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HERMENÊUTICA - DEFINIÇÃO DO TERMO

HERMENÊUTICA

Estudo da interpretação de textos escritos.

E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?Atos 8:3

DEFINIÇÃO DO TERMO

Hermeneutica(s). Do hermeneuein: expressar, explicar, traduzir, interpretar. É definida de maneira diversa, mas refere-
se a uma teoria da interpretação. Segundo a tradição, a hermenêutica buscava estabelecer os princípios, métodos e
regras necessários na interpretação de textos escritos, especialmente de textos sagrados.

Hermenêutica x Exegese

Exegese: Utilizando-se dos vernáculos lingüísticos, a exegese tem a função de dar clareza ao texto, analisando o seu
significado de forma objetiva e profunda, sendo que essa especificidade pode-se dar tanto a um texto, quanto a uma
frase, ou a uma palavra. Isso denota extrair do texto aquilo que ele significa de forma literal.

Hermenêutica: A hermenêutica já tem uma essência mais ampla, pois abrange outros aspectos, tanto às generalidades
quanto às especificidades. Isso significa dizer que a hermenêutica analisa não somente o texto, mas também o contexto,
tornando-se imprescindíveis elementos como fator histórico, momento político em que o texto ou livro fora escrito,
fator social, cultural, econômico, etc. A hermenêutica também tem entre seus principais aspectos a semântica, algo que
é imprescindível à exegese, logo, podemos dizer que a exegese é extremamente relevante para execução da
hermenêutica.

HERMENÊUTICA CONTEMPORÂNEA À LUZ DA IGREJA PRIMITIVA.

Introdução: Hermenêutica Contemporânea à luz da Igreja Primitiva, tem como proposta tratar sobre a história da
interpretação. Sua esfera de ação vai desde a interpretação que Jesus fez do Antigo Testamento até o concílio de
Calcedônia em 451. Concílio de Calcedônia trata da controvérsia entre as igrejas ocidentais e orientais a respeito da
encarnação e a natureza de Jesus Cristo (união hipostática).

SÉCULO I: O INÍCIO DAS HERMENÊUTICAS CRISTÃS

Jesus adotou o método de interpretação dos exegetas judeus, mas acrescentou a este método uma leitura cristológica
do AT. Jesus lia o AT a luz de si mesmo. As cinco formas de interpretação que predominava nos tempos de Jesus são:
Literal; Midrash; Pesher; Alegórica e Tipológica.

Literal: É o que podemos chamar de interpretação ao pé da letra ou de uma forma direta. Observe que isso trouxe a
aplicação simples e natural do texto para a vida das pessoas. E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em
tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Deuteronômio 6:7,

Midrash: termo que designava a maneira normal usada pelos rabinos e fariseus usada para interpretar a Escritura, um
gênero edificante e explanatório intimamente ligado à Escritura no qual o papel da amplificação é real, embora
secundário, e permanece sempre subordinado ao fim religioso primeiro, que é o de apresentar todo o significado da
obra de Deus, a Palavra de Deus, com a idéia de tornar contemporânea a Escritura a fim de aplicá-la ou torná-la
significativa para a situação atual do interprete. Jesus usou o midrashismo em seus ensinamentos. Mt 7.11, de forma
semelhante em Lc 12.28.
Pesher: Uma forma de interpretação cuja solução só poderia ser alcançada por meio de revelação divina, sugerindo que
os escritos proféticos contem uma significância escatológica oculta ou um mistério divino que podem ser revelados
apenas por uma interpretação forçada e até mesmo anormal do texto bíblico. Podemos afirmar que Jesus usou a forma
Literal quanto a midrash, mas sua interpretação da Escritura mais característica era pesher. Lc 4.16-21, Jesus leu e
interpretou Isaias 61.1. Ao fechar o livro e devolver ao assistente, sentou-se e afirmou dizendo: “Hoje se cumpriu a
Escritura que vocês acabaram de ouvir”. Jesus tratava os textos bíblicos de uma forma que podemos chamar de pesher,
mostrando que Ele via o AT à luz de seu ministério.

Alegórica: a interpretação de um texto da perspectiva de alguma outra coisa, sem levar em consideração o que quer
seja essa outra coisa. Parece haver poucas evidencias dela no NT, e nenhuma que respalde seu uso por Jesus. Havia a
utilização nas parábolas de Jesus, mas nenhum exemplo de método alegórico de interpretação.

Tipológica: busca descobrir uma correspondência entre pessoas e acontecimentos do passado e do presente ou do
futuro. Essa abordagem pode ser distinta da profecia, pois a exegese tipologica baseia-se na convicção de que
determinados acontecimentos na história de Israel prefiguraram uma época futura na qual os propósitos de Deus serão
revelados em sua completude.

Os apóstolos e as hermenêuticas cristológicas

Lucas. Se percebe que as citações do AT em Atos se dão quase exclusivamente em contextos judaicos, o que é
compreensível, pois os gentios não compreenderiam. Abordagens pesher estão presentes fortemente em Lucas.

Paulo. Paulo considerou o AT cristologicamente, e acreditava ser Jesus o messias. Por meio da midráshica, Paulo
buscava demonstrar um significado cristológico no texto do AT. Paulo também usou o pesher em algumas passagens,
dentre elas Ef 4.8.

Pedro. Pedro fazia uso considerável da abordagem tipológica, e seu uso do AT era o padrão de interpretação primitiva,
de Jesus e Paulo. O autor de Hebreus. A epístola aos Hebreus tem como fundamento o AT, e é cercada por
interpretações pesher, e tipologia messiânica.

SÉCULO II: DA HERMENÊUTICA FUNCIONAL À AUTORIZADA

Hermenêutica funcional nos pais apostólicos

Os pais apostólicos. Como acontecia com os escritores do NT, os pais apostólicos não davam tanta ênfase no uso do AT
para falar de Cristo.

Clemente. Para ele a revelação de Deus estava primordialmente no AT, e interpretava o AT cristologicamente.

Inácio. Ele parafraseava os textos de Paulo com muita liberdade, e seu método hermenêutico se caracterizou como
funcional.

Heresia, ortodoxia e confusão hermenêutica

Judaizando o cristianismo. Desde o início da igreja houve grupos que buscavam de alguma forma judaizar o cristianismo,
desde os mais extremados aos mais moderados. E este era o desafio da igreja, fornecer respostas e harmonizar a lei a
nova aliança.

Gnosticismo. Os apologistas do século II entendiam ser o gnosticismo uma combinação da filosofia grega com o
cristianismo. Estudiosos recentes, porém, crê que o gnosticismo é uma mistura da cultura grega com a religião oriental
toda.
Outros gnósticos. Era comum entre os gnósticos considerarem o AT e o NT revelações de deidades diferentes. O Deus
do AT era inferior e chamado de Demiurgo.

Montano/ Montanismo. O movimento montanista era caracterizado pelo uso de profecias como meio de revelação. O
uso que faziam das profecias com expressões de êxtase, era contrário ao uso comum.

As respostas hermenêuticas ao perigo da heresia

Justino Mártir. Fazendo uso de uma interpretação tipológico-cristocêntrico alegava que em sua totalidade o AT
apontava para Jesus. Ele usava com freqüência os métodos rabínicos em suas abordagens hermenêuticas. Utilizava as
profecias do AT para fazer apologética do messianismo de Jesus.

Irineu e Tertuliano. Nos escritos de Irineu Cristo e o cristianismo eram vistos como cumprimento do AT, através de uma
leitura tipológico-cristológica. Irineu sustentou que interpretação verdadeira estava na tradição da igreja, produzindo
assim uma hermenêutica onde a tradição da igreja determinava o significado das Escrituras. Tertuliano entendia que a
Bíblia só podia ser usada pela igreja e não pelos hereges, pois ela era herdeira através da sucessão apostólica.

A ESCOLA ALEXANDRINA: HERMENÊUTICA ALEGÓRICA

Os antecedentes da hermenêutica alegórica

A maioria dos estudiosos considera Teágenes de Régio o fundador da prática de interpretação alegórica. Este método
teve início no período pré-socrático na Grécia. Fílon, judeu de Alexandria dominava esta técnica, e era relevante para
ele o significado filosófico contido na Bíblia, descoberto pela interpretação alegórica.

A arte e ciência da hermenêutica alegórica

Clemente de Alexandria. A abordagem alegórica era utilizada para fins apologéticos, e era superior a literal. Clemente
também adotou um princípio que cada texto deveria ser interpretado a luz de toda a Bíblia. E o objetivo da
interpretação era chegar a “verdadeira gnose”.

Orígenes. Considerava a Bíblia como Palavra de Deus, mas como Clemente achava absurdo o texto bíblico possuir um só
significado, e por isso além de literalmente interpretava alegoricamente. Todos os textos divinos possuíam um
significado alegórico, e a interpretação alegórica era destinada aos espiritualmente maduros.

Reação inicial à hermenêutica alegórica: em direção a uma interpretação teológica

Os problemas teológicos levantados nos séculos III e IV, foram além das respostas que Orígenes havia dado. Foi fundada
nesta época a Escola de Antioquia que enfatizava o método literal de interpretação.

A ESCOLA ANTIOQUENA: HERMENÊUTICAS LÍTERO-HISTÓRICA E TIPOLÓGICA

Exegese antioquena primitiva: o começo da interpretação histórica

O representante de maior proeminência do início da escola antioquena foi Teófilo de Antioquia. Ele valorizava o AT
como histórico, e considerava a Bíblica inspirada. Buscava também harmonizar a lei do AT e do NT.

A Exegese antioquena rejeitou o método alegórico, e entre seus principais expoentes estavam: Luciano de Antioquia;
Diodoro de Tarso; Teodoro de Mopsuéstia e João Crisóstomo.
PARA UMA HERMENÊUTICA CANÔNICA E CATÓLICA

Jerônimo. Para Jerônimo uma tradução deveria basear-se no hebraico e não no grego, e sua opção era por uma
tradução sentido-por-sentido e não palavra-por-palavra. Jerônimo admitia o uso do método alegórico, devido aos
antropomorfismos, incongruências que aparentemente existiam na Bíblia. De início Jerônimo mostrou-se bastante
simpatizante do método alegórico, mas sob influência da escola de Antioquia e judaica fez com que depreciasse o
método alegórico.

Agostinho. Em sua obra Cidade de Deus, ele minimiza a importância da divisão entre o AT e o NT, mas não a negava. Sua
abordagem hermenêutica era canônica e unificada, interpretando tanto literal quanto simbólica. Ele considerava o
Gênesis como um relato histórico, mas espiritualizava passagens onde encontrasse dificuldades. A sua famosa máxima
“creio para poder entender” demonstra a sua integração da Bíblia com a filosofia platônica, assim a interpretação
bíblica começa com a fé. Agostinho recomendava interpretar passagens obscuras a luz de passagens mais claras.
Quando o texto não fornecia um resultado satisfatório, Agostinho se via livre para usar alegorias. E para interpretar as
Escrituras era necessária a autoridade da Igreja Católica.

Teodoreto. dependia quase inteiramente do texto grego para seus comentários. Sua exegese pretendia levar o leitor à
presença das bênçãos e dos benefícios proporcionados pela Palavra de Deus.

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA ONTEM E HOJE

A igreja primitiva em retrospectiva. Tanto a Igreja primitiva, como nos séculos posteriores compreendiam a Bíblia como
divina, e de certa forma havia uma unanimidade em que a Bíblia deveria ser interpretada cristologicamente.

Hermenêuticas medievais, da Reforma e da pós-Reforma

Hermenêuticas medievais. Nicolau de Lira (1265-1349) apresentou a hermenêutica medieval numa quadra: A letra
ensina os fatos; A alegoria, aquilo em que se deve acreditar; A tropologia, aquilo que se deve fazer; e A anagogia, o lugar
a que se deve aspirar. Hermenêuticas da Reforma. Lutero de início usou o método alegórico, mas aos poucos o foi
abandonando e optando por um significado cristológico da Escritura, o que influenciou Erasmo, Calvino e outros
reformadores.

Hermenêuticas da pós-Reforma. Após Lutero e Calvino, a exegese tomou um molde filosófico.

O começo da hermenêutica moderna.

A primazia do autor. Friedrich Schleiermacher acreditava que o objetivo fundamental era alcançar a individualidade do
autor, tendo assim uma interpretação psicológica.

Para uma hermenêutica existencialista. Heidegger mudou a ênfase da hermenêutica de Schleiermacher que é objetiva,
para uma hermenêutica existencial, onde a ênfase se transferiu do autor para o leitor. Bultmann também através da
demitologização, demonstrou sua interpretação existencial.

Da hermenêutica existencial à antológica: para uma hermenêutica da conversação. Para Gadamer a tarefa do leitor não
é descobrir o que o autor quis dizer quando o texto foi escrito, mas entender o que o texto diz para o leitor hoje. E isso é
retratado como uma conversa entre duas pessoas para se entenderem. Para ele o significado do texto vai além da
intenção do autor.

Hermenêutica na igreja contemporânea


Perspectiva orientada para o autor. Até meados do século XX a hermenêutica era voltada para o autor. Isso implica que
os intérpretes não podem entender o que o escritor quis dizer a não ser por aquilo que ele escreveu.

Perspectiva orientada para o leitor. A hermenêutica orientada para o leitor, enfatiza a distância que separa o autor do
intérprete, e seu objetiva é encontrar um entendimento comum sobre algo de seu interesse e do interesse do autor.
Perspectiva orientada para o texto. Na hermenêutica voltada para o texto, esta em descobrir a intenção do autor.

Para uma síntese hermenêutica

Marcas de texto e contexto. O próprio texto nos fornece diretrizes na interpretação.

Contexto canônico. Nesta abordagem hermenêutica se busca o significado avaliando o próprio texto e como a tradição
interpretou o mesmo texto.

Cânon normativo. Nesta abordagem o texto bíblico e seu significado pode sofrer uma contextualização para que possa
atender as necessidades do século XXI.

Iluminação. Esta abordagem ressalta a importância de se crer na capacitação do Espírito Santo para a interpretação.

DEUS É ESPIRITO

As pessoas muitas vezes se perguntam do que Deus é feito.

A resposta das Escrituras é que “Deus é espírito” (Jo 4.24). Essa afirmação é feita por Jesus no contexto de uma
discussão com a samaritana ao lado da fonte. Assim, não devemos pensar que Deus tem tamanho ou dimensões,
mesmo que infinitas (ver a discussão sobre a onipresença de Deus no capítulo anterior). Ler o texto de Ex. 20. 4-6. Esse
dizer “em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” é um um lembrete de que o ser divino,
seu modo essencial de existência, é diferente de tudo o que ele criou.

Conceber o ser divino em termos de qualquer coisa do universo criado é representa-lo equivocadamente, limita-lo,
concebe-lo como algo menor do que realmente é. Ex 20.5 Deus é zeloso para proteger sua própria honra. Ele
avidamente almeja que as pessoas o comcebam como ele é, e o adorem em virtude de toda sua excelência, e fica irado
quando sua gloria é diminuída ou quando seu caráter é falsamente representado Dt. 4.23-24. Portanto Deus não tem
corpo físico, nem é feito de nenhuma espécie de matéria como boa parte da criação. Alem do mais Deus não é energia,
nem pensamento, nem nenhum outrom elemento da criação. Tampouco é como o vapor ou fumaça, ar ou espaço, pois
tudo isso são coisas criadas.

Os er divino não é nem como o nosso espírito que também é criado e aparentemente capaz de estar em um só lugar ao
mesmo tempo. Em lugar de todas essas idéia de Deus devemos dizer que deus é espírito, seja lá o que for esse ser é
diferente de tudo o que foi criado com uma existência superior a nossa existência material. Podemos dizer que Deus é
puro ser. Seu próprios ser é tão real que pode fazer tudo o mais vir a existência. Nesse ponto podemos definir a
espiritualidade divina: dizer que Deus tem como atributo a espiritualidade é dizer que ele existe como ser que não é
feito de matéria, que não tem parte nem dimensões, incapaz de ser percebido pelos nossos sentidos corpóreos e mais
excelente do que qualquer outro tipo de existência.

Quando Deus se apresente através de Jesus a mulher samaritana dizendo que ele é espírito, essa é uma forma de
existência muito superior a qualquer coisa que conhecemos. Contudo permanece o fato de que Deus nos deu um
espírito no qual podemos adora-lo Jo 4.24; 1Co 14.14; Fp 3.3. no qual nos unimos com o espírito do Senhor 1Co 6.17, ao
qual o Espirito Santo se une para dar testemunho da nossa adoção na família de Deus Rm 8.16 e no qual passamos a
presença do Senhor quando morremos Lc 23.46; Ec 12.7; Hb12.23. portanto a claramente alguma comunicação de Deus
a nós, de uma natureza espiritual que de alguma modo se assemelha apropria natureza divina
SEGUNDA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2013

SERA QUE DEUS AS VEZES MUDA DE IDÉIA?

Se, porém, falamos que Deus é imutável nos seus propósitos, surpreendemo-nos intrigados diante de passagens bíblicas
em que Deus diz que julgaria o seu povo, mas depois, por causa de orações ou do arrependimento do povo (ou ambas
as coisas), acaba-se apiedando e não condena como dissera que o faria.

Entre exemplos de recuo depois de ameaças de juízo estão a bem-sucedida intervenção de Moisés com oração para
evitar a destruição do povo de Israel ( Êx 32:9-14), o acréscimo de quinze anos à vida de Ezequias ( Is 38:1-6) e o fato de
Deus ter voltado atrás na decisão de julgar Nínive, diante do arrependimento do povo (Jn 3:4,10). Não serão casos em
que os propósitos de Deus de fato mudaram? E há também outras passagens nas quais se diz que Deus está
arrependido de terv feito alguma coisa . Basta pensar no arrependimento de Deus ter feito Saul rei (ISm 15:10) e de ter
feito o homem na terra (Gn 6:6). Os propósitos de Deus afinal não mudaram nesses casos? Esses exemplos devem todos
ser entendidos como expressões verdadeiras da atitude ou intenção presente de Deus diante da situação que existe
naquele momento. Se a situação muda, então é claro que atitude ou expressão de intenção divina irá também mudar.
Isso quer dizer somente que Deus reage de modos diversos a situações diferentes. O exemplo da pregação de Jonas aos
habitantes de Nínive nos é útil aqui.

Deus vê a iniquidade de Nínive e envia Jonas para proclamar: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (Jn3:4). A
possibilidade de que Deus sustasse o juízo se o povo se arrependesse não é explicitamente mencionada na proclamação
de Jonas registrada nas Escrituras, mas está logicamente implícita na advertência: o propósito da advertência é provocar
arrependimento.

Uma vez o povo havendo o povo se arrependido, a situação era diferente, e Deus reagiu de modo diverso a essa nova
situação:"Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha
dito lhes faria e não fez" (Jn 3:10) Os casos de Ezequias e da intercessão de Moisés são semelhantes: Deus dissera que
enviaria o juizo, e era uma declaração verdadeira, desde que a situação permanecesse a mesma. Mas a situação mudou:
alguém começou a orar sinceramente (Moisés num caso e Ezequias no outro). Aqui a própria oração fazia parte da nova
situação e de fato foi o que mudou a situação. Deus reagiu a essa nova situação atendendo a oração sustando o juízo.

Os casos de arrependimento de Deus diante da criação do homem e do fato de ter feito Saul rei também podem ser
entendidos como expressões do descontentamento presente de Deus diante da pecaminosidade do homem. Em
nenhum desses casos a linguagem é forte o bastante para fazer pensar que se Deus pudesse começar de novo e agir de
modo diferente, de fato não criaria o homem nem faria Saul rei.

Pode, em vez disso, subentender que a ação divina anterior conduziu a acontecimentos que, a curto prazo, lhe
trouxeram pesar, mas que assim mesmo, a longo prazo, acabariam realizando os seus bons propósitos. Isso é em certo
sentido comparável à conduta do pai humano que permite que seu filho tome um caminho que ele sabe que trará
muito pesar, tanto ao pai quanto ao filho, mas assim mesmo o permite, pois sabe que um bem maior e duradouro
advirá disso.

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