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UERJ em meio a um turbilhão

Em meio à maior crise da história da UERJ, o Ministério da Fazenda emitiu um parecer


sobre o Regime de Recuperação Fiscal que sugere a “revisão da oferta de ensino superior” e a
“demissão de comissionados e servidores ativos”. Segundo o Ministério, tais medidas são
apenas “alternativas técnicas”. Adicionalmente, o ministro do STF Luis Roberto Barroso
defendeu o modelo privado para as universidades públicas. Assim como o governador,
sabemos que tais alternativas não são neutras! Elas sugerem o fim da universidade estatal e
gratuita, ou, pelo menos, servirão como justificativa “técnica” para o não aumento da oferta
de vagas. Em resposta, para tranquilizar os ânimos principalmente da mídia, Pezão declarou
que não pretende privatizar a UERJ ou diminuir o número de vagas. Ainda prometeu enviar um
projeto de lei à ALERJ para que após a conclusão da graduação os estudantes trabalhem por
pelo menos dois anos para o Estado.

Mesmo que as vagas não sejam diminuídas e funcionários públicos, comissionados e


terceirizados não sejam demitidos, no Brasil apenas 19% dos jovens (PNAD, 2009) conseguiram
ingressar na universidade e a população continua crescendo. O movimento deveria ser de lutar
pelo aumento no número de vagas, não parar ressentidamente na conservação das mesmas, o
que na verdade significa a redução relativa mascarada da oferta.

Com um desastre iminente à vista, temos um cenário de lideranças tão confusas que
parecem estar lutando apenas para sair do olho de um furacão e salvar a própria pele. O DCE
da UERJ emitiu em sua página do Facebook uma nota recuada pedindo que Pezão “receba e
dialogue com os movimentos sociais” e para que “considere a educação como um
investimento” [1]. O que desejam, na verdade, são as cadeiras parlamentares e o espaço de
negociata privilegiado. Nem mesmo a palavra de ordem Fora Pezão o DCE pelego agita mais! A
Associação de Docentes (asduerj) também se manifestou [2], defendendo a suspensão do
pagamento da dívida e a revisão das isenções fiscais, porém parando em propostas
institucionais-burguesas para a crise, como oposição parlamentar ao PMDB e a luta contra a
corrupção generalizada.

De fato, a resposta branda do governador Pezão funcionou como uma chantagem aos
docentes, funcionários e alunos da UERJ ao mesmo tempo que seu projeto de lei acalmou os
ânimos do STF e do Ministério da Fazenda. O governador tenta se apresentar como o homem
no comando capaz de administrar a crise do Estado do Rio de Janeiro buscando salvar sua
própria pele mesmo que esteja afundando em contradições cada vez maiores.

Enquanto as direções sindicais e estudantis batem cabeça e se afundam em


contradições junto com os dirigentes e o Estado burguês, os revolucionários precisam ajudar
os trabalhadores e estudantes da UERJ a se organizarem em suas bases para construir
assembleias, campanhas e eventos de maneira permanente. Apenas com mobilizações
orgânicas teremos força para construir uma Greve Nacional da Educação que coloque Pezão e
Temer de joelhos, não como anfitriões em seus palácios para nos receber olhando de cima
para baixo. Mas é isso que as direções reformistas temem: que a força de milhares
organizados oxigene o movimento e derrube qualquer dirigente que não esteja disposto a
construir uma alternativa real, fora dos moldes institucionais do falido sistema capitalista.

Fora Temer, Fora Pezão!


Fora Congresso Nacional e ALERJ!
Por uma Greve Nacional da Educação!
[1]
https://www.facebook.com/DCEUERJ/photos/a.281095872014734.1073741829.28014240211
0081/585530878237897/?type=3&theater

[2] https://www.asduerj.org.br/index.php/80-historia-da-associacao/297-nota-
diretoria-asduerj-060917

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