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CONHEÇAM A HISTÓRIA DO MORRO DO CASTELO, QUANDO SE DESTRÓI O BERÇO DE UMA

CIDADE.

A história do Morro do Castelo começa no século 16, quando a cidade se mudou do Morro
Cara de Cão. A mudança ocorreu em 1567, dois anos depois da sua fundação, quando os 120
portugueses, comandados por Mem de Sá, derrotaram os franceses, comandados por Nicolau
Durand de Villegaignon.

Assim nasceu a cidade, com cerca de 600 pessoas, entre elas os fundadores que vieram com
Estácio e Mem de Sá, jesuítas, índios catequizados, alguns franceses e umas poucas mulheres.
Esses pioneiros ocupavam os 184 mil metros quadrados da colina, com limites nas atuais Rua
São José, Santa Luzia, México e Largo da Misericórdia.

De início, logo no primeiro ano de ocupação, o morro ganhou suas primeiras construções. Em
1567 foi erguido o Forte de São Januário, rebatizado mais tarde de São Sebastião. Ficava na
parte posterior do morro e foi feito, como as demais construções, de pedra e óleo de baleia.
As paredes internas tinham um metro de espessura e sua aparência era a de um castelo, daí o
nome do lugar. Antes o Morro do Castelo chegou a ser chamado de "Morro do Descanso", que
também foi chamado de Alto da Sé, Alto de São Sebastião e depois Morro do Castelo.

Em seguida foi construída a Igreja de São Sebastião, o primeiro templo do Rio, que se
assemelhava a uma fortaleza. Tinha duas torres sineiras, usadas na vigilância da costa.

No Morro do Castelo foram construídos o primeiro sobrado da cidade, a Casa de Câmara e a


Cadeia. A Igreja e o Colégio dos Jesuítas exerceram intensa atividade no Castelo até a expulsão
dos padres desta Ordem pelo Marquês de Pombal, em 1759. Com a saída dos religiosos o
colégio virou Palácio São Sebastião, depois hospital militar e, em 1877, hospital infantil São
Zacarias.

As dificuldades do dia-a-dia não compensavam a segurança do isolamento. Assim, a nobreza


carioca do século 16 desceu a ladeira, a Ladeira da Misericórdia, que era o único acesso ao
Morro no início da sua ocupação. Da Rua da Misericórdia, a mais antiga do Rio, sobrou apenas
uma via sem saída, com 40 metros e calçamento pé-de-moleque do século 17, no Largo da
Misericórdia, que poucos cariocas reverenciam em meio ao corre-corre e a agitação do Centro.
Foi pela Ladeira da Misericórdia que a elite desceu os 64 metros do Morro do Castelo e seguiu
em direção à várzea, a partir de 1570. Apenas o pessoal menos favorecido, principalmente
pescadores, permaneceu no alto do morro, pois não foi contemplado com a distribuição de
sesmarias, terras doadas pelo governador-geral, em nome da Coroa Portuguesa.

Com a mudança, veio a decadência e o local ficou marginalizado, evitado pelos cariocas. Com
as obras que mudaram o centro da cidade no início do século passado, muitas famílias
desalojadas encontraram abrigo no Morro do Castelo. Mas isso só duraria até 1922, quando o
Prefeito do Distrito Federal, engenheiro Carlos Sampaio, decretou o fim do morro.

Mesmo tendo o Rio um milhão e duzentos mil habitantes coube a um paulista, Monteiro
Lobato, reagir contra a obra. Foram demolidos 300 imóveis e retirados 66 mil metros cúbicos
de terra. A população foi removida para os subúrbios e os principais objetos de valor, como o
marco inaugural da cidade, pinturas e esculturas do século 17, transferidos para vários pontos
da cidade. No Colégio Santo Inácio estão as imagens do Cristo Crucificado, de João Evangelista
e da Virgem Maria, além da Porta Principal da antiga Igreja dos Jesuítas. Na Igreja dos
Capuchinhos estão o Marco Inaugural e túmulo de Estácio de Sá.

A terra retirada do Castelo foi usada para aterrar parte da Urca, Lagoa Rodrigo de Freitas,
Jardim Botânico, área do Jóquei Clube, e muitas áreas da baía de Guanabara. Vale lembrar que
a Rua Santa Luzia, onde estão a Igreja de Santa Luzia e a Santa Casa de Misericórdia, ficava
junto ao mar.
A escolha se deu pois o morro ficava de frente à ilha de Villegagnon – onde os franceses se
encontravam. Assim era possível estruturar uma defensiva mais firme em caso de novas tentativas de
invasão, até porque, do local se via a Baía da Guanabara, porta de entrada da cidade.

O Rio de Janeiro, murado e fortificado, erguido no Morro do Castelo contava com prédios como a
Casa da Câmara e a da Cadeia, a Casa do Governador, Colégio dos Jesuítas, os Armazéns, e também
as Igreja dos Jesuítas e a Igreja de São Sebastião, onde foi instalada a primeira Sé Catedral da
cidade, e junto à qual estava o marco de pedra da fundação da cidade, trazido do primitivo
estabelecimento no sopé do Morro Cara de Cão, assim como os restos mortais do fundador do Rio,
Estácio de Sá.
A cidade se desenvolveu bastante no Morro do Castelo e as pessoas tiveram que ocupar regiões
vizinhas, como áreas planas que ficavam entre outros três morros vizinhos: de São Bento, de Santo
Antônio e da Conceição. Esses lugares eram chamados de “várzea” e limitavam o Rio de Janeiro no
período colonial.

Embora tenha sido fundamental para o surgimento do Rio de Janeiro, os planos de derrubar o Morro
do Castelo eram antigos. No reinado de Dom João VI, quando a cidade já estava estabelecida “no
chão”, se falava nos problemas que o Morro poderia causar ao restante do município. Entre os
citados estavam a dificuldade da circulação de ventos e o impedimento do livre escoamento das
águas.

Em 1838, os engenheiros militares Conrado Niemeyer e Pedro Bellegarde escreveram em um projeto


que pregava o desmonte do Morro: “Edifícios nobres deverão um dia substituir aquele morro; e o
navegante que demandar o importante porto capital do Brasil receberá na sua entrada a agradável
impressão da vista de toda a cidade, até hoje encoberta a seus olhos pela massa informe do mesmo
morro”.
Após pequenas derrubadas para a realização de aterros em algumas partes da cidade, o Morro do
Castelo foi completamente devastado em 1921, pelo prefeito Carlos Sampaio.

O prefeito, que foi duramente criticado por alguns intelectuais da época, argumentava que o espaço,
repleto de velhos casarões e cortiços, era ruim para a saúde pública da população. Além do mais,
várias obras estavam sendo realizadas no centro da cidade para a montagem da Exposição
Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil e a saída do morro se fazia necessária nos
planos da gestão de Sampaio.
Mauricio de Abreu no livro “Evolução Urbana do Rio de Janeiro” destaca que o Rio iria receber
muitos turistas na comemoração do 1º Centenário da Independência do Brasil e por isso foi preciso
correr contra o tempo e realizar essa reforma.

A medida gerou tanta repercussão que o prefeito Carlos Sampaio chegou a escrever um livro no qual
apresentou seu ponto de vista justificando empréstimos e outras negociações que envolveram o
arrasamento do morro do Castelo.

A Sergio Castro Imóveis é uma empresa que valoriza as obras que respeitam a história do Rio de
Janeiro e ajudam no crescimento da nossa cidade.
No livro “Era uma vez o Morro do Castelo”, Marly Silva da Motta diz: “Boa parte da argumentação
dos higienistas sacrílegos (em especial, Carlos Sampaio) se sustentava na evocação dos malefícios
provocados pelo infecto monturo; e nos relatórios do século XVIII, denunciando a falta de
ventilação, a umidade e os miasmas febrígeros (sujeiras de odor forte); e nas famosas águas do
monte, terríveis enchentes que assolaram a cidade em fevereiro de 1811, provocadas, em grande
parte, pela lama que descera do Castelo. O telegrama de Belisário Pena, figura luminar da saúde
pública, nacionalmente conhecido por sua atuação na profilaxia rural, parabenizando (Carlos)
Sampaio pelo decreto de 17/08/1920, era a prova científica da necessidade de eliminar aquele quisto
de terra vermelha. Ou, como dizia a imprensa, aquele tumor infeccionado que obstruía o seio do Rio
e ameaçava contaminar a cidade”.

“Naquele morro, testemunho ativo da história, nasceu a cidade. Ironicamente


apaga-se essa memória em favor de um urbanismo moderno. Mas se
analisarmos os reais motivos, passaremos a compartilhar da opinião dos
realizadores da obra ‘Era uma vez o Morro do Castelo’ que reivindicam para
aquele lugar o resgate do seu valor histórico e um justo reconhecimento do
flagrante desrespeito com a memória nacional. Em torno de dois anos ( de
1920 a 1922 ) conclui o arrasamento, ao meu ver, não só do espaço
geográfico daquele sítio como também, de todo o testemunho arquitetônico e
artístico daquele local.” disse Carlos Jorge de Souza no texto “História da
urbanização da cidade do Rio de Janeiro”.

As terras do Morro do Castelo foram usadas para servir como base para parte da Urca, da Lagoa
Rodrigo de Freitas, do Jardim Botânico e outras áreas baixas ao redor da Baía da Guanabara, entre
elas a região que hoje abriga o aeroporto Santos Dummont.
“Era a primeira vez que as duas iam ao Morro do Castelo. Começaram de subir pelo lado da Rua do
Carmo. Muita gente há no Rio de Janeiro que nunca lá foi, muita haverá morrido, muita mais nascerá
e morrerá sem lá pôr os pés.” Escreveu Machado de Assis no livro Esaú e Jacó, lançado em 1904 ,
quase uma década antes da demolição plena do morro.
Fisicamente, o Morro do Castelo não existe mais. No entanto é impossível contar a história do
Rio de Janeiro sem cita-lo. Foi praticamente por lá que tudo começou e o término do local está
ligado a diversos pontos marcantes da memória da cidade.

Em 1567, dois anos após ser fundada a cidade de São Sebastião (no morro Cara de Cão), o Rio
de Janeiro foi reinstalado após a expulsão dos franceses. A área escolhida para erguer de fato a
cidade foi o então denominado Morro do Descanso – que também foi chamado de Alto da Sé,
Alto de São Sebastião e depois Morro do Castelo.

Morro do Castelo 3

A escolha se deu pois o morro ficava de frente à ilha de Villegagnon – onde os franceses se
encontravam. Assim era possível estruturar uma defensiva mais firme em caso de novas
tentativas de invasão, até porque, do local se via a Baía da Guanabara, porta de entrada da
cidade.

O Rio de Janeiro, murado e fortificado, erguido no Morro do Castelo contava com prédios
como a Casa da Câmara e a da Cadeia, a Casa do Governador, Colégio dos Jesuítas, os
Armazéns, e também as Igreja dos Jesuítas e a Igreja de São Sebastião, onde foi instalada a
primeira Sé Catedral da cidade, e junto à qual estava o marco de pedra da fundação da cidade,
trazido do primitivo estabelecimento no sopé do Morro Cara de Cão, assim como os restos
mortais do fundador do Rio, Estácio de Sá.

Morro do Castelo

A cidade se desenvolveu bastante no Morro do Castelo e as pessoas tiveram que ocupar


regiões vizinhas, como áreas planas que ficavam entre outros três morros vizinhos: de São
Bento, de Santo Antônio e da Conceição. Esses lugares eram chamados de “várzea” e
limitavam o Rio de Janeiro no período colonial.

Embora tenha sido fundamental para o surgimento do Rio de Janeiro, os planos de derrubar o
Morro do Castelo eram antigos. No reinado de Dom João VI, quando a cidade já estava
estabelecida “no chão”, se falava nos problemas que o Morro poderia causar ao restante do
município. Entre os citados estavam a dificuldade da circulação de ventos e o impedimento do
livre escoamento das águas.
Em 1838, os engenheiros militares Conrado Niemeyer e Pedro Bellegarde escreveram em um
projeto que pregava o desmonte do Morro: “Edifícios nobres deverão um dia substituir aquele
morro; e o navegante que demandar o importante porto capital do Brasil receberá na sua
entrada a agradável impressão da vista de toda a cidade, até hoje encoberta a seus olhos pela
massa informe do mesmo morro”.

Vista parcial do Morro do Castelo com as obras de sua demolição em andamento.

Após pequenas derrubadas para a realização de aterros em algumas partes da cidade, o Morro
do Castelo foi completamente devastado em 1921, pelo prefeito Carlos Sampaio.

O prefeito, que foi duramente criticado por alguns intelectuais da época, argumentava que o
espaço, repleto de velhos casarões e cortiços, era ruim para a saúde pública da população.
Além do mais, várias obras estavam sendo realizadas no centro da cidade para a montagem da
Exposição Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil e a saída do morro se fazia
necessária nos planos da gestão de Sampaio.

Desmonte do Morro do Castelo

Mauricio de Abreu no livro “Evolução Urbana do Rio de Janeiro” destaca que o Rio iria receber
muitos turistas na comemoração do 1º Centenário da Independência do Brasil e por isso foi
preciso correr contra o tempo e realizar essa reforma.

A medida gerou tanta repercussão que o prefeito Carlos Sampaio chegou a escrever um livro
no qual apresentou seu ponto de vista justificando empréstimos e outras negociações que
envolveram o arrasamento do morro do Castelo.

A Sergio Castro Imóveis é uma empresa que valoriza as obras que respeitam a história do Rio
de Janeiro e ajudam no crescimento da nossa cidade.
Morro do Castelo 4

No livro “Era uma vez o Morro do Castelo”, Marly Silva da Motta diz: “Boa parte da
argumentação dos higienistas sacrílegos (em especial, Carlos Sampaio) se sustentava na
evocação dos malefícios provocados pelo infecto monturo; e nos relatórios do século XVIII,
denunciando a falta de ventilação, a umidade e os miasmas febrígeros (sujeiras de odor forte);
e nas famosas águas do monte, terríveis enchentes que assolaram a cidade em fevereiro de
1811, provocadas, em grande parte, pela lama que descera do Castelo. O telegrama de
Belisário Pena, figura luminar da saúde pública, nacionalmente conhecido por sua atuação na
profilaxia rural, parabenizando (Carlos) Sampaio pelo decreto de 17/08/1920, era a prova
científica da necessidade de eliminar aquele quisto de terra vermelha. Ou, como dizia a
imprensa, aquele tumor infeccionado que obstruía o seio do Rio e ameaçava contaminar a
cidade”.

“Naquele morro, testemunho ativo da história, nasceu a cidade. Ironicamente apaga-se essa
memória em favor de um urbanismo moderno. Mas se analisarmos os reais motivos,
passaremos a compartilhar da opinião dos realizadores da obra ‘Era uma vez o Morro do
Castelo’ que reivindicam para aquele lugar o resgate do seu valor histórico e um justo
reconhecimento do flagrante desrespeito com a memória nacional. Em torno de dois anos ( de
1920 a 1922 ) conclui o arrasamento, ao meu ver, não só do espaço geográfico daquele sítio
como também, de todo o testemunho arquitetônico e artístico daquele local.” disse Carlos
Jorge de Souza no texto “História da urbanização da cidade do Rio de Janeiro”.

Destuição do Morro do Castelo

As terras do Morro do Castelo foram usadas para servir como base para parte da Urca, da
Lagoa Rodrigo de Freitas, do Jardim Botânico e outras áreas baixas ao redor da Baía da
Guanabara, entre elas a região que hoje abriga o aeroporto Santos Dummont.

Locomotiva usada na demolição do Morro do Castelo

“Era a primeira vez que as duas iam ao Morro do Castelo. Começaram de subir pelo lado da
Rua do Carmo. Muita gente há no Rio de Janeiro que nunca lá foi, muita haverá morrido, muita
mais nascerá e morrerá sem lá pôr os pés.” Escreveu Machado de Assis no livro Esaú e Jacó,
lançado em 1904 , quase uma década antes da demolição plena do morro.

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