve para uma terra como a vossa; terra de cereal e
esse ebordão de cana esmagada, o qual, se alguém nele apoiar- de vinho, terra de pão e de vinhas. 18 Não vos engane Eze-
se, lhe entrará pela mão e a traspassará; assim é Faraó, rei do quias, dizendo: O SENHOR nos livrará. Acaso, os hdeuses das
Egito, para com todos os que !nele confiam. 7 Mas, se me nações livraram cada um a sua terra das mãos do rei da Assí-
dizes: Confiamos no SENHOR, nosso Deus, não é esse aquele ria? 19 Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde
cujos altos e altares Ezequias removeu e disse a Judá e a Jerusa- estão os deuses de Sefarvaim? Acaso, livraram eles a ;Samaria
lém: Perante este altar adorareis? 8 Ora, pois, empenha-te com das minhas mãos? 20 Quais são, dentre todos os deuses destes
meu senhor, rei da Assíria, e dar-te·ei dois mil cavalos, se de tua países, os que livraram a sua terra das minhas mãos, para que
parte achares cavaleiros para os montar. 9 Como, pois, se não o SENHOR livre a Jerusalém das minhas mãos?
podes afugentar um só capitão dos menores dos servos do meu 21 Eles, porém, se calaram e não lhe responderam palavra;
senhor, confias no Egito por causa dos carros e cavaleiros? porque assim lhes havia ordenado o rei, dizendo: Não lhe res-
10 Acaso, subi eu agora sem o SENHOR contra esta terra, para a pondereis. 22 Então, Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo,
destruir? Pois o SENHOR mesmo me disse: Sobe contra a terra e e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista, rasgaram
destrói-a. suas vestes, vieram ter com Ezequias e lhe referiram as pala·
11 Então, disseram Eliaquim, Sebna e Joá a Rabsaqué: Pe- vras de Rabsaqué.
dimos· te que fales em aramaico aos teus servos, porque o en-
tendemos, e não nos fales em judaico, aos ouvidos do povo Ezequias consulta a Isaías
que está sobre os muros. 12 Mas Rabsaqué lhes respondeu: ªTendo o rei Ezequias ouvido isto, rasgou as suas
Mandou-me, acaso, o meu senhor para dizer-te estas palavras 37
vestes, cobriu-se de pano de saco e entrou na Casa
a ti somente e a teu senhor? E não, antes, aos homens que es- do SENHOR. 2 Então, enviou a Eliaquim, o mordomo, a Seb-
tão assentados sobre os muros, para que comam convosco o na, o escrivão, e aos anciãos dos sacerdotes, com vestes de
seu próprio excremento e bebam a sua própria urina? pano de saco, ao profeta Isaías, filho de Amoz, J os quais lhe

3 bis 22.20 eis 22.15 4 d2Rs 18.19 5 2Lit. uma palavra dos lábios 6 eEz 29.6 /SI 1463; Is 30.3,5.7 16 grns 4.25; Mq 4.4; Zc 3.10
t8h2Rs19.12;1s37.12 t9'2Rs17.6
CAPÍTULO 37 1ª2Rs19.1-37; Is 37.1-38
acordo com 2Rs 18.17, o rei também enviou o seu "Tartã" ("comandante- esta altar. Esta acusação focaliza a exigência de adorar exclusivamente no
em-chefe"; cf. Is 20.1) e seu "Rabe-Saris" ("principal oficial"). templo de Salomão.
Laquis. Esta cidade-fortaleza. localizada na parte ocidental da região montanho- •36.8 cavalos ... cavaleiros. Judá não possuía cavalaria; a Assíria possuía.
sa de Judá. protegia uma importante estrada que levava às terras altas ao sul de •36.1 Oo SENHOR mesmo ma disse. Ele está tentando apelar para o povo
Jerusalém (Jr 34 7) religioso de Judá.
grande exército. De acordo com 37.36, 185.000 soldados assírios foram mor- •36.11 aramaico. Durante muitos séculos, o aramaico foi a língua internacional
tos no cerco de Jerusalém; o exército completo teria sido muito mais numeroso da diplomacia e do comércio.
do que isso. •36.15 confiar no SENHOR. Este tema esteve no âmago da pregação de Isaías
açude superior. Isaías tinha-se encontrado ali com Acaz (7.3). nos caps. 7-35.
confiar... livrará. Estas palavras testificam sobre a expressão pública de fé em
•36.3 Eliaquim ... Sebna. Ver a nota em 22.19.
Deus por parte de Ezequias.
Joá ... o cronista. Ele era um importante oficial e também o porta-voz oficial dos •36.16 Fazei as pazas comigo. Lit. "fazei uma bênção". O Rabsaqué apela
reis. para a renovação de uma aliança política com a Assíria. Em contraste. ver 27.5.
•36.4 sumo rei. Um título oficial dos reis assírios, equivalente a "imperador". Em comei ... babai. Ele tenta os judeus com alimentos e bebidas (37.30, nota). em
contraste, Ezequias é mencionado sem qualquer título (vs 13·14). meio a um severo cerco (v. 12). Os assírios pro1etam uma vida feliz e 'ideal. mas
•36.5 em quem, pois, agora confias. O desafio de assumir a lealdade à somente o Senhor pode cumprir o que eles prometem.
Assíria, a outras potências políticas, ou ao Senhor é a mensagem essencial de •36.17 vos lave. Esta frase reflete a política assíria de exilar uma população
Isaías (12.2. nota). rebelde (cf. 2Rs 15.29).
•36.6 Egito. Ezequias vinha dependendo do apoio egípcio (30.2,6-7, 13; 31.1,3 e •37 .1 rasgou as suas vastas ... pano de saco. Estas expressões de lamenta-
notas). Mas, conforme Isaías tinha dito, o Egito nunca poderia livrar a Judá, pois ção ou arrependimento significam humildade, dependência e necessidade de
os egípcios também estavam sob o julgamento divino (19.1-15; 20.3-6). Deus.
•36. 7 altos a altares. Ezequias tinha removido muitos lugares pagãos e idóla- •37.2 Eliaquim ... Sabna. Ver 22.15-25.
tras em Judá (2Rs 18.4; 2Cr 31.1). sem dúvida para lamentação e ira de muitos aos anciãos dos sacerdotes. Ou seja, representantes das principais famílias
judeus. sacerdotais (Jr 19.1).
ISAÍAS 37 828
dissessem: Assim diz Ezequias: Este dia é dia de bangústia, A oração de Ezequias
de castigo e de 1 opróbrio; porque filhos são chegados à 14 Tendo Ezequias recebido a carta das mãos dos mensa-
hora de nascer, e não há força para dá-los à luz. 4 Porventu- geiros, leu-a; então, subiu à Casa do SENHOR, estendeu-a pe-
ra, o SENHOR, teu Deus, terá ouvido as palavras de Rabsa- rante o SENHOR IS e orou ao SENHOR, dizendo: 16 ó SENHOR
qué, a quem o rei da Assíria, seu senhor, enviou para dos Exércitos, Deus de Israel, que estás entronizado acima
cafrontar o Deus vivo, e repreenderá as palavras que o dos querubins, tu /somente és o Deus de todos os reinos da
SENHOR ouviu; faze, pois, tuas orações pelos que ainda sub· terra; tu fizeste os céus e a terra. 17 X!nclina, ó SENHOR, os ou-
sistem. s Foram, pois, os servos do rei Ezequias ter com Isa- vidos e ouve; abre, SENHOR, os olhos e vê; houve todas aspa-
ías; 6 Isaías lhes disse: Dizei isto a vosso senhor: Assim diz o lavras de Senaqueribe, as quais ele enviou para afrontar o
SENHOR: Não temas por causa das palavras que ouviste, com Deus vivo. 18 Verdade é, SENHOR, que os reis da Assíria asso-
as quais os servos do rei da Assíria blasfemaram contra mim. laram todos os países e suas 'terras 19 e lançaram no fogo os
7 Eis que meterei nele um espírito, e ele, ao ouvir certo ru· deuses deles, porque ideuses não eram, senão obra de mãos
mor, voltará para a sua terra; e nela eu o farei cair morto à de homens, madeira e pedra; por isso, os destruíram. 20 Ago-
espada. ra, pois, ó SENHOR, nosso Deus, 1livra-nos das suas mãos, para
que todos os reinos da terra msaibam que só tu és o SENHOR.
A carta do rei da Assíria
8 Voltou, pois, Rabsaqué e encontrou o rei da Assíria pe- O profeta conforta a Ezequias
lejando contra Libna; porque ouvira que o rei já se havia re- 21 Então, Isaías, filho de Amoz, mandou dizer a Ezequias:
tirado de Laquis. 9 O rei ouviu que, a respeito de Tiraca, rei Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Visto que me pediste
da Etiópia, se dizia: Saiu para guerrear contra ti. Assim que acerca de Senaqueribe, rei da Assíria, 22 esta é a palavra que o
ouviu isto, enviou mensageiros a Ezequias, dizendo: SENHOR falou a respeito dele: A virgem, filha de Sião, te des-
10 Assim falareis a Ezequias, rei de Judá: Não te engane o preza e zomba de ti; a filha de Jerusalém meneia a cabeça por
teu Deus, em quem confias, dizendo: Jerusalém não será detrás de ti. 23 A quem afrontaste e de quem blasfemaste? E
entregue nas mãos do rei da Assíria. 11 Já tens ouvido o que contra quem alçaste a voz e arrogantemente ergueste os
fizeram os reis da Assíria a todas as terras, como as destruí- olhos? Contra o Santo de Israel. 24 Por meio dos teus servos,
ram totalmente; e crês tu que te livrarias? 12 Porventura, afrontaste o Senhor e disseste: Com a multidão dos meus car-
os ddeuses das nações livraram os povos que meus pais ros, subi ao cimo dos montes, ao mais interior do Líbano; dei-
destruíram: Gozã, Harã, Rezefe e os filhos de Éden, que es- tarei abaixo os seus altos cedros e os ciprestes escolhidos,
tavam em Telassar? 13 Onde está o rei de eHamate, e o rei chegarei ao seu mais alto cimo, ao seu denso e fértil pomar.
de Arpade, e o rei da cidade de Sefarvaim, de Hena e de 25 Cavei e bebi as águas e com a planta de meus pés sequei to-
lva? dos os rios 2 do Egito. 26 Acaso, não ouviste que já nhá muito

O-; bl~;25;;616~332 ~es;~zo -4 c~~61-5,18,2~


9.18 hSl74.22 18'2Rs15.29; 169; 17.6,24; 1Cr5.26
12 dls36.18-19
19 ils 40.19-20
13 els49.23 16fls43.10-11 17&2Cr640;SI 17.6; Dn
20 lls 33.22 mSI 83.18 25 2Qu talvez de defesa 26 n Is
25.1; 40 21; 45 21
•37.3 angústia ... opróbrio. Aquele era um tempo de adversidade, quando a Ezequias confessou sua completa confiança no Senhor como Rei, Criador e
lealdade do povo estava sendo testada (cf 25.4; 26.16; 33.2) Redentor. A teologia dessa oração sumariza a visão de Deus tida por Isaías.
nascer, e não há força. Ezequ1as admite a futilidade das estratégias humanas •37 .16 entronizado acima dos querubins. Deus está com o seu povo e o go-
em um tempo de crise aguda 126 17-18) verna (1 Sm 4.4; 2Sm 6.2; SI 80 1, 99.1). verdades essas representadas pela sua
•37.4 o Deus vivo. Estas palavras exprimem a fé renovada de Ezequias e o seu presença no Santo dos Santos do templo, que continha a arca da Aliança, com as
zelo pelo nome do Senhor. asas dos drns querubins por cima dela.
que ainda subsistum. A população do país tinha sido dizimada (1.9, nota; 6.11 ). tu somentu és o Duus de todos os reinos. Ezequias atribui divindade somente
•37.7 voltará ... cair. Ver os vs. 37-38. Isaías encoraiou Ezequ1as a confiar no Se- ao Senhor (44 8; 455-6, 14,22; 46 9).
nhor, tal como havia encorajado a Acaz (7.4) reinos. Ver a nota em 13.4
•37 .8-13 Senaqueribe renovou sua tentativa de persuadir a Ezequias a subme- fizeste os céus e a turra. Há uma ênfase distinta nas profecias de Isaías sobre
ter-se e depender da Assíria. Ao zombar dos deuses das nações, ele desafiou o Senhor como o Criador soberano e absoluto de todos 12710-11, 42.5;
Ezequias a parar de confiar no Senhor. 4512, 18)
•37 .8 libna. Uma cidade na região montanhosa ocidental de Judá, localizada a •37 .17 Inclina... os ouvidos e ouve. Diferente dos deuses da Assíria, o Senhor
poucos quilômetros ao norte de Laquis (36.2, nota). vê, ouve e age
•37 .9 rBi da Etiópia. OEgito era governado por uma dinastia etíope nesta épo- •37.19 Quanto à polêmica de Isaías contra a idolatria, ver 2.8.
ca. Tiraca comandava as tropas egípcias em 701 a.e. Ele se tornou o único rei em •37 .21 o SENHOR, o Deus de Israel. Um título formal para aquele cuja aliança
cerca de 689 a.C. Quanto à .. Etiópia... ver 18.1, nota. foi firmada com as doze tribos de Israel.
•37.10-11 Senaqueribe desafia a habilidade do Senhor em livrar Judá (v. 4, nota). •37 .22 A virgem, filha du Sião. A convenção literária dos hebreus fala sobre
•37.12 pais. Senaqueribe afirma que seu deus está com ele, porquanto o suces- cidades e povos como jovens 147.1; Lm 2.10; Am 5.2).
so dos assírios na guerra remontava a várias gerações. Sião. Ver a nota em 1.8.
Gozá ..• Édun. Cidades da Mesopotâmia despreza ... menuia a cabuça. Ela expressa dessa maneira rejeição e zombaria
•37.13 HamatB..• lva. Cidades de Ará (Síria) (SI 22.7; Jr 18.16) Este cântico zombeteiro. nos vs. 22-29, é semelhante ao cân-
•37.14-20 Ezequias não deu resposta às palavras jactanciosas de Senaqueribe; tico encontrado em 14.4-21.
ao invés disso, voltou-se para o Senhor em oração (38.2). Diferente de Acaz, •37 .23 afrontaste ... urguuste. A Assíria se exaltou contra o Senhor.
829 ISAÍAS 37, 38
dispus eu estas coisas, já desde os dias remotos o tinha plane- ram os restantes pela manhã, eis que todos estes eram ca-
jaóo? Agora, porém, as faço executar e eu quis que tu reduzis- dáveres. 37 Retirou-se, pois, Senaqueribe, rei da Assíria, e
ses a montões de ruínas as cidades fortificadas. 27 Por isso, os se foi; voltou e ficou em Nínive. 38 Sucedeu que, estando
seus moradores, debilitados, andaram cheios de temor e en- ele a adorar na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e
vergonhados; tornaram-se como a erva do campo, e a erva Sarezer, seus filhos, o feriram à espada e fugiram para a
verde, e o capim dos telhados, e o cereal queimado antes de terra de Ararate; e "Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu
amadurecer. 28 Mas eu conheço o teu assentar, e o teu sair, e lugar.
o teu entrar, e o teu furor contra mim.
29 Por causa do teu furor contra mim, e porque a tua arro- A doença de Ezequias e a sua cura maral/ilhosa
gância subiu até aos meus ouvidos, eis que ºporei o meu an- ªNaqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermi-
zol no teu nariz, e o meu freio, na tua boca, e te Pfarei voltar
pelo caminho por onde vieste. 30 Isto te será por sinal: este
38 dade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías, filho de
Amoz, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: bPõe em ordem a tua
ano se comerá o que espontaneamente nascer e no segundo casa, porque morrerás e não viverás. 2 Então, virou Ezequias
ano o que daí proceder; no terceiro ano, porém, semeai e co- o rosto para a parede e orou ao SENHOR. 3 E disse: cLembra-te,
lhei, plantai vinhas e comei os seus frutos. 31 O que escapou SENHOR, peço-te, de que andei diante de ti com fidelidade,
da casa de Judá e ficou de resto tornará a lançar raízes para com 1 inteireza de coração e fiz o que era reto aos teus d olhos;
baixo e dará fruto por cima; 32 porque de Jerusalém sairá o e chorou muitíssimo. 4 Então, veio a palavra do SENHOR a Isa-
restante, e do monte Sião, o que escapou. O qzelo do SENHOR ías, dizendo: s Vai e dize a Ezequias: Assim diz o SENHOR, o
dos Exércitos fará isto. Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas;
33 Pelo que assim diz o SENHOR acerca do rei da Assíria: acrescentarei, pois, aos teus dias quinze anos. 6 Livrar-te-ei
Não entrará nesta cidade, nem lançará nela fiecha alguma, das mãos do rei da Assíria, a ti e a esta cidade, e e defenderei
não virá perante ela com escudo, nem há de levantar tran- esta cidade. 7 Ser-te-á isto da parte do SENHOR como /sinal de
queiras contra ela. 34 Pelo caminho por onde vier, por esse que o SENHOR cumprirá esta palavra que falou: 8 eis que farei
voltará; mas nesta cidade não entrará, diz o SENHOR. 35 Por- retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no
que eu 'defenderei esta cidade, para a livrar, por amor de relógio de Acaz. Assim, retrocedeu o sol os dez graus que já
mim e 5 por amor do meu servo Davi. havia declinado.

A destruição do exército dos assírios Cântico de Ezequias


36 Então, saiu o 1Anjo do SENHOR e feriu no arraial dos 9 Cântico de Ezequias, rei de Judá, depois de ter estado
assírios a cento e oitenta e cinco mil; e, quando se levanta- doente e se ter restabelecido:
-~~~~~~~~~~~
29 o 2Rs 19.35-37; 2Cr 32.21; Is 30.28; Ez 38.4 P Ez 38.4; 39.2 32 q 2Rs 19.31; Is 9.7; 59.17; JI 2.18; Zc 1.14 35 '2Rs 20.6; Is 31.5;
38.6srns11.13 3612Rs 19.35; Is 10.12,33-34 38 UEd 4.2
CAPÍTULO 38 1 ª2Rs 20.1-6,9-11; 2Cr 32.24; Is 38.1-8 b2Sm 17.23 3CNe1314 d2Rs 18.5-6; SI 26.3 1coração leal ou pacífico 6 e2Rs
19.35-37; 2Cr 32.21; Is 31.5; 37.35 7 I Jz 6.17,21.36-40; 2Rs 20.8; Is 7.11
•37 .24 subi ao cimo. Esta expressão poética, que enfatiza a superioridade e o •37 .36 o Anjo do SENHOR. Olivramento de Jerusalém ocorreu por meios sobre-
orgulho (14.13-14). geralmente é reservada à divindade. naturais, tal como se deu com a morte dos primogênitos do Egito (Êx 12.12; cf.
•37 .25 Cavei ... sequei. Reivindicações absolutas de autoridade sobre a criação 2Sm 24.16).
são um insulto às prerrogativas de Deus. •37 .38 casa de Nisroque. A morte de Senaqueribe no templo de Nisroque faz
•37 .26 as faço executar. A Assíria nada é senão um instrumento para fazer contraste com a vida que Ezequias achou no templo do Senhor (vs. 1, 14).
avançar os planos de Deus. o feriram. Vinte anos mais tarde, ele foi assassinado por seus próprios filhos
ruínas as cidadas fortificadas. A Assíria cumpriu a vontade de Deus entre os (681a.e1
reinos deste mundo (10.5-19; cf. SI 37.1-2; Mq 4.11-13). Ver a nota em 27.1 O. Ararate. Essa é uma região montanhosa situada no extremo oriental da moderna
•37 .28 eu conheço. Deus é soberano sobre a Assíria. Os assírios jamais podem Turquia.
escapar da sua vigilância (cf. SI 139). Esar-Hadom, Ele foi rei da Assíria de 681 a 669 a.e.
•37 .29 furor... arrogância. Deus tem visto o que a Assíria tem feito, conside- •38.1 Naqueles dias. Esta expressão refere-se ao período geral do cerco de
rando-a responsável, e decide puni-la. Jerusalém pelos assírios (701 a.C.; 36.1, nota).
anzol. Os monumentos assírios mostram seus cativos presos com anzóis ou argolas. •38.2 orou. Nesta segunda oração (cf. 37.14-20), o rei deposita sua confiança
•37 .30 sinal. A derrubada da Assíria e a restauração de um remanescente eram na justiça de Deus.
um testemunho da fidelidade de Deus na realização de seus planos (7.11, nota). •38.3 Lembra-te ... fidelidade. Esta petição é uma comovente expressão de
comei os seus frutos. Aquilo que os governantes assírios tinham prometido lealdade ao Senhor (33.14-16).
(36.16) somente o Senhor pode cumprir. inteireza ... reto. Ver 10.20, nota.
•37 .31 rasto. Ver a nota em 1.9. chorou muitíssimo. Ezequias, ao que tudo indica, estava sem qualquer herdeiro
raízes ... fruto. Estes acontecimentos cumpririam a promessa divina de restaurar do sexo masculino. Ele viveu mais quinze anos (v. 5). Manassés, seu sucessor ao
a sua vinha (27.6, nota). Essa restauração começou em 701 a.C. e ainda conti- trono, tinha doze anos de idade quando Ezequias morreu (2As 20.21-21.1 ).
nua, enquanto todos quantos estão em Jesus Cristo estão sendo enxertados e •38.5 quinze anos. Este foi o período entre 701-686 a.e.
tornando-se parte da vinha de Deus (Jo 15.1-8). •38.6 Livrar-te-ei ... defenderei. Ver 37.33-35.
•37 .35 defenderei ... livrar. Ver a nota em 31.5. Senaqueribe não logrou suces- •38.7 sinal. Ver 7.11-14; 37.30.
so em seu cerco de Jerusalém. Deus foi fiel à promessa feita a Davi (8.8, 1O; 2Sm •38.9 Cântico de Ezequias. Os versículos 10-20 são um hino que combina ele-
7.16). mentos de lamentação (vs. 10-15) e de ação de graças (vs. 16-20; 2Cr 29.30; Pv
servo. Ver a nota em 20.3. 25.1).
ISAÍAS 38, 39 830
10 Eu disse: Em pleno vigor de meus dias, 18 A 1sepultura não te pode louvar,
hei de entrar nas portas do além; nem a morte glorificar-te;
roubado estou do resto dos meus anos. não esperam em tua fidelidade
11 Eu disse: já não verei o 2 SENHOR os que descem à cova.
gna terra dos viventes; 19 Os vivos, somente os vivos, esses te louvam
jamais verei homem algum como hoje eu o faço;
3 entre os moradores 4 do mundo. mo pai fará notória aos filhos a tua fidelidade.
12 A hminha habitação foi arrancada 20 O SENHOR veio salvar-me;
e removida para longe de mim, pelo que, tangendo os instrumentos de cordas,
como a tenda de um pastor; nós o louvaremos todos os dias de nossa vida,
tu, como tecelão, me cortarás na Casa do SENHOR.
a vida da urdidura, 21 Ora, nlsaías dissera: Tome-se uma pasta de figos e po-
do dia para a noite darás cabo de mim. nha-se como emplasto sobre a úlcera; e ele recuperará a saú-
13 Espero com paciência até à madrugada, de. 22 Também dissera 0 Ezequias: Qual será o sinal de que
mas ele, como leão, me quebrou todos os ossos; hei de subir à Casa do SENHOR?
do dia para a noite darás cabo de mim.
14 Como a andorinha ou o grou,
assim eu chilreava
ie gemia como a pomba;
39 ªNesse
A embaixada da Babilônia
tempo, / Merodaque-Baladã, filho de Baladã,
rei da Babilônia, enviou cartas e um presente a Eze-
os meus olhos se cansavam de olhar para cima. quias, porque soube que estivera doente e já tinha convalesci-
ó 5 Senhor, ando oprimido, 6 responde tu por mim. do. 2 bEzequias se agradou disso e mostrou aos mensageiros a
15 Que direi? 7 Como prometeu, assim me fez; casa do seu tesouro, a prata, o ouro, as especiarias, os óleos fi-
passarei tranqüilamente nos, todo o seu arsenal e tudo quanto se achava nos seus te·
por todos os meus anos, souros; nenhuma coisa houve, nem em sua casa, nem em
depois desta !amargura da minha alma. todo o seu domínio, que Ezequias não lhes mostrasse.
16 Senhor, por estas disposições tuas 3 Então, Isaías, o profeta, veio ao rei Ezequias e lhe disse: Que
vivem os homens, foi que aqueles homens disseram e donde vieram a ti? Res-
e inteiramente delas depende o meu espírito; pondeu Ezequias: De uma cterra longínqua vieram a mim, da
portanto, restaura-me a saúde e faze-me viver. Babilônia. 4 Perguntou ele: Que viram em tua casa? Respon-
17 Eis que foi para minha paz deu Ezequias: Viram tudo quanto há em minha casa; coisa ne-
que tive eu grande amargura; nhuma há nos meus tesouros que eu não lhes mostrasse.
tu, porém, amaste a minha alma s Então, disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do SENHOR
e a livraste da cova da corrupção, dos Exércitos: 6 Eis que virão dias dem que tudo quanto hou-
porque lançaste para trás de ti ver em tua casa, com o que entesouraram teus pais até ao dia
todos os meus pecados. de hoje, será levado para a Babilônia; não ficará coisa alguma,

• 1l-;S;;713;116~.2-Hebr YA~-;AH 3L)(X omite entr~


os moradores do mundo 4Conforme alguns mss. Hebr; TM ~V ;ep-:;~~;da terr~
12 hJó 7.6 14 ils 59.11; Ez 7.16; Na 2.7 5Conforme TM e MMM; Bg SENHOR ô Sê minha segurança 15 i Já 7.11, 10.1; Is 38.17 7Con-
-

forme TM e V; MMM eTE hei de lhe dizer; LXXomite a primeira metade deste versículo 18 'SI 65; 30.9; 88.11; 115.17; [Ec 9.10] 19 mDt
4.9; 6. 7; SI 78.3-4 21 n 2Rs 20. 7 22 o 2Rs 20.8
CAPÍTULO 39 1 ª2Rs 20.12-19; 2Cr 32.31; Is 39 1-8 I Berodaque-Baiadã, 2Rs 20 12 (nota) 2 b2Cr 32.25,31; Já 31.25 3 cDt 28.49;
Jr 5.15 6 d2Rs 24.13; 25.13-15; Jr 20.5
•38.1 Opleno vigor... meus anos. Ezequias expressou a sua angústia diante da instrumentos de cordas. Oacompanhamento de instrumentos musicais ajuda-
realidade e do ferrão da morte (SI 55.4). va no cântico dos Salmos (cf SI 33.1-3; 150).
•38.11 não verei o SENHOR. Ezequias não queria partir desta vida, na qual ser- Casa do SENHOR. Este era o lugar especialmente designado por Deus para a
via a Deus. Ver 14.9-11, nota; Fp 1.24. adoração desde o tempo de Salomão até o tempo da Igreja cristã.
•38. 12 foi arrancada... me cortarás a vida da urdidura. Ezequias ofereceu •38.21 emplasto. Toda cura vem da parte de Deus. Ele pode concedê-la através
muitas metáforas por estar atormentado diante da brevidade da vida, como se
da medicina.
Deus fosse seu inimigo (cf. SI 22; 32.3-4).
•38.14-15 ando oprimido ... amargura. Ezequias está resolvido a permanecer •39.1 Nesse tempo. Ou seja, algum tempo após a enfermidade de Ezequias
fiel e a entregar-se à vontade misteriosa do Senhor, por mais dolorosa que ela seia. (38.1, nota).
•38.17 cova da corrupção. No hebraico, sheol; ver 14.6-11, nota. •39.2 prata ... tesouros. Estas armas e riqueza evidencia a capacidade de Eze-
•38.18 louvar... glorificar-te. A ênfase de Ezequias é sobre o louvor comunitá- quias de apoiar a Babilônia em sua rebelião contra a Assíria.
rio e pessoal, em resposta dos atos de salvação da parte de Deus nesta vida. O •39.3 Isaías ... Ezequias. Isaías foi falar por Deus e interrogou a Ezequias.
louvor só é oferecido na terra dos viventes. •39.4 meus tesouros. Os atos de Ezequias sugerem que ele estava confiando
•38.19 pai ... aos filhos. A história_ dos atos divinos da redenção deveria ser em suas forças e em sua aliança política com a Babilônia, não no Senhor.
contada de geração em geração (cf Ex 12.25-27).
•39.5 Ouve a palavra. Esta frase introduz a exortação e o julgamento profético.
•38.20 salvar-me ... todos os dias de nossa vida. A esperança está viva (cf.
SI 6.9; 22.22-24). enquanto Ezequias espera juntar-se ao louvor comunitário (vs. SENHOR dos Exércitos. Ver a nota em 1.9.
18-19) •39.6 levado para a Babilônia. Isaías prediz o exílio babilônico.
831 ISAÍAS 39, 40
1
disse o SENHOR. 7 Dos teus próprios efilhos, que tu gerares, ó Uma voz diz: Clama; e a1guém pergunta: Que hei de
tomarão, para que sejam eunucos no palácio do rei da Babi- clamar? nada a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor
lônia. 8 Então, disse Ezequias a Isaías: /Boa é a palavra do SE da erva; 7 seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o
NHOR que disseste. Pois pensava: Haverá paz e segurança em hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva; 8 seca-se a erva,
meus dias. e cai a sua flor, mas h a palavra de nosso Deus permanece eter-
namente.
o SENHOR 11em 9Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. 2 Fa- alto! Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz
4 O lai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o
tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada ªe
fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis
aí está o vosso Deus! 10 Eis que o SENHOR Deus virá com poder,
que já recebeu em dobro das mãos do SENHOR por todos os e o 'seu braço dominará; eis que o 'seu galardão está com ele, e
seus pecados. diante dele, a sua recompensa. 11 Como pastor, 1apascentará o
3 bVoz do que clama no deserto: cpreparai o caminho do seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e
SENHOR; d endireitai / no ermo vereda a nosso Deus. 4 Todo os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente.
vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; e o
que é tortuoso será 2 retificado, e os lugares escabrosos, apla- A majestade do SENHOR
nadas. s Afglória do SENHOR se manifestará, e toda a carne a 12 mouem na concha de sua mão mediu as 4 águas e to-
verá, pois a boca do SENHOR o disse. mau a medida dos céus a 5 palmos? Quem recolheu na terça
e ;~~~1 ;_7-~-;Sm=;-l;--~~ - -~- - -~- - -- - - ~-- ~- ~- ~ ~- ~ - - -

CAPÍTULO 40 2 a Is 61.7 3 b Mt 3.3; Me 1.3; Lc 3.4-6; Jo 1.23 C[MI 3.1, 4 5-6] d SI 68.4 I Conforme TM, Te V; LXX omite no deserto
4 e Is 45 2 20u nivelado S /is 35.2 6 g Já 14.2; Tg 1.10; 1Pe1.24-25 3 Conforme TM e T; MMM, LXX e Veu pergunto 8 h [Jo 12.34]
10 ils 5916,18 ils 62 11. Ap 22.12 11 IJr 31.1 O; [Ez 34.23,311; Mq 5.4; [Jo 1011,14-16; Hb 13.20; 1Pe2 25] 12 mPv 30.4 4Conforme
TM, LXX e V; MMM acrescenta do mar; T acrescenta do mundo 5 Um palmo - meio cúbito, 23 cm
•39.7teus próprios filhos. Ver 2Rs 24.15. deserto ... ermo. Estas são metáforas usadas para indicar alienação e angústia
eunucos. Ver Dn 1.3-6. (14.17; 27.10; 64.10). Somente Deus pode transformar o deserto em um oásis
florescente e frutífero, figura simbólica que aponta para a plenitude e a alegria de
•39.8 palavra. Ver a nota no v. 5.
sua salvação (3215-16; 35.1.6; 41.1819; 43.19-20; 48.21; 51.3)
Boa ... em meus dias. Esta resposta tem uma nota negativa, pois o rei mostra
Preparai... endireitai. "Preparar" significa "retirar os obstáculos" (57 .14). Deus
pouco interesse por seus próprios descendentes ou por seu povo. Embora tenha
removerá todos os obstáculos por ocasião da vinda de Cristo, mas ele espera que
chegado ao fim o exílio babilônico, a palavra profética deixa claro que "para os
seu povo se prepare para o Reino (62.10) e requer que as nações ajudem no
perversos ... não há paz" 148.22; 57.21 ). A paz de Deus se estenderá aos filhos de
progresso de sua salvação.
Sião 166 12-13)
caminho ... vereda. Ver a nota em 11.16. Aqui, estas são figuras que simbolizam
•40.1-55.13 Originalmente. Isaías endereçou estas palavras aos exilados fu- os corações humanos. que devem ser preparados por meio do arrependimento
turos na Babilônia, encorajando-os a fugirem de lá e, mediante a fé, retornarem (35 8-1 O; Lc 33-9) Quando isso acontece, a glória de Deus surge na terra.
à Terra Prometida lp. ex., 48 20-21) Esse encorajamento origina-se parcial-
•40.4 vale ... tortuoso. Por ocasião do aparecimento do Senhor 16.4, nota). a
mente no caráter sobrenatural deles lp. ex., 41.21-27). Essas profecias. entre-
natureza se submete à sua vontade. Ele remove todos os obstáculos e prepara
gues com mais de um século e meio de antecedência !Introdução: Dificuldades
uma estrada por meio da qual o cortejo real avança no estabelecimento do Reino.
de Interpretação). deixam espantados os seus ouvintes ao predizerem o livra-
mento imediato de Israel listo é, Judá) da Babilônia, por parte de Ciro lp. ex., •40.5 se manifestará. OReino de Deus se "revela" através de atos de salvação
44 24-45.13), a vinda do Cristo sofredor a fim de salvá-los de seus pecados. e 1ulgamento, especialmente em Jesus Cristo (Lc 2.30-31, Jo 1.14). A restaura-
após o retorno à Terra Prometida 142.1-7; 49.1-13, 50.4-11, 52.13-53.12). e a ção do exílio foi uma manifestação da glória de Deus.
salvação final de Israel nos últimos dias (51 6) As profecias próximas, mais re- toda a carne a verá. A revelação do Reino de Deus é pública e visível na criação,
motas e as mais remotas de todas misturam-se no quadro. Da perspectiva de em Cristo, na Igreja e na nova terra (Gn 9.17; Mt 2.1-11; 16.27; 24.30; At 28.28;
Isaías, a restauração após o exílio inaugurara o novo tempo, e essa primeira pro- 2Co 318)
va de salvação através do servo de Deus. Ciro, liga-se à salvação maior que boca. Ver a nota em 1.20. Esta afirmação é expandida nos vs. 6-8.
Cristo. o Servo de Deus, trará ao seu povo. Atualmente, os eleitos têm maior •40.6 voz. Uma voz angelical dinge-se a Isaías (6 6-9).
confiança nas palavras proféticas, porquanto foram cumpndas em Cristo e es- •40. 7 hálito. A ira de Deus é comparada com o destruidor vento oriental (SI
tão se cumprindo na sua Igreja l2Pe 1 19) 10316; Jr4.11, Ez 17.10).
•40.1 Consolai, consolai. A forma destes verbos é o plural Deus se dirige à •40.9 Sião. Ver a nota em 1.8
sua corte celestial, bem como aos mensageiros proféticos que participam dela (v boas-novas. Ou seja, o evangelho. Deus veio para redimir seu povo escravizado.
6; 44.26). Outros arautos serão encorajados a difundir as boas-novas (vs. 9-11; •40.10 virá. Ele chega a fim de inaugurar o seu Reino na terra (35.4, nota; 43.15;
52 7) A repetição visa a ênfase e ocorre em 51.9, 17; 52.1, 11, 57.14; 62.1 O. 44.6; 52.7-10)
o meu povo. Embora os israelitas tivessem se rebelado, eles continuavam sendo braço. Esta metáfora descreve o poder de Deus conforme esse poder se mani-
tratados como o povo de Deus. A frase ocorre com freqüência em Isaías (1.3; festa em atos de livramento e de retribuição (v. 11; 48.14; 51.5,9; 53.1; 59.16;
312.15; 43.20; 51.4,16; 53.8; 58.1; 65.10,22) Ver43.1, nota. 635,12; Êx 15 16, SI 44 3; 89.13; 98.1; 136 12).
•40.2 milícia ... iniqüidade. Isaías refere-se ao exílio de Israel e de Judá, sobre galardão. Os despojos da vitória aqui alcançada são as próprias pessoas liberta-
o que ele tem falado repetidas vezes. Osofrimento veio por causa do pecado. Ver das. Os exilados redimidos tanto prefiguram a comunidade messiân'1ca quanto se
a nota em 27.9. misturam a ela.
dobro... por todos os seus pecados. Deus decidiu que a punição recebida por •40.11 rebanho ... guiará. Estas são as expressões dos cuidados ternos e
Israel era suficiente e estava pronto para perdoá-los (43.25; 44.22; 48.9). próprios de um pastor do Rei divino (SI 231-4; 78.52; 80.1; Jr 31.1 O; Ez 34.11-16;
•40.3 Voz. Embora a voz possa ter incluído profetas anteriores, como Isaías, ela Mq 2.12; Jo 10.11 ).
tem cumprimento no ministério de João Batista (Mt 3.3; Me 1.3-4; Lc 1.76; •40.15 nações ... ilhas. OCriador é soberano sobre todos os poderes humanos,
3.4-5; Jo 1.23) os quais são como nada (2.22). -
ISAÍAS 40, 41 832
parte de um efa o pó da terra e pesou os montes em romana e 25 aA quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja
os outeiros em balança de precisão? 13 "Quem guiou o Espíri- igual? - diz o Santo. 26 Levantai ao alto os olhos e vede.
to do SENHOR? Ou, como seu conselheiro, o ensinou? 14 Com Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército
quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? de estrelas, todas bem contadas, as quais bele chama pelo
Quem o ºinstruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedo- nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem
ria, e lhe mostrou o caminho de entendimento? 15 Eis que as uma só vem a faltar. 27 e por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó
nações são consideradas por ele como um pingo que cai de Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu
um balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como direito passa despercebido ao meu Deus? 28 Não sabes, não
pó fino que se levanta. 16 Nem todo o Líbano basta para quei- ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da
mar, nem os seus animais, para um holocausto. 17Todas as terra, nem se cansa, nem se fatiga? dNão se pode esquadri-
nações são perante ele como coisa que não é Pnada; qele as nhar o seu entendimento. 29 Faz forte ao cansado e multipli-
considera menos do que nada, como um vácuo. 18 Com ca as forças ao que não tem nenhum vigor. 30 Os jovens se
quem 'comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante con- cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, 31 mas
frontareis com ele? os que e esperam no SENHOR/renovam as suas forças, sobem
19 so artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro com asas como águias, correm e não se cansam, caminham
e cadeias de prata forja para ela. 20 O sacerdote 6idólatra esco- e não se fatigam.
lhe madeira que não se corrompe e busca um artífice perito
1
para assentar uma imagem esculpida que não oscile. Deus suscita o Redentor
21 uAcaso, não sabeis? Porventura, não ouvis? Não vos ªCalai-vos perante mim, ó ilhas, e os povos renovem
tem sido anunciado desde o princípio? Ou não atentastes 41
as suas forças; cheguem-se e, então, falem; bchegue-
para os fundamentos da terra? 22 Ele é o que está assentado mo-nos e pleiteemos juntos. 2 Quem suscitou cdo Oriente
sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafa- aquele a cujos passos segue a vitória? Quem dfaz que as na-
nhotos; é ele quem vestende os céus como cortina e os desen- ções se lhe submetam, e que ele calque aos pés os reis, e com
rola como xtenda para neles habitar; 23 é ele quem reduz a a sua espada os transforme em pó, e com o seu arco, em palha
nada os zpríncipes e torna em nulidade os juízes da terra. que o vento arrebata? 3 Persegue-os e passa adiante / em se-

.
24 Mal foram plantados e semeados, mal se arraigou na terra gurança, por uma vereda que seus pés jamais trilharam.
o seu tronco, já se secam, quando um sopro passa por eles, e 4 eouem fez e executou tudo isso? Aquele que desde o prin-
uma tempestade os leva como palha . cípio tem chamado as gerações à existência, eu, o SENHOR/o
~
13 n Já 21.22; Rm 11.34; [1 Co 2.16] 14 o Já 36.22-23 17 P Dn 4.35 q SI 62.9 18 'Êx 8 10; 15.11; 1Sm 2.2; Is 46.5; [Mq 7.18]; At
17.29 19 5 SI 115.4-8; Is 41.7; 44.1 O; Hc 2.18-19 20 11 Sm 5.3-4; Is 41.7; 46.7; Jr 10.3 6 Ou Oempobrecido, que não pode oferecer tanto
21 u SI 19.1; Is 37.26; At 14.17; Rm 1.19 22 v Já 9.8; SI 104.2; Is 42 5; 44.24; Jr 10.1 ZX Jó 36.29; SI 19.4 23 z Já 12.21; SI 107.40; Is
ª
34.12; [1Co 1.26-29] 25 [Dt 4.15]; Is 40.18; [Jo 14.9; CI 1.15] 26 b SI 147.4 27 e Is 54.7-8 28 d SI 147.5; Ec 11.5; Rm 11.33
31 e,is 30.15; 49.23 /[Já 17 9]; SI 103.5; [2Co 4.8-1O,16]
ª
CAPITULO 41 1 Hc 2.20; Zc 2.13 b Is 1.18 2 e Is 46.11 d Gn 14.14; Is 45.1, 13 3 I Lit em paz 4 e Is 41.26
•40.16 o Ll'bano. Famoso por suas densas florestas de cedro 12.13, nota). •40.31 esperam. Ver as notas em 8.17; 26.8-9.
•40.18 comparareis. O Senhor é incomparável lv 25; 46.5). Ver ''A Natureza renovam ... sobem ... correm. Estes verbos fornecem um vívido quadro da
Espiritual de Deus", em 66.1 . transformação espiritual que ocorre por meio da fé.
•40.19 cadeias de prata. Provavelmente, cadeias que impediam que o ídolo
•41.1 Calai-vos ... cheguem-se. Todas as nações são chamadas para reconhe-
caísse. Quanto à polêmica de Isaías contra a idolatria, ver 2.8.
cer a soberania do Senhor e discernir a sua mão na história.
•40.21 não sabeis? ... não atentastes. Esta exortação é dirigida contra aque-
les que rejeitam a revelação divina 152.6, nota). ilhas ... povos. Ver as notas em 24.13, 16; 40.15.
princípio ... fundamentos. A glória e o poder de Deus são revelados na natureza as suas forças. Oprofeta exorta as nações para aceitarem as forças mediadas
IRm 120) pela fé 140.31 ).
•40.22 redondeza. Isso é ou o horizonte ou o hemisfério do céu acima da terra. •41.2 Quem suscitou do Oriente. Ou seja, Ciro, o Grande, da Pérsia (reinou en-
tenda. A criação de Deus é comparada a uma tenda que Deus armou 142.5; tre 550-530 a.C.; v. 25; 44.28; 45.1 e notas).
44.24; 51.13; SI 18.11; 19.4)
vitória. Ciro foi vitorioso no estabelecimento de uma nova ordem (1.21, nota;
•40.24 plantados ... tempestade. Este versículo desenvolve o quadro retórico 44.24--45.5, 13; 46.11 ).
introduzido nos vs. 6-7.
faz que... calque aos pás. As vitórias de Ciro foram um ato do Senhor em favor
palha. Ver as notas em 17.13; 29.5.
de Israel 1433).
•40.26 Levantai ... vede. Deus considera as pessoas responsáveis por discerni-
rem a sua revelação na criação (Rm 1.18-32). nações ... reis. As nações estão sob a autoridade do Senhor e elas devem reco-
nhecer seu nome para participarem no seu plano de redenção 145.1; 49.22-23;
chama ... força. O Senhor conhece e sustenta a sua criação.
603,16)
•40.27 Jacó... Israel. Isaías tem em mente o remanescente no exílio. Ver a
nota em 41.8. •41.3 Persegue ... passa. As conquistas de Ciro foram rápidas lcf. 46.11 ).
encoberto... passa despercebido. Em sua ira, Deus ocultou deles o seu rosto •41.4 principio. Deus ordenou a história da humanidade.
149.14; 54.8), mas, em sua graça, ele é poderoso para livrar 18.17, nota).
eu, o SENHOR ... eu mesmo. Esta é a mais significativa fórmula de auto-
•40.28 sabes, não ouviste. Ver a nota no v. 21; ' .ti. Auto-Existência de Deus", identificação divina 141.13; 42.8; 43.3, 1O,13, 15; 44.24; 45.3,5-6; 46.4; 48.17;
em SI 90.2. 49.23; 51.15; 60.22; notar o uso do "eu sou" em Jo 6.35; 8.12,58; 9.5;
eterno Deus. OCriador é soberano sobre o tempo e o espaço 19.6; 40.22). 10.7,9,11,14; 11.25; 14.6; 15.1,5).
833 ISAÍAS 41
primeiro, e com os últimos g eu mesmo. s Os países do mar vi- 17 Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a
1am \si.0 e temeram, os fins da terra tremeram, aproxima- sua língua se seca de sede; mas eu, o SENHOR, os ouvirei, eu,
ram-se e vieram. 6 hLJm ao outro ajudou e ao seu próximo o Deus de Israel, não os vdesampararei. 18 Abrirei xrios nos
disse: Sê forte. altos desnudos e fontes no meio dos vales; tornarei o 2 deser-
7 ;Assim, o artífice anima ao lourives 2 , e o que alisa com o to em açudes de águas e a terra seca, em mananciais.
martelo, ao que bate na bigorna, dizendo da soldadura: 3 Está 19 Plantarei no deserto o cedro, a acácia, a murta e a olivei-
bem feita. Então, com pregos fixa o ídolo 1para que não oscile. ra; conjuntamente, porei no ªermo o cipreste, o olmeiro e o
8 Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem melegi, buxo, 20 bpara que todos vejam e saibam, considerem e jun-
descendente de Abraão, meu namigo, 9 tu, a quem tomei tamente entendam que a mão do SENHOR fez isso, e o Santo
das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais re- de Israel o criou.
motos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e
não te rejeitei, 10 ºnão temas, Pporque eu sou contigo; não O SENHOR pro11a a sua grandeza
te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te 21 Apresentai a vossa demanda, diz o SENHOR; alegai as
ajudo, e te sustento com a minha destra fiel. 11 Eis que qen- vossas razões, diz o e Rei de Jacó. 22 dTrazei e anunciai-nos as
vergonhados e confundidos serão todos os que estão indig- coisas que hão de acontecer; relatai-nos as eprofecias anterio-
nados contra ti; serão reduzidos a nada, e os que contendem res, para que 4 atentemos para elas e saibamos se se cumpri-
contigo perecerão. 12 Aos que pelejam contra ti, bus- ram; ou fazei-nos ouvir as coisas futuras. 23/Anunciai-nos as
cá-los-ás, porém não os acharás; serão reduzidos a nada e a coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deu-
coisa de nenhum valor os que fazem guerra contra ti. 13 Por- ses; gfazei bem ou fazei mal, para que nos assombremos, e
que eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e juntamente o veremos. 24 Eis que hsois menos do que nada, e
te digo: Não temas, que eu te ajudo. menos do que nada é o que fazeis; abominação é quem vos
14 Não temas, ó rvermezinho de Jacó, povozinho de escolhe.
Israel; eu te ajudo, diz o SENHOR, e o teu Redentor é o San- 25 Do Norte suscito a um, e ele vem, a um desde o 5 nasci-
to de Israel. IS Eis que 5 farei de ti um trilho cortante e mento do sol, e iele invocará o meu nome; 'pisará magistra-
novo, armado de lâminas duplas; os montes trilharás, e dos como lodo e como o oleiro pisa o barro. 26 10uem
moerás, e os outeiros reduzirás a palha. 16 Tu os 1 padeja- anunciou isto desde o princípio, a fim que o possamos saber,
rás, e o vento os levará, e redemoinho os espalhará; tu te antecipadamente, para que digamos: É isso mesmo? Mas
alegrarás no SENHOR e te "gloriarás no Santo de Israel. não há quem anuncie, nem tampouco quem manifeste,

A f~p ~. 1;~-;; ;;~Is 4;-10:-~~ -~ h;; 1~- 7~s 44~ i~~ ~;Is ~-20 ~-:efma~r ~á ;:O~t~;ra asold~- 8-~t~~;~l O-~:
1 6 40
SI 1354: [Is 43.1) n 2Cr 20 7: Tg 223 10 o Is 41.13-14: 43 5 P [Dt 31.6) 11 q Ex 23.22; Is 45.24; 60 12: Zc 12.3 14 r Já 25.6; SI 22.6
15 SMq 4 13; Hc 3.12: [2Co 10.41 16 IJr 51.2 "Is 45.25 17 vs194.14: Rm 11.2 18 Xls 35.6-7: 43.19; 44.FSI 107.35 19 ªIs 35.1
20 b Já 12.9; Is 66.14 21 eis 4315 22 dls 45.21 e Is 43.9 4 Litcoloquemos nosso coração sobre elas 23 /Is 42 9: 44.7-8: 45.3: [Jo
13191gJr105 24 h SI 115 8: Is 44.9; [Rm 310-20: 1Co 84) 25 iEd 1.2 ils 41 2: Jr 50.3 5Qriente 26 ils 43.9
primeiro ... últimos. Estas palavras asseguram que tudo está sempre sob o •41.15 montes... outeiros. Estes montes e outeiros representam os muitos ini-
controle do Senhor (44 6; 48.12: cf Hb 138: Ap 1 8, 17: 2.8: 21.6; 22.13) migos de Israel (vs. 11-12; cl. 42 15)
•41.5-6 temeram. O medo leva à rebelião. como reação ao desairo feito pelo •41.17 Os aflitos e necessitados. Estes são os exilados que estavam retor-
Senhor no v. 1 nando e todos os que buscam o favor divino (11.4, nota; SI 9.18. nota).
•41. 7 Quanto à polêmica de Isaías contra a idolatria, ver 2.8. •41.18-19 A abundância de águas ("rios .. açudes de águas") e de vegetação ("o
•41.8 Israel ... Jacó. Estas são expressões paralelas dos descendentes cedro o cipreste") retratam a transformação da criação (12.3; 35.1, nota:
piedosos de Abraão (v 14; 40.27; 42.24; 431,22,28; 44.1,5.21.23; 454; 46.3; 4318-20: 49 9-11. 55 13)
481. 12: cf. Lc 1.54)
•41.20 criou. Ver a nota em 4.5.
elegi. Ver a nota em 14.1.
•41.21 demanda ... razões. Deus renova o desafio lançado no v. 1.
•41.10 não temas. Ver as notas em 35.4: 10.24
eu sou contigo. O Senhor é Emanuel (88,10; 432.5: cf. At 18.9-10). •41.22 hão de acontecer... se cumpriram. Somente o Senhor planeja, decla-
eu sou o teu Deus. A promessa básica para a aliança lvs 13-14; 43.1,5; 44.2.8: ra e executa. Ver a nota em 11.2.
51.12; Gn 17.7; 21.17; 26.24; Dt 20 1: 31.6.8: Lv 26 12; Jr 32.38; Ez 37.27; 2Co as profecias anteriores. Ver 42.9; 439; 46.9; 48 3. Essas profecias incluem
616) predições passadas de acontecimentos. especialmente o fato de que Deus aban·
fortaleço ... ajudo. O Senhor faz-se presente livrando. exaltando e vindicando danaria Israel e Judá, conforme está registrado nos caps. 1-35.
graciosamente os seus filhos (v 13; 42 1: 442; 49 8: 50 7) Ver a nota em 40.31. coisas futuras. Ver 42.23: 44. 7. 45.11: 46.1 O. Estas são profecias do favor do
minha destra fiel. Deus estabelece ordem na terra mediante o seu poder, tal Senhor e do pleno estabelecimento do seu Reino, tal como se vê nos caps.
como fez por ocasião do êxodo (63.12: Êx 15 6) 40-66
•41.11 envergonhados. Ver a nota em 1.29. •41.23 fazei bem ou fazei mal. Deus zomba dos deuses pagãos por sua inca-
•41.14 vermezinho. Esta mesma palavra ocorre em Já 25.6; SI 22.6. pacidade de agir quanto a qualquer coisa.
Redentor. O termo hebraico designa o protetor da família. Quando algum •41.24 nada... abominação. Deus condena aqueles que se afastam dele.
membro da família estava angustiado. esse protetor, entre outras coisas. vingava
•41.25 norte... nascimento do sol. Ciro veio da Pérsia, no Oriente. e conquis-
um homicídio (Nm 35.19). redimia a propriedade da família e os membros da
tou a Média em 549 a.C .. tornando-se senhor de territórios situados ao norte da
família que tivessem se tornado escravos (Lv 25.23-49; Rt 2.20. nota) Ver
Babilônia. Ele executou a vontade do Senhor (45.4-5; 2Cr 36.23; Ed 1.1-4).
também 35.9-1 O, nota.
suscito ... ele vem. O Senhor mostra a sua soberania sobre as nações.
o Santo de Israel. Ver a nota em 1.4. OSenhor, o Deus Santo. condescende em
livrar o seu próprio povo (4314-15; 45 11: 47.4; 48.17: 49.7: 545: 57 15) oleiro. Ver a nota em 27 .11.

j
ISAÍAS 41, 42 834
nem alnda quem ouça as vossas palavras. 27 mEu sou o que iluz para os gentios; 7 ipara abrires os olhos aos cegos, para 1ti-
primeiro ndisse a Sião: Eis! Ei-los aí! E a Jerusalém dou um rares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em mtre-
mensageiro de boas-novas. 28 ºQuando eu olho, não há nin- vas. 8 Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha ng1ória,
guém; nem mesmo entre eles há conselheiro a quem eu per- pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de
gunte, e me responda. 29 PEis que todos são 6 nada; as suas escultura. 9 Eis que as primeiras predições já se cumpriram, e
obras são coisa nenhuma; as suas imagens de fundição, vento novas coisas eu vos anuncio; e, antes que sucedam, eu vo-las
e vácuo. farei ouvir.

o Se!Vo do SENHOR Cântico de louvor pela salvação do povo


Eis aqui o ªmeu servo, a quem sustenho; o meu esco- 10 ºCantai ao SENHOR um cântico novo e o seu louvor até
42 lhido, em quem a minha alma se bcompraz; cpus so-
bre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os
às extremidades da terra, Pvós, os que navegais pelo mar e
2tudo quanto há nele, vós, terras do mar e seus moradores.
gentios. 2 Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz 11 Alcem a voz o deserto, as suas cidades e as aldeias habita-
na praça. 3 Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a das por Quedar; exultem os que habitam nas rochas e cla-
torcida que 1 fumega; em verdade, promulgará o direito. mem do cimo dos montes; 12 dêem honra ao SENHOR e
4 Não desanimará, nem se quebrará até que ponha na terra o anunciem a sua glória nas terras do mar. 13 O SENHOR sairá
direito; de as terras do mar aguardarão a sua doutrina. como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra;
s Assim diz Deus, o SENHOR, e que criou os céus e os esten- clamará, Q)ançará forte grito de guerra e mostrará sua força
deu, formou a terra e a tudo quanto produz/que dá fôlego de contra os seus inimigos.
vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela. 14 Por muito tempo me calei, estive em silêncio e me
6gEu, o SENHOR, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, contive; mas agora darei gritos como a 3 parturiente, e ao
e te guardarei, he te farei mediador da aliança com o povo e mesmo tempo ofegarei, e estarei esbaforido. IS Os montes e
~====
~ 27 m Is 41.4 n Is 40.9; Na 1.15 28 o Is 63.5 29 P Is 41.24 ó Conforme MMM, Se T; TM e Vsem valor; LXX omite a primeira linha
CAPITULO 42 1 •Is 43.10; 49.3,6; Mt 12.18; [Fp 2.7] bMt 3.17; 17.5; Me 1.11, Lc 3.22; Ef 1.6 C[ls 11.2]; Mt 3.16; [Lc 4.18-19,21]; Jo 3.34
3 l queima muito fraca 4 dGn 49.1 O S eIs 44.24; Zc 12.1 f Já 12.1 O; 33.4; Is 57.16; Dn 5.23; At 17.25 6 g1s 43.1 h Is 49.8 ils 49.6; Lc
2.32; [At 10.45; 13.47; GI 3.14] 7 i Is 35.5 l Is 61.1; Lc 4.18; [2Tm 2.26; Hb 2 14] m Is 9.2 8 n Êx 20.3-5; Is 48.11 1O o SI 33.3; 40.3;
98.1 PSI 107.23 2Ut. sua plenitude 13 q Is 31.4 14 3 a mulher em trabalho de parto
•41.27 mensageiro. Provavelmente, a referência seja ao próprio Isaías (40.1, aliança com o povo. Jesus Cristo. na qualidade de Servo de Deus, trouxe a
nota). nova aliança ao seu povo (ver 53.4-6; Jr 31.31-34; Hb 8.6-13; 9.15). A aliança
boas-novas. Oevangelho da graça de Deus 140.9). também é chamada de "aliança da minha paz" (54 1O). de "aliança perpétua"
•41.28 não há ninguém... conselheiro. As nações e seus ídolos são débeis. (55.3; 61 8) e de "nova aliança" (Jr 31.31)
•41.29 nada •.. vento e vácuo. Oparecer do Senhor sobre os ídolos é que eles luz para os gentios. Os beneficiários da luz divina formam uma nova comunida-
são vazios e sem valor (40.18-20; 41.7,21-24; 44.9). de de portadores da luz em um mundo tenebroso 19 2; 49.6; 51.4; 60.1-3; Lc
•42.1-9 Este é o primeiro dentre quatro "Cânticos do Servo" nos caps. 40-55 2.30-32; At 26.17-18,23)
que celebram o Servo do Senhor (49.1-7; 50.4-11; 52.13-53.12; cf. o cap. 61) •42. 7 abrires ... trevas. O exílio babilônico é descrito como uma prisão escu-
•42.1 servo. Ver a nota em 20.3. A figura do servo tem cumprimento em Jesus ra. A salvação de Israel do exílio prefigura um livramento espiritual, através de
(Mt 12.15-21) e também se aplica a Israel (41.8. nota). antes de sua vinda, e à Cristo. da cegueira, da servidão e das trevas do pecado (5.30; 29.18; 51.14 e
Igreja, posteriormente (1 Pe 2.21-25). Israel como "Servo" inclui somente os isra- notas).
elitas fiéis, não os israelitas infiéis (vs. 18-22). •42.8 glóriá. Ver "A Glória de Deus". em Ez 1.28.
sustenho. Ver a nota em 41.10. •42.9 primeiras predições. Essas "primeiras predições" incluem os
escolhido. Ver a nota em 14.1. julgamentos profetizados contra Damasco, Samaria, Nínive e Judá (41.22, nota).
se compraz. OServo agrada a Deus e é objeto de seu amor e favor (60.1 O; 62.4; novas coisas. Essas "novas coisas" incluem a renovação da aliança, a restaura-
Mt3.17; Me 1.11; Lc 9.35). ção do povo de Israel à sua terra, o reino messiânico, a inclusão dos gentios e os
o direito para os gentios. Deus institui seu Reino universal de justiça e retidão. novos céus e a nova terra (41.22, nota).
"Direito" é enfaticamente reiterado por três vezes. nos vs. 1-4. anuncio ... farei ouvir. Deus planeja, proclama e executa. Sua palavra terá cabal
•42.2 Não clamará ... nem fará ouvir. OServo não clama para chamar a aten- cumprimento (11.2, nota; 40.8)
ção, mas fala em um espírito de gentileza e paciência. •42.1 Ocântico novo. Os remidos entoarão um novo cântico, conforme fizeram
•42.3 cana quebrada. Esta metáfora seria apropriada para os pobres e os ne- Moisés e Miriã. quando tinham testificado dos atos salvíficos de Deus (Êx
cessitados (SI 9.18, nota). Em lugar de esmagar os fracos, o Servo haverá de cu- 15.1,21; cf. 12.1-6 e notas; SI 149.1; Ap 5.9; 14.3).
rá-los.
extremidades da terra. Onde quer que os filhos de Deus possam ser achados
torcida que fumega. Isso representa pessoas que estão próximas de perder a (1112).
fé e a esperança.
•42.11 Quedar. Ver a nota em 21.16 (60. 7; SI 120.5; Jr 2.1 O: 49.28-29).
•42.4 direito... doutrina. O Servo praticará a piedade na terra (cf. 2.2-4). Ele
será maior do que Moisés (Dt 18.15-18; At 3.22-26), sendo mediador de uma rochas. Ver a nota em 16.1.
nova aliança que capacita as pessoas a guardar a sua lei (v. 6; 2Co 3.3; Hb •42.12 glória. O Senhor recebe aclamação da parte de seus súditos (v. 8;
8.7-13) 24.14-16, nota; 1Pe 2.9).
aguardarão. Ver 8.17, nota. •42.13 valante ... homem da guerra. Isaías descreve o Senhor como um Guer-
•42.5 criou os céus ... terra. Deus está acima de toda a criação, na qualidade reiro divino em quem a esperança se encontra (1.9; 5.26 e notas).
de Criador de tudo (4.5, nota). zelo. A segurança vem através do conhecimento de que, quando o zelo do Se-
1ôle110 de vida •.• espirito. O Criador e o Sustentador da vida (SI 104.30; At nhor está agindo, ele concretiza o seu plano (9.7, nota).
17.24-25) capacitará o Servo a transformar a terra com uma nova vida espiritual. clamará. A palavra hebraica assim traduzida é drterente daquela do v. 2. Temos
•42.6 chamei ... guardarei. Estas são expressões paralelas ao v. 1. aqui um grito de guerra ou de chamada às armas, não um grito de angústia.
835 ISAÍAS 42, 43
outeiros devastarei e toda a sua erva farei secar; tornarei os res pelas águas, d eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não
rios em terra firme e secarei os lagos. 16 Guiarei os cegos te submergirão; quando epassares pelo fogo, não te queima-
por um caminho que não conhecem, fá-los-ei andar por ve- rás, nem a chama arderá em ti. 3 Porque eu sou o SENHOR, teu
redas desconhecidas; tornarei as trevas em luz perante eles Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; !dei o Egito por teu
e os caminhos escabrosos, planos. Estas coisas lhes farei e resgate e a Etiópia e Sebá, por ti. 4 Visto que foste precioso aos
jamais os desampararei. 17 'Tornarão atrás e confundir-se-ão meus olhos, digno de honra, e eu gte amei, darei homens por
de vergonha os que confiam em imagens de escultura e às ti e os povos, pela tua vida. s hNão temas, pois, porque sou
imagens de fundição dizem: Vós sois nossos deuses. contigo; trarei a tua descendência desde o Oriente e a ;ajunta-
rei desde o Ocidente. 6 Direi ao /Norte: entrega! E ao Sul: não
Lamento sobre a cegueira de Israel retenhas! Trazei meus filhos de longe e minhas filhas, das ex-
18 Surdos,
ouvi, e vós, cegos, olhai, para que possais ver. tremidades da terra, 7 a todos os que são 1chamados pelo meu
19 Quem é cego, como o meu servo, ou surdo, como o meu
5
nome, e os que mcriei para minha glória, e que formei, e fiz.
mensageiro, a quem envio? Quem é cego, como o meu ami- 8 nrraze o povo que, ainda que tem olhos, é cego e ªsur-
go, e cego, como o servo do SENHOR? 20 Tu vês muitas coisas, do, ainda que tem ouvidos. 9 Todas as nações, congre-
'mas não as observas; ainda que tens os ouvidos abertos, nada guem-se; e, povos, reúnam-se; Pquem dentre eles pode
ouves. 21 Foi do agrado do SENHOR, por amor da sua própria anunciar isto e fazer-nos ouvir as predições antigas? Apre-
justiça, engrandecer a lei e fazê-la gloriosa. 22 Não obstante, é sentem as suas testemunhas e por elas se justifiquem, para
um povo roubado e saqueado; todos estão enlaçados em ca- que se ouça e se diga: Verdade é! 10 qVós sois as minhas tes-
vernas e escondidos em cárceres; são postos como presa, e temunhas, diz o SENHOR, 'o meu servo a quem escolhi; para
ninguém há que os livre; por despojo, e ninguém diz: Resti- que o saibais, e me 5 creiais, e entendais que sou eu mesmo,
tui. 23 Quem há entre vós que ouça isto? Que atenda e ouça o e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de
que há de ser depois? 24 Quem entregou Jacó por despojo e mim nenhum haverá. 11 Eu, eu 'sou o SENHOR, e fora de
Israel, aos roubadores? Acaso, não foi o SENHOR, aquele con- mim não há salvador. 12 Eu anunciei salvação, realizei-a e a
tra quem pecaram "e nos caminhos do qual não queriam an- fiz ouvir; deus "estranho não houve entre vós, vpois vós sois
dar, não dando ouvidos à sua lei? 25 Pelo que derramou sobre as minhas testemunhas, diz o SENHOR; eu sou Deus.
eles o furor da sua ira e a violência da guerra; visto lhes ateou 13 xAinda antes que houvesse dia, eu era; e nenhum há
fogo ao redor, xcontudo, não o entenderam; e os queimou, que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu,
mas não fizeram zcaso. quem o 2 impedirá?

Só Deus resgata Israel Libertação do jugo da Babilônia


Mas agora, assim diz o SENHOR, que te criou, óJacó, e 14 Assim diz o SENHOR, o que vos redime, o Santo de Israel:
43 que te formou, ó Israel: Não temas, ªporque eu te
remi; bchamei-te pelo teu nome, tu és meu. 2 e Quando passa-
Por amor de vós, enviarei inimigos contra a Babilônia e a to-
dos os de lá farei embarcar como fugitivos, isto é, os caldeus,

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29.13
25-:;Rs 259xls 1·;;~13~ 0~7 9~-ls-

CAPÍTULO 43 l a Is 43.5; 44.6 b Is 42 6; 45.4 2 C\SI 66.12; 91.3] d [Dt 31 6]; Jr 30.11 e Dn 3.25 3 f [Pv 11.8; 21 18] 4 g Is 63.9
5 h Is 41 10; 44.2; Jr 30.10; 46.27-28 ils 54.7 6 /Is 49 12 7 lls 63 9; Tg 2.7 m SI 100.3; Is 29.23; [Jo 3.2-3; 2Co 5.17; Ef 2 10] 8 n Is
69;4219;Ez12.2º1s29.18 9Pls42.21-22,26 10Qls448'1s55.4Sls41.4;44.6 ll ils45.21;0s13.4 12"Dt32.16;Sl81.9Vls
44.8 13 x SI 90.2; Is 48.16 z Jó 9.12; Is 14.27
•42.16 Guiarei... jamais os desampararei. Deus promete estar com o seu chamei-te pelo teu nome. OSenhor chamou-os para serem o seu povo e ele os
povo e os guiar. tal como fez com Israel no deserto IÊx 13.21-22). conhece por nome lv 3, nota; 45.3; 49 1, 62.2; Jo 10.3; Ap 2.17). A bênção fun-
•42.18 Surdos ... cegos. Eles eram "surdos", porque não ouviam lv. 23) e eram damental da aliança divina é expressa em Jr 30.22: "Vós sereis o meu povo, eu
"cegos", porque se recusavam a ver a mão de Deus em sua história lv. 20; serei o vosso Deus." Ver também Êx 6.7; Lv 11.45; Jr 11.4
48.3-6) •43.2 águas ... fogo. Estas palavras descrevem a aflição através das quais Deus
•42.19 meu servo. O Senhor protesta contra a cegueira e a surdez de Israel, levará seu povo à segurança !SI 66.6, 12).
que. inexplicavelmente, era tão fraca espiritualmente quanto os povos circunvizi- •43.3 Egito ... Etiópia ... Sebá. Sebá, provavelmente, seja o Sul da Arábia ou a
nhos. Eritréia. Quanto à Etiópia, ver SI 68.31, nota. O Senhor escolheu Israel antes des-
•42.21 engrandecer a lei. Uma elevada consideração pela lei de Deus ampliará sas nações !SI 147.20; Am 3.1-2) e transferiu as terras deles para o seu povo IDt
seu Reino justo sobre a terra (v 4, nota). 4.20,37-38; Js 24.13; SI 7855)
•43.4 precioso ... digno de honra. O povo de Deus é exaltado pela eleição
•42.22 roubado e saqueado ... em cárceres. Estas condições se impuseram,
149.5; Ex 19.5; Dt 7 6 8)
porque o povo se rebelou contra o Senhor lv 24).
•43.8 cego e surdo. Aqui, uma vez mais, temos menção à comunidade dos re-
•42.24 Jacó... Israel. Ver a nota em 41.8.
beldes. Ver notas em 29.18; 42.18-19. Espiritualmente "cego" e "surdo", Israel
•42.25 guerra. Deus. com efeito. lutou contra o seu próprio povo através das cumpre as profecias do Senhor, apesar de sua própria condição.
devastações praticadas pelos assírios e pelos babilônios contra Samaria e Judá. •43.9 predições antigas. Ver 41 22, nota.
•43.1-7 Deus estabelecerá uma nova comunidade. •43.10 servo. Ver as notas em 20.3; 41.8; 42.1.
•43.1 criou. Ver a nota em 4.5. •43.13 antes que houvesse dia. Somente o Senhor. desde a antiguidade, quis
formou. Ver a nota em 27 .10-11. a redenção de seu povo 140.21; 41.4).
Não temas. Ver a nota em 10 24; 35.4. possa livrar. Ver Dt 32.39.
remi. Ver a nota em 35.8-9 •43.14 o que vos redime. Ver 35.9; 41.14 e notas.

J
ISAÍAS 43, 44 836
nos navios com os quais se vangloriavam. ts Eu sou o que possas 1 justificar-te. 27 Teu primeiro pai pecou, e os
SENHOR, o vosso Santo, o Criador de Israel, o vosso ªRei. teus 2guias prevaricaram contra mim. 28 Pelo que profana-
16 Assim diz o SENHOR, o que outrora bpreparou um caminho rei os príncipes do santuário; e rentregarei Jacó à destruição
no mar e nas águas impetuosas, uma cvereda; 17 o que d fez e Israel, ao opróbrio.
sair o carro e o cavalo, o exército e a força - jazem junta-
mente Já e jamais se levantarão; estão extintos, apagados o SENHOR é o único Deus
como uma torcida. 18 eNão vos lembreis das coisas passadas, Agora, pois, ouve, ó Jacó, servo meu, ó lsrael, a quem
nem considereis as antigas. 19 Eis que faço /coisa nova, que
está saindo à luz; porventura, não o percebeis? gEis que porei
44 escolhi. 2 Assim diz o SENHOR, que te criou, e te for-
mou desde o ventre, e que te ajuda: Não temas, ó Jacó, servo
um caminho no deserto e rios, no ermo. 20 Os animais do meu, ó amado, a quem escolhi. 3 Porque derramarei água so-
campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes; bre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o
porque hporei águas no deserto e rios, no ermo, para dar de meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre
beber ao meu povo, ao meu escolhido, 21 iao povo que for- os teus descendentes; 4 e brotarão como a erva, como salguei-
mei para mim, para celebrar o meu ilouvor. ros junto às correntes das águas. s Um dirá: Eu sou do
SENHOR; outro se chamará do nome de Jacó; o outro ainda es-
A misericórdia do SENHOR creverá na própria mão: Eu sou do SENHOR, e por sobrenome
22 Contudo, não me tens invocado, ó Jacó, e de mim te tomará o nome de Israel.
1cansaste, ó Israel. 23 mNão me trouxeste o gado miúdo dos 6 Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o
teus holocaustos, nem me honraste com os teus sacrifícios; SENHOR dos Exércitos: ªEu sou o primeiro e eu sou o último,
não te dei trabalho com ofertas de manjares, nem te cansei e além de mim não há Deus. 7 bQuem há, como eu, feito
com incenso. 24 Não me compraste por dinheiro cana aro- predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o
mática, nem com a gordura dos teus sacrifícios me satisfizes- declare e o exponha perante mim! Que esse anuncie as coi-
te, mas me deste trabalho com os teus pecados e me sas futuras, as coisas que hão de vir! 8 Não vos assombreis,
ncansaste com as tuas iniqüidades. 25 Eu, eu mesmo, sou o nem temais; e acaso, desde aquele tempo não vo-lo fiz ouvir,
que ºapago as tuas transgressões Ppor amor de mim qe dos não vo-lo anunciei? dVós sois as minhas testemunhas. Há
teus pecados não me lembro. 26 Desperta-me a memória; outro Deus além de mim? Não, enão há outra Rocha que eu
entremos juntos em juízo; apresenta as tuas razões, para conheça.

e-15 ªIs 41;~; -~~ bÊ;14-;-6~21-;; Sl771;~ 5~0 ;J~ 13~ t;-dÊx~4-9l5 ~eJ~~ 14 !;/Is
21.5] gEx 17.6; Nm 20.11; Dt 8.15; SI 78.16; Is 35 1.6 20 h Is 48.21 21 iSI 102.18; Is 42.12; [Lc 174-75; Ef 1.5-6; 1Pe
22 IMq 6.3; MI 1.13; 3.14 23 mAm 5.25 24 ns195.10; Is 1.14; 7.13; Ez 6.9; MI 2.17 25 ºIs 44.22; Jr 50.20; [At 3.19]
~29; ~86; [2Co 5.17; Ap
2.9] i Jr 1311
PEz36.22 Qls
1.18;,Jr31.34 26 I absolvido 27 2intérpretes 28 rs179.4; Jr 24.9; Dn 9.11; Zc 8.13
CAPITULO 44 6 a Is 41.4; [Ap 1.8, 17; 22.13] 7 b Is 41.4,22,26 8 e Is 4122 d Is 43.1O,12 e Dt 4.35; 32.39; 1Sm 2.2; 2Sm 22.32; Is
45.5; JI 2.27
•43.16 mar... águas impetuosas. Isaías refere-se à travessia do mar Vermelho •43.27 primeiro pai. Jacó foi o pai das doze tribos (Os 12.2-3).
(Êx 14; 15). guias. Estes são os líderes religiosos. incluindo os profetas e os sacerdotes.
•43.17 o carro e o cavalo, o exército e a força. Oprofeta relembra aqui os •43.28 príncipes ... opróbrio. A tribo de Judá foi envergonhada pela destruição
carros de combate do Egito que foram destruídos diante da face do Senhor (cf. do templo e pelo exílio de seu povo (63.18; cf. 2Rs 25.18-21 ).
31.1)
•44.1 servo. Ver as notas em 20.3; 41.8; 42.1
•43.19 coisa nova. Oêxodo do Egito é menos importante do que o novo tempo
da redenção (42.9, nota) escolhi. Ver as notas em 14.1; 43.3.
deserto... ermo. Ver a nota em 40.3. •44.2 formou. Ver a nota em 27.11.
rios. Ver a nota em 41.18. desde o ventre. Deus se compara a uma mãe que concebeu e deu à luz (v. 24;
•43.20 animais ... avestruzes. Estas criaturas estão associadas a áreas 42.14;669)
desoladas (34.11-15) Ver a nota em 13.20-22 Não temas. Ver as notas em 10.24; 35.4.
águas. Isso recorda a provisão de Deus no deserto (Êx 15.22-26). Ver a nota em amado. Outras versões dizem aqui '"esurum". um nome poético aplicado a Israel
1.30. (Dt 32.15). que significa "reto".
meu povo. Ver as notas nos vs. 1,3. •44.3 derramarei o meu Espírito ... descendentes. Esta passagem desenvol-
•43.22 não me tens invocado ... te cansaste. Ao invés de apresentar ve as promessas de 28.6; 32.15. O Espírito vive agora nos filhos da aliança (JI
oferendas e sacrifícios, os israelitas ficaram endurecidos em seus pecados. 2.28-29; At 2 38-39).
•43.23 Não me trouxeste o gado miúdo. O povo observava mais de uma bênção. O Espírito também confirmará as promessas de Deus. Quanto à cone-
pratica religiosa, mas os animais não eram necessariamente oferecidos a Deus. xão entre a água e o Espírito, ver Me 1.8-1 O.
Quanto ao vazio dos sacrifícios que são meros rituais externos. ver Jr 7.21-23. nota. •44.5 Um... outro. Muitos participarão do novo tempo da restauração, quando
•43.24 cana aromática. Uma planta aromática, possivelmente a cana de açúcar. gentios e judeus, juntos, confessarão o nome do Senhor (cf. SI 87.4-6)
•43.25 Eu, eu mesmo. Uma repetição para efeito de ênfase. •44.6-20 OSenhor enfrenta os ídolos. Quanto à polêmica de Isaías contra a ido-
apago ... não me lembro. Deus perdoa pecados. conforme Israel tinha latria (vs. 9-20), ver 2 8, nota.
experimentado após o incidente do bezerro de ouro (Êx 34.6-7; cf. Lc 5.21 ). O
•44.6 Ver a nota teológica "Um e Três: a Trindade".
Senhor promete graciosamente perdoar e estabelecer a sua palavra (37.35;
42.21; 48.9, 111 Redentor. Ver a nota em 35.9-1 O.
•43.26 apresenta as tuas razões. Eles estavam condenados, incapazes de primeiro ... último. Ver a nota em 41 .4.
refutar as acusações de Deus. •44.8 Rocha. Ver 8.14-15, nota; Dt 32.4, 15.31.
1- - - ----·---·-----

\ UM E TRÊS: A TRINDADE
- - - - - - --------
837
---·------- - - ------1 ISAÍAS 44

! Is 44.6
O Antigo lestamento insiste constantemente na afirmação de que há somente um Deus, o Criador que se revela a si
mesmo, que deve ser cultuado e louvado com exclusividade (Dt 6.4-5; Is 44.6--45.25). O Novo Testamento concorda (Me
12.29-30; 1Co 8.4; Ef 4.6; 1Tm 2.5), mas fala de três agentes pessoais, Pai, Filho e Espírito Santo, que operam juntos para
realizar a salvação (Rm 8; Ef 1.3-14; 2Ts 2.13-14; 1Pe 1.2). A formulação histórica da Trindade (do latim trinitas, que significa
1 "estado de ser três") não é uma tentativa de explicá-la, propósito que estaria além da nossa capacidade. Apenas oferece
limite e salvaguarda aos nossos pensamentos a respeito desse mistério, que nos confronta, talvez, com o mais difícil
pensamento que a mente humana pode elaborar. Não é fácil de entender, mas é verdadeiro.
A doutrina surge dos fatos históricos da redenção registrados e explicados no Novo Testamento. Jesus orou a seu Pai e
ensinou seus discípulos a fazerem o mesmo. Contudo, Jesus os convenceu de que era pessoalmente divino. Crer na sua
divindade e no seu direito de receber culto e orações é básico para a fé no Novo Testamento (Jo 20.28-31; cf. 1. 1-18; At 7.59;
Rm 9.5; 10.9-13; 2Co 12.7-9; Fp 2.5-6; CI 1.15-17; 2.9; Hb 1. 1-12; 1Pe 3.15). Jesus prometeu enviar outro "Consolador· ou
"Parácleto" (do grego; ver nota no texto de Jo 14.16), para continuar sua obra como primeiro Ajudador (Jo 14.16-17). Um
"Parácleto" é um advogado, ajudador, aliado e sustentador (Jo 14.26; 15.26-27; 16.7-15). O Ajudador prometido é o Espírito
, Santo, que desceu no Pentecostes para cumprir o seu ministério. Desde o início, ele foi reconhecido como a terceira Pessoa
' divina; mentir a ele - disse Pedro não muito depois do Pentecostes - é mentir a Deus (At 5.3-4).
Cristo prescreveu o batismo "em nome (singular: um Deus, um nome) do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" - três
Pessoas que são um único Deus a quem os cristãos se dedicam (Mt 28.19). Do mesmo modo, encontramos as três Pessoas
no relato do próprio batismo de Jesus: o Pai reconheceu o Filho, e o Espírito mostrou sua presença na vida e ministério do
, Filho (Me 1.9-11 ). A bênção de 2Co 13.14 é trinitariana, como o é a oração por graça e paz do Pai, do Espírito, e de Jesus
Cristo, em Ap 1.4-5. João inclui o Espírito entre o Pai e o Filho só porque ele ensina que o Espírito é divino no mesmo sentido
em que o Pai e o Filho o são. Estes são alguns dos mais notáveis exemplos do ensino trinitariano no Novo Testamento. Embora
a linguagem técnica da teologia posterior não se encontre no Novo Testamento, a fé e o pensamento trinitarianos estão
presentes em todas as suas páginas. Nesse sentido, a Trindade é uma doutrina bíblica.
Basicamente, a doutrina é que a unidade do Deus único é complexa. As três "substâncias" pessoais, como são chamadas,
são centros coiguais e coetemos de autoconsciência, sendo cada um um "Eu" em relação aos outros dois, que são "Vós", e
cada um possuindo a plena essência divina de Deus, a existência específica que pertence só a Deus. Deus não é uma só
pessoa que desempenha três papéis separados; este é o erro denominado "modalismo"; nem são três deuses que apenas
parecem ser um por atuarem sempre juntos. Isso é "triteísmo". Oteólogo B. B. Warfield coloca o problema de modo simples:
"Quando dizemos estas três coisas - que não há senão um só Deus; que o Pai, o Filho e o Espírito, cada um é Deus; que o Pai,
o Filho e o Espírito, cada um é uma pessoa distinta - então enunciamos a doutrina da Trindade em sua inteireza." Isso
sumariza o que foi revelado através das palavras e obras de Jesus e é a realidade que subjaz à salvação do Novo Testamento.
Praticamente falando, a doutrina da Trindade exige que demos honra igual a cada uma das três Pessoas na unidade do 1

. Deus único. Alé~ do mais, conhecer essa doutrina estabelece fé pessoal e enriquece não menos o forte senso de unidade J'
1 com outros cnstaos.
i__ --- - - --- -- - - - - - ---- -- -- - - - - - - - --- - - - - - - - - - - - - -
A loucura da idolatria um ídolo a martelo e forja-o com a força do seu braço; ele tem
9 !Todos os artífices de imagens de escultura são nada, e as fome, e a sua força falta, não bebe água e desfalece. 13 O artífi·
suas coisas preferidas são de nenhum préstimo; eles mesmos ce em madeira estende o cordel e, com o lápis, esboça uma
são testemunhas de que gelas nada vêem, nem entendem, imagem; alisa-a com plaina, marca com o compasso e faz à se-
para que eles sejam confundidos. to Quem formaria um deus melhança e beleza de um homem, que possa morar em urna
ou fundiria uma imagem de escultura, hque é de nenhum casa. 14 Um homem corta para si cedros, toma um cipreste ou
préstimo? t t Eis que todos os seus seguidores ficariam um carvalho, 'fazendo escolha entre as árvores do bosque;
;confundidos, pois os mesmos artífices não passam de planta um pinheiro, e a chuva o faz crescer. ts Tais árvores
homens; ajuntem-se todos e se apresentem, espantem-se e servem ao homem para queimar; com parte de sua madeira
sejam, à uma, envergonhados. se aquenta e coze o pão; e também faz um deus e se prostra
1210 ferreiro faz o machado, trabalha nas brasas, forma diante dele, esculpe uma imagem e se ajoelha diante dela.

·-~/;4;;4~;111~4 --tO-hls412~r ;;5~~ 27~:~t 19.26 ~-;7s~7--;, ls~2~~ 421; ~2~4019; Jr 10.3-5 14 IUtapropfla-sede
•44.9 nada ... nenhum préstimo. Ver 41.29, nota. •44.12 Um ídolo pode ser uma obra de arte. mas a mortalidade até do melhor
eles mesmos são testemunhas. Essas "testemunhas" poderiam ser os ídolos dos artífices é revelada em sua fome e sede. Como contraste, ver 40.28.
ou seus fabricantes. Nenhum deles. porém, tem o poder de enxergar ou de com-
preender (SI 115.8). •44.13 à semelhança e beleza de um homem. O carpinteiro faz seu deus à
•44.11 ajuntem-se todos e se apresentem. O cenário é um tribunal da lei sua própria imagem (Ot 4.16; Rm 122-23).
(4121)
ISAÍAS 44, 45 838
16 Metade queima no fogo e com ela coze a carne para co- praiei a terra; 25 que bdesfaço os sinais e dos profetizadores de
mer; assa-a e farta-se; também se aquenta e diz: Ah! Já me mentiras e enlouqueço os adivinhos; que faço tornar atrás os
aquento, contemplo a luz. 17 Então, do resto faz um deus, sábios, d cujo saber converto em loucuras; 2ó e que confirmo a
uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, prostra-se e palavra do meu servo e cumpro o conselho dos meus mensa-
lhe dirige a sua oração, dizendo: Livra-me, porque tu és o geiros; que digo de Jerusalém: Ela será habitada; e das cidades
meu deus. 18 'Nada sabem, nem entendem; porque mse lhes de Judá: Elas serão edificadas; e quanto às suas ruínas: Eu as
2 grudaram os olhos, para que não vejam, e o seu coração já levantarei; 27 !que digo à profundeza das águas: Seca-te, e eu
não pode nentender. 19 Nenhum deles ºcai em si, já não há secarei os teus rios; 28 que digo de gCiro: Ele é meu pastor e
conhecimento nem compreensão para dizer: Metade quei- cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusa-
mei e cozi pão sobre as suas brasas, assei sobre elas carne e a lém: hSerá edificada; e do templo: Será fundado.
comi; e faria eu do resto uma abominação? Ajoelhar-me-ia eu
diante de um pedaço de árvore? 20Ta! homem se apascenta Ciro, o libertador de Israel
de cinza; Po seu coração enganado o iludiu, de maneira que Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a ªCiro, a quem
não pode livrar a sua alma, nem dizer: Não é qmentira aquilo
em que confio?
45 1 tomo pela bmão direita, cpara abater as nações ante

a sua face, e para ddescingir os lombos dos reis, e para abrir di-
ante dele as portas, que não se fecharão. 2 Eu irei adiante de
A promessa de lí\IT'amento ti, e endireitarei 2 os caminhos 3 tortuosos, Jquebrarei as portas
21 Lembra-te destas coisas, ó Jacó, ó Israel, porquanto és de bronze e despedaçarei as trancas de ferro; 3 dar-te-ei os te-
meu servo! Eu te formei, tu és meu servo, ó Israel; não me res- souros escondidos e as riquezas encobertas, gpara que saibas
quecerei de ti. 22 5 Desfaço as tuas transgressões como a névoa que eu sou o SENHOR, o Deus de Israel, que te hchama pelo
e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque teu nome. 4 Por amor do meu ;servo Jacó e de Israel, meu es-
1eu te remi. 23 "Regozijai-vos, ó céus, porque o SENHOR fez colhido, eu te chamei pelo teu nome e te pus o sobrenome,
isto; exultai, vós, ó profundezas da terra; retumbai com júbilo, ainda que não me conheces. 5 Eu isou o SENHOR, e 1não há
vós, montes, vós, bosques e todas as suas árvores, porque o outro; além de mim não há Deus; meu te cingirei, ainda que
SENHOR remiu aJacó e se vg1orificou em Israel. não me conheces. 6 npara que se ºsaiba, até ao nascente do
24 Assim diz o SENHOR, xque te redime, o mesmo 2 que te sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o
formou desde o ventre materno: Eu sou o SENHOR, que faço SENHOR, e não há outro. 7 Eu formo a luz e crio as trevas; faço
todas as coisas, que sozinho ªestendi os céus e sozinho es- a paz e Pcrio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas .

• ~45~0 ~[;l 8~12U~9--;;;, 29 1O; 2Ts ;·~ ~r ~O ;~ ~Li~s0:m-19-º1~6:;- 20 P~ó 1~31 ~Os 4 12; ~m ~21 ~;, 2Ts ~~;- -
2Tm 3.13 qls 57 11; 59.3-4, 13; Rm 1 25 21 'Is 49.15 22 Sls 43.25 lls 43.1, 1Co6 20; [1Pe 1.18-19] 23 us169.34; Is 42.10; 49.13; Jr
.

51.48;Ap 18.20 Vls49.3;60.21 24Xls43.14Zls43.1 ªJó9.8 25 bls47.13 CJr50.36d2Sm15.31; Jó5.12-14; Sl33.10; ls29.14;Jr
51.57; 1Co 1.20,27 26 e Zc 1.6; Mt 5.18 27 f Jr 50.38; 51.36 28 gzcr 36.22; Ed 1.1; Is 45.13 h Ed 6.7
CAPÍTULO 45 1 ªIs 44.28 bSI 7323; Is 41.13 cDn 5.30 dJá 12.21; Is 45.5 I fortaleço oumaQtenho a 2 eis 40.4/SI 107.6 2T pisotearei
sobre os muros; V humilharei os grandes da terra 3 MMM e LXX montanhosos 3 g Is 41.23 h Ex 33.12 4 11s 44.1 5 I Dt 4.35; 32.39; Is
44.8 lls 45.14, 18 m SI 18.32 6 n SI 102.15; Is 37.20; MI 1.11 o [Is 11.9; 52.10] 7 Pls 312; 47.11, Am 3.6
•44.18 sabem ... entendem. São indivíduos totalmente insensatos lv 9; Jerusalém ... templo. Estes foram reconstruídos por força do decreto real de
69-10). Ciro IEd 1.2-4; 63-5)
•44.19 uma abominação ... um pedaço de árvore. Oprofeta utiliza o ridículo •45.1 seu ungido. Este título não é usado em qualquer outro lugar a não ser
a fim de desmascarar a insensatez da idolatria. Ver "Conhecimento Divino Acerca acerca de Israel, e sua aplicação a Ciro deve ter chocado os ouvintes de Isaías.
da Culpa Humana", em Rm 1.19. a quem tomo pela mão direita. Ele governa pela autoridade do Senhor (41.2;
•44.20 mentira. A conclusão: a idolatria é uma fraude, uma trapaça. 48.14; cf. SI 2.8-9; 1101)
•44.22 remi. Somente o Senhor é o Redentor 135.9-1 O; 41.14 e notas) nações ... reis. Ver a nota em 41.2.
•44.23 ó céus ... todas as suas árvores. Toda a criação louvará a Deus por •45.2 quebrarei... despedaçarei. Nada pode resistir ao servo do Senhor (cf. SI
salvar Israel. 107 16)
portas. Esta profecia pode ter tido um cumprimento literal quando Ciro usou os
glorificou. Deus glorificará os redimidos, os quais, por sua vez, conduzirão muitos a
portões que permitiam que o r'10 Eufrates cruzasse a cidade de Babilônia \44.27,
louvar ao Senhor por seus atos poderosos (4.2, nota; 49.3; 55.5; 60.21; 61.3)
nota)
•44.25 adivinhos. A adivinhação era estritamente proibida em Israel (2 6; 8.19 •45.3 tesouros escondidos ... riquezas encobertas. Metais preciosos vi-
e notas). nham de minas profundas (Já 28.1-6). Ciro saqueou as fabulosas riquezas da Lí-
•44.26 palavra ... conselho. Estas palavras referem-se às revelações do plano dia, em 546 a C
do Senhor 111.2, nota). te chama pelo teu nome. OSenhor tem suscitado a Ciro e o conhece (cf. 43.1,
servo. Ver as notas em 20.3; 41.8; 42.1. nota).
ruínas. Estas são as regiões devastadas pela Babilônia. A restauração de Judá •45.4 meu servo. Ver as notas em 20.3; 41.8; 42.1.
foi o começo de um novo estágio na história da redenção. escolhido. Ver a nota em 14.1.
•44.27 profundeza ... rios. Talvez uma alusão à travessia do mar Vermelho te chamei. Na qualidade de "pastor" de Deus (44.28) e "ungido" (v. 1). Ciro tem
14316, 19 e notas) Esta profecia pode ter tido um cumprimento literal quando Ciro um título de honra.
desviou as águas do rio Eufrates e fez entrar o seu exército através dos portões que não me conheces. Ciro continuou sendo um incrédulo.
permitiam que esse rio atravessasse a cidade de Babilônia (45.2, nota). •45.7 formo. Ver a nota em 27.11.
•44.28 meu pastor. Freqüentemente, os reis são chamados de pastores (2Sm luz... trevas. O Senhor sustenta o seu poder sobre dois polos fundamentais da
5.2; Jr 3.15; cf. Mq 5.4). Ciro governou por decreto de Deus. realidade, conforme são descritos em Gn 1.3-4. Os termos paralelos "a paz" e "o
839 ISAÍAS 45, 46
O SENHOR é o Criador beleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser Pha-
s qDestilai, ó céus, dessas alturas, e as nuvens chovam jus- bitada: qEu sou o SENHOR, e não há outro.
tiça; abra-se a terra e produza a salvação, e juntamente com
ela brote a justiça; eu, o SENHOR, as criei. o SENHOR e os ídolos
9 Ai daquele que contende com o rseu Criador! E não pas- 19Não falei em 'segredo, nem em lugar algum de trevas
sa de um caco de barro entre outros cacos. s Acaso, dirá o bar- da terra; não disse à descendência de Jacó: Buscai-me 5 em
ro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem vão; seu, o SENHOR, falo a verdade e proclamo o que é direito.
alça. to Ai daquele que diz ao pai: Por que geras? E à mulher: 20 Congregai-vos e vinde; chegai-vos todos juntos, vós que es·
Por que dás à luz? capastes das nações; 'nada sabem os que carregam o lenho
11 Assim diz o SENHOR, o Santo de Israel, aquele que o das suas imagens de escultura e fazem súplicas a um deus que
formou: Quereis, acaso, 1saber as coisas futuras? Quereis · não pode salvar. 21 Declarai e apresentai as vossas razões.
dar ordens acerca de "meus filhos e acerca das vobras de Que tomem conselho uns com os outros. "Quem fez ouvir
minhas mãos? 12 xEu fiz a terra e 2 criei nela o homem; as isto desde a antiguidade? Quem desde aquele tempo o anun·
minhas mãos estenderam os céus, e a ªtodos os seus exér· ciou? Porventura, não o fiz eu, o SENHOR? vpois não há outro
citos dei as minhas ordens. 13 Eu, na minha justiça, bsusci· Deus, senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim.
tei a Ciro e 4 todos os seus caminhos endireitarei; ele 22 Olhai para mim e sede salvos, xvós, todos os limites da terra;
cedificará a minha cidade e libertará os meus exilados, porque eu sou Deus, e não há outro. 23 zPor mim mesmo te·
dnão por preço nem por presentes, diz o SENHOR dos Exér· nho jurado; da minha boca saiu o que é justo, e a minha pala-
citos. 14 Assim diz o SENHOR: e A riqueza do Egito, e as mer- vra não tornará atrás. Diante de mim se ªdobrará todo joelho,
cadorias da Etiópia, e os sabeus, homens de grande be jurará toda língua. 24 6 De mim se dirá: Tão-somente no
estatura, passarão ao teu poder e serão teus; seguir-te-ão, SENHOR há cjustiça e força; até ele virão e dserão envergonha-
irão em f grilhões, diante de ti se prostrarão e te farão as dos todos os que se irritarem contra ele. 25 Mas •no SENHOR
suas súplicas, dizendo: 8Só contigo está Deus, e hnão há será justificada toda a descendência de Israel e nele sefgloriará.
outro que seja Deus.
15 Verdadeiramente, tu és Deus ;misterioso, ó Deus de A queda dos ídolos da Babilôni.a
Israel, ó Salvador. 16 iEnvergonhar-se-ão e serão confundi·
dos todos eles; cairão, à uma, em ignomínia os que fabricam
46
Bel se ªencurva, Nebo se abaixa; os ídolos são postos
sobre os animais, sobre as bestas; as cargas que costu-
ídolos. 17 1lsrael, porém, será salvo pelo SENHOR com msal· máveis levar bsão canseira para as bestas já cansadas. 2 Esses
vação eterna; não sereis envergonhados, nem nconfundidos deuses juntamente se abaixam e se encurvam, não podem
em toda a eternidade. 18 Porque assim diz o SENHOR, ºque salvar a carga; ceies mesmos entram em cativeiro.
criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a esta- 3 Ouvi-me, ó casa de Jacó e todo o restante da casa de

·~~~I ~~1~~~s6-4-;; s:1;;,; ;;:920~21 11~~ ~


- uJr319 v~29-;; 60-2~;;-~~5;~275ZGn 1.26 ªGn 21;.N~e~~~
9.6 13 b Is 41.2 C2Cr 36.22; Is 44.28 d [Rm 3.24] 4 Ou farei retos todos os seus caminhos 14 e SI 68.31; 72.10-11, Is 14.1; 49.23;
60 9-1O,14. 16; Zc 8.22-23 /SI 149.8 g Jr 16.19; Zc 8.20-23; 1Co 14.25 h Is 45.5 15 iSI 44.24; Is 57.17 16 ils 44.11 17 ils 26.4; [Rm
11 26] m Is 51.6 n Is 29.22 18 o Is 42.5 P Gn 1.26; SI 115.16; At 17.26 q Is 45.5 19 rDt 30.11 s SI 19.8; Is 45.23; 63.1 5 Ou em um lugar
assolado 20 tis 44.9; 46.7; Jr 10.5 21 u Is 41.22; 43.9 Vis 44.8 22 xs1 22.27; 65.5 23 zGn 22.16; Is 62.8; [Hb 6.13] ªRm 14.11; [Fp
2.1 O] b Dt 6.13; SI 63.11; Is 19 18; 65.16 24 e Is 54.17; [Jr 23.5; 1Co 1.30] d Is 41.11 ô Ou Ele me disse: Tão-somente no SENHOR tenho
justiça e força 25 eis 45.17f1Co1.31
CAPÍTULO 46 1 a Is 21.9; Jr 50.2 b Jr 10.5 2 e Jz 18.17-18.24; 2Sm 5.21, Jr 48. 7; Os 10.5-6
mal" incluem as realidades políticas que Ciro iria perturbar, ao cumprir o conselho /hante modo, Deus não convida as pessoas para buscá-lo sem propósito. Deus le-
de Deus. vará ao fim aquilo que ele começou 155.11; 66.9) e responde àqueles que o bus-
cam 155.3; Mt 11.28; Hb 11.6).
•45.8 céus ... terra. A criação precisa preparar-se para o ato divino de redenção.
descrito por dois sinônimos: "salvação" e "justiça" 112.2; 26.17-18 e notas). •45.19 em segredo ... trevas. A revelação do Senhor é diferente dos oráculos
pagãos, que eram obscuros e ambíguos. A revelação do Senhor é clara e pública.
•45.13 não por preço. Embora o Senhor tivesse conferido a Ciro uma generosa embora o desenvolvimento de suas promessas possa não conformar-se com as
recompensa lv. 3) por ter resgatado o seu povo 143.3). esta não foi a razão pela expectativas humanas (48.16).
qual Ciro o libertou.
•45.22 os limites da terra. Ver o v. 14. nota.
•45.14 Egito ... Etiópia ... sabeus. Ver 43.3, nota; Sal. 68.31. As nações virão
para adorar o Deus único (Zc 8.23; Ef 3.6). •45.23 Por mim mesmo tenho jurado. As promessas de Deus são garantidas
pelo seu nome (14.24; 62.8; Gn 22.16; Êx 32.13; Hb 6.13-18).
•45.15 Deus misterioso. Sobre Deus é dito que ele se oculta quando parece
que ele não está presente para ajudar o seu povo (8.17; 54.8). Deus também se todo joelho... toda lingua. Este é o alvo da história da redenção (v. 14, nota; Rm
"oculta" no sentido que ele não presta conta a ninguém, e seus caminhos com 14.11, 1Co15.25;Fp2.10-11).
freqüência são misteriosos (55.8-9; SI 77.19, nota; Rm 9.20; 11.33-34).
•46.1-2 Bel ... Nebo. Deuses da Babilônia.
•45.17 salvação eterna ... toda a eternidade. Deus é diferente das pessoas e
dos ídolos. os quais nunca podem garantir o futuro para si mesmos ou para outros se encurvam ... se abaixam. Os ídolos eram pesos mortos, uma carga sem vida
(cf Hb 5 9) sobre os animais que tinham de carregá-la. Quanto à polêmica de Isaías contra a
idolatria, ver 2.8.
•45.18 um caos. Atrás de "caos" temos a mesma palavra hebraica traduzida
por "sem forma" em Gn 1.2. /sso foi o começo e não o fim da criação. Por seme- •46.3 restante. Ver a nota em 1.9.
-- ISAÍAS 46, 47 840
Israel; vós, a d quem desde o / nascimento carrego e levo nos 3 e As tuas vergonhas serão descobertas, e se verá o teu opró-
braços desde o ventre materno. 4 Até à vossa velhice, eeu brio; ftomarei vingança e não pouparei a homem algum.
serei o mesmo e, ainda até às cãs, !eu vos carregarei; já o te· 4Quanto ao gnosso Redentor, o SENHOR dos Exércitos é seu
nho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei. nome, o Santo de Israel.
s g A quem me comparareis para que eu lhe seja igual? E que s Assenta-te "calada e entra nas trevas, ó filha dos cal-
coisa semelhante confrontareis comigo? 6 "Os que gastam o deus, 1porque nunca mais serás chamada senhora de reinos.
ouro da bolsa e pesam a prata nas balanças assalariam o 1ou· 6 !Muito me agastei contra o meu povo, 1profanei a minha
rives para que faça um deus e diante deste se prostram e se herança e a entreguei na tua mão, porém não usaste com ela
inclinam. 7 /Sobre os ombros o tomam, levam-no e o põem de misericórdia me até sobre os velhos fizeste mui pesado o
no seu lugar, e aí ele fica; do seu lugar não se move; 1recor· teu jugo. 7 E disseste: Eu serei nsenhora para sempre! Até
rem a ele, mas nenhuma resposta ele dá e a ninguém livra agora não ºtomaste a sério estas coisas, Pnem te lembraste
da sua tribulação. do seu fim.
8 Lembrai-vos disto e 2 tende ânimo; mtomai·o a sério, ó 8 Ouve isto, pois, tu que és dada a prazeres, que habitas se-
prevaricadores. 9 n Lembrai-vos das coisas passadas da anti· gura, que dizes contigo mesma: Eu só, e além de mim não há
guidade: que eu sou Deus, e ºnão há outro, eu sou Deus, e outra; não ficarei viúva, nem conhecerei a perda de filhos.
não há outro semelhante a mim; to Pque desde o princípio 9 Mas ambas estas coisas virão sobre ti qnum momento, no
anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coi· mesmo dia, perda de filhos e viuvez; virão em cheio sobre ti,
sas que ainda não sucederam; que digo: o qmeu conselho apesar da multidão das tuas feitiçarias e da abundância dos
permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; 11 que cha· teus muitos encantamentos. 10 Porque confiaste na tua mal-
mo a ave de rapina Tdesde o Oriente e de uma terra longín- dade e disseste: Não há quem me Tveja. A tua sabedoria e a
qua, so homem do meu conselho. 1 Eu o disse, eu também o tua ciência, isso te / fez desviar, e disseste contigo mesma: Eu
cumprirei; tomei este propósito, também o executarei. só, e além de mim não há outra. 11 Pelo que sobre ti virá o
12 Ouvi-me vós, os que sois de "obstinado coração, vque mal que por encantamentos não saberás conjurar; tal calami-
estais longe da justiça. 13 xFaço chegar a minha justiça, e dade cairá sobre ti, da qual por expiação 2 não te poderás li-
não está longe; a minha salvação 2 não tardará; mas estabele· vrar; porque sobre ti, 5 de repente, virá tamanha 1desolação,
cerei ªem Sião o livramento e em Israel, a minha glória. como não imaginavas.
12 Deixa-te estar com os teus encantamentos e com a mui·
A queda de Babilônia tidão das tuas feitiçarias em que te fatigaste desde a tua moci-
ªDesce e bassenta·te no pó, ó virgem filha de cBabilô· dade; talvez possas tirar proveito, talvez, com isso, inspirar
47 nia; assenta-te no chão, pois já não há trono, ó filha
dos caldeus, porque nunca mais te chamarás a mimosa e
terror. 13 "Já estás cansada com a multidão das tuas consul·
tas! Levantem-se, pois, agora, vos que 3 dissecam os céus e fi-
delicada. 2 dJoma a mó e mói a farinha; tira o teu véu, ergue a tam os astros, os que 4 em cada lua nova te predizem o que
cauda da tua vestidura, desnuda as pernas e atravessa os rios. há de vir sobre ti. 14 Eis que serão xcomo restolho, o fogo

· -3 d;32~1. Sl71; Is;;J Lit-Ent::nh:;e~l 3~-/Si-481~ ~ g1~40~8.25 6 h Is 40 19; 41.6; Jr 104 i!s 44.12 7 /is 45.20;
46.1; Jr 10.5 1is 45.20 8 m Is 44.19 2 se1am cora1osos, lit. homens 9 n Dt 32.7; Is 42.9; 65.17 o Is 45 5,21 l OP Is 45.21; 48.3 q SI
33.11; Pv 19.21, 21.30; Is 14.24; 25.1, At 5.39; Hb 6.17 11 Tis 41 2.25 Sls 44.28 1Nm 23.19 12 us176.5; Is 484; Zc 7.11-12; MI 3.13 V[Rm
10.3] 13 x [Rm 1 17] 2 Hc 2.3 a Is 62.11; JI 3.17; [1 Pe 2 6]
CAPÍTULO 47 l ªJr 48 18 bis 3.26 eis 14.18-23; Jr 25.12; 50 1--5164 2 dÊx 11.5; Jr 25.1 O 3 eis 3.17; 204/[Rm 12 19] 4 g Jr
50.34 S h 1Sm 2.9 i!s 13.19; [Dn 2.37]; Ap 17.18 6 J2Sm 24.14 1Is 43.28 m Dt 2849-50 7 n Ap 18.7 o Is 42 25; 46.8 P Dt 32.29; Jr
5.31, Ez 7.2-3 9 q SI 73.19; 1Ts 5.3; Ap 18.8 1O Tis 29.15; Ez 8.12; 9.9 1 desencaminhou 11 s Is 29.5 lls 13.6; Jr 51.8.43; Lc 17.27; 1Ts
5.3 2 Lit. e não poderás cobri-la ou fazer expiação por ela 13 u Is 57 1O vis 8.19; 44.25; 47.9; Dn 2.2, 1O3 Astrólogos 4 mensalmente 14 x1s
5.24; Na 1.1 O; MI 4.1
o nascimento... ventre materno. Os cuidados do Senhor por seu povo são •47.2 tira ... atravessa. Todos os privilégios e a posição de Babilônia serão re·
como os de uma mãe por seus filhos 144 2. nota; 49.5; cf. Dt 1.31; Os 11.3-4) movidos. Ela será humilhada.
•46.4 velhice ... cãs. O Senhor mostra-se constante em seus cuidados (SI •47.4 Redentor. Ver as notas em 35.9; 41.14.
71.9.1BI. •47.7 senhora para sempre. A jactância de Babilônia baseava~se no despre-
eu sarei o mesmo. Ver a nota em 41 .4. zo dela pelas verdades de que Deus governa a história e que ele a julgaria pelas
•46.9 passadas da antiguidade. Ver as notas em 41.22; 42.9. suas crueldades lv. 6; Ap 187) A sociedade e a política da Babilônia não ti-
nham consideração por Deus.
•46.11 Oriente ... homem. Esse homem é Ciro; ver 41.2.
•47 .9 momento, no mesmo dia. As perdas da Babilônia ocorrerão subitamente.
•46.12 obstinado coração. Estes são os transgressores referidos no v. 8.
perda de filhos e viuvez. Uma vez perdidos o seu marido e os seus filhos. não
Assim como alguns no primeiro êxodo olharam para trás. para o Egito INm 14.31.
lhe restava esperança quanto ao futuro, e estava destinada a tornar-se escrava e
assim também alguns no segundo êxodo anelaram pela Babilônia.
extinguir-se. Contrastar com 49.21-23; 54.1-6.
•46.13 Sião. Ver a nota em 1.8. •47 .1 Osabedoria ... ciência. Estas são as tradições babilônicas de religião, ma-
•47.1-15 Um oráculo a respeito da queda da Babilônia. para ela nunca mais gia e adivinhação. Ver a nota em 44.25.
erguer-se de novo. Eu só. Em atrevida autoglorificação, a Babilônia usurpa o nome de Deus
•47 .1-3 A Babilônia, a rainha das nações. recebe ordem de descer de seu trono e 145 5-6, 18.21-22; 46 9)
tornar -se uma jovem escrava doméstica. Em contraste. Sião, uma jovem escrava •47.13 consultas ... céus. A Babilônia dependia de presságios dos corpos ce-
no cati~eim, receberá ordens de ascender ao seu trono 152.1-2) lestiais a fim de tomar suas decisões IDn 2 2)
•47 .1 virgem filha de Babilônia. A cidade de Babilônia e seus habitantes. •47.14 restolho ... fogo. Ver Ap 18.17-19. Os astrólogos da Babilônia lv 13) pra-
os zqueimará; não poderão livrar-se do poder das chamas;
841 ISAÍAS

disso não resultou prata; provei-te na 'fornalha da aflição.


47, 48 l
nenhuma brasa restará para se aquentarem, nem fogo, para 11 Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isto; por-
que diante dele se assentem. 15 Assim serão para contigo que mcomo seria profanado o meu nome? A minha glória,
aqueles com quem te fatigaste; ªaqueles com quem negoci- n não a dou a outrem.
aste desde a tua mocidade; dispersar-se-ão, cambaleantes, 12 Dá-me ouvidos, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem chamei;
cada qual pelo seu 5 caminho; ninguém te salvará. eu sou o mesmo, ºsou o Pprimeiro e também o último.
13 Também a qminha mão fundou a terra, e a minha destra
Repreendida a infidelidade de Israel estendeu os céus; quando 'eu os chamar, eles se apresenta-
Ouvi isto, casa de Jacó, que vos chamais pelo nome
48 de Israel e saístes da linhagem de Judá, que jurais
pelo nome do SENHOR e confessais o Deus de Israel, mas
rão juntos. 14 Ajuntai-vos, todos vós, e ouvi! Quem, dentre
eles, tem anunciado estas coisas? so SENHOR amou a Ciro 1e
executará a sua vontade contra a Babilônia, e o seu braço
ªnão em verdade nem em justiça. 2 (bDa santa cidade to- será contra os caldeus. 15 Eu, eu tenho falado; também já "o
mam o nome e se cfirmam sobre o Deus de Israel, cujo chamei. Eu o trouxe e farei próspero o seu caminho. 16 Che-
nome é SENHOR dos Exércitos.) 3 As primeiras coisas, desde gai-vos a mim e ouvi isto: vnão falei em segredo desde o
a antiguidade, as danunciei; sim, pronunciou-as a minha princípio; desde o tempo em que isso vem acontecendo, te-
boca, e eu as fiz ouvir; de repente agi, ee elas se cumpri- nho estado lá. Agora, xo SENHOR Deus me enviou a mim e o
ram. 4 Porque eu sabia que eras 1obstinado, e a /tua cerviz seu Espírito.
é um tendão de ferro, e tens a testa de bronze. 5 Por isso, to 17 Assim diz zo SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Is-
anunciei desde aquele tempo e to dei a conhecer antes que rael: Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te ensina o que é útil
acontecesse, para que não dissesses: O meu ídolo fez estas ªe te guia pelo caminho em que deves andar. 18 b Ah! Se ti-
coisas; ou: A minha imagem de escultura e a fundição as vesses dado ouvidos aos meus mandamentos! cEntão, seria
ordenaram. 6 Já o tens ouvido; olha para tudo isto; porven- a tua paz como um rio, e a tua justiça, como as ondas do
tura, não o admites? Desde agora te faço ouvir coisas novas mar. 19 dTambém a tua posteridade seria como a areia, e os
e ocultas, que não conhecias. 7 Apareceram agora e não há teus descendentes, como os grãos da areia; o seu nome nun-
muito, e antes deste dia delas não ouviste, para que não di- ca seria eliminado nem destruído de diante de mim.
gas: Eis que já o sabia. 8 Tu nem as ouviste, nem as conhe- 20 esaí da Babilônia, fugi de entre os caldeus e anunciai
ceste, nem tampouco antecipadamente se te abriram os isto com voz de júbilo; proclamai-o e levai-o até ao fim da
ouvidos, porque eu sabia que procederias mui perfidamen- terra; dizei: O SENHOR fremiu a seu servo Jacó. 21 gNão pa-
te e eras chamado de gtransgressor desde o ventre mater- deceram sede, quando ele os levava pelos desertos; hfez-
no. 9 hPor amor do meu nome, 'retardarei a minha ira e lhes correr água da rocha; fendeu a pedra, e as águas cor-
por causa da minha honra me conterei para contigo, para reram. 22 Para os perversos, todavia, 1não há paz, diz o
que te não venha a exterminar. 10 Eis que te /acrisolei, mas SENHOR .

• Zfl~1017].-Jr5158 -l~ªAp;811;0u/ado ..... -- ·- . . . ~~-~~~~~~~~~~~~~


CAPÍTULO 48 1 a Is 58.2; Jr 4.2; 5.2 2 b Is 52.1; 64.10 e Is 10.20; Jr 7.4; 21.1, Mq 3.11, Rm 2.17 3 d Is 44.7-8; 46.1 Oe Js 21.45; Is
42.9 4/Êx 32.9; Dt 31.27; Ez 2.4; 3.7 1 Lit. duro 8 g Dt 9. 7,24; SI 58.3; Is 46.3,8 9 h SI 79.9; 106.8; Is 43.25; Ez 20.9, 14,22,44 i[Ne
9 30-31 ]; SI 78.38; Is 30.18; 65.8 1O/SI66 1O; Jr 9.7 IDt 4.20; 1Rs 8.51; Jr 11.4 11 m Lv 22 2,32; Dt 32.26-27; Ez 20.9 n Is 42.8 12 o Dt
32.39 P Is 44.6; [Ap 22.13] 13 q Êx 20 11; SI 102.25; Is 42.5; 45.12, 18; Hb 1.10-12 'Is 40.26 14 s Is 45.1 lls 44.28; 47.1-15 15 u Is
45.1-2 16Vls45.19Xls61.1;Zc2.8-9,11 17Zls43.14ªSl32.8;1s49.9-10 18bDt5.29;Sl81.13CDt28.1-14;Sl119.165;1s
32.16-18; 66, 12 19 dGn 22.17; Is 1_0.22; 44.3-4; 54.3; Jr 33 22; Os 1.1 O 20 eJr 50.8; 51.6,45; Zc 2.6-7; Ap 18.4 f[Êx 19.4-6] 21 g[ls
4117-18]hEx17.6;Sl105.41 22 1 [1s5721]
ticavam suas artes para salvar a Babilônia dessas profecias, mas nem ao menos •48.15 chamei... próspero. A posição e o sucesso especial de Ciro são dados
podiam salvara si mesmos (Dn 2.10-13). pelo Senhor.
•48.1 Ouvi. Este apelo final e urgente teve por desígnio levar o surdo e cego •48.16 tenho estado lá. Parece ser Cristo quem está falando neste versículo.
Israel (vs. 6,8; cf. 42.18-20; 46.3-12; 51.1) a reconhecer os caminhos de Deus Conforme é comumente traduzido, ele revela que seu Espírito inspirou os profetas
na criação e na história (vs. 12, 16) (Ap 19.1 O) e que ele veio a este mundo enviado pelo Pai e pelo Espírito. A
•48.3 primeiras coisas. Ver as notas em 41.22; 42.9. salvação é obra do Deus trino e uno.
•48.5 desde aquele tempo ... antes que acontecesse. Somente o Senhor •48.17 Redentor. Ver a nota em 35.9; 41.14.
decreta e executa a sua vontade, de acordo com a sua palavra. •48.18 Ah! Se tivesses dado ouvidos. Deus revela um anelo compassivo por
•48.6 ouvido; olha. A evidência fala por si mesma, se ao menos eles seu povo, a fim de que o povo encontrasse a a paz vivendo para Deus. Éconforme
acreditassem na palavra de Deus. disse Dante: "Na sua vontade está a nossa paz".
coisas novas e ocultas. Uma era de salvação e de 1ustiça do Reino tinha rio ... ondas do mar. Estes símiles representam vida abundante (66.12; Am 524)
começado com a restauração do exílio, mas essas profecias apontam para a justiça. Ver a nota em 1.21. A paz e a retidão andam juntas \v. 22; 25.3, nota;
vinda de Cristo e para o crescimento de seu Reino em sua plenitude (45.15; Ap 32.17; 54 13-14; 60.17; SI 85.10; Hb 7.2).
119) •48.19 posteridade ... areia. Esta foi uma promessa feita primeiro a Abraão (Gn
•48.1 O te acrisolei ... provei-te. O exílio foi um período de refinamento 12.2; 22.17).
(1.22,25; cf. Ez 22.18-22; 1Pe 1.7). •48.21 sede ... correram. Oprofeta relembra o êxodo do Egito e como Deus, na
•48.12 eu sou o mesmo. Contrastar essas palavras com a jactância da ocasião, proveu o necessário para o seu povo (41.17-20; 43.19-21; 44.3; cf. Êx
Babilônia, em 47.8, 1O. 17.6; SI 105.41).
•48.14 O SENHOR amou a Ciro. Ver 41.2,25; 45.4; 46.11 e notas. •48.22 não há paz. Ver o v. 18, nota.
ISAÍAS 49 842
O Servo do SENHOR é a luz dos gentios aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos cami-
Ouvi-me, ªterras do mar, e vós, povos de longe, escu- nhos e em todos os altos desnudos terão o seu pasto. 10 Não
49 tai! bO SENHOR me chamou desde o meu nascimen· terão Qfome nem sede, ra calma nem o sol os afligirá; porque
to, desde o 1 ventre de minha mãe fez menção do meu nome; o que deles se compadece os sguiará e os conduzirá aos ma-
2 fez a cminha boca como uma espada aguda, dna sombra da nanciais das águas. 11 1Transformarei todos os meus montes
sua mão me escondeu; fez-me como euma flecha polida, e em caminhos, e as minhas veredas serão alteadas. 12 Eis que
me guardou na sua aljava, 3 e me disse: !Tu és o meu servo, és "estes virão de longe, e eis que aqueles, do Norte e do Oci·
Israel, gpor quem hei de ser glorificado. 4 hEu mesmo disse: dente, e aqueles outros, da terra de Sinim. 13 vcantai, ó
debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas céus, alegra-te, ó terra, e vós, montes, rompei em cânticos,
forças; todavia, 2 o meu direito está perante o SENHOR, a mi- porque o SENHOR consolou o seu povo e dos seus aflitos se
nha recompensa, perante o meu Deus. compadece.
5 Mas agora diz o SENHOR, que me formou desde o ventre 14 xMas Sião diz: O SENHOR me desamparou, o Senhor se
para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó e 3 para 1reunir esqueceu de mim. 15 Acaso, 2 pode uma mulher esquecer-se
Israel a ele, porque eu sou glorificado perante o SENHOR, e o do filho que ainda mama, de sorte que não 9 se compadeça
meu Deus é a minha força. 6 Sim, diz ele: Pouco é o seres do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esque-
meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a tra- cer dele, ªeu, todavia, não me esquecerei de ti. 16 Eis que
zer os remanescentes de Israel; também te dei como iluz para nas palmas das minhas mãos te bgravei; os teus muros estão
os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da continuamente perante mim. 17 Os teus 1 filhos virão apres-
terra. 7 Assim diz o SENHOR, 4 o Redentor e Santo de Israel, sadamente, ao passo que os teus destruidores e os teus asso-
1ao que é 5 desprezado, ao aborrecido das nações, ao servo ladores se retiram do teu meio. 18 e Levanta os olhos ao redor
dos tiranos: mos reis o verão, e os príncipes se levantarão; e e olha: todos estes que se ajuntam vêm a ti. Tão certo como
eles te adorarão por amor do SENHOR, que é fiel, e do Santo de eu vivo, diz o SENHOR, de todos estes te vestirás d como de um
Israel, que te escolheu. ornamento e deles te cingirás como noiva. 19 Pois, quanto aos
teus lugares desertos e desolados e à tua terra destruída, ago-
Prometida a restauração de Israel ra tu, ó Sião, certamente, e serás estreita demais para os mora-
8 Diz ainda o SENHOR: No tempo naceitável 6 , eu te ouvi e dores; e os que te devoravam estarão longe de ti. 201Até
te socorri no dia da salvação; 7 guardar-te-ei ºe te farei media- mesmo os teus filhos, g que de ti foram tirados, dirão aos teus
dor da aliança do povo, para restaurares a terra e lhe reparti- ouvidos: Mui estreito é para mim este lugar; dá·me espaço
res as 8 herdades assoladas; 9 para dizeres Paos presos: Saí, e em que eu habite. 21 E dirás contigo mesma: Quem me gerou

• C~;Í;~~~~;- ~-ªl~-1~~~15.Mt1 L~~-3~;Jo 1~36 ú;;,a--~ -e~ ~1~.~~~-~[H~ 4.12tA~1.16;


;O; 114; 1 ;12 dls
45.5 3/[ls 41 8; 42 1. Zc 3 8] g1s 4423; Mt 12 18; [Jo 13.31-32; 14.13; 15.8; 174; Ef 1 6] 4 h [Ez 3 19] 2a minha justiça 5 iMt 2337;
5~.16 es~~
[Rm 11.25-29] 3 O, MMM e LXX para reunir Israel e ele; K para náo reunir Israel ou mas não se reuniu Israel 6 i Is 42.6; 514; [Lc 2.32]; At
1347; [GI 3 14] 71 [SI 22.6; Is 533; Mt 26.67; 2741]; Me 15.29; Lc 23.35 m [Is 52.15] 4 Lit. o Redentor de Israel e seu Santo 5 Lit.
°
desprezado de alma 8 n SI 69.13; 2Co 6.2 Is 42.6 6 favorável 7 te preservarei 8 heranças, propriedades 9 P Is 61.1; Zc 9.12; Lc 4.18
10qls33.16;48.21,Ap716TSl121.6 5 Sl23.2;1s40.11;4817 11r1s404 12"1s43.5-6 13Vls44.23 J4Xls40.27 1szs1
103.13; MI 3.17 ªRm 11.29 ªLit. de ter compaixão pela 16 bÊx 13.9; Ct 8.6; Ag 2.23 17 1 MMM, LXX, Te Vconstrutores 18 eis 60.4;
Jo 435 dpv 17.6 19 e/s 54.1-2; Zc 10.10 20Íls 604 g[Mt 3 9; Rm 1111]
•49.1-7 Este é o segundo dentre os quatro "Cânticos do Servo" (42 1-9; 49.1-7; servo dos tiranos. Paradoxalmente. o rei, que se humilha a ponto de tornar-se o
504-11; 52 13-53.12) Servo dos tiranos, receberá a homenagem deles (4 2; 45.24; 52.15)
•49.1 chamou ... nome. Oservo fiel é chamado de "Israel" (v. 3; 43.1, 44.2,24; •49.8 No tempo aceitável. Esse tempo contrasta com o dia da vingança (12.2;
45.3 e notas). Esse servo é distinto do Israel infiel (vs. 5-6; 42.18; 46.12; 48.1 e 34.8 e notas; cf. 354; 59.17-18; 61.2; 63.4; 2Co 6 2)
notas). restaurares ... repartires. Essa restauração começou com o retorno dos exila-
•49.2 boca. O servo conquista através da pregação (114. nota; 51.16. nota; dos à Terra Prometida (44.26; 45.8. nota)
61.1 ). As palavras de Deus são eficazes (40.8; 45.19; 55 10-11) •49.9 presos. Ver as notas em 42.7; 51.14; 61.1.
espada aguda ... flecha polida. Estas metáforas retratam a eficácia da palavra trevas. Ver a nota em 5.30.
IEf 6.17; Hb 4.12; Ap 1.16; 2.12.16; 19.15) pastarão ... pasto. O Servo é o Pastor e o Rei de Israel (40.11 ).
•49.3 servo. Ver as notas em 20.3; 41.8; 42.1 •49.10 guiará. Isaías alude ao êxodo do Egito (42.16; 48.21; Êx 15.13).
•49.4 debalde tenho trabalhado. A queixa do servo cumpre-se na rejeição de •49.11 caminhos ... veredas. Ver a nota em 11.16.
Cristo e nos seus sofrimentos (42.2. nota). •49.12 virão de longe... Ocidente. Está aqui em vista a salvação do verdadeiro
recompensa. Ver 40.1 O; Gn 15.1. O Servo será vindicado (50.8) e recompensa- Israel (11 11, nota)
do depois de sua morte e ressurreição (53.8-10). Sinim. Para o Oriente, possivelmente a China, embora a localização exata seja
•49.5 formou. Ver a nota em 27 .11. incerta.
trazer... reunir. Um dos propósitos do Servo é reconciliar os judeus com Deus. •49.13 Cantai. Ver a nota em 14.7.
•49.6 luz para os gentios. Um segundo propósito da vinda do Servo foi trazer o •49.14 desamparou... esqueceu. Parece que Deus abandonou Judá durante o
evangelho às nações (Lc 2.32; At \ 347; 26.23) Ele cumpre a chamada de exílio (40.27; 547)
Abraão (Gn 12.3; 22.181 e de Israel (Ex 195-6) Hoje em dia, o Cristo. que subiu •49.16 muros. Ver a nota ern 26.1.
ao céu. apresenta o evangelho às nações através de seu corpo. a Igreja (Mt •49.19 estreita demais. A profecia dos vs. 19-21 olha para além do retorno de
28.18-20; 1Pe29-10J Israel nos dias de Ciro. Neemias edificou apenas uma pequena cidade. A profecia
•49. 7 Redentor. Ver a nota em 41 .14. é cumprida no novo Israel. a Igreja (54 1-3; Zc 2.4-5).
843 ISAÍAS 49-51

estes, pois eu estava desfilhada e estéril, em exfiio e repelida? não havendo água, morrem de sede. 3 eEu visto os céus de
Ou em, pois, me criou estes? Fui deixada sozinha; estes, onde negridão /e lhes ponho pano de saco por sua coberta.
estavam? 4 go SENHOR Deus me deu língua de eruditos, para que eu
22 h Assim diz o SENHOR Deus: Eis que levantarei a mão saiba dizer boa palavra ao hcansado. Ele me desperta todas as
para as nações e ante os povos arvorarei a minha bandeira; manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os
eles trarão os teus filhos 2 nos braços, e as tuas filhas serão le- eruditos. 5 O SENHOR Deus me iabriu os ouvidos, e eu não fui
vadas sobre os ombros. 23 iReis serão os teus aios, e rainhas, irebelde, não me retraí. ó 10fereci as costas aos que me feriam
as tuas amas; diante de ti se inclinarão com o rosto em terra e e as mtaces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o
ilamberão o pó dos teus pés; saberás que eu sou o SENHOR 1e rosto aos que me afrontavam e me n cuspiam. 7 Porque o SE-
que os que esperam em mim não serão envergonhados. NHOR Deus me ajudou, pelo que não me senti envergonhado;
24 mTirar-se-ia a presa ao valente? Acaso, os presos pode- por isso, ºfiz o meu rosto como um seixo e sei que não serei
riam fugir 3 ao tirano? 25 Mas assim diz o SENHOR: Por certo envergonhado. 8 PPerto está o que me justifica; quem con-
que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano fugirá, tenderá comigo? Apresentemo-nos juntamente; quem é o
porque eu contenderei com os que contendem contigo e sal- 1meu adversário? Chegue-se para mim. 9 Eis que o SENHOR
varei os teus filhos. 2ó n Sustentarei os teus opressores com a Deus me ajuda; quem há que me condene? qEis que todos
sua própria carne, e com o seu próprio ºsangue se embriaga- eles, como um vestido, serão consumidos; 'a traça os comerá.
rão, como com vinho novo. Todo homem Psaberá que eu sou to Quem há entre vós que tema ao SENHOR e que ouça a
o SENHOR, o teu Salvador e o teu Redentor, o Poderoso de voz do seu Servo? Aquele que sandou em trevas, sem
Jacó. nenhuma luz, 1confie em o nome do SENHOR e se firme sobre
o seu Deus. 11 Eia! Todos vós, que acendeis fogo e vos armais
O Servo do SENHOR, ultrajado mas fiel de setas incendiárias, andai entre as labaredas do vosso fogo e
Assim diz o SENHOR: Onde está ªa carta de divórcio entre as setas que acendestes; "de mim é que vos sobrevirá
5O de vossa mãe, pela qual eu a repudiei? Ou quem é o isto, e vem tormentas vos deitareis.
meu bcredor, a quem eu vos tenha vendido? Eis que por cau-
sa das vossas iniqüidades é que cfostes vendidos, e por causa Palawa de conforto para Sião
das vossas transgressões vossa mãe foi repudiada. 2 Por que
razão, quando eu vim, ninguém apareceu? Quando chamei,
51
Ouvi-me vós, ªos que 1procurais a justiça, os que
buscais o SENHOR; olhai para a rocha de que fostes
ninguém respondeu? Acaso, se encolheu tanto a minha mão, cortados e para a caverna do poço de que fostes cavados.
que já não pode remir ou já não há força em mim para livrar? 2 bQlhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à
Eis que pela minha drepreensão faço secar o mar e torno os luz; cporque era ele único, quando eu o chamei, o d abençoei
rios um deserto, até que cheirem mal os seus peixes; pois, e o multipliquei. 3 Porque o SENHOR etem piedade de Sião;

·--~~~ls60.4 2Ut.nopeito
justo;
e V; 1M e Tao injustamente
LXX
23 íSI 72.11; Is 52-.15 iSI 72.9; Mq 7.17 ISI 34.22; [Rm 5.5] 24mMt12.29; Lc 11.2;-22 3Conforme MMM, S
°
26 n Is 9.20 Ap 14.20 PSI 9.16; Is 60.16 , ,
CAPITULO 50 1 a Dt 24.1; Jr 3.8 b Dt 32.30; 2Rs 4.1; Ne 5.5 e Is 52.3 2 d SI 106.9; Na 1.4 3 e Ex 10.21 /is 13.1 O; Ap 6.12 4 gEx
4.11 h Mt 11.28 5 íSI 40.6; Is 35.5 iMt 26.39; Me 14.36; Lc 22.42; Jo 8.29; 14.31; 15.1 O; At 26.19; [Fp 2.8; Hb 5.8; 1O.7] ó IMt 27.26; Jo
18.22 m Mt 26.67; 27.30; Me 14.65; 15.19 n Lm 3.30 7 o Ez 3.8-9; Lc 9.51 8 PAt 2.24; [Rm 8.32-34] 1 Lit. senhor de meu julgamento
9 q Jó 13.28; SI 102.26; Hb 1.11 r Is 51.6,8 10 s SI 23.4 t 2Cr 20.20 11 u [Jo 9.39] vs1 16.4
CAPÍTULO 51 t a [Rm 9.30-32] 1 perseguis 2 b Rm 4.1-3; Hb 11.11 e Gn 12.1 d Gn 24.35; Dt 1.1 O; Ez 33.24 3 e Is 40.1; 52.9; SI
102.13

•49.22 nações. Essas "nações" não são apenas a Babilônia, como foi o caso no de seus pecados, o Redentor tinha a responsabilidade de comprá-lo de volta
tempo de Ciro lv. 19, nota; cf. Rm 11.26). 141.14; 523)
•49.23 Reis. Nações que anteriormente oprimiam o povo de Israel servirão a •50.4-11 Este é o terceiro dentre os quatro "Cânticos do Servo" 142.1-9; 49.1-7;
Cristo e à sua Igreja, o verdadeiro Israel, e, ao assim fazerem, encontrarão a salva- 50.4-11, 52.13-53.12, notas). A reprimenda contra o Israel temente a Deus, no
ção (Gn 12.3). exílio (51.7) antevê a rejeição de Jesus Cristo.
lamberão o pó. No "Obelisco Negro", de Salmaneser Ili, Jeú, rei de Israel, •50.4 palavra. Ver as notas em 45.23; 49.2.
aparece prostrado no chão, perante o governante assírio.
cansado. Ver Jr 31.25.
esperam. Ver 40.31, nota.
•50.6 costas. Jesus Cristo sofreu tal injustiça como parte de sua obediência a
•49.25 contenderei ... salvarei. O Senhor levanta o caso dos necessitados e
Deus (53.5, 11-12; Mt 27.26; Jo 19.1 ).
mostra-se justo em sua retribuição (v. 26; Ap 16.6; 18.20).
•49.26 saberá. Ver a nota em 52.6. me arrancavam os cabelos. Isso representa um ato de humilhação (2Sm
10.4-5; Ne 13.25)
o Poderoso. Isaías revela a vindicação do povo de Deus. O próprio Deus lutará
em prol de seu povo e o redimirá de toda adversidade. •50. 7 não me senti envergonhado. Não se deixou envergonhar pela derrota.
•50.1 carta de divórcio. Se o Senhor tivesse expedido tal carta, ele não poderia o meu rosto como um seixo. Resolvido e determinado em face da oposição
tomar Israel de volta (Dt 24.1-4; Jr 3.1,8) (cf. Ez 3.8-9; Jr 1.18; Lc 9.51 ).
vossa mãe. Os habitantes de Jerusalém que tinham sido levados no exílio babi- 50.11 acendeis fogo. O sentido geral é que eles traçam planos dependendo de
lônico são aqui figuradamente descritos como esposa de Deus. suas próprias forças e não dependendo de Deus. e. assim, como resultado, se ar-
credor. Se o Senhor tivesse vendido Israel a credores. ele teria perdido a autori- ruinavam.
dade sobre o destino deles (cf. 2Rs 4.1; Ne 5.5). •51.1 rocha ... poço. Ésolicitado a eles que se lembrem de que descendem de
vossas transgressões. Visto que Israel foi vendido em pagamento pela dívida Abraão e Sara (Dt 26.5; cf. Ez 16.6). A origem deles era modesta.
j
ISAÍAS 51, 52 844
terá piedade de todos os lugares assolados dela, e fará o seu a terra, e temes continuamente todo o dia o furor do tirano,
deserto como o Éden, e a sua solidão, !como o jardim do que se prepara para destruir? iünde está o furor do tirano?
SENHOR; regozijo e alegria se acharão nela, ações de graças e 14 O exilado cativo depressa será libertado, 'lá não morrerá,
som de música. lá não descerá à sepultura; o seu pão não lhe faltará. 15 Pois
4 Atendei-me, povo meu, e escutai-me, nação minha; eu sou o SENHOR, teu Deus, que magito o mar, de modo que
gporque de mim sairá a lei, e estabelecerei o meu direito bramem as suas ondas - o SENHOR dos Exércitos é o meu
hcomo luz dos povos. 5 1Perto está a minha justiça, aparece a nome. 16 nronho as minhas palavras na tua boca e ºte prote-
minha salvação, i e os meus braços dominarão os povos; 1as jo com a sombra da minha mão, P para que eu 3 estenda novos
terras do mar me aguardam me no meu braço esperam. 6 nLe· céus, funde nova terra e diga a Sião: Tu és o meu povo.
vantai os olhos para os céus e olhai para a terra embaixo, por- 17 oDesperta, desperta, levanta-te, ó Jerusalém, que da
que ºos céus desaparecerão como a fumaça, e Pa terra mão do SENHOR rbebeste o cálice da sua ira, o cálice de ator-
envelhecerá como um vestido, e os seus moradores morrerão doamento, e o esgotaste. 18 De todos os filhos que ela teve ne-
como mosquitos, mas a minha salvação durará 0 para sempre, nhum a guiou; de todos os filhos que criou nenhum a tomou
e a minha justiça não será 2 anulada. pela mão. 19 5 Estas duas coisas te aconteceram; quem teve
7 Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo rem compaixão de ti? A assolação e a ruína, a fome e a espada!
cujo coração está a minha lei; 5 não temais o opróbrio dos ho- 1Quem foi o teu consolador? 20 ºOs teus filhos já desmaia-
mens, nem vos turbeis por causa das suas injúrias. 8 Porque 1a ram, jazem nas estradas de todos os caminhos, como o anulo·
traça os roerá como a um vestido, e o bicho os comerá como à pe, na rede; estão cheios da ira do SENHOR e da repreensão do
lã; mas a minha justiça durará para sempre, e a minha salva- teu Deus.
ção, para todas as gerações. 21 Pelo que agora ouve isto, ó tu que estás aflita e embria-
9 ºDesperta, desperta, varma-te de força, braço do SE- gada, vmas não de vinho. 22 Assim diz o teu Senhor, o SE-
NHOR; desperta xcomo nos dias passados, como nas gerações NHOR, teu Deus, que xpleiteará a causa do seu povo: Eis que
antigas; 2 não és tu aquele que abateu o ªEgito e feriu o eu tomo da tua mão o cálice de atordoamento, o cálice da mi-
bmonstro marinho? 10 Não és tu aquele que e secou o mar, as nha ira; jamais dele beberás; 23 2 pô-lo-ei nas mãos dos que te
águas do grande abismo? Aquele que fez o caminho no fundo atormentaram, que disseram à tua alma: Abaixa-te, para que
do mar, para que passassem os remidos? 11 Assim voltarão passemos sobre ti; e tu puseste as costas como chão e como
dos resgatados do SENHOR e virão a Sião com júbilo, e perpé- rua para os transeuntes.
tua alegria lhes coroará a cabeça; o regozijo e a alegria os al·
cançarão, e deles fugirão a dor e o gemido.
52
Desperta, desperta, reveste-te da tua fortaleza, ó
Sião; veste-te das tuas roupagens formosas, ó Jerusa-
12 Eu, eu sou aquele e que vos consola; quem, pois, és tu, lém, cidade santa; porque não mais entrará em ti nem incir-
para que temas f o homem, que é mortal, ou o filho do ho- cunciso ªnem imundo. 2 bSacode-te do pó, levanta-te e toma
mem, que não passa gde erva? 13 Quem és tu que te hesque- assento, ó Jerusalém; csolta·te das cadeias de teu pescoço, ó
ces do SENHOR, que te criou, 1que estendeu os céus e fundou cativa filha de Sião.

· - f G n 1;10; JI 23 4 23 ;~s ~Is


42.6 ;ils 4613 /SI 67-;ll; 60.9 lílfRm 11c6) 6 nls40.26 ºSI 10;-25-26, Is 1~3; Mt;~~5;
34.4; Hb
1.10-12; 2Pe 3.1 OP Is 24.19-20; 50.9; Hb 1.10-12 q Is 45.17 2 Lit. quebrada 7 r SI 37.31; Jr 31.33; [Hb 1O16) s Is 25.8; 54.4; [Mt 5.11-12;
10.28; At 5.41) 8 lls 50.9 9 u SI 44.23 v SI 93.1 x SI 44.1 z Já 26.12; SI 89.1 O; Is 30.7 a SI 87.4 b SI 74 13; Is 27.1 10 e Êx 14.21, Is
6311-13 11 dls3510;Jr3111-12 12e2Co1.3/Sl118.6;1s22281s40.6-7;Tg1.10;1Pe1.24 J3hDt612;811;1s17.10;Jr232 iSI
104.21Jó20.7 141Zc9.11 15 mJó26.12 16not1818;1s59.21,Jo3.34 ºEx33.22; ls49.2 Pls65.173estabeleça 17 ois
52.1 TJó21.20;1s29.9;Jr25.15;Ap14.10;1619 19Sls4791Am72 20ºLm211 21 Vlm3.15 22Xls312-13;4925;Jr50.34
23 z,is 14 2; Jr 25.17,26-28; Zc 12.2
ª
CAPITULO 52 1 Ne 11 1, Is 48.2; 64.1 O; Zc 14.20-21, Mt 45; [Ap 21.2-27) 2 b Is 326 e Is 9.4; 10.27; 14 25; Zc 27
•51.3 Éden. Quanto a este "jardim do SENHOR", ver Gn 2.8; Ez 28.13; 31.8-9. A •51.12 Eu, eu sou. Esta é uma declaração enfática como a do v. 15. Oduplo pro-
promessa aqui é a transformação da maldição em bênção. nome corresponde ao duplo apelo de "Desperta, desperta" (v. 9)
regozijo e alegria. Em Sião, a alegria substituirá a tristeza (v. 11). As pessoas, erva Ver 3727; SI 129 6, nota.
realmente, terão de volta o paraíso divino perdido 19.3; 12.3 e notas). •51.15 agito o mar... bramem as suas ondas. Ver 51.9-10, nota. Este poder
•51.4 lei ... luz. O servo estabelece a 1ustiça nos últimos dias (2 2-4; 42.1-4,6; sobre o mar representa o poder de Deus sobre toda a criação \Já 26.12; SI
49.6). Ver "Deus é Luz: Santidade e Justiça Divinas", em Lv 11.44. 107.25; Jr 31.35)
•51.5 Perto. ODia do Senhor está sempre iminente (46 13; Sf 1.14; 1Ts 5.4-11; •51.16 minhas palavras na tua boca. O remanescente prefigura o Servo, Je-
Tg 5.8) sus Cristo (49.2, nota)
•51.17 Desperta, desperta. Imperativos duplos também se encontram nos vs
•51.6 como a fumaça ... como um vestido. A atual criação está destinada a 1,9; 52.1,11 (cf Ef 514) Ver a nota no v. 9.
ser substituída (50.9; SI 68.2; 102.3,26; Os 13.3, ver também Is 24.4; 34.4; Hb
cálice da sua ira. Uma figura simbólica do julgamento divino (63.6; SI 75.8; Jr
1.10-12; 2Pe 3 10).
25.15-31; Ez 23.31-34; Jo 18.11, Ap 14.1 O; 16.19).
•51. 7 em cujo coração está a minha lei. Notar a realidade espiritual da alian- •51.20 anb1ope, na rede. Este gracioso animal representa Jerusalém, cercada
ça (Jr 31.31-34; Ez 36.27) em contraste com o estado do povo em 29.13. pelo inimigo e em perigo de morrer.
•51.9 Desperta, desperta. Esta petição subentende que o Senhor parece estar •51.23 dos que te atormentaram. Acima de todos, os babilônios (Lm 1.4-5).
dormindo (40 27-28; SI 44 23) •52.1 roupagens formosas. Jerusalém está vestida de forma magnífica, como
Egito. Algumas versões dizem aqui "Raabe" Ver a nota em 30.7. Os inimigos uma noiva real (61.10; Ap 3.4-5,18; 4.4; cf. 47.1-3)
espirituais da salvação divina são retratados como as forças do caos e da maldade. nem incircunciso nem imundo. Os ímpios não terão participação na cidade de
Essas forças são derrotadas por Deus, não por Israel ou qualquer outro poder humano. Deus (48.22; Na 1.15; Ap 21.27; 22.14-15)
845 ISAÍAS 52, 53
3 Porque assim diz o SENHOR: dPor nada fostes vendidos; e O sofrimento vicário do Servo do SENHOR
e sem dinheiro sereis resgatados. 4 Porque assim diz o SENHOR 13 Eis que o rmeu Servo 4 procederá com prudência;
Deus: O meu povo no princípio desceu ao !Egito, para nele sserá exaltado 5 e elevado e será mui sublime. 14 Como
1 habitar, e a Assíria sem razão o oprimiu. s Agora, que farei pasmaram muitos à vista dele (pois o 6 seu 1aspecto estava
eu aqui, diz o SENHOR, visto ter sido o meu povo levado sem mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua
preço? Os seus tiranos sobre ele 2 dão uivos, diz o SENHOR; e o aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens),
meu nome é gblasfemado incessantemente todo o dia. 6 Por 15 u assim 7 causará admiração às nações, e os reis fecharão
isso, o meu povo saberá o meu nome; portanto, naquele dia, a sua boca por causa dele; porque aquilo vque não lhes foi
saberá que sou eu quem fala: Eis-me aqui. anunciado verão, e aquilo que não ouviram entenderão.
7 hQue formosos são sobre os montes os pés do que Quem ªcreu em nossa pregação? E a quem foi reve-
anuncia as boas· novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coi-
sas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: iQ teu
53 lado o braço do SENHOR? 2 Porque foi subindo como
renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha
Deus reina! 8 Eis o grito dos teus atalaias! Eles erguem a 1 aparência nem 2 formosura; olhamo-lo, mas nenhuma 3 be-

voz, juntamente exultam; porque com seus próprios olhos leza havia que nos agradasse. 3 bEra desprezado e o mais
distintamente vêem o retorno do SENHOR a Sião. 9 Rompei 4 rejeitado entre os homens; homem de 5 dores e e que sabe o

em júbilo, exultai à uma, ó ruínas de Jerusalém; porque o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o
SENHOR consolou o seu povo, remiu a Jerusalém. to IO SE- rosto, era desprezado, e d dele não fizemos caso.
NHOR 3desnudou o seu santo braço à vista de 1todas as na- 4 Certamente, e ele tomou sobre si as nossas enfermidades
ções; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por afli-
Deus. to, 6 ferido de Deus e oprimido. s Mas ele foi ltraspassado7
11 m Retirai-vos, retirai-vos, saí de lá, não toqueis coisa pelas nossas transgressões e 8 moído pelas nossas iniqüidades;
imunda; saí do meio dela, npurificai-vos, vós que levais os o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas gpi-


utensílios do SENHOR. 12 Porquanto ºnão saireis apressada- saduras 9 fomos sarados. ó Todos nós andávamos desgarrados
mente, nem vos ireis fugindo; Pporque o SENHOR irá adiante como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o
de vós, qe o Deus de Israel será a vossa retaguarda . SENHOR 1 fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. 7 Ele foi
~~~~~~~~~~~
3 d SI 44.12; Jr 15.13 eis 45.13 4/Gn 46.6 I Como estrangeiros residentes 5 gEz 36.20,23; Rm 2.24 2MMMzombam; LXXmaravilham-se
euivam;Tvangloriam-se;Vostratamcominjustiça 7 hls40.9; 61.1; Na 1.15; Rm 10.15; Ef,6.15 iSl93.1, ls24.23 10/Si98.1-31Lc
°
3.6 3 Revelou o seu poder 11 m Is 48.20; Jr 50.8; Zc 2.6-7; 2Co 6.17 n Lv 22.2; [Is 1 16) 12 Ex 12.11,33; Dt 163 PMq 2.13 Hx 14.19-20;
Is 58.8 13 ris 42.1 s1s 57.15; Fp 2 9 4prosperará 5Lit. será 14 ISI 22.6-7; Mt 26.67; 27.30; Jo 19.3 ó sua aparência 15 uNm 19.18-21;
Ez 36.25 v Rm 15.21; [Ef 3.5,9]; 1Pe 1.2 70u borrifará
CAPÍTULO 53 1aJo12.38; Rm 10.16 2 1 Aparência grandiosa 2 esplendor3 Lit. aparência 3 b SI 22.6; [Is 49.7; Mt 27.30-31; Lc
18.31-33; 23.18) C(Hb 4.15) d[Jo 1.10-11] 40uabandonado 5Lit. que conhece enfermidade 4 e [Mt 8.17; Hb 9.28; 1Pe 2.24) ô mortalmente
feridos 5 /[Is 53.1 O; Rm 4.25; 1Co15.3-4) g[1Pe2.24-25] 70u ferido Besmagado 9Golpes que cortam 6 ILit.tem causado descarregar so-
bre ele
•52.3 Por nada fostes vendidos. Os ídolos nada deram a Israel. passagem é citada ou referida muitas vezes no Novo Testamento. Os sofrimentos
sam dinheiro. A salvação é gratuita (45.13; 55 1) de Cristo no lugar de suas ovelhas lhes concede a vida eterna.
•52.4 habitar. Israel dependia da hospitalidade prometida pelo Egito, mas o •52.13-15 O Senhor glorifica o seu Servo.
Egito traiu a confiança. •52.13 procederá com prudência. OServo discernirá e realizará a vontade de
•52.6 sabará o meu nome. Esta frase alude a Êx 3.13-14; 6.2. O Senhor Deus e, como resultado, realizará seu propósito glorioso (Lc 24.26; 1Pe 5.1 O).
glorifica o seu nome inspirando as profecias proferidas por Isaías e levando-as a •52.14 pasmaram ... desfigurado. Cristo ficou desfigurado pelos maus tratos
ter cumprimento. que sofreu da parte dos soldados romanos.
•52. 7 pés. Mensageiros correm da cena da batalha, cruzando as colinas e •52.15 admiração. A participação nos benefícios de um sacrifício é indicada
chegando a Sião, levando as boas-novas de que Deus reina. Esses mensageiros pelo derramamento de sangue. Ver Êx 24.8, nota; Lv 4.1-5.13, nota; e Hb 9.19,
prefiguram os evangelistas que anunciarão o evangelho de Jesus Cristo (Rm nota.
10.15; Ef 615) •53.1 nossa pregação. O evangelho proclamado pelo remanescente crente.
•52.9 ruínas de Jerusalém. A restauração, após o exílio na Babilônia, no •53.2 raiz de uma terra seca. As origens de Cristo não eram promissoras (Zc
século VI a.C., começou com a reconstrução das ruínas de Jerusalém (Ed 3.8-13; 410; Jo 1.46).
Ne 6.15-7.3). No mesmo sentido, Cristo está reconstruindo o seu povo, que •53.3 desprezado... rejeitado. Ver 49.7; SI 22.6; Lm 1.1-3; 2.15-16.
estava sendo destruído pelo pecado (1 Pe 2.5) •53.4 ferido de Deus. Eles pensavam assim a respeito do Servo, porque a Lei
•52.11 que levais os utensílios. Estas pessoas representam todos os de Sião dizia: "O que for pendurado no madeiro é maldito de Deus" (Dt 21.23; GI 3.13). Os
e que servem a Deus como sacerdotes. Eles devem ser consagrados ao serviço espectadores pensavam que Cristo estava sofrendo somente o que merecia, mas
santo e permanecerem imaculados (2Co 6.17; Hb 12.14; 1Pe 2.1-12; Ap 18.4). a sua experiência de dor e angústia era por seu povo (1Pe 2.24). O extremo de
•52.12 não saireis apressadamente. Ocontraste é com o êxodo do Egito. Os seu sofrimento mostra que a sua compaixão é real e não teórica (Hb 2.17-18)
trechos de Êx 12.11 e Dt 16.3 são as únicas outras passagens onde esta frase •53.5 fomos sarados. Os sofrimentos de Cristo removem a pena que o seu
ocorre. povo, de outra forma, teria de pagar; e, como resultado, ele desfez em nós os efe-
adiante de vós ... vossa retaguarda. Uma alusão à coluna de nuvem e fogo itos do pecado. A própria morte será anulada finalmente (1Co 15 26).
que protegeu Israel em sua fuga do Egito (42 16; 58.8; Êx 13.21-22; 14.19-20). A •53.6 Todos nós. Da mesma forma que todos pecamos, assim também ele
presença de Deus guia o seu povo na plenitude e no brilho de seu Reino eterno morreu por todos nós (2Co 5.14-15). Ver "Redenção Limitada", em Jo 10.15.
(4 5-6; 49.1 O) desgarrados como ovelhas. Ver 1Pe 2.25. Ver "Pecado Original e Depravação
•52.13-53.12 Este é o quarto e último dos quatro "Cânticos do Servo" (42.1-9; Total", em SI 51.5.
49.1-7; 50.4-11; 52.13-53.12). O "Servo Sofredor" é Jesus Cristo. Esta cair. A culpa pelos nossos pecados foi transferida para Jesus, e ele se ofereceu
ISAÍAS 53, 54 846
oprimido e humilhado, hmas não abriu a boca; icomo cordei- porque as iniqüidades deles levará sobre si. 12 5 Por isso, eu
ro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os lhe darei muitos como a sua parte, 'e com os poderosos re-
seus tosquiadores, ele não abriu a boca. 8 2 Por juízo opressor partirá ele o despojo, porquanto "derramou a sua alma na
ifoi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Por- morte; foi vcontado com os transgressores; contudo, levou
quanto 1foi cortado da terra dos viventes; por causa da trans- sobre si o pecado de muitos e xpelos transgressores interce-
gressão do meu povo, foi ele ferido. 9 moesignaram-lheJ a deu.
sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua
morte, posto que nunca fez injustiça, nem n dolo algum se
achou em sua boca.
10 Todavia, ao SENHOR agradou 4moê-lo, fazendo-o enfer-
5futuro
O
4 glorioso de Sião
Canta alegremente, ó ªestéril, que não deste à luz;
exulta com alegre canto e exclama, tu que não tives-
mar; quando der ele a sua alma como ºoferta pelo pecado, te dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitá-
verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade ria do que os filhos da casada, diz o SENHOR. 2 b Alarga o
do SENHOR prosperará nas suas mãos. 11 5 Ele verá o fruto do espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e
penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu PSer- não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas esta-
vo, o oJusto, com o seu conhecimento, rjustificará a muitos, cas. 3 Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; a

e~-;~-~t26~3,-2;~;:;4~-~~ 1461;1~~~~;2~;~;1~97~~ 832~3~~~p 56-~~; 27.1~;6~~;~1~0[~~926] 20u do juízo e da


prisão 9 mMt 27.57-60; Lc 23.33 n 1Pe2.22; 1Jo3.5 3 Lit designou-lhe 1O oJo 1.29; At 2.24; [2Co 5 21] 4esmagá-lo 11 Pls 42.1 q [1Jo
5
2.1] '[At 13 38-39; Rm 5.15-18] 5Conforme TM, Te V; MMM e IXXDo trabalho de sua alma ele veráa luz 12 SI 2.8 1c12.15 u1s 50.6; [Rm
3.251, VMt 27.38; Me 15.28; Lc 22.37; 2Co 5.21Xlc23.34
CAPITULO 54 1 a GI 4.27 2 b Is 49.19-20
como sacrifício em nosso lugar. Écomo Paulo escreveu: "Deus o fez pecado por justificará. "Justificar" significa "declarar justo". A justiça de Cristo é
nós" (2Co 5.21 ). imputada ao seu povo (53.6, nota), e, por sua vez, ele tomou sobre si a culpa
•53.7 cordeiro ... ovelha. Cristo é o Cordeiro de Deus (Jo 1.29; 1Co5.7: Ap 5 6) dos seus a fim de "levar as iniqüidades" deles Ver 'justificação e Mérito", em
em obediência e submissão a Deus (cf Mt 26.63; 27.12, 14; 1Pe 2.23). GI 3.11.
•53.8 Por juízo opressor foi arrebatado. Jesus foi morto como resultado de •53. 12 Por isso, eu. OSenhor divide os despojos da vitória com seu Servo triun-
uma injustiça. Ver "A Expiação", em Rm 3.25. fante (52 13)
•53.9 perversos ... rico. Embora o povo judeu tenha imaginado que Jesus esti- derramou a sua alma. Ele deu sua própria vida pelos pecados de outros (v. 4; Lc
vesse morrendo como um criminoso comum, com a intervenção de José de Ari-
22.37; Fp 2.7-8; Hb 9.28; 1Pe224)
matéia, ele foi sepultado honrosamente. Seu sofrimento em prol dos pecadores
tinha sido completado com sucesso. intercedeu. Ele orou pelos pecadores (Lc 23.34; Hb 7.25).
injustiça... dolo. Jesus era sábio e justo (1Pe222), mas morreu como se fosse •54.1 Canta. Ver a nota em 14.7.
um criminoso (Lc 23.33)
estéril ... solitária. No exílio, Judá e Israel sentiam-se abandonadas por Deus e
•53.1 Oao SENHOR agradou. Esta notável declaração é verdadeira, porquanto
não experimentavam a sua bênção.
Cristo foi "entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus" (At 2.23).
posteridade. A posteridade de Cristo é formada por aqueles que vierem à vida mais são os filhos. ONovo Testamento aplica este versículo à 'jerusalém lá de
por meio de sua morte (Jo 12.24; GI 3.29). cima ... a qual é nossa mãe" (GI 4.26-27; Hb 12 22) Ver 49.21; 53.10.
•53.11 Justo. Ver Rm 5.19. •54.2 Alarga ... firma bem. A tenda é alargada em antecipação ao grande au-
conhecimento. Temos aqui uma referência ao seu discernimento quanto ao pla- mento do número de seus ocupantes (cf 26 15; 33.20; 49.19, nota; contrastar
no divino (52.13, nota) com Jr 10.20).

O servo sofredor (53.12)


Jesus cumpre a profecia de Isaías do Servo Sofredor
A Profecia O Cumprimento

Ekl~rá ~~~o.(~.13> Filipenses 2.9


Ele será desfigurado pelo sofrimento (52.14; 53.2) Marcos 15.17,19
Ele S.ti'G~~~ado entre os homens (53. 1,3) João 12.37-38
Ele carregará nossos pecados e dores (53.4) Romanos 4.25; 1Pedro 2.24-25
Romanos 3.25
Ele morrerá por nós (53.6,8) 2Coríntios 5.21
Ele aceitará voluntariame~,;~~S~J'J culpa~ castigo 153.7) Joílio 10.11
Ele será sepultado entre os ricos (53.9) João 19.38-42
Ele justificará o pecado de muitos (5lU 0-11)
Ele será contado entre os transgressores (53.12) Marcos 15.27-28; Lucas 22.37
847 ISAÍAS 54, 55
tua posteridade cpossuirá as nações e fará que se povoem as rão suscitar contendas, mas não procederá de mim; quem
cidades assoladas. conspira contra ti 5 cairá diante de ti. 16 Eis que eu criei o fer-
4 dNão temas, porque não serás envergonhada; não te reiro, que assopra as brasas no fogo e que produz a 1 arma
envergonhes, porque não sofrerás humilhação; pois te es· para o seu devido fim; também criei o 2 assolador, para destru-
quecerás da vergonha da tua mocidade e não mais te !em· ir. 17Toda arma forjada contra ti não 1prosperará; toda língua
brarás do opróbrio da tua viuvez. 5 e porque o teu Criador é que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a heran-
o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o San· ça dos servos do SENHOR "e o seu direito que de mim proce-
to de Israel é o teu Redentor; ele é chamado lo Deus de toda de, diz o SENHOR.
a terra. 6 Porque o SENHOR gte chamou como a mulher de·
samparada e de espírito abatido; como a mulher da mocida· Graça oferecida gratuitamente a todos
de, que fora repudiada, diz o teu Deus. 7 h Por breve
momento te deixei, mas com grandes misericórdias ;torno a
acolher-te; 8 num ímpeto de indignação, escondi de ti a mi·
55 Ah! ªTodos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e
vós, os que não tendes dinheiro, bvinde, comprai e
comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vi·
nha face por um momento; imas com misericórdia eterna nho e leite. 2 Por que 1 gastais o dinheiro naquilo que não é
me compadeço de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor. 9 Porque pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atenta·
isto é para mim como as águas de 1Noé; pois jurei que as mente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manja·
águas de Noé não mais inundariam a terra, e assim jurei que res. 3 Inclinai os ouvidos e cvinde a mim; ouvi, e a vossa alma
não mais me iraria mcontra ti, nem te repreenderia. 10 Por· viverá; dporque convosco farei uma aliança perpétua, que
que nos montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; consiste nas efiéis misericórdias prometidas a Davi. 4 Eis que
ºmas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a alian~a eu o dei !por testemunho aos povos, gcomo príncipe e gover·
da minha paz não será removida, diz o SENHOR, que se com· nadar dos povos. 5 hEis que chamarás a uma nação que não
padece de ti. conheces, ;e uma nação que nunca te conheceu correrá para
11 ó tu, aflita, arrojada com a tormenta e desconsolada! junto de ti, por amor do SENHOR, teu Deus, e do Santo de Isra-
Eis que eu assentarei as tuas pedras com Pargamassa colorida el, iporque este te glorificou.
e te fundarei sobre safiras. 12 Farei os teus baluartes de rubis, 6 1Buscai o SENHOR enquanto se pode machar, invocai-o
as tuas portas, de carbúnculos e toda a tua muralha, de pedras enquanto está perto. 7 nDeixe o 2 perverso o seu caminho, o
preciosas. 13 Todos os teus filhos serão q ensinados do SE iníquo, os ºseus pensamentos; converta-se ao SENHOR, Pque
NHOR; e será 'grande a paz de teus filhos. 14 Serás estabeleci· se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é
da em justiça, longe da opressão, porque já não temerás, e rico em perdoar. 8 QPorque os meus pensamentos não são os

·-3
também do espanto, porque não chegará a ti. 15 Eis que pode·

eis 14;; ~-;;;;~609 dl~ 41-~


4 5 eJ-r 314,0~
vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus

19fZc 14 9; Rm 3.29 ~6 ~24 7;~


g1s - 2~
305; Is 20; 6010; 2Co4 17 i[ls
°
435; 56 8] 8 /Is 55.3; Jr 31.3 9 IGn 8.21, 9 11; [2Pe 3 6-7] m Is 12.1; Ez 39.29 1O n SI 46.2; Is 51.6; Mt 5.18 2Sm 23.5; SI 89.33-34;
ls553; 59.21,61.8 li P1Cr29.2;Jó28.16;Ap21.18-19 13 QJr31.34; [Jo645; 1Co2.10]; 1Ts4.9; [1Jo220J 'SI 119.165 1ss1s
41.11-16 16 I Ou ferramenta 2 destruidor, saqueador 17 t Is 17.12-14; 29.8 u Is 4524-25; 54.14
CAPÍTUL055 1 ª[Mt5.6;Jo414;737;Ap21.6;2217J b[Mt1344;Ap3.18] 2 ILitpesa1sapratafora 3 cMtll.28 dls54.8;61.8;
Jr 3240 e2sm 7.8; SI 8928; [At 1334] 4/[Jo 1837; Ap 15] g[Jr 30 9; Ez 34.23; Dn 9 25] 5 h Is 52 15; Ef 2 11-12 ils 60.5 /Is 60.9 6 IMt
525; 2511, Jo 7.34; 821; 2Co 62; [Hb 3.13] ms132.6; Is 49.8 7 n1s 1.16 ºIs 597; Zc 8.17 PSI 130.7; Jr 3.12 2Lit.homemdeiniqüidade
8 Q 2Sm 7 19
•54.3 possuirá ... povoem. A expansão será tão grande que eles possuirão as sede •.. sem dinheiro. A sede é pelas coisas espirituais, que o dinheiro não pode
cidades de seus inimigos (11.14, nota; Gn 22.17; 28 14). comprar (523, Dt 83; SI 42.2; 63.1; Pv 9.5-6; Mt 5.6; Jo 7.37-38; Ap 21.6; 22.17).
•54.4 vergonha da tua mocidade. A infidelidade do povo de Israel levou-o a águas. Isaías descreve com freqüência o novo tempo de salvação, o Reino de
sofrer opressão do Egito e da Assíria (524; Jr 31.19) Deus e suas bênçãos divinas, em termos de uma abundância de água (1.30-31,
opróbrio da tua viuvez. Esta figura simbólica representa o exílio babilônico (vs. nota).
6-8) comprai, sem dinheiro. Este paradoxo significa que a salvação é um presente
•54.5 o Santo de Israel é o teu Redentor. Ver 41.14. notas. gratuito, para qualquer que a desejar (Mt 11.28; Rm 10.13; Tt 35).
o Deus de toda a terra. Os títulos encontrados no v. 5 mostram que Deus não vinho e leite. Estes são símbolos de satisfação completa.
desistiu de Sião por motivo de fraqueza ou de necessidade (50.1-3) •55.3 convosco. As promessas da aliança davídica agora estendem-se a todos
•54.6 desamparada. Ver a nota em 49.14. quantos se achegam a Deus.
•54.9 águas de Noé. No tempo do dilúvio. o Senhor fez uma aliança com a aliança perpétua. Na aliança firmada com Davi, Deus prometeu-lhe um trono e
criação, simbolizada pelo arco-íris (Gn 9.1-17) uma dinastia permanentes 12Sm 7.12-16; 1As 8.23-26; SI 89.27-37). A casa real
•54.1 Omontes... outeiros. Em nossa experiência, os montes e os outeiros pare· de Davi governará sobre as nações. Esses elementos são cumpridos em Cristo e
cem permanentes e imutáveis, mas o compromisso de Deus com o seu povo per- sua Igreja (4 2; 7.14; 9.6; 11.1 ·2 e notas)
manecerá quando aqueles desaparecerem (51.6; SI 46 2-3: Mt 2435; Hb 1.10-12). •55.4 o dei por testemunho. Isso foi realizado especialmente quando foi
•54.11 tormenta. Esta metáfora representa o Dia da ira do Senhor. ressuscitado Jesus Cristo, da casa de Davi, dentre os mortos (At 13.34).
assentarei ... safiras. Estas metáforas descrevem a beleza e a glória de Sião, a •55.7 perverso •.. iníquo. Deus requer uma fé viva, indicada pelo arrependimen-
cidade de Deus (Ap 21 .19). to e pela mudança de comportamento (Tg 2.18; 1Jo 1.3-5)
•54.17 herança. Esta herança consiste na aliança e suas promessas, especial- se compadecerá ... rico em perdoar. Isaías repete o convite expresso em
mente a promessa da proteção e da justiça de Deus (1.21, nota). 1.18, com grande ousadia e linguagem direta.
•55.1 Todos. Este discurso segue logicamente a seção anterior (vs. 13, 17) e ex- •55.8 os meus pensamentos não são os vossos pensamentos. Especifica-
pressa como o evangelho é aplicável ao mundo inteiro. mente. os pensamentos de Deus acerca da graça ultrapassam a imaginação
ISAiAS 55-57 848
caminhos, diz o SENHOR, 9 porque, assim 'como os céus são nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a
mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais cada um 1 deles, que nunca se apagará. 6 Aos estrangeiros
altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, que se chegam ao SENHOR, para o servirem e para amarem o
mais altos do que os vossos pensamentos. 10 Porque, 5 assim nome do SENHOR, sendo deste modo servos seus, sim, todos
como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a
sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam minha aliança, 7 também os 8levarei ao meu santo monte e
brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, os alegrarei na minha h Casa de Oração; ;os seus holocaustos
11 tassim será a palavra que sair da minha boca: não voltará e os seus sacrifícios serão /aceitos no meu altar, porque a
para mim 3 vazia, mas fará o que me apraz e uprosperará na- lminha casa será chamada Casa de Oração mpara todos os
quilo para que a designei. povos. 8 Assim diz o SENHOR Deus, nque congrega os disper-
12 vsaireis com alegria e em paz sereis guiados; os montes sos de Israel: ºAinda congregarei outros aos que já se acham
e os outeiros xromperão em cânticos diante de vós, e ztodas reunidos.
as árvores do campo baterão palmas. 13 ªEm lugar do bespi-
nheiro, crescerá o cipreste, e em lugar da sarça crescerá a Ai dos guias cegos de Israel!
murta; e será isto e glória para o SENHOR e memorial eterno, 9 PVós, todos os animais do campo, todas as feras dos bos-
que jamais será extinto. ques, vinde comer. to Os seus atalaias são q cegos, nada sa-
bem; 'todos são cães mudos, não podem ladrar; sonhadores
A vocação dos gentios 2 preguiçosos, gostam de dormir. 11 Tais cães são sgulosos 3 ,
Assim diz o Mantende o juízo e fazei justi- 1nunca 4 se fartam; são pastores que nada compreendem, e

5 6 SENHOR:
ça, ªporque a minha salvação está prestes a vir, e a
minha justiça, prestes a manifestar-se. Bem-aventurado o
2
todos se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ga-
nância, todos sem exceção. 12 Vinde, dizem eles, trarei vi-
homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, nho, e nos encharcaremos de ubebida forte; vo dia de amanhã
bque se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de será xcomo este e ainda maior e mais famoso.
cometer algum mal. 3 Não fale co estrangeiro que se houver
chegado ao SENHOR, dizendo: O SENHOR, com efeito, me se- Condenada a idolatria de Israel
parará do seu povo; nem tampouco diga o d eunuco: Eis que Perece o justo, e não há quem se impressione com
eu sou uma árvore seca. 4 Porque assim diz o SENHOR: Aos
eunucos que guardam os meus sábados, escolhem aquilo
5 7 isso; os homens piedosos são arrebatados bsem
ªe
que alguém considere nesse fato; pois o justo é levado antes
que me agrada e abraçam a minha aliança, s darei na emi- que venha o 1 mal 2 e entra na paz; descansam no e seu leito
nha casa e dentro dos meus muros, um memorial fe um os que andam em retidão. 3 Mas chegai-vos para aqui, dvós,

• 9rs1103.11 10SDt32.2 11 lls45.23;Mt24.35 Uls46.9-11 3Semfrutos 12 Vls35.10XSl98.8 2 1Cr16.33 13 ªls41.19 bMq


7.4CJr13.11
CAPÍTULO 56 1 a Is 46.13; Mt 3.2; 4.17; Rm 13.11-12 2 b Êx 20.8-11; 31.13-17; Is 58.13; Jr 17.21-22; Ez 20 12.20 3 e Is 14.1, [Ef
2.12-19] dDt 23.1; Jr 38.7; At 8.27 Se 1Tm 3.15/[1Jo 3 1-2] 1 Lit. a ele 7 g [Is 2.2-3; 60.11; Mq 4 1-2] h Mt 21.13; Me 11.17; Lc
°
19.46 i[Rm 12.1; Hb 13.15; 1Pe 25] /Is 60.7 IMt 21.13 m [MI 1 11] 8 n SI 147.2; Is 11.12; 27.12; 54.7 Is 60.3-11; 66.18-21; [Jo 10.16]
9 PJr 12.9 10qMt15.14 rFp 3.2 2Duosque dormem 11 s1s 28.7; Ez 13.19; [Mq 3.5,11] IEz 34.2-10 3Lit. forte de alma 4Lit. não co-
nhec!Jm satisfação 12 u Is 28. 7 v SI 10.6; Pv 23.35; Is 22.13; Lc 12.19; 1Co 15.32 x 2Pe 3.4
CAPITULO 57 1ªSI12.1 b 1Rs 14.13 1 Lit. da face do mal ou do poder do mal 2 c2cr 16.14 3 dls 1.4; Mt 16.4
humana (64.4; 1Co 2.9; Ef 3.20; Rm 11 33) Ver "Deus Vê e Conhece: a •56.3 eunuco. Os eunucos eram normalmente excluídos da comunidade da
Onisciência Divina". em Pv 15.3. aliança (Dt 23.1 ). Oeunuco etíope, de At 826-39, cumpriu essa promessa atra-
•55.10-11 chuva. A chuva cai com abundância, e de si mesma e de uma manei- vés da fé em Jesus, o Servo de Is 53.
ra bem conhecida. embora misteriosa. produz plantas e colheitas úteis. evidente- •56.5 nome eterno. Ou seja. a vida eterna no templo de Deus IV. 7; 2.2; SI 23.6;
mente com o propósito de suprir as necessidades das pessoas. D propósito At 8.27,36-38)
divino quanto a isso é aplicado figuradamente à Palavra de Deus, para distingui-la •56. 7 Casa de Oração. Estar ali significa ter sido incluído na aliança e desfrutar
dos pensamentos e planos humanos falíveis. da vida de comunhão com Deus (2 2-4; SI 15 1. cf 1Rs 8.41-43; Me 11.17).
•55.12 Saireis. Oêxodo da Babilônia. tal como o êxodo do Egito. é um quadro de
•56.8 congrega os dispersos ... outros. O Senhor reúne judeus e não-judeus
como Deus livra o seu povo dos pecados (48.20-21. 52.11-12; Jo 10.3; CI 1 13)
em uma única comunidade (Jo 10.16)
cânticos ... baterão palmas. A criação regozija-se nos atos divinos de redenção
(44.23; 49.13; SI 96.11-13). •56.9 animais do campo. Uma metáfora que representa as nações hostis
(18.6; Ez 34 5,8.25)
•55.13 Em lugar do espinheiro ... o cipreste. O castigo é substituído pela
salvação (5.6; 32.13; 41.19). •56.10 atalaias. Eles avisavam a uma Cidade sobre algum perigo que se aproxi-
mava. Os profetas foram chamados para serem atalaias espirituais (21.6; Jr 6.17;
memorial eterno. Comparar com o arco-íris em Gn 9.8-17.
Ez 3.17; 33 2-7)
•56.1-66.24 Estas profecias são dirigidas aos exilados que voltaram da Babilô-
nia antes da reconstrução do templo. em 520 a.C. (64.8-12). Eles ainda estavam cegos. Ver a nota em 29.18.
sofrendo com a idolatria, a hipocrisia e a indiferença. Isaías profetiza acerca da cães. No Oriente Próximo, os cães são considerados animais imundos, indesejá-
responsabilidade deles para com o Reino glorioso futuro e a certeza da chegada veis comedores de carniça. Aqui, eles servem de figura daqueles que têm ganân-
do mesmo. cia insaciável.
•56.1 prestes a vir. Ver 50.8; 51.5; Fp 4.5. •56.11 pastores. Ou seja, governantes (v. 10. nota; Ez 34.1-6; contrastar com
•56.2 sábado. Manter santo esse dia (Êx 31.13-17) significa ter lealdade ao 40.11. nota)
Senhor e à sua aliança (58.13; Ez 2020). •56.12 Vinde ... dia de amanhã. Ver 22.13. nota; Lc 12.19; Tg 4.13.
849 ISAÍAS 57, 58

os filhos da agoureira, descendência da adúltera e da prostitu- tropeços do caminho do meu povo. 15 Porque assim diz o
ta. 4 De quem chasqueais? Contra quem escancarais a boca e Alto, o Sublime, que habita a eternidade, 5 0 qual tem o nome
deitais para fora a língua? Porventura, não sois filhos da trans- de Santo: 1Habito no alto e santo lugar, mas habito também
gressão, descendência da falsidade, 5 que vos abrasais na con- "com o contrito e abatido de espírito, vpara vivificar o espírito
cupiscência junto aos terebintos, edebaixo de toda árvore dos abatidos e vivificar o coração dos contritos. 16 xpois não
frondosa, e !sacrificais os filhos nos vales e nas fendas dos pe- contenderei para sempre, nem me indignarei continuamen-
nhascos? 6 Por entre as 8pedras lisas dos ribeiros está a tua te; porque, do contrário, o espírito definharia diante de mim,
parte; estas, estas te cairão em sorte; sobre elas também der- e o fôlego da vida, 2 que eu criei. 17 Por causa da indignidade
ramas a tua libação e lhes apresentas ofertas de manjares. da ªsua cobiça, eu me indignei e feri o povo; bescondi a face e
Contentar-me-ia eu com hestas coisas? 7 iSobre monte alto e indignei-me, mas, rebelde, cseguiu ele o caminho 5 da sua es-
elevado pões o iteu leito; para lá sobes para oferecer sacrifí- colha. 18 Tenho visto os seus caminhos e o d sararei; também
cios. B Detrás das portas e das ombreiras pões os teus símbo- o guiarei e lhe tornarei a dar consolação, a saber, aos que
los eróticos, puxas as cobertas, sobes ao leito e o alargas para e dele choram. 19 Como /fruto dos seus lábios criei a paz, paz
os adúlteros; 2 dizes-lhes as tuas exigências, 1amas-lhes a coa- gpara os que estão longe e para os que estão perto, diz o
bitação e lhes miras a 3 nudez. 9 mvais ao rei com óleo e mul- SENHOR, e eu o sararei.
tiplicas os teus perfumes; envias os teus n embaixadores para 20 hMas os perversos são como o mar agitado, que não se
longe, até à profundidade do sepulcro. 10 Na tua longa via- pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo. 21 Para os
gem te cansas, ºmas não dizes: É em vão; achas o que buscas; perversos, diz o meu Deus, inão há paz.
por isso, não desfaleces.
11 Mas Pde quem tiveste receio ou temor, para que mentis- ObsetVância devida do jejum
ses e não te lembrasses de mim, nem de mim te importasses? Clama a plenos pulmões, / não te detenhas, ergue a
Não é, acaso, porque me qcalo 4 , e isso desde muito tempo, e 58
voz como a trombeta e ªanuncia ao meu povo a sua
não me temes? 12 Eu publicarei essa justiça tua; e, quanto às transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados. 2 Mesmo neste
tuas obras, elas não te aprove"itarão. 13 Quando clamares, a tua estado, ainda me procuram dia a dia, têm prazer em saber os
coleção de ídolos que te livre! Levá-los-á o vento; um assopro meus caminhos; como povo que pratica a justiça e não deixa
os arrebatará a todos, mas o que confia em mim herdará a terra o direito do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça,
e possuirá o meu santo monte. têm prazer em se chegar a Deus, 3 dizendo: bPor que jejua-
mos nós, e tu não atentas para isso? Por que e afligimos a nos-
Mensagem de paz para os arrependidos sa alma, e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que
14 Dir-se-á: r Aterrai, aterrai, preparai o caminho, tirai os jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e 2 exigis que se

·-~ e2Rs 16;-f2~s23-10; SI 10637 38;:;;-;-1; Ez 16;; 6 gJr;9; Hc ~19 hJr~9~9;


99 7 1Jr36; Ez 16.16 /Ez23.41 8iEz16~26
20u- - ~
fazes concerto com eles 3 Lit mão, um eufemismo 9 m Os 7. 11 n Ez 23 16.40 1O 0 Jr 2.25; 18. 12 11 P Pv 29.25; Is 51. 12-13 q SI
5021. Ec 8 11. Is 42. 14 4 permaneci calado 14 ris 403; 62. 10; Jr 18.15 15 s Jó 6.10; Lc 1.49 ISI 68.35; Zc 2.13 u SI 34.18; 51.17; Is
66.2 vs1147.3; Is 61.1-3 16 XSI 85.5; 103.9; [Mq 7 18] ZNm 16.22; Jó 34.14; Hb 12 9 17 ªIs 2.7; 56.11; Jr 6.13 bis 8.17; 45.15; 59.2 Cls
9 13 5Lit do seu coração 18 d Jr 3.22 eis 61.2 19/ls 6 7; 51.16; 5921; Hb 1315 g At 2.39; Ef 2.17 20 h Jo 15.20; Pv 4.16; Jd 13
21 ils 48.22
CAPÍTULO 58 1 a Mq 3.8 1 não te refreies ou não te contenhas 3 bMI 3 13-18, Lc 18. 12 Clv 16.29; 23.27 2Qu oprimis todos os vossos
operános
•57 .3 agoureira. Ver 2.6, nota; Ot 18.1 O. •57 .13 herdará a terra. Esta promessa é a bênção que Jesus proclamou aos
•57.4 chasqueais ... língua. Os ímpios são cheios de ironia e críticas (cf mansos (v 15; Mt 5.5).
5. 18-19; 28.9-1 O; 37 3). •57.14 preparai o caminho. Ver as notas em 11.16; 40.3.
•57.5 filhos. O sacrifício de crianças era praticado na adoração ao deus amonita tropeços. Especificamente, a idolatria e a imoralidade descritas nos vs. 3-13.
Moloque (v 9, nota; cf. 2Rs 23. 10; SI 106.37-38; Jr 731; Ez 20.28,31 ). meu povo. Ver a nota em 40. 1.
vales ... fendas. Eram lugares secretos. de esconderijo (2.21; 7. 19, nota). Oque •57.15 o Alto, o Sublime. Epítetos do Senhor (6.1).
fica implícito é que as práticas deles são vergonhosas. alto e santo lugar. O Senhor transcende a criação.
•57.7-8 monte alto e elevado ... nudez. O povo estava envolvido em práticas o contrito e abatido de espírito. Aqueles que se submetem à lei de Deus e se
1mora1s e idólatras, nos santuários dos cumes dos montes (Os 4.13). O arrependem sob o seu castigo (SI 34.17-18; 51.17; 1Pe 5.6).
relacionamento deles com esses deuses falsos é comparado à união sexual. •57 .16 não contenderei para sempre. Na graça de Deus, o julgamento
•57.9 rei. O nome do deus que adoravam, "Moloque", é semelhante à palavra terminará, e Deus criará a salvação (54.9; 57. 18-19; SI 130.3-4).
hebraica que significa "rei", e, provavelmente. se1a isso que o nome significa aqui. •57.18 sararei ... tornarei a dar consolação. O Senhor é médico (30 26,
envias ... profundidade. Isaías descreve a energia que eles gastavam no serviço nota), guia (49.1 O, nota) e evangelista (40.1, nota).
voluntário a seus ídolos. choram. Aqueles que lamentam a destruição de Jerusalém (64.10-12: 25 8.
sepulcro. No hebraico, sheol. Esta acusação de visitas ao reino dos mortos nota).
(514. nota) é ou uma figura de linguagem para exprimir as profundezas a que se •57 .20 mar agitado. Os ímpios vivem em movimentos constantes, incansáveis,
rebaixavam ou uma referência à necromancia (comunicação com os mortos). causando problemas (Jd 13).
•57 .1 Oachas o que buscas. Eles encontravam uma vivacidade enganadora na •58.3 jejuamos... exigis. Apesar de sua religiosidade, eles não se preocupa-
imoralidade e na idolatria. que conduzem à morte. vam em fazer justiça ao próximo (cf 1. 15-17; 59.2; Os 6.4-6; Am 5.23-24; Zc
•57.12 justiça. Temos aqui uma declaração irônica; a ameaça é mostrar os seus 7. 8-12). Ao invés de declararem um feriado religioso, a fim de que todos pudes-
pecados (cf. 58.2-3; 64 6) sem jejuar e orar, eles queriam descansar, enquanto outros trabalhavam
ISAÍAS 58, 59 850
faça todo o vosso trabalho. 4 d Eis que jejuais para contendas e honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo
rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, 14 1en-
hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto. s •Seria este o je· tão, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei u cavalgar sobre os al-
jum que escolhi, que o homemfum dia aflija a sua alma, incli· tos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai,
ne a sua cabeça como o junco e 8estenda debaixo de si pano porque va boca do SENHOR o disse.
de saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao
SENHOR? Confissão da maldade nacional
6 Porventura, não é este o jejum que escolhi: que hsoltes Eis que a mão do SENHOR não está ªencolhida, para
as ligaduras da impiedade, ;desfaças 3 as ataduras da servidão, 59
que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para
!deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? 7 Porven- não poder ouvir. 2 Mas as vossas iniqüidades fazem separação
tura, não é também que 'repartas o teu pão com o faminto, e entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu
recolhas em casa os pobres 4 desabrigados, e, mse vires o nu, o rosto de vós, para que vos bnão ouça. 3 Porque as cvossas
cubras, e não te escondas do nteu semelhante? B ºEntão, mãos estão contaminadas de 1 sangue, e os vossos dedos, de
romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem deten· iniqüidade; os vossos lábios falam mentiras, e a vossa língua
ça, a tua justiça irá adiante de ti, e Pa glória do SENHOR será a profere maldade. 4 Ninguém há que clame pela justiça, nin-
tua retaguarda; 9 então, clamarás, e o SENHOR te responderá; guém que compareça em juízo pela verdade; confiam dno
gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio que é nulo e andam falando mentiras; •concebem o 2 mal e
de ti o jugo, o dedo 5 que ameaça, o Qfa]ar injurioso; 10 se abri- dão à luz a iniqüidade. s Chocam ovos de áspide e tecem teias
res a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um dos ovos
luz nascerá nas trevas, e a tua 6 escuridão será como o meio- é pisado, sai-lhe uma víbora. 6!As suas teias não se prestam
dia. 11 O SENHOR te guiará continuamente, fartará a tua alma para vestes, os homens não poderão cobrir-se com o que eles
até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como fazem, as obras deles são obras de iniqüidade, obra de violên-
um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais cia há nas suas mãos. 7 8Qs seus pés correm para o mal, são
faltam. 12 Os teus filhos redificarão as antigas ruínas; levanta- velozes para derramar o hsanglie inocente; ios seus pensa-
rás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado repa- mentos são pensamentos de iniqüidade; nos seus caminhos
rador de brechas e restaurador de veredas para que o país se há !desolação e abatimento. B Desconhecem o caminho da
1paz, nem há justiça nos seus passos; mfizeram para si veredas
torne habitável.
13 Se s desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos tortuosas; quem anda por elas não conhece a paz.
teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sá- 9 Por isso, está longe de nós o juízo, e a justiça não nos al-
bado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o cança; nesperamos pela luz, e eis que há só trevas; pelo res·

• 4 d1Rs21 9- 5 ezc 7.~/Lv 16.29 gEt4.3; Já 2.8; Dn 93 6-~Lc


4.18-19 iN;510-12 iJr 34.9 3Lit os laços da opressão 7 IEz 18.7; Mt
25.35 m Jó 31 19-22; Tg 2.14-17 n Gn 29.14; Ne 5.5 4 errantes 8 o Jó 11.17 P Êx 14.19; Is 52.12 9 q SI 12.2; Is 59.13 5 Lit que envia
1o ô Ou maldade 12 Tis 61.4 13 SÊx 31.16-17; 35.2-3; Is 56.2,4,6; Jr 17.21-27 14 1Jó 22.26; Is 611 o UDt 32.13; 33.29; Is 33.16; Hb
3.19: Is 1.20; 40.5; Mq 4.4
CAPITULO 59 1ªNm11.23; Is 50.2; Jr 3217 2 bis 1.15 3 eis 1.15.21; Jr 2.30.34; Ez 7.23; Os 4.2 1 derramamento de sangue 4 dis
30.12; Jr 7.4 eJó 15.35; SI 7.14; Is 3311 2a aflição ófJó 814 7 gPv 1.16; Rm 3 15 hPv 6.17 ils 55.7 iRm 316-17 8 lls 57.20-21 m SI
125.5; Pv2.15 9 nJr8.15
•58.4 contendas e rixas. Estes atos são expressões de seu orgulho e ódio. que está pronta a ouvir uma mensagem ou seguir instruções (p. ex. Gn 22.1, 7; Êx
ouvir... no alto. Deus não ouve as orações que não são feitas no espírito do amor. 3.4; 1Sm 34)
•58.5 jejum que escolhi. Ver 1.10-15; Am 5.21-23; Mq 6.7-8. jugo... o falar injurioso. Estas expressões representam opressão, desprezo e
linguagem imprópria (Pv 6.13).
incline... pano de saco e cinza. Atos convencionais de cerimônias de lamen-
tação que acompanham o jejum (JI 1.13-14). Deus olha para expressões de humil- •58.1 Oentão. Ver o v. 8, nota. Oalvorecer do novo dia traz um resplendor cada
dade e contrição interiores diante dele, não para as devoções aos rituais (Mt 6.16). vez maior (2.5; 5.30 e notas).
•58.6 jejum que escolhi. Este versículo apresenta uma idéia diferente do jejum: •58.11 jardim regado ... manancial. Eles serão grandemente abençoados e
libertar os oprimidos e prover o necessário para os necessitados (Mt 25.34-40) produtivos (1.30-31, nota; cf. Jo 738)
•58. 7 semelhante. Os parentes e. secundariamente, pessoas da mesma tribo •58.12 edificarão as antigas ruínas. Os exilados restaurados estavam em ne-
ou região 11Tm 5.8). cessidade de recursos espirituais e econômicos para reconstruírem Judá
(44.26.28; 61.4; Ez 36.10; Am 9.14-15; Ag 1.2-9; At 15.15-17)
•58.8 Então. Esta palavra vincula entre si a responsabilidade humana e a vinda
do Reino de Deus. •58.13 sábado ... santo dia. OSenhor não rejeita o ritual como tal. Osábado era
luz ... glória. Oglorioso Reino de Deus (9 2; 60.1 ·3; Lc 1.78-79) raiará com a bên- o sinal da aliança (56 2. nota).
ção e a proteção divinas 12 5, nota) e com a sua cura (30.26, nota). Éo estabele- os teus caminhos ... palavras vãs. Os alvos deles eram o prestígio social, o lu-
cimento de uma nova ordem 11.21. nota). com a presença do Deus da glória (4.2, cro financeiro e a importância política (contrastar com 33.15, nota).
nota). •59.5 ovos de áspide ... teias de aranha. A comparação indica uma iniqüidade
glória... retaguarda. Tal como a coluna de fumaça e fogo no deserto 14.5-6; Êx que quer crescer e engodar outras pessoas.
13.21; 14.20). •59. 7 correm ... são velozes. Não mais hesitam em quebrar as leis de Deus (Pv
•58.9 clamarás ... gritarás por socorro. Então, Deus responderá à oração 1.16); seus atos resultam em discórdia e caos (Rm 3.15-17\.
130.19; 65.24). em contraste. ver o v. 4, nota. •59.8 Desconhecem o caminho da paz. Aqueles que negam a paz a outros
Eis-me aqui. Tipicamente. esta é uma resposta cortês. dada por uma pessoa não terão paz (48.22; 57.21 ).
851 ISAÍAS 59, 60
plendor, mas andamos na escuridão. 10 °Apalpamos as está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não
f:>o!\:,l'i\:,'i.C.Offio cegos, sim, como os que não têm olhos, anda- se apartarão dela, nem da de teus filhos, nem da dos filhos
mos apalpando; tropeçamos ao meio·dia como nas trevas e de teus filhos, não se apartarão desde agora e para todo o
entre os robustos somos como mortos. 11 Todos nós brama- sempre, diz o SENHOR.
mos como ursos e Pgememos como pombas; esperamos o
juízo, e não o há; a salvação, e ela está longe de nós. 12 Por- A glória da nova Jerusalém
que as nossas qtransgressões se multiplicam perante ti, e os ÓÜ Dispõe-te, ªresplandece, porque vem a tua luz, e ba
nossos pecados testificam contra nós; porque as nossas glória do SENHOR nasce sobre ti. 2 Porque eis que as
transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniqüi- trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti
dades, 13 como o prevaricar, o mentir contra o SENHOR, ore- aparece resplendente o SENHOR, e a sua glória se vê sobre ti.
tirarmo-nos do nosso Deus, o pregar opressão e rebeldia, o 3 As cnações se encaminham para a tua luz, e os reis, para o
conceber e proferir rdo coração palavras de falsidade. resplendor que te nasceu. 4 dLevanta em redor os olhos e vê;.
14 Pelo que o direito se retirou, e a justiça se pôs de longe; todos estes se ajuntam e evêm ter contigo; teus filhos chegam
porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão de longe, e tuas filhas são trazidas nos braços.
não pode entrar. 15 Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia s Então, o verás e serás radiante de alegria; o teu coração
do mal é tratado como 5 presa. O SENHOR viu isso e 3 desapro- estremecerá e se dilatará de júbilo, porque/a abundãncia do
vou o não haver justiça. 16 1Viu que não havia ajudador ai- mar se tornará a ti, e as riquezas das nações virão a ter conti-
gum e "maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; go. ó A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de
vpelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua Midiã e de gEfa; todos virão de hSabá; trarão iouro e incenso
própria justiça o susteve. 17 xvestiu-se de justiça, como de e publicarão os louvores do SENHOR. 7 Todas as ovelhas de
uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs /Quedar se reunirão junto de ti; servir-te-ão os carneiros de
sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de Nebaiote; para o meu 'agrado subirão ao meu altar, e eu
um manto. 18 zsegundo as obras deles, assim retribuirá; fu- mtornarei mais gloriosa a casa da minha glória. 8 Quem são
ror aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às ter- estes que vêm voando como nuvens e como pombas, ao seu
ras do mar, dar-lhes-á a paga. 19 ªTemerão, pois, o nome do pombal? 9 n Certamente, as terras do mar me aguardarão; vi-
SENHOR desde o poente e a sua glória, desde o nascente do rão primeiro os navios de Társis ºpara trazerem teus filhos
sol; pois virá bcomo torrente impetuosa, impelida pelo Espí- de longe e, com eles, a Psua prata e o seu ouro, para a santifi-
rito do SENHOR. 20 Virá co Redentor a Sião e aos de Jacó que cação do nome do SENHOR, teu Deus, e do Santo de Israel,
se converterem, diz o SENHOR. 21 dQuanto a mim, esta é a qporque ele te glorificou.
minha aliança com eles, diz o SENHOR: o meu Espírito, que 10 rEstrangeiros edificarão os teus muros, se os seus reis te

• ~ ºDt-; 2~~Jó~~~A~8 9--1; ;Is 38.14;-;; 1-;- 1~-q 24;58~ ~t ~3~ 5~23; 1~; ~-:;-~~
Is -13 15 ---
aos seus olhos 16 tis 41.28; 63.5; 64.7; Ez 22.30 u Me 6.6 v SI 98.1; Is 63.5 17 x Ef 6 14.17; 1Ts 5.8 18 z Is 63.6; Rm 2.6 19 a SI
113.3; MI 1.11 b Ap 12.15 20 e Rm 1126 21 d IHb 8 1O; 1O16]
CAPÍTULO 60 1 aEf 5.14 b MI 4 2 3 eis 49 6,23; Ap 2124 4 dls 49.18 eis 49.20-22 S /[Rm 11.25-27] 6 gGn 25.4 h Gn 25.3; SI
72.10 ils 61 6; Mt 2.11 7 iGn 25.13 lls 56.7 m Is 60 13; Ag 2.7.9 9 o SI 72.10 o IGI 4 26] PJr 3.17 q1s 55.5 10 ris 14.1-2; 61.5; Zc
6.15 s Is 49.23; Ap 21.24
•59.1 OApalpamos ... tropeçamos. Estas palavras descrevem a experiência de •60.3 As nações se encaminham. Ver 11.1; 42.16; 49.6. Esta profecia tem-se
alguém que foi amaldiçoado (Dt 28.29; Jó 5.14). cumprido dia após dia, desde a vinda do evangelho (At 9.15; 11.18).
•59.16 intercessor. Ninguém estava disponível para ajudar, exceto o Messias os reis, para o resplendor. Eles vêm a Cristo (42.6; 49.6). Os sábios que vieram
(5312; Rm 5 7) ver Jesus eram gentios. se não mesmo "'reis" em algum sentido.
justiça. Esta "1ustiça" é a vitoriosa salvação divina (46.13; 51.6,8; 56 1) •60.5 riquezas ... virão. Esta profecia começou a ter cumprimento com a contri-
•59.17 Vestiu-se ... se cobriu. O Senhor dos Exércitos realizará aquilo que nin- buição de Dario para o templo (Ed 6 8-9). e tem um cumprimento muito maior
guém mais pode fazer (4213; 49.25; 52.10; Êx 15.3). através do Cristo que subiu aos céus. o qual reina nos corações de seu povo.
couraça ... capacete. Atualmente. os cristãos põem essa armadura de Deus (Ef •60.6 Midiã. Uma famosa tribo que morava no deserto que operava em carava-
613-17\ nas e no comércio (Gn 37.28.36; Jz 6 5-6)
•59.20 Redentor. Ele virá na pessoa de Jesus Cristo. Essa promessa foi citada Ela. Uma tribo aparentada com os midianitas (Gn 254).
por Paulo (Rm 11.26-27\. Ver a nota em 35.9-1 O Sabá. Este país era renomado por suas riquezas (1Rs 10.1-2).
•59.21 aliança. Érenovada a aliança da graça do Senhor (42.6. nota)
•60. 7 Quedar. Ver a nota em 21 16.
Espírito. Opapel do Espírito de Deus é mencionado várias vezes no Antigo Testa-
mento (32.15; 44.3; Jr31.31-34; Ez37.14; Zc 12.10). OEspírito opera "pela Pala- Nebaiote. Aparentado com os ismaelitas (Gn 25.13) e, mais tarde. conhecido
vra e com a Palavra testificada em nosso coração" (Confissão de Westminster. como nabateus. Sua capital ficava em Petra, 80 km ao sul do mar Morto.
15). Sua presença contínua com o seu povo foi garantida com a revelação do •60.9 as terras do mar me aguardarão. Assim também em 43.5-7, 14; 49.18;
Novo Testamento (Jo 16.7,13; 2Co 5.5; GI 3.14; 4.6\ 51.5.
•60.1 Dispõe-te. Oimperativo (feminino singular, no original hebraico) é dirigido navios de Társis. Ver a nota em 23.5. O reinício do comércio marítimo é outra
a Sião (v 14) maneira como a glória do novo tempo é descrita em termos do esplendor de Salo-
resplandece. Sião recebe e reflete a luz divina (Lc 1.78-79; Ef 5.14; Ap 2123-24). mão (1Rs 10.22)
•60.2 as trevas cobrem ... o SENHOR ... se vê. Embora o mundo esteja em tre- a sua prata e o seu ouro. Ver Ag Z.7-9.
vas, a luz de Deus brilha sobre o seu povo (Jo 1.15; CI 1.13; 1Pe 2 9) •60.10 Estrangeiros. Como Hirão. rei de Tiro. ajudou a construir o primeiro tem-
a sua glória. Ver 4.5; 40.5; Jo 1.14; Ap 21.11. plo (1Rs 5) e como Ciro e Dario. reis da Pérsia. ajudaram a construir o segundo
ISAÍAS 60, 61 852
servirão; porque 1no meu furor te castiguei, umas na minha ºobra das minhas mãos, para que eu seja glorificado. 22 PQ
graça tive misericórdia de ti. 11 As tuas portas 'estarão abertas menor virá a ser mil, e o mínimo, uma nação forte; eu, o
de contínuo; nem de dia nem de noite se fecharao, para que SENHOR, a seu tempo farei isso prontamente.
te sejam trazidas riquezas das nações, e, conduzidos com
elas, os seus reis. 12 'Porque a nação e o reino que nao te ser- As boas-novas da salvação
virem perecerão; sim, essas nações serão de todo assoladas.
13 2 A glória do Libano virá a ti; o cipreste, o olmeiro e 0
61
O ªEspírito do SENHOR Deus está sobre mim, por-
que o SENHOR me bungiu para pregar boas-novas aos
buxo, conjuntamente, para adornarem o lugar do meu san- quebrantados, enviou-me a ccurar 1 os quebrantados de co-
tuário; e farei glorioso ªo lugar dos meus pés. 14 Também vi- ração, a proclamar dJibertação aos cativos e a pôr em liber·
rão a ti, binclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; dade os algemados; 2 a e apregoar o ano aceitável do SENHOR
e prostrar-se-ão até às plantas dos teus pés todos os que te des- e f o dia da vingança do nosso Deus; g a consolar todos os que
denharam e chamar-te-ão Cidade do SENHOR, a dSião do San· choram 3 e a 2 põr sobre os que em Sião estão de luto huma
to de Israel. coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto,
15 De abandonada e odiada que eras, de modo que nin- veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que
guém passava por ti, eu te constituirei glória eterna, regozi· se chamem carvalhos de justiça, ;plantados pelo SENHOR
jo, de geração em geração. 16 Mamarás o leite das nações e ipara a sua glória.
te e alimentarás ao peito dos reis; saberás que leu sou o 4 1Edificarão os lugares antigamente assolados, restaura·
SENHOR, o teu Salvador, o teu Redentor, o Poderoso de Jacó. rão os de antes destruídos e renovarão as cidades arruina-
17 Por bronze trarei ouro, por ferro trarei prata, por madeira, das, destruídas de geração em geração. s m Estranhos se
bronze e por pedras, ferro; farei da paz os teus inspetores e apresentarão e apascentarão os vossos rebanhos; estrangei-
da justiça, os teus exatores. 18 Nunca mais se ouvirá de vio· ros serão os vossos lavradores e os vossos vinhateiros.
lência na tua terra, de 1 desolação ou ruínas, nos teus limi· 6 n Mas vós sereis chamados sacerdotes do SENHOR, e vos
tes; mas aos gteus muros chamarás Salvação, e às tuas chamarão ministros de nosso Deus; ºcomereis as riquezas
portas, Louvor. 19 Nunca mais te servirá o hsol para luz do das nações e na sua glória vos gloriareis. 7 PEm lugar da vos-
dia, nem com o seu resplendor a lua te alumiará; mas o sa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exulta·
SENHOR será a tua luz perpétua, e o iteu Deus, a tua glória. reis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o
20/Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará, dobro e tereis perpétua alegria. 8 Porque qeu, o SENHOR,
porque o SENHOR será a tua luz perpétua, e os dias do teu amo o juízo e rodeio a iniqüidade do roubo; dar-lhes-ei fiel-
luto findarão. 21 1Todos os do teu povo serão justos, mpara mente a sua recompensa 5 e com eles farei aliança eterna.
sempre herdarão a terra; nserão renovas por mim plantados, 9 A sua posteridade será conhecida entre as nações, os seus

• 11s57.17 u1~~~;;~1:i:;;;; 6;1;62-1-;;;21;5_;;; ~2 x~14~; Z~14~~~~2~44-13~1s35;:;C;;~~l-~2;-··14.~ls


45.14 eIs 49.23; Ap 3.9 d [Hb 12.22; Ap 14 1] 16 e Is 49.23 fls 43.3 18 81s 26.1 / devastação 19 h Ap 21 23; 22.5 i Is 41.16; 45.25;
Zc 2.? 20 /Am 8.9 21 lls 52 1, Ap 2127 m Sl37.11; Mt 5.5 n Is 613; [Mt 15.13; Jo 152] o Is 29.23; [Ef 2 10] 22 P Mt 13.31-32
CAPITUL061 1ªIs11.2;Mt3.17;Lc4.18-19;Jo132;334 bSl457;Mt115; Lc7.22 cs11473 dls427; [At 10.43] ilit.atar 2 elv
25.9 /Is 34 8; MI 4.1,3; [2Ts 1.7] g Is 57.18; Jr 31.13; Mt 5.4 3 h SI 30.11 i Is 60.21; [Jr 17 7-8] f [Jo 15 8] 2 Lit colocar sobre ou ordenar
acercados 411s49.8;58.12;Ez36.33;Am9.14 5 m[Ef2.12] 6 nÊx196º1s60.5,11 7 Pls40.2;Zc9.12 8 qs11u r1s111.l3sGn
17.7; SI 105.1 O; Is 553; Jr 32.40
templo (Ed 6}, assim também, hoie em dia, pessoas de muitas nações estão edifi- •60.18 muros, A salvação da parte de Deus e os louvores de Israel constituem a
cando a Igreja. o templo do Senhor IEf 2.11-22). proteção do templo espiritual, Cristo e sua Igreja 126.1, nota; cf. Zc 2.4-5)
reis te servirão. Aos exilados foi prometido que reis estrangeiros partiriam 149 17); •60.19 luz perpétua, Temos aí uma menção à presença de Deus com o seu
agora, é asseverado que reis estrangeiros servirão no monte Sião e adorarão a Deus. povo (v. 1, nota; Ap 21.11,23; 22.5).
Em sua ira contra os reis, Deus se lembrará de ter misericórdia esalvará alguns deles •61. 1 Espírito. Ver 11.2; 42.1: 48.16 e notas; Lc 3.22; 4.18· 19. A profecia teve
•60.11 portas ... nem de dia nem de noite. Ao invés de atacarem, as nações cumprimento durante o ministério de Cristo. Isaías é incluído 1621) como um res·
trarão tributo IAp 21.25-26). plendor ou precursor de Jesus.
•60.12 perecerão. Ver Gn 12.3; Hb 2.3. quebrantados. Ver SI 9.18, nota; Lc 7.22.
•60, 13 santuário. Madeira preciosa também glorificava o templo de Salomão proclamar libertação. Esta frase pode ser uma alusão à libertação de escravos
(1As6.15-18). Isso fornece outra conexão entre a primeira e a última glória (vs. no Ano do Jubileu llv 25.10).
6,9 e notas/. •61.2 o ano aceitável. Por intermédio de sua morte e ressurreição, Jesus
lugar dos meus pés. A princípio, esta expressão referia-se à arca da Aliança inaugurou o "dia da salvação" (2Co 6.2), no qual o evangelho está sendo pregado
ISI 132.7; 1Cr 28.2/; mais tarde, referiu-se ao templo (Ez 43.7); e, finalmente, pelo mundo inteiro, quando aqueles que estavam alienados podem encontrar paz
refere-se ao mundo inteiro 166.1 ). nele IEf 2.12-13; 3.5; 2Tm 110)
o dia da vingança. Jesus fechou o livro antes de ler esta porção do oráculo de
•60.16 ao peito dos reis, Isso é uma linguagem figurada que mostra as rique-
Isaías llc 4.18-20). D tempo da cura pertence à sua primeira vinda; o tempo do
zas trazidas pelos reis a Sião.
julgamento, à sua segunda vinda 11Ts 1 10) Ver a nota em 34.8.
•60.17 ouro ... prata .. , bronze ... ferro. Obronze e o ferro eram ligas importan- •61.6 riquezas das nações. Ver a nota em 60.5
tes usadas para fazer instrumentos e armas. Cada material é substituído por outro
mais forte e mais valioso. Por analogia, a vida cultural e social do país será elevada •61.7 vergonha ... afronta. Estas palavras descrevem a experiência dos exila-
acima daquilo que Salomão conheceu. Quaisquer que sejam os cumprimentos in- dos judeus na Babilônia no século VI a.C. (30.3; 50.4-6/.
termediários desta profecia, ela aponta, finalmente, para o esplendor da nova Je- •61.8 aliança eterna. Ver as notas em 42.6; 55.3.
rusalém IAp 21.9-27; ver também SI 48/. •61.9 posteridade. As bênçãos da aliança são extensivas aos filhos 159.21).
os reconhecerão 1corno família bendita do SENHOR.
10 11 Regozijar-rne-ei muito no SENHOR, a minha alma se
853 ISAÍAS 61-63

descendentes, no meio dos povos; todos quantos os virem de tuas fadigas. 9 Mas os que o ajuntarem o comerão e louva-
rão ao SENHOR; e os que o recolherem beberão mnos átrios do
meu santuário.
l
alegra no meu Deus; porque me vcobriu de vestes de salva- 10 Passai, passai pelas portas; n preparai o caminho ao 1
ção e me envolveu com o manto de justiça, xcorno noivo povo; aterrai, aterrai a estrada, limpai-a das pedras; 0 arvorai
que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com bandeira aos povos. 11 Eis que o SENHOR fez ouvir até às ex-
as suas jóias. 11 Porque, corno a terra produz os seus reno- tremidades da terra estas palavras: PDizei à filha de Sião: Eis
vos, e como o jardim faz brotar o que nele se semeia, assim o que vem o teu Salvador; qvem com ele a sua recompensa, e
SENHOR Deus fará brotar a 2 justiça e o ªlouvor perante todas diante dele, o seu 5 galardão. 12 Chamar-vos-ão Povo Santo,
as nações. Remidos-Do-SENHOR; e tu, Sião, serás chamada Procurada,
Cidade-Não-Deserta.
jerusalém, a noiva do SENHOR
Por amor de Sião, me não calarei e, por amor de Jeru- Deus vinga o seu povo
62 salém, não me aquietarei, até que saia a sua justiça
como um resplendor, e a sua salvação, como uma tocha ace-
Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com ves-
63
tes de vivas cores, que é / glorioso em sua vestidura,
sa. 2 ªAs nações verão a tua justiça, e todos os breis, a tua gló· que marcha na plenitude da sua força? Sou eu que falo em
ria; e e serás chamada por um nome novo, que a boca do justiça, poderoso para salvar. 2 Por que ªestá vermelho o traje,
SENHOR designará. 3 Serás duma coroa de glória na mão do e as tuas vestes, como as daquele que pisa uvas no lagar? J O
SENHOR, um diadema real na mão do teu Deus. 4 e Nunca lagar, eu o bpisei sozinho, e dos povos nenhum homem se
mais te chamarão !Desamparada 1 , nem a tua terra se deno· achava comigo; pisei as uvas na minha ira; no meu furor, as
minará jamais gDesolada 2 ; mas chamar-te-ão 3 Minha- esmaguei, e o seu sangue me salpicou as vestes e me man-
Delícia; e à tua terra, 4 Desposada; porque o SENHOR se delicia chou o traje todo. 4 Porque o e dia da vingança me estava no
em ti; e a tua terra se desposará. 5 Porque, corno o jovem des- coração, e o ano dos meus redimidos é chegado. 5 dOlhei, e
posa a donzela, assim teus filhos te desposarão a ti; como o enão havia quem me ajudasse, e admirei-me de não haver
noivo se alegra da noiva, h assim de ti se alegrará o teu Deus. quem me sustivesse; pelo que o meu próprio !braço me trou-
6 ;Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo xe a salvação, e o meu furor me susteve. 6 Na minha ira, pisei
o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lem- os povos, no meu furor, embriaguei-os, derramando por terra
brado o SENHOR, não descanseis, 7 nem deis a ele descanso o seu sangue.
até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de 'louvor
na terra. 8Jurou o SENHOR pela sua mão direita e pelo seu bra- A última oração do profeta
ço poderoso: Nunca mais 1darei o teu cereal por sustento aos 7 Celebrarei as benignidades do SENHOR e os seus atos
teus inimigos, nem os estrangeiros beberão o teu vinho, fruto gloriosos, segundo tudo o que o SENHOR nos concedeu e

• ~-~ls~5 23 ~ou Hc 3 18~SI 13;;16Xls 4~-~;-Ap 212 1PSl723; 8~ 1~~ 60-18, 62 ;~ --~ -- · - - -
CAPÍTULO 62 2 a Is 60.3 bSI 10215-16; 1384-5; 148.11,13 c1s 624, 12; 65.15 3 dls 28.5; Zc 9.16; 1Ts 2.19 4 eos 1.10; 1Pe2.10/ls
49.14; 54.6-7 gls 54.1 I Hebr.Azubah 2Hebr. Shemamah 3Hebr. Hephz1bah 4Hebr. Beulah 5 h Is 65.19 6 ils 52.8; Jr 6.17; Ez 3.17; 33.7
7ils6018;61.11;Jr33.9;Sf3.19-20 81Lv2616; Dt28.31,33;Jz6.3-6; Is U;Jr5.17 9mDt12.12;14.23,26 10 n1s40.3;57.14 ºIs
11.12 11 P Zc 9.9; Mt 21.5; Jo 12.15 q Is 40.1 O; [Ap 22.12] 5 recompensa
CAPÍTULO 63 1 1 Ou adornado 2 a [Ap 19.13, 15] 3 b Lm 1.15; Ap 14 19-20; 19.15 4 eis 34.8; 35.4; 61.2; Jr 51.6 5 dls 41.28;
59.16 e [Jo 16.32] /SI 98.1; Is 59.16
todos quantos os virem ... bendita. Estas palavras aludem à promessa feita a •62. 1O Passai, passai... aterrai, aterrai. Estes imperativos encorajam
Abraao (41.8; 51.2; Gn 12 2-3/ enfaticamente o povo a adorar.
•61.1 O Regozijar-me-ei. Siao é aqui representada como quem recebeu as portas. Estas conduziam ao átrio do santuário (v. 9).
bênçaos descritas no v. 3, por exemplo, a alegria e as vestimentas do louvor. Ser •62.12 Povo Santo. Ver 4.3; Êx 19.6; 1Pe 2.9-10.
vestido com alguma coisa é uma figura comum para uma mudança na posição ou
Remidos. Ver a nota em 35.9.
na condição (521; Zc 3.3-5; Mt 22.11 ).
•62.1 tocha acesa. Este quadro da salvaçao como uma luz bem acolhida é •63.1 Edom. Esta nação serve de representante das nações ímpias e orgulhosas
desenvolvido em 58.8; 60.1-3. (34.1-17, especialmente o v. 5; Ob 14-15; Lm 4.21-22; JI 3.19; MI 1.2-5)
•62.2 nações ... reis. Eles testemunham a confirmação das promessas (2.2-4; Bozra. Uma importante cidade de Edom, 48 km a sudeste do mar Morto.
41.2; nota; 52.10; 60.3; 61.11) •63.3 lagar... manchou. Este versículo apresenta uma extensa metáfora para o
um nome novo. Como se tosse uma nova vestimenta (61.10, nota), o nome Dia do Senhor (Lm 1.15; JI 3.13; Ap 14.17-20; 1915). O lagar representa a
novo significa um relacionamento renovado e um privilégio ampliado (vs. 4, 12; cf batalha, e o suco espremido representa os desastres da guerra.
1 26; 56.5; 60.14,18; cf. Gn 17.5,15; Ap 2.17; 3.12) •63.4 o ano dos meus redimidos. Esta frase alude às leis concernentes aos
•62.3 coroa de glória. O Senhor compartilha de sua glória com o seu povo. escravos e às propriedades no Ano do Jubileu (Lv 25) Esta 1dé1a de redenção é
•62.6 guardas. Uma figura que representa os profetas (56.10, nota). desenvolvida através do Livro de Isaías, mas especialmente em 61.1-63.6
•62.8 Jurou. Ver 14.24. 134 8; 35.9 e notas)
pela sua mão direita e pelo seu braço poderoso. Ou seja, por si mesmo é chegado. Por meio da fé, o futuro já pode ser visto.
(40.10, nota; 41.10; 51.9; 5210; 531). •63. 7 Celebrarei. Isaías proclamaria em altas vozes (SI 51.13-15; 89.1,
sustento aos teus inimigos. A maldição (Lv 26.16; Dt 28.33) será substituída 145.7) os poderosos atos do Senhor no passado, descritos como suas "benigni-
pela bênçao dades".
ISAÍAS 63, 64 854
segundo a grande bondade para com a casa de Israel, bonda- mo-nos como aqueles sobre quem tu nunca dominaste e
de que usou para com eles, segundo as suas misericórdias e como os que nunca se chamaram pelo teu nome.
segundo a multidão das suas benignidades. B Porque ele di- Oh! Se / fendesses os céus e descesses! Se os montes
zia: Certamente, eles são meu povo, filhos que não menti-
rão; e se lhes tornou o seu Salvador. 9 8Em toda a angústia
64 tremessem na tua ªpresença, 2 como quando o fogo
inflama os gravetos, como quando faz ferver as águas, para fa-
deles, 2 foi ele angustiado, h e o Anjo da sua presença os sal- zeres notório o teu nome aos teus adversários, de sorte que as
vou; ipelo seu amor e pela sua compaixão, ele os remiu, los nações tremessem da tua presença! 3 Quando bfizeste coisas
tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade. to Mas terríveis, que não esperávamos, desceste, e os montes treme·
eles 1foram rebeldes e mcontristaram o seu Espírito Santo, ram à tua presença. 4 Porque desde a antiguidade e não se ou-
npelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou viu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu
contra eles. l l Então, o povo se ºlembrou dos dias antigos, Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.
de Moisés, e disse: Onde está aquele que Pfez subir do mar s Sais ao encontro daquele que com alegria pratica justi·
3 o pastor do seu rebanho? qOnde está o que pôs nele o seu ça, daqueles que se lembram de ti nos teus caminhos; eis
Espírito Santo? 12 Aquele rcujo braço glorioso ele fez andar que te iraste, porque pecamos; dpor muito tempo temos pe·
à mão direita de Moisés? Que 5 fendeu as águas diante deles, cacto e havemos de ser salvos? 6 Mas todos nós somos como
criando para si um nome eterno? 13 Aquele 1que os guiou o imundo, e todas as enossas justiças, como 2 trapo da imun-
pelos abismos, como o cavalo no deserto, de modo que nun- dícia; todos nós /murchamos como a folha, e as nossas ini·
ca tropeçaram? 14 Como o animal que desce aos vales, o Es- qüidades, como um vento, nos arrebatam. 7 Já ninguém há
pírito do SENHOR lhes deu descanso. Assim, guiaste o teu que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha; por-
povo, "para te criares um nome glorioso. que escondes de nós o rosto e 3 nos consomes por causa das
ts vAtenta do céu e olha xcta tua santa e gloriosa habita- nossas iniqüidades.
ção. Onde estão o teu zelo e as tuas obras poderosas? A ter- B Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro,
nura z do teu coração e as tuas misericórdias se detêm para e tu, o nosso goleiro; e todos nós, obra das tuas mãos. 9 Não te
comigo! 16 ªMas tu és nosso Pai, ainda que Abraão bnão nos enfureças tanto, ó SENHOR, nem perpetuamente te lembres
conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó SENHOR, és nosso da nossa iniqüidade; olha, pois, nós te pedimos: todos nós so·
Pai; nosso Redentor é o teu nome desde a antiguidade. 17 ó mos o teu povo. to As tuas santas cidades tornaram-se em de-
SENHOR, por que nos cfazes desviar dos teus caminhos? Por serto, Sião, em ermo; Jerusalém está assolada. 11 O nosso
que endureces o nosso coração, para que te não temamos? 4
templo santo e glorioso, em que nossos pais te louvavam, foi
Volta, por amor dos teus servos e das tribos da tua herança. queimado; todas as ''nossas coisas preciosas se tornaram em
18 dSó por breve tempo foi o país possuído pelo teu santo ruínas. 12 ;Conter-te-ias tu ainda, ó SENHOR, sobre estas cala·
povo; e nossos adversários pisaram o teu santuário. 19 Torna- midades? /Ficarias calado 5 e nos afligirias sobremaneira?

• 9gJ~~~16;ix 1~~9°1 Dt 7.7 ~Êx 19-~ ~K, lXXe S~ãofo1-::e~ngusti~;o- 1~ 15.24,;Nm1~-,-;; SL7~4;; A~;-5~ 1~~;1--11 ~-Ê;--
IÊx
23.21, SI 106.40 11 SI 106.44-45 P Ex 14.30 q Nm 11.17,25,29; Ag 25 3 TM e V os pastores 12 r Ex 15.6 s Ex 14.21-22; Js 3.16; Is
11.15;51.10 1JISl106.9 14U2Sm7.23 15VDt26.15;Sl80.14XSl33.14ZJr31.20;0s11.8 16ªDt32.6bJó14.21 17Cls
6.9-10; Jo 12.40 18 dDt 7.6 e SI 74.3-7; Is 64.11
CAPÍTUL064 1 •Êx19.18;Sl18.9;144.5;Mq1.3-4;[Hc3.13] irasgasses JbÊx34.10 4cSl31.19 SdMl3.6 6e[Fp39]/S/
90.5-6;1s1J02Litumaroupasuja 73Lit.faze-nosderreter 8gls29.16;45.9;Jr18.6;[Rm920-21] li hEz24.214Lit.casa 12ils
42.14 i SI 83.1 5 fl(;arás calado
•63.8 filhos que não mentirão. Estes são os filhos fiéis de Deus (Êx 4.22; Dt •63.19 se chamaram pelo teu nome. Estas palavras indicam a idéia de per-
14.1 ), diferentes dos filhos rebeldes descritos em 1.2-4. tencer a Deus (Dt 28.1 O; Jr 14.9).
•63.9 angústia. As angústias de Israel no Egito (Êx 2.23-25). •64.1 e descesses. Com eloquência, Isaías pleiteia junto a Deus para tornar sua
Anjo da sua presença. Ver Êx 14.19; 23.20-23. presença inequivocamente clara, especialmente nas chamas do julgamento
conduziu. Cf. Êx 19.4; Dt 131; 32.10-12. (44-5 e notas; Êx 19.18; Hb 12.18).
•63.1 O contristaram o seu Espirito Santo. A rebeldia contra a palavra de •64.3 coisas terríveis. Uma alusão ao aparecimento de Deus no monte Si-
Deus levou a paciência do Espírito de Deus ao fim (cf. SI 106.33;At 751, Ef 4.30). nai, após o êxodo (Êx 19.16-18; Dt 10.21; SI 66.3-6; 106.22; ver Ez 32 6-8,
A paciência de Deus é extensa, mas não reprimirá para sempre a manifestação nota).
do juízo divino. •64.6 imundo. Incapazes de estar na presença de Deus (Lv 1345-46; Ag
•63.11 dias antigos. Ou seja, o período do êxodo e das caminhadas pelo deser- 213-14)
to. trapo da imundicia. Vestes manchadas pelo sangue da menstruação (Lv 15.19;
pastor do seu rebanho. Moisés foi esse pastor Jesus é o nosso pastor (Hb Ez 36.17; cf. Fp 4.7-8). Nenhum ser humano está sem pecado aos olhos de Deus
3.1-6; 1320). (65; Jó 15.14-16).
•63.16 nosso Pai. Deus sempre tem sido o Pai de seu povo (64.8; Êx 4.22-23; Jr •64.8 nosso Pai. Ver a nota em 63.16.
34, 19); eles sáo seus filhos por adoção (Dt 32.6; Rm 8.15)
barro ... obra das tuas mãos. Ver as notas em 22.11; 27.11; cf. Rm 9.20-21.
Abraão. Ver 51.2.
•64.9 Comparar com as promessas de 43.25; 54.7-8.
•63.17 nos fazes desviar. Deus faz com que se desviem dele aqueles que o re-
jeitam (Rm 1.20-25; 2Ts 2.10-121 e pode confirmá-los em seus pecados (6.1 O; Êx •64.1 Osantas cidades. As cidades de Judá.
4.21; SI 95.8). •64.11 nossos pais. Os que falam estão afastados pelo menos uma geração da
•63.18 nossos adversários. Os babilônios (SI 744-8). queda do templo em 586 a.e.
855 ISAÍAS 65
A resposta de Deus: rejeitados os rebeldes tais do SENHOR, os que vos esqueceis do meu santo mon-
2

Fui ªbuscado pelos que não perguntavam por mim; te, os que preparais ªmesa para a deusa 3 Fortuna e mistu-
65 fui achado por aqueles que não me buscavam; a um rais vinho para o deus 4 Destino, 12 também vos destinarei
povo que bnão se chamava do meu nome, eu disse: Eis-me à espada, e todos vos encurvareis à matança; óporquanto
aqui, eis-me aqui. 2 cEstendi as mãos todo dia a um d povo re- chamei, e não respondestes, falei, e não atendestes; mas fi-
belde, que e anda por caminho que não é bom, seguindo os zestes o que é mau perante mim e escolhestes aquilo em
seus próprios pensamentos; 3 povo/que de contínuo me irrita que eu não tinha prazer.
abertamente, gsacrificando em jardins e queimando incenso 13 Pelo que assim diz o SENHOR Deus: Eis que os meus
sobre altares de tijolos; 4 hque mora entre as sepulturas e pas- servos comerão, mas vós padecereis fome; os meus servos
sa as noites em lugares misteriosos; 'come carne de porco e beberão, mas vós tereis sede; os meus servos se alegrarão,
tem no seu prato ensopado de carne / abominável; 5 ipovo mas vós vos envergonhareis; 14 os meus servos cantarão por
que diz: Fica onde estás, não te chegues a mim, porque sou terem o coração alegre, mas vós gritareis pela tristeza do
mais santo do que tu. 2 És no meu nariz como fumaça de fogo vosso coração e e uivareis pela 5 angústia de espírito. 15 Dei-
que arde o dia todo. 6 Eis que 1está escrito diante de mim, me xareis o vosso nome aos dmeus eleitos epor maldição, o
não me calarei; nmas eu pagarei, vingar-me-ei, totalmente, SENHOR Deus vos matará e a seus servos/chamará por outro
7 das vossas iniqüidades e, juntamente, ºdas iniqüidades de nome, tógde sorte que aquele que se abençoar na terra,
vossos pais, diz o SENHOR, Pos quais queimaram incenso nos pelo Deus da verdade é que se abençoará; e haquele que ju-
montes qe me afrontaram nos outeiros; pelo que eu vos medi- rar na terra, pelo Deus da verdade é que jurará; porque já es-
rei totalmente a paga devida às suas obras antigas. tão esquecidas as angústias passadas e estão escondidas dos
meus olhos.
A resposta de Deus: salvo o restante fiel
8 Assim diz o SENHOR: Como quando se acha vinho Novos céus e nova terra
num cacho de uvas, dizem: Não o desperdices, pois há 17 Pois eis que eu crio 'novos céus e nova terra; e 6 não
rbênção nele, assim farei por amor de meus servos e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memó-
os destruirei a 5 todos. 9 Farei sair de Jacó descendência e ria delas. 18 Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no
de Judá, um herdeiro que possua os meus montes; e os que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e
meus 1 eleitos herdarão a terra e os meus servos habitarão para o seu povo, regozijo. 19 iE exultarei por causa de Jeru-
nela. 10 usarom servirá de campo de pasto de ovelhas, e vo salém e me alegrarei no meu povo, e 1nunca mais se ouvirá
vale de Acor, de lugar de repouso de gado, para o meu nela nem voz de choro nem de clamor. 20 Não haverá mais
povo que me xbuscar. 11 Mas a vós outros, os que vos apar- nela criança para viver poucos dias, nem velho que não

• CAPÍ~~LO 65 a R~-;-24;~20 b-is ~~ 1~-2 e R~ 1021 dis 1 ;,23 e Is 4224 3Í~ ~221 ;Is ;;9
1 ~t 1811 iLv 11.7; Is
4 h
66.17 Carnes impuras, Lv 7 18; 19.7 5 iMt 9.11; Lc 7.39; 18.9-12 2Fazes fumegar a minha ira 6 IDt 32.34 mSI 50.3 n SI 79.12 7 ºÊx
1
20.5 P Ez 18.6 Qls 577; Ez 20.27-28 8 rJI 2.14 s1s 1 9; Am 9 8-9 9 IMt 24.22 1O uIs 33.9 vJs 7.24; Os 2.15 x1s 55.6 11 z1s 56.7 ªEz
23.41, [1Co 1021] 3Qu Tropa, Hebr. Gade 4Qu Número, Hebr. Meni 12 b2Cr 36.15-16; Pv 1.24; Is 41.28; 50.2; 66.4; Jr 7.13 14 CMt
8.12; Lc 13.28 5 Ou por um espírito quebrantado 15 d Is 65.9,22 e Jr 29 22; Zc 8.13 /[At 11.26] 16 g SI 7217; Jr 4.2 h Dt 6.13; SI 1.5
17 ils 51.16; 66.22; [2Pe 313]; Ap 21.1 6 Lit. não subirão ao coração 19 ils 62.4-5 lis 35.10; 51.11; Ap 7.17; 21.4

•65. 1 Eis-me aqui. Esta expressão é repetida para efeito de ênfase. A presença •65.9 eleitos herdarão, OReino pertencerá a eles (14.1, nota; 57.13; cf. Ob 19-21)
de Deus importa em salvação. •65.10 Sarom. Uma planície fértil que ficava ao sul do monte Carmelo, na costa
um povo que não se chamava do meu nome. Ou seja, os gentios (42.1; do mar Mediterrâneo. Serve de quadro sobre como o Senhor transformará a
49.6). Paulo cita essa profecia em Rm 10.20. A salvação divina não se harmoniza criação (33.9; 35.1-2 e notas).
com as expectativas humanas; ela se origina na livre decisão divina. Ver Rm vale de Acor. Situado ao sul de Jericó (Js 7.24; Os 2.151
9.11-12,25-26; 10.30-31; 11.6, 17 sobre este importante princípio
•65.11 a deusa Fortuna,,, o deus Destino. Eram deuses sírios; ver as notas
•65.2 Estendi as mãos. Fazendo contraste com as pessoas cuias mãos "estão textuais.
cheias de sangue" (1 5), o Senhor estendeu as mãos com amor.
•65. 15 por maldição. Temos aqui um destino pior do que se fossem esquecidos.
•65.3 me irrita abertamente. Eles não ocultavam seus atos idólatras ofensi-
vos. outro nome. Ver a nota em 62.2.
sacrificando em jardins. Estes sacrifícios estavam associados a religiões de •65. 16 Deus da verdade. A palavra hebraica traduzida por "verdade" é
fertilidade (129, nota) "amém". Ver 2Co 1.20; Ap 3.14; ver também Jo 14.6; 1Jo 5.20.
•65,4 mora entre as sepulturas, Eles freqüentavam aqueles lugares para con- •65. 17 novos céus e nova terra. Para ter cumprimento, esta profecia aguarda
sultar os espíritos dos mortos (8.19; 29.4) a segunda vinda de Cristo (2Pe 3.13; Ap 21.1 ). Entrementes, mediante a fé, os
santos experimentam, em parte, a bênção da era vindoura (42.9; 43.19 e notas)
come carne de porco, Para os judeus era proibida a ingestão da carne de porco
Ver "O Céu", em Ap 21.1.
(663, 17; Lv 11.7-8; Dt 14.8).
•65.5 fumaça de fogo. Eles são um incômodo constante para Deus. coisas passadas. As adversidades e as desgraças trazidas pelo pecado (41.22,
nota).
•65.6 eu pagarei. O princípio da retribuiçáo aplica-se ao juízo divino (Ob 15; GI
67; 1Pe 1.17; Ap 20.12-13; 22121 •65, 18 crio para Jerusalém, Será um regozijo inteiramente novo, sem qual-
quer sinal do antigo (Ap 211-2).
•65,8 vinho num cacho de uvas. Esse vinho novo em um cacho de uvas é ore-
manescente por cuja causa a totalidade é preservada (Mt 13.29). Oremanescen- •65.20 criança,,, velho. A morte prematura de criancinhas ou de pessoas de
te acha-se tanto em Israel (1.9, notai quanto em outras nações (56.6; cf. Gn meia-idade pode provocar o pensamento de que a vida não tem significado.
1822-331 Essas mortes prematuras, como também a transferência da recompensa de uma

j
ISAÍAS 65, 66 856
cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda Xaborrecem e que para longe vos lançam por causa do vos-
jovem, me quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado. so amor ao meu nome e que dizem: h Mostre o SENHOR a
21 nEles edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas sua glória, para que ivejamos a vossa alegria, esses serão
e comerão o seu fruto. 22 Não edificarão para que outros ha- confundidos. ó Voz de grande tumulto virá da cidade, voz
bitem; não plantarão para que ºoutros comam; porque a do templo, voz do SENHOR, que dá o pago aos seus inimi-
longevidade do meu povo será Pcomo a da árvore, e os gos.
qmeus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias 7 Antes que estivesse de parto, deu à luz; antes que lhe
mãos. 23 Não trabalharão debalde, 'nem terão filhos para a viessem as dores, nasceu-lhe um menino. 8 Quem jamais
calamidade, porque ssão a posteridade bendita do SENHOR, e ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso,
os seus filhos estarão com eles. 24 E será que, 1antes que cla- nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma
mem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ºou- só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz
virei. 25 O vlobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão seus filhos. 9 Acaso, farei eu abrir a madre e não farei nas-
comerá palha como o boi; xpó será a comida da serpente. cer? - diz o SENHOR; acaso, eu que faço nascer fecharei a
Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo mon- madre? - diz o teu Deus.
te, diz o SENHOR.
A felicidade eterna de Sião
Excluídos da novaferusalém 10 Regozijai-vos juntamente com Jerusalém e ale-
os que praticam falsa religião grai-vos por ela, vós todos os que a amais; exultai com ela,
Assim diz o SENHOR: ªO céu é o meu trono, e a ter- todos os que por ela pranteastes, 11 para que mameis e vos
66 ra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis
vós? E qual é o lugar do meu repouso? 2 Porque a minha
farteis dos peitos das suas consolações; para que sugueis e
vos deleiteis com a abundância da sua glória. 12 Porque as-
mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o sim diz o SENHOR: Eis que i estenderei sobre ela a paz como
SENHOR, bmas o homem para quem olharei é este: co aflito e um rio, e a glória das nações, como uma torrente que
abatido de espírito e que treme da minha palavra. 3 dQ que transborda; entâo, 1mamareis, nos braços vos mtrarão e so-
imola um boi é como o que comete homicídio; o que sacrifi- bre os joelhos vos acalentarão. 13 Como alguém a quem
ca um cordeiro, como o que e quebra o pescoço a um cão; o sua mãe consola, assim eu vos nconsolarei; e em Jerusa-
que oferece uma oblação, como o que oferece sangue de lém vós sereis consolados. 14 Vós o vereis, e o vosso cora-
porco; o que queima incenso, corno o que bendiz a um ído- ção se regozijará, e os ºvossos ossos revigorarão como a
lo. Como estes escolheram os seus próprios caminhos, e a erva tenra; então, o poder do SENHOR será notório aos seus
sua alma se deleita nas suas abominações, 4 assim eu lhes es- servos, e ele se indignará contra os seus inimigos.
colherei o infortúnio e farei vir sobre eles o que eles temem; ts PPorque eis que o SENHOR virá em fogo, e os seus
/porque clamei, e ninguém respondeu, falei, e não escuta- carros, como um torvelinho, para tornar a sua ira em fu-
ram; mas fizeram o que era mau perante mim e escolheram ror e a sua repreensão, em chamas de fogo, 16 porque
aquilo em que eu não tinha prazer. s Ouvi a palavra do com fogo e com a osua espada entrará o SENHOR em juízo
SENHOR, vós, os que a temeis: Vossos irmãos, que vos com toda a carne; e serão 'muitos os mortos da parte do

• ; mEc ;;2 13~s 3 11; 2214 -;! n ;2826; 45~4; Os~~ A~914 ---;2 ºls~;8-9
11. PSi-92 1~s 9~15 ;~
[Jr 3f.38-39; At 239] 24 t SI 91.15; Is 58.9 u Is 30 19; Dn 9.20-23 25 v Is 11 6-9X Gn 3 14; Mq 7.17
65 ros 9 s 1~ ls~~9;
CAPITULO 66 1 a 1Rs 8.27; 2Cr 6.18; SI 114; Mt 5.34; At 17 24 2 b SI 34 18; [Is 57.15; 61.1, Mt 5.3-4; Lc 18 13-14] cs1 34.18; 51.17
3 d[ls 1.10-17; 58.1-7; Mq 6.7-8] eDt 23.18 4/Pv 1.24; Is 65 12; Jr 7 13 S 8SI 38.20; Is 60.15; [Lc 6 22-23] hls 5.19 i[2Ts 1.10; Tt 2 13]
12ils4818,60511s60.16m1s49.22;604 t3nls51.3;[2Co134] 14ºEz37.1 15Pls95;[2Ts18] 16Qls271 'ls346
pessoa para outra que não merecia lv. 22). fazem parte do julgamento divino con- serão confundidos. A humilhação é a parte que cabe aos perseguidores. Ver o
tra o pecado. Deus promete remover essa maldição de seu povo IAm 5.11, notai v. 1Oquanto ao destino dos perseguidos.
•65.25 pó será a comida da serpente. Isso alude a Gn 3.14. A maldição lança- •66. 7 Antes ... parto. O nascimento da nova comunidade será repentino, e ne-
da contra Satanás está tendo prosseguimento. nhum esforço humano contribuirá para o mesmo. Cristo lançou os alicerces da
•66.1 Ver a nota teológica ''A Natureza Espiritual de Deus". lgre1a durante sua vida terrena, especialmente na semana de sua morte e ressur-
reição IJo 2 19)
•66.3-4 OSenhor odeia as expressões religiosas ocas tanto quanto o paganismo
IJr 7.21-23, nota) •66.9 Os propósitos de Deus não serão frustrados ou iniciados somente para se-
rem deixados incompletos.
•66.3 comete homicídio. Isso pode ser uma alusão aos sacrifícios de crianças
lcf Jr 7.31, Ez 2339) •66.11 mameis... farteis. Ver a nota em 60.16.
quebra o pescoço a um cão. Somente certos animais eram prescritos como •66.12 sobre ela. A mãe Jerusalém lvs. 8,10).
sacrifícios. Quanto ao cão, nem ao menos se permitia que servisse de alimento •66.13 mãe. O Senhor compara o seu terno amor ao amor de uma mãe.
aos seres humanos 156.1 O, nota, Lv 11 26).
•66.15 fogo ... torvelinho. Estas palavras indicam raios e nuvens tempestuo-
sangue de porco. Ver 65.4 sas respectivamente IDt 33.26; SI 18.1 O; Jr 4.13), acompanhamentos comuns
•66.5 que vos aborrecem. lntens1f1cou-se a oposição refletida no cap. 65 entre das aparições de Deus 110.17-18; 29.6; Ez 32.6-8, notai. Isaías ornu para que
os servos de Deus e o Israel nominal. Deus viesse ao mundo dessa maneira, trazendo julgamento 164.1-3).
a vossa alegria. Tal expressão de louvor, por parte de pessoas rebeldes. é uma •66.16 espada. O Senhor aparece como um guerreiro 127.1; 34.5; Ap
retidão hipócrita. 19 11-18) Ver as notas em 9.6; 13.4; 40.10; 42.13.
A MAl'UREZA ESPIRITUAL DE DEUS
857 ISAÍAS 66 l
Is 66.1
"Deus é Espírito", disse Jesus à mulher samaritana que estava junto ao poço (Jo 4.24). Ainda que plenamente pessoal,
Deus não vive num corpo nem através de um corpo como nós vivemos e, por isso, não está sujeito aos limites de espaço e
tempo. Embora nada do que foi criado possa ser onipresente, Deus, em toda a sua plenitude, está presente em toda parte,
continuamente. Todas as coisas criadas estão limitadas pelo tempo; porém, para Deus, não há "momento presente", no quaJ
ele esteja encerrado como nós.
Os teólogos referem-se ao fato de Deus não estar sujeito a limites e fronteiras como sendo a sua infinitude e sua
imensidade (1 Rs 8.27; Is 40.12-26; 66.1 ). Deus mantém todas as coisas e ele tem todas as coisas em toda parte sempre
presentes em sua mente, na relação própria dessas coisas para com o plano de Deus que incluiu tudo e para com o propósito
1 de cada coisa e de cada pessoa, em seu universo (Dn 4.34-35; Ef 1.11 ).
Deus é imutável ou invariável. Coisa alguma pode aumentar ou diminuir a perfeição de Deus, e ele não muda para melhor ou
' para pior. Pelo fato de ele não estar sujeito ao tempo, não sofre mudanças como suas criaturas (2Pe 3.8). Contudo, Deus, em
todo tempo, está em plena atividade em seu universo, fazendo com que novas coisas continuem surgindo (Is 42.9; 2Co 5.17;
Ap 21.5). Em todas as suas obras, com perfeita consistência, Deus imprime seu perfeito caráter. Fiel ao seu caráter invariável,
ele cumprirá toda palavra que falou e os planos que fez (Nm 23.19; SI 33.11; MI 3.6; Tg 1.16-18). Sua imutabilidade explica por
' que, quando as pessoas mudam a sua atitude para com ele, ele muda sua atitude para com elas (Gn 6.5·7; Êx 32.9-14; 1Sm
15.11; Jn 3.10).
A invariabilidade da perfeição de Deus não significa que ele seja impassível ou insensível. mas significa que o que ele sente
é assunto de sua própria escolha e está incluído na unidade do seu ser infinito. Deus não é impulsionado por sua reação a
acontecimentos ou pela presença de sentimentos que surjam dentro dele. Porém muitos textos das Escrituras representam
Deus como tendo emoções, tais como: alegria, tristeza, ira e prazer. Éum grande erro esquecer que Deus sente - ainda que
necessariamente ele sinta de um modo que transcende a experiência de emoção de um ser finito.
Todos os pensamentos e ações de Deus envolvem a seu ser integral; ele é em si mesmo íntegro, não composto de partes.
Esse atributo é denominado de simplicidade. Deus não é distraído, dividido por interesses conflitantes ou forçado a limitar sua
atenção. Simultaneamente, ele concentra sua atenção total e integral não apenas em um alvo de cada vez, mas em tudo e em
todos onde quer que estejam no tempo e no espaço (cf. Mt 10.29-30).
ODeus que é Espírito deve ser adorado em espírito e em verdade (Jo 4.24). Adorar "em espírito" significa cultuar com um cora-
ção renovado pelo Espírito Santo. Rituais, cerimônias ou formalidades devocionais não se constituem adoração real sem um cora-
ção anelante, o que o Espírito Santo apenas pode produzir. "Em verdade" significa se basear na revelação de Deus, que culminou na
Palavra encarnada, Jesus Cristo, a verdade (Jo 14.6). No Espírito, "perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que
o invocam em verdade", pouco importando onde estejam (SI 145.18; cf. Hb 4.14-16). Através da revelação de Cristo, Deus convida
criaturas limitadas e pecadoras para que o invoquem, o Deus eterno e imutável, como o seu Deus. Deus comprometeu-se com o
[_~ povo por meio de uma aliança de promessas divinas tão ~e_gura~~uan~u~rópria fidelida~e (H__b_6___._1_7_·_18_)_._________

SENHOR 17 5 0s que se santificam e se purificam para en· Társis, 3 Pul e Lude, que atiram com o arco, a Tuba! eJavã,
trarem nos jardins 1 após a deusa que está no meio, que até às terras do mar mais remotas, que jamais ouviram fa-
comem carne de porco, coisas abomináveis e rato 2 serâo lar de mim, nem viram a minha glória; xeles anunciarão
consumidos, diz o SENHOR. entre as nações a minha glória. 20 zrrarão todos os vossos
18 Porque conheço as suas obras e os seus 'pensamen- irmãos, dentre todas as nações, ªpor oferta ao SENHOR, so-
tos e venho para u ajuntar todas as nações e línguas; elas vi- bre cavalos, em liteiras e sobre mulas e dromedários, ao
rão e contemplarão a minha glória. 19 vporei entre elas um meu santo monte, a Jerusalém, diz o SENHOR, como quan-
sinal e alguns dos que foram salvos enviarei às nações, a do os filhos de Israel trazem as suas ofertas de manjares,

• ~-;:Is
19
~~H 1 Li; ~pós ~m !ídolo/deusa ou s~~r~o~e/sacerd~tisa) ~o
q-;;,-;;tá m;;o 2 acabarão 1Bt Is 59_7 u Is 45 22-;5; Jr 3.;7 -
v Lc 2.34 XMI 1.11 3 Conforme TM e T; LXX Pute !comparar com Jr 46 9) 20 z1s 49.22 a Is 18.7; [Rm 15 16]
•66.17 jardins... carne de porco ... coisas abomináveis. Ver o v. 3; 65.2-5. que foram salvos. Os verdadeiros adoradores que sobrevivem à perseguição lv.
5; Mt 24.9-14) levam a glória de Deus às nações lv 18).
•66.18 as suas obras e os seus pensamentos. Provavelmente, as obras e os Társis. Ver a nota em 23.6.
pensamentos daqueles que seriam recolhidos
Pule Lude. Situadas no Norte da África.
todas as nações e línguas. Haverá um reconhecimento universal do Reino do Tubal. Situada ao sul do mar Negro, na moderna Turquia IEz 38.2-3; 39.1)
Senhor (Zc 8.23; Ap 7 9-1 O) Javã. O povo da Ásia Menor ou Grécia (Ez 2713, 19; JI 36)
anunciarão entre as nações. Os gentios se submeterão ao Senhor e se regozi-
glória. Temos aqui menção à glória de Deus em seu templo IEz 11.22-23; 44.4).
jarão em seus atos poderosos (24.16. nota).
•66.19 sinal. Este "sinal", provavelmente, sejam atos notáveis de julgamento •66.20 todos os vossos irmãos. Os gentios trarão de volta para o templo os is-
sobre os falsos adoradores. enquanto o remanescente é separado dentre eles. raelitas dispersos 1435; 60.4,9; Rm 11.11-14).
ISAÍAS 66 858
em vasos puros à Casa do SENHOR. 21 Também deles to- bado a outro, virá e toda a carne a adorar perante mim, diz
marei a alguns para bsacerdotes e para levitas, diz o o SENHOR.
SENHOR. 22 Porque, como cos novos céus e a nova terra, 24 Eles sairão e verão os cadáveres dos homens que preva-
que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o SENHOR, as- ricaram contra mim; porque o seu !verme nunca morrerá,
sim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. 23 E nem o seu fogo se apagará; e eles serão um horror !)ara toó.a a
d será que, de uma Festa da Lua Nova à outra e de um sá- carne.

23 dzc 14.16 ezc 14.17-21 24/ls 14.11; Me

•66.22 novos céus ... nova terra. Ver a nota em 65.17 (cf. 2Pe 3.13; Ap 21.1) •66.23 Lua Nova ... sábado. Haverá adoração universal de Deus em seu tempo
a vossa posteridade e o vosso nome. O povo de Deus nunca mais sofrerá próprio (cf. Zc 14.16)
opróbrio. mas desfrutará de glória eterna (43 1, nota; 65.18-19; cf. Jr •66.24 verme ... fogo. O depósito de lixo de Jerusalém tornou-se símbolo da
31.35-36) punição e da angústia perpétuas (30.33, nota; Me 947-48).

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